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deveria saber
AUTOR
Thiago Albuquerque
SUMÁRIO
[04] Introdução [37] Sobre benefícios assistenciais
. .
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[05] Sobre o termo inicial do benefício [42] Sobre incapacidade
concedido judicialmente .
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[13] Sobre atividades especiais .
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[28] Sobre previdência rural .
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04 INTRODUÇÃO
Seja bem-vindo(a) a este ebook extremamente difícil e demorado
gratuito da EADir! encontrar a súmula ideal para o caso em
que você está atuando.
Elaborei este conteúdo pensando
justamente em você, pois eu sei o quão Por conta disso, fiz questão de
difícil é procurar as súmulas que mais se elaborar este material para garantir que
adequam ao caso concreto. você saberá todas as súmulas necessárias.
SÚMULA 22 da TNU
DJ DATA:07/10/2004
PG:00765
Se a prova pericial realizada em juízo dá conta de que a incapacidade já
existia na data do requerimento administrativo, esta é o termo inicial do
benefício assistencial
07 Comentário:
A Lei Orgânica da Assistência Social previu a concessão do benefício de prestação
continuada quando cumprido seus requisitos, nos seguintes termos:
Assim, se o INSS nega a concessão do referido benefício, mas na via judicial se comprova que os
requisitos já haviam sido implementados quando do requerimento, a TNU estabelece que o BPC/LOAS é
devido desde o requerimento administrativo.
08
SÚMULA 33 da TNU
DJ DATA:04/08/2006
PG:00750
Quando o segurado houver preenchido os requisitos legais para concessão
da aposentadoria por tempo de serviço na data do requerimento
administrativo, esta data será o termo inicial da concessão do benefício.
09 Comentário:
A Lei de Benefícios (8.213/91) fixou que a aposentadoria por tempo de contribuição seria
devida nos moldes da aposentadoria por idade:
Nesta senda, a TNU firmou a tese de que o reconhecimento judicial de que os requisitos já
restaram implementados na DER (data de entrada do requerimento) desde lá seria devido o benefício.
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Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for
o caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou
não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e
insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe
garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta
condição.
Nesse sentido, o Superior Tribunal de justiça tinha entendido firmado de que o benefício seria
devido desde a DER, se o Judiciário entendesse que a negativa foi arbitrária e, portanto, fosse
reconhecido que no requerimento já restavam preenchidos os requisitos. In verbis:
No entanto, foi necessária uma construção jurisprudencial para se identificar quando seria a DIB
9data de início do benefício) concedido judicialmente, se os requisitos não restassem presentes na DER,
mas tivessem sido preenchidos antes do ajuizamento.
O STJ fiou-se no Código de Processo Civil, que estabelece a citação válida como início da
constituição em mora do devedor:
Portanto, a tese fixada foi de que a citação válida seria o marco inicial do benefício, quando não
identificada a incapacidade na DER.
13
SÚMULA 26 da TNU
DJ DATA:22/06/2005
PG:00620
A atividade de vigilante enquadra-se como especial, equiparando-se à de
guarda, elencada no item 2.5.7. do Anexo III do Decreto n. 53.831/64.
15 Comentário:
Apesar da Lei facultar ao Poder Executivo a enumeração das profissões e agentes nocivos,
desde a época do extinto tribunal Federal de Recursos, o Judiciário entendia que o rol de agentes nocivos
seria meramente exemplificativo.
Assim, mesmo após o advento do Decreto 2.172/97, o Judiciário ainda vem reconhecendo a
atividade de vigilante como especial. Frise-se que recentemente o STJ julgou o Recurso Especial
1410057/RN e entendeu que seria possível o reconhecimento do tempo de vigilante, mesmo sem a
comprovação de utilização de arma de fogo.
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SÚMULA 49 da TNU
DOU DATA 15/03/2012
PG: 00119
Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de
29/4/1995, a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física
não precisa ocorrer de forma permanente.
17 Comentário:
Hoje, a Lei de Benefícios exige a comprovação da exposição permanente, não ocasional nem
intermitente, para fins de comprovação da exposição a agente nocivo.
No entanto, como se pode observar no artigo supra, a redação somente foi alterada pela Lei
9.032/95, de 28/04. Assim, a TNU firmou tese no que concerne ao direito intertemporal de somente
reconhecer tal exigência após 29/04/1995;
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SÚMULA 62 da TNU
DOU 03/07/2012
PG. 00120
O segurado contribuinte individual pode obter reconhecimento de
atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar
exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física.
19 Comentário:
A Lei de Benefícios estabelece que a aposentadoria especial será devida aos segurados que
estejam expostos aos agentes nocivos. In verbis:
Lei 8.213/91. Art. 57. A aposentadoria especial será devida, uma vez
cumprida a carência exigida nesta Lei, ao segurado que tiver trabalhado
sujeito a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física, durante 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos, conforme
dispuser a lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
A Lei 8.213/91 nunca restringiu a qualquer tipo de segurados, no entanto, o Decreto 3.048/99
determinou que apenas alguns segurados teriam direito ao referido benefício, como abaixo indicado:
20
Decreto 3.048/99. Art. 64. A aposentadoria especial, uma vez cumprida a
carência exigida, será devida ao segurado empregado, trabalhador avulso
e contribuinte individual, este somente quando cooperado filiado a
cooperativa de trabalho ou de produção, que tenha trabalhado durante
quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, sujeito a condições
especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Redação dada
pelo Decreto nº 4.729, de 2003)
No entanto, a melhor exegese ensina “onde a lei não restringiu não cabe ao intérprete restringir
(ubi lex non distinguit nec nos distinguere debemus). Portanto, a TNU entende que ainda assim é possível
a concessão da aposentadoria especial ao contribuinte individual, mesmo que não cooperado.
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SÚMULA 68 da TNU
DOU 24/09/2012
PG. 00114
O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à
comprovação da atividade especial do segurado.
22 Comentário:
A Lei 8.213/91 exige a comprovação do labor especial através de laudo ténico. In verbis:
SÚMULA 70 da TNU
DOU 13/03/2013
PG. 0064
A atividade de tratorista pode ser equiparada à de motorista de caminhão
para fins de reconhecimento de atividade especial mediante
enquadramento por categoria profissional.
24 Comentário:
Seguindo o que já estabelecia a Súmula 198 do extinto TRF, o STJ estabeleceu o caráter
exemplificativo do rol de agentes nocivos, nos seguintes termos:
REsp 1306113 / SC. RECURSO ESPECIAL. MATÉRIA REPETITIVA. ART. 543-C DO CPC
E RESOLUÇÃO STJ 8/2008. RECURSO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.
ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTE ELETRICIDADE. SUPRESSÃO PELO DECRETO
2.172/1997 (ANEXO IV). ARTS. 57 E 58 DA LEI 8.213/1991. ROL DE ATIVIDADES E
AGENTES NOCIVOS. CARÁTER EXEMPLIFICATIVO. AGENTES PREJUDICIAIS NÃO
PREVISTOS. REQUISITOS PARA CARACTERIZAÇÃO. SUPORTE TÉCNICO MÉDICO E
JURÍDICO. EXPOSIÇÃO PERMANENTE, NÃO OCASIONAL NEM INTERMITENTE (ART.
57, § 3º, DA LEI 8.213/1991). 1. Trata-se de Recurso Especial interposto pela
autarquia previdenciária com o escopo de prevalecer a tese de que a supressão
do agente eletricidade do rol de agentes nocivos pelo Decreto 2.172/1997 (Anexo
IV) culmina na impossibilidade de configuração como tempo especial (arts. 57 e
58 da Lei 8.213/1991) de tal hipótese a partir da vigência do citado ato normativo.
(...)
25
(...)
2. À luz da interpretação sistemática, as normas regulamentadoras que
estabelecem os casos de agentes e atividades nocivos à saúde do
trabalhador são exemplificativas, podendo ser tido como distinto o
labor que a técnica médica e a legislação correlata considerarem como
prejudiciais ao obreiro, desde que o trabalho seja permanente, não
ocasional, nem intermitente, em condições especiais (art. 57, § 3º, da
Lei 8.213/1991). Precedentes do STJ. 3. No caso concreto, o Tribunal de
origem embasou-se em elementos técnicos (laudo pericial) e na
legislação trabalhista para reputar como especial o trabalho exercido pelo
recorrido, por consequência da exposição habitual à eletricidade, o que
está de acordo com o entendimento fixado pelo STJ. 4. Recurso Especial
não provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução 8/2008 do STJ.
SÚMULA 82 da TNU
O código 1.3.2 do quadro anexo ao Decreto n.º 53.831/64, além dos
profissionais da área da saúde, contempla os trabalhadores que exercem
atividades de serviços gerais em limpeza e higienização de ambientes
hospitalares.
27 Comentário:
SÚMULA 14 da TNU
DJ DATA:24.05.2004
PG:00459
Para a concessão de aposentadoria rural por idade, não se exige que o
início de prova material corresponda a todo o período equivalente à
carência do benefício.
30 Comentário:
A Lei 8.213/91 demanda o início de prova material para comprovação do labor, seja rural ou
urbano:
A exigência de prova material dever ser analisada de forma apenas indiciática, podendo ser
comprovada por outros meios. Com mais razão quando se trata de tempo rural, considerando a
informalidade da vida no campo.
31
SÚMULA 41 da TNU
DJ DATA:03/03/2010
PG:00001
A circunstância de um dos integrantes do núcleo familiar desempenhar
atividade urbana não implica, por si só, a descaracterização do trabalhador
rural como segurado especial, condição que deve ser analisada no caso
concreto.
32 Comentário:
O legislador estabeleceu que o segurado especial poderia ser aquele que trabalhasse por conta
própria ou em regime de economia familiar.
No entanto as leis restritivas de direito devem ter igual interpretação restrita, não podendo ser
ampliadas. Assim, o INSS não pode afastar a qualidade de segurado especial dos outros membros, se
somente um não se enquadra mais naquela espécie.
33
SÚMULA 46 da TNU
DOU DATA 15/03/2012
PG: 00119
O exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de
benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser
analisada no caso concreto.
34 Comentário:
A Lei excluiu o segurado especial que laborasse por mais de 120 (cento e vinte) dias em
atividade urbana da condição de segurado especial. In verbis:
A Turma Nacional entendeu que o requisito de não se afastar por mais de 120 (cento e vinte)
não estaria no núcleo da Lei e, considerando que a Lei estabelece que a atividade de segurado especial
pode se dar de forma, também descontínua, estabeleceu que o afastamento do campo deve ser
analisado no caso concreto.
35
SÚMULA 80 da TNU
Nos pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), tendo em vista
o advento da Lei 12.470/11, para adequada valoração dos fatores
ambientais, sociais, econômicos e pessoais que impactam na participação
da pessoa com deficiência na sociedade, é necessária a realização de
avaliação social por assistente social ou outras providências aptas a revelar
a efetiva condição vivida no meio social pelo requerente.
39 Comentário:
Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) estabeleceu como requisito a idade avançada e a
deficiência para concessão do BPC/LOAS:
A TNU fixou a tese da necessidade de aferição das barreiras sociais que a deficiência gera, como
o reconhecimento das dificuldades cuja pessoa venha a ter para acessar o mercado de trabalho.
40
SÚMULA 79 da TNU
Nas ações em que se postula benefício assistencial, é necessária a
comprovação das condições socioeconômicas do autor por laudo de
assistente social, por auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou,
sendo inviabilizados os referidos meios, por prova testemunhal.
41 Comentário:
Sobre incapacidade
43
SÚMULA 47 da TNU
DOU DATA 15/03/2012
PG: 00119
Uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve
analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de
aposentadoria por invalidez.
44 Comentário:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o
caso, a carência exigida, será devida ao segurado que, estando ou não em
gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e
ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
Ao estabelecer a Lei a concessão somente se o segurado não puder ser reabilitado, o Judiciário
entendeu que a norma poderia padecer de eficácia social, nos casos em que os segurados ainda
tivessem alguma incapacidade residual, mas cuja sua reabilitação seria quase impossível, como é o caso
dos trabalhadores rurais que estejam próximos a se aposentar e que tenham baixo grau de instrução.
Afinal, quais seriam suas chances de serem reabilitados para profissões que exijam maior nível de
escolaridade? Muito pouca.
45
SÚMULA 53 da TNU
DOU 07/05/2012
PG. 00112
Não há direito a auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez quando a
incapacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no
Regime Geral de Previdência Social.
46 Comentário:
O Judiciário estabelece que o portador da doença não tem direito ao benefício se já portador
para evitar o chamado “seguro do carro batido”. Ou seja, que os segurados apenas busquem a
Previdência quando precisem se utilizar de seus recursos e, assim, os institutos da probabilidade e
securitização sejam prejudicados e aumentados os gastos com a concessão de benefícios.
47
SÚMULA 72 da TNU
DOU 13/03/2013
PG. 0064
É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante período
em que houve exercício de atividade remunerada quando comprovado que
o segurado estava incapaz para as atividades habituais na época em que
trabalhou.
48 Comentário:
Enunciado nº 142
A natureza substitutiva do benefício previdenciário por incapacidade não autoriza o desconto das
prestações devidas no período em que houve exercício de atividade remunerada (Aprovado no XI
FONAJEF).
SÚMULA 77 da TNU
DOU 06/09/2013
PG. 00201
O julgador não é obrigado a analisar as condições pessoais e sociais
quando não reconhecer a incapacidade do requerente para a sua atividade
habitual.
50
SÚMULA 78 da TNU
DOU 17/09/2014
PG. 00087
Comprovado que o requerente de benefício é portador do vírus HIV, cabe
ao julgador verificar as condições pessoais, sociais, econômicas e culturais,
de forma a analisar a incapacidade em sentido amplo, em face da elevada
estigmatização social da doença.
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