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g a r , c r e n d o q u e t u d o o m a i s será na Palestina, segundo Josephus, c r u z i n h a , o c r u c i f i x o , q u e nos es-

s u p r i d o (S. M a t . 6:33); é a b d i c a r o e r a m c o m u n s cenas d e c r u c i f i - p e r a ; o c r u c i f i x o , h o j e , é a nega-


t r o n o o c u p a d o p e l o ego, p a r a q u e xão. A l e x a n d r e , o G r a n d e , c e r t a ção d a c r u z , p o r t e r v i r a d o m o d a
C r i s t o seja e n t r o n i z a d o n a v i d a , v e z m a n d o u c r u c i f i c a r m i l tí- mundana. M u i t o menos os sofri-
c o m o d o m i n a d o r s u p r e m o ; é dei- r i o s . O s r o m a n o s não e r a m m e - mentos vindos da morte de um
x a r a a m b i ç ã o das posições; é ar- l h o r e s d o q u e ele. A C r u z e r a u m p a r e n t e . A c r u z de c a d a um é co-
r i s c a r a própria v i d a p o r a m o r aborrecimento para os judeus (I n h e c i d a apenas p e l o seu d o n o ;
aos b e n s escatológicos; é t e r C o r . 1:23; Gál. 3:13), e não m e - apenas a motivação i n t e r n a p o d e
domínio-próprio; é d e c i d i r ser n o s p a r a o s r o m a n o s . C í c e r o es- d i z e r o q u e é a c r u z . N ã o é o asce-
o b e d i e n t e até as últimas conse- creveu: "Levemos embora a t i s m o q u e C r i s t o p e d e também;
qüências; é r e n u n c i a r aos peca- menção d a c r u z p a r a b e m dis- C r i s t o não e r a u m asceta. É pos-
dos; é regeneração; é p a r a r de fa- t a n t e não s o m e n t e d o c o r p o d e sível ser d u r o c o m o c o r p o e a i n -
z e r a v o n t a d e própria, e f a z e r a u m cidadão r o m a n o , m a s t a m - da m a n t e r a v o n t a d e d u r a . O q u e
vontade divina; enfim, "é pergun- b é m d e seus p e n s a m e n t o s , seus E l e q u e r i a é a rendição de nossa
t a r não o q u e eu g o s t a r i a de fa- o l h o s , seus o u v i d o s . " v o n t a d e a E l e . T o m a r a c r u z não
zer, e, s i m , o q u e o S e n h o r q u e r é s u p o r t a r a l g o de q u e não pode-
H o j e , o s i g n i f i c a d o da c r u z é
q u e e u faça" (George M c D o n a l d ) . m o s f u g i r ; a c r u z só é c r u z q u a n -
outro. Não podemos avaliar o
d o a s s u m i d a p o r l i v r e escolha,
O h o m e m d e v e n e g a r - s e a si que era no t e m p o de C r i st o. A
por amor.
m e s m o p o r q u e sua n a t u r e z a c r u z se t o r n o u símbolo da mais
própria, p e c a m i n o s a , o o b r i g a n o b r e e altruísta n e g a ç ã o pró- " P o r q u e a q u e l e q u e q u i s e r sal-
a o m a l ( E f é s . 2:1). A l g u é m p o d e - pria. "Remover do cristianismo v a r a s u a v i d a , perdê-la-á, e q u e m
rá a r g u m e n t a r : M a s o cristão a cruz, seria c o m o apagar do p e r d e r a sua v i d a p o r a m o r d e
deve t e r u m a v o n t a d e f i r m e e re- céu o S o l . " — Atos dos Apósto- M i m , achá-la-á." A q u i há u m pa-
s o l u t a ; c o m o a b d i c a r , então, d a los, pág. 2 1 0 . P a r e c e q u e j á n a r a d o x o i n t e r e s s a n t e : a auto-nega-
v o n t a d e própria? R e a l m e n t e os igreja p r i m i t i v a o conceito da ção e a renúncia, a submissão v o -
cristãos d e v e m ser as pessoas c r u z h a v i a m u d a d o . Possivel- luntária é o g a n h o m a i s s e g u r o e
m a i s resolutas e destemidas da - m e n t e , o s j u d e u s cristãos te- d u r a d o u r o , e n q u a n t o q u e a auto-
T e r r a . E é o e v a n g e l h o q u e faz n h a m usado o símbolo da cruz. expressão, tão b a d a l a d a e m nos-
isto. A vontade do h o m e m sem E m 1939 f o i e n c o n t r a d o n o a n t i - so t e m p o , l e v a o h o m e m a p e r d e r
Deus é quebrada, fragmentada, g o sítio d e H e r c u l a n o , q u e f o i a a l m a . M a r c o s a f i r m a : "Se a l -
não t e m u n i d a d e e c o e r ê n c i a . A o destruído e m 7 9 A D p e l o Vesú- guém perder a v i d a p o r a m o r de
e n t r e g a r - s e a D e u s , E l e Se e n - v i o , u m t i p o d e a l t a r d a família M i m e do evangelho, achá-la-á";
c a r r e g a de f a z e r o c r e n t e f o r t e e com uma cruz encrustada na isto sugere que dé a l g u m a manei-
decidido; Ele unifica a vontade parede. Também foi encontra- ra C r i s t o está p r e s e n t e h o j e , e
do crente. Ao renunciar-se a si do, n o m o n t e das O l i v e i r a s , u m a que Se i d e n t i f i c a c o m a procla-
mesmo, o crente adquire a men- c r u z c o m vestígios d e estar liga- mação do evangelho.
te de C r i s t o , o seu m o d o de pen- da ao cristianismo.
"Pois que aproveita ao h o m e m
sar, e a m o d a p a s s a a não l h e A c r u z de Jesus t i n h a d o i s sig- g a n h a r o m u n d o i n t e i r o , se per-
a t r a i r tão f o r t e m e n t e , e n f r a q u e - n i f i c a d o s : p r i m e i r o , o l i t e r a l , co- d e r a sua a l m a ? " Este é o convite
cendo-lhe a vontade. "A entrega mo i n s t r u m e n t o da Sua morte; e, de C r i s t o p a r a q u e o discípulo fa-
de t o d a s as f a c u l d a d e s a D e u s , segundo, o f i g u r a t i v o , c o m o m a r - ça u m a comparação entre as ri-
simplifica grandemente o pro- c a d a ação r e d e n t o r a d e D e u s n a quezas deste m u n d o e a v i d a eter-
b l e m a da vida. Enfraquece e História. E r a u m s í m b o l o d a S u a na; c o n v i t e p a r a s e fazer u m ba-
abrevia milhares de lutas c o m as d i v i n a missão, e t a m b é m da v o - lanço d e g a n h o s e p e r d a s . N o f i -
paixões d o c o r a ç ã o n a t u r a l . " — luntária submissão d a S u a v o n t a - n a l d o versículo 26, C r i s t o faz
Mensagens aos Jovens, pág. 30. de a D e u s ( M a r c o s 14:36; F i l . 2:8). u m a p e r g u n t a : " Q u e dará o ho-
" T o m e sobre si a sua c r u z . . . " : A cruz de Cristo significou h u m i - m e m e m t r o c a d a sua a l m a , s e a
Se a p r i m e i r a d e c l a r a ç ã o de Je- lhação, s o f r i m e n t o e m o r t e . M a s p e r d e r ? " Realmente nada; é u m a
sus d e i x o u o s o u v i n t e s u m p o u - t a m b é m redenção, religação e p e r d a irreparável.
co p r e o c u p a d o s , a menção da i g u a l d a d e . A s u a m e n s a g e m é: fo-
E m 1566 h o u v e u m terrível e
c r u z e s c a n d a l i z o u a t o d o s . Pos- r a c o m a salvação p e l a s o b r a s ; f o -
g r a n d e incêndio e m L o n d r e s ,
sivelmente t e n h a m pensado que r a c o m a salvação p e l a f i l o s o f i a .
d e s t r u i n d o quase t o d a a cidade.
Jesus estava d i z e n d o u m a here- P a r a o cristão a c r u z t i n h a t a m -
M a s essa t r a g é d i a r e s u l t o u ser
s i a . T a l v e z até t e n h a m p e n s a d o bém d o i s s i g n i f i c a d o s : l i t e r a l —
b o a p a r a a c i d a d e ; o incêndio
q u e , p o r ser herético, E l e m e r e - referência às multidões q u e se-
serviu para p u r i f i c a r a cidade,
c i a m e s m o a crucifixão. A c r u z riam c r u c i f i c a d a s e m o r t a s e car-
m a t a r os r a t o s e acabar c o m a
a n t e s d a Cruz s i g n i f i c a v a h u m i - r e g a r i a m suas c r u z e s . M e t a f o r i -
p e s t e q u e g r a s s a v a lá, m a t a n d o
lhação, s o f r i m e n t o , v e r g o n h a e c a m e n t e , s i m b o l i z a v a o auto-sa-
m u i t a gente. A cidade nasceu de
m o r t e ; era olhada c o m senti- crifício d o cristão. É , a i n d a , u m
n o v o , após o incêndio, c o m t o d o
m e n t o s de h o r r o r e repulsa. Os símbolo da união mística e n t r e o
v i g o r . N e s t e c a s o a p e r d a f o i , va-
romanos reservavam a crucifi- cristão e C r i s t o .
m o s d i z e r , b o a e reparável. P e l a
xão p a r a os escravos, ladrões, A m i g o s l e i t o r e s , a c r u z n o s es- a l m a , p o r é m , não h á n a d a q u e
assassinos, b e m c o m o p a r a o s p e r a hoje também. N ã o a c r u z s e p o s s a f a z e r p a r a recuperá-la,
rebeldes provinciais. U m roma- literal, pois Constantino, o Gran- se f o r perdida.
no r a r a m e n t e s o f r i a a ignomí- de, a b o l i u - a , h á m u i t o t e m p o , d e "Porque o Filho do h o m e m vi-
nia de m o r r e r numa cruz, mas t o d o o i m p é r i o . T a m b é m não é a rá... c o m Seus anjos, p a r a d a r a

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