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1. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
1.1.Introdução
Os seres humanos são animais sociais, ou seja, vivem em agrupamentos. O tamanho e a complexidade
destes, vai depender das atividades desempenhadas e de suas relações com o meio ambiente.
Hoje, cerca de metade da humanidade vive em aglomerados urbanos, onde as atividades
predominantes estão ligadas a indústria e aos serviços (bancos, comércio, informática, etc.). No Brasil, mais de
dois terços da população vive em ambientes urbanos.
Quando observamos uma imagem da Terra vista do espaço, as grandes metrópoles aparecem apenas
com pequenos pontos no planeta. As cidades pequenas e médias são imperceptíveis. Apesar das áreas urbanas
representarem relativamente pouco em vista de toda a superfície terrestre, são nelas que iremos encontrar as
maiores modificações ambientais. Distintamente dos ambientes com pouca intervenção humana, onde a maior
parte da energia é captada pelo sol, através do processo de fotossíntese,
quase toda a energia que necessita uma cidade vem de fora: a gasolina e
o diesel que movimentam os veículos, o gás de cozinha, a energia
hidrelétrica, os alimentos consumidos pelos habitantes da cidade, entre
outros.
Sobre quase todos os aspectos que observemos, ocorrem
grandes modificações no ambiente preexistente com a urbanização.
Modifica-se o relevo, a vegetação, a hidrografia e até o clima.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) define DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEl como programas que "podem melhorar a qualidade de vida das pessoas dentro da capacidade
potencial do sistema de sobrevivência da terra". Isto significa satisfazer as necessidades das gerações atuais sem
prejudicar os recursos da Terra de tal forma que as gerações futuras fiquem impedidas de as satisfazer. O
desenvolvimento sustentável põe também em realce o desenvolvimento eqüitativo, ou seja, a superação das
disparidades entre países ricos e pobres, como importante forma de garantir que as gerações presentes e
futuras possam satisfazer as suas necessidades.
A sustentabilidade baseia-se em três componentes: econômico, social e ambiental. Os aspectos
econômicos da sustentabilidade incluem, mas não se limitam, ao desempenho financeiro, remuneração dos
funcionários e contribuições à comunidade. Alguns exemplos de aspectos sociais são a formação de políticas,
padrões de trabalho justos e tratamento igualitário de todos os funcionários. Aspectos ambientais incluem o
impacto no ar, água, terra, recursos naturais e saúde humana.
Assim, desenvolvimento sustentável pressupõe a expansão econômica permanente, com melhorias nos
indicadores sociais e a preservação ambiental.
Para ser alcançado, o desenvolvimento sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de
que os recursos naturais são finitos. Esse conceito representou uma nova forma de desenvolvimento econômico,
que leva em conta o meio ambiente.
Muitas vezes, desenvolvimento é confundido com crescimento econômico, que depende do consumo
crescente de energia e recursos naturais. Esse tipo de desenvolvimento tende a ser insustentável, pois leva ao
esgotamento dos recursos naturais dos quais a humanidade depende. Atividades econômicas podem ser
encorajadas em detrimento da base de recursos naturais dos países. Desses recursos depende não só a
existência humana e a diversidade biológica, como o próprio crescimento econômico. O desenvolvimento
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sustentável sugere, de fato, qualidade em vez de quantidade, com a redução do uso de matérias-primas e
produtos e o aumento da reutilização e da reciclagem.
O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode
ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível. Caso as sociedades do
Hemisfério Sul copiassem os padrões das sociedades do Norte, a quantidade de combustíveis fósseis consumidas
atualmente aumentaria 10 vezes e a de recursos minerais, 200 vezes. Ao invés de aumentar os níveis de
consumo dos países em desenvolvimento, é preciso reduzir os níveis observados nos países industrializados.
Os crescimentos econômico e populacional das últimas décadas têm sido marcados por disparidades.
Embora os países do Hemisfério Norte possuam apenas um quinto da população do planeta, eles detêm quatro
quintos dos rendimentos mundiais e consomem 70% da energia, 75% dos metais e 85% da produção de
madeira mundial. As Nações Unidas e o desenvolvimento sustentável
Desde que, em 1972, as Nações Unidas convocaram a Conferência Sobre o Ambiente em Estocolmo, o
interesse pela contínua degradação do ambiente em geral tem aumentado. Se esta ruptura do equilíbrio
ecológico e econômico continua, iremos comprometer as qualidades da biosfera e acabar por conduzir o planeta
a uma catástrofe simultaneamente ecológica e econômica.
Alguns dos perigos que ameaçam a Terra e a sua população:
A poluição está danificando o ar e a água da Terra. Todos os anos, as nossas indústrias produzem
milhões de toneladas de resíduos tóxicos que vão ser lançados nos mares, em aterros sanitários ou, pior ainda,
exportados para países pobres. Tais resíduos danificam a atmosfera, podem alterar o clima e são nocivos tanto
para nós como para os animais.
A utilização indiscriminada dos solos está reduzindo a área cultivável. A agricultura intensiva e o abate
de florestas, por vezes paralelamente a mudanças climáticas, conduzem à degradação dos solos. Na medida em
que a terra se torna cada vez menos fértil, os que a cultivam ou vivem das suas árvores perdem a sua fonte de
sustento.
A ação do homem está acabando com a diversidade das espécies. Há cerca de 30 milhões de espécies
na terra. A esta diversidade existente à nossa volta chama-se biodiversidade. É destes recursos biológicos que
obtemos roupa, medicamentos, alimentação e abrigo. A maior ameaça à biodiversidade provém da destruição
das florestas tropicais.
Na Amazônia, uma única árvore pode conter 2000 espécies raras de animais. As florestas tropicais são
também essenciais para manter o equilíbrio do dióxido de carbono na atmosfera. No entanto, a derrubada
descontrolada de árvores e a agricultura, juntamente com as chuvas ácidas, estão destruindo as florestas
tropicais.
Os Estados Membros das Nações Unidas salientam que a degradação econômica e ambiental está
relacionadas e que a proteção do ambiente nos países em desenvolvimento tem de ser encarada como parte
integrante do processo de desenvolvimento. Ao mesmo tempo, os padrões de consumo e de produção nos
países industrializados aceleram a degradação do ambiente. Para solucionar estes problemas, são necessários
novos níveis de cooperação entre as nações - uma parceria global.
sociedades. Muitas sociedades não atingiram padrões de consumo condizentes com a manutenção das condições
mínimas de dignidade humana, coma ocorre em muitas regiões da África, da Ásia, da América Latina, e do
próprio Brasil, onde sequer a alimentação básica está garantida para milhões de famílias. De acordo com dados
da Organização das Nações Unidas ('ONU'), 20% daqueles com maior renda no mundo são responsáveis por
86% dos gastos totais com consumo de bens, enquanto as 20% mais pobres têm acesso a apenas 1,3% dos
bens de consumo. É preciso que se encontre um equilíbrio na distribuição dos frutos do progresso material,
científico e tecnológico entre os povos do mundo.
Ao se tratar do consumo sustentável, cabe a ressalva de que se propugna uma alteração do padrão de
consumo insustentável dos mais ricos, e a adequação dos padrões de consumo dos mais pobres a patamares
mínimos de dignidade social. Ou seja, busca-se a implantação dos conceitos de equidade e justiça social.
As desigualdades de padrões de consumo foram objeto de análise de uma organização norte-
americana favorável à adoção do paradigma do consumo sustentável, o Center for a New American Dream
(Centro para a Novo Sonho Americano). Eis alguns exemplos de dados que colheram em suas pesquisas sobre as
desigualdades citadas anteriormente:
• Os norte-americanos consomem 40% da gasolina do mundo;
• Os norte-americanos consomem mais papel, aço, alumínio, energia, água e carne per capita do que qualquer
outra sociedade do Planeta;
• O norte-americano médio produz duas vezes mais lixo do que o europeu médio;
• Seriam necessários pelo menos quatro planetas adicionais ao existente, se todos os 6 bilhões de indivíduos da
Terra tivessem um padrão de consumo equivalente ao do norte-americano médio.
Uma das características mais marcantes deste início de milênio é fenômeno do aparecimento de
iniciativas de todo o tipo, em prol da cidadania - desde entidades de defesa do consumidor até ONG(s) que
promovem capacitação na área de informática em favelas. Todas têm um ponto em comum: a recuperação ou
aquisição de cidadania pelas parcelas marginalizadas.
Estes movimentos que ao que tudo indica, ocorrem em diversos países, normalmente não são
xenófobos. Baseiam-se em tendências e valores universais e fazem parte de uma tendência de se estabelecer
uma cidadania internacional em cima do consenso sobre questões básicas do ser humano e no esforço de
construção de uma política global, baseada na paz e na fraternidade universal. Surge a “sociedade civil
internacional”, com “redes” envolvidas em causas comuns como a o fim do trabalho infantil, a luta contra a fome
ou preservação de florestas em todo o mundo, por exemplo.
A ONU organismo criado a partir da Carta das Nações Unidas em 1945, para ser uma espécie de
governo mundial encontra-se hoje muito fragilizada e com uma estrutura envelhecida pelo tempo. Em recentes
conflitos internacionais como a Guerra do Kosovo, esteve incapacitada a intermediar o conflito. A OTAN
organização militar, passou por cima da autoridade constituída, deste governo mundial. Mesmo que
reconheçamos esta evidente fragilidade e a necessidade de reformulação da entidade, a ONU hoje canaliza os
anseios de mudanças, no sentido do estabelecimento de um código de normas internacionais mais consistentes,
onde os cidadãos exerçam cada vez mais influência sobre os destinos mundiais, para o presente e para as
gerações futuras.
A busca é pelo consenso mundial em torno desses valores universais, que devam assim, serem aceitos
por todas ou pela grande maioria das nações e não surjam da ação de cúpulas, mas reflexo de inúmeras
discussões, fóruns, conferências de todos os níveis promovidos por milhares de organizações não
governamentais espalhadas pelo mundo todo, formando as tais “redes”.
Além das convenções não-governamentais multiplicam-se as conferências internacionais patrocinadas
pela ONU através da UNESCO, UNICEF, FAO ou pelo PND (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento) ou ainda do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente). Embora estas
passem pelo crivo dos Estados Nacionais, são impulsionados pelas aspirações da sociedade civil organizada. Foi
o que ocorreu no caso na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a RIO-92.
Apesar de ser uma conferência de cúpula, foi permeada pelas aspirações de ONG(s) e da sociedade civil,
reunidas numa conferência paralela denominada de FORUM GLOBAL.
A RIO-92, muito criticada na época por ser evasiva, pouco conclusiva, não levando a ações efetivas,
etc; teve um grande mérito: organizar o debate mundial em torno das principais temáticas ligadas ao meio
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ambiente. Esta organização permitiu que nos anos que se sucederam à conferência, os debates que ali se
iniciaram, desdobrassem-se em novas convenções e resoluções de consenso mundial na área de meio ambiente
e desenvolvimento. Esta continuidade parte da necessidade de entendimento universal em torno de uma agenda
básica para questões ambientais e também para outras áreas, como os direitos humanos.
A questão ecológica, embora estivesse presente na agenda dos movimentos sociais desde os anos
sessenta, vai tomar corpo definitivo com o fim da bipolaridade nas relações internacionais e a queda no muro de
Berlim.
São marcos importantes o surgimento da comissão que elaborou o Relatório Mundial Sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento e Desenvolvimento – Nosso Futuro Comum, conhecido também como Relatório
Brundtland, de 1987, que recomendou a criação de uma declaração universal sobre a proteção do meio
ambiente e desenvolvimento sustentável e a RIO-92 que formou uma secretaria especial destinada a elaborar, a
partir da “Declaração do Rio” uma carta de princípios internacionais universais denominada de “Carta da Terra”.
Esta carta que é o equivalente ambiental da “Declaração Universal dos Direitos Humanos” está em
fase final de elaboração, cumprirá o papel de tornar-se um código de ética global, baseado em valores
fundamentais, norteando pessoas, organizações e países dentro paradigma do desenvolvimento sustentável.
Este termo passou ser utilizado com muita insistência a partir do RIO-92. Existem muitas conceituações para ele.
Muitas vezes é utilizado de forma “imprópria” servindo para mascarar processos “insustentáveis”.
Pode-se dizer baseando-se em diversas definições recentes, que se entende por “desenvolvimento”
não apenas crescimento do PIB de um país, mas um processo mais amplo que incluiria também melhoria dos
indicadores sociais ao mesmo que a economia crescesse. Esses indicadores sociais deveriam ainda melhorar a
taxas superiores ao do crescimento vegetativo. Já a noção de sustentável, está vinculada da adoção de
processos e tecnologias que não dilapidem os recursos do planeta de modo a garantir sua disponibilidade para
as gerações futuras.
De certa forma, o conceito de desenvolvimento sustentável se opõe ao apelo neoliberal, onde a lógica
de atuação é o mercado livre de barreiras, corte de custos de produção e dispensa de trabalhadores. Prevalece
assim, a otimização dos lucros a qualquer custo. No paradigma neoliberal, o capital atua de forma hegemônica,
procurando-se tirar proveito das “vantagens corporativas”, mesmo que para isso, passe-se por cima da
autonomia dos Estados.
No paradigma oposto, o do desenvolvimento sustentável, pressupõe-se um sistema de decisões
pactuado entre os diversos atores sociais: Estado, empresas, ONG(s) e demais representantes da sociedade civil,
são partes das formulações a respeito “do que, como e para quem produzir”.
Esta discussão envolve sobre tudo a ética, pois se questionando os modo de consumo dos países ricos
em relação aos pobres e a necessidade de uma racionalidade nestes padrões de crescimento, caminha-se para o
surgimento de uma nova ética internacional. Também fica clara a noção de interdependência entre os problemas
que a hoje humanidade enfrenta. O aquecimento da Terra, a perda da diversidade biológica ou a marginalização
de grupos sociais são temáticas que abrangem toda a humanidade e que só podem ser resolvidas através de
uma ação conjunta, uma cooperação internacional coordenada em todos os níveis decisórios.
Prof. Ailton Pinto Alves Filho
1.5. A Rio 92
a) Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, um conjunto de princípios nos quais se
definiram os direitos civis e as obrigações dos Estados na Rio-92. Para viabiliza-se a "Declaração de Princípios do
Rio" formou-se uma secretaria internacional incumbida de dar prosseguimento ao projeto que mais tarde foi
designado de Carta da Terra.
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Uma versão da Carta da Terra em português pode ser acessada na seguinte URL:
http://www.ufmt.br/remtea/downloads/Carta%20da%20Terra.doc
b) a “ Declaração das Florestas” – que consiste numa uma Declaração de princípios relativos às florestas e uma
série de indicações para o manejo mais sustentável das florestas do mundo. A declaração recomendava para
que cada país estabelecesse seus programas nacionais florestais. Para ratificar esta declaração foi
estabelecido no Brasil o Programa Nacional de Florestas - PNF, pelo Decreto n º 3.420, de 20 de abril de 2000.
d) e a Convenção Sobre Diversidade Biológica (CDB) estabelece diretrizes para a conservação e utilização
sustentável da diversidade biológica e também o acesso aos recursos genéticos, objetivando a repartição justa e
eqüitativa dos benefícios gerados pelo seu uso, incluindo a biotecnologia. A convenção já foi assinada por 175
países, dos quais 168 a ratificaram, incluindo o Brasil. A CDB estabeleceu os objetivos a serem atingidos pelas
Partes (países que a assinaram). Cabe às Partes determinar como implementar a CDB para proteger e usar sua
biodiversidade de uma maneira sustentável para não comprometer, hoje, a possibilidade de seu uso para
amanhã. Os EUA foram o único país do primeiro mundo a não firmarem a convenção na época. O governo
George Bush humilhou seu representante William Reilly, chefe da delegação americana, desautorizando todas as
suas tentativas de negociar a adesão ao texto sobre biodiversidade. Após a ratificação no Congresso Nacional da
convenção em 1994, foi criado o Programa Nacional da Diversidade Biológica (Pronabio), com o objetivo de
viabilizar os compromissos firmados pelo país.
Cada acordo diz respeito a questões específicas, tais como o clima ou as florestas. Já a
Agenda 21, é um plano de ação global que inclui as medidas mais importantes que é necessário
tomar para se alcançar o desenvolvimento sustentável.
e) Agenda 21, um plano de ação mundial para promover o desenvolvimento sustentável. Estas são algumas das
coisas que a Agenda 21 pede que os governos e os cidadãos façam:
•Reconhecer a relação entre questões ambientais e de desenvolvimento.
•Utilizar a energia de forma mais eficaz e desenvolver fontes de energia renováveis, como o vento e a energia
solar.
•Promover a educação ambiental dos agricultores.
•Plantar novas florestas e replantar as florestas danificadas.
•Eliminar a pobreza, ajudando os pobres a ganhar a vida de forma à não danificarem o ambiente.
•Fixar multas para as pessoas e indústrias que poluem as águas.
•Preparar planos nacionais para o tratamento de lixos.
•Exigir que as indústrias adotem métodos de produção mais seguros e mais limpos.
•Mudar padrões de consumo que destroem a economia.
Foi criado um órgão de alto nível, a Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável,
destinado a vigiar o cumprimento de todos os acordos alcançados no Rio. As Nações Unidas criaram também
escritórios para auxiliar os países a atingirem estes objetivos, ajudando os governos, cientistas e pessoas locais
partilhando informação e tecnologia, bem como levando a cabo programas de formação para que as pessoas
possam ser informadas sobre o desenvolvimento sustentável e sobre como o alcançar.
(fontes: WWF – Fundação Mundial Para Preservação da Vida Selvagem e Grupo Ecológico Alerta e Ministério do
Meio do Meio Ambiente)
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1.6. A Agenda 21
Para entendermos o que é Agenda 21 precisamos falar de suas principais dimensões, que são cinco:
1. É o principal documento da Rio-92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
Humano), que foi a mais importante conferência organizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em
todos os tempos. Ela tem esse nome porque se refere às preocupações com o nosso futuro, agora, a partir do
século XXI. Este documento foi assinado por 170 países, inclusive o Brasil, anfitrião da conferência.
2. É a proposta mais consistente que existe de como alcançar o desenvolvimento sustentável, isto é, de como
podemos continuar desenvolvendo nossos países e nossas comunidades sem destruir o meio ambiente e com
maior justiça social.
3. É um planejamento do futuro com ações de curto, médio e longo prazo, em outras palavras, re-introduz uma
idéia esquecida de que podemos e devemos planejar e estabelecer um elo de solidariedade entre nós e nossos
descendentes, as futuras gerações.
4. Trata-se de um roteiro de ações concretas, com metas, recursos e responsabilidades definidas.
5. Deve ser um plano obtido através de consenso, ou seja, com todos os atores e grupos sociais opinando e se
comprometendo com ele. Em resumo, a Agenda 21 estabelece uma verdadeira parceria entre governos e
sociedades. É um programa estratégico, universal, para alcançarmos o desenvolvimento sustentável no século
XXI.
A Agenda 21 serve de guia para as ações do governo e de todas as comunidades que procuram
desenvolvimento sem com isso destruir o meio ambiente. Da mesma forma que os países se reuniram e fizeram
a Agenda 21, as cidades, os bairros, os clubes, as escolas também podem fazer a Agenda 21 Local.
Portanto, com a implantação das Agendas 21 podemos garantir um Meio Ambiente equilibrado para as futuras
gerações, cumprindo assim, nosso dever mencionado na Constituição do Brasil.
Fonte: www.agenda21.org.br
Fonte: www.agenda21.org.br
Fonte: www.agenda21.org.br
Fonte: www.agenda21.org.br
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