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Gabriel Granjeiro

MANUAL DO
FUTURO
SERVIDOR
mensagens motivacionais e dicas
para você mudar a sua vida e fazer
a diferença no serviço público

Brasília/2017
3/2017 – GG Educacional Ltda

GRANJEIRO, Gabriel.
Manual do Futuro Servidor – Mensagens Motivacionais e Dicas para Você Mudar a
sua Vida e Fazer a Diferença no Serviço Público/ Gabriel Granjeiro – Brasília: GG
Educacional Ltda, 2017

p. 133

ISBN: 978-85-69303-55-8

1. Motivação. 2. Concursos Públicos. 3. Serviço Público. 4. Educação. I Título.

CDD 370

DIRETOR-PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro

DIRETOR EXECUTIVO: Rodrigo Teles Calado

GERENTE ADMINISTRATIVO: Magno Coimbra

SUPERVISÃO DE PRODUÇÃO: Marilene Otaviano e Emanuelle Alves Melo

DIAGRAMAÇÃO: Washington Nunes Chaves e Charles Maia da Silva

REVISÃO: GG Educacional

CAPA: Pedro Wgilson Granjeiro

GG EDUCACIONAL LTDA
Brasília-DF

CONTATOS:
Capitais e Regiões Metropolitanas
4007 2501

Demais Localidades
0800 607 2500

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – De acordo com a Lei n. 9.610, de 19/02/1998, nenhuma parte
deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação de
informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio
consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.
Sumário
Boas-vindas e apresentação ............................................................................ 5

Mensagens Motivacionais
Veja, por A mais B, como prestar concurso é um excelente negócio....................... 8
O poder do pensamento positivo nos concursos e na vida...................................17
“Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem
condições melhores para fazer melhor ainda!” (Mário sérgio cortella).................... 22
Estude, viva feliz e seja aprovado....................................................................26
Filmes motivacionais a que todo concurseiro deve assistir...................................29
À procura da felicidade nos concursos públicos..................................................39
Concurseiros de honra!..................................................................................45
Os concursados estão fazendo a diferença!.......................................................51
Sem sacrifício, não há recompensa..................................................................56
A alegria como aliada do concurseiro................................................................60
As decepções fazem parte da caminhada. Não desista!.......................................64
Desmotivado(a)? Confira 5 dicas valiosas para você não desistir e continuar
estudando!...................................................................................................71

Preparação para Concursos


Verdades e mitos sobre concursos públicos: 15 esclarecimentos que você
precisa ler!...................................................................................................75
É possível trabalhar e estudar – com eficiência – para concurso?..........................84
Cinco erros que os vencedores NUNCA cometem!..............................................90
Guia de sobrevivência (e de superação) num mundo altamente competitivo..........94
O segredo para se manter competitivo...........................................................100
Como resistir às sete tentações mais comuns entre os concurseiros...................106
A importância do autocontrole: aprenda as lições do teste do marshmallow!........111
O papel da atividade física na preparação para concurso...................................116

Dicas de Quem Chegou Lá


Dicas de quem passou, e passou bem – Parte I...............................................121
Dicas de quem passou, e passou bem – Parte II..............................................125
Dicas de quem passou, e passou bem – Parte III – Métodos extravagantes.........129

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Boas-Vindas e apresentação

Boas-vindas e apresentação

Olá, futuro(a) servidor(a)! Tudo bem?

Você sabe que, quando se entra na fila dos que


querem se tornar servidores ou empregados públicos,
é preciso preparar bem o espírito e a mente, não sabe?
O concurseiro precisa estar devidamente motivado
quando os problemas, as dificuldades e as temidas
reprovações surgirem pelo caminho. E acredite: é só
Autor uma questão de tempo até que isso aconteça. Em ho-
ras de desespero e de tristeza, como as dos inevitáveis
Gabriel Granjeiro
insucessos que antecedem a vitória final, entram em
Fundador do Gran Cursos cena a família e os amigos, além de nós, seus parcei-
Online e da GG Educacional ros do Gran Cursos Online. Você pode e deve recorrer
a todos nós quando precisar reerguer o ânimo, o corpo
e o espírito de guerreiro que nunca pode desistir.
Nossa missão, no Gran Cursos Online, é oferecer
um produto de excelência aos candidatos às mais di-
versas carreiras públicas. Aqui, o aluno sabe que conta
com equipe especializada, material de primeira quali-
dade e plataforma de EaD com inúmeras ferramentas
de auxílio. Sabe também que sempre ouvirá de nós
Nossos artigos
– membros dessa grande família chamada Gran Cur-
motivacionais renovam
sos Online – palavras de incentivo para que continue
a convicção de
sempre em frente, até a tão sonhada nomeação.
que o sucesso é
É por conta desse sentimento de pertencimento
plenamente viável
e compartilham um a uma família que temos publicado mensagens com
pouco da palavras de fé e de força. Nossos artigos motivacio-
sabedoria, da nais renovam a convicção de que o sucesso é plena-
tranquilidade e das mente viável e compartilham um pouco da sabedoria,
experiências que da tranquilidade e das experiências que coletamos em
coletamos em nossa vivência como educadores. Temos, com esses
nossa vivência como textos de publicação periódica, um único intuito: fazer
educadores. você desenvolver o senso de merecimento para, en-
tão, prosperar no certame dos seus sonhos.
Neste livro, reunimos todas essas mensagens, tal
como você, amiga e amigo concurseiro, nos pediu e
pautou. Recorra a ele sempre que você se sentir triste,
sem ânimo. Depois, trate de voltar correndo para a
“fila”, para não perder o seu lugar nela.
Ressalto que as informações aqui coligidas não
surgiram do nada. São, na verdade, fruto de muitas
conversas com experientes professores e servidores
aprovados nos mais diversos concursos públicos e da

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Gabriel Granjeiro

leitura de diversos livros e artigos científicos. Ao to-


mar a iniciativa de compartilhá-las com os alunos que
acompanham minha coluna semanal, estou agindo
como um mero facilitador, cuja única intenção é, de
alguma forma, ajudar os concurseiros em seu projeto
de estudos.
Em breve apresentação, meu nome é Gabriel
Granjeiro e sou Diretor-Presidente e fundador do Gran
Cursos Online e da GG Educacional. Sempre soube que
a minha missão de vida era ser empreendedor. Por for-
ça do destino, ingressei no mercado de concursos mui-
to novo, há mais de 10 anos. Acumulei experiências de
grande valia ao acompanhar as atividades empresa-
riais de meus pais, ambos ex-servidores com quase 3
décadas de experiência no mercado de concursos. Em
2013, decidi que queria montar a minha própria em-
presa e convidei meu amigo Rodrigo Calado, também
Hoje é possível muito experiente na área, para ser o meu sócio. Nas-
estudar com ceu ali a GG Educacional, uma organização totalmente
os melhores dedicada à educação a distância, cujo lema é: “Ensino
professores de aliado à tecnologia”. Esse foco, em conjunto com
qualquer lugar o trabalho de colaboradores e professores dedicados
no mundo, algo
e altamente especializados, resultou em crescimen-
inimaginável 20
to exponencial ao longo dos últimos 2 anos – o mais
anos atrás.
expressivo entre todos os grandes players do ramo.
Atualmente, o Gran Cursos Online, principal marca da
empresa, está entre as maiores do País e é referência
em sua esfera de atuação.
Sou formado em Administração e Marketing pela
New York University Stern School of Business, institui-
ção de grande destaque no mundo corporativo. Nela,
estudaram dezenas de estudantes que, futuramente,
ganharam Prêmios Nobel, além de economistas de re-
nome, como Alan Greenspan, e empreendedores de
sucesso, como Jack Dorsey (fundador do Twitter) e
John Paulson (fundador e presidente de um dos maio-
res fundos de investimento do mundo).
Lá, participei de projetos desafiadores, interagin-
do com alunos do mundo inteiro e de visões muito
diferentes da minha. Essa educação global e empre-
endedora hoje faz parte do meu DNA e da essência da
empresa que lidero, onde busco oferecer aos alunos o
que há de melhor, tudo para ajudá-los a atingir os seus
objetivos e a mudar de vida.

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Boas-Vindas e apresentação

Eu me considero um apaixonado pelo empreen-


dedorismo, pela educação a distância e pelo mundo
dos concursos. Acredito que a educação a distância
alterará profundamente o caminho da humanidade e
Essa forma de selecionar se tornará a maior mudança que vivemos desde a Re-
novos servidores volução Industrial. Trata-se da Revolução do Conhe-
públicos é a única a
cimento. Graças à EaD, hoje é possível estudar com
oferecer a possibilidade
os melhores professores, de qualquer lugar no mundo,
para que qualquer
algo inimaginável 20 anos atrás.
pessoa, com muita força
Acredito que o concurso público é o instituto de
de vontade, técnica
e motivação, possa seleção mais isonômico que há em nosso País, embora
melhorar de vida. Isso ainda possa ser aprimorado em alguns aspectos. Essa
é o que nos move e nos forma de selecionar novos servidores e empregados
faz trabalhar 16 horas públicos é a única a oferecer a possibilidade para que
por dia. qualquer um – desde que com muita força de vontade,
técnica e motivação – mude de vida e, tornando-se
um verdadeiro servidor do público, dê sua contribui-
ção para um Brasil melhor.
Isso é o que nos move e nos faz trabalhar 16 ho-
ras por dia em prol de nossos alunos.
Sou apaixonado pelo que faço e não me imagino
fazendo algo diferente. Agradeço muito a Deus por ter
me proporcionado esta oportunidade e me conduzido
nesta direção.

Lembre-se:
Estamos juntos em seu projeto de entrar para o
serviço público até a vitória da nomeação, que lhe
garantirá estabilidade financeira e a qualidade de
vida com a qual você hoje sonha.

“A persistência é o caminho do êxito.”


Charles Chaplin

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

VEJA, POR A MAIS B, COMO PRESTAR CONCURSO É UM EXCELENTE


NEGÓCIO

Quando se trata de decidir


se é melhor empreender, quali-
ficar-se para conquistar um bom
emprego na iniciativa privada ou
preparar-se para o ingresso na
carreira pública, não há consen-
so. Para dúvidas como essas, há
tricolores e rubro-negros, colo-
rados e gremistas, são-paulinos
e corintianos, todos com argu-
mentos razoáveis para defender
cada um a sua preferência.
Eu, por exemplo, empreendedor por vocação, poderia defender o
empreendedorismo com unhas e dentes, mas, desde que me vi total-
mente inserido no mundo dos concursos, comecei a ver que as coisas
são mais complexas do que parecem. Desde então, tenho procurado
conciliar as duas áreas para transformar os meus conhecimentos em
informação útil aos concurseiros. Preparei este artigo com isso em
mente. Nele vou expor alguns dados que, espero, tornarão você,
amigo leitor, mais apto a analisar, julgar e decidir por si mesmo se
vale ou não a pena investir em uma boa preparação para ingressar
na carreira pública.
Imagina-se que quem decide concorrer a um cargo público tenha
descoberto a vocação para servir; tenha enxergado em si atributos,
talentos e valores voltados à satisfação do bem comum, ao interesse
coletivo e ao progresso do País. Em geral, essa pessoa não é alguém
que pretende ficar milionário. Na verdade, é um cidadão que não só
almeja uma vida confortável, uma carreira estável e algum status e
prestígio, mas também o poder para lutar por uma administração pú-
blica baseada em valores éticos e mais efetiva, eficiente e eficaz.

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Veja, por A mais B, como prestar concurso é um excelente negócio

É alguém que sonha com serviços públicos prestados por profissionais


comprometidos com a satisfação das necessidades do cidadão-cliente.

“… quem pretende concorrer a uma dessas vagas sabe que


fará jus a mais de cinquenta direitos, vantagens e benefícios,
entre indenizações (4), gratificações e adicionais (7), férias
e afastamentos (11), licenças (13), ausências remuneradas
(3), direito de petição, benefícios para si e seus dependentes
(12) e direitos sociais constitucionais pagos ao trabalhador
comum e extensivos aos servidores (16).”

Os servidores que atuam em órgãos públicos, autarquias ou fun-


dações públicas federais são regidos pelo Regime Jurídico Único dos
Servidores Públicos Civis da União – Lei n. 8.112/1990. Portanto,
quem pretende concorrer a uma dessas vagas sabe que fará jus a
mais de cinquenta direitos, vantagens e benefícios, entre indeniza-
ções (4), gratificações e adicionais (7), férias e afastamentos (11),
licenças (13), ausências remuneradas (3), direito de petição, benefí-
cios para si e seus dependentes (12) e direitos sociais constitucionais
pagos ao trabalhador comum e extensivos aos servidores (16).

“O ganho dos servidores que estão no topo da pirâmide


hierárquica é quatro vezes maior do que a média paga na ini-
ciativa privada para profissionais de formação e função seme-
lhantes.”

O servidor público tem, sim, muitas vantagens e direitos, mas


também muitos deveres, proibições e responsabilidades. Quanto
maior o poder, maior a responsabilidade e a obrigação de prestar
contas. Felizmente, tamanha responsabilidade é retribuída à altura.
O ganho dos servidores que estão no topo da pirâmide hierárquica
é quatro vezes maior do que a média paga na iniciativa privada
para profissionais de formação e função semelhantes. A título de

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Gabriel Granjeiro

exemplo, um diretor da Ambev, que segue uma rotina intensa e es-


tressante de trabalho e detém grandes responsabilidades, mas ne-
nhuma estabilidade, chega a ganhar menos do que um Auditor-Fiscal
da Receita Federal.
Na próxima página, há um comparativo entre o salário de alguns
cargos de gerência em oito gigantes corporações, que tendem a pa-
gar os mais altos salários da iniciativa privada, e a remuneração de
cargos variados no funcionalismo público federal. As informações são
do site da renomada revista Exame.
Observe bem os valores, tendo em mente, ainda, que nenhum
emprego da iniciativa privada é capaz de concorrer com os cargos
públicos quanto ao número de benefícios, como estabilidade e garan-
tia de progressão remuneratória. Ademais, as posições na iniciativa
privada costumam ser altamente concentradas nos centros de negó-
cios e impõem níveis de pressão e carga horária muito maiores do
que o serviço público, além de, como visto, pagarem em média re-
munerações bem inferiores às de diversos cargos na Administração.

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Veja, por A mais B, como prestar concurso é um excelente negócio

–– As remunerações do funcionalismo público contemplam alguns be-


nefícios básicos, como auxílio-alimentação e auxílio-saúde.
–– Os vencimentos citados já contemplam os reajustes que foram con-
cedidos a diversas categorias a partir de janeiro de 2017.

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Gabriel Granjeiro

Veja bem: ao apresentar dados como esses, não pretendo des-


merecer a iniciativa privada; afinal, minha vocação na vida é ser em-
preendedor. Acredito mesmo que o empreendedorismo, aliado à boa
educação, pode mudar o Brasil e o mundo. Não obstante essas convic-
ções, reconheço que o Estado também precisa de empreendedores,
policiais, juízes, técnicos administrativos, gestores públicos, fiscais,
auditores, entre outros inúmeros profissionais, todos trabalhando em
conjunto em suas respectivas carreiras, vocacionadas para construir
um Brasil melhor.
O meu real objetivo, ao expor esse comparativo, é revelar a você,
leitor, uma foto panorâmica da realidade, para que você decida sozinho
qual caminho trilhar. Não podemos ignorar que a remuneração é um
fator importante a ser considerado nessa decisão. Se o governo oferece
vencimentos interessantes, é porque pretende atrair e reter os melho-
res talentos. Aliás, eis aí algo de que nosso País precisa agora mais do
que nunca, se quiser dar os primeiros passos para fora da crise que se
instaurou por aqui nos últimos anos. Acredito que essas remunerações
são justas e mais do que merecidas, desde que o servidor esteja, de
fato, empenhado em sua missão de trabalhar em prol da sociedade.
Uma pesquisa conduzida pelo professor José Roberto Afonso, do
Ibre/FGV, e publicada também no site da revista Exame, reforça nos-
sa tese de que o serviço público é um excelente negócio. Segundo os
dados ali reunidos, a elite estatal ocupa seis das dez profissões mais
bem-remuneradas do País. Em outras palavras, das dez categorias
profissionais mais bem-pagas do Brasil, seis compõem a chamada eli-
te do funcionalismo público, e uma delas é de concessão pública – ou
seja, não é considerada nem pública, nem privada. Em primeiro lugar,
vêm os titulares de cartórios, concessionários dos serviços públicos,
que recebem em média R$ 1,1 milhão por ano, ou R$ 92 mil por mês.
Eles são seguidos dos promotores e procuradores do Ministério Públi-
co, cujos rendimentos somam, em média, R$ 530 mil anuais, ou R$
44 mil por mês; dos juízes e integrantes dos Tribunais de Contas, cuja
renda anual é de R$ 521,2 mil, ou R$ 43 mil mês; e dos diplomatas,
que recebem a média anual de R$ 332 mil, ou R$ 28 mil por mês.

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Veja, por A mais B, como prestar concurso é um excelente negócio

Você deve estar se perguntando como são possíveis valores as-


sim, se o teto do funcionalismo público é de R$ 39,2 mil. Eu explico:
a declaração anual contempla décimo terceiro salário, férias e bene-
fícios como o auxílio-moradia, que não entram no teto. Agora ima-
gine um casal de juízes; marido e mulher com salários desse vulto e
idênticos, já que no serviço público não há discriminação de gênero…
Juntos, eles recebem mais de R$ 1 milhão por ano, algo muito difícil
de conseguir na iniciativa privada, como você deve ter concluído pela
relação de salários que elencamos no quadro.

“A aprovação é mérito pessoal do candidato e advém de


preparação adequada, de merecimento, de alguma inspiração
e de muita transpiração.”

As carreiras públicas não impõem, como requisitos para ingresso


e posse nos cargos, nem experiência, nem boa aparência, nem títulos
específicos. Tampouco espera-se que os candidatos a uma vaga no
serviço público residam em local próximo ao do futuro trabalho, por
exemplo. Nada disso. Por outro lado, exige-se do concursando muita
vontade de ser aprovado e muito sacrifício, o suficiente para que ele
abra mão de alguns prazeres e organize bem o tempo na agenda
para a rotina de operário do estudo. A aprovação é mérito pessoal
do candidato e advém de preparação adequada, de merecimento, de
alguma inspiração e de muita transpiração.
Há outro dado, divulgado pelo Ministério do Planejamento, que
deve fazer você, concurseiro de plantão, pensar bastante na possibili-
dade de se dedicar ainda mais aos estudos: nos próximos cinco anos,
cerca de 40% dos mais de 1 milhão de servidores públicos federais
atualmente na ativa terão condições de se aposentar. Especialmente
agora, a tendência é que mais e mais servidores optem por fazê-lo,
para não serem atingidos pelas significativas mudanças que o gover-
no ameaça implementar nas regras de aposentadoria voluntária.

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Gabriel Granjeiro

“… estima-se que, ao longo dos próximos anos, 48% – quase


a metade dos servidores! – terão direito de pedir aposentadoria.
Calcula-se que serão 1,8 milhão de servidores com direito a rei-
vindicar o benefício…”

Quando examinamos o nível estadual, o cenário é ainda mais


desafiador para a Administração: estima-se que, ao longo dos próxi-
mos anos, 48% – quase a metade dos servidores! – terão direito de
pedir aposentadoria. Calcula-se que serão 1,8 milhão de servidores
com direito a reivindicar o benefício, segundo levantamento feito pelo
professor Nelson Marconi, da FGV. E olhe que estamos nos referindo
a cargos estratégicos: policiais, professores, fiscais, auditores, ges-
tores, enfermeiros, médicos etc. O governo pode até não gostar da
ideia de realizar concursos, mas a verdade é que ele não terá opção,
sob pena de paralisar a máquina pública ou de tornar impossível o
atendimento das demandas básicas dos cidadãos, gerando caos ab-
soluto no País.
Outra informação preocupante, fruto de levantamento do Insti-
tuto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), é a de que 26,36% dos
jovens com idades entre 14 e 24 anos estão desempregados, seja
porque não têm experiência, seja porque largaram os estudos, seja,
ainda, porque simplesmente não procuram emprego. São os chama-
dos “nem-nem-nem”: nem trabalham, nem estudam, nem procuram
emprego, por não se sentirem em condições de preencher os requi-
sitos exigidos nos recrutamentos.

“... enquanto 20% da população com ensino superior com-


pleto ganha acima de R$ 5 mil por mês trabalhando no setor
privado, mais de 55% dos servidores públicos federais com a
mesma qualificação ganham salários nessa faixa.”

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Veja, por A mais B, como prestar concurso é um excelente negócio

Há mais. Outros dados da pesquisa do IPEA indicam que, en-


quanto 20% da população com ensino superior completo ganha
acima de R$ 5 mil por mês trabalhando no setor privado, mais de
55% dos servidores públicos federais com a mesma qualificação
ganham salários nessa faixa. No serviço público federal, segundo
cartilha publicada pela ENAP/MPOG, 40% dos atuais servidores têm
idade entre 18 e 29 anos e 40% estão acima dos 50 anos. Veja
que interessante mistura de experientes servidores e jovens profis-
sionais combinando atributos, energia e talentos, tudo em prol do
bem comum.
Na minha percepção de empreendedor, não há dúvidas de que
prestar concurso público é um excelente negócio. Se você, ami-
go leitor, candidato, concurseiro, também se convenceu disso com
base nos dados que minha equipe e eu levantamos, continue firme
em seu projeto de mudança de vida.
O investimento na preparação representará uma fração mínima
do valor do seu primeiro contracheque, depois que você já estiver
empossado no cargo dos seus sonhos. Em matéria de negócios,
sou bastante experiente. Desde os 12 anos de idade, já fiz vários
deles. No entanto, nunca vi negócio tão rentável quanto garantir
uma boa remuneração para o resto da vida depois de ter feito um
investimento correspondente, em média, a uma mísera fração do
salário de um único mês.
Confie em nossos 27 anos de tradição, ao longo dos quais apro-
vamos mais de 620 mil alunos. Conte conosco e vamos em frente,
rumo à mudança de vida que você tanto deseja.

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Referências

Exame.com, Elite estatal ocupa 6 das 10 profissões mais bem pa-


gas. Disponível em: http://exame.abril.com.br/economia/elite-
-estatal-ocupa-6-das-10-profissoes-mais-bem-pagas/
Exame.com, Os salários que a Ambev paga (de estagiário a dire-
tor). Disponível em: http://exame.abril.com.br/carreira/os-sa-
larios-na-ambev-de-estagiario-a-diretor/
Exame.com, Os salários dos gerentes em 15 grandes empresas no
Brasil. Disponível em: http://exame.abril.com.br/carreira/os-sa-
larios-dos-gerentes-em-15-grandes-empresas-no-brasil/
Globo.com, Desemprego afeta mais os jovens, diz estudo do
Ipea. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/
2016/06/desemprego-afeta-mais-os-jovens-diz-estudo-do-i-
pea.html
Ipea.gov.br, Jovens são os mais afetados pelo desemprego. Dispo-
nível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=-
com_content&view=article&id=27922
Cartilha ENAP/MPOG. Disponível em: http://www.youblisher.
com/p/1156374-Servidores-Publicos-Federais-Perfil-2015/

@GabrielCGranjeiro

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O poder do pensamento positivo nos concursos e na vida

O PODER DO PENSAMENTO POSITIVO NOS CONCURSOS E


NA VIDA

“O poder que me criou me deu poder para eu criar minha nova vida,
que será numa carreira pública. Então, peça, acredite e receba.”

Sabe qual é uma das aulas


mais requisitadas na Universidade
de Harvard? Psicologia positiva. E
em Stanford? Psicologia positiva.
Em Berkeley? Psicologia positiva.
Esse tema da ciência está em alta
em muitas outras universidades
além dessas, no mundo todo. É
que está comprovado que, se mu-
damos nossos padrões de pensa-
mento e nos tornamos indivíduos
com visão mais positiva das coisas, podemos ser mais bem-sucedi-
dos e mais felizes tanto na vida pessoal como na profissional. Quando
estamos na frequência positiva do pensamento, tendemos a atrair
tudo que é bom: saúde, sucesso, riqueza. Enfim: pensar positivo
transforma nossa vida e a direciona para a realização de tudo que nos
agrada ou nos é caro.

“… está comprovado que, se mudamos nossos padrões de


pensamento e nos tornamos indivíduos com visão mais positi-
va das coisas, podemos ser mais bem-sucedidos e mais felizes
tanto na vida pessoal como na profissional.”

O corpo é um campo de energia que precisa estar em equilíbrio.


Por isso são tão importantes pequenos gestos diários que o façam
sorrir por inteiro. Além disso, precisamos estar atentos ao fato de
que todo pensamento que temos e toda palavra que proferimos são

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capazes de moldar o nosso futuro. Querendo ou não, nós nos tor-


namos aquilo que pensamos, aquilo que projetamos. A força está
dentro de nós, onde tudo começa. Já diz a sabedoria popular que a
mente move montanhas. De fato: tenha consciência de que você é
um ímã que atrai tudo o que deseja, seja para si, seja para o outro.
Faz um bem danado manter uma atitude positiva diante de uma do-
ença, de um problema e até durante momentos de sofrimento como
os que se vive ao longo da preparação para concurso. Como costu-
mamos relatar em nossas mensagens, essa atitude positiva frente às
dificuldades da vida funciona mesmo.
Antes de demonstrarmos como o pensamento positivo pode aju-
dar você a ser aprovado e classificado em concurso, vamos a alguns
números impressionantes sobre o assunto. Os dados a seguir fo-
ram compilados em pesquisas diversas conduzidas por algumas das
maiores universidades do mundo. Eles indicam, por exemplo, que os
otimistas têm 55% menos risco de desenvolver doenças cardíacas.
Mostram também que a turma do bom humor é mais resistente a do-
enças pulmonares quando comparada aos estressadinhos. Além disso,
apontam que pensamentos negativos e desagradáveis podem matar
até 25% dos neurônios do hipocampo, a parte do cérebro responsável
pela memória e pelo aprendizado. Isso explica por que ficamos confu-
sos e esquecidos quando estamos muito estressados e irritados.
Os números comprovam, ainda, que a máxima de que o feitiço
pode virar contra o feiticeiro está correta. Alimentar o desejo de vin-
gança ou direcionar pensamentos negativos a outras pessoas pode
nos levar à depressão, à ansiedade e, em casos extremos, a um
enfarte ou a um derrame. Por outro lado, um cérebro com foco em
ideias positivas é 31% mais produtivo. Profissionais de vendas que
têm atitude positiva frente à vida, por exemplo, chegam a mostrar
desempenho 37% melhor do que os colegas mais pessimistas, e mé-
dicos otimistas chegam a ser 19% mais precisos e rápidos na forma-
ção de diagnósticos corretos.

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O poder do pensamento positivo nos concursos e na vida

“Ao nos mantermos otimistas durante os estudos, nosso


cérebro funciona com mais sucesso. Nossa capacidade de as-
similar os conteúdos estudados aumenta, e nossa mente pas-
sa a funcionar com mais rapidez.”

Tal regra se aplica ao nosso contexto. Ao nos mantermos otimis-


tas durante os estudos, nosso cérebro funciona com mais sucesso.
Nossa capacidade de assimilar os conteúdos estudados aumenta, e
nossa mente passa a funcionar com mais rapidez. Consequentemen-
te, a memória se abre e armazena melhor as informações que pre-
cisaremos acessar no dia “D”. Em resumo, nossa inteligência, nossa
criatividade e nossos níveis de energia e de entusiasmo aumentam
quando nosso cérebro atua com foco no positivo.
Psicanalistas e psicoterapeutas defendem que uma boa dose de
pensamento positivo em seus pacientes – conquistada, por exemplo,
durante a leitura de um livro ou em atividades lúdicas – pode ajudar
bastante. O fato é que, quando as pessoas brincam ou dançam, libe-
ram endorfina, um medidor da sensação de dor. Quanto mais relaxa-
das estiverem, menos dor sentirão.
Todas essas teorias e pesquisas baseiam-se em argumentos
científicos para afirmar que é possível, sim, fazer o cérebro funcionar
a nosso favor e gerar resultados surpreendentes. Norman Vincent
Peale, o pai das teorias sobre o poder do pensamento positivo, já
dizia: “Mude seus pensamentos e você mudará seu mundo”. Para
ele e para outros cientistas, a realidade que vivenciamos é resultado
dos pensamentos que formulamos, e é quando ignoramos a filosofia
do pensamento positivo ou nos distanciamos da energia positiva que
surgem os problemas, os medos, as carências e as doenças.
Já se estudarmos com pensamento positivo e nos dirigirmos para
a prova com esse mesmo tipo de energia, tudo nos favorecerá: não
haverá nenhum problema para acessar o local de prova, o tempo
para resolver as questões será mais do que suficiente, e só cairá

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na prova o que tivermos estudado. Enfim, tudo conspirará a nosso


favor, porque teremos dado nossa parcela de sacrifício sem perder a
capacidade de pensar positivo. Teremos estudado com afinco, ado-
tado técnicas e desenvolvido estratégias e táticas para enfrentar o
inimigo, que no nosso caso é a banca examinadora. Teremos plena
consciência das nossas fraquezas e de todo o nosso potencial. Tudo
isso nos levará a vencer a guerra.

“De acordo com as pesquisas na área da psicologia posi-


tiva, o cérebro pode e deve ser treinado para se tornar mais
otimista. Não é preciso muito esforço; bastam dois minutos
diários durante cerca de três semana.”

De acordo com as pesquisas na área da psicologia positiva, o


cérebro pode e deve ser treinado para se tornar mais otimista. Não é
preciso muito esforço; bastam dois minutos diários durante cerca de
três semanas. Eis a recomendação dos pesquisadores:
1º) Reconheça três motivos para se sentir grato por dia.
2º) Escreva sobre experiências positivas que você tenha viven-
ciado nas últimas 24 horas.
3º) Pratique exercícios físicos, em especial os do tipo aeróbico
(caminhada, corrida, natação, ciclismo etc.). Eles ensinam ao cére-
bro que o comportamento ativo é importante.
4º) Medite ou ouça música clássica. Isso ajuda o cérebro a su-
perar transtornos como o do deficit de atenção, a hiperatividade e a
ansiedade, levando-o a se concentrar em uma tarefa de cada vez.
5º) Aja de forma gentil em momentos aleatórios. Refiro-me a
atos conscientes de gentileza. Pode ser, por exemplo, o envio de um
e-mail para uma colega do grupo de estudos ou para um amigo das
redes sociais. Teça elogios, palavras de agradecimento ou simples
comentários acerca de algo interessante e bacana.

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O poder do pensamento positivo nos concursos e na vida

Lembre-se de que o ciclo do sucesso se forma da seguinte manei-


ra: o pensamento positivo influencia sentimentos, que resultam em
ações condizentes com ele; tais ações geram resultados positivos, os
quais, por sua vez, criam o hábito, moldam o caráter e direcionam o
destino das pessoas.
“As pessoas realmente se tornam completamente extraordinárias
quando começam a pensar que conseguem fazer coisas. Quando elas
acreditam em si mesmas, adquirem o primeiro segredo do sucesso”
(Norman Vincent Peale).
Concurseiras e concurseiros, vamos treinar o cérebro como trei-
namos o corpo físico. Fazendo isso, criaremos condições favoráveis
para a sonhada aprovação e nomeação!

Referências

Pesquisa do Instituto Delfland de Saúde Mental da Holanda.


Centro de Memória da PUC de Porto Alegre.
“Pensar Positivamente”, Pesquisa da Universidade de Harvard,
nos EUA.

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@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

“FAÇA O SEU MELHOR, NA CONDIÇÃO QUE VOCÊ TEM,


ENQUANTO VOCÊ NÃO TEM CONDIÇÕES MELHORES PARA
FAZER MELHOR AINDA!” (Mário Sérgio Cortella)

Tive a oportunidade de as-


sistir a uma palestra do filósofo
Mário Sérgio Cortella que me im-
pactou bastante. Nela, o profes-
sor comentava um pouco sobre a
importância de fazer o melhor – e
não apenas o possível – para viver
a vida da forma que ela merece
ser vivida. “A vida é curta, mas
não precisa ser pequena”, defen-
dia o palestrante para uma plateia
composta de servidores públicos.
No evento, acertada e insistentemente, o professor ensinava que
devemos sempre “fazer o nosso melhor, com as condições que te-
mos, enquanto não tivermos condições melhores para fazer o nosso
trabalho melhor ainda”. Gostei muito desse pensamento, que, aliás,
busco aplicar sempre em minhas atividades. Então, aproveitarei este
artigo para encaixar em nosso contexto o resumo de algumas das
ideias que extraí das palavras tão inspiradoras, provocantes e moti-
vadoras do professor Cortella. Não posso deixar de dividir com meus
leitores as lições que aprendi com esse que é tido como um dos maio-
res filósofos brasileiros da atualidade.
É notório – e, infelizmente, também muito triste – que, na grande
maioria dos órgãos e entidades públicas, quem ocupa cargos, funções
ou empregos públicos nem sempre conta com as melhores condições
para desempenhar bem as suas funções e empregar da melhor forma
os seus dons e os seus talentos. Mas isso não deve servir de muleta

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“Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto você
não tem condições melhores para fazer melhor ainda!”

ou de justificativa para que o servidor nem sequer tente fazer o seu


melhor com o que está disponível na repartição. Ele deve, sim, de-
senvolver o seu melhor projeto, prestar o seu melhor atendimento,
emitir o seu melhor parecer, ministrar a sua melhor aula, dar a sua
melhor consulta, conduzir a sua melhor investigação. Em outras pa-
lavras, deve pautar suas ações sempre de modo a superar a expec-
tativa do colega, do superior e, principalmente, do usuário do serviço
público. O cidadão-cliente tem o direito de sair do encontro com o
agente público com a sensação de que foi respeitado e bem atendido.
Todos nós, sejamos servidores, agentes públicos ou ainda con-
curseiros, precisamos fazer sempre o nosso melhor, seja qual for a
nossa condição financeira, física ou psicológica, quando estamos em
busca de realizar um sonho. Devemos dar o nosso melhor enquanto
ainda não dispomos das condições ideais para fazermos melhor ainda
o que já costumamos fazer muito bem. Quem apenas faz o possível,
o básico, cai na mediocridade e vive uma vida morna, apequenada.
Mediocridade é falta de capricho, de zelo, de qualidade. É optar
por fazer tudo mais ou menos, embora se pudesse fazer o melhor.
Capricho, ao contrário, é fazer o melhor nas circunstâncias em que o
indivíduo se encontra, ainda que esse melhor não seja o melhor do
mundo. Insistimos da mesma forma que o professor Cortella: é fazer
esse melhor enquanto não estão presentes as condições ideais para
fazer melhor ainda. Pode ser que você não tenha, hoje, a mínima
condição de estudar para a magistratura federal, por exemplo; mas,
quem sabe, com muito esforço, talvez até estudando no ônibus de
madrugada, você possa se preparar para um concurso de Técnico
Judiciário. Faça isso, que, depois de nomeado, você estará em me-
lhores condições para alçar voos mais altos.
Não conheço ninguém exitoso que tenha feito as coisas sempre
“mais ou menos”, que tenha agido sempre com mediocridade, que não
tenha tido capricho e zelo em cada uma de suas ações. Isso vale para
todos: concurseiros, concursados, empreendedores, empregados.

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Gabriel Granjeiro

Algum tempo atrás, nós, do Gran Cursos Online, preparamos


uma série de artigos intitulada “Histórias de Superação”. Cada um
dos textos que a compõem retrata o exemplo concreto de pessoas
vencedoras que deram o seu melhor, mesmo quando tudo conspi-
rava contra elas. Essas pessoas fizeram tudo que era possível – e
até o que parecia ser impossível, na visão de alguns – e hoje são
servidoras públicas e levam uma vida muito mais digna. Vimos, ali,
o exemplo da simpática Marilene Conceição Lopes1, antes catadora
de latinha e hoje servidora do TJDFT; conhecemos a história de Ma-
ria Odete Silva2, vendedora de churros que conseguiu se formar em
Direito; acompanhamos a saga da Dra. Antonia Faleiros3, ex-empre-
gada doméstica e atual Juíza de Direito, a quem tive o prazer de co-
nhecer pessoalmente; e lemos o depoimento para lá de emocionante
e inspirador do nosso professor de Direito Constitucional e Juiz de
Direito Aragonê Fernandes, cujo título é bastante sugestivo: “A saga
de um concurseiro4”.
O nosso propósito é, foi e sempre será garantir que nossos alu-
nos tenham acesso a depoimentos, biografias e histórias inspirado-
ras, bem como às melhores palestras, pesquisas e técnicas de estu-
do. Sabemos muito bem que o mundo inteiro conspira contra quem
decidiu estudar para concurso. Não se engane: notícias ruins sempre
surgirão pelo caminho, e alguns dos seus “amigos” vez ou outra apa-
recerão para desanimar você. Quando isso acontecer, saiba que nós,
do Gran Cursos Online, estaremos sempre aqui para neutralizar tudo
isso e ajudar na sua sonhada mudança de vida.
Fique à vontade para buscar, tanto neste livro, como em nosso
blog, a inspiração de que você estiver precisando. Um e outro contêm
informações e mensagens de grande valia para os concurseiros. Se
você tiver a humildade de saber absorvê-las, aprenderá muito.

1 Assista em: http://bit.ly/marilenelop


2 Assista em: http://bit.ly/mariaod
3 Assista em: http://bit.ly/antoniaf
4 Acesse em: http://bit.ly/aragonef

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“Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto você
não tem condições melhores para fazer melhor ainda!”

No fim, conquistará a vaga dos seus sonhos no serviço público bra-


sileiro e se tornará uma pessoa útil à sua cidade, ao seu estado, ao
seu País. E poderá cumprir, então, o seu relevante papel em socorro
dos nossos sofridos cidadãos-usuários, que, infelizmente, deparam
todos os dias com escândalos de má gestão e de corrupção em todos
os poderes e em todas as esferas do governo.
Desejamos que você, amiga e amigo leitor, tenha sucesso o quan-
to antes em seu projeto de passar em concurso público. Quando isso
acontecer, conte em nosso blog a sua saga de concurseiro. Quando
chegar a hora, queremos ver você partilhar conosco um pouco da sua
vida como servidor público, em nossa coluna “Cheguei Lá”.
Para começar, aplique a mensagem deste artigo desde já. Dê o
seu melhor hoje!

“Pessoa humilde é aquela que sabe que não sabe nada; que sabe que
a outra pessoa sabe coisas que ela não sabe; que juntas saberão muitas
coisas, mas que nunca saberão tudo que precisa ser sabido.”
Mário Sérgio Cortella

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

ESTUDE, VIVA FELIZ E SEJA APROVADO

“A vontade de se preparar tem que ser maior do que a vontade


de vencer. Vencer será consequência da boa preparação.”
Bernadinho

Para trazer para o nosso


contexto a frase do senhor
Bernardo Rocha de Rezende,
grande técnico, mestre, guru,
líder e vencedor, eu a reescre-
veria assim: “A paixão pelos
estudos tem de ser maior do
que a vontade de passar no
concurso”. Tudo tende a ser
favorável a quem trabalha de
maneira apaixonada, com fé e
convicção. Quando alguém se
dedica a algo com amor, alegria e entrega total, o universo conspira
para a realização e concretização de qualquer sonho. No nosso caso,
o sonho é ser aprovado e classificado em concurso público.
Você que me lê, tome nota disto: antes mesmo de criar o hábito
de estudar, desenvolva o de manter o contentamento em qualquer
situação. Demonstre felicidade com o que tem em vez de inveja pelo
que os outros têm e você não. As pessoas felizes entendem que as
graças e dádivas vêm do senso de merecimento, do sacrifício e das
escolhas acertadas. Importante ressaltar que estar feliz com o que
se tem não significa estar acomodado. Uma coisa não tem nada a ver
com a outra: uma é a fonte para o sucesso profissional e pessoal;
a outra é a receita para uma vida aquém da ideal, bem abaixo das
possibilidades e provavelmente medíocre e fracassada.

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Estude, viva feliz e seja aprovado

Alegria atrai alegria. Felicidade dá margem a boas ideias. Mais do


que isso, desarma as pessoas, abrindo a mente delas para o recebi-
mento de informações. Não se engane: adotar postura otimista frente
à vida é muito importante para a aprendizagem e a assimilação, por
exemplo, dos conteúdos dos editais de concurso. A atitude do candi-
dato enquanto está na “fila” da preparação para concurso é o que de-
termina, desde logo, como será o futuro dele. Afinal, amigo, quem é
o único responsável por sua felicidade e sucesso senão você mesmo?
Pode estar certo de que milhões de pessoas espalhadas pelo mun-
do gostariam de estar no seu lugar, tendo a opção de estudar e de
aprender enquanto buscam por uma vida mais confortável. No en-
tanto, essa multidão não tem escolha: está apenas sobrevivendo dia
após dia, seja lutando por comida, seja fugindo de guerras, da seca,
da morte.
Hoje vivemos a maior crise de refugiados desde a Segunda Guer-
ra Mundial, com episódios de violência similares aos que conhecía-
mos apenas pelos livros de história medieval. Todavia, não é você
que está passando por isso. Você está – talvez com até muito sacrifí-
cio, sim – pagando por cursos, assistindo aos nossos eventos gratui-
tos e acompanhando as nossas mensagens no conforto do seu lar, na
casa de um parente ou em uma biblioteca. Você tem a oportunidade
de estudar com os melhores para realizar um projeto que ainda lhe
permitirá fazer a diferença na vida do outro, servindo-o bem, no pa-
pel de autoridade pública. O fato é que você tem o poder de mudar
sua própria vida, ao passo que milhões de pessoas em todo o mundo
não podem nem sonhar com essa possibilidade. Portanto, alegre-se
e demonstre gratidão.
Pesquisas revelam que poucas pessoas têm bem claro o seu ob-
jetivo de vida. Um número menor ainda sabe que quer mesmo é
trabalhar para o governo. Você faz parte da pequena parcela da po-
pulação que está convencida de que a carreira pública é o melhor
lugar para levar uma vida confortável, servindo ao próximo. Assimile
isso, por favor!

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Gabriel Granjeiro

Felicidade é um estado de espírito, de bem-estar, de sorte. Fixe


em sua mente que somente você – exclusivamente você – é o res-
ponsável pelos rumos da sua vida e não deixe o medo ou o mundo
impedi-lo de realizar os seus sonhos. Saiba que ninguém muda nin-
guém sem antes mudar a si mesmo. Por isso, altere a sua forma de
se dedicar aos estudos e entregue-se a eles com alegria. Você só terá
bons frutos para colher: muitas e sucessivas aprovações.
Estamos aqui, todos do Gran Cursos Online, contentes e felizes
porque você, amigo concurseiro, confiou a nós o seu projeto de vida,
de preparação e de felicidade. Seguiremos juntos até a vitória final.
Saber encontrar a alegria e a razão naquilo que se faz é a mais
autêntica forma de felicidade.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Filmes motivacionais a que todo concurseiro deve assistir

FILMES MOTIVACIONAIS A QUE TODO CONCURSEIRO DEVE


ASSISTIR

Sabe quando estamos sem


nenhuma energia, sem vontade
de fazer nada, muito menos de
estudar para concurso? Em mo-
mentos assim, tudo que quere-
mos é ficar deitados em frente à
tevê descansando, não é mesmo?
Saiba que mesmo esses períodos
de pausa podem ser revertidos
em períodos de ócio criativo. Você
pode, sim, assistir a vários filmes,
mas dê preferência àqueles de conteúdo motivacional. Particularmen-
te, recomendo os que contam a história de pessoas tidas como extra-
ordinárias por causa da inteligência, do talento, da simplicidade ou da
sabedoria. É no mínimo edificante dar ouvidos a lições de garra, de fé,
de superação, de humildade, de luta heroica e obstinada por um so-
nho, por um amor, por uma vida feliz. Busque inspiração em histórias
assim. Você não vai se arrepender.
Sempre dediquei muito do meu tempo a filmes dessa natureza.
Dois deles se tornaram meus favoritos. Refiro-me aos ótimos “Ho-
mens de Honra” e “À Procura da Felicidade”5. Eles nos ensi-
nam grandes lições de caráter e de perseverança e contêm intensos
e emocionantes ensinamentos que podem ser úteis ao concurseiro
de plantão. Mas há muitos outros filmes do gênero que podemos
recomendar. Os que apresentaremos neste artigo trazem exemplos
de pessoas dotadas de incrível capacidade de superação. Prepare-se
para cenas de fazer até o mais durão dos gladiadores do império ro-
mano se emocionar.

⁵ Leia os artigos sobre esses filmes nas páginas 45 e 39, respectivamente.

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Gabriel Granjeiro

Nossa intenção é compartilhar com você, amiga e amigo leitor,


histórias de homens e mulheres que, no caminho para o sucesso, ex-
perimentaram provações e sacrifícios, superaram obstáculos e passa-
ram por momentos de sofrimento. Falaremos de pessoas que foram
testadas em sua fé, em seus princípios e em seus valores morais e
éticos, mas resistiram à tentação de um dia desistir de seus sonhos.
Elas nos ensinam que não existe sucesso sem renúncia nem vitória
sem algumas derrotas. Mais do que isso: mostram que um indivíduo
sozinho é incapaz de grandes realizações. Carecemos de fé, da ajuda
do próximo, de uma oportunidade e, às vezes, até da intervenção
divina. Vamos à lista de filmes:

1. A TEORIA DE TUDO

Baseado na biografia de Stephen Hawking, o filme retrata a tra-


jetória do jovem astrofísico (interpretado por Eddie Redmayne), que
faz importantes descobertas sobre o tempo enquanto vive um belo
romance com a aluna de Cambridge Jane Wide (Felicity Jones).
O diferencial da história é que, aos 21 anos de idade, Hawking
recebe a notícia de que sofre de uma doença motora degenerativa.
O maior ensinamento do filme reside na percepção de que o corpo
pode até padecer, mas a mente é capaz de perseverar. A do brilhante
astrofísico continua trabalhando e formulando hipóteses precisas so-
bre a origem da vida, a despeito de todas as limitações físicas que a
doença lhe impõe. É paixão, ciência e inteligência em ação.

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Filmes motivacionais a que todo concurseiro deve assistir

2. MEU NOME É RÁDIO

A história se passa em 1976, em Anderson, Carolina do Sul, mais


precisamente na escola secundária T. L. Hanna. Harold Jones (Ed
Harris) é um treinador de futebol americano que fica tão envolvido
em preparar seu time que raramente reserva tempo para a filha,
Mary Helen (Sarah Drew), ou para a esposa, Linda (Debra Winger).
Jones conhece James Robert Kennedy (Cuba Gooding Jr.), um garoto
que não fala e é considerado “lento” pela comunidade local.
Ninguém na cidade sabe nem o nome do rapaz, que sempre pe-
rambula em volta do campo de treinamento. Quando alguns dos atle-
tas fazem uma brincadeira de péssimo gosto com ele, o treinador,
na tentativa de compensar, torna-se seu protetor. Como ele não tem
nome conhecido e gosta de rádios, Jones passa a chamá-lo, simples-
mente, Rádio. Os dois desenvolvem uma grande amizade, mas o que
ninguém sabe é que, pelo menos em parte, a verdadeira motivação
do cuidado de Jones para com Rádio tem origem em um episódio do
passado do treinador.
Jones aprende muito com a simplicidade de Rádio. E este se mos-
tra capaz de desenvolver novas habilidades graças ao apoio de seu
tutor. A lição do filme para nosso contexto de concurseiros? Todo e
qualquer relacionamento pode nos propiciar grandes ensinamentos
quando estamos prontos para assimilá-los.

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Gabriel Granjeiro

3. PATCH ADAMS – O AMOR É CONTAGIOSO

Em 1969, depois de uma


tentativa de suicídio, Hunter
Adams (Robin Williams) se
interna voluntariamente em
um sanatório. Lá, descobre a
vocação para ser médico. Ele
quer ajudar as pessoas, en-
tão sai da instituição e entra para a faculdade de medicina. No início,
seus métodos poucos convencionais causam espanto, mas, aos pou-
cos, vão conquistando a todos. A exceção é o reitor da universidade,
que a todo custo tenta encontrar um motivo para expulsar Adams,
apesar de o estudante ser o primeiro colocado da turma.
O amor ao próximo, a ousadia e a paixão pela profissão são os
fatores que movem o médico Adams. Filme de pura magia e emoção.

4. QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO

Jamal K. Malik (Dev Patel) é um jovem que trabalha servindo chá


em uma empresa de telemarketing. Sua infância foi bem difícil, com
ele sempre precisando fugir da miséria e da violência até conquistar

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Filmes motivacionais a que todo concurseiro deve assistir

o emprego que ocupa no momento da narrativa. Um dia, Jamal se


inscreve no popular programa de tevê “Quem quer ser um milioná-
rio?”. No início desacreditado, o rapaz encontra em fatos de sua vida
as respostas para as perguntas que lhe são feitas no concurso.
Eis aí uma situação possível de acontecer com você que estuda
para concurso. É bem comum ouvirmos relatos de candidatos que
acertaram várias questões de prova não por terem lido a respeito do
assunto, mas por terem visto a informação em algum documentário,
artigo ou revista, ou por terem discutido o tema com um colega, um
amigo, um parente. E olhe que os pontos garantidos dessa forma
podem fazer a diferença entre a aprovação e a reprovação.

5. MEU NOME É KHAN

Khan é um autista funcional, portador da Síndrome de Asperger.


Muçulmano, apaixona-se por uma indiana em São Francisco, nos Es-
tados Unidos, antes dos eventos do Onze de Setembro. O persona-
gem é encantador por essência e por definição. Sua inabilidade em
compreender figuras de linguagem nos rende momentos deliciosa-

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Gabriel Granjeiro

mente engraçados, e sua persistência mesmo diante das maiores ad-


versidades nos oferece grandes lições. A principal delas vem de sua
mãe: ela ensina que as pessoas se dividem em apenas dois grupos:
o dos bons, que fazem coisas boas; e o dos maus, que fazem coisas
más. Tudo mais – nacionalidade, credo, cor da pele, posicionamento
político, preferência sexual, ou seja lá o que for – simplesmente não
importa. É esse ensinamento que guia Khan da primeira à última
cena do filme.
Para o protagonista, a palavra dada é mais do que sagrada. No
leito de morte da mãe, Khan lhe promete que será feliz. Por isso,
quando ele encontra a felicidade plena, mais ou menos na metade do
filme, o sentimento de redenção que isso nos provoca é arrebatador.
Nós torcemos por ele. Nós vibramos por ele. Nós nos alegramos por
ele. Muitas emoções e lágrimas correrão durante a exibição desse
belo filme do cinema de Bollywood.

6. UMA LIÇÃO DE VIDA (título oficial em Português)/O ALUNO


(título no Netflix)

Na juventude, Maruge lutou pela liberdade de seu País, tendo sido


preso e torturado no processo. Agora, aos 83 anos, valendo-se de um
discurso em que o presidente do Quênia garante educação para todos,

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Filmes motivacionais a que todo concurseiro deve assistir

ele decide se matricular numa escola primária. Como a escola tem


mais crianças do que sua estrutura precária comporta, a matrícula do
homem é negada, e ele precisa insistir muito até ser aceito. Entretan-
to, quando efetivamente inicia os estudos, torna-se motivo de muita
indignação na comunidade, o que coloca em risco sua segurança.
O filme é baseado em fatos reais. Maruge foi a pessoa mais velha
a ingressar na escola primária. Sua perseverança e determinação em
aprender a ler beiram o desespero. Porém, essa pequena atitude em
busca de um sonho se converte em uma provocação política e social
na pequena comunidade, gerando revolta entre os moradores. O fil-
me é um drama tenso, mas belíssimo e inspirador. Ensina que nunca
é tarde para aprender.

7. TREINO PARA UMA VIDA – COACH CARTER

Mais um filme que


conta uma história real
e inspiradora de outro
personagem exemplo
de vida e de superação.
Aqui, acompanhamos a
saga de um técnico de
basquete extremamen-
te preocupado com o desempenho escolar dos jogadores. O treinador
apresenta aos jovens um futuro longe das gangues e da prisão, única
realidade que eles conhecem até então. O time dos garotos coleciona
apenas derrotas, de modo que eles não acreditam nem na capaci-
dade individual nem na da equipe. São indisciplinados, briguentos,
desrespeitosos, confusos e amedrontados. Convivem com perdas e
com a separação de pessoas que amam. A verdade é que não têm
sonhos para realizar. A vida de cada um deles é um verdadeiro caos.
Como podem ter visão de futuro se nunca pensaram em ser alguém
diferente daqueles com os quais convivem?

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Gabriel Granjeiro

Em meio ao desânimo e à descrença dos demais professores,


dos pais e dos próprios alunos, o técnico desafia os jovens a buscar
algo que vá além do que eles aprenderiam na quadra. Seu objetivo é
transformar aqueles meninos pobres e desmotivados em vencedores
não apenas no esporte, mas também na vida.

8. MÃOS TALENTOSAS

O filme conta a história real do menino pobre que se tornou neu-


rocirurgião de fama mundial. Ben Carson (Cuba Gooding Jr.) era um
garoto pobre de Detroit. Desmotivado, só tirava notas baixas na es-
cola. Tudo levava a crer que ele seria mais um fracassado na vida.
Mas eis que, aos 33 anos de idade, ele se torna o diretor do Centro
de Neurologia Pediátrica do hospital.
Ben Carson fez cirurgias inovadoras nos primeiros sete anos de
sua carreira. Ficou famoso por concluir com sucesso intervenções
como hemisferectomias e separação de gêmeos siameses. No passa-
do, poucos gêmeos sobreviviam ao procedimento.
O neurocirurgião é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e
relata em seu livro “Mãos Dotadas” que a religião o ajudou em várias
fases da sua vida. Segundo seu testemunho, Deus e a fé foram os

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Filmes motivacionais a que todo concurseiro deve assistir

grandes responsáveis por ele atingir os bons resultados que lhe são
atribuídos. Em suas próprias palavras: “Nunca se torne demasiado
grande para Deus. Nunca exclua Deus da sua vida”.

9. UM SONHO POSSÍVEL

Big Mike (Aaron Quinton) é filho de uma mãe viciada em drogas e


não tem nem mesmo um lugar seguro onde dormir. Embora leve jeito
para os esportes, falta a ele algo mais do que dinheiro; faltam-lhe
amor e ódio. Por mais confuso que isso possa parecer, o menino que
aprendera a fechar os olhos para esconder as coisas ruins (ou para se
esconder delas), tornou-se um poço de ternura, não deixando que a
amargura tomasse conta de sua vida. Ele apenas sobrevive e só passa
a “existir” de fato quando encontra o amor de verdade no seio de uma
família de brancos livres de preconceitos.
“Um Sonho Possível” revela uma bondade assustadora, de tão
bonita. Abrindo o coração e ignorando preconceitos, os Tuohy fazem
um brinde a Lavoisier quando acreditam que Michael Oher não é um
caso perdido. Eles o transformam. E transformam a si próprios. Para
sempre. O filme tem, entre outros méritos, o de demonstrar que ain-
da existe gente boa no mundo.

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Gabriel Granjeiro

10. A VIRADA

Jay Austin (Alex Kendrick) está disposto a fazer qualquer negócio


para vender carros usados em sua concessionária. Manipula todos ao
seu redor e promete muito mais do que pode cumprir. Essa sua carac-
terística afeta todos os seus relacionamentos; nem a esposa e o filho
confiam nele. Todavia, enquanto Jay trabalha em restaurar um clássico
conversível, ele percebe que Deus também está trabalhando em uma
restauração: a sua.
Enfrentando a dura realidade de como ele verdadeiramente con-
duz a si próprio, Jay Austin começa uma nova jornada quando aprende
a honrar a Deus com seus negócios, suas relações e sua vida. O ven-
dedor de carros só percebe as coisas mudarem quando põe os joelhos
no chão e entrega o destino da empresa à vontade de Deus. É uma
bela história de como a fé provoca mudanças de conduta e no destino.

É isso, leitor amigo. Eis aí a nossa lista de filmes que, acreditamos,


podem provocar em você sentimentos imprevisíveis e mudar a sua for-
ma de encarar as dificuldades e os problemas do dia a dia. Cada uma
dessas histórias, a seu tempo e em seu contexto, é capaz de estimular
você a perseverar no sonho da carreira pública, da estabilidade finan-
ceira, de uma vida confortável e mais feliz.
Esperamos ter sucesso em nossa pretensão de ajudá-lo com essas
lições inspiradoras de vida.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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À procura da felicidade nos concursos públicos

À PROCURA DA FELICIDADE NOS CONCURSOS PÚBLICOS

O filme “À Procura da Felici-


dade” é figurinha obrigatória em
qualquer lista de indicação de fil-
mes para concurseiros. Mas você
sabe por quê?
Eu, empreendedor fascinado
pelas histórias de superação que
sou, já assisti a esse filme vá-
rias vezes. Em cada uma delas,
extraí valiosas lições, perfeitas
para quem pretende ter êxito nos
estudos, nos concursos públicos, no mundo empresarial, na vida.
O filme tem muito a ensinar a alguém que esteja batalhando para
crescer profissionalmente, travando uma luta pessoal ou passando
por momentos de dor e sofrimento. É especialmente edificante para
aqueles que estejam se sentindo como em um teste para ver até
onde conseguem manter seus princípios, seus valores éticos, sua
honestidade e sua honra.
No filme, acompanhamos a trajetória de um homem negro, de-
sempregado, abandonado pela esposa e despejado de casa com o filho
de cinco anos. Os dois chegam a dormir no banheiro de uma estação
de metrô e em um abrigo para moradores de rua. Trata-se da história
real da vida de Chris Gardner, um hábil vendedor que está em busca
de um emprego melhor e de um salário mais digno, que lhe permitam
oferecer uma vida confortável ao filho e alcançar a sonhada felicidade.
Cada cena e cada diálogo a que assistimos na película contêm
uma lição diferente que cabe bem para você, leitor.
É claro que, se você já assistiu ao filme, deve ter extraído suas
próprias lições, aplicáveis a sua vida pessoal e profissional. Se ainda
não assistiu e vier a fazê-lo, também vai tirar suas próprias conclu-

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Gabriel Granjeiro

sões, sempre de acordo com sua experiência de vida. Ainda assim,


eu me atrevo, aqui, nesta conversa, a tentar resumir os melhores
conselhos e as maiores lições aplicáveis aos concurseiros que pode-
mos extrair da história.

A primeira cena que quero analisar é aquela em que Chris avista


um cidadão estacionando seu carro de luxo. Gardner se aproxima e
faz duas perguntas ao homem: “O que você faz? É preciso ter facul-
dade?”. O homem responde: “Trabalho nessa corretora aí, na frente,
e não precisa ter faculdade, mas precisa lidar muito bem com os nú-
meros e com as pessoas”. Essas eram exatamente as duas maiores
qualidades profissionais do nosso herói, que mais tarde conquista
uma vaga de estagiário – não remunerada – na corretora de valores.
Até o fim do filme, o personagem é efetivado no emprego, depois de
passar por uma rigorosa prova de seleção, em um concurso no qual
enfrenta candidatos muito bem-qualificados e em condições muito
mais favoráveis do que ele.
Dessa passagem do filme, podemos extrair duas importantes li-
ções. A primeira é de que o concurseiro de plantão precisa desejar
muito mudar de vida, e não há problema algum em se espelhar em
pessoas de sucesso. Chris demonstra nutrir essa vontade ao pergun-
tar para o homem no carrão o que ele fazia para parecer tão feliz. A
segunda lição nos ensina que, para o concurseiro definir qual carreira

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À procura da felicidade nos concursos públicos

pública seguirá, antes de tudo precisa identificar os próprios talentos


e avaliar se eles são suficientes para levá-lo a exercer com louvor e
motivação o cargo escolhido. O candidato deve, ainda, fazer uma boa
pesquisa acerca das atribuições e dos requisitos do cargo e se inteirar
sobre as vantagens de trabalhar na instituição pela qual optou. Esco-
lher a carreira certa fará toda a diferença na conquista da felicidade.

Em outra inspiradora cena do filme, Chris dorme com o filho em um


albergue para mendigos. Conseguir uma vaga ali não é nada fácil; todo
dia, o jovem pai precisa disputar “no tapa” com outros mendigos para
garantir um lugar nesse estabelecimento precário. A essa altura da his-
tória, nosso herói está prestes a se submeter à decisiva prova em que
concorrerá com vinte outros candidatos ao posto na corretora. En-
tretanto, toda noite, às 22 horas, as luzes do abrigo são desligadas.
Chris não desiste. Deixa o filho dormindo e vai para o único lugar do
quarto, próximo a janela, onde há algum feixe de luz que lhe permita
estudar, em pé mesmo. Eis nossa lição: sem sacrifício, não há vitória.
O concurseiro inteligente é aquele que sabe se adaptar a qualquer
ambiente e a qualquer situação: estuda sentado, em pé, deitado,
ajoelhado; estuda com pouca luz, com muita luz, sem luz alguma; é
capaz de se concentrar com barulho ou no silêncio absoluto; estuda
no ônibus, no banheiro, no metrô, na fila do banco, na sala de espera

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Gabriel Granjeiro

do consultório, em qualquer lugar e em qualquer circunstância. Nun-


ca cria desculpas para o fracasso e sempre se adapta para vencer.
Aqui, no Gran Cursos Online, já vimos inúmeros casos, inclusive re-
latados em nossa coluna “Cheguei Lá”, de candidatos que superaram
grandes adversidades para conquistar a sonhada nomeação.

Outra cena do filme de que gosto muito é a do dia “D” de Chris:


o dia da realização da prova para a conquista da única vaga disponí-
vel na corretora. Havia, ali, candidatos muito mais bem-preparados
do que nosso herói; com condições muito melhores do que as dele;
que haviam tido muito mais tempo para estudar; que talvez fossem
até mais inteligentes. Um, em particular, tinha tudo para conquistar
a vaga, não fosse um detalhe: a soberba. Ele concluíra a prova rapi-
damente, demonstrando superioridade (já Chris usara todo o tempo
de que dispunha, tanto que tiveram de lhe tomar a prova). Gardner
pergunta ao “sabichão” como ele conseguira ser tão rápido, já que a
prova continha até mesmo uma questão subjetiva, que todos sabe-
mos demandar mais tempo do candidato. “Que questão subjetiva?”,
devolve o concorrente. Lição: o candidato competitivo é humilde,
sabe ouvir, aceita críticas, ouve a voz dos mestres experientes e dos
candidatos que estão há mais tempo na “fila”. E o principal: usa todo
o tempo que tem para fazer a prova. Vence por zelar pelos detalhes
e por reconhecer as próprias limitações.

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À procura da felicidade nos concursos públicos

A última cena é a mais marcante. O pai está jogando basquete


com o filho, que se empolga: “Eu sou profissional. Eu vou ser muito
bom no basquete”, diz. Chris retruca: “Você provavelmente será mui-
to bom em qualquer coisa, menos em basquete, porque eu fui um
jogador bem abaixo da média”. Em uma frase, o pai consegue desmo-
tivar o filho na busca por seu sonho. Ao se dar conta disso, corrige o
erro e oferece talvez a mais bela lição do filme: “Ei! Nunca deixe nin-
guém lhe dizer que não pode fazer uma coisa. Nem mesmo eu. Está
bem? Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele. As pessoas
não conseguem vencer e dizem que você também não vai vencer. Se
você quer uma coisa, corra atrás. Ponto”.
Você, caro leitor, passará por momentos semelhantes em sua jor-
nada como concurseiro e operário do estudo. Talvez as palavras de-
sanimadoras venham até dos seus pais, do seu cônjuge ou dos seus
filhos, mas você não pode deixar a falta de incentivo interromper o
seu projeto de mudança de vida. Ninguém é capaz de lhe dizer o que
você pode ou não pode fazer.
Christopher Paul Gardner, estadunidense, 62 anos, é empresário,
investidor, palestrante, escritor e profissional bem-sucedido e feliz da
vida por ter saído da pobreza extrema para hoje ser dono de uma
fortuna estimada em 600 milhões de dólares. Tudo isso graças ao es-
forço pessoal, ao grande desejo de mudar de vida que sempre nutriu
e à persistência em seu projeto.

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Gabriel Granjeiro

O concurso público permite a todos competir em condições de


igualdade para ingressar em um cargo público, que em regra confere
ao titular muitos direitos, vantagens e benefícios, além de excelente
remuneração no início da carreira e da possibilidade de servir o País
e de ajudar a construir um Brasil melhor. Apesar de padecer de algu-
mas falhas, inerentes a toda forma de seleção, trata-se do mecanis-
mo mais isonômico que há. Por meio dele, qualquer um é capaz de
mudar de vida, com esforço pessoal e sem depender de sobrenome,
de aparência, de experiência, de carta de apresentação ou de favores
políticos.
Então, se você tem um sonho, corra atrás. E ponto. Simples assim.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Concurseiros de honra!

CONCURSEIROS DE HONRA!

No texto anterior, contamos


a história de Cris Gardner, que
saiu da extrema pobreza para a
condição de feliz milionário, graças
a sua extrema vontade de vencer
na vida. Examinaremos agora o
filme “Homens de Honra”, que se
baseia na história do Sargento Carl
Brashear. Trata-se de um dos mais
belos filmes do gênero drama que
retrata a força do destino e o poder
que tem uma promessa do filho para o pai. É o relato de alguém que
consegue provar algo que já deveríamos saber: somos todos capazes
de atingir nossos objetivos.
Primeiro negro a alcançar o posto de chefe dos mergulhadores da
Marinha dos EUA, Brashear nasceu no início dos anos 1950, no seio
de uma família humilde que vivia na roça. Carl Brashear é sinônimo
de coragem, de força de vontade, de determinação, de persistência,
de garra, de motivação. Sua história é uma história de luta, de quebra
de regras e de manutenção da honra acima de qualquer coisa. É, sem
dúvida, um relato comovente que nos oferece muitas lições. Cada
cena, cada ato e cada diálogo do filme ensinam muito a quem tem um
sonho e dele não desiste nunca, a despeito de todas as tentações, de
todas as armações, de toda discriminação de que possa ser vítima e
de todas as tragédias que possam se interpor no caminho.
A primeira cena do filme que ficou em minha memória foi a do
momento em que Carl e o pai se despedem antes de o rapaz, então
com 17 anos, se apresentar à Marinha americana (A título de curiosi-
dade: 3% dos alunos do Gran Cursos Online têm menos de 18 anos
de idade). O conselho do pai para o filho, que promete voltar nas fé-

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Gabriel Granjeiro

rias para visitá-lo, é muito forte e muito marcante: “Vá lá e lute. Não
aceite promessas. Quando tudo ficar difícil – e ficará –, não desista.
Quebre as regras se for preciso. Não me decepcione. Nunca!”.

Sejamos francos: um filho nunca esquece uma promessa que


tenha feito a seu pai. Desistir dela é a saída dos fracos; insistir em
cumpri-la é a única opção para os fortes. Concurseiro, faça uma pro-
messa para você mesmo, para os seus pais, para os seus amigos,
para as pessoas de quem você gosta de verdade. Quando fraque-
jar e cogitar desistir da conquista da carreira pública, lembre-se do
compromisso firmado com essas pessoas que lhe são tão caras. Um
concurseiro de honra nunca se esquece das promessas, nunca desis-
te. Nunca. Nunca mesmo!
Quebrar regras significa ousar. Em nosso contexto, significa es-
tudar enquanto todos dormem; significa debruçar-se sobre os livros
enquanto a família desfruta do sol à beira da piscina; significa mergu-
lhar os pés em uma bacia com água fria para manter-se desperto en-
quanto seus amigos tomam uma gelada no bar do momento. Roberto
Shinyashiki já ensinava: “O sucesso é construído à noite! Durante o
dia, você faz o que todos fazem”. As histórias de sucesso são escritas
por aqueles que quebram as regras. Estude de madrugada, se for ne-
cessário. Estude no ônibus, durante o trajeto para o trabalho. Estude
quando der, onde der e o máximo que você conseguir.

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Concurseiros de honra!

Outra boa cena do clássico “Homens de Honra” é a que mostra


Carl pedindo ajuda nos estudos a uma estudante de Medicina. Nos-
so protagonista cursara apenas até a 7ª série, mas se submeteria a
provas com conteúdos complexos no curso de mergulhador. Daquela
conversa surge a frase mais forte e significativa de todo o filme. A
futura médica – e, saberemos mais tarde, futura senhora Brashear –
pergunta ao nosso herói: “Por que você quer tanto isso?”. Ele respon-
de: “Porque disseram que eu não conseguiria”.

Desse frame podemos extrair muitas lições para o mundo dos


concursos. Eis a primeira delas: quando sentirmos dificuldade em
relação ao conteúdo de alguma matéria, devemos agir rápido e com
humildade. Podemos pedir ajuda a alguém que domine a disciplina
em questão; podemos nos matricular em um curso específico, do tipo
por matéria; podemos começar os estudos diários exatamente pela
disciplina em que somos mais fracos, aproveitando a mente descan-
sada; podemos recorrer ao estudo em grupo. Enfim, as opções são
muitas. O que importa é agir com rapidez para dar atenção especial
às matérias que tenham maior peso na nota final do concurso ou que
possam comprometer nosso resultado no certame.
A outra lição da conversa entre Carl e a futura esposa é direcio-
nada a quem sempre estudou em escola de má qualidade ou não
conta com muitos cursos no currículo. Se é o seu caso, lembre-se
de que você precisa se doar em dobro nos estudos. Se a missão dos

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Gabriel Granjeiro

concorrentes é resolver, por dia, 50 questões de provas anteriores,


você deve resolver 100; se um aluno de formação sólida deve ler,
também por dia, 15 páginas de lei seca, você lerá 30. Em síntese,
você cumprirá sempre metas maiores e com mais afinco, dedicação
e foco. Precisa correr atrás do prejuízo e estabelecer treinamentos
mais árduos e exigentes. Deixo aqui uma pertinente lição do sábio
Confúcio: “Ouço, esqueço; vejo, entendo; faço, aprendo”. Faça, para
aprender, caro leitor.
Também é muito marcante a cena em que Carl enfrenta o tribu-
nal militar. Com prótese em uma das pernas – que lhe fora amputa-
da após ele ter salvado alguns companheiros em um grave aciden-
te – e armado de um escafandro de 129 kg, o marinheiro precisa
cumprir a meta de dar 12 passos, para ser reintegrado à Marinha.
Um dos juízes da corte pergunta: “Senhor Brashear, você acha que,
com 40 anos de idade e apenas uma perna, pode se comparar aos
homens com metade de sua idade e com duas pernas?”. O ampu-
tado responde: “Será que eles podem me acompanhar, Senhor?”.
Nesse momento, tudo conspira contra o sonho do nosso herói. Acho
que nessa hora deve ter passado pela cabeça do militar o que deve
passar pela cabeça de um concurseiro no dia da prova: “Eu fiz o meu
melhor e desafiei todos os que me questionaram. Eu desejo muito
isso; mereço; e, por isso, vou conseguir!”.

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Concurseiros de honra!

Aqui, vale ressaltar a seguinte informação: apenas na última dé-


cada, 40% das pessoas que tomaram posse em cargos públicos fede-
rais contavam mais de 40 anos de idade. A experiência dessas pes-
soas foi determinante para a aprovação no concurso e, mais tarde,
para a nomeação para cargos de direção, chefia e assessoramento
superior. Em outras palavras: nunca é tarde para se preparar para
passar em concursos públicos.
O fato é que todos nós temos limitações. Mas também é fato que
todos lutamos por nossos sonhos e buscamos nossos ideais. Então,
caro leitor, faça uma autorreflexão para saber qual cargo você quer
exercer. Depois, faça tudo que for possível e precisar ser feito para
conquistá-lo. Persista, superando todos os obstáculos que você cer-
tamente terá de enfrentar. Tenha convicção do seu talento e do seu
valor. E, acima de tudo, nutra diariamente a sua paixão pelo estudo
em si, mais do que pela aprovação propriamente dita. Afinal, esta
não é nada além de mera consequência de sua dedicação.
No filme “Homens de Honra”, o protagonista ocupa primeiro o
cargo de marinheiro-cozinheiro, depois o de mergulhador e, por fim,
o que almejava desde o início de sua carreira: o de chefe (ou mes-
tre) dos mergulhadores. Inspirado nessa trajetória, aconselho que
o concurseiro trace um bom planejamento da carreira que pretende
seguir. Sugiro, por exemplo, que um bacharel em Direito entre no
serviço público como Técnico Judiciário, para mais tarde se tornar
Analista Judiciário e, por fim, Juiz de Direito. Outra opção: ingressar
como Policial Federal e, depois, tentar a vaga de Delegado. Aqui, no
Gran Cursos Online, estaremos sempre disponíveis para ajudar nes-
ses projetos. Pode apostar.
A aprovação em concurso público é resultado da combinação de
muito desejo, preparação adequada e merecimento. Naturalmente,
esse projeto também requer investimento, traduzido no pagamento
de taxas de inscrição em concursos diversos, para treino; na matrí-
cula em cursos; e na aquisição de material de estudo. Não se trata
de “gasto” nem de “despesa”, mas de investimento para obter co-
nhecimento.

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Gabriel Granjeiro

Quem nunca escutou a frase: “Cuidado com seus desejos; eles


podem se tornar realidade”? Esse foi o caso do nosso herói, Carl, e
pode ser também o seu. Nós, do Gran Cursos Online, sempre dize-
mos que existem apenas dois tipos de candidatos: os que passam em
concurso e os que desistem. Você que está lendo este artigo certa-
mente faz parte do primeiro grupo.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Os concursados estão fazendo a diferença!

OS CONCURSADOS ESTÃO FAZENDO A DIFERENÇA!

Concurso público é o insti-


tuto constitucional que viabili-
za a seleção dos profissionais
de melhor formação e mais
bempreparados para a função
que escolheram exercer. Pode
não ser perfeito, mas, no atu-
al cenário brasileiro, ainda é o
melhor método de seleção que
há. Ele garante mais isonomia
entre os postulantes ao exer-
cício da carreira pública, que,
aliás, é perfeita para quem se sente vocacionado a servir o maior
número de pessoas possível.
Na última década, segundo dados divulgados pela Secretaria de
Gestão (SEGES) do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e
Gestão, 40% das pessoas que tomaram posse em cargo público con-
tavam menos de 30 anos de idade. Essas pessoas estão distribuídas
entre as áreas de gestão, de segurança pública, de inteligência, de
controle externo, de fiscalização, de arrecadação, de elaboração de
políticas públicas e de investigação, entre outras atividades estraté-
gicas em todas as esferas de governo.
São esses novos servidores que têm sacudido a máquina pública
e provocado tremores e calafrios nos malfeitores e ímprobos ocupan-
tes, em especial, dos cargos eletivos (políticos), da direção de esta-
tais e de outros postos de livre nomeação e exoneração. Essa gera-
ção de servidores efetivos é a grande responsável pelos resultados de
operações como a Lava Jato. Só nessa que se tornou a operação mais
conhecida da Polícia Federal, já são 1.237 procedimentos instaura-
dos; 608 buscas e apreensões; 166 prisões (número que aumenta

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Gabriel Granjeiro

semana a semana); R$ 40 bilhões de pedidos de ressarcimento e R$


3 bilhões recuperados por acordos de colaboração (valores que tam-
bém não param de crescer); R$ 2,5 bilhões em bens bloqueados dos
réus; e mais de 1.100 anos em penas. Há inúmeras outras operações
de grande escala em curso, no âmbito federal e no estadual, com
indicadores igualmente impressionantes.
A disciplina, o foco, a garra, a perseverança, a persistência que
os antes concurseiros demonstraram no período de preparação são
os atributos que agora movem esses servidores e os levam a exercer
com eficácia, eficiência e efetividade o mister público. Essa safra de
novos servidores do público por certo será a responsável por elevar
a nossa Administração Pública a um patamar de excelência em mais
uma geração ou duas.

“Juízes, Promotores, Delegados, Policiais, Investigadores,


Auditores, Peritos, Analistas e Técnicos dos mais diversos ór-
gãos e entidades têm sido protagonistas e reinventores da
nossa história.”

Graças a eles, voltamos a sonhar com um Brasil melhor, mais éti-


co, mais probo. Graças a eles, podemos afirmar que o País conta com
agentes que efetivamente mandam prender, prendem e mantêm pre-
sos empresários e políticos corruptos. Graças a eles, podemos contar
com profissionais que servem o cidadão-cliente de maneira honrada.
Por isso, me entristece ver alguns agentes políticos enxergarem
a contratação de novos concursados por órgãos estratégicos do go-
verno como um custo em vez de como um investimento que ajudará
a construir um País melhor. É no mínimo estranha a opção desses
políticos, que preferem deixar de repor os defasados quadros de Poli-
ciais Federais, Auditores-Fiscais da Receita Federal, Auditores-Fiscais
do Trabalho, entre outros, mesmo em um momento de instabilidade
econômico-financeira como o que estamos atravessando.

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Os concursados estão fazendo a diferença!

“... os concursados têm papel fundamental na meta de nos


resgatar do mar de descompasso ético e moral em que nos
afogamos.”

É importante deixar bem claro: não foram os servidores ocupan-


tes dessas carreiras nem os concursos públicos que mergulharam
o Brasil nesta crise. Pelo contrário, os concursados têm papel fun-
damental na meta de nos resgatar do mar de descompasso ético e
moral em que nos afogamos. Eles são indispensáveis para a proteção
de nossas fronteiras contra o contrabando e o tráfico de drogas, para
a garantia da segurança pública e para o aumento da arrecadação do
governo, entre outras funções de extrema importância para a ordem
econômica e social do Estado. Sigo otimista, acreditando que, em
breve, como sempre ocorreu no passado, os políticos com o poder
da caneta tomarão a decisão correta e autorizarão uma grande leva
de concursos que precisam ser realizados com urgência para repor e
aprimorar a máquina pública. Trata-se de uma imposição constitucio-
nal cujo cumprimento, apesar de inevitável, vem sendo protelado por
decisões equivocadas dos representantes políticos eleitos nos últimos
anos.
Vamos lá, amigo concurseiro. Continuemos na fila para ingressar
nesse time de personagens e heróis que separam o joio do trigo, os
probos dos ímprobos. Levemos energia, sangue novo e ousadia para
mudar de uma cultura burocrática e apegada aos rituais, às normas
e aos procedimentos para um modelo mais empreendedor e focado
no cliente-usuário e nos resultados. Sigamos juntos e direcionemos a
nossa força moral para o bem e para a justiça.
Se, por um lado, a conduta omissa de nossos governantes me
entristece, por outro fico alegre ao observar que algumas pessoas
estão saindo da postura inerte, de quem atribui tudo que está acon-
tecendo à ineficiência e à corrupção do Poder Público, para a postura

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Gabriel Granjeiro

de quem entra na luta e efetivamente age para alterar este triste


cenário de mazelas que temos vivenciado.
Se o seu sonho, caro leitor, é um dia se tornar, por exemplo,
Policial Federal, saiba que agora, mais do que nunca, é o momento
oportuno para permanecer firme nos estudos em busca de alcan-
çar essa respeitadíssima posição. Até o próximo concurso, há tempo
suficiente para se preparar como se deve. Afinal, não podemos nos
esquecer de que a preparação para ser aprovado em um concurso
concorrido como esse deve ser encarada como um projeto de mé-
dio ou de longo prazo. Se a carreira na Polícia Federal não for a sua
vocação, sem problema: há inúmeras outras carreiras tão atrativas
quanto ela no funcionalismo público. Em qualquer uma delas, um dia
você poderá – graças exclusivamente à sua dedicação e à sua perse-
verança – ajudar na construção de um Brasil melhor.

“Sigo otimista, acreditando que, em breve, como sempre


ocorreu no passado, os políticos com o poder da caneta toma-
rão a decisão correta e autorizarão uma grande leva de con-
cursos que precisam ser realizados com urgência para repor e
aprimorar a máquina pública.”

Como jovem empreendedor que sou, responsável pela geração


de dezenas de empregos e pagador de muitos tributos, não medirei
esforços para, com base em minha formação e fortalecido por meu
talento, por meu vigor físico e pela tradição da marca que represento,
contribuir para que mais cidadãos de bem tomem conta das nossas
instituições e do nosso promissor futuro.
O que nos orgulha, em toda a nossa história, é que nosso em-
preendedorismo é, em boa medida, responsável por tudo que temos
acompanhado nas operações que envolvem a Justiça, o Ministério
Público, a Polícia Federal e outros órgãos de controle. Sabe por quê?

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Os concursados estão fazendo a diferença!

Porque aprovamos milhares de ex-alunos que hoje estão empreen-


dendo os seus talentos em posições que impactam direta ou indire-
tamente a vida de todos os brasileiros. Podemos afirmar sem falsa
modéstia: ao longo dos anos, criamos uma máquina de aprovação de
bons servidores públicos.
A receita do nosso sucesso respalda-se na tradição; no trabalho
dedicado de até dezessete horas por dia, de segunda a segunda; no
investimento aplicado em tecnologia, em equipamentos, em infra-
estrutura, em pesquisa, em capacitação de pessoal, em produtos.
É muito gratificante saber que lidamos com a realização de sonhos,
com o sucesso profissional de pessoas de todo o Brasil. Ajudamos os
nossos alunos a conquistar um futuro melhor, no qual podem desfru-
tar da estabilidade financeira, entre outras vantagens que o serviço
público oferece. E o mais importante: sendo úteis para os cidadãos,
para a cidade e para o País.
Conte sempre conosco e siga em frente em seu projeto de apro-
vação. Uma hora chegará o seu dia de, ao mesmo tempo, servir o
Brasil e ter uma vida mais digna.
Concluímos este artigo com uma das minhas frases favoritas,
indicada para você que talvez esteja um pouco desanimado em per-
sistir nos estudos: “Prefiro ser otimista. Não conheço muitos pes-
simistas bem-sucedidos”. É a lição de Jorge Paulo Lemann, maior
empreendedor brasileiro de todos os tempos.

Avante!

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

SEM SACRIFÍCIO, NÃO HÁ RECOMPENSA

“Os três grandes fundamentos para se conseguir


qualquer coisa são: primeiro, trabalho árduo;
segundo, perseverança; terceiro, senso comum.”
Thomas Edison

Que atire a primeira pedra


quem nunca precisou fazer al-
gum tipo de sacrifício para re-
alizar um desejo. Quem, por
exemplo, nunca passou fome
para perder peso e emagrecer?
E quem nunca se doou de cor-
po e alma para conquistar um
grande amor? E quem nunca
deu o sangue para ser seleciona-
do para uma vaga de emprego?
E quem nunca perdeu noites de
sono para conseguir concluir a faculdade ou a pós-graduação? Ora, se
todos nós precisamos fazer sacrifícios para quase tudo na vida pessoal
e profissional, por que seria diferente para atingir a meta de passar em
concurso público e começar a desfrutar de uma vida com estabilidade
financeira, prestígio e muitos benefícios?
Seja na esfera pessoal, seja na profissional, quanto mais sucesso
se pretende conquistar – ou quanto mais sucesso já se conquistou –,
mais adversidades, mais obstáculos, mais problemas surgem no ca-
minho, e em algum momento todos eles precisam ser enfrentados e
resolvidos. Com certeza, o esforço fará parte dessa jornada; portanto,
não é exagero dizer que a persistência de quem quer ser mais bem-
-sucedido em algum projeto há que ser bem maior do que a força de
vontade das pessoas que se contentam com pouco.

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Sem sacrifício, não há recompensa

“… a persistência de quem quer ser mais bem-sucedido


em algum projeto há que ser bem maior do que a força de
vontade das pessoas que se contentam com pouco.”

Quando se estuda a biografia de grandes líderes, de empreende-


dores bem-sucedidos, de governantes eficientes ou de atletas ven-
cedores; ou seja, quando se descobre como os maiores exemplos
de sucesso nas respectivas áreas de atuação conduzem a vida e ad-
ministram seus projetos, nota-se que o êxito que eles alcançaram
é diretamente proporcional à persistência que empregaram durante
o processo. Veja o exemplo de Thomas Edison: ele descobriu 999
formas de como não inventar a lâmpada antes de desenvolver o pri-
meiro protótipo que deu certo. Percebe como o vencedor costuma ser
aquele que primeiro desenvolveu grande paciência antes de atingir
seu objetivo principal?
No caso do concurseiro, fazer sacrifícios pode significar, por exem-
plo, recusar um convite da galera para ir a uma balada porque é preci-
so vencer o plano de estudo. Pode significar, ainda, deixar de comprar
um calçado, uma roupa ou outro bem qualquer porque é necessário
renovar a assinatura do curso ou fazer uma reserva financeira para o
pagamento de material de estudo ou de taxas de inscrição. E olhe que
muitas vezes o candidato terá esse tipo de despesa apenas para trei-
nar e avaliar a eficiência da estratégia de preparação que adotou. Em
outras palavras, o sacrifício nem sempre trará resultados imediatos.
Quando penso em alguém se sujeitando a esse tipo de sacrifício,
logo imagino que esse herói deve agir motivado por enormes neces-
sidades e dificuldades. Naturalmente, a soma explosiva entre priva-
ção e provação faz qualquer um aprender mais rápido e se dedicar
mais do que a média. A título de exemplo, cito a escritora britânica,
J.K. Rowling, criadora do personagem Harry Potter. Ela, que era mãe
solteira e estava desempregada, começou a escrever para passar o
tempo enquanto enfrentava uma severa depressão e grandes dificul-
dades financeiras.

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Gabriel Granjeiro

“É bom você ter consciência de que nenhum plano de es-


tudos de qualidade será exitoso sem esforço e sem sacrifício
da parte do concurseiro. Do contrário, o candidato não será
digno das recompensas de que mais tarde desfrutará.”

É bom você ter consciência de que nenhum plano de estudos de


qualidade será exitoso sem esforço e sem sacrifício da parte do con-
curseiro. Do contrário, o candidato não será digno das recompensas
de que mais tarde desfrutará. É por isso que eu ressalto: quem es-
tuda para concurso não tem o direito de manifestar tristeza na hora
de se render aos sacrifícios que lhe forem impostos. É simples assim:
toda grande realização pressupõe esforço em igual proporção. É da
rotina de fazer pequenos e diários sacrifícios que advêm as grandes
conquistas e as grandes recompensas.

“… qualquer coisa de valor ou de grande importância só


será conquistada depois de muito sofrimento, depois de muita
penitência, depois de muita dificuldade.”

Apesar da minha pouca idade, tenho aprendido muito acompa-


nhando o relato de alunos e professores que, para serem aprovados
em concurso público, precisaram se doar integralmente e renunciar a
muita coisa. Uma das principais lições que esses ex-concurseiros me
ensinaram é que qualquer coisa de valor ou de grande importância só
será conquistada depois de muito sofrimento, depois de muita peni-
tência, depois de muita dificuldade.
É claro que, ao perseguir algo relevante, que exija a realização de
tarefas difíceis, o mínimo que se espera é uma compensação à altura.
É tudo uma questão de troca: um grande sacrifício produz em nós
a sensação de merecimento. Esse sentimento aumenta nossa auto-
estima e, principalmente, nossa autoconfiança, o que deixa nossos
oponentes atordoados e confusos. O resultado? Nós nos tornamos os

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A alegria como aliada do concurseiro

candidatos mais fortes na concorrência em relação aos demais. De-


pois da aprovação, a recompensa é ainda maior. Você já conhece bem
todos os benefícios e as vantagens que a carreira no serviço público
oferece, não é mesmo?
Então, entenda de uma vez que o conhecimento é difícil, mas não
impossível de obter. Ele impõe muito estudo e muita prática, o que
obviamente nos leva a sacrifícios. Mas essa fase passa, e a recom-
pensa vale o esforço.

“Quantas coisas perdemos por medo de perder?”


Paulo Coelho

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

A ALEGRIA COMO ALIADA DO CONCURSEIRO

Sou da opinião de que devemos semear com alegria e paixão tudo


que nos dispomos a fazer. A alegria deve, sim, estar presente em todas
as dimensões de nossa existência: na vida em família, no trabalho, no
esporte, nas viagens, nas aventuras com os amigos. Ela é componente
indispensável também na formação profissional, na medida em que
restaura continuamente nossas energias durante a faculdade ou o cur-
so de pós-graduação. Cumprir cada etapa da vida com esse sentimento
de satisfação impede que nossa caminhada se torne cansativa, mesmo
diante dos inúmeros obstáculos que inevitavelmente enfrentaremos.
Não poderia ser diferente em relação aos estudos para o ingresso em
uma carreira pública. A alegria
é um dos principais aliados da
pessoa que resolve se dedicar
a um projeto de alto grau de
exigência como esse. É ela que
confere leveza aos momentos
mais difíceis da preparação; é
ela que renova a motivação do
candidato a cada dia. Não dá para
simplesmente ignorar o relevante
papel da alegria na preparação
para concursos públicos.

“A alegria é um dos principais aliados da pessoa que


resolve se dedicar a um projeto de alto grau de exigência…”

Em virtude da profissão que escolhi para mim, venho acompa-


nhando de perto os candidatos a vagas no serviço público. Vejo como
é a rotina deles no ambiente virtual de aprendizagem da nossa escola,
nos Gran Dicas (aulões de véspera presenciais) e em outros eventos

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A alegria como aliada do concurseiro

da nossa marca. Nesses meus anos de vida empreendedora, já conhe-


ci muitos jovens e adultos felizes e apaixonados pelos estudos. O que
observo é que eles estão plenos de satisfação por se sentirem sujeitos
no processo de busca da estabilidade financeira, apesar dos problemas
e preocupações que, naturalmente, vez ou outra os acometem.
Recentemente, o exemplo de um desses alunos me marcou. Mo-
rador de uma pequena cidade do interior do estado, o jovem estava
matriculado em uma de nossas revisões de véspera. Como nos re-
latou, no dia do evento ele havia acordado às 4 horas da manhã e
percorrido mais de 300 quilômetros para chegar a tempo do início da
aula. Surpreendentemente, esse aluno, que tinha todos os motivos
do mundo para se sentir cansado, estava visivelmente alegre. Irra-
diava felicidade por estar presente ali naquele momento, trabalhando
ativamente no projeto de mudança de vida pela qual tanto ansiava.
Essa alegria, em conjunto com sua determinação, o manteve focado
e atento até o fim do evento. Notamos que ele tinha até mais vigor
e energia do que alguns de seus colegas que não haviam começado
o dia de forma tão cansativa. Graças a essa postura, certamente ele
absorveu muito conteúdo útil – provavelmente mais do que vários
dos seus concorrentes –, o que deve ter garantido a ele preciosos
pontos na prova do dia seguinte.
Confesso que minha maior satisfação, como empreendedor que
sou, é essa de proporcionar alegria e esperança de dias melhores para
os outros. Para mim, não há realização maior do que a que alcanço
ao ofertar uma excelente estrutura de aprendizagem e ao garantir o
acesso aos melhores professores e à melhor equipe de gestão. Aqui,
no Gran Cursos Online, somos – todos e cada um – apaixonados pela
arte de realizar sonhos. É o que nos motiva e o que nos alimenta.

“O concurseiro depende única e exclusivamente da própria


dedicação, da capacidade de se entregar inteiramente ao
processo de preparação.”

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Gabriel Granjeiro

Em meu dia a dia na empresa, converso muito com nossos alu-


nos. Eles me confidenciam que não têm muitas opções para con-
quistar o sucesso profissional. A maioria veio de escolas públicas e
não tem nem experiência, nem diploma de pós-graduação ou outras
certificações. A falta de qualificação e de experiência, como vocês
sabem, é um grande empecilho para se concorrer a uma vaga em
empresas privadas. Já o concurso público, modalidade de seleção
altamente democrática, graças às suas regras bastante objetivas,
oferece a profissionais como esses a oportunidade de concorrer em
condições de igualdade com os outros, sem depender de favores, de
sobrenome, de indicação. O concurseiro depende única e exclusiva-
mente da própria dedicação, da capacidade de se entregar inteira-
mente ao processo de preparação.
Os alunos também costumam me contar o que pretendem fazer
quando receberem o primeiro contracheque como servidores públi-
cos. Os desejos e sonhos não são nada complexos; tampouco guar-
dam surpresas: em geral se resumem a comprar um carro ou uma
casa, fazer uma viagem, investir na carreira, proporcionar mais con-
forto à família. Eu, claro, os incentivo a levar para o dia da prova a
imagem da concretização desses sonhos. Trata-se de uma técnica
que a ciência já demonstrou que funciona: desejar, mentalizar, con-
cretizar. É assim que as coisas acontecem.
Particularmente, não gosto de estar ao lado de pessoas pessimis-
tas, que enxergam apenas o lado ruim de tudo e veem exclusivamente
o que quem as cerca tem de pior. Evito gente desse tipo por uma razão
muito simples: pensamentos ruins atraem coisas ruins. Já a alegria
funciona como um ímã para atrair tudo de bom, inclusive boa saúde,
tão necessária para enfrentarmos os grandes problemas e as enormes
dificuldades que vez ou outra podem atravessar nosso caminho.

“Sem dúvida, estudo e trabalho são mais produtivos


quando cumprimos nossas tarefas com um quê de felicidade
e de paixão.”

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A alegria como aliada do concurseiro

Penso que não existe nada mais contagiante do que a alegria.


Talvez o amor… Sim, alegria e amor, juntos, formam os pilares que
darão sustentação para as grandes realizações e para os grandes
feitos que experimentaremos ao longo da vida. Sem dúvida, estudo
e trabalho são mais produtivos quando cumprimos nossas tarefas
com um quê de felicidade e de paixão. Esses sentimentos nos fazem
adotar uma visão mais positiva e otimista da vida. O resultado é mais
energia e saúde para avançarmos sempre.
Confesso que, quando marco presença em algum evento do Gran
Cursos Online e tenho a oportunidade de ouvir relatos sobre os avan-
ços e as conquistas dos nossos alunos, fico muito feliz. Ao mesmo
tempo, sou tomado pela percepção de que nossa responsabilidade
também aumentou. Afinal, nosso negócio, baseado nos resultados,
se mantém graças ao sucesso dessas pessoas, nossos clientes. Quan-
do o evento termina, volto ao trabalho recarregado de energia boa e
ainda mais disposto a me dedicar à criação das condições ideais – as
melhores possíveis – para concretizar o sonho de todos que nos con-
fiaram a sua adequada preparação para concursos.
Torno a insistir: aproveite cada momento desta sua caminhada
para aprender mais do que os assuntos necessários para você ser
aprovado no concurso dos seus sonhos. Extraia desta longa e com-
plexa experiência lições para sua vida. A de hoje é esta: cultive a
paz no seu coração e distribua alegria entre todos os seus colegas
de jornada. Isso transformará as dores das horas de estudo em força
para você enfrentar os obstáculos que surgirem ao longo do tempo
em que permanecerá na “fila” para o ingresso em um cargo ou em-
prego público. Já nos ensinava Gandhi que “não existe caminho para
a felicidade; a felicidade é o caminho”.
Vamos em frente, sempre! Sigamos alegres, felizes, confiantes e
otimistas até atingirmos os nossos objetivos!

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

AS DECEPÇÕES FAZEM PARTE DA CAMINHADA. NÃO DESISTA!

“Faliu no comércio aos 31 anos;


Perdeu uma eleição estadual aos 32 anos;
Perdeu a esposa aos 35 anos;
Teve colapso nervoso aos 36 anos;
Perdeu uma eleição para prefeito aos 38 anos;
Perdeu outra eleição estadual aos 46 anos;
Perdeu uma eleição federal aos 48 anos;
Perdeu a eleição para o Senado aos 58 anos;
Aos 60 anos, foi eleito presidente dos EUA.
Esse homem foi Abraham Lincoln, considerado um dos maiores
líderes de todos os tempos”.

Jack Ma, hoje com 52 anos, é


um dos homens mais ricos do mun-
do e o mais rico da China. Sua for-
tuna está avaliada pela Forbes em
US$ 20,4 bilhões. No entanto, o
caminho para chegar até aí não foi
nada fácil. Na verdade, ele teve de
lidar com sucessivas frustrações.
Jack levou sete anos para com-
pletar o ensino fundamental. Na es-
cola onde estudava, em sua cidade natal, Hangzhou, o ensino médio
tinha duração de apenas um ano, metade do recomendado. Diante
disso, ele tentou estudar em outras cidades, mas nenhuma aceitou
sua matrícula, pelo fato de sua educação já ser bastante falha. Ele
também tentou três vezes entrar em uma universidade chinesa. Ins-
creveu-se em Harvard dez vezes, mas foi rejeitado em todas elas.
No fim, pensou: “Quem sabe, talvez um dia eu dê aula aí”. Ele estava

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As decepções fazem parte da caminhada. Não desista!

certo: desde que alcançou sucesso com sua plataforma de comércio


eletrônico, Ma já deu várias palestras na renomada universidade.
Depois de se formar, o jovem concorreu a mais de trinta vagas
de emprego. Não foi aceito em nenhuma delas – nem para trabalhar
no KFC, uma rede de fast-food americana que, na ocasião, contratou
todos os outros trabalhadores que se candidataram às vagas com Ma.
A rejeição nesse período da vida o blindou contra as dificuldades como
empreendedor, diz ele, que também sofreu descrédito ao fundar o
Alibaba, um dos maiores sites de vendas do mundo, com faturamento
estrondoso e crescente.
Mas vamos sair do contexto do empreendedorismo e entrar no
mundo dos concursos públicos, para listar alguns exemplos de pro-
fissionais e suas histórias de insucessos até, finalmente, a merecida
aprovação. Talvez você até já conheça algumas delas. Vejamos.

O nosso professor de Direito Eleitoral e Regimento Interno de tri-


bunais, Weslei Machado, é hoje Analista Judiciário da área judiciária
do TSE. O cargo é dos mais cobiçados por concurseiros de todo o País,
e Weslei podia ter se dado por satisfeito ao conquistá-lo, mas ele não
parou por aí. Atualmente, também
está classificado em terceiro lugar no
concurso público para provimento de
cargos de Promotor de Justiça Subs-
tituto do Ministério Público do estado
do Amazonas (MPE/AM). Ainda se in-
cluem em sua coleção de aprovações
o concurso público do TJDFT/2007 e
o do MPU/2007.
São tantas aprovações que chega a parecer fácil, não é mes-
mo? Mas não foi. Não para Weslei. Até ser aprovado nesses difí-
ceis certames, ele teve de enfrentar mais de vinte reprovações.
E, a cada insucesso que enfrentava ao longo de sua jornada, ele pen-

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Gabriel Granjeiro

sava em desistir. Foram tantas horas de estudo, tamanha abdicação


da convivência familiar e social e tão alto investimento em taxas de
inscrição e em livros, tudo sem sucesso, que ele já começava a acre-
ditar que não seria capaz de atingir o objetivo de se tornar servidor
público.
Quando deu início à preparação, Weslei já era casado e pai de
família. Portanto, para garantir o sustento dos seus, precisava traba-
lhar durante o dia. Só lhe sobravam as noites para estudar. Além dis-
so, havia um complicador que lhe tirava o sono: a filha estava doente
e precisava de remédios caros e de alimentação específica.
Apesar de todas essas – e outras – dificuldades, ele não desistiu.
Manteve-se firme em seu projeto. E aqui abro parênteses: creio que
a persistência e a dedicação são os mais indispensáveis atributos do
concurseiro durante a preparação. O candidato a concurso sempre
enfrentará obstáculos, mas não pode ficar paralisado ou simplesmen-
te renunciar ao seu sonho de conquistar uma vaga no serviço público.
Em vez disso, precisa adaptar seus métodos para corrigir falhas em
sua forma de estudar.
No processo de estudo árduo que o projeto de passar em concur-
so exige, o esforço e a perseverança ajudam – e muito – a atingir os
resultados esperados. No caso de Weslei, ele converteu sua enorme
força de vontade em ações práticas. Foi assim que criou um método
próprio de preparação. A base da sua técnica era um cronograma de
estudos que contemplava as disciplinas recorrentes nos concursos
dos quais participava, sobretudo para a carreira dos tribunais. “Iden-
tifiquei, em editais anteriores, quais eram as principais disciplinas e
as organizei em um cronograma. Cada dia da semana, estudava duas
disciplinas, duas horas para cada uma delas”, explica.
Seria ótimo se estudar com todo esse afinco já fosse o suficien-
te para a aprovação, mas sabemos que só o estudo tradicional não
basta. Como Weslei logo percebeu, há algo tão importante quanto
debruçar-se sobre novos conteúdos, embora esse algo não receba a
devida atenção. Estamos nos referindo à revisão das matérias.

66 www.grancursosonline.com.br
As decepções fazem parte da caminhada. Não desista!

O ideal é que, a cada semana, o concurseiro destine um dia para


rever os conteúdos estudados até ali. A revisão é sempre cumulativa,
e é indispensável que toda a matéria até então estudada seja revista
antes do prosseguimento do estudo pelo candidato. Trata-se de um
mecanismo de reforço do armazenamento na memória e de organi-
zação das informações em nosso cérebro.
Além disso, a experiência de Weslei atesta que, no processo de
revisão, é prudente e proveitoso resolver questões de concursos an-
teriores da carreira escolhida. O concurseiro precisa se familiarizar
com a forma de abordagem dos temas e com os principais tópicos
cobrados pelos examinadores. Esse conhecimento é capaz de au-
mentar o rendimento no dia da prova. O candidato não terá surpre-
sas, já que terá conhecido com antecedência o modelo de questões
do examinador.
Foi graças a esses pequenos segredos que Weslei conseguiu co-
lecionar todas as suas aprovações e alcançar os resultados dos quais
hoje tanto se orgulha.
Outro professor do Gran Cursos Online que tem muito a nos en-
sinar é o Dr. Aragonê Nunes Fernandes. Antes de ser aprovado para
a magistratura, o hoje Juiz do TJDFT foi Promotor do MPDFT, além de
ter passado para Defensor Público na DPE/RS, também foi Analista
do STF, Técnico do STJ e Agente Comercial da CAESB. Assim como
Weslei, o Dr. Aragonê também enfrentou muitas decepções e sofreu
inúmeras reprovações antes de alcançar o cargo com o qual sonhava.
Quando decidiu estudar para
“os concursos grandes” (magistra-
tura, Ministério Público e Defensoria
Pública), Aragonê colocou na cabe-
ça que seria um projeto de médio
ou longo prazo. Além disso, sabia
que teria de fazer provas fora de
Brasília, pois aqui seria difícil de-
mais passar.

www.grancursosonline.com.br 67
Gabriel Granjeiro

Começou pelo concurso da Defensoria Pública da União. Foi repro-


vado. Veio depois o de Promotor em Sergipe. Nova reprovação. Fez
prova para Promotor de Rondônia, mesmo sem ter certeza se aceita-
ria se mudar para lá. Apesar dos menos de 600 candidatos inscritos
no certame, o professor acabou reprovado logo na primeira fase!
Somaram-se ao “rol das reprovações”, ainda, os concursos de
Juiz na Paraíba, de Promotor em Goiás e de Promotor em São Paulo.
“Ah”, você poderia concluir, “mas a partir daí nosso personagem
finalmente começou a passar e não parou mais.” Ou, então, poderia
deduzir que o Dr. Aragonê só foi reprovado em concursos grandes…
Nada disso! Nosso mestre ainda foi reprovado nos concursos para
o cargo de Analista de tribunais como TST e STJ e do MPU e para o
cargo de Técnico Judiciário do TJDFT, entre outros.
Em resumo, depois de tantos anos na luta, Aragonê colecionou
muito mais reprovações do que sucessos, mas em nenhum momento
se arrependeu de ter optado pela carreira pública. Hoje, “pendurou
as chuteiras”, depois de descobrir algo bem interessante em sua tra-
jetória: todas as reprovações “transitam em julgado” na hora em que
se é aprovado em um bom concurso.
Gustavo Scatolino, nosso professor de Direito Administrativo e
hoje Procurador da Fazenda Nacional, um dos cargos mais cobiçados
da área jurídica, é outro com uma história de muitas decepções até o
sucesso final.
O professor reprovou nos
seguintes concursos: Agente da
Polícia Federal/2002, Analista do
TJDFT/2003, Procurador Federal,
Advogado da União, PGFN/2006,
Técnico e Analista do TST/2003,
Técnico e Analista do MPU/2004,
Detran/2004, PRF/2003 e Dele-
gado do estado de Goiás/2004.

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As decepções fazem parte da caminhada. Não desista!

Foi, contudo, aprovado nos seguintes: Técnico do TJDFT/2003,


Analista Judiciário do STJ/2004, Procurador do estado do Espírito
Santo/2008 e Procurador da Fazenda Nacional/2008. Esse último,
aliás, foi o mesmo concurso em que Gustavo havia sido reprovado
em 2006. Note que, em apenas dois anos, ele inverteu sua condição.

Nossa última inspiração


é Emerson Douglas. Nosso
professor das disciplinas Re-
gimento Interno do Senado
e Controle Externo do TCU
não queria saber de concur-
sos no início de carreira. Ele
estava convicto de que seu
caminho era a iniciativa pri-
vada. Queria construir uma
profissão como jornalista. Mas eis que nosso mestre foi convencido
a estudar para apenas um concurso específico. O cargo para o qual,
na época, decidiu concorrer se tornou o dos seus sonhos: Analista da
Câmara dos Deputados, área de Comunicação Social.
Emerson estudou por um ano e arrebentou. Ficou em segundo
lugar na prova objetiva. Só que ainda haveria a prova prática… Nesta,
ele não foi nada bem. Caiu muito e soube que dificilmente seria no-
meado. A decepção foi gigante.
Na verdade, ir mal no teste de aptidão física é muito comum; que
o digam os candidatos às vagas nas carreiras policiais… O candidato
tem um desempenho excepcional na prova objetiva, mas é eliminado
no TAF. Vem a fúria, o luto… E o recomeço.
Douglas não desistiu. “Vou estudar para todos os concursos de
agora em diante”, pensou. Cerca de um ano mais tarde, ele foi apro-
vado na Polícia Federal (5º lugar, nacional). Não parou mais. Vieram
as aprovações para Analista do MPU, para Analista da ABIN (6º lugar),

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Gabriel Granjeiro

Consultor da CLDF (1º lugar) e Auditor do TCU (1º lugar). Fixou-se


no TCU, mas isso não impediu que ele ainda passasse para Analista
do Senado (cargo que até chegou a assumir) e de novo para outro
cargo na ABIN (mais um 1º lugar).

O que quero demonstrar com todos esses relatos, amigo leitor,


é que, às vezes, uma decepção profunda pode abrir novos e mara-
vilhosos horizontes. As reprovações servem para nos ensinar lições
importantes. A nós, cabe extrair esses ensinamentos e assimilá-los,
para em seguida corrigir os rumos de nossos planos e continuar na
“fila” até a aprovação – ou, melhor ainda, até as aprovações.
Se há uma certeza, é esta: muitos reprovarão, mas você, que
nos acompanha aqui, vai passar – e passar bem. Só não pode desis-
tir. Afinal, quem desiste com facilidade não tem, mesmo, perfil para
ser aprovado em concurso público.
Então vamos juntos: você fazendo a sua parte, seguindo as
orientações de nossa equipe do Gran Cursos Online, e nós, aqui, pes-
quisando e descobrindo novas formas e fórmulas de ajudá-lo a ter o
governo como patrão.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Desmotivado(a)? Confira 5 dicas valiosas para
você não desistir e continuar estudando!

DESMOTIVADO(A)? CONFIRA 5 DICAS VALIOSAS PARA VOCÊ


NÃO DESISTIR E CONTINUAR ESTUDANDO!

Um dos maiores desafios


que o concurseiro pode en-
frentar é manter-se motiva-
do e persistente nos estudos
mesmo em períodos de tur-
bulência e de incertezas como
o que vivemos atualmente no
Brasil. Para piorar, muitas ve-
zes ele ainda tem de fazer isso
sem contar com o apoio finan-
ceiro ou psicológico, seja da
família, seja dos amigos.
Para alcançar a sonhada aprovação, não basta dominar boas téc-
nicas de estudo ou contar com inteligência fora do comum. Na gran-
de maioria dos casos, quem é mais dedicado e organizado é quem
passa e se classifica. E isso se aplica inclusive aos concursos de mais
alto nível, que costumam ser bastante exigentes, tanto em relação à
quantidade e à variedade do conhecimento cobrado, como em rela-
ção à profundidade deles.
Com isso em mente, pensei em apresentar 5 dicas para você se
manter focado em seu projeto de aprovação. Leia e releia sempre
que pensar em desistir ou em sair da “fila”.

1. Seja otimista. Já dizia o maior empreendedor brasileiro de


todos os tempos, Jorge Paulo Lemann: “Prefiro ser otimista. Não co-
nheço muitos pessimistas bem-sucedidos”. Ignore os “matadores de
sonhos”, aqueles sujeitos com alto grau de negatividade e que sempre
nos fazem desanimar. Estou me referindo àquele tipo de gente que
repete que não adianta estudar, porque concurso público é “uma fura-
da”, “um jogo de cartas marcadas”; porque “apenas gênios passam”;

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Gabriel Granjeiro

porque “os concursos públicos vão acabar”. Nós do Gran Cursos Online
sabemos bem que todas essas afirmações são mentirosas. Afinal, já
testemunhamos centenas de milhares de aprovações de ex-alunos
nossos, e até hoje não conhecemos nenhum que pudesse ser con-
siderado gênio. Quanto à possibilidade de extinção dos concursos
públicos, só tenho a dizer que eles são uma garantia constitucional,
prevista no art. 37, inciso II, de nossa Carta Magna.
Pela mesma razão que devemos fugir da negatividade típica dos
pessimistas, é importante evitarmos perder muito tempo em grupos
de WhatsApp e Facebook. Os membros das redes sociais costumam
especular demais, sem contar que parecem se dedicar de corpo e
alma à missão de provocar desespero nos concurseiros. Preferem
agir assim a trocar informações relevantes sobre os concursos e a
oferecer boas dicas de estudo. Por isso, inspire-se no herói grego
Ulisses, que tapou os ouvidos para ignorar o canto hipnótico das se-
reias – que o levaria ao fracasso. Simplesmente não dê ouvidos ao
que se diz nas redes sociais.

2. Lembre-se sempre do motivo pelo qual você começou a


estudar. Nunca esqueça o que o levou a estudar para concurso pú-
blico. Na maioria das vezes, foi a busca por melhoria de vida – tanto
para você como para sua família. Lembre-se de que a dor da prepa-
ração é passageira, ao passo que o cargo público é para sempre.
Quando vislumbramos o nosso objetivo maior, conseguimos fazer
enormes sacrifícios para alcançá-lo logo. Uma ação que pode ajudar
a manter o objetivo bem claro para você é criar um “mural dos so-
nhos”, que deve ser instalado em local visível, de preferência na área
onde você estuda. Cole nele fotos do prédio onde você quer trabalhar,
anote os benefícios e as vantagens da carreira pública que você es-
colheu e, se for possível, anexe um contracheque atualizado do cargo
pretendido. Se o concurso estiver demorando para sair, lembre-se de
que essa demora ainda é muito inferior ao tempo necessário para pro-
gredir na iniciativa privada ou para concluir uma segunda graduação.

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Desmotivado(a)? Confira 5 dicas valiosas para
você não desistir e continuar estudando!

3. Estabeleça metas de curto prazo. Muitas vezes nos sentimos


frustrados ou julgamos que nosso desempenho está muito fraco, quan-
do, na verdade, apenas cometemos o erro de estipular metas nada
razoáveis. O autor americano e professor da Universidade de Harvard
John Kotter costuma dizer que, “para liderar mudanças significativas
em uma organização, é necessário gerar vitórias de curto prazo”.
O mesmo vale para o mundo dos concursos. Você precisa definir
metas que sejam viáveis. Aos poucos, vá aumentando progressiva-
mente o grau de dificuldade delas, até atingir o seu objetivo final. Se
você sabe que, para se tornar competitivo a ponto de ser aprovado,
por exemplo, no próximo concurso de Auditor-Fiscal da Receita Fe-
deral, é necessário acertar, em média, 85% das questões sobre Con-
tabilidade nos simulados, mas atualmente você só consegue acertar
cerca de 40%, estabeleça metas graduais. Esforce-se para acertar
50%, depois 60%, até chegar ao objetivo de 85%. E comemore cada
uma dessas vitórias, celebrando o seu progresso. Agindo assim, você
se mantém motivado para seguir em frente.

4. Pratique atividades físicas. Existem inúmeros estudos de


universidades de renome que comprovam que a atividade física faz
bem à concentração, aumentando a capacidade cognitiva, reduzindo
o estresse e aumentando a sensação de felicidade e a capacidade de
estudar por mais tempo. Praticar atividades físicas, especialmente
as aeróbicas (caminhar, correr, nadar, pedalar etc.), no mínimo três
vezes por semana, aumentará o seu rendimento, a sua sensação de
bem-estar e o seu progresso nos estudos, além da sua capacidade
de reter informações.
Não pense que a prática de atividades físicas é perda de tempo.
O ganho em aumento da produtividade nos estudos compensará – e
muito – essas poucas horas gastas na academia, nas ruas ou nos
parques. Sem contar que você ainda tem a possibilidade de conciliar
exercício físico com estudo, salvando audioaulas em seu dispositivo
móvel para ouvi-las enquanto se exercita.

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Gabriel Granjeiro

5. Crie uma rotina profissional de estudos. Costumo reco-


mendar aos nossos alunos uma técnica de base científica para de-
senvolver o hábito de estudar diariamente. Ela consiste em repetir
a rotina (no caso, a rotina de estudar) durante vinte e um dias se-
guidos, sempre no mesmo horário e pelo mesmo período de tempo.
Não importa se é dia útil, feriado ou fim de semana; sente-se, inicie
o cronômetro e só se levante depois de ter passado o tempo que você
determinou para os estudos. Pronto! Ao cabo das três semanas, o
hábito terá sido desenvolvido.
Aprendemos com Aristóteles que “somos o que fazemos repe-
tidamente. A excelência, portanto, não é um ato, mas um hábito”.
Esse hábito contínuo ajudará você a manter a motivação em estudar
sempre. Como um atleta que pratica todos os dias, você sentirá falta
de exercitar o cérebro. Esse tipo de “vício” saudável – no caso, o vício
de estudar – fará parte de sua vida até você atingir o objetivo traçado
para si mesmo.

Acredito que essas 5 dicas são de grande utilidade para qualquer


concurseiro, do mais graduado ao que está iniciando hoje o projeto
de estudar para concurso. Fique de olho em nosso blog. Nele, di-
vulgamos com frequência artigos como este, motivacionais e com
informações diversas que vão ajudá-lo a seguir em frente em seu
projeto de mudança de vida. Lembre que existem somente dois tipos
de candidatos: os que passam e os que desistem.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Verdades e Mitos sobre Concursos Públicos:
15 esclarecimentos que você precisa ler!

VERDADES E MITOS SOBRE CONCURSOS PÚBLICOS: 15 ESCLA-


RECIMENTOS QUE VOCÊ PRECISA LER!

Neste artigo, consolidamos as


15 dúvidas mais recorrentes que
recebemos de concurseiros de todo
o Brasil. Nosso objetivo, então, é
desmitificar algumas inverdades
que escutamos frequentemente de
amigos e familiares e que podem
levar à desistência ou à reprova-
ção no certame dos sonhos.

Verdade ou mito?

1. Quem trabalha não consegue passar em concurso.

Não é verdade. Em um de nossos levantamentos, constatamos


que trabalhar é a realidade de 65% dos nossos alunos. Eles traba-
lham, estudam e ainda se dedicam aos concursos. São pouquíssimas
as pessoas que não têm outra preocupação senão a de estudar para
concurso público.

2. Quem não tem recursos financeiros não passa em con-


curso.

Mito. Há vários relatos de pessoas que estudaram com material


emprestado, que não puderam pagar por cursos preparatórios ou que
fizeram apenas cursos por matéria e, assim mesmo, passaram em con-
cursos diversos. Ou seja, é bem comum a aprovação de concurseiros
que investiram poucos recursos financeiros no projeto de entrar para

www.grancursosonline.com.br 75
Gabriel Granjeiro

o serviço público. Em geral, o sucesso deles é resultado do esforço em


dobro que precisam empregar em condições tão adversas. Não é o
dinheiro que faz a diferença nessa situação, mas o foco, a vontade, a
necessidade de melhorar de vida e, acima de tudo, um bom planeja-
mento de estudo.

3. Quem tem mais de 50 anos não consegue passar em


concurso.

Outro mito. Nos últimos dez anos, 40% dos que tomaram posse
em cargo público tinham mais de 50 anos. São pessoas que, por cer-
to, pela experiência que levam para a carreira pública, são potenciais
candidatos a cargos de direção, de chefia e de assessoramento. A
título de informação, segundo estudo conduzido pela Escola Nacional
de Administração Pública (ENAP), outros 40% dos empossados con-
tavam menos de 30 anos de idade.

4. Há pessoas que passam em concurso sem estudar nada.

Mentira. Ouvimos com frequência comentários como: “Meu ami-


go disse que passou em um concurso público sem estudar. Não leu o
edital, não sabia qual era a banca do certame, não olhou nenhuma
linha da apostila que comprou”. Apesar de ser comum ouvir esse tipo
de bobagem, o fato é que não se consegue passar nos concursos ape-
nas chutando, estudando pouco ou nada. O que até pode ocorrer é os
pontos estudados pelo candidato serem os mais cobrados na prova.
Mesmo em casos como esse, seja por sorte, seja como resultado de
um plano ousado e metódico, houve preparação e houve dedicação,
além da sorte de caírem na prova os assuntos aos quais o candidato
mais se dedicou. Para reflexão, cabe ressaltar uma famosa frase de
Coleman Cox: “Eu acredito demais na sorte. E tenho constado que,
quanto mais duro eu trabalho, mais sorte eu tenho”.

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Verdades e Mitos sobre Concursos Públicos:
15 esclarecimentos que você precisa ler!

5. O governo vai acabar com os concursos por conta da crise


econômica.

É mito, e a história tem demonstrado isso. Crises vêm e vão, mas


o governo continua contratando. Ele pode adiar as autorizações e as
nomeações, mas nunca deixará de contratar. Sabe por quê? Porque a
população brasileira cresce e as demandas por serviço público de qua-
lidade aumentam. Além disso, os servidores se aposentam, morrem,
são demitidos, pedem exoneração ou vacância para tomar posse em
outro cargo inacumulável. Surgem, então, novas vagas, além daquelas
que são criadas por lei para preencher o quadro de pessoal de um novo
órgão, de uma nova entidade, de um novo fórum, de uma nova delega-
cia da Receita Federal. Em outro exemplo, para manter a ordem social
e a saúde financeira do estado, é necessário contratar novos Policiais,
Auditores-Fiscais, Analistas Tributários, entre outros. Ademais, a Cons-
tituição Federal de 1988 é bem clara: o ingresso em cargo ou emprego
público deve ocorrer mediante aprovação prévia em concurso público.

6. Quem estuda para concurso não deve perder tempo com


atividades físicas.

Não pode nem deve ser assim. Quem estuda, seja para concurso pú-
blico, seja para outro tipo de exame, precisa, sim, encaixar no plano de
estudo um tempo (o ideal é de 30 a 60 minutos diários) para a prática de
uma atividade física, especialmente aeróbica, como caminhar, correr, na-
dar, andar de bicicleta. Já há muitos estudos consolidados que demons-
tram que esse tipo de atividade aumenta a capacidade cognitiva, o hu-
mor, a concentração e, por consequência, a memorização dos conteúdos.
No caso dos candidatos que pretendem ingressar na área de se-
gurança pública, a prática de atividades físicas é, ainda, essencial para
a aprovação no Teste de Aptidão Física (TAF). Não adianta nada ser
aprovado na prova objetiva e reprovado no TAF. Então, ignore quem
sugere que os concurseiros devem abrir mão de atividades físicas em
sua trajetória de estudos.

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Gabriel Granjeiro

7. Quem começa a estudar apenas quando o edital é publi-


cado passa em concurso, pois não perde tempo estudando o
que não vai cair.

Eis aí um erro gravíssimo! É enganar a si mesmo achar que é


possível passar em um concurso público com concorrência que pode
chegar a 3 mil candidatos por vaga estudando apenas entre o tempo
da publicação do edital e o dia das provas. Acredite: dificilmente você
conseguirá ser aprovado se fizer isso. É improvável, em período tão
curto, vencer o extenso conteúdo do edital e ainda separar tempo
para revisão e solução de exercícios e de simulados, entre outras
ações necessárias à aprovação no concurso dos sonhos.
É claro que existem exceções, mas elas são raras. Em média,
uma preparação adequada para um concurso de alto nível pode levar
vários anos. Tudo vai depender da escolha do método de estudo, da
afinidade com as disciplinas a serem estudadas e da bagagem de
conhecimento trazida dos anos de estudos no ensino médio, na gra-
duação e nos cursos de especialização.
Agora reflita comigo: vale a pena estudar alguns anos para garan-
tir uma remuneração digna para o resto da vida? Acredito fortemente
que sim, principalmente se levarmos em consideração o tempo que
investimos em uma faculdade, sem garantias de que o diploma trará
a remuneração desejada no futuro.

8. Concurso público é um jogo de cartas marcadas.

É mito. Já ouvi muito essa desculpa de pessoas que não têm dis-
ciplina para aguentar a exaustiva preparação até a aprovação. Não
se passa em concurso público apenas se inscrevendo nele e apoiado
em um sobrenome poderoso ou contando com amigos nos mais altos
escalões dos três poderes da República. Obviamente, há relatos de
fraude em alguns concursos, mas temos observado que os órgãos
competentes investigam e punem os criminosos, ao mesmo tempo

78 www.grancursosonline.com.br
Verdades e Mitos sobre Concursos Públicos:
15 esclarecimentos que você precisa ler!

que as bancas se profissionalizam cada vez mais para garantir a se-


gurança e a confiabilidade dos certames.
Dentro do universo dos concursos, relatos de fraude são uma
fração mínima do total de seleções realizadas. Passará em concur-
so público quem se preparar adequadamente, com os profissionais
certos, na plataforma ou estrutura adequada. Será aprovado quem
cumprir religiosamente um bom plano de estudos e fizer os sacrifícios
necessários.

9. Concurso público é muito concorrido.

Isso é verdade, mas não deve desencorajar a entrada na fila em


busca do governo como patrão. A relação candidato por vaga não
pode ser um desestímulo à dedicação e à busca pela sonhada vaga.
Em primeiro lugar, você precisa de apenas uma vaga para tomar pos-
se. Em segundo, o universo de concorrentes verdadeiramente com-
petitivos é sempre bem inferior ao número divulgado no portal G1,
por exemplo.
Na verdade, o cálculo real da disputa é feito da seguinte forma:
a cada grupo de 100 inscritos, de 25 a 35 se abstêm (não compare-
cem no dia “D”, pelas mais diversas razões). Dos que comparecem às
provas, entre 5 e 10, apenas, são competitivos.
Em outras palavras, você não deve se intimidar pelo número de
inscritos, mas precisa saber que é necessário dedicação incansável,
pois mudar de vida e passar em um concurso não é mesmo fácil.

10. A máquina pública brasileira está inchada: não há mais


margem para contratações.

Falso. O grande problema do Brasil é o grande número de cargos


comissionados. Estes devem existir para casos excepcionais, a fim
de trazer novos talentos para o quadro público, e não servir como
regra para fortalecer a base política de alguém. Quando olhamos as

www.grancursosonline.com.br 79
Gabriel Granjeiro

vagas preenchidas por concursados, percebemos que praticamente


todas as principais carreiras típicas de Estado, como Agente de Polícia
Federal, Auditor da Receita Federal, Auditor-Fiscal do Trabalho, entre
outros, estão com quadros muito defasados de servidores públicos,
bem inferiores ao que a lei do cargo permite. Com isso, deixa-se
de arrecadar impostos, de fiscalizar o contrabando, de recuperar di-
nheiro do tráfico de drogas e da corrupção. Deixa-se de arrecadar
várias vezes o investimento na remuneração do servidor por causa
da simples falta de mão de obra para executar as rotinas necessárias.
É totalmente ilógico. Proporcionalmente, o número de servidores pú-
blicos no Brasil, um País continental com 200 milhões de habitantes,
é muito menor do que outros Países desenvolvidos, como Alemanha
e França. Em algum momento, os nossos representantes terão de
reconhecer esse simples fato e aumentar as vagas em concursos e
nomeações. Enquanto isso, quem continuar estudando será benefi-
ciado com sua persistência e ousadia. Siga em frente, pois a máquina
pública continua e continuará sempre contratando.

11. Não se pode abrir concurso em ano eleitoral.

Mito. A Lei Eleitoral (Lei n. 9.504/1997) estabelece as regras para


as eleições. No inciso V do artigo 73, ela determina que é proibido
“nomear, contratar ou, de qualquer forma, admitir ou demitir sem
justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou, por outros meios,
dificultar ou impedir o exercício funcional e ainda, ex officio, remover,
transferir ou exonerar servidor público, na circunstância do pleito,
nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena
de nulidade de pleno direito (…)”. As ressalvas que vêm em seguida
excluem da proibição:
a) nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designa-
ção ou dispensa de funções de confiança;
b) nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Públi-
co, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência
da República;

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Verdades e Mitos sobre Concursos Públicos:
15 esclarecimentos que você precisa ler!

c) nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados


até o início daquele prazo;
d) nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao fun-
cionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e
expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) transferência ou remoção, ex officio, de militares, policiais ci-
vis e agentes penitenciários.

12. Concurso público é um meio de o governo arrecadar


dinheiro.

Não é verdade. Concurso público é um procedimento que permite


aos órgãos e entidades públicos selecionar, entre os recrutados, os
mais bem-preparados, os mais disciplinados – não necessariamente
os mais brilhantes –, para que venham a servir Sua Excelência o
cidadão, usuário dos serviços públicos. O dinheiro arrecadado com
o pagamento das taxas de inscrição serve para cobrir despesas com
o certame: contratação de examinadores e de fiscais, elaboração de
cadernos de provas, aluguel de salas etc. Na maioria das vezes, tudo
que é arrecadado com as taxas fica para a banca examinadora e por
conta da organização e da aplicação das provas. Em alguns estados
e no DF, o percentual dessa arrecadação vai para um fundo que co-
bre a capacitação dos servidores efetivos. Claro, ainda há relatos de
concursos com objetivos suspeitos, mas, hoje, tanto o povo brasileiro
como as instituições estão muito atentos às possíveis ações fraudu-
lentas, a fim de impedir o descumprimento da Constituição brasileira,
que estabeleceu, como regra, que a seleção para os cargos e empre-
gos públicos se dará por meio do concurso público de provas ou de
provas e títulos.
O Ministério Público e a Polícia Federal, particularmente, vêm
agindo com todo o rigor, sem poupar ninguém que esteja envolvido
em irregularidades – sejam administradores públicos, sejam empre-

www.grancursosonline.com.br 81
Gabriel Granjeiro

sários envolvidos na organização das provas –, e pedindo cadeia para


os fraudadores de concursos. Tais crimes, até pouco tempo atrás,
não eram recepcionados em nosso ordenamento jurídico penal. Mais:
recentemente a Justiça Federal decidiu, ainda que em primeira ins-
tância, que concursos apenas para cadastro de reserva são incons-
titucionais. Em outras palavras, estamos testemunhando um forte
processo de moralização dos concursos graças à atuação da Adminis-
tração Pública.

13. É possível passar apenas chutando.

Outro mito. Quando a prova é no sistema certo/errado, em que


uma resposta errada anula uma certa, não há que pensar em chute.
É comum candidatos chutarem e, ao conferirem o gabarito provi-
sório, constatarem que ficaram devendo para banca, obtendo nota
negativa. Um vexame! Por isso, o primeiro mandamento de um con-
curseiro é “Não chutarás”, a não ser que ele tenha alguma margem
de convicção ou que não haja a regra, em edital, de que uma questão
errada anulará uma certa. Se for assim, pode chutar à vontade.

14. Estudar somente provas de certames anteriores não


garante aprovação.

Verdade. É preciso muito mais do que isso. O concurseiro que


tem valor sabe que precisará estudar todos os tópicos do edital (o
anterior ou o publicado), fazer resumos e programar revisões para os
dias que antecedem a prova, além de resolver muitas provas de cer-
tames anteriores. Uma boa técnica é preparar apontamentos a partir
do que a banca tem cobrado nos últimos cinco certames. Não resolva
apenas as questões; busque também estudar os temas cobrados nas
provas discursivas, quando houver, e treine muito a redação, que é
o calcanhar de Aquiles de muitos candidatos. Alguns professores
do Gran Cursos Online, após terem sofrido algumas reprovações,

82 www.grancursosonline.com.br
Verdades e Mitos sobre Concursos Públicos:
15 esclarecimentos que você precisa ler!

adotaram essa estratégia e conseguiram ser aprovados nos primei-


ros lugares. Se deu certo para eles, pode dar certo para você tam-
bém, amigo concurseiro. É uma dica.

15. Candidato que não preenche os requisitos do edital


não pode se inscrever no concurso.

Mito. Os requisitos básicos exigidos para assumir o cargo, cons-


tantes da lei que criou ou reestruturou a carreira e replicados no edi-
tal, deverão ser comprovados no ato da posse – quando da investi-
dura no cargo – e não no ato da inscrição. Os requisitos passam pela
idade mínima de 18 anos, pela escolaridade compatível, pela quita-
ção das obrigações eleitorais e militares, pela aptidão física e mental,
pelo gozo dos direitos políticos e pela nacionalidade brasileira, entre
outros, conforme a natureza e a complexidade do cargo.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

É POSSÍVEL TRABALHAR E ESTUDAR – COM EFICIÊNCIA –


PARA CONCURSO?

“O homem, para ser completo, tem de estudar, trabalhar e lutar.”


Sócrates

Neste artigo, tentaremos


responder esta outra dúvida,
também muito comum entre
os concurseiros: “É possível ser
aprovado em concurso mes-
mo que o candidato não possa
se dedicar exclusivamente aos
estudos e precise trabalhar?”.
Quando indaguei sobre esse
tema em minhas redes sociais, a
conciliação entre estudo e traba-
lho foi, de longe, a maior dificul-
dade relatada pelos alunos.
Aqui, no Gran Cursos Online, já tínhamos feito uma investigação
sobre isso, por meio de uma entrevista e de um questionário que
aplicamos entre nossos alunos que alcançaram as primeiras posições
entre os aprovados em alguns dos principais concursos públicos de
todo o Brasil. Na época, constatamos que mais de 60% desses can-
didatos trabalhavam, faziam faculdade ou cursos de pós-graduação e
estudavam para concursos públicos, tudo ao mesmo tempo.
Obviamente, há que ter muita força de vontade, organização e
planejamento para conciliar tudo isso e, no fim, obter êxito. Em geral,
uma necessidade premente de melhorar de vida é o que motiva esses
concurseiros a perseverar e, por mérito próprio, seguir firme até se-
rem bem-sucedidos. Cai, assim, o mito de que só passa em concurso
quem se dedica exclusivamente aos estudos. Essa é mais uma men-
tira que se conta para desestimular potenciais concorrentes. Trata-se,
aliás, de um mito muito comum, como já relatamos em outro artigo7.

7
Disponível em: http://bit.ly/verdadesemitosconcursos
Você também encontra o texto desse artigo na página 75 deste livro.

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É possível trabalhar e estudar – com eficiência – para concurso?

Embora já dispuséssemos dos dados dessa pesquisa anterior, de-


cidimos perguntar a alguns dos nossos mestres que também são
servidores públicos qual foi a receita que eles seguiram para estudar
para concurso, tendo de usar grande parte do tempo para garantir o
pão de cada dia. Afinal, poucos podem contar com outra pessoa para
bancar seus estudos e suas despesas mensais, sobretudo quando se
trata de um projeto de médio ou de longo prazo, como é o de passar
em concurso.
Nosso professor de Direito Civil para as carreiras jurídicas, Carlos
Elias, foi aprovado em primeiro lugar para o cargo de Consultor do
Senado – área de Direito Civil – no concurso de 2012. Nessa época,
exercia o cargo de Advogado da União e trabalhava no mínimo 40
horas por semana em um cargo de muita responsabilidade e pres-
são diária. Ele também foi o primeiro a nos responder que “dedi-
cava todos os momentos livres para o estudo”. Nem o horário de
almoço escapava: enquanto fazia as refeições, o então concurseiro
tinha uma apostila de exercícios como companhia. A cada garfada,
lia uma questão e, enquanto mastigava a comida, usava o cérebro
para decifrar os enigmas das bancas. E não parava por aí: mesmo
quando tinha de viajar, levava na bagagem o caderno de exercícios
com questões de provas anteriores.
Carlos conta que também fazia das questões de concurso uma
espécie de “jogo” com o qual ao mesmo tempo se divertia, fixava
o conteúdo e aprendia. A técnica “contribuía para que a tarefa não
ficasse estressante”, relata. Eis aí uma grande verdade: uma das
formas de estudar para concurso, sobretudo se você já tem uma boa
bagagem, é começar pela resolução de questões e, só depois, recor-
rer à lei e à doutrina em busca de solução para as charadas. Essa
dinâmica torna o estudante mais atento. Fica a dica!
Outro que respondeu prontamente a nossa consulta foi o profes-
sor de Direito Constitucional Wellington Antunes. Servidor do MPU,
Wellington foi aprovado em diversos concursos, entre os quais o difi-
cílimo certame para Consultor da Câmara dos Deputados, em 2014.

www.grancursosonline.com.br 85
Gabriel Granjeiro

Atualmente, seu nome é o segundo na lista de futuros nomeados


para o cargo. Ele nos conta que, quando começou a estudar para
concursos públicos, teve de se organizar – e muito – para ser capaz
de conciliar os estudos com o trabalho. Na época, ele trabalhava em
uma loja de shopping e cumpria expediente de aproximadamente 10
horas por dia, às vezes até mais do que isso.
“Eu tinha um foco bem-definido e, em virtude dele, organizei
um cronograma de estudo por meio do qual eu sabia exatamente
que matéria eu deveria estudar por dia e em que horário ocorreria o
estudo. Normalmente, eu estudava pela manhã, das 8h às 12h; e à
noite, da 0h às 2h ou 3h. Nos domingos em que eu não estava traba-
lhando – apenas dois por mês –, estudava 10 horas por dia”, detalha.
Durante o expediente, enquanto aguardava o cliente seguinte, lia –
em pé mesmo – pequenos resumos, com perguntas e respostas, para
absorver melhor o conteúdo. Em síntese, todo segundo disponível era
válido para o estudo.
O Doutor Gervásio Meireles, nosso mestre de Direito e Processo
do Trabalho e hoje Juiz do Trabalho, também aprovado em diversos
concursos de alto nível da área jurídica, foi outro que não deixou
de trabalhar para estudar. Ele faz um alerta ao concurseiro: “Cons-
cientize-se de que você nunca terá o tempo de que gostaria. Diante
dessa premissa, crie tempo. Coloque no papel todas as atividades e
destaque aquelas que serão impossíveis de eliminar. Marque aquelas
que poderiam ser reduzidas. Estabeleça prioridades. Desenvolva uma
grade horária de maneira a concentrar tarefas e a evitar perda de
tempo. E, acima de tudo, tenha um plano B no caso de aparecer um
tempo extra para estudar algo. Carregue consigo um livro pequeno
ou mesmo um código ou a Constituição Federal para ficar lendo na
sala de espera do médico, na fila do banco etc.”.

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É possível trabalhar e estudar – com eficiência – para concurso?

Também não posso deixar de mencionar a história do meu pai,


mais um exemplo bastante próximo de alguém que foi à luta em
busca da única oportunidade que teve, custasse o que custasse.
Trabalhando 8 horas por dia e cursando faculdade à noite, ele desen-
volveu sozinho um método de estudo que lhe garantiu a aprovação
em 8 concursos públicos, incluindo um primeiro lugar. O método
resumia-se ao hábito de estudar diariamente uma hora no almoço e
da 0h às 3h da manhã. O diferencial é que meu pai teve uma grande
sacada: para não adormecer nas madrugadas de estudo, ele manti-
nha os pés mergulhados em uma bacia com água gelada.
Para ele, a necessidade de melhorar de vida era muito maior do
que a dor de dormir pouco e de trabalhar e estudar tanto. Meu pai
vinha de uma família extremamente humilde e morava em um trailer
cedido pelo GDF. Os estudos eram o único meio que ele tinha para
alcançar uma vida digna. Não havia outra opção a não ser estudar
muito e em qualquer horário disponível, ainda que à custa de um es-
forço sobre-humano em algumas situações. É por causa de histórias
como a dele que não me canso de repetir que a qualidade das horas
de estudo é muito mais importante do que a quantidade de horas
reservadas para vencer os conteúdos do edital.
Com um exemplo como esse na família, eu mesmo não podia
ficar atrás, de modo que também tenho a minha própria história de
estudo e trabalho. Comecei minha atividade empresarial muito novo,
antes mesmo de concluir a faculdade. Nos últimos dois semestres
da graduação, tive de conciliar as atividades no Gran Cursos Online,
ainda incipientes, com os estudos acadêmicos. Se estes já exigiam
muito de mim, agora a situação se agravara, pois eu precisava divi-
dir meu tempo entre as matérias da faculdade e o início da vida de
empreendedor.

www.grancursosonline.com.br 87
Gabriel Granjeiro

Enquanto a maioria dos meus colegas cursava 5 ou 6 disciplinas por


semestre, eu cursava 11. Minha intenção era me formar o mais cedo
possível – objetivo que, tenho orgulho de poder dizer, consegui alcançar
–, para me dedicar integralmente ao Gran Cursos Online e à GG Educa-
cional. Um detalhe: na universidade onde estudei, que reunia alunos do
mundo inteiro, as notas não eram baseadas exclusivamente no resultado
individual do aluno. O desempenho de cada estudante era medido de
forma comparativa: o seu frente ao dos demais colegas. Em outras pa-
lavras, cada prova funcionava como um concurso, e não bastava ir bem
nela; era necessário ir melhor do que os colegas, todos altamente com-
petitivos, esforçados e inteligentes.
No fim, acabei me formando com honors, entre os melhores da
turma. Mas não me iludo. Sei que só obtive sucesso nessa empreitada
porque adotei método parecido com o descrito pelos nossos mestres
do Gran Cursos Online. Aproveitei todo minuto que me sobrava para
estudar: no táxi, no metrô, no banheiro, no lanche, no almoço, no jan-
tar. Eu também organizava muito bem o meu tempo: parte dele, eu
separava para resolver todas as questões da empresa e, em seguida,
destinava outra parte para dar cabo das matérias que tinha de estudar
na faculdade.
Mesmo assim, nem sempre era suficiente. Precisei ir além, particu-
larmente nos fins de semana. Perdi as contas de quantos convites recusei
e de quantas vezes reduzi as horas de sono para apenas 3 ou 4, a fim de
cumprir tudo o que estava previsto em meu cronograma. Passei inúmeras
noites de sexta-feira e de sábado – sem contar os incontáveis feriados –
na biblioteca para compensar uma ou outra semana muito corrida. Esse,
aliás, é um hábito que muitos concurseiros que trabalham e estudam
precisam adotar. Tirar o atraso nos fins de semana acaba se tornando
necessário quando não se dispõe de muito tempo nos dias úteis. Resistir
a tentações, como as que descrevemos no artigo Como Resistir às Sete

88 www.grancursosonline.com.br
É possível trabalhar e estudar – com eficiência – para concurso?

Tentações mais Comuns entre os Concurseiros8, é ainda mais impor-


tante para quem precisa conciliar muitas atividades, como emprego
e estudo.
Note, amigo concurseiro, que tudo é uma questão de rotina, de
hábito, de emprego das técnicas mais eficientes, de aplicação adequada
da tecnologia, de otimização do tempo, de sacríficos temporários e de
um desejo muito grande de mudar de vida. Há alguns métodos que fun-
cionam bem para quem dispõe de pouco tempo para os estudos porque
não pode deixar de trabalhar para sobreviver. Quem está nessa situação
precisa fazer as escolhas certas e contar com a ajuda de pessoas expe-
rientes em preparação para concurso. Deve elaborar planilhas e mais
planilhas de planejamento, revezar o estudo das disciplinas, focar nos
assuntos mais cobrados pela banca e priorizar os tópicos mais relevan-
tes. Também deve se organizar muito bem para, por exemplo, economi-
zar tempo nos deslocamentos e estar sempre de posse de material de
estudo em qualquer momento e em qualquer lugar.
O fato é que todos podem passar em concurso público, indepen-
dentemente de ter mais ou menos tempo; de ter ou não um emprego.
Só não podem desistir! E é por isso que nós, seus amigos do Gran Cur-
sos Online, estamos todos aqui, ao alcance de um clique seu.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

8
Disponível em: http://bit.ly/comoresistirtentacoes
Você também encontra o texto desse artigo na página 106 deste livro.

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Gabriel Granjeiro

CINCO ERROS QUE OS VENCEDORES NUNCA COMETEM!

“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem


perder o entusiasmo.”
Winston Churchill

Cinco erros que os vencedores NUNCA cometem: artigo especial que aborda aspectos
do comportamento de quem se prepara para ingressar no serviço público.

Já falamos sobre como o concurseiro deve agir para ser mais


bem-sucedido em sua empreitada. Neste artigo, trataremos de cin-
co erros que um concurseiro que se leve a sério e esteja determi-
nado em seu objetivo de se tornar servidor nunca deve cometer.
Quando você, caro leitor, tiver posto em prática as lições contidas
neste texto, certamente vai acelerar o seu projeto de aprovação
e, por consequência, atingir mais depressa a realização pessoal e
profissional.
Então, sem demora, vamos às nossas recomendações. Você
verá que elas servem tanto para você se preparar com mais paz de
espírito para os concursos como para levar a vida com mais leveza.

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Cinco erros que os vencedores NUNCA cometem!

Nunca reclame. Em vez disso, busque soluções e pense em al-


ternativas para resolver seu problema. Apenas reclamar não ajuda em
nada. Geralmente só reclama quem não sabe o que fazer, quem não é
criativo, quem é incapaz de oferecer algo de positivo. A pessoa que não
faz outra coisa a não ser reclamar passa a impressão de que quer ver
o circo pegar fogo, de que só quer criar animosidades. Reclamações
vêm sempre acompanhadas de alguma intenção maldosa, em geral
ligada à ganância e à insensibilidade. O reclamão é, portanto, digno de
compaixão. Quando deparar com pessoas assim, não faça o jogo delas
nem se contamine com sua negatividade. Dirija-lhes apenas palavras
brandas e ações de gentileza, mas mantenha uma distância saudável.
Já testemunhei inúmeros concurseiros que reclamam das reprovações
e do instituto do concurso público em si, mas nada fazem para melho-
rar o próprio desempenho e alcançar a sonhada aprovação. Esses com
certeza não conquistarão nunca uma vaga no funcionalismo público.
Nunca critique outra pessoa e, em especial, o passado
dela. Antes de pensar em disparar uma crítica a alguém, pergunte a
si mesmo se é uma boa ideia fazê-lo. Se não for, tenha ciência de que
você pode ganhar um inimigo se insistir. O que as pessoas mais que-
rem é ter razão. Então, o melhor é ser feliz sem controlar nem criticar
todos e tudo. Todos nós cometemos erros, alguns pequenos, outros
enormes, e isso pode afetar e prejudicar quem está perto de nós,
aqueles a quem nós amamos. Já é cruel demais conviver com isso,
mas ainda ter de aceitar críticas duras de outras pessoas não ajuda
em nada, muito pelo contrário. As pessoas esperam mesmo é com-
preensão. Portanto, deixe o julgamento de lado e resista à tentação
de criticar, não somente para não correr o risco de ser injusto, mas
também para evitar que sua atitude se reverta contra você mesmo
no futuro. O silêncio lhe garantirá mais paz interior quando for a sua
vez de receber críticas dos outros, por exemplo, pelo fato de estudar
para concursos. Acredite: essa e outras críticas inevitavelmente virão
em algum momento em sua estrada rumo ao serviço público. Esteja
preparado e em paz para lidar melhor com elas.

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Gabriel Granjeiro

Nunca se permita ficar apenas justificando os seus erros.


No lugar disso, extraia lições deles. Os erros e fracassos ocorrem
para lhe ensinar algo que você precisa aprender. É como muito bem
diz a sabedoria popular: “Errar é humano; permanecer no erro é
burrice”. Querer não errar nunca é uma insanidade; afinal, o erro é
uma consequência do viver, da liberdade de fazer escolhas. Por isso,
o importante é aceitar que você também é falível. Não se autocon-
dene por todos os erros que você cometer, e sim aprenda com cada
um deles, buscando não repeti-los. Só não erra quem não faz nada,
e quem não faz nada também não presta para nada. No contexto
do concurso público, aprenda com as reprovações em vez de perder
tempo justificando-as para si próprio. Identifique logo o que você
precisa modificar em sua preparação e siga em frente, adaptando o
seu projeto e melhorando-o até a conquista definitiva.
Nunca se faça de vítima. Seja um vencedor na vida, nos estu-
dos, na profissão, onde quer que você esteja. Uma das maiores pra-
gas da humanidade é o que chamamos de “coitadismo”. Essa mania
de se vitimizar é mais um hábito autodestrutivo e de autossabotagem
que, além de ser um curto e rápido caminho para o fracasso, isola
o “coitadinho” em suas lamentações, em seu pessimismo. Ninguém
gosta de ficar perto de derrotistas, cuja energia é extremamente ne-
gativa e a tudo e todos destrói. Lembre-se: alimentar a autopiedade
é um péssimo negócio. É preciso ter em mente que o êxito vem so-
mente com sacrifício e merecimento. O caminho precisa ser prazero-
so, apaixonado e alegre, ainda que um tanto doloroso e sofrido. Não
há vitória sem sacrifício e merecimento, nem nos concursos, nem em
nenhum outro projeto significativo da vida.
Nunca julgue as pessoas. Você pode até julgar os atos delas,
mas julgar as pessoas em si pode produzir uma coleção de inimigos.
Essa forma de agir só resulta em mágoa, e pessoas magoadas ten-
dem a devolver toda a ira e todo o rancor na primeira oportunidade
que têm. Sem contar que podemos ser bastante injustos em nossos

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Cinco erros que os vencedores NUNCA cometem!

julgamentos. Como ser capaz de julgar alguém com justiça sem co-
nhecer bem sua intimidade ou o contexto que o levou a agir de tal
forma? Embora seja fácil julgar o outro, não é aconselhável. Opte por
julgar e criticar a atitude, o ato, a ação do outro, e sempre de forma
construtiva.
Em resumo, amigo leitor, se tiver de julgar alguma pessoa, que
seja a si próprio. Seja autêntico, criativo e proativo, sem deixar de
ouvir os conselhos dos sábios e dos mestres. E, sempre que possível,
se afaste dos pessimistas e do pessimismo. Permita que a sua garra,
junto com a força divina na qual você acredita, o guie até a vitória
final.

“A diferença entre um homem de sucesso e outro orientado


para o fracasso é que um está aprendendo a errar, enquanto
o outro está procurando aprender com os seus próprios erros.”

Confúcio

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

GUIA DE SOBREVIVÊNCIA (E DE SUPERAÇÃO) NUM MUNDO


ALTAMENTE COMPETITIVO

Na China, os alunos estudam


em média 13,8 horas por dia. A
título de comparação, a média
mundial é de 4,9 horas diárias.
Os estudantes chineses sofrem
pressão de toda ordem: dos
pais, dos professores, da socie-
dade em geral. A forte competi-
ção típica daquela cultura força
os alunos a ficar estudando até
no tempo que deveriam ter livre.
Desde muito cedo, eles são condicionados a se dedicar intensamente
aos estudos, e esse comportamento quase obsessivo é reforçado du-
rante toda a vida escolar. Palestras desenhadas para elevar a moral
dos jovens são frequentes. Nesses eventos, é comum vê-los gritar
em uníssono frases como “Eu preciso ir para a faculdade!” e “Pai e
mãe, eu amo vocês!”.
Depois de concluírem o correspondente chinês ao nosso ensino
médio, os jovens prestam o Exame Nacional de Admissão à Educação
Superior. Com média de mais de dez milhões de inscritos, o “gao kao”
ou “Gaeko” é equivalente ao Enem brasileiro. São dois dias de provas
com nove horas de duração cada. Não seria exagero comparar esse
teste com o que um decatleta olímpico precisa enfrentar.
Diante de tanta competitividade e pressão, o estudante chinês
precisa ser muito criativo na elaboração de métodos que lhe garan-
tam algum diferencial em relação aos concorrentes. As meninas, por
exemplo, desenvolveram uma técnica inusitada para se manterem
acordadas durante os estudos. O truque é simples: elas amarram

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Guia de sobrevivência (e de superação)
num mundo altamente competitivo

os cabelos a uma viga no teto, de modo que os fios sejam puxados


toda vez que a estudante começar a cochilar. A estratégia esdrúxula
invoca as lendas chinesas sobre sábios que teriam adotado métodos
dolorosos para permanecerem alertas.
Isso lembra as estratégias extravagantes que alguns concursei-
ros costumam empregar. Se você não sabe do que estamos falando,
leia o artigo Dicas de Quem Passou, e Passou Bem – Parte III – Mé-
todos Extravagantes8, no qual abordamos algumas das técnicas que
os candidatos são capazes de empregar em busca da aprovação nos
concursos mais concorridos do Brasil.
Em tempo: nossa intenção, de forma alguma, é sugerir que as
concurseiras adotem técnicas parecidas como essa das chinesas.
Apenas perceba como as pessoas podem passar dos limites para al-
cançar o sucesso almejado.

“… as seleções têm se tornado cada vez mais competitivas;


seja para uma vaga na universidade; seja para um emprego
em uma empresa privada; seja, ainda, para um cargo público.”

Você deve estar se perguntando por que estamos nos referindo


aos estudantes chineses se o que nos interessa, aqui, é o universo
dos concursos públicos realizados no Brasil. A resposta é simples:
pretendemos demonstrar que, em qualquer lugar do mundo, as sele-
ções têm se tornado cada vez mais competitivas; seja para uma vaga
na universidade; seja para um emprego em uma empresa privada;
seja, ainda, para um cargo público. Temos vivido em um mercado de
demanda, que se caracteriza pela existência de muitos candidatos e
poucas vagas. O resultado é a reprovação daqueles que podem ser
considerados apenas bons candidatos e o aproveitamento quase que
exclusivamente dos candidatos tidos por excelentes. Estamos nos

8
Disponível em: http://bit.ly/dicasmetodosiii
Você também encontra o texto desse artigo na página 129 deste livro.

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Gabriel Granjeiro

referindo àquelas pessoas que reúnem todas as qualidades do profis-


sional perfeito: são proativas, ousadas, resistentes, autoconfiantes,
motivadas, capazes de se ajustar a qualquer trabalho e a qualquer
situação (em síntese: têm inteligência emocional, entre outros atri-
butos).

“Quem consegue ser aprovado numa seleção com esse


grau de concorrência? Apenas os candidatos que tiverem
traçado boas estratégias para os estudos e para o dia da
prova; aqueles que tiverem estudado com método, excelente
material didático e apoio de bons mestres; enfim, só os mais
bem-orientados.”

No Brasil, já vimos concursos de âmbito nacional cuja relação era


de 1,1 mil candidatos disputando uma única vaga. Quem consegue
ser aprovado numa seleção com esse grau de concorrência? Apenas
os candidatos que tiverem traçado boas estratégias para os estudos e
para o dia da prova; aqueles que tiverem estudado com método, com
excelente material didático e com o apoio de bons mestres; enfim,
só os mais bem-orientados. Não há mais espaço para aventureiros
ou preguiçosos na “fila” dos que se preparam para concurso público.
Dissemos tudo isso até agora para que você, concurseiro, chegue
à seguinte conclusão: ao buscar a carreira pública, você precisa ter
como referência o mesmo prazer e a mesma motivação que, mais
tarde, terá para desempenhar as funções no serviço público. Essa
motivação, é oportuno esclarecer, está dentro de nós. Ela não é re-
sultado de estímulos externos. É algo interno que, como um motor,
nos move em busca de cada um de nossos objetivos. Uma pessoa
que se sente motivada consegue enxergar que o seu esforço pessoal
vai levá-la a conquistar algo que tem uma finalidade bastante clara
para si. Ao conquistar esse algo – em nosso contexto, o cargo públi-

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Guia de sobrevivência (e de superação)
num mundo altamente competitivo

co –, essa pessoa se verá fazendo o que gosta. Mais do que isso: se
sentirá orgulhosa por estar realizando algo que tem utilidade para os
outros. Jamais se sentirá cumprindo uma mera obrigação ou passan-
do por um martírio. No entanto, até chegar a esse estágio de satis-
fação, essa pessoa terá passado por várias etapas desagradáveis e
sofrido um necessário desgaste físico e emocional.
O primeiro passo para despertar a motivação e, por extensão, al-
cançar resultados melhores, é criar uma rotina – repetitiva, devemos
ressaltar – de estudos. Seja metódico: levante-se cedo, dirija-se ao
local de estudo, sente-se adequadamente e comece a ler, a resumir,
a praticar. A atividade deve ser organizada, bem-estruturada, sem
distração, sem chateação, sem monotonia e, o mais importante, sem
vitimização. Essa rotina tem de ser vista por você como algo pra-
zeroso, como parte de um projeto e único caminho para o êxito na
empreitada. O sucesso será consequência. E sinta-se grato por ter a
possibilidade de mudar sua vida apenas com seu esforço pessoal. Em
muitos lugares do mundo, isso é simplesmente impensável.
Quem decide se preparar para concurso público sabe que, dali
para a frente, passará todo o tempo em cursos preparatórios, em
bibliotecas, em salas de estudo e em casa, assistindo a videoaulas no
computador ou no tablet. Sabe também que está abrindo mão das
baladas e dos fins de semana ociosos, num esforço que faz parte de
uma fase que vai passar, como tudo na vida.

“Treine enquanto eles dormem, estude enquanto eles se


divertem, persista enquanto eles descansam. E, então, viva o
que eles sonham.”

Se lhe falta inspiração, os nossos medalhistas olímpicos são óti-


mos exemplos. Eles precisaram se sujeitar a situações desagradá-
veis, sofrer dores físicas e emocionais e passar por treinamentos re-
petitivos até serem dignos de conquistar o pódio. Mito do atletismo e

www.grancursosonline.com.br 97
Gabriel Granjeiro

invencível em olimpíadas, Usain Bolt disse em recente entrevista que


deve seu excelente desempenho a um enorme trabalho de bastidores
que poucos conhecem. Ele costumar estar feliz e descontraído no
momento das competições porque sabe que fez o dever de casa. De-
pois de ter seguido uma rotina de operário durante anos e de ter
abdicado de muitos prazeres da vida, é mais fácil estar seguro de
que, no dia “D”, obterá resultados que os concorrentes nunca sonha-
ram alcançar.
O mesmo vale para os concurseiros que se dedicam de verdade
à preparação. Há um provérbio
japonês que é oportuno men-
cionar: “Treine enquanto eles
dormem, estude enquanto eles
se divertem, persista enquanto
eles descansam. E, então, viva
o que eles sonham”.
Uma forma de se motivar
diariamente é criar um mural
dos sonhos em seu ambiente de
estudo. Nele você pode colocar
a foto do órgão ou da entida-
de onde quer trabalhar, a foto Uma forma de se motivar diariamente é criar
um mural dos sonhos em seu ambiente de es-
da casa ou do carro dos seus tudo. Nele você pode colocar a foto do órgão
sonhos, imagens com a família ou da entidade onde quer trabalhar, a foto da
que você tanto ama, entre ou- casa ou do carro dos seus sonhos, imagens
com a família que você tanto ama, entre ou-
tros lembretes que podem lhe tros lembretes que podem lhe dar forças.
dar forças.
Eis uma última dica: para conseguir melhor rendimento nos estu-
dos, defina bem quais são suas motivações. E saiba que esse exercício
consciente funciona melhor se as motivações que você formular tive-
rem fundamento em uma ideia bacana, de fundo solidário. Quando
nossa motivação tem como base uma ideia que nos faz sentir bem, o

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Guia de sobrevivência (e de superação)
num mundo altamente competitivo

cérebro assimila melhor as informações, a energia para os estudos


aumenta e o estresse diminui. Pense em algo como: “Quero ser um
Policial Federal para ajudar o meu País a acabar com a corrupção na
Administração Pública”, ou: “Quero passar em concurso público para
oferecer uma vida melhor para minha família”. Já falamos isso algu-
mas vezes, mas é sempre bom repetir, pois essa mudança de foco
tem enorme importância para o sucesso pessoal e profissional.
Aproveite os espaços para comentários disponíveis em nosso blog
para registrar o que move você rumo à realização do seu projeto, o
que o faz persistir. Compartilhe conosco as razões que o fazem de-
sejar tanto entrar para o serviço público. Vamos todos – você e nós,
do Gran Cursos Online – juntos nesta empreitada. Só vamos parar
quando você tiver conquistado o governo como patrão.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

O SEGREDO PARA SE MANTER COMPETITIVO

“Só com o esforço prolongado e sinceridade, disciplina e autocontrole, o


sábio se torna como uma ilha, que nenhuma enchente consegue inundar.”
Buda

Mais uma vez, a ciência


nos mostra o caminho para
uma vida melhor. Pesquisado-
res das universidades da Ca-
lifórnia e da Pensilvânia, nos
EUA, identificaram quais são
os atributos que levam algu-
mas pessoas a ter melhor de-
sempenho do que outras nas
atividades que se propõem a
realizar. Em estudo que ava-
liou mais de um milhão de
indivíduos, os cientistas constataram que, quanto maior a inteligência
emocional e o autocontrole da pessoa, mais ela se mantém concentrada
em seus projetos e, por consequência, produz mais. Aparentemente,
o que ocorre é que pessoas com bom domínio das emoções tendem a
se manter no caminho certo rumo à realização de seus objetivos. Elas
chegam a apresentar desempenho 90% superior quando comparadas
com indivíduos com aquelas características menos desenvolvidas. Em
síntese, quem lida melhor com as emoções consegue alcançar mais
facilmente um objetivo complexo, como ser aprovado em concurso pú-
blico, por exemplo.
O autocontrole é uma habilidade difícil de desenvolver, mas todos
devem pelo menos tentar melhorar nesse quesito. A falta de controle
sobre as próprias emoções pode ter como consequência a baixa produ-
tividade no trabalho e nos estudos. Pessoas excessivamente passionais

100 www.grancursosonline.com.br
O segredo para se manter competitivo

e reativas têm muita dificuldade de focar no sucesso. Por outro lado,


elas não conseguem parar de remoer suas falhas e seus fracassos.
Entram, assim, numa espécie de círculo vicioso, em que o descontrole
vai se retroalimentando, o que pode levar a sucessivas frustrações.
Então, como podemos desenvolver nossa capacidade de controlar
as emoções? Um bom começo é mudar o foco: devemos deixar de nos
concentrar tanto nos problemas e começar a focar nas soluções. Se,
por exemplo, enfrentamos dificuldades no caminho rumo à aprovação
em um concurso, precisamos aprender a não sucumbir a elas. Quando
o candidato dá atenção em excesso aos obstáculos que se interpõem
em seu percurso, cai no erro de prolongar o desânimo e outras emo-
ções negativas. Estas, por sua vez, são as responsáveis por minar o
que ele ainda tem de autocontrole. Já quando o concurseiro se con-
centra em decidir quais serão seus próximos passos para enfrentar um
desafio, ele experimenta aquela ótima sensação de dever cumprido.
Com isso, melhora sua autoestima e nutre emoções positivas. O resul-
tado é a evolução do seu desempenho e da sua performance. Em ter-
mos práticos, esse candidato aumenta o índice de acertos nas provas.
Por isso, meu primeiro conselho é que você evite se debruçar de-
mais sobre os problemas. Acredite: é mais eficaz se concentrar nas
soluções. Siga o exemplo das pessoas emocionalmente inteligentes.
Quando elas têm um sonho, partem em busca dele e, no caminho,
vão superando os entraves – um a um – que surgirem. E elas têm
plena consciência de que cometerão falhas no processo. A diferença,
em relação ao grupo dos que sucumbem à autocomiseração, é que
elas se dão a oportunidade de refletir. Param um pouco e se pergun-
tam o que precisam fazer para impedir a derrota iminente. Veja bem:
elas desviam o foco para a ação. Se essa conduta lhes garante de
imediato um novo fôlego, a longo prazo ainda serve para desenvolver
nelas atributos que podem ser determinantes para o sucesso. Pessoas
assim tendem, por exemplo, a não se prender ao passado. Elas sabem
que ficar preso ao que já passou impede qualquer um de avançar.

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Gabriel Granjeiro

“Muitas vezes, os concurseiros reprovam porque lhes falta


autoconfiança. Infelizmente, é mais comum do que desejaría-
mos a incapacidade deles de acreditar que podem alcançar um
resultado melhor no futuro. Calejado com os insucessos, um
concurseiro deixa facilmente de assumir riscos e – pior ainda –
desiste de fazer novas tentativas.”

Muitas vezes, os concurseiros reprovam porque lhes falta au-


toconfiança. Infelizmente, é mais comum do que desejaríamos a
incapacidade deles de acreditar que podem alcançar um resultado
melhor no futuro. Calejado com os insucessos, um concurseiro deixa
facilmente de assumir riscos e – pior ainda – desiste de fazer novas
tentativas. Eis por que é tão premente que ele desenvolva a inteli-
gência emocional. Quem é emocionalmente inteligente sabe que o
sucesso começa com a capacidade de aprender com os fracassos e
de extrair preciosas lições das más experiências. Esses indivíduos en-
tendem que, se a vaga que querem conquistar vale muito a pena, a
preparação para o concurso vai exigir que eles assumam mais riscos.
Eles têm ciência de que, para merecerem o cargo, precisarão ousar e
inovar de alguma forma. E não ignoram que um fracasso ou outro é
inevitável nesse percurso.
Tenha isto em mente: pessoas emocionalmente inteligentes sa-
bem que a perfeição não existe. Elas entendem que insistir na ideia
de sermos perfeitos nos torna mais propensos ao fracasso e à de-
sistência. No mínimo, corremos o risco de reduzir nossos esforços,
porque, no fundo, compreendemos que nossa busca já está fadada
ao insucesso. Para piorar, quem persegue a perfeição acaba perdendo
muito tempo com a autocomiseração, lamentando o que deixou de
fazer ou pensando sobre o que poderia ter feito de diferente, em vez
de avançar feliz com o que já houver conquistado.

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O segredo para se manter competitivo

“... focar em soluções, aumentar a autoconfiança e baixar


o nível das expectativas são mudanças de atitude que podem
fomentar a inteligência emocional e, por conseguinte, o au-
tocontrole. Mas há, ainda, outra forma de fazer isso: pensar
positivo.”

Como vimos, focar em soluções, aumentar a autoconfiança e baixar


o nível das expectativas são mudanças de atitude que podem fomentar
a inteligência emocional e, por conseguinte, o autocontrole. Mas há,
ainda, outra forma de fazer isso: pensar positivo. Já falamos sobre o
poder do pensamento positivo no artigo O poder do pensamento posi-
tivo nos concursos e na vida9, mas não custa relembrar um pouco. Em
síntese trata-se de concentrar a atenção do cérebro nas recompensas
que você pode vir a colher como resultado do seu esforço pessoal. Um
cérebro alimentado com pensamentos positivos é programado para ob-
ter ainda mais satisfação. Em outras palavras, passa a trabalhar para
tornar real o que o indivíduo deseja muito.
É por isso que você, amigo concurseiro, precisa ajudar o seu
cérebro a selecionar – conscientemente – pensamentos positivos.
Felizmente, em matéria de concurso público, há muitas opções de
recompensa com as quais você pode nutrir a sua mente: seja o pres-
tígio ligado ao cargo, ou o valor inicial da remuneração, ou os bene-
fícios da carreira, ou o número de pessoas que você será capaz de
ajudar com o seu talento, ou a estabilidade financeira, ou o poder que
a posição de agente público vai lhe conferir, ou, ainda, o número de
colegas e amigos que você conquistará quando se tornar servidor. É
só escolher e focar sua imaginação nisso.
Não menospreze o fato de que nosso organismo reflete a realida-
de à nossa volta. Você já reparou como, quando tudo está indo bem,
nosso humor também melhora? Nessas circunstâncias, manter as
9
Disponível em: http://bit.ly/poderpensamentopositivo
Você também encontra o texto desse artigo na página 17 deste livro.

www.grancursosonline.com.br 103
Gabriel Granjeiro

rédeas da situação é moleza, não é verdade? Por outro lado, quando


as coisas vão mal, a mente tende a ser inundada por pensamentos
negativos. É quando manter o autocontrole se torna um grande de-
safio. Em momentos assim, procure se lembrar de algo positivo que
tenha acontecido com você. O importante é ter algo bom para pensar
e, assim, desviar a atenção da mente. Exercitar o domínio sobre os
próprios pensamentos é determinante para não perder o controle.
O segredo para aumentar as chances de sucesso em nossos pla-
nos e para melhorar o nosso desempenho em geral também envolve
questões mais concretas e de ordem prática. A importância do sono,
por exemplo, foi outro ponto investigado no estudo da universidade
norte-americana. Todos sabemos que uma boa noite de sono nos faz
acordar alertas, lúcidos, produtivos e focados. Mas os cientistas fo-
ram além do senso comum e descobriram o que ocorre depois de um
sono de qualidade. Eles constataram que, quando dormimos bem –
ou no mínimo o suficiente –, nosso cérebro seleciona com mais pre-
cisão, entre as memórias acumuladas durante o dia, as que devem
ser armazenadas e as que podem ser descartadas. Daí a importância
de sinalizarmos para a mente o que é e o que não é importante para
ser guardado na memória de longo prazo. O cérebro é seletivo: se a
pessoa não dá o comando certo, durante a noite a mente descartará
a seu critério as informações que não tiverem sido apontadas como
necessárias ou mais relevantes.
Outro ponto que mereceu atenção dos pesquisadores foi o papel
da meditação para o desenvolvimento do autocontrole. Os cientistas
envolvidos no estudo confirmaram que a técnica é capaz de treinar
o cérebro para manter sob controle as emoções do indivíduo. E ra-
tificaram a ideia de que, para isso, bastam cinco minutinhos por dia
reservados para a concentração em absolutamente nada, a não ser
a própria respiração e os cinco sentidos. Os pesquisadores garantem
que a prática melhora a autoconsciência e a capacidade do cérebro
de resistir a impulsos destrutivos.

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O segredo para se manter competitivo

“Uma regra de ouro para resistir a qualquer tipo de tentação


é aguardar cerca de dez minutos antes de ceder a ela. Você vai
descobrir que, na maioria das vezes, uma fissura incontrolável
em poucos minutos se transforma em um desejo absolutamente
administrável.”

Todos sofremos tentações de vez em quando. Um dia podemos


estar com uma vontade absurda de tomar uma cervejinha ou de co-
mer um bolo de chocolate. Outro dia, o impulso autodestrutivo pode
se manifestar na forma de preguiça – sabe quando tudo que quere-
mos é ficar em casa assistindo a um programa inútil na tevê? O que
faz de nós mais ou menos fortes é a forma como lidamos com esses
impulsos a que todos estamos sujeitos. Uma regra de ouro para re-
sistir a qualquer tipo de tentação é aguardar cerca de dez minutos
antes de ceder a ela. Você vai descobrir que, na maioria das vezes,
uma fissura incontrolável em poucos minutos se transforma em um
desejo absolutamente administrável. Aguardar esses poucos minuti-
nhos, portanto, nos ajuda a não nos desviarmos de nossa meta, seja
ela emagrecer, seja ela algo mais complexo e de longo prazo, como
fazer do governo o nosso novo patrão.
Como sempre, a ciência investiga e nos revela alguns segredos
para que sejamos mais felizes na esfera pessoal e na carreira. Nós, do
Gran Cursos Online, temos a missão de lhe apresentar essas receitas,
para que você, amigo de jornada, seja bem-sucedido em quaisquer
projetos que abraçar. Estamos juntos e seguiremos juntos, até sair a
nomeação para o cargo dos seus sonhos.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

www.grancursosonline.com.br 105
Gabriel Granjeiro

COMO RESISTIR ÀS SETE TENTAÇÕES MAIS COMUNS ENTRE


OS CONCURSEIROS

O objetivo deste texto,


amigo leitor, é sugerir al-
gumas técnicas que podem
ajudar você a não cair em
sete armadilhas que o uni-
verso conspirador frequen-
temente coloca em nosso
caminho. Tudo que apre-
sentaremos aqui é fruto de
experiências próprias, de
observações, de leituras
ou de consultas aos nossos
experientes mestres. Para
começar, lembre-se: quan-
to maiores os louros a colher, mais numerosas serão as tentações às
quais precisaremos resistir. Qualquer jornada é cheia de obstáculos, de
entraves, de problemas, de dificuldades, de crises, de tentações, de
tentativas de boicote aos nossos sonhos. Ignorar isso é ingenuidade.
Dito isso, vejamos quais são as sete tentações contra as quais
você provavelmente terá de lutar para realizar o seu sonho de ser
aprovado em um bom concurso. Vamos aprender a driblá-las?

Tentação 1: procrastinação

A tentação de deixar para amanhã o que pode ser feito hoje é


uma das maiores que qualquer profissional pode enfrentar. Com o
candidato a concurso público, não é diferente. Muitos concurseiros
tendem, por exemplo, a deixar o início da preparação para apenas
quando o edital já tiver sido publicado. Não faça isso! Será muito
mais difícil – quase impossível, se o concurso for de alto nível – ven-
cer todo o conteúdo a tempo da prova.

106 www.grancursosonline.com.br
Como resistir às sete tentações mais comuns entre os concurseiros

Seja inteligente: para manter o hábito do estudo, dedique-se a


ele diariamente, ainda que avançando o conteúdo só um pouco por
dia. Sabia que três dias de interrupção nos estudos são o suficiente
para dar cabo ao hábito que você demorou pelo menos três semanas
para desenvolver? Há um artigo excelente do meu amigo Wellington
Antunes sobre como vencer a procrastinação11.

Tentação 2: séries de televisão e do Netflix

A segunda tentação vem da tevê paga, com suas séries envol-


ventes e viciantes. A cada episódio, lá se vai uma hora de estudo a
menos por dia. E quem consegue assistir a apenas um, sobretudo no
caso das séries do Netflix, em geral disponibilizadas em bloco? Uma
dica para resistir a mais essa tentação é reservar um tempo específico
na semana, algo em torno de uma ou duas horas, de preferência no
sábado à noite, para assistir aos episódios da sua série favorita. Não
quebre essa regra em hipótese alguma!
Então, seja dedicado aos estudos como uma “Rainha” é aos seus
súditos. Desenvolva “Punhos de Aço” para registrar tudo que puder nas
aulas. Detone nas matérias do concurso como o “Demolidor” subjuga
seus inimigos. Estude sozinho ou com os “Friends”, durante “24 horas”
seguidas, se for preciso. Procure uma boa biblioteca pública para o es-
tudo diário, ou estude em “The Office” mesmo. Nada de ficar “Lost” em
relação aos conteúdos que você precisa vencer e ao tempo de que dis-
põe até o grande dia. Monte o seu “Arquivo X” com resumos úteis para a
revisão das semanas que antecedem a prova. Inspire-se na bravura dos
“Vikings” para lutar pelo seu tesouro mais precioso: a aprovação. Do
contrário, você corre o risco de se tonar mais um “Walking Dead”, sem
chance de aproveitar a vida como deveria. A saga de um concurseiro é
como um “Game of Thrones”: cheia de conflitos e de reviravoltas, mas
também repleta de exemplos de honradez e de superação. Trabalhe
arduamente agora para mais tarde poder formar uma “Modern Family”
e ficar bem longe de viver uma “American Horror Story”. E, quando
precisar da ajuda de profissionais competentes em sua caminhada, it’s
“Better Call Gran Cursos Online”.
11
Disponível em: http://bit.ly/vencerproc

www.grancursosonline.com.br 107
Gabriel Granjeiro

Em tempo: se você conhece todas essas séries, é sinal de que


está assistindo a muita tevê. Naturalmente, você pode se perguntar,
então, como eu posso estar a par do enredo de todas elas se pre-
tendo servir de exemplo de austeridade no consumo desse tipo de
entretenimento. Pois é, caro leitor, a verdade é que, com exceção
daquelas que se tornaram febre mundial, eu precisei pesquisar muito
no Netflix para descobrir quais são as fontes de tentação da atualida-
de. Estou por fora. Rs 😊

Tentação 3: redes sociais

As redes sociais, em especial o Facebook, são vorazes consumi-


doras de horas de estudo. E a caixa de e-mails, então? Felizmente,
um dos nossos professores tem uma dica bem eficiente para o con-
trole do vício que tudo isso representa nos dias de hoje. Ele nos acon-
selha a reservar cerca de meia hora por dia para administrar nossa
vida virtual. Nesse tempo, devemos ler rapidamente as mensagens
de nossa caixa de entrada e responder as mais urgentes ou impor-
tantes e, em seguida, atualizar nossas redes sociais. O importante é
resolvermos tudo isso de uma vez, e não de forma fragmentada ao
longo do dia. Nada de ficar navegando o tempo inteiro em sites de
fofocas, de amenidades, de esportes etc. Olhe tudo de uma vez, e
pronto! Você não tem tempo a perder.

Tentação 4: baladas e consumo excessivo de álcool

Os menos focados também podem cair na tentação de exagerar


nas baladas do fim de semana. Alguns candidatos seguem a lógica de
que, como estudaram todos os dias úteis, merecem ir para a balada,
para o bar, para a discoteca, para a festinha do amigo. Mas o que
esses desavisados ignoram é que o consumo excessivo de álcool, tí-
pico de muitas dessas noitadas, é um grande vilão da produtividade.

108 www.grancursosonline.com.br
Como resistir às sete tentações mais comuns entre os concurseiros

Uma ressaca no dia seguinte pode pôr a perder todo o planejamento


que o concurseiro havia desenhado para si. Na prática, o tempo que
o jovem se deu de presente para ir a uma festa é irrisório quando
comparado ao tempo que ele perderá nos estudos do dia seguinte.
Conheço pessoas que ficam até dois ou três dias cansadas depois
de uma noite maldormida e regada a álcool. Com isso, perdem quase
metade da semana em estado de concentração muito aquém do que
seria desejável. Por isso, se você for beber, que seja com moderação.
E saiba que tal decisão pode impor um alto custo aos seus projetos.
Tudo é uma questão de escolha: você pode viver o presente sem
pensar no futuro – e sofrer as consequências disso –, ou pode fazer
alguns sacrifícios agora para colher muitas aprovações depois – aí,
sim, com direito a cair em todas ou em quase todas as tentações que
surgirem pela frente, se for da sua vontade.

Tentação 5: convites de amigos

Virar a noite com os amigos, jogando pôquer, competindo em vi-


deogames ou simplesmente batendo papo, é outra tentação comum.
Mas não se engane: ceder a ela fará com que você perca mais do que
apenas uma noite de estudo. O dia seguinte também estará perdido,
para que você ponha o sono em dia. Enquanto isso, os concorrentes
que optaram por sacrificar algum tempo ao estudo sério terão avan-
çado quilômetros em relação a você.
Nosso conselho é que você reserve algumas horas de uma noite
qualquer durante a semana para o lazer com os amigos, para o amor,
para a família, para a Igreja; enfim, para as atividades ditas sociais.
Obviamente, você não deve se afastar totalmente dos amigos ou da
família, mas saiba que não será possível estar com as pessoas queridas
pelo tempo que você gostaria. Por enquanto. Mais tarde, você poderá
até levá-los para uma viagem pela Europa, a depender do concurso no
qual tiver sido aprovado. Tenho certeza de que você sonha alto.

www.grancursosonline.com.br 109
Gabriel Granjeiro

Tentação 6: dormir demais

Algo que também atrapalha muito o concurseiro é dormir demais.


Acredite: alguns insistem em dormir nove, dez, onze horas por dia.
Para não ser um deles, disponha de um despertador dos bons. Você
deve dormir bem, é claro, porque é durante o sono que o cérebro ar-
mazena as informações importantes na memória de longo prazo. Mas
saiba que dormir mais do que o necessário é perda de (muito) tempo.

Tentação 7: celular

O celular é um grande inimigo da concentração e, por conseguin-


te, do estudante sério. Esqueça que ele existe pelo menos durante as
horas que você se programou para estudar. Coloque-o em modo avião
e resista à tentação de checá-lo a cada minuto como muitos fazem.
Quem é viciado no aparelho celular não consegue se concentrar
em nada por um período longo de tempo. Pessoas assim têm grande
dificuldade para focar em assuntos mais complexos, e reverter esse
quadro é difícil no início, embora, com o tempo, todos se acostumem.
Voltamos a dizer que, na vida, é tudo uma questão de escolha: ou
você emagrece comendo de maneira adequada e fazendo atividades
saudáveis, ou continua comendo comidas gordurosas e doces e ganha
alguns quilos a mais; ou você é aprovado depois de fazer alguns sa-
crifícios, ou continua se dedicando ao “basicão” e fingindo que estuda.

Como você vê, a fórmula para resistir às tentações não é radicali-


zar em nada. É, sim, fazer quase tudo com temperança. Quando tiver
conquistado a sua vaga no serviço público, você poderá recuperar tudo
que perdeu. Poderá até ir além e fazer muito mais do que deixou de fa-
zer no período de preparação. E o melhor é que, agora, poderá fazê-lo
em condições muito mais agradáveis do que hoje você pode sustentar.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

110 www.grancursosonline.com.br
A importância do autocontrole: aprenda
as lições do teste do Marshmallow!

A IMPORTÂNCIA DO AUTOCONTROLE: APRENDA AS LIÇÕES


DO TESTE DO MARSHMALLOW!

Por que alguns de nós


conseguem persistir mes-
mo depois de sucessivos
insucessos? Por que alguns
concurseiros conseguem
voltar para a “fila” depois
de uma reprovação? Por
que alguns candidatos se
mantêm firmes na busca
dos seus sonhos enquanto
outros desistem logo que
surge a primeira tentação
ou a primeira dificuldade?
Como algumas pessoas conseguem resistir a todas as distrações e
estudar por longas horas mesmo em condições às vezes menos fa-
voráveis do que as dos concorrentes? Seria o autocontrole um poder
superior herdado ou algo que pode ser aprendido?
Gostaria de tentar responder essas perguntas tendo por base as con-
clusões do estudo conduzido pelo renomado psicólogo Walter Mischel,
86 anos, pesquisador da Universidade Colúmbia, em Nova York, EUA.
Ele começou a sua pesquisa sobre o autocontrole há mais de 50 anos,
em casa, observando o comportamento das próprias filhas, quando as
três tinham entre 2 e 5 anos de idade. Mischel percebeu que, quando
ia ao mercado, uma delas, a de 4 anos, costumava fazer um verdadeiro
escândalo sempre que queria alguma coisa, e em geral ela queria “para
já”. Walter começou a retardar a satisfação do desejo dela, prometendo
que, quando chegassem a casa, a filha poderia escolher algo melhor do
que o que tinha visto no mercado. Funcionou. E assim começou o maior
estudo de que se tem conhecimento sobre o autocontrole.

www.grancursosonline.com.br 111
Gabriel Granjeiro

Com o propósito de aplicar a metodologia científica para confirmar


suas observações, o Dr. Walter desenvolveu o “Teste do Marshmallow”.
Trata-se de um dos experimentos mais importantes realizados até
hoje para identificar o que leva algumas pessoas a driblar as tentações
melhor do que outras e qual o tipo de estratégia que é mais eficaz para
ajudá-las a controlar os impulsos.
No teste, o professor Mischel recrutou um grupo de crianças (16
meninos e 16 meninas) na faixa dos 4 aos 6 anos de idade e as colo-
cou em uma sala, sentadas de frente para uma mesa onde havia um
prato com um marshmallow. O cientista explicou que sairia da sala
por alguns minutos e que as crianças podiam comer imediatamente
o marshmallow que estava no prato ou aguardar que o homem re-
tornasse à sala para ganharem o dobro do doce. As crianças foram,
então, deixadas sozinhas, mas uma câmera oculta registrou a reação
de cada uma delas.

Assista em: http://bit.ly/marshteste

112 www.grancursosonline.com.br
A importância do autocontrole: aprenda
as lições do teste do Marshmallow!

O resultado foi pura agonia. Só de ver o comportamento daque-


les meninos e meninas, podia-se sentir a enorme ansiedade deles.
Para alguns, foi uma verdadeira tortura mental. E o experimento le-
vou a várias conclusões. Constatou-se, por exemplo, que, a partir
de 4 anos de idade, as crianças têm mais autocontrole: do grupo
observado, os meninos e meninas que tinham 4 anos ou mais foram
os que optaram por não comer o doce imediatamente. Mas o mais in-
teressante é que as crianças que participaram do experimento foram
acompanhadas ao longo dos anos seguintes, e justamente aquelas
que aguardaram mais tempo antes de comer o doce foram as que
no futuro ingressaram nas melhores escolas e, depois, nas melhores
universidades. Concluiu-se que elas tinham autoestima mais alta, o
que garantiu que se tornassem adultos mais bem-sucedidos profis-
sionalmente. Em contraposição, os meninos e meninas que consegui-
ram segurar o desejo por menos tempo em geral eram classificados
pelos pais como crianças problemáticas e se comportavam mal na es-
cola. Além disso, se caracterizavam por ter índice de massa corporal
mais alto e autoestima mais baixa. Ao longo dos anos, alguns deles
tiveram envolvimento com drogas e passagens pela polícia.
Durante o teste do marshmallow, o que pareceu fazer a diferença
entre o grupo de crianças que preferiram esperar a recompensa maior
e o grupo de meninos e meninas mais afoitos foi que aquelas encon-
traram uma estratégia para se distrair: ora viravam as costas para
a mesa, ora falavam sozinhas, ora cantavam, ora brincavam com o
doce de alguma forma. Esses garotos e garotas simplesmente desen-
volveram uma estratégia melhor para lidar com a situação. Pode-se
concluir, portanto, que o autocontrole pode ser aprendido, adquirido.
O psicólogo Mischel explica que a área do nosso cérebro denomi-
nada sistema límbico é a responsável por regular impulsos básicos e
emoções essenciais para a sobrevivência humana, como medo, raiva,
fome e desejo sexual. É esse sistema que diz: ”Vá, vá!”. Trata-se de
algo inconsciente. Precisamos controlar esses impulsos se desejarmos,

www.grancursosonline.com.br 113
Gabriel Granjeiro

por exemplo, parar de beber álcool ou de assistir a televisão, se quiser-


mos seguir uma dieta até o fim ou voltar a estudar. Esse autocontrole
é determinante, por exemplo, para a decisão de desistir de passar em
um concurso público ou de perseverar, seguindo em frente, resoluto.
Ainda segundo o pesquisador, o autocontrole se baseia na intera-
ção entre duas partes do nosso cérebro, que ele chama de “quente”
e de “fria”. A parte quente é impulsiva, simples e de acionamento
automático. A fria é mais ponderada, complexa e de ativação lenta.
O autocontrole nos permite refletir: “Penso, logo posso mudar o que
sou”. Para desenvolver essa habilidade, se hoje penso em desistir de
estudar para concurso público, devo me lembrar, por exemplo, das
vantagens que a carreira pública me propiciará ou, por outro lado, da
tristeza que é testemunhar as condições de vida dos meus colegas
que têm um subemprego na iniciativa privada.
O Dr. Mischel dá um exemplo prático de estratégia para um estu-
dante se manter firme nos estudos: ele deve pensar com determinação
que, quando for, por exemplo, 10 horas da manhã, pegará um livro ou
uma videoaula e começará a estudar. Deve visualizar bem essa ima-
gem e, quando o relógio marcar 10 horas, precisa efetivamente pegar
o livro e começar a estudar. Quanto mais repetir isso, melhor.
O fato é que tudo aquilo que treinamos bastante tem grande capa-
cidade de estimular a parte fria do cérebro e, por consequência, neutra-
lizar nossos impulsos mais quentes. Quanto mais ensaiarmos algo, mais
os planos se tornarão automáticos e, ao mesmo tempo, menos penosos.
No nosso contexto, se um concurseiro está firme na meta de passar em
concurso e tem treinado bem o autocontrole, sempre que for convidado,
por exemplo, para ir a uma festa, já terá a resposta pronta: “Não posso
sair, pois estou me preparando para conseguir uma vida melhor”.
Quando se trata de estudar para concurso público, podemos fazer
a seguinte analogia inspirados pelo teste do marshmallow: em vez de
receber uma gratificação instantânea (no teste, um marshmallow; na
vida, sair para se divertir, por exemplo), é preferível estudar e abdicar

114 www.grancursosonline.com.br
A importância do autocontrole: aprenda
as lições do teste do Marshmallow!

do lazer por um tempo, para no futuro garantir prêmio em dobro (no


teste, dois marshmallows; na vida, tempo, tranquilidade e dinheiro
para fazer tudo de que se gosta). De maneira figurativa, o doce re-
presenta uma remuneração maior, uma melhoria expressiva na qua-
lidade de vida e a estabilidade, entre outros benefícios e vantagens
que só encontramos na carreira pública. Gosto muito deste provérbio
japonês, que tem tudo a ver com a nossa conversa de hoje: “Treine
enquanto eles dormem, estude enquanto eles se divertem, persista
enquanto eles descansam e, então, viva o que eles sonham”.
É bom saber, com base nas conclusões da pesquisa do Dr. Mischel,
que as habilidades de autocontrole podem ser aprendidas, aprimora-
das, treinadas e exploradas, independentemente da nossa capacidade
nata ou da situação enfrentada. Isso vale especialmente para os con-
curseiros que se sentem mais “enferrujados”, aqueles que estão reto-
mando os estudos depois de alguns anos “fora da fila”. Se é o seu caso,
saiba que você tem, sim, o poder de criar mecanismos de autocontrole
para persistir em seu projeto de estudos e de mudança de vida.
Por isso, quando estiver de cabeça quente e com vontade de desis-
tir dos seus sonhos, quando for tentado pelos convites que o afastam
da concretização dos planos ou quando for confrontado com notícias
ruins que podem desestabilizá-lo, respire fundo, imagine a raiva flu-
tuando para longe em balões de gás, conte até cem e ative o sistema
frio do cérebro para controlar os seus impulsos mais agonizantes.
Lembre-se do motivo pelo qual você embarcou nesta missão e foque
nas vantagens de ser nomeado para um cargo público.
Paixão e entusiasmo, apoiados em bom senso e em persistên-
cia, são as qualidades que mais conduzem ao sucesso. Identifica-
mos sempre esses atributos nos alunos que deixam depoimentos em
nossa coluna “Cheguei Lá”.

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Gabriel Granjeiro

O PAPEL DA ATIVIDADE FÍSICA NA PREPARAÇÃO PARA


CONCURSO

Não me atrevo a listar todos


os benefícios que a ciência já
identificou na prática regular de
exercícios físicos. Mas me arrisco
a falar sobre a enorme contribui-
ção que a atividade física oferece
para quem estuda para um exa-
me ou para um concurso público
concorrido. Já é consensual a no-
ção de que praticar trinta minutos
de atividades físicas pelo menos
três vezes por semana melhora as habilidades cognitivas e o desem-
penho mental, além de produzir bem-estar psicológico e reduzir o
estresse, a ansiedade e a depressão. Nada mal para quem se dedica
ao extenuante projeto de passar em concurso, não é?
Exercícios físicos, como todos sabemos, ajudam a emagrecer.
Mas esse é só um de seus muitos benefícios. A atividade física regular
também é forte aliada do raciocínio lógico e da memória. E não sou
eu quem está dizendo; é a ciência. Pesquisadores irlandeses foram
a fundo para descobrir como os exercícios físicos afetam o cérebro.
Em uma de suas pesquisas, eles submeteram estudantes universi-
tários a testes de memória e, em seguida, separaram os voluntários
em dois grupos. Os do primeiro foram levados à exaustão na prática
de exercícios físicos, enquanto os do segundo ficaram descansando
por alguns minutos. Na sequência, todos foram submetidos a novos
testes de memória. Os cientistas concluíram que o grupo que havia
praticado exercícios físicos teve desempenho significativamente me-
lhor do que os voluntários que haviam apenas descansado após o
primeiro teste.

116 www.grancursosonline.com.br
O papel da atividade física na preparação para concurso

“Exercício físico não é perda de tempo; é uma tática ado-


tada pelos vencedores.”

Aqui, no Gran Cursos Online, já havíamos chegado a conclusão


semelhante. Costumamos entrevistar os ex-alunos aprovados nos pri-
meiros lugares dos mais difíceis concursos públicos do País. Nos da-
dos que coletamos nessas entrevistas e nos questionários respondi-
dos por esses ex-concurseiros, fica claro que, em regra, os candidatos
mais bem-sucedidos são aqueles que não descontinuaram a prática
de atividades físicas durante a preparação para o concurso. Esse é,
aliás, um dos diferenciais entre quem é aprovado no concurso dos
sonhos e quem não é. Fica aí a dica. Exercício físico não é perda de
tempo; é uma tática adotada pelos vencedores.
Mas que tipo de atividade física propicia tudo isso? Qualquer um
que lhe dê prazer, amiga e amigo concurseiro. Você pode optar pela
caminhada, pela corrida, pela natação, pela ginástica, pela dança…
A prática de qualquer uma dessas modalidades, com regularidade
e paixão, é capaz de melhorar a nossa aparência e, de quebra, au-
mentar nossa autoestima e nossa autoconfiança. Mas os benefícios
não param por aí. Quem pratica esportes ou qualquer outra atividade
física também vê diferença em seu poder de concentração. De fato,
mover o corpo oxigena o cérebro e, com isso, aumenta a capacidade
de memorização e melhora o desempenho das atividades intelectuais
do dia a dia.
Tenho uma história pessoal para compartilhar em defesa dos be-
nefícios do exercício físico. Em meados de 2014, em virtude de uma
altíssima carga de trabalho, eu tinha reduzido drasticamente as mi-
nhas atividades físicas. Agia como a maioria das pessoas: ia à aca-
demia “quando dava”, de maneira irregular e esporádica. Mas então,
em um dia de muito estresse, me dei conta de que precisava conciliar
as atividades empresariais com as físicas, ou muito provavelmente,
no futuro, teria más notícias ao fazer exames médicos de rotina.

www.grancursosonline.com.br 117
Gabriel Granjeiro

O fato é que eu não queria isso para mim. Muitos tendem a agir
apenas depois da recomendação médica, quando a necessidade de
se precaver contra problemas sérios de saúde já é urgente. Comigo
foi diferente. No mesmo dia do meu insight, decidi me tornar um
adepto dos exercícios físicos.
O resultado dessa decisão é que, se antes, pouco mais de 3 anos
atrás, meu percentual de gordura estava em 24% (observação: é
possível não estar com sobrepeso e ainda assim ter uma alta taxa
de gordura corporal), hoje, graças aos exercícios regulares e à boa
alimentação, esse índice baixou para 8%. Costumo acordar bem cedo
para ir à academia e cumprir com a minha obrigação diária; faça chu-
va, faça sol; estejamos ou não em horário de verão. Só depois de sair
de lá, enfrento minha rotina de 15 a 17 horas na empresa. Percebo
que hoje consigo trabalhar até mais e de maneira mais eficiente do
que antes, apesar de ter de encaixar uma hora para atividades que
eu não exercia. Ou seja, os benefícios transcendem, e muito, a saú-
de, como eu já havia antecipado no início deste texto. Em resumo,
leitor amigo, falta de tempo não vale como desculpa. Reflita: se você
não cuidar do seu corpo agora, como estará no futuro?

“... podemos fazer atividades físicas em qualquer lugar: no


quarto, no quintal, em uma sala de ginástica com aparelhos
simples, na escada do prédio, nas redondezas do apartamento
ou de casa.”

Além disso, podemos fazer atividades físicas em qualquer lugar:


no quarto, no quintal, em uma sala de ginástica com aparelhos sim-
ples, na escada do prédio, nas redondezas do apartamento ou de
casa. Basta querer e criar mais esse hábito saudável. Você pode fa-
zê-lo aplicando o método da repetição. Basta repetir a rotina por 21
dias, sempre no mesmo horário e pelo mesmo período de tempo,
sem interrupção. Não nos cansamos de dizer que hábito se cria com
rotina. Isso vale tanto para os estudos como para a prática de uma
atividade física.

118 www.grancursosonline.com.br
O papel da atividade física na preparação para concurso

“... os candidatos às carreiras policiais e militares ainda


têm a vantagem de poder converter a prática de exercícios em
treino para o Teste de Aptidão Física (TAF).”

Se você ainda precisa de incentivo, lembre que os candidatos às


carreiras policiais e militares ainda têm a vantagem de poder conver-
ter a prática de exercícios em treino para o Teste de Aptidão Física
(TAF). O teste, uma das etapas dos concursos para aquelas carreiras,
costuma ser eliminatório e requer a execução de provas difíceis e
sofridas, como barra fixa, salto em distância (impulsão horizontal),
natação, corrida de 12 minutos e longos 2.710 metros, necessários
para obtenção da pontuação máxima. Já escrevemos a respeito11.
Infelizmente, muitos candidatos que enfrentarão o TAF cometem
um erro que costuma pôr tudo a perder: é muito comum eles só ini-
ciarem os treinos após a publicação dos resultados da prova objetiva.
É óbvio que esses concorrentes dificilmente conseguirão alcançar o
condicionamento e a força necessários para cumprir todas as provas
do teste. A reprovação será inevitável. E, então, virão os lamentos,
sobretudo daqueles que ocupavam as primeiras posições na lista de
classificados nas provas objetivas e subjetivas. Não existe nada pior
e mais frustrante para um concurseiro do que passar na prova de co-
nhecimentos com altíssima pontuação e ser reprovado no TAF.
A título de curiosidade – e para assustar mesmo –, no último
concurso para Agente da Polícia Federal, cujo edital foi publicado em
2014, quase 30% dos candidatos foram reprovados no teste de ap-
tidão física. E olhe que estamos falando de concurseiros aprovados
na prova objetiva do mais difícil certame da área policial. Reprovar
no TAF deve ter sido uma notícia desastrosa para esses candidatos.
Em 2016, o concurso da Polícia Militar de Pernambuco foi outro que
reprovou um número surpreendente de candidatos no exame que
avaliava as condições físicas deles. No total, foram eliminados 2.731
convocados. Apesar de triste, esse não é um dado nada incomum em
concursos para corporações militares e policiais Brasil afora.

11
Disponível em: http://bit.ly/tafconcursos

www.grancursosonline.com.br 119
Gabriel Granjeiro

Se você é um desses concurseiros que escolheram a carreira po-


licial ou militar, anote estes conselhos: conheça bem cada um dos
testes que serão cobrados, prepare-se com bastante antecedência
para eles, ouça os conselhos dos especialistas, treine regularmente,
faça simulações e cuide da alimentação. Dê especial atenção ao teste
de barra fixa e ao de corrida de resistência e reserve a véspera da
prova física para repouso absoluto.
Agora, se a carreira que você escolheu dispensa o TAF, ainda as-
sim, dê o devido valor à atividade física. Ela é uma de suas maiores
aliadas na preparação para as provas. Afinal, como vimos, traz bene-
fícios tanto para o corpo como para a mente.
Sigamos juntos – nós, do Gran Cursos Online, e você, concurseiro –,
preparando a mente e o físico até a aprovação no concurso dos
sonhos!

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

120 www.grancursosonline.com.br
Dicas de quem passou, e passou bem – Parte I

DICAS DE QUEM PASSOU, E PASSOU BEM – PARTE I

Que tal conhecer algumas estratégias para passar em concurso


público?
Sou da opinião de que, para
obtermos sucesso em qualquer
atividade, devemos nos espe-
lhar nos modelos que deram
certo. Não há nenhum demérito
nisso. Se há pessoas que ven-
ceram na vida, na profissão ou
nos negócios, por que não co-
piar e aperfeiçoar suas estra-
tégias e adaptá-las ao nosso
contexto? Já li dezenas de livros
sobre histórias de empreende-
dores de sucesso no Brasil e no mundo e penso que todo concurseiro
deve desenvolver hábito similar em relação aos candidatos que já
foram aprovados em concurso.
Aqui, no Gran Cursos Online, recebemos com frequência rela-
tos de pessoas que foram aprovadas e classificadas em concursos
extremamente concorridos para carreiras muito disputadas. Neste
artigo, listamos os principais segredos desses vencedores, para que
você, amigo concurseiro, tenha de onde tirar ideias para montar suas
próprias estratégias de estudo. Com esses modelos, pretendemos
inspirá-lo na elaboração dos seus planos de batalha para o dia “D” da
guerra do concurso público, quando você enfrentará a banca exami-
nadora. Mais tarde, ficaremos felizes se você visitar o nosso blog e
presentear nossa coluna “Cheguei Lá” com seus próprios relatos de
aprovação e classificação.
Nesta conversa, relataremos apenas o que ouvimos nas entrevis-
tas e nos depoimentos que costumamos colher. Nada saiu de nossa
imaginação; nada é invenção. Estamos agindo simplesmente como

www.grancursosonline.com.br 121
Gabriel Granjeiro

mediadores, consolidando as informações por escrito para você ter


acesso mais rápido a elas.
O primeiro ex-concurseiro de sucesso que nos servirá de modelo,
a quem chamaremos “A”, foi aprovado para um cargo da carreira ju-
rídica. Ele nos relata que estudava para concurso desde o tempo da
faculdade. Nunca interrompera os estudos e sempre dera ênfase para
as atualizações jurídicas. Preferia estudar em bibliotecas e em outros
ambientes tranquilos. E estudava muito. Para isso, deixou de lado o
mundo exterior, em especial o telefone celular. “Concentração e foco no
plano de estudos”, sugere.
A principal tática do nosso amigo para direcionar os estudos e evi-
tar a dispersão foi frequentar um curso preparatório. Ali, ele trocava
experiências e material de estudo com os colegas e escutava as dicas
dos professores, todos ex-concurseiros e atualmente servidores públi-
cos. Além disso, “A” sempre soube usar muito bem o precioso tempo:
elaborava resumos, revisava os conteúdos e resolvia provas de concur-
sos, sempre durante os intervalos de almoço.
Foram inúmeros resumos e incontáveis provas resolvidas. Mas a
receita demorou um pouco para funcionar, e nosso guerreiro reprovou
algumas vezes antes de se tornar o modelo que hoje nos inspira. A
diferença entre ele e os candidatos que desistem no meio do cami-
nho? “A” sempre extraía lições dos momentos de infortúnio, em vez de
entregar-se à autocomiseração e ao desânimo. Sua rotina envolvia de
quatro a cinco horas diárias de estudo. Para não perder nenhum minu-
to, ele também desenvolveu o hábito de ouvir as matérias durante os
deslocamentos, fossem eles de carro, de ônibus ou a pé. As noites eram
dedicadas à leitura de livros doutrinários e de apostilas e às videoau-
las – a cada noite, ele ouvia de duas a três delas, cada uma com trinta
minutos de duração. Em nossa plataforma, temos uma funcionalidade
de cronograma de estudos que visa auxiliar os alunos na organização
da sua rotina12.
Entre as estratégias de “B”, nossa outra fonte de inspiração, para
ser o primeiro colocado em um concurso, também estava o estudo diário.
12
Saiba mais sobre nossa plataforma. Acesse: http://bit.ly/cronoestudos

122 www.grancursosonline.com.br
Dicas de quem passou, e passou bem – Parte I

Ele se dedicava a cada matéria por não menos do que uma hora, uma
hora e meia todos os dias. Além disso, reservava quinze minutos diários
para a revisão dos pontos estudados no dia anterior e destinava mais
uma hora ou duas para resolver questões de provas – cinquenta itens,
no mínimo. “Estude todo o tempo disponível”, aconselha.
Nosso amigo só não estudava quando estava trabalhando ou en-
quanto dormia (Embora ele soubesse que, durante o sono, o cérebro
trabalha guardando na memória de longo prazo os assuntos que foram
objeto de estudo durante o dia). Nos fins de semana e durante as fé-
rias – note que todos os nossos personagens estudavam para concur-
so mesmo trabalhando –, “B” aumentava a intensidade da preparação,
destinando até doze horas por dia para vencer o cronograma que havia
se proposto a cumprir. Dedicado, quando faltavam dois meses para a
prova, ele ainda alterou a rotina para oito horas de estudos diários. “Um
bom material de estudo”, ressalta, “é essencial”.
Assim como “A”, “B” também sugere a resolução do máximo possí-
vel de questões de provas anteriores, como treino e forma de avaliar o
quanto se está preparado para a prova. Segundo relata, a verticaliza-
ção do programa do edital foi uma boa dica que ele aprendeu em uma
palestra sobre o tema “Como passar em concurso”. Outra lição que “B”
aprendeu na prática é a de que ter um plano de estudo é indispensável,
e estudar todas as matérias do programa também. Em particular, o
ex-concurseiro gostava de fazer muitos resumos e anotações em aula
e recorria a eles em estudos e revisões posteriores. Por fim, resume
sua fórmula de sucesso: estudar com frequência, sempre e de forma
contínua, para não perder o hábito já conquistado e que – acredite – se
torna viciante. Confira em nosso blog13 alguns modelos de editais verti-
calizados para os mais variados concursos.
Nosso último personagem, “C”, adotou a estratégia de periodi-
camente elaborar resumos dos tópicos do edital e resolver quantas
questões de provas anteriores e de simulados conseguisse. Leu e
releu o edital pelo menos três vezes para concluir que, se quisesse
garantir uma boa posição entre os aprovados, precisaria focar nas
13
Disponível em: http://bit.ly/editalvert

www.grancursosonline.com.br 123
Gabriel Granjeiro

matérias específicas e dedicar-se menos às básicas; afinal, aquelas


eram classificatórias e estas eliminatórias.
O ex-concurseiro afirma que o candidato precisa chegar à prova
com uma estratégia de resolução muito bem-definida: ele pode optar
por resolver primeiro as questões sobre os assuntos de que mais gos-
ta ou que domina mais e só então resolver as questões das demais
matérias, ou preferir responder todos os itens na sequência em que
aparecem na prova. Mas cabe aí um alerta: há questões elaboradas
para não serem resolvidas, já que nem o examinador sabe a respos-
ta. Passe adiante; não perca tempo com elas. Esse tipo de questão
serve para desestabilizar o candidato, que pode cair na tentação de
tentar resolvê-la a qualquer custo.
Mais uma dica interessante: até dez por cento de uma prova se
resolve com base nos comandos e nas alternativas da própria pro-
va. A solução de questões de exames anteriores durante a prepara-
ção vai fornecer ao candidato a experiência necessária para perceber
isso, e essa malícia pode ser determinante para o sucesso no certa-
me. Enquanto estava empregado, “C” estudou de três a quatro horas
por dia, sempre de noite. Como chegava muito cansado do trabalho,
preparava bem a mente antes de começar a rotina de estudo, ouvin-
do música clássica por cerca de dez minutos. Quando ficou desem-
pregado, passou a estudar por até doze horas diariamente. Tudo de
forma muito apaixonada, planejada e organizada.

“Se for para desistir, desista de ser fraco!”

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Dicas de quem passou, e passou bem – Parte II

DICAS DE QUEM PASSOU, E PASSOU BEM – PARTE II

No texto anterior, compartilhamos com você as dicas, a receita, a


fórmula de sucesso de três ex-alunos que contaram para nós o que fi-
zeram para garantir a aprova-
ção nos primeiros lugares dos
concursos que prestaram. A
nossa intenção é oferecer dez
modelos para que você tenha
um norte para elaborar o seu
próprio plano de estudos que
o ajude a também conquistar
uma vaga na carreira pública.
Por acompanhar tantos outros
depoimentos de quem chegou
lá, acreditamos que o melhor
método ainda é aquele inspirado nas pessoas que, embora tenham
tropeçado em uma estratégia ou em outra, acertaram o rumo e obti-
veram êxito no desafio do concurso público porque extraíram valiosas
lições dos momentos de insucesso.
Nesta segunda parte do texto, apresentamos a você, futuro ser-
vidor público, mais três fontes de inspiração. Mire-se nelas e empe-
nhe toda a valiosa energia de que você dispõe, até chegar ao resul-
tado que você almeja, até alcançar a desejada vitória em sua batalha
final. Então, será hora de saborear o sucesso com gosto, com prazer,
com proveito, sorvendo gota a gota dele. E lembre-se sempre: esta-
mos juntos até a vitória final!
A próxima história de sucesso que abordaremos é a de “D”. Ele
nos contou que estudava assistindo a videoaulas, em cursos com-
pletos e por matérias com tutoria, a fim de esclarecer dúvidas. Dava
preferência a plataformas que permitiam elaborar simulados com
base em questões de exames anteriores e em conformidade com a

www.grancursosonline.com.br 125
Gabriel Granjeiro

fórmula do edital. “Esse é um excelente treino para enfrentamen-


to do dia ‘D’”, ressaltou. Ele explica que é importante, “depois de
resolver questões de provas anteriores, voltar à teoria sempre que
errar ou ficar com dúvida em alguma questão”. Recomenda, ainda,
que o concurseiro conte com um plano de estudo bem-elaborado e
mantenha o foco, a disciplina, a persistência, a dedicação e a fé até
alcançar o sucesso.
O plano de estudos que “D” elaborou era organizado por discipli-
na e tinha como base a quantidade de questões que o edital previa
para a prova e o peso atribuído a cada matéria. Além disso, ele levou
em conta, para o cálculo das horas de estudo, a dificuldade que tinha
em cada disciplina. No mês anterior à prova, resolvia pelo menos
cem questões por dia. Tudo isso era devidamente anotado e confir-
mado no plano de estudos.
Outra valiosa dica que nosso ex-aluno nos legou diz respeito ao
estudo de leis “secas” (textos literais) que alguns editais costumam
incluir entre os conteúdos que cairão na prova. No caso do concurso
para o qual “D” se preparava, tratava-se de muita legislação para
ser assimilada, memorizada mesmo. Talvez até para evitar recursos,
a banca do concurso, como “D” descobriu em sua pesquisa, tinha o
hábito de cobrar o texto literal da Constituição, dos estatutos e das
outras normas. Se a banca do concurso que você, leitor amigo, vai
prestar adota prática semelhante, siga a recomendação de “D” e faça
pelo menos três leituras de cada lei: uma para quebrar o gelo, outra
para conhecer as partes importantes e fazer anotações na margem
do texto e a última para correlacionar os pontos e consolidar a fixa-
ção dos dispositivos.
Nossa outra fonte de inspiração, “E”, adotou fórmula mais sim-
ples, mas não menos feliz: realizar muitos simulados on-line e em
ambientes preparados para essa rotina, com cronômetro preparado
para medir o tempo de prova. Simular o ambiente da prova é de ex-
trema importância. Resolver questões de exames anteriores apenas

126 www.grancursosonline.com.br
Dicas de quem passou, e passou bem – Parte II

em casa, no ambiente de conforto do candidato e com todas as con-


dições que são do seu gosto, não retratará com fidelidade o dia do
concurso.
Nosso amigo também gostava de tirar dúvidas com colegas de
sala e de grupos de estudos e com os mestres titulares das disci-
plinas. A técnica era eficaz sobretudo se a dúvida dissesse respeito
àqueles conteúdos em que “E” tinha mais dificuldade ou se tratasse
de assuntos que eram novidade para ele por nunca terem sido objeto
de estudo nos bancos da escola ou da faculdade. Às vezes, o ex-con-
curseiro deparava com assuntos que não constavam de livros doutri-
nários. Anote esta dica: esse é o tipo de conteúdo que só se aprende
nos fóruns dos cursos preparatórios.
O nosso personagem relata, ainda, que pela manhã resolvia
questões, lia leis “secas” atualizadas e extraídas de sites confiáveis e
revisava as anotações feitas durante as aulas do dia anterior. À noite,
assistia às aulas do curso on-line e daquelas matérias em que tinha
maior grau de dificuldade. É interessante notar que essa estratégia
de “E” vai de encontro à tática adotada pela maioria dos concursei-
ros, que preferem estudar as matérias mais difíceis e de maior peso
logo cedo e, à noite, quando já estão mais cansados, dedicam-se aos
assuntos mais simples ou que dominam melhor. O que você, concur-
seiro, precisa perceber é que a definição de qual estratégia seguir
depende do perfil de cada um. Pessoalmente, eu prefiro resolver pro-
blemas mais complexos logo cedo pela manhã ou só no fim da noite,
quando tenho poucas distrações.
As últimas dicas vêm de “F”, que também foi aprovado em pri-
meiro lugar no concurso que prestou. Se a estratégia que ele adotou
deu certo para ele, com pequenos ajustes também pode dar muito
certo para você. As principais orientações, aqui, são dormir bem e
não desprezar nenhuma matéria nem ignorar os conteúdos mais fá-
ceis e, com isso, correr o risco de perder valiosos pontos na nota
final. Se a matéria é considerada fácil, é preciso treinar para resolver

www.grancursosonline.com.br 127
Gabriel Granjeiro

rapidamente as questões sobre ela e, assim, ganhar tempo para se


dedicar às outras questões e matérias mais complexas, que farão
grande diferença na classificação. “Não tente querer saber mais do
que está escrito. Não tente brigar com a prova. Analise com atenção:
respire e pense”, sugere.
De olho na melhor classificação possível, “F” concedeu atenção
especial à preparação e ao treino para a prova discursiva. Graças a
essa estratégia, ele obteve uma excelente nota na prova de redação,
o que o fez subir centenas de posições na classificação final do con-
curso. Nosso exemplo de concurseiro conta, ainda, que o sucesso é
de família: o irmão também passou em vários concursos depois de
ter estudado por três anos, durante os quais se dedicava aos livros,
aos cursos e aos simulados uma hora por dia, religiosamente, único
tempo que tinha disponível. Estratégia interessante e de muita per-
severança.
Então, amigo leitor, a palavra “desistir” não existe em nosso
vocabulário, certo?

@GabrielCGranjeiro

@gabriel.granjeiro

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Dicas de quem passou, e passou bem
Parte III – Métodos extravagantes

DICAS DE QUEM PASSOU, E PASSOU BEM – PARTE III –


MÉTODOS EXTRAVAGANTES

Quem passa em concurso público não é superdotado, gênio ou


professor da Nasa. É apenas alguém que se esforça com muita dedi-
cação, determinação, organização e perseverança.
Quando escutamos relatos
de quem foi aprovado em con-
curso público, como eu já fiz
por horas a fio, ouvimos frases
do tipo: “Resolvi muitas pro-
vas”; “Eu me inscrevi em mui-
tos concursos públicos só para
ganhar experiência e confiança
e para detectar em quais tópi-
cos precisava melhorar ou me
aprofundar”; “Para conquistar
suadas aprovações, precisei vi-
venciar sofridas e tristes repro-
vações”; “As reprovações me ajudaram a corrigir os erros do plano de
estudos e a crescer como candidato e como pessoa”; “Os fracassos – se
é que posso chamá-los assim, uma vez que foram eles que me ensina-
ram o que eu precisava aprender – me ajudaram a conquistar muitas
aprovações nos primeiros lugares”, entre outras similares.
Relatos como esses serviram de inspiração para os dois primeiros
artigos desta série, em que abordamos algumas dicas de concurseiros
que alcançaram a tão sonhada aprovação. Nesses dois primeiros tex-
tos14, deixamos claro que a vida de um concurseiro é, sim, feita de
muito estudo; de muita disciplina; de episódios de dor, por causa dos
fracassos; e de momentos de alegria, como o da primeira aprovação

14
Acesse: Dicas de quem passou, e passou bem! – Parte I – http://bit.ly/dicaspartei;
Dicas de quem passou, e passou bem – Parte II – http://bit.ly/dicasparteii.
Você também encontra os textos desses artigos nas páginas 121 e 125 deste livro.

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Gabriel Granjeiro

e o da primeira classificação. Neste terceiro artigo sobre o tema,


vamos além e demonstraremos que a história de um concurseiro de
sucesso muitas vezes também é escrita com a tinta da ousadia. De
fato, como você verá a seguir, alguns candidatos adotam métodos
quase inacreditáveis para passar em um concurso.

“O concurseiro precisa estar disposto a enfrentar os so-


frimentos e sacrifícios impostos pela preparação suada, mas
também precisa estar aberto para as alegrias da aprovação,
da nomeação e da posse na carreira dos sonhos.”

Entrar na “fila” da preparação para concurso público é como subir


a bordo de uma embarcação que navegará ora por mares calmos, ora
por mares revoltos. Eventualmente, do porto seguro, o marinheiro
precisará avaliar se é hora de ir em busca do destino, com coragem e
determinação, ou se o momento pede paciência para aguardar o mo-
mento de lançar-se ao mar. Tudo na vida do candidato, assim como
na vida pessoal, tem de ser feito ora com ousadia, ora com prudên-
cia; ora com humildade, ora com temperança. O concurseiro precisa
estar disposto a enfrentar os sofrimentos e sacrifícios impostos pela
preparação suada, mas também precisa estar aberto para as alegrias
da aprovação, da nomeação e da posse na carreira dos sonhos.

“… não estou sugerindo que você siga exatamente as es-


tratégias que apontarei nas próximas linhas. Elas são apenas
exemplos de como muitas vezes precisamos ousar para ven-
cer e de como pode ser bom criar métodos que atendam as
nossas necessidades do momento.”

Antes de iniciarmos para valer esta nossa conversa, tenho de deixar


algo bem claro: não estou sugerindo que você siga exatamente as estra-
tégias que apontarei nas próximas linhas. Elas são apenas exemplos de
como muitas vezes precisamos ousar para vencer e de como pode ser
bom criar métodos que atendam as nossas necessidades do momento.

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Dicas de quem passou, e passou bem
Parte III – Métodos extravagantes

Tenha em mente que, muitas vezes, no caminho do concurso público, você


estará cansado, desmotivado e sem ânimo algum para estudar. Nesses mo-
mentos, precisará ser criativo para perseverar. Afinal, apesar de podermos
lhe oferecer conselhos e diversas recomendações, não dispomos de uma
receita única de sucesso que funcione para todo o mundo. É por isso que
as dicas que apresentarei aqui envolvem criatividade, para você ter onde se
inspirar quando o momento exigir ousadia.
Posso compartilhar, desde logo, um relato surreal que acompanhei
de três amigos de estudos aprovados e classificados no concurso para
a Advocacia-Geral da União. No início, quando eles decidiram prestar o
concurso, fizeram exatamente o que quase todo concurseiro faz: matri-
cularam-se em um curso completo antes mesmo da publicação do edi-
tal. Depois, procuraram reforço nos conteúdos que dominavam menos,
inscrevendo-se em cursos por matéria. Por fim, elaboraram a estraté-
gia extravagante que funcionou muito bem para esses três guerreiros:
quando faltavam quinze dias para a prova, alugaram uma casa na Praia
do Francês, em Maceió, onde permaneceram até a véspera do certame.
Ali, não fizeram nada além de estudar. Dedicaram-se à revisão de todas
as matérias, resolvendo exercícios e discutindo cada um dos tópicos do
edital. Eles relatam que, durante todo esse período, não colocaram os
pés na areia; muito menos se banharam na bela praia com enseada
natural. Em compensação, firmaram entre si o pacto de que, quando
tomassem posse no cargo, voltariam ao local para mergulhar por horas
e comemorar a conquista. E assim fizeram algum tempo depois.

“Ele nos confidencia que foi o cargo público que abriu todas
essas portas geradoras de renda, de prestígio e de sucesso.”

Outro relato que me impressionou foi o de um advogado recémfor-


mado que tinha o sonho de se tornar procurador do DF. Como sabemos,
esse é um concurso difícil, composto de muitas etapas e com extenso
conteúdo doutrinário e muita legislação para vencer. Em seu depoimen-
to, esse jovem conta que, para aprender algumas disciplinas importan-
tes, começou a estudá-las e a dar aula sobre elas para concurseiros

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de nível médio. Ele preparava as aulas com apontamentos redigidos


de maneira tão didática, que até uma criança poderia entender aque-
les assuntos complexos. Quando o edital do concurso foi publicado, o
rapaz transferiu para o sócio os processos pelos quais era responsável
no escritório que administravam e alugou uma sala comercial no centro
de Brasília. Ali, montou o seu “quartel general”, onde viveu por quase
três meses uma rotina intensa de estudos, de até doze horas por dia.
Ele não tinha tempo a perder. Era tudo ou nada. Inúmeros esquemas
pregados nas paredes, três livros doutrinários sobre cada matéria de-
vidamente destrinchados, incontáveis anotações redigidas e muitas leis
sublinhadas... depois, veio a aprovação. É bem verdade que não foi nos
primeiros lugares, mas foi dentro do número de vagas. Hoje o nosso
personagem é procurador, professor, palestrante, autor de várias obras
voltadas para concurso e advogado dos mais requisitados. Ele nos con-
fidencia que foi o cargo público que abriu todas essas portas geradoras
de renda, de prestígio e de sucesso.
A penúltima fórmula de sucesso que apresento é a de um candidato
que havia reprovado onze vezes em concursos para o cargo de Promotor
de Justiça de vários estados brasileiros. Depois de tantas reprovações,
qualquer um teria desistido, não é mesmo? Mas foi justamente por cau-
sa de tantas tentativas frustradas que nosso herói descobriu que estava
estudando de forma equivocada. O que ele fez, então? Inverteu a ordem
dos estudos. De posse das últimas cinco provas dos concursos que pres-
tara, analisou as questões e os assuntos cobrados e começou a buscar na
doutrina a explicação para os temas. Em síntese: estudou de trás para a
frente, ou seja, das questões para a leitura das leis, da jurisprudência e da
doutrina que os certames exploravam. Deu certo. Hoje, nosso persona-
gem é Promotor de Justiça, professor e profissional muito respeitado pelos
alunos, pelos colegas e pelos amigos.
A última dica vem de uma jovem que acabara de concluir o ensino
médio quando decidiu se preparar para o concurso de Técnico Judiciário
do TJDFT. Ela não fez grandes extravagâncias na preparação para o cargo
que tanto desejava. O que fez de excepcional foi isto: leu o edital suces-
sivas vezes, a fim de criar uma estratégia para a realização da prova.

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Parte III – Métodos extravagantes

Entendeu que, além de não poder zerar nenhuma prova, precisava tirar
a nota mínima em cada grupo delas. Em síntese, utilizou-se do regula-
mento para passar, tal como já vimos a seleção portuguesa fazer para
vencer a Eurocopa. A jovem não foi classificada em posição das mais
altas, mas passou. Muitos dos seus concorrentes, segundo ela nos relata,
gabaritaram uma prova ou outra, mas não foram aprovados; tudo porque
perderam preciosos pontos chutando muito, ignorando que o edital e os
critérios da fórmula de correção do Cespe desaconselhavam a prática.
Percebe como a aprovação num concurso é resultado de um con-
junto de circunstâncias que envolvem estudo, estratégia, criatividade e
ousadia? Note que não há fórmula mágica. No entanto, a experiência de
concurseiro revela que, às vezes, deve-se adotar estratégias comuns e,
outras vezes, deve-se ousar. É preciso saber quando é hora de avançar
e quando é hora de recuar para pegar impulso. É necessário ser apai-
xonado pelos estudos mais do que pela aprovação. E é imprescindível
desenvolver um ideal, mas também amar a si próprio, ter autoconfiança
sem ser arrogante, e saber trabalhar com os próprios recursos e talen-
tos. Em resumo: o concurseiro, mais do que qualquer outra pessoa, tem
de saber que cada um de nós é diferente, mas não superior ao outro.

Não deixe de conferir, em nosso blog15, outras histórias de supe­


ração, de sucesso, de determinação e de foco em busca do sonho da
realização profissional de nossos ex-alunos que foram aprovados em
concursos para diversas áreas, órgãos, institutos, autarquias, tribu­nais
e corporações.

“Antes de dormir, sonhe alto. Não espere coisas pequenas de um Deus


tão grande. Sonhe os sonhos de Deus.”
Autor desconhecido

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15
Disponível em: http://bit.ly/chegueila

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