Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A maioria dos cientistas não está interessada em produzir clones humanos. O que os
cientistas pretendem é produzir células humanas clonadas que possam ser utilizadas
para tratar algumas doenças.
Como? Imagine que tinha uma doença que estava a destruir lentamente partes do seu
cérebro. Os tratamentos actuais apenas reduzem os sintomas enquanto a doença
continua a provocar lesões no cérebro. A clonagem oferece a esperança de uma cura.
Os cientistas iriam produzir um embrião clonado utilizando o ADN das suas células
epidérmicas. Em seguida, iriam retirar células estaminais deste embrião,
transformavam-nas em células cerebrais e fariam um transplante para o seu cérebro.
A clonagem é uma maneira diferente de utilizar células estaminais para curar uma
doença. Algumas pessoas preferem esta forma de obter estas células. Afinal, um
embrião clonado é uma cópia genética de alguém que está vivo e deu o seu
consentimento.
Tentativas de clonagem
Em 1996 foi clonada a ovelha Dolly. Foi o primeiro animal a ser clonado a partir do
ADN de uma ovelha adulta, em vez de ser utilizado o ADN de um embrião. Embora a
Dolly pareça suficientemente saudável, pôs-se a questão se ela iria envelhecer mais
rapidamente do que uma ovelha normal. Além disso, foram precisas 277 tentativas
para produzir a Dolly.
Quem é que aceitaria estas probabilidades numa experiência com bebés humanos?
Fonte: bionetonline
Bioética
O especialista em ética Dr. Scott Rae do Seminário Teológico Talbot, EUA, disse:
“Não há motivo por que não possamos ou não devamos usar as células-troncos de
pessoas adultas… Mas há um problema que vemos no ato de tirar células-troncos de
embriões humanos: equivale a matar uma pessoa a fim de beneficiar outra”. O Dr. Rae
compara a conduta de alguns médicos de hoje aos médicos nazistas que, sem
consentimento, faziam experiências em judeus, sob a alegação de trazer benefícios
médicos para a sociedade. É claro que é impossível obter o consentimento necessário
de uma pessoa clonada que está no estágio embrionário.
O que a Bíblia tem a dizer? A Palavra de Deus não trata diretamente da clonagem
humana, mas esclarece as seguintes questões:
A Palavra de Deus ensina que fomos criados conforme a imagem de Deus (Gênesis
1:26-28). O ser humano é totalmente diferente de todo o restante da criação, pois só
ele foi criado com sua imagem e semelhança.
A Bíblia mostra que a vida humana começa na concepção: “De fato, tenho sido mau
desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido”. (Salmos 51:5
BLH) A história da própria vida humana de Jesus começou quando o anjo disse a
Maria que ela conceberia e teria um filho (Mateus 1:18-24; Lucas 1:26-38) Assim,
Jesus no começo veio a morar num óvulo fertilizado de Maria.
Reconhecemos que é importante buscar cura para doenças como o câncer. Contudo,
não precisamos matar. Crianças são bênção, não produtos industriais que podem ser
usados e destruídos conforme a vontade de quem os possui. Crianças são presentes
de Deus para nós.(Salmo 127:3).
Como a Palavra de Deus vê os pesquisadores e médicos que acham que estão acima
de Deus?
O que se deve fazer então com relação à clonagem? A coalizão da Americans to Ban
Cloning (Americanos a favor da Proibição da Clonagem) está promovendo uma
campanha para que a clonagem humana, para todos os propósitos, seja proibida no
mundo inteiro. A clonagem humana tem de ser proibida porque:
· A clonagem humana criaria uma classe de seres humanos que existiriam não como
fins em si mesmos, mas como meios de realizar os objetivos dos outros.
· Os seres humanos têm o direito de não serem criados como objetos de experiências.
· A clonagem humana poderá levar à reprodução de pessoas vivas ou mortas sem seu
conhecimento ou envolvimento.
O Presidente George Bush, dos EUA, declarou sabiamente: “A vida é uma criação,
não uma mercadoria. Nossos filhos são presentes que precisamos amar e proteger,
não produtos que devemos projetar e fabricar. Permitir a clonagem seria dar um
importante passo para nos transformarmos numa sociedade em que seres humanos
são desenvolvidos para a obtenção de órgãos como peças sobressalentes, e crianças
são projetadas de acordo com as especificações dos clientes. Isso não é aceitável”
· Clonagem Reprodutiva: visa dar origem a um novo indivíduo com carga genética
idêntica a outro pré-exixtente.
· Rejuvenescimento;
· Casos de infertilidade;
· Implantes mamários, e;
· Genes defeituosos;
· Envelhecimento Precoce;
Dos vários projetos de clonagem humana, poucos são moralmente aceitáveis, entre
eles estão: substituição de um filho-morto, a produção de órgão para transplante e a
utilização da clonagem como técnica reprodutiva para casais radicalmente inférteis
(Costa, 2000).
Segundo Paulo Affonso Leme Machado, jurista, “... a clonagem, sem uma legislação
reguladora especifica, fere o principio Constitucional brasileiro, que obriga o poder
público a preservar a diversidade do patrimônio genético do país...”, pois a clonagem
irá diminuir a variabilidade genética de cada espécie. (Almeida, 1997)
Fernanda Carneiro acha: “que precisa discutir por que deve ser feita, para que deve
ser feita, e, no caso da clonagem, com que finalidade”. Para o bem do clone, para ela,
seria bom que ele não nascesse com desigualdades, e por prudência e respeito a
esse novo ser, não deveríamos fazer a clonagem. (Almeida, 1997)
_____________________________________________________________________
A moralidade da clonagem
O clone pode perfeitamente ser idêntico do ponto de vista biológico mas será sempre
diferente do ponto de vista pessoal. Ao clonar as características genéticas, clona-se a
biologia de um indivíduo, não sua personalidade. Apesar de algumas poucas
constatações de semelhanças de personalidade registradas em gêmeos univitelinos,
uma mesma identidade genérica/genética é acompanhada de diferente identidade
específica (?Eu sou eu e minhas circunstâncias? -- José Ortega y Gasset [filósofo
espanhol, 1883-1955]). Confundir identidade biológica com identidade pessoal é um
abuso lógico, trata-se de mero reducionismo biológico que confunde identidade com
especificidade.