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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Teoria Dos Motivos Determinantes������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Atributos do Ato����������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Teoria Dos Motivos Determinantes


Validade, existência e adequação dos motivos declarados. Motivação = exteriorização escrita dos
motivos que levaram à produção do ato. Nos atos vinculados, é obrigatória e facultativa nos atos dis-
cricionários. Contudo, uma vez efetivada a motivação do ato, o administrador fica preso aos motivos
e deve cumpri-los sob pena de anulação do ato.
→→ O Prof. Francisco Campos assim se manifesta:
˃˃ “Quando um ato administrativo se funda em motivos ou pressupostos de fato, sem a consideração
dos quais, da sua existência, da sua procedência, da sua veracidade ou autenticidade, não seria
o mesmo praticado, parece-me de boa razão que, uma vez verificada a inexistência dos fatos ou a
improcedência dos motivos, deva deixar de subsistir o ato que neles se fundava” (in Direito Admi-
nistrativo Brasileiro, 17.ª edição, p. 182).
A teoria dos motivos determinantes sustenta a validade do ato administrativo. Vincula-se aos
motivos indicados como seu fundamento. Essa teoria sustenta que quando a Administração motiva
o ato – mesmo que a lei não indicar isto como pressuposto inexorável – a validade dele depende da
verdade dos motivos alegados.
“O mérito do ato administrativo consubstancia-se, portanto, na valoração dos motivos e na
escolha do objeto do ato, feitas pela Administração incumbida de sua prática, quando autorizada
a decidir sobre a conveniência, oportunidade e justiça do ato a realizar. Daí a exata afirmativa de
Seabra Fagundes de que ‘o merecimento é aspecto pertinente apenas aos atos administrativos prati-
cados no exercício de competência discricionária’”. Fonte: Meirelles, Hely Lopes. Direito Adminis-
trativo Brasileiro. São Paulo. Malheiros, 2003.
Assim, em resumo, podemos dizer que a teoria dos motivos determinantes busca estabelecer a
ligação entre o motivo e a finalidade prática do ato.

Atributos do Ato
˃˃ Conceito: qualidades especiais dos atos administrativos que lhes asseguram uma qualidade
jurídica superior à dos atos de direito privado.
→→ Presunção de Legitimidade e Veracidade:
˃˃ Presume-se, em caráter relativo, que os atos da Administração foram produzidos em conformi-
dade com a lei, e os fatos deles para os administrados são obrigatórios. Ocorre, aqui, a inversão
do ônus da prova. (cabe ao administrado provar que o ato é vicioso).
→→ Consequências:
˃˃ Imediata executoriedade do ato administrativo, mesmo impugnado pelo administrado.
˃˃ Até decisão reconhecendo o vício ou sustando os efeitos do ato.
˃˃ Impossibilidade de o Poder Judiciário analisar, de ofício, elementos de validade do ato não ex-
pressamente impugnados pelo administrado.
»» Atenção: a presunção de legitimidade é iuris tantum ou relativa.
Imperatividade
˃˃ Imperativo, ou seja, é impositivo e independe da anuência o administrado.
Exceções
Atos Negociais: a Administração concorda com uma pretensão do Administrado ou reconhece
que ela satisfaz os requisitos para o exercício de certo direito. (autorização e permissão – discricioná-
rio) – (licença-vinculado).
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Atos Enunciativos: declara um fato ou emite uma opinião sem que tal manifestação produza por
si só, efeitos jurídicos. Declara um fato (certidão ou atestado). Emite uma opinião (parecer).
»» Obs.: Relacionado ao poder EXTROVERSO do Estado. Expressão italiana do autor Renato
Aless. Dessa forma, imperatividade pode ser entendida como sinônimo de poder extroverso.
Autoexecutoriedade
O ato administrativo, uma vez, produzido pela Administração, é passível de execução imediata,
independente de manifestação do Poder Judiciário.
Para Hely Lopes Meirelles: tem que haver previsão legal, a exceção é em casos de emergência.
Incide em todos os atos, com exceção dos atos enunciativos e negociais.
A Administração não goza de autoexecutoriedade na cobrança de débito, quando o administra-
do resiste ao pagamento.
˃˃ Divisão
»» Exigibilidade
A Administração pode exigir que o ato seja cumprido.
»» Executoriedade
Ela mesma executa o ato, sem a anuência do administrado.
• Observação: nem todos os atos administrativos possuem os atributos da imperatividade e
autoexecutoriedade.
Tipicidade
O ato deve observar a forma, o tipo previsto em lei para sua produção. Esse atributo é menciona-
do pela doutrinadora Di Pietro.
EXERCÍCIOS
01. A teoria dos motivos determinantes
a) não se aplica aos atos administrativos discricionários.
b) vincula a validade do ato à motivação nele contida.
c) permite a convalidação de atos administrativos que adotaram motivos falsos.
d) destina-se ao ato administrativo proferido sem motivação.
e) tem por objetivo revogar atos administrativos que adotaram motivos falsos ou inexistentes.
02. Atualmente, no âmbito federal, todo ato administrativo restritivo de direitos deve ser expres-
samente motivado.
Certo ( ) Errado ( )
03. Assinale a alternativa que apresenta um dos atributos do ato administrativo.
a) a Competência
b) a Tipicidade
c) a Finalidade
d) a Forma
e) a Objetivo
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GABARITO
01 -B
02 - CERTO
03 - B

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