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Tribunal Regional Federal da 3ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
36256 25/07/2018 12:33 BUSO - HC Tornozeleira v.2 Petição inicial - PDF
22
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

URGENTE
PEDIDO DE LIMINAR
Prevento o e. Desembargador Nino Toldo,
em razão da distribuição dos autos nº. 0023138-15.2016.4.03.0000

DANYELLE DA SILVA GALVÃO, LEANDRO RACA E LUANA


BARBOSA DE OLIVEIRA, inscritos da OAB/SP sob os números 340.931, 407.616 e 385.220
respectivamente, todos com escritório na Rua Sampaio Viana, n. 202, cj. 72, Paraíso, São
Paulo – SP, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 5º,
LXVIII, da CF/1988, e artigo 647 e seguintes, do Código de Processo Penal, impetrar ordem
de

HABEAS CORPUS
com pedido liminar

em favor de ALFREDO LUIZ BUSO, brasileiro, casado, arqui-


teto, portador da cédula de identidade RG n º. 3.510.921 e do CPF/MF nº. 495.101.348-72,
residente e domiciliado à Rua Augusta, nº. 1819, Apto. 31 – Cerqueira César, São Paulo/SP,

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em face da decisão proferida pelo D. Juízo da 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária
de São Bernardo do Campo/SP, nos autos nº. 0007637-12.2016.403.6114, que designou
audiência para colocação de tornozeleira eletrônica, no dia 30 de agosto próximo
(Doc. 1).

Nestes termos,
Pedem deferimento.

São Paulo, 25 de julho de 2018.

Danyelle da Silva Galvão Leandro Raca


OAB/PR 40.508 OAB/SP 407.616
OAB/SP 340.931

Luana Barbosa de Oliveira


OAB/SP 385.220

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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERA DA 3ª REGIÃO
COLENDA TURMA JULGADORA
EMINENTE RELATOR

TORNOZELEIRA ELETRÔNICA. Desproporcionalidade. Medidas suficientes


para acautelamento do feito.

1) B REVE S ÍNTESE F ÁTICA

O Paciente é investigado no âmbito da Operação Hefesta, que


tramita junto ao D. Juízo da 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São Bernardo do
Campo/SP.
Em 22 de agosto de 2017, essa C. 11ª Turma confirmou me-
dida liminar concedida por Vossa Excelência para substituir sua prisão preventiva por medi-
das cautelares alternativas, nos seguintes termos (Doc.2):

“PROCESSO PENAL. HABEAS COR-


PUS. OPERAÇÃO HEFESTA. PRISÃO PREVENTIVA. REVOGA-
ÇÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. FIXAÇÃO DE ME-
DIDAS CAUTELARES DIVERSAS. ORDEM CONCEDIDA. 1. Ha-
beas corpus impetrado contra decisão que decretou a prisão preventiva do paciente em
procedimento no qual se apura a suposta prática dos delitos descritos nos arts. 2º da
Lei nº 12.850/2013; 90 e 92 da Lei nº 8.666/1993 e 299, 312 e 313-A do
Código Penal, no âmbito da denominada Operação Hefesta. 2. A prisão preventiva é
medida excepcional condicionada à presença concomitante do fumus comissi delicti e do

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periculum libertatis, consubstanciando-se aquele na prova da materialidade e indícios
suficientes de autoria ou de participação e este pela garantia da ordem pública, da ordem
econômica, para conveniência da instrução criminal ou garantia de aplicação da lei pe-
nal, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal e ao não cabimento de qualquer
das medidas cautelares previstas em seu art. 319 (CPP, art. 282, § 6º). A prisão é a
ultima ratio do sistema penal cautelar e, nesse sentido, se medidas outras acautelarem
a higidez do procedimento investigativo e do processo penal, a segregação não se faz
necessária. 3. O exame dos autos revela a inexistência de elementos a justificar a neces-
sidade da prisão preventiva do paciente. Com efeito, a quantidade de crimes suposta-
mente praticados por ele e pelos demais investigados, bem como suas ligações na admi-
nistração municipal de São Bernardo do Campo/SP, não representam, por si, motivos
idôneos à sua custódia cautelar. 4. Também não constitui motivo idôneo a suposição no
sentido de que o pedido de espelhamento do conteúdo de computadores apreendidos nas
diligências relativas à operação constituiria "manobra" para perpetuação dos delitos.
Até porque, se assim entendia o juízo impetrado, bastaria indeferi-lo e negar o acesso a
tal conteúdo, para evitar que isso ocorresse. 5. Do mesmo modo, o fato das prisões e da
própria Operação Hefesta terem sido amplamente noticiadas pela mídia, gerando como-
ção social, não configuram justificativa idônea e suficiente à decretação da prisão preven-
tiva. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça. 6. As medidas previstas no art. 319,
I, II, III, IV, VIII e IX, bem como no art. 320, ambos do Código de Processo Penal,
fixadas na decisão liminar, foram e continuam sendo capazes de acautelar a ordem
pública e o processo de origem. Tanto assim é que, até o presente momento, não há
notícia de que o paciente tenha descumprido nenhuma das medidas que lhe foram im-
postas, o que demonstra a suficiência delas como alternativa à sua prisão. 7. O compa-
recimento do paciente na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo/SP não
representa violação ou descumprimento das medidas cautelares impostas na decisão li-
minar, haja vista que tal comparecimento não se deu sponte propria, mas por força de

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intimação para prestar informações, na condição de testemunha em Comissão Parla-
mentar de Inquérito instaurada em tal casa legislativa. 8. Embora o recolhimento do-
miciliar no período noturno e nos dias de folga não constitua regra de regime semiaberto,
mas sim medida cautelar substitutiva da prisão preventiva expressamente prevista em
lei (CPP, art. 319, V), e que o Código de Processo Penal, ao discipliná-la, não condi-
ciona sua aplicação, esta medida, fixada na decisão liminar, não se mostra mais neces-
sária. Com efeito, os supostos crimes atribuídos ao paciente e aos demais investigados
não foram cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa e as demais medidas cau-
telares a eles impostas, em especial aquelas previstas nos incisos I, II, III e IV do art.
319 Código de Processo Penal, que também configuram restrição à sua liberdade de
locomoção, são suficientes a acautelar a ordem pública. 9. O fato de o paciente atual-
mente ocupar cargo em comissão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo -
ALESP não configura violação ou descumprimento às medidas cautelares a ele impos-
tas, ante a ausência de identidade entre a ALESP e a Prefeitura do Município de São
Bernardo do Campo/SP, ou mesmo a União, pessoas jurídicas de direito público víti-
mas das supostas condutas delituosas praticadas. 10. Ordem concedida, mediante o
cumprimento das medidas cautelares previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX,
e no art. 320 do Código de Processo Penal.” (TRF 3ª. 11ª T. HC 0023138-
15.2016.4.03.0000 Rel. Des. Nino Toldo, DJe 31.8.2017)

Em 10 de julho último, mais de um ano depois, o Paciente


foi intimado para colocação da tornozeleira eletrônica:

“Por fim, em relação ao pedido formulado pelo


MPF às fls. 1732/1756 dos autos, no sentido da adoção das providências cabíveis
para a implementação da medida cautelar monitoração eletrônica, prevista no artigo
319, IX, do Código de Processo Penal, conforme determinado pelo E. TRF-3, no bojo
das ações de habeas corpus n.º 0023138-15.2016.4.03.0000/SP,0023144-

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22.2016.4.03.0000/SP, 0023147-74.2016.4.03.0000/SP e 0023150-
29.2016.4.03.0000/SP, considerando a certificação do trânsito em julgado dos res-
pectivos acórdãos, bem como da decisão proferida pelo Colendo Superior Tribunal de
Justiça, no bojo do RHC 91829/SP, interposto pelo paciente ALFREDO LUIS
BUZO para buscar o afastamento das medidas cautelares à prisão, dentre elas a de
monitoração eletrônica, e a disponibilidade de tornozeleiras, registro que não há óbice à
implementação da medida. (...) 4. Designo o dia 30 de agosto de 2018, às 14h, para
a colocação das tornozeleiras eletrônicas nos investigados ALFREDO LUIS BUSO,
EDUARDO DOS SANTOS, GILBERTO VIEIRA ESGUEDE-
LHADO, ANTÔNIO CÉLIO GOMES DE ANDRADE e OSVALDO
DE OLIVEIRA NETO, que deverão ser intimados pessoalmente para compareci-
mento ao ato.”

2) D O D IREITO

A substituição da prisão preventiva por medidas cautelares


alternativas – dentre as quais a colocação de tornozeleira eletrônica – foi determinada por
Vossa Excelência aos 23 de dezembro de 2016, em sede liminar, tendo sido confirmada
pelo colegiado em 22 de agosto de 2017.

Mais de um ano depois, em 10 de julho último, o Paciente


foi intimado para colocação da tornozeleira eletrônica.

Pois bem.

Embora tenha sido determinada originalmente por Vossa Ex-


celência, a colocação de tornozeleira eletrônica a essa altura reveste-se de desproporcionali-
dade.

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Com efeito, desde a referida determinação, o Paciente foi de-
nunciado por duas vezes por fatos relacionados à referida Operação Hefesta, foi encontrado no
endereço declinado nos autos sempre que necessário, para intimação pessoal, e apresentou
manifestações defensivas tempestivamente, de modo que a marcha processual tem avançado
sem percalços, não havendo necessidade de aumentar a restrição à sua liberdade.

Frisa-se que, no julgamento do habeas corpus referido, a C. 11ª


do E. TRF da 3ª Região reconheceu a necessidade e possibilidade da modulação das medidas
cautelares, inclusive em face do tempo transcorrido sem que se tenha verificado qualquer
incidente que fundamente a presença de periculum libertatis.

Naquela oportunidade, o colegiado dispensou o Paciente do


recolhimento noturno e em dias de folga, nos seguintes termos:

“6. As medidas previstas no art. 319, I, II, III,


IV, VIII e IX, bem como no art. 320, ambos do Código de Processo Penal, fixadas
na decisão liminar, foram e continuam sendo capazes de acautelar a ordem pública e o
processo de origem. Tanto assim é que, até o presente momento, não há
notícia de que o paciente tenha descumprido nenhuma das medidas
que lhe foram impostas, o que demonstra a suficiência delas como
alternativa à sua prisão.”

Com efeito, a imposição de cautelares alternativas depende de


fundamentação específica, apoiada nas particularidades do caso concreto, conforme os ensi-
namentos de Rodrigo Capez:

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“afirmar-se que a prisão cautelar seja a última ra-
tio não significa que a imposição de qualquer outra medida dela diversa constitua des-
dobramento ordinário da marcha processual, haja vista que, em maior ou menor grau,
sempre haverá intervenção em um direito fundamental. (...) A excepcionalidade,
portanto, importa a exclusão do automatismo na adoção de qual-
quer medida cautelar, ou de sua obrigatoriedade, amparada na na-
tureza ou gravidade da imputação”1

No mesmo tom, decidiu recentemente a C. 6ª Turma do Su-


perior Tribunal de Justiça, preventa para o julgamento dos feitos relacionados à Operação
Hefesta:

“PROCESSUAL PENAL E PENAL.


HABEAS CORPUS. ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA. PECULATO.
CORRUPÇÃO ATIVA. FRAUDE A PROCEDIMENTOS LICITATÓ-
RIOS. LAVAGEM DE DINHEIRO. MEDIDAS CAUTELARES DI-
VERSAS DE PRISÃO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO IDÔ-
NEA. ILEGALIDADE RECONHECIDA. HABEAS CORPUS CON-
CEDIDO. 1. Para a aplicação das medidas cautelares diversas da pri-
são, exige-se fundamentação específica que demonstre a necessi-
dade e adequação da medida em relação ao caso concreto. 2. Tendo
em vista que o paciente não é mais sócio da empresa de táxi aéreo e exerce atividade
empresarial que exige a realização de viagens constantes entre as unidades federativas
do Brasil, além de viagens internacionais, assim como de todo razoável é o contato
familiar com sua esposa e filho, residentes na Espanha, a manutenção de cautelares
impeditivas das viagens por muitos meses não apenas provoca desproporcional dano à

1 CAPEZ, Rodrigo. A individualização da medida cautelar pessoal no processo penal brasileiro. São Paulo,
2015. Dissertação. Mestrado em Direito. Universidade de São Paulo.

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atividade econômica do paciente, como ainda maior dano familiar. 3. Habeas corpus
concedido, para revogar as cautelares penais de proibição de deixar o país e de monito-
ração por meio de tornozeleira eletrônica, devendo ser restituído ao paciente seu passa-
porte; e estabelecer as cautelares penais de comunicação prévia ao Juízo das eventuais
viagens internacionais, assim como comunicação após o retorno dessas viagens, man-
tendo-se as cautelares de proibição de mudar de endereço sem autorização judicial prévia
e obrigação de comparecimento aos atos processuais, sempre que intimado.” (STJ – 6ª
T. HC 435.103/GO, Rel. Min. Nefi Cordeiro, DJe 19.6.2018). Grifamos.

“Verifica-se pois, na hipótese, que, de fato, não


há fundamento idôneo a sustentar a aplicação da medida, pois a de-
cisão que a impôs se limitou à substituição automática da prisão
que estava, no contexto, sendo revogada por excesso de prazo, sem
menção a qualquer outro elemento que demonstrasse a necessidade
do monitoramento. Assim também a decisão de indeferimento de substituição da
medida por outra cautelar menos gravosa, que se viu calcada, unicamente, na gravidade
abstrata do delito de tráfico, em patente violação ao dever de fundamentação concreta e
efetiva das decisões judiciais, sobretudo as limitadoras de liberdades básicas do indivíduo
(arts. 5º, LXI e 93, IX, da Constituição Federal). Consigne-se, por fim, que o Tribu-
nal não pode, em acórdão prolatado em habeas corpus, agregar elementos, ainda que
idôneos, a fim de sanar qualquer vício de fundamentação da instância inicial, dada a
natureza do remédio heroico, destinado exclusivamente à proteção do direito ambulato-
rial. Ante o exposto, dou provimento ao recurso para revogar a me-
dida cautelar de monitoramento eletrônico, sem prejuízo de que ou-
tra medida seja imposta, com base em fundamentação concreta .”
(STJ – 6ª T. RHC 87.799/PA, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, DJe
26.3.2018). Grifamos.

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É o que se verifica no caso em tela. A colocação de tornoze-
leira representará restrição desproporcional à liberdade do Paciente, desnecessária conforme
evidenciou o transcurso dos últimos meses sem qualquer incidente.

3) DA NECESSÁRIA CONCESSÃO DE LIMINAR

O manifesto constrangimento ilegal a que está submetido o


Paciente decorre da r. decisão que determinou seu comparecimento ao mm. Juízo da 3ª Vara
Federal da Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo, para colocação de tornozeleira
eletrônica, em 30 de agosto próximo.

O fumus boni iuris decorre dos fundamentos expostos e pode


ser percebido da leitura dos documentos ora juntados, sem a necessidade de informações da
d. autoridade coatora. De plano, verifica-se a ausência de elementos que indiquem a necessi-
dade de monitoramento eletrônico do Paciente, sendo certo que as demais medidas impostas
tem sido respeitadas integralmente.

O periculum in mora é gritante pela iminente colocação de


tornozeleira eletrônica, medida cerceadora da liberdade, no próximo dia 30 de
agosto. Até a referida data, não haverá tempo hábil para processamento e inclusão em pauta
do presente writ, o que reclama a concessão de medida liminar.

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4) DO PEDIDOS

Ante todo o exposto, requer-se:

i) a concessão de medida liminar, SUSPENDENDO a co-


locação de tornozeleira eletrônica no Paciente, até o julgamento do mérito do writ, ficando
mantidas as demais medidas alternativas impostas por esse E. Tribunal e;

ii) no mérito, seja CONFIRMADA A MEDIDA LIMINAR,

por este Egrégio Tribunal Regional Federal, se concedida, ou, ainda, a dispensa do monito-
ramento eletrônico, diante da desproporcionalidade de sua aplicação ao caso em espécie.

Nestes termos,
Pedem deferimento.

São Paulo, 25 de julho de 2018.

Danyelle da Silva Galvão Leandro Raca


OAB/PR 40.508 OAB/SP 407.616
OAB/SP 340.931

Luana Barbosa de Oliveira


OAB/SP 385.220

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LISTA DE DOCUMENTOS ANEXOS

DOCUMENTO DESCRIÇÃO

Doc. 01 Decisão que designou audiência para colo-


cação da tornozeleira – ato coator
Doc. 02 Acórdão da 11ª T., confirmando liminar
Doc. 03 Cópia integral dos autos do Habeas Cor-
pus nº. 0023138-15.2016.4.03.0000

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Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
36285 25/07/2018 14:39 Certidão Certidão
27
HABEAS CORPUS (307) Nº 5017479-66.2018.4.03.0000
RELATOR: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
PACIENTE: ALFREDO LUIZ BUSO
IMPETRANTE: DANYELLE DA SILVA GALVAO, LEANDRO RACA, LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA
Advogados do(a) PACIENTE: LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA - SP385220, DANYELLE DA SILVA GALVAO - PR40508,
LEANDRO RACA - SP407616
IMPETRADO: SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP - 3ª VARA FEDERAL

CERTIDÃO

Certifico que o presente feito foi livremente distribuído à relatoria do Excelentíssimo


Desembargador Federal NINO TOLDO, na E. Décima Primeira Turma, e após consultas ao
SIAPRO - Sistema Informatizado de Acompanhamento Processual e ao Sistema PJe – Processo
Judicial Eletrônico desta Corte, nas rotinas disponíveis para esta Subsecretaria, foi redistribuído
por prevenção ao Excelentíssimo Desembargador Federal NINO TOLDO, na E. Décima Primeira
Turma, em razão da anterior distribuição dos “HABEAS CORPUS” nº
0022939-90.2016.4.03.0000, nº 0023001-33.2016.4.03.0000, nº 0023138-15.2016.4.03.0000, nº
0023144-22.2016.4.03.0000, nº 0023147-74.2016.4.03.0000 e nº 0023150-29.2016.4.03.0000, do
MANDADO DE SEGURANÇA CRIMINAL nº 0003985-59.2017.4.03.0000, da APELAÇÃO
CRIMINAL nº 0002945-33.2017.4.03.6114, bem como dos RECURSOS EM SENTIDO
ESTRITO nº 0000892-45.2018.4.03.6114 e nº 0002725-44.2017.4.03.0000, referentes ao feito nº
00076371220164036114, indicado na autuação como o processo de referência, nos termos da
Resolução nº 141/2017.
Faço remessa ao Gabinete.
São Paulo, 25 de julho de 2018.

Geraldo Cassiano de Paiva Filho – RF 1810

Subsecretaria de Registro e Informações Processuais – UFOR

Assinado eletronicamente por: GERALDO CASSIANO DE PAIVA FILHO - 25/07/2018 14:39:40 Num. 3628527 - Pág. 1
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Número do documento: 18072514394048300000003468816
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
41861 15/08/2018 17:37 Comunicações Comunicações
94
HABEAS CORPUS (307) Nº 5017479-66.2018.4.03.0000
RELATOR: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
PACIENTE: ALFREDO LUIZ BUSO
IMPETRANTE: DANYELLE DA SILVA GALVAO, LEANDRO RACA, LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA
Advogados do(a) PACIENTE: LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA - SP385220, DANYELLE DA SILVA GALVAO - PR40508,
LEANDRO RACA - SP407616
IMPETRADO: SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP - 3ª VARA FEDERAL

COMUNICAÇÃO

Comunicação de decisão.

São Paulo, 15 de agosto de 2018.

Num. 4186194 - Pág. 1


Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
40257 15/08/2018 16:20 Decisão Decisão
18
HABEAS CORPUS (307) Nº 5017479-66.2018.4.03.0000
RELATOR: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
PACIENTE: ALFREDO LUIZ BUSO
IMPETRANTE: DANYELLE DA SILVA GALVAO, LEANDRO RACA, LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA
Advogados do(a) PACIENTE: LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA - SP385220, DANYELLE DA SILVA GALVAO - PR40508,
LEANDRO RACA - SP407616
IMPETRADO: SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP - 3ª VARA FEDERAL

D E C I S ÃO

Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelos


advogados Danyelle da Silva Galvão, Leandro Raca e Luana Barbosa de Oliveira, em
favor de ALFREDO LUIS BUSO, contra decisão da 3ª Vara Federal de São Bernardo do
Campo/SP, nos autos nº 0007637-12.2016.403.6114, relacionados à denominada
"Operação Hefesta", consistente na designação de audiência para colocação de
tornozeleira eletrônica, no dia 30 de agosto próximo.

Narram os impetrantes, em síntese, que o paciente é investigado no âmbito da


Operação Hefesta, que tramita junto ao juízo impetrado e que, em 22 de agosto de 2017, a
11ª Turma, em habeas corpus de minha relatoria, concedeu a ordem (confirmando medida
liminar) para substituir a prisão preventiva do paciente por medidas cautelares alternativas.
Em 10 de julho último, quase um ano depois, o paciente foi intimado para colocação da
tornozeleira eletrônica.

Alegam que a medida “reveste-se de desproporcionalidade”, vez que, desde a


decisão desta Corte, “o Paciente foi denunciado por duas vezes por fatos relacionados à
referida Operação Hefesta, foi encontrado no endereço declinado nos autos sempre que
necessário, para intimação pessoal, e apresentou manifestações defensivas
tempestivamente, de modo que a marcha processual tem avançado sem percalços, não
havendo necessidade de aumentar a restrição à sua liberdade”.

Aduzem que a “colocação de tornozeleira representará restrição


desproporcional à liberdade do Paciente, desnecessária conforme evidenciou o transcurso
dos últimos meses sem qualquer incidente”.

Pleiteiam, por isso, a concessão liminar da ordem para que seja suspensa
a colocação de tornozeleira eletrônica no paciente, até o julgamento do mérito do writ,
ficando mantidas as demais medidas alternativas impostas por este Tribunal.

Num. 4025718 - Pág. 1


É o relato do essencial. Decido.

O caso é de indeferimento liminar do habeas corpus.

Com efeito, a colocação de tornozeleiras eletrônicas foi determinada por esta


Décima Primeira Turma, que, à unanimidade, ao julgar o habeas corpus nº
00023138-15.2016.4.03.0000 concedeu a ordem para substituir a prisão preventiva do
paciente por medidas cautelares alternativas, dentre as quais, monitoração eletrônica
(CPP, art. 319, IX), mediante o uso de uso de tornozeleira.

Ademais, em consulta ao sistema processual desta Corte e ao site do Superior


Tribunal de Justiça (STJ), verifiquei que contra essa decisão foi interposto recurso
ordinário, que não foi conhecido pela e. Ministra Relatora, tendo sua decisão sido
confirmada em agravo regimental (RHC 91.829/SP), transitando em julgado em
11.05.2018.

Percebe-se, então, que o juízo a quo, ao designar audiência para colocação


de tornozeleira eletrônica, apenas cumpriu decisão desta Corte, o que não constitui ato
coator passível de correção por este Tribunal pela via escolhida, pois não pode figurar, ao
mesmo tempo, como órgão de sobreposição e autoridade coatora.

Assim, ante a ausência de ato coator imputável a juiz federal, é manifesta a


incompetência desta Corte para processar e julgar o writ.

Posto isso, com fundamento no art. 188 do Regimento Interno, INDEFIRO


LIMINARMENTE o presente habeas corpus.

Dê-se ciência ao Ministério Público Federal e aos impetrantes.

Decorrido o prazo para eventual recurso e adotadas as providências


necessárias, arquivem-se os autos, observadas as formalidades legais.

Providencie-se o necessário. Intime-se. Cumpra-se.

São Paulo, 14 de agosto de 2018.

Num. 4025718 - Pág. 2


Tribunal Regional Federal da 3ª Região
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17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
36362 25/07/2018 18:21 Despacho Despacho
99
HABEAS CORPUS (307) Nº 5017479-66.2018.4.03.0000
RELATOR: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
PACIENTE: ALFREDO LUIZ BUSO
IMPETRANTE: DANYELLE DA SILVA GALVAO, LEANDRO RACA, LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA
Advogados do(a) PACIENTE: LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA - SP385220, DANYELLE DA SILVA GALVAO - PR40508,
LEANDRO RACA - SP407616
IMPETRADO: SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP - 3ª VARA FEDERAL

DESPACHO

Vistos em substituição regimental.


O exame dos autos revela a inexistência de urgência na providência reclamada, a exigir apreciação
por este Magistrado, em substituição regimental ao Relator natural do feito, que poderá fazê-lo após
seu retorno.
Assim, aguarde-se o retorno do Relator.

São Paulo, 25 de julho de 2018.

Assinado eletronicamente por: SILVIO LUIS FERREIRA DA ROCHA - 25/07/2018 18:21:55 Num. 3636299 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072518215574400000003476007
Número do documento: 18072518215574400000003476007
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17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
36256 25/07/2018 12:33 Doc. 1 Documento Comprobatório
23
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 1
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Número do documento: 18072512252073300000003466087
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 2
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252073300000003466087
Número do documento: 18072512252073300000003466087
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 3
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Número do documento: 18072512252073300000003466087
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 4
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Número do documento: 18072512252073300000003466087
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 5
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252073300000003466087
Número do documento: 18072512252073300000003466087
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 6
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252073300000003466087
Número do documento: 18072512252073300000003466087
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 7
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252073300000003466087
Número do documento: 18072512252073300000003466087
Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625623 - Pág. 8
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Número do documento: 18072512252073300000003466087
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
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Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
36256 25/07/2018 12:33 Doc. 2 Documento Comprobatório
24
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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

HABEAS CORPUS Nº 0023138-15.2016.4.03.0000/SP D.E.


2016.03.00.023138-6/SP
Publicado em 01/09/2017
RELATOR : Desembargador Federal NINO TOLDO
IMPETRANTE : PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
: IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS
: CLAUDIA VARA SAN JUAN ARAUJO
: TIAGO SOUSA ROCHA
PACIENTE : ALFREDO LUIS BUSO reu/ré preso(a)
ADVOGADO : SP173163 IGOR SANTANNA TAMASAUSKAS
: SP163657 PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
JUIZO FEDERAL DA 3 VARA DE SAO BERNARDO
IMPETRADO(A) :
DO CAMPO > 14ª SSJ> SP
INVESTIGADO(A) : ANTONIO CELIO GOMES DE ANDRADE
: ARTUR ANISIO DOS SANTOS
: EDUARDO DOS SANTOS
: FRANCISCO DE PAIVA FANUCCI
: GILBERTO VIEIRA ESGUEDALHO
: OSVALDO DE OLIVEIRA NETO
: SERGIO SUSTER
00076371220164036114 3 Vr SAO BERNARDO DO
No. ORIG. :
CAMPO/SP

EMENTA

PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. OPERAÇÃO HEFESTA. PRISÃO


PREVENTIVA. REVOGAÇÃO. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS.
FIXAÇÃO DE MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS. ORDEM CONCEDIDA.

1. Habeas corpus impetrado contra decisão que decretou a prisão preventiva do paciente em
procedimento no qual se apura a suposta prática dos delitos descritos nos arts. 2º da Lei nº 12.850/2013;
90 e 92 da Lei nº 8.666/1993 e 299, 312 e 313-A do Código Penal, no âmbito da denominada Operação
Hefesta.

1 of 10 25/07/2018 12:06

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625624 - Pág. 1
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252082200000003466088
Número do documento: 18072512252082200000003466088
Inteiro Teor (6374181) http://web.trf3.jus.br/acordaos/Acordao/BuscarDocumentoGedpro/63...

2. A prisão preventiva é medida excepcional condicionada à presença concomitante do fumus comissi


delicti e do periculum libertatis, consubstanciando-se aquele na prova da materialidade e indícios
suficientes de autoria ou de participação e este pela garantia da ordem pública, da ordem econômica, para
conveniência da instrução criminal ou garantia de aplicação da lei penal, nos termos do art. 312 do
Código de Processo Penal e ao não cabimento de qualquer das medidas cautelares previstas em seu art.
319 (CPP, art. 282, § 6º). A prisão é a ultima ratio do sistema penal cautelar e, nesse sentido, se medidas
outras acautelarem a higidez do procedimento investigativo e do processo penal, a segregação não se faz
necessária.

3. O exame dos autos revela a inexistência de elementos a justificar a necessidade da prisão preventiva do
paciente. Com efeito, a quantidade de crimes supostamente praticados por ele e pelos demais
investigados, bem como suas ligações na administração municipal de São Bernardo do Campo/SP, não
representam, por si, motivos idôneos à sua custódia cautelar.

4. Também não constitui motivo idôneo a suposição no sentido de que o pedido de espelhamento do
conteúdo de computadores apreendidos nas diligências relativas à operação constituiria "manobra" para
perpetuação dos delitos. Até porque, se assim entendia o juízo impetrado, bastaria indeferi-lo e negar o
acesso a tal conteúdo, para evitar que isso ocorresse.

5. Do mesmo modo, o fato das prisões e da própria Operação Hefesta terem sido amplamente noticiadas
pela mídia, gerando comoção social, não configuram justificativa idônea e suficiente à decretação da
prisão preventiva. Precedentes do Superior Tribunal de Justiça.

6. As medidas previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, bem como no art. 320, ambos do Código de
Processo Penal, fixadas na decisão liminar, foram e continuam sendo capazes de acautelar a ordem
pública e o processo de origem. Tanto assim é que, até o presente momento, não há notícia de que o
paciente tenha descumprido nenhuma das medidas que lhe foram impostas, o que demonstra a suficiência
delas como alternativa à sua prisão.

7. O comparecimento do paciente na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo/SP não representa


violação ou descumprimento das medidas cautelares impostas na decisão liminar, haja vista que tal
comparecimento não se deu sponte propria, mas por força de intimação para prestar informações, na
condição de testemunha em Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada em tal casa legislativa.

8. Embora o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga não constitua regra de regime
semiaberto, mas sim medida cautelar substitutiva da prisão preventiva expressamente prevista em lei
(CPP, art. 319, V), e que o Código de Processo Penal, ao discipliná-la, não condiciona sua aplicação, esta
medida, fixada na decisão liminar, não se mostra mais necessária. Com efeito, os supostos crimes
atribuídos ao paciente e aos demais investigados não foram cometidos com violência ou grave ameaça à

2 of 10 25/07/2018 12:06

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625624 - Pág. 2
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pessoa e as demais medidas cautelares a eles impostas, em especial aquelas previstas nos incisos I, II, III e
IV do art. 319 Código de Processo Penal, que também configuram restrição à sua liberdade de locomoção,
são suficientes a acautelar a ordem pública.

9. O fato de o paciente atualmente ocupar cargo em comissão na Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo - ALESP não configura violação ou descumprimento às medidas cautelares a ele impostas, ante a
ausência de identidade entre a ALESP e a Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo/SP, ou
mesmo a União, pessoas jurídicas de direito público vítimas das supostas condutas delituosas praticadas.

10. Ordem concedida, mediante o cumprimento das medidas cautelares previstas no art. 319, I, II, III, IV,
VIII e IX, e no art. 320 do Código de Processo Penal.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide a Egrégia Décima Primeira
Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por unanimidade, CONCEDER A ORDEM de habeas
corpus em favor de ALFREDO LUIS BUSO, confirmando a decisão liminar que determinou sua soltura
mediante o cumprimento das medidas cautelares previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, e no art. 320
do Código de Processo Penal, ficando liberado do cumprimento da medida prevista no inciso V desse
dispositivo legal, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

São Paulo, 22 de agosto de 2017.


NINO TOLDO
Desembargador Federal

Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu


a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por:
Signatário (a): NINO OLIVEIRA TOLDO:10068
Nº de Série do Certificado: 11A2170626662A49
Data e Hora: 23/08/2017 18:32:23

HABEAS CORPUS Nº 0023138-15.2016.4.03.0000/SP


2016.03.00.023138-6/SP

3 of 10 25/07/2018 12:06

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:20 Num. 3625624 - Pág. 3
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252082200000003466088
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RELATOR : Desembargador Federal NINO TOLDO


IMPETRANTE : PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
: IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS
: CLAUDIA VARA SAN JUAN ARAUJO
: TIAGO SOUSA ROCHA
PACIENTE : ALFREDO LUIS BUSO reu/ré preso(a)
ADVOGADO : SP173163 IGOR SANTANNA TAMASAUSKAS
: SP163657 PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
JUIZO FEDERAL DA 3 VARA DE SAO BERNARDO DO CAMPO > 14ª
IMPETRADO(A) :
SSJ> SP
INVESTIGADO(A) : ANTONIO CELIO GOMES DE ANDRADE
: ARTUR ANISIO DOS SANTOS
: EDUARDO DOS SANTOS
: FRANCISCO DE PAIVA FANUCCI
: GILBERTO VIEIRA ESGUEDALHO
: OSVALDO DE OLIVEIRA NETO
: SERGIO SUSTER
No. ORIG. : 00076371220164036114 3 Vr SAO BERNARDO DO CAMPO/SP

RELATÓRIO

O SENHOR DESEMBARGADOR FEDERAL NINO TOLDO (Relator): Trata-se de habeas corpus,


com pedido de liminar, impetrado pelos advogados Pierpaolo Cruz Bottini, Igor Sant'Anna Tamasauskas,
Cláudia Vara San Juan Araújo e Tiago Sousa Rocha, em favor de ALFREDO LUIS BUSO, contra decisão
da 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo/SP que decretou a prisão preventiva do paciente em
procedimento no qual se apura a suposta prática dos delitos descritos nos arts. 2º da Lei nº 12.850/2013;
90 e 92 da Lei nº 8.666/1993 e 299, 312 e 313-A do Código Penal, no âmbito da denominada Operação
Hefesta.

Os impetrantes afirmam que inicialmente foi decretada a prisão temporária do paciente, prorrogada por
uma vez, sendo que, terminado seu prazo, o Ministério Público Federal requereu a prisão preventiva, o
que foi deferido pelo juízo impetrado.

Afirmam, ainda, que "[a] decisão ora vergastada fundamenta a medida cautelar exclusivamente na
garantia da ordem pública, uma vez que reconhece explicitamente a inexistência de motivos lastreados

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na conveniência da instrução criminal" (fls. 08; destaques no original).

Os impetrantes sustentam, em síntese, a inexistência dos requisitos previstos no art. 312 do Código de
Processo Penal, ante a ausência de motivos concretos e idôneos a autorizar a prisão.

Requerem, enfim, a revogação da prisão preventiva imposta ao paciente, ainda que mediante substituição
por medidas cautelares.

A liminar foi deferida em plantão de recesso, tendo sido revogada a prisão mediante a fixação de medidas
cautelares (fls. 223/226).

A Procuradoria Regional da República apresentou parecer (fls. 231/236v), opinando pela denegação da
ordem e revogação da liminar.

Após a juntada do citado parecer, foi apresentada petição em nome do paciente, requerendo-se a
"flexibilização das medidas restritivas impostas", para permitir seu comparecimento perante a Câmara
Municipal de São Bernardo do Campo/SP, a fim de prestar informações a Comissão Parlamentar de
Inquérito lá instaurada (petição de fls. 238/239, instruída com o documento de fls. 241/242).

Os impetrantes também apresentaram mais duas petições. Na primeira (fls. 244/249), pediram a
reconsideração da decisão liminar "para dispensar o recolhimento domiciliar do Paciente no período
noturno e nos dias de folga", inclusive como tese alternativa àquelas trazidas inicialmente. Na segunda
(fls. 252/256, instruída com o documento de fls. 259), informaram que o paciente exerce cargo em

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comissão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o que não configura violação às medidas
cautelares impostas. Todavia, se assim não se entender, afirmam que o paciente compromete-se a pedir
exoneração imediatamente.

É o relatório.

VOTO

O SENHOR DESEMBARGADOR FEDERAL NINO TOLDO (Relator): A prisão preventiva é


medida excepcional condicionada à presença concomitante do fumus comissi delicti e do periculum
libertatis, consubstanciando-se aquele na prova da materialidade e indícios suficientes de autoria ou de
participação e este pela garantia da ordem pública, da ordem econômica, para conveniência da instrução
criminal ou garantia de aplicação da lei penal, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal e ao
não cabimento de qualquer das medidas cautelares previstas em seu art. 319 (CPP, art. 282, § 6º). A prisão
é a ultima ratio do sistema penal cautelar e, nesse sentido, se medidas outras acautelarem a higidez do
procedimento investigativo e do processo penal, a segregação não se faz necessária.

O exame dos autos revela, de fato, a inexistência de elementos a justificar a necessidade da prisão
preventiva do paciente. Com efeito, a quantidade de crimes supostamente praticados por ele e pelos
demais investigados, bem como suas ligações na administração municipal de São Bernardo do Campo/SP,
não representam, por si, motivos idôneos à sua custódia cautelar.

Também não constitui motivo idôneo a suposição no sentido de que o pedido formulado pela empresa
Construções e Incorporações CEI Ltda., de espelhamento do conteúdo de seus computadores
apreendidos, constituiria "manobra" para perpetuação dos delitos. Até porque, se assim entendia o juízo
impetrado, bastaria indeferi-lo e negar o acesso a tal conteúdo, para evitar que isso ocorresse.

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Do mesmo modo, o fato das prisões e da própria Operação Hefesta terem sido amplamente noticiadas
pela mídia, gerando comoção social, não configuram justificativa idônea e suficiente à decretação da
prisão preventiva. Nesse sentido, trago, novamente, os seguintes precedentes do Superior Tribunal de
Justiça:

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PACIENTE DENUNCIADO PELA SUPOSTA PRÁTICA


DOS CRIMES DE QUADRILHA E ESTELIONATO. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA NO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. SÚMULA 691. SUPERAÇÃO. ORDEM CONCEDIDA.

(...)

II - A prisão, antes da condenação definitiva, pode ser decretada segundo o prudente arbítrio do
magistrado, quando evidenciada a materialidade delitiva e desde que presentes indícios suficientes de
autoria. Mas ela deve guardar relação direta com fatos concretos que a justifiquem, sob pena de se
mostrar ilegal.

III - No caso sob exame, o decreto de prisão preventiva baseou-se, especialmente, na gravidade
abstrata dos delitos supostamente praticados e na comoção social por eles provocada, fundamentos
insuficientes para se manter o paciente na prisão.

IV - Segundo remansosa jurisprudência desta Suprema Corte, não basta a gravidade do crime e a
afirmação abstrata de que os réus oferecem perigo à sociedade para justificar a imposição da prisão
cautelar. Assim, o STF vem repelindo a prisão preventiva baseada apenas na gravidade do delito, na
comoção social ou em eventual indignação popular dele decorrente, a exemplo do que se decidiu no
HC 80.719/SP, relatado pelo Ministro Celso de Mello.

(...)

VI - Ordem concedida para assegurar ao paciente o direito de aguardar em liberdade o trânsito em


julgado de eventual sentença condenatória, sem prejuízo da aplicação de uma ou mais de uma das
medidas acautelatórias previstas no art. 319 do Código de Processo Penal, estendendo-se a ordem aos
corréus nominados no acórdão.

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(STF, HC 118.684/ES, Segunda Turma, v.u., Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j. 03.12.2013, DJe
13.12.2013; destaquei)

HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA. SÚMULA N. 691 DO STF.


SUPERAÇÃO. PRISÃO PREVENTIVA. ART. 312 DO CPP. PERICULUM LIBERTATIS BASEADO EM
ELEMENTOS CONCRETOS. INDICAÇÃO NECESSÁRIA. AUSÊNCIA. FUNDAMENTAÇÃO
INSUFICIENTE. ORDEM CONCEDIDA.

1. A jurisprudência desta Corte Superior é firme em assinalar que a determinação de segregar o réu,
antes de transitada em julgado a condenação, deve efetivar-se apenas se indicada, em dados concretos
dos autos, a necessidade da cautela (periculum libertatis), à luz do disposto no art. 312 do CPP.

2. O Magistrado de primeiro grau entendeu devida a prisão preventiva da paciente, em razão do "risco
d[e] a representada, em liberdade, atuar junto às testemunhas e corréus para interferir na busca da
verdade real sobre os fatos narrados na peça acusatória" e também, "devido à repercussão dos furtos
no seio social, especialmente nas comunidades rurais, principais alvos, e a comoção junto a toda a
sociedade Carmelitana".

3. A decisão impugnada deixou de assinalar o que realmente é imprescindível destacar: a necessidade


concreta da prisão cautelar, à luz de um prognóstico de periculosidade da liberdade da paciente,
baseado em elementos concretos constantes dos autos.

4. Ordem concedida para, confirmada a liminar que determinou a soltura da paciente, cassar a decisão
que decretou a sua prisão preventiva, sem prejuízo de fixação de medida cautelar alternativa, nos termos
do art. 319, c/c o art. 282 do Código de Processo Penal, mediante idônea fundamentação.

(STJ, HC 363.144/MG, Sexta Turma, maioria, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, j. 01.09.2016, DJe
03.10.2016; destaquei)

Assim, as medidas previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, bem como no art. 320, ambos do Código
de Processo Penal, fixadas na decisão liminar, foram e continuam sendo capazes de acautelar a ordem
pública e o processo de origem. Tanto assim é que, até o presente momento, não há notícia de que o
paciente tenha descumprido nenhuma das medidas que lhe foram impostas, o que demonstra a suficiência

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delas como alternativa à sua prisão.

Nesse aspecto, registro que o comparecimento do paciente na Câmara Municipal de São Bernardo do
Campo/SP não representa violação ou descumprimento das medidas cautelares impostas na decisão
liminar, haja vista que tal comparecimento não se deu sponte propria, mas por força de intimação para
prestar informações, na condição de testemunha em Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada em tal
casa legislativa (fls. 241/242).

Os impetrantes buscam a reconsideração parcial da decisão liminar, "para dispensar o recolhimento


domiciliar do Paciente no período noturno e nos dias de folga", ao argumento de que tal medida tornou-se
desnecessária e que possui "os mesmos efeitos de um regime semiaberto diferenciado". Sustentam, ainda,
tratar-se "de medida destinada a acusados suspeitos de destruição de provas ou de ameaças a
testemunhas, fatos estranhos à conduta do Requerente, que jamais teve qualquer comportamento nesse
sentido" (fls. 244/249).

Embora o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga não constitua regra de regime
semiaberto, mas sim medida cautelar substitutiva da prisão preventiva expressamente prevista em lei
(CPP, art. 319, V), e que o Código de Processo Penal, ao discipliná-la, não condiciona sua aplicação,
especialmente a hipóteses de "destruição de provas ou de ameaças a testemunhas", assiste razão aos
impetrantes, pois essa medida, fixada na decisão liminar, não se mostra mais necessária.

Com efeito, os supostos crimes atribuídos ao paciente e aos demais investigados não foram cometidos
com violência ou grave ameaça a pessoa e as demais medidas cautelares a eles impostas, em especial
aquelas previstas nos incisos I, II, III e IV do art. 319 Código de Processo Penal, que também configuram
restrição à liberdade de locomoção, são suficientes a acautelar a ordem pública.

Outrossim, o fato de o paciente atualmente ocupar cargo em comissão na Assembleia Legislativa do


Estado de São Paulo - ALESP (fls. 252/259), não configura violação ou descumprimento às medidas
cautelares a ele impostas, ante a ausência de identidade entre a ALESP e a Prefeitura do Município de São
Bernardo do Campo/SP, ou mesmo a União, pessoas jurídicas de direito público vítimas das supostas
condutas delituosas praticadas.

Enfim, desde a soltura do paciente até este momento não houve alteração na situação fática que justifique

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a revogação da decisão liminar e, consequentemente, o restabelecimento de sua prisão, ou, ainda, a


mitigação de referida decisão, sendo, portanto, o caso de confirmá-la, com os acréscimos e
esclarecimentos ora efetuados.

Posto isso, CONCEDO A ORDEM de habeas corpus em favor de ALFREDO LUIS BUSO,
confirmando a decisão liminar que determinou sua soltura mediante o cumprimento das medidas
cautelares previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, e no art. 320 do Código de Processo Penal. Fica
liberado do cumprimento da medida prevista no inciso V desse dispositivo legal.

É o voto.

NINO TOLDO
Desembargador Federal

Documento eletrônico assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que instituiu


a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, por:
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Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
36256 25/07/2018 12:33 Doc. 3_Parte1 Documento Comprobatório
25
(e-STJ Fl.1)
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(e-STJ Fl.2)
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(e-STJ Fl.3)

bcrG-Gir-1is.-Gar-rlasauskds
Eadvogoclo^
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE Do EGRÉGIO
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3' REGIÃO

Í TRF3-23/dez/2016-09:32
IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
2016.279184-HC/UFOR

IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIilllllllllll
` 0023138 -15-2016.4.03.0000

HABEAS CORPUS COM PEDIDO DE LIMINAR


URGENTE FACIE/NYE PRESO!

Prey enfio do Exmo. Desembargador Nino Toldo

Os advogados PIERPAOLO CRUZ BOTTINI, IGOR


SANT'ANNA TAMASAUSRAS, CLÁIJDLA VARA SAN JUAN ARAÚJO e TIAGO
SOUSA ROCHA, inscritos na OAB/SP respectivamente sob n .s 163.657,
173.163, 298.126 e 344.131, todos com escritório nos endereços abaixo
impressos, vêm à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo Sc',
inciso LXVIII,, da Constituição Federal, e arts. 647 e seguintes do Código de
Processo Penal, impetrar HABEAS CORPUS com pedido de liminar, em
favor de

ALFREDO LUIZ BUSO, brasileiro, casado, arquiteto,


portador do RG n° 3.510.921/SSP-PR, inscrito no
CNP¡ ri 495.101.348-72, residente e domiciliado à
Rua Augusta, n° 1.819,- Apto 41, Cerqueira César, São
Paulo/SP
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tendo em vista o flagrante constrangimento ilegal imposto pelo MM uízo da


Vara Criminal de São Bernardo do Cam so SP - ora a ontada co

!amcd:, :ant 24 1, 10" Andar Soror FI,qciciro Sul, Quadra 06, Conjunto
Ccryucira f'í. Paulo_ SP A. BI. F, Edifício Brasil XXI, Salas 1020
CEP 0:419-1U1- 2679-3300 cl 021, Brasília, DP
CFI' 70316-902 - fax: (61) 3323--]251,1

0'0 Z - ?U -2, `.. 1 (f,

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(e-STJ Fl.4)

ho-t-tini -tamasausk as
-advogacicr.
Autoridade Coatora - nos autos da Representação Criminal n 0007637-
12.2016.403.6114, o qual decretou a prisão preventiva do Paciente mesmo
diante da completa ausência de fundamentos para tanto.

Sustenta-se a presente impetração com base nos fatos


e fundamentos jurídicos a seguir expostos, bem corno nos documentos ora
apresentados.
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Alameda Santos, 2441, 10" Alicia( Setor hoteleiro Sul, Quadra 06, Conjunto
f:cruucira t.é>ar. Sao Paulo, SO A. HI. li, l ìdificin Brasil XXI, Sala. 1020
Ch:P 01419-107- Tel/fax: (11) 2670-3500 c1021, Brasília, UI:
CFI' 70316-902 - 444/fax: (61) 3323-2230

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-
r..... ._.._`..
bottìr-tistamasausl<as
:=advogado c-4-

EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DA 3° REGIÃO,


COLENDA TURMA,
EMINENTE DESEMBARGADOR RELATOR,

1. SÍNTESE FATICA

Na última terça-feira, dia 13 de dezembro, foi


deflagrada a denominada Operação Flefesta, no bojo da qual foram cumpridos
mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e prisão temporária, dentre
as quais a do Paciente Al,l RI,DU Loft. BUSO, então Secretário Municipal de
Obras e Planejamento Urbano do Município de São Bernardo do Campo/SP.

Referida operação, deflagrada a requerimento da


Autoridade Policial Federal, após aval do Ministério Público, teve por base os
fatos apurados em persecutório (Inquérito Policial n" 0027/2015-11) instaurado
para apurar suposta prática dos crimes de organização criminosa, fraude ã

licitação, fraude na execução de contrato administrativo, peculato, inserção de


informação falsa em sistemas informatizados de dados da administração pública e -
falsidade ideológica no bojo do Convênio n` 744791/2010 celebrado para a
implantação do Museu do Trabalho e do Trabalhador no Município de São
Bernardo do Campo/SP (Doe. 1).

Segundo o parquet federal, o Paciente, na qualidade de


Secretário Municipal de Obras de São Bernardo do Campo/SP, teria participado
de conjecturadas irregularidades na contratação das obras relativas ã instalação do
Museu do Trabalho e do Trabalhador, tendo assinado o Contrato de Empreitada
AS200.A n" 66/2012, com a empresa Consmns ões e Incorporações- CEILIda., a qual
teria fraudulentamente sagrado -se vencedora da licitação em questão.

Além disso, ALFREDO LUIZ BUSU teria concorrido


Documento recebido eletronicamente da origem

para suposta fraude na execução do referido contrato, consistente em (i)


modificações do objeto contratual em percentual superior ao montar

Alameda Sanw::, 2441, 10" Andar Setor llo[ciciro Sul, Quadra 06, Coljunt
Ccryuolra Cesar. Sào Paulo, SP A, BI. fi, I_kliftcio Brasil XXI, Salas 1020
í; S P 0l k i u- I G 1- Tel/ fax' (11) 2670-3500
I
el 021, Brasilia, DP
CUP 70316-902 - tcl/fax: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.6)

13...........'.
bo L. Lirnì &yta masausl<as
a d..°gadc-D ,
autorizado por lei; (ii) prorrogações ilegais do contrato, após o término da sua
vigência; (lii) subcontratação total da execução do objeto contratual.

Em virtude de ditos fatos, o representante ministerial


pugnou pela prisão temporária dos envolvidos na celebração e cumprimento do
referido contrato `á fim de que, condurjdos simultaneamente, sejam inquiridos pela
_Autoridade Policial antes que tenham a oportunidade de combinar o teor de suas dec'arações,
ou instruir os demais fi nciondiios públicos que, no regular desempenho da função tomaram
conhecimento dos fiztos, a omitir a verdade".

O pleito foi deferido pelo MM. juízo da 33 Vara


Federal da Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo, o qual apontou a
pertinencia e necessidade da prisão temporária em razão da "complexidade estrutural dos
fatos nanado... e do suposto envolvimento de todos os indicados, para melhor identificação da
aturtfão de cada um paragarantir-a colheita de eventuais pravas' (Doe. 02)

"fendo em vista a não realizarão da oitiva do Paciente


no prazo legal da prisão temporária, o Ministério Público Federal pugnou pela
prorrogação da prisão (Doc. 03), o que foi deferido pelo MM. Jtúzo, em sede de
plantão judiciário no último dia 18 de dezembro (Doe. 04).

Tal decisão foi objeto de habeas corpos impetrado


perante essa e. Corte, em razão da absoluta ausência de motivos idôneos para a
decretação de tão gravosa medida. Todavia, o pleito liminar foi negado pelo
Exmo. Relator, eis que naquele momento, ainda pendia de realização a oitiva do
Paciente.

Assim, urna vez realizada a oitiva, no último dia 20 de


dezembro (Doc. 05), a defesa do Paciente pugnou ao Juízo de primeiro grau -
em sede de Plantão Judiciário - a revogação da prisão temporária outrora
decretada eis que, diante da tomada do depoimento, os motivos para a decretacã f
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da segregação cautelar, se um dia existiram, não mais subsistiam.

,\1_inicda Santo>', 2441, 10" \ndyr Sator llorciciro Sul, Quadra 06, Conjunto
Ccruucira César. Sãn Paulo, SP À. k31. ti, Edificio Brasil XXI, Salas 10211
(;1'.l' 014;9-101-Tcllfax: 1111 3679-3300 c1021, Brasilia, Dr
CEP 70316-902 - Id/fax: (61) 3323-2250

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.7)

t=o 1. l.irii<1 :amasatJsl<as


advogadoS
No entanto, tal pleito foi negado, em razão da alegada
impossibilidade de decisão da questão em sede de plantão judiciário, tendo em
vista que a necessidade de oitiva das partes envolvidos, leia-se Autoridade Policial
e Ministério Público Federal (Doe. 06).

Restou, então, aguardar o termino do prazo legal da


prisão temporária, ainda que sua manutenção carecesse da mais absoluta justa
causa.

Expirado o prazo da preventiva, sobreveio


representação do Ministério Público Federal pela decretação de prisão preventiva
em face dos investigados, as quais seriam `Jaecee-seer/as à desartic'ulaç'ão da organiçaçno

crimi nos a"(Doe. 07).

E, a despeito da cabal ausência de fundamentos para a


decretação da custódia cautelar - se não existiam para a decretação da prisão
temporária, que dirá da preventiva, a qual se justifica exclusivamente na presença
dos requisitos do art. 312 do Código de Processo Penal -, o requerimento foi
acatado pelo MM. Magistrado da 3' Vara Federal da Subseção Judiciária de São
13ernardo do Campo - que, a despeito do recesso forense, esteve em expediente
na data de hoje apenas e tão somente para decretação da referida medida.

De acordo com aquele d. Juizo (Doe. 08):

`Quanto à pisão preventiva, pano a

/úndamerrtar e decidir nos lermos do art. 315 do CPP e 93, IX da CE

a) Presentes os pressupostos legais para a


decietatão da prisão preventiva, uma vez que os crimes de or3aniçacão
criminosa, peculato desvio, Jàlsidade ideológica comportam penas privativas de

liberdade superiores a 4 anos - art 313, ll, CP e aquele previsto no art 89 da


Lei 8.666/91.
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b) Consoante consta das provas documentais

juntadas aos autos do inquérito policial, da representacelo criminal e do pedida

Ala untos. 2411, r0" .Andar Setor Ilotelciro Sul, Quadra 06, Conjunto
Ceryucirn (lar. S6r Paulo. SP .A, BI. 1;, IìJìfício Brasil XXI. Salas 11)20
(U-Il' 01.419-L01 rei/fax. (11) 2679-3300 cl 021, Brasilia, DI:
CNP 79316-902- Tel/fax: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.8)

4-,
bo t. Lin isctsamasauslkas
advo9ar_lo s
de prisão preventiva, há provas robustas ata ocorrência dos crimes mencionados
acima.

f...j

Portanto, a materialidade e os indícios da

autoria encontram-se demonstrados de forma a jiurdamentar o decreto de prisão


preventiva.

Os Secretários Municipais foram exonerados,


mas mantém vínculos com os funcionários da Prefeitura Municipal. Af edo
Linz Bu.ro era assessor pessoal do Prefeito Lusa Marinho, consoante seu
depoimento nas investigacões, o que denota que tem influência sobre os
funcionárias que tem muita influência sobre os funcionários que lá trabalham.
Os particulares, lodos contratantes cora o Poder
Público, perpetuarão suas condutas além de permitir que a associação criminosa
continue em pleno funcionamento.

Além do mais, a quantidade dos delitos e o

tempo pelo qual vêm ocorrendo, demanda a cessação imediata deles. mediante o
ua:fìnamento dos agentes, uma ver que demonstra a bahitualidade criminosa.
Tal afirmativa se jati comprovar ainda mais por
petição (fl.r. 484/485) apresentada nos autos da representação criminal, na

qual a empresa Construções e Incorporações CEI Ltda. requer que s ja


espelhado o conteúdo de seus computadores, objeto de busca e apreensão, uma vez
que possui negócios que estão em andamento e precisa continua-los. Ora, se há
suspeitar de que a empresa é gerenciada pela Construtora Cronacon Lida, ou
s ja, é uma empresa de fachada, não é crível que possa dar continuidade ã
manobra continuando outras obras.
A simples notícia da operação Hefesta levou a
mídia impressa, televisiva e radiofónica a noticiar incessantemente o que eslava
sendo apurado. E essas transmissões continuarão, causando revolta e indignação
na população.

Cabível a prisão preventiva com fundamento na


Documento recebido eletronicamente da origem

garantia da ordem pública (em todos os seus aspectos).

l'tameaa Santo._ 2141, 10" Andar SCtVI' I[atelciro Jul, Quadra 06, Conjunto
E'.-ryuuira César. 53n Paulo. SP A, I?l. E. Edifício Brasil XXI, Salas 1020
(;IdP 014I9-101-'Ccl/fax: (11) 2679-3500 ci0-'_l, Brasília, UP
CEP 70316-902-Tel/rax: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.9)

4)
tDo L t,ir-iic--tamasauskas
aIdvoqcios
Quanto ã adulteração de provar e lnflnéntier

sobre pessoas que possam a vir a testemunhar em finura ação penal, tendo sido
apreendidos documentos públicos e particulares, não vejo no momenta

Jnndamento para o decreto de prisdo com base nerae fiindarnento."

Diante da gritante ilegalidade da prisão, eis que,


conforme se verá em detalhes adiante, não há qualquer fundamento concreto a
justificar a manutenção da segregação cautelar, não restou ao Paciente outra
medida que não a impetração do presente pata ver sanado tamanho
constrangimento.

2. A ABSOLUTA AUSËNCIA DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA


PRISÃO PREVENTIVA

A decisão ora vergastada fundamenta a medida


caucelar exclusivamente na garantia da ordem pública, uma vez que reconhece
explicitamente a inexistência de motivos lastreados na conveniência da
instrução criminal.

"Quanto ã adulteração de provas e


influência sobre pessoas que possam a vir a testemunhar em
futura ação penal tendo sido apreendidos documentos públicos e

particulares, não vejo no momento fundamento para o decreto


da prisão com esse fundamento.

Ocorre que, os argumentos invocados pela ora


Autoridade Coatora como garantia da ordem pública são, no mínimo, injustos e
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absurdos, motivo pelo qual a decisão não pode prosperar.

E o que se passa a demonstrar.

Alameda Sanrus. 41, 10" And :tr Se Lai I [orcleiro Sul, Quadra 06, Cinjunto
(.erqucira :ìa Paulo. SP \, hl. E, Edifício Brasil XXI. Salas 1020
(,I,)' 01419-101- Tel S: I) 2679-351i0 c1021, tirilsllifl, DO
CEP 7(1316-9(12 - Tel/fax: ;611 3323-2230

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(e-STJ Fl.10)

L101, i is..-Uarnasaiska
advogados

Possível influénda em pncioncroio.r da prefeitura

Segundo a decisão ora vergastada embora tenha sido


exonerado, o Paciente "era assessor pessoal do Prefeito Lirk Marinho, consoante seu
depoimento nas investigacòes. o que denota que tem influência sobre os
Funcionários que lá trabalham':

Todavia, não há qualquer outra afirmativa ou o


apontamento de um único fato concreto que embase tal afirmativa, a qual não
passa, na verdade, de uma conjectura.

Sem pretender qualquer exame dos fatos - o qual


sabe-se ser inviável na via estreita do writ -, o Paciente em seu depoimento
afirmou que exerceu o cargo de assessor do gabinete do Prefeito entre abril de
2009 a fevereiro de 2010, quando assumiu a Secretaria Municipal de
Planejamento Urbano e Ação Regional de São Bernardo do Campo/SP.

Ou seja, o Paciente deixou de ocupar tal função há


quase SETE ANOS ainda durante o primeiro mandato do Prefeito Municipal,
de forma que chega a ser absurdo o raciocínio - simplista e equivocado -
empregado no ato coator de que por ter exercido o cargo - ainda que
longinquamente -, ALFREDO LUIZ BUS° tenha qualquer influência sobre os
demais funcionários da Prefeitura ou quem quer que seja!

Por outro lado, ainda que se calcasse a decisão no fato


do Paciente exercer o cargo de Secretário Municipal tal fundamento não mais
subsiste, uma vez que o mesmo foi exonerado do cargo em 14 de dezembro de
2016 (Doc. 09)

A suposição de que o Paciente continuará exercendo


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influência sobre os funcionários da prefeitra é presunção genérica, que não pode ser
admitida como fundamento inôneo para a gravosa cautelar de privação de

.Alameda Santos. 2441, 10" .Andar Setor mineiro Sul, Quadra 06. Conjunto
(.cryucira Cisar. Sio Paulo. SP .A, HI. li, Edifício Brasil XXI, Salas 1020
((P P 0 14 1 9- 101- Tel/fax: (II) 2679-3500 <:1021, Brz>ílìa, Dlt
CRP 70316-902-'I'cl/fax: (61) 3323-2250

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.11)

t=totti i ate rnasa Lis kas


crs
liberdade - a não ser que haja elementos concretos de ameaça
interferência ou influência - fatos inexistentes nos autos em discussão.

Aceitar as premissas da decisão ora atacada significaria


impor prisão cautelar automática a qualquer pessoa que tenha exercido
car o na Administração Pública e seja acusada da prática de crimes funcionais,
o que não se pode admitir - ao menos ern um Estado pretensamente
Democrático de Direito em que impere a presunção de inocência.

A jurisprudência pátria. já firmou entendimento de que


meras presunções, desacompanhadas de indícios concretos nos autos, não são
fundamento idôneo ao cerceamento da liberdade, além de representar clara
ofensa ã garantia da presunção de inocência (artigo , LVII, da Constituição da
República):

"C) juízo valor -ativo sobre a gravidade genérica

dos delitos imputadas ao paciente, hem como a existência de prova da autoria e

materialidade dos crimes e o clamor público não constituem fundamentarão

idônea a autontar a prisão para garantia da ordem pública, se desvinculados de

qualquer fator concreto. (..). Conclusões vagas e abstratas tais como a

preocupação ale que ir concessão da liberdade a autor de roubo 0115 0117.(1

sentimento de impunidade, incentivando a prática de crimes graves', bem como

'deve-se assegurar a presença dos indiciados à audiência de instrução; sem

vínculo com situarão (ática concreta, fèlivamente existente, consistem meras

probabilidade e presunção a respeito do que o acusado poderá vir a fazer. caso

pennaneêa solto, motivo pelo qual não podem respaldar a medida constritiva

para conveniência da instrução criminal". (STJ, HC 39.116/SP, Rel. Min.


Gilson Dipp, J. 20.6.2005, p. 310.) Grifamos.

"CRIMINAL HC TRAFICO
INTERNACIONAL DE ENTORPBCEN7ES. ASSOC/AC/0
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PARA O TRAFICO. CORRUPC4O DE MENORES. PRISÃO


PRE VENT/ IVA. GRAVIDADE DO DELITO.
POSSIBILIDADE DE FUGI B DE AMEACA S

.AI.aincda Santos, 2441, tCI" \ndar Setor Itotciciro Sul, Quadra 06, Conjunto
c:cryucir.i l:ésar. gào Paulo. SP l-difício Brasil XXI, Salas 1020
c:Pl' 0 1 4 1 9-101-'ecl/fax: (11) 2679-3500 c1021, Brasília, DP
CP.P 70316-902 - l'cl/fax: (611 3323-2230

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t4
(e-STJ Fl.12)

bot t ir iicatamasauskas
edvooado s-
TESTEMUNFIAS. FUNI24MENTACAO INIDONEA.
AUSÊNCIA DE CONFIGURAÇÃO EMPÍRICA DOS
REQUISITOS. NECESSIDADE DA CUSTÓDIA NÃO
DEMONSTRADA. EXCESSO DE PRAZO. ALEGA C40
PREJUDICADA. ORDEM CONCEDIDA. I .Exige-se concreta
rnotivapão para a decretação da custódia preventiva, com base em fatos
que efetivamente justifiquem a excepcionalidade da medida
atendendo-se aos termos do art. 312 do CPP e da
jurisprudência dominante. IL A mera alusão a requisito legal
da segregação cautelar sem apresentarão de fato concreto
determinante não pode servir de motivação à custódia
cautelar. M. Não ce presta para fundamentar a prz.fão preventiva a
gravidade genérica dos delitos imputados ao paciente. IV A possibilidade de
/icgcc do réu, bem como a alegação de existência de inseguranra ds testemunhas,
não bastam para justificar a prisão cautelar. pois o embasamento da
segregação não node vir afastado de circunstâncias concretas
não sendo suficientes meras probabilidades. Precedentes do .STF e
desta Corte. V Deve ser cassado o acórdão recorrido, bem como a decisão
monoerática por ele confirmada, para revogar a prisão preventiva decretada
contra o paciente determinando-se a expedicão ele alvará de soltura, se por outro
motivo não estiver preso, sem prjui o de que venha a ser decretada a custódia
cautelas, com base em fundamentação concreta. VI. Resta prjudicado o
argumento de ocorrência de excesso de prato na /afinação da culpa, diante do
reconhecimento der ilegalidade da prisão provisória do acusado. L7L Ordem
concedida, nos termos do voto do Relator." (STJ. HC 60305/SP 2006.
Quinta Turma. Rel. Min. Gilson Dipp. J em 12.09.2006. DJ
09.10.2006) Grifamos.

"HABE.1S CORPUS. PENAL


PROCESSUAL PENAL PR/31 0 PREVENTIV-A.
NECESSIDADE DE ELEMENTOS CONCRETOS QUE
Documento recebido eletronicamente da origem

JUSTIFIQUEM O DECRETO PRISIONAL. AUSÊNCIA


DE DEMONSTRAÇÃO DA NECESSIDADE D
CUSTÓDIA CAUTELAR. DESPROPORCION'ALJDADF

.A!,,meda Santos, 2441,10' ,Andar Senor I Iot:ciciro Sul, Quadra 06, Conjunto
Ccrtluciro C:c.ar. São Pxulo, 59 A, Rd li, ildiFicio Brasil XXI, Salas 1020
CICP 01419-101--"I'cl/fax (11) 2679-3500 c'1021, Rraslìa, D1=
CJ?P 70316-902 -Tcllfax:(61) 3323-2250

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bottinistamasausicas
^
(e-STJ Fl.13)

dvogaodori;
PRIS O. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO. I - O decreto de
prisão preventiva não pode ser exarado com base em meras
suposições, devendo fundamentar-se em elementos fiticos
concretos, que demonstrem a necessidade da medida
constritiva. II - Argente a demonstração da necessidade da manutenção da
segregação preventiva, não .ião motivos aptos ã sara decretação a gravidade do
crime, sua reprovabilidade, nem o clamor público. III -Impetração da qual não
se conhece. concedendo-se, todavia, a ordem de oficio." (STF. HC
100.828/MG. Primeira Turma. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. J.
em 04.05.2010. DJe 2.06.2010). Grifamos.

Dessa forma, a possível in/Tnéncia sobre os júncionebios que


trabalharam com o Paciente, sem o apontamento de qualquer fato concreto que
indique tal influéncia ou de que forma isso poderia influir no resultado das
presentes investigações, não se presta a ensejar a prisão preventiva do Paciente.

Por outro lado, ainda que fosse válido o motivo


exposto, a ordem pública poderia perfeitamente ser garantida por medida
cautelar diversa da prisão corno a vedação de contato do Paciente com
funcionários da Prefeitura, ou a proibição de frequência ao local.

Ao não indicar a razão pela qual entende insuficiente


medida cautelar alternativa - perfeitamente adequada ao caso -a mm. Magistrada
deixou de aplicar o disposto no art.282, §6" do CPP.

Nesse sentido:

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL


PENA! PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENT/100.
RISCO _AAPLIC4Ç O DATEI PENAL INEXISTENCL4 DE
INDICA C O DE ELEMENTOS CONCRETOS. PRESUNÇÃO
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DE FUGA. IMPOSSIBILIDADE. CONVENIËN'CL4 D.1


INSI RUC/i0 CRIMINAL ENCERRAMENTO D
COLHEITA DA PROVA ACUSATÓRIA. ALTER/10 I

\iumvda Santos. 2441, 107° :Andnr. Setor Ilotcleiro Sul, Quadra 06, Cnujurto
C:cry.eira Casar. São Paulo. S1' A, BI. IS, IR.lìfícìo Brasil XXI, Salas 1020
(l Pt 01-419-101--Tel/fax: (11) 2679-3540 e1021, lSrasílìa, DI'
CEP 70316-902-Telttinx: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.14)

t=ot,t iriistamasauskas
acivogaciors
QUADRO tATICO. POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS COM A MESMA
EFICIÊNCIA. PRESCINDIBILIDADE DE
MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR.
CONCESSÃO PARCIAL DA ORDEM 9. A prisão preventiva supõe
prova da etiirténcia do crime (materialidade) e indício suficiente de autoria:
todavia, por mais grave que seja o ilícito apurado e por mais robusta que seja a
prova de autoria, esses pressuposta r, por si sós; são insuficientes para justeficar o
encarceramento preventivo. A eles deverá vir agregado, necessariamente, pelo
menos mais um dos seguintes fundamentos, indicativos da ração determinante
da medida cautelar (a) a garantia da ordem pública, (b) a garantia da ordem
económica, (e) a conveniência da instrução criminal ou (d) a segurança cia
aplicarão da lei penal 2. Ademais. essa medida cautelar somente se
legitima em situações em que ela for o único meio eficiente
para preservar os valores jurídicos que a lei penal visa a
proteger, segundo o art. 312 do Código de Processo Penal. Ou
seja, é indispensável ficar demonstrado que nenhuma das
medidas alternativas indicadas no art 319 da lei processual
penal tem aptidão para, no caso concreto, atender eficazmente
aos mesmos fins, nos termos do art 282, SS 6° do Código de
Processo Penal. 3. No caso, o decreto prisional não indicou atos concretos e
especzficos atribuídos ao paciente que demonstrem .ara efetiva intencdo de ficrtar-

se ã aplicarão da lei penal O fato de o agente ser dirigente de empresa que


possua filial no exterior; por ei só, não constitui motivo suficiente para a
decretação da prisão preventiva. Afuriiprudência desta Corte é firme no sentido
da impassibilidade de decretarão cia prisão preventiva com base apenas em
presunção de figa. Precedentes. 4. No que se refire ã garantia da instrução
criminal,. a prisão preventiva exauriu sua finalidade. Não mais subsistindo
risco de interferência na produção probatória requerida pelo titular da ação
penal. não .re justifica. sob esse jUndamento, a manuteruc'ão da custódia cautelar:
Precedentes. 3. A juri.rprudéncia desta Corte, ern reiterados pronunciamentos,
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tem afirmado que, por mais graves e reprováveis que s jam as condor
supostamente perpetradas. isco não justifica, por si só, a decretação da
cautelar. De igual modo, o Supremo Tribunal Federal tem orientarão

Alameda Rant os, 2441, 10" Andar Sctor 1 lotcicìro Sul, Quadra 06, Cnjunru
r:cnlucir.i . Ran Paulo. SP A, BI. li, 1(dìfício Brasil XXI, Salas 1020
CBI' 01119-101- 1'cl/éax7 (11) 2679-3504 cl 021, Brasilia, UP
CEP 70316-902 - el/fax: (61) 3323-2230
'

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.15)

t=otthnic.ta rrmasaus I<as


advocgacios
que, em princípio, não se pode legitimar a decretação da prisão preventiva
unicamente cara o argumento da credibilidade das instituições públicas. 'nem a
repercussão nacional de ceifo episódio, nem o sentimento de indignarão da
sociedade" (HC 101337, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira
Turma, DJe de 14-11-2011). 6. Não se nega que a sociedade tem justilicadas
e sobradas ratões para se indignar com noticias de cometimento ele cumes como
os aqui indicados e de esperar uma adequada resposta do Estado, no sentido de
identificar e punir os resporbeiveis. Todavia, a sociedade saberei também
compreender que a credibilidade das instiluic'ões, especialmente do Poder
Judiciário, somente se fortalecerá na exata medida em que Jew capai de manter o
regime de estrito cumprimento da lei, seja na apurarão e no julgamento desses
graves delitos, seja na preservarão dos principios constitucionais da presunção de
inocência, do direito a ampla defesa e do devido processo legal no címbito dos
quais se insere também o da vedação de prisões provisórias fora dos estritos casos
autorkados pelo legislador: 7. 0 tempo decorrido desde o decreto de prisão e a
significativa mudança do estado do processo e das circunstïincias de fato estão a
indicar que a prisão preventiva, por mais justilic'ada que tenha sido ei época de
sua decretação, atualmente pode (e, portanto, deve) ser substituiria por medidas
cautelares que podem igualmente resguardar a ordem pública, nos termos dos
cnts. 282 e 319 do Código de Processo Penal. 8. Ordem parcialmente
concedida, para substituir a prisão preventiva do paciente por medidas cautelares
especificas, estendida por forra do art. 580 do Código e/ Processo Penal (STF.
FIC 127186. Segunda Turma. Rel. Min. Teori Zavascki. J em
28.04.2015. DJe 31.07 2015). Grifamos.

(ii) Cessarão da conduta delitiva

A prisão está, ademais, fundada na necessidade de


cessação imediata das condutas, mediante o confanamento dos agentes; justificada na
quantidade de delitos e no tempo pelo qual vém ocorrendo.
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Vale destacar que tal justificativa está calcada no fato


de que a empresa CEI LTDA requereu espelhamento de seus computadores
apreendidos porque "possui negócios que estão em dndamento". Segundo a autoridade

1Luncda San sus. 2431, 10" Andar Setor l loreleiro Sul, Quadra 06, Co
(:cruucira (:asar. Sao Paulo. SI' _t, BI. Ii, P.diticio Brasil XXI, Salas 1020
c:rP 01-m9-101- Tcl%faz: (11) 2679-3500 ci 021, Brasília, DI'
Ci7i' 70316-902-.Cclt fax: (61) 3323-2230

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.16)

--
Icncrttir--i i.s.:tar-r-iasat_is 4<as
c-1- CIVog.-7Cro -^v

coatora: "se há suspeitas de quere empresa e gerenciada pela Constritora Cronacon, ou s ie, é
uma empresa de fachada é criv& que possa dar continuidade à manobra continuando outras
obras".

Ora, tal fundamento - ainda que frágil e calcado em


presunções - tel relação com a conduta da construtora e seus representantes; mas não
se aplica ao Paciente, que exercia funções na Administração Pública em cargo
que não mais ocupa - como já explicitado.

Portanto, a continuidade ou não de obras e projetos,


seja com qual construtora for, não é mais da alcada do Paciente, posto que
exonerado do cargo, logo sem qualquer contato com obras e serviços
públicos.

Frise-se que em caso recente e análogo ao dos autos, o


Exmo. Ministro Sebastião Reis, do e. Superior Tribunal de Justiça concedeu
liminar em habeas corpses em relação à individuo já afastado do cargo, consignando
na decisão que:

"O afastamento do cargo já decretado


obsta o risco de reiteração. O feto de a organ{afào criminosa ter sido
identi/ìcada e de o.r outros integrantes ocupantes de cargos públicos estarem
também afoutados de suas pencões, de igual modo, interrompe a atuaçào do
grupa' (l3C n 381.871/SP. Decisão Monocrática ainda não
publicada). Grifamos.

Por fim, e mais uma vez, ainda que válido o


fundamento esposado, o suposto cisco cr ordem pública poderia perfeitamente ser
suprimido por medida cautelas alternativa, como a suspensão de quaisquer obras dc
responsabilidade da construtora no Município, ou mesmo com a proibição de
que seus representantes acusados tivessem contato com o Poder Público.
Documento recebido eletronicamente da origem

.11umcda Santo-, 2441, 10" Andar Setor Iiotciciru Sul, Quadra 06, Conjunto
Ccrnlucira (.é,ar. Sflo Paulo. SP A, 131. R, ildìfício Brasil XXI, Salas 1020
CEP 01119_101-'1'cllFax: (I Cr 2679-3300 4i021, Brasília, DP
CIF 70316-902-.fcl/f.rx- (61) 3323-2230

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(e-STJ Fl.17)

loot- tiniccearrmasauskas
11
'1
aCt..0gEI c oS

A solução automática da prisão preventiva é


estranha ao Estado de Direito!

(iii) Clamor Público

Para fechar, a ora Autoridade Coatora aduz que `a


simples noticia da operação Hefesta, levou a média impressa, televisiva e radiofônica a noticiar
incessantemente o que estava sendo apurado .8 essas transmissões continuarão, causando revolta
e indignarão na população"

A responsabilidade e a serenidade exigidas no


exercício da atividade jurisdicional são incompatíveis com tal fundamentação.

Fundamentar a prisão - ato último e mais grave do


ordenamento - nas transmissões televisivas é no mínimo uma falta de compromisso
com a legalidade, com a primazia da liberdade, com o postulado cia dignidade
humana que deveria pautar os atos do magistrado.

Segundo a nossa melhor doutrina:

Terhulosidade do réu'; `.rime perverso';


"insensibilidade moral':"os espalhafatos da mídia". "reiteradas
divulgações pelo rádio ou televisão", tudo, absolutamente tudo,
ajusta-se àquela expressão genérica `ordem pública'_ E a prisão
preventiva, nesses casos, não passa de uma execução sumária.
O réu é condenado antes de ser julgado, uma vez que tais
situações nada têm de cautelar.
Nessas bipóteres, o indiciado ou réu precisa da
proteção de algum Juiz que impeça que a Lei Maior da sua terra seja invertida
para satisfascão e delírio daqueles que desejam a imediata e
pronta punição, mesmo porque, desgraçadamente, haveria
Documento recebido eletronicamente da origem

uma antecipação de pena. O grande .Barbosa diria que a realidue


das Constituições não está na inteligência de quem as concebe, ne

pergaminho que ostenta, e sim na Magistratura que as defende. E, confon

i!a nicda Santos, 2441, IO" .Andar Setor Ilotciciro Sul, Quadra 06, Conjunto
C,cryucírs CL -or. `no Paulo. SP .\, RI. P., Ldificia Brasil XXI, Salas 1020
CI' Pf11419-In1-Tcl/las: (11) 2679-3500 c1021, Brasília, DI'
CUP 70316-902 -"fel/fax: (61) 3323-2250

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.18)

hot. Lar-iictamasausl<as
advogados
anotamos, o STF não admite a prisão preventiva respaldada apenas no `clamor
peiblìco" ('if Infarmativo STF n. 138). Ressalta-se mais uma vez: a finalidade
da prisão preventiva é tão somente impedir que o réu em liberdade perturbe a
prava que o juiç vai recolher para a reconstrução do fato a ser jugado e prevenir
quanto ao perigo de Aga. burlando, assim, eventual condenação.

(.)
Decisões dessa natureTa são eminentemente
bastardas, maltratando a Con.,dituicao da República. O réu é condenado antes
de ser julgado. E se absolvido? Ainda que haja alguma indenkaccio, o anátema
cruel da »rodo injusta firma indelével para ele, sua família e o circulo de sua
amìtiade.'7 Grifamos.

No mesmo sentido é a jurisprudência de nossas cortes


superiores, que têm firme entendimento quanto à impossibilidade decretação da
prisão preventiva calcada em clamor social ou público:

HABEAS CORPUS - CRIME


HEDIONDO - ,ALEGADA OCORRÉNCIA DE CLAMOR
PÚBLICO - TEMOR DE FUGA DO RLU - DECRETACÃO DE
PRISÃO PREVENTIVA - RAZÕES DE NECESSIDADE
INOCORRENTES - INADMISSIBILIDA,DE DA PRIVACÃO
COUTEI AR DA LIBERDADE PEDIDO DEFERIDO. A -

PRISÃO PREVENTIVA CONSTITUI MEDIDA CAUTELAR


DE NATUREZA EXCEPCIONAL -A privação cautelar da liberdade
individual reveste-se de caráter excepcional, somente devendo ser
decretada em situações de absoluta necessidade. A prisão
preventiva, para legitimar-se em jàce de nosso sistema jurídico. impõe - além da
lati. fação dos pressupostos a que se refere o art. 312 do CPP (prova da existéncia
material do crime e indício suficiente de autoria) - que se evidenciem, com
fundamento em base empírica idônea, razões justificadoras da
imprescindibilidade dessa extraordinária medida cautelar de
Documento recebido eletronicamente da origem

privação da liberdade do indiciado ou do réu. A PRISA

1'() V R I N I IO Fl] .1 IO, Fernando da Costa. processo Penal: Volume 3-32' ed. - São Paulo : 1 idito
Saraiva, 2003, p. 553/554-

l:m n k gamos, 2441, 10" Andar Soror I Iotciciro Sul, Quadra 06, Conjunto
(:orc1ueira Cíoar. San Paulo, SP .\, HI. N, lidi fiem Brasil XXI, Salas 1020
CI.I' 0 1419-101- Tel/Fax: (`I 1) 2679-3500 cl021, Brasilia, OF
C FC' 70316-902 - Tel/fax: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.19)

bottini ate masau sic as


2dV07CfOì
PREVENT/V-t - ENQUANTO MEDIDA DE NATUREZA
CAUTEL 4R -N O TEM POR OBJETIVO INFLIGIR PUNJCÃO
ANTECIPADA AO INDICIADO OURO RÉU. -A prisão preventiva
não pode - e não deve - ser utilizada, pelo Poder Público, como
instrumento de punição antecipada daquele a quem se imputou
a prática do delito, pois, no sistema jurídico brasileiro, fundado em bases
democráticas, prevalece o principio da liberdade, incompatível com punções sem

processo e inconciliável com condenações rem defesa prévia. A/rirão preventiva -

que não deve ser conjizndida com a prisão penal - não objetiva ini7i3ir' puniçüo

àquele que sofre a sua decretação, mas destina-se, considerada a jrtncc7o cautelar

que lhe é inerente, a atuar em beneficio da atividade estatal desenvolvida no


processo penal. O CLAMOR PÚBLICO, AINDA QUE SE TRATE
DE CRIME HEDIONDO, NÃO CONSTITUI FATOR DE
I EGITIMACf(O DA PRIVAC -O CAUTELAR DA
LIBERDADE. - O estado de comoção social e de eventual
indignação popular, motivado pela repercussão da prática da
infração penal, não pode justificar, só por si, a decretação da
prisão cautelar do suposto autor do comportamento delituoso,
sob pena de completa e grave aniquilação do postulado
fundamental da liberdade. O clamor público - precisamente por
não constituir causa legal de justifica do da prisão processual
(CPP, art. 312) - não se qualifica como fator de legitimação da
privação cautelar da liberdade do indiciado ou do réu, não
sendo lícito pretender-se, nessa matéria, por incabível, a
aplicação analógica do que se contém no art 323, V, do CPP,
que concerne, exclusivamente, ao tema da fiança criminal
Precedentes. - A acusapão penal por clime hediondo não justifica, .rá por si, a
privarão cautelar da liberdade do indiciado ou do réu. A PRESERVAÇ JO
DA CREDIBILIDADE DAS INSTCItiICÕES E DA ORDEM
PÚBLICA NA -0 CONSUBSTANCIA., SÓ POR SI,
CIRCUNSTANCIA AUTORIZADORA DA PRIS210
Documento recebido eletronicamente da origem

CA.UTEL.AR - Não se reveste de idoneidade jurídica, para efeito de

justificação do ato excepcional de privação cautelar da liberdade individual,

alegação de que o riu, por dispor de privilegiada condição económico -fana

Vlnruccla Samos, 2441,10" .Andar Scror FCotciciro Sul, Quadra 06, Conjunto
(1c.ryuc3ra Cé>ar_ Siur Pnulo, SP .a, HI. E, Edifício Brasil XXI, Salas 1020
CEP 01419-101-'Ccl/kets: (11) 2679-3500 ci 021, Brasilia, D
CNP 70316-902 - 'fci/fag: (61) 3323-2250

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.20)

--_
bo-ttir-iisztamasauskas
advoga cios
deveria ser mantido na pried°, em nome da credibilidade das instituicões e da
preservarão da ordem pública. ABANDONO DO DISTRITO DA
CULPA PARA EVITAR. SITU421O DE FLAGRÂNCIA -

DESCABItbIENTO DA PRIS4O PREVENTIVA. - Não cabe prisão


preventiva pelo só jato de o agente - movido pelo impulso natural ala liberdade -
ausentar-se cio distrito da culpa, em ordem a evitar, com esse gesto, a
caracterização da situação de flagráncia, AUSENCL4 DE
D,EMONSTRAÇ;1O, NO CASO, DA NECESSIDADE
CONCRETA DE DECRETAR-SE A PRISÃO PREVENTIVA
DO PACIENTE. - Sem que se caracterize situação de real
necessidade, não se legitima a privação cautelas da liberdade
individual do indiciado ou do réu. Ausentes ratões de necessidade,
revela-se incabível, ante a sua excepcionalidade, a decretação ou a subsisténcia cia
prisão preventiva. DISCURSOS DE CARÁTER AUTORITÁRIO
NÃO PODEM JAMAIS SUBJUGAR O PRINCÍPIO DA
LIBERDADE. - A prerrogativa jurídica da liberdade - que possui extração
constitucional (CF, art 5°, LXT e LXV) - não pode ser ofendida por
interpretações doutrinárias ou jurisprudenciars, que, fundadas em preocupanle
discurso de conteúdo autoritário, culminam Por consagrar, paradoxalmente, em
detrimento de direitos egarantias_jirndamenlair proclamadospela Constituição da
República, a ideologia da lei e da ordem. Mesmo que se trate de pessoa acusada
da suposta prática de crime hediondo, e até que sobrevenha sentença penal
condenatória irream-ívet,, não se revela passível - por ejèito cie insuperável vedação

constitucional (0 7, art 5°, LVII) - presumir-lhe a culpabilidade. Ninguém pode


ser tratado como culpado. qualquer que seja a natureza do ilícito penal erga
prática lhe tenha sido atribuída, sem que exila, a esse respeito, decisão judicial
condenatária transitada em fidgado. O principio constitucional da não -
culpabilidade, em nosso sistema jurídico, consagra uma regra
de tratamento que impede o Poder Público de agir e de se
comportar, em relação ao suspeito, ao indiciado, ao denunciado
ou ao réu, como se estes já houvessem sido condenados
Documento recebido eletronicamente da origem

definitivamente por sentença do Poder Judiciário. (STF. I -IC

80719. Segunda Turma. Rel. Min. Celso de Mello. Julgado


26.06.2001. DJ 28.09.2001). Grifamos.

V lam.da Santos, 2441, 10" Andar Seto, I loteleiro Sul, Quadra 06, Conjunto
Gerclucìra César. 56', Paulo, SP A. BI. ii, ISdificio Brasil XXI, Salas 1020
CIIP 01-119-101- Tel: fax: (11) 2679-3500 e1021, Brasilia, DP
CFI' 70316-902 - '.cllfax: (61) 3323-2250

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.21)

__...-...-...
bottinistamasat_Jakas
advo_qacios

Dessa forma, não há dúvida que as incessantes noticias


acerca da operação Flefesta não podem - de forma alguma - fundamentar a
segregação cautelar cio Paciente, a ensejar a concessão da presente ordem de
habeas corpus para sanar o constrangimento ilegal a que está submetido Ai,NItl(D°
Lut'/. BUso.

Registre-se, por fim, que Al.PRi D° LOv Bus° é


primário, de bons antecedentes, tem residência fixa oc ao licita sem . re
demonstrou conduta social adequada. Exerceu, ao longo de toda a vida,
funções públicas, e mesmo depois de diversos anos no cargo de Secretário
Municipal de Obras de São Bernardo do Campo/SP, nunca esteve envolvido em
qualquer suspeita de irregularidade.

Nesse contexto, é fundamental se observar que a


privação da liberdade de quem ainda não foi condenado é medida
excepcionalíssima, aceitável somente nos casos nos quais ela se mostre
absolutamente necessária, o que, de forma alguma, é o caso dos autos, tampouco
do Paciente que é pessoa idônea, de reputação ilibada, sem qualquer mácula, não
se trata de criminoso contumaz, muito menos de pessoa com periculosidade a
justificar seu afastamento do convívio social.

E não se diga que a gravidade dos fatos apurados


revelaria a necessidade de segregação cautelar, pois nossa jurisprudência já
pacificou entendimento no sentido de que a gravidade objetiva do delito não
serve como fundamento à prisão de natureza cautelar e nada há nos fatos
narrados que, não sendo a necessária à configuração do tipo penal, indique
qualquer grau de periculosidade ou gravidade concreta, a impor a excepcional
prisão:

'7.] A GRAVIDADE EM
ABSTRATO DO CRIME Ní10 CONSTITUI F -_ATOR DE
Documento recebido eletronicamente da origem

LEGIT IMACAO DA PRIVAÇÃO CAUTELAR DA


LIBERDADE. - A natureza da infração penal não constitui, só por si,

Alameda Santos, 24:41, 10" Andar Setor hoteleiro Sul, Quadra 06, Conjunto
t:crilucira (:éou.. Sào Paulo. SP A, Rl. E, difício Brasil XXI, Salas 1020
I

CPI' 01-119-101- Tel/fax: (Il) 2619-3500 cl 021, Brasilia, DB


CBI' 70316-902 - Tel/fax: (61) 332.3-2250

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.22)

hottinistat-riaaauakas
advoga doa
fundamento justificador da decretação da prisão cautelar daquele que sofre a
persecução criminal instaurada pelo Estado. Precedente. AUSENCL{ DE
DEMONSTRAÇÃO, NO CASO, DA NECESSIDADE
CONCRET-1 DE IvL4NTER-SE A PRISÃO EM FLAGRANTE
DO PACIENTE. - Sem que de caracterize situarão de real necessidade, não
se legitima a privarão cautelar da liberdade individual do indiciado ou do réu.
Ausentes razões de necessidade, revela-se incabível, ante a sua excepcionalidade,
a decretação ou a subsistência da prisão cautelar. A PRESUNÇÃO
CONSTITUCIONAL DE INOCENC'IA IMPEDE QUE O
ESTADO TRATE COMO SE CULPADO FOSSE AQUELE
QUE AINDA NÃO SOFREU CONDENAÇÃO PENAL
JRRECORR/ EL f..]" (STF. TIC 99832/MG. Segunda Turma.
Rel. Min. Celso de Mello. J. 17.11.2009). Grifamos.

Além disso - e aproveita-se para tecer esses


comentários, embora não façam parte da fundamentação da decisão - o
Paciente tem residência fixa e, justamente, por ser pessoa dedicada à vida
pública, tem paradeiro certo e conhecido, onde, inclusive, foi preso
temporariamente. Já mostrou, ademais, estar plenamente à disposição para
cooperar com as investigões o que evidenciou-se em seu depoimento -
o qual foi reduzido a termo em seis laudas, onde estão narrados os detalhes e
minucias do procedimento investigatório em questão.

Como é cediço, 'a experiência mostrou que a prisão. ao


contrcirio do que se sonhou e desejou, não regenera: avilta. despersonaliza, degrada, vicia,
perverte, corrompe, brutaliza"-, sendo que as marcas indeléveis suportadas no cárcere
nunca são facilmente reparadas. Por isso, a manutenção de uma pessoa no
cárcere, presumida inocente por ordem constitucional - art. 5', -é medida
extrema, que só pode subsistir quando absolutamente necessária e, ainda assim,
aplicada nos estritos moldes legais.
Documento recebido eletronicamente da origem

2 PA'.ANDRU LINS I( 511NA, A Iibel-de/de proelróda no processe penal, in Revista de Direito Penal n" 15/16,
Sao Paulo, 1974, p. 46.

Alameda Santos, 2441_, 10" Andar Setor lIo_tdeìra Sul, Quadra 06, Conjunto
(_cr.lueira +:óxar. S,io Paulo, SP A, Hl. N, Iìdificdo Brasil XNl, Salas 1020
(:I'1' Oiii9-101.-1'.1/Eax: (11) 2679-3500 c1(121, Brasília D1l
(RP 70316-902--fel/Eax: (61) 3323-2250

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Número do documento: 18072512252086000000003466089
(e-STJ Fl.23)

__... ...
Lo ttiri GamesausF<as
advagsdo,
_ ........ .....

Por fim, vale indagar - se presentes os requisitos da


premetiva apontados pela autoridade coatora, por que não foi decretada
tal cautelar de início?

Ora, se existiam elementos para prisão a


preventiva desde o inicio - e os motivos de sua decretação supostamente
estariam presentes desde o momento da temporária, uma vez que ausente Pao novo
- por qual razão a autoridade policial não requereu sua aplicação?

A prática de determinar prisão temporária, renová-la,


para depois aplicar a pisão preventiva teve o simples intuito de evitar que os
argumentos que revelam. fragilidade desta última medida fossem
a
trazidos à esta e. Corte antes do recesso judiciário, impondo-se sua
discussão durante o período excepcional do plantão judicial?

Tal estratégia, de subtrair, por via transversa, a

apreciação da medida decretada da instância superior no período de atividades


normais cio e. Tribunal merece ser corrigida, de forma que é de rigor a soltura do
Paciente.

3. DO ESTADO DE SAÚDE DO PACIENTE

Não bastasse a ausência de requisitos para a manutenção


da prisão preventiva, há ainda mais um motivo para que seja revista a permanência
da custódia cautelar do Paciente, que ostenta um frágil estado de saúde, o qual
poderá set agravado pelo aprisionamento

ALFREDO LUIZ BUso, completos, hoje com 67 anos


passou por cirurgia recente - 26 de julho p.p. - para a retirada de um
adenocarcinoma dc próstata - leia-se, um tumor maligno - (Doc. 10), o qu teve
Documento recebido eletronicamente da origem

como sequela quadro de incontinência urinária.

.1 anicda Samoa_ 2441, 1011 Andar Seror Ilotelciro Sul, Quadra 06, Conjunto
t:crtlucira César. 'ão Paulo. SP A, Bl. IS, IidìFício Brasil XXI. Salas 1020
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CI?I' 70316-902 -'tcl/far: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.24)

bottit-iitarnasauskas
advo9aciot=
Por tal razão, o Paciente usa corn frequência fraldar para
incontinência urinária, que no momento são remetidas à unidade prisional e
causam constrangimento e desconforto.

Além disso, precisa fazer rigoroso acompanhamento


médico em decorrência da natureza severa da doença, com vistas a evitar
metástases e/ou outras complicações.

Evidente que tal situação não teria, por si, o condão de


afastar a pri(e7o preventiva, caso houvesse fundamento válido. Porém, a fragilidade da
motivação, já exposta, somada ao estado de saúde do Paciente, torna imperiosa e
urgente a apresentação e o deferimento do presente writ.

Frise-se que, em caso análogo ao dos autos, O e.


Superior Tribunal de Justiça já se posicionou:

"Nesse contexto, afastado o nica de reiterarão e

considerando a ausência de indicarão de outro motivo concreto e, ainda, lesando em


considerarão as condições subjetivas do paciente e o seu estado de
saúde, que exige cuidados médicos, entendo ser cabível a
aplicação das medidas cautelares alternativas à prisão, consoante
determina o art. 282, 5 6°, do Cócdig° de Processo Penal."(HC n° 323.910/PR.
Quinta Turma. Rel. Min. Reynaldo da Fonseca).

Ora, se a prisão cautelar desprovida de fundamentos já


não subsistir per si, sob pena de inadmissível antecipação de pena - que direi quando
representar verdadeiro risco de agravamento do já frágil estado de saúde do
Paciente.

4. - A POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DE MEDIDAS ALTERNATIVAS À


PRISÃO
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.11amcdl.i Sunt, 2441, 10" Andar Setor I forelcìro .Sul, Quadra 06, (10njnnto
C.eryucii . São Paulo. SI' A, Bl. 14, Ildificio Brasil XXI, Salas 11)20
(.I'.1' 01.119-101- Fax: (11) 2679-3500 e1021, Brasilia, DB
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(e-STJ Fl.25)

Lnottinicntamasauskas
advogodos
Há que se salientar, por derradeiro, quc a prisão não é a
única medida possível a acautelar o meio social ou evitar reiteração de práticas
delitivas.

Como já dito, a nova sistemática processual penal


aponta para a prisão cautelar como ultima ratio, que apenas se justifica em casos de
extremada gravidade, quando ineficientes quaisquer alternativas, o que não ocorre
in casa, em que a exoneração do cargo e a paralisação do contrato já foram
suficientes para evitar qualquer risco de reiteração das condutas, de lesão ao erário
ou prejuízo à colheita da prova.

Não deve, portanto, de modo algum, ser a primeira


opção a ser invocada sem provas concretas que corroborem sua manutenção.

Nesse sentido, dispõe PACELLI:

`Deve-se ter em canta, então, que, em principio,

não se recorrerú ã prisão preventiva, uivo quando constatadas imediatamente as

hipóteses Legais dispostas nos arts. 312 e 313, CPP. A peimazia deverá Ser da

impo.iitcïo de medida cautelar diver:ra da prisão".'

Além do mais, a decretação da prisão preventiva não


exige apenas fundamentação quanto aos seus requisitos, mas também quanto à
inviabilidade de outra cautelar menos gravosa no caso concreto.

decretara prisão preventiva do Paciente, o


In cask, ao
MM. Juízo da V Vara Federal. de São Bernardo do Campo limitou-se tecer
considerações imaginativas quanto à possibilidade de reiteração da conduta delitiva
e de influência a funcionários da Prefeitura Municipal.

Como destaca LOPES JR.:


Documento recebido eletronicamente da origem

PACELLI, Eugênio. Corro de Processo Penal 16° Edição. São Paulo: Editora Atlas, 2012,
p.499.
t. Luneci.i Santos, 2441, 10" Andar Setor I [otcleiro Sul, Quadra o6, Conjunto
<:crquciru Casar. Sao Paulo. SP lìdifício Brasil XXI, Salas 1020
CI 01119-I01 Pcl/fax: (11) 3670-3500 c102.1, Brasilia, OF
<,1(P 70316-902 - Tc7/fax: (61) 3.323-22250

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(e-STJ Fl.26)

i.
t=ottinis.tar-nasauskas
advoc,. ado

"ll adequação informa que a medida cautelar deve


ser apta aos seus motivos e fins. Lago, se quaisquer das medidas
previstas no art. 319 do CPP se apresentar igualmente apta e
menos onerosa para o imputado. ela deve ser igualmente adotada,
reservando a prisão para os casos graves, como ultima ratio do
sistema (...).
A proporcionalidade em sentido estrito .risni/ica o
sopescrmento dos bens em jogo, cabendo ao juit utilizar a lógica da ponderarão. De
um ludo, o imenso custo de submeter alguém que e
presumidamente inocente a uma pena de prisão sem processo
e sem sentença, e, de outro lado, a necessidade da prisão e os elementos
probatórios existentes"4 Grifos nossos.

No mesmo sentido, inúmeros são os julgados do e.


Superior Tribunal de Justiça, como bem demonstra o caso colacionado abaixo:

'RECURSO EM I-{ABEyIS Trata-se de

recurso ordinário em habeas corpus interposto por FELIPE CORGOZINHO


AZEVEDO e E4BL4NO VIEIRA DE GODOI contra acórdão do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais. Consta dos autos que os

recorrentes JOram presos em flagrante em 23/6/2014 pela prática, em tese, do


delito tipi/irado no art. 157, 5 2°. I e II, do Código Pena! (..) II! -A prisão
cautelar deve ser considerada excey'ão, já que, por meio desta medida, priva-se o
n/u de seu jus libertatis antes do pronunciamento condenatório de/initivo,

consubstanciado na sentença transitada em julgada. E por isso que tal


medida constritiva só se justifica caso demonstrada sua real
indispensabilidade para assegurar a ordem pública, a instrução
criminal ou a a.lica ão da lei .enal ex vi do artigo 312 do Código de
Processo Penal (Precedentes). LV - In casu, os fundamentos que deram
suporte à custódia cautelar do paciente não se ajustam à
orientação jurisprudencial deste eg. S , uma vez que o mod s
Documento recebido eletronicamente da origem

operandi descrito no decreto prisional não evidencia \i

4 LOPES JR., Aurv. O Novo Regime Juridico da Prisão Processual, Liberdade Provisó
Medidas Cautelares Diversas, Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011, p. 32.

Alameda Santos, 2441, 10" Andar Surnr IloLcicirn Sul, Quadra 06, Conjunto
(:crqucira Ccar. SAn 1'aulo, SP A, Bl. lì, I:difíc.io Braail XXI, Salas 1020
C1:1101419-101-'Ccl/I':u: (11) 2679-3500 cl 021, Brasilia, DI'
CP'P 70316-902 -13l/Eaz: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.27)

b ott i ri isct a r-rm a sa u s{k a s


advo9octo s
periculosidade do agente apta a justificar a imposição de sua
segregação cautelar. (...) Assim a prisão cautelar deve ser
considerada medida de exceção só se justificando quando
demonstrada sua real indispensabilidade para preservar a
ordem pública garantir a instruirão criminal ou a aplicação da
lei penal %art. 312 do Código de Processo Penal), o que não
restou demonstrado. No casa, portanto, deve ser revogada a pirão
preventiva dos acurados. Pelo exposto, dou provimento ao recurso paru revogar a
p ás o preventiva imposta aos recorrentes': (STF. RF-IC 53305/MG. Rel.
Min. Walter de Almeida Guilherme, Data de julgamento:
28/11/2014. DJ 09.12.2014). Grifamos.

Por fim, hã que se registrar que, corn o advento da Lei


12.403/2011_ a prisão domiciliar passou a integrar o rol de medidas cautelares
alternativas ã prisão preventiva, figurando dentre as suas hipóteses de aplicação o
agente extremamente debilitado por motivo de doença grave, corno ensina Luiz Flávio
Gomes:

`<Yllém da já existente privo processual --pena


(substitutiva do regime aberto), foi criada a prisão domiciliar processual (medida
cautela>), até então inexistente em nosso ordenamento jurídico para presos comuns.
Essa prisão domiciliar processual. por sua vev
pode ser medida cautelar autónoma ou medida cautelar substitutiva da
prisão preventiva. (.)
O que importa saber, portanto, e' se o presídio
tem ou não condições de dar tratamento ao preso com doença
grave, independentemente do seu grau de debilidade. Caso a
administração penitenciária não disponha de recursos para o tratamento deve o
juiz determinar a prisão domiciliar ou a transjère'ncia do preso para local
adequado ã assistência médica de que ele necessita'
Documento recebido eletronicamente da origem

E. da mesma forma entende nossa Corte Suprema:

' GO\LES, Luiz Flávio. Prisão e Medidas Cautelares, 2a Edição, Editora RT, 2010. Pg. 170.
.\iamcda Santos_ 2411, 10" Andar .aros hoteleiro Sul, Quadra 06, Conjunto
Ccruudira C:csar. Jìin Paulo. Sid A. B1. 1., V',di Fido Brasil \S1, Salas í'J2_0
UEd19-101-- Tell Fax: (11) 2679-3390 cí021, Brasilia, 191'
CUP 70316-902 Tel/ Fax: (61) 3323-22250

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(e-STJ Fl.28)

! -e
bot-Cir-iistamaaaua lcaa
scl..ogacios
'A preservação da integridade física e moral dos
presos cautelares e dos condenados em geral traduz indeclinável dever que
a Lei Fundamental da República impõe ao Poder Público em cláusula que
rou.ttlttd ptvjetuo conrretttadora do princípio da essencial dignidade da pessoa humana, que
representa um dos fundamentos e.rtruturantes do Estado Democreilicn ele Direito (CP, art. P,
llf, c/c oart. 3°, XL)X)."(SCF-REG 94.358/SC, Segunda Turma, Rel. Min. Celso
de Mello, DJe 19/03/2014). Grifamos.

Quer dizer, há que se garantir ao Paciente sua


integridade física e o tratamento e acompanhamento médico adequado para a sua
enfermidade, estando justificada, portanto, a substituição da prisão preventiva por
medida cautelar alternativa.

Dessa forma, caso não se entenda ser caso de revogação


da prisão preventiva do Paciente -o que se tem convicção que não ocorrerá após a
criteriosa análise dos argumentos que ora se apresenta) - deve, ao menos, ser
substituída a custódia preventiva por quaisquer das medidas cautelares alternativas
à prisão que se amoldem ao caso concreto.

5. DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DE MEDIDA LIMINAR

A manifesta ilegalidade da prisão preventiva decretada


em face do Paciente reclama a concessão de medida liminar.

O firmas boni iuris decorre da constatação do direito ã


liberdade do Paciente, que é mantido preso cautelarmente mesmo diante da
inexistência de fundamentos idóneos.

Repise-se: a suposta influência do Paciente sobre os


funcionários da Prefeitura Municipal não passa de conjectura, calcada em
possível poder decorrente de cargo exercido anos atrás; a possibilidade de
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reiteração da conduta criminosa está obstada pela paralisação das obras e, ainda,
pela exoneração do cargos dos secretários municipais envolvidos na operação; o

Alameda Santos, 2441, 10" .Andar Senor I[nteletroSuI, 1)uadra 06, Lou¡unto
Ce_ryucirz César. >ìin Paulo. SP A, HI. I;, I'difíci" Brasil XXI. Salas 1020
01-419-I61-'Pollf'ax: (i l) 2679-3500 e1021, Brasília, DI'
CEP /0316-902 - fel/fax: (61) 3323-22511

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(e-STJ Fl.29)

knot t i n i S,t a rri a a aadvoçgacioel


t_I a l<a a

clamor público não pode, em hipótese alguma, servir de fundamento à

segregação cautelar, sob pena de se configurar inadmissível estado de exceção.

Além disso, é clara a ausência do pericutem libertatis. O


Paciente é primário, ter bons antecedentes e reputação ilibada, além de ter
residência fixa e ocupação licita. Não há, ainda - conforme reconhecido pela
própria autoridade coatora - qualquer indicativo concreto que poderá prejudicar
a prova ou se furtar de qualquer forma a responder ao processo.

O periculum in mora é igualmente gritante: A restituição


da liberdade a quem se encontra ilegahnente privado dela! As marcas indeléveis
suportadas no cárcere, sabe-se, não serão facilmente reparáveis, sobretudo diante
do delicado estado de saúde do Paciente. .

Pelo exposto, os impetrantes requerem a concessão de


medida liminar, a fun de que seja expedido alvará de soltura para imediata
liberação do Paciente, até o julgamento do mérito deste writ por esta E. Corte.

6. DA CONCLUSÃO E PEDIDO

Diante de todo o exposto, urna vez inequívoco o


direito pleiteado - a liberdade que a Constituição Federal garante
independentemente das infrações imputadas - requerem, de início, a concessão
da medida liminar para a soltura imediata do Paciente.

De outra sorte, não sendo este o entendimento de


Vossa Excelência, requer-se a imediata substituição da segregação cautelar por
medidas alternativas diversas da prisão.

Requerem, ainda, ao final, a concessão desta ordem de


habea.r Impus, para confirmar a medida liminar e revogar da prisão preventiva
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decretada em face do Paciente.

Sxnni.a, 24-11 10" Andar Furor I lntelciro Sill, Quadra 06, Conjunto
eiraPaulo, SP A, BI. lì, fidifício Brasil XXI_ Sala_ 1020
ICI-'I'cliI:as: (1]) 2679-3300 61021, Brasilia, t)F
t:l?P 70316-902 - Te1!Far: (61) 3323-2250

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(e-STJ Fl.30)

bottini< =tamasausl<as
_.
dvo9do
_..... .

Requer-se, por fim, a intima -do da data de inclusão


do presente habeas corpus em pauta de julgamento em nome dos
impetrantes Igor Tamasauskas e Pierpaolo Cruz Bottini com escritórios
nos endereços abaixo impressos, tendo em conta que a medida visa apenas a
assegurar o melhor exercício possível da ampla defesa, em total compatibilidade
com a essência deste remédio constitucional, e não haverá prejuízo às partas nem
à realização da justiça.

Nesses termos,
Pedem deferimento.

São Paulo, 23 de dezembro de 2016.

/tePIERAL CRGZ. BOTTINI


OAB/SP N^.163.657

IG ANT' NATAIvIASAUSK4S
OAB .a N".173.1ó3

G
C . UU A VARA SAN JUAN ARAUJO
OAB/SP 298.126
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JO" .And.tr Setor Flotciciro Sul, Quadra 06, Conjunto


Pauki, SP \, RI. P lidifício Brasil XNI, Salas 1020
1) 2679_3300 (1021, Brasilia, 1)1'
CPI' 70316-902 - Tel/fax: (61) 3323-2230

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(e-STJ Fl.128)
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(e-STJ Fl.129)
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(e-STJ Fl.130)
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(e-STJ Fl.131)
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(e-STJ Fl.132)
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(e-STJ Fl.133)
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(e-STJ Fl.134)
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(e-STJ Fl.135)

%
PODER IUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL

CONCLUSÃO
Em 02 de dezembro de 2016, faço estes autos
conclusos à MM. Juíza Federal Dra. ANA LÚCIA IUCKER
MEIRELLES DE OLIVEIRA,/'
jt /'463

Autos n° 00076371220164036114

Vistos.

Tratam os presentes autos de representação. criminal ofertada pela


Polícia Federal e ratificada pelo Ministério Público Federal, objetivando a
busca e apreensão de elementos que possam a constituir provas adicionais
aos inquéritos em curso, condução coercitiva e prisão temporária de
investigados.
Consoante as mídias juntadas aos autos, nos quais constam pelo
menos 10 volumes e dezenas de anexos, todos devidamente lidos por essa
Magistrada, já foi realizado um extenso trabalho de investigação perpetrado
pela Promotoria do Estado de São Paulo, Procuradoria da República em São
Bernardo do Campo, Polícia Federal e Controladoria Geral da União.
É a breve síntese do necessário.
DECIDO.

Entendo que estão presentes os requisitos legais que autorizam a


expedição dos competentes mandados de busca e apreensão, a serem
realizados nas sedes das empresas: Brasil Arquitetura Ltda., Consórcio Enger-
Hagaplan-Planservi, Construções e Incorporações CEI EIRELI. E Construtora
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Cronacon Ltda, envolvidas na elaboração do projeto básico, na licitação e


no cumprimento do contrato referente ao Museu do Trabalho e do
Trabalhador.
A busca e apreensão se faz necessária para garantir a viabilidade
das investigações, nos moldes do disposto no art. 240, § 1°, do Código de
Processo Penal.

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(e-STJ Fl.136)

PODER JUDIQARIO
JUSTIÇA FEDERAL
Na hipótese dos autos,
processual penal para que se as fundadas razões, exigidas pela lei
possa determinar a medida em tela, se
consubstanciam na existência de indícios de
retro citadas na fraude de licitação envolvimento das empresas
e
Poder Público, peculato -desvio e falsidadecumprimento de contrato com o
ideológica.
Cumpre observar que a autoridade
cumprimento do mandado expedido policial e seus agentes, no
velar pelo estrito cumprimento dos em virtude desta decisão, deverão
pessoas envolvidas, o qual deverá direitos constitucionais assegurados às
as exigências previstas
ser cumprido durante o dia,
observadas
no art. 245 do Código de Processo Penal.
Finda a
diligência, deverá a autoridade policial
circunstanciado, comunicando a este Juízo, lavrar termo
caso de prisão em flagrante, a no prazo de quinze dias. No
comunicação deverá ser imediata.
DEFIRO A EXPEDIÇÃO DOS MANDADOS
serem cumpridos nos endereços DE BUSCA E APREENSÃO, a
indicados à
seguintes do Código de Processo. Penal pelo fI. 141, nos termos do art. 240 e
prazo de trinta dias.
Os mandados constituirão ordem
quaisquer e todos os elementos de para: busca e apreensão de
computadores e outros que puderem prova como papéis, telefones celulares,
ser utilizados na
materialidade dos delitos investigados, autoria e
em nome das empresas investigadas bem corno acesso Ao disco virtual
desde já autorizado o acesso aos dados e objeto da busca e apreensão. Fica
e mídias eventualmente contidos nos dispositivos eletrônicos
apreendidas. Veículos e dinheiro, acima
100.000,00 Kern mil reais) poderão de R$
reparação do erário e como produtoser objeto de apreensão para eventual
do crime de peculato -desvio.
Cumpre observar que a autoridade
cumprimento do mandado expedido policial e seus agentes, no
velar pelo estrito cumprimento dos em virtude desta decisão, deverão
pessoas envolvidas, o qual deverá direitos constitucionais assegurados às
as exigências previstas no art. 245 doser cumprido durante o dia, observadas
Código de Processo
Penal.
Finda a diligência, deverá a
autoridade policial lavrar termo
circunstanciado, comunicando a este Juízo,
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caso de prisão em flagrante, no prazo de quinze


a comunicação deverá ser imediata. dias. No
No tocante à
busca e apreensão requerida,
órgãos públicos, a indefiro no Ministério a ser realizada nos
que a fundamentem e, sendo os da Cultura, à míngua de elementos
procedimentos públicos, nada impede
sejam requisitados por cópia em mídia que
ao órgãos federais.
Com relação às Secretarias
todas do Município de São Bernardode Administração, de Cultura e Obras,
do Campo, defiro a medida, com

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(e-STJ Fl.137)

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL

relação a documentos, computadores, mídias e outros elementos


necessários à instrução, além dos já constantes nos inquéritos, bem como
acesso a arquivo virtual. No entanto, todo o material apreendido deverá ser
copiado e escaneado e devolvido à Administração Municipal, no prazo de
trinta dias, a fim de não ser prejudicado o andamento do serviço público.
EXPEÇAM-SE OS MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO a serem
cumpridos nos mesmo moldes retro referidos, nas Secretarias Municipais
enumeradas à fl. 141 verso.

Na representação ministerial de fls. 90/142 foi narrada e


demonstrada a existência de indícios da autoria dos delitos investigados e
da participação, em tese, de cada um dos nomeados às fls. 138 e verso, 1 a
8.

É requerida a prisão temporária dos investigados, de forma a


preservar a busca e apreensão de mais provas dos fatos narrados
envolvendo a fraude à licitação, comprimento do contrato relativo ao
Museu do Trabalho e dos Trabalhadores, falsidade ideológica e peculato -
desvio.
Após quase 5000 páginas de documentos juntados no ICP e no IP,
decorrentes de inúmeras, e digo inúmeras porque assim são, diligências para
a obtenção de documentos que possibilitem a análise dos fatos sob
apuração, tenho que a prisão temporária é a providência que deve ser
deferida no momento, nos termos do artigo 1°, incisos I e Ill, da Lei n. 7960/89.
Pelo que se pode apurar até agora, existe associação entre os
envolvidos, com áreas de atuação diversas para a consecução de objetivos
vedados pela lei penal: agentes públicos e particulares. Noto que o
convênio (proposto, analisado e aprovado entre 28/08/10 e .01/09/10)
realizado com o Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, iniciou
com valor de R$ 14.400.000,00, com participação do Município de São
Bernardo do Campo de R$ 3.600.000,00, e já contém cinco aditivos, já que a
obra prevista para ser realizada em nove meses, já dura quatro anos e não
está terminada.
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Os valores envolvidos para a obra PÚBLICA se constituem em verba


pública e devem ser respeitados os parâmetros para seu emprego e
finalidade.
Atuação dos investigados consoante os autos, de forma sumariada
e não estanque:
Alfredo Luis Buso: Secretário de Obras que presidiu a licitação e
firmou o contrato com a empresa vencedora CEI, para a construção do
Museu do Trabalhador, aprovando projeto que incluía o subsolo,

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(e-STJ Fl.138)

PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL

obras de engenharia para a Prefeitura Municipal, no entanto não foi


habilitada. Habilitou a empresa CEI, vencedora da licitação que não possuía
quadro de funcionários adequado ao objeto da licitação, não possuía
capacidade econômico -financeira nem técnica para realizar o objeto da
contratação. Aprovou medições que não corresponderiam aos serviços
prestados durante a execução das obras, gerando seu pagamento de
forma indevida.

Noto que todos os envolvidos atuaram desde a elaboração do


Convênio com o Ministério da Cultura, do projeto básico, executivo, licitação
e cumprimento do contrato em relação ao Museu do Trabalho e do
Trabalhador, em várias fases e repetidamente alguns, o que veio a culminar
com a série de delitos investigados.

Vejo como pertinente e necessária decretação da prisão


temporária, com base na Lei n° 7.960/89, art. 1°, I e III, alínea "I", ante a
complexidade estrutural dos fatos narrados e o suposto envolvimento de
todos os indicados, para melhor identificação da atuação de cada um e
para garantir a colheita de eventuais provas.
Destarte, ante o exposto, DETERMINO A PRISÃO TEMPORÁRIA, pelo
prazo legal de cinco dias, de: ALFREDO LUIS BUSO, ANTONIO CELIO GOMES
DE ANDRADE, ARTUR ANISIO DOS SANTOS, EDUARDO DOS SANTOS,
FRANCISCO DE PAIVA FANUCCI, GILBERTO VIEIRA ESGUEDALHO, OSVALDO DE
OLIVEIRA NETO e SERGIO SUSTER, consoante as qualificações e endereços de
fls.138/139, bem como a busca e apreensão em suas residências, de todos os
elementos necessários e úteis para a viabilidade das investigações,
consoante as ordens de busca e apreensão retro determinadas e nos
mesmos termos.

Expeçam-se os competentes mandados.


Com relação às conduções coercitivas requeridas, as defiro, uma
vez que como antes consignado, os depoimentos agora se fazem
necessários para a complementação dos elementos colhidos.
Expeçam-se mandados de CONDUÇÃO COERCITIVA de: ANDERSON
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FABIANO FREITAS, CARLOS ALVES PINHEIRO, HUMBERTO SILVA NEIVA, JOSÉ


CLOVES DA SILVA, MARCELO CARVALHO FERRAZ, MAURO DOS SANTOS
CUSTÓDIO, PAULO ROBERTO RIBEIRO FONTES e PEDRO AMANDO DE BARROS
(conforme qualificações e endereços de fls. 140 e verso).
Mantenho a tramitação sigijosp dó feito a fim de possibilitar o
cumprimento das diligências.

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(e-STJ Fl.139)

. . PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA FEDERAL

Desde já autorizo o compartilhamento de todos os elementos


colhidos e existentes com a Controladoria Geral da União e com a Receita
Federal.
Ciência à autoridade policial e ao MPF.
Apensem-se ao Inquérito e após vista ao MPF.
São Bernardo do Campo, 06 de dezembro de 2016.

ANA LÚCIA TUCKER MEIRELLES DE OLIVEIRA


Juíza Federal

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S4c, fPliZ

ARIANA RODRIGU
da República

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(e-STJ Fl.140)
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Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
36256 25/07/2018 12:33 Doc. 3_Parte2 Documento Comprobatório
26
(e-STJ Fl.141)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.142)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.143)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.144)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.145)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.146)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.147)
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(e-STJ Fl.148)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.149)
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Número do documento: 18072512252103600000003466090
(e-STJ Fl.150)
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(e-STJ Fl.151)
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(e-STJ Fl.152)
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Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
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36256 25/07/2018 12:33 Doc. 3_Parte3 Documento Comprobatório
27
(e-STJ Fl.153)
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(e-STJ Fl.154)
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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.155)
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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.156)
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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.157)
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(e-STJ Fl.158)
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(e-STJ Fl.159)
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(e-STJ Fl.160)
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(e-STJ Fl.161)
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(e-STJ Fl.162)
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(e-STJ Fl.163)
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(e-STJ Fl.164)
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(e-STJ Fl.165)
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(e-STJ Fl.166)
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(e-STJ Fl.167)
Documento recebido eletronicamente da origem

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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.168)
Documento recebido eletronicamente da origem

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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.169)
Documento recebido eletronicamente da origem

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 17
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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.170)
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(e-STJ Fl.171)
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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.172)
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(e-STJ Fl.215)

PODER JUIYCIA"+{II)

JUSTIÇA FEDERAL

VIS`'O."1 CJtt7filüo,

Trotem r-c.(.:ida de ci!ef.-:r :ICÇ.^4 Ct<3 pri_.Rcs


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t;tesyia frãlsirltidn Ltçflct:i c:orn.J;Jttanl per pir;l`i'+'als r_ts lit-.3tarttuce
superiores a 4 C7r'IC5 - -cu1tg1. 2i3 I OP e :.'tiue'B cre; s?O no ::f1ign
Lei 8.664/ 9' I -

b1 C:a7Jsocfrllt3 Cfjrlslïl (An I]t'..'e"as Inr'ir.l rlitlïy jt,tlirl';rf'1 cio. autos


do inquérito U`f!l:C':6l ca r!3arruSe.1t.ç "L -O Gr rninuil e; <Z0 pedlL,l[1 de
prvver'.:tiva, ha provas to17',:stas co tic(1rf"IlS_IC d05 C;;Iftluti mencionados
(JCIr'x`e,

Con3',0 dos ou`t,s quo tJ: levado ti t tt.:o 11E_Ilcr;.til r1SJT'ul c:

.:.n5tit,çCro do Museu do Trab,calí.C, o do TroDcllhixJt;r. la


julgot3o irregular, e iledais as desposas field decorrentes, pelc, TC.Ç - Vol.
1h"dis, 551-555, em rflliitì a;7 e.ti.-1t}ilclu ht-lk.Jil:lor,:aK) r,'si,rr.ific; -

execução de aJchlellÚ -thins (1.1.4, h e v fj (:I I71S<i17ii,,[:ci do ',41ri1':Jtólrlc2

de atestados, 4.1..4, t;,1, d,a `rditcll,

Antonio Cello Games de Andrade rtril:ou os e1_tiiciis cam c!


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e1ll.pP@SG9 Construções e llic{}ááJtsRiçÕeS


CEi LIt]r'S, o poro Cl Q111§:'Ie5C:.
Construtora CronoCt3rt LIDA. P(]sF,.ifJ. plíJL'IIYI'içJIJ (.:'L1"' Ç)frlplC35 I70dVrt7s
pato repre;cnitaçõº da CEI e e Diretor Técniaca'::lci clrpre3cf.
Corn Isso ntao 101 hpt*Jititttcáo o empreso 'Constlutc.lro Clonocvn
LIDA, º st7grou-se vencedora o rjrlipIe4Ct Construções I;ls oroGrCiÇ.C,:ty4

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(e-STJ Fl.216)

1J0f;)ER JULifC4F.µ'.0

JUST;;A'; EUPRAL

LI lTI+A., a dual Yr.1tiS'_,IU ativo fI-IQPlee:ll'o de R$ I4.000.00, 2 teme= ,LI lac ::i.
:r:1
I?L7JrlrllOrfo rarTICai:O £ìper:tas l,}Cr Cellltl£i,CIG+ 0t.'13'1 cnlVrliJc7'
e.elor-o;o dt7 caué:i! lor oi.nOiCIcl,

A lir:eçcta de I(.:rs c'CIusl.alfi5 ''Ol tlelorMir..t,tie_t put fh.l'rG':Ju Lult L''e_ly:.


LuirllírlUla 17 1,r°!li)tir":t 1_I:r°I ,1 r,c.:Ql^i(a on
`1

taI1C{a;,'O'C5 -
:iLI
,
,.urtibfrUE+,.5 , I
:r
h Gt11tCdCC.511,:. ..'E' ,
Y fJt
Gal ^t.,tr4t,Yr?l@r si(,l iI('Ift7FL3rio ':11rIC?t,t':it.'. C ó,i:t'7 Cre_7 'Ic.iG`I;(7!.) pat CS',4'ti-IfIo
>3 1t dliveira Neto o f+7rrecJv e_r_ice P.c,.'t,.

emarGSC,I vencedora f,tar",5arteç :{3': e /I-1'-t.,po:C7riç.e5 C_tl La -2),A


a'll%tt,1 registrado do 1 a lit e:`lr"tef-lr;GrJS iurn''vrttss n7 f]H"icie:ICJ tJri 20,1;' CI
7016

cQrdrt7Jo reillizC.'do r-vrltt$ i, ='r'e.le'e:'t_7 h''r..niul.a+7 L`~ SEC I.ire'+r11)


1./
ex.c:-t?S,omenJs na ¡IC3u5`-1ct elt5usulc( --4.8 -`não sera odmllÁçta
ct

subc. tralaeão srvtcQs axecu-ção dg eonlRoto" -


proibip s
tercelrfacác d olaaa
4eoila, SagrcaCià verlrsOc.i.u°ru Iicilação t:i t:,rif^.re.+,(a'.',+:e1 sir u<7,5::'
cujo rrt^virnt:;ZSo tinanr:dr;è1 fin ctl-rt'_li:, -.
irtccrpoacaçõCs CEP
pfJ}s.:i1,r fletç.7 -1;Qls
;
tiCi:tCaÇSrCY re,sur7iio5c 4a R$ 14 0v::.40 j<_4,UI`vl.''t' Mil
'fif;d.iCl I:JA ' Tr!nCIGn(,:.:i'.;5.
.dez flanlGlQnC:IQS le oorll:nl,lOU corn urra
Cl

Cie 2011 o, 1014 -Volume VI, fls. t 1 1Q a 1120 - iii',r;rrr:raçtx-)s fs'1.nrt1.0Ce da


rrüilfficacios do obras 00
Trabafho. CAe:=e7;i e seu clivo re4trtitici-se a
aSrábt,'ido urna aba no valor ..:(: R$ 18000.0ls0.00
ot,r3r?fli. ,oi. ski icrn
c.is:iwrJr7t.r;riff-t'r7lr.rlte cio que
i,dozoif0 ír1hões reoisJ. Gerllon5=rcaçlO
récnit,a cz:a iir,anceiici para a
f;a7lJ.ìre5{7 não peS3tJlG1 oteafi(iccçdta
auanto mais a do Museu c1;;' Trabalho.
reof:7ceçõe de qu+<:iquot Odra,
LIDA ,00r n,ao
i.no+biliiQda o empresa cCflStrulCr>d
Crc;l; lcac(..rl
ilArtl
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yuct.ar7l+~nke ne'_t
oJendet oos regt;lfsÌtoS df7 CCrptelcitGa,çCICJ tecnitio.
Clratasutos ficfC,s por iledcais pelo TC E.
4.1.4. no quo!' conStUvCrnl Os
irqbif(tnt;do nela foi inlerpasio reevrsrl, chás no icitoc[nQ
tadü racao huuve o snterpo4lçno de recursos,

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2
(e-STJ Fl.217)

i4A
PJDCI`i jr faILtARIp

JUSTIÇA F F i?ERAi:

A<_sÌnaClo c5 C:orllruto C -0I11 >9<r:tc.lt,.rca de 53: r:F,!!f ^r


que um sua ciáusUta -4.8 - nab, sera_aditi+Gtlda_a.svbcocrtrofiaQa_.arS
Lorvi os n_ iseuçqo do _c*ntroto proibia Q}erGeErtiaçd;Q obrá
Ir.:ariac-cyçõeá CEP I "irDA.
empreso vYncPClçiff. Cans`rat;.õei
Irreciia rrfen.e lrj renFe'otl ._,_)^'ro'0 corn, r, ;,:Uri_!rc.liciltr
Crçn_+con peao Cr pInnEjirnerto reC:lir,dón:cc eJe fpxe.P1x;tis *1.,
r?r's71 :.i r'i.7:Cli:'é?(-J Sic
cUn'.+`rUç,:T(..1 o ':`iciflefe.i°i1{Qet¡q
[+

r.orlr'r134_r90 do t'.hu!;ev i'Cçrrrrio ílt!5 4L:r9io5 .-'


'sC61rQ i=Qr.i[;Cii:iil'i.7.i, ct,l;`<orf711: iror'+ál'v".fo de i!S ?^i/.i.l do Are:«) X.V.

CLEI
Em ":!.'wgt,idCi I:i4 C^O^.irr.7i[.5 cniK; Co ritilrl,lir=.,^,t?'; e Ir!ro'p':Irt;C,ne',
rer».r4rizoti:cs.2 c -.e parks ¿_r
LTü& eCC:nSrrutorci Cr>rntitir.r! LTDh, poro
'i?-)al'iCIt: !.tlY',
CiCini'rli$trQr.:g-iCY do obra. ívz C C)71strC.riUYa C:oiTr--lGCln Li JA.
f13j031 r 2, 1_i
rriü:I,iÚ no volor de R$ 5.0GÚ.r.iUO.l:0 .1,;.: rice. nlili'irJe- d% 'eCl.sj e
tini de fornece: r:cipitr.ir de g.'0 6 e`1pre::: CE!
Constato-se que pelo Ur.r^. aru' `.1aratto, as tr_Inc'y.rlf.riGï t.al:tl'.iCrJ:+
r7iunlclpCfs e os p7iliclllares ::ntrC.irYlrp erri acordo poro Cj'uF1 iodo t:
processo IrcitCr;ório ocorresse como occtret:-
;ic,c
E isso se ao.rhrritr pelas açoriter.lmaritos p.:stericros. urTi<': vez
glikçi$sinodo 'J CGntr(-]ti] entre Prefeitura .de SBC a a Cr:7r'is4rr_resí;e t'
CrJn31'u43v do Iti',l:Srtry cio 'r,al.:,.:alho rI l 7

ir}cQrPar05'i-O'e5 CEI LrúA. poço r7


{aul? G5 i )llr',is iC?ti5ttinl
abril CjE.? aa2 em ogo5t4J, Aifredea Luiz Nile' 1jrdGnUJ
parori,+;idqs poro a rsac5equiuçc3o do rnsfiajt,to,
urna yin que nain
o clue sVriri
constava a construçda de tfiri attc:iti;gio no sut?sriiw-,
quo'. o M,I,I«.i sulia
impaisíuet de ser racalizedn, dodo que ,rr eree no
ccar+strutdo ere cajivQ constar+te de alagr,rrer,tos.
poralizCrçcio da abra jer havia sido tlf 00I Ç1Tllt ti(i
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. ROsto cloro gaie ca


lot assinado em ()brit e c't'ru"+(1r,
anteriormente. .pois o contrata
pQprreftarTl eni ('f3rtef ro_
de scrsp,,tárisda dos obras foram pages irca5
D,arierifio o petiodo
pardAterrinirioçãa de Alfredo Luiz Buta e Osvaldo
1:>mrt.f:tus'ag-., rnnitat'o.

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(e-STJ Fl.218)

POhFFt fUU.OARI{)

JUSTIÇA FEDERAL

- ct,.. Se'
c1e Civet `:ere m2c:aU^'xe medico() .^..iSlr.frcla twit
Que .Zuu'q'..et otto 1-vessú <-r:io rer:lízadv.

O Cvrttrate foi QClIodo par it és vezes 5f-nlrTe or_'SrC:f .--r ;e O_


sea ver
Car S'J_:r,e aE(?c rner ;f'; 10ritOdOs err SeCF ;JC'L: 3
'Jü r.:
N E:4A.c:vlE 'ercEí'rlti%do - prGe1;: 'E-C'r7 3 7735
rc¡1_,Ite`".r0 - CerJCnYerrto cc- FrOtic7tC_C: 1Clic.' ccrr . _. : 'C7
O'OrtC:CO- LIDA e ,^, Apiccos ¡ccrrl'r- curl", .. .. 5: 'r
!: _. i
:r..'_t
.

O(oÌefti ex-C:Jtt:Q E -"':-e? p.qnAlr_cOc 5 rìCC'r'i''L.i, _


ar

'
02 Ce um: Q=. )C
Aplacas A,_,tr -ó'r's Hs. [E o'27 do -ad;; de
CV VC! `: t.-' NO busco 9.`SpreE?ri0o nC Jr"Pro, s
_
L.ranacCn OD=.. ::%rCrn Cpreerlri!Cas C'31>;Lz4 can' -3úC
-.."Jtr.aS e-- :`_'SGS `....
do C^rari'oCies o'LC)rpi)r!rt.-CBs Cr' LIDA. u cie
.J :e^ ra
com -o Flo_a _r-t7eltil:lr a i10..11fl7 tia Engvrncrid ce,l0cori
Ç_rrC;`CSi: Q._c
riratdrlr^crr.;E?:Ite out aCOr'str's14rC CronaCon LIDA
gere d've'sCGS C'JICs .:? pyres e:':7vesl.Ss.
c'rJ seja invU `0.1..
i7ens- GS corC:5 par 'Peia rr :et Ustas r`1es5oUs iurr..lic_:75
`:. e- tt-i C
Are esse ponto do narralivo dui raios ho ticf Jr: *._'
vem,)
qure cs CernJric:od-os
Alf;edc Luiz BUzO. OS'.ado 'ur.
o
Eduardo dos Santos. C thcrto V'eira Esquedeihodo
de Gomem acarao c.a -r o 4,r ne
Games de Andrade leriam agido
o errnp-escr nidaneo a
fraudar a Fcitação e o contrato, atribu[ndo errp'eso quct de `¡pie
objeta do l:Gtoçõo e repassando o e ecuçC10Irrcorpc
C1
rcrç..r; CE' 1_10:1
Consli'. çàes e
geria e administrava o conhecimer; c, sec:elÕ: os
(Construtora Crorrocon LIDA.) de pianoenviados e-' o s d'- do) _r
inclusive quanda a renegociação foram e
LIDA., o que derronstra c'orcrer;e
Construtora Crorrocon
conhecimento dos tatos.
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creverlfr':a apresentauo. cu;n cócia


Conforme o pedido de orrsao
e documentos passam a fazer pane dc presente V óriOs ow Js
r.tdc
públicos, nos quais a Construtora Cronocon
empreiendknentos rregu.!cres
47, já foram apontados conto
está envoMdo. pelo menor
peto ICE

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(e-STJ Fl.219)

{'t1L3ER. JUl7ICIARI.rJ

1US71t,A FEDERAL

r'calcVe.tv c7;ai3h.air F?rcwr,7s do Cxls3/4rlti,lci dc) i.rtrrte de orçianZtiÇtiU


CirYIrIU7Li, t::Fl5'.:,(içil,' rdf_r1ICgIC9, uleri5 +io, 4:,11'!i`t-:S r>rlïIIIVrjS lriyilJr;¡tt (i
' Gtlaçcio C contraio, diem do oeclslalo.

C dir,hYlfrj pout] pClgcn'ei1}J l'Jfis Odlfis H1r6'JYf`liY!. JU l.cI1vC:liio


f 'C:JE'rll - lb I+1.5r'wQ.000.0u o aokIeJCis r7!urliClt;,r's

rri.(ytQt'l1lIIUoüe 4 1.75 'rl(t C!t I 4'.)1+ 4''c.CL)"irïiri'-St'


r

clz-I';ori5t+aaG;a d? fr,.%rnci ,r; h_Inciarlen`ar ei eir+ r' 'It} uOlJlii:;r I>Irvrr;llivtl.

Cúrcld!ci do C?r4:,flt' - .Erltcri'-lesL' vela e,ÇFressr3c 'J


indsrk;r!zot3i i{ itCie Eh) BL' ir1cillle' (i Uf illiYl no soï_lecl?=1CSl:, !_It,l:. cont.
regra (dodo pelo ijrr,n'iea de . ni çiE+r foi grove, d''
rr7GritcUKl]r repff'cr.tssÓO. cern reflexos neCis7livoS 4' Frc:U"r'ICJlrLris lid ....du ;.:o
^`ViICs, ïJrCSOi_ior1dL"6çivaJ;.ti:S 'O,:rty1 Irtihh°:' inn rli; ,'rl VAI IU:;+i;:;ÇCJ"
um ?one sc?ri'rYic:?io dT IFYIDu'"<IdoCj+3 e de Ir.Segrirorrï<:::, cube t;:_
Jud clarlo Cieternrir(ir o tLc.hliInlCft'o ccler'te'.." ¡GI.) Ihrt:-rttrr sit* Sauz;ã
I\ucci, Isi,ç:ncaaa Processo Pend e=:Ke.c'.;r;:nn Ì'rnot.. II°. Ew. Ed.
ctrCnse. p..553J Diz O i`ttsrtró oue o acanNa (id ordem público podn 4:--r
viSvclt{Ido pc,+ võrre75 Votes cien3rc; eles f"r jrit'.ir.jr]:::r'' ?:Ur'crcil+;7 ,.icl
Irar4üÇGrr3. a reFe+C'asSC'+o gpGiai e r.ti.eriC,il7s'Cd(lce r,.á:_ aflE?ntt,

Os Munlcipo.i ioriirs:
SrecíerC7'i,,s mas rYlorllfirti
Mir9L'oFQS corn os fundontriUy ao PrefetLirn r`'tIJ`iiì ii2C11. P'alfl:;d° LUIi ZLII[l1
era assessor pessoal do ?refeiic' Luiz Mar ri no. eonsc'Ci°np. scus
dápa'r,:ent[a nas.ir:veslic.aÇóes, o que ciorlotrU que (ern influência sobre
as luncrortarras que corn ele ,abal*tcl;I,rn.

Os ,pcsrtcufart4s, todos canlratonlr*: corn o rode!. f -Ú+r.liccl.

perpdtudrão suas condutos dlem de (.?errïiitir cue o ossc,c:iciti.ï:t,


cnet'lyntlxa continue em plena funcionome.nio.
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Alem tlo mat eJ. quantidade dos delitos e a tempo poio qual vêm
ccrr.rrettl,;s dementia o cruss.açrao imedit5tci oeIes, rne,tiçlnla o
carlhriamg*~fc. dos Gger?ies, urna vez que aer-nonsiryan7 0 hoUis.lo4icïcade
I,t,'+t0y4

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(e-STJ Fl.220)

ROPER JUU' ICt,AR:CI

JUyfi(;x1 FEDERAL

I(il aJlrh~[)I;".'pi. N!_' 111L f=47rC1F;ïOVvr air d17


P11.,41341W8.5! ï1pr.vSt-^11rUCJr; nos Ciu"rJs tJ?I
rsIlfr?;.sr7[1Lrilt: :111`IIIf11, '[7 CVO
Cor sttt)l'l:iF?5 +y -S
tl[}tl. !t..114_1 o_j!'l: S';'+
InC:CiIi?Orl.Il .i'° -,s
^ãi?t'I'1cIC° L^tir1ieUd) de St"Js F(11`1uUlÈld':)lU>. CJCJ4'U t_IC; IJ.,',i lJ
C]':rC"Ct:SClo. t,lrr1Ki ',[;z quo i3U5suI rIC:IU[.iC15 quo ,:Srrlcl r!n'. r5n1a7rrYr'r '¿.:, .
Preciso Gorrf;n,kr-IVs, Oro. SC h15 (if -1 ', I.,r; ' (,rllc,rr;';ri
Y
.
trer1c:14,'GiO I)00 C S'nSirllloro CrLr'Icicl.r. i.rliA.. l;11 ;'11.1, ' ltn'1: I:lfrlf-I'.rl
ce Itichof:C.1, c(Sl(j +'p,t) posso tillr :'1',ilrltrflrJrlrr (tl?Irbl)t:4'I
col- tin ui `ndo oU'rtIÇ [1È7í f)5

A. sinipl+s Ilo11CIl3 t1Cl Ur?!..'It[C;t9[5 IiE'teslCl, IS?,a'..nJ ;I rrv'n_Ira tllie,I':'..l.t


l^IL'v'SIyc Y3 .rod!oltIlltn.) t lc) IItjar r2,'`..ícr!ï5Ct1ilY3n't'i11:., L cJ:.J',.! yyltJ4i:1
rJ'p.uraÇJo. E ti5ïQ5 .:t)'lllil',,:oIt'Ìiì. r_,u;rar'LI() r-4()Ilt I '

,n;rignaçQo no p^i?I I'(i{, t.t>)_

Cokrvel o prisão prcyentvrJ rtant9clinl?nst? ricl :::'J


ordem (ern 'eels os seus cr_peciws).

C ì.r3 julrJaclu oriundo do TRE3. no ^tr;,mo .<.eI ïll''Ic:

P F?OtwESS° PENAL, RECJRS'J C'A JUSTIÇA P AiLICA. DECISÃO DE -


PRIMEIRO GRAU INC3EFERI'O4IA DO :-'FD'IDG' 7E I'hI$.ÃrJ F'REVENTI''irt.
pFFC1RMA, PRESENÇA DOS PcOUIS1T05 'sil..ãAIs DA CUSTODIA ç-rAI.ITFI
REC.,NH4ClMENTt`3 DO RI;GUrsItt;,) .E'vAl- EXPRESSO NO "FJrvIdJS BON,
!'JMS'°. NECESSIDADE DE SEC,IRANÇ A DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL N.A[.;
CARACTERIZADA. PRESENÇA DE RISC() A. Ctr'\RANIIA DA Ctnl=rvt,
GRAVIDADE D0 CRIME E SUA F'CPERc.,USS,AO. GRANDE ABALO SOCIAL,
CREDIBILIDADE DA JUSTIÇA. NECESSIDADE DE ¡v4A,NUI'ïãNC,.A:) OA
TRANQÜILIDADE PIJF341CA. GARANTIA DA ORDENA ECC.NômiCA. ARlt{ :'.t
20 DA LEI NI` 8484¡90. PREJU#ZO CAUSADO LOIRE CC+NCC?RI'FhrCl,+.
OU r4 LIVRE INICIATIVA. ARTIGO 170. PAR, 4°. DA CC?NSI1TUgÇ+1O
JEIDICIARIA, DE POLICIA. SEM NATLtRtit`+,
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FEDERAL. MEDIDA.
tANTECIPATORIA. INEXISTÊNCIA CE OFENSA AO DISPOSTO NO ARTIGO
lnrCI5O5 IMP E I..ïCI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. CONvENIÉNC IA ItiA
rIrNSTRuÇk0 CRIMINAL FALSITICAÇÃO E DESTRUIÇÃO DE PROVAS
PRESENÇA DE FORTES INDÍCIOS. PROBABIUDADI: RAZOA'vtEt CE

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(e-STJ Fl.221)

PODER JUOICIARIO

IUSTICA FEDERAL

tdc'1.4, NA AI'URAÇ.:iJ DOS FATOS. RECJRSU ?R(.ivºGO PRi3AC1


I'yLvt.NtivA Clc'..F.'t:TA.DA. MANDADO DE PRISMO t WED .DO

+
E .:N Se( tot(?) 91(100 O t.irlClsdD indP'C^fltGrlp (it' C1ot.'CIVIüÇl`lo Cie
pr sr1O (JrV':I,.I 111V1.1 C10L11C10. rJ1UVOCIa f3 t?XrSt(+I1CiCr OLIN ' 110 14.!'+ 1111pUtr.1.10S
V.'.'. r)rt."'Se11C,"Ct Cl!? 1"CttrlQi (je .;ulcYºa res<'itia: vt?fTt11St+p'1 Ci ^lC¡L,'SIrC>
t0,1.)1 frtlJlrsCOII(l < t'fDn(1Gú rim c .JrIJ^1 It}0110t11' 411,t Lit C nlri t' r r5 '

,1':1 nF't'tns51Lt1C11t (1r 1 [.l!slpcllCi rJUrQ I+11y Ct'.' C1cIrC;tOlt] Oil .al P '1 ,.t''._' '. 1

,_r_'Ur'L? berrl COMO ...,^.'U CJ3cÇUr:r 41^c;r,lr.cr'Cri^1 rnl.


A Ill''_6;1(rrCtt' do rq15.t:U in. ln: L' tl" , ., , re t-jr Il I;I
II
41 (,p+l'_GÇat1 do lE:i pe",Ul não e:16 ,_'+'ye"C,U':14 td'"Cyo en' Y,i':1
f):. ()VON r Olt t'.oUC11 i1r S'_P.'l:') 41e"71r'r,`itK]rerY r"t'C off o `.r:.tiN'.1'
mC111f.`11t.".. c7 r.^t'^fr^^^r1 'r;rrl C1,,n't1Cjo U?rJ postura 7r .C'Ot `.]r .: J

ll;r]OSIÇ^C) +:ti:1 JC,St.(;CJ CirrilIi.)IGti_c:r,d:% G tQ'.ICr; CS C'.'.-. 't''c1tIVCiS ,I`l


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IIi, ExlsrirydCti nos autos ir1Cl!C'os vltiOtTlt.11+tn, nQ ir?111i.7t'I de pie 0',


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prevenir o reprodução de fotos criminosos, mcs, taimbérrl, engloba
credibilidade do just, o. em
ideia de acautelar o melo social e o próprio
Repouso
face da gravidade do crime e de suo :epetussco.
púcllº'n
principalmente. no necessidade de ser mantida a tranquilidade
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e assegurado a neato de que o ordenamento
respeitado para que possa reinar o segurança no meio saciar., corri o
detalho cieque nôa se subiroern ao império do legalidade os
detentores do
ocupantes de cargos elevados, nem tampouco as
pºdnr r conurnico

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(e-STJ Fl.222)

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Vitt_ Su os :!erT1rnios CC1rrCt3GC1s LAos
rjr'0, tq''es indicadores de que
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as que 1nt4'ressa'.G1ri1 1r Justiço
interesse da detesa foram ojados
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na sentido de preiudictar o
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i?r-r_Urto O cluf; st] dó Glr-avimenlp port; r.t
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recorrido. nos lorrrlos do dispo_to r.0
decretado a at35rJo preventivo do
Procosso Penal, coin a expedição U1.'
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+,actr+ra rnan:ladu do prisão.

te.

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(e-STJ Fl.223)

ff3DER JUDICtA321i7

JUSTIÇA FEDERAL

I ì RF3. RS_ -RECLRSO EM SENTIDO ESTRIO 2630 ,.4,i0t3°9-


~c
22.2a0C.4.33.6181, ._'e;=nr(cl -t'º
DEç-Ef;iBr,'G,DOP,., Fi:3,.._ fi l._A.
c

CANAAyGO GrJlNì,t`. TLiR.m,y, - 1A, SEC; '31t;'3t260'.DJI.


D>>.T,a.:03f04I21301 RAGINA; 12841

Q.;C?r?f[] c odufiercçao de .,,Y -Oves e i'ì+ ::)i 'F_ ,rT::'stpc4 C1Je-


pJS[1ji7Y Q.s. Jesit`r7lurhUl lAr7ì i:a14JrC1 ofyClt.: '"_1QQ SILL.

lUp'teer'C',.(Jl7S .r.`Ot:,,^?t°Y..3"s Llih'rcOâ á pQ'1.('.1..2,1e: Jr:


1YT+7^':erlri. iC:r6JOr?,eIfrT poro O C_'cre2:7 CJ..^ pr-s;j0 c.:y:.
fJnd7rnenlC.
Observo cl,:v ovenhuU s c6nCJ:çDpi fiGss^G's oi L::-.

fvvsrQCTdiCs - rv'::tSt?r'ic_ eraii7rCgC e bons `]r',i:-zec_imes -


L7fcs'Cr'T `eaCr 5i ;v, c da !)re: rl,'.IT. Q_'".7-,:"
cfera^ensirddro t. ;;reser'tr de seus requ3si:os STF r?-ti7Ç' -..
10/03/2306. cc; 54: S7,, 55.641-T0, DJ 14¡'68/200t- pg.203I.

Pa5f0 isto, DECRETO A PRISAO PREVENTIVA DE ALFREDO LUIZ BUSO,


ANTONIO CIèLIO GOMES DE ANDRADE, EDUARDO DOS SANTOS, GILBERTO
VIMA ESGUEDELHADO E OSVALDO DE OLIVEIRA NETO, corn tvndarnewilo
'dos
n,o artigo 312 do Código de Processo Penal, i;xpe.ç{mt-se cr; rnan
._;-auie rzr
Deixo de apreciar os pet-lidos do rafcysiprrTsolo
rrcancictC,, cargo, emprego função pública Dar ;Iòd vssd.rrL31i:,' n
ut.gierTcir± nerr, ca perigo de perecimento do dxAitcr. Tal pec;:C;r'. 3er7
e.orecieada no reforno rio plantcio.

in ,mart -se.

dezembro r3e 20 )6
3taº Bernardo do Campo, 22 de
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ANA r.IktCRÍRI111EIRiELLES DE OLIVEIRA


Join, Federal

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(e-STJ Fl.236)
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(e-STJ Fl.237)
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(e-STJ Fl.238)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA - 3a REGIÃO

Habeas Corpus n°: 0023138-15.2016.4.03.0000/SP


Impetrantes: Pierpaolo Cruz Bottini e outros
Paciente: Alfredo Luis Buso
Impetrado: Juízo Federal da 3a Vara de S. Bernardo do Campo/SP
Relator: Des. Fed. Nino Toldo - 11a Turma

Habeas Corpus. Pedido de revogação de prisão


preventiva. Operação Hefesta. Liminar indeferida.
Esquema criminoso complexo que exige medidas
especiais de investigação para completo
elucidamento dos fatos. Paciente que teve
participação relevante no esquema criminoso,
como agente público responsável pela assinatura
e execução do contrato de empreitada n° 66/2012,
custeado com recursos federais oriundos do
convênio investigado. Pela denegação da
ordem.

Egrégio Tribunal
Doutos Julgadores

Trata-se de Habeas Corpus (fls. 02/29), com pedido de


liminar, impetrado em favor de ALFREDO LUIS BUSO contra ato da 3a Vara
Federal de São Bernardo do Campo/SP, consistente na decretação da prisão
preventiva do paciente nos autos de n° 0007637-12.2016.4.03.6114, no bojo da
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"Operação Hefesta".

Sustentaram os impetrantes que (i) inexistem


fundamentos para a segregação cautelar do paciente, e que (ii) o estado de saúde
do paciente é frágil, requerendo rigoroso acompanhamento médico. Requereram a

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(e-STJ Fl.239)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 3a REGIÃO

concessão liminar da ordem, para que seja revogada a prisão preventiva, ainda
que substituída por medidas cautelares alternativas.

O Exmo. Desembargador Federal relator, em decisão às


fls. 223/226, deferiu o pedido de liminar, determinando a soltura do paciente
após o recolhimento da fiança, estipulada em 200 (duzentos) salários -mínimos,
bem como impondo as medidas cautelares de (i) comparecimento mensal perante
o juízo de origem, (ii) proibição de acesso à sede e estabelecimentos da Prefeitura
de São Bernardo do Campo e das empresas Construções e Incorporações CEI
Ltda. e Construtora Cronacon Ltda., (iii) proibição de manter contato com demais
investigados, bem como com servidores e agentes públicos da Prefeitura de São
Bernardo do Campo e representantes das empresas CEI Ltda. e Cronacon Ltda.,
(iv) proibição de ausentar-se do domicilio por mais de sete dias sem autorização,
(v) recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, (vi) monitoração
eletrônica mediante o uso de tornozeleira, assim que possível, e (vii) proibição de
ausentar-se do país, com a entrega do passaporte brasileiro e eventuais
passaportes estrangeiros ao juízo de origem.

É a síntese do necessário. Passo a opinar.

A ordem deve ser denegada.

Mérito.

A prisão preventiva, conforme disposto no artigo 312 do


Código de Processo Penal, `poderá ser decretada como garantia da ordem
pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal, ou para
assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria".

No caso em tela, conforme narrado pelos impetrantes,


o paciente teve a prisão preventiva decretada no bojo da representação de
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número n° 0007637-12.2016.4.03.6114, no bojo da "Operação Hefesta", com


fundamento na garantia da ordem pública (cópia da decisão às fls. 213/221).

Pelos elementos carreados aos autos, verifica-se que a


prisão preventiva do paciente é medida plenamente justificada.

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(e-STJ Fl.240)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 3° REGIÃO

Conforme descrito na representação do Parquet, copiada


às fls. 31/132, tramita no Departamento de Polícia Federal - DELECOR
investigação destinada à apuração de crimes cometidos no Município de São
Bernardo do Campo/SP de julho de 2010 até o presente, no bojo da licitação e
execução das obras do Museu do Trabalho e do Trabalhador, a ser construído
naquela cidade com o uso de verbas municipais e federais, estas oriundas do
Convênio 744791/2010, firmado entre a União Federal, por intermédio do
Ministério da Cultura - MinC e a Prefeitura de São Bernardo do Campo.

As investigações revelaram a existência de complexa


organização criminosa formada por agentes públicos da Prefeitura de São
Bernardo do Campo e por particulares, estruturada para a prática de crimes contra
licitações, peculato, falsidade ideológica e inserção de informações falsas em
sistemas da administração pública, organizados em quadrilha.

O Convênio 744791/2010 foi firmado em 01/07/2010, com


prazo inicial de vigência de doze meses, destinado à implantação do Museu do
Trabalho e do Trabalhador na cidade de São Bernardo do Campo. Considerados
os cinco termos aditivos, o valor do convênio foi de R$ 21.682.704,04.

O Convênio 744791/2010 foi eivado de ilegalidades


desde a sua celebração, considerando que foi firmado sem a prévia aprovação
do Ministro da Cultura, sem prévio parecer jurídico e sem qualificação jurídica e
econômico financeira do município proponente, em procedimento que tomou
apenas quatro dias úteis. Firmaram o convênio Kleber da Silva Rocha, secretário
substituto da SEFIC/MinC, pela União, e Luiz Marinho, prefeito, pelo Município de
São Bernardo do Campo.

Firmado o Convênio 744791/2010, a licitação promovida


para contratação da construtora responsável pelas obras do Museu foi fraudada a
fim de direcionar o resultado do certame para as empresas Cronacon e Flasa,
que vieram a ser subcontratadas, em violação à expressa proibição constante do
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edital e do contrato de empreitada, pela Construções e Incorporações CEI Ltda.,


esta vencedora do certame.

Osvaldo de Oliveira Neto, à época Secretário de Cultura


de São Bernardo do Campo, determinou a instauração de processo para
contratação, autuado sob número 80192/2011, contendo planilha estimativa
3

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(e-STJ Fl.241)

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL


PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 3' REGIÃO

orçamentária que apresentava valores superiores àqueles previstos no


Convênio 744791/2010, bem como solicitou, junto de José Cloves da Silva,
então Secretário de Obras, a inclusão de exigências indevidas de qualificação
técnica aos concorrentes, destinadas a restringir o caráter competitivo do
certame.

Relevante destacar que a planilha orçamentária que


instruiu o edital de licitação, para além de estar em desconformidade com o
plano de trabalho aprovado no Convênio, era falsa. Em cumprimento a mandado
de busca e apreensão na Secretaria de Obras de São Bernardo do Campo, em
13/12/2016, foi localizado um CD contendo, dentre outros arquivos relacionados ao
Museu, uma planilha contendo o real valor estimado da obra - mais de 28 milhões
de reais.

As investigações revelaram que a empresa contratada,


Construções e Incorporações CEI Ltda, evidentemente inapta para a obra, apenas
sagrou-se vencedora do certame em razão do prévio conluio entre os
servidores públicos, os sócios da CEI e os gestores das demais empresas
concorrentes CRONACON e FLASA, posteriormente subcontratadas pela CEI na
execução do contrato da obra.

A CEI Ltda., representada por Élvio José Marussi, Carlos


Alves Pinheiro e Antonio Célio de Gomes Andrade, não possuía qualquer
condição de liquidez, tendo apresentado resultado operacional líquido em 2010
de apenas R$ 7.872,94, tampouco possuía qualificação técnica para a obra,
tendo apresentado atestados de qualificação técnica referentes a obras realizadas
por outra construtora. O endereço indicado como sede da empresa foi
comprovado como sendo falso, bem como seu quadro societário era
composto de laranjas.

Não obstante as claras evidências de que se tratava de


empresa de fachada, em 11/04/2012 o então Secretário de Obras ALFREDO
Documento recebido eletronicamente da origem

LUIZ BUSO e o Secretário de Cultura Osvaldo de Oliveira Neto adjudicaram o


objeto do certame à CEI Ltda.

O contrato de empreitada 066/2012 foi assinado por


ALFREDO LUIZ BUSO e Osvaldo de Oliveira Neto, por parte da Prefeitura de
São Bernardo do Campo, e Carlos Alves. Pinheiro, _este último representando a
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(e-STJ Fl.242)

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CEI.

Na vigência do contrato, prorrogado por três vezes, a CEI


Ltda. subcontratou outras cinco empresas para realização das obras, o que era
expressamente vedado pelo edital e pelo contrato, ilegalidades que foram
admitidas por ALFREDO LUIZ BUSO na qualidade de responsável pela
execução do contrato.

ALFREDO chegou a determinar a paralisação do


contrato para alterar substancialmente o projeto após o início das obras, sob
a falsa justificativa de "elevação dos índices pluviométricos", resultando em
revisão a maior dos valores contratados e expressiva vantagem econômica à
CEI. O impetrante autorizou sucessivas prorrogações que resultaram em reajuste
de preços, sempre a maior. De outro lado, os relatórios de medição dos serviços
prestados apresentados pela CEI eram ideologicamente falsos, atestando o
cumprimento de serviços que sequer haviam iniciado. Durante a execução do
contrato, Sérgio Suster e Osvaldo de Oliveira Neto atestaram falsamente a
execução de serviços para que fossem liberados pagamentos indevidos à
CEI.

Não bastassem as demais condutas criminosas


praticadas pela quadrilha, ressalte-se que visita de técnicos do Ministério Público
Federal ao local da construção do Museu do Trabalho e do Trabalhador realizada
em julho de 2016 revelou que a obra sequer foi finalizada.

A par dos fartos elementos de prova reunidos ao longo da


investigação, as peculiares circunstâncias pelas quais se desenvolveu a prática
delitiva - interposição fraudulenta de pessoas naturais e jurídicas e toda sorte
de irregularidades em numerosos processos administrativos (convênio,
licitações, contratos administrativos) - demonstraram a concreta necessidade
da adoção de técnicas especiais de investigação e de medidas coercitivas para
completa elucidação dos fatos, identificação e responsabilização dos co-autores,
Documento recebido eletronicamente da origem

participes e beneficiários.

Neste contexto, foram deferidas, no bojo da


Representação Criminal n° 0007637-12.2016.403.6114 as prisões temporárias de
(1) ALFREDO LUIZ BUSO (Secretário Municipal de Obras), (2) Antonio Celio
Gomes de Andrade (CEI), (3) Arthur Anísio dos Santos (Consórcio
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(e-STJ Fl.243)

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Enger/Hagaplan/Planservi), (4) Eduardo dos Santos (CRONACON), (5) Francisco


de Paiva Fanucci (BRASIL Arquitetura), (6) Gilberto Vieira Esguedalhado
(CRONACON), (7) Osvaldo de Oliveira Neto (Secretário Municipal de Cultura), e
(8) Sérgio Suster (ex -Secretário Municipal Adjunto de Obras), conforme a decisão
copiada ás fls. 134/138.

Ao fim do prazo fixado em lei para prisão temporária dos


investigados, diante: a) da comprovação de que haviam promovido a
adulteração, inserção e supressão de documentos relativos aos fatos objeto
de investigação, b) da necessidade de desmantelar a associação criminosa e,
assim fazer cessar a prática delitiva habitual lesiva aos cofres públicos, c) do
grande potencial corruptor da organização criminosa, evidenciado pela
apreensão de documentos demonstrando que a Secretaria de Obras de São
Bernardo do Campo chegou até mesmo a delegar à Construções e Incorporações
CEI Ltda. a realização de cotações de serviços variados, relacionados ao próprio
projeto do museu, d) do fato de que os vultosos recursos públicos desviados
pela organização criminosa não foram ainda recuperados e localizados, e de
que tampouco foram localizados suficientes bens que sirvam ao ressarcimento
integral do dano causado pela prática criminosa, e e) de que os investigados
dispõem de vultosos recursos financeiros auferidos com a prática delitiva e
de contatos na Administração Pública, estando sujeitos, caso condenados, a
severas penas privativas de liberdade, possuindo, portanto, meios e motivos
para fuga, o MPF requereu a decretação da prisão preventiva de (1) ALFREDO
LUIZ BUSO (Secretário Municipal de Obras), (2) Antonio Celio Gomes de Andrade
(CEI), (3) Eduardo dos Santos (CRONACON), (4) Gilberto Vieira Esguedalhado
(CRONACON), E (5) Osvaldo de Oliveira Neto (Secretário Municipal de Cultura),
para a garantia da ordem pública, da futura aplicação da lei penal e por
conveniência da instrução criminal.

A r. decisão recorrida houve por bem decretar a prisão


preventiva requerida, fundamentando-a na necessidade de acautelar a ordem
Documento recebido eletronicamente da origem

pública, decisão ora guerreada.

No entanto, não obstante a comprovação de adulteração,


inserção e supressão de documentos relativos aos fatos objeto de
investigação por membros da organização criminosa, a r. decisão indeferiu o

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(e-STJ Fl.244)

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pedido ministerial de prisão preventiva pela conveniência da instrução


criminal.

Ademais, a r. decisão simplesmente deixou de apreciar o


pedido de prisão preventiva para garantia da futura aplicação da lei penal,
muito embora o comprovado desvio de enormes somas de recursos públicos, que
ainda não foram recuperados, bem assim a causação de graves danos em
decorrência das condutas criminosas, que precisarão ser ressarcidos, além da
demonstração da existência de fundadas razões para temer pela fuga dos
investigados, que possuem meios e motivos para tanto.

Em 23/12/2016, foram opostos Embargos Declaratórios para


integração da r decisão, os quais, na mesma data, foram rejeitados.

Ainda em 23/12/2016, o Exmo. Sr. Desembargador Federal


NINO TOLDO concedeu liminar no presente HC, impetrado em favor do paciente,
revogando a prisão preventiva decretada para garantia da ordem pública.

A decisão que decretou a prisão preventiva para


resguardo da ordem pública foi proferida sem análise de todas as causas de
pedir levantadas pelo Ministério Público. Assim, consoante a previsão do artigo
311 do Código de Processo Penal, pugna o Parquet pela devida e necessária
apreciação de todos os graves fatos alinhavados no julgamento deste
Habeas Corpus.

Desnecessário frisar que, nesta hipótese, não haverá que


se falar em supressão de instância, uma vez que todos os fundamentos e
pedidos ora deduzidos foram levados à apreciação em primeiro grau.
Deve-se destacar que a prisão preventiva decretada no
presente caso visa acautelar contra riscos à ordem pública, importando analisar
se a manutenção do investigado em liberdade pode causar abalo à ordem
social. Segundo leciona Guilherme de Souza Nucci:
Documento recebido eletronicamente da origem

Entende-se pela expressão a indispensabilidade de se manter a ordem


na sociedade, que, como regra, é abalada pela prática de um delito. Se
este for grave, de particular repercussão, com reflexos negativos e
traumáticos na vida de muitos, propiciando àqueles que tomam
conhecimento da sua realização um forte sentimento de impunidade e
de insegurança, cabe ao Judiciário determinar o recolhimento do
agente. - Manual de Processo Penal e Execução Penal, 11a Ed.
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(e-STJ Fl.245)

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No caso em tela, trata-se da prática habitual e reiterada,


desde 2010 até o presente, ao longo de seis anos, de crimes por
organização criminosa altamente organizada, dotada de alto poder
econômico e político, com nítida divisão de tarefas, infiltrada no seio da
Administração Pública Federal e Municipal, voltada à obtenção de vantagem
indevida em prejuízo dos cofres públicos.

Saliente-se que a utilização de "laranjas" e empresas de


fachada para interposição fraudulenta em contratos públicos e privados
são fatores que revelam a habitualidade e a sofisticação do esquema
criminoso, e portanto revelam a necessidade da prisão preventiva para
debelar esse quadro de corrupção sistêmica e profunda, sob pena de seu
agravamento.

A posição de destaque de ALFREDO LUIZ BUSO, então


Secretário de Obras do Município de São Bernardo do Campo, no esquema
criminoso torna explícito o cabimento da prisão preventiva.
Ademais, no caso dos autos a organização criminosa
ocasionou enorme prejuízo ao erário (totalizando o valor aproximado de
R$ 10.900.000,00 - dez milhões e novecentos mil reais), que precisa ser
ressarcido. Pelo que se depreende do comportamento ganancioso e
inescrupuloso adotado pelos investigados ao longo de mais de seis anos, é
evidente que, em liberdade, farão de tudo para dissipar/ocultar os bens
adquiridos com valores auferidos pela atividade delitiva, praticando
novos delitos, em evidente prejuízo à ordem pública.
Ressalte-se que ALFREDO LUIZ BUSO, assim como os
demais membros da organização criminosa, é pessoa extremamente bem
relacionada, detentora de poder econômico e político, e segue fruindo do
Documento recebido eletronicamente da origem

prestígio angariado pelo exercício do cargo de Secretário Municipal de Obras.

Com efeito, há elementos que permitem inferir que já há


muitos anos ALFREDO LUIZ BUSO participa de esquemas fraudulentos
na Administração Pública. Reportagem da Folha de São Paulo, datada de 22

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(e-STJ Fl.246)

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de setembro de 2002', relata que ALFREDO LUIZ BUSO, então diretor do


LIMPURB - Departamento de Limpeza Urbana do município de São Paulo,
contratou, sem licitação, em nebuloso processo de emergência para
serviços de limpeza, por R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), a
empresa argentina Cliba, pertencente ao empresário de transportes Romero
Teixeira Niquini. Tal empresário, até 1998, declarara rendimento médio de R$
2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) e nenhum patrimônio, saltando, em
2001, para o patrimônio declarado de R$ 4.000.000,00 (quatro milhões de
reais) e rendimentos de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) mensais, tudo
conforme se lê do documento anexado ao pedido de prisão preventiva,
contendo a impressão da reportagem.

Perante a 1a Vara da fazenda Pública da Comarca de São


Paulo, nos autos da Ação Civil Pública por Improbidade Administrativa n°
0041974-43.2009.8.26.0053 (antigo n° 053.09.041974-2), ALFREDO LUIZ
BUSO responde por outro ato ímprobo, igualmente praticado na condição
de diretor do LIMPURB - Departamento de Limpeza Urbana do Município de
São Paulo, consistente na contratação ilegal da empresa Global Serge para
prestação de serviços de limpeza.

Ressalte-se, ainda, que em cumprimento a mandado de


busca e apreensão expedido pelo MM. Juízo a quo, foram apreendidos, na
Secretaria de Obras, documentos relativos a um novo aditivo de valor ao
contrato n° 66/2012, consubstanciado em cotações de preços, feitos na
realidade pela CONSTRUÇÕES E INCORPORAÇÕES CEI LTDA, adulterados
para dar a aparência de que as cotações haviam sido realizadas pela
Secretaria de Obras.

Também na Secretaria de Obras, encontraram-se oficios


enviados pelo Ministério Público Federal às empresas BRASIL ARQUITETURA
Documento recebido eletronicamente da origem

LTDA., EGEPLAN, CONSÓRCIO ENGER HAGAPLAN


APIACAS E

PLANSERVI, requisitando-lhes informações sobre os contratos relativos ao


Museu do Trabalho e do Trabalhador para instrução do inquérito civil público
instaurado pela PRM/São Bernardo do Campo.

i http://wwwl.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2209200214.htm
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(e-STJ Fl.247)

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As anotações encontradas junto aos Ofícios do


MPF demonstram que os envolvidos estavam a combinar versões entre
si, para ludibriar a apuração dos fatos desenvolvida em inquérito civil
público.
É evidente que, figurando como investigado, ALFREDO
LUIZ BUSO buscará apoio junto a integrantes da Administração Pública e a
pessoas dotadas de influência no meio empresarial.

Outro fundamento de ordem pública para a prisão


preventiva do investigado é o grande potencial corruptor da organização
criminosa. As condutas perpetradas por ALFREDO demonstram seu profundo
desprezo pelo serviço público e evidenciam que o paciente conhece os nomes
e os modos de abordagem de servidores públicos corruptíveis, que aprendeu a
reconhecer, ao longo dos anos de atividade criminosa bem sucedida. O
prejuízo concreto que a atividade ora investigada causou aos cofres públicos é
incalculável e não será estancado, caso o paciente não seja mantido
preventivamente custodiado e assim aguarde a prestação jurisdicional penal.

As duas turmas do Supremo Tribunal Federal têm


entendimento de que a estruturação de organização criminosa de modo tão
bem articulado (e lucrativo) que torne provável a reiteração criminosa (por
outros meios) da atividade da organização impõe a prisão preventiva,
como forma imprescindível de desarticulação do esquema:

"HABEAS CORPUS. (...) O poder econômico do réu, por si só, não


serve para justificar a segregação cautelar, até mesmo para não se
conferir tratamento penal diferenciado, no ponto, às pessoas humildes
em relação às mais abastadas (caput do art. 5° da CF). Hipótese,
contudo, que não se confunde com os casos em que se comprova a
intenção do acusado de fazer uso de suas posses para quebrantar a
ordem pública, comprometer a eficácia do processo, dificultar a
instrução criminal ou voltar a delinquir. No caso, não se está diante de
prisão derivada da privilegiada situação econômica do acusado. Trata-
Documento recebido eletronicamente da origem

se, tão-somente, de impor a segregação ante o fundado receio de que o


referido poder econômico se transforme em um poderoso meio de
prossecução de práticas ilícitas. Custódia cautelar justificada,
também, em face dos fortes indícios da existência de temível
organização criminosa, com diversas ramificações e com possível
ingerência em órgãos públicos. Tudo a evidenciar que a liberdade do
acusado põe em sério risco a preservação da ordem pública. Excesso
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(e-STJ Fl.248)

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de prazo inexistente, dada a verificação de término da instrução criminal,


encontrando-se os autos na fase do art. 499 do CPP. Demora na
conclusão do feito imputável unicamente à conduta protelatória da
defesa, que não pode se beneficiar de tal situação, por ela mesma
causada. Questão de ordem que se resolve no sentido do
indeferimento da liminar" (STF. HC-QO 85298/SP.. Relator p/ o
acórdão: Min. Carlos Britto. Julgamento: 29/03/2005. Órgão Julgador
Primeira Turma. Publicação: DJ 04-11-2005, p. 26. Ement. v. 2212-01, p.
65. RTJ, v. 196-01, p. 258)

"HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA.


GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA E CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO
CRIMINAL. NECESSIDADE. 1. Prisão preventiva para garantia da
ordem pública. O Supremo Tribunal Federal vem decidindo no sentido
de que esse fundamento é inidôneo quando vinculado à invocação da
credibilidade da justiça e da gravidade do crime. Remanesce, sob tal
fundamento, a necessidade da medida excepcional da constrição
cautelar da liberdade face à demonstração da possibilidade de
reiteração criminosa. (...) 3. Ordem denegada." (STF. HC 86175/SP.
Relator Min. Eros Grau. Julgamento: 19/09/2006. Órgão Julgador
Segunda Turma. Publicação: DJ 10-11-2006, p. 65. Ement. v. 2255-02,
p. 428; LEXSTF, v. 29, n. 338, 2007, p. 352-361)

Saliente-se que eventuais condições favoráveis ao


paciente, como bons antecedentes e domicílio fixo, ainda, que comprovadas,
não justificariam por si só a concessão da pretendida ordem, consoante
precedentes do Superior Tribunal de Justiçai e do Supremo Tribunal Federal'.

Tampouco o alegado estado frágil de saúde do


paciente justificaria a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão,
mormente quando os impetrantes descrevem tão somente que o paciente "usa
com frequência fraldas" e `precisa fazer rigoroso acompanhamento médico",

2 RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO.


REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. IMPOSSIBILIDADE. FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA. ASSEGURAR APLICAÇÃO DA LEI PENAL. RECORRENTE FORAGIDO. A
EVENTUAL EXISTÊNCIA DE CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS NÃO IMPEDE A
DECRETAÇÃO DA CUSTÓDIA CAUTELAR. EXCESSO DE PRAZO. INEXISTÊNCIA.
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AUSÊNCIA DE FLAGRANTE ILEGALIDADE. RECURSO DESPROVIDO. (...) -O


entendimento do Superior Tribunal de Justiça é firme no sentido de que a presença
de condições pessoais favoráveis, como primariedade, domicílio certo e emprego
lícito, não impede a decretação da prisão cautelar, notadamente se há nos autos
elementos suficientes para justificar a segregação. Recurso ordinário em habeas corpus
desprovido. (RHC 35.305/BA, Rel. Ministro ERICSON MARANHO (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJ/SP), SEXTATURMA, julgado em 16/06/2015, DJe 26/06/2015)
3 PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO
ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. (...) 3. "A primariedade, os bons antecedentes, a
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condições que, ainda que fossem comprovadas, não correspondem a


tratamento médico complexo ou especializado que não pudesse ser prestado
durante o recolhimento do paciente à prisão.

Dessa forma,
presença dos pressupostos que
a
ensejaram a decretação da prisão preventiva do paciente, sobretudo a
indispensabilidade da medida para preservar a ordem pública, evidenciam a
absoluta necessidade da prisão preventiva como única medida cautelar cabível
ao caso.

Diante do exposto, o Ministério Público Federal opina


pela denegação da ordem e cassação da liminar, determinando-se a prisão
preventiva de ALFREDO LUIZ BUSO.

São Paulo, 13 de fevereiro de 2017.

Maria uísa Rodrigues de Lima Carvalho


PROCURADORA REGIONAL DA REPÚBLICA
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residência fixa e a profissão lícita são circunstâncias pessoais que, de per se, não
são suficientes ao afastamento da prisão preventiva" (HC 112.642, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 10.08.12). No mesmo sentido: HC 106.474,
Primeira Turma, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJ de 30.03.12; NC 108.314, Primeira
Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJ de 05.10.11; NC 103.460, Primeira Turma, Relator o
Ministro Luiz Fux, DJ de 30.08.11; HC 106.816, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen
Grade, DJ de 20.06.11; HC 102.354, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa,
DJ de 24.05.11, entre outros. (...) (NC 117440, LUIZ FUX, STF.) Grifado.
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(e-STJ Fl.277)
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(e-STJ Fl.278)

B TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL qj y


MINUTA DE JULGAMENTO FLS. oil
*** DÉCIMA PRIMEIRA TURMA ***
fte
0023138-15.2016.4.03.0000 69975 HC -SP
APRES. EM MESA JULGADO: 22/08/2017

RELATOR: DES.FED. NINO TOLDO


PRESIDENTE DO ÓRGÃO JULGADOR: DES.FED. JOSÉ LUNARDELLI
PRESIDENTE DA SESSÃO: DES.FED. JOSÉ LUNARDELLI
PROCURADOR(A) DA REPÚBLICA: Dr(a). ALVARO LUIZ DE MATTOS STIPP
AUTUAÇÃO
IMPTE :
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
IMPTE : IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS
IMPTE : CLAUDIA VARA SAN JUAN ARAUJO
IMPTE : TIAGO SOUSA ROCHA
PACTE : ALFREDO LUIS BUSO reu/ré preso(a)
IMPDO(A) : JUIZO FEDERAL DA 3 VARA DE SAO BERNARDO DO
CAMPO > 14a SSJ> SP
INVEST : ANTONIO CELIO GOMES DE ANDRADE
INVEST : ARTUR ANISIO DOS SANTOS
INVEST : EDUARDO DOS SANTOS
INVEST : FRANCISCO DE PAIVA FANUCCI
INVEST : GILBERTO VIEIRA ESGUEDALHO
INVEST : OSVALDO DE OLIVEIRA NETO
INVEST : SERGIO SUSTER
ADVOGADO(S)
ADV : SP173163 IGOR SANTANNA TAMASAUSKAS
ADV : SP163657 PIERPAOLO CRUZ BOTTINI

CERTIDAO
Certifico que a Egrégia DÉCIMA PRIMEIRA TURMA,
ao apreciar os autos do processo em epígrafe, em sessão
realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A DECIMA PRIMEIRA TURMA, POR UNANIMIDADE, DECIDIU
CONCEDER A ORDEM DE HABEAS CORPUS EM FAVOR DE ALFREDO
LUIS BUSO, CONFIRMANDO A DECISÃO LIMINAR QUE DETERMINOU
SUA SOLTURA MEDIANTE O CUMPRIMENTO DAS MEDIDAS
CAUTELARES PREVISTAS NO ART. 319, I, II, III, IV, VIII E
IX, E NO ART. 320 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, COM A
EXCLUSÃO DO CUMPRIMENTO DA MEDIDA CAUTELAR PREVISTA NO
ART. 319, V, DO CPP. (COMPARECEU À SESSÃO O ADVOGADO
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI - OAB/SP 163.657A - SOLICITANDO
PREFERÊNCIA NO JULGAMENTO DO FEITO).
Votaram os(as) JUÍZA CONV GISELLE FRANÇA e DES.FED. JOSÉ
LUNARDELLI.
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Ausente justificadamente o(.) DES.FED. CECILIA MELLO.

LUIZ FERNNDO PACHECO


Secrotário(a)

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(e-STJ Fl.279)
22/08/2017) COMUNICACAO ELÊTRONÏCÁ Comunicação Eletrônica - ÚT011'- Prõc. Page 1

De "ENVIO DE COMUNICACAO ELETRONICA" <COMUNIC_ELETRONICA@trf3.jus.br>


Para: <sbcampo_vara03_sec@jfsp.jus.br>
CC: <COMUNICELETRONICA@trf3.jus.br>
Data 22/08/2017 f3:13
Assunto: Comunicação Eletrônica - UTU11 - Proc. N.: 2016.03.00.023138-6

MM. Senhor(a) Juiz(a),

Nos termos das Ordens de Serviço n: 18, de 29/05/2009 e n. 35, de 17/05/2011, e da Resolução n. 293,
de 13/09/2007,
todas do TRF 3a Região, transmitimos a Vossa Excelência, para as providências que se fizerem
necessárias, o resultado do julgamento proferido pelo órgão julgador em epígrafe.

Observação:

Não responderá presente mensagem. Havendo dúvida, favor contatar o órgão julgador.

Processo Origem N.:0007637-12.2016.4.03.6114

Partes:
JUIZO FEDERAL DA 3 VARA DE SAO BERNARDO DO CAMPO > 142 SSJ> SP;
PIERPAOLO CRUZ BOTTINI;
IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS;
ALFREDO LUIS BUSO;
CLAUDIA VARA SAN JUAN ARAUJO;
TIAGO SOUSA ROCHA.

Resultado:A DECIMA PRIMEIRA TURMA, POR UNANIMIDADE, DECIDIU CONCEDER A ORDEM de


habeas corpus em favor de ALFREDO LUIS BUSO, confirmando a decisão liminar que determinou sua
soltura mediante o cumprimento das medidas cautelares previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, e no
art. 320 do Código de Processo Penal, COM A EXCLUSÃO DO CUMPRIMENTO DA MEDIDA
CAUTELAR PREVISTA NO ART. 319, V, DO CPP.

(COMPARECEU À SESSÃO O ADVOGADO PIERPAOLO CRUZ BOTTINI - OAB/SP 163.657A -


SOLICITANDO PREFERÊNCIA NO JULGAMENTO DO FEITO).

Observação:
Não responder à presente mensagem. Havendo dúvida, favor contatar o órgão julgador.
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(e-STJ Fl.280)

aft
Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3' REGIÃO

HABEAS CORPUS N° 0023138-15.2016.4.03.0000/SP


2016.03.00.023138-6/SP
RELATOR Desembargador Federal NINO TOLDO
IMPETRANTE . PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS
CLAUDIA VARA SAN JUAN ARAUJO
TIAGO SOUSA ROCHA
PACIENTE ALFREDO LUIS BUSO reu/ré preso(a)
ADVOGADO SP173163 IGOR SANTANNA TAMASAUSKAS
SP163657 PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
IMPETRADO(A) : JUIZO FEDERAL DA 3 VARA DE SAO BERNARDO DO
CAMPO > 14' SSJ> SP
INVESTIGADO( : ANTONIO CELIO GOMES DE ANDRADE
A)
ARTUR ANISIO DOS SANTOS
EDUARDO DOS SANTOS
FRANCISCO DE PAIVA FANUCCI
GILBERTO VIEIRA ESGUEDALHO
OSVALDO DE OLIVEIRA NETO
SERGIO SUSTER
No. ORIG. 00076371220164036114 3 Vr SAO BERNARDO DO
CAMPO/SP

RELATÓRIO

O SENHOR DESEMBARGADOR FEDERAL NINO TOLDO


(Relator): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelos
advogados Pierpaolo Cruz Bottini, Igor Sant'Anna Tamasauskas, Cláudia Vara
San Juan Araújo e Tiago Sousa Rocha, em favor de ALFREDO LUIS BUSO,
contra decisão da 3a Vara Federal de São Bernardo do Campo/SP que decretou a
prisão preventiva do paciente em procedimento no qual se apura a suposta prática
dos delitos descritos nos arts. 2° da Lei n° 12.850/2013; 90 e 92 da Lei no
8.666/1993 e 299, 312 e 313-A do Código Penal, no âmbito da denominada
Operação Hefesta.
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Os impetrantes afirmam que inicialmente foi decretada a prisão


temporária do paciente, prorrogada por uma vez, sendo que, terminado seu prazo,
o Ministério Público Federal requereu a prisão preventiva, o que foi deferido pelo
juízo impetrado.

DCRUZ©/NOLTOLDO 6374 180.V012 .1/6


1)IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII Illll IIIII IIIII IIIII IIIII IIIII IIII IIII II 1IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII111I

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(e-STJ Fl.281)

Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3' REGIÃO

Afirmam, ainda, que "[a] decisão ora vergastada fundamenta a


medida cautelar exclusivamente na garantia da ordem pública, uma vez que
reconhece explicitamente a inexistência de motivos lastreados na
conveniência da instrução criminal" (fls. 08; destaques no original).

Os impetrantes sustentam, em síntese, a inexistência dos requisitos


previstos no art. 312 do Código de Processo Penal, ante a ausência de motivos
concretos e idôneos a autorizar a prisão.

Requerem, enfim, a revogação da prisão preventiva imposta ao


paciente, ainda que mediante substituição por medidas cautelares.

A liminar foi deferida em plantão de recesso, tendo sido revogada a


prisão mediante a fixação de medidas cautelares (fls. 223/226).

A Procuradoria Regional da República apresentou parecer (fls.


231/236v), opinando pela denegação da ordem e revogação da liminar.

Após a juntada do citado parecer, foi apresentada petição em nome


do paciente, requerendo-se a "flexibilização das medidas restritivas impostas",
para permitir seu comparecimento perante a Câmara Municipal de São Bernardo
do Campo/SP, a fim de prestar informações a Comissão Parlamentar de Inquérito
lá instaurada (petição de fls. 238/239, instruída com o documento de fls.
241/242).

Os impetrantes também apresentaram mais duas petições. Na


primeira (fls. 244/249), pediram a reconsideração da decisão liminar "para
dispensar o recolhimento domiciliar do Paciente no período noturno e nos dias de
folga", inclusive como tese alternativa àquelas trazidas inicialmente. Na segunda
(fls. 252/256, instruída com o documento de fls. 259), informaram que o paciente
exerce cargo em comissão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o
que não configura violação às medidas cautelares impostas. Todavia, se assim
não se entender, afirmam que o paciente compromete-se a pedir exoneração
imediatamente.
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É o relatório.

iIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÌIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII II IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII 611

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(e-STJ Fl.282)

Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA Y REGIÃO

VOTO

O SENHOR DESEMBARGADOR FEDERAL NINO TOLDO


(Relator): A prisão preventiva é medida excepcional condicionada à presença
concomitante do fumus coinissi delicti e do periculum libertatis,
consubstanciando-se aquele na prova da materialidade e indícios suficientes de
autoria ou de participação e este pela garantia da ordem pública, da ordem
econômica, para conveniência da instrução criminal ou garantia de aplicação da
lei penal, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal e ao não
cabimento de qualquer das medidas cautelares previstas em seu art. 319 (CPP,
art. 282, § 6°). A prisão é a ultima ratio do sistema penal cautelar e, nesse
sentido, se medidas outras acautelarem a higidez do procedimento investigativo e
do processo penal, a segregação não se faz necessária.

O exame dos autos revela, de fato, a inexistência de elementos a


justificar a necessidade da prisão preventiva do paciente. Com efeito, a
quantidade de crimes supostamente praticados por ele e pelos demais
investigados, bem como suas ligações na administração municipal de São
Bernardo do Campo/SP, não representam, por si, motivos idôneos à sua custódia
cautelar.

Também não constitui motivo idôneo a suposição no sentido de que


o pedido formulado pela empresa Construções e Incorporações CEI Ltda., de
espelhamento do conteúdo de seus computadores apreendidos, constituiria
"manobra" para perpetuação dos delitos. Até porque, se assim entendia o juízo
impetrado, bastaria indeferi -1.o e negar o acesso a tal conteúdo, para evitar que
isso ocorresse.

Do mesmo modo, o fato das prisões e da própria Operação


Hefesta terem sido amplamente noticiadas pela mídia, gerando comoção social,
não configuram justificativa idônea e suficiente à decretação da prisão
preventiva. Nesse sentido, trago, novamente, os seguintes precedentes do
Superior Tribunal de Justiça:
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HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PACIENTE DENUNCIADO


PELA SUPOSTA PRÁTICA DOS CRIMES DE QUADRILHA E
ESTELIONATO. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO IDÓNEA. MEDIDA LIMINAR INDEFERIDA NO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. SÚMULA 691. SUPERAÇÃO.
ORDEM CONCEDIDA.

fiiiiiiiiiiiiiiiikiiroiuH11111111111111111111111iiiiiill II IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÌIÌIÌIIÌIÌIÌIIÌIÌIÌIIÌIÌIIÌmÌ 'l

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(e-STJ Fl.283)

Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3' REGIÃO

(..)
II - A prisão, antes da condenação definitiva, pode ser decretada
segundo o prudente arbítrio do magistrado, quando evidenciada a
materialidade delitiva e desde que presentes indícios suficientes de
autoria. Mas ela deve guardar relação direta com fatos concretos que a
justifiquem, sob pena de se mostrar ilegal.
III - No caso sob exame, o decreto de prisão preventiva baseou-se,
especialmente, na gravidade abstrata dos delitos supostamente
praticados e na comoção social por eles provocada, fundamentos
insuficientes para se manter o paciente na prisão.
IV - Segundo remansosa jurisprudência desta Suprema Corte, não
basta a gravidade do crime e a afirmação abstrata de que os réus
oferecem perigo à sociedade para justificar a imposição da prisão
cautelar. Assim, o STF vem repelindo a prisão preventiva baseada
apenas na gravidade do delito, na comoção social ou em eventual
indignação popular dele decorrente, a exemplo do que se decidiu no
HC 80.719/SP, relatado pelo Ministro Celso de Mello.
(.)
VI - Ordem concedida para assegurar ao paciente o direito de aguardar
em liberdade o trânsito em julgado de eventual sentença condenatória,
sem prejuízo da aplicação de uma ou mais de uma das medidas
acautelatórias previstas no art. 319 do Código de Processo Penal,
estendendo-se a ordem aos corréus nominados no acórdão.
(STF, HC 118.684/ES, Segunda Turma, v.u., Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, j. 03.12.2013, DJe 13.12.2013; destaquei)

HABEAS CORPUS. FURTO QUALIFICADO E ASSOCIAÇÃO


CRIMINOSA. SÚMULA N. 691 DO STF. SUPERAÇÃO. PRISÃO
PREVENTIVA. ART. 312 DO CPP. PERICULUM LIBERTATIS
BASEADO EM ELEMENTOS CONCRETOS. INDICAÇÃO
NECESSÁRIA. AUSÊNCIA. FUNDAMENTAÇÃO INSUFICIENTE.
ORDEM CONCEDIDA.
1. A jurisprudência desta Corte Superior é firme em assinalar que a
determinação de segregar o réu, antes de transitada em julgado a
condenação, deve efetivar-se apenas se indicada, em dados concretos
dos autos, a necessidade da cautela (periculum libertatis), à luz do
disposto no art. 312 do CPP.
2. 0 Magistrado de primeiro grau entendeu devida a prisão preventiva
Documento recebido eletronicamente da origem

da paciente, em razão do "risco d[eJ a representada, ens liberdade,


atuar junto às testemunhas e corréus para interferir na busca da
verdade real sobre os fatos narrados na peça acusatória" e também,
"devido à repercussão dos furtos no seio social, especialmente nas
comunidades rurais, principais alvos, e a comoção junto a toda a
sociedade Carmelitana".

f IIÌIIÌIIÌIIÌIIIÌIIÏIIIÌIIIÌIIÌIIÌIIIÌIIÌIIÌIIIÌ1111111111111111111111111111111111111 II IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÌIÌIÌIIÌIÌIÌ11ÌIÍIÌIIÌ111iÌ'611

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 131
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252120500000003466091
Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.284)

Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DAY REGIÃO

3. A decisão impugnada deixou de assinalar o que realmente é


imprescindível destacar: a necessidade concreta da prisão cautelar, à
luz de um prognóstico de periculosidade da liberdade da paciente,
baseado em elementos concretos constantes dos autos.
4. Ordem concedida para, confirmada a liminar que determinou a
soltura da paciente, cassar a decisão que decretou a sua prisão
preventiva, sem prejuízo de fixação de medida cautelar alternativa, nos
termos do art. 319, c/c o art. 282 do Código de Processo Penal, mediante
idônea fundamentação.
(ST..J, HC 363.144/MG, Sexta Turma, maioria, Rel. Min. Rogerio Schietti
Cruz, j. 01.09.2016, DJe 03.10.2016; destaquei)

Assim, as medidas previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX,
bem como no art. 320, ambos do Código de Processo Penal, fixadas na decisão
liminar, foram e continuam sendo capazes de acautelar a ordem pública e o
processo de origem. Tanto assim é que, até o presente momento, não há notícia
de que o paciente tenha descumprido nenhuma das medidas que lhe foram
impostas, o que demonstra a suficiência delas como alternativa à sua prisão.

Nesse aspecto, registro que o comparecimento do paciente na


Câmara Municipal de São Bernardo do Campo/SP não representa violação ou
descumprimento das medidas cautelares impostas na decisão liminar, haja vista
que tal comparecimento não se deu sponte propria, mas por força de intimação
para prestar informações, na condição de testemunha em Comissão Parlamentar
de Inquérito instaurada em tal casa legislativa (fls. 241/242).

Os impetrantes buscam a reconsideração parcial da decisão liminar,


"para dispensar o recolhimento domiciliar do Paciente no período noturno e nos
dias de folga", ao argumento de que tal medida tornou-se desnecessária e que
possui "os mesmos efeitos de um regime semiaberto diferenciado". Sustentam,
ainda, tratar-se "de medida destinada a acusados suspeitos de destruição de
provas ou de ameaças a testemunhas, fatos estranhos à conduta do Requerente,
que jamais teve qualquer comportamento nesse sentido" (fls. 244/249).

Embora o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de


folga não constitua regra de regime semiaberto, mas sim medida cautelar
Documento recebido eletronicamente da origem

substitutiva da prisão preventiva expressamente prevista em lei (CPP, art. 319,


V), e que o Código de Processo Penal, ao discipliná-la, não condiciona sua
aplicação, especialmente a hipóteses de "destruição de provas ou de ameaças a
testemunhas", assiste razão aos impetrantes, pois essa medida, fixada na decisão
liminar, não se mostra mais necessária.

iiiiiiiiiiiiÌiiiihiÌl)IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII II IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÌIÌIÌIIÌIÌIÌIIÌIÌIÌIIÌIÌIIÌnÌ'611

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 132
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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.285)

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3° REGIÃO

Com efeito, os supostos crimes atribuídos ao paciente e aos demais


investigados não foram cometidos com violência ou grave ameaça a pessoa e as
demais medidas cautelares a eles impostas, em especial aquelas previstas nos
incisos I, II, Ill e IV do art. 319 Código de Processo Penal, que também
configuram restrição à liberdade de locomoção, são suficientes a acautelar a
ordem pública.

Outrossim, o fato de o paciente atualmente ocupar cargo em


comissão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP (fls.
252/259), não configura violação ou descumprimento às medidas cautelares a ele
impostas, ante a ausência de identidade entre a ALESP e a Prefeitura do
Município de São Bernardo do Campo/SP, ou mesmo a União, pessoas jurídicas
de direito público vítimas das supostas condutas delituosas praticadas.

Enfim, desde a soltura do paciente até este momento não houve


alteração na situação fática que justifique a revogação da decisão liminar e,
consequentemente, o restabelecimento de sua prisão, ou, ainda, a mitigação de
referida decisão, sendo, portanto, o caso de confirmá-la, com os acréscimos e
esclarecimentos ora efetuados.

Posto isso, CONCEDO A ORDEM de habeas corpus em favor de


ALFREDO LUIS BUSO, confirmando a decisão liminar que determinou sua
soltura mediante o cumprimento das medidas cautelares previstas no art. 319, I,
II, III, IV, VIII e IX, e no art. 320 do Código de Processo Penal. Fica liberado do
cumprimento da medida prevista no inciso V desse dispositivo legal.

É o voto.

"Documento eletrônico assinado digitalmente pelo(a) Desembargador Federal


NINO TOLDO, nos termos do art. 1°,§2°,III, "a" da Lei n° 11.419 de 19/12/2006
combinado com a Medida Provisória n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que
instituiu a Infra -Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. A
autenticidade do documento pode ser conferida no site
http://www.trfa.jus.br/processos/verifica.php informando o código verificador
6374180v12., exceto nos casos de documentos com segredo de justiça."
Documento recebido eletronicamente da origem

fIÌIÌÌIIIIÌIÌÌIÌÌÌÌIIÌI1lllllllllllllllll11111111111111 II IIII111111111111111111111111ÌIIIIIIIIIlÌ1ÌIII111111111Ì11Ì /611

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 133
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252120500000003466091
Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.286)

.11/4,C/

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3° REGIÃO

HABEAS CORPUS N° 0023138-15.2016.4.03.0000/SP


2016.03.00.0231.38-6/SP
RELATOR Desembargador Federal NINO TOLDO
IMPETRANTE . PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS
CLAUDIA VARA SAN JUAN ARAUJO
TIAGO SOUSA ROCHA
PACIENTE ALFREDO LUIS BUSO reu/ré preso(a)
ADVOGADO SP173163 IGOR SANTANNA TAMASAUSKAS
SP1.63657 PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
IMPETRADO(A) : JUIZO FEDERAL DA 3 VARA DE SAO BERNARDO DO
CAMPO > 14° SSJ> SP
INVESTIGADO( : ANTONIO CELIO GOMES DE ANDRADE
A)
ARTUR ANISIO DOS SANTOS
EDUARDO DOS SANTOS
FRANCISCO DE PAIVA FANUCCI
GILBERTO VIEIRA ESGUEDALHO
OSVALDO DE OLIVEIRA NETO
SERGIO SUSTER
No. ORIG. 00076371220164036114 3 Vr SAO BERNARDO DO
CAMPO/SP

EMENTA

PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. OPERAÇÃO


HEFESTA. PRISÃO PREVENTIVA. REVOGAÇÃO.
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS LEGAIS. FIXAÇÃO DE
MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS. ORDEM CONCEDIDA.
1. Habeas corpus impetrado contra decisão que decretou a prisão
preventiva do paciente em procedimento no qual se apura a suposta
prática dos delitos descritos nos arts. 2° da Lei no 12.850/2013; 90 e
92 da Lei n° 8.666/1993 e 299, 312 e 313-A do Código Penal, no
âmbito da denominada Operação Hefesta.
2. A prisão preventiva é medida excepcional condicionada à
Documento recebido eletronicamente da origem

presença concomitante do fumus comissi delicti e do periculum


libertatis, consubstanciando-se aquele na prova da materialidade e
indícios suficientes de autoria ou de participação e este pela
garantia da ordem pública, da ordem econômica, para conveniência
da instrução criminal ou garantia de aplicação da lei penal, nos
termos do art. 312 do Código de Processo Penal e ao não

ÌiiiiÌiiiiiÌiiiiiiu1111111111111111111111uII II IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÌIÌIIÌIÌIIÌIÌIIÌIÌÌIIÌÌIÌIÌIIÌ311

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 134
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252120500000003466091
Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.287)

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3' REGIÃO

cabimento de qualquer das medidas cautelares previstas em seu art.


319 (CPP, art. 282, § 6°). A prisão é a ultima ratio do sistema penal
cautelar e, nesse sentido, se medidas outras acautelarem a higidez
do procedimento investigativo e do processo penal, a segregação
não se faz necessária.
3. 0 exame dos autos revela a inexistência de elementos a justificar
a necessidade da prisão preventiva do paciente. Com efeito, a
quantidade de crimes supostamente praticados por ele e pelos
demais investigados, bem como suas ligações na administração
municipal de São Bernardo do Campo/SP, não representam, por si,
motivos idôneos à sua custódia cautelar.
4. Também não constitui motivo idôneo a suposição no sentido de
que o pedido de espelhamento do conteúdo de computadores
apreendidos nas diligências relativas à operação constituiria
"manobra" para perpetuação dos delitos. Até porque, se assim
entendia o juízo impetrado, bastaria indeferi-lo e negar o acesso a
tal conteúdo, para evitar que isso ocorresse.
5. Do mesmo modo, o fato das prisões e da própria Operação
Hefesta terem sido amplamente noticiadas pela mídia, gerando
comoção social, não configuram justificativa idônea e suficiente à
decretação da prisão preventiva. Precedentes do Superior Tribunal
de Justiça.
6. As medidas previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, bem
como no art. 320, ambos do Código de Processo Penal, fixadas na
decisão liminar, foram e continuam sendo capazes de acautelar a
ordem pública e o processo de origem. Tanto assim é que, até o
presente momento, não há notícia de que o paciente tenha
descumprido nenhuma das medidas que lhe foram impostas, o que
demonstra a suficiência delas como alternativa à sua prisão.
7. O comparecimento do paciente na Câmara Municipal de São
Bernardo do Campo/SP não representa violação ou
descumprimento das medidas cautelares impostas na decisão
liminar, haja vista que tal comparecimento não se deu sponte
propria, mas por força de intimação para prestar informações, na
condição de testemunha em Comissão Parlamentar de Inquérito
Documento recebido eletronicamente da origem

instaurada em tal casa legislativa.


8. Embora o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias
de folga não constitua regra de regime semiaberto, mas sim medida
cautelar substitutiva da prisão preventiva expressamente prevista
em lei (CPP, art. 319, V), e que o Código de Processo Penal, ao
discipliná-la, não condiciona sua aplicação, esta medida, fixada na

hiiiifÌíiiiiiiiiÌd11111u111111111111111u1111111 II IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÌIÌIIÌIÌIÌIÌIIÌIÍIÌIIÌIÌIIÌIÌ 311

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 135
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Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.288)

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3' REGIÃO

decisão liminar, não se mostra mais necessária. Com efeito, os


supostos crimes atribuídos ao paciente e aos demais investigados
não foram cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa e as
demais medidas cautelares a eles impostas, em especial aquelas
previstas nos incisos I, II, III e IV do art. 319 Código de Processo
Penal, que também configuram restrição à sua liberdade de
locomoção, são suficientes a acautelar a ordem pública.
9. 0 fato de o paciente atualmente ocupar cargo em comissão na
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP não
configura violação ou descumprimento às medidas cautelares a ele
impostas, ante a ausência de identidade entre a ALESP e a
Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo/SP, ou mesmo
a União, pessoas jurídicas de direito público vítimas das supostas
condutas delituosas praticadas.
10. Ordem concedida, mediante o cumprimento das medidas
cautelares previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, e no art. 320
do Código de Processo Penal.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,


decide a Egrégia Décima Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 3a
Região, por unanimidade, CONCEDER A ORDEM de habeas corpus em favor
de ALFREDO LUIS BUSO, confirmando a decisão liminar que determinou sua
soltura mediante o cumprimento das medidas cautelares previstas no art. 319, I,
II, III, IV, VIII e IX, e no art. 320 do Código de Processo Penal, ficando liberado
do cumprimento da medida prevista no inciso V desse dispositivo legal, nos
termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente
julgado.

São Paulo, 22 de agosto de 2017.


Documento recebido eletronicamente da origem

IICP
Brasil
"Documento eletrônico assinado digitalmente pelo(a) Desembargador Federal
NINO TOLDO, nos termos do art. 1°,§2°,111, "a" da Lei n° 11.419 de 19/12/2006
combinado com a Medida Provisória n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que
instituiu a Infra -Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. A
autenticidade do documento pode ser conferida no site
http://www.trf3.jus.br/processos/verifica.php informando o código verificador
--st= 2.0 6374181v8., exceto nos casos de documentos com segredo de justiça."

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Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 136
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252120500000003466091
Número do documento: 18072512252120500000003466091
(e-STJ Fl.289)

Poder Judiciário
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3' REGIÃO

HABEAS CORPUS N° 0023138-15.2016.4.03.0000/SP


2016.03.00.023138-6/SP
RELATOR Desembargador Federal NINO TOLDO
IMPETRANTE . PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
IGOR SANT ANNA TAMASAUSKAS
CLAUDIA VARA SAN JUAN ARAUJO
TIAGO SOUSA ROCHA
PACIENTE ALFREDO LUIS BUSO reu/ré preso(a)
ADVOGADO SP173163 IGOR SANTANNA TAMASAUSKAS
SP163657 PIERPAOLO CRUZ BOTTINI
IMPETRADO(A) : JUIZO FEDERAL DA 3 VARA DE SAO BERNARDO DO
CAMPO > 14' SSJ> SP
INVESTIGADO( ANTONIO CELIO GOMES DE ANDRADE
A)
ARTUR ANISIO DOS SANTOS
EDUARDO DOS SANTOS
FRANCISCO DE PAIVA FANUCCI
GILBERTO VIEIRA ESGUEDALHO
OSVALDO DE OLIVEIRA NETO
SERGIO SUSTER
No. ORIG. 00076371220164036114 3 Vr SAO BERNARDO DO
CAMPO/SP

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que o v. acórdão retro foi disponibilizado no


Diário Eletrônico da Justiça Federal da 3a Região, Caderno Judicial I, em
31/08/2017. Considera-se data de publicação o 1° dia útil subseqüente à data
acima mencionada, nos termos do art. 4°, §§ 3° e 4° da Lei n° 11.419/2006.

São Paulo, 31 de agosto de 2017.


"Documento eletrônico assinado digitalmente pelo(a) Servidora da Secretaria
Daniela Moreira Caram, nos termos do art. 1°,§2°,III, "a" da Lei n° 11.419 de
Documento recebido eletronicamente da origem

19/12/2006 combinado com a Medida Provisória n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001,


que instituiu a Infra -Estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. A
autenticidade do documento pode ser conferida no site
http://www.trf3.jus.br/processos/verifica.php informando o código verificador
6397828v1., exceto nos casos de documentos com segredo de justiça."

DMCARAM©/DMCARAM 6397828.V001 'í/í


IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII1I

Assinado eletronicamente por: LEANDRO RACA - 25/07/2018 12:25:21 Num. 3625627 - Pág. 137
http://pje2g.trf3.jus.br:80/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=18072512252120500000003466091
Número do documento: 18072512252120500000003466091
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
41862 15/08/2018 17:37 EMAIL COMUNICANDO DECISÃO AO JUIZO Outros Documentos
00 IMPETRADO
Página 1 de 1

TRF3 - SUBSECRETARIA DA 11ª TURMA - UT11 - HC 5017479-66.2018.4.03.0000 -


COMUNICAÇÃO DE DECISÃO

De: TRF3 - SUBSECRETARIA DA 11ª TURMA - UT11


Para: SBCAMP - SECRETARIA 3ª VARA - SE03
Data: 15/08/2018 17:33
Assunto: HC 5017479-66.2018.4.03.0000 - COMUNICAÇÃO DE DECISÃO
Anexos: DECISÃO ID 4025718.pdf

Sr(a). Diretor(a):

Nos termos da Resolução nº 293/2007 do Conselho de Administração do Tribunal


Regional Federal da 3ª Região, encaminho a Vossa Senhoria o inteiro teor da r.
decisão proferida nos autos do processo abaixo relacionado:

HABEAS CORPUS (307) Nº 5017479-66.2018.4.03.0000


RELATOR: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
PACIENTE: ALFREDO LUIZ BUSO
IMPETRANTE: DANYELLE DA SILVA GALVAO, LEANDRO RACA, LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA
Advogados do(a) PACIENTE: LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA - SP385220, DANYELLE DA SILVA
GALVAO - PR40508, LEANDRO RACA - SP407616
IMPETRADO: SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO/SP - 3ª VARA FEDERAL

Favor confirmar o recebimento.

Atenciosamente,

Cristiane Kovacs - Analista Judiciário


Subsecretaria da 11ª Turma 
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
Fone: (11) 3012-2369

file:///C:/Users/ckovacs/AppData/Local/Temp/XPgrpwise/5B7463F4DOM-HUB-BP... 15/08/2018

Num. 4186200 - Pág. 1


Tribunal Regional Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico

17/08/2018

Número: 5017479-66.2018.4.03.0000
Classe: HABEAS CORPUS
Órgão julgador colegiado: 11ª Turma
Órgão julgador: Gab. 40 - DES. FED. NINO TOLDO
Última distribuição : 25/07/2018
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0007637-12.2016.4.03.6114
Assuntos: Crimes da Lei de licitações
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
ALFREDO LUIZ BUSO (PACIENTE) LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (ADVOGADO)
LEANDRO RACA (ADVOGADO)
DANYELLE DA SILVA GALVAO (IMPETRANTE)
LEANDRO RACA (IMPETRANTE)
LUANA BARBOSA DE OLIVEIRA (IMPETRANTE)
Subseção Judiciária de São Bernardo do Campo/SP - 3ª
Vara Federal (IMPETRADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
42282 17/08/2018 14:07 Petição intercorrente Petição intercorrente
12
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 3ª REGIÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA - 3ª REGIÃO

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Habeas Corpus nº: 5017479-66.2018.4.03.0000/SP
Impetrantes: Danyelle Da Silva Galvao e outros
Paciente: Alfredo Luis Buso
Impetrado: Juízo Federal da 3ª Vara de S. Bernardo do Campo/SP
Relator: Des. Fed. Nino Toldo – 11ª Turma

Habeas Corpus. Operação Hefesta. Pedido para


suspensão da audiência de colocação de
tornozeleira eletrônica. Medida cautelar deferida

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pelo Juízo e confirmado pelo Tribunal. Inexistência
de ilegalidade ou abuso de poder. Pela
denegação da ordem.

Egrégio Tribunal
Doutos Julgadores

Trata-se de Habeas Corpus (ID. 3625612), com pedido


de liminar, impetrado em favor de ALFREDO LUIS BUSO contra ato do MM
Juízo da 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo/SP, nos autos do
processo crime nº 0007637-12.2016.4.03.6114, consistente na designação de
audiência para colocação de tornozeleira eletrônica, no dia 30 de agosto
próximo.

Sustentaram os impetrantes que (i) em 22 de agosto de


2017 a 11ª Turma, em habeas corpus de relatoria do Desembargador Nino
Toldo, concedeu a ordem (confirmando medida liminar) para substituir a prisão
preventiva do paciente por medidas cautelares alternativas, dentre as quais a
colocação da tornozeleira eletrônica e (ii) em 10 de julho 2018 o paciente foi
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 3ª REGIÃO

intimado para colocação da tornozeleira eletrônica, mas que “a essa altura a


medida reveste-se de desproporcionalidade”, vez que, o paciente tem sido
encontrado no endereço declinado nos autos sempre que necessário, para

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intimação pessoal, apresentando manifestações defensivas tempestivamente,
“não havendo necessidade de aumentar a restrição à sua liberdade”.
Requerem a concessão liminar da ordem para que seja suspensa a colocação
de tornozeleira eletrônica no paciente, até o julgamento do mérito do writ,
ficando mantidas as demais medidas alternativas impostas por esse e.
Tribunal.

O Exmo. Desembargador Federal relator, em decisão


de ID 4186200, indeferiu o pedido de liminar, sob o fundamento de que a
colocação da tornozeleira eletrônica foi uma das medidas cautelares diversas
de prisão que a 11 ª Turma determinou à unanimidade no julgamento do

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Habeas Corpus nº 00023138-15.2016.4.03.0000, ao substituir a prisão
preventiva do paciente por medidas cautelares.

É a síntese do necessário. Passo a opinar.

A ordem deve ser denegada.

Mérito.

No caso em tela, conforme narrado pelos impetrantes,


o paciente teve a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares
diversas de prisão previstas no art. 319, I, II, III, IV, VIII e IX, e no art. 320 do
Código de Processo Penal 1 (TRF 3ª. 11ª T. HC 0023138-15.2016.4.03.0000
1 Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão:
I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou
acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;

III - proibição de manter contato com pessoa determinada quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou
acusado dela permanecer distante;
IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;

V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho
fixos;

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de
sua utilização para a prática de infrações penais;

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos
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PROCURADORIA REGIONAL DA REPÚBLICA DA 3ª REGIÃO

Rel. Des. Nino Toldo, DJe 31.8.2017).

Segundo a decisão que indeferiu a liminar (ID


4186200), “em consulta ao sistema processual desta Corte e ao site do

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Superior Tribunal de Justiça (STJ), verifiquei que contra essa decisão foi
interposto recurso ordinário, que não foi conhecido pela e. Ministra Relatora,
tendo sua decisão sido confirmada em agravo regimental (RHC 91.829/SP),
transitando em julgado em 11.05.2018.”

Diante desta informação, é de se concordar com a


conclusão do Desembargador Nino Toldo, que considerou que o Juízo a quo,
ao designar audiência para colocação de tornozeleira eletrônica, apenas
cumpriu decisão do e. Superior Tribunal de Justiça.

Diante do exposto, não se vislumbra qualquer


ilegalidade ou abuso de poder na ordem do Juízo Federal da 3ª Vara de S.

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Bernardo do Campo/SP, de designação da audiência para a colocação da
tornozeleira eletrônica no paciente.

Diante do exposto, o Ministério Público Federal opina


pela denegação da ordem.

São Paulo, 17 de agosto de 2018.

Maria Luísa Rodrigues de Lima Carvalho


PROCURADORA REGIONAL DA REPÚBLICA

concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;

VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
IX - monitoração eletrônica.

Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do
território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

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