Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
lo )
40 Hfx ,i. Jt, liv(" r, /,e,' ) (}( t r 11/( 1 c, ·n1t 11 / 11t!n 1,·, i/('
1 1
f<.1l 1 rl·,·x,,1,1rd
11) .p .\ orl re , P.,m ~, dr t-'0111 c- 11 r ll c- , 1')·1H, p ' )
37
)Ôrc r I l(ierk~goard ( 181 3.- 1855) ·
Existir é crer
40
co'nc~ito· .. ·, c9n:io .o irredutível_por e:çcel~ncia, ~ão categori-
zável,' em suma, ·c omo subjetividade.·
, , , I
4 -1
f
du 'l"1 " ~() ~t· s1d por"'" "s1d1n" (r 11 ~\o p,~r J.<raus de cvo-
h,, ,,,,): "'lbdo htH\\ r 111 Nr r nco111 n, 11 r< r,;~ar~an1c 1H t c,n
,,n, 1, " " ,H11r,, l r~,d( n, de• rx iN1fl 11ci~al r o prohl c,na que· cada
1
11
(" I\\ 01\( l\ l , ,, ,
•\ ') H<-~ •~.J o l1 vr l , / r1 11·11,/m trn11 ,I 1'. ic-ri:c,i:.11 ,n·J , P,\1"1 s , dt· hH1
t f' ll t'" II (" , l l) , \(J , p 1 1 1
·12
O ~d~xo exiscenciJ.l que trabalha Kierkegaard in-
reaqfic-a-se logo que o hon1em se relaciona con1 um Deus
que o transcende: sen1 Deus. o homen1 perde toda a signi-
fic-a\-ão. e sua busca é despro,·ida de sentido. O corre que se
o 1-'rradoxo é o lugar onde uma ,·erdade se revela a nós,
nossa situação nà.o dei.x-a de ser paradoxal. O "erro .. de nos-
sa subjetjndade ·reside não na su,1 falsidade . mas na sua in-
suficiência em relação a esse Todo-Outro (Deus) que nós
nio somos. A existência é e permanecerá sempre falta;
uma a5.:.ê1lUÜJ inacabada e inat:abán:I Não cessan10s de aspi-
rar a uma plenirude enquanto Yogan10s no meio de uma ·
incerteza infinit a : é com ~ta própria incerteza que· nos de-
,emos contentar como '\-erdade. É nesse sentido que Kier-
kegaard afirmava que ...Deus está jusran1ente preser:1re logo
que a incerteza de tudo é pensada con10 infinita" .~ E ja-
mais experimentamos tanto o "erro" da subjetividade
quanto logo que nos encontramos remetidos_a nós mes-
mos~ numa solidão radical "O hon1em kierkegaardi ano,
escreve Jean Brun, é antes ~e rudo aquele que busca um
ponto onde jogar a â1u<t,-a, -pois, se se li n1i car a si_ n1esn10 ,
mostra-se injustificável, sen1 mensagem , e o nn1ndo en1
que mora lhe dá náus~" .4 <)
~-,
48 Soren Ki erkegaa rd . op c 1c. . P · ) ·
. . ..,
49. Jean Bru11 , op . cir .. P· 3J- •
43
tomar 'consciência. O drama ,e xistencial do homem consis-
1 • • . .
·' . '
O silêncio de Deus
44
isso que nãó se pode argumentar com Ele[ ... ]. Quando um
'indivíduo teme beus. ele teme o que é mais do que ele
n1esn10. e após esse cen1or vem o temor de voéê mesmo: e
-a ang11stúu (a passagem estrei~) desse temor é a responsa-
·t·d d .. . ~l
b11ae
A responsabilidade
45
a~sim tanto mais respon~abilizados quanto ·nossa escolha.
não pode ser senão apaixonada _e passi9nal. .
A g~andeza do -pensam~nto kierkegaardiano é, sem dú-
yid~, ter tido a ·cor~gem de .a~ron_tar o pf1radoxo como para-
doxo, ou seja, sem ·ceder à tentação de s_4 perar ou ulrrapas-
.. sar este últin10. Forçando e acusando a
alternativa, uma
existência autêntica .surge no seio de um_.p'1.téticú que se
. an1plifica. P~e~tirsor de urrí~_ ·corr~nte fi,losófica -que tom~~á
con10 temas â ná~sea, a angúsda e ·o existente, ~ierke~a~rd, ·
muito antes d.os próprios existe_nci!1listas, é lim dos primei~
ros pensadores a ter feito compreender que a existência é an-
~es de tudo uma paixão, "unia ·t~nsão. entre o que o homem é
e o que ele não 'é cônvidando-nos então :a "meditar inces-· ..
1
" ; -
) 46
do:~ sentido de uma t✓nidade. Edn1t1nd Husserl (1859-1938),
·-num período em que reina ~1m positivismo que s6 se fia nos
dados científicos, esforça-se por voltar a dar urri valor exis-
. rencial à filosofia . Convencido do fundado de um pensa-
mento, elaborado pelos gregos, que se quer enraizado na
mão universal, e do preço iÍ1estimável de um saber que
ten1 por úni~o fim ievelar_a verdade tal qual ela é, ao invés
de maltratar a causa que ele deveria servié, Husserl tenta
dar de novo à filosofia seu papel - muito tempo negJigen-
ciado ~ de-' fonte originária de todas as coisas, conduzjndo
de_volta a ciência para o próprio espírito, e, não mais para .
objetos exteriores a este último.
Elementos biográficos
47