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Coletânea da Legislação Municipal Atualizada (Março/2013)

"Se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se não houver flores, valeu a
sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a intenção da semente."
(Henfil)
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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE .................................................................... 4


LEI Nº 4.253, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1985 .................................................................................... 76
LEI Nº 6.038, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1991 .................................................................................... 82
LEI Nº 6.248, DE 14 DE OUTUBRO DE 1992 ..................................................................................... 84
LEI Nº 6.314, DE 12 DE JANEIRO DE 1993 ....................................................................................... 85
LEI Nº 7.277, DE 17 DE JANEIRO DE 1997 ....................................................................................... 88
LEI Nº 8.068, DE 30 DE AGOSTO DE 2000........................................................................................ 93
LEI Nº 8.201, DE 17 DE JULHO DE 2001 ........................................................................................... 96
LEI Nº 8.262, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2001 .................................................................................. 102
LEI Nº 8.327, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2002 .................................................................................. 104
LEI Nº 9.037, DE 14 DE JANEIRO DE 2005 ..................................................................................... 105
LEI Nº 9.063, DE 17 DE JANEIRO DE 2005 ..................................................................................... 124
LEI Nº 9.068, DE 17 DE JANEIRO DE 2005 ..................................................................................... 126
LEI Nº 9.336, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2007 .................................................................................. 128
LEI N° 9.433, DE 27 DE SETEMBRO DE 2007................................................................................. 130
LEI Nº 9.464, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2007 .................................................................................. 131
LEI N° 9.505, DE 23 DE JANEIRO DE 2008 ..................................................................................... 132
LEI N° 9.506, DE 24 DE JANEIRO DE 2008 ..................................................................................... 139
LEI N° 9.529, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008 ................................................................................ 140
LEI Nº 9.546, DE 1º DE ABRIL DE 2008 ........................................................................................... 141
LEI N° 9.563, DE 30 DE MAIO DE 2008 ............................................................................................ 142
LEI N° 9.568, DE 10 DE JUNHO DE 2008 ........................................................................................ 152
LEI Nº 9.604, DE 19 DE SETEMBRO DE 2008 ................................................................................. 155
LEI Nº 9.718, DE 3 de JULHO DE 2009 ............................................................................................ 158
LEI Nº 9.789, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2009 ................................................................................ 162
LEI Nº 9.814, DE 18 DE JANEIRO DE 2010 ..................................................................................... 165
LEI Nº 9.830, DE 21 DE JANEIRO DE 2010 ..................................................................................... 170
LEI Nº 9.959, DE 20 DE JULHO DE 2010 ......................................................................................... 171
DECRETO Nº 2.939, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976 .................................................................... 270
DECRETO Nº 2.940, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976 .................................................................... 271
DECRETO Nº 5.362, DE 4 DE JUNHO DE 1986 .............................................................................. 275
DECRETO Nº 5.893, DE 16 DE MARÇO DE 1988 ........................................................................... 282
DECRETO Nº 7.351, DE 21 DE SETEMBRO DE 1992 .................................................................... 318
DECRETO Nº 7.579, DE 14 DE ABRIL DE 1993 .............................................................................. 319
DECRETO Nº 9.859, DE 2 DE MARÇO DE 1999 ............................................................................. 320
DECRETO Nº 10.889, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2001.................................................................. 323
DECRETO Nº 12.015, DE 5 DE ABRIL DE 2005 .............................................................................. 327
DECRETO Nº 12.362, DE 3 DE MAIO DE 2006 ............................................................................... 341
DECRETO Nº 13.202, DE 2 DE JULHO DE 2008 ............................................................................. 344
DECRETO Nº 13.276, DE 27 DE AGOSTO DE 2008 ....................................................................... 348
DECRETO Nº 13.643, DE 17 DE JULHO DE 2009 ........................................................................... 364
DECRETO Nº 13.744, DE 5 DE OUTUBRO DE 2009....................................................................... 377
DECRETO Nº 13.842, DE 11 DE JANEIRO DE 2010 ....................................................................... 378
DECRETO Nº 13.886, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2010 .................................................................. 412
DECRETO Nº 13.916, DE 8 DE ABRIL DE 2010 .............................................................................. 414
DECRETO Nº 13.927, DE 16 DE ABRIL DE 2010 ............................................................................ 415
DECRETO Nº 13.949, DE 29 DE ABRIL DE 2010 ............................................................................ 425
DECRETO Nº 13.972, DE 17 DE MAIO DE 2010 ............................................................................. 426
DECRETO Nº 13.978, DE 24 DE MAIO DE 2010 ............................................................................. 429
DECRETO Nº 14.043, DE 22 DE JULHO DE 2010 ........................................................................... 431
DECRETO Nº 14.060, DE 6 DE AGOSTO DE 2010 ......................................................................... 433
DECRETO Nº 14.292, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2011 .................................................................. 479
DECRETO Nº 14.367, DE 12 DE ABRIL DE 2011 ............................................................................ 481
DECRETO Nº 14.370, DE 13 DE ABRIL DE 2011 ............................................................................ 485
DECRETO Nº 14.594, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011 .................................................................. 517
DECRETO Nº 14.651, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011.................................................................. 533
DECRETO Nº 14.652, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011.................................................................. 543
DECRETO Nº 14.708, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011 .................................................................. 571
DECRETO Nº 14.995, DE 28 DE AGOSTO DE 2012 ....................................................................... 576
DECRETO Nº 15.137, DE 29 DE JANEIRO DE 2013 ....................................................................... 577
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LEIS MUNICIPAIS
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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo de Belo Horizonte, investidos pela Constituição da


República na atribuição de elaborar a lei basilar da ordem municipal autônoma e
democrática, que, fundada no império de justiça social e na participação direta da
sociedade civil, instrumentalize a descentralização e a desconcentração do poder
político, como forma de assegurar ao cidadão o controle do seu exercício, o acesso
de todos à cidadania plena e a convivência em uma sociedade fraterna, pluralista e
sem preconceitos, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Lei Orgânica:
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TÍTULO I – DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - O Município de Belo Horizonte integra, com autonomia político-


administrativa, a República Federativa do Brasil e o Estado de Minas Gerais.

Parágrafo único – O Município se organiza e se rege por esta Lei Orgânica e demais
leis que adotar, observados os princípios constitucionais da República e do Estado.

Art. 2º - Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce por meio de seus
representantes eleitos, ou diretamente, nos termos da Constituição da República e
desta Lei Orgânica.

§ 1º - O exercício indireto do poder pelo povo no Município se dá por representantes


eleitos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para
todos, na forma da legislação federal, e por representantes indicados pela
comunidade, nos termos desta Lei Orgânica.

§ 2º - O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei
Orgânica, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular no processo legislativo;
IV – participação na administração pública;
V – ação fiscalizadora sobre a administração pública.

§ 3º - A participação na administração pública e a fiscalização sobre esta se dão por


meio de instâncias populares, com estatutos próprios, aprovados pela Câmara
Municipal.

Art. 3º - São objetivos prioritários do Município, além daqueles previstos no art. 166
da Constituição do Estado:
I – garantir a efetividade dos direitos públicos subjetivos;
II – assegurar o exercício, pelo cidadão, dos mecanismos de controle da legalidade
e da legitimidade dos atos do Poder Público e da eficácia dos serviços públicos;
III – preservar os interesses gerais e coletivos;
IV – promover o bem de todos, sem distinção de origem, raça, sexo, cor, credo
religioso, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação;
V – proporcionar aos seus habitantes condições de vida compatíveis com a
dignidade humana, a justiça social e o bem comum;
VI – priorizar o atendimento das demandas da sociedade civil de educação, saúde,
transporte, moradia, abastecimento, lazer e assistência social;
VII – preservar a sua identidade, adequando as exigências do desenvolvimento à
preservação de sua memória, tradição e peculiaridades;
VIII – valorizar e desenvolver a sua vocação de centro aglutinador e irradiador da
cultura brasileira.

Parágrafo único – O Município concorrerá, nos limites de sua competência, para a


consecução dos objetivos fundamentais da República e prioritários do Estado.
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TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Art. 4º - O Município assegura, no seu território e nos limites de sua competência, os


direitos e garantias fundamentais que a Constituição da República confere aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.

§ 1º - Nenhuma pessoa será discriminada, ou de qualquer forma prejudicada, pelo


fato de litigar com órgão ou entidade municipal, no âmbito administrativo ou judicial.

§ 2º - Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao


público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à
autoridade competente, que, no Município, é o Prefeito ou aquele a quem ele
delegar a atribuição.

§ 3º - Nos processos administrativos, qualquer que seja o objeto e o procedimento,


observar-se-ão, entre outros requisitos de validade, a publicidade, o contraditório, a
defesa ampla e o despacho ou a decisão motivados.

§ 4º - Todos têm o direito de requerer e obter informação sobre projeto do Poder


Público, ressalvada aquela cujo sigilo seja, temporariamente, imprescindível à
segurança da sociedade e do Município, nos termos da lei, que fixará também o
prazo em que deva ser prestada a informação.

§ 5º - Independe de pagamento de taxa ou emolumentos, ou de garantia de


instância, o exercício do direito de petição ou representação, bem como a obtenção
de certidão, devendo o Poder Público raújo -la no prazo máximo de trinta dias,
para defesa de direitos ou esclarecimentos de interesse pessoal ou coletivo.

§ 6º - É direito de qualquer cidadão e entidade legalmente constituída denunciar às


autoridades competentes a prática, por órgão ou entidade pública ou por delegatário
de serviço público, de atos lesivos aos direitos dos usuários, incumbindo ao Poder
Público apurar sua veracidade e aplicar as sanções cabíveis, sob pena de
responsabilização.

§ 7º - Será punido, nos termos da lei, o agente público que, no exercício de suas
atribuições e independentemente da função que exerça, violar direito previsto nas
Constituições da República e do Estado e nesta Lei Orgânica.

§ 8º - Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou


função de direção, em órgão ou entidade da administração pública, o agente público
que deixar injustificadamente de sanar, dentro de sessenta dias da data do
requerimento do interessado, omissão que inviabilize o exercício de direito previsto
nas Constituições da República ou do Estado ou nesta Lei Orgânica.

§ 9º - O Poder Público coibirá todo e qualquer ato discriminatório, nos limites de sua
competência, dispondo, na forma da lei, sobre a punição dos agentes públicos e dos
estabelecimentos privados que pratiquem tais atos.

Art. 5º - Ao Município é vedado:


I – estabelecer culto religioso ou igreja raújo ta a-los, embaraçar-lhes o
funcionamento ou manter com eles ou com seus representantes relações de
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dependência ou de aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse


público;
II – recusar fé a documento público;
III – criar distinção entre brasileiros ou preferência de uma em relação às demais
unidades da federação.

TÍTULO III – DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 6º - São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o


Legislativo e o Executivo.

Parágrafo único – Salvo as exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a


qualquer dos Poderes delegar atribuição e, a quem for investido na função de um
deles, exercer a de outro.

Art. 7º - O Município exerce sua autonomia, especialmente, ao:


I – elaborar e promulgar a Lei Orgânica;
II – legislar sobre assuntos de interesse local e suplementar as legislações federal e
estadual no que couber;
III – eleger o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores;
IV – organizar o seu governo e administração.

Art. 8º - São símbolos do Município a bandeira, o hino e o brasão.

Art. 9º - O Distrito de Belo Horizonte é a sede do Município e lhe dá o nome.

Art. 10 – Depende de lei a criação, organização e supressão de distritos ou


subdistritos, observada, quanto àqueles, a legislação estadual.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Art. 11 – Compete ao Município prover a tudo quanto respeite ao seu interesse local.

Art. 12 – Compete ao Município, entre outras atribuições:


I – manter relações com a União, os Estados Federados, o Distrito Federal e os
demais Municípios;
II – organizar, regulamentar e executar seus serviços administrativos;
III – firmar acordo, convênio, ajuste e instrumento congênere;
IV – difundir a seguridade social, a educação, a cultura, o desporto, a ciência e a
tecnologia;
V – proteger o meio ambiente;
VI – instituir e arrecadar os tributos de sua competência e aplicar as suas receitas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes
trimestralmente;
VII – organizar e prestar, diretamente ou mediante delegação, os serviços públicos
de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VIII – fixar os preços dos bens e serviços públicos;
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IX – promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle


do parcelamento, da ocupação e do uso do solo urbano;
X – administrar seus bens, adquiri-los e raújo-los, aceitar doações, legados e
heranças, e dispor sobre sua aplicação;
XI – desapropriar bens, por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social,
nos casos previstos em lei;
XII – estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus
serviços, inclusive os prestados mediante delegação, e, em caso de iminente perigo
ou calamidade pública, ocupar e usar de propriedade particular, bens e serviços,
assegurada indenização ulterior, se houver dano;
XIII – estabelecer o regime jurídico único de seus servidores e os respectivos planos
de carreira;
XIV – constituir guarda municipal destinada à proteção de seus bens, serviços e
instalações, nos termos da Constituição da República;
XV – associar-se a outros municípios do mesmo complexo geoeconômico e social,
mediante convênio previamente aprovado pela Câmara, para a gestão, sob
planejamento, de funções públicas ou serviços de interesse comum, de forma
permanente ou transitória;
XVI – cooperar com a União e o Estado, nos termos de convênio ou consórcio
previamente aprovados pela Câmara, na execução de serviços e obras de interesse
para o desenvolvimento local;
XVII – participar, autorizado por lei, da criação de entidade intermunicipal para a
realização de obra, o exercício de atividade ou a execução de serviço específico de
interesse comum;
XVIII – fiscalizar a produção, a conservação, o comércio e o transporte de gênero
alimentício e produto farmacêutico destinados ao abastecimento público, bem como
de substância potencialmente nociva ao meio ambiente, à saúde e ao bem-estar da
população;
XIX – licenciar a construção de qualquer obra;
XX – licenciar estabelecimento industrial, comercial, prestador de serviços similares
e cassar o alvará de licença dos que se tornarem danosos ao meio ambiente, à
saúde ou ao bem-estar da população;
XXI – fixar o horário de funcionamento de estabelecimentos referidos no inciso
anterior;
XXII – regulamentar e fiscalizar o comércio ambulante, inclusive o de papéis e de
outros resíduos recicláveis;
XXIII – interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e as que
apresentem as irregularidades previstas na legislação específica, bem como fazer
demolir construções que ameacem a segurança individual ou coletiva;
XXIV – regulamentar e fiscalizar a instalação e o funcionamento de aparelho de
transporte;
XXV – licenciar e fiscalizar, nos locais sujeitos ao seu poder de polícia, a fixação de
cartazes, anúncios e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;
XXVI – regulamentar e fiscalizar, na área de sua competência, os espetáculos e os
divertimentos públicos;
XXVII – estabelecer e impor penalidades por infrações a suas leis e regulamentos.

Art. 13 – É competência do Município, comum à União e ao Estado:


I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e
conservar o patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e da garantia das pessoas
portadoras de deficiência;
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III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e


cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de
outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições
habitacionais e o saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a
integração social dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e
exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

CAPÍTULO III
DO DOMÍNIO PÚBLICO

Art. 14 – Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e


ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.

CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 15 – A atividade de administração pública dos Poderes do Município e a de


entidade descentralizada obedecerão aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e razoabilidade.

§ 1º - A moralidade e a razoabilidade dos atos do Poder Público serão apuradas,


para efeito de controle e invalidação, em face dos dados objetivos de cada caso.

§ 2º - O agente público motivará o ato administrativo que praticar, explicitando-lhe o


fundamento legal, o fático e a finalidade.

Art. 16 – A administração pública direta é a que compete ao órgão de qualquer dos


Poderes do Município.

Art. 17 – A administração pública indireta é a que compete:


I – à autarquia;
II – à sociedade de economia mista;
III – à empresa pública;
IV – à fundação pública;
V – às demais entidades de direito privado, sob o controle direto ou indireto do
Município.

Art. 18 – A ação administrativa do Poder Executivo será organizada segundo os


critérios de descentralização, regionalização e participação popular.

Art. 19 – A atividade administrativa, subordinada ou vinculada ao Prefeito Municipal,


se organizará em sistemas, integrados por:
I – órgão central de direção e coordenação;
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II – entidade da administração indireta, se houver;


III – unidade administrativa.

§ 1º - Secretaria Municipal é o órgão central de cada sistema administrativo.

§ 2º - Unidade administrativa é a parte de órgão central ou de entidade da


administração indireta.

Art. 20 – Funcionará junto a cada sistema administrativo uma instância, com


atribuições de:
I – participar da elaboração de política de ação do Poder Público para o setor;
II – participar da elaboração de planos e programas para o setor e do levantamento
de seus custos;
III – analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e o orçamento anual;
IV – acompanhar e fiscalizar a execução de plano e programas setoriais;
V – acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados ao setor;
VI – manifestar-se sobre proposta de alteração na legislação pertinente à atividade
do setor.

Parágrafo único – Admitir-se-á o funcionamento de instâncias junto a sistema


administrativo ou a órgão ou entidade da administração pública, nos termos do art.
23 e seus parágrafos, voltados para as áreas de interesse específicos da criança, do
adolescente, do idoso, do portador de deficiência, do negro e da mulher.

Art. 21 – Administração Regional é a unidade descentralizada do Poder Executivo,


com circunscrição, atribuição, organização e funcionamento definidos em lei.

Parágrafo único – As diretrizes, metas e prioridades da administração municipal


serão definidas, para cada Administração Regional, nas leis de que trata o art. 125.

Art. 22 – Funcionará junto a cada Administração Regional uma instância, com


atribuições de:
I – relacionar as carências e reivindicações regionais, nas áreas, entre outras, de
saúde, educação, habitação, transporte, saneamento básico, meio ambiente,
urbanização, cultura, esporte e lazer e nas relativas à criança, ao adolescente e ao
portador de deficiência, e hierarquizar as prioridades;
II – participar da elaboração de planos de obras prioritárias para a região e do
levantamento de seus custos;
III – analisar e manifestar-se sobre o plano diretor, o plano plurianual, as diretrizes
orçamentárias e o orçamento anual;
IV – acompanhar e fiscalizar as ações regionais do Poder Público;
V – acompanhar e fiscalizar a aplicação de recursos públicos destinados à região;
VI – elaborar proposta de solução para problema da região.

Art. 23 – As instâncias de que tratam os arts. 20 e 22 atuarão de forma autônoma e


independente do Poder Público, nos termos fixados em lei, sendo-lhes garantido o
livre acesso a documentos e informações de que necessitar.

§ 1º - A composição, organização e funcionamento das instâncias serão definidos


em estatutos próprios, registrados em cartório e protocolados no órgão junto ao qual
cada instância atuará.
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§ 2º - A participação nas instâncias não acarretará qualquer ônus para o Município.


Art. 23 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 1º)

Art. 24 – O Poder Público garantirá a participação da sociedade civil na elaboração


do plano diretor, do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento
anual.

Art. 25 – Depende de lei, em cada caso:


I – a instituição e a extinção de autarquia e fundação pública;
II – a autorização para instituir e extinguir sociedade de economia mista e empresa
pública e para alienar ações que garantam, nessas entidades, o controle pelo
Município;
III – a criação de subsidiária das entidades mencionadas nos incisos anteriores e
sua participação em empresa privada.

§ 1º - Ao Município somente é permitido instituir ou manter fundação com a natureza


jurídica de direito público.

§ 2º - É vedada a delegação de poderes ao Executivo para a criação, extinção ou


transformação de entidade de sua administração indireta.

Art. 26 – Para o procedimento de licitação, obrigatório para contratação de obra,


serviço, compra, alienação e concessão, o Município observará as normas gerais
expedidas pela União.

Parágrafo único revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 2º)

Art. 27 – As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras


de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, sendo obrigatória a regressão, no prazo estabelecido em lei,
contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.
Art. 28 – A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de
órgão público, por qualquer veículo de comunicação, somente pode ter caráter
informativo, educativo ou de orientação social, e dela não constarão nome, cor ou
imagem que caracterizem a promoção pessoal de autoridade, servidor público ou
partido político.

§ 1º - É vedado ao Município subvencionar ou auxiliar, com recursos públicos e por


qualquer meio de comunicação, propaganda político-partidária ou com finalidade
estranha à administração pública.

§ 2º - Os Poderes do Município, incluídos os órgãos que os compõem, publicarão


trimestralmente, o montante das despesas com publicidade que, no período, tiverem
sido contratadas ou pagas a cada agência publicitária ou veículo de comunicação.

Art. 29 – A lei definirá os atos decisórios de relevância que deverão ser publicados
para produzir efeitos.

Art. 30 – Para registro dos atos e fatos administrativos, o Município terá livros, fichas
ou outro sistema, convenientemente autenticados, que forem necessários aos seus
serviços.
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Parágrafo único – O Município terá um livro especial para o registro de suas leis.

Art. 31 – Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a


competência da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.

Art. 32 – A aquisição de bem imóvel, por meio de compra, permuta ou doação com
encargo, depende de autorização legislativa e, nos dois primeiros casos, também de
prévia avaliação.
Art. 32 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 3º)

Art. 33 – A alienação de bem imóvel público edificado depende de avaliação prévia,


licitação e autorização legislativa.

Parágrafo único – A alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas


urbanas remanescentes, resultantes de obras públicas, e inaproveitáveis para
edificação ou outra destinação de interesse público, bem como de áreas resultantes
de modificação de alinhamento, dependerá de prévia avaliação e autorização
legislativa.

Art. 34 – A alienação de bem imóvel público não edificado depende de interesse


público, avaliação prévia, autorização legislativa e licitação, observadas, quanto a
esta, as exceções previstas em lei.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º)

§ 1º - São inalienáveis os bens imóveis públicos, edificados ou não, utilizados pela


população em atividades de lazer, esporte e cultura, os quais somente poderão ser
utilizados para outros fins se o interesse público o justificar e mediante autorização
legislativa.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 22, de 01/06/2010 (Art. 1º)

§ 2º - A autorização legislativa mencionada neste artigo e no art. 33 é sempre prévia


e depende do voto da maioria dos membros da Câmara.

Art. 35 – O Município, preferencialmente à venda ou doação de seus imóveis,


outorgará concessão de direito real de uso.

Parágrafo único – O título de domínio e o de concessão do direito real de uso serão


conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil,
nos termos e condições previstos em lei.

Art. 36 – Os bens imóveis públicos de interesse histórico, artístico ou cultural


somente podem ser utilizados por terceiros para finalidades culturais.

Art. 37 – A alienação de bem móvel é feita mediante procedimento licitatório e


depende de avaliação prévia.

§ 1º - Para os fins do artigo, o órgão competente expedirá laudo técnico que


comprove a obsolescência ou exaustão, em razão de uso, do bem.

§ 2º - É dispensável o procedimento licitatório nas hipóteses de:


I – doação, admitida exclusivamente para fins de interesse social;
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II – permuta;
III – venda de ações em bolsa.

§ 3º - O disposto no inciso III do parágrafo anterior depende de prévia autorização


legislativa.

§ 4º - Nos casos em que for dispensada a Autorização legislativa, o Executivo


encaminhará à Câmara relatório explicando a alienação feita, particularmente sobre
o preço, se for o caso, e os critérios de escolha do adquirente.
§ 4º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 11, de 02/01/1996 (Art. 4º)

Art. 38 – O uso especial de bem patrimonial do Município por terceiro será objeto, na
forma da lei, de:
I – concessão, mediante contrato de direito público, remunerada ou gratuita, ou a
título de direito real resolúvel;
II – permissão;
III – cessão;
IV – autorização.

§ 1º - O uso especial de bem patrimonial por terceiro será sempre a título precário,
condicionado ao atendimento de condições previamente estabelecidas e submetido
à aprovação de comissão a ser criada pelo Executivo.
Parágrafo único renumerado como § 1º e com redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 1º)

§ 2º - O uso especial de bem patrimonial será remunerado e dependerá de licitação


quando destinado a finalidade econômica.
§ 2º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 2º)

§ 3º - O uso especial de bem patrimonial poderá ser gratuito quando se destinar a


outras entidades de direito público, entidades assistenciais, religiosas, educacionais,
esportivas, desde que verificado relevante interesse público.
§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 4, de 21/12/1993 (Art. 2º)

Art. 39 – Os bens do patrimônio municipal devem ser cadastrados, zelados e


tecnicamente identificados, especialmente as edificações de interesse
administrativo, as terras públicas e a documentação dos serviços públicos.

§ 1º - O cadastramento e a identificação técnica dos imóveis do Município, de que


trata o artigo, devem ser anualmente atualizados, garantido o acesso às informações
neles contidas.
§ 2º - Os imóveis não-edificados deverão ser murados ou cercados e identificados
com placas indicativas da propriedade municipal.

Art. 40 – É vedado ao Poder Público edificar, descaracterizar ou abrir vias públicas


em praças, parques, reservas ecológicas e espaços tombados do Município,
ressalvadas as construções estritamente necessárias à preservação e ao
aperfeiçoamento das mencionadas áreas.

Art. 41 – O disposto nos arts. 32 a 40 se aplica às autarquias e às fundações


públicas.
14

Art. 42 – O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Vereadores, os ocupantes de cargo em


comissão ou função de confiança, as pessoas ligadas a qualquer deles por
matrimônio ou parentesco, afim ou consangüíneo, até o segundo grau, ou por
adoção, e os servidores e empregados públicos municipais não poderão firmar
contrato com o Município, subsistindo a proibição até seis meses após findas as
respectivas funções.

Art. 43 – É vedada a contratação de empresas, inclusive as locadoras de mão-de-


obra, para a execução de tarefas próprias e permanentes de órgãos e entidades da
administração pública, salvo as situações de emergência, bem como as atividades
sazonais ou para as quais a manutenção de pessoal técnico e operacional e de
equipamentos e instalações seja inconveniente ao interesse público, nos termos da
lei.

CAPÍTULO V
DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Art. 44 – A atividade administrativa permanente é exercida:


I – em qualquer dos Poderes do Município, nas autarquias e nas fundações públicas,
por servidor público, ocupante de cargo público, em caráter efetivo ou em comissão,
ou de função pública;
II – nas sociedades de economia mista, nas empresas públicas e nas demais
entidades de direito privado sob o controle direto ou indireto do Município, por
empregado público, ocupante de emprego público ou função de confiança.

Art. 45 – Os cargos, empregos e funções são acessíveis aos brasileiros que


preencham os requisitos estabelecidos em lei.

§ 1º - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas, ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 2º - O prazo de validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável, uma


vez, por igual período.

§ 3º - Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, o aprovado


em concurso público será convocado, observada a ordem de classificação, com
prioridade sobre novos concursados, para assumir o cargo ou emprego na carreira.

§ 4º - A inobservância do disposto nos parágrafos anteriores implica nulidade do ato


e punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 5º - Ao servidor público municipal são garantidos, nos concursos públicos, cinco


por cento da pontuação total dos títulos, por ano de serviço prestado, mediante
subordinação, à administração pública do Município, até o máximo de trinta por
cento.

Art. 46 – A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado, para


atender a necessidade temporária de excepcional interesse público.
§ 1º - O disposto no artigo não se aplica a funções de magistério.
15

§ 2º - É vedado o desvio de função de pessoa contratada na forma autorizada no


artigo, bem como sua recontratação, sob pena de nulidade do contrato e
responsabilização administrativa e civil da autoridade contratante.

Art. 47 – Serão exercidos por servidores ou empregados públicos municipais os


cargos em comissão e as funções de confiança da administração direta, inferiores,
no Poder Executivo, ao terceiro nível hierárquico da estrutura organizacional e, no
Poder Legislativo, ao primeiro nível.

Parágrafo único – Excetuam-se do disposto no artigo os cargos e funções de


assessoria, apoio e execução estabelecidos em lei.

Art. 48 – Na administração indireta, os cargos ou empregos de provimento em


comissão e as funções de confiança, inferiores ao primeiro nível hierárquico da
estrutura organizacional, e metade dos cargos e funções da administração superior
serão exercidos por servidores ou empregados de carreira da respectiva entidade.

Art. 49 – A revisão geral da remuneração do servidor público, sob um índice único,


far-se-á sempre no mês que a lei fixar, sendo, ainda, assegurada a preservação
mensal de seu poder aquisitivo, desde que respeitados os limites a que se refere a
Constituição da República.

§ 1º - A lei fixará o limite máximo e a relação entre a maior e a menor remuneração


dos servidores públicos, a qual não poderá exceder a percebida, em espécie, a
qualquer título, pelo Prefeito.

§ 2º - Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não podem ser superiores


aos percebidos no Poder Executivo.

§ 3º - É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de


remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto nesta Lei
Orgânica.

§ 4º - Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão


computados nem acumulados, para o fim de concessão de acréscimo ulterior, sob o
mesmo título ou idêntico fundamento.

§ 5º - Os vencimentos do servidor público são irredutíveis, e a remuneração


observará o disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo e os preceitos estabelecidos nos
arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I, da Constituição da República.

§ 6º - Serão corrigidos mensalmente, de acordo com os índices oficiais aplicáveis, os


vencimentos, vantagens ou qualquer parcela remuneratória pagos com atraso ao
servidor público.

§ 7º - É assegurado aos servidores públicos e às suas entidades representativas o


direito de reunião nos locais de trabalho, após prévia comunicação à chefia imediata,
e desde que o atendimento externo ao público, se houver, não sofra interrupção.

Art. 50 – É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, permitida, no


entanto, se houver compatibilidade de horários:
I – a de dois cargos de professor;
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II – a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;


III – a de dois cargos privativos de médico.

Parágrafo único – A proibição de acumular se estende a empregos e funções e


abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações
públicas.
Art. 51 – Ao servidor público municipal em exercício de mandato eletivo se aplicam
as seguintes disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual, ficará afastado do cargo,
emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito ou de Vereador, será afastado do cargo,
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar por sua remuneração;
III – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para a
promoção por merecimento;
IV – para o efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.

Art. 52 – A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para pessoas
portadoras de deficiência e para ex-presidiários recém-colocados em liberdade e
definirá os critérios de sua admissão.
Art. 52 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 14, de 16/06/1999 (Art. 1º)

Art. 53 – Os atos de improbidade administrativa importam suspensão dos direitos


políticos, perda de função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao
erário, na forma e na gradação estabelecidas em lei, sem prejuízo da ação penal
cabível.

Art. 54 – É vedado ao servidor público desempenhar atividades que não sejam


próprias do cargo de que for titular, exceto quando ocupar cargo em comissão ou
desempenhar função de confiança.

Art. 55 – Os servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das


fundações públicas sujeitar-se-ão a regime jurídico único e a planos de carreira a
serem instituídos pelo Município.

§ 1º - A política de pessoal obedecerá às seguintes diretrizes:


I – valorização e dignificação da função pública e do servidor público;
II – profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público;
III – constituição de quadro dirigente, mediante formação e aperfeiçoamento de
administradores públicos;
IV – sistema de mérito objetivamente apurado para ingresso no serviço e
desenvolvimento na carreira;
V – remuneração compatível com a complexidade e a responsabilidade das tarefas e
com a escolaridade exigida para o seu desempenho.

§ 2º - Ao servidor público que, por acidente ou doença, se tornar inapto para exercer
as atribuições específicas de seu cargo, serão assegurados os direitos e vantagens
a ele inerentes, até seu definitivo aproveitamento em outro cargo, de atribuições
afins, respeitada a habilitação exigida, ou até a aposentadoria.
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§ 3º - Para provimento de cargo de natureza técnica, exigir-se-á a respectiva


habilitação profissional.

Art. 56 – O Município assegurará ao servidor os direitos previstos no art. 7º, incisos


IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII, XXIII e XXX da Constituição da
República e os que, nos termos da lei, visem à melhoria de sua condição social e à
produtividade no serviço público, especialmente:
I – duração do trabalho normal não-superior a oito horas diárias e quarenta
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada nos termos
em que dispuser a lei;
II – adicionais por tempo de serviço;
Inciso III com a redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 10, de 27/12/1995
(Art. 1º)
Inciso III revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 1º)
Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais)

IV – assistência e previdência sociais, extensivas ao cônjuge ou companheiro e aos


dependentes;
V – atendimento gratuito, em creche e pré-escola, aos filhos e dependentes, desde o
nascimento até seis anos de idade;
VI – licença a gestante, com duração de cento e vinte dias e, nos termos da lei, a
adotante, sem prejuízo da remuneração;
VII – auxílio-transporte;
VIII – progressão horizontal e vertical.

§ 1º - Cada período de cinco anos de efetivo exercício dá ao servidor o direito ao


adicional de dez por cento sobre seu vencimento e gratificações, o qual se incorpora
ao valor do provento da aposentadoria.
§ 1º declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 159, do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

§ 2º - Para os fins do inciso II, é assegurado o cômputo integral do tempo de serviço


público.

§ 3º - Haverá, na administração pública, serviços especializados em segurança e


medicina do trabalho e comissões internas de prevenção de acidentes, com
atribuições definidas em lei.

§ 4º - O servidor público, incluído o das autarquias e fundações, detentor de título


declaratório que lhe assegure direito à continuidade de percepção da remuneração
de cargo de provimento em comissão, tem direito aos vencimentos, às gratificações
e a todas as demais vantagens inerentes ao cargo em relação ao qual tenha
ocorrido o apostilamento, ainda que decorrentes de transformação ou reclassificação
posteriores.

§ 5º - O servidor do Poder Executivo terá direito a férias-prêmio, nos seguintes


termos:
I – corresponderá a 6 (seis) meses, para cada 10 (dez) anos de efetivo exercício na
administração pública;
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II – será admitida a conversão em espécie, em caráter indenizatório, por opção do


servidor;
III – será devida ao servidor da Administração Direta e Indireta.
§ 5º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 2º)
Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais)

§ 6º - O benefício de que trata o § 5º se estenderá ao servidor do Poder Legislativo,


na hipótese de extinção de outro benefício previsto na respectiva legislação que
implique, com ou sem conversão em espécie, concessão de período de fruição
remunerada de descanso em razão de tempo de serviço parecido com o previsto no
inciso I do mesmo parágrafo.
§ 6º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 2º)
Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais)

Art. 57 – A lei assegurará ao servidor público da administração direta isonomia de


vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder,
ou entre servidores dos poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens
de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

Art. 58 – É livre a associação profissional ou sindical dos servidores públicos, nos


termos da Constituição da República.

Parágrafo único – É garantida a liberação de servidor ou empregado público para o


exercício de mandato eletivo em diretoria executiva de entidade sindical, sem
prejuízo da remuneração e dos demais direitos e vantagens de seu cargo ou
emprego, exceto promoção por merecimento.

Art. 59 – É garantido ao servidor público o direito de greve, a ser exercido nos


termos e limites definidos em lei complementar federal.

Art. 60 – É estável, após dois anos de efetivo exercício, o servidor público nomeado
em virtude de concurso público.

§ 1º - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial


transitada em julgado ou processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa.

§ 2º - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor público estável, será


ele reintegrado no cargo anteriormente ocupado, com ressarcimento de todas as
vantagens, sendo o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem,
sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 3º - Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor público estável


ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro
cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado,
respeitada a habilitação exigida.
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Art. 61 – A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas


áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores
administrativos municipais, na forma da lei.

Art. 62 – O Município manterá plano de previdência e assistência sociais para o


agente político e o servidor público submetido a regime próprio e para a sua família.

§ 1º - O plano de previdência e assistência sociais visa a dar cobertura aos riscos a


que estão sujeitos os beneficiários mencionados no artigo e atenderá, nos termos da
lei, a:
I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, velhice, acidente em serviço,
falecimento e reclusão;
II – proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;
III – assistência à saúde;
IV – ajuda à manutenção dos dependentes dos beneficiários.

§ 2º - O plano será custeado com o produto da arrecadação de contribuições sociais


obrigatórias do servidor público e do agente político, do Poder, do órgão ou da
entidade a que se encontra vinculado, e de outras fontes de receita definidas em lei.

§ 3º - A contribuição mensal do servidor público e do agente político será


diferenciada em razão da remuneração, na forma da lei, e não será superior a um
terço do valor atuarialmente exigível.

§ 4º - Os benefícios do plano serão concedidos nos termos e nas condições


estabelecidos em lei e compreendem:
I – quanto ao servidor público e agente político:
a) aposentadoria;
b) auxílio-natalidade;
c) salário-família diferenciado;
d) licença para tratamento de saúde;
e) licença-maternidade, licença-paternidade e licença-adoção;
f) licença por acidente em serviço;
II – quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
c) auxílio-funeral;
d) pecúlio.

§ 5º - Nos casos previstos nas alíneas “d”, “e” e “f” do inciso I do parágrafo anterior,
o servidor perceberá remuneração integral, como se em exercício estivesse.

§ 6º - Incumbe ao Tesouro Municipal o custeio e pagamento dos benefícios referidos


nas alíneas “a”, “d”, “e” e “f” do inciso I do § 4º.

§ 7º - O Poder, o órgão ou a entidade a que se vincule o servidor público ou o


agente político terá, após os descontos, o prazo de dez dias para recolher as
respectivas contribuições sociais, sob pena de responsabilização do seu preposto e
pagamento dos acréscimos definidos em lei.

Art. 63 – O servidor público será aposentado:


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I – por invalidez permanente, com proventos integrais, quando decorrente de


acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;
II – compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao
tempo de serviço;
III – voluntariamente:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com
proventos integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e aos
vinte e cinco, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de exercício, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com
proventos proporcionais a esse tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º - As exceções ao disposto no inciso III, alíneas “a” e “c”, no caso de exercício de


atividades consideradas penosas, insalubres ou perigosas, serão as estabelecidas
em legislação federal.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1, de 30/06/1992 (Art. 1º)

§ 2º - A lei disporá sobre a aposentadoria em cargo, função ou emprego


temporários.

§ 3º - O tempo de serviço público será computado integralmente para os efeitos de


aposentadoria e disponibilidade.

§ 4º - Os proventos da aposentadoria e as pensões por morte, nunca inferiores ao


salário mínimo, serão revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que
se modificar a remuneração do servidor em atividade.

§ 5º - Serão estendidos ao inativo os benefícios ou vantagens posteriormente


concedidos ao servidor em atividade, mesmo quando decorrentes de transformação
ou reclassificação do cargo ou da função em que se tiver dado a aposentadoria.

§ 6º - O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos


ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o
disposto nos §§ 4º e 5º.

§ 7º - A pensão de que trata o parágrafo anterior será devida ao cônjuge ou


companheiro e aos demais dependentes, na forma da lei.

§ 8º - É assegurado ao servidor afastar-se da atividade a partir da data do


requerimento de aposentadoria, e sua não-concessão importará a reposição do
período de afastamento.

§ 9º - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo


de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e urbana,
hipótese em que os diversos sistemas de previdência social se compensarão
financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei federal.

§ 10 – Nenhum benefício ou serviço da previdência social poderá ser criado,


majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
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Art. 64 – O servidor público que retornar à atividade após a cessação dos motivos
que causaram sua aposentadoria por invalidez terá direito, para todos os fins, salvo
para o de promoção, à contagem do tempo relativo ao período de afastamento.

Art. 65 – Incumbe a entidade da administração indireta gerir, com exclusividade, o


sistema de previdência e assistência sociais dos servidores públicos e agentes
políticos.

§ 1º - Os cargos de direção da entidade serão ocupados por servidores municipais


de carreira dela contribuintes, ativos e aposentados, observada a habilitação
profissional exigida quando se tratar de diretoria técnica.

§ 2º - Um terço dos cargos de direção da entidade será provido por servidor efetivo,
eleito pelos filiados ativos e aposentados, para mandato de dois anos, vedada a
recondução consecutiva.

§ 3º - Homologado o resultado da eleição, o Prefeito, nos vinte dias subseqüentes,


nomeará o eleito e lhe dará posse.

§ 4º - Caso o Prefeito não o nomeie ou emposse, no prazo do parágrafo anterior,


ficará o eleito investido no respectivo cargo.

CAPÍTULO VI
DOS SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICOS

Art. 66 – No exercício de sua competência para organizar e regulamentar os


serviços públicos, o Município observará os requisitos de eficiência do serviço e
conforto e bem-estar dos usuários.

Parágrafo único – O Poder Público dará prioridade às obras em andamento, não


podendo iniciar novos projetos com objetivos idênticos sem que seja concluído o
projeto em execução.

Art. 67 – A lei disporá sobre a organização, o funcionamento, a fiscalização e a


segurança dos serviços públicos de interesse local, prestados mediante delegação,
incumbindo aos que os executarem sua permanente atualização e adequação às
necessidades dos usuários.

§ 1º - O Município poderá retomar os serviços delegados, desde que:


I – sejam executados em desconformidade com o ato ou contrato, ou se revelem
insuficientes para o atendimento dos usuários;
II – haja ocorrência de paralisação unilateral dos serviços por parte dos delegatários;
III – seja estabelecida a prestação direta do serviço pelo Município.

§ 2º - A retomada será feita sem indenização nos casos previstos nos incisos I e II
do parágrafo anterior, bem como, salvo disposição em contrário do contrato, ao
término deste.

§ 3º - A permissão de serviço público, sempre a título precário, dar-se-á por decreto,


após edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor pretendente,
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procedendo-se à licitação com estrita observância das normas gerais da União e da


legislação municipal pertinente.

§ 4º - A concessão só será feita com autorização legislativa e mediante contrato,


observada a legislação referente à licitação e contratação.

§ 5º - Os delegatários de serviços públicos sujeitar-se-ão à regulamentação


específica e ao controle tarifário do Município.

§ 6º - Em todo ato ou contrato de delegação de serviço público, o Município se


reservará o direito de averiguar a regularidade do cumprimento da legislação
trabalhista pelo delegatário.

Art. 68 – A lei disporá sobre:


I – o regime dos delegatários de serviços públicos, o caráter especial do contrato e
de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e extinção
dos serviços delegados;
II – os direitos dos usuários;
III – a política tarifária;
IV – a obrigação de manter serviço adequado;
V – as reclamações relativas à prestação de serviços públicos;
VI – o tratamento especial em favor do usuário de baixa renda.

Parágrafo único – Na fixação das tarifas dos serviços públicos, ter-se-á em vista a
justa remuneração.

Art. 69 – A competência do Município para realização de obras públicas abrange:


I – a construção de edifícios públicos;
II – a construção de obras e instalações para implantação e prestação de serviços
necessários ou úteis às comunidades;
III – a execução de quaisquer outras obras destinadas a assegurar a funcionalidade
e o bom aspecto da cidade.

§ 1º - A obra pública poderá ser executada diretamente por órgão ou entidade da


administração pública e, indiretamente, por terceiros, mediante licitação.

§ 2º - A construção de edifícios e obras públicas obedecerá aos princípios de


economicidade, simplicidade, adequação ao espaço circunvizinho e ao meio
ambiente, e se sujeitará às exigências e limitações constantes do código de obras.

§ 3º - A Câmara manifestar-se-á sobre a execução de obra pública pela União ou


pelo Estado, no território do Município, observada a legislação específica.

TÍTULO IV – DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO

Seção I
Disposições Gerais
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Art. 70 – O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de


representantes do povo eleitos em pleito direto, pelo sistema proporcional, para
mandato de quatro anos.

Parágrafo único – O número de vereadores aumentará em proporção ao


crescimento da população municipal, acrescentando-se um vereador para cada
quinhentos mil habitantes até o limite estabelecido na Constituição da República.

Seção II
Da Câmara Municipal

Art. 71 – A Câmara reunir-se-á, em sessão ordinária, independentemente de


convocação, nos meses de fevereiro a dezembro de cada ano, na forma como
dispuser o Regimento Interno.
Art. 71 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 6, de 14/12/1994 (Art. 1º)

Art. 72 – No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com o mandato
dos Vereadores, a Câmara reunir-se-á no dia primeiro de janeiro para dar posse aos
Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito e eleger a sua Mesa Diretora para
mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição
subseqüente.

Parágrafo único – A eleição da Mesa se dará por chapa, completa ou não, inscrita
até a hora de eleição por qualquer Vereador.

Art. 73 – A convocação de sessão extraordinária da Câmara Municipal far-se-á:


I – pelo Presidente da Câmara, em caso de intervenção no Município e para
compromisso e posse do Prefeito e Vice-Prefeito;
II – pelo Prefeito, pelo Presidente da Câmara ou a requerimento de um terço dos
membros da Câmara, em caso de urgência ou interesse público relevante.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 08/03/1995 (Art. 1º)

Parágrafo único – Na sessão extraordinária, a Câmara somente delibera sobre a


matéria objeto da convocação.

Art. 74 – A Câmara e suas comissões funcionam com a presença, no mínimo, da


maioria de seus membros, e as deliberações são tomadas por maioria de votos dos
presentes, salvo os casos previstos nesta Lei Orgânica.

§ 1º - Quando se tratar de matéria relativa a empréstimos, concessões de isenções,


incentivos, benefícios fiscais e gratuidades nos serviços públicos de competência do
Município, além de outras referidas nesta Lei, as deliberações da Câmara são
tomadas por dois terços de seus membros.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 7, de 26/01/1995 (Art. 1º)

§ 2º - Quando estiverem sendo apreciadas proposições, o Presidente somente


votará em caso de escrutínio secreto ou se ocorrer empate nas demais modalidades
de votação.
§ 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 08/03/1995 (Art. 2º)

Art. 75 – As reuniões da Câmara são públicas, e somente nos casos previstos nesta
Lei o voto é secreto.
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Parágrafo único – É assegurado o uso da palavra por representantes populares na


tribuna da Câmara durante as reuniões, na forma e nos casos definidos pelo
Regimento Interno.

Art. 76 – A Câmara ou qualquer de suas comissões, a requerimento da maioria de


seus membros, pode convocar, com antecedência mínima de dez dias, Secretário
Municipal ou dirigente de entidade da administração indireta, para prestar,
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado e constante da
convocação, sob pena de responsabilização.

§ 1º - O convocado, três dias úteis antes de seu comparecimento, enviará à Câmara


exposição referente às informações solicitadas.

§ 2º - Em situações de urgência e interesse público relevante, o prazo de


convocação mencionado no artigo poderá ser reduzido a até quarenta e oito horas,
mediante requerimento aprovado por três quintos dos membros da Câmara, hipótese
em que não se aplicará o disposto no parágrafo anterior.

§ 3º - O Secretário pode comparecer à Câmara ou a qualquer de suas comissões,


por sua iniciativa e após entendimento com a Mesa, para expor assunto de
relevância de sua Secretaria.

§ 4º - A Mesa da Câmara pode, de ofício ou a requerimento do Plenário,


encaminhar, por escrito, pedido de informação a secretário, a dirigente de entidade
da administração indireta e a outras autoridades municipais, e a recusa, ou o não-
atendimento no prazo de trinta dias, ou a prestação de informação falsa constituem
infração administrativa, sujeita a responsabilização.

Seção III
Dos Vereadores

Art. 77 – O Vereador é inviolável por suas opiniões, palavras e votos proferidos no


exercício do mandato e na circunscrição do Município.

Art. 78 – É defeso ao Vereador:


I – desde a expedição do diploma:
firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, fundação
pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa delegatária de
serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerados, inclusive os de que
seja demissível ad nutum, nas entidades indicadas na alínea anterior;
II – desde a posse:
ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo, função ou emprego de que seja demissível ad nutum nas entidades
indicadas no inciso I, alínea “a”;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere
o inciso I, alínea “a”;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 79 – Perderá o mandato o Vereador:


25

I – que infringir proibição estabelecida no artigo anterior;


II – que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de
improbidade administrativa;
III – que proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o
decoro na sua conduta pública;
IV – que perder ou tiver suspensos seus direitos políticos;
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral;
VI – que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;
VII – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das
reuniões ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão por esta autorizada;
VIII – que fixar residência fora do Município.

§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no


Regimento Interno, o abuso de prerrogativa assegurada ao Vereador.

§ 2º - Nos casos dos incisos I, II, III e VIII, a perda de mandato será decidida pela
Câmara por voto secreto e maioria de seus membros, mediante provocação da
Mesa ou de partido político devidamente registrado.

§ 3º - Nos casos dos incisos IV, V e VII, a perda será declarada pela Mesa da
Câmara, de ofício ou por provocação de qualquer de seus membros ou de partido
político devidamente registrado.

§ 4º - No caso do inciso VI, a perda será decidida, se culposo o crime, na forma do §


2º, e declarada, se doloso o crime, nos termos do § 3º.

§ 5º - O Regimento Interno disporá sobre o processo de julgamento, observado o


disposto no art. 4º, § 3º, e, no que couber, no art. 110 e parágrafos.

Art. 80 – Não perderá o mandato o Vereador:


I – investido em cargo de Ministro da República, Secretário de Estado, Secretário do
Município, Administrador Regional, chefe de missão diplomática temporária ou
dirigente máximo de entidade de administração indireta na esfera federal, estadual
ou municipal;
II – investido em outro cargo do setor público, na esfera federal ou estadual,
considerado de importância para o Município, desde que, neste caso, tenha sido
autorizado por três quintos dos membros da Câmara;
III – licenciado por motivo de doença ou para necessários cuidados físicos, aí
incluídos os de maternidade, sendo indispensável, em todos os casos, a respectiva
comprovação médica por profissional da Câmara, sob pena de responsabilização;
IV – licenciado para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que,
neste caso, o afastamento não ultrapasse 60 (sessenta) dias por sessão legislativa.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 9, de 24/04/1995 (Art. 1º)

§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em cargo


mencionado no artigo ou de licença superior a sessenta dias.

§ 2º - Se ocorrer vaga e não houver suplente, far-se-á eleição para raújo t-la, se
faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pela remuneração do


mandato.
26

Art. 81 – A remuneração do vereador será fixada pela Câmara, em cada legislatura,


para ter vigência na subseqüente, por voto da maioria de seus membros,
observados os limites constitucionais, vedado o pagamento de jetons por
comparecimento a sessão extraordinária.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 8, de 08/03/1995 (Art. 3º)

Parágrafo único – Na hipótese de a Câmara deixar de exercer a competência de que


trata o artigo, ficarão mantidos, na legislatura subseqüente, os valores de
remuneração vigentes em dezembro do último exercício da legislatura anterior,
admitida apenas a atualização dos mesmos.

Seção IV
Das Comissões

Art. 82 – A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na


forma do Regimento Interno e com as atribuições nele previstas, ou conforme os
termos do ato de sua criação.

§ 1º - Na constituição da Mesa e na de cada comissão é assegurada, tanto quanto


possível, a participação proporcional dos partidos políticos ou dos blocos
parlamentares representados na Câmara.

§ 2º - Às comissões, em razão da matéria de sua competência cabe:


I – discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a
competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da
Câmara;
II – realizar audiência pública com entidade da sociedade civil;
III – realizar audiência pública em regiões do Município, para subsidiar o processo
legislativo;
IV – convocar, além das autoridades a que se refere o art. 76, § 4º, servidor
municipal para prestar informação sobre assunto inerente às suas atribuições,
constituindo infração administrativa a recusa ou não-atendimento no prazo de trinta
dias;
V – receber petição, reclamação, representação ou queixa de qualquer pessoa
contra ato ou omissão de autoridade ou entidade públicas;
VI – solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VII – apreciar plano de desenvolvimento e programa de obras do Município;
VIII – acompanhar a implantação dos planos e programas de que trata o inciso
anterior e exercer a fiscalização dos recursos municipais neles investidos.

§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, observada a legislação específica,


no que couber, terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais,
além de outros previstos no Regimento Interno, e serão criadas a requerimento de
um terço dos membros da Câmara, para apuração de fato determinado e por prazo
certo, e suas conclusões, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público,
ao Defensor do Povo ou a outra autoridade competente, para que se promova a
responsabilização civil, criminal ou administrativa do infrator.

Seção V
Das Atribuições da Câmara Municipal
27

Art. 83 – Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida para o
estabelecido no art. 84, dispor sobre todas as matérias de competência do
Município, especificamente:
I – plano diretor;
II – plano plurianual;
III – diretrizes orçamentárias;
IV – orçamento anual;
V – sistema tributário municipal, arrecadação e distribuição de rendas;
VI – dívida pública, abertura e operação de crédito;
VII – delegação de serviços públicos;
VIII – criação, transformação e extinção de cargo, emprego e função públicos na
administração direta, autárquica e fundacional, e fixação de remuneração,
observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
IX – fixação do quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de
economia mista e demais entidades sob controle direto ou indireto do Município;
X – servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, seu regime
jurídico único, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
XI – criação, organização e definição de atribuições de órgãos e entidades da
administração pública;
XII – divisão regional da administração pública;
XIII – divisão territorial do Município;
XIV – bens do domínio público;
XV – isenção, remissão e anistia;
XVI – transferência temporária da sede do Governo Municipal;
XVII – matéria decorrente da competência comum de que trata o art. 13.

Art. 84 – Compete privativamente à Câmara Municipal:


I – eleger a Mesa e constituir as comissões;
II – elaborar o Regimento Interno;
III – dispor sobre sua organização, seu funcionamento e sua polícia;
IV – dispor sobre criação, transformação ou extinção de cargo, emprego e função de
seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
V – aprovar crédito suplementar ao orçamento de sua Secretaria, nos termos desta
Lei Orgânica;
VI – fixar a remuneração do Vereador, do Prefeito, do Vice-Prefeito e do Secretário
Municipal;
VII – dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito;
VIII – conhecer da renúncia do Prefeito e do Vice-Prefeito;
IX – conceder licença ao Prefeito para interromper o exercício de suas funções;
X – autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município e o Vice-Prefeito, do Estado, por
mais de dez dias, e ambos, do País, por qualquer tempo;
XI – processar e julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e o Secretário Municipal, bem
como ocupante de cargo de mesma hierarquia deste, nas infrações político-
administrativas;
XII – destituir do cargo o Prefeito, após condenação por crime comum ou de
responsabilidade ou por infração político-administrativa, e o Vice-Prefeito, o
Secretário Municipal e ocupante de cargo de mesma hierarquia deste, após
condenação por crime comum ou por infração político-administrativa;
XIII – proceder à tomada de contas do Prefeito não apresentadas dentro de
sessenta dias da abertura da sessão legislativa;
28

XIV – julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito, e apreciar os relatórios


sobre a execução dos planos de governo;
XV – eleger, pelo voto de dois terços de seus membros, após argüição pública, o
Defensor do Povo;
XVI – autorizar celebração de convênio pelo Governo do Município e ratificar o que,
por motivo de urgência e de interesse público relevante, for efetivado sem essa
autorização, desde que encaminhado à Câmara nos dez dias úteis subseqüentes à
sua celebração;
Inciso XVI declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 117, do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais)
XVII – autorizar previamente convênio intermunicipal para modificação de limites;
XVIII – solicitar, pela maioria de seus membros, a intervenção do Estado;
XIX – suspender, no todo ou em parte, a execução de ato normativo municipal
declarado, incidentalmente:
a) inconstitucional, por decisão definitiva do Tribunal de Justiça do Estado, quando a
decisão de inconstitucionalidade for limitada ao texto da Constituição do Estado;
b) infringente desta Lei Orgânica, por decisão definitiva do órgão competente do
Poder Judiciário;
XX – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar;
XXI – fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração
indireta;
XXII – dispor sobre limites e condições para concessão de garantia do Município em
operações de crédito;
XXIII – autorizar a contratação de empréstimo, operação ou acordo externo, de
qualquer natureza, de interesse do Município, regulando as suas condições e
respectiva aplicação, observada a legislação federal;
XXIV – zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição
normativa do Poder Executivo;
XXV – aprovar, previamente, a alienação ou a concessão de bem imóvel público;
XXVI – autorizar referendo e convocar plebiscito;
XXVII – indicar, observada a lei complementar estadual, os vereadores
representantes do Município na Assembléia Metropolitana;
XXVIII – autorizar a participação do Município em convênio, consórcio ou entidade
intermunicipais destinados à gestão de função pública, ao exercício de atividade ou
à execução de serviços e obras de interesse comum;
XXIX – aprovar os estatutos das instâncias previstas nesta Lei Orgânica;
XXX – mudar, temporária ou definitivamente, a sua sede.

§ 1º - Compete também à Câmara manifestar-se, por maioria de seus membros, a


favor de proposta de emenda à Constituição do Estado.

§ 2º - O não-encaminhamento à Câmara de convênio a que se refere o inciso XVI,


nos dez dias úteis subseqüentes à sua celebração, implica nulidade dos atos já
praticados em virtude de sua execução, aplicando-se o disposto no art. 91, no que
couber.
§ 2º declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 117, do
Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

§ 3º - A representação judicial da Câmara é exercida por sua Procuradoria-Geral, à


qual cabe também a consultoria jurídica do Poder Legislativo.
29

Seção VI
Do Processo Legislativo

Art. 85 – O processo legislativo compreende a elaboração de:


I – Emenda à Lei Orgânica;
II – lei;
III – resolução;
IV – decreto legislativo.
Inciso IV acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 13, de 04/09/1998 (Art.
1º)

Parágrafo único – São também objeto de deliberação da Câmara, além de outras


proposições previstas no Regimento Interno:
I – a autorização;
II – a indicação;
III – o requerimento;
IV – a representação.

Art. 86 – A Lei Orgânica pode ser emendada mediante proposta:


I – de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara;
II – do Prefeito;
III – de, no mínimo, cinco por cento do eleitorado do Município.

§ 1º - As regras de iniciativa privativa pertinentes à legislação ordinária não se


aplicam à competência para a apresentação da proposta de que trata o artigo.

§ 2º - A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de estado de sítio ou


estado de defesa, nem quando o Município estiver sob intervenção do Estado.

§ 3º - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com o interstício mínimo de


dez dias, e considerada aprovada se obtiver, em ambos, dois terços dos votos dos
membros da Câmara.

§ 4º - Na discussão de proposta popular de emenda é assegurada a sua defesa, em


comissão e no Plenário, por um dos signatários.

§ 5º - A Emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o


respectivo número de ordem.

§ 6º - O referendo à emenda será realizado, se requerido antes da data da


promulgação, por dois terços dos membros da Câmara, ou por, no mínimo, cinco por
cento do eleitorado do Município.

§ 7º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por


prejudicada não pode ser representada na mesma sessão legislativa.

Art. 87 – A iniciativa de lei cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara, ao


Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos definidos nesta Lei Orgânica.

§ 1º - São matéria de lei, dentre outras previstas nesta Lei Orgânica, que dependem
de voto favorável:
I – de dois terços dos membros da Câmara:
30

a) o plano diretor;
b) o parcelamento, a ocupação e o uso do solo;
c) o código tributário;
d) alteração das regras pertinentes ao estatuto dos servidores.
Alínea “d” acrescentada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art.
3º)
Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais)
II – da maioria dos membros da Câmara:
a) o código de obras;
b) o código de posturas;
c) o código sanitário;
Alínea “d” revogada pela Emenda à Lei Orgânica nº 19, de 05/01/2006 (Art. 3º)
Emenda à Lei Orgânica nº 19 declarada inconstitucional pelo Tribunal de
Justiça ( ADIN nº 1.0000.07.467.202-3/000, do Tribunal de Justiça de Minas
Gerais)
e) a organização da Defensoria do Povo e da Guarda Municipal;
f) a organização administrativa;
g) a criação de cargos, funções e empregos públicos.

§ 2º - Será dada ampla divulgação aos projetos de Lei Orgânica, estatuto e código
previstos no parágrafo anterior ou em outros dispositivos desta Lei, facultado a
qualquer cidadão, no prazo de quinze dias da data de sua publicação, apresentar
sugestão sobre qualquer um deles ao Presidente da Câmara, que a encaminhará à
comissão respectiva, para apreciação.

Art. 88 – São matéria de iniciativa privativa, além de outras previstas nesta Lei
Orgânica:
I – da Mesa da Câmara:
a) o regulamento geral, que disporá sobre a organização da Secretaria da Câmara,
seu funcionamento, sua polícia, criação, transformação ou extinção de cargo,
emprego e função, regime jurídico de seus servidores e fixação da respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e o disposto nos arts. 49, §§ 1º e 2º, e 57;
b) a autorização para o Prefeito ausentar-se do Município;
c) a mudança temporária da sede da Câmara;
II – do Prefeito:
a) a criação de cargo e função públicos da administração direta, autárquica e
fundacional e a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros da lei
de diretrizes orçamentárias;
b) o regime jurídico único dos servidores públicos dos órgãos da administração
direta, autárquica e fundacional, incluído o provimento de cargo, estabilidade e
aposentadoria;
c) o quadro de empregos das empresas públicas, sociedades de economia mista e
demais entidades sob controle direto ou indireto do Município;
d) a criação, organização e definição de atribuições de órgãos e entidades da
administração pública, exceto as da Defensoria do Povo;
e) os planos plurianuais;
f) as diretrizes orçamentárias;
g) os orçamentos anuais;
h) a concessão de isenção, benefício ou incentivo fiscal;
31

I) a divisão regional da administração pública.

Art. 89 – Salvos nas hipóteses previstas no artigo anterior, a iniciativa popular em


matéria de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros pode ser
exercida pela apresentação à Câmara de projeto de lei subscrito por, no mínimo,
cinco por cento do eleitorado do Município, em lista organizada por entidade
associativa legalmente constituída, que se responsabilizará pela idoneidade das
assinaturas.

§ 1º - Na discussão do projeto de iniciativa popular, é assegurada a sua defesa, em


comissão e no Plenário, por um dos signatários.

§ 2º - O disposto neste artigo e no § 1º se aplica à iniciativa popular de emenda a


projeto de lei em tramitação na Câmara, respeitadas as vedações do art. 90.

Art. 90 – Não será admitido aumento da despesa prevista:


I – nos projetos de iniciativa do Prefeito, ressalvados a comprovação da existência
de receita e o disposto no art. 132, § 4º;
II – nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara.

Art. 91 – O Prefeito pode solicitar urgência para apreciação de projeto de sua


iniciativa, salvo o de Lei Orgânica, estatutária ou equivalente a código, ou que
dependa de “quorum” especial para aprovação.

§ 1º - Se a Câmara não se manifestar sobre o projeto em até quarenta e cinco dias,


será ele incluído na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais
assuntos, para que se ultime a votação.

§ 2º - O prazo do parágrafo anterior não corre em período de recesso da Câmara.

Art. 92 – A proposição de lei, resultante de projeto aprovado pela Câmara, será


enviada ao Prefeito, que, no prazo de quinze dias úteis, contados da data de seu
recebimento:
I – se aquiescer, a sancionará; ou
II – se a considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrária ao interesse
público, a vetará, total ou parcialmente.

§ 1º - O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo, importa sanção.

§ 2º - A sanção, expressa ou tácita, supre a iniciativa do Poder Executivo no


processo legislativo.

§ 3º - O Prefeito publicará o veto e, dentro de quarenta e oito horas, comunicará


seus motivos ao Presidente da Câmara.

§ 4º - O veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de


alínea.

§ 5º - A Câmara, dentro de trinta dias contados do recebimento da comunicação do


veto, sobre ele decidirá, em escrutínio secreto, e sua rejeição só ocorrerá pelo voto:
I – de três quintos de seus membros, quando a matéria objeto da proposição de lei
depender de aprovação por dois terços;
32

II – da maioria de seus membros, quando a matéria depender de aprovação por


“quorum” idêntico ou inferior.

§ 6º - Se o veto não for mantido, será a proposição de lei enviada ao Prefeito para
promulgação.

§ 7º - Esgotado o prazo estabelecido no § 5º, sem deliberação, o veto será incluído


na ordem do dia da reunião imediata, sobrestadas as demais proposições, até
votação final, ressalvada a matéria de que trata o § 1º do art. 91.

§ 8º - Se, nos casos dos §§ 1º e 6º, a lei não for promulgada pelo Prefeito dentro de
quarenta e oito horas, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer
em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente raú-lo.

§ 9º - O referendo a proposição de lei será realizado nos termos da legislação


específica.

Art. 93 – A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir


objeto de novo projeto na mesma sessão legislativa mediante proposta da maioria
dos membros da Câmara ou de pelo menos cinco por cento do eleitorado.

Art. 94 – A requerimento de vereador, aprovado pelo Plenário, os projetos de lei,


decorridos sessenta dias de seu recebimento, serão incluídos na ordem do dia,
mesmo sem parecer.

Parágrafo único – O projeto somente pode ser retirado da ordem do dia a


requerimento do autor, aprovado pelo Plenário.

Seção VII
Da Fiscalização e dos Controles

Subseção I
Disposições Gerais

Art. 95 – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial


do Município e das entidades da administração indireta é exercida pela Câmara,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder e
entidade, observado o disposto nos §§ 1º, 2º e 3º do art. 74 da Constituição do
Estado.

§ 1º - O controle externo, a cargo da Câmara, será exercido com o auxílio do


Tribunal de Contas do Estado.

§ 2º - Os Poderes Legislativo e Executivo e as entidades da administração indireta


manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, com a finalidade de:
I – avaliar o cumprimento das metas previstas nos respectivos planos plurianuais e a
execução dos programas de governo e dos orçamentos;
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da administração direta e
das entidades da administração indireta, e da aplicação de recursos públicos por
entidade de direito privado;
33

III – exercer o controle de operações de crédito, avais e garantias, e o de seus


direitos e haveres;
IV – apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 3º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas e ao
Defensor do Povo, sob pena de responsabilidade solidária.

Art. 96 – Qualquer cidadão, partido político, associação legalmente constituída ou


sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou
ilegalidade de ato de agente público.

Parágrafo único – A denúncia poderá ser feita, em qualquer caso, à Câmara e à


Defensoria do Povo, ou, sobre o assunto da respectiva competência, ao Ministério
Público ou ao Tribunal de Contas.

Art. 97 – As contas do Prefeito, referentes à gestão financeira do ano anterior, serão


julgadas pela Câmara mediante parecer prévio do Tribunal de Contas, nos termos da
Constituição do Estado, o qual somente deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos membros da Câmara.

§ 1º - Para efeito de exame e apreciação, as contas do Município ficarão, durante


sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer cidadão, que poderá
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

§ 2º - No primeiro e no último ano de mandato do Prefeito, o Município enviará ao


Tribunal de Contas inventário de todos os seus bens móveis e imóveis.

Art. 98 – Anualmente, dentro de sessenta dias do início da sessão legislativa, a


Câmara receberá, em reunião especial, o Prefeito, que informará, por meio de
relatório, o estado em que se encontram os assuntos municipais.

Parágrafo único – Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assunto de


interesse público, a Câmara o receberá em reunião previamente designada.

Art. 99 – A Câmara, após aprovação da maioria de seus membros, convocará


plebiscito para que o eleitorado do Município se manifeste sobre ato político do
Poder Executivo ou do Poder Legislativo, desde que requerida a convocação por
vereador, pelo Prefeito ou, no mínimo, por cinco por cento do eleitorado do
Município.

Subseção II
Da Defensoria do Povo

Art. 100 – A Defensoria do Povo é órgão público dotado de autonomia administrativa


e financeira e com funções de controle da administração pública, e suas atribuições,
organização e funcionamento serão definidos em lei, aprovada pela maioria dos
membros da Câmara.

§ 1º - A Defensoria é dirigida pelo Defensor do Povo, com mais de trinta anos de


idade, notável experiência, reputação ilibada e reconhecido senso de justiça, eleito
34

por dois terços dos membros da Câmara, para mandato, não-renovável, de quatro
anos, e nomeado pelo Presidente desta.

§ 2º - O Defensor do Povo se sujeita, no que couber e na forma da lei, às proibições,


incompatibilidades e perda do mandato aplicáveis ao Vereador.

Art. 101 – A Defensoria do Povo terá, entre outras, as seguintes atribuições:


I – apurar os atos, fatos e omissões de órgãos e entidades da administração pública
ou de seus agentes, que impliquem exercício ilegítimo, inconveniente ou inoportuno
de suas funções;
II – apurar:
a) as reclamações contra prestação dos serviços públicos;
b) os atos ou omissões do Poder Público, com ofensa dos princípios a que se sujeita
a administração, de modo especial o pertinente à moralidade administrativa;
III – divulgar, para conhecimento do cidadão, os direitos deste em face do Poder
Público, incluído o de exercer o controle direto dos atos administrativos;
IV – divulgar informações e avaliações relativas à sua ação, com o direito de publicá-
la em órgão oficial de imprensa;
V – acompanhar os processos de licitação;
VI – encaminhar relatórios de suas atividades e prestar suas contas à Câmara.

Parágrafo único – Obrigam-se as autoridades de órgãos e entidades a fornecer, em


regime de urgência, sob pena de responsabilização, documentos, dados,
informações e certidões solicitados pelo Defensor do Povo.

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 102 – O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos
Secretários Municipais.

Art. 103 – A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, se


realizará até noventa dias antes do término do mandato de seus antecessores,
mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País, e a posse ocorrerá no
dia primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto
no art. 77 da Constituição da República.

Parágrafo único – Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função
na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de
concurso público e observado o disposto no art. 51, I, II e III.

Art. 104 – A eleição do Prefeito importará, para mandato correspondente, a do Vice-


Prefeito com ele registrado.

§ 1º - O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em reunião da Câmara, prestando


o seguinte compromisso: “Prometo manter, defender e cumprir as Constituições da
República e do Estado, a Lei Orgânica do Município, observar as leis, promover o
bem geral do povo belo-horizontino e exercer o meu cargo sob a inspiração do
interesse público, da lealdade e da honra”.
35

§ 2º - O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito nos seus impedimentos e lhe sucederá


na vacância do cargo.

§ 3º - O Vice-Prefeito auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para


missões especiais.

Art. 105 – No caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito ou no de vacância


dos respectivos cargos, será chamado ao exercício do Governo o Presidente da
Câmara.

§ 1º - Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa


dias depois de aberta a última vaga.

§ 2º - Ocorrendo a vacância nos últimos quinze meses do mandato governamental, a


eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pela
Câmara, na forma de lei, aprovada pela maioria dos membros desta.

§ 3º - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus


antecessores.

Art. 106 – Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou o Vice-
Prefeito, salvo motivo de força maior, reconhecido pela Câmara, não tiver assumido
o cargo, este será declarado vago.

Art. 107 – O Prefeito e o Vice-Prefeito residirão no Município.

Parágrafo único – O pedido de autorização para o Prefeito e o Vice-Prefeito


ausentarem-se do Município, nos termos do art. 84, X, desta Lei Orgânica, será
decidido pela Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Art. 107 com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 17, de
09/07/2001(Art. 1º)

Seção II
Das Atribuições do Prefeito Municipal

Art. 108 – Compete privativamente ao Prefeito Municipal:


I – nomear e exonerar Secretário Municipal;
II – exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior do Poder
Executivo;
III – prover os cargos públicos do Poder Executivo;
IV – prover os cargos de direção ou administração superior de autarquia e fundação
pública;
V – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
VI – fundamentar os projetos de lei que remeter à Câmara;
VII – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis e, para sua fiel execução, expedir
decretos e regulamentos;
VIII – vetar proposições de lei;
IX – remeter mensagem e planos de governo à Câmara, quando da reunião
inaugural da sessão legislativa ordinária, expondo a situação do Município,
especialmente o estado das obras e dos serviços municipais;
36

X – enviar à Câmara a proposta de plano plurianual, o projeto da lei de diretrizes


orçamentárias e as propostas de orçamento;
XI – prestar, anualmente, dentro de sessenta dias da abertura da sessão legislativa
ordinária, as contas referentes ao exercício anterior;
XII – extinguir cargo desnecessário, desde que vago ou ocupado por servidor
público não-estável, na forma da lei;
XIII – celebrar convênios, ajustes e contratos de interesse municipal;
XIV – contrair empréstimo, externo ou interno, e fazer operação ou acordo externo
de qualquer natureza, mediante prévia autorização da Câmara, observado os
parâmetros de endividamento regulados em lei, dentro dos princípios da
Constituição da República;
XV – convocar extraordinariamente a Câmara, na forma e nos casos previstos nesta
Lei Orgânica;
XVI – fixar, mediante decreto, o preço dos bens e serviços;
XVII – exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica.

Seção III
Do Processo e Julgamento do Prefeito Municipal

Art. 109 – São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos em lei federal


especial, que estabelece as normas de processo de julgamento.

Parágrafo único – Nos crimes de responsabilidade, e nos comuns, o Prefeito será


submetido a processo e julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado.

Art. 110 – São infrações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento


pela Câmara, além de outras previstas nesta Lei Orgânica:
I – impedir o funcionamento regular da Câmara;
II – impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que
devam constar dos arquivos da administração pública, bem como a verificação de
obras e serviços municipais, por comissão de investigação da Câmara, pelo
Defensor do Povo ou por auditoria regularmente instituída;
III – desatender, sem motivo justo, os pedidos de informação da Câmara, quando
feitos a tempo e em forma regular;
IV – retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e os atos sujeitos a essa
formalidade;
V – deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em forma regular, a proposta
orçamentária;
VI – descumprir o orçamento aprovado para exercício financeiro;
VII – praticar ato administrativo contra expressa disposição de lei ou omitir-se na
prática daquele por ela exigido;
VIII – omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do
Município, sujeitos à sua administração;
IX – ausentar-se do Município por tempo superior ao permitido nesta Lei Orgânica,
ou afastar-se do exercício do cargo, sem autorização da Câmara;
X – deixar de remeter à Câmara, até o dia vinte de cada mês, um duodécimo da
dotação orçamentária destinada ao Poder Legislativo, salvo se por motivo justo,
fundamentado ao Presidente da Câmara em tempo hábil;
XI – deixar de declarar seus bens, nos termos do art. 215, parágrafo único;
XII – proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.
37

§ 1º - A denúncia, escrita e assinada, poderá ser feita por qualquer cidadão, com a
exposição dos fatos e a indicação das provas.

§ 2º - Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de


integrar a comissão, processante, e, se for o Presidente da Câmara, passará a
presidência ao substituto legal para os atos do processo.

§ 3º - Será convocado o suplente do vereador impedido de votar, o qual não poderá


integrar a comissão processante.

§ 4º - De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira reunião


subseqüente, determinará sua leitura e constituirá a comissão processante, formada
por sete vereadores, sorteados entre os desimpedidos e pertencentes a partidos
diferentes, os quais elegerão, desde logo, o presidente e o relator.

§ 5º - A comissão, no prazo de dez dias, emitirá parecer, que será submetido ao


Plenário, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, podendo
proceder às diligências que julgar necessárias.

§ 6º - Aprovado o parecer favorável ao prosseguimento do processo, por dois terços


dos membros da Câmara, o Presidente determinará, desde logo, a abertura da
instrução, citando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia, dos
documentos que a instruem e do parecer da comissão, informando-lhe o prazo de
vinte dias para o oferecimento da contestação e a indicação dos meios de prova com
que pretenda demonstrar a verdade do alegado.

§ 7º - Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior, com ou sem contestação, a


comissão processante determinará as diligências requeridas, ou as que julgar
convenientes, e realizará as audiências necessárias para a tomada do depoimento
das testemunhas de ambas as partes, podendo ouvir o denunciante e o denunciado,
que poderão assistir pessoalmente, ou por seu procurador, a todas as reuniões e
diligências da comissão, interrogando e contraditando as testemunhas e requerendo
a sua reinquirição ou acareação.

§ 8º - Após as diligências, a comissão proferirá, no prazo de dez dias, parecer final


sobre a procedência ou improcedência da acusação e solicitará ao Presidente da
Câmara a convocação de reunião para julgamento, que se realizará após a
distribuição do parecer.

§ 9º - Na reunião de julgamento, o processo será lido integralmente, e, a seguir, os


Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo
máximo de quinze minutos cada um, sendo que, ao final, o denunciado ou seu
procurador terá o prazo máximo de duas horas para produzir defesa oral.

§ 10 – Terminada a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais quantas forem


as infrações articuladas na denúncia.

§ 11 – Considerar-se-á afastado definitivamente do cargo e inabilitado, por oito anos,


para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções legais
cabíveis, o denunciado que for declarado, pelo voto de dois terços dos membros da
Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia.
38

§ 12 – Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente


o resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração e,
se houver condenação, expedirá a competente resolução de cassação do mandato,
ou, se o resultado da votação for absolutório, determinará o arquivamento do
processo, comunicando, em qualquer dos casos, o resultado à Justiça Eleitoral.

§ 13 – O processo deverá estar concluído dentro de noventa dias, contados da


citação do acusado, e, transcorrido o prazo sem julgamento, será arquivado, sem
prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os mesmos fatos.

Art. 111 – O Prefeito será suspenso de suas funções:


I – nos crimes comuns e de responsabilidade, se recebida a denúncia ou a queixa
pelo Tribunal de Justiça do Estado; e
II – nas infrações político-administrativas, se admitida a acusação e instaurado o
processo, pela Câmara.

Seção IV
Dos Secretários Municipais

Art. 112 – O Secretário Municipal será escolhido dentre brasileiros, maiores de vinte
e um anos de idade e no exercício dos direitos políticos, e está sujeito, desde a
posse, aos mesmos impedimentos do Vereador.

Parágrafo único – Além de outras atribuições conferidas em lei, compete ao


Secretário Municipal:
I – orientar, coordenar e supervisionar as atividades dos órgãos de sua Secretaria e
das entidades da administração indireta a ela vinculadas;
II – referendar ato e decreto do Prefeito;
III – expedir instruções para a execução de lei, decreto e regulamento;
IV – apresentar ao Prefeito relatório anual de sua gestão;
V – comparecer à Câmara, nos casos e para os fins previstos nesta Lei Orgânica;
VI – praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou
delegadas pelo Prefeito.

Art. 113 – O Secretário é processado e julgado perante a Câmara, nas infrações


político-administrativas, observado, no que couber, o disposto nos arts. 110 e 111.

Seção V
Da Procuradoria do Município

Art. 114 – A Procuradoria do Município é o órgão que o representa judicialmente,


cabendo-lhe também as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos ao
Poder Executivo, e, privativamente, a execução de dívida ativa.

§ 1º - O ingresso na classe inicial da carreira de Procurador Municipal far-se-á


mediante concurso público de provas e títulos.

§ 2º - A Procuradoria do Município tem por chefe o Procurador-Geral do Município,


de livre designação pelo Prefeito, dentre advogados de reconhecido saber jurídico e
reputação ilibada.

TÍTULO V – DAS FINANÇAS PÚBLICAS


39

CAPÍTULO I
DA TRIBUTAÇÃO

Seção I
Dos Tributos Municipais

Art. 115 – Ao Município compete instituir:


I – impostos sobre:
a) propriedade predial e territorial urbana;
b) transmissão “inter-vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia,
bem como cessão de direitos à sua aquisição;
c) vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
d) serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado,
nos termos da Constituição da República e da legislação complementar específica;
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou
potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos à sua disposição;
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.

§ 1º - O imposto previsto na alínea “a” do inciso I poderá ser progressivo, nos termos
da lei, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

§ 2º - O imposto previsto na alínea “b” do inciso I não incide sobre a transmissão de


bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica, em realização de
capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão,
incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nestes casos, a
atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou
direitos, a locação de bens imóveis ou o arrendamento mercantil.

§ 3º - As alíquotas dos impostos previstos nas alíneas “c” e “d” do inciso I


obedecerão aos limites fixados em lei complementar federal.

§ 4º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados


segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração
municipal identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 5º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

Art. 116 – Constituem também recursos financeiros do Município:


I – as multas arrecadadas pelo exercício do poder de polícia;
II – as rendas provenientes de concessão, permissão, cessão ou autorização;
III – o produto da alienação de bens imóveis ou móveis, ações e direitos, na forma
da lei;
IV – as doações e legados, com ou sem encargos;
V – outros definidos em lei.

Art. 117 – Somente ao Município cabe instituir isenção de tributo de sua


competência, por meio de lei aprovada por dois terços dos membros da Câmara,
prevalecendo o estatuído para o exercício seguinte.
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Art. 118 – A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos
acerca dos impostos municipais que incidam sobre vendas e serviços, observadas
as legislações federal e estadual sobre consumo.

Seção II
Das Limitações ao Poder de Tributar

Art. 119 – É vedado ao Município, sem prejuízo das garantias asseguradas aos
contribuintes e do disposto no art. 150 da Constituição da República e na legislação
complementar específica, estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de
qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

Art. 120 – Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou


previdenciária de competência do Município só poderá ser concedida por lei
aprovada por dois terços dos membros da Câmara.

Parágrafo único – O perdão da multa, o parcelamento e a compensação de débitos


fiscais poderão ser concedidos por ato do Poder Executivo, nos casos e condições
especificados em lei.

Seção III
Da Participação do Município em Receitas Tributárias Federais e Estaduais

Art. 121 – Em relação aos impostos de competência da União, pertencem ao


Município:
I – o produto da arrecadação do imposto sobre rendas e proventos de qualquer
natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pela
administração direta, pelas autarquias e pelas fundações instituídas e mantidas pelo
Município;
II – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade
territorial rural, relativamente aos imóveis situados no Município.

Art. 122 – Em relação aos impostos de competência do Estado, pertencem ao


Município:
I – cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade
de veículos automotores, licenciados no território municipal, a serem creditados nos
termos do art. 150, § 1º, da Constituição do Estado;
II – vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do imposto sobre operações
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, a serem creditados na forma do
disposto no art. 158, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição da República e
no art. 150, § 1º, da Constituição do Estado.

Art. 123 – Caberá também ao Município:


I – a respectiva quota no Fundo de Participação dos Municípios, como disposto no
art. 159, inciso I, alínea “b”, da Constituição da República;
II – a respectiva quota do produto da arrecadação do imposto sobre produtos
industrializados, como disposto no art. 159, inciso II e § 3º, da Constituição da
República e no art. 150, inciso III e § 1º, da Constituição do Estado;
41

III – a respectiva quota do produto da arrecadação do imposto de que trata o inciso


V do art. 153 da Constituição da República, nos termos do inciso II do § 5º do
mesmo artigo.

Art. 124 – Ocorrendo a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos


recursos decorrentes da repartição das receitas tributárias, por parte da União ou do
Estado, o Poder Executivo adotará as medidas judiciais cabíveis, à vista do disposto
nas Constituições da República e do Estado.

CAPÍTULO II
DO ORÇAMENTO

Art. 125 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.

Art. 126 – A lei que instituir o plano plurianual de ação governamental, compatível
com o plano diretor, estabelecerá, por administrações regionais, as diretrizes,
objetivos e metas da administração municipal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes e para as relativas a programas de duração continuada.

Art. 127 – A lei de diretrizes orçamentárias, compatível com o plano plurianual,


compreenderá as metas e prioridades da administração pública municipal, incluindo
as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação
tributária.

Art. 128 – A lei orçamentária anual compreenderá:


I – o orçamento fiscal referente aos Poderes Públicos, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Município;
II – o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, se houver, abrangendo todas as entidades e
órgãos da administração direta e indireta do Município a ela vinculados, bem como
os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Parágrafo único – Integrarão a lei orçamentária demonstrativos específicos com


detalhamento das ações governamentais, em nível mínimo de:
I – órgão ou entidade responsável pela realização da despesa e da função;
II – objetivos e metas;
III – natureza da despesa;
IV – fontes de recursos;
V – órgão ou entidade beneficiários;
VI – identificação dos investimentos, por região do Município;
VII – identificação, de forma regionalizada, dos efeitos, sobre as receitas e as
despesas, decorrentes de isenções, remissões, subsídios e benefícios de natureza
financeira, tributária e creditícia.

Art. 129 – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da
receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição autorização para
42

abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda


que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Art. 130 – A lei orçamentária assegurará investimentos prioritários em programas de


educação, saúde, habitação, saneamento básico e proteção ao meio ambiente.

Parágrafo único – Os recursos para os programas de saúde não serão inferiores aos
destinados aos investimentos em transporte e sistema viário.

Art. 131 – Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do


orçamento anual serão enviados pelo Prefeito à Câmara, nos termos e prazos
fixados pela legislação específica.

Parágrafo único – O não-cumprimento do disposto no artigo implica a elaboração,


pela comissão prevista no § 1º do art. 132, de projeto de lei sobre a matéria,
tomando por base a respectiva legislação vigente.

Art. 132 – Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes


orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pela
Câmara, na forma regimental.

§ 1º - Caberá à comissão permanente da Câmara:


I – examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos no artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito;
II – examinar e emitir parecer sobre os planos e programas e exercer o
acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das
demais comissões da Câmara.

§ 2º - As emendas serão apresentadas na comissão permanente, que sobre elas


emitirá parecer, para apreciação na forma regimental pelo Plenário.

§ 3º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não podem ser


aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 4º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou a projeto que a modifique


somente podem ser aprovadas caso:
I – sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II – indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida; ou
III – sejam relacionadas:
com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 5º - O Prefeito poderá enviar a mensagem à Câmara para propor modificação nos


projetos a que se refere o artigo enquanto não iniciada, na comissão permanente, a
votação da parte cuja alteração é proposta.

§ 6º - Rejeitado pela Câmara o projeto de lei orçamentária anual, prevalecerá, para o


ano seguinte, o orçamento do exercício em curso, aplicando-se-lhe a atualização
dos valores.
43

§ 7º - Se a Câmara não devolver, para sanção, o projeto de lei do orçamento anual


no prazo consignado na legislação específica, o Prefeito raújo t-lo-á como lei.

§ 8º - Aplicam-se aos projetos mencionados no artigo, no que não contrariar o


disposto neste Capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.

Art. 133 – Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto


de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa.

Art. 134 – São vedados:


I – o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;
II – a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
III – a realização de operações de crédito:
a) sem autorização legislativa em que se especifiquem a destinação, o valor, o prazo
da operação, a taxa de remuneração do capital, as datas de pagamento, a espécie
dos títulos e a forma de resgate, salvo disposição diversa em legislação federal ou
estadual;
b) que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados
pela Câmara, por maioria de seus membros;
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a
destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino, como
determinado pelo art. 160, e a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita, previstas no art. 129;
V – a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa
e sem indicação dos recursos correspondentes;
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII – a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento
fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
fundações e fundos;
IX – a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro


poderá ser iniciado sem prévia inclusão do plano plurianual, ou sem lei que autorize
a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro


em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º - Admitir-se-á a abertura de crédito extraordinário, “ad referendum” da Câmara,


para atender a despesas imprevistas e urgentes, decorrentes de calamidade pública.
44

Art. 135 – Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos


os créditos suplementares e especiais, destinados à Câmara, ser-lhe-ão entregues
até o dia vinte de cada mês.

Art. 136 – A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder
os limites estabelecidos em lei complementar federal.

Parágrafo único – A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração,


a criação de cargos ou alterações de estrutura de carreiras, bem como a admissão
de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou
indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão
ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas
as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Art. 137 – À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos


pela Fazenda Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente
na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações
orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim.

§ 1º - É obrigatória a inclusão, no orçamento municipal, de dotação necessária ao


pagamento de seus débitos constantes de precatórios judiciários, apresentados até
primeiro de julho, data em que terão atualizados seus valores, fazendo-se o
pagamento até o final do exercício seguinte.

§ 2º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados ao Poder


Judiciário, recolhidas as importâncias respectivas à repartição competente, para
atender ao disposto no art. 100, § 2º, da Constituição da República.

TÍTULO VI – DA ORDEM SOCIAL E ECONÔMICA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 138 – A ordem social tem como base o primado do trabalho e como objetivo o
bem-estar e a justiça sociais.

Parágrafo único – São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a


segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância e a
assistência aos desamparados, na forma da Constituição da República e desta Lei
Orgânica.

Art. 139 – O Poder Público, agente normativo e regulador da atividade econômica,


exercerá, no âmbito de sua competência, as funções de fiscalização, incentivo e
planejamento, atuando:
I – na eliminação do abuso do poder econômico;
II – na defesa, promoção e divulgação dos direitos do consumidor;
III – na fiscalização da qualidade dos bens e dos serviços produzidos e
comercializados em seu território;
45

IV – no apoio à organização da atividade econômica em cooperativas e no estímulo


ao associativismo;
V – na democratização da atividade econômica.
VI – na proteção dos trabalhadores em face da automação.
Inciso VI acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica n° 16, de 15/06/2000 (Art. 1º)

Parágrafo único – O Município dispensará tratamento jurídico diferenciado à


pequena e à microempresa, assim definidas em lei, visando a raújo ta-las pela
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou pela
eliminação ou redução destas por meio de lei.

Art. 140 – A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades


que explorem atividade econômica sujeitam-se ao regime jurídico próprio das
empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e tributárias.

Parágrafo único – As empresas públicas e as sociedades de economia mista não


poderão gozar de privilégios fiscais não-extensivos às do setor privado.

CAPÍTULO II
DA SAÚDE

Art. 141 – A saúde é direito de todos e dever do Poder Público, assegurado


mediante políticas econômicas, sociais, ambientais e outras que visem à prevenção
e à eliminação do risco de doenças e outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação, sem
qualquer discriminação.

Parágrafo único – O direito à saúde implica a garantia de:


I – condições dignas de trabalho, renda, moradia, alimentação, educação, lazer e
saneamento;
II – participação da sociedade civil na elaboração de políticas, na definição de
estratégias de implementação e no controle das atividades com impacto sobre a
saúde, entre elas as mencionadas no inciso anterior;
III – acesso às informações de interesse da saúde individual e coletiva, bem como
sobre as atividades desenvolvidas pelo sistema;
IV – proteção do meio ambiente e controle da poluição ambiental;
V – acesso igualitário às ações e aos serviços de saúde;
VI – dignidade, gratuidade e boa qualidade no atendimento e no tratamento de
saúde;
VII – opção quanto ao número de filhos.

Art. 142 – As ações e serviços de saúde são de relevância pública, e cabem ao


Poder Público sua regulamentação, fiscalização e controle, na forma da lei.

Art. 143 – As ações e serviços públicos de saúde integram o Sistema Único de


Saúde, que se organiza, no Município, de acordo com as seguintes diretrizes:
I – comando político-administrativo único das ações pelo órgão central do sistema,
articulado com as esferas estadual e federal, formando uma rede regionalizada e
hierarquizada;
II – participação da sociedade civil;
III – integralidade da atenção à saúde, entendida como o conjunto articulado e
contínuo das ações e serviços preventivos, curativos e de recuperação individuais e
46

coletivos, exigidos para cada caso e em todos os níveis de complexidade do


sistema, adequado às realidades epidemiológicas;
IV – integração, em nível executivo, das ações originárias do Sistema Único com as
demais ações setoriais do Município;
V – proibição de cobrança do usuário pela prestação de serviços públicos e
contratados de assistência à saúde, salvo na hipótese de opção por acomodações
diferenciadas;
VI – distritalização dos recursos, dos serviços e das ações, segundo critérios de
contingente populacional e de demanda;
VII – desenvolvimento dos recursos humanos e científico-tecnológicos do sistema,
adequados às necessidades da população;
VIII – formulação e implantação de ações em saúde mental, obedecendo ao
seguinte:
a) respeito aos direitos e garantias fundamentais do doente mental, inclusive quando
internado;
b) estabelecimento de política que priorize e amplie atividades e serviços preventivos
e extra-hospitalares.

Parágrafo único – Na distribuição dos recursos, serviços e ações a que se refere o


inciso I, serão observados o disposto nos planos diretor e plurianual e na lei de
diretrizes orçamentárias e o princípio da hierarquização, compreendidos, para tal fim,
os seguintes equipamentos:
I – unidades locais de saúde;
II – policlínicas;
III – hospitais gerais;
IV – hospitais de nível terciário;
V – hospitais especializados.

Art. 144 – Compete ao Município, no âmbito do Sistema Único de Saúde, além de


outras atribuições previstas na legislação federal:
I – a elaboração e a atualização periódica do plano municipal de saúde, em
consonância com os planos estadual e federal e com a realidade epidemiológica;
II – a direção, a gestão, o controle e a avaliação das ações de saúde ao nível
municipal;
III – a administração do fundo municipal de saúde e a elaboração de proposta
orçamentária;
IV – a fiscalização da produção ou da extração, do armazenamento, do transporte e
da distribuição de substâncias, produtos, máquinas e equipamentos que possam
apresentar riscos à saúde da população;
V – o planejamento, a execução e a fiscalização das ações de vigilância
epidemiológica e sanitária, incluindo os relativos à saúde dos trabalhadores e ao
meio ambiente, em articulação com os demais órgãos e entidades governamentais;
VI – o oferecimento aos cidadãos, por meio de equipes multiprofissionais e de
recursos de apoio, de todas as formas de assistência e tratamento necessárias e
adequadas, incluídas a homeopatia e as práticas alternativas reconhecidas;
VII – a promoção gratuita e prioritária, pelas unidades do sistema público de saúde,
de cirurgia interruptiva de gravidez, nos casos permitidos por lei;
VIII – a normatização complementar e a padronização dos procedimentos relativos à
saúde, pelo código sanitário;
IX – a formulação e implementação de política de recursos humanos na esfera
municipal, com vistas à valorização do profissional da área de saúde, mediante
instituição de planos de carreira e condições para reciclagem periódica;
47

X – o controle dos serviços especializados em segurança e medicina do trabalho;


XI – a instalação de estabelecimento de assistência médica de emergência em cada
área regional do Município;
XII – a adoção de política de fiscalização e controle de endemias;
XIII – a prevenção do uso de drogas que determinem dependência física ou
psíquica, bem como seu tratamento especializado, provendo aos recursos humanos
e materiais necessários;
XIV – a informação à população sobre os riscos e danos à saúde e medidas de
prevenção e controle, inclusive mediante a promoção da educação sanitária nas
escolas municipais;
XV – a prevenção de deficiências, bem como o tratamento e a reabilitação de seus
portadores;
XVI – a transferência, quando necessária, do paciente carente de recursos para
estabelecimento de assistência médica ou ambulatorial, integrante do Sistema Único
de Saúde, mais próximo de sua residência;
XVII – a implementação, em conjunto com órgãos federais e estaduais, do sistema
de informatização, na área de saúde;
XVIII – a participação na produção de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos.

Art. 145 – O Poder Público poderá contratar a rede privada, quando houver
insuficiência de serviços públicos, para assegurar a plena cobertura assistencial à
população, segundo as normas de direito público e mediante autorização do órgão
competente.

§ 1º - A rede privada, na condição de contratada, submete-se ao controle da


observância das normas técnicas estabelecidas pelo Poder Público e integra o
Sistema Único de Saúde ao nível municipal.

§ 2º - Terão prioridade para contratação as entidades filantrópicas e as sem fins


lucrativos.

§ 3º - É assegurado à administração do Sistema Único de Saúde o direito de intervir


na execução do contrato de prestação de serviços, quando ocorrer infração de
normas contratuais e regulamentares.

§ 4º - Caso a intervenção não restabelecer a normalidade da prestação de


atendimento à saúde da população, poderá o Poder Executivo promover a
desapropriação da unidade ou rede prestadora de serviços, na forma da lei.

Art. 146 – O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado com
recursos do orçamento municipal e do orçamento da seguridade social da União,
além de outras fontes, os quais constituirão o fundo municipal de saúde.

§ 1º - As dotações orçamentárias oriundas da União e do Estado serão destinadas


diretamente ao fundo.

§ 2º - É vedada a destinação de recursos do fundo para auxílios e subsídios, bem


como a concessão de prazos ou juros privilegiados às entidades privadas.
48

Art. 147 – As pessoas físicas ou jurídicas que gerem riscos ou causem danos à
saúde de pessoas ou grupos assumirão o ônus do controle e da reparação de seus
atos.

Art. 148 – O Município priorizará a assistência à saúde materno-infantil.

Art. 149 – A assistência à saúde é livre iniciativa privada.

CAPÍTULO III
DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 150 – Compete ao Poder Público formular e executar a política e os planos


plurianuais de saneamento básico, assegurando:
I – o abastecimento de água, compatível com os padrões de higiene, conforto e
potabilidade, independentemente da regularidade do parcelamento do solo ou da
edificação;
Inciso I com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 21, de 17/07/2007 (Art. 1º)
II – a coleta e a disposição dos esgotos sanitários e dos resíduos sólidos e a
drenagem das águas pluviais, de forma a preservar o equilíbrio ecológico e prevenir
as ações danosas à saúde;
III – o controle de vetores.

§ 1º - As ações de saneamento básico serão precedidas de planejamento que


atenda aos critérios de avaliação do quadro sanitário da área a ser beneficiada,
objetivando a reversão e a melhoria do perfil epidemiológico.

§ 2º - O Poder Público desenvolverá mecanismos institucionais que compatibilizem


as ações de saneamento básico com as de habitação, desenvolvimento urbano,
preservação do meio ambiente e gestão dos recursos hídricos, buscando integração
com outros municípios nos casos em que se exigirem ações conjuntas.

§ 3º - As ações municipais de saneamento básico serão executadas diretamente ou


por delegação, visando ao atendimento adequado à população.

Art. 151 – O Município manterá sistema de limpeza urbana, coleta, tratamento e


destinação final do lixo, observado o seguinte:
I – a coleta de lixo será seletiva;
II – o Poder Público estimulará o acondicionamento seletivo dos resíduos;
III – os resíduos recicláveis serão acondicionados para reintrodução no ciclo do
sistema ecológico;
IV – os resíduos não-recicláveis serão acondicionados e terão destino final que
minimize o impacto ambiental;
V – o lixo séptico proveniente de hospitais, laboratórios e congêneres será
acondicionado e apresentado à coleta em contenedores especiais, coletado em
veículos próprios e específicos e transportado separadamente, tendo destino final
em incinerador público;
VI – os terrenos resultantes de aterros sanitários serão destinados a parques ou
áreas verdes;
VII – a coleta e a comercialização dos materiais recicláveis serão feitas
preferencialmente por meio de cooperativas de trabalho.

CAPÍTULO IV
49

DO MEIO AMBIENTE

Art. 152 – Todos têm direito ao meio ambiente harmônico, bem de uso comum do
povo e essencial à saudável qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de raújo -lo, raújo t-lo e manter as plenas condições de
seus processos vitais para as gerações presentes e futuras.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público, entre


outras atribuições:
I – promover a educação ambiental multidisciplinar nas escolas municipais e
disseminar as informações necessárias à conscientização da população para a
preservação do meio ambiente;
II – assegurar o livre acesso às informações ambientais básicas e divulgar,
sistematicamente, os níveis de poluição e de qualidade do meio ambiente no
Município;
III – prevenir e controlar a poluição, a erosão, o assoreamento e outras formas de
degradação ambiental;
IV – preservar remanescentes de vegetações, como florestas, cerrados e outros, a
fauna e a flora, controlando a extração, a captura, a produção, o armazenamento, a
comercialização, o transporte e o consumo de espécimes e subprodutos, vedadas as
práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem extinção de
espécies ou submetam os animais a crueldade;
V – criar parques, reservas, estações ecológicas e outras unidades de conservação,
mantê-los sob especial proteção e raú-los da infra-estrutura indispensável às suas
finalidades;
VI – estimular e promover o reflorestamento com espécies nativas, objetivando
especialmente a proteção de encostas e dos recursos hídricos;
VII – fiscalizar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que importem riscos para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente,
bem como o transporte e o armazenamento dessas substâncias no território
municipal;
VIII – sujeitar à prévia anuência do órgão ou entidade municipal de controle e política
ambiental o licenciamento para início, ampliação ou desenvolvimento de atividades e
construção ou reforma de instalações que possam causar degradação do meio
ambiente, sem prejuízo de outras exigências legais;
IX – determinar para atividades e instalações de significativo potencial poluidor a
realização periódica de auditorias nos respectivos sistemas de controle de poluição,
incluindo a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade dos
recursos ambientais;
X – estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a utilização de fontes de energia
alternativa não-poluentes, bem como de tecnologia poupadora de energia;
XI – implantar e manter hortos florestais destinados à recomposição da flora nativa e
à produção de espécies diversas para a arborização dos logradouros públicos;
XII – promover ampla arborização dos logradouros públicos, a substituição de
espécimes inadequados e a reposição daqueles em processo de deterioração ou
morte.

§ 2º - O licenciamento de que trata o inciso VIII do parágrafo anterior dependerá, no


caso de atividade ou obra potencialmente causadora de significativa degradação do
meio ambiente, de prévio relatório de impacto ambiental, seguido de audiência
pública para informação e discussão sobre o projeto, resguardado o sigilo industrial.
50

§ 3º - Aquele que explora recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio


ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão ou
entidade municipal de controle e política ambiental.

§ 4º - A conduta e a atividade consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão o


infrator, pessoa física ou jurídica, a sanções administrativas, inclusive a interdição
temporária ou definitiva, sem prejuízo das cominações penais e da obrigação de
reparar o dano causado.

Art. 153 – São vedadas no território municipal:


I – a disposição inadequada e a eliminação de resíduo tóxico;
II – a caça profissional, amadora e esportiva;
III – a emissão de sons, ruídos e vibrações que prejudiquem a saúde, o sossego e o
bem-estar públicos.

Art. 154 – É vedado ao Poder Público contratar e conceder isenções, incentivos e


benefícios fiscais a quem estiver em situação de irregularidade diante das normas de
proteção ambiental.

Art. 155 – Cabe ao Poder Público:


I – reduzir ao máximo a aquisição e a utilização de material não-reciclável e não-
biodegradável, além de divulgar os malefícios desse material sobre o meio ambiente;
II – fiscalizar, por meios técnicos específicos, a qualidade dos combustíveis
distribuídos no Município e a emissão de poluentes por veículos automotores,
máquinas e equipamentos, bem como estimular a implantação de medidas e uso de
tecnologias que venham minimizar seus impactos;
III – implantar medidas corretivas e preventivas para recuperação dos recursos
hídricos;
IV – estimular a adoção de alternativas de pavimentação, para garantia de menor
impacto à permeabilidade do solo;
V – implantar e manter áreas verdes de preservação permanente, em proporção
nunca inferior a doze metros quadrados por habitante, distribuídos eqüitativamente
por Administração Regional;
VI – estimular a substituição do perfil industrial do Município, incentivando indústria
de menor impacto ambiental;
VII – controlar os níveis de poluição sonora, visando a manter o sossego e o bem-
estar públicos;
VIII – manter sistema de atendimento de emergência para casos de poluição
acidental, em articulação com instituições públicas e privadas;
IX – fiscalizar os serviços e as instalações nucleares de qualquer natureza e a
utilização de quaisquer fontes de radiação.

Art. 156 – A Câmara manifestar-se-á previamente, em relação ao território municipal,


sobre:
I – a instalação de reator nuclear;
II – a disposição e o transporte de rejeitos de usina que opere com reator nuclear;
III – a fabricação, a comercialização, o transporte e a utilização de equipamento
bélico nuclear.

CAPÍTULO V
DA EDUCAÇÃO
51

Art. 157 – A educação, direito de todos, dever do Poder Público e da sociedade, tem
como objetivo o pleno desenvolvimento do cidadão, tornando-o capaz de refletir
sobre a realidade e visando à qualificação para o trabalho.

§ 1º - O dever do Município com a educação implica a garantia de:


I – ensino de primeiro grau, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria, em período de oito horas diárias para o curso
diurno;
II – atendimento obrigatório e gratuito em creche e pré-escola às crianças de zero a
seis anos de idade, em horário integral, bem como acesso automático ao ensino de
primeiro grau;
III – expansão progressiva da escola pública de segundo grau;
IV – acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
V – atendimento à criança em creche, pré-escola e no ensino de primeiro grau, por
meio de programas suplementares de material didático-escolar, de assistência à
saúde e de alimentação, inclusive, para a carente, nos períodos não-letivos;
VI – expansão e manutenção da rede municipal de ensino, com a dotação de infra-
estrutura física e equipamentos adequados;
VII – preservação dos aspectos humanísticos e profissionalizantes do ensino de
segundo grau;
VIII – atendimento educacional especializado ao portador de deficiência, sem limite
de idade, na rede regular de ensino, bem como vaga em escola próxima a sua
residência;
IX – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
X – programas específicos de atendimento à criança e ao adolescente
superdotados;
XI – criação e manutenção, no currículo das escolas públicas, de cursos técnico-
profissionalizantes adequados às peculiaridades e potencialidades dos educandos;
XII – supervisão e orientação educacional em todos os níveis e modalidades de
ensino nas escolas públicas, exercidas por profissional habilitado;
XIII – passe escolar gratuito ao aluno do sistema público municipal que não
conseguir matrícula em escola próxima à sua residência, observado os requisitos da
lei.

§ 2º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito, bem como o atendimento em creche


e pré-escola, é direito público subjetivo.

§ 3º - O não-oferecimento do ensino pelo Poder Público, sua oferta irregular, ou o


não-atendimento ao portador de deficiência importam responsabilidade da
autoridade competente.

§ 4º - Compete ao Município recensear as crianças em idade de creche e pré-escola


e os educandos no ensino de primeiro grau e zelar pela freqüência à escola.

§ 5º - O Município manterá os programas de educação pré-escolar e de ensino de


primeiro grau com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado.

Art. 158 – Na promoção da educação pré-escolar e do ensino de primeiro e segundo


graus, o Município observará os seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola;
52

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o


saber;
III – pluralismo de idéias e de concepções filosóficas, políticas, estéticas, religiosas e
pedagógicas, que conduza ao educando à formação de uma postura ética e social
própria;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais, extensiva aos
programas suplementares;
V – valorização dos profissionais do ensino, com a garantia de plano de carreira para
o magistério público, com piso de vencimento profissional, pagamento por
habilitação e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos,
realizado periodicamente, sob o regime jurídico único adotado pelo Município para
seus servidores;
VI – garantia do princípio do mérito, objetivamente apurado, na carreira do
magistério;
VII – garantia do padrão de qualidade, mediante:
a) reciclagem periódica dos profissionais de educação;
b) avaliação cooperativa periódica por órgão próprio do sistema educacional, pelo
corpo docente, pelos alunos e pelos responsáveis por estes;
VIII – incentivo à participação da comunidade no processo educacional;
IX – preservação dos valores educacionais e culturais locais;
X – gestão democrática do ensino público, mediante, entre outras medidas, a
instituição de:
a) Assembléia Escolar, como instância máxima de deliberação de escola municipal,
composta por servidores nela lotados, por alunos e seus pais e por membros da
comunidade;
b) direção colegiada de escola municipal;
c) eleição direta e secreta, em dois turnos, se necessário, para o exercício de cargo
comissionado de Diretor e de função de Vice-Diretor de escola municipal, para
mandato de três anos, permitida uma recondução consecutiva, mediante eleição, e
garantida a participação de todos os segmentos da comunidade;
Alínea “c” com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 20, de ½/2007
(Art. 1º),
Vide Emenda à Lei Orgânica nº 20, de ½/2007, que estabelece os efeitos da
nova redação para o mandato subseqüente ao vigente na data de aprovação da
emenda (Art. 2º)
XI – garantia e estímulo à organização autônoma dos alunos, no âmbito das escolas
municipais.

Art. 159 – Para o atendimento de crianças de zero a seis anos de idade, o Município
deverá:
I – criar, implantar, implementar, manter, orientar, supervisionar e fiscalizar as
creches;
II – atender, por meio de equipe multidisciplinar, composta por professor, pedagogo,
psicólogo, assistente social, enfermeiro e nutricionista, às necessidades da rede
municipal de creches;
III – propiciar cursos e programas de reciclagem, treinamento, gerenciamento
administrativo e especialização, visando à melhoria e ao aperfeiçoamento dos
trabalhadores de creches;
IV – estabelecer normas de construção e reforma de logradouros e dos edifícios
para o funcionamento de creches, buscando soluções arquitetônicas adequadas à
faixa etária das crianças atendidas;
53

V – estabelecer política municipal de articulação junto às creches comunitárias e às


filantrópicas.

§ 1º - O Município fornecerá instalações e equipamentos para creches e pré-escolas,


observados os seguintes critérios:
I – prioridade para as áreas de maior densidade demográfica e de menor faixa de
renda;
II – escolha do local para funcionamento de creche e pré-escola, mediante indicação
da comunidade;
III – integração de pré-escolas e creches.

§ 2º - A gestão democrática das creches públicas observará o disposto no art. 158,


X, no que couber.

§ 3º - Cabe ao Poder Público o atendimento, em creche comum, de criança


portadora de deficiência, oferecendo recursos e serviços especializados de
educação e reabilitação.

§ 4º - A execução da política de atendimento em creche pública é de


responsabilidade de organismo único da administração municipal.

Art. 160 – O Município aplicará, anualmente, nunca menos de trinta por cento da
receita orçamentária corrente exclusivamente na manutenção e expansão do ensino
público municipal.

§ 1º - As verbas municipais destinadas a atividades culturais e recreativas, bem


como aos programas suplementares de alimentação e saúde previstos no art. 157, §
1º, V, não compõem o percentual, que será obtido levando-se em conta as datas de
arrecadação e aplicação dos recursos, de forma que não se comprometam os
valores reais efetivamente liberados.

§ 2º - O Poder Executivo publicará no diário oficial, até o dia dez de março de cada
ano, demonstrativo da aplicação de verbas na educação, especificando sua
destinação.

Art. 161 – Fica assegurada a cada unidade do sistema municipal de ensino, inclusive
às creches, a destinação de recursos necessários à sua conservação, manutenção e
vigilância e à aquisição de equipamentos e materiais didático-pedagógicos,
conforme dispuser a lei orçamentária.

Art. 162 – O Município elaborará plano bienal de educação, visando à ampliação e à


melhoria do atendimento de sua obrigação de oferta de ensino público e gratuito.

Parágrafo único – A proposta do plano será elaborada pelo Poder Executivo, com a
participação da sociedade civil, e encaminhada, para a aprovação da Câmara, até o
dia trinta e um de agosto do ano imediatamente anterior ao do início de sua
execução.

Art. 163 – As escolas municipais deverão contar, entre outras instalações e


equipamentos, com laboratório, biblioteca, auditório, cantina, sanitário, vestiário,
quadra de esportes e espaço não-cimentado para recreação.
54

§ 1º - O Município garantirá o funcionamento de biblioteca em cada escola


municipal, acessível à população e com o acervo necessário ao atendimento dos
alunos.

§ 2º - Cada escola municipal aplicará pelo menos dez por cento da verba referida no
art. 161 na manutenção e ampliação do acervo de sua biblioteca.

§ 3º - As unidades municipais de ensino adotarão livros didáticos perduráveis,


possibilitando seu reaproveitamento.

§ 4º - É vedada a adoção de livro didático que dissemine qualquer forma de


discriminação ou preconceito.

§ 5º - O prédio e o mobiliário escolares deverão conformar-se aos princípios


ergonômicos.

Art. 164 – O currículo escolar de primeiro e de segundo grau das escolas municipais
incluirá conteúdos programáticos sobre prevenção do uso de drogas, educação para
a segurança no trânsito, educação do consumidor e formação política e de
cidadania.
Caput com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 15, de 22/03/2000
(Art.1º)

§ 1º - A formação religiosa, sem caráter confessional e de matrícula e freqüência


facultativas, constitui disciplina das escolas públicas de ensino fundamental.

§ 2º - A história e a geografia do Município constituem matérias obrigatórias nas


classes de 1º a 4º séries do primeiro grau.

§ 3º - A disciplina Formação Política e de Cidadania integrará a parte diversificada


do currículo de segundo grau e incluirá conteúdos relacionados à história política do
Brasil, à constituição do Congresso Nacional, das assembléias legislativas e das
câmaras municipais, às atividades dos vereadores, dos deputados estaduais e
federais e dos senadores, à Constituição Federal, à Constituição do Estado de Minas
Gerais, à Lei Orgânica do Município e à legislação eleitoral vigente.
§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 15, de 22/03/2000 (Art. 2º)

Art. 165 – O quadro de pessoal necessário ao funcionamento das unidades


municipais de ensino será estabelecido em lei, de acordo com o número de turmas,
turnos e séries existentes na escola.

CAPÍTULO VI
DA CULTURA

Art. 166 – O acesso aos bens da cultura e às condições objetivas para produzi-la é
direito do cidadão e dos grupos sociais.

§ 1º - Todo cidadão é um agente cultural, e o Poder Público incentivará, por meio de


política de ação cultural democraticamente elaborada, as diferentes manifestações
culturais do Município.
55

§ 2º - O Município protegerá as manifestações das culturas populares e dos grupos


étnicos participantes do processo civilizatório nacional e promoverá, nas escolas
municipais, a educação sobre a história local e a dos povos indígenas e de origem
africana.

Art. 167 – Constituem patrimônio cultural do Município os bens de natureza material


e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, que contenham referência à
identidade, à ação e à memória do povo belo-horizontino, entre os quais se incluem:
I – as formas de expressão;
II – os modos de criar, fazer e viver;
III – as criações tecnológicas, científicas e artísticas;
IV – as obras, os objetos, os documentos, as edificações e outros espaços
destinados a manifestações artísticas e culturais, nestas incluídas todas as formas
de expressão popular;
V – os conjuntos urbanos e os sítios de valor histórico, artístico, paisagístico,
arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

§ 1º - As áreas públicas, especialmente os parques, os jardins e as praças, são


abertas às manifestações culturais, desde que estas não tenham fins lucrativos e
sejam compatíveis com a preservação do patrimônio ambiental, paisagístico,
arquitetônico e histórico.

§ 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes para


a cultura municipal.

Art. 168 – O Município, com a colaboração da sociedade civil, protegerá o seu


patrimônio histórico e cultural, por meio de inventários, pesquisas, registros,
vigilância, tombamento, desapropriação e outras formas de acautelamento e
preservação.

Parágrafo único – O Poder Público manterá sistema de arquivos públicos e privados


com a finalidade de promover o recolhimento, a preservação e a divulgação do
patrimônio documental de organismos públicos municipais, bem como de
documentos privados de interesse público, a fim de que possam ser utilizados como
instrumento de apoio à administração, à cultura e ao desenvolvimento científico e
como elemento de prova e informação.

Art. 169 – O Poder Público promoverá a implantação, com a participação e


cooperação da sociedade civil, de centros culturais nas regiões do Município, para
atender às necessidades de desenvolvimento cultural da população.

Parágrafo único – Serão instalados, junto aos centros culturais, bibliotecas e oficinas
ou cursos de formação cultural.

CAPÍTULO VII
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 170 – O Município promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a


pesquisa, a difusão e a capacitação tecnológicas, voltados preponderantemente
para a solução de problemas locais.
56

Parágrafo único – O Poder Executivo implantará política de formação de recursos


humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia e concederá meios e
condições especiais de trabalho aos que dela se ocupem.

Art. 171 – O Município criará e manterá entidade voltada ao ensino e à pesquisa


científica, ao desenvolvimento experimental e a serviços técnico-científicos
relevantes para o seu progresso social e econômico.

§ 1º - Os recursos necessários à efetiva operacionalização da entidade serão


consignados no orçamento municipal, bem como obtidos de órgãos e entidades de
fomento federais e estaduais ou de outras fontes.

§ 2º - O Município recorrerá preferencialmente aos órgãos e entidades de pesquisa


estaduais e federais nele sediados, promovendo a integração intersetorial por meio
da implantação de programas integrados, consideradas as diversas demandas
científicas, tecnológicas e ambientais afetas às questões municipais.

Art. 172 – O Município criará núcleos descentralizados de treinamento e difusão de


tecnologias de alcance comunitário, de forma a contribuir para a sua absorção
efetiva pela população, prioritariamente a de baixa renda.

CAPÍTULO VIII
DO DESPORTO E DO LAZER

Art. 173 – O Município promoverá, estimulará, orientará e apoiará a prática


desportiva e a educação física, inclusive por meio de:
I – destinação de recursos públicos;
II – proteção às manifestações esportivas e preservação das áreas a elas
destinadas;
III – tratamento privilegiado do desporto não-profissional.

§ 1º - Para os fins do artigo, cabe ao Município:


I – exigir, nas unidades escolares públicas, e para aprovação dos projetos
urbanísticos e de novos conjuntos habitacionais, reserva de área destinada a praça
ou campo de esporte e lazer comunitários;
II – utilizar-se de terreno próprio ou cedido, para implantação de áreas de lazer e
praças de esporte, necessárias à demanda do esporte amador nos bairros da
cidade;
III – incluir a Educação Física como disciplina nos estabelecimentos oficiais de
ensino;
IV – manter o funcionamento das instalações desportivas por ele criadas, no que se
refere a recursos humanos e materiais.

§ 2º - Cabe à Administração Regional, na área de sua circunscrição, a execução da


política de esporte e lazer definida pelo órgão ou entidade municipal competente,
com a participação dos segmentos da sociedade interessados.

§ 3º - O Município garantirá ao portador de deficiência atendimento especial no que


se refere à educação física e à prática de atividade desportiva, sobretudo no âmbito
escolar.
57

§ 4º - O Município, por meio da rede pública de saúde, propiciará acompanhamento


médico e exames ao atleta integrante de quadros de entidade amadorista carente de
recursos.

§ 5º - Cabe ao Município, na área de sua competência, colaborar com os


organismos públicos e as entidades esportivas, objetivando o cumprimento das
normas que regem os desportos.

Art. 174 – O Município apoiará e incentivará o lazer e o reconhecerá como forma de


promoção social.

Parágrafo único – Os parques, os jardins, as praças e os quarteirões fechados são


espaços privilegiados para o lazer.

CAPÍTULO IX
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Seção I
Disposições Gerais

Art. 175 – A assistência social será prestada a quem dela necessitar,


independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes de rua, aos desempregados e aos
doentes;
III – a promoção da integração no mercado de trabalho;
IV – a reabilitação e habilitação do portador de deficiência, promovendo-lhe a
melhoria da qualidade de vida e a integração na vida comunitária, inclusive por meio
da criação de oficinas de trabalho com vistas à sua formação profissional e
automanutenção.

§ 1º - O Município estabelecerá plano de ações na área da assistência social,


observados os seguintes princípios:
I – recursos financeiros consignados no orçamento municipal, além de outras fontes;
II – coordenação, execução e acompanhamento a cargo do Poder Executivo;
III – participação da sociedade civil na formulação das políticas e no controle das
ações em todos os níveis.

§ 2º - O Município poderá firmar convênios com entidade beneficente e de


assistência social para a execução do plano.

Seção II
Da Família, da Criança, do Adolescente, do Idoso e do Portador de Deficiência

Art. 176 – O Município, na formulação e na aplicação de suas políticas sociais,


visará a dar à família condições para a realização de suas relevantes funções
sociais.

Parágrafo único – Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da


paternidade e maternidade responsáveis, o planejamento familiar é livre decisão do
casal, incumbindo ao Município, nos limites de sua competência, propiciar recursos
58

educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma


coercitiva por parte das instituições oficiais ou privadas.

Art. 177 – É dever da família, da sociedade e do Poder Público assegurar à criança


e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação,
à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de raújo-los a salvo de toda
forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

§ 1º - A garantia de absoluta prioridade compreende:


I – a primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
II – a precedência de atendimento em serviço de relevância pública ou em órgão
público;
III – a preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
IV – o aquinhoamento privilegiado de recursos públicos nas áreas relacionadas com
a proteção à infância e à juventude, notadamente no tocante ao uso e abuso de
tóxicos, drogas afins e bebidas alcoólicas.

§ 2º - Será punido na forma da lei qualquer atentado do Poder Público, por ação ou
omissão, aos direitos fundamentais da criança, do adolescente, do idoso e do
portador de deficiência.

Art. 178 – O Município, em conjunto com a sociedade, criará e manterá programas


sócio-educativos e de assistência jurídica destinados ao atendimento de criança e
adolescente privados das condições necessárias ao seu pleno desenvolvimento e
incentivará os programas de iniciativa das comunidades, mediante apoio técnico e
financeiro, vinculado ao orçamento, de forma a garantir-se o completo atendimento
dos direitos constantes desta Lei Orgânica.

§ 1º - As ações do Município de proteção à infância e à adolescência serão


organizadas na forma da lei, com base nas seguintes diretrizes:
I – desconcentração do atendimento;
II – priorização dos vínculos familiares e comunitários como medida preferencial para
a integração social de crianças e adolescentes;
III – a participação da sociedade civil na formulação de políticas e programas, bem
como no controle de sua execução.

§ 2º - Programas de defesa e vigilância dos direitos da criança e do adolescente


preverão:
I – estímulo e apoio à criação de centros de defesa dos direitos da criança e do
adolescente, geridos pela sociedade civil;
II – criação de plantões de recebimento e encaminhamento de denúncias de
violência contra criança e adolescente;
III – implantação de serviços de advocacia da criança, atendimento e
acompanhamento às vítimas de negligência, abuso, maus-tratos, exploração e
tóxico.

§ 3º - O Município implantará e manterá, sem qualquer caráter repressivo ou


obrigatório:
I – casas abertas, que ficarão à disposição das crianças e dos adolescentes
desassistidos;
59

II – quadros de educadores de rua, compostos por psicólogos, pedagogos,


assistentes sociais, especialistas em atividades esportivas, artísticas e de expressão
corporal e dança, bem como por pessoas com reconhecida competência e
sensibilidade no trabalho com crianças e adolescentes.

Art. 179 – O Município promoverá condições que assegurem amparo à pessoa


idosa, no que respeite à sua dignidade e ao seu bem-estar.

§ 1º - O amparo ao idoso será, quando possível, exercido no próprio lar.

§ 2º - Para assegurar a integração do idoso na comunidade e na família, serão


criados centros diurnos de lazer e de amparo à velhice.

Art. 180 – O Município, isoladamente ou em cooperação, criará e manterá:


I – lavanderias públicas, prioritariamente nos bairros periféricos;
II – casas transitórias para mãe puérpera que não tiver moradia, nem condições de
cuidar de seu filho recém-nascido nos primeiros meses de vida;
III – casas especializadas para acolhimento da mulher e da criança vítimas de
violência no âmbito da família ou fora dele;
IV – centros de orientação jurídica à mulher formados por equipes multidisciplinares;
V – centros de apoio e acolhimento à menina de rua que a considerem em suas
especificidades de mulher.

Art. 181 – O Município garantirá ao portador de deficiência, nos termos da lei:


I – a participação na formulação de políticas para o setor;
II – o direito à informação, à comunicação, à educação, ao transporte e à segurança,
por meio, entre outros, da imprensa braile, da linguagem gestual, da sonorização de
semáforo e da adequação dos meios de transporte;
III – programas de assistência integral para os excepcionais não-reabilitáveis;
IV – sistema especial de transporte para a freqüência às escolas e clínicas
especializadas, quando impossibilitado de usar o sistema de transporte comum, bem
como passe livre, extensivo, quando necessário, ao acompanhante.

§ 1º - O Poder Público estimulará o investimento de pessoas físicas e jurídicas na


adaptação e na aquisição de equipamentos necessários ao exercício profissional do
trabalhador portador de deficiência, conforme dispuser a lei.

§ 2º - Os veículos de transporte coletivo deverão ser equipados com elevadores


hidráulicos e demais condições técnicas que permitam o acesso adequado ao
portador de deficiência.

§ 3º - O Poder Público implantará organismo executivo da política pública de apoio


ao portador de deficiência.

CAPÍTULO X
DAS POPULAÇÕES AFRO-BRASILEIRAS

Art. 182 – Cabe ao Poder Público, na área de sua competência, coibir a prática do
racismo, crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos
da Constituição da República.

Parágrafo único – O dever do Poder Público compreende, entre outras medidas:


60

I – a criação e a divulgação, nos meios de comunicação públicos, ou nos privados


de cujos espaços se utilize a administração pública, de programas de valorização da
participação do negro na formação histórica e cultural brasileira e de repressão a
idéias e práticas racistas;
II – a inclusão, na propaganda institucional do Município, de modelos negros em
proporção compatível com sua presença no conjunto da população municipal;
III – a reciclagem periódica dos servidores públicos, especialmente os de creches e
escolas municipais, de modo a raújo t-los para o combate a idéias e práticas
racistas;
IV – a punição ao agente público que violar a liberdade de expressão e manifestação
das religiões afro-brasileiras;
V – a proibição de práticas, pelas unidades da administração pública municipal, de
controle demográfico e de esterilização de mulheres negras, salvo as necessárias à
saúde das pacientes;
VI – a inclusão de conteúdo programático sobre a história da África e da cultura afro-
brasileira no currículo das escolas públicas municipais;
VII – o cancelamento, mediante processo administrativo sumário, sem prejuízo de
outras sanções legais, de alvará de funcionamento de estabelecimento privado,
franqueado ao público, que cometer ato de discriminação racial.

Art. 183 – É considerado data cívica e incluído no calendário oficial do Município o


Dia da Consciência Negra, celebrado anualmente em vinte de novembro.

CAPÍTULO XI
DA POLÍTICA URBANA

Seção I
Disposições Gerais

Art. 184 – O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade, a garantia do


bem-estar de sua população e o cumprimento da função social da propriedade,
objetivos da política urbana executada pelo Poder Público, serão assegurados
mediante:
I – formulação e execução do planejamento urbano;
II – distribuição espacial adequada da população, das atividades sócio-econômicas,
da infra-estrutura básica e dos equipamentos urbanos e comunitários;
III – integração e complementaridade das atividades urbanas e rurais, no âmbito da
região polarizada pelo Município;
IV – participação da sociedade civil no planejamento e no controle da execução de
programas que lhe forem pertinentes.

Art. 185 – São instrumentos do planejamento urbano, entre outros:


I – plano diretor;
II – legislação de parcelamento, ocupação e uso do solo, de edificações e de
posturas;
III – legislação financeira e tributária, especialmente o imposto predial e territorial
progressivo e a contribuição de melhoria;
IV – transferência do direito de construir;
V – parcelamento ou edificação compulsórios;
VI – concessão do direito real de uso;
61

VII – servidão administrativa;


VIII – tombamento;
IX – desapropriação por interesse social, necessidade ou utilidade pública;
X – fundos destinados ao desenvolvimento urbano.

Art. 186 – Na promoção do desenvolvimento urbano, observar-se-á o seguinte:


I – ordenação do crescimento da cidade, prevenção e correção de suas distorções;
II – contenção de excessiva concentração urbana;
III – indução à ocupação do solo urbano edificável ocioso ou subutilizado;
IV – parcelamento do solo e adensamento condicionados, adequada disponibilidade
de infra-estrutura e de equipamentos urbanos e comunitários;
V – urbanização, regularização e titulação das áreas ocupadas por população de
baixa renda;
VI – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente e do patrimônio
histórico, cultural, artístico e arqueológico;
VII – garantia do acesso adequado do portador de deficiência aos bens e serviços
coletivos, aos logradouros e edifícios públicos, bem como a edificações destinadas
ao uso industrial, comercial e de serviços, e ao residencial multifamiliar;
VIII – ampliação das áreas reservadas a pedestres.

Art. 187 – O Município, sobre toda edificação cuja implantação resultar em


coeficiente de aproveitamento do terreno superior a índice estabelecido em lei,
deverá receber contrapartida correspondente à concessão do direito de criação do
solo.

Parágrafo único – A contrapartida, que se dará em moeda corrente ou dação de


imóvel, será utilizada segundo critérios definidos pelo plano diretor.

Seção II
Do Plano Diretor

Art. 188 – O plano diretor conterá:


I – exposição circunstanciada das condições econômicas, financeiras, sociais,
ambientais, culturais e administrativas do Município;
II – objetivos estratégicos, fixados com vista à solução dos principais entraves ao
desenvolvimento social;
III – diretrizes econômicas, financeiras, administrativas, sociais, de uso e ocupação
do solo e de preservação do patrimônio ambiental e cultural, visando a atingir os
objetivos estratégicos e as respectivas metas;
IV – ordem de prioridades, abrangendo objetivos e diretrizes;
V – estimativa preliminar do montante de investimentos e dotações financeiras
necessários à implantação das diretrizes e à consecução dos seus objetivos,
segundo a ordem de prioridades estabelecida;
VI – cronograma físico-financeiro com previsão dos investimentos municipais.

Parágrafo único – Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano


plurianual serão compatibilizados com as prioridades e metas estabelecidas no
plano diretor.

Art. 189 – As diretrizes e metas do plano diretor devem estar ajustadas às definidas
para a Região Metropolitana de Belo Horizonte, especialmente no que se refere às
funções públicas de interesse comum metropolitano.
62

Art. 190 – O plano diretor definirá áreas especiais, tais como:


I – áreas de urbanização preferencial;
II – áreas de reurbanização;
III – áreas de urbanização restrita;
IV – áreas de regularização;
V – áreas destinadas a implantação de programas habitacionais;
VI – áreas de transferência do direito de construir;
VII – áreas de preservação ambiental.

§ 1º - Áreas de urbanização preferencial são as destinadas a:


I – aproveitamento adequado de terrenos não-edificados, subutilizados ou não-
utilizados, observado o disposto no art. 182, § 4º, I, II e III, da Constituição da
República;
II – implantação prioritária de equipamentos urbanos e comunitários;
III – adensamento de áreas edificadas;
IV – ordenamento e direcionamento da urbanização.

§ 2º - Áreas de reurbanização são as que, para a melhoria das condições urbanas,


poderão exigir novo parcelamento do solo, recuperação ou substituição de
construções existentes ou novo zoneamento de uso e ocupação do solo.

§ 3º - Áreas de urbanização restrita são aquelas em que a ocupação será


desestimulada ou contida, em decorrência de:
I – necessidade de preservação de seus elementos naturais;
II – vulnerabilidade a intempéries, calamidades e outras condições adversas;
III – necessidade de proteção ambiental e de preservação do patrimônio histórico,
artístico, cultural, arqueológico e paisagístico;
IV – proteção dos mananciais, margens de rios e demais águas correntes e
dormentes;
V – manutenção do nível de ocupação da área;
VI – implantação e operação de equipamentos urbanos de grande porte, tais como
terminais aéreos, rodoviários, ferroviários e autopistas.

§ 4º - Áreas de regularização são as ocupadas por população de baixa renda,


sujeitas a critérios especiais de urbanização, bem como a implantação prioritária de
equipamentos urbanos e comunitários.

§ 5º - Áreas de transferência do direito de construir são as passíveis de


adensamento, observados os critérios estabelecidos na lei de parcelamento,
ocupação e uso do solo.

§ 6º - Áreas de preservação ambiental são as destinadas à preservação


permanente, em que a ocupação deve ser vedada, em razão de:
I – riscos geológicos, geotécnicos e geodinâmicos;
II – necessidade de conter, pela preservação da vegetação nativa, o desequilíbrio no
sistema de drenagem natural;
III – necessidade de garantir áreas para a preservação da diversidade das espécies;
IV – necessidade de garantir áreas ao refúgio da fauna;
V – proteção às nascentes e cabeceiras de cursos d’água.
63

Art. 191 – A transferência do direito de construir poderá ser autorizada ao


proprietário de imóvel considerado de interesse de preservação ambiental ou
cultural, bem como ao proprietário de imóvel destinado à implantação de programa
habitacional.

§ 1º - Na transferência do direito de construir, observar-se-á o índice de


aproveitamento estabelecido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo para o imóvel a
que se refere o artigo, deduzida a parcela já utilizada do mesmo índice, limitando-se
a transferência, no caso de imóvel destinado a programa habitacional, a 50%
(cinqüenta por cento) do saldo.
§ 1º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 1º)

§ 2º - Os imóveis passíveis de recepção da transferência do direito de construir são:


I – os integrantes das áreas a que se refere o art. 190, § 5º;
II – os indicados em lei específica referente a projetos urbanísticos especiais;
III – os situados em torno do imóvel objeto da transferência, segundo critérios de
proximidade a serem estabelecidos em lei.
§ 2º com redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 1º)

§ 3º - Observar-se-á, como limite máximo de recepção da transferência do direito de


construir, a área correspondente ao percentual de 20% (vinte por cento) do índice de
aproveitamento do terreno de recepção, excetuados os casos previstos em projetos
urbanísticos especiais para os quais o limite será definido em lei específica.
§ 3º acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994 (Art. 2º)

§ 4º - Uma vez exercida a transferência do direito de construir, o índice de


aproveitamento não poderá ser objeto de nova transferência.
§ 3º renumerado como § 4º pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994
(Art. 2º)

§ 5º - O disposto no artigo não se aplica ao imóvel cujo possuidor preencha as


condições para a aquisição da propriedade por meio de usucapião.
§ 4º renumerado como § 5º pela Emenda à Lei Orgânica nº 5, de 22/02/1994
(Art. 2º)

Art. 192 – A operação do plano diretor dar-se-á mediante implantação de sistema de


planejamento e informações, objetivando o controle das ações e diretrizes setoriais.

Parágrafo único – Além do disposto no art. 39, o Poder Executivo manterá cadastro
atualizado dos imóveis dos patrimônios estadual e federal, situados no Município.

CAPÍTULO XII
DO TRANSPORTE PÚBLICO E SISTEMA VIÁRIO

Art. 193 – Incumbe ao Município, respeitadas as legislações federal e estadual,


planejar, organizar, dirigir, coordenar, executar, delegar e controlar a prestação de
serviços públicos relativos a transporte coletivo e individual de passageiros, tráfego,
trânsito e sistema viário municipal.

§ 1º - Os serviços a que se refere o artigo, incluído o de transporte escolar, serão


prestados diretamente ou mediante delegação, nos termos da lei.
64

§ 2º - À entidade da administração indireta, que será criada pelo Poder Público,


caberão as atribuições, entre as referidas no artigo, fixadas em lei.

§ 3º - A exploração do serviço de transporte coletivo que o Poder Público seja levado


a exercer, por força de contingência ou conveniência administrativa, será
empreendida por entidade da administração indireta.

§ 4º - A implantação e a conservação de infra-estrutura viária são de competência de


órgão ou entidade da administração pública, incumbindo-lhe a elaboração de
programa gerencial das obras respectivas.

Art. 194 – As diretrizes, objetivos e metas da administração pública nas atividades


setoriais de transporte coletivo serão estabelecidos em lei que instituir o plano
plurianual, de forma compatível com a política de desenvolvimento urbano, definida
no plano diretor do Município, e com a de desenvolvimento metropolitano.

Art. 195 – A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a fiscalização dos


serviços de transporte coletivo, escolar e de táxi, devendo fixar diretrizes de
caracterização precisa e proteção eficaz do interesse público e dos direitos dos
usuários.

§ 1º - É assegurado o direito ao transporte coletivo a todos os habitantes do


Município, cabendo ao Poder Público tomar as medidas necessárias para garantir
linha regular em todos os bairros, vilas e favelas.

§ 2º - É obrigatória a manutenção de linhas noturnas de transporte coletivo em toda


a área do Município.

§ 3º - O Poder Público promoverá permanente vistoria nas unidades de transporte


coletivo, determinando a retirada de circulação dos veículos não-apropriados ao uso
e sua imediata substituição.

§ 4º - O sistema de transporte coletivo fornecerá, para aquisição antecipada pelo


usuário, bilhete-transporte.

Art. 196 – O planejamento dos serviços de transporte coletivo deve ser feito com
observância dos seguintes princípios:
I – compatibilização entre transporte e uso do solo;
II – integração física, operacional e tarifária entre as diversas modalidades de
transporte;
III – racionalização dos serviços;
IV – análise de alternativas mais eficientes ao sistema;
V – progressiva unificação das tarifas;
VI – participação da sociedade civil.

Parágrafo único – O Município, ao traçar as diretrizes de ordenamento dos


transportes, estabelecerá metas prioritárias de circulação de coletivos urbanos, que
terão preferência em relação às demais modalidades de transporte.

Art. 197 – As tarifas de serviços de transporte coletivo, de táxi e de estacionamento


público serão fixadas pelo Poder Executivo, conforme dispuser a lei.
65

§ 1º - O Poder Executivo deverá proceder ao cálculo da remuneração do serviço de


transporte de passageiros às empresas operadoras, com base em planilha de
custos, contendo metodologia de cálculo, parâmetros e coeficientes técnicos em
função das peculiaridades do sistema de transporte urbano municipal.

§ 2º - As planilhas de custos serão atualizadas quando houver alteração no preço de


componentes da estrutura de custos de transporte necessários à operação do
serviço.

§ 3º - É assegurado a entidades representativas da sociedade civil, à Câmara e à


Defensoria do Povo o acesso aos dados informadores da planilha de custos, a
elementos da metodologia de cálculo, a parâmetros de coeficientes técnicos, bem
como às informações relativas às fases de operação do sistema de transporte.

Art. 198 – O equilíbrio econômico-financeiro dos serviços de transporte coletivo será


assegurado por uma ou mais das seguintes condições, conforme dispuser a lei:
I – tarifa justa e sua revisão periódica;
II – subsídio aos serviços;
III – compensação entre a receita auferida e o custo total do sistema.

§ 1º - O cálculo das tarifas abrange o custo da produção do serviço definido pela


planilha de custos e o custo de gerenciamento das delegações do serviço e do
controle de tráfego, levando-se em consideração a expansão do serviço, a
manutenção de padrões mínimos de conforto, segurança e rapidez e a justa
remuneração dos investimentos.

§ 2º - A fixação de qualquer tipo de gratuidade no transporte coletivo urbano só


poderá ser feita mediante lei que indique a fonte de recursos para custeá-la.

Art. 199 – A permissão do serviço de táxi será feita, proporcionalmente, observada a


seguinte ordem de preferência:
I – a motoristas profissionais autônomos e a suas cooperativas;
II – a pessoa jurídica.

Parágrafo único – É vedada mais de uma permissão a motorista profissional


autônomo.

Art. 200 – As vias integrantes dos itinerários das linhas de transporte coletivo terão
prioridade para pavimentação e conservação.

Parágrafo único – O alargamento das ruas principais de penetração de favelas,


necessário à viabilização da oferta de transporte coletivo, será compatível com a
política de desenvolvimento urbano.

Art. 201 – O Poder Executivo analisará solicitação de alteração no trânsito do


Município, podendo aprovar, negar ou embargar atos a seu critério, e dará ciência
de sua decisão ao Poder Legislativo no prazo máximo de trinta dias.

Art. 202 – Em quarteirão fechado, o mobiliário urbano será disposto de forma a


facilitar o trânsito eventual de veículos, especialmente em situação de emergência.
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Art. 203 – Nenhuma tecnologia nova no sistema de transporte coletivo poderá ser
implantada no Município sem prévia autorização legislativa.

§ 1º - Consideram-se aprovados como tecnologia no sistema de transporte coletivo o


ônibus e o metrô.

§ 2º - A Câmara poderá autorizar o Poder Executivo a delegar a exploração de


serviço de transporte público de passageiros em nova tecnologia a órgão ou
entidade da administração pública federal, estadual ou intermunicipal, desde que o
interesse público o justifique.

§ 3º - A alocação de recursos para investimentos em pesquisa e nova tecnologia de


transporte e tráfego será definida na lei que instituir o plano plurianual.

CAPÍTULO XIII
DA HABITAÇÃO

Art. 204 – Compete ao Poder Público formular e executar política habitacional


visando à ampliação da oferta de moradia destinada prioritariamente à população de
baixa renda, bem como à melhoria das condições habitacionais.

§ 1º - Para os fins do artigo, o Poder Público atuará:


I – na oferta de habitações de lotes urbanizados, integrados à malha urbana
existente;
II – na definição das áreas especiais a que se refere o art. 190, V;
III – na implantação de programas para redução do custo de materiais de
construção;
IV – no desenvolvimento de técnicas para barateamento final da construção;
V – no incentivo a cooperativas habitacionais;
VI – na regularização fundiária e na urbanização específica de favelas e
loteamentos;
VII – na assessoria à população em matéria de usucapião urbano;
VIII – em conjunto com os municípios da Região Metropolitana, no estabelecimento
de estratégia comum de atendimento de demanda regional, bem como na
viabilização de formas consorciadas de investimento no setor.

§ 2º - A lei orçamentária anual destinará ao fundo de habitação popular recursos


necessários à implantação da política habitacional.

Art. 205 – O Poder Público poderá promover licitação para execução de conjuntos
habitacionais ou loteamentos com urbanização simplificada, assegurando:
I – a redução do preço final das unidades;
II – a complementação pelo Poder Público da infra-estrutura não implantada;
III – a destinação exclusiva àqueles que não possuam outro imóvel.

Art. 206 – Na implantação de conjunto habitacional, incentivar-se-á a integração de


atividades econômicas que promovam a geração de emprego para a população
residente.

Art. 207 – Na desapropriação de área habitacional decorrente de obra pública ou na


desocupação de áreas de risco, o Poder Público é obrigado a promover o
reassentamento da população desalojada, que será ouvida.
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Art. 208 – Na implantação de conjuntos habitacionais com mais de trezentas


unidades, é obrigatória a apresentação de relatório de impacto ambiental e
econômico-social, e assegurada a sua discussão em audiência pública.

Art. 209 – A política habitacional do Município será executada por órgão ou entidade
específicos da administração pública, a que compete a gerência do fundo de
habitação popular.

Art. 210 – O Município deverá discriminar e manter cadastro atualizado de


habitações em áreas de risco, efetuando trabalho permanente de prevenção e
realocação.
CAPÍTULO XIV
DO ABASTECIMENTO

Art. 211 – O Município, nos limites de sua competência e em cooperação com a


União e o Estado, organizará o abastecimento, com vistas a melhorar as condições
de acesso a alimentos pela população, especialmente a de baixo poder aquisitivo.

Parágrafo único – Para assegurar a efetividade do disposto no artigo, cabe ao Poder


Público, entre outras medidas:
I – planejar e executar programas de abastecimento alimentar, de forma integrada
com os programas especiais dos níveis federal, estadual, metropolitano e
intermunicipal;
II – dimensionar a demanda, em qualidade, quantidade e valor de alimentos básicos
consumidos pelas famílias de baixa renda;
III – incentivar a melhoria do sistema de distribuição varejista;
IV – articular-se com órgão ou entidade executores da política agrícola nacional e
regional, com vistas à distribuição de estoques governamentais prioritariamente aos
programas de abastecimento popular;
V – implantar e ampliar os equipamentos de mercado atacadista e varejista, como
galpões comunitários, feiras cobertas e feiras livres, garantindo o acesso a eles de
produtores e de varejistas, por intermédio de suas entidades associativas;
VI – incentivar a criação e a manutenção de granja, sítio e chácara destinados à
produção alimentar básica;
VII – planejar e executar programas de hortas comunitárias.

CAPÍTULO XV
DA POLÍTICA RURAL

Art. 212 – O Município efetuará os estudos necessários ao conhecimento das


características e das potencialidades de sua zona rural, visando a:
I – criar unidades de conservação ambiental;
II – preservar a cobertura vegetal de proteção das encostas, das nascentes e dos
cursos d’água;
III – propiciar refúgio à fauna;
IV – proteger e preservar os ecossistemas;
V – garantir a perpetuação de bancos genéticos;
VI – implantar projetos florestais;
VII – implantar parques naturais;
VIII – ampliar as atividades agrícolas.
68

CAPÍTULO XVI
DO TURISMO

Art. 213 – O Município, colaborando com os segmentos do setor, apoiará e


incentivará o turismo como atividade econômica, reconhecendo-o como forma de
promoção e desenvolvimento social e cultural.

Art. 214 – Cabe ao Município, observadas as legislações federal e estadual, definir a


política municipal de turismo e as diretrizes e ações, devendo:
I – adotar, por meio de lei, plano integrado e permanente de desenvolvimento do
turismo em seu território;
II – desenvolver efetiva infra-estrutura turística;
III – estimular e apoiar a produção artesanal local, as feiras, exposições, eventos
turísticos e programas de orientação e divulgação de projetos municipais, bem como
elaborar o calendário de eventos;
IV – regulamentar o uso, ocupação e fruição de bens naturais e culturais de
interesse turístico, proteger o patrimônio ecológico e histórico-cultural e incentivar o
turismo social;
V – promover a conscientização da população para preservação e difusão dos
recursos naturais e do turismo como atividade econômica e fator de
desenvolvimento;
VI – incentivar a formação de pessoal especializado para o atendimento das
atividades turísticas.

TÍTULO VII – DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 215 – Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do
cargo, e o dirigente, a qualquer título, de entidade da administração indireta,
obrigam-se, ao serem empossados e exonerados, ou demitidos, a declarar seus
bens, sob pena de nulidade, de pleno direito, do ato de posse.

Parágrafo único – Obrigam-se a declaração de bens, registrada em cartório de


títulos e documentos, os ocupantes de cargos eletivos nos poderes Legislativo e
Executivo, os secretários municipais e os dirigentes de entidades da administração
indireta, no ato da posse no término de seu exercício, sob pena de
responsabilização.

Art. 216 – Quando a execução de função pública de interesse comum da Região


Metropolitana couber ao Município, na forma de lei complementar estadual,
observar-se-á a distribuição de competências entre os poderes Legislativo e
Executivo previstas nesta Lei Orgânica.

Art. 217 – Os órgãos e entidades da administração direta e indireta publicarão


anualmente, até o dia trinta de abril, relatório concernente aos cargos, empregos e
funções de seus respectivos quadros que, no ano anterior, tiverem vagado ou sido
providos.

Art. 218 – Ao servidor nomeado em virtude de concurso público e exonerado durante


o período de que trata o art. 60 é assegurado o direito a indenização calculada pelo
somatório de um duodécimo de sua remuneração, por mês de efetivo exercício, e do
valor de uma remuneração mensal, sem prejuízo de outros direitos previstos em lei.
69

Art. 219 – Além do previsto nos arts. 56 e 158, V, a lei que dispuser sobre o estatuto
do pessoal do magistério público atribuirá, entre outros, os seguintes direitos ao
profissional de educação:
I – adicional de, no mínimo, dez por cento sobre o vencimento e gratificação inerente
ao exercício de cargo ou função, a cada período de cinco anos de efetivo exercício,
o qual se incorpora ao valor do provento de aposentadoria;
II – pagamento por habilitação;
III – adicional por regência de turma, enquanto no efetivo desempenho das
atribuições específicas do cargo;
IV – recesso escolar;
V – período sabático, com duração de cento e vinte dias, a cada período de sete
anos de efetivo exercício do magistério, para aprimoramento profissional
devidamente comprovado;
VI – vencimento fixado a partir de valor que atenda às necessidades básicas do
servidor e às de sua família, respeitado o critério de habilitação profissional;
VII – jornada de trabalho especial, nela computadas as lacunas existentes no horário
fixado;
VIII – liberação da regência de aulas em número equivalente a metade da carga
horária, para o exercente da função de coordenador de ensino a partir da 5ª série,
escolhido anualmente pelos professores do mesmo conteúdo curricular e de
conteúdos afins;
IX – liberdade de afixação e divulgação de materiais e temas de interesse da
categoria ou escola, nas salas destinadas aos servidores.

§ 1º - Para fins do inciso II, o professor de 1ª a 4ª séries do primeiro grau detentor de


curso superior que o habilite para o magistério terá seu vencimento definido
conforme a nível e a forma de cálculo do vencimento do professor de 5ª a 8ª séries e
do segundo grau, em jornada equivalente.
Parágrafo único renumerado como § 1º pela Emenda à Lei Orgânica nº 18, de
07/04/2004 (Art. 1º)

§ 2º - O Educador Infantil atuará unicamente na formação de crianças de 0 a 5 (zero


a cinco) anos e 8 (oito) meses, nos moldes da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional, conforme parâmetros específicos de carreira.
§ 2º acrescentado pela Emenda a Lei Orgânica nº 18, de 07/04/2004 (Art. 1º)

Art. 220 – Compete ao Conselho Municipal de Defesa dos Direitos Humanos


propagar os direitos e garantias fundamentais, assegurados na Declaração Universal
dos Direitos do Homem e na Constituição da República, investigar-lhes as violações,
encaminhar denúncias a quem de direito e zelar para que sejam respeitados pelo
Poder Público.

§ 1º - O Conselho será composto:


I – por representante da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal;
II – por um representante de cada entidade situada no Município e voltada,
exclusivamente ou por meio de setor próprio, para defesa desses direitos e
garantias.

§ 2º - A participação no Conselho será gratuita.


70

Art. 221 – Comemorar-se-á, anualmente, em doze de dezembro, o Dia do Município,


como data cívica.

Art. 222 – Para os fins do art. 204, § 2º, fica mantido o fundo de habitação popular,
de que trata o Decreto nº 4.539, de 12 de setembro de 1983.

Art. 223 – Fica mantido o fundo Municipal de Defesa Ambiental, instituído pela Lei nº
4.253, de 4 de dezembro de 1985, sendo-lhe destinados para despesas de
investimentos, entre outros, recursos provenientes de:
I – participação do Município no resultado da exploração de recursos minerais em
seu território, ou correspondente compensação financeira, prevista no art. 20, § 1º
da Constituição da República;
II – reembolso dos custos de serviços prestados pelo Poder Executivo no
licenciamento ambiental de atividades e obras;
III – arrecadação de multas previstas na legislação ambiental.

Art. 224 – Ficam tombados para o fim de preservação e declarados monumentos


naturais, paisagísticos, artísticos ou históricos, sem prejuízo de outros que venham a
ser tombados pelo Município:
I – o alinhamento montanhoso da Serrado Curral, compreendendo as áreas do
Taquaril ao Jatobá;
II – as áreas de proteção dos mananciais;
III – os parques urbanos;
IV – o Jardim Zoológico;
V – a área do Aeroporto Carlos Prates;
VI – o conjunto arquitetônico e paisagístico da Igreja São José;
VII – o conjunto arquitetônico e paisagístico do Mosteiro Nossa Senhora das Graças,
na Vila Paris;
VIII – o conjunto paisagístico e as fachadas do prédio do Hospital Raul Soares;
IX – a mata da Baleia e as fachadas do prédio do Hospital Maria Ambrosina;
X – a mata e o conjunto arquitetônico do antigo seminário do campus da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais;
XI – a mata do campus da Universidade Federal de Minas Gerais;
XII – o Viaduto Floresta;
XIII – o edifício original do Colégio Arnaldo e seu terreno com testadas para as
Ceará e Timbiras;
XIV – o conjunto arquitetônico original da Escola Estadual Governador Milton
Campos – Colégio Estadual Central;
XV – o Parque de Exposição da Gameleira;
XVI – o prédio e a área adjacente da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Minas Gerais;
XVII – as fachadas do prédio do Hospital Militar;
XVIII – as fachadas do conjunto de edificações da Indústria de bebidas Antarctica
Minas Gerais S.ª, situada na Av. Oiapoque, nº 78;
XIX – o edifício do Cine México, situado na Av. Oiapoque, nº 194;
XX – o conjunto arquitetônico original do Centro Mineiro de Promoções Israel
Pinheiro – Minascentro, situado na Av. Augusto de Lima, nº 758;
XXI – o conjunto arquitetônico e paisagístico do reservatório d’ água do Cruzeiro;
XXII – o Parque Florestal do Jatobá;
XXIII – O Jardim Botânico e o Museu de História Natural da Universidade Federal de
Minas Gerais;
71

XXIV – o conjunto arquitetônico da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da


Universidade Federal de Minas Gerais e o quarteirão onde está localizado, nas
interseções das ruas Carangola, Primavera, Professor Magalhães Drumond e
Desembargador Alfredo de Albuquerque;
XXV – o prédio da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais,
localizado no quarteirão compreendido pelas interseções das ruas Gonçalves Dias,
Paraíba, Cláudio Manoel e Rio Grande do Norte;
XXVI – o conjunto arquitetônico do Minas Tênis Clube I e o quarteirão onde está
localizado, compreendido pelas interseções das ruas da Bahia, Antônio
Albuquerque, Espírito Santo e Antônio Aleixo;
XXVII – o edifício sede da Prefeitura Municipal, situado na Av. Afonso Pena, nº
1.212;
XXVIII – a estátua do Cristo Redentor, situada no Bairro Milionários;
XXIX – As edificações, com suas fachadas, do Conjunto Residencial São Cristóvão
(IAPI), situado entre as avenidas Presidente Antônio Carlos, José Bonifácio e a Rua
Araribá.
Inciso XXIX acrescentado pela Emenda à Lei Orgânica nº 12, de 12/03/1996 (Art.
1º)
Art. 224 declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça (ADIN nº 40.647-0,
do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais

Art. 225 – O Poder Público promoverá a implantação de ciclovias e bicicletários


como forma de incentivo e segurança dos ciclistas.

Art. 226 – È vedada nova localização de atividades concentradoras de tráfego,


prejudiciais a função de circulação, em lotes lindeiros a vias arteriais, de acordo com
o plano municipal de classificação viária.

Art. 227 – Os logradouros e estabelecimentos públicos municipais não poderão ser


designados com nome de pessoa viva.

Art. 228 – A lei disporá sobre a organização, a composição,a competência e o


funcionamento de junta, com duplo grau de jurisdição, na estrutura do órgão central
do sistema administrativo de saúde, relativamente aos processos administrativos
decorrentes da fiscalização e da vigilância sanitária do Município.

Art. 229 – Estendem-se aos doentes mentais, no que couber, os direitos


assegurados por esta Lei Orgânica ao portador de deficiência.

Art. 230 – Para exercer atividades auxiliares e complementares de prevenção de


incêndio e de defesa civil, o Município poderá criar organizações de voluntários, cuja
orientação e treinamento serão efetivados, de preferência, mediante convênio com o
Estado.

Art. 231 – Esta Lei Orgânica terá vigência a partir de sua publicação.

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - Fica criada a autarquia Instituto Municipal de Previdência e Assistência


Social, com a incumbência prevista no art. 65 da Lei Orgânica.
72

§ 1º - À autarquia criada serão transferidos todo o ativo e passivo, pessoal,


patrimônio, atribuições, verbas e saldos da Beneficência da Prefeitura Municipal de
Belo Horizonte, que se extinguirá concomitantemente, na forma da lei.

§ 2º - O Poder Executivo promoverá, no prazo de cento e vinte dias da promulgação


da Lei Orgânica, regulamentação da autarquia criada.

§ 3º - Os servidores públicos e agentes políticos municipais ficam compulsoriamente


filiados ao Instituto Municipal de Previdência e Assistência Social, ressalvados
aqueles que, nesta data, sejam contribuintes da previdência social urbana, os quais
poderão ser facultativamente filiados, na forma em que dispuser a lei.

Art. 2º - A autarquia municipal Hospital Municipal Odilon Odilon Behrens absorverá o


pessoal a área de saúde do quadro de servidores da Beneficência da Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte, após a regulamentação do Instituto Municipal de
Previdência e Assistência Social.

Parágrafo único – O Hospital mencionado no artigo, na prestação direta dos serviços


de saúde que lhe competirem, dará prioridade ao atendimento dos servidores
públicos municipais.

Art. 3º - A contratação de novos leitos psiquiátricos só será permitida na medida da


demanda e da plena utilização da atual capacidade pública instalada.

Art. 4º - A Município instituirá regime jurídico único e planos de carreira para os


servidores dos órgãos da administração direta, das autarquias e das fundações
públicas.

Parágrafo único – A lei instituidora de regime jurídico único dos servidores públicos
municipais dependerá de voto da maioria dos membros da Câmara.

Art. 5º - Fica assegurado ao servidor público municipal que tiver tempo de serviço
prestado antes de 13 de maio de 1967 o direito de computar esse tempo para efeito
de aposentadoria, proporcionalmente ao número de anos de serviço a que estava
sujeito, no regime anterior áquela data.

Art. 6º - Dentro de cento e oitenta dias da data da promulgação da Lei Orgânica,


proceder-se-á à revisão dos direitos do servidor público municipal inativo e do
pensionista e à atualização do provento ou pensão a eles devidos, a fim de raújo-
los ao disposto na Lei Orgânica.

Art. 7º - Enquanto não editada a lei prevista no art. 49 da Lei Orgânica, a revisão da
remuneração do servidor público se fará no mês de maio de cada ano.

Art. 8º - A administração pública municipal tem cento e oitenta dias para se adaptar
ás normas dos arts. 43, 47 e 48 da Lei Orgânica.

Art. 9º - Salvo disposição legal em contrário, os estabelecimentos municipais de


ensino observarão os seguintes limites na composição de suas turmas:
I – pré-escolar: até vinte alunos;
II – de 1ª e 2ª sérias do primeiro grau: até vinte e cinco alunos;
III – de 3ª e 4ª séries do primeiro grau: até trinta alunos;
73

IV – de 5ª a 8ª séries do primeiro grau: até trinta e cinco alunos;


V – segundo grau: até quarenta alunos.

Art. 10 – A Município promoverá a ampliação, a recuperação e o aparelhamento das


unidades municipais de ensino, no prazo máximo de doze meses posteriores à
promulgação da Lei Orgânica.

Art. 11 – A elaboração do primeiro plano bienal de educação será iniciada em abril


de 1990, e dela participação entidades representativas dos profissionais municipais
de ensino, entidades representativas.

Art. 12 – Comissão Paritária instalada no prazo máximo de trinta dias da


promulgação da Lei Orgânica, composta por representantes do Poder Executivo, do
Poder Legislativo e de entidades representativas dos profissionais de educação,
elaborará anteprojeto de leis referentes ao estatuto do magistério e ao quadro de
pessoal das escolas municipais, os quais serão enviados ao Prefeito no prazo
máximo de cento e vinte dias, contados da instalação.

Parágrafo único – O Poder Executivo enviará os projetos de lei, elaborados com


base nos anteprojetos mencionados, à apreciação da Câmara, no prazo máximo de
trinta dias, contados do recebimento das propostas.

Art. 13 – A primeira eleição para diretor e vice-diretor de estabelecimento municipal


de ensino, após a vigência da Lei Orgânica, será realizada até março de 1991.

Art. 14 – Será gradual a implantação da jornada de ensino de oito horas e do horário


integral, previstos nos inciso I e II do § 1º do art. 157 da Lei Orgânica.

§ 1º - A implantação prevista no artigo dar-se-á no primeiro período letivo após a


vigência da Lei Orgânica, em pelo menos dez por cento das escolas municipais de
1ª a 4ª séries de primeiro grau e das creches públicas.

§ 2º - Para efeito do disposto no parágrafo anterior, terão prioridade as escolas e


creches situadas em regiões carentes do Município.

Art. 15 – O Poder Executivo, dentro de noventa dias contados da promulgação da


Lei Orgânica, criará e instalará comissão, com a participação das entidades do setor
cultural, para elaborar o plano de instalação de centros culturais a que se refere o
art. 169 de Lei Orgânica, o qual definirá, também, os critérios relativos aos acervo
das bibliotecas.

Art. 16 – O organismo previsto no art. 181, § 3º, da Lei Orgânica será implantado no
prazo de seis meses, contados da promulgação desta.

Art. 17 – A lei definirá a implantação progressiva, compatível com o sistema, dos


equipamentos mencionados no art. 181, § 2º da Lei Orgânica.

Art. 18 – Até que a rede pública possa absorver a demanda existente, o Poder
Público poderá firmar convênios com instituições particulares para atendimento ao
aluno excepcional.
74

Art. 19 – Em caso de convênio com instituições particulares para atendimento ao


aluno excepcional, a cessão de pessoal de magistério para o fim de orientação
psicopedagógica ao educando se dará com todos os direitos e vantagens do cargo,
como se em exercício em unidade do sistema municipal de ensino.

Art. 20 – O Município obriga-se a fornecer apoio técnico, material e financeiro às


creches comunitárias conveniadas, até que possa assumir o atendimento em
creches públicas.

Art. 21 – O Poder Executivo reavaliará todas as isenções, incentivos e benefícios


fiscais em vigor e proporá ao Poder Legislativo as medidas cabíveis.

Parágrafo único – Considerar-se-ão revogados, após seis meses contados da


promulgação da Lei Orgânica, as isenções, os incentivos e os benefícios fiscais que
não forem confirmados por lei.

Art. 22 – Serão revistas pela Câmara, nos dezoito meses contados da data da
promulgação da Lei Orgânica, a doação, a venda, a permuta, a dação em
pagamento e a cessão, a qualquer título, de imóveis públicos realizadas de primeiro
de janeiro de 1980 até a mencionada data.

§ 1º - A revisão obedecerá aos critérios de legalidade e de conveniência ao interesse


público e, comprovada a ilegalidade ou havendo interesse público, os bens
reverterão ao patrimônio do Município.

§ 2º - Verificadas a lesão ao patrimônio público e a impossibilidade de reversão, o


Poder Executivo tomará as medidas judiciais cabíveis, visando ao ressarcimento dos
prejuízos, sob pena de responsabilização.

§ 3º - Fica o Prefeito obrigado, nos primeiros seis meses do prazo referido no artigo,
a remeter à Câmara todas as informações e documentos, bem como, a qualquer
tempo, colocar à sua disposição os recursos humanos, materiais e financeiros
necessários ao desempenho da tarefa, sob pena de responsabilização.

§ 4º - As despesas previstas para o trabalho de revisão serão consignadas nos


orçamentos dos poderes Executivo e Legislativo.

Art. 23 – Ficam revogadas todas as concessões, permissões, cessões e


autorizações de uso, assim como as locações, os arrendamentos e os comodatos de
bem imóvel ou logradouro pertencentes ao patrimônio municipal, feitos a terceiros
sem a licitação legalmente exigida, cabendo ao Poder Executivo raújo -la, se
houver interesse público relevante.

Art. 24 – O Município elaborará, no prazo de seis meses da promulgação da Lei


Orgânica, plano plurianual de proteção e controle ambiental, incluindo diagnóstico e
programas pormenorizados de preservação, reabilitação e melhoria da qualidade do
meio ambiente.

Parágrafo único – O percentual mínino de área verde por habitante, previsto no art.
155, V, da Lei Orgânica, deverá ser atingido no prazo máximo de cinco anos, sob
pena de responsabilização da autoridade competente.
75

Art. 25 – O plano diretor será aprovado no prazo de doze meses a contar da


promulgação da Lei Orgânica.

Parágrafo único – O sistema de planejamento e informações de que trata o art. 192


da Lei Orgânica deverá estar implantado no prazo estabelecido neste artigo.

Art. 26 – O Município promoverá a descrição perimétrica das áreas indicadas no art.


224 da Lei Orgânica, no prazo de seis meses da promulgação.

Art. 27 – O Poder Público tem cento e oitenta dias para criar a entidade da
administração indireta a que se refere o art. 193, § 2º, da Lei Orgânica.

Art. 28 – A Superintendência de Desenvolvimento da Capital é a entidade


responsável pelas atividades descritas no art. 193, § 4º, da Lei Orgânica, salvo se lei
dispuser em contrário.

Art. 29 – A lei disporá sobre a criação do Diário Oficial do Município.

Art. 30 – Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações


bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de
setembro de 1967, é assegurada prioridade na aquisição de casa própria, para o
que não a possua, ou para sua viúva ou companheira.

Art. 31 – Os poderes públicos municipais promoverão edição popular do texto


integral da Lei Orgânica, a qual será distribuída aos munícipes por meio de escolas,
sindicatos, associações e outras instituições representativas da comunidade.

Art. 32 – Este Ato terá vigência a partir de sua publicação.

Belo Horizonte, 21 de março de 1990


76

LEI Nº 4.253, DE 4 DE DEZEMBRO DE 1985


Retificada em 15/2/1986

Dispõe sobre a política de proteção do controle e da


conservação do meio ambiente e da melhoria da
qualidade de vida no Município de Belo Horizonte.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

CAPITULO I
DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 1º - A Política Ambiental do Município, respeitadas as competências da União e


do Estado, tem por objeto a conservação e a recuperação do meio ambiente e a
melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Belo Horizonte.

Art. 2º - Para os fins previstos nesta Lei entende-se por:


I – Meio Ambiente – o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química, biológica, social, cultural e política, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas;
II – degradação da qualidade ambiental – a alteração adversa das características do
meio ambiente;
III – poluição – a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que,
direta ou indiretamente:
prejudique a saúde, o sossego, a segurança ou o bem estar da população;
b) crie condições adversas às atividades sociais e econômicas;
e) afete desfavoravelmente a fauna, a flora ou qualquer recurso ambiental;
d) afete as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lance matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos;
f) ocasione danos relevantes aos acervos histórico, cultural e paisagístico.
IV) – agente poluidor – pessoa física ou jurídica de direito público ou privado,
responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação
ambiental;
V – recursos ambientais – a atmosfera, as águas superficiais e subterrâneas, o solo,
o subsolo e os elementos da biosfera;
VI – poluente – toda e qualquer forma de matéria ou energia que provoque poluição
nos termos deste artigo, em quantidade, em concentração ou com característica em
desacordo com as que forem estabelecidas em decorrência desta Lei, respeitadas
as legislações federal e estadual,
VII – fonte poluidora – considera-se fonte poluidora efetiva ou potencial, toda
atividade, processo, operação, maquinaria, equipamento ou dispositivo fixo ou
móvel, que cause ou possa causar emissão ou lançamento de poluentes, ou
qualquer outra espécie de degradação da qualidade ambiental.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 3º - À Secretaria Municipal de Meio Ambiente, como órgão central de


implementação da política ambiental do Município, nos termos da Lei n.º 3.570, de
77

16 de julho de 1983, do Decreto n.º 4.489, de 13 de julho de 1983, e do Decreto n.º


4.534, de 12 de setembro de 1983, cabe fazer cumprir esta Lei, competindo-lhe:
I – formular as normas técnicas e (VETADO) os padrões de proteção, conservação e
melhoria do meio ambiente, observadas as legislações federal e estadual;
II – estabelecer as áreas em que a ação do Executivo Municipal, relativa à qualidade
ambiental deva ser prioritária;
III – exercer a ação fiscalizadora de observância das normas contidas na legislação
de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente.
IV – exercer o poder de polícia nos casos de infração da lei de proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente e de inobservância de norma ou padrão
estabelecido;
V – responder a consultas sobre matéria de sua competência;
Inciso VI revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21)
VII – atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger,
melhorar e conservar o meio ambiente.

Parágrafo único – A SMMA é o órgão central de planejamento, administração e


fiscalização das posturas ambientais na estrutura básica da PMBH, cabendo-lhe
fornecer diretrizes técnicas aos demais órgãos municipais, em assuntos que se
refiram a Meio Ambiente e Qualidade de Vida.

CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO E DO CONTROLE DAS FONTES POLUIDORAS E DA
DEGRADAÇÃO AMBIENTAL

Art. 4º - Fica proibida a emissão ou lançamento de poluentes, direta ou


indiretamente, nos recursos ambientais, assim como sua degradação, nos termos
dos itens II e III do artigo 2º.

Caput revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21)


Parágrafo único revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21)
Art. 6º revogado pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 21)

Art. 7º - Para a realização das atividades decorrentes do disposto nesta Lei e seus
regulamentos, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá utilizar-se, além dos
recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou
entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos e credenciamento de
agentes.

Art. 8º - Aos seus técnicos e aos agentes credenciados pela Secretaria Municipal de
Meio Ambiente para a fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei será
fraqueada a entrada nas dependências das fontes poluidoras localizadas ou a se
instalarem no Município, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer
necessário.

Art. 9º (VETADO)

Art. 10 – A Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá, a seu critério, determinar


às fontes poluidoras, com ônus para elas, a execução de medições dos níveis e das
concentrações de suas emissões e lançamentos de poluentes nos recursos
ambientais.
78

Parágrafo único – As medições, de que trata este artigo, poderão ser executadas
pelas próprias fontes poluidoras ou por empresas do ramo, de reconhecida
idoneidade e capacidade técnicas, sempre com acompanhamento por técnico ou
agente credenciado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

CAPITULO IV
DAS PENALIDADES

Art. 11 – Os infratores dos dispositivos da presente Lei e seus regulamentos, ficam


sujeitos às seguintes penalidades:
I – advertência por escrito, em que o infrator será notificado para fazer cessar a
irregularidade, sob pena de imposição de outras sanções previstas nesta Lei;
II – multa de 01 (uma) a 700 (setecentas) UFPBH;
III – suspensão de atividades, até correção das irregularidades, salvo os casos
reservados à competência da União;
IV – cassação de alvarás e licenças concedidos, a ser executada pelos órgãos
competentes do Executivo Municipal, em especial as Secretarias Municipais de
Obras Civis e Indústria, Comércio e Abastecimento, em atendimento a parecer
técnico emitido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

§ 1º - As penalidades previstas neste artigo serão objeto de especificação em


regulamento, de forma a compatibilizar a penalidade com a infração cometida,
levando-se em consideração sua natureza, gravidade e conseqüências para a
coletividade.

§ 2º - Nos casos de reincidência as multas poderão, a critério da Secretaria


Municipal de Meio Ambiente, ser aplicadas em dobro.

Art. 12 – Ao infrator penalizado com as sanções previstas nos itens II, III ou IV do
artigo 11 caberá recurso para o Prefeito Municipal, no prazo máximo de 15 dias,
contados a partir da data de recepção do aviso de penalidade a ser enviado através
de carta registrada, com Aviso de Recebimento (AR).

§ 1º - O recurso impetrado não terá efeito suspensivo.

§ 2º - Será irrecorrível, em nível administrativo, a decisão proferida pelo Prefeito


Municipal.

CAPITULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 13 – Fica o Prefeito Municipal autorizado a determinar medidas de emergência,


a serem especificadas em regulamento, a fim de evitar episódios críticos de poluição
ambiental ou impedir sua continuidade em caso de grave ou iminente risco para
vidas humanas ou recursos ambientais.

Parágrafo único – Para a execução das medidas de emergência de que trata este
artigo poderá ser reduzida ou impedida, durante o período crítico, a atividade de
qualquer fonte poluidora na área atingida pela ocorrência, respeitadas as
competências da União e do Estado.
79

Art. 14 – Fica criado o Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo


Horizonte, órgão colegiado, composto de 15 membros, (VETADO) competindo-lhe a
ação normativa (VETADO) e de assessoramento, com as seguintes atribuições:
I – formular as diretrizes da Política Municipal do Meio Ambiente;
II – promover medidas destinadas à melhoria da qualidade de vida no Município;
III – estabelecer as normas e os padrões de proteção, conservação e melhoria do
meio ambiente, observadas as legislações Federal e Estadual;
IV – opinar, previamente, sobre os planos e programas anuais e plurianuais de
trabalho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
V – decidir sobre a outorga da Licença Ambiental, nos termos de lei específica, em
segunda e última instância administrativa, sobre os casos que dependam de parecer
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, bem como, em todos os casos, decidir
em grau de recurso quando da aplicação de penalidades previstas na legislação
ambiental;
Inciso V com redação dada pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 17)
VI – deliberar sobre a procedência de pedido escrito de impugnação, sob a ótica
ambiental, de projetos sujeitos à licença Ambiental – conforme disciplinado em
legislação específica – ou a parecer prévio da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente;
Inciso VI com redação dada pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 18)
VII – apresentar ao Prefeito Municipal o projeto de regulamentação desta Lei;
VIII – avocar a si, exame e decisão sobre qualquer assunto que julgar de importância
para a política ambiental do Município.

§ 1º - A composição do Conselho e sua instalação com a finalidade específica de


elaboração do projeto de regulamentação desta Lei, dar-se-á dentro de 30 (trinta)
dias a contar da vigência da presente Lei.

§ 2º - As normas de funcionamento do Conselho Municipal do Meio Ambiente serão


estabelecidas em regulamento, vedada a remuneração por participação no
Colegiado, o qual é considerado como de relevante interesse público.
§2º com redação dada pela Lei nº 5.684, de 07/03/1990 (Art. 1º)
Art. 15 revogado pela Lei nº 4.906, de 08/12/1987 (Art. 23)

Art. 16 – A concessão ou renovação de licenças, previstas nesta Lei, será precedida


da publicação do edital, no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação
local, com ônus para o requerente, assegurando ao público prazo para exame do
pedido, respectivos projetos e pareceres dos órgãos municipais, e para
apresentação de impugnação fundamentada por escrito.

§ 1º - As exigências previstas no artigo aplicam-se, igualmente, a todo projeto de


iniciativa do Poder Público ou de entidades por este mantidas, que se destinem à
implantação (VETADO) no Município.

§ 2º - O Conselho Municipal do Meio Ambiente ao regular, mediante Deliberação


Normativa, o processo de licenciamento, levará em conta os diferentes potenciais de
poluição das fontes e atividades, para estabelecer:
I – os requisitos mínimos dos editais;
II – os prazos para exame e apresentação de objeções;
III – as hipóteses de isenção do ônus da publicação de edital.
80

Art. 17 – Fica instituído o Fundo Municipal de Defesa Ambiental, a ser aplicado em


projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente no Município, propostos pela
comunidade ou pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

§ 1º - As linhas de aplicação e as normas de gestão e funcionamento do Fundo


Municipal de Defesa Ambiental serão estabelecidas mediante Deliberação Normativa
do Conselho Municipal do Meio Ambiente.

§ 2º - Os recursos do Fundo não poderão ser aplicados no custeio de pessoal e das


atividades permanentes de controle e fiscalização a cargo da Secretaria Municipal
de Meio Ambiente.

Art. 18 – Constituem recursos do Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente:


I – dotação orçamentária;
II – o produto da arrecadação de multas previstas na legislação ambiental;
III – o produto do reembolso do custo dos serviços prestados pela administração
municipal aos requerentes de licença prevista na legislação ambiental;
Inciso III com redação dada pela Lei nº 7.277, de 17/01/1997 (Art. 19)
IV – transferência da União, do Estado ou de outras entidades públicas;
V – doação e recursos de outras origens.

Art. 19 – Fica instituída a obrigatoriedade de programas de Educação Ambiental, em


nível curricular, nas escolas de 1º e 2º graus da rede escolar municipal.
Caput com redação dada pela Lei nº 5.871, de 13/03/1991 (Art. 1º)

§ 1º - Para efeito desta Lei, Educação Ambiental é definida, conforme resolução do


CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), como o processo de formação e
informação social orientado para:
I – o desenvolvimento de consciência crítica sobre a problemática ambiental,
compreendendo-se como consciência crítica a capacidade de captar a gênese e a
evolução de problemas ambientais, tanto em relação aos seus aspectos biológicos e
físicos, quanto sociais, políticos, econômicos e culturais;
II – o desenvolvimento de habilidades e instrumentos tecnológicos necessários à
solução dos problemas ambientais;
III – o desenvolvimento de atitudes que levem à participação das comunidades na
preservação do equilíbrio ambiental.
§ 1º acrescentado pela Lei nº 5.871, de 13/03/1991 (Art. 1º)

§ 2º - A Educação Ambiental será incluída no currículo das diversas disciplinas das


unidades escolares da rede municipal de ensino, integrando-se ao projeto
pedagógico de cada escola:
I – caberá a cada unidade escolar definir o trabalho de Educação Ambiental a ser
desenvolvido, guardadas as especificidades de cada local, respeitada a autonomia
da escola;
II – as secretarias envolvidas no programa de Educação Ambiental poderão
estabelecer convênios com a universidade, entidades ambientalistas e outros que
permitam o bom desenvolvimento dos trabalhos, no cumprimento desta Lei;
III – fica estabelecido o prazo de 01 (um) ano para que as secretarias envolvidas
preparem os professores através de cursos, seminários e material didático,
possibilitando, de fato, que todos os alunos da rede pública, findo este prazo,
recebam obrigatoriamente o programa de Educação Ambiental.
81

§ 2º acrescentado pela Lei nº 5.871, de 13/03/1991 (Art. 1º)

Art. 20 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei, mediante decretos, dentro de


90 (noventa) dias, a partir da data de sua publicação.

Art. 21 – Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 4 de dezembro de 1985

Ruy Lage
Prefeito de Belo Horizonte
Retificada em 15/02/1986
82

LEI Nº 6.038, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1991


Dispõe sobre a arborização de
logradouros públicos nos projetos
de parcelamento do solo.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - A aprovação de projetos de parcelamento do solo para loteamentos e


desmembramentos fica condicionada à arborização das vias e, se necessário, dos
locais destinados a áreas verdes, sob responsabilidade do empreendedor.

Art. 2º - O projeto de arborização deverá observar os seguintes requisitos mínimos:


I – espécimes de árvores adequadas, com mudas plantadas medindo pelo menos
1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de altura e 5cm (cinco centímetros) de
diâmetro na base, com proteção, à sua volta, de grade de metal ou madeira;
II – as mudas deverão ser amparadas por um tutor para direcionamento do
desenvolvimento medindo 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) de altura e
5cm (cinco centímetros) de diâmetro;
III – as covas deverão ter a dimensão de 60cm (sessenta centímetros) de altura,
comprimento e largura, devendo ser adubadas com 10 (dez) litros de esterco animal
curtido e 50 (cinqüenta) gramas de adubo químico N.P.K. 6-30-6;
IV – espaçamento longitudinal de, no máximo, 10,0m (dez metros) de uma a outra
árvore, nos passeios e canteiros centrais das vias, bem como distanciamento
adequado das esquinas e dos postes das redes e sistemas elétricos e similares;
V – cronograma detalhado da implantação e manutenção pelo período mínimo de 1
(um) ano.

Parágrafo único – As áreas verdes que passarão para o domínio público, bem como
aquelas definidas em lei como de preservação permanente, deverão ser cercadas
pelo empreendedor, conforme especificações estabelecidas pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente.

Art. 3º - Os projetos de arborização das vias e áreas verdes serão objeto de análise
e decisão pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, antes da liberação do
parcelamento.

§ 1º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente deverá se manifestar no prazo


máximo de 30 (trinta) dias, contados da apresentação do projeto completo de
arborização.

§ 2º - A não-apresentação do projeto completo de arborização suspende o


andamento do processo de parcelamento, até que seja satisfeita a exigência.

Art. 4º - A não-execução, total ou parcial, do projeto de arborização aprovado,


inclusive de seu cronograma de implantação e manutenção, sujeitará o requerente à
penalidade de 10 (dez) UFPBHs (Unidades Fiscais Padrão da Prefeitura de Belo
Horizonte) por árvore não-plantada ou não-mantida.

Parágrafo único – A não-execução, total ou parcial, do cercamento previsto no


parágrafo único do art. 2º sujeitará o requerente à penalidade de 1 (uma) UFPBH
83

(Unidade Fiscal Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte) por metro de cerca não
implantada.

Art. 5º - O Executivo regulamentará esta Lei no que for necessário à sua execução.

Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 9 de dezembro de 1991

Eduardo Brandão de Azeredo


Prefeito de Belo Horizonte
84

LEI Nº 6.248, DE 14 DE OUTUBRO DE 1992


Dispõe sobre áreas destinadas ao plantio de árvores
frutíferas em parques a serem criados em projetos
de parcelamento do solo urbano e dá outras
providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica o Executivo obrigado a destinar, ao exclusivo plantio de árvores


frutíferas, no mínimo 5% (cinco por cento) da área total de cada parque a ser criado
no Município.

Parágrafo único – São consideradas árvores frutíferas aquelas cujos frutos possam
servir para consumo humano.

Art. 2º - Nos projetos de parcelamento do solo urbano, quando necessária a


arborização de locais destinados a áreas verdes de domínio público, o plantio deverá
compreender uma porcentagem de árvores frutíferas definida em laudo técnico
elaborado por órgão competente.

Art. 3º - Após o plantio, as árvores frutíferas deverão ser identificadas com placas
contendo o seu nome científico e popular, bem como a indicação do período de sua
floração.

Art. 4º - Ao se promover o reflorestamento de áreas de parques que tenham sofrido


qualquer tipo de devastação, será reservada uma área para plantio de árvores
frutíferas, nos termos da presente Lei.

Parágrafo único – Os critérios para o replantio, bem como para sua distribuição nas
áreas urbanas do Município, serão regulamentados pelo Executivo, por meio de seu
órgão competente.
Art. 4º com redação dada pela Lei nº 7.414, de 04/12/97 (Art. 1º)

Art. 5º - Os frutos provenientes da produção das árvores frutíferas poderão ser


utilizados pelos freqüentadores dos parques e áreas verdes, ou serão destinados
para outras finalidades, conforme determinação do órgão responsável.

Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 14 de outubro de 1992

Eduardo Brandão de Azeredo


Prefeito de Belo Horizonte
85

LEI Nº 6.314, DE 12 DE JANEIRO DE 1993


Dispõe sobre a instituição, no Município de Belo
Horizonte, de Reserva Particular Ecológica, por
destinação do proprietário.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá requerer ao Executivo que


institua em imóvel de propriedade da mesma Reserva Particular Ecológica, por
raújo ta-la como de valor ecológico, total ou parcialmente.

Parágrafo único – Somente poderá ser reconhecido como Reserva Particular


Ecológica o imóvel particular onde sejam identificadas condições naturais primitivas
ou semiprimitivas recuperadas ou cujas características justifiquem ações de
recuperação, pelo aspecto paisagístico, para a preservação do ciclo biológico de
espécies da fauna ou da flora nativas do Brasil.

Art. 2º - O técnico ambiental designado pelo Executivo, após vistoriar o imóvel,


emitirá laudo circunstanciado, contendo, obrigatoriamente, além de outras
informações que reputar necessárias, as seguintes:
I – descrição da área, compreendendo a tipologia florestal, a paisagem, a hidrologia
e o estado de conservação;
II – relação das principais atividades desenvolvidas no local, classificando-as
conforme sua compatibilidade com a instituição da Reserva Particular Ecológica;
III – indicação das eventuais pressões potenciais degradadoras do ambiente
existentes no local;
IV – conclusão opinativa sobre a conveniência e a necessidade do acolhimento ou
não do requerimento, bem como sobre a extensão do imóvel que se deva
reconhecer como Reserva Particular Ecológica.

Art. 3º - O imóvel será reconhecido como Reserva Particular Ecológica mediante


decreto do Executivo, após a assinatura do competente termo de compromisso.

Art. 4º - A minuta do termo de compromisso de que trata o art. 3º será elaborada


previamente e em comum acordo pelo Executivo e pelo proprietário do imóvel,
obedecidas as prescrições legais pertinentes, devendo conter, obrigatoriamente,
cláusulas sobre:
I – prazo de vigência nunca inferior a 20 (vinte) anos, e preferencialmente em caráter
perpétuo;
II – abertura ou não ao público, da reserva, estabelecendo as regras a serem
obedecidas, em caso positivo;
III – a possibilidade de utilização da reserva para a formação e manutenção de
pomar e/ou horta comunitários, delimitando, quando for o caso, a área em que ela se
dará e as normas a serem obedecidas;
IV – as hipóteses de rescisão antecipada do termo de compromisso, sempre
fundadas em interesse público relevante e descumprimento de cláusulas
intransigíveis por força de lei; e
V – cláusula penal, em valor não-inferior a 50 (cinqüenta) UFPBHs-Unidades Fiscais
Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte, aplicável em caso de rescisão antecipada
por inadimplemento.
86

Parágrafo único – Após a celebração do acordo não será necessária a aquiescência


do proprietário do imóvel para a realização das hipóteses dos incisos II e III deste
artigo, quando tiverem sido permitidas, sendo possível a qualquer tempo o
aditamento que modifique a finalidade neles prevista.

Art. 5º - Deferido o requerimento, o proprietário do imóvel será intimado a assinar o


termo de compromisso acertado na forma do artigo anterior, após o que será
publicado o competente decreto.

Art. 6º - Caberá ao proprietário do imóvel, após a instituição da Reserva Particular


Ecológica:
I – averbar o termo de compromisso e o decreto no Cartório de Registro de Imóveis,
para os fins do art. 6º da Lei Federal n° 4.771, de 15 de setembro de 1965; e
II – divulgar a condição do imóvel de Reserva Particular Ecológica mediante a
colocação e manutenção, nas vias de acesso à região onde o imóvel se encontra e
nos limites de sua área, de placas indicativas desta situação.

§ 1º - As placas previstas no inciso II deste artigo deverão conter, obrigatoriamente,


advertência contra o desmatamento ou a queimada na área, caça, pesca, a apanha
ou captura de animais no interior da reserva, e contra quaisquer outros atos que
afetem ou possam afetar o meio ambiente local.

§ 2º - O Executivo estabelecerá as dimensões, o material, a forma e o conteúdo


exato das placas indicativas de que trata o parágrafo anterior, bem como os locais
onde deverão ser colocadas e mantidas.

Art. 7º - As autoridades públicas dispensarão à Reserva Particular Ecológica a


mesma proteção assegurada pela legislação vigente às áreas de preservação
permanente, sem prejuízo do direito de propriedade, que deverá ser exercido por
seu titular em defesa da reserva, sob orientação e apoio do Executivo.

Parágrafo único – No exercício das atividades de fiscalização, monitoramento e


orientação à Reserva Particular Ecológica, o Executivo poderá firmar convênios de
colaboração com entidades privadas, com a anuência do proprietário do imóvel onde
ela se localiza.

Art. 8º - A alteração das características da área e a intervenção de terceiros no local,


inclusive para a realização de pesquisas, dependerão de prévia aprovação, pelo
Executivo, de requerimento fundamentado e instruído com projeto detalhado do que
se pretende fazer.

Parágrafo único – A autorização de que trata este artigo somente poderá ser
concedida quando os atos pretendidos não afetarem as características do imóvel
que justificaram seu reconhecimento como Reserva Particular Ecológica.

Art. 9º - O Executivo poderá, a qualquer tempo, promover vistoria na Reserva


Particular Ecológica, independente de notificação prévia.

§ 1º - Constatada qualquer irregularidade, far-se-á notificação ao proprietário para


que ele a cesse ou faça cessar.
87

§ 2º - O infrator deverá reparar o dano causado, no prazo para isso fixado pelo
Executivo, nos termos de laudo técnico respectivo.

§ 3º - Persistindo a ação ou omissão nociva, o Executivo determinará as soluções


necessárias, cobrando-se do infrator as despesas que tiver, acrescidas de multa no
valor de 25 (vinte e cinco) UFPBHs – Unidades Fiscais Padrão da Prefeitura de Belo
Horizonte.

§ 4º - Quando o infrator for o proprietário do imóvel reconhecido como Reserva


Particular Ecológica, o Executivo poderá substituir a multa pela rescisão do termo de
compromisso, obedecidos os preceitos dos incisos IV e V do art. 4º.

Art. 10 – As atribuições previstas nesta Lei deverão ser exercidas por órgãos que
tenham relação direta com a defesa e preservação do meio ambiente, salvo as
competências de natureza financeira.

Art. 11 – Fica o poder Executivo autorizado a conceder isenção, total ou parcial, do


Imposto Predial e Territorial Urbano – IPTU -, para o imóvel reconhecido como
Reserva Particular Ecológica, nos termos desta lei, mediante requerimento do
proprietário e comprovação da averbação no Registro de Imóveis, prevista no art. 6º.
Caput com redação dada pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º)

§ 1º - A isenção parcial implicará a redução do Imposto Predial e Territorial Urbano –


IPTU -, na mesma proporção entre a área da reserva e a área total do imóvel no qual
a reserva está inserida.
§ 1º acrescentado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º)

§ 2º - A isenção fiscal concedida nos termos deste artigo cessará automaticamente


ao término do prazo de vigência do Termo de Compromisso relativo à instituição da
Reserva Particular Ecológica, ou na data de seu cancelamento.
§ 2º acrescentado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º)

§ 3º - A concessão da isenção total ou parcial, nos termos deste artigo, dependerá


de parecer prévio favorável do Conselho Municipal do Meio Ambiente, aprovado por,
no mínimo, 2/3 (dois terços) de seus membros.
§ 3º acrescentado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 1º)

Art. 12 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as


disposições em contrário.
Art. 12 renumerado pela Lei nº 6.491, de 29/12/1993 (Art. 2º)

Belo Horizonte, 12 de janeiro de 1993

Patrus Ananias de Sousa


Prefeito de Belo Horizonte
88

LEI Nº 7.277, DE 17 DE JANEIRO DE 1997


Institui a Licença Ambiental e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - A construção, a ampliação, a instalação e o funcionamento de


empreendimentos de impacto ficam vinculados à obtenção prévia da Licença
Ambiental.

Art. 2º - Empreendimentos de impacto são aqueles, públicos ou privados, que venham


a sobrecarregar a infra-estrutura urbana ou a ter repercussão ambiental significativa.

§ 1º - São considerados empreendimentos de impacto:


I – os destinados a uso não residencial nos quais a área edificada seja superior a
6.000m² (seis mil metros quadrados);
II – os destinados a uso residencial que tenham mais de 150 (cento e cinqüenta)
unidades;
III – os destinados a uso misto em que o somatório da razão entre o número de
unidades residenciais e 150 (cento e cinqüenta) e da razão entre a área da parte da
edificação destinada ao uso não-residencial e 6.000m² (seis mil metros quadrados)
seja igual ou superior a 1 (um);
IV – os parcelamentos de solo vinculados, exceto os propostos para terrenos situados
na ZEIS – Zona de Especial Interesse Social – com área total parcelada inferior a
10.000m² (dez mil metros quadrados);
V – os seguintes empreendimentos e os similares:
a) aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos;
b) autódromos, hipódromos e estádios esportivos;
c) cemitérios e necrotérios;
d) matadouros e abatedouros;
e) presídios;
f) quartéis;
g) terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários;
gA) heliponto, considerando-se este como a área ao nível do solo ou elevada para
pousos e decolagens de helicópteros;
Alínea “gA” acrescentada pela Lei nº 9.084, de 11/05/2005 (Art. 1º)
h) vias de tráfego de veículos com 2 (duas) ou mais faixas de rolamento;
i) ferrovias, subterrâneas ou de superfície;
j) terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
l) oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos
sanitários;
m) linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230kv (duzentos e trinta
quilovolts);
n) usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária,
acima de 10mw (dez megawatts);
o) obras para exploração de recursos hídricos, tais como barragens, canalizações,
retificações de coleções de água, transposições de bacias e diques;
p) estações de tratamento de esgotos sanitários;
q) distritos e zonas industriais;
r) usina de asfalto.
89

§ 2º - O Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM – poderá, em deliberação


normativa, incluir novos empreendimentos na relação do inciso V do parágrafo anterior.

Art. 3º - A Licença Ambiental será outorgada pelo COMAM, mantidas as demais


licenças legalmente exigíveis.

Parágrafo único – A outorga da Licença Ambiental será precedida da publicação de


edital – explicitando o uso pretendido, o porte e a localização – em órgão oficial de
imprensa e em jornal de grande circulação no Município, com ônus para o requerente,
assegurado ao público prazo para exame do pedido, dos respectivos projetos e dos
pareceres dos órgãos municipais e para apresentação de impugnação, fundamentada
e por escrito.

Art. 4º - O COMAM, se julgar necessário, promoverá a realização de audiência


pública para informação sobre o projeto e seus impactos ambientais e urbanos e
discussão do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.

Parágrafo único – A convocação de audiência pública será feita por meio de edital,
publicado em jornal de grande circulação no Município e em órgão oficial de
imprensa, com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias úteis.

Art. 4º com redação dada pela Lei nº 7.903, de 09/12/1999 (Art. 1º)
ADI nº 1.0000.00.254954-1/000, Lei nº 7.903/99 DECLARADA
INCONSTITUCIONAL.

Art. 5º - O COMAM, no exercício de sua competência, expedirá as seguintes licenças:


I – Licença Prévia (LP), na fase preliminar do planejamento da atividade, contendo
requisitos básicos a serem atendidos nas fases de construção, ampliação, instalação e
funcionamento, observadas as leis municipais, estaduais e federais de uso do solo;
II – Licença de Implantação (LI), autorizando o início da implantação, de acordo com as
especificações constantes do projeto aprovado e verificados os requisitos básicos
definidos para esta etapa;
III – Licença de Operação ou Licença de Ocupação (LO), autorizando, após as
verificações necessárias e a execução das medidas mitigadoras do impacto ambiental
e urbano, o início da atividade licenciada ou da ocupação residencial, de acordo com o
previsto na LP e na LI.

§ 1º - No caso de construção ou ampliação de empreendimentos de impacto, a LP e a


LI deverão preceder a outorga do Alvará de Construção; e a LO, a da Certidão de
Baixa e Habite-se.

§ 2º - A LP é precedida da apresentação de Estudo de Impacto Ambiental – EIA – e do


respectivo RIMA, a serem aprovados pelo COMAM.

§ 3º - A LI é precedida da apresentação do Plano de Controle Ambiental – PCA -, a ser


aprovado pelo COMAM.

§ 4º - Serão definidos pelo COMAM, mediante deliberação normativa, para cada


empreendimento ou grupo de empreendimentos:
I – os requisitos prévios para obtenção das licenças mencionadas;
II – o roteiro básico de elaboração do EIA, RIMA e PCA.
90

Art. 6º - Para avaliação do cumprimento das obrigações assumidas para a obtenção da


LI e da LO, o COMAM poderá determinar, quando necessário, a adoção de
dispositivos de medição, análise e controle, a cargo do responsável pelo
empreendimento, diretamente ou por empresa do ramo, de reconhecida idoneidade e
capacidade técnica.

Caput com redação dada pela Lei nº 7.903, de 09/12/1999 (Art. 2º)
ADI nº 1.0000.00.254954-1/000, Lei nº 7.903/99 DECLARADA
INCONSTITUCIONAL.

Parágrafo único – A medição, a análise ou o controle deverão ser precedidos de


comunicado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que poderá fazer-se representar
por um técnico de sua escolha.

Art. 7º - Os empreendimentos sujeitos à Licença Ambiental que, na data de publicação


desta Lei, já estejam instalados ou em funcionamento, deverão apresentar o Relatório
de Controle Ambiental – RCA -, a ser aprovado pelo COMAM.

Parágrafo único – As diretrizes para elaboração do RCA serão definidas pelo COMAM
para cada atividade ou grupo de atividades, mediante deliberação normativa.

Art. 8º - O prazo para outorga das licenças referidas no art. 5º será de 60 (sessenta)
dias para Licença Prévia – LP – e 30 (trinta) dias para as demais, contado da data
de apresentação do requerimento acompanhado dos documentos necessários.
Caput com redação dada pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º)

§ 1º - Somente com a anuência do Plenário do Conselho Municipal de Meio


Ambiente – COMAM -, e tendo em vista a complexidade do exame do impacto
ambiental e urbano, poderá ser prorrogado, por igual período, o prazo previsto no
caput.
§ 1º com redação dada pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º)

§ 2º - Esgotado o prazo previsto no caput deste artigo, ou o prorrogado na forma do


§ 1º, sem que haja decisão do COMAM, será considerada outorgada a licença
requerida.
§ 2º com redação dada pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º)

§ 3º - No caso específico das solicitações para instalação e operação de antenas de


telecomunicações com estrutura em torre ou similar, o prazo para outorga das
licenças, referidas no art. 5º, será de 45 (quarenta e cinco) dias para LP e 30 (trinta)
dias para as demais, contado da data de apresentação do requerimento
acompanhado dos documentos necessários.
§ 3º acrescentado pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º)

§ 4º - Também no caso das solicitações para instalação e operação de antenas de


telecomunicações com estruturas em torre ou similar, não será aplicável a
prorrogação de prazo, conforme disposto no § 1º deste artigo, devendo o COMAM
apresentar a decisão nos prazos estabelecidos no § 3º. Caso não haja decisão
nestes prazos, a licença requerida será considerada outorgada.
§ 4º acrescentado pela Lei nº 8.201, de 17/07/2001 (Art. 2º)
91

Art. 9º - O procedimento administrativo para a concessão das licenças referidas será


estabelecido em deliberação normativa do COMAM.

§ 1º - A ampliação ou a modificação do objeto da Licença Ambiental sujeitar-se-ão a


novo licenciamento.

§ 2º - A análise do EIA, RIMA, PCA ou RCA poderá ser efetuada por entidade
especializada integrante da Administração Pública, mediante convênio com o COMAM.

Art. 10 – O COMAM, em decorrência da análise do EIA e do RIMA, poderá exigir do


responsável a intervenção pública que se faça necessária na área do empreendimento.

Art. 11 – Os órgãos da administração municipal somente aprovarão projeto de


implantação ou ampliação de atividades sujeitas à Licença Ambiental após a
expedição da mesma, sob pena de responsabilidade administrativa e nulidade dos
seus atos.

Art. 12 – No caso de empreendimentos de impacto sujeitos a financiamento ou


incentivos governamentais, fica a aprovação de projetos habilitados aos benefícios
vinculada ao licenciamento ambiental, nos termos desta Lei.

Art. 13 – O suporte técnico e administrativo necessário ao cumprimento, pelo COMAM,


das disposições desta Lei será prestado diretamente pela Secretaria Municipal de Meio
Ambiente.

§ 1º - Para a realização das atividades decorrentes do disposto nesta Lei e nos seus
regulamentos, poderá a Secretaria Municipal de Meio Ambiente utilizar-se, além dos
recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso de outros órgãos ou
entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos ou credenciamento de
agentes.

§ 2º - Serão franqueadas, para fiscalizar o cumprimento dos dispositivos desta Lei, a


entrada e a permanência, pelo tempo que se fizer necessário, dos técnicos da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente e dos agentes por ela credenciados, nos locais
de construção ou ampliação de empreendimentos de impacto, nos locais onde estejam
instalados ou em funcionamento ou onde se pretenda raújo -los.

Art. 14 – (VETADO)
§ 1º - (VETADO)
§ 2º - (VETADO)
§ 3º - (VETADO)
§ 4º - (VETADO)
§ 5º - (VETADO)

Art. 15 – Não se aplicam ao disposto nos artigos anteriores as regras constantes dos
arts. 12 e 13 da Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985, bem como em seu
regulamento.

Art. 16 – Enquanto não conceituados em lei o parcelamento vinculado e as ZEISs, é a


seguinte a redação do inciso IV do § 1º do art. 2º:
“Art. 2º - ...
92

§ 1º - ...
IV – parcelamentos de solo, exceto os propostos para conjuntos habitacionais cuja
área parcelada seja inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados), com, pelo menos,
uma das seguintes características:
a) destinação ao uso não residencial;
b) existência de lotes com área inferior a 125 m² (cento e vinte e cinco metros
quadrados) ou superior a 10.000m² (dez mil metros quadrados);
c) existência de quarteirões com extensão superior a 200m (duzentos metros);”

Art. 17 – O inciso V do art. 14 da Lei nº 4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 14 - ...
...
V – decidir sobre a outorga da Licença Ambiental, nos termos de lei
específica, e, em segunda e última instância administrativa, sobre os casos
que dependam de parecer da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, bem
como, em todos os casos, decidir em grau de recurso quando da aplicação
de penalidades previstas na legislação ambiental;”

Art. 18 – O inciso VI do art. 14 da Lei nº 4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 14 - ...
...
VI – deliberar sobre a procedência de pedido escrito de impugnação, sob a
ótica ambiental, de projetos sujeitos à Licença Ambiental – conforme
disciplinado em legislação específica – ou a parecer prévio da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente;”

Art. 19 – O inciso III do art. 18 da Lei nº 4.253/85 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 18 - ...
...
III – o produto do reembolso do custo dos serviços prestados pela
administração municipal aos requerentes de licença prevista na legislação
ambiental;”

Art. 20 – (VETADO)
§ 1º - (VETADO)
§ 2º - (VETADO)

Art. 21 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as


disposições em contrário, especialmente o inciso VI do art. 3º e os arts. 5º e 6º da
Lei nº 4.253/85.

Belo Horizonte, 17 de janeiro de 1997

Célio de Castro
Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 26/96, de autoria do Vereador Sávio Souza Cruz)


93

LEI Nº 8.068, DE 30 DE AGOSTO DE 2000


Dispõe sobre o transporte de produto perigoso no
Município.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O transporte de produto perigoso obedecerá às normas técnicas da


Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN – e ao disposto nesta Lei e na
legislação federal pertinente.

Parágrafo único – É considerado perigoso o produto que, por suas características,


durante a fabricação, manejo, transporte, armazenamento ou uso, por si só ou em
contato com outro produto, possa gerar ou desprender pó, fumo, gás, vapor, fibra ou
radiação ionizante, de natureza infecciosa, irritante, inflamável, explosiva, corrosiva,
asfixiante, tóxica ou radioativa, ou ainda, que represente comprovado risco para a
saúde humana, a segurança ou o meio ambiente.

Art. 2º - A empresa que transporta, manuseia ou armazena produto perigoso deve


estar cadastrada e licenciada pelo órgão competente do Executivo.

Parágrafo único – A empresa prevista no caput que já esteja em funcionamento tem


o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado da publicação desta Lei, para se
cadastrar.

Art. 3º - A circulação de veículo transportador de produto perigoso em via pública


depende de prévia autorização do órgão municipal responsável pela gestão do
trânsito.

§ 1º- O requerimento de autorização será encaminhado ao órgão mencionado no


caput, com antecedência mínima de 8 (oito) dias, instruído com:
I – documentação fiscal do produto;
II- origem, destino, quantidade, número e nome apropriado para embarque do
produto;
III- classe e subclasse às quais o produto pertence, segundo classificação da
Organização das Nações Unidas – ONU;
IV – declaração do expedidor de que o produto está adequadamento acomodado
para suportar os riscos de carga, descarga e transporte;
V – orientação do fabricante do produto acerca dos procedimentos a serem
adotados em caso de avaria, acidente ou emergência;
VI – certificado de registro do veículo no órgão competente e identificação de suas
características;
VII – itinerário, data e horário pretendidos;
VIII – certidão do Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade
Industrial – INMETRO – de que a manutenção do veículo é adequada para o
transporte a granel de produto perigoso;
IX – comprovação de que a empresa encontra-se devidamente licenciada para o
transporte de que trata esta Lei, nos termos da legislação ambiental sobre a matéria;
X – nome e telefone de contato do representante legal ou do técnico responsável
pela empresa;
94

XI – comprovação de que o local e a pessoa jurídica responsável pela


descontaminação do veículo encontram-se devidamente licenciados nos termos da
legislação ambiental sobre a matéria.

§ 2º - A autorização deve ser expedida por órgão responsável pela gestão do


trânsito com antecedência mínima de 2 (dois) dias da data do transporte e indicará:
I – itinerário;
II – horário autorizado;
III – local para abastecimento do veículo;
IV – condições para abastecimento do veículo;
V – acompanhamento técnico especializado, quando necessário, a ser realizado por
batedores e mediante interdição de via ou vias públicas;
VI – local para descontaminação.

§ 3º - Fica dispensada a autorização de que trata o caput deste artigo nos casos de
transporte de:
I – gás medicinal;
II – produto em quantidade inferior ao limite de isenção estabelecido no regulamento
desta Lei;
III – produto radioativo em quantidade igual ou inferior ao valor básico de atividade
estabelecido pelo CNEN.

Art. 4º - O veículo descarregado será imediatamente encaminhado ao local de


descontaminação e sua circulação ficará sujeita à apresentação do comprovante de
descontaminação, emitido pela pessoa jurídica de que trata o inciso XI do § 1º do
art. 3º.

Art. 5º - A carga, a descarga e o transporte de gás raújo ta de petróleo – GLP –


de combustível para motor e de derivados de petróleo respeitarão o previsto no art.
3º, atendidas, ainda, as seguintes condições:
I – autorização por prazo determinado;
II – utilização de veículos credenciados em distribuidor registrado na Agência
Nacional de Petróleo – ANP
III – fixação, nos termos do regulamento desta Lei, de nome e telefone da
distribuidora.

§ 1º - O veículo previsto no caput respeitará os critérios de segurança estabelecidos


pelo órgão municipal responsável pela gestão do trânsito.

§ 2º - O funcionário ou preposto da distribuidora, a quem caberá a emissão de notas


fiscais, deverá estar uniformizado e identificado por crachá.

§ 3º - A licença para carga, descarga e transporte do produto referido no caput


depende de vistoria do órgão municipal responsável pela gestão do trânsito e do
atendimento aos quesitos de segurança estabelecidos pelo regulamento desta Lei.

§ 4º - A licença prevista no parágrafo anterior tem validade de 6 (seis) meses e sua


renovação estará condicionada ao desempenho ambiental satisfatório da
distribuidora, conforme regulamento desta Lei.

§ 5º - O órgão municipal responsável pela gestão do trânsito emitirá selo de vistoria


para fixação no veículo em local a ser definido pelo regulamento desta Lei.
95

§ 6º - A licença prevista no § 3º não abrange o transporte por cavalo mecânico.

Art. 6º - Ficam proibidos o estacionamento e a circulação de veículo transportador de


produto perigoso na Avenida do Contorno, no perímetro por esta delimitado e nas
vias locais definidas pelo Plano de Classificação Viária.

§ 1º - O órgão municipal responsável pela gestão do trânsito poderá abrir exceção


ao disposto no caput em caso de necessidade ou urgência devidamente justificada,
atendido o disposto no art. 3º desta Lei.

§ 2º - A proibição estabelecida no caput não se aplica a veículo que transporte


produto previsto no artigo anterior.

Art. 7º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator às seguintes


penalidades aplicadas pelo órgão municipal responsável pela gestão do trânsito:
I – multa de 230 UFIRs (duzentas e trinta unidades fiscais de referência) a 11.300
UFIRs (onze mil e trezentas unidades fiscais de referência), aplicada em dobro a
cada reincidência;
II – apreensão do veículo, em caso de risco para a saúde humana, a segurança ou o
meio ambiente;
III – cassação da licença.

§ 1º - As penalidades podem ser aplicadas cumulativamente.

§ 2º - Considera-se reincidência o cometimento de nova infração durante 1 (um) ano


civil.

Art. 8º - Os danos ambientais decorrentes do descumprimento do disposto nesta Lei


serão objeto de avaliação do órgão competente do Executivo para efeitos de
responsabilização nos termos da legislação aplicável à matéria.

Art. 9º - Até a regulamentação desta Lei, o limite de isenção previsto no art. 3º, § 3º,
II, é o estabelecido pela Portaria nº 291, de 31 de maio de 1998, do Ministério dos
Transportes.

Art. 10 – A distribuidora que opera no Município tem o prazo de 90 (noventa) dias,


contado da publicação desta Lei, para requerer a licença prevista no art. 5º, § 3º.

Art. 11 – A empresa prevista no art. 2º que esteja em funcionamento tem o prazo de


120 (cento e vinte) dias, contado da publicação desta Lei, para se cadastrar.

Art. 12 – O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias,


contado de sua publicação.

Art. 13 – Ficam revogadas a Lei nº 6.724, de 25 de agosto de 1994, e a Lei nº 6.834,


de 16 de fevereiro de 1995.

Art. 14 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 30 de agosto de 2000


Célio de Castro
Prefeito de Belo Horizonte
96

LEI Nº 8.201, DE 17 DE JULHO DE 2001


Altera a Lei nº 7.277/97, que estabelece
normas para instalação de antenas de
telecomunicações e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - A localização, instalação e operação de antenas de telecomunicações com


estrutura em torre ou similar obedecerão às determinações contidas nesta Lei, além
das leis nºs 4.253, de 4 de dezembro de 1985, e 7.277, de 17 de janeiro de 1997,
que disciplinam o licenciamento ambiental no Município.

Parágrafo único – Para efeito desta Lei, as estruturas verticais com altura superior a
10m (dez metros) são consideradas como estrutura similar à de torre.

Art. 2º - O art. 8º da Lei nº 7.277/97 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 8º - O prazo para outorga das licenças referidas no art. 5º será de 60


(sessenta) dias para Licença Prévia – LP – e 30 (trinta) dias para as
demais, contado da data de apresentação do requerimento acompanhado
dos documentos necessários.

§ 1º - Somente com a anuência do Plenário do Conselho Municipal de


Meio Ambiente – COMAM -, e tendo em vista a complexidade do exame
do impacto ambiental e urbano, poderá ser prorrogado, por igual período,
o prazo previsto no caput.

§ 2º - Esgotado o prazo previsto no caput deste artigo, ou o prorrogado na


forma do § 1º, sem que haja decisão do COMAM, será considerada
outorgada a licença requerida.

§ 3º - No caso específico das solicitações para instalação e operação de


antenas de telecomunicações com estrutura em torre ou similar, o prazo
para outorga das licenças, referidas no art. 5º, será de 45 (quarenta e
cinco) dias para LP e 30 (trinta) dias para as demais, contado da data de
apresentação do requerimento acompanhado dos documentos
necessários.

§ 4º - Também no caso das solicitações para instalação e operação de


antenas de telecomunicações com estruturas em torre ou similar, não
será aplicável a prorrogação de prazo, conforme disposto no § 1º deste
artigo, devendo o COMAM apresentar a decisão nos prazos estabelecidos
no § 3º. Caso não haja decisão nestes prazos, a licença requerida será
considerada outorgada. (NR)“

Art. 3º - Para implantação e operação dos equipamentos de que trata esta Lei, serão
adotadas as recomendações técnicas publicadas pela Comissão Internacional para
Proteção Contra Radiações Não Ionizantes – ICNIRP -, ou outra que vier a substituí-
la, em conformidade com as orientações da Agência Nacional de Telecomunicações
– ANATEL.
97

Parágrafo único – Para atendimento ao disposto no caput deste artigo, serão


realizadas medições e elaborado laudo radiométrico, conforme requisitos mínimos
relacionados nesta Lei.

Art. 4º - O licenciamento ambiental de que trata esta Lei dependerá, quando


legislação específica determinar, da manifestação dos competentes órgãos
responsáveis pelo licenciamento de edificações e de proteção do patrimônio
histórico e cultural, nas fases de obtenção da Licença de Implantação – LI – ou de
Licença de Operação – LO.

Art. 5º - Visando à proteção da paisagem urbana, para concessão do licenciamento


ambiental, serão observados os seguintes parâmetros de distanciamento mínimo:
I – 500m (quinhentos metros) a partir do eixo da base de uma torre ou poste para
outra;
II – 30m (trinta metros) a partir do ponto de emissão de radiação, na direção de
maior ganho da antena, de qualquer ponto de edificação existente em imóveis
vizinhos que se destinem à permanência de pessoas, salvo nos casos de utilização
de microcélulas;
III – 5m (cinco metros) do alinhamento frontal e das divisas laterais e de fundos, a
partir do eixo da base da torre ou poste em relação à divisa do imóvel ocupado;
IV – a projeção vertical sobre o terreno, de qualquer elemento da Estação de Rádio-
Base – ERB – ou estação de transmissão, incluindo torre e antenas, em relação às
divisas laterais e de fundo, não poderá ser inferior a 1,5m (um metro e cinco
decímetros), respeitando o respectivo afastamento ao alinhamento frontal.

Parágrafo único – Poderão ser licenciadas instalações de equipamentos de


telecomunicações, desobrigadas das limitações previstas neste artigo, nos casos de
impossibilidade técnica para prestação dos serviços, compatíveis com a qualidade
exigida, devidamente justificada junto aos órgãos municipais de licenciamento,
mediante laudo da ANATEL ou de entidade de notória especialização em
telecomunicações.

Art. 6º - O licenciamento de antenas em fachadas das edificações é admitido desde


que:
I – as emissões de ondas eletromagnéticas não sejam direcionadas para o interior
da edificação na qual se encontram instaladas;
II – seja promovida a harmonização estética com a respectiva fachada.

Art. 7º - A instalação dos equipamentos de transmissão, containers e antenas no


topo de edifícios é admitida desde que:
I – as emissões de ondas eletromagnéticas não sejam direcionadas para o interior
da edificação na qual se encontram instaladas;
II – sejam garantidas condições de segurança para as pessoas que acessarem o
topo do edifício;
III – seja promovida a harmonização estética dos equipamentos de transmissão,
containers e antenas com a respectiva edificação.
Art. 8º - Sempre que tecnicamente viável, em áreas urbanas, deverão ser utilizados
postes tubulares, visando minimizar os impactos visuais causados pela estrutura de
suporte das antenas, reduzindo, assim, a utilização de estruturas treliçadas.

Art. 9º - O licenciamento ambiental será procedido em 3 (três) etapas seqüenciais


98

destinadas, respectivamente, à apreciação dos requerimentos de LP, LI e LO.

§ 1º - As licenças ambientais poderão ser expedidas isoladas ou conjunta- mente, de


acordo com a natureza, características e fase da atividade, compatibilizando as
etapas de planejamento, implantação e operação.

§ 2º - A análise da LP dependerá de apresentação de Estudos de Impacto Ambiental


– EIA – e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – RIMA.

§ 3º - No EIA/RIMA, deverá ser analisada a interferência dos equipamentos sobre a


área de entorno nos aspectos da exposição a campos eletromagnéticos, ruídos e
intrusão visual no ambiente urbano.

§ 4º - No RIMA, deverá ser apresentado mapeamento, em forma de cadastro em


meio físico e magnético, das ERBs ou das estações de transmissão já existentes e
das propostas.

Art. 10 – Para análise da LI, o empreendedor deverá apresentar o Plano de Controle


Ambiental – PCA -, conforme roteiro a ser fornecido pelo órgão municipal
competente, acompanhado de laudo radiométrico da situação preexistente.

Art. 11 – Para análise da LO, a partir de seu requerimento, o empreendedor deverá


apresentar laudo radiométrico da situação a ser licenciada dentro de um raio de
100m (cem metros).

§ 1º - Para o licenciamento de estação de transmissão, deverão ser realizadas pelo


menos duas medições de modo que a primeira identifique a situação preexistente e
a segunda avalie as condições do local com a incorporação da radiação emitida pela
nova estação.

§ 2º - As medições requeridas para o laudo citado no caput deste artigo deverão ser
formalmente comunicadas ao órgão municipal competente, com antecedência
mínima de 10 (dez) dias, para possível acompanhamento.

§ 3º - Somente durante as medições exigidas e comunicadas previamente, será


permitido o funcionamento do sistema antes da obtenção da LO, não sendo
permitida, em nenhuma outra hipótese, a operação sem o licenciamento ambiental
devidamente outorgado.

§ 4º - Para avaliação das radiações não ionizantes serão realizadas até 9 (nove)
medições, de acordo com a metodologia adotada pela ANATEL.

§ 5º - As medições serão realizadas por profissionais habilitados, com o uso de


equipamentos que quantifiquem a densidade de potência na faixa de freqüência de
interesse e que englobe as fontes de freqüências relevantes, por integração do
espectro eletromagnético, de acordo com os critérios definidos pela ANATEL.

§ 6º - Os equipamentos utilizados deverão ser calibrados e aferidos em laboratórios


credenciados pelo fabricante, devidamente comprovado, dentro de suas
especificações.
99

§ 7º - Prédios utilizados como sede de escolas, creches, hospitais e clínicas onde se


internem pacientes ou locais onde se verifique grande concentração de pessoas
serão, obrigatoriamente, pontos de medição.

§ 8º - O laudo radiométrico resultante das medições deverá ser elaborado por


engenheiro especialista em radiação eletromagnética, com registro no Conselho
Regional de Engenharia, Arquitetura a Agronomia – CREA/MG -, e acompanhado da
respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.

§ 9º - Na impossibilidade de se obter a permissão para a realização da medição em


local privado, a mesma será realizada no local público que mais se aproxime do
ponto anteriormente determinado.

Art. 12 – No certificado de outorga da LO, serão registradas as condições técnicas


autorizadas para seu funcionamento no local.

§ 1º - As antenas transmissoras de ondas eletromagnéticas deverão funcionar de


modo que a densidade de potência total, considerada a soma da radiação pré-
existente com a radiação adicional emitida pela nova antena, medida por
equipamento que faça a integração de todas as freqüências na faixa prevista nesta
Lei não ultrapasse os limites recomendados na forma do art. 3º.

§ 2º - Os registros das localizações e das densidades de potência das antenas


licenciadas pelo órgão ambiental deverão constar de cadastro junto à Prefeitura.

Art. 13 – No caso de acréscimo de novas antenas, utilizando-se de estrutura já


licenciada pelo órgão ambiental, será dispensada a LP, podendo a LI e a LO serem
concedidas de forma simplificada.

Art. 14 – Caso as etapas previstas para a obtenção de LP ou LI estejam vencidas,


estas licenças não serão expedidas, ficando o empreendedor responsável pelas
antenas transmissoras de ondas eletromagnéticas obrigado a apresentar o Relatório
e Plano de Controle Ambiental – RCA/PCA – acompanhado de laudo radiométrico
ou do cronograma de medições, a fim de possibilitar a apreciação da LO.

Art. 15 – As antenas já em operação no Município ficam sujeitas à obtenção de LO


por convocação do órgão municipal competente, quando serão analisadas caso a
caso as possibilidades de adequação de suas instalações às exigências contidas
nesta Lei, observadas as normas do Código Civil Brasileiro, utilizado como
referência na época de sua instalação.

Parágrafo único – (VETADO)

Art. 16 – Havendo incidência de várias antenas transmissoras já em operação de um


mesmo empreendedor, a documentação relativa ao licenciamento ambiental deverá
ser apresentada em conjunto para análise, acompanhada de mapa representativo,
contendo as seguintes informações:
I – antenas transmissoras próprias, com indicação de sua altura, especificação da
estrutura de suporte, tipo de ocupação do lote ou edificação da instalação;
II – antenas transmissoras de terceiros, com indicação de sua altura, no caso da
ocorrência de compartilhamento de torre ou estrutura;
III – prédios residenciais ou comerciais com altura igual ou superior à altura da
100

antena, considerando um raio de 100m (cem metros) da antena objeto de análise;


IV – ocorrência de áreas de proteção ambiental, escolas, creches, hospitais e
clínicas onde se internem pacientes ou locais onde se verifique grande concentração
de pessoas.

Parágrafo único – Os mapas deverão ser apresentados em escala adequada por


regional administrativa de Belo Horizonte.

Art. 17 – Nos locais onde a densidade de potência total ultrapasse os limites citados
no art. 3º, as emissões deverão ser imediatamente enquadradas de forma a atender
os parâmetros estabelecidos nesta Lei, sob pena de ser determinada a desativação
da antena.

§ 1º - Os empreendedores responsáveis pelas emissões de ondas eletromagnéticas


deverão realizar medições radiométricas com a interrupção alternada das emissões
para diagnóstico e apuração de responsabilidades nos casos citados no caput.

§ 2º - Havendo mais de uma fonte emissora responsável pelo excesso de densidade


de potência, será determinada a adequação pelo responsável, iniciando-se por
aquela mais recentemente instalada, e assim sucessivamente, até que sejam
atendidos os limites estabelecidos.

Art. 18 – A instalação de antenas transmissoras, microcélulas e equipamentos afins


em área pública dependerá de aprovação do órgão competente, sem prejuízo das
medidas mitigadoras ambientais, além das exigências contidas nesta Lei e demais
dispositivos legais aplicáveis.

§ 1º - Fica vedada a instalação de antenas transmissoras, microcélulas e


equipamentos afins com estrutura em torre ou similar em Área de Proteção Especial,
Parque Estadual, Parque Municipal, Reserva Particular do Patrimônio Natural,
Reserva Particular Ecológica e Zona de Preservação Ambiental – ZPAM.

§ 2º - Em situações de relevante interesse público, poderá ser admitida, pelo órgão


ambiental competente, a instalação de equipamentos de telecomunicações nas
áreas a que se refere o § 1º, mediante a completa mitigação dos impactos
paisagísticos e ambientais.

Art. 19 – Compete à Prefeitura exigir, quando necessário, por ato administrativo


fundamentado, laudo radiométrico das emissões das antenas do empreendedor
licenciado ou convocado para obtenção da LO.

§ 1º - As medições requeridas, citadas no caput, quando de sua realização, deverão


ser formalmente comunicadas à Prefeitura, com antecedência mínima de 10 (dez)
dias, para possível acompanhamento.

§ 2º - A exigência de elaboração de laudo radiométrico poderá ser feita uma única


vez em um período mínimo de 12 (doze) meses.

§ 3º - As medições das radiações não ionizantes deverão atender as exigências


estabelecidas nesta Lei e em seu regulamento.

Art. 20 – A instalação de estrutura vertical para suporte de antenas deverá seguir


101

normas de segurança, mantendo suas áreas devidamente isoladas e aterradas,


conforme as prescrições da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT -,
garantindo que os locais expostos à radiação não ionizante, na área considerada
ocupacional, sejam sinalizados com placas de advertência.

§ 1º - As placas de advertência deverão estar em local de fácil visibilidade, seguir


padrão estabelecido pelo poder público e conter nome do empreendedor, telefone
para contato, nome e qualificação do profissional responsável e número da licença.

§ 2º - No caso de empreendimento em fase de licenciamento, deverá ser instalada


placa identificando o empreendedor e o número do processo administrativo em
tramitação no órgão competente, além dos telefones para contato.

Art. 21 – (VETADO)

Art. 22 – Os níveis de ruídos emitidos pelo funcionamento do equipamento da


estação de transmissão serão avaliados para enquadramento nos limites prescritos
na legislação ambiental em vigor.

Art. 23 – O empreendedor que utiliza torre ou poste para telecomunicações deverá


apresentar contrato de seguro capaz de cobrir dano patrimonial e físico em relação
aos transeuntes e moradores de imóveis vizinhos à área de instalação dos
equipamentos.

Art. 24 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 17 de julho de 2001

Célio de Castro
Prefeito de Belo Horizonte
102

LEI Nº 8.262, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2001


Dispõe sobre monitoramento e controle do
ar no Município.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O Executivo implantará rede de monitoramento para promover,


periodicamente, medição da concentração de poluentes no ar, com a finalidade de
efetuar medidas de controle, caso limite permissível dessa concentração seja
ultrapassado.

§ 1º - O dimensionamento da rede e a definição da localização das estações de


medição que a integrarão serão subsidiados por estudo técnico.

§ 2º - A rede contará com estação móvel, a ser utilizada em:


I – campanha de curta ou média duração;
II – situação emergencial;
III – estudo para deslocamento ou definição de novos pontos de monitoramento.

Art. 2º - Os resultados da medição prevista no inciso I do caput do art. 1º serão


disponibilizados à população.

Parágrafo único – Em caso de concentração imprópria de poluente no ar, será


afixada, no local, informação sobre tal condição.

Art. 3º - Ficam estabelecidos os seguintes parâmetros e os respectivos padrões de


qualidade do ar:
I – partículas em suspensão;
a) concentração média geométrica anual de 80µg/m3 (oitenta microgramas por metro
cúbico);
b) concentração média diária de, no máximo, 240µg/m3 (duzentos e quarenta
microgramas por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez por
ano;
c) método de referência: de Amostrador de Grandes Volumes, ou equivalente;

II – dióxido de enxofre:
a) concentração média aritmética anual de 80µg/m3 (oitenta microgramas por metro
cúbico), equivalente a 0,03ppm (três centésimos de parte por milhão);
b) concentração média diária de, no máximo, 365µg/m3 (trezentos e sessenta e
cinco microgramas por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez
por ano;
c) método de referência: da Pararosanilina, ou equivalente;
III – monóxido de carbono:
a) concentração média, em intervalo de 8h (oito horas), de, no máximo, 10.000µg/m3
(dez mil microgramas por metro cúbico), equivalente a 9ppm (nove partes por
milhão), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
b) concentração média horária de, no máximo, 40.000µg/m3 (quarenta mil micro-
gramas por metro cúbico), equivalente a 35ppm (trinta e cinco partes por milhão),
que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
103

c) método de referência: de Absorção de Radiação Infravermelho não Dispersivo, ou


equivalente;
IV – oxidantes fotoquímicos:
a) concentração média horária de, no máximo, 160µg/m3 (cento e sessenta
microgramas por metro cúbico), equivalente a 0,08ppm (oito centésimos de parte por
milhão), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
b) método de referência: da Luminescência Química, ou equivalente;
V – partículas inaláveis:
a) concentração média aritmética anual de 50µg/m3 (cinqüenta microgramas por
metro cúbico);
b) concentração média diária de, no máximo, 150µg/m3 (cento e cinqüenta
microgramas por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez por
ano;
c) método de referência: Separação Inercial/Filtração;
VI – fumaça:
a) concentração média aritmética anual de 60µg/m3 (sessenta microgramas por
metro cúbico);
b) concentração média de, no máximo, 150µg/m3 (cento e cinqüenta micro-gramas
por metro cúbico), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
c) método de referência: Refletância.
Parágrafo único – As medidas devem ser corrigidas para temperatura de 25ºC (vinte
e cinco graus Celsius) e pressão absoluta de 760mmHg (setecentos e sessenta
milímetros de mercúrio).

Art. 4º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias, contado


de sua publicação.

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 4 de dezembro de 2001

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte, em exercício

(Originária do Projeto de Lei nº 30/01, de autoria do Vereador André Quintão)


104

LEI Nº 8.327, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2002


Dispõe sobre plantio, extração, poda, substituição de
árvores e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O plantio, a extração, a poda e a substituição de árvores serão regidos por


esta Lei.

Art. 2º - Será aprovado o loteamento ou desmembramento de terra em área


revestida, total ou parcialmente, por vegetação de porte arbóreo, somente após
prévia aprovação de projeto que defina o melhor aproveitamento da referida
vegetação.

Art. 3º - O Executivo deverá elaborar, para loteamento já existente devidamente


legalizado e onde não haja arborização, projeto que defina, de forma adequada, a
arborização da região.

Parágrafo único – Fica o Executivo autorizado a estabelecer convênio com entidade


pública ou privada, para implementar o projeto a que se refere o caput.

Art. 4º - O plantio de árvore, em via ou logradouro público, deverá respeitar as


normas técnicas para arborização e composição de área verde.

Art. 5º - O projeto de edificação e iluminação pública ou particular, em área


arborizada, deverá compatibilizar-se com a vegetação arbórea existente de modo a
evitar a futura poda e principalmente a extração de espécies encontradas.

Art. 6º - Qualquer árvore, localizada no Município, poderá ser declarada imune ao


corte mediante lei específica.

Parágrafo único – Compete ao Executivo cadastrar e identificar, por meio de placa


educativa, a árvore declarada imune ao corte e fornecer apoio técnico necessário a
preservação de espécie protegida.

Art. 7º - Ficam proibidas ao Município a extração e a poda de árvore existente em via


e logradouro público, sem que haja uma orientação técnica do setor competente.

Art. 8º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator a multa, aplicada


pelo órgão competente do Executivo, no valor de R$150,00 (cento e cinqüenta
reais), que será duplicado em caso de reincidência.

Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 7 de fevereiro de 2002

Sérgio Ferrara
Prefeito de Belo Horizonte, interino

(Originária do Projeto de Lei nº 328/01, de autoria do Vereador Leonardo Quintão)


105

LEI Nº 9.037, DE 14 DE JANEIRO DE 2005


Institui o plano de ação – Programa de Recuperação
e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha
– PROPAM – em Belo Horizonte, e regulamenta as
ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo,
em conformidade com as Leis nº 7.165/96 e
7.166/96.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL DA
BACIA DA PAMPULHA – PROPAM – EM BELO HORIZONTE

CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS

Art. 1º - O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da


Pampulha – PROPAM – tem como objetivos:
I – proceder à recuperação e ao desenvolvimento ambiental da Bacia da Pampulha
por meio de:
a) desenvolvimento de ações relativas à melhoria do saneamento ambiental;
b) garantia da qualidade das águas conforme legislação específica;
c) recuperação da represa da Pampulha, das ilhas, das enseadas e revitalização da
orla;
d) melhoria das condições viárias;
e) educação ambiental da população, de modo a propiciar a mudança de
comportamento em relação à proteção e à preservação dos recursos naturais;
f) gestão ambiental conjunta com o Município de Contagem, por meio da Associação
Civil Comunitária de Recuperação da Bacia Hidrográfica da Pampulha/Consórcio de
Recuperação da Bacia da Pampulha, autorizado pela Lei nº 7.932, de 30 de
dezembro de 1999;
II – promover o desenvolvimento urbano e econômico da Bacia da Pampulha por
meio de:
a) requalificação urbana das áreas integrantes da Bacia, de modo a propiciar a
realização de potenciais econômicos, ampliar a oferta e as condições de apropriação
de espaços públicos e acentuar a atratividade da Pampulha como espaço de lazer,
cultura e turismo de âmbito metropolitano;
b) definição de parâmetros de ocupação e uso do solo adequados à recuperação
ambiental e ao desenvolvimento urbano e econômico da referida Bacia.

CAPÍTULO II
DAS AÇÕES

Art. 2º - O Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da


Pampulha – PROPAM – abrange as seguintes ações relativas ao saneamento
ambiental:
I – a definição de vilas e de conjuntos prioritários para urbanização, conforme o
Anexo I;
II – o controle dos focos erosivos e do aporte de sedimentos para os cursos d’água;
106

III – a remoção e o reassentamento das famílias residentes em áreas de risco


geológico, sujeitas à inundação ou destinadas à implantação de sistema viário
estrutural;
IV – a ampliação da rede de drenagem em toda a Bacia;
V – a ampliação da coleta de esgotos sanitários, por meio de redes coletoras
convencionais e da adoção de tecnologias alternativas em toda a Bacia, de forma a
eliminar os lançamentos clandestinos nas redes de drenagem e nos cursos d’água;
VI – a implantação prioritária dos interceptores de esgotos nos fundos de vale e na
margem esquerda da Lagoa da Pampulha, conforme Anexo II;
VII – a implantação da coleta de lixo em áreas ainda não atendidas e a ampliação
deste serviço em áreas onde o atendimento ainda é insuficiente;
VIII – o controle dos bota-foras clandestinos;
IX – a garantia da infra-estrutura necessária para a coleta seletiva e para a
reciclagem dos resíduos sólidos, por meio da implantação de galpões de
recebimento e triagem de resíduos, de contenedores seletivos e de equipamentos
de transporte;
X – a intensificação do controle e da recuperação ambiental da Central de
Tratamento de Resíduos Sólidos da BR-040;
XI – a implantação de estação de reciclagem de entulho, objetivando a minimização
do seu lançamento em áreas públicas, de forma clandestina, bem como sua
reutilização comercial;
XII – o desenvolvimento de ações de combate e controle de vetores, visando a
eliminar, a diminuir ou a prevenir os riscos e os agravos à saúde;
XIII – o tratamento dos fundos de vale constantes do Anexo III, de forma a favorecer
a adoção de alternativas que assegurem mínima intervenção no meio ambiente
natural;
XIV – a priorização da urbanização dos logradouros públicos constantes do Anexo
III, incluída a pavimentação não asfáltica ou assemelhada, extensão de rede de
drenagem, expansão da rede coletora de esgotos e da coleta de resíduos sólidos.

Art. 3º - O PROPAM abrange as seguintes ações relativas à recuperação da


represa:
I – o desassoreamento da represa por meio de dragagem dos sedimentos, visando à
recuperação do espelho d’água, a manutenção da capacidade de amortecimento
nos picos de cheias e a proteção contra enchentes nas áreas situadas à jusante da
barragem;
II – a recuperação ambiental das ilhas e da enseada do Zoológico, por meio de
implantação de parques ecológicos para a proteção e para o desenvolvimento da
flora e da fauna locais;
III – a revitalização da orla da represa por meio da recuperação de áreas verdes, da
preservação do patrimônio histórico-arquitetônico, da requalificação do espaço
público e da redefinição do uso do solo, para reforçar o turismo e o lazer na região;
IV – a melhoria da qualidade das águas da represa e dos cursos d’água afluentes,
por meio de medidas adequadas em relação aos lançamentos de efluentes
raújo t, à disposição de resíduos sólidos e ao combate às erosões, viabilizando as
atividades de pesca e de recreação de contato primário.

Art. 4º - Entre as ações do PROPAM, incluem-se as seguintes, relativas à gestão e


ao planejamento urbano e ambiental:
I – a mobilização e a educação ambiental por meio de oficinas, palestras, circuitos
de percepção ambiental, implantação de centros de educação ambiental na
107

Fundação Zoobotânica e nas secretarias municipais da coordenação de gestão


regional Noroeste e Pampulha e de um centro de vivência agroecológica;
II – a implantação de comissões locais de meio-ambiente para a divulgação e para a
promoção de iniciativas de proteção dos recursos hídricos, da fauna e da flora, cuja
composição e atribuições serão definidas em conjunto com o Executivo e as
associações comunitárias;
III – o monitoramento e o controle da qualidade ambiental quanto à qualidade dos
recursos hídricos, à fauna, à flora, aos focos de erosão e aos sedimentos
provenientes destes, e quanto às condições de ocupação e uso do solo;
IV – o monitoramento pluviométrico e fluviométrico dos cursos d’água da bacia;
V – o controle de vetores, de forma integrada com os órgãos relacionados ao
saneamento;
VI – a maximização do potencial turístico e de lazer representado pela represa e seu
entorno, por meio da ampliação das possibilidades de localização de atividades
econômicas;
VII – a preservação ambiental da Bacia e a proteção do patrimônio cultural e da
paisagem no entorno da represa, por meio da revisão dos parâmetros de ocupação
e de uso do solo, em especial, nas Áreas de Diretrizes Especiais – ADEs – da Bacia
da Pampulha, da Pampulha e Trevo;
VIII – a compatibilização da atividade turística com a preservação do patrimônio
cultural e paisagístico e a permanência do assentamento residencial nas
proximidades da represa.

Art. 4º-A – O Executivo priorizará a implementação do Programa de Recuperação da


Bacia da Pampulha, com vistas à sua consolidação deverá ser implementado em
caráter prioritário, para que esteja consolidado até o ano de 2014, especialmente no
que diz respeito à finalização das obras físicas previstas.
Art. 4º-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 104)

TÍTULO II
DA REGULAMENTAÇÃO DAS ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS – ADES – DA
BACIA DA PAMPULHA, DA PAMPULHA E TREVO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 5º - As ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo visam a assegurar


condições de recuperação e de preservação ambiental da represa da Pampulha,
proteção e valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico e fomento
ao potencial turístico da área.

Parágrafo único – A delimitação das ADEs é determinada pela Lei nº 7.166, de 27 de


agosto de 1996 – Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo – LPOUS.

Art. 6º - Os parâmetros urbanísticos para as ADEs da Bacia da Pampulha, da


Pampulha e Trevo são aqueles definidos pela LPOUS que não contrariem o disposto
nesta Lei.

Parágrafo único – Os parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei sobrepõem-


se aos do zoneamento definido pela LPOUS e sobre eles preponderam.
108

Art. 7º - A taxa mínima de permeabilidade é de 30% (trinta por cento), salvo na Zona
de Preservação Ambiental – ZPAM – e na Zona de Proteção – ZP-1 -, contidas na
LPOUS e nas Áreas de Proteção Máxima – Grau 1 – e Áreas de Proteção Moderada
– Grau 2 -, definidas no art. 10 desta Lei.

§ 1º - É vedada a substituição, mesmo que parcial, da área permeável obrigatória,


por caixa de captação e de drenagem.

§ 2º - A área permeável obrigatória será localizada, preferencialmente, em áreas de


vegetação significativa já existentes no terreno.

Art. 8º - Ficam vedados os níveis de edificação que atinjam o lençol freático, à


exceção de fundação e de reservatório.

Parágrafo único – A edificação que implique desaterro, corte e/ou ocupação abaixo
do nível do terreno natural será obrigatoriamente precedida por sondagem que
identifique a profundidade do lençol freático, de modo a evitar sua exposição e
conseqüente contaminação.

Art. 9º - (VETADO)

Art. 10 – Ficam instituídas as seguintes Áreas de Proteção Especial quanto à


ocupação e ao uso do solo, conforme delimitação contida no Anexo IV:
I – Áreas de Controle Especial de Uso do Solo, em função da vulnerabilidade à
contaminação de águas subterrâneas e superficiais;
II – Áreas de Proteção Máxima – Grau 1 – para a preservação permanente de
nascentes, de cursos d’água e de cobertura vegetal;
III – Áreas de Proteção Moderada – Grau 2 – para o controle da ocupação e do uso
em áreas de nascentes, de cursos d’água e de cobertura vegetal.

Art. 11 – As Áreas de Controle Especial de Uso do Solo estão sujeitas às seguintes


condições:
a) vedação de implementação de atividades capazes de gerar efluentes líquidos e
de contaminar o lençol freático e as águas superficiais, tais como: aterro sanitário,
cemitério, cemitério para animais e produtos químicos, inflamáveis, tóxicos e
venenosos;
b) a instalação das atividades listadas no Anexo V desta Lei sujeita-se a
licenciamento pelo órgão ambiental competente e será admitida somente mediante a
adoção de medidas mitigadoras que assegurem a proteção integral das águas;

Parágrafo único – Quando já instaladas, as atividades referentes às alíneas a e b


ficam sujeitas a licenciamento corretivo pelo órgão municipal competente.

Art. 12 – São admitidos nas Áreas de Proteção Máxima – Grau 1:


a) a instalação somente de serviços de apoio à manutenção de vegetação, de
nascentes e de cursos d’água;
b) o Coeficiente de Aproveitamento máximo de 0,05 (cinco centésimos);
c) a taxa máxima de ocupação de 2% (dois por cento);
d) a taxa mínima de permeabilidade de 95% (noventa e cinco por cento).
109

Parágrafo único – No caso de terrenos de propriedade particular, são admitidos os


usos e as condições previstos nesta Lei, desde que obedecidos os parâmetros de
ocupação da LPOUS para ZPAM na mesma situação.

Art. 13 – São admitidos nas Áreas de Proteção Moderada – Grau 2:


a) lotes mínimos de 1.000m² (mil metros quadrados);
b) coeficiente de aproveitamento máximo de 0,6 (seis décimos);
c) quota de terreno por unidade habitacional de 120m² (cento e vinte metros
quadrados);
d) taxa máxima de ocupação de 20% (vinte por cento);
e) taxa mínima de permeabilidade de 70% (setenta por cento).

Parágrafo único – Nas Áreas de Proteção Moderada – Grau 2 – situadas fora da


ADE da Pampulha, é obrigatório o licenciamento específico para atividades dos
Grupos II e III, quando permitidas pela LPOUS, exigindo-se licenciamento corretivo,
se já instaladas.

CAPÍTULO II
DA ADE TREVO

Art. 14 – (VETADO)
Art. 15 – (VETADO)
Art. 16 – (VETADO)
Art. 17 – (VETADO)
Art. 18 – (VETADO)
Art. 19 – (VETADO)
Art. 20 – (VETADO)
Parágrafo único – (VETADO)

Art. 20-A – Podem ser instalados na ADE Trevo, desde que adequadamente
solucionado o esgotamento sanitário na região, em conformidade com o
adensamento resultante, equipamentos de uso público e edificações relativas a
programas de habitação de interesse social, limitada a 12 m (doze metros) a altura
das edificações e respeitando-se a quota mínima de terreno por unidade
habitacional de 60 m² (sessenta metros quadrados).
Art. 20-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 105)

CAPÍTULO III
DA ADE DA PAMPULHA

Art. 21 – A ADE da Pampulha tem como objetivo específico a proteção e a


valorização do patrimônio arquitetônico, cultural e paisagístico e o fomento do
potencial turístico da área, por meio da definição de parâmetros adequados de
ocupação e de uso do solo.

Art. 22 – A taxa máxima de ocupação é de 50% (cinqüenta por cento).

Art. 23 – O afastamento frontal mínimo é de 5m (cinco metros).


110

§ 1º - A área delimitada pelo afastamento frontal mínimo das edificações será


obrigatoriamente ajardinada, permitindo-se a sua impermeabilização em um
percentual máximo de 25% (vinte e cinco por cento) para acessos e guaritas;

§ 2º - Na área do afastamento frontal mínimo o piso intertravado será permitido


desde que utilizado em até 10% (dez por cento) da área permeável desse
afastamento;

§ 3º - É vedada a utilização da área delimitada pelo afastamento frontal mínimo


ajardinado para estacionamento de veículos.

§ 4º - Não se aplica à ADE da Pampulha o disposto no inciso III do artigo 52 da Lei


n° 7.166/96.

Art. 24 – No fechamento frontal dos lotes edificados só serão admitidos elementos


com permeabilidade visual, que garantam a visibilidade dos jardins a partir dos
logradouros públicos.

Parágrafo único – Elementos sem permeabilidade visual só serão permitidos para


contenção de terreno natural ou com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros)
acima do terreno natural.

Art. 25 – Os afastamentos laterais e de fundo mínimos são de 3m (três metros).

Art. 26 – A altura máxima permitida às edificações é de 9m (nove) metros, contados


a partir do terreno natural.

Parágrafo único – Excetua-se do disposto no caput deste artigo o terreno não


parcelado inserido na quadra 4700 e definido como ZAR-2 no Anexo II da Lei nº
7.166/96, na qual a altimetria das edificações fica limitada, alternativamente:
I – a 9 m (nove metros), contados a partir do terreno natural;
II – a 30 m (trinta metros), contados a partir do nível da Avenida Flemming, no trecho
correspondente à quadra a que se refere o parágrafo único deste artigo.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 105)

Art. 27 – Nos terrenos lindeiros à Avenida Otacílio Negrão de Lima, a somatória dos
pés direitos dos diversos pisos não pode, em nenhuma parte da edificação,
ultrapassar a altura máxima de 9m (nove metros).

Parágrafo único – Não são permitidos, nesses terrenos, níveis de subsolo enterrados
em mais de 3m (três metros) de altura em relação ao terreno natural, assegurada a
proteção do lençol freático, conforme condições definidas no artigo 8º desta Lei.

Art. 28 – Além do uso residencial, é permitida a instalação das atividades previstas


no Anexo VII desta Lei, conforme as áreas incluídas no Anexo VI desta Lei, a saber:
I – áreas predominantemente residenciais;
II – Avenida Otacílio Negrão de Lima;
III – Avenida Fleming; Rua Expedicionário Celso Racioppi; avenidas Alfredo
Camarate e Santa Rosa; Praça Alberto D. Simão; avenidas Francisco Negrão de
Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda, Antônio Francisco Lisboa, Professor
Clóvis Salgado, Braúnas, Chaffir Ferreira e Orsi Conceição Minas e ruas Xangrilá,
Versília e Ministro Guilhermino de Oliveira.
111

§ 1º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser agregadas as


atividades auxiliares constantes do mesmo Anexo, desde que sua instalação seja
admitida na via na qual está instalada a atividade principal.

§ 2º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser associadas outras,
independentemente de sua admissão no local em que está instalada a atividade
principal, observado o seguinte:
I – às atividades incluídas entre os serviços de alimentação poderão ser associadas
atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos alimentícios;
II – às atividades de centro de convenções e de centro cultural poderão ser
associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de produtos
alimentícios e comércio varejista de artigos e aparelhos de uso pessoal e domiciliar.

§ 3º - O Executivo deverá regulamentar a forma de implantação das atividades


associadas, ouvido o COMPUR.
Art. 28 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 106)

Art. 29 – São permitidos, nas avenidas Presidente Antônio Carlos, Portugal,


Presidente e Francisco Negrão de Lima, entre a Avenida Presidente a Rua Acácio
Teles Pereira, e nas ruas Francisco raújo Bhering, João Zacarias de Miranda,
Estanislau Fernandes e Pedrogão Pequeno, os usos permitidos em vias arteriais, de
acordo com a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.
Caput com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 107)

§ 1º - A R. Cheik N. Assrauy, extensão da Avenida Portugal, admite os mesmos


usos desta.

§ 2º retificado em 28/04/2005

§ 2º - Aplica-se aos lotes 8, 9 e 10 da quadra 3A do Bairro São Luiz o disposto no art.


71-B da Lei nº 7.166/96, exceto o disposto nos §§ 1º e 2º do mesmo artigo.
§ 2º com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 16)

Art. 30 – É permitida a instalação de equipamentos voltados à cultura, ao turismo e


ao lazer com parâmetros urbanísticos diferenciados dos determinados nesta Lei nas
vias incluídas no inciso III do art. 28, no art. 29 e no Anexo VI, todos desta Lei.

§ 1°- A utilização dos benefícios previstos no caput deste artigo somente será
admitida para:
I – lotes desocupados;
II – imóveis comprovadamente subutilizados, cujas edificações não se caracterizem
como de interesse de preservação.

§ 2° - Para os casos previstos no caput deste artigo, admitir-se-á:


I – taxa de ocupação superior a 50% ( raújo ta por cento), desde que observada a
Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento);
II – altura máxima na divisa de 9 m (nove metros), nas vias arteriais e de ligação
regional e de 5 m (cinco metros) nas vias coletoras.
III – altura total da edificação superior a 9 m (nove metros), desde que:
a) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas
significativas do Conjunto Urbano da Pampulha;
112

b) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em visadas dos


monumentos tombados e definidos como de interesse de preservação.

§ 3°- A utilização dos parâmetros estabelecidos no § 2° deste artigo fica


condicionada à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV – e à
aprovação pelo CDPCM-BH e pelo COMPUR.

§ 4º - A concessão prevista no inciso III do § 2º deste artigo é válida apenas para os


lotes 1, 2, 3 e 35 a 46 da quadra 66 do Bairro São Luiz.
§ 4º com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 17)
Art. 30 com redação dada pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 107)

Art. 31 – O remembramento de lotes para usos não residenciais é permitido somente


ao longo das avenidas Flemming/Celso Racioppi, Alfredo Camarate, Santa Rosa,
Francisco Negrão de Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda, Antônio
Francisco Lisboa, Clóvis Salgado e Braúnas.

Art. 32 – Cinemas, teatros, auditórios e museus, desde que sua destinação não seja
alterada, são permitidos, inclusive com parâmetros de ocupação diferentes dos
previstos nesta Lei, desde que:
I – tenham sido submetidos à aprovação do CDPCM e do COMPUR;
II – contribuam para a requalificação da área;
III – promovam adequação à paisagem local.

Art. 32-A – Nos terrenos onde estão situados o Mineirão, o Mineirinho e o Centro
Esportivo Universitário Centro Esportivo Universitário da Universidade Federal de
Minas Gerais – CEU/UFMG -, com vistas ao atendimento das demandas relativas
aos equipamentos esportivos e em virtude da necessidade de constante
modernização desses, podem ser praticados parâmetros e critérios urbanísticos
diferentes dos previstos na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e desta
Lei, desde que:
I – sejam submetidos à aprovação do CDPCM-BH e do COMPUR;
II – contribuam para a requalificação da área.
Art. 32-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 108)

Art. 33 – As atividades instaladas há mais de 2 (dois) anos da vigência desta Lei e


que estejam em desacordo com o Anexo VII desta regulamentação, poderão
permanecer no local, observadas as seguintes condições:
a) regularização das edificações, esteja a atividade regularizada ou não;
b) regularização das atividades, mediante apresentação do EIV e aprovação do
Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Pampulha – FADE da Pampulha, do
COMPUR e aprovação do CDPCM, quando aplicável.

Parágrafo único – As atividades do Grupo 3, nos termos do Anexo X da Lei nº


7.166/96 regularmente instaladas, até a data da publicação desta Lei, na ADE da
Pampulha, poderão ser substituídos pela atividade de hotel, desde que a
substituição não implique desrespeito a qualquer dos parâmetros urbanísticos
válidos para ADE e para o zoneamento do local, em especial a Taxa de
Permeabilidade e a altimetria.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 109)

Art. 34 – (VETADO)
113

Parágrafo único – (VETADO)

Art. 35 – A intervenção nas edificações constantes do Inventário de Arquitetura


Modernista de Belo Horizonte será submetida à aprovação do CDPCM.

Art. 36 – Intervenções de qualquer natureza (construções, instalação de usos,


mobiliário urbano, etc), de iniciativa particular ou não, situadas nos lotes lindeiros ou
em espaços públicos da Avenida Otacílio Negrão de Lima, serão submetidas à
anuência prévia do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico.

Art. 37 – É permitida a instalação de dispositivos de comunicação visual e de


mobiliário urbano, mediante licenciamento municipal, precedido de parecer favorável
do órgão municipal de preservação do patrimônio histórico.

§ 1º - A instalação de dispositivos de comunicação visual atenderá às seguintes


condições:
I – não comprometimento da paisagem local;
II – não obstrução da visualização de elementos arquitetônicos característicos das
edificações.

§ 2º - Na Avenida Otacílio Negrão de Lima, somente poderão ser instalados


engenhos de publicidade indicativos, cooperativos e institucionais.

§ 3º - Os engenhos de publicidade classificados como publicitários somente serão


permitidos em mobiliário urbano, atendidas as diretrizes do órgão municipal de
preservação do patrimônio histórico.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38 – Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Pampulha –


FADE da Pampulha, com as seguintes atribuições:
I – elaborar seu regimento interno;
II – acompanhar a implementação desta Lei, avaliando, periodicamente, os
resultados;
III – propor a adoção de melhorias para a ADE da Pampulha;
IV – subsidiar o COMPUR, o CDPCM e o Conselho Municipal de Meio Ambiente –
COMAM-;
V – auxiliar na fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei.

§ 1º - As condições de funcionamento e a composição do FADE da Pampulha serão


definidas em conjunto com o Executivo.

§ 2º - Fica instituída uma Comissão Provisória com a atribuição de definir o processo


de indicação dos seus representantes e efetivar a implementação do FADE da
Pampulha, composta por 1 (um) representante da Secretaria Municipal da
Coordenação de Gestão Regional – SCOMGER – Pampulha e 2 (dois)
representantes da comunidade local, por esta indicados.
114

Art. 39 – O Executivo, por meio de decreto, estabelecerá as intervenções


necessárias à implementação do PROPAM, de acordo com o estabelecido no Título
I desta Lei.

Art. 39-A – O Executivo elaborará estudos técnicos que apresentem alternativas de


uso para os imóveis ociosos ou desocupados das ADEs da Pampulha e Trevo,
compatíveis com os usos residenciais dessas regiões.
Art. 39-A acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110)

Art. 39-B – O Executivo promoverá a implantação, manutenção e custeio de projetos


permanentes de educação ambiental extraescolar, que tenham como foco a
conscientização ambiental, especialmente a de crianças, adolescentes e jovens.
Art. 39-B acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110)

Art. 39-C – O Executivo estenderá os projetos de educação ambiental já existentes e


promovidos pelo Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia
da Pampulha – PROPAM – às escolas de ensino público e privado e a outras
instituições.
Art. 39-C acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110)

Art. 39-D – Serão previstas as seguintes ações e intervenções no âmbito das ADEs
da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo:
I – criação, para toda a ADE da Bacia da Pampulha, de mecanismos de coleta e
tratamento de dejetos recicláveis e reutilizáveis;
II – definição de políticas de mobilidade, acessibilidade e controle do tráfego de
veículos para as ADEs da Pampulha e Trevo.
III – realização de intervenções que visem à recuperação de espaços públicos
pertencentes à Avenida Otacílio Negrão de Lima, para implantação de segunda pista
e de calçadão junto à Lagoa, em consonância com o planejamento inicial da via.
Art. 39-D acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 110)

Art. 40 – São partes integrantes desta Lei:


I – ANEXO I: Mapa – Vilas e Conjuntos Prioritários para Urbanização;
II – ANEXO II: Listagem – Fundos de Vale Prioritários para Interceptação de
Esgotos;
III – ANEXO III: Listagem – Fundos de Vale e Vias para Tratamento e Urbanização
Prioritários;
IV – ANEXO IV: Mapa – Áreas de Proteção Especial quanto à Ocupação e ao Uso
do Solo;
V – ANEXO V: Listagem – Usos Sujeitos a Licenciamento Especial – Áreas de
Controle Especial de Uso do Solo;
VI – ANEXO VI: Mapa – Áreas Diferenciadas Quanto ao Uso do Solo;
VII – ANEXO VII: Quadro – Relação de Usos Permitidos na ADE da Pampulha.

Parágrafo único – Ficam inseridas, entre os Serviços de Educação permitidos na


ADE da Pampulha e constantes do Anexo VII desta Lei, as escolas de ensino médio
e profissionalizante.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010 (Art. 111)

Art. 41 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 14 de janeiro de 2005


115

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 1.659/04, de autoria dos vereadores César Masci e


Henrique Braga)
116

ANEXO I – Vilas e Conjuntos Prioritários para Urbanização

Relação de Vilas e Conjuntos


Vila São Bernardo
Vila São Tomás
Vila Novo Ouro Preto
Vila Alvorada
Vila Antena
Vila Califórnia
Vila Coqueiral
Vila Santo Antônio
Vila Paquetá
Conjunto Jardim Filadélfia
Conjunto São Francisco de Assis
Fonte: PROPAM –2003

ANEXO II – Fundos de Vale Prioritários para Interceptação de Esgoto

Fundos de Vale
Avenida Havaí
Avenida Hum
Avenida Dois
Avenida Francisco Negrão de Lima
Avenida Otacílio Negrão de Lima (margem esquerda da Lagoa da Pampulha
correspondendo ao trecho situado entre o Jardim Zoológico e o Pampulha Iate
Clube)
Fonte: PROPAM –2003

ANEXO III – Fundos de Vale e Vias para Tratamento e Urbanização


Prioritários

Fundos de Vale para Tratamento


Avenida Havaí
Avenida Hum
Vias Prioritárias para Urbanização
Logradouro Bairro
Avenida Francisco Negrão de Lima Garças
Rua Cornélio Lima Rodrigues Garças
Rua Exp. Noraldino dos Santos São Luiz
Rua Exp. Nilo M. Pinheiro São Luiz
Avenida João XXIII Alípio de Melo
Rua Guimoar Paranhos Ouro Preto
Rua Andorra Santa Terezinha
Rua Geraldo Parreiras Braúnas
Rua Dirceu D. Braga Braúnas
117

Rua Otilia Moreira Braúnas


Rua Wanderley T. Matos Braúnas
Rua Tóquio Braúnas
Rua Manoel Ferreira Cardoso Nova Pampulha
Rua 45 Ouro Preto
Rua Bagdá Trevo
Rua Vocação V. São José
Rua Hum Jardim Filadélfia
Rua Montreal Trevo
Rua Oslo Trevo
Rua Idalisio ª Filho Braúnas
Rua Walquiria Braúnas
Rua Maestro João Cavalcante Braúnas
Rua Cartagena Braúnas
Rua Adolfo Lippi Fonseca Garças
Rua Radialista Sheilla Jordani Garças
Rua Radialista Carlos Filgueiras Garças
Rua Antônio Mazzinetti Ouro Preto
Rua Engenho da Noite Ouro Preto
Rua Engenho da Estrela Ouro Preto
Rua Engenho da Paz Ouro Preto
Rua Professor José Guerra Ouro Preto
Praça e Rua 47 Ouro Preto
Rua Nizia Torres Ouro Preto
Rua Celso Cunha Braúnas
Fonte: PROPAM – 2003
118

ADE BACIA DA PAMPULHA


ANEXO IV - Áreas de Proteção
) Especial Quanto à Ocupação e
ao Uso do Solo
Anexo IV alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010

Áreas de Controle Especial de


Uso do Solo - Vulneráveis à
Contam inação de Aquíferos

Áreas de Proteção M áxim a


Grau 1

Áreas de Proteção M oderada


Grau 2

Lagoa da Pam pulha

Escala 1 : 45000
450 0 450 900 1350 m

Prefeitura M unicipal de Belo Horizonte


SM RU/GERE - Fevereiro/2004
119

ANEXO V
Usos Sujeitos a Licenciamento Especial – Áreas de Controle Especial de Uso do
Solo
Produção de Húmus
Reparação de Baterias e Acumuladores
Garagem de Empresa de Transporte de Carga e de Passageiros
Garagem de Serviço de Guindaste e Reboque
Lava-jato
Posto de Serviço de Veículos
Transportadora de Carga com Depósito sem Pátio de Veículos
Transportadora de Carga com Pátio de Veículos com/sem Depósito
Transportadora e Revendedora Retalhista de Derivados de Petróleo
Pátio de Máquinas, Equipamentos e Veículos
Indústria com Pequeno Potencial Poluidor não Geradora de Tráfego Pesado
Indústria com Pequeno Potencial Poluidor
Indústrias que não se enquadrem nos Grupos I e II
Terminais de Cargas
Unidade de Reciclagem de Resíduos Sólidos
Posto de Abastecimento de Veículos
120

ANEXO VI
Anexo VI alterado pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010

ANEXO VI
Uso do Solo - ADE da Pampulha

Avs. Portugal, Antônio Carlos e


F. Negrão de Lima (trecho) e
Ruas P. Pequeno e E. Fernandes

Av. Otacílio Negrão de Lima

Avs. Francisco N. de Lima (trecho),


A. Francisco Lisboa, Flemming /C. Racioppi,
A. Camarate, Santa Rosa, Atlântida,
Escala 1 : 23000 Clóvis Salgado, Braúnas e Pça. A. D. Simão
230 0 230 460 690 m
Área predominantemente residencial
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
SMRU/GERE - Setembro/2003
121

ANEXO VII – Relação de Usos Permitidos na ADE da Pampulha


Anexo VII substituído pela Lei nº 9.959, de 20/7/2010

Avs. Francisco N.
Lima, Flemming/C.
Racioppi, ªCamarate,
Av. ª Sta. Rosa, Pça.
Atividades N. Alberto D. Simão,
Lima Atlântida(1; 2),
Área Antônio F. Lisboa(1;
Predominantemente 3), Clóvis Salgado(1;
Residencial 2) e Braúnas(1)
Atividades do Grupo I da
LPOUS em vigor
raújo ta as de credito,
seguro....
Estabelecimentos
bancários
Caixa eletrônico
Serviços de alojamento e
alimentação
Bar, Restaurante e
Lanchonete
Cafeteria, Casa de Chá,
Casa de Doces, Casa de
Sucos, Casa de Vitaminas
Hotel, Apart-Hotel e
SERVIÇOS

Residência Hotel
Pousada
Sorveteria
Serviços Domiciliares
Jardinagem e Paisagismo
Serviços pessoais
Academias de Ginástica,
Esportivas e de Artes
Marciais
Escola de Esportes
Escola de Dança e Música
Escola de Natação e
Mergulho
Quadras de Esporte e
conjuntos de Quadras de
Esporte
122

Serviços de raújo t e
comunicaçao
Autopista para Diversão
Boliche
Brinquedos Mecânicos e
Eletrônicos
Buffet com Salão de
Recepção
Casa de Jogos
Casa de Jogos pela
INTERNET
Casa de Recepção e Salão
de Festas
Cinema, Teatro e Auditório
Parque de Diversões
Pista de Patinação
Serviço de Recreação
Infantil, inclusive com
Buffet
Serviços raújo -
profissionais
Estúdio de Escultura,
Desenho e Pintura Artística
Serviços Auxiliares de
Transpote
Estacionamento
Locação de Bicicletas
Outros serviços
Agência de Intercâmbio
Cultural
Agência de Viagens,
Turismo e Venda de
Passagens
SERVIÇOS DE USO COLETIVO

raújo ta a Social
Asilo e Casa de Idosos
Inst. Cientifica, Culturais,
raújo ta as e
Filosoficas
Aquário
Associação Cultural,
Filosófica e Científica
Associação de Apoio à
Educação, Ciência e
Tecnologia
Biblioteca
Centro Cultural
Centro de Documentação
123

Centro de Pesquisa
Estabelecimento de
Cultura Artística
Estabelecimento de
Pesquisa na área de
Saúde
Jardim Botânico
Jardim Zoológico
Mostras Artesanais e
Folclóricas
Museu
Entidades Desportivas e
Recreativas
Clube Esportivo e
Recreativo
Escola de Equitação
Serviços de Educação
Curso Supletivo (de ensino
fundamental)
Escola de Ensino
Fundamental
Escolas de Excepcionais
Escola maternal, Escola
Infantil
Escola de Idiomas
Instituto para Portadores
de Deficiência
Serviços Publicos
Delegacia de Policia
Sede de raúj Público
Representação
Diplomática
Representação de
Organismos Internacionais
Outros serviços
Antiquário
Artesanato
COMÉRCIO

Bomboniére
Confeitaria
Floricultura
Hidroponia
Jornais e Revistas
Tabacaria
124

LEI Nº 9.063, DE 17 DE JANEIRO DE 2005


Regula procedimentos e exigências para a
realização de evento no Município.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Esta Lei regula os procedimentos e as exigências para a realização de


evento no Município.

Parágrafo único – Inclui-se entre os procedimentos e exigências a que se refere o


caput o licenciamento.

Art. 2º - Considera-se evento o acontecimento institucional ou promocional,


comunitário ou não, previamente planejado com a finalidade de criar conceito e de
estabelecer a imagem de organizações, produtos, serviços, idéias e pessoas cuja
realização tenha caráter temporário e local determinado.

Art. 3º - Os eventos classificam-se quanto à sua natureza, duração, dimensão e


local.
I – Quanto à natureza, o evento pode ser:
a) cultural;
b) de entretenimento e lazer;
c) esportivo;
d) expositivo;
e) político;
f) religioso;
g) social.
II – Quanto à duração, o evento pode ser:
a) momentâneo, quando realizado em horas;
b) continuado, quando realizado em dias.
III – Quanto à dimensão de público, o evento pode ser:
a) pequeno: até 25.000 pessoas;
b) médio: de 25.001 até 100.000 pessoas;
c) grande: acima de 100.000 pessoas.
IV – Quanto ao local, o evento pode ser realizado em:
a) logradouro público;
b) parque ou espaço não edificado;
c) espaço edificado, caracterizado como recinto fechado.

Parágrafo único – O evento expositivo a que se refere a alínea d do inciso I deste


artigo é de caráter congressual ou demonstrativo, admitida a venda direta a
consumidor exclusivamente para fomento de atividade cultural e de entretenimento.

Art. 4º - Os eventos realizados em espaço público ou privado, portador de Alvará de


Localização e Funcionamento de Atividades, ficam dispensados de licenciamento,
quando forem executados nos limites e condicionantes do respectivo alvará.

Art. 5º - As exigências para licenciar os eventos previstos no Calendário Oficial de


Festas e Eventos do Município – COFEM-BH -, independentemente de sua
dimensão, e para aqueles classificados como de pequena dimensão, limitam-se aos
125

aspectos relacionados à saúde, limpeza, segurança e trânsito, além de outras


exigências a serem definidas pelo regulamento desta Lei.

Art. 6º - Para os eventos classificados como médio e grande, de acordo com o inciso
III do artigo 3º, as exigências para obtenção de licenciamento serão fixadas no
regulamento desta Lei.

Art. 7º - O protocolo dos pedidos de licenciamento a que se refere esta Lei será feito
na Secretaria Municipal da Coordenação de Gestão Regional – SCOMGER –
respectiva, responsável pelo licenciamento.

§ 1º - A concessão de licenciamento pela SCOMGER dependerá de parecer de


órgão ou de empresa pública municipal cuja atividade seja relacionada com a
natureza do evento.

§ 2º - O Executivo poderá rejeitar a análise dos pedidos de licenciamento que não


forem apresentados de acordo com os seguintes prazos:
I – para os eventos previstos no COFEM-BH, independentemente de sua dimensão,
e para aqueles classificados como de pequena dimensão: 2 (dois) dias úteis;
II – para os eventos classificados como:
a) médios: 5 (cinco) dias úteis;
b) grandes: 10 (dez) dias úteis.

Art. 8º - O Executivo definirá, até 30 de novembro de cada ano, os eventos a serem


incluídos no COFEM-BH para o ano subseqüente.

Art. 9º - Para fins do licenciamento de que trata esta Lei, os níveis de ruído admitidos
serão definidos por ato do Executivo.

Art. 10 – O disposto nesta Lei não se aplica às feiras de venda direta a consumidor.

Art. 11 – O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias.

Art. 12 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando os artigos
161 e 162 da Lei n° 8.616, de 14 de julho de 2003.

Belo Horizonte, 17 de janeiro de 2005

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte
126

LEI Nº 9.068, DE 17 DE JANEIRO DE 2005


Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e a
destinação final de resíduo sólido que
menciona, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Considera-se resíduo potencialmente perigoso à saúde e ao meio ambiente,


as pilhas, baterias e lâmpadas, após seu uso ou esgotamento energético, sendo que
a sua coleta, o seu recolhimento e a sua destinação final deverão observar o
estabelecido nesta Lei.

§ 1º - Para os fins da aplicação do disposto nesta Lei, consideram-se pilhas e


baterias, aquelas que contenham, em sua composição, um ou mais elementos de
chumbo, mercúrio, cádmio, lítio, níquel e seus compostos.

§ 2º - Estende-se o disposto no caput aos produtos eletroeletrônicos que contenham


pilhas ou baterias em sua estrutura, de forma insubstituível.

§ 3º - Os resíduos a que se refere o caput deste artigo não poderão ser dispostos
em aterros sanitários destinados a resíduos domiciliares.

Art. 2º - Os produtos a que se refere o artigo 1º, após sua utilização ou esgotamento
energético, deverão ser entregues, pelos usuários, aos estabelecimentos que os
comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada, para repasse aos
fabricantes ou importadores, para que estes adotem, diretamente ou por meio de
terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição
final ambientalmente adequada.

Art. 3º - As baterias industriais destinadas a telecomunicações, usinas elétricas,


sistemas ininterruptos de fornecimento de energia, alarme, segurança,
movimentação de cargas ou pessoas, partida de motores diesel e uso geral
industrial, após seu esgotamento energético, deverão ser entregues pelo usuário ao
fabricante, ao importador ou ao distribuidor para os procedimentos a que se refere o
artigo 2º desta Lei.

Art. 4º - Para os fins da aplicação do disposto nesta Lei e de acordo com as normas
técnicas específicas, considera-se:
I – bateria: conjunto de pilhas ou acumuladores recarregáveis interligados
convenientemente;
II – pilha: gerador eletroquímico de energia elétrica, mediante conversão geralmente
irreversível de energia química;
III – lâmpada fluorescente: lâmpada em que a maior parte da luz é emitida por uma
camada de material fluorescente aplicada na superfície interna de um bulbo de vidro,
excitada por radiação ultravioleta produzida pela passagem de corrente elétrica,
através de vapor de mercúrio;
IV – lâmpada de vapor de mercúrio: lâmpada em que a luz é emitida pela passagem
de corrente elétrica através de vapor de mercúrio à alta pressão, contido num bulbo
de vidro;
127

V – lâmpada de vapor de sódio: lâmpada em que a luz é emitida pela passagem de


corrente elétrica de vapores de sódio e de mercúrio, contidos num bulbo de vidro;
VI – lâmpada de luz mista: lâmpada em que a luz é emitida pela passagem de
corrente elétrica simultaneamente através de filamento metálico e de vapor de
mercúrio, puro ou associado ao sódio, contido num bulbo de vidro.

Art. 5º - Os estabelecimentos que comercializam os produtos descritos no art. 4º,


bem como a rede de assistência técnica autorizada pelos fabricantes e importadores
desses produtos, ficam obrigados a aceitar dos usuários a devolução das unidades
usadas, cujas características sejam similares àquelas comercializadas, com a
finalidade de atender aos procedimentos a que se refere o art. 2º desta Lei.

Parágrafo único – Os resíduos potencialmente perigosos de que trata o art. 1º desta


Lei serão acondicionados adequadamente e armazenados de forma segregada,
obedecidas as normas ambientais e de saúde pública, além das recomendações de
fabricantes ou de importadores, até o seu repasse a estes.

Art. 6º - (VETADO)
Art. 7º - (VETADO)
Art. 8º - (VETADO)

Art. 9º - A reutilização, a reciclagem, o tratamento ou a disposição final dos produtos


de que trata esta Lei, realizados diretamente pelo fabricante ou por terceiros,
deverão ser processados de forma tecnicamente segura e adequada à saúde e ao
meio ambiente, especialmente no que se refere ao licenciamento da atividade.

Art. 10 – O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 90 (noventa) dias, contado


da data de sua publicação.

Art. 11 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 17 de janeiro de 2005

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 1.717/04, de autoria da Vereadora Neusinha Santos)


128

LEI Nº 9.336, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2007


Dispõe sobre a destinação, o descarte e o
armazenamento adequados de pneus
inservíveis.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - As empresas instaladas no Município que atuam na área de comercialização


de pneumáticos para uso em quaisquer tipos de veículos ou da prestação de
serviços no reparo ou recuperação desses pneumáticos, abrangendo distribuidores
e revendedores de pneus novos, usados ou recondicionados, recauchutadores,
borracharias e estabelecimentos similares, qualquer que seja seu porte, ficam
obrigadas a possuir e manter, adequadamente, locais seguros para armazenamento
transitório dos pneus inservíveis que sejam descartados em suas instalações, em
conformidade com as normas técnicas e com a legislação em vigor no País sobre
essa matéria específica, até seu conveniente transporte e entrega em postos de
recebimento desses rejeitos devidamente autorizados pela Administração Municipal.

§ 1º - O transporte até os postos de recebimento é de responsabilidade das


empresas citadas no caput deste artigo.

§ 2º - Os estabelecimentos citados no caput deste artigo ficam obrigados a afixar


avisos de fácil visualização e leitura, para alertar o consumidor sobre os perigos
resultantes do descarte de pneumáticos inservíveis em locais inadequados,
informando que o estabelecimento está obrigado a receber os pneumáticos
inservíveis na mesma quantidade fornecida ao consumidor.

Art. 2º - É obrigatório que os locais de armazenamento transitório de pneumáticos


inservíveis:
I – possuam dimensões compatíveis com o volume do material a ser
transitoriamente armazenado em condições adequadas de segurança, até sua
entrega nos postos de recebimento autorizados;
II – sejam adequadamente cobertos e fechados, de modo a impedir a acumulação
de água;
III – sejam corretamente sinalizados, com alerta para os riscos de acidentes
associados ao material ali armazenado, inclusive no que se refere à ocorrência de
incêndios.

Art. 3º - Os pneumáticos inservíveis deverão ser armazenados no local apropriado


do estabelecimento, de forma ordenada, em prateleiras apropriadas ou em pilhas de
pneumáticos de diâmetros externos similares, de modo a conferir melhores
condições de segurança ao depósito e facilitar eventual fiscalização dos órgãos
competentes.

Art. 4º - Os estabelecimentos mencionados no caput do art. 1º desta Lei que


descumprirem as regras previstas nesta Lei ficam sujeitos às seguintes sanções:
I – advertência, por escrito, nas hipóteses de não-existência de local específico para
a estocagem transitória de pneumáticos inservíveis ou de sua não-conformidade
com as exigências legais;
II – multa de R$385,00 (trezentos e oitenta e cinco reais), em caso de reincidência;
129

III – multa de R$770,00 (setecentos e setenta reais), no caso de novas reincidências.

§ 1º - No caso de advertência, poderá ser concedido prazo de até 90 (noventa) dias


para a implantação do depósito ou sua adequação, nos termos do compromisso
formal estabelecido entre o fiscal do Município e o responsável pelo
estabelecimento.

§ 2º - As penalidades de multa poderão ser aplicadas cumulativamente às demais


sanções previstas na legislação municipal.

§ 3º - A pessoa física ou jurídica que venha a ser formalmente responsabilizada por


realizar descarte de pneumáticos em locais não autorizados fica sujeita à aplicação
de multa de R$38,50 (trinta e oito reais e cinqüenta centavos) por pneumático
descartado, sem prejuízo de outras penalidades legais cabíveis.

§ 4º - Na hipótese de reincidências na prática da infração discriminada no § 3º deste


artigo o infrator ficará sujeito à aplicação, em dobro, da multa ali estabelecida,
igualmente sem prejuízo de outras penalidades legais cabíveis ao caso.

§ 5º - As multas previstas nesta Lei serão atualizadas nos termos definidos no §1º
do art. 14 da Lei nº 8.147, de 29 de dezembro de 2000.
Art. 5º - O Município poderá, na forma da Lei, permitir o uso de áreas públicas
consideradas tecnicamente adequadas para o recebimento e armazenamento de
pneumáticos inservíveis, nas quantidades compatíveis com a necessidade imposta
para seu periódico recolhimento e transporte até o local de sua disposição final
ambientalmente adequada.

Parágrafo único – A pessoa física ou jurídica que obtiver a permissão de uso da área
citada no caput deste artigo fica responsável pelo carregamento, transporte e
destinação final dos pneumáticos inservíveis por ela recebidos.

Art. 6º - O Município deverá utilizar, de forma sistemática e continuada, os meios de


que disponha para sensibilizar e esclarecer a população do Município quanto aos
riscos associados à acumulação de pneumáticos inservíveis ao ar livre, tais como a
poluição do meio ambiente e o comprometimento da saúde pública.

Art. 7º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias,
contado a partir de sua publicação.

Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 6 de fevereiro de 2007

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 1.107/06, de autoria do Executivo)


130

LEI N° 9.433, DE 27 DE SETEMBRO DE 2007


Torna obrigatória a afixação de número de telefone
da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente
em indústria que menciona.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - A indústria de produto químico e a indústria de outros produtos que possam


causar dano ao meio ambiente ficam obrigadas a afixar, em local de boa visibilidade,
cartaz com o número do telefone da Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente,
para acolhimento de denúncia, encimado dos seguintes dizeres: “A Secretaria
Municipal Adjunta de Meio Ambiente está à sua disposição”.

Art. 2º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 27 de setembro de 2007

Ronaldo Vasconcellos Novais


Prefeito em exercício

(Originária do Projeto de Lei n° 80/05, de autoria do Vereador Carlos Henrique)


131

LEI Nº 9.464, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2007


Altera dispositivos da Lei nº 6.819/94, que dispõe
sobre a obrigatoriedade de retenção e sedimentação
de areias e sólidos grosseiros e separação de óleos
e graxas.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O art. 1º da Lei nº 6.819, de 29 de dezembro de 1994, passa a ter a


seguinte redação:

“Art. 1º - Ficam obrigados a proceder à retenção e à sedimentação de


areias e sólidos grosseiros e à separação de óleos e graxas, em caixas
coletoras e separadoras, os seguintes estabelecimentos:
I – posto de revenda de combustíveis;
II – lava-jato de veículos e similares;
III – oficina mecânica destinada à manutenção de veículos e máquinas
pesadas;
IV – oficina mecânica de fabricação ou manutenção de máquinas
operatrizes, tornearias e similares;
V – concessionária de veículos e máquinas pesadas;
VI – garagem de empresa de transporte de passageiros;
VII – empresa transportadora de cargas;
VIII – VETADO
IX – indústria que utilize caldeira movida a óleo, combustível ou graxa.

Parágrafo único – O cumprimento do disposto no caput dar-se-á conforme


normas técnicas da Companhia de Saneamento de Minas Gerais –
COPASA MG -, no prazo de até 6 (seis) meses, contado da data de
publicação desta Lei.(NR)”.

Art. 2º - O art. 4º da Lei nº 6.819/94 passa a ter a seguinte redação:

“Art. 4º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o infrator às


seguintes sanções:
I – multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), no caso de o
equipamento ser instalado após decorrido o prazo previsto no parágrafo
único do art. 1º desta Lei e em até 60 (sessenta) dias;
II – multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) e cassação do Alvará de
Localização e Funcionamento de Atividades, no caso da não instalação
do equipamento até o prazo limite previsto no inciso I deste artigo. (NR)”.

Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 6 de dezembro de 2007

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte
132

LEI N° 9.505, DE 23 DE JANEIRO DE 2008


Dispõe sobre o controle de ruídos, sons e vibrações
no Município de Belo Horizonte e dá outras
providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A emissão de ruídos, sons e vibrações em decorrência de atividades


exercidas em ambientes confinados ou não, no Município, obedecerá aos padrões,
critérios e diretrizes estabelecidos por esta Lei.

Art. 2º - É proibida a emissão de ruídos, sons e vibrações, produzidos de forma que:


I – ponha em perigo ou prejudique a saúde individual ou coletiva;
II – cause danos de qualquer natureza às propriedades públicas ou privadas;
III – cause incômodo de qualquer natureza;
IV – cause perturbação ao sossego ou ao bem-estar públicos;
V – ultrapasse os níveis fixados nesta Lei.

CAPÍTULO II
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I
Das Definições

Art. 3º - Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:


I – poluição sonora: a alteração adversa das características do meio ambiente
causada por emissão de ruído, som e vibração que, direta ou indiretamente, seja
ofensiva ou nociva à saúde física e mental, à segurança e ao bem-estar dos meios
antrópico, biótico ou físico, ou transgrida as disposições fixadas nesta Lei;
II – período diurno: o período de tempo compreendido entre as 07:01 h (sete horas e
um minuto) e as 19:00 h (dezenove horas) do mesmo dia;
III – período vespertino: o período de tempo compreendido entre as 19:01 h
(dezenove horas e um minuto) e as 22:00 h (vinte e duas horas) do mesmo dia;
IV – período noturno: o período de tempo compreendido entre as 22:01 h (vinte e
duas horas e um minuto) de um dia e as 07:00 h (sete horas) do dia seguinte;
V – ruído: sons indesejáveis capazes de causar incômodos;
VI – ruído contínuo: aquele com flutuações de nível de pressão sonora tão pequenas
que podem ser desprezadas dentro do período de observação;
VII – ruído intermitente: aquele cujo nível de pressão sonora oscila bruscamente
várias vezes, durante o intervalo de tempo de medição, sendo o período em que o
nível sonoro se mantém constante igual ou superior a 01 (um) segundo;
VIII – ruído impulsivo: aquele que consiste de uma ou mais explosões de energia
sonora, tendo, cada uma, duração inferior a 01 (um) segundo;
IX – som com componentes tonais: som que contém tons puros, que podem ser
identificados por meio da comparação de níveis sonoros;
133

X – nível sonoro: termo genérico utilizado para expressar parâmetros descritores do


som, tais como o nível de pressão sonora e o nível de pressão sonora equivalente,
entre outros;
XI – decibel (dB): unidade adimensional usada para expressar a razão entre a
pressão sonora a medir e a pressão sonora de referência;
XII – dB(A): intensidade de som medida na curva de ponderação “A” utilizada para a
avaliação das reações humanas ao ruído;
XIII – pressão sonora: diferença instantânea entre a pressão produzida por uma
onda sonora e a pressão barométrica, em um dado ponto do espaço, na ausência de
som;
XIV – nível de som equivalente: LAeq – nível médio de energia sonora, medido em
dB(A), avaliado durante um período de tempo de interesse;
XV – ruído de fundo: nível de som equivalente, expresso na curva de ponderação
“A” de todo e qualquer ruído que esteja sendo captado e que não seja objeto das
medições sonoras, no local e horário considerados;
XVI – local de suposto incômodo: local onde é suposta a existência de distúrbio ou
incômodo causado pelo som ou ruído;
XVII – limite real da propriedade: aquele representado por um plano imaginário que
separa a propriedade real de uma pessoa física ou jurídica da de outra;
XVIII – serviço de construção civil: qualquer operação de montagem, construção,
demolição, remoção, reparo ou alteração substancial de uma edificação ou de uma
estrutura;
XIX – fonte fixa de emissão sonora: qualquer instalação, equipamento ou processo,
situado em local fixo, que produza emissão sonora para o seu entorno;
XX – fonte móvel de emissão sonora: qualquer instalação, equipamento ou processo
que, durante seu deslocamento, produza emissão sonora para o seu entorno;
XXI – vibração: oscilação ou movimento alternado de um sistema elástico,
transmitido por ondas mecânicas, sobretudo em meios sólidos.

Seção II
Dos Níveis Máximos Permissíveis e da Medição de Sons e Ruídos

Art. 4º - A emissão de ruídos, sons e vibrações provenientes de fontes fixas no


Município obedecerá aos seguintes níveis máximos fixados para suas respectivas
imissões, medidas nos locais do suposto incômodo:
I – em período diurno: 70 dB(A) (setenta decibéis em curva de ponderação A);
II – em período vespertino: 60 dB(A) (sessenta decibéis em curva de ponderação A);
III – em período noturno: 50 dB(A) (cinqüenta decibéis em curva de ponderação A),
até às 23:59 h (vinte e três horas e cinqüenta e nove minutos), e 45 dB(A) (quarenta
e cinco decibéis em curva de ponderação A), a partir da 0:00 h (zero hora).

§ 1º - Às sextas-feiras, aos sábados e em vésperas de feriados, será admitido, até


às 23:00 h (vinte e três horas), o nível correspondente ao período vespertino.

§ 2º - As medições do nível de som serão realizadas utilizando-se a curva de


ponderação A com circuito de resposta rápida, devendo o microfone ficar afastado,
no mínimo, de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) dos limites reais da
propriedade onde se dá o suposto incômodo, e à altura de 1,20 m (um metro e vinte
centímetros) do piso.

§ 3º - Na impossibilidade de verificação dos níveis de imissão no local do suposto


incômodo, será admitida a realização de medição no passeio imediatamente
134

contíguo ao mesmo, sendo considerados como limites os níveis máximos fixados no


caput deste artigo acrescidos de 05 dB(A) (cinco decibéis em curva de ponderação
A).

§ 4º - Para o resultado das medições efetuadas serão adotados os seguintes


critérios:
I – ruído contínuo e ruído intermitente: o nível de som corrigido será igual ao nível de
som equivalente medido;
II – ruído impulsivo e som com componentes tonais: o nível de som corrigido será
igual ao nível de som equivalente medido, acrescido de 05 dB(A) (cinco decibéis em
curva de ponderação A);
III – ruído proveniente da operação de compressores, de sistemas de troca de calor,
de sistemas de aquecimento, de ventilação, de condicionamento de ar, de
bombeamento hidráulico ou similares, independentemente de sua natureza contínua
ou intermitente: o nível de som corrigido será igual ao nível de som equivalente
medido, acrescido de 05 dB(A) (cinco decibéis em curva de ponderação A).

§ 5º - Independentemente do ruído de fundo, o nível de som proveniente da fonte


poluidora, medido dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto
incômodo, não poderá exceder os níveis fixados no caput deste artigo.

§ 6º - Quando a propriedade em que se dá o suposto incômodo tratar-se de escola,


creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou similar,
deverão ser atendidos os menores limites:
I – em período diurno: 55 dB(A) (cinqüenta e cinco decibéis em curva de ponderação
A);
II – em período vespertino: 50 dB(A) (cinqüenta decibéis em curva de ponderação
A);
III – em período noturno: 45 dB(A) (quarenta e cinco decibéis em curva de
ponderação A).

§ 7º - O nível de som proveniente da fonte poluidora, medido dentro dos limites reais
da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não poderá exceder em 10 dB(A)
(dez decibéis em curva de ponderação A) o nível do ruído de fundo existente no
local.

Art. 5º - No caso de fontes móveis admitidas pela legislação em vigor, aplicam-se os


mesmos limites estabelecidos nesta Lei para as fontes fixas.

Art. 6º - As vibrações não serão admitidas quando perceptíveis no local do suposto


incômodo, de forma contínua ou alternada, por períodos superiores a 5 min. (cinco
minutos).

Art. 7º - Para o cumprimento do disposto nesta Lei, o Executivo poderá utilizar-se,


além dos recursos técnicos e humanos de que dispõe, do concurso de outros órgãos
ou entidades públicas ou privadas, mediante convênios, contratos e credenciamento
de agentes.

Parágrafo único – Será franqueada aos agentes públicos e agentes credenciados


pelo Executivo a entrada nas dependências das fontes poluidoras localizadas ou a
se instalarem no Município, onde poderão permanecer pelo tempo que se fizer
135

necessário, para as avaliações técnico-fiscais do cumprimento dos dispositivos desta


Lei.

Seção III
Da Adequação Sonora

Art. 8º - Deverão dispor de proteção, de instalação ou de meios adequados ao


isolamento acústico que não permitam a propagação de ruídos, sons e vibrações
acima do permitido para o exterior, os estabelecimentos e atividades efetiva ou
potencialmente poluidores, tais como:
I – estabelecimentos recreativos, culturais, educacionais, filantrópicos, industriais,
comerciais ou de prestação de serviços;
II – estabelecimentos nos quais seja executada música ao vivo ou mecânica;
III – estabelecimentos onde haja atividade econômica decorrente do funcionamento
de canil, granja, clínica veterinária ou similar;
IV – espaços destinados ao funcionamento de máquinas ou equipamentos.

Parágrafo único – A concessão de Alvará de Localização e Funcionamento de


Atividades do estabelecimento ficará condicionada ao cumprimento do disposto no
caput deste artigo, quando couber, ou de adequações alternativas, sem prejuízo das
demais exigências previstas na legislação.

Art. 9º - Os estabelecimentos e atividades que provoquem poluição sonora e


perturbação do sossego público estarão sujeitos à adoção de medidas eficientes de
controle, tais como as arroladas a seguir, que poderão ser impostas de forma isolada
ou cumulativa, sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas nesta Lei:
I – implantação de tratamento acústico;
II – restrição de horário de funcionamento;
III – restrição de áreas de permanência de público;
IV – contratação de funcionários responsáveis pelo controle de ruídos provocados
por seus freqüentadores;
V – disponibilização de estacionamento coberto a seus freqüentadores.

Seção IV
Das Permissões

Art. 10 – Serão tolerados ruídos e sons acima dos limites definidos nesta Lei
provenientes de:
I – serviços de construção civil não passíveis de confinamento, que adotarem
demais medidas de controle sonoro, no período compreendido entre 10:00 h (dez
horas) e 17:00 h (dezessete horas);
II – VETADO
III – alarmes em imóveis e sirenes ou aparelhos semelhantes que assinalem o início
ou o fim de jornada de trabalho ou de períodos de aula em escola, desde que
tenham duração máxima de 30 s (trinta segundos);
IV – obras e serviços urgentes e inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de
força maior, acidentes graves ou perigo iminente à segurança e ao bem-estar da
comunidade, bem como o restabelecimento de serviços públicos essenciais, tais
como energia elétrica, gás, telefone, água, esgoto e sistema viário;
V – o uso de explosivos em desmontes de rochas e de obras civis no período
compreendido entre 10:00 h (dez horas) e 16:00 h (dezesseis horas), nos dias úteis,
136

observada a legislação específica e previamente autorizado pelo órgão municipal


competente.

§ 1º - Nas hipóteses previstas nos incisos I, II, III e IV deste artigo, os ruídos e sons
não poderão ultrapassar 80 dB(A) (oitenta decibéis em curva de ponderação A).
§ 2º - Os serviços de construção civil da responsabilidade de entidades públicas ou
privadas, com geração de ruídos, dependem de autorização prévia do órgão
municipal competente, quando executados nos seguintes horários:
I – domingos e feriados, em qualquer horário;
II – sábados e dias úteis, em horário vespertino ou noturno.

Art. 11 – Os eventos, assim compreendidos os acontecimentos institucionais ou


promocionais, comunitários ou não, previamente planejados com a finalidade de
estabelecer a imagem de organizações, produtos, serviços, idéias e pessoas, em
especial aqueles do calendário oficial de festas e eventos do Município, cuja
realização tenha caráter temporário e local determinado, serão licenciados em
conformidade com a Lei n° 9.063, de 17 de janeiro de 2005, conforme dispuser o
regulamento desta Lei.

Seção V
Das Proibições

Art. 12 – Ficam proibidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos ou sons


provenientes de pregões, exceto os oficiais, avisos e anúncios em logradouro
público ou para ele dirigidos, de viva voz ou por meio de aparelho ou instrumento de
qualquer natureza, de fonte fixa ou móvel, exceto no horário compreendido entre
10:00 h (dez horas) e 16:00 h (dezesseis horas), desde que respeitados os limites de
ruídos fixados nesta Lei.

CAPÍTULO III
DA INFRAÇÃO

Art. 13 – Os infratores desta Lei estarão sujeitos às seguintes penalidades, além da


obrigação de cessar a transgressão:
I – advertência;
II – multa;
III – interdição parcial ou total da atividade, até a correção das irregularidades;
IV – cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades ou de
licença.

Art. 14 – Para efeito da aplicação de penalidades, as infrações aos dispositivos


desta Lei serão classificadas como leves, médias, graves ou gravíssimas, conforme
o seguinte:
I – infração leve: quando se tratar de infração de dispositivos desta Lei que não
implique poluição sonora;
II – infração média: nos casos em que a imissão de ruído estiver acima do limite
estabelecido, até o máximo de 10% (dez por cento) desse valor;
III – infração grave: nos casos em que a imissão de ruído estiver acima de 10% (dez
por cento) e até 40% (quarenta por cento) do limite estabelecido;
IV – infração gravíssima: nos casos em que a imissão de ruído ultrapassar 40%
(quarenta por cento) em relação ao limite estabelecido.
137

Art. 15 – A penalidade de advertência será aplicada quando se tratar de infração de


natureza leve ou média.

Parágrafo único – A penalidade de advertência não poderá ser aplicada mais de


uma vez, para uma mesma infração cometida pelo mesmo infrator.

Art. 16 – A multa será aplicada quando o infrator não sanar a irregularidade após a
aplicação da advertência ou, imediatamente, em caso de infração grave ou
gravíssima.

Art. 17 – Os valores das multas, de acordo com sua gravidade, variarão de R$80,00
(oitenta reais) a R$30.000,00 (trinta mil reais), atualizados com base nos índices
estabelecidos na legislação pertinente, sendo fixado o valor inicial em:
I – infração leve: de R$80,00 (oitenta reais) a R$400,00 (quatrocentos reais);
II – infração média: de R$450,00 (quatrocentos e cinqüenta reais) a R$ 2.500,00
(dois mil e quinhentos reais);
III – infração grave: de R$2.550,00 (dois mil quinhentos e cinqüenta reais) a
R$5.000,00 (cinco mil reais);
IV – infração gravíssima: de R$5.500,00 (cinco mil e quinhentos reais) a
R$10.000,00 (dez mil reais).

Art. 18 – Em caso de reincidência, a penalidade de multa poderá ser aplicada em


dobro e, havendo nova reincidência, a multa poderá ser aplicada até o triplo do valor
inicial.

Parágrafo único – Considera-se reincidência a prática da mesma infração cometida


pelo mesmo agente no período de até 02 (dois) anos.

Art. 19 – A penalidade de interdição parcial ou total da atividade poderá ser aplicada,


a critério da autoridade competente, nas hipóteses de:
I – risco à saúde individual ou coletiva;
II – dano ao meio ambiente ou à segurança das pessoas;
III – reincidência, observado o disposto no § 1º deste artigo.

§ 1º - Dependendo da gravidade da infração praticada, a penalidade de interdição


parcial ou total da atividade poderá ser aplicada na primeira reincidência.

§ 2º - A desobediência ao Auto de Interdição acarretará ao infrator a aplicação da


pena de multa correspondente à infração gravíssima, sendo a reincidência
caracterizada a cada visita da fiscalização, que poderá ser diária.

§ 3º - A interdição parcial ou total da atividade deverá anteceder a cassação de


Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades ou de licença.

Art. 20 – A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de


Atividades e de licença será aplicada:
I – após 3 (três) meses da interdição, na hipótese de não terem sido efetivadas as
providências para regularização;
II – na hipótese de descumprimento do Auto de Interdição;
III – quando constatado que o tratamento acústico realizado não foi suficiente para
conter a emissão de ruídos.
138

Art. 21 – Conforme dispuser o regulamento, os responsáveis pelas atividades


econômicas, sociais, artísticas e de entretenimento incorrem nas mesmas sanções
previstas nesta Lei, quando houver geração de níveis de ruído superiores ao
estabelecido nesta Lei, por ação de seus freqüentadores.

Art. 22 – Aplicam-se, no que couber, os procedimentos e prazos previstos na Lei n


4.253, de 4 de dezembro de 1985, e em seus regulamentos, para a aplicação das
penalidades e interposição e julgamento de defesas e recursos.

CAPÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 23 – O produto de arrecadação de multas previstas nesta Lei constitui recurso


do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, instituído pela Lei nº 4.253/85.

Art. 24 – Fica concedida anistia fiscal relativamente à penalidade aplicada em razão


de autuação por infração à Lei nº 9.341, de 22 de fevereiro de 2007, ocorrida no
período de 28 de agosto de 2007 até a data de publicação desta Lei.

Art. 25 – Fica revogada a Lei nº 9.341, de 22 de fevereiro de 2007.

Art. 26 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 23 de janeiro de 2008

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei n° 1.500/07, de autoria do Executivo)


139

LEI N° 9.506, DE 24 DE JANEIRO DE 2008


Institui a Área de Diretrizes Especiais - ADE -
Mirante, autoriza o Município a outorgar concessão
de uso do imóvel que menciona e dá outras
providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica instituída a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Mirante, com o objetivo
de incentivar os usos que garantam o incremento das atividades turísticas, culturais,
de entretenimento e lazer, e a conseqüente sustentabilidade ambiental da área e de
seu entorno, em consonância com os objetivos previstos no inciso III do art. 75 da
Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996.

Art. 2º - A ADE Mirante compreende o lote 1 do quarteirão 37 do Bairro das


Mangabeiras, conforme CP 209-002-M.

Art. 3º - A implantação de edificação na ADE Mirante deverá atender:


I - quanto à ocupação, aos parâmetros urbanísticos definidos para Zona de
Preservação Ambiental - ZPAM -, zoneamento original da área, de acordo com a Lei
nº 7.166, de 27 de agosto de 1996;
II - quanto ao uso, à permissão para instalação de atividades comerciais e de
serviços relacionados com o uso cultural, de entretenimento, lazer e alimentação,
independentemente da classificação viária da via de acesso;
III - às diretrizes para elaboração de projeto e posterior aprovação do Conselho
Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município.

Art. 4º - Para viabilizar o objetivo previsto no art. 1º desta Lei, nos termos do art. 38
da Lei Orgânica do Município, fica o Executivo autorizado a outorgar concessão de
uso, mediante procedimento licitatório, de parte do lote 1 do quarteirão 37 do Bairro
das Mangabeiras, tendo por objeto a construção e a exploração de um restaurante,
destinado a incentivar a cultura, o entretenimento e o lazer na região, por conta e
risco do concessionário.

§ 1º - A concessão de que trata o caput deste artigo será onerosa para o


concessionário, mediante pagamento de valor de outorga inicial ou periódica,
conforme vier a ser definido no edital de licitação e no contrato a ser firmado,
cabendo ao concessionário todos os investimentos necessários à execução da obra
e à conservação, administração e exploração do empreendimento.

§ 2º - Caberá ao concessionário, para remuneração e amortização de seu


investimento, a exploração comercial do empreendimento descrito no caput deste
artigo.

§ 3º - O prazo e as demais condições da concessão serão fixados no edital de


licitação respectivo.

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Belo Horizonte, 24 de janeiro de 2008
Fernando Damata Pimentel
Prefeito de Belo Horizonte
140

LEI N° 9.529, DE 27 DE FEVEREIRO DE 2008


Dispõe sobre a substituição do uso de saco plástico
de lixo e de sacola plástica por saco de lixo ecológico
e sacola ecológica, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O uso de saco plástico de lixo e de sacola plástica deverá ser substituído
pelo uso de saco de lixo ecológico e de sacola ecológica, nos termos desta Lei.

Parágrafo único - VETADO


I, II, III e IV - VETADOS

Art. 2º - A substituição de uso a que se refere esta Lei acontecerá nos


estabelecimentos privados e nos órgãos e entidades do Poder Público sediados no
Município.

Art. 3º - A substituição de uso a que se refere esta Lei terá caráter facultativo pelo
prazo de 3 (três) anos, contado a partir da data de publicação desta Lei, e caráter
obrigatório a partir de então.

Art. 4º - A inobservância ao disposto nesta Lei acarretará ao infrator as seguintes


penalidades:
I - notificação;
II - multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e, em caso de reincidência, no valor de
R$ 2.000,00 (dois mil reais);
III - interdição do estabelecimento;
IV - cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de Atividades.

§ 1º - Na penalidade de notificação, será concedido prazo de 30 (trinta) dias para


que o infrator se ajuste ao previsto por esta Lei.

§ 2º - A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de


Atividades não se aplica a órgão e entidade do Poder Público.
Art. 4º promulgado em 23/04/2008 e publicado em 29/04/2008

Art. 5º - VETADO

Art. 6º - Fica o Poder Executivo autorizado a realizar campanhas educativas e de


conscientização de cidadãos e instituições a respeito da substituição de que trata
esta Lei.

Art. 7º - Esta Lei será regulamentada no prazo de 120 (cento e vinte) dias, contado
da data de sua publicação.

Art. 8º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 27 de fevereiro de 2008


Fernando Damata Pimentel
Prefeito de Belo Horizonte
141

LEI Nº 9.546, DE 1º DE ABRIL DE 2008


Cria o Certificado Gentileza Ambiental.

O Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições


legais e atendendo ao que dispõe o § 6º, combinado com o § 8º do art. 92 da Lei
Orgânica do Município de Belo Horizonte, tendo sido rejeitado o Veto Total aposto
pelo Excelentíssimo Senhor Prefeito à Proposição de Lei nº 601/08, promulga a
seguinte Lei:

Art. 1º - Fica criado o Certificado Gentileza Ambiental, a ser concedido a


estabelecimento que comercializa gêneros alimentícios e utiliza embalagem
reciclável e biodegradável.

Art. 2º - Para a obtenção do Certificado Gentileza Ambiental, o estabelecimento


interessado, além de atender o disposto no art. 1º desta Lei, deverá desempenhar as
seguintes ações:
I - campanha de conscientização destinada aos seus clientes consumidores, visando
a proteção do meio ambiente;
II - divulgação, por meio de cartazes e folhetos informativos, de que adota medidas
ecologicamente corretas.

Parágrafo único - O Certificado Gentileza Ambiental deverá ser requerido ao órgão


competente do Executivo pelo estabelecimento interessado, mediante apresentação
dos documentos que comprovem o cumprimento do disposto neste artigo e no art. 1º
desta Lei.

Art. 3º - O Certificado Gentileza Ambiental terá validade de 1(um) ano.

Parágrafo único - Será impressa, no Certificado Gentileza Ambiental, a informação


de que o estabelecimento faz jus, por 1 (um) ano, ao documento, podendo este ser
renovado a cada ano, de acordo com o cumprimento do disposto nos arts. 1º e 2º
desta Lei.

Art. 4º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias,


contados a partir da data de sua publicação.

Art. 5º - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de


dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 6º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 1º de abril de 2008

Totó Teixeira
Presidente

(Originária do Projeto de Lei nº 1.401/07, de autoria da Verª Luzia Ferreira)


142

LEI N° 9.563, DE 30 DE MAIO DE 2008


Dispõe sobre a regulamentação da Área de
Diretrizes Especiais da Cidade Jardim, instituída pela
Lei nº 7.166/96.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Esta Lei regulamenta a Área de Diretrizes Especiais - ADE - Cidade Jardim,
em atendimento ao disposto no inciso I do art. 75 da Lei nº 7.165, de 27 de agosto
de 1996 e nos arts. 75, § 4º e 82 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996.

Parágrafo único - A ADE Cidade Jardim constitui área sujeita a políticas específicas
de preservação paisagística, cultural e histórica que visam a reforçar sua identidade
e sua referência no Município, e sua delimitação, determinada pela Lei n° 7.166/96,
está representada no Anexo I desta Lei.

Art. 2º - São diretrizes gerais para a regulamentação da ADE:


I - fortalecer a ADE Cidade Jardim como espaço de referência histórico-arquitetônica
de Belo Horizonte;
II - preservar a ambiência local;
III - viabilizar um processo sustentável de preservação.

Art. 3º - São diretrizes específicas de uso e ocupação do solo na ADE Cidade


Jardim:
I - manter a tipologia de ocupação original e existente, desestimulando a substituição
de edificações;
II - preservar o estilo arquitetônico modernista;
III - preservar o alto índice de cobertura vegetal;
IV - compatibilizar a tipologia de ocupação existente e o alto índice de cobertura
vegetal com o uso do solo a ser flexibilizado, buscando:
a) controlar a poluição sonora e atmosférica;
b) restringir usos que demandam carga e descarga e estacionamento;
c) dificultar o aumento do fluxo de tráfego.

CAPÍTULO II
DA INTERVENÇÃO EM IMÓVEIS EXISTENTES

Art. 4º - Os projetos de reforma em edificação existente na ADE Cidade Jardim


deverão ser aprovados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana -
SMARU -, devendo manter as características originais da edificação nos seguintes
itens:
I - fachadas e vãos;
II - volumetria;
III - rampas, escadas e demais acessos externos;
IV - jardins e quintais.

Parágrafo único - Às propostas de intervenções em imóveis situados na ADE Cidade


Jardim cabe recurso ao Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR.
143

Art. 5º - As vagas existentes destinadas a estacionamento de veículos deverão ser


mantidas e não poderão ter outra destinação, exceto serem transformadas em áreas
ajardinadas.

Art. 6º - A área total permeável nos imóveis da Cidade Jardim não poderá ser inferior
a 30% (trinta por cento).

Parágrafo único - As espécies arbóreas existentes não poderão ser suprimidas sem
prévia autorização do órgão competente, sendo obrigatória, no caso de supressão, a
reposição de nova espécie no mesmo imóvel.

CAPÍTULO III
DA OCUPAÇÃO

Art. 7º - Os parâmetros urbanísticos estabelecidos nesta Lei sobrepõem-se aos do


zoneamento definidos na Lei nº 7.166/96 e sobre eles preponderam.

Art. 8º - Os parâmetros urbanísticos da ADE Cidade Jardim são os seguintes:


I - o coeficiente de aproveitamento é 0,8 (oito décimos);
II - a taxa de ocupação é de 40% (quarenta por cento);
III - a quota de terreno por unidade habitacional é 1.000 m²/un. (mil metros
quadrados de terreno por unidade habitacional), exceto para lotes aprovados até a
data de publicação desta Lei com área inferior a 1.000 m² (mil metros quadrados),
para os quais a quota mínima por unidade habitacional será igual a sua área;
IV - a taxa de permeabilidade mínima é de 30% (trinta por cento) da área do lote;
V - o afastamento frontal mínimo da edificação, a partir do alinhamento da via
pública é de 10 m (dez metros), sendo de 5 m (cinco metros) para os lotes de
esquina;
VI - os afastamentos laterais e de fundo mínimos das edificações são de 3 m (três
metros), vedada a construção na divisa;
VII - a altura máxima permitida às edificações é 9 m (nove metros), incluindo
telhados e caixa d'água, contados a partir do terreno natural em todos os seus
pontos, se terreno plano ou em aclive; ou da cota média altimétrica do passeio, se
terreno em declive.

§ 1º - A área delimitada pelo afastamento frontal mínimo das edificações de que trata
este artigo será obrigatoriamente ajardinada, permitindo-se impermeabilização
máxima de 25% (vinte e cinco por cento) da área do afastamento frontal,
exclusivamente para acessos e guaritas.

§ 2º - As áreas revestidas com piso intertravado poderão ser computadas na área


permeável, até o limite máximo de 10% (dez por cento) da área total permeável
exigida no inciso IV deste artigo.
CAPÍTULO IV
DOS USOS
Seção I
Dos Usos Permitidos

Art. 9º - Nos imóveis lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas,


Tenente Renato César e Carvalho de Almeida serão permitidos os usos previstos no
144

Anexo II desta Lei, nas duas faces das vias, respeitados os demais parâmetros e
critérios dispostos nesta Lei.

Art. 10 - Nos imóveis lindeiros às avenidas Raja Gabaglia e Contorno, serão


permitidos os usos previstos para vias arteriais na Lei de Parcelamento, Ocupação e
Uso do Solo em vigor, nas duas faces das vias, respeitando-se os demais critérios
dispostos nesta Lei.

Parágrafo único - Não se aplica aos lotes citados no caput deste artigo o disposto no
art. 71-B da Lei nº 7.166/96.

Art. 11 - Nos imóveis que não se enquadrarem no disposto nos arts. 9º e 10,
somente serão admitidos os usos constantes do Anexo III desta Lei.

Art. 12 - A permissão de usos não residenciais a que se refere os arts. 9º, 10 e 11


somente é válida para as edificações existentes na data de publicação desta Lei.

Art. 13 - Somente será concedido um Alvará de Localização e Funcionamento de


Atividades por edificação.
Seção II
Da Permanência e da Substituição de Usos

Art. 14 - Poderão permanecer, nos termos deste artigo, os usos instalados em data
anterior à entrada em vigor desta Lei que estejam em desacordo com o disposto
neste Capítulo, desde que atendam a uma das seguintes condições:
I - estar regularmente instalado;
II - estar instalado em edificação construída para o exercício específico do uso a que
se destina.

§ 1º - Os usos que não se enquadrarem no disposto neste artigo, que estejam


localizados em imóveis lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas,
Tenente Renato César e Carvalho de Almeida e instalados antes da data de
publicação desta Lei poderão ser licenciados mediante os seguintes procedimentos:
I - regularização da edificação;
II - definição de diretrizes e parecer favorável do Conselho Municipal de Política
Urbana - COMPUR.

§ 2º - A edificação na qual se exerça o direito de permanência de uso não é passível


de acréscimo de área construída.

§ 3º - Para fins de aplicação do disposto neste artigo, aplicam-se os seguintes


conceitos:
I - uso regularmente instalado ou licenciado: refere-se ao uso com Alvará de
Localização e Funcionamento de Atividades;
II - edificação construída para o exercício específico da atividade: é a edificação
cujas dependências e instalações sejam inequivocamente vinculadas ao exercício
da referida atividade.

Art. 15 - A substituição de uso, em data posterior a esta Lei, somente será admitida
pelos usos permitidos conforme o estabelecido na Seção I deste Capítulo e no art.
16 desta Lei.
145

Art. 16 - A substituição de uso, nos lotes abaixo indicados, somente será admitida
desde que pelas atividades de Biblioteca, Centro de Documentação ou Museu:
I - nos lotes 1 a 19 e 22 e 23, quadra 7, CP: 042032MB, ocupados pelo Colégio
Loyola;
II - no lote 1, quadra 2B, CP: 042032MB, ocupado pela antiga Faculdade de
Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG -;
III - nos lotes 8, 9, 10, 11, 12, quadra 9, CP: 042032MB, ocupados pelo Colégio São
Paulo;
IV - nos lotes 1, 2, 3, 4, quadra 17, CP: 042226F, ocupados pelo Museu Abílio
Barreto;
V - na área da quadra 7A subtraída dos lotes 1 a 8, quadra 7A, CP: 042198H, com
área aproximada de 44.000 m2 (quarenta e quatro mil metros quadrados), ocupada
pelo Ministério da Agricultura;
VI - na área da quadra 17 subtraída dos lotes 1 a 4, quadra 17, CP: 042226F, com
área aproximada de 4.183 m2 (quatro mil, cento e oitenta e três metros quadrados),
ocupada pela Igreja Santo Inácio de Loyola.

CAPÍTULO V
DAS POSTURAS A SEREM ADOTADAS
Seção I
Dos Passeios e Fechamento de Terrenos

Art. 17 - Os passeios não poderão ter largura inferior à existente, devendo obedecer,
além do disposto no Título II, Capítulo I do Código de Posturas do Município de Belo
Horizonte e sua regulamentação, aos seguintes parâmetros:
I - faixa pavimentada contínua no quarteirão, destinada à circulação de pedestres,
com largura mínima de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros), livre de
quaisquer obstáculos;
II - restante da área ajardinada, não sendo permitida a sua delimitação por cordões
ou outro tipo de elemento que extrapole, em altura, o nível do piso pavimentado.

Parágrafo único - Para fins do disposto no inciso I deste artigo, são considerados
obstáculos os degraus, o mobiliário urbano, as árvores e os postes de iluminação
pública.

Art. 18 - No fechamento frontal dos lotes edificados só serão admitidos elementos


vazados ou transparentes que garantam a visibilidade dos jardins a partir dos
logradouros públicos.

Parágrafo único - Elementos sem permeabilidade visual só serão permitidos para


contenção de terreno natural ou com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros)
acima do terreno natural.
Seção II
Da Comunicação Visual e do Mobiliário Urbano

Art. 19 - É permitida a instalação de dispositivos de comunicação visual e de


mobiliário urbano mediante licenciamento municipal precedido de parecer favorável
do órgão municipal responsável pela preservação do patrimônio histórico, devendo
respeitar o Código de Posturas vigente no Município, e, em particular, o disposto
nesta Lei.
146

Art. 20 - A instalação de dispositivos de comunicação visual deverá respeitar as


seguintes condições:
I - não comprometimento da paisagem local;
II - não obstrução da visão de elementos arquitetônicos característicos das
edificações;
III - obediência aos parâmetros estabelecidos pelo órgão municipal responsável pelo
patrimônio histórico.

Parágrafo único - São proibidos os anúncios publicitários de qualquer natureza.

CAPÍTULO VI
DA GESTÃO URBANA

Art. 21 - Fica instituído o Fórum da Área de Diretrizes Especiais da Cidade Jardim -


FADE - idade Jardim, cujo objetivo é acompanhar e monitorar as decisões e as
ações relativas a esta Lei.

Art. 22 - São atribuições do FADE Cidade Jardim:


I - elaborar seu regimento interno;
II - subsidiar órgãos e conselhos municipais pertinentes;
III - acompanhar a implementação desta Lei, avaliando periodicamente os
resultados;
IV - propor a adoção de melhorias para a ADE Cidade Jardim;
V - auxiliar na fiscalização do cumprimento dos dispositivos desta Lei.

Art. 23 - O FADE Cidade Jardim será composto por 4 (quatro) membros efetivos e
seus respectivos suplentes, assim definidos:
I - 2 (dois) representantes da comunidade local;
II - 2 (dois) representantes do Executivo Municipal.

Art. 24 - Caberá à Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul definir


o processo de indicação dos representantes do FADE Cidade Jardim e efetivar a sua
implementação.
CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 25 - Não se aplica à ADE Cidade Jardim o disposto na Lei nº 6.831, de 17 de


janeiro de 1995.

Art. 26 - São partes integrantes desta Lei:


I - Anexo I: Delimitação da ADE Cidade Jardim;
II - Anexo II: Usos admitidos em lotes lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo
Mascarenhas, Tenente Renato César e Carvalho de Almeida (cf. art. 9º);
III - Anexo III: Usos admitidos em lotes não referidos nos arts. 9º e 10 desta Lei (cf.
art.11).

Art. 27 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 30 de maio de 2008


Fernando Damata Pimentel
Prefeito de Belo Horizonte
147

ANEXO I
Delimitação da ADE Cidade Jardim
148

ANEXO II
Usos admitidos em lotes lindeiros às ruas Conde Linhares, Bernardo Mascarenhas,
Tenente Renato César e Carvalho de Almeida (cf. art. 9º)

1. RESIDENCIAL
2. OS USOS NÃO RESIDENCIAIS LISTADOS ABAIXO, RESPEITADA A ÁREA
EXISTENTE OCUPADA PELA EDIFICAÇÃO, INDEPENDENTE DO GRUPO EM
QUE O USO SE LOCALIZA:
2.1. SERVIÇOS DE USO COLETIVO
2.1.1. Associação Cultural
2.1.2. Biblioteca
2.1.3. Estabelecimento de Cultura Artística
2.1.4. Centro de Documentação
2.1.5. Centro de Pesquisa
2.1.6. Locais para exposição: Museu / Galeria de artes plásticas /Pinacoteca
2.1.7. Associação de Moradores do bairro Cidade Jardim
2.1.8. Asilo e Casa de Convivência
2.1.9. Representação de Organismos Internacionais
2.1.10. Representação Diplomática
2.2. COMÉRCIO
2.2.1. Livraria
2.2.2. Adega
2.2.3. Antiquário
2.2.4. Artesanato
2.2.5. Objetos de Arte e Adornos
2.2.6. Artigos de vestuário
2.3. SERVIÇOS
2.3.1. INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO, SEGURO, CAPITALIZAÇÃO, COMÉRCIO E
ADMINISTRAÇÃO DE VALORES IMOBILIÁRIOS
2.3.1.1. Administrações de Loterias
2.3.1.2. Administrações de Seguros e Resseguros
2.3.1.3. Administrações de Cartões de Crédito
2.3.1.4. Arrendamento Mercantil
2.3.1.5. Caixas Eletrônicos e Postos de Atendimento Bancário
2.3.1.6. Casas de Câmbio
2.3.1.7. Crédito Habitacional
2.3.1.8. Distribuidoras e Corretoras de Títulos e Valores
2.3.1.9. Fundos de Investimento
2.3.1.10. Instituições de Aplicação Financeira, Financiamento, Investimento e Crédito
2.3.1.11. Sociedade de Capitalização
2.3.2. COMÉRCIO E ADMINISTRAÇÃO DE IMÓVEIS
2.3.2.1. Administrações de Imóveis
2.3.2.2. Compra, Venda e Corretagem de Imóveis
2.3.2.3. Empreendimentos Imobiliários
2.3.2.4. Incorporação de Imóveis
2.3.3. SERVIÇOS DE ALOJAMENTO E ALIMENTAÇÃO
2.3.3.1. Albergues
2.3.3.2. Restaurante
2.3.3.3. Pensões
2.3.4. SERVIÇOS DOMICILIARES
2.3.4.1. Chaveiros
2.3.4.2. Dedetização
149

2.3.4.3. Jardinagem e Paisagismo


2.3.4.4. Lavanderias Self-Service
2.3.4.5. Locação de Artigos para Festa
2.3.4.6. Posto de Recebimento de Pequenas Mercadorias
2.3.4.7. Produção de Húmus
2.3.5. SERVIÇOS PESSOAIS
2.3.5.1. Agência de Casamento
2.3.5.2. Barbeiros
2.3.5.3. Centros de Estética
2.3.5.4. Confecções e Reparação de Artigos de Vestuário sob Medida
2.3.5.5. Cursos Aula Particular
2.3.5.6. Cursos Diversos
2.3.5.7. Estilista
2.3.5.8. Escola de Mergulho
2.3.5.9. Estúdios Fotográficos
2.3.5.10. Locação de Artigos de Vestuário
2.3.5.11. Massagens, Saunas, Duchas e Banhos
2.3.5.12. Salões de Beleza
2.3.5.13. Salões de Engraxate
2.3.5.14. Serviço de Tele-informática
2.3.5.15. Serviços Esotéricos
2.3.6. SERVIÇOS DE DIVERSÃO E COMUNICAÇÃO
2.3.6.1. Casas Lotéricas
2.3.6.2. Estúdio de Gravação
2.3.6.3. Locação de Filmes e Discos
2.3.6.4. Locação de Livros
2.3.6.5. Locação de Fitas de Vídeo-Game com até Duas Máquinas de Vídeo Game
2.3.6.6. Prestação de Serviços por Telefone
2.3.7. SERVIÇOS TÉCNICO-PROFISSIONAIS
2.3.7.1. Agências de Publicidade e Propaganda
2.3.7.2. Consultórios
2.3.7.3. Consultórios Veterinários
2.3.7.4. Empreiteira de Serviços de Construção
2.3.7.5. Escritórios
2.3.7.6. Estúdios de Escultura, Desenho e Pintura Artística
2.3.7.7. Laboratório de Prótese Dentária
2.3.7.8. Laboratório Fotográfico
2.3.7.9. Posto de Coleta de Materiais Biológicos
2.3.7.10. Profissionais Autônomos
2.3.7.11. Provedor - INTERNET
2.3.7.12. Serviços de Acupuntura
2.3.7.13. Serviços de Auditoria
2.3.7.14. Serviço de Comunicação e Programação Visual
2.3.7.15. Serviços de Decoração
2.3.7.16. Serviços de Informática
2.3.7.17. Serviços Gráficos, Editoriais e de Reprodução
2.3.7.18. Serviços de Investigação Particular
2.3.7.19. Serviços de Jornalismo e Comunicação
2.3.7.20. Serviço de Nutricionismo
2.3.7.21. Serviços de Promoção e Organização de Eventos
2.3.7.22. Serviço de Serigrafia / Silk- Screen
2.3.7.23. Serviços de Tradução e Documentação
150

2.3.8. SERVIÇOS AUXILIARES DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO


2.3.8.1. Confecção de Carimbos
2.3.8.2. Locação de Artigos, Aparelhos, Máquinas e Equipamentos de Pequeno
Porte
2.3.8.3. Locação de Marcas e Patentes
2.3.8.4. Posto de Intermediação de Serviços
2.3.8.5. Serviços de Vigilância
2.3.9. OUTROS SERVIÇOS
2.3.9.1. Administração de Tickets, Vales, Cartões e Fichas
2.3.9.2. Administração de Consórcio
2.3.9.3. Agência de Intercâmbio Cultural
2.3.9.4. Agências de Turismo
2.3.9.5. Locação, Compra e Venda de Telefones
2.3.9.6. Locação e Venda de Telões
2.3.9.7. Gravação, Lapidação e Vitrificação de Jóias e pequenos objetos
2.3.9.8. Sedes Administrativas de Empresas.
151

ANEXO III
Usos admitidos em lotes não referidos nos arts. 9º e 10 desta Lei (cf. art.11)

1. RESIDENCIAL
2. OS USOS NÃO RESIDENCIAIS ABAIXO LISTADOS, RESPEITADA A ÁREA
EXISTENTE OCUPADA PELA EDIFICAÇÃO, INDEPENDENTE DO GRUPO EM
QUE O USO SE LOCALIZA:
2.1 - SERVIÇOS DE USO COLETIVO
2.1.1. Associação Cultural
2.1.2. Biblioteca
2.1.3. Estabelecimento de Cultura Artística
2.1.4. Centro de Documentação
2.1.5. Centro de Pesquisa
2.1.6. Locais para exposição: Museu / Galeria de artes plásticas /Pinacoteca
2.1.7. Associação de Moradores do bairro Cidade Jardim
2.1.8. Asilo e Casa de Convivência
2.1.9. Representação de Organismos Internacionais
2.1.10. Representação Diplomática
2.2 - SERVIÇOS
2.2.1. Escritório Administrativo (sem operação de venda de mercadorias):
- Escritório de empresa ou firma
- Escritório de representação
2.2.2. Escritório de profissionais liberais e técnicos
152

LEI N° 9.568, DE 10 DE JUNHO DE 2008


Dispõe sobre a Operação Urbana do Parque Linear
Bulevar Andradas.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 1º - Fica instituída a Operação Urbana do Parque Linear Bulevar Andradas, em


conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de
1996, e de acordo com o disposto no art. 11 da Lei nº 7.166, de 27 de agosto de
1996, com o objetivo de viabilizar a implantação do Parque Linear Bulevar Andradas,
de acordo com os projetos elaborados pelo Executivo.

Art. 2º - As áreas objeto da operação urbana prevista nesta Lei são:


I - extensão das margens do ribeirão Arrudas, ao longo da Avenida dos Andradas,
entre as Avenidas do Contorno e Mem de Sá;
II - área delimitada pela Avenida dos Andradas e pelas ruas Ponta Porã, Professor
Otaviano e Pacífico Mascarenhas, correspondentes às quadras 278, 5127, 5130 e
5142 constantes da folha 42 do Anexo II da Lei nº 7.166/96 e às ruas Galiléia,
Nanuque e Pimenta, excluídos os lotes 1 e 2 da quadra 54G e os lotes 10-A, 11-A,
12-A, 13 e 14-A da quadra 54-H da Oitava Seção Suburbana.

Seção II
Do Plano Urbanístico

Art. 3º - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana do Parque


Linear Bulevar Andradas, seguindo o disposto no art. 67 da Lei nº 7.165/96, envolve
as seguintes intervenções:
I - recuperação ambiental e tratamento paisagístico das margens do ribeirão Arrudas
por meio da implantação do Parque Linear Bulevar Andradas;
II - promoção do desenvolvimento econômico da região adjacente ao Parque, por
meio da definição de parâmetros urbanísticos específicos para a área referida no
inciso II do art. 2º desta Lei;
III - desafetação e alienação onerosa das seguintes vias:
a) trecho da Rua Nanuque junto à esquina com a Rua Professor Otaviano, com área
de 288m² (duzentos e oitenta e oito metros quadrados) e extensão de 24m (vinte e
quatro metros);
b) trecho da Rua Pimenta junto à esquina com a Rua Professor Otaviano, com área
de 288m² (duzentos e oitenta e oito metros quadrados) e extensão de 24m (vinte e
quatro metros).

Art. 4º - Para os fins do disposto no art. 1º desta Lei, ficam estabelecidos, para os
imóveis incluídos na área descrita no inciso II do art. 2º desta Lei, os seguintes
parâmetros:
I - coeficiente de aproveitamento admitido equivalente a 2,70 (dois vírgula setenta);
II - demais parâmetros constantes do Plano Diretor, da Lei de Parcelamento,
Ocupação e Uso do Solo - LPOUS -, e da legislação municipal correlata.
153

Parágrafo único - A exigência de área permeável constante da Subseção V da


Seção II do Capítulo IV da Lei nº 7.166/96 poderá, até o limite de 60% (sessenta por
cento), ser efetivada dentro da área do Parque Linear Bulevar Andradas.

Seção III
Da Implementação da Operação Urbana

Art. 5º - A utilização dos benefícios previstos no art. 4º desta Lei fica condicionada a:
I - execução, pelo empreendedor, das intervenções referentes à implantação do
Parque Linear Bulevar Andradas a que se refere o inciso I do art. 3°, no prazo
definido no art. 7º, todos desta Lei, conforme projeto do Executivo, até o limite de R$
5.552.634,30 (cinco milhões, quinhentos e cinqüenta e dois mil, seiscentos e trinta e
quatro reais e trinta centavos).
II - pagamento, pelo empreendedor, ao Poder Público Municipal do valor referente à
apropriação da área desafetada constante no inciso III do art. 3º desta Lei.

Parágrafo único - O recurso financeiro de que trata a presente operação urbana


poderá ser repassado aos cofres públicos para execução das intervenções pelo
Município, a critério do Executivo.

Art. 6º - Cabe ao Poder Público Municipal:


I - apresentar o projeto executivo do Parque Linear Bulevar Andradas, bem como o
seu respectivo orçamento;
II - desafetar e alienar onerosamente ao empreendedor as áreas descritas no inciso
III do art. 3º desta Lei;
III - considerar os parâmetros definidos no art. 4º, em atendimento aos objetivos
dispostos no art. 1º, no processo de licenciamento do empreendimento situado na
área constante do inciso II do art. 2º, todos desta Lei.

§ 1º - Anteriormente à concretização da alienação de que trata o inciso II do caput


deste artigo, as áreas descritas no inciso III do art. 3º desta Lei deverão ser objeto
de avaliação específica pela Secretaria Municipal de Finanças, tomando-se por base
o valor venal do imóvel constante do cadastro do ITBI.

§ 2º - Além da avaliação a que se refere o § 1º deste artigo, as áreas remanescentes


deverão ser avaliadas pela Comissão de Avaliação de Bens Imóveis, prevista na
alínea "c" do inciso I do art. 19 da Lei nº 9.330, de 29 de janeiro de 2007, de modo a
assegurar que o valor pago ao Município seja, efetivamente, o valor de mercado do
imóvel.

§ 3º - Na hipótese de divergência entre as duas avaliações, prevalecerá a que for


maior.

Seção IV
Do Prazo da Operação Urbana

Art. 7º - O prazo de vigência da Operação Urbana do Parque Linear Bulevar


Andradas é de 5 (cinco) anos, contados da data de publicação desta Lei.

§ 1º - As intervenções relativas ao disposto no inciso I do art. 3º desta Lei deverão


ser concluídas no prazo previsto no caput deste artigo.
154

§ 2º - A utilização dos parâmetros urbanísticos previstos no art. 4º desta Lei fica


condicionada ao protocolo de projeto arquitetônico junto à Secretaria competente no
prazo previsto no caput deste artigo.

Seção V
Das Penalidades

Art. 8º - O não cumprimento do disposto no § 1º do art. 7º desta Lei sujeita o


empreendedor a multa de R$11.539.252,20 (onze milhões, quinhentos e trinta e
nove mil, duzentos e cinqüenta e dois reais e vinte centavos).

Parágrafo único - A não utilização dos parâmetros urbanísticos constantes do art. 4º,
no prazo previsto no art. 7º, não isenta o empreendedor do cumprimento do disposto
no art. 5º, todos desta Lei.

Seção VI
Disposições Finais

Art. 9º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 10 de junho de 2008

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei n° 1.600/08, de autoria do Executivo)


155

LEI Nº 9.604, DE 19 DE SETEMBRO DE 2008


Institui a Política Municipal de Gestão Ambiental dos
Resíduos Gerados pelos Serviços de Reparação de
Veículos e Motocicletas e dá outras providências.

O Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições


legais e atendendo ao que dispõe o § 6º, combinado com o § 8º, do art. 92 da Lei
Orgânica do Município de Belo Horizonte, tendo sido mantido o Veto aposto pelo
Excelentíssimo Senhor Prefeito à Proposição de Lei nº 667/08 relativamente ao
inciso I do art. 3º e ao § 1º do art. 4º e rejeitado o Veto relativamente aos demais
dispositivos da mesma proposição, promulga a seguinte Lei:

Art. 1º - Fica instituída a Política Municipal de Gestão Ambiental dos Resíduos


Gerados pelos Serviços de Reparação de Veículos e Motocicletas, com o objetivo de
disciplinar o armazenamento, o recolhimento e a destinação dos resíduos originados
dessas atividades.

Art. 2º - A Política Municipal de Gestão Ambiental dos Resíduos Gerados pelos


Serviços de Reparação de Veículos e Motocicletas observará as seguintes diretrizes:
I - prevenção, mitigação ou eliminação e monitoramento da poluição ambiental
provocada pelos resíduos originados dessas atividades;
II - promoção da reciclagem, recuperação e reutilização dos resíduos originados
dessas atividades;
III - promoção da inserção social dos catadores dos resíduos originados dessas
atividades;
IV - incentivo a parcerias entre o poder público, as empresas que atuam no setor de
reparação de veículos e motocicletas e as entidades de classe ligadas a atividades
pertinentes a esta Lei.
ADIN nº 1.0000.09.497683-4/000, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
- Concedida a liminar - SUSPENSA A EFICÁCIA deste artigo.

Art. 3º - Compete ao Executivo:


I - MANTIDO O VETO;
II - promover a conscientização e a sensibilização da população com relação à
proteção ambiental e aos riscos associados ao armazenamento e à destinação
inadequada dos resíduos;
III - exigir medidas preventivas e mitigadoras específicas para atividades que
envolvem reparação e conservação de veículos e motocicletas e monitorar seu
cumprimento;
IV - estimular ações relacionadas à reciclagem, à recuperação e à reutilização dos
resíduos;
V - incentivar as empresas geradoras dos resíduos a participarem de projetos que
visem a gestão ambiental de seus setores por meio de incentivos fiscais e da adoção
de selo característico do projeto, a ser detalhado em regulamentação;
VI - manter cadastro atualizado das empresas prestadoras de serviço de reparação
e conservação com atuação no Município.
ADIN nº 1.0000.09.497683-4/000, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais
- Concedida a liminar - SUSPENSA A EFICÁCIA deste artigo.

Parágrafo único - Para o cumprimento do que dispõe este artigo, o Executivo poderá
promover convênios e realizar parcerias.
156

Art. 4º - Compete à empresa que atua no setor de reparação de veículos e


motocicletas:
I - manter local e recipientes em condições seguras e adequadas para
armazenamento transitório de resíduos gerados, conforme as normas técnicas e a
legislação vigente;
II - responsabilizar-se pelo transporte e destinação final dos resíduos gerados, a
serem realizados de acordo com as normas técnicas e a legislação vigente;
III - comprometer-se, juntamente com o Executivo, em ações que visem à inserção
social dos catadores de resíduos.

§ 1º - MANTIDO O VETO.

§ 2º - Para o atendimento do disposto no inciso II deste artigo, as empresas poderão


desenvolver parcerias com o Executivo, com entidades que as represente ou com
entidades ligadas à reciclagem, recuperação e reutilização.

§ 3º - O local e o recipiente de armazenamento transitório dos resíduos deverão ter:


I - dimensão compatível com o volume do material a ser armazenado em condições
de segurança;
II - cobertura e fechamento, de modo a impedir a acumulação de água;
III - sinalização com alerta, em caso de risco de acidente provocado pelo material
armazenado.

Art. 5º - Compete às entidades de classe ligadas a atividades de reparação e


conservação o encaminhamento periódico ao Executivo das empresas que aderiram,
de forma associativa, à política de gestão ambiental prevista por esta Lei.
Art. 6º - O descumprimento do disposto nesta Lei sujeita o estabelecimento infrator
às seguintes penalidades:
I - advertência, por escrito, em caso de não existência de local específico para
armazenamento transitório ou de não conformidade com as exigências legais;
II - multa no valor de R$ 385,00 (trezentos e oitenta e cinco reais), em caso de
descumprimento de advertência e de reincidência;

§ 1º - Em caso de advertência, será concedido prazo de até 90 (noventa) dias para a


implantação do local ou recipiente de armazenamento ou para a adequação do
existente, nos termos do compromisso formal estabelecido entre o fiscal do
Município e o responsável pelo estabelecimento.

§ 2º - A penalidade de multa será aplicada cumulativamente às demais sanções


previstas na legislação municipal.

Art. 7º - Fica sujeita a multa de R$ 1.000,00 (um mil reais), sem prejuízo de outras
penalidades legais cabíveis, a pessoa física ou jurídica que venha a ser
responsabilizada por realizar descarte, em local não autorizado, dos resíduos de que
trata esta Lei.

Parágrafo único - Na hipótese de reincidência na prática da infração discriminada no


caput deste artigo, será aplicada ao infrator a multa estabelecida, que será cobrada
em dobro, sem prejuízo de outras penalidades legais cabíveis.
157

Art. 8º - As multas previstas nesta Lei serão atualizadas nos termos do § 1º do art.
14 da Lei nº 8.147, de 29 de dezembro de 2000.

Art. 9º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias,
contado da data de sua publicação.

Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 19 de setembro de 2008

Totó Teixeira
Presidente

(Originária do Projeto de Lei n° 1.413/07, de autoria do Vereador Anselmo José


Domingos)
158

LEI Nº 9.718, DE 3 de JULHO DE 2009


Altera a Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, e dá
outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O art. 1º da Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005, passa a vigorar


acrescido do seguinte inciso XI:

“Art. 1º -
XI – Secretaria Municipal de Meio Ambiente. (NR)”.

Art. 2º - O art. 52 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 52 – A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas tem por finalidade


articular a definição e a implementação da política de desenvolvimento
urbano do Município, de forma integrada e intersetorial, visando ao pleno
cumprimento das funções sociais da Cidade. (NR)”.

Art. 3º - Os incisos III, IV, V, X e XII do art. 53 da Lei nº 9.011/05 passam a vigorar
com a seguinte redação:

“Art. 53 –
III – coordenar a elaboração das políticas de transporte e trânsito,
habitação, controle urbano, estruturação urbana, saneamento básico,
drenagem e limpeza urbana no Município;
IV – elaborar planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
V – coordenar a estratégia, monitorar e avaliar a implementação dos
planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
X – delegar às entidades da Administração Indireta o gerenciamento dos
contratos de sua competência;
XII – gerenciar o Fundo Municipal de Habitação Popular, o Fundo
Municipal de Saneamento, o Fundo de Transportes Urbanos e o Fundo
Municipal de Calamidade Pública; (NR)”.

Art. 4º - O art. 54 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 54 – Compõem a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas:


I – a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
II – a Secretaria Municipal Adjunta de Habitação;
III – a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil. (NR)”.

Art. 5º - Ficam revogados a Subseção I da Seção XII do Capítulo II e respectivos


artigos 55 e 56 da Lei nº 9.011/05.

Art. 6º - O parágrafo único do art. 73 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 73 –
159

Parágrafo único – Integra a Secretaria de Administração Regional


Municipal a Secretaria Adjunta de Administração Regional Municipal, a
cujo titular compete atuar em parceria com o Secretário de Administração
Regional Municipal e substituí-lo em suas ausências ou impedimentos.
(NR)”.

Art. 7º - O Capítulo II da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar acrescido da seguinte


Seção XVII e respectivos artigos 80A e 80B:

“Seção XVII
Da Secretaria Municipal de Meio Ambiente

Art. 80A – A Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem por finalidade


coordenar a elaboração e implementação da política ambiental do
Município, visando a promover proteção, conservação e melhoria da
qualidade de vida da população.

Art. 80B – Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente:


I – elaborar e implementar os planos, programas, pesquisas, projetos e
atividades para a promoção da política ambiental;
II – coordenar, executar e avaliar a implementação de planos, programas
e projetos de desenvolvimento ambiental;
III – coordenar a elaboração da política de recursos hídricos no Município;
IV – coordenar a elaboração das políticas de proteção e preservação da
biodiversidade no Município;
V – coordenar a elaboração de proposta de legislação ambiental
municipal;
VI – coordenar e executar as atividades de controle ambiental,
gerenciando o licenciamento ambiental e a avaliação dos
empreendimentos de impacto e das respectivas medidas mitigadoras ou
compensatórias, com colaboração dos demais órgãos municipais;
VII – coordenar, executar, normatizar e avaliar a fiscalização de controle
ambiental no Município, em colaboração com outros órgãos e entidades
da Administração Municipal;
VIII – executar e monitorar a política de educação ambiental do Município;
IX – executar e monitorar estudos e projetos de desenvolvimento
ambiental;
X – normatizar, monitorar e avaliar a qualidade ambiental do Município;
XI – normatizar e monitorar a política de áreas verdes e de arborização do
Município e desenvolver estudos e projetos sobre a matéria;
XII – prestar suporte técnico e administrativo ao Conselho Municipal de
Meio Ambiente – COMAM;
XIII – gerenciar o Fundo Municipal de Defesa Ambiental;
XIV – coordenar a execução de suas atividades administrativas e
financeiras;
XV – coordenar outras atividades destinadas à consecução de seus
objetivos.

Parágrafo único – Integra a Secretaria Municipal de Meio Ambiente a


Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente, a cujo titular compete
atuar em parceria com o Secretário Municipal de Meio Ambiente e
substituí-lo em suas ausências ou impedimentos. (NR)”.
160

Art. 8º - Ficam revogadas as alíneas “c” e “f” do inciso III do art. 84 da Lei nº
9.011/05.

Art. 9º - O art. 84 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar acrescido do seguinte


inciso V:

“Art. 84 –
V – à Secretaria Municipal de Meio Ambiente:
a) a Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte – FZB;
b) a Fundação de Parques Municipais – FPM. (NR)”.

Art. 10 – O inciso II do § 1º do art. 94 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 94 –

§ 1º -
II – Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM -, criado pelo
Decreto nº 4.796, de 30 de agosto de 1984, e ratificado pela Lei nº 4.253,
de 4 de dezembro de 1985, com as alterações posteriores: Secretaria
Municipal de Meio Ambiente; (NR)”.

Art. 11 – O parágrafo único do art. 112 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a
seguinte redação:

“Art. 112 –

Parágrafo único – A Fundação integra a Administração Pública Indireta do


Município, vinculando-se à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. (NR)”.

Art. 12 – O art. 114 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar acrescido do seguinte inciso
VI:

“Art. 114 –
VI – gerenciar o Fundo Municipal de Operação do Parque das
Mangabeiras. (NR)”.

Art. 13 – O inciso II do art. 151 da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 151 –
II – Secretário Municipal de Meio Ambiente; (NR)”.

Art. 14 – O Anexo I da Lei nº 9.011/05 passa a vigorar com a seguinte alteração


referente à quantidade de vagas do cargo em comissão de Secretário Adjunto de
Administração Regional:

“ANEXO I
161

QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO


DIRETA DO PODER EXECUTIVO E DE CORRELAÇÃO COM OS CARGOS
ANTERIORES

CARGO PREVISTO NA CARGO PREVISTO QUANTIDAD


LEGISLAÇÃO NESTA LEI E DE VAGAS
ANTERIOR
Secretário Municipal Secretário Adjunto de 9
Regional Administração Regional
(NR)”.

Art. 15 – Ficam criados os seguintes cargos públicos comissionados, passando o


Anexo I da Lei n° 9.011/05 a vigorar acrescido desses cargos:

“ANEXO I

QUADRO DE CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSÃO DA ADMINISTRAÇÃO


DIRETA DO PODER EXECUTIVO E DE CORRELAÇÃO COM OS CARGOS
ANTERIORES

CARGO PREVISTO NA CARGO PREVISTO QUANTIDAD


LEGISLAÇÃO NESTA LEI E DE VAGAS
ANTERIOR
Secretário Municipal de Secretário Municipal 01
Coordenação
Gerente de 2º Nível Gerente de 2º Nível 03
Gerente de 3º Nível Gerente de 3º Nível 03
Assessor I Assessor I 10
Assessor II Assessor II 20
Assessor III Assessor III 02
(NR)”.

Art. 16 – As unidades de saúde, as unidades de ensino, os Equipamentos


Municipais de Apoio à Família e à Cidadania e os Centros de Apoio Comunitário,
que tenham sido vinculados por outras leis e por decretos às Secretarias Adjuntas
de Administração Regional de Serviços Sociais passam a vincular-se às respectivas
Secretarias de Administração Regional Municipal.

Art. 17 – Fica o Executivo autorizado a remanejar os créditos orçamentários


consignados nos órgãos e entidades do Município no limite de R$70.355.076,00
(setenta milhões, trezentos e raújo ta e cinco mil e setenta e seis reais), objeto da
reestruturação administrativa desta Lei, por meio da abertura de créditos adicionais
especiais nos termos dos artigos 40 a 43, 45 e 46 da Lei nº 4.320, de 17de março de
1964.

Art. 18 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 3 de julho de 2009

Marcio Araújo de Lacerda


162

LEI Nº 9.789, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2009


Institui a Política Municipal de Coleta, Tratamento e
Reciclagem de Óleo e Gordura de Origem Vegetal
ou Animal.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Fica instituída a Política Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de


Óleo e Gordura de Origem Vegetal ou Animal.

Art. 2º - A Política Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura


de Origem Vegetal ou Animal tem os seguintes objetivos:
I - incentivar a adoção de medidas que evitem o lançamento de resíduo de óleo e
gordura de origem vegetal ou animal em rede de coleta de esgoto e de drenagem
pluvial;
II - reduzir a poluição ambiental - dos solos e das águas - provocada pelo
lançamento de óleo e gordura em rede de coleta de esgoto e de drenagem pluvial;
III - reduzir o gasto de recurso público aplicado em manutenção de rede de coleta de
esgoto e de drenagem pluvial;
IV - evitar o entupimento de rede de coleta de esgoto e de drenagem pluvial.

Parágrafo único - Para os fins desta Lei, considera-se resíduo de óleo e gordura de
origem vegetal ou animal a sobra descartada após a utilização de óleo e gordura em
atividade culinária.

Art. 3º - A Política Municipal de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura


de Origem Vegetal ou Animal observará as seguintes diretrizes:
I - VETADO
II - conscientização da população quanto a dano proveniente do descarte residual de
óleo e gordura de origem vegetal ou animal no meio ambiente e quanto às
vantagens da sua reutilização ou reciclagem;
III - estímulo a iniciativas não governamentais voltadas para a reciclagem, bem como
a ações ligadas às diretrizes da Política de que trata esta Lei, especialmente as que
impliquem geração de trabalho e renda;
IV - busca do cumprimento de metas de proteção ao meio ambiente;
V - promoção de estudo e desenvolvimento de projeto e programa que atenda às
finalidades desta Lei;
VI - incentivo à cooperação entre a União, o Estado, os municípios e as
Organizações Não Governamentais - ONGs -;
VII - VETADO;
VIII - incremento na fiscalização de indústria de alimentos e de serviço de alojamento
e alimentação, conforme classificação do Anexo X da Lei n° 7.166, de 27 de agosto
de 1996;
IX - monitoramento do descarte de material originário de limpeza de caixa de
gordura realizada por empresa prestadora de serviço dessa natureza.
163

Art. 4º - Para a execução dos objetivos propostos no art. 2° desta Lei, o Executivo
promoverá:
I - a realização de estudo sobre as formas adequadas de descarte de óleo e gordura
de origem animal e vegetal;
II - a realização de estudo sobre a viabilidade de coleta especial e reaproveitamento
do resíduo de óleo e gordura de origem vegetal ou animal, especialmente, para a
produção de biodiesel;
III - o desenvolvimento de campanha de conscientização ambiental da população;
IV - o estabelecimento de convênio com empresas e entidades envolvidas com
reciclagem;
V - a fiscalização e o monitoramento quanto ao funcionamento adequado de caixa
de gordura dos estabelecimentos citados no inciso VIII do art. 3° desta Lei.

CAPÍTULO II
DO RECOLHIMENTO DE ÓLEO E GORDURA

Art. 5º - VETADO
Parágrafo único - VETADO
Art. 6º - VETADO
Parágrafo único - VETADO

CAPÍTULO III
DAS OBRIGAÇÕES

Art. 7º - VETADO
Parágrafo único - VETADO
Art. 8º - VETADO

CAPÍTULO IV
DAS PENALIDADES

Art. 9º - VETADO
Parágrafo único - VETADO
I - VETADO
II - VETADO
III - VETADO
IV - VETADO
Art. 10 - VETADO
I - VETADO
II - VETADO
III - VETADO
IV - VETADO
Art. 11 - VETADO
Art. 12 - VETADO
Art. 13 - VETADO
I - VETADO
II - VETADO
Art. 14 - VETADO
Art. 15 - VETADO
Art. 16 - VETADO
Parágrafo único - VETADO
164

Art. 17 - VETADO
I - VETADO
II - VETADO
Art. 18 - VETADO

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 19 - Para cumprimento do disposto nesta Lei, o Executivo poderá estabelecer


convênio, contrato e parceria com órgão ou entidade pública ou privada.

§ 1º - VETADO

§ 2º - A entidade privada a que se refere o caput deste artigo deverá cadastrar-se,


previamente, no órgão competente do Município.

Art. 20 - VETADO
Parágrafo único - VETADO
Art. 21 - VETADO
Art. 22 - VETADO
Art. 23 - VETADO

Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2009

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 97/09, de autoria da vereadora Luzia Ferreira e do


Vereador Paulo Lamac)
Informação retificada em 15/12/2009
165

LEI Nº 9.814, DE 18 DE JANEIRO DE 2010


Autoriza o Executivo a doar áreas de propriedade do
Município e a realizar aporte financeiro ao Fundo de
Arrendamento Residencial - FAR -, representado
pela Caixa Econômica Federal; institui isenção de
tributos para operações vinculadas ao Programa
Minha Casa, Minha Vida, nas condições
especificadas, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - O Executivo, objetivando promover a implantação de moradias destinadas à


alienação para famílias com renda mensal de até 3 (três) salários mínimos, no
âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV -, fica autorizado a doar ao
Fundo de Arrendamento Residencial - FAR -, regido pela Lei Federal n° 10.188, de
12 de fevereiro de 2001, representado pela Caixa Econômica Federal - CAIXA -,
responsável pela gestão do FAR e operacionalização do PMCMV, bens imóveis
públicos de propriedade do Município para implantação do programa de habitação
popular.

§ 1º - Os bens públicos mencionados no caput deste artigo compreendem:


I - imóveis não-edificados;
II - imóveis edificados cujo emprego no PMCMV seja justificado;
III - imóveis edificados ou não, adquiridos para cumprir o Programa previsto nesta
Lei.

§ 2º - Os bens públicos mencionados no § 1º deste artigo deverão ser previamente


avaliados, nos termos da legislação municipal.

Art. 2º - Fica o Fundo Municipal de Habitação, gerido pelo Município de Belo


Horizonte, autorizado a realizar aporte financeiro ao FAR, gerido pela CAIXA,
visando a implantação de moradias destinadas à alienação para famílias com renda
mensal de até 3 (três) salários mínimos.

§ 1º - O aporte de recursos do Município ao FAR destina-se a empreendimentos que


tenham a viabilidade técnica e financeira atestada pela CAIXA e pela Secretaria
Municipal Adjunta de Habitação.

§ 2º - O Município avaliará o montante a ser destinado ao empreendimento, bem


como a forma de aplicação dos recursos, de acordo com as normas previstas no
regulamento desta Lei.

Art. 2º-A - Fica o Executivo autorizado a alienar bens imóveis públicos não
edificados para a implantação de moradias no âmbito do Programa Minha Casa,
Minha Vida - PMCMV -, visando à obtenção de recursos para a realização de aporte
financeiro ao Fundo Municipal de Habitação.

§ 1º - Os bens públicos mencionados no caput deste artigo deverão ser previamente


avaliados, nos termos da legislação municipal.
166

§ 2º - Os recursos provenientes das alienações de que trata o caput deste artigo


serão utilizados exclusivamente no âmbito do PMCMV.
Art. 2º-A acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 1º)

Art. 3º - As doações de bens imóveis públicos para implantação do programa de


habitação popular, as obras, os serviços e os aportes financeiros ao PMCMV não
poderão exceder, em seu conjunto, a quantia de R$200.000.000,00 (duzentos
milhões de reais).
Caput com redação dada pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 2º)

Parágrafo único - Não serão computadas no valor previsto no caput deste artigo as
obras e intervenções em infraestrutura urbana que tenham alocação própria em
orçamento.

Art. 4º - Os bens imóveis doados pelo Município serão utilizados exclusivamente no


âmbito do PMCMV e constarão dos bens e direitos integrantes do patrimônio do
FAR, com fins específicos de manter a segregação patrimonial e contábil dos
haveres financeiros e imobiliários, observados, quanto a tais bens e direitos, as
seguintes restrições:
I - não integram o ativo da CAIXA;
II - não respondem direta ou indiretamente por qualquer obrigação da CAIXA;
III - não compõem a lista de bens e direitos da CAIXA, para efeito de liquidação
judicial ou extrajudicial;
IV - não podem ser dados em garantia de débito de operação da CAIXA;
V - não são passíveis de execução por quaisquer credores da CAIXA;
VI - não podem ser constituídos quaisquer ônus reais sobre os imóveis.

Art. 5º - Caso a donatária não utilize os imóveis e os recursos aportados para o


cumprimento do disposto nos arts. 1º e 2º desta Lei no prazo de 4 (quatro) anos,
contados da efetiva transferência dos bens, prorrogável por mais 2 (dois) anos,
justificadamente e a critério do Executivo, os mesmos reverterão ao patrimônio do
Município mediante simples aviso no prazo de 30 (trinta) dias.

Parágrafo único - Entende-se por utilizados os imóveis e recursos quando da efetiva


entrega das moradias aos beneficiários do PMCMV devidamente concluídas e
liberadas para habitação.

Art. 6º - Observado o interesse público, as áreas destinadas à implantação do


PMCMV, voltadas para os beneficiários inseridos na faixa de 0 (zero) a 3 (três)
salários mínimos, poderão ser utilizadas com parâmetros excepcionais desde que,
comprovadamente, o projeto a ser implantado não implique comprometimento de
aspectos ambientais relevantes existentes no local.

§ 1º - A utilização dos parâmetros mencionados no caput deste artigo fica


condicionada à emissão, pelas secretarias municipais de Políticas Urbanas e de
Meio Ambiente, de diretrizes de implantação e parecer conjunto e motivado que
conclua pela adequação do projeto às condições existentes no local.

§ 2º - Os parâmetros previstos no caput deste artigo serão fixados pelas diretrizes de


implantação a que se refere o § 1º, ficando limitados a:
I - coeficiente de aproveitamento igual a 1,0 (um inteiro);
167

II - quota de terreno por unidade habitacional igual a 45m2/un. (quarenta e cinco


metros quadrados por unidade habitacional);
III - taxa de permeabilidade igual a 20% (vinte por cento);
IV - área mínima dos lotes em ZP1 nos termos do disposto no art. 6º, inciso II, da Lei
Federal nº 6.766/79.
Inciso IV acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 3º)

§ 3º - Consideram-se aspectos ambientais relevantes:


I - declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento);
II - existência de área de proteção de nascentes;
III - existência de faixas de proteção de curso d’água;
IV - presença expressiva de vegetação;
V - inadequação do solo para o adensamento proposto;
VI - outros considerados relevantes motivadamente pela Administração Municipal.

Art. 7º - As áreas de propriedade do Município, incluídas as resultantes de


parcelamento ou reparcelamento do solo, poderão ser desafetadas, mediante
decreto, e destinadas à implantação de programas de habitação popular, inclusive
por meio da doação prevista no art. 1º desta Lei.

Parágrafo único - Aos imóveis de que trata este artigo aplica-se o disposto no art. 6º.

Art. 8º - Fica isento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - o


serviço de execução de obra de construção civil vinculada ao PMCMV do Governo
Federal, para a implantação de moradias destinadas a famílias com renda de até 3
(três) salários mínimos.

§ 1º - A isenção prevista neste artigo alcança também os serviços de execução de


obra de construção civil vinculada ao PMCMV, para a implantação de moradias
destinadas a famílias com renda superior a 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos,
desde que para cada edificação com esta destinação correspondam outras duas
destinadas a famílias de até 3 (três) salários mínimos, realizadas pelo mesmo
construtor.

§ 2º - A aplicação da isenção prevista neste artigo fica condicionada à apresentação


de comprovante emitido pela CAIXA, representante da União e responsável pela
operacionalização do PMCMV, e pela Secretaria Municipal Adjunta de Habitação, de
que a obra e o respectivo construtor vinculam-se ao Programa, sem prejuízo de
outras exigências estabelecidas em regulamento específico.

§ 3º - A isenção de que trata este artigo não desobriga o prestador do serviço do


cumprimento das obrigações acessórias previstas na legislação tributária específica.

Art. 9º - Fica isento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana -


IPTU -, bem como da Taxa de Fiscalização de Obras Particulares, durante o período
de execução da obra, o imóvel no qual serão realizadas edificações vinculadas ao
PMCMV, destinadas a famílias com renda de até 3 (três) salários mínimos.

§ 1º - A isenção prevista neste artigo alcança também o imóvel no qual serão


realizadas edificações vinculadas ao PMCMV para famílias com renda superior a 3
(três) e até 6 (seis) salários mínimos, desde que para cada edificação com esta
168

destinação correspondam outras duas destinadas a famílias de até 3 (três) salários


mínimos, realizadas pelo mesmo construtor.

§ 2º - A aplicação da isenção prevista neste artigo fica condicionada à apresentação


de comprovante emitido pela CAIXA, representante da União e responsável pela
operacionalização do PMCMV, e pela Secretaria Municipal Adjunta de Habitação, de
que o imóvel vincula-se ao Programa, sem prejuízo de outras exigências
estabelecidas em regulamento específico.

§ 3º - Ao término da obra deverá ser obrigatoriamente apresentada a Certidão de


Baixa e Habite-se cuja data de expedição será considerada o marco determinante
do final do benefício previsto neste artigo.

Art. 10 - Fica isento do IPTU, durante a vigência do contrato de financiamento


firmado com o agente financeiro, o imóvel adquirido através do PMCMV, por
mutuário com renda familiar mensal de até 6 (seis) salários mínimos.

Parágrafo único - A aplicação da isenção prevista neste artigo, sem prejuízo de


outras exigências a serem estabelecidas em regulamento específico, fica
condicionada a:
I - apresentação de comprovante emitido pela CAIXA e pela Secretaria Municipal
Adjunta de Habitação de que o imóvel integra o referido Programa e destina-se à
família com renda mensal de até 6 (seis) salários mínimos;
II - apresentação de cópia autenticada do contrato de financiamento firmado com o
agente financeiro respectivo;
III - não ser o mutuário, seu cônjuge ou companheiro proprietário ou promitente
comprador de outro imóvel;
IV - utilização/ocupação exclusivamente residencial do imóvel objeto do
financiamento.

Art. 11 - Fica isenta do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis por Ato
Oneroso Inter Vivos - ITBI - a transmissão da propriedade de imóvel destinado a
edificações vinculadas ao PMCMV para famílias com renda de até 3 (três) salários
mínimos.

Parágrafo único - A isenção prevista neste artigo alcança também a transmissão da


propriedade de imóvel destinado a edificações vinculadas ao PMCMV para famílias
com renda superior a 3 (três) e até 6 (seis) salários mínimos, desde que para cada
edificação com esta destinação correspondam outras duas destinadas a famílias de
até 3 (três) salários mínimos, realizadas pelo mesmo construtor.

Art. 12 - Fica isenta do ITBI a transmissão de imóvel vinculado ao PMCMV a


mutuário cuja renda familiar mensal seja de até 6 (seis) salários mínimos.

Parágrafo único - A aplicação da isenção prevista neste artigo, sem prejuízo de


outras exigências a serem estabelecidas em regulamento específico, fica
condicionada a:
I - apresentação de comprovante emitido pela CAIXA e pela Secretaria Municipal
Adjunta de Habitação de que o imóvel integra o referido Programa e destina-se à
família com renda mensal de até 6 (seis) salários mínimos;
II - apresentação de cópia autenticada do contrato de financiamento firmado com o
agente financeiro respectivo;
169

III - não ser o mutuário, seu cônjuge ou companheiro proprietário ou promitente


comprador de outro imóvel;
IV - utilização/ocupação exclusivamente residencial do imóvel objeto do
financiamento.

Art. 13 - Para fins de aplicação das isenções previstas nesta Lei, entende-se por
edificação cada uma das unidades destinadas individualmente às famílias de baixa
renda definidas nos referidos artigos.

Art. 14 - Fica o Executivo autorizado a receber, conforme dispuser o regulamento


desta Lei, imóvel a ser vinculado ao PMCMV destinado a famílias com renda de até
3 (três) salários mínimos através de dação em pagamento para quitar créditos
tributários originários do IPTU e do ITBI incidentes sobre o imóvel objeto da dação.

§ 1º - O proprietário do imóvel, objeto da dação em pagamento, não receberá


qualquer outro tipo de ressarcimento que não a quitação do crédito tributário.

§ 2º - Os imóveis recebidos pelo Município a título de dação em pagamento poderão


ser doados ao FAR, como aporte de recursos de que trata o art. 3º, nas condições
estabelecidas nesta Lei.

Art. 15 - É obrigatório o atendimento preferencial, no PMCMV, aos seguintes


beneficiários:
I - residentes em área de risco;
II - VETADO
III - beneficiários do programa do Governo Municipal Bolsa-Moradia;
IV - participantes do Orçamento Participativo Habitacional;
V - famílias que se enquadrem no perfil socioeconômico do Programa Minha Casa,
Minha Vida e cujo direito à moradia tenha sido reconhecido na esfera do Conselho
Municipal de Habitação.
Inciso V acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 4º)

Parágrafo único - O tratamento previsto no caput deste artigo poderá ser afastado
por ato administrativo motivado expedido pelo Secretário Municipal de Políticas
Urbanas.
Parágrafo único acrescentado pela Lei nº 10.102, de 18/1/2011 (Art. 4º)

Art. 16 - Para atender ao disposto nesta Lei, fica o Executivo autorizado a adaptar
seus instrumentos de planejamento financeiro e, nos termos dos arts. 40 a 43, 45 e
46 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, a abrir crédito adicional no
valor de R$70.000.000,00 (setenta milhões de reais) ao orçamento corrente, bem
como reabri-lo pelo seu saldo para o exercício seguinte.

Art. 17 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 18 de janeiro de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 728/09, de autoria do Executivo)


170

LEI Nº 9.830, DE 21 DE JANEIRO DE 2010


Dispõe sobre a manutenção, utilização e
apresentação de animais em circos ou espetáculos
e atividades circenses no Município de Belo
Horizonte, e dá outras providências.

O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º - Ficam proibidas, em toda a extensão territorial do Município de Belo


Horizonte, a apresentação, manutenção e utilização, sob qualquer forma, de animais
selvagens ou domésticos, nativos ou exóticos, em circos ou espetáculos e atividades
circenses.

Parágrafo único - As proibições de que trata este artigo não eximem os tutores dos
animais de eventuais ações decorrentes do descumprimento de outras normas
legais, inclusive as de caráter penal.

Art. 2º - O descumprimento do disposto nesta Lei acarretará ao infrator a aplicação


cumulativa das seguintes sanções:
I - cancelamento da licença de funcionamento, se houver, e imediata interdição do
local onde se realizam os espetáculos;
II - multa de R$5.000,00 (cinco mil reais) por dia de apresentação já realizada no
território belo-horizontino com a utilização dos animais;
III - multa de R$5.000,00 (cinco mil reais) pela manutenção dos animais em
ambiente de apresentação ou atividade circense ou à sua disposição;
IV - multa de R$500,00 (quinhentos reais) por animal mantido sob custódia do
responsável legal do circo ou atividade/espetáculo circense.

Parágrafo único - Os reajustes das multas previstas nesta Lei serão efetuados com
base na legislação municipal e em suas alterações, aplicáveis à espécie.

Art. 3º - Caberá à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, ou sua equivalente, a


execução desta Lei.

Parágrafo único - A arrecadação de multas aplicadas em decorrência desta Lei será


destinada ao Fundo Municipal de Meio Ambiente, em consonância com a Política
Nacional do Meio Ambiente.

Art. 4º - As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta de


dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.

Art. 5º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 21 de janeiro de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
171

LEI Nº 9.959, DE 20 DE JULHO DE 2010


Altera as leis n° 7.165/96 - que institui o Plano
Diretor do Município de Belo Horizonte - e n°
7.166/96 - que estabelece normas e condições para
parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no
Município -, estabelece normas e condições para a
urbanização e a regularização fundiária das Zonas
de Especial Interesse Social, dispõe sobre
parcelamento, ocupação e uso do solo nas Áreas de
Especial Interesse Social, e dá outras providências.

O Povo Do Município De Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
DAS ALTERAÇÕES À LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E DOS CRITÉRIOS E
PARÂMETROS URBANÍSTICOS DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL
- AEISs

CAPÍTULO I
DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 7.165, DE 27 DE AGOSTO DE 1996

Art. 1º - O § 1º do art. 7º da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, - Plano Diretor


do Município - passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 7º -

(...)

§ 1º - Hipercentro é a área compreendida pelo perímetro iniciado na


confluência das avenidas do Contorno e Bias Fortes, seguindo por esta
até a Rua Rio Grande do Sul, por esta até a Rua dos Timbiras, por esta
até a Avenida Bias Fortes, por esta até a Avenida Álvares Cabral, por esta
até a Rua dos Timbiras, por esta até a Avenida Afonso Pena, por esta até
a Rua da Bahia, por esta até a Avenida Assis Chateaubriand, por esta até
a Rua Sapucaí, por esta até a Avenida do Contorno, pela qual se vira à
esquerda, seguindo até o Viaduto Jornalista Oswaldo Faria, por este até a
Avenida do Contorno, por esta, em sentido anti-horário, até a Avenida
Bias Fortes, e por esta até o ponto de origem.” (NR)

Art. 2º - O § 3º do art. 18 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 18 -

(...)

§ 3º - A Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, - Lei de Parcelamento,


Ocupação e Uso do Solo - definirá critérios para garantir a implantação
das intervenções previstas no Anexo II desta Lei.” (NR)
172

Art. 3º - Fica acrescentado à Subseção XII da Seção II do Capítulo III do Título II


da Lei nº 7.165/96 o seguinte art. 32-B:

“Art. 32-B - Fica instituído, na Política Municipal de Habitação, o


Empreendimento Habitacional de Interesse Social - EHIS -, que se destina
a suprir a demanda habitacional, vinculado a programas de financiamento
público subsidiado, e que atenda aos critérios vigentes na Política
Municipal de Habitação.

Parágrafo único - A implantação dos EHISs pode ocorrer por iniciativa do


Executivo ou por solicitação de particulares, denominados
Empreendedores Sociais, e obedecerá a critérios, parâmetros e
procedimentos a serem regulamentados pelo Executivo, ouvido o
Conselho Municipal de Habitação - CMH.” (NR)

Art. 4º - O art. 60 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 60 - Transferência do Direito de Construir - TDC - é o instrumento


pelo qual o Poder Público Municipal autoriza o proprietário de imóvel
urbano a alienar ou a exercer em outro local, mediante escritura pública, o
direito de construir previsto na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do
Solo relativo ao Coeficiente de Aproveitamento Básico - CAb -, observado
o disposto no art. 61 desta Lei.

Parágrafo único - O acréscimo de potencial construtivo proveniente da


Transferência do Direito de Construir poderá gerar aumento proporcional
no número de unidades habitacionais no imóvel receptor, aplicando-se,
para tanto, as regras referentes à Transferência do Direito de Construir
previstas nesta Lei.” (NR)

Art. 5º - O art. 61 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 61 - São imóveis passíveis de geração da TDC aqueles considerados


necessários para:
I - a implantação de programa habitacional de interesse social, observado
o § 1º do art. 191 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte -
LOMBH -;
II - o atendimento a interesse histórico, ambiental, paisagístico, social ou
cultural;
III - o atendimento a programas de regularização fundiária e de
urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda;
IV - a implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
V - VETADO

§ 1º - Não podem originar Transferência do Direito de Construir:


I - os imóveis cujo possuidor preencha as condições para aquisição da
propriedade por meio de usucapião;
II - os imóveis não parcelados;
III - os imóveis de propriedade pública ou que, em sua origem, tenham
sido alienados pelo Município, pelo Estado ou pela União de forma não
onerosa.
173

§ 2º - VETADO

Art. 6º - Fica alterado o caput do art. 62 da Lei nº 7.165/96 e fica acrescentado a


esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 62 - São passíveis de recepção da Transferência do Direito de


Construir os imóveis situados:
I - nas Zonas de Adensamento Preferencial - ZAPs -, nos termos da Lei
de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo;
II - na mesma mancha contínua do zoneamento do imóvel de origem;
III - em área indicada em lei específica, referente a projetos urbanísticos
especiais;
IV - na Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH -, desde que provenientes
desse mesmo zoneamento ou da Zona Hipercentral - ZHIP -, nos termos
da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo;
V - na ZHIP, desde que provenientes desse mesmo zoneamento ou da
ZCBH;
VI - na Zona Adensada - ZA -, desde que provenientes desse mesmo
zoneamento ou da Zona de Proteção - ZP -, nos termos da Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo;
VII - nas áreas receptoras previstas nos conjuntos urbanos tombados,
respeitadas suas diretrizes de proteção cultural e ambiental.

(...)

§ 4º - O cálculo da possibilidade de recepção de TDC será feito a partir do


Coeficiente de Aproveitamento Básico do terreno, e sua utilização
independe da aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir –
ODC.” (NR)

Art. 7º - Fica acrescentado à Lei nº 7.165/96 o seguinte art. 62-A:

“Art. 62-A - O imóvel gerador, consumada a transferência, poderá ser


receptor de Transferência do Direito de Construir para repor o potencial
construtivo transferido, desde que sejam mantidas as características do
imóvel que o levaram a ser classificado como gerador de TDC.” (NR)

Art. 8º - O art. 65 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 65 - Operação Urbana é o conjunto de intervenções e medidas


coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participação de
agentes públicos ou privados, com o objetivo de viabilizar projetos
urbanos de interesse público, podendo ocorrer em qualquer área do
Município.

§ 1º - A Operação Urbana pode ser proposta pelo Poder Executivo


Municipal ou a este, por qualquer cidadão ou entidade que nela tenha
interesse, e será aprovada por lei específica, observado o disposto no art.
80, II, da Lei nº 7.165/96.
174

§ 2º - O encaminhamento à Câmara Municipal de projeto de lei relativo à


Operação Urbana deverá ser precedido de assinatura de Termo de
Conduta Urbanística - TCU - entre o Executivo e o empreendedor
interessado, por meio do qual este se compromete a cumprir as
obrigações e os prazos constantes da proposta de texto legal, sob pena
de aplicação das penalidades previstas no TCU.” (NR)

Art. 9º - Ficam acrescentados à Lei nº 7.165/96 os seguintes arts. 65-A, 65-B, 65-
C, 65-D e 65-E:

“Art. 65-A - As áreas envolvidas na Operação Urbana não podem receber


potencial construtivo adicional, originado da Transferência do Direito de
Construir, durante a tramitação do projeto de lei respectivo, a não ser que
essa tramitação exceda o prazo de 4 (quatro) meses.

Art. 65-B - A lei referente à Operação Urbana pode prever que a execução
de obras por agentes da iniciativa privada seja remunerada pela
concessão para exploração econômica do serviço implantado.

Art. 65-C - O potencial construtivo das áreas privadas passadas para


domínio público sem ônus para o Município pode ser transferido para
outro local, determinado por lei, situado dentro ou fora das áreas
envolvidas na Operação Urbana.

Art. 65-D - As Operações Urbanas classificam-se em Operações Urbanas


Simplificadas e Operações Urbanas Consorciadas.

Art. 65-E - As Operações Urbanas e os projetos urbanísticos especiais


que envolvam a autorização da Transferência do Direito de Construir
poderão ser realizados com a contrapartida de transferência não onerosa
de imóvel ao Município, sendo vedado, nessa hipótese, pagamento de
indenização, a qualquer título, ao particular.” (NR)

Art. 10 - O Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar constituído


pelas seções I, II e III, nos seguintes termos:

“I - Seção I - Disposições Gerais: inclui os arts. 65 a 65-E da Lei nº


7.165/96;
II - Seção II - Da Operação Urbana Simplificada: inclui os arts. 66 a 68 da
Lei nº 7.165/96;
III - Seção III - Da Operação Urbana Consorciada: inclui os arts. 69 a 69-H
da Lei nº 7.165/96.” (NR)

Art. 11 - Ficam alterados o caput e o inciso IX do art. 66 da Lei nº 7.165/96, e fica


acrescentado a esse artigo o inciso X, nos seguintes termos:

“Art. 66 - A Operação Urbana Simplificada, sempre motivada por


interesse público, destina-se a viabilizar intervenções tais como:
(...)
IX - regularização de edificações e de usos;
X - requalificação de áreas públicas.” (NR)
175

Art. 12 - Ficam alterados o caput e os respectivos incisos do art. 67 da Lei nº


7.165/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 67 - Da lei que aprovar a Operação Urbana Simplificada, deverão


constar:
I - a identificação das áreas envolvidas;
II - a finalidade da intervenção proposta;
III - as obrigações do Executivo e de cada um dos agentes envolvidos;
IV - os procedimentos de natureza econômica, administrativa, urbanística
ou jurídica necessários ao cumprimento das finalidades pretendidas;
V - os parâmetros urbanísticos a serem adotados na Operação;
VI - as obrigações das demais partes envolvidas na Operação Urbana
Simplificada, a serem dimensionadas em função dos benefícios
conferidos pelo Poder Público na Operação, de acordo com o que
dispuser a lei específica;
VII - o seu prazo de vigência.

(...)

§ 4º - As obrigações previstas no inciso VI do caput deste artigo não se


confundem com a execução de condicionantes impostas aos
empreendedores em decorrência de processo de licenciamento
urbanístico ou ambiental.” (NR)

Art. 13 - O art. 69 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 69 - Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e


medidas coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participação
dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores
privados, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas
estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental, podendo ocorrer
em qualquer área do Município.

§ 1º - Cada Operação Urbana Consorciada será instituída por lei


específica, de acordo com o disposto nos arts. 32 a 34 da Lei Federal nº
10.257, de 10 de julho de 2001, - Estatuto da Cidade.

§ 2º - As Operações Urbanas Consorciadas serão instituídas visando a


alcançar, entre outras, as seguintes finalidades:
I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento
urbano;
II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte
e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas;
III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social;
IV - ampliação e melhoria da Rede Estrutural de Transporte Público
Coletivo;
V - implantação de espaços públicos;
VI - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico,
cultural e paisagístico;
VII - melhoria e ampliação da infraestrutura e da Rede Viária Estrutural;
VIII - dinamização de áreas visando à geração de empregos.
176

§ 3º - Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas:


I - a modificação de índices e características de parcelamento, ocupação
e uso do solo e subsolo, bem como as alterações das normas edilícias,
considerando-se o impacto ambiental delas decorrente e o impacto de
vizinhança;
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas
em desacordo com a legislação vigente.

§ 4º - A lei específica que aprovar ou regulamentar a Operação Urbana


Consorciada deverá conter, no mínimo:
I - a definição da área a ser atingida;
II - o programa básico de ocupação da área;
III - o programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela Operação;
IV - as finalidades da Operação;
V - o estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI - a contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes
e investidores privados, nos termos do disposto no inciso VI do art. 33 da
Lei nº 10.257/01;
VII - a forma de controle da Operação, obrigatoriamente compartilhado
com representação da sociedade civil.

§ 5º - Os recursos obtidos pelo Poder Público Municipal na forma do


inciso VI do § 4º deste artigo serão aplicados, exclusivamente, na própria
Operação Urbana Consorciada.

§ 6º - A partir da aprovação da lei específica de que trata o § 1º do art. 69


desta Lei, são nulas as licenças e as autorizações a cargo do Poder
Público Municipal expedidas em desacordo com o plano de Operação
Urbana Consorciada, conforme previsto na Lei nº 10.257/01.

§ 7º - O Executivo poderá utilizar, na área objeto da Operação Urbana


Consorciada, mediante previsão na respectiva lei específica, os
instrumentos previstos nos arts. 32 a 34 da Lei nº 10.257/01, bem como a
Outorga Onerosa do Direito de Construir, de acordo com as
características de cada Operação Urbana Consorciada.” (NR)

Art. 14 - Ficam acrescentados à Lei nº 7.165/96 os seguintes arts. 69-A a 69-O:

“Art. 69-A - Sem prejuízo de outras que venham a ser instituídas por lei
específica, ficam delimitadas as seguintes áreas para Operações Urbanas
Consorciadas, nas quais, até a aprovação da lei de que trata o § 1º do art.
69 desta Lei, prevalecerão os parâmetros e as condições estabelecidos
nesta Lei:
I - as Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte;
II - o entorno de Corredores Viários Prioritários;
III - o entorno de Corredores de Transporte Coletivo Prioritários;
IV - as Áreas Centrais, indicadas como preferenciais para Operação
Urbana nos termos do Plano de Reabilitação do Hipercentro;
V - as áreas localizadas em um raio de 600 m (seiscentos metros) das
estações de transporte coletivo existentes ou das que vierem a ser
implantadas.
177

§ 1º - A delimitação das áreas de que trata o caput deste artigo é a


estabelecida nos Anexos IV e IV-A desta Lei.

§ 2º - Na hipótese de o limite das áreas de que trata o caput deste artigo


coincidir com o eixo de via já existente, os terrenos lindeiros a ambos os
seus lados ficarão submetidos às normas relativas às mesmas.

Art. 69-B - A Operação Urbana nas Áreas em Reestruturação no Vetor


Norte de Belo Horizonte tem as seguintes finalidades:
I - ordenar a ocupação do solo, visando a estruturar nova centralidade no
entorno da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais;
II - assegurar condições para a expansão do uso institucional de interesse
público, complementar às atividades da Cidade Administrativa do Estado
de Minas Gerais;
III - garantir a proteção e a valorização do patrimônio arquitetônico,
cultural e paisagístico;
IV - ordenar o crescimento urbano na região;
V - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o
desenvolvimento urbano;
VI - implantar espaços públicos;
VII - ampliar e melhorar a rede viária estrutural e local;
VIII - proteger as áreas de fragilidade ambiental;
IX - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte;
X - reciclar as áreas consideradas subutilizadas.

Art. 69-C - Até a aprovação da lei de que trata o § 1º do art. 69 desta Lei,
prevalecerão, para as Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo
Horizonte, os parâmetros e as condições desta Lei, estabelecidos de
acordo com as Subáreas especificadas nos arts. 69-D, 69-E, 69-F, 69-G e
69-H, constantes do Anexo IV-A desta Lei.

Art. 69-D - Fica criada a Subárea I - Área de Proteção Ambiental e


Paisagística, integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de
Belo Horizonte, constituída pelo Parque Serra Verde e pelas áreas de
proteção ambiental e paisagística, com os seguintes parâmetros
urbanísticos:
I - Coeficiente de Aproveitamento Básico igual a 0,05 (cinco centésimos);
II - Taxa de Ocupação igual a 2% (dois por cento);
III - Taxa de Permeabilidade igual a 95% (noventa e cinco por cento).

§ 1º - Os usos permitidos na Subárea I são apenas os relacionados com


as atividades de apoio e manutenção da área de preservação,
excetuados aqueles relacionados aos equipamentos de lazer públicos.

§ 2º - As áreas de propriedade particular inseridas na Subárea I poderão


utilizar a Transferência do Direito de Construir, observadas as seguintes
condições:
I - o potencial construtivo da área, calculado com base nas condições
estabelecidas no caput deste artigo, poderá ser transferido para outro
imóvel localizado na área da Operação Urbana, observados os
178

parâmetros estabelecidos nessa Operação e as demais condições


estabelecidas na legislação em vigor;
II - o potencial construtivo da área, calculado com base nos parâmetros de
ZP-1, poderá ser transferido para qualquer outro imóvel receptor,
localizado ou não na área da Operação Urbana, observados os
parâmetros estabelecidos nessa Operação e as demais condições
estabelecidas na legislação em vigor, desde que a propriedade da área
seja transferida, integralmente, para o Poder Público.

Art. 69-E - Fica criada a Subárea II - Área de Proteção Institucional,


integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo
Horizonte, configurada pela área de entorno imediato da Cidade
Administrativa do Estado de Minas Gerais, e sujeita aos seguintes
parâmetros:
I - Coeficiente de Aproveitamento Básico igual a 0,5 (cinco décimos);
II - altura máxima das edificações limitadas a 9,0 m (nove metros),
contados a partir do terreno natural, podendo tal limite ser superado
mediante estudo de controle de altimetria a ser desenvolvido pelo
Executivo, visando a garantir a visibilidade e o caráter monumental do
equipamento público instalado;
III - afastamento mínimo de 25 m (vinte e cinco metros) em relação à
Rodovia MG-10, incluindo-se a faixa de domínio da Rodovia, para os
terrenos com testada para a face oeste da Rodovia.

§ 1º - Na Subárea II, prevista no caput deste artigo, serão admitidas as


seguintes atividades e tipologias de atividades, de acordo com o disposto
no Anexo X da Lei n° 7.166/96:
I - instituições científicas, culturais, tecnológicas e filosóficas;
II - serviços públicos;
III - serviços de alimentação;
IV - hotéis e apart-hotéis;
V - academias de ginástica;
VI - cinemas;
VII - teatros com área de até 1.000 m² (um mil metros quadrados);
VIII - estacionamento de veículos com área de até 360 m² (trezentos e
sessenta metros quadrados);
IX - demais atividades classificadas como do Grupo I indicadas no Anexo
X da Lei n° 7.166/96.

§ 2º - Na Subárea II, de que trata o caput deste artigo, fica vedada a


instalação de todos os demais usos não residenciais e atividades.

§ 3º - Para as áreas pertencentes à Cidade Administrativa do Estado de


Minas Gerais, prevalecem os parâmetros previstos pelo zoneamento e
pela regra geral de usos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do
Solo.

Art. 69-F - Fica criada a Subárea III - Área de Influência Direta, integrante
das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo Horizonte,
configurada pelas áreas inseridas na porção territorial que está sob
influência direta da Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais,
179

delimitada em função das características topográficas e de circulação


locais.

§ 1º - A Área de Influência Direta fica submetida aos parâmetros


urbanísticos estabelecidos para Zona de Adensamento Restrito – ZAR-2 –
, com o Coeficiente de Aproveitamento limitado a 0,5 (cinco décimos).

§ 2º - A limitação prevista no § 1º deste artigo não se aplica ao uso


residencial unifamiliar.

§ 3º - Fica vedada, na Subárea III de que trata o caput deste artigo, a


instalação de usos industriais e atividades do Grupo IV, prevista no Anexo
X da Lei nº 7.166/96.

§ 4º - Fica permitida a outorga onerosa de potencial construtivo adicional


para usos não residenciais em imóveis situados em vias coletoras,
arteriais e de ligação regional, limitado ao Coeficiente de Aproveitamento
Máximo igual a 4,0 (quatro), mediante avaliação prévia do Conselho
Municipal de Política Urbana - COMPUR - quanto à pertinência do uso e à
capacidade da infraestrutura no local do empreendimento, estando sujeito
ao licenciamento especial ambiental ou urbanístico, conforme o caso.

§ 5º - O valor da outorga onerosa prevista no § 4º deste artigo será


calculado com base nos procedimentos estabelecidos no art. 14-E da Lei
nº 7.166/96.

§ 6º - Os recursos arrecadados na forma do § 4º deste artigo somente


poderão ser aplicados na área da Operação Urbana Consorciada e
deverão ser utilizados, preferencialmente, em projetos de interesse social
e de mobilidade.

§ 7º - Fica estabelecido o lote mínimo de 1.000 m² (um mil metros


quadrados);

Art. 69-G - Fica criada a Subárea IV - Área de Influência Indireta,


integrante das Áreas em Reestruturação no Vetor Norte de Belo
Horizonte, configurada pelas áreas inseridas em regiões potencialmente
beneficiadas e valorizadas por intervenções urbanísticas públicas, e com
capacidade para reciclar as áreas consideradas subutilizadas.

§ 1º - As Áreas de Influência Indireta ficam submetidas aos seguintes


critérios especiais de ocupação:
I - adoção de parâmetros urbanísticos estabelecidos para Zona de
Adensamento Restrito - ZAR-2 -, excetuadas as áreas de Zonas de
Preservação Ambiental - ZPAMs -; Zonas de Proteção - ZPs - e Zonas de
Especial Interesse Social - ZEISs -, que mantêm os parâmetros
urbanísticos de seus respectivos zoneamentos;
II - possibilidade de alteração dos parâmetros urbanísticos de
empreendimentos caracterizados como de interesse público, observado o
seguinte:
a) lotes mínimos de 1.000 m² (um mil metros quadrados);
180

b) outorga onerosa de potencial construtivo adicional para usos não


residenciais em imóveis situados em vias coletoras, arteriais e de ligação
regional, limitado ao Coeficiente de Aproveitamento Máximo igual a 4,0
(quatro), mediante avaliação prévia do Conselho Municipal de Política
Urbana quanto à pertinência do uso e à capacidade da infraestrutura no
local do empreendimento, estando sujeito ao licenciamento especial
ambiental ou urbanístico, conforme o caso.

§ 2º - O pagamento de outorga onerosa prevista na alínea “b” do inciso II


do § 1º deste artigo deverá ser calculado com base nos procedimentos
estabelecidos no art. 14-E da Lei nº 7.166/96.

§ 3º - Os recursos arrecadados na forma do § 2º deste artigo somente


poderão ser aplicados na área da Operação Urbana e deverão ser
utilizados, preferencialmente, em projetos de interesse social e de
mobilidade.

Art. 69-H - VETADO

Art. 69-I - As restrições relativas aos parâmetros urbanísticos previstas


para as Subáreas I, II, III e IV não se aplicam às edificações públicas e
àquelas destinadas ao uso institucional, cujos projetos deverão ser
submetidos a licenciamento urbanístico ou ambiental, nos termos da Lei
nº 7.166/96.

Art. 69-J - As áreas contidas na Operação Urbana do Vetor Norte não


poderão receber a Transferência do Direito de Construir, exceto nas
hipóteses previstas nessa Operação Urbana.

Art. 69-K - A Operação Urbana no entorno dos Corredores Viários


Prioritários tem as seguintes finalidades:
I - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o
desenvolvimento urbano;
II - implantar novos espaços públicos;
III - ampliar e melhorar a rede viária estrutural;
IV - otimizar áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e a
reciclagem de áreas consideradas subutilizadas.

§ 1º - Para as áreas lindeiras às avenidas D. Pedro I, D. Pedro II, e


Presidente Carlos Luz e à Via 710, no trecho entre a Avenida José
Cândido da Silveira e a Rua Arthur de Sá, incluídas nas áreas previstas
no caput deste artigo, conforme delimitação constante do Anexo IV desta
Lei, o Coeficiente de Aproveitamento Básico é igual a 0,5 (cinco décimos).

§ 2º - Para os proprietários de terrenos inseridos na área da Operação


Urbana prevista no § 1º deste artigo, lindeiros às vias incluídas no Anexo
V da Lei nº 7.166/96, que transferirem ao Município as áreas necessárias
à implantação do Corredor Viário Prioritário, de acordo com projeto do
Executivo, fica autorizada a transferência do potencial construtivo a essas
referentes, alternativamente:
I - para as áreas remanescentes do mesmo terreno;
181

II - para outro lote situado em áreas de Operação Urbana no entorno dos


Corredores Viários Prioritários ou de Operação Urbana no entorno dos
Corredores de Transporte Coletivo Prioritários.

§ 3º - Para os proprietários de terrenos inseridos na área da Operação


Urbana no entorno dos Corredores Viários Prioritários lindeiros à Via 710,
fica autorizada a geração de Unidades de Transferência de Direito de
Construir - UTDCs - pela área total de sua propriedade, calculadas com
base no Coeficiente de Aproveitamento previsto na Lei n° 7.165/96, desde
que:
I - a área seja integralmente transferida ao Município;
II - o proprietário custeie a implantação da via no trecho correspondente
ao seu terreno.

§ 4º - O cálculo das UTDCs geradas pelos terrenos descritos no § 2º


deste artigo será feito de acordo com o previsto nesta Lei.

§ 5º - A utilização do potencial construtivo transferido na forma prevista no


§ 2º deste artigo fica condicionada à implantação do Corredor Viário ou do
Corredor de Transporte Coletivo Prioritário respectivos.

Art. 69-L - A Operação Urbana no entorno de Corredores de Transporte


Coletivo Prioritários tem as seguintes finalidades:
I - permitir, após a reestruturação dos Corredores, a revisão do
adensamento, dada a maior capacidade de suporte do sistema de
transporte;
II - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o
desenvolvimento urbano e para o sistema de transporte;
III - implantar novos espaços públicos;
IV - ampliar e melhorar a rede viária;
V - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e a
reciclagem de áreas consideradas subutilizadas.

Art. 69-M - A Operação Urbana nas áreas localizadas em um raio de 600


m (seiscentos metros) das estações de transporte coletivo tem as
seguintes finalidades:
I - permitir a implantação de equipamentos estratégicos para o
desenvolvimento urbano e para o sistema de transporte;
II - ampliar e melhorar a rede viária local, melhorando o acesso às
estações;
III - otimizar as áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e
proporcionar a reciclagem de áreas consideradas subutilizadas;
IV - rever os adensamentos, dada a maior capacidade de suporte do
sistema de transporte.

Art. 69-N - A Operação Urbana das Áreas Centrais, que abrange as áreas
identificadas como preferenciais no Plano de Reabilitação do Hipercentro,
denominadas Casa do Conde de Santa Marinha/Boulevard Arrudas,
Guaicurus/Rodoviária e Mercados, tem as seguintes finalidades:
I - implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento
urbano;
182

II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte


e reciclagem de áreas consideradas subutilizadas;
III - implantação de Programas de Habitação de Interesse Social;
IV - implantação de espaços públicos;
V - valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico,
cultural e paisagístico;
VI - dinamização de áreas, visando à geração de empregos.

Art. 69-O - Os Coeficientes de Aproveitamento Básico das áreas incluídas


nas Operações Urbanas Consorciadas de que tratam os arts. 69-K, 69-L,
69-M e 69-N são aqueles previstos para cada zoneamento, conforme o
Anexo V desta Lei, limitados a 1,0 (um).

§ 1º - A limitação prevista no caput deste artigo não se aplica aos imóveis


públicos e de comprovado interesse público, cujos projetos deverão ser
submetidos a licenciamento urbanístico ou ambiental, conforme o caso.

§ 2º - As áreas contidas nas Operações Urbanas Consorciadas a que se


refere o caput deste artigo não poderão receber a Transferência do Direito
de Construir.

§ 3º - Os parâmetros urbanísticos das áreas destinadas à implantação de


terminal rodoviário e seus empreendimentos associados poderão ser
flexibilizados, independentemente do zoneamento, mediante análise do
COMPUR." (NR)

Art. 15 - Ficam alterados os §§ 1º, 2º e 3º do art. 70 da Lei nº 7.165/96, e ficam


acrescentados a esse artigo os §§ 4º e 5º, nos seguintes termos:

“Art. 70 -
(...)

§ 1º - Por meio do Convênio Urbanístico, poderão ser firmados


compromissos dentro dos seguintes padrões:
I - o proprietário de imóvel situado em áreas destinadas à implantação de
programas habitacionais poderá autorizar o Município a realizar, dentro de
determinado prazo, obras de implantação de empreendimento;
II - o Poder Público poderá disponibilizar terrenos para empreendedores
interessados em implantar programas habitacionais, com vistas à
viabilização do atendimento, por parte destes, ao público da Política
Municipal de Habitação.

§ 2º - Na hipótese prevista no inciso I do § 1º deste artigo, a proporção da


participação do proprietário do imóvel no empreendimento é obtida pela
divisão do valor venal original do terreno pelo somatório desse valor ao do
orçamento das obras.

§ 3º - Na hipótese prevista no inciso I do § 1º deste artigo, concluídas as


obras, o proprietário do imóvel deve receber, nas áreas incluídas no
convênio ou fora dessas, imóveis em valor equivalente à proporção da
participação prevista no § 2º deste artigo, multiplicada pelo somatório do
valor venal das unidades produzidas.
183

§ 4º - Para a realização das obras previstas no inciso I do § 1º deste


artigo, fica o Poder Público autorizado a utilizar recursos do Fundo
Municipal de Habitação.

§ 5º - Os critérios e os procedimentos para a formalização de Convênio


Urbanístico de Interesse Social serão definidos pelo Executivo, em
decreto.” (NR)

Art. 16 - Ficam acrescentados ao Título IV da Lei n° 7.165/96 os seguintes


Capítulos VI, VII, VIII, IX, X e XI:

“CAPÍTULO VI
DO PARCELAMENTO, DA EDIFICAÇÃO E DA UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS, DO
IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO E DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO
EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Seção I
Do Parcelamento, da Edificação e da Utilização Compulsórios

Art. 74-B - O Executivo poderá determinar o parcelamento, a edificação


ou a utilização compulsórios do solo urbano não utilizado ou subutilizado,
observadas as potencialidades e as vocações das diferentes zonas e
unidades de planejamento do Município, visando ao cumprimento de sua
função social.

Art. 74-C - A aplicação dos instrumentos previstos no caput do art. 74-B


desta Lei é válida em todo o território do Município, exceto nas ZPAMs,
ZPs-1 e ZPs-2.

Parágrafo único - A aplicação, nas ZARs, dos instrumentos previstos no


caput do art. 74-B desta Lei deverá observar as características da área
relativas à capacidade da infraestrutura, e aos aspectos ambientais e de
sistema viário, nos termos do regulamento.

Art. 74-D - Para os efeitos desta Seção, considera-se:


I - imóvel não utilizado:
a) gleba não parcelada e o lote não edificado;
b) edificação que esteja abandonada ou sem uso comprovado há mais de
5 (cinco) anos;
c) a edificação caracterizada como obra paralisada, entendida como
aquela que não apresente Alvará de Construção em vigor e não possua
Certidão de Baixa de Construção;
II - imóvel subutilizado: o lote com área total edificada inferior ao
aproveitamento mínimo deste, definido pela fórmula “Área do lote x
Coeficiente de Aproveitamento Básico x 0,15.”

Parágrafo único – Não serão considerados subutilizados os lotes


ocupados por uso não residencial com área total edificada inferior ao
definido no inciso II do caput deste artigo, desde que a atividade exercida
no local faça uso de toda a área não construída existente.
184

Art. 74-E - A incidência do instrumento de parcelamento, edificação ou


utilização compulsórios fica vedada no caso de:
I - gleba ou lote onde haja impossibilidade técnica de implantação de
infraestrutura de saneamento e de energia elétrica;
II - gleba ou lote com impedimento de ordem legal ou ambiental;
III - gleba que não tenha acesso por logradouro pavimentado e
pertencente a parcelamento aprovado.

Seção II
Do IPTU progressivo no tempo e da desapropriação com pagamento em
títulos da dívida pública

Art. 74-F - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos


previstos para o parcelamento, a edificação e a utilização compulsórios,
poderão ser aplicados, sucessivamente, a cobrança de Imposto Predial e
Territorial Urbano - IPTU - progressivo no tempo e a desapropriação com
pagamento em títulos da dívida pública, conforme o disposto nas Seções
III e IV do Capítulo II da Lei Federal nº 10.257/01.

Parágrafo único - Consumada a desapropriação por meio do instrumento


a que se refere o caput, fica o Município obrigado a dar imediato início
aos procedimentos relativos à destinação ao imóvel, de acordo com o
previsto no art. 8º, §§ 4º e 5º, da Lei nº 10.257/01.

CAPÍTULO VII
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Art. 74-G - Fica instituído o Consórcio Imobiliário, com vistas a viabilizar


planos de urbanização ou edificação por meio dos quais o proprietário
atingido pela obrigação de parcelar, edificar ou utilizar poderá transferir ao
Poder Público Municipal seu imóvel, e, após a realização das obras,
receberá, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente
urbanizadas ou edificadas.

§ 1º - O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário


será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras.

§ 2º - O valor a que se refere o § 1º deste artigo refletirá aquele da base


de cálculo do IPTU, conforme previsto no art. 8º, § 2º, da Lei nº 10.257/01.

CAPÍTULO VIII
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 74-H - Fica instituído, no âmbito do Município de Belo Horizonte, o


Direito de Preempção, que será exercido nos termos e nas condições
previstos na Seção VIII do Capítulo II da Lei Federal nº 10.257/01.

Art. 74-I - O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder


Público necessitar de áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
185

III - constituição de reserva fundiária;


IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de equipamentos públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico ou paisagístico.

CAPÍTULO IX
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 74-J - Fica instituído o instrumento da Outorga Onerosa do Direito de


Construir - ODC -, por meio do qual o direito de construir poderá ser
exercido acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico adotado,
mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.

§ 1º - A aplicação da ODC deverá observar a relação entre a densidade


máxima prevista, os aspectos ambientais, culturais e paisagísticos e a
capacidade da infraestrutura existente nas diversas áreas do Município.

§ 2º - Para efeito do disposto neste artigo, ficam estabelecidos os


Coeficientes de Aproveitamento Básico e Máximo, nos seguintes termos:
I - Coeficiente de Aproveitamento Básico – CAb –: é aquele que resulta do
potencial construtivo atribuído às diversas zonas, nos termos da Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo;
II - Coeficiente de Aproveitamento Máximo - CAm -: é aquele que poderá
ser atingido mediante ODC e/ou TDC.

§ 3º - Alcançado o CAm por meio da ODC, o imóvel ainda poderá receber


o potencial construtivo proveniente da recepção de TDC.

§ 4º - Os valores relativos aos Coeficientes de Aproveitamento serão


definidos no Anexo V desta Lei.

§ 5º - É vedada a aplicação da ODC nas ZPAMs, nas ZPs-1 e ZPs-2 e


nas ZEISs, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.

§ 6º - O uso do CAm nas edificações públicas independe do pagamento


referente à Outorga Onerosa do Direito de Construir, bem como da
regulamentação do instrumento.

§ 7º - A aplicação da ODC nas Áreas de Diretrizes Especiais – ADEs –


fica condicionada à observância de todos os parâmetros previstos para
cada uma delas.

§ 8º - Nas áreas para Operações Urbanas, a aplicação da ODC é regida


pelo disposto em suas regulamentações específicas.

Art. 74-K - A aplicação do potencial construtivo adicional passível de ser


obtido mediante Outorga Onerosa do Direito de Construir ficará
186

condicionada à elaboração de Estudo de Estoque de Potencial


Construtivo Adicional e será limitada:
I - nos lotes, pelo CAm definido para a zona em que estão inseridos;
II - nas zonas ou em parte delas e nas áreas de Operação Urbana, pelo
Estoque de Potencial Construtivo Adicional.

§ 1º - Os Estoques de Potencial Construtivo Adicional a serem concedidos


por meio da Outorga Onerosa do Direito de Construir serão calculados e
reavaliados a partir de estudo técnico a ser desenvolvido pelo Executivo,
podendo ser diferenciados por uso residencial e não residencial e que
considere:
I - a capacidade do sistema de circulação;
II - a infraestrutura disponível;
III - as limitações ambientais e de paisagem urbana;
IV - as políticas de desenvolvimento urbano.

§ 2º - O estudo técnico para a definição dos Estoques de Potencial


Construtivo Adicional a que se refere o § 1º deste artigo será submetido à
avaliação do órgão colegiado responsável por monitorar a implementação
das normas contidas nesta Lei e na Lei de Parcelamento, Ocupação e
Uso do Solo, nos termos do art. 80 desta Lei, e publicado no prazo de 24
(vinte e quatro) meses, a contar da data de publicação desta Lei.

§ 3º - Publicados os Estoques de Potencial Construtivo Adicional


estabelecidos conforme disposto no § 1º deste artigo, esses terão
validade por um período não inferior a 2 (dois) anos.

§ 4º - Uma vez aprovado e publicado o estudo técnico a que se refere o §


1º deste artigo, as revisões a serem realizadas após o decurso do período
previsto no § 3º deste artigo não poderão prever aumento no Estoque de
Potencial Construtivo Adicional inicialmente estabelecido para cada
região, exceto se, no mesmo período, se verificar a ocorrência de
intervenção estruturante que, comprovadamente, demonstre o aumento
de capacidade na área respectiva.

§ 5º - A revisão do estudo técnico de Estoque de Potencial Construtivo


Adicional submeter-se-á aos mesmos procedimentos de aprovação e
publicação previstos no § 2º deste artigo.

§ 6º - O impacto na infraestrutura e no meio ambiente da concessão de


outorga onerosa de potencial construtivo adicional e da Transferência do
Direito de Construir será monitorado permanentemente pelo Executivo,
que tornará públicos, mediante avaliação do COMPUR e por meio de
publicação, o estoque inicial disponível e os relatórios periódicos de
monitoramento, destacando as áreas críticas próximas da saturação.

§ 7º - Caso o monitoramento a que se refere o § 6º deste artigo revele


que a tendência de ocupação de determinada área do Município levará à
saturação no período de 1 (um) ano, a concessão da outorga onerosa do
potencial construtivo adicional e a Transferência do Direito de Construir
poderão ser suspensas 180 (cento e oitenta) dias após a publicação de
ato do Executivo nesse sentido.
187

Art. 74-L - Os recursos obtidos por meio da ODC serão destinados ao


Fundo Municipal de Habitação, ficando sua utilização vinculada às
finalidades previstas no art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01, podendo ser
aplicados em qualquer área do Município, respeitada a destinação mínima
de 10% (dez por cento) dos recursos provenientes de projetos de
edificações situadas nos Conjuntos Urbanos Protegidos, nos imóveis com
tombamento específico ou de interesse de preservação, para aplicação
em projetos públicos de recuperação ou de proteção do patrimônio
histórico e cultural do Município aprovados pelo Conselho Deliberativo do
Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte – CDPCM-BH.

Art. 74-M - Fica o Executivo autorizado a receber imóveis de seu


interesse, em pagamento da ODC, observados os trâmites legais.

Art. 74-N - Além do Coeficiente de Aproveitamento Máximo, poderá ser


concedida outorga onerosa adicional, exclusivamente para acréscimo de
vagas de estacionamento em empreendimentos residenciais,
independentemente da realização de estudo técnico de Estoque de
Potencial Construtivo Adicional, nos termos do Anexo V desta Lei.

Parágrafo único - O acréscimo de vagas de estacionamento previsto no


caput deste artigo ficará condicionado à observância dos parâmetros
urbanísticos das ADEs, quando for o caso.

CAPÍTULO X
DA CONCESSÃO URBANÍSTICA

Art. 74-O - Fica o Executivo autorizado a delegar, mediante licitação, à


empresa, isoladamente, ou a conjunto de empresas, em consórcio, a
realização de obras de urbanização ou de reurbanização de região do
Município, inclusive parcelamento, modificação de parcelamento,
demolição, reconstrução, implantação de infraestrutura e incorporação de
conjuntos de edificações para implementação de diretrizes do Plano
Diretor do Município.

§ 1º - A empresa concessionária obterá sua remuneração mediante


exploração, por sua conta e risco, dos terrenos e das edificações
destinados a usos privados que resultarem da obra realizada, da renda
derivada da exploração de espaços públicos, nos termos que forem
fixados no respectivo edital de licitação e contrato de concessão
urbanística.

§ 2º - A empresa concessionária ficará responsável, por sua conta e risco,


pelo pagamento das indenizações devidas em decorrência das
desapropriações e pela aquisição dos imóveis que forem necessários à
realização das obras concedidas, inclusive o pagamento do preço de
imóvel no exercício do Direito de Preempção pelo Executivo ou o
recebimento de imóveis que forem doados por seus proprietários para
viabilização financeira do seu aproveitamento, nos termos do art. 46 da
Lei Federal nº 10.257/01, cabendo-lhe também a elaboração dos
188

respectivos projetos básico e executivo, o gerenciamento e a execução


das obras objeto da concessão urbanística.

§ 3º - A concessão urbanística a que se refere este artigo será


regulamentada por lei específica.

CAPÍTULO XI
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 74-P - Fica instituído o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, para


os casos em que o empreendimento implicar repercussões
preponderantemente urbanísticas.

§ 1º - O EIV deverá considerar a interferência do empreendimento na


qualidade de vida da população residente na área e em suas
proximidades, considerando, nos termos da Seção XII do Capítulo II da
Lei Federal nº 10.257/01, no mínimo:
I - o adensamento populacional;
II - os equipamentos urbanos e comunitários;
III - o uso e a ocupação do solo;
IV- a valorização imobiliária;
V - a geração de tráfego e a demanda por transporte público;
VI - a ventilação e a iluminação;
VII - a paisagem urbana e o patrimônio natural e cultural.

§ 2º - Lei municipal definirá os empreendimentos ou as atividades sujeitos


a EIV.

§ 3º - O Executivo disporá sobre a regulamentação do licenciamento e


sobre os procedimentos para a aplicação do EIV.

§ 4º - Os empreendimentos sujeitos à elaboração do Estudo de Impacto


Ambiental - EIA - e do respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA -
serão dispensados da elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança -
EIV -, ficando, nessa hipótese, acrescidos ao escopo do EIA os requisitos
incluídos no Estatuto da Cidade para o EIV.

Art. 74-Q - O EIV será elaborado por responsável técnico habilitado,


apresentado pelo empreendedor, devendo conter a análise de impactos
nas condições funcionais, paisagísticas e urbanísticas e as medidas
destinadas a minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar
os seus efeitos positivos e será submetido a análise e deliberação por
parte do COMPUR.

§ 1º - É de responsabilidade do empreendedor a efetivação de medidas


mitigadoras de impactos gerados pela instalação, construção, ampliação
ou pelo funcionamento dos empreendimentos de impacto
preponderantemente urbanísticos.

§ 2º - O processo desenvolvido para a elaboração do EIV pode determinar


a execução, pelo empreendedor, de medidas compensatórias dos
impactos gerados pela instalação, construção, ampliação ou pelo
189

funcionamento dos empreendimentos de impacto preponderantemente


urbanísticos.

§ 3º - O estudo do impacto urbano-ambiental deve incorporar pesquisas


sobre a paisagem urbana e sobre o patrimônio natural e cultural da área
impactada.

Art. 74-R - Para garantir a participação da sociedade e, em especial, da


população afetada pelo empreendimento sujeito ao licenciamento
urbanístico, poderão ser realizadas, no decorrer do processo de
elaboração do EIV, audiências públicas e utilizados outros instrumentos
de gestão democrática.

§ 1º - Os documentos integrantes do EIV serão disponibilizados, pelo


órgão municipal responsável por sua análise, para consulta por qualquer
interessado.

§ 2º - Regulamentação específica preverá casos em que será necessária


pesquisa de percepção ambiental a ser realizada em área de abrangência
definida para avaliação de impacto dos empreendimentos.

Art. 74-S - Regulamento definirá a instância de recurso contra as decisões


relativas ao licenciamento dos empreendimentos sujeitos ao EIV.” (NR)

Art. 17 - Fica acrescentado à Lei nº 7.165/96 o seguinte Título V-A:

“TÍTULO V-A
DAS ÁREAS DE ESPECIAL INTERESSE SOCIAL

Art. 75-A - Em atendimento ao disposto no art. 31 desta Lei, o Executivo


identificará áreas que apresentem características adequadas quanto às
condições topográficas, geológico-geotécnicas, de acesso a
infraestrutura, equipamentos e serviços urbanos e de regularidade jurídica
e urbanística, nas quais haja interesse público em implantar programas e
empreendimentos habitacionais de interesse social.

§ 1º - Para as áreas a que se refere o caput deste artigo, serão fixados


parâmetros e critérios urbanísticos diferenciados, que viabilizem
programas e empreendimentos habitacionais destinados à população de
baixa renda.

§ 2º - VETADO

Art. 18 - O § 3º do art. 81 da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 81 -

(...)

§ 3º - Constituem o setor empresarial as entidades patronais da indústria,


do comércio e dos serviços vinculados à questão urbana.” (NR)
190

Art. 19 - O Capítulo III do Título VI da Lei nº 7.165/96 passa a vigorar com a


seguinte denominação:

“CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES DE MONITORAMENTO DA POLÍTICA URBANA” (NR)

CAPÍTULO II
DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 7.166/96

Art. 20 - O inciso II do art. 2º da Lei n° 7.166, de 27 de agosto de 1996, passa a


vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2º -
(...)
II - as obras de edificações, no que se refere aos parâmetros urbanísticos
relacionados com Coeficientes de Aproveitamento do solo, quota de
terreno por unidade habitacional, taxa de ocupação, gabarito, Taxa de
Permeabilidade, afastamentos, altura na divisa, saliências e área de
estacionamento.” (NR)

Art. 21 - O parágrafo único do art. 6º da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar como §


1º, e fica acrescentado a esse artigo o § 2º, nos seguintes termos:

“Art. 6º -

(...)

§ 1º - É vedada a ocupação do solo nas ZPAMs de propriedade pública,


exceto por edificações destinadas, exclusivamente, ao seu serviço de
apoio e manutenção.

§ 2º - As áreas de propriedade particular classificadas como ZPAMs


poderão ser parceladas, ocupadas e utilizadas, respeitados os
parâmetros urbanísticos previstos nesta Lei e assegurada sua
preservação ou recuperação, mediante aprovação do Conselho Municipal
de Meio Ambiente – COMAM.” (NR)

Art. 22 - O caput do art. 7º da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 7º - São ZPs as regiões sujeitas a critérios urbanísticos especiais,


que determinam a ocupação com baixa densidade e maior Taxa de
Permeabilidade, tendo em vista o interesse público na proteção ambiental
e na preservação do patrimônio histórico, cultural, arqueológico ou
paisagístico, e que se subdividem nas seguintes categorias:” (NR)

Art. 23 - O caput do art. 11 da Lei n° 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 11 - São ZCs as regiões configuradas como centros de polarização


regional, municipal ou metropolitana, e que se subdividem em:” (NR)
191

Art. 24 - O art. 12 da Lei n° 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 12 - São ZEISs as regiões edificadas, em que o Executivo tenha


implantado conjuntos habitacionais de interesse social ou que tenham
sido ocupadas de forma espontânea, nas quais há interesse público em
ordenar a ocupação por meio de implantação de programas habitacionais
de urbanização e regularização fundiária, urbanística e jurídica,
subdividindo-se essas regiões nas seguintes categorias:
I - ZEISs-1, regiões ocupadas desordenadamente por população de baixa
renda, nas quais existe interesse público em promover programas
habitacionais de urbanização e regularização fundiária, urbanística e
jurídica, visando à promoção da melhoria da qualidade de vida de seus
habitantes e à sua integração à malha urbana;
II - ZEISs-3, regiões edificadas em que o Executivo tenha implantado
conjuntos habitacionais de interesse social.

Parágrafo único - As ZEISs ficam sujeitas a critérios especiais de


parcelamento, ocupação e uso do solo, visando à promoção da melhoria
da qualidade de vida de seus habitantes e à sua integração à malha
urbana.” (NR)

Art. 25 - Fica alterado o caput do art. 13 da Lei nº 7.166/96, e ficam


acrescentados os §§ 5º, 6º e 7º ao art. 14 dessa Lei, nos seguintes termos:

“Art. 13 - São Zonas de Grandes Equipamentos - ZEs - as regiões


ocupadas ou destinadas a usos de especial relevância na estrutura
urbana, nas quais é vedado o uso residencial.

(...)

Art. 14 -

(....)

§ 5º - Fica classificada como ZAR-2, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, a


área delimitada pelas ruas Deputado Salim Nacur, dos Expedicionários,
das Canárias e pela Avenida Guarapari.

§ 6º - Fica classificada como ZAR-2, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, toda


a área definida como ZP-1 paralela à Rua Francisco Borja e Silva, no
trecho compreendido entre as ruas Anita Soares Borja e Professor Josias
Faria;

§ 7º - Fica classificada como ZA, no Anexo II da Lei nº 7.166/96, a área


delimitada pelas ruas Professor Júlio Mourão, Engenheiro Teodoro Vaz,
Pio Porto de Menezes e Engenheiro Albert Scharlé.
§ 7º promulgado em 14/10/2010 e publicado em 15/10/2010

Art. 26 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte Capítulo II-A:

“CAPÍTULO II-A
192

DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

Seção I
Da aplicação da Transferência do Direito de Construir

Art. 14-A - O cálculo do potencial construtivo proveniente do imóvel


gerador será feito pela fórmula UTDC = AT(m²) x VG
(reais/m²)/R$1.000,00, na qual:
I - UTDCs correspondem às unidades de Transferência do Direito de
Construir;
II - AT corresponde ao saldo da área líquida transferível, calculada com
base no valor do CA básico;
III - VG corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno do
imóvel gerador.

Art. 14-B - O cálculo do potencial construtivo a ser acrescido ao imóvel


receptor será feito pela fórmula UTDC = AR(m²) x VR
(reais/m²)/R$1.000,00, na qual:
I - UTDCs são as unidades de Transferência do Direito de Construir;
II - AR corresponde à área líquida adicional a ser edificada;
III - VR corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno do
imóvel receptor.

Seção II
Da aplicação do parcelamento, da edificação e da utilização compulsórios,
do IPTU progressivo no tempo e da desapropriação com pagamento em
títulos da dívida pública

Art.14-C - A aplicação do parcelamento, da edificação e da utilização


compulsórios deverá seguir os seguintes prazos:
I - 2 (dois) anos, contados a partir da notificação, segundo regras
definidas na Lei nº 10.257/01, para que seja protocolado o projeto de
parcelamento;
II - 1 (um) ano, contado a partir da notificação, segundo regras definidas
na Lei nº 10.257/01, para que seja protocolado projeto de edificação;
III - 2 (dois) anos, contados a partir da aprovação do projeto, para iniciar
as obras do empreendimento;
IV - 1 (um) ano, contado a partir da conclusão das obras, para a utilização
da edificação.

Parágrafo único - Em empreendimentos de grande porte, em caráter


excepcional, poderá ser prevista a conclusão da obra por etapas, desde
que o projeto aprovado compreenda o empreendimento como um todo.

Art. 14-D - Em caso de descumprimento das condições e dos prazos


previstos no art. 14-C desta Lei, o Município procederá à aplicação do
IPTU progressivo no tempo, mediante majoração da alíquota pelo prazo
de 5 (cinco) anos, nos seguintes termos:
I - 1,8 (uma vírgula oito) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no
primeiro ano de cobrança;
II - 2,6 (duas vírgula seis) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no
segundo ano de cobrança;
193

III - 3,4 (três vírgula quatro) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no
terceiro ano de cobrança;
IV - 4,2 (quatro vírgula duas) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no
quarto ano de cobrança;
V - 5 (cinco) vezes a alíquota vigente para o imóvel, no quinto ano de
cobrança.

Parágrafo único - Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos previsto no caput


deste artigo, o Executivo poderá manter a cobrança pela alíquota máxima
até que seja cumprida a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar o
imóvel.

Seção III
Da aplicação da Outorga Onerosa do Direito de Construir

Art. 14-E - A cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir


obedecerá à formula CT = (CP - CAb) x AT x V, na qual:
I - CT corresponde ao valor da contrapartida do beneficiário;
II - CP corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento praticado, limitado
ao CA máximo;
III - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento Básico;
IV - AT corresponde à área do terreno;
V - V corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno.

Parágrafo único - Aos empreendimentos caracterizados como EHIS será


aplicado o Fator de Interesse Social - FIS -, que constituirá redutor a ser
aplicado ao resultado da equação prevista no caput deste artigo, menor
ou igual a 0,8 (oito décimos).

Art. 14-F - A cobrança da Outorga Onerosa do Direito de Construir relativa


às vagas de estacionamento adicionais obedecerá à formula CT = (30 x N
x V / Cab) x FV, na qual:
I - CT corresponde ao valor da contrapartida do beneficiário;
II - 30 (trinta) corresponde à área de cada vaga de garagem adicional,
medida em metros quadrados;
III - N corresponde ao número de vagas de garagem adicionais, limitado
ao número previsto no Anexo V da Lei nº 7.165/96;
IV - V corresponde ao valor venal do metro quadrado do terreno;
V - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento Básico;
VI - FV - corresponde ao fator de volumetria, variável conforme o impacto,
no meio urbano, do acréscimo do direito de construir relativo às vagas de
garagem adicionais, limitado a 0,5 (cinco décimos).

Art. 14-G - Ficam isentos de pagamento referente à Outorga Onerosa do


Direito de Construir:
I - equipamentos públicos destinados a educação, saúde, lazer,
assistência social e segurança;
II - hospitais;
III - estabelecimentos culturais destinados, exclusivamente, a cinemas,
teatros, auditórios, bibliotecas e museus, conforme disposto em
regulamento.
194

§ 1º - VETADO

§ 2º - A utilização do benefício previsto neste artigo sujeita o


empreendedor à manutenção dos equipamentos públicos, hospitais ou
estabelecimentos culturais, conforme a hipótese, pelo prazo mínimo de 10
(dez) anos, contado da data da emissão do Alvará de Localização e
Funcionamento da atividade.

§ 3º - O descumprimento do disposto no § 2º deste artigo, no caso de


empreendimento privado, sujeita o infrator à transferência, ao Executivo,
de valor equivalente ao potencial construtivo excedente, calculado com
base no valor atualizado do metro quadrado de terreno apurado para fins
de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato Oneroso Inter
Vivos - ITBI -, conforme o cadastro do Município, observada a fórmula VP
= (CP - CAb) x AT x V, na qual:
I - VP corresponde ao valor a ser pago pelo potencial construtivo
adicional;
II - CP corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento praticado, limitado
a 5,0 (cinco);
III - CAb corresponde ao Coeficiente de Aproveitamento básico;
IV - AT corresponde à área do terreno;
V - V corresponde ao valor do metro quadrado de terreno, apurado
conforme previsto no § 3º deste artigo.

Seção IV
Da aplicação do Direito de Preempção

Art. 14-H - Ficam definidas como áreas nas quais o Município detém o
Direito de Preempção:
I - as áreas de Projetos Viários Prioritários, definidas no Anexo II da Lei nº
7.165/96, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I a VIII
do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01;
II - as áreas definidas como Zonas de Especial Interesse Social – ZEISs –
, para atendimento das finalidades previstas nos incisos I, II, III, V e VI do
art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01;
III - as áreas definidas como AEISs, para atendimento da finalidade
prevista no inciso II do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01;
IV - as áreas de Operações Urbanas Consorciadas estabelecidas no art.
69-A da Lei nº 7.165/96, para atendimento das finalidades previstas nos
incisos I a VIII do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01;
V - os imóveis tombados, para atendimento da finalidade prevista no
inciso VIII do art. 26 da Lei Federal nº 10.257/01;

Art. 14-I - A vigência do Direito de Preempção é de 5 (cinco) anos,


renovável a partir de 1 (um) ano após o decurso desse prazo.” (NR)

Art. 27 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 15-A:

“Art. 15-A - O exame da regularidade dominial ou possessória não


compete ao Executivo.
195

Parágrafo único - A apresentação dos títulos de domínio ou posse perante


o Município destina-se apenas a indicar a localização, o formato, a
dimensão e as características do imóvel, cabendo ao Executivo apenas o
exame da regularidade técnica e urbanística do projeto de parcelamento.”
(NR)

Art. 28 - O art. 16 da Lei n° 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 16 - No projeto de parcelamento do solo, devem ser demarcadas


como de interesse ambiental:
I - as áreas não parceláveis, de acordo com a Lei Federal nº 6.766, de 19
de dezembro de 1979, que serão identificadas no projeto de parcelamento
do solo como Unidades de Preservação - UPs -;
II - as áreas não edificáveis entendidas como de interesse ambiental, de
acordo com a Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 – Código
Florestal.

§ 1º - As áreas a que se refere o inciso I do caput deste artigo podem ser


agregadas a 1 (um) lote ou ao conjunto de lotes aprovados, sendo
identificadas e descritas nas certidões de origem.

§ 2º - Verificada a hipótese prevista no §1º deste artigo, as áreas não


parceláveis não geram potencial construtivo, bem como não são
consideradas para a aferição do número de unidades habitacionais
admitidas no lote ou no conjunto de lotes.

§ 3º - As áreas não edificáveis a que se refere o inciso II do caput deste


artigo serão incorporadas a 1 (um) lote ou ao conjunto de lotes
aprovados, sendo identificadas e descritas nas certidões de origem.” (NR)

Art. 29 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 16-A:

“Art. 16-A - O projeto de parcelamento de área com declividade de 30%


(trinta por cento) a 47% (quarenta e sete por cento) deve ser
acompanhado de declaração do responsável técnico que ateste a
viabilidade de edificar no local.” (NR)

Art. 30 - Ficam alterados o inciso II do caput e os §§ 1º e 4º do art. 17 da Lei n°


7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 11 e 12, nos seguintes
termos:

“Art. 17 -
(...)
II - os lotes devem ter área mínima de 125 m² (cento e vinte e cinco
metros quadrados) e máxima de 10.000 m² (dez mil metros quadrados),
com, no mínimo, 5,00 m (cinco metros) de frente e relação entre
profundidade e testada não superior a 5 (cinco);

(...)
196

§ 1º - Os lotes a serem aprovados em ZP-1 e em terrenos de propriedade


particular situados na ZPAM devem ter área mínima de 10.000 m² (dez mil
metros quadrados).

(...)

§ 4º - São admitidos lotes com área superior a 10.000 m² (dez mil metros
quadrados), observados os critérios estabelecidos para o parcelamento
vinculado ou para o parcelamento para condomínio.

(...)

§ 11 - No parcelamento de gleba ou porção de gleba com declividade de


30% (trinta por cento) a 47% (quarenta e sete por cento), os lotes deverão
ter área mínima correspondente a 4 (quatro) vezes a área mínima
permitida, exceto quando situados na ZP-1 ou em áreas de propriedade
particular classificadas como ZPAMs.

§ 12 - VETADO

Art. 31 - O inciso III do art. 18 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 18 -
(...)
III - que se enquadrem no art. 16 ou no art. 16-A desta Lei.” (NR)

Art. 32 - Ficam alterados o caput e os §§ 5º, 6º e 9º, o caput e o respectivo inciso


I do § 7º, todos do art. 21 da Lei nº 7.166/96, e ficam acrescentados a esse
artigo os §§ 17 e 18, nos seguintes termos:

“Art. 21 - Nos loteamentos, é obrigatória a transferência ao Município de,


no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba, para instalação de
equipamentos urbanos e comunitários e espaços livres de uso público,
além da área correspondente à implantação do sistema de circulação do
loteamento.

(...)

§ 5º - Nas glebas a serem loteadas, com área igual ou superior a 30.000


m² (trinta mil metros quadrados), será destinado a espaços livres de uso
público, no mínimo, 1/3 (um terço) do percentual a que se refere o caput
deste artigo.

§ 6º - Na definição das áreas a serem transferidas ao Município, será


priorizado o acordo entre Poder Público e proprietário, desde que
resguardado o atendimento ao interesse público.

§ 7º - Não são aceitas, no cálculo do percentual de terrenos a serem


transferidos, as seguintes áreas:
I - Unidades de Preservação e áreas não edificáveis previstas nos arts. 16
e 17 desta Lei;
197

(...)

§ 9º - Não são computados como espaços livres de uso público os


canteiros centrais ao longo das vias.

(...)

§ 17 - A transferência de área ao Município poderá ser feita em outro


local, desde que haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso,
a nova área a ser transferida deverá representar o mesmo valor
correspondente ao da área original, aplicando-se, para a conversão, a
tabela de valores imobiliários utilizada para o cálculo do ITBI.

§ 18 - A transferência prevista no § 17 deste artigo fica condicionada ao


atendimento da demanda por equipamentos públicos na área do projeto
de parcelamento.” (NR)

Art. 33 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 21-A:

“Art. 21-A - Os espaços livres de uso público podem separar quarteirões,


desde que, alternativamente:
I - não haja viabilidade técnica de execução de via pública, devido a
declividades em desacordo com o Anexo III desta Lei;
II - não seja de interesse público a abertura de via pública que mantenha
a testada do quarteirão em, no máximo, 200 m (duzentos metros);
III - o somatório das testadas dos quarteirões separados e do espaço livre
de uso público não ultrapasse 400 m (quatrocentos metros).

Parágrafo único - Ocorrendo a hipótese prevista no caput deste artigo, o


Executivo poderá exigir do empreendedor alternativa que viabilize a
transposição do quarteirão dentro dos espaços livres de uso público
usados como separadores dos mesmos.” (NR)

Art. 34 - O art. 23 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 23 - A elaboração do projeto de loteamento deve ser precedida da


fixação de diretrizes pelo Município.” (NR)

Art. 35 - VETADO

Art. 36 - O § 3º do art. 26 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 26 -

(...)

§ 3º - O restante do depósito deve ser restituído 1 (um) ano após a


liberação do loteamento, conforme o disposto no § 1º deste artigo.” (NR)
198

Art. 37 - O § 2º do art. 28 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 28 -

(...)

§ 2º - O proprietário de gleba cujo acesso ao sistema viário somente


possa ser feito através de terreno de propriedade pública pode parcelá-la,
correndo por sua conta os ônus da construção do referido acesso,
cabendo ao Executivo a definição da localização e da geometria e a
classificação da via de acesso.” (NR)

Art. 38 - Fica alterado o caput do art. 29 da Lei nº 7.166/96, e ficam


acrescentados a esse artigo os §§ 2º e 3º, passando o parágrafo único a
vigorar como § 1º, nos seguintes termos:

“Art. 29 - Os desmembramentos estão sujeitos à transferência ao


Município de, no mínimo, 15% (quinze por cento) da gleba, sendo que, na
determinação da localização dessas áreas, deverá ser priorizado o acordo
entre Poder Público e proprietário, desde que seja resguardado o
atendimento ao interesse público.

(...)

§ 2º - A transferência de área ao Município poderá ser feita em outro local,


desde que haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso, a
nova área a ser transferida deverá representar o mesmo valor
correspondente ao da área original, aplicando-se, para a conversão, a
tabela de valores imobiliários utilizada para o cálculo do ITBI.

§ 3º - A transferência prevista no § 2º deste artigo fica condicionada ao


atendimento da demanda por equipamentos públicos na área do projeto
de parcelamento.” (NR)

Art. 39 - O caput e o inciso I do art. 32 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 32 - Parcelamento para condomínio é o que se destina a abrigar


conjunto de edificações em lote único, dispondo de espaços de uso
comum, caracterizados como bens em condomínio, e cujo terreno não
pode:
I - ter área superior a 100.000 m² (cem mil metros quadrados), sendo que,
para condomínios com área entre 50.000 m² (cinquenta mil metros
quadrados) e 100.000 m² (cem mil metros quadrados), sua aprovação fica
condicionada à elaboração de estudos de impactos urbanos e/ou
ambientais a serem avaliados pelo órgão municipal competente;” (NR)

Art. 40 - Ficam acrescentados à Lei nº 7.165/96 os seguintes arts. 33-A e 33-B,


nos seguintes termos:
199

“Art. 33-A - O sistema viário interno dos condomínios poderá integrar-se


ao sistema viário público em, no máximo, dois pontos, de acordo com
avaliação do órgão municipal competente.

Art. 33-B - A aprovação do parcelamento de que trata esta Seção deve


ser vinculada à aprovação do plano de ocupação da área, do qual devem
constar:
I - o sistema viário de circulação interna;
II - o espaço de interesse ambiental de propriedade particular dos
condôminos, quando o terreno tiver características que justifiquem sua
caracterização como áreas não edificáveis;
III - as unidades territoriais;
IV - o número máximo de unidades residenciais, calculado como o
quociente da área líquida de terreno edificável pela quota de terreno
aplicável ao empreendimento.

§ 1º - Para efeito do parcelamento e da ocupação das áreas a que se


refere este artigo, considera-se:
I - área líquida de terreno edificável a diferença entre a área total do
terreno e o somatório das áreas a que se referem os incisos I e II do caput
deste artigo e das áreas transferidas ao Município;
II - sistema viário de circulação interna as vias internas de uso privativo do
condomínio, com largura mínima de 10 m (dez metros);
III - espaço de interesse ambiental de propriedade particular a área
interna vegetada, não passível de ocupação ou de impermeabilização,
destinada à proteção ambiental;
IV - unidade territorial a fração de terreno individualizada dentro do lote
único.

§ 2º - A área mínima da unidade territorial é igual à da quota de terreno


definida para o condomínio.

§ 3º - Os parâmetros de ocupação do zoneamento aplicam-se às


unidades territoriais.” (NR)

Art. 41 - O § 2º do art. 35 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 35 -

(...)

§ 2º - Em parcelamentos vinculados referentes a condomínios


residenciais e a distritos industriais, somente precisam ser aprovados,
juntamente com o projeto de parcelamento, os projetos das partes
comuns e os parâmetros construtivos das edificações.” (NR)

Art. 42 - Os incisos I e VI do art. 36 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 36 -
(...)
200

I - em empreendimentos que originem lotes com área superior a 10.000


m² (dez mil metros quadrados);
(...)
VI - em terrenos de propriedade particular situados na ZPAM.” (NR)

Art. 43 - A Seção V do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a


seguinte denominação:

“Seção V
Das Destinações do Parcelamento” (NR)

Parágrafo único - A Seção V do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a


vigorar constituída pelas subseções I e II, nos seguintes termos:

“I - Subseção I - Do Parcelamento para Condomínios: inclui os arts. 32 a


34;
II - Subseção II - Do Parcelamento Vinculado: inclui os arts. 35 e 36.” (NR)

Art. 44 - A Seção VII do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar como
Seção VI, nos seguintes termos:

“Seção VI

Da Modificação de Parcelamento” (NR)

Parágrafo único - A Seção VI do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a


ser constituída pelos arts. 37 a 39 da Lei nº 7.166/96.

Art. 45 - A Seção VIII do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar como
Seção VII, nos seguintes termos:

“Seção VII
Do Reparcelamento” (NR)

Parágrafo único - A Seção VII do Capítulo III da Lei nº 7.166/96 passa a


ser constituída pelos arts. 40 e 41 da Lei nº 7.166/96.

Art. 46 - O art. 43 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 43 - Os parâmetros urbanísticos a que se refere o inciso II do caput


do art. 2º desta Lei são os definidos neste Capítulo, nos Anexos VI a IX
desta Lei e no Anexo V da Lei nº 7.165/96.

§ 1º - As ZEISs serão regidas por parâmetros urbanísticos especiais, a


serem definidos em lei.

§ 2º - Cessado o interesse público na implantação de Estação de


Integração de Transporte Coletivo constante do Anexo VI-A desta Lei, o
terreno ficará submetido aos parâmetros urbanísticos do zoneamento que,
dentre os lindeiros, ocupe a maior extensão limítrofe.
201

§ 3º - Na ZP-1 e nas áreas de propriedade particular situadas na ZPAM,


os lotes com área inferior a 2.500 m² (dois mil e quinhentos metros
quadrados) regularmente aprovados em data anterior a 27 de dezembro
de 1996 estarão submetidos aos parâmetros urbanísticos da ZP-2.” (NR)

Art. 47 - O caput do art. 44 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 44 - O Executivo poderá exigir que os proprietários de terrenos


lindeiros às vias constantes do Anexo V desta Lei respeitem recuo de
alinhamento de 10,00 m (dez metros), mediante redução da área
computada para efeito de incidência do IPTU, com base na alínea “b” do
inciso III do art. 46 do Plano Diretor do Município.” (NR)

Art. 48 - Ficam acrescentados os §§ 1º, 2º e 3º ao art. 44-A da Lei nº 7.166/96:

“Art. 44-A -

(...)

§ 1º - Os terrenos de que trata este artigo ficam submetidos aos seguintes


parâmetros e critérios de ocupação e uso do solo:
I - o Coeficiente de Aproveitamento Básico é de 0,8 (oito décimos),
prevalecendo entre este valor e o do CAb do zoneamento em que o
imóvel se insere, aquele que for mais restritivo;
II - a área total a ser edificada não pode exceder 1.000 m² (um mil metros
quadrados);
III - a altura máxima da edificação é de 8,00 m (oito metros);
IV - fica vedada a aplicação do instrumento da Outorga Onerosa do
Direito de Construir para os terrenos de que trata o caput deste artigo.

§ 2º - Após definido pelo Executivo o projeto básico a ser implantado em


Área de Projeto Viário Prioritário, as restrições de uso e ocupação do solo
de que trata este artigo deixarão de incidir sobre os lotes não atingidos no
projeto, passando a vigorar os parâmetros do zoneamento em que o
imóvel se insere.

§ 3º - Após executado o projeto a que se destina, a Área de Projeto Viário


Prioritário ficará descaracterizada, deixando de submeter-se ao disposto
neste artigo.” (NR)

Art. 49 - Ficam alterados o caput e o § 1º do art. 45 da Lei nº 7.166/96, e fica


acrescentado a esse artigo o § 7º, nos seguintes termos:

“Art. 45 - O potencial construtivo é calculado mediante a multiplicação da


área total do terreno pelo Coeficiente de Aproveitamento Básico do
zoneamento em que se situa.

§ 1º - Os valores do CAb são aqueles previstos no Anexo V da Lei nº


7.165/96 e no Anexo VI-A desta Lei.

(...)
202

§ 7º - O valor do Coeficiente de Aproveitamento Básico aplicável ao


terreno situado na ZE é o da tabela do Anexo VI-A desta Lei ou o do
zoneamento de maior extensão limítrofe.” (NR)

Art. 50 - Ficam alterados os incisos I, III e XVII do art. 46 da Lei nº 7.166/96, e


ficam acrescentados a esse artigo os §§ 5º e 6º, nos seguintes termos:

“Art. 46 -
(...)
I - a área destinada a estacionamento de veículos, exceto se situada em
edifícios-garagem, limitada à área correspondente à multiplicação da área
do terreno pelo valor do CAb válido para o zoneamento no qual ele está
inserido;
(...)
III - um único pavimento de pilotis em edificação residencial ou de uso
misto com pavimento-tipo residencial;
(...)
XVII - a área das rampas de acesso às áreas comuns de edificações
destinadas ao uso residencial que sejam adequadas à pessoa portadora
de deficiência ou com mobilidade reduzida, bem como às normas técnicas
pertinentes, desde que façam parte de edificação em que não seja
obrigatória a instalação de elevadores.

(...)

§ 5º - O somatório das áreas a que se referem os incisos IV a XIII do


caput deste artigo não será computado, para efeito de cálculo do CA, até
o limite de 14% (quatorze por cento) do somatório das áreas dos
pavimentos-tipo.

§ 6º - Não serão computadas, para efeito de cálculo do CA, as vagas de


estacionamento adicionais exigidas em processo de licenciamento
ambiental ou urbanístico.” (NR)

Art. 51 - Os §§ 1º e 2º do art. 47 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 47 -

(...)

§ 1º - As quotas de terreno por unidade habitacional são as previstas no


Anexo VI desta Lei, e seu cálculo somente é feito depois de deduzido da
área do terreno o percentual transferido ao Município no registro do
parcelamento.

§ 2º - Em loteamento aprovado em data anterior a 27 de dezembro de


1996, situado em ZP-1, ZP-2 ou em área de propriedade particular
classificada como ZPAM, quando a área do lote for inferior à quota de
terreno por unidade habitacional estabelecida para o zoneamento, será
admitida quota de terreno equivalente à área do lote.” (NR)
203

Art. 52 - A Subseção V da Seção II do Capítulo IV da Lei nº 7.166/96 passa a


vigorar com a seguinte denominação:

“Subseção V
Da Taxa de Permeabilidade” (NR)

Art. 53 - Ficam alterados o caput e os §§ 1º, 2º, 4º e 6º do art. 50 da Lei nº


7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 7º, 8º, 9º e 10, nos seguintes
termos:

“Art. 50 - Considera-se Taxa de Permeabilidade a área descoberta e


permeável do terreno em relação à sua área total, dotada de vegetação
que contribua para o equilíbrio climático e propicie alívio para o sistema
público de drenagem urbana.

§ 1º - Os valores da Taxa de Permeabilidade mínima são os definidos no


Anexo VI desta Lei, observado o seguinte:
I - para os terrenos situados na ADE da Bacia da Pampulha, a taxa de
permeabilidade mínima é de 30% (trinta por cento);
II - para os terrenos situados em ZPAM e ZP-1, prevalecem os valores
determinados no Anexo VI desta Lei;
III - para os terrenos que não se enquadrem nos incisos I e II deste
parágrafo, prevalece:
a) 10% (dez por cento), se o terreno tiver área menor ou igual a 360 m²
(trezentos e sessenta metros quadrados);
b) 20% (vinte por cento) se o terreno tiver área superior a 360 m²
(trezentos e sessenta metros quadrados).

§ 2º - As edificações, exceto as localizadas na ZPAM e nas ZPs, podem


impermeabilizar até 100% (cem por cento) da área do terreno, desde que:
I - nelas haja área descoberta - equivalente à área de permeabilidade
mínima - dotada de vegetação que contribua para o equilíbrio climático;
II - seja construída caixa de captação e drenagem que retarde o
lançamento das águas pluviais provenientes da área de que trata o inciso
I deste parágrafo.

(...)

§ 4º - Podem ser utilizados, simultaneamente, as áreas permeáveis de


terreno e os mecanismos previstos no § 2º deste artigo para atingir a Taxa
de Permeabilidade.

(....)

§ 6º - Quando exigido o recuo de alinhamento, não será considerada,


para aplicação da Taxa de Permeabilidade, a área do terreno resultante
do referido recuo.

§ 7º - A Taxa de Permeabilidade estará atendida com a manutenção de


área descoberta e permeável, podendo a área dotada de vegetação
204

situar-se em área equivalente à permeável sobre lajes, jardineiras ou


pavimentos elevados.

§ 8° - A área permeável, livre e vegetada, implantada no afastamento


frontal de edificação e inteiramente visível do logradouro público, poderá
ser convertida em pagamento do potencial construtivo adicional utilizado
no próprio lote, observadas as demais exigências legais.

§ 9º - Aplica-se a permissão prevista no § 8º deste artigo aos terrenos


lindeiros a vias arteriais, exceto nas ruas que apresentem intenso fluxo de
pedestres, conforme dispuser o regulamento.

§ 10 - Não se aplica o disposto nos §§ 2º e 3º, 7°, 8º e 9º deste artigo aos


terrenos situados em ADEs de Interesse Ambiental.” (NR)

Art. 54 - Ficam alterados o § 2º e os incisos II, III e IV do § 5º do art. 51 da Lei nº


7.166/96, e fica acrescentado a esse artigo o § 6º, nos seguintes termos:

“Art. 51 -

(...)

§ 2º - Em razão do reduzido fluxo de pedestres nas vias, da topografia


acidentada ou em razão de estar a edificação situada na ADE Residencial
Central ou em ADE de uso exclusivamente residencial, pode a exigência
prevista no §1º deste artigo ser substituída pela de ajardinamento,
permitidos, nesse caso, a construção de guarita e o fechamento,
exclusivamente, por gradil vazado ou transparente.

(...)

§ 5º -
(...)
II - afastamento frontal de, no mínimo, 5,00 m (cinco metros);
III - existência de passeio com, no mínimo, 2,40 m (dois metros e
quarenta centímetros), admitindo-se, no caso de ter o passeio dimensão
inferior, o estacionamento no afastamento frontal, desde que a soma da
largura desse afastamento e a do passeio existente seja de, no mínimo,
7,40 m (sete metros e quarenta centímetros);
IV - seja destinada à circulação de pedestres a faixa mínima de 0,90 m
(noventa centímetros) nas divisas laterais, ou junto ao acesso à garagem,
quando este estiver junto às divisas laterais;

§ 6º - O afastamento frontal mínimo das edificações em terrenos lindeiros


a vias arteriais e de ligação regional deve dar continuidade ao passeio,
não sendo permitida a instalação de elementos construtivos, exceto
pilares de sustentação, respeitado o livre trânsito no local.” (NR)

Art. 55 - Fica acrescentado ao caput do art. 52 da Lei nº 7.166/96 o seguinte


inciso V:

“Art. 52 -
205

(...)
V - em áreas destinadas a uso não residencial, desde que a laje de
cobertura se situe em nível inferior à menor cota altimétrica do passeio
lindeiro ao alinhamento do lote.” (NR)

Art. 56 - Ficam alterados os §§ 4º e 5º do art. 61 da Lei nº 7.166/96, e ficam


acrescentados a esse artigo os §§ 6º, 7º, 8º, 9º e 10:

“Art. 61 -

(...)

§ 4º - No caso de edificação destinada a hotel, o número mínimo de vagas


de estacionamento de veículos é de 1/3 (um terço) do número de
unidades hoteleiras.

§ 5º - No caso de edificação destinada a uso não residencial atrator de


veículos de carga, poderá ser facultada, a critério do órgão municipal
responsável pelo trânsito, a utilização de, no máximo, 70% (setenta por
cento) da área reservada para estacionamento de veículos leves como
área de estacionamento e manobra de veículos pesados.

§ 6º - Para empreendimentos não sujeitos ao Estudo de Impacto de


Vizinhança ou ao Licenciamento Ambiental pelo COMAM, a serem
instalados em edificações já existentes até 27 de dezembro de 1996, a
exigência relativa ao número mínimo de vagas para estacionamento de
veículos poderá ser flexibilizada, mediante parecer favorável do
COMPUR.

§ 7º - Para as edificações existentes na ZHIP, até a data da entrada em


vigor deste parágrafo, a exigência de vagas de estacionamento de
veículos poderá ser atendida pelas vagas existentes, no caso de
adaptação de edificações para o uso residencial.

§ 8º - A condição prevista no § 7º deste artigo poderá ser aplicada no


caso de substituição ou instalação de novo uso não residencial em
edificações existentes na ZHIP, mediante parecer favorável do COMPUR
ou do COMAM, conforme a hipótese.

§ 9º - A exigência do número mínimo de vagas de estacionamento para


edificações públicas destinadas ao uso institucional poderá ser
flexibilizada, mediante parecer favorável do COMPUR ou do COMAM,
conforme a hipótese.

§ 10 - Cada vaga de carga e descarga deve ter 9,0 m (nove metros) de


comprimento por 3,0 m (três metros) de largura e 4,0 m (quatro metros)
de altura.” (NR)

Art. 57 - Ficam alterados os incisos II e III do art. 64 da Lei nº 7.166/96, e fica


acrescentado a esse artigo o parágrafo único, nos seguintes termos:

“Art. 64 -
206

(...)
II - não residencial, compreendendo atividades das subcategorias
Comércio, Serviços, Serviços de Uso Coletivo, Indústria e Agricultura
Urbana;
III - misto, definido como o exercício, em uma mesma edificação, de usos
residencial e não residencial.

Parágrafo único - Os usos não residenciais são classificados de acordo


com as seguintes subcategorias:
I - Comércio;
II - Serviço;
III - Indústria;
IV - Serviço de Uso Coletivo;
V - Agricultura Urbana.” (NR)

Art. 58 - O art. 65 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 65 - Os usos não residenciais são classificados, de acordo com o


potencial de geração de incômodos atribuído a cada atividade, em:
I - Grupo I: atividades compatíveis com o uso residencial, sem potencial
de geração de repercussões negativas e que não necessitam de medidas
mitigadoras para se instalarem;
II - Grupo II: atividades compatíveis com o uso residencial, com potencial
de geração de incômodos de pouca significância, que devem ser
mitigados;
III - Grupo III: atividades que se destinam à produção de objetos de maior
complexidade ou a serviços mais impactantes e que, por sua natureza,
têm potencial de geração de incômodos de maior relevância e maior
atração de veículos e pessoas;
IV - Grupo IV: atividades com alto potencial de geração de incômodos,
que geram riscos à saúde ou ao conforto da população ou que não são
compatíveis com o funcionamento das atividades urbanas na maioria dos
locais.

§ 1º - São classificadas como do Grupo I, para fins de localização, as


atividades econômicas exercidas por Microempreendedor Individual – MEI
–, nos termos da Lei Complementar nº 128, de 19 de dezembro de 2008.

§ 2º - Excetuam-se do disposto no § 1º deste artigo as atividades


classificadas como de risco alto, conforme o Anexo X desta Lei.

§ 3º - O disposto no §1º deste artigo não isenta o MEI do cumprimento


das medidas mitigadoras relativas à atividade por ele exercida, previstas
no Anexo X desta Lei.

§ 4º - A classificação das atividades econômicas quanto ao Grupo a que


pertencem, a designação de atividades desenvolvidas por MEI e as
atividades consideradas de risco alto estão dispostas no Anexo X desta
Lei.” (NR)

Art. 59 - Ficam acrescentados à Seção I do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 os arts.


65-A e 65-B:
207

“Art. 65-A - São atividades auxiliares aquelas que subsidiam as atividades


principais, sendo complementares ao funcionamento destas,
compreendendo:
I - escritório/sede administrativa de empresa;
II - depósito/almoxarifado;
III - garagem de veículos leves;
IV - pátio de máquinas/garagem de veículos pesados;
V - ponto de exposição;
VI - unidade de manutenção;
VII - centro de treinamento;
VIII - unidade de enfermaria;
IX - refeitório/cozinha;
X - posto de coleta de material biológico;
XI - posto de recebimento de pequenos objetos sem armazenamento;
XII - unidade de abastecimento de combustíveis.

Parágrafo único - Consideram-se parte integrante das atividades


industriais, quando implantadas no mesmo local, além do setor produtivo:
I - as atividades auxiliares previstas no caput do art. 65-A desta Lei;
II - as atividades complementares de lazer, saúde e cultura voltadas para
o atendimento de seus funcionários.

Art. 65-B - É obrigatória a declaração, pelo interessado, das atividades


auxiliares exercidas no local de implantação do empreendimento.

§ 1º - Na hipótese de conjugação do exercício de atividades principais


com atividades auxiliares, a instalação do empreendimento apenas será
possível caso todas as atividades sejam admitidas no local.

§ 2º - Verificado o atendimento ao requisito previsto no § 1º deste artigo,


deverão ser atendidas as medidas mitigadoras relativas a cada uma das
atividades exercidas no local.

§ 3º - Para as atividades econômicas classificadas no Código da


Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE - não
mencionadas no Anexo X desta Lei, somente será admitida a instalação
de suas atividades auxiliares.

§ 4º - É admitido o exercício de atividade auxiliar fora do local onde se


exerce a atividade principal.

§ 5º - Nas hipóteses determinadas nos §§ 3º e 4º deste artigo, o


licenciamento e a localização da atividade serão determinados segundo a
classificação definida para as atividades auxiliares.” (NR)

Art. 60 - O art. 66 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 66 - São os seguintes os tipos de repercussões negativas:


I - atração de alto número de veículos leves, referida como número 1 (um)
no Anexo X desta Lei;
208

II - atração de alto número de veículos pesados, referida como número 2


(dois) no Anexo X desta Lei;
III - atração de alto número de pessoas, referida como número 3 (três) no
Anexo X desta Lei;
IV - geração de risco de segurança, referida como número 4 (quatro) no
Anexo X desta Lei;
V - geração de efluentes atmosféricos, referida como número 5 (cinco) no
Anexo X desta Lei;
VI - geração de efluentes líquidos especiais, referida como número 6
(seis) no Anexo X desta Lei;
VII - geração de resíduos sólidos especiais e de saúde, referida como
número 7 (sete) no Anexo X desta Lei;
VIII - geração de radiações ionizantes ou não ionizantes, referida como
número 8 (oito) no Anexo X desta Lei;
IX - geração de ruídos e vibrações, referida como número 9 (nove) no
Anexo X desta Lei;

Parágrafo único - As repercussões negativas são atribuídas às atividades


principais e auxiliares, conforme o disposto no Anexo X desta Lei.” (NR)

Art. 61 - Fica acrescentado à Seção III do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 o art. 66-
A:

“Art. 66-A - As atividades causadoras de repercussões negativas, sem


prejuízo do cumprimento das normas ambientais, de posturas, sanitárias e
outras pertinentes, ficam sujeitas à adoção das seguintes medidas
mitigadoras em função da análise da característica da atividade:
I - implantação de alternativa de estacionamento e controle de acesso de
veículo a edificação, referida como letra “a” no Anexo X desta Lei;
II - realização de medidas para viabilizar a carga e a descarga, referida
como letra “b” no Anexo X desta Lei;
III - realização de medidas para viabilizar embarque e desembarque,
referida como letra “c” no Anexo X desta Lei;
IV - realização de medidas para prevenção e combate a incêndio,
comprovada mediante apresentação de laudo elaborado por profissional
habilitado, relativo às condições de segurança, prevenção e combate a
incêndios, referida como letra “d” no Anexo X desta Lei;
V - adoção de processo de umidificação, referida como letra “e” no Anexo
X desta Lei;
VI - adoção de sistema de controle de efluentes atmosféricos, referida
como letra “f” no Anexo X desta Lei;
VII - adoção de sistema de tratamento dos efluentes líquidos especiais
resultantes do processo produtivo da atividade, referida como letra “g” no
Anexo X desta Lei;
VIII - adoção de procedimentos para gerenciamento de resíduos sólidos,
como segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte e
destinação final adequada de acordo com a legislação específica, referida
como letra “h” no Anexo X desta Lei;
IX - realização de medidas de controle dos níveis de emissões
radiométricas, comprovado por laudo elaborado por profissional habilitado
e, no caso de exercício de atividades com fontes de radiação ionizante,
em medicina nuclear, radioterapia e aplicações industriais, o laudo deverá
209

ser acompanhado da respectiva autorização emitida pela Comissão


Nacional de Energia Nuclear - CNEN -, referida como letra “i” no Anexo X
desta Lei;
X - implantação de medidas de controle de ruído e atenuação da
vibração, tais como proteção ou isolamento acústico e de vibração,
confinamento ou relocalização de equipamentos e operações ruidosas,
observadas as normas legais de construção, iluminação e ventilação,
referida como letra “j” no Anexo X desta Lei.

§ 1º - As medidas mitigadoras aplicáveis aos usos não residenciais


causadores de repercussões negativas e enumeradas no caput deste
artigo estão contidas no Anexo X desta Lei.

§ 2º - Para as edificações existentes até a data da entrada em vigor deste


parágrafo, a exigência de vagas de estacionamento de veículos poderá
ser atendida pelas vagas existentes, desde que seja apresentada
alternativa para a mitigação do impacto decorrente do não atendimento ao
número mínimo de vagas de estacionamento previsto no Anexo VIII desta
Lei.

§ 3º - As vagas de estacionamento constantes do Anexo VIII desta Lei


terão como dimensões mínimas, além dos espaços necessários ao
acesso, circulação e manobra de veículos, 2,30 m (dois metros e trinta
centímetros) de largura por 4,50 m (quatro metros e cinquenta
centímetros) de comprimento.

§ 4º - As vagas de carga e descarga poderão, a critério do órgão


responsável pelo tráfego, ter dimensões diferentes das definidas no § 10
do art. 61 desta Lei e na Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009, – Código de
Edificações do Município –, ou ser dispensadas, nos casos de instalação
de atividades em edificações existentes antes de 27 de dezembro de
1996.

§ 5º - Sempre que houver interferência significativa na circulação de


veículos ou pedestres, será exigida, a critério do órgão municipal
competente, a implantação de sinalização ou equipamentos de controle
do tráfego.

§ 6º - A concessão do Alvará de Localização e Funcionamento, para as


atividades que tenham repercussões negativas, será subsidiada por
dados ambientais e urbanísticos e por informações prestadas pelo próprio
interessado, contendo dados qualitativos e quantitativos referentes ao
funcionamento da atividade.

§ 7º - Para edificações destinadas a uso não residencial atrator de veículo


de carga que não seja atrator de veículos leves, poderá ser autorizada a
utilização da área reservada para o estacionamento de veículos leves
como área de estacionamento e manobra de veículos pesados, desde
que haja anuência do órgão municipal competente.

§ 8º - Para as atividades não classificadas como de risco alto, o Alvará de


Localização e Funcionamento será emitido de forma simplificada.
210

§ 9º - Para as atividades classificadas como de risco alto, a emissão de


Alvará de Localização e Funcionamento será precedida de parecer prévio,
elaborado pelo órgão responsável pelo controle ambiental.” (NR)

Art. 62 - Ficam alterados o caput e os §§ 1º, 2º, 3º e 5º do art. 67 da Lei nº


7.166/96, e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 13, 14, 15, 16 e 17, nos
seguintes termos:

“Art. 67 - A localização dos usos não residenciais é disciplinada, na forma


do Anexo XI desta Lei, pela conjugação da classificação de cada
atividade, prevista no Anexo X desta Lei, com a classificação da via
pública quanto à permissividade de usos.

§ 1º - Com relação à localização de usos não residenciais, ficam definidas


as seguintes regras para as ZPs:
I - é proibida a instalação de usos dos Grupos II, III e IV em vias
preferencialmente residenciais;
II - fica condicionada a parecer favorável do COMAM a instalação de usos
dos Grupos II, III e IV nas demais vias, respeitada a permissividade de
usos não residenciais de cada via.

§ 2º - Para efeito de localização dos usos, as vias que compõem o


sistema viário do Município ficam definidas como:
I - VR: vias preferencialmente residenciais, onde se busca preservar a
ambiência residencial;
II - VM: vias de caráter misto, onde se busca a conjugação de usos;
III - VNR: vias preferencialmente não residenciais, onde se busca
privilegiar o uso não residencial.

§ 3º - Para efeitos de localização, as atividades não listadas no Anexo X


desta Lei devem ser classificadas, devendo ainda ser definidas medidas
mitigadoras para eventuais repercussões no meio urbano, identificadas de
acordo com critérios definidos no art. 66-A desta Lei e observado o
disposto no art. 80, IV, da Lei nº 7.165/96.

(...)

§ 5º - As escolas infantis e os estabelecimentos de ensino fundamental e


médio somente podem ser localizados:
I - em terrenos lindeiros a vias locais e coletoras, observado o disposto no
Anexo XI desta Lei;
II - na Zona Hipercentral - ZHIP - e na ZCBH, observado o disposto no
Anexo XI desta Lei;
III - em terrenos lindeiros a vias arteriais, desde que submetidos a
licenciamento urbanístico, mediante EIV.

(...)

§ 13 - Para efeito da aplicação do disposto no Anexo X desta Lei,


considera-se área da atividade ou área utilizada a área edificada ocupada
211

pela mesma, acrescida dos espaços não cobertos destinados ao seu


exercício.

§ 14 - No cálculo da área utilizada, não são computados os espaços


descobertos e os cômodos exigidos para a conformidade da edificação
segundo as normas contidas nesta Lei.

§ 15 - Nas vias classificadas como VR, são admitidos bares, restaurantes


e similares com área de até 100,00 m² (cem metros quadrados), desde
que a atividade ocupe somente área edificada e o passeio não seja
utilizado para colocação de mesas e cadeiras.

§ 16 - O exercício de qualquer atividade econômica em logradouro público


deverá ser licenciado conforme os critérios previstos na Lei nº 8.616, de
14 de julho de 2003, - Código de Posturas do Município - e suas
alterações posteriores.

§ 17 - VETADO

Art. 63 - VETADO

Art. 64 - O art. 71-B da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 71-B - No caso de aprovação de projeto em lote ou em conjunto de


lotes com frente para logradouros de permissividade de usos diferentes,
poderá ser admitido para todo o terreno o uso permitido nos lotes com
frente para a via de maior permissividade, desde que:
I - sejam respeitados os parâmetros urbanísticos relativos a cada lote;
II - o acesso se faça pelas vias em que o uso é permitido.

§ 1º - O acesso poderá ser feito por via em que o uso não é permitido,
desde que haja licenciamento urbanístico especial, mediante EIV.

§ 2º - No caso em que os lotes ou o conjunto de lotes estiverem situados


em área adjacente a ADE exclusivamente ou predominantemente
residencial, não será admitido, em nenhuma hipótese, o uso permitido na
via de maior permissividade para todo o terreno.” (NR)

Art. 65 - A Seção III do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar constituída


pelas Subseções I e II, nos seguintes termos:

“I - Subseção I - Do Funcionamento das Atividades Causadoras de Repercussões


Negativas: inclui o art. 66-A;
II - Subseção II - Da Localização: inclui os artigos arts. 67 a 71-B.”(NR)

Art. 66 - Fica alterado o caput do art. 72 da Lei nº 7.166/96 e ficam acrescentados


a esse artigo os §§ 9º e 10, nos seguintes termos:

“Art. 72 - Poderá permanecer no local, independentemente de vedação


estabelecida por legislação posterior à sua instalação, a atividade
admitida nesse local por lei vigente à época de sua implantação e que
atenda a uma das seguintes condições:
212

I - possuir Alvará de Localização e Funcionamento emitido em data


anterior à da publicação da lei que estabeleceu a vedação;
II - ser desenvolvida por empresa regularmente constituída e
comprovadamente instalada em data anterior à da publicação da lei que
estabeleceu a vedação;
III - estar instalada em edificação construída especificamente para uso
admitido à época de sua instalação.

(...)

§ 9º - A edificação na qual se exerça o direito de permanência de uso é


passível de alteração e acréscimo da área utilizada pela atividade, dentro
dos limites dos parâmetros urbanísticos fixados por esta Lei, mediante
parecer prévio favorável do COMPUR, baseado em Estudo de Impacto de
Vizinhança.

§ 10 - Os impactos da atividade gerados pela modificação devem ser


mitigados e contribuir para minimizar possíveis incômodos por ela
causados.” (NR).

Art. 67 - Ficam acrescentados à Seção IV do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 os


seguintes arts. 72-A, 72-B e 72-C:

“Art. 72-A - A atividade que usufruir do direito de permanência, nos termos


do art. 72 desta Lei, poderá ser substituída por outra, desde que a nova
atividade esteja classificada na mesma Tipologia e no mesmo Grupo, ou
em Grupo inferior em que se enquadra a atividade a ser substituída,
conforme o Anexo X desta Lei.

Art. 72-B - A lei específica que regulamentar ou instituir ADE poderá


definir critérios diferenciados de permanência e de substituição de uso, de
acordo com a especificidade da área.

Art. 72-C - As edificações a que se refere o inciso V do caput do art. 2º do


Decreto Municipal nº 2.383, de 6 de julho de 1973, poderão ter seu uso
substituído pela atividade Hospital, definida nos termos do Anexo X desta
Lei.

Parágrafo único - Na hipótese de haver a substituição de uso a que se


refere o caput deste artigo, as edificações utilizadas, à época da
substituição, serão passíveis de regularização, de acordo com os critérios
estabelecidos pela Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005, para fins da
instalação da atividade Hospital.” (NR)

Art. 68 - A Seção IV do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a


seguinte denominação:

“Seção IV
Dos Usos Não Conformes” (NR)

Parágrafo único - A Seção IV do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar


constituída pelas subseções I e II, nos seguintes termos:
213

“I - Subseção I - Do Direto de Permanência dos Usos: inclui o art. 72 da Lei nº


7.166/96;
II - Subseção II - Da substituição dos Usos Não Conformes: inclui os arts. 72-A, 72-B
e 72-C da Lei nº 7.166/96.” (NR)

Art. 69 - Ficam alterados o caput e o § 2º do art. 74 da Lei nº 7.166/96, e ficam


acrescentados a esse artigo os §§ 4º e 5º, nos seguintes termos:

“Art. 74 - A instalação, a construção, a ampliação ou o funcionamento dos


empreendimentos de impacto, sem prejuízo de outras licenças legalmente
exigíveis, ficam sujeitos a:
I - licenciamento ambiental pelo COMAM, nos termos da legislação
específica, nos casos em que o empreendimento implique repercussões
ambientais significativas;
II - licenciamento urbanístico pelo COMPUR, nos casos em que o
empreendimento implique repercussões preponderantemente
urbanísticas.

(...)

§ 2º - O licenciamento das atividades a que se refere o inciso I do caput


deste artigo dependerá da prévia elaboração de estudos que contenham
a análise de impactos no meio ambiente e as medidas destinadas a
minimizar as consequências indesejáveis e a potencializar os seus efeitos
positivos, inclusive a elaboração de Estudo de Impacto Ambiental - EIA - e
o respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA -, quando for o caso.

(...)

§ 4º - O licenciamento das atividades a que se refere o inciso II do caput


deste artigo dependerá da elaboração de estudos que contenham a
análise de impactos nas condições funcionais, paisagísticas e
urbanísticas e as medidas destinadas a minimizar as consequências
indesejáveis e a potencializar os seus efeitos positivos, inclusive a
elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV -, conforme o
disposto no Capítulo XI da Lei nº 7.165/96, quando for o caso.

§ 5º - O funcionamento de empreendimento de impacto já instalado


poderá ficar condicionado ao licenciamento urbanístico, quando
convocado pelo COMPUR.” (NR)

Art. 70 - Ficam acrescentados à Seção V do Capítulo V da Lei nº 7.166/96 os


seguintes arts. 74-A, 74-B, 74-C, 74-D e 74-E:

“Art. 74-A - Submetem-se a licenciamento ambiental pelo COMAM as


seguintes atividades e os seguintes empreendimentos de impacto:
I - extração ou tratamento de minerais;
II - barragens para contenção de rejeitos ou resíduos;
III - indústrias com repercussão ambiental significativa;
IV - usina de asfalto;
V - terminais rodoviários, ferroviários e aeroviários;
214

VI - terminais de minério, de produtos químicos e petroquímicos;


VII - oleodutos, gasodutos, minerodutos;
VIII - interceptores de esgoto;
IX - aterros sanitários e usinas de reciclagem de resíduos sólidos e
estação de transbordo de resíduos;
X - unidades de incineração de resíduos;
XI - autódromos, hipódromos e estádios esportivos;
XII - cemitérios e crematórios;
XIII - matadouros e abatedouros;
XIV - estabelecimentos prisionais;
XV - ferrovias, subterrâneas ou de superfície;
XVI - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 kV
(duzentos e trinta quilovolts);
XVII - usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de
energia primária, acima 10 MW (dez megawatts);
XVIII - intervenções em corpos d’água - tais como barragens,
canalizações, retificações de coleções de água - e em diques;
XIX - estações de tratamento de água;
XX - estações de tratamento de esgotos sanitários;
XXI - garagem de empresas de transporte de passageiros e de cargas;
XXII - postos de abastecimento de veículos e de revenda de
combustíveis;
XXIII - loteamentos;
XXIV - parcelamentos destinados a uso industrial;
XXV - obras de arte compreendidas por viadutos, túneis e trincheiras;
XXVI - hospitais;
XXVII - tipologias de atividades e empreendimentos arrolados pelo
Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM -, como modificadoras
do meio ambiente, sujeitas ao licenciamento ambiental ou à autorização
ambiental de funcionamento.

Parágrafo único - O COMAM estabelecerá, com base em critérios que


conjuguem o porte e o potencial poluidor ou degradador do meio
ambiente, quais as atividades e os empreendimentos arrolados neste
artigo que estarão sujeitos a licenciamento simplificado perante o órgão
municipal de meio ambiente, e quais os procedimentos específicos
aplicáveis a cada modalidade de licenciamento.

Art. 74-B - Submetem-se a licenciamento urbanístico pelo COMPUR os


seguintes empreendimentos de impacto:
I - os edifícios não residenciais com área de estacionamento maior que
10.000 m² (dez mil metros quadrados) ou com mais de 400 (quatrocentas)
vagas;
II - os destinados a uso residencial que tenham mais de 300 (trezentas)
unidades;
III - os destinados a uso misto com mais de 20.000 m² (vinte mil metros
quadrados);
IV - os destinados a serviço de uso coletivo com área maior que 6.000 m²
(seis mil metros quadrados);
V - casas de show, independentemente da área utilizada;
VI - centro de convenções, independentemente da área utilizada;
215

VII - casa de festas e eventos com área utilizada superior a 360 m²


(trezentos e sessenta metros quadrados);
VIII - hipermercados com área utilizada igual ou superior a 5.000 m² (cinco
mil metros quadrados);
IX - os parcelamentos vinculados, na figura de desmembramento, que
originem lote com área superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados)
ou quarteirão com dimensão superior a 200 m (duzentos metros);
X - as intervenções em áreas urbanas consolidadas, compreendidas por
modificações geométricas significativas de conjunto de vias de tráfego de
veículos;
XI - os helipontos;
XII - outros empreendimentos sujeitos a EIV definidos por lei municipal.

Parágrafo único - Mediante definição de padrões e procedimentos, o


COMPUR poderá delegar ao Executivo a análise de licenciamentos de
empreendimentos que sejam considerados de baixa repercussão negativa
para a vizinhança.

Art. 74-C - Estão sujeitos à elaboração de EIV os empreendimentos de


que trata o art. 74-B desta Lei.

Art. 74-D - A classificação de novos empreendimentos e a definição de


tipo de licenciamento a que estarão sujeitos será efetuada mediante lei
municipal.

Art. 74-E - O estudo para fins de licenciamento, realizado para


empreendimentos de impacto, deverá prever a revisão e a adequação do
zoneamento da área impactada pela intervenção, se for o caso.” (NR)

Art. 71 - O parágrafo único do art. 77 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 77 -

(...)

Parágrafo único - A Taxa de Permeabilidade mínima da ADE da Bacia da


Pampulha é de 30% (trinta por cento).” (NR)

Art. 72 - Ficam alterados o caput e o § 3º do art. 78 da Lei nº 7.166/96, e fica


acrescentado a esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 78 - A ADE Residencial Central é destinada ao controle especial de


uso, sendo garantidas, em parte da ZCBH, a predominância do uso
residencial e a preservação das edificações e de traços da ambiência
local, resultante do atendimento aos parâmetros específicos da ADE.

(...)

§ 3º - Na ADE Residencial Central, somente é permitido o uso não


residencial em edificações horizontais, nas destinadas a hotéis ou a apart-
hotéis e nas edificações tombadas.
216

§ 4º - Na ADE Residencial Central, não se aplica o disposto no § 6º do art.


54 desta Lei.” (NR)

Art. 73 - O art. 79 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 79 - A ADE do Vale do Arrudas, em função de sua localização


estratégica, de sua importância como eixo simbólico, histórico e de
articulação viária ao longo do curso d’água mais importante do Município
e de suas condições de degradação ou subutilização, demanda projetos
de reurbanização e requalificação urbana.

§ 1º - São diretrizes para regulamentação da ADE do Vale do Arrudas,


com vistas à requalificação urbana por meio do tratamento da paisagem
urbana e intensificação do uso dos espaços públicos:
I - implementação de projetos de tratamento paisagístico das áreas livres
sobre o Túnel da Lagoinha, com potencial para praça/mirante e para
interligação entre eixos viários preferenciais de pedestres da área central
do Município;
II - estímulo à requalificação das fachadas das edificações e, em especial,
dos galpões;
III - criação de áreas de lazer, com incremento da arborização e
implantação de ciclovias;
IV - promoção e/ou estímulos à realização de grandes eventos de
interesse cultural;
V - melhoria e padronização da acessibilidade para pedestres,
principalmente em relação ao acesso às estações do metrô e à
transposição do curso d’água e das pistas veiculares;
VI - verificação da possibilidade de extensão do Boulevard até a Avenida
Teresa Cristina;
VII - promoção da reintegração das propriedades públicas existentes na
área, que hoje se encontram destinadas ao uso por terceiros.

§ 2º - A regulamentação da ADE do Vale do Arrudas deve ser


referenciada em subáreas de interesse especial, que retratem a
diversidade urbana da ADE, e deve considerar critérios de preservação
cultural e ambiental, bem como as diretrizes e propostas provenientes do
planejamento do Hipercentro.

§ 3º - A lei específica que dispuser sobre a ADE do Vale do Arrudas deve


prever, por meio de parâmetros urbanísticos e critérios especiais de
ocupação e uso do solo:
I - o aumento das taxas de permeabilidade do solo, entre outras medidas
de proteção das características de drenagem das áreas de fundo de vale;
II - o controle do adensamento das áreas lindeiras ao curso d’água em
toda a sua extensão na ADE, conjugado com a possibilidade de maior
aproveitamento dos lotes da ADE do Hipercentro;
III - outras medidas de valorização da paisagem urbana de fundo de vale,
a partir de estudos voltados para a manutenção das visadas significativas
da área;
IV - o incentivo ao reagrupamento de lotes e vias, de modo a viabilizar a
instalação de grandes equipamentos;
217

V - o incentivo à diversidade de usos, visando a garantir mais vitalidade à


área, principalmente no período noturno.” (NR)

Art. 74 - Ficam alterados o inciso II do § 1º e o § 3º do art. 81 da Lei nº 7.166/96, e


ficam acrescentados a esse artigo os §§5º, 6º e 7º, nos seguintes termos:

“Art. 81 -
(...)

§ 1º -
(...)
II - na ADE do São Bento, nos lotes lindeiros à Rua Michel Jeha, e nos
lotes da quadra 3901 lindeiros à Avenida Cônsul Antônio Cadar;

(...)
§ 3º - Para os lotes de que tratam os incisos I e II do §1º deste artigo
permite-se utilizar, uma única vez, a extensão de uso prevista no art. 71-B
desta Lei.

(...)
§ 5º - Nos terrenos voltados para a Avenida Celso Porfírio Machado, entre
as ruas Juvenal Melo Senra e Emílio Jacques de Moraes, e para a
Avenida Paulo Camilo Pena, entre a Avenida Luiz Paulo Franco e a Rua
Jornalista Djalma Andrade, bem como naqueles terrenos localizados na
quadra 3675, conforme o Anexo II desta Lei, são admitidas as atividades
previstas no Anexo XV desta Lei, desde que instaladas em edificações
horizontais.

§ 6º - Nos lotes com frente para a Avenida Raja Gabáglia inseridos na


ADE de Santa Lúcia, é permitida a instalação dos usos não residenciais
admitidos na via, desde que o acesso se faça exclusivamente por essa
Avenida.

§ 7º - VETADO

Art. 75 - Fica alterado o caput do art. 84 da Lei nº 7.166/96, e fica acrescentado a


esse artigo o § 2º, passando o parágrafo único a vigorar como § 1º, nos
seguintes termos:

“Art. 84 - A ADE da Savassi é a que, em função de suas características e


do alto potencial para desenvolvimento econômico e cultural, demanda a
adoção de incentivos e normas especiais, visando à sua requalificação
urbana.

(...)

§ 2º - Deverá ser desenvolvido um projeto de requalificação urbano-


ambiental da Savassi, que aborde, entre outras, as seguintes questões:
I - tratamento dos espaços públicos, incluindo-se a padronização do
mobiliário urbano;
II - ordenamento e intensificação do uso dos espaços públicos por
atividades múltiplas, em especial as culturais de médio e pequeno porte;
218

III - altimetria das edificações;


IV - uso do solo e horário de funcionamento dos estabelecimentos;
V - circulação de pedestres e veículos, incluindo-se a definição de eixos
preferenciais de pedestre para ligação com outras áreas de referência no
entorno da ADE;
VI - compatibilidade entre iluminação pública e arborização das calçadas.”
(NR)

Art. 76 - Ficam alterados o caput e os §§ 1º e 3º do art. 85 da Lei nº 7.166/96, fica


acrescentado a esse artigo o § 5º, nos seguintes termos:

“Art. 85 - A ADE Hospitalar é a área que, devido à alta concentração de


atividades da área de saúde e hospitalares de caráter geral, demanda a
adoção de medidas para inibir a crescente especialização dos usos,
adequá-la aos já existentes e promover a melhoria da qualidade
ambiental.

§ 1º - Na ADE Hospitalar, ficam condicionados a parecer favorável do


COMPUR o funcionamento e a ampliação das atividades hospitalares,
comerciais e de prestação de serviços relacionadas à saúde e
classificadas, no Anexo X desta Lei, como do Grupo IV.

§ 3º - Os espaços e os equipamentos públicos da ADE Hospitalar,


especialmente as praças Hugo Werneck e Floriano Peixoto, serão
adaptados às características de seus usuários, em especial os portadores
de necessidades especiais, e tratados de modo a estimular sua
apropriação pela população.

(...)

§ 5º - O Executivo promoverá estudos e adotará medidas com os


seguintes objetivos:
I - viabilizar a implantação de estações de transbordo do transporte de
massa e eixos preferenciais para o caminhamento de pedestres na ADE
Hospitalar;
II - incentivar a formação de novas concentrações de atividades
hospitalares e de saúde, visando à diminuição da tendência ao
adensamento dessas atividades nesta ADE;
III - avaliar as interferências advindas do agrupamento de hospitais em
seu entorno imediato, em particular no Bairro Santa Efigênia, com
possibilidade de extensão do perímetro da ADE, de modo a incorporá-lo.”
(NR)

Art. 77 - Ficam alterados o caput e o § 1º do art. 86 da Lei nº 7.166/96, e ficam


acrescentados a esse artigo os §§ 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º, 9º e 10, nos seguintes
termos:

“Art. 86 - A ADE de Interesse Ambiental é constituída por áreas nas quais


existe interesse público na preservação ambiental, a ser incentivada pela
aplicação de mecanismos compensatórios, por apresentarem uma ou
mais das seguintes características:
I - presença de cobertura vegetal relevante;
219

II - presença de nascentes, cursos d’água, lagoas e represas;


III - existência de áreas cujo lençol freático seja subaflorante,
configurando ecossistema de brejo;
IV - existência de expressivo contingente de quintais arborizados;
V - existência de terrenos com declividade superior a 47% (quarenta e
sete por cento), vegetado ou não;
VI - existência de áreas degradadas, ainda não ocupadas, em processo
de erosão ativa e/ou cuja vegetação tenha sido suprimida ou submetida a
degradação.

§ 1º - A preservação das ADEs de Interesse Ambiental será estimulada


por meio dos seguintes instrumentos:
I - Transferência do Direito de Construir, prevista no Plano Diretor do
Município de Belo Horizonte e na legislação correlata;
II - instituição de Reserva Particular Ecológica, conforme previsto nas leis
n° 6.314, de 12 de janeiro de 1993, e n° 6.491, de 29 de dezembro de
1993.

§ 3º - As intervenções em ADE de Interesse Ambiental serão objeto de


prévio licenciamento pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, sem
prejuízo de outras análises cabíveis, e mediante apresentação da
caracterização da área e indicação dos impactos previsíveis e das
medidas mitigadoras e/ou compensatórias, se for o caso.

§ 4º - As intervenções em ADE de Interesse Ambiental poderão ser objeto


de análise pelo COMAM, quando assim o determinar a legislação
pertinente.

§ 5º - A Taxa Mínima de Permeabilidade em ADE de Interesse Ambiental


é de 30% (trinta por cento), resguardadas as taxas determinadas pela
legislação vigente para as áreas localizadas em ZP-1 e ZPAM.

§ 6º - Em ADE de Interesse Ambiental, é vedada a substituição da taxa


mínima de permeabilidade por caixa de captação de águas pluviais ou
jardineiras, devendo ser incentivado o uso concomitante da caixa de
captação.

§ 7º - Nos lotes localizados em ADE de Interesse Ambiental, devem ser


preservados os elementos naturais relevantes existentes, devendo a
localização da área permeável ser coincidente com a localização desses
elementos.

§ 8º - Poderá ser admitida a não preservação de elementos naturais


existentes, mediante justificativa técnica e condicionada ao
estabelecimento de medidas compensatórias a serem definidas pelo
COMAM, observadas as demais restrições legais.

§ 9º - Em caso de ADE de Interesse Ambiental cuja cobertura vegetal seja


inexistente ou tenha sofrido processo de degradação, a área permeável
deverá ser alvo de ações de recuperação ambiental, tais como a
contenção de erosões e a revegetação com espécies adequadas,
preferencialmente nativas.
220

§ 10 - As áreas públicas situadas em ADE de Interesse Ambiental devem


ser destinadas, preferencialmente, a áreas verdes." (NR)

Art. 78 - O caput e os respectivos incisos do art. 87 da Lei nº 7.166/96 passam a


vigorar com a seguinte redação:

“Art. 87 - A ADE de Venda Nova tem o objetivo de compatibilizar a


proteção do patrimônio cultural com o desenvolvimento das atividades
econômicas e a permanência do uso residencial, mediante a adoção de
políticas que, considerando a reestruturação urbana e econômica do
Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte - RMBH -,
contemplem:
I - o reforço da identidade do centro de Venda Nova e sua valorização
como referencial simbólico, considerando-se os eixos da Rua Padre
Pedro Pinto e da Avenida Vilarinho como eixos culturais e funcionais da
ADE;
II - o tratamento urbanístico-ambiental da Avenida Vilarinho e da Rua
Padre Pedro Pinto, visando à melhoria da acessibilidade e à sua
articulação com o metrô;
III - a implementação de medidas de proteção e de valorização do
patrimônio cultural da região, que resultem de estudos urbanísticos que
considerem controle de altimetria das edificações, despoluição e
requalificação das fachadas de edificações de interesse histórico,
requalificação de espaços públicos e dos referenciais simbólicos, bem
como ações de promoção da história local.” (NR)

Art. 79 - Fica alterado o inciso II do caput do art. 88 da Lei nº 7.166/96, e fica


acrescentado a esse artigo o § 4º, nos seguintes termos:

“Art. 88 -
(...)
II - à requalificação de áreas degradadas ou estagnadas;

(...)

§ 4º - Visando ao desenvolvimento socioeconômico, ambiental e cultural


da região, a regulamentação da ADE da Lagoinha deverá, entre outros
aspectos:
I - estimular o desenvolvimento de novas vocações econômicas na região,
por meio de projetos de requalificação urbana;
II - estimular a permanência do uso residencial na ADE;
III - levantar os imóveis passíveis de inventário e tombamento.” (NR)

Art. 80 - O inciso IV do § 1º do art. 91 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 91 -
221

§ 1° -
(...)
IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento);” (NR)

Art. 81 - O caput do art. 91-A da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 91-A - A ADE do Primeiro de Maio tem o objetivo de preservar os


traços da ambiência original dos espaços públicos e a tipologia típica da
ocupação e do uso, por meio de:
I - valorização da centralidade urbana, conformada pelo centro comercial
ao longo da Rua Ladainha, nos bairros Primeiro de Maio e Providência;
II - promoção da requalificação urbana da área e das fachadas de
edificações de interesse cultural, com integração ao Parque Primeiro de
Maio;
III - instituição de perímetro de proteção do patrimônio cultural.” (NR)

Art. 82 - Ficam alterados os incisos II e III do § 1º do art. 91-B da Lei nº 7.166/96,


e ficam acrescentados a esse artigo os §§ 3º e 4º, nos seguintes termos:

“Art. 91-B -

(...)

§ 1° -
(...)
II - Coeficiente de Aproveitamento - CA - igual a 1,0 (um);
III - nas quadras a montante do Parque Aggeo Pio Sobrinho, identificadas
no Anexo II desta Lei, às folhas 53 e 59, pelos números 11223, 11340,
11353, 11366, 11379, 11381, 11394, 11400, 11439, 11441, 11454,
11501, 11514, 11527, 11530 e 9973, é admitido, exclusivamente, o uso
residencial unifamiliar e com os parâmetros do zoneamento existentes.

(...)

§ 3º - As novas edificações deverão adaptar-se ao perfil do terreno,


evitando-se a utilização de estruturas aparentes, permitindo-se,
excepcionalmente, a adoção de tratamento estético harmônico para
bases de estruturas de edificação que apresentem alturas iguais ou
superiores a 3 m (três metros), compatível com o restante da edificação,
de maneira a formar composição estética com esta.

§ 4º - Deve ser estimulada a adoção de medidas de melhoria da


paisagem urbana, como proteção e tratamento paisagístico de taludes, a
serem implementadas pelas edificações existentes, às quais poderão ser
concedidos incentivos, e pelas edificações a construir.” (NR)
222

Art. 83 - Ficam acrescentados ao Capítulo VI da Lei nº 7.166/96 os seguintes arts.


86-A, 86-B, 86-C, 86-D, 86-E, 86-F, 86-G, 86-H, 86-I, 86-J, 86-K, 86-L, 86-M, 86-N;
89-A; 91-C, 91-D, 91-E e 91-F:

“Art. 86-A - Fica instituída a ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, que


poderá ser objeto de Operação Urbana, desde que respeitados os
parâmetros específicos da ADE.

Art. 86-B - Na área da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, o


parcelamento do solo somente poderá ser feito por meio da modalidade
de parcelamento vinculado.

Art. 86-C - No parcelamento das áreas lindeiras aos principais cursos


d'água da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, em especial do
Ribeirão do Isidoro, do Córrego dos Macacos e do Córrego da Terra
Vermelha, será prevista a implantação de parques lineares destinados a
atividades de lazer, preservação e requalificação ambiental, respeitado o
disposto na legislação específica.

§ 1º - Os parques lineares de que trata o caput deste artigo deverão,


sempre que possível, interligar-se com as áreas definidas como ZPAM, de
modo a criar eixos contínuos de preservação ambiental, e deverão ser
implantados nas áreas delimitadas pelas cotas máximas de cheia, a
serem definidas de acordo com estudos técnicos específicos.

§ 2º - Todos os córregos na área da ADE de Interesse Ambiental do


Isidoro devem ser mantidos em leito natural, ressalvadas as transposições
do sistema viário quando não houver alternativa tecnicamente viável,
devendo ser evitadas, em todos os casos, as movimentações de terra
junto a esses córregos.

Art. 86-D - Em todas as vias classificadas como locais, mistas e de


pedestres, nos termos do art. 27 desta Lei, será previsto calçamento
intertravado, de paralelepípedo ou outro que garanta a permeabilidade da
via e que seja adequado às características do solo local.

Art. 86-E - A Taxa de Ocupação máxima admitida no perímetro da ADE


de Interesse Ambiental do Isidoro é de 0,5 (cinco décimos).

Art. 86-F - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, a instalação das


atividades classificadas como do Grupo IV, nos termos do Anexo X desta
Lei, fica condicionada a parecer favorável do COMPUR, não sendo
admitidas aquelas que apresentem risco de contaminação do lençol
freático ou das águas superficiais.

Art. 86-G - Nas porções da área da ADE de Interesse Ambiental do


Isidoro localizadas em cotas altimétricas acima de 800 m (oitocentos
metros), a altura máxima das edificações fica limitada a 12,0 m (doze
metros), contados a partir do terreno natural.
223

§ 1º - O limite de altimetria previsto no caput deste artigo deverá abarcar


todos os elementos que compõem a edificação, inclusive a caixa d’água e
a casa de máquinas.

§ 2º - Poderão ser construídos acima da cota altimétrica definida no caput


deste artigo apenas os equipamentos destinados exclusivamente ao
apoio à manutenção das áreas de preservação.

Art. 86-H - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, a construção de


pavimentos no subsolo somente poderá ocorrer caso seja assegurada a
proteção do lençol freático.

Art. 86-I - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, deverão ser


implantadas vias públicas ao redor de todos os parques e reservas
particulares ecológicas, de forma a garantir sua visualização a partir do
espaço público.

Parágrafo único - Na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, poderá ser


exigida pelo Executivo a implantação de rede elétrica, de telefonia ou
similar no subsolo, de forma a evitar o impacto da fiação aérea na
paisagem, conforme dispuser regulamento.

Art. 86-J - Na arborização dos espaços públicos da ADE de Interesse


Ambiental do Isidoro, somente poderão ser adotadas espécies arbóreas
da flora nativa local, sujeito à aprovação da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente.

Art. 86-K - Poderá ser exigida pelo Executivo a utilização de sistema de


aproveitamento de energia solar e de reaproveitamento de água nas
edificações construídas na ADE de Interesse Ambiental do Isidoro,
conforme dispuser regulamento.

Art. 86-L - Para os lotes inseridos na ADE de Interesse Ambiental do


Isidoro, fica obrigatória a instalação da caixa de captação e drenagem,
juntamente com o atendimento ao parâmetro da Taxa de Permeabilidade,
de acordo com os parâmetros previstos em regulamento.

Parágrafo único - A obrigatoriedade de utilização da caixa de captação e


drenagem prevista no caput deste artigo estende-se às áreas do
loteamento destinadas ao sistema viário, ficando o loteador obrigado a
promover sua instalação.

Art. 86-M - Fica definido o Coeficiente de Aproveitamento igual a 0,5


(cinco décimos) para o uso não residencial na ADE de Interesse
Ambiental do Isidoro.

Art. 86-N - Ressalvado o disposto nos arts. 86-A a 86-M desta Lei, são
válidos para a ADE de Interesse Ambiental do Isidoro os parâmetros
urbanísticos referentes às demais ADEs de Interesse Ambiental do
Município.

(...)
224

Art. 89-A - Fica instituída a ADE do Quilombo de Mangueiras, cuja


delimitação coincide com os limites do território quilombola, conforme
descrição perimétrica a ser definida pelo Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária - INCRA.

§ 1º - Os parâmetros de uso e ocupação da ADE do Quilombo de


Mangueiras serão objeto de regulamentação específica a ser elaborada
em conjunto com a comunidade local, considerando-se o relatório técnico
de identificação e delimitação elaborado pelo INCRA, bem como o
disposto na legislação pertinente.

§ 2º - Após regulamentação específica, a ADE do Quilombo de


Mangueiras poderá adotar parâmetros de parcelamento, uso e ocupação
do solo distintos dos especificados por esta Lei, inclusive aqueles relativos
à ADE de Interesse Ambiental do Isidoro, desde que respeitadas as
exigências das legislações ambientais pertinentes.

(...)
Art. 91-C - A ADE da Serra do Curral corresponde à área de proteção da
Serra do Curral, incluindo-se a área tombada e a área de entorno,
definidas conforme deliberação do Conselho Deliberativo do Patrimônio
Cultural do Município de Belo Horizonte - CDPCM-BH -, de acordo com o
Anexo XII-A desta Lei, excluídas as áreas de ZEIS.

§ 1º - As intervenções na ADE Serra do Curral estão sujeitas aos


seguintes critérios, que poderão ser flexibilizados mediante análise e
aprovação do CDPCM-BH:
I - a Taxa Mínima de Permeabilidade é superior ao valor estabelecido no
Anexo VI desta Lei em:
a) 30% (trinta por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento
cultural, como Área Parcelada 1 - Apa 1 - e como Área Parcelada 2 - Apa
2 -;
b) 20% (vinte por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento
cultural, como Área Parcelada 3 - Apa 3 -;
II - a taxa máxima de ocupação é inferior ao valor estabelecido no Anexo
VI desta Lei em:
a) 30% (trinta por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento
cultural, como Apa 1 e Apa 2;
b) 20% (vinte por cento), nas áreas caracterizadas, no mapeamento
cultural, como Apa 3;
III - para todo o perímetro da ADE, a altura máxima dos taludes em novos
cortes no terreno é de 3,00 m (três metros), salvo nos casos de
comprovada inviabilidade técnica;
IV - as novas edificações deverão adaptar-se ao perfil do terreno,
evitando-se a utilização de estruturas aparentes, permitindo-se,
excepcionalmente, a adoção de tratamento estético harmônico para
bases de estruturas de edificação que apresentem alturas iguais ou
superiores a 3,00 m (três metros), compatível com o restante da
edificação, de maneira a formar composição estética com esta;
225

V - para a recuperação de áreas degradadas e implementação de


paisagismo de novas áreas, deverão ser utilizadas espécies nativas da
Serra do Curral;
VI - as construções nas áreas degradadas classificadas como Área de
Recuperação no mapeamento cultural somente serão permitidas
mediante elaboração de Plano de Recuperação de Área Degradada a ser
aprovado pelo CDPCM-BH, ouvido o COMAM, e desde que destinadas a
uso público.

Parágrafo único - A recuperação das áreas degradadas poderá ser


estimulada mediante utilização de instrumentos de política urbana.

Art. 91-D - A ADE Rua da Bahia Viva é aquela que, em virtude de sua
importância histórico-cultural associada à sua vocação de lazer e cultura,
demanda a adoção de medidas para o incremento de seu potencial, que
incluam:
I - a elaboração de estudos técnicos para a instituição de parâmetros e
posturas urbanísticas específicas, bem como para intervenções físicas
pertinentes;
II - a implementação de políticas para o desenvolvimento econômico local,
tais como incentivos fiscais, apoio técnico e articulação entre parceiros;
III - a identificação de órgão ou unidade responsável por coordenar as
ações institucionais e técnicas necessárias ao seu desenvolvimento.

Art. 91-E - A ADE Polo da Moda, delimitada no Anexo XII desta Lei, é
aquela que, em virtude do potencial existente relacionado aos setores
têxtil, de design e produção de moda, demanda a adoção de medidas
para incremento da geração de divisas e empregos para o Município, que
incluam:
I - a elaboração de estudos técnicos para a instituição de parâmetros e
posturas urbanísticas específicas, bem como para intervenções físicas
pertinentes;
II - a implementação de políticas para o desenvolvimento econômico local,
tais como incentivos fiscais, apoio técnico e articulação entre parceiros;
III - a consolidação de entidade gestora, de forma a coordenar ações
institucionais, técnicas e estratégicas para seu desenvolvimento.

Art. 91-F - Áreas de Especial Interesse Social - AEISs - são aquelas


edificadas ou não, destinadas à implantação de programas e
empreendimentos de interesse social, vinculados ao uso habitacional.

§ 1º - A instituição das AEISs pode se dar:


I - por lei, quando da alteração do zoneamento, observado o disposto no
art. 111 desta Lei;
II - por ato do Executivo, a partir da proposição do proprietário,
caracterizado o interesse público, desde que haja:
a) anuência prévia do COMPUR relativa à capacidade da área para
receber os parâmetros urbanísticos de AEIS;
b) anuência prévia do CMH.

§ 2º - Ficam classificadas como AEISs-1 as áreas delimitadas no Anexo


XIII desta Lei e os terrenos incluídos no Anexo XIV desta Lei.
226

§ 3º - Constituem AEISs-2 os loteamentos clandestinos passíveis de


regularização, que serão definidas pelo Executivo, no prazo de 6 (seis)
meses, contado a partir da data de publicação desta Lei.

§ 4º - Os critérios e parâmetros urbanísticos das AEISs serão


estabelecidos em lei municipal.” (NR)

Art. 84 - O Capítulo VI da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


denominação:

“CAPÍTULO VI
DAS ÁREAS ESPECIAIS” (NR)

Parágrafo único - O Capítulo VI da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar constituído


pelas Seções I e II, nos seguintes termos:

“I - Seção I - Das Áreas de Diretrizes Especiais: inclui os arts. 75 a 91-E


da Lei nº 7.166/96;
II - Seção II - Das Áreas de Especial Interesse Social: inclui o art. 91-F da
Lei nº 7.166/96.” (NR)

Art. 85 - O caput e o § 2º do art. 92 da Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 92 - O processo administrativo relativo à infração pelo


descumprimento do disposto nesta Lei deve ser feito, no que não
contrariar o que nela está previsto, com os mesmos prazos e forma
aplicáveis pelo descumprimento do Código de Edificações do Município.

(...)

§ 2º - O infrator do disposto nesta Lei será previamente notificado,


pessoalmente ou mediante via postal, com Aviso de Recebimento - AR -,
para regularizar a situação no prazo de 30 (trinta) dias, ressalvados os
casos de prazos maiores ou menores fixados neste Capítulo.” (NR)

Art. 86 - O § 2º do art. 93 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:

“Art. 93 -

(...)

§ 2º - O pagamento da multa não implica regularização da situação nem


obsta a continuidade da ação fiscal.” (NR)

Art. 87 - Fica acrescentado à Seção I do Capítulo VII da Lei nº 7.166/96 o seguinte


art. 94-A:

“Art. 94-A - A instalação, construção ou ampliação de empreendimento de


impacto em desacordo com o disposto na Seção V do Capítulo V desta
227

Lei implica pagamento de multa diária no valor de 1% (um por cento) do


valor venal do terreno, sem prejuízo do disposto no art. 106 desta Lei.”
(NR)

Art. 88 - O art. 95 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 95 - A realização de parcelamento irregular ensejará a adoção das


seguintes medidas:
I - imediato embargo da obra de implantação do parcelamento ou
interdição do parcelamento concluído;
II - notificação para obter, no prazo de 90 (noventa) dias, o Alvará de
Urbanização para a obra de implantação do parcelamento ou o registro do
loteamento, no caso de parcelamento concluído.

§ 1º - Caracteriza-se como realização de parcelamento irregular:


I - a execução de qualquer obra sem a existência de Alvará de
Urbanização;
II - a implantação de parcelamento em desacordo com o projeto aprovado.

§ 2º - A desobediência ao embargo ou à interdição sujeitará o infrator,


proprietário, empresa contratada ou corretor, à apreensão ou à interdição
das máquinas, dos equipamentos e veículos em uso no local, juntamente
com a aplicação de multa no valor de R$10.000,00 (dez mil reais),
observando-se o disposto no caput do art. 93 desta Lei, e considerando-
se o prazo de 1 (um) dia para a caracterização de reincidência.

§ 3º - A não regularização no prazo estabelecido no inciso II do caput


deste artigo ensejará à aplicação de multa de R$1,00 (um real) por metro
quadrado da gleba objeto do parcelamento irregular, observando-se o
disposto no art. 93 desta Lei, e considerando-se o prazo de 60 (sessenta)
dias para a caracterização de reincidência.” (NR)

Art. 89 - O art. 96 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 96 - Para fins de aplicação de multas, a venda de lotes ou áreas e a


publicidade de qualquer natureza ou forma, inclusive a presença de
corretores no imóvel, serão consideradas desobediência ao auto de
embargo ou de interdição.” (NR)

Art. 90 - O art. 97 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 97 - A não conclusão da urbanização, no prazo de validade fixado no


Alvará de Urbanização sujeita o proprietário ao pagamento de multa, por
mês, ou fração de atraso, no valor de R$1,00 (um real) por metro
quadrado da gleba objeto do parcelamento.” (NR)

Art. 91 - O caput do art. 98 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte


redação:
228

“Art. 98 - O acréscimo irregular de área em relação ao Coeficiente de


Aproveitamento sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa,
calculada multiplicando-se o valor venal do metro quadrado do terreno
pelo número de metros quadrados de construção acrescidos à área
líquida máxima permitida.” (NR)

Art. 92 - O art. 100 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 100 - A desobediência aos parâmetros mínimos referentes às taxas


de ocupação e de permeabilidade sujeita o proprietário do imóvel ao
pagamento de multa de 1% (um por cento) do valor venal do terreno
multiplicado pelo número de metros quadrados, ou fração, de área
irregular.” (NR)

Art. 93 - O art. 101 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 101 - A desobediência às limitações de gabarito sujeita o proprietário


ao pagamento de multa no valor de 1% (um por cento) do valor venal do
terreno multiplicado por metro cúbico, ou fração, do volume criado pela
altura excedente à permitida.” (NR)

Art. 94 - O art. 102 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 102 - O desrespeito às medidas correspondentes à altura máxima na


divisa sujeita o proprietário do imóvel ao pagamento de multa no valor de
1% (um por cento) do valor venal do terreno multiplicado por metro
cúbico, ou fração do volume superior ao permitido calculado a partir da
limitação imposta.” (NR)

Art. 95 - O art. 103 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 103 - A invasão dos afastamentos mínimos estabelecidos nesta Lei


ou o descumprimento do disposto nos arts. 57 e 58 desta Lei sujeitam o
proprietário do imóvel ao pagamento de multa de 0,5% (cinco décimos por
cento) do valor venal do terreno por metro cúbico ou fração, de volume
invadido, calculado a partir da limitação imposta.” (NR)

Art. 96 - O art. 105 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 105 - A execução de área de estacionamento em desconformidade


com o disposto nesta Lei implica o pagamento de multa correspondente a
1% (um por cento) do valor venal do imóvel multiplicado pelo número de
vagas inferior ao mínimo exigido por esta Lei.” (NR)

Art. 97 - As alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do inciso I do § 1º e o § 4º do art. 106 da


Lei nº 7.166/96 passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 106 -

(...)

§ 1º -
229

(...)
I-
(...)
a) R$250,00 (duzentas e cinquenta reais), no caso de uso do Grupo I do
Anexo X desta Lei;
b) R$500,00 (quinhentos reais), no caso de uso do Grupo II do Anexo X
desta Lei;
c) R$1.000,00 (um mil reais), no caso de uso do Grupo III e do Grupo IV
do Anexo X desta Lei;
d) R$3.000,00 (três mil reais), no caso de empreendimento de impacto.

(...)

§ 4º - Para as atividades em que haja perigo iminente, enquanto persistir


o perigo, o valor da multa diária é equivalente a R$3.000,00 (três mil
reais), podendo a interdição se dar de imediato, cumulativamente com a
multa.” (NR)

Art. 98 - Ficam acrescentados à Seção IV do Capítulo VII da Lei nº 7.166/96 os


seguintes arts. 106-A e 106-B:

“Art. 106-A - A construção, a ampliação, a instalação ou o funcionamento


de empreendimentos de impacto, inclusive de antenas de
telecomunicações, sem a devida licença ambiental ou em desacordo ao
que nela estiver determinado, sujeitará o infrator às penalidades previstas
na Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985.

Parágrafo único - As infrações decorrentes das condutas previstas no


caput deste artigo serão consideradas de natureza gravíssima.

Art. 106-B - As multas previstas em normas de caráter ambiental poderão


ter a sua exigibilidade suspensa, quando o infrator, por termo de
compromisso aprovado pelo órgão municipal responsável pelo meio
ambiente, cessar imediatamente a degradação ambiental e obrigar-se à
adoção de medidas específicas para repará-la.

§ 1º - A correção do dano a que se refere o caput deste artigo deverá ser


precedida de apresentação de projeto técnico de reparação do mesmo.

§ 2º - A autoridade competente pode dispensar o infrator de apresentação


de projeto técnico na hipótese em que a reparação não o exigir.

§ 3º - Cumpridas integralmente as obrigações assumidas pelo infrator, a


multa será reduzida em 80% (oitenta por cento) do valor, atualizado
monetariamente.

§ 4º - Na hipótese de interrupção do cumprimento das obrigações de


corrigir a degradação ambiental, por decisão da autoridade ambiental, o
infrator deverá recolher o valor da multa atualizado monetariamente, que
será proporcional ao dano não reparado.
230

§ 5º - Na hipótese de descumprimento das obrigações de cessar e de


corrigir a degradação ambiental, por culpa do infrator, o valor da multa,
atualizado monetariamente, será recolhido integralmente.

§ 6º - Os valores apurados nos §§ 3º, 4º e 5º deste artigo serão recolhidos


no prazo de 15 (quinze) dias, contado do recebimento da notificação.”
(NR)

Art. 99 - O art. 107 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 107 - Pelo descumprimento de outros preceitos desta Lei não


especificados nas seções anteriores, o infrator deve ser punido com multa
no valor de R$500,00 (quinhentos reais).” (NR)

Art. 100 - Fica alterado o inciso X do art. 108 da Lei nº 7.166/96, e ficam
acrescentados a esse artigo os incisos XIII, XIV, XV, XVI e XVII, nos seguintes
termos:

“Art. 108 -
(...)
X - Anexo X - Classificação dos Usos, Repercussões Negativas e
Medidas Mitigadoras das Repercussões Negativas;
(...)
XIII - Anexo XIII - Mapa de Áreas de Especial Interesse Social - AEIS-1 -;
XIV - Anexo XIV - Listagem de Terrenos Classificados como Áreas de
Especial Interesse Social – AEIS-1 -;
XV - Anexo XV - Usos não residenciais admitidos nas ADEs Belvedere e
Belvedere III;
XVI - Anexo VI-A - Parâmetros Urbanísticos das ZEs estabelecidas pela
Lei nº 8.137/00;
XVII - Anexo XII-A - Mapa da ADE Serra do Curral.” (NR)

Art. 101 - O caput do art. 109 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 109 - São considerados lotes aprovados as partes de lotes que


possam ser identificadas na Planta Cadastral de Belo Horizonte de 1942,
elaborada na administração Juscelino Kubitschek de Oliveira.” (NR)

Art. 102 - O art. 112 da Lei nº 7.166/96 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 112 - Os acréscimos e as alterações ao Anexo IV desta Lei e à


classificação das vias segundo a permissividade de usos não residenciais
somente podem ser feitos:
I - por decreto, quando se tratar de aprovação de parcelamento;
II - por lei, de 3 (três) em 3 (três) meses, com parecer prévio favorável do
COMPUR, contados da data de vigência desta Lei;
III - por lei, quando objeto de Operação Urbana.

§ 1° - A classificação da via, efetivada nos termos do inciso I do caput


deste artigo, não poderá ser alterada por decreto.
231

§ 2° - Os acréscimos e as alterações relativos à permissividade de usos


não residenciais serão estabelecidos com base na análise das seguintes
características das vias:
I - predominância de usos lindeiros;
II - largura da via obtida da planta cadastral;
III - classificação da função da via, no sistema ao qual pertence, em local,
coletora, arterial e de ligação regional;
IV - características físicas da via;
V - ambiência do entorno, contemplando a compatibilidade entre usos
diversos;
VI - potencial de saturação do sistema viário e de estacionamento;
VII - saturação da via gerada por impacto cumulativo de atividades no
local.” (NR)

Art. 103 - Fica acrescentado à Lei nº 7.166/96 o seguinte art. 116-B:

“Art. 116-B - Deve ser estimulada, mediante mecanismos a serem


estabelecidos por decreto, a utilização simultânea da área de
permeabilização e da caixa de captação e drenagem para atendimento à
Taxa de Permeabilidade.” (NR)

CAPÍTULO III
Das alterações à Lei Nº 9.037, DE 14 DE JANEIRO DE 2005

Art. 104 - O Capítulo II do Título I da Lei nº 9.037/05 passa a vigorar acrescido


do seguinte art. 4º-A:

“Art. 4º-A - O Executivo priorizará a implementação do Programa de


Recuperação da Bacia da Pampulha, com vistas à sua consolidação
deverá ser implementado em caráter prioritário, para que esteja
consolidado até o ano de 2014, especialmente no que diz respeito à
finalização das obras físicas previstas.” (NR)

Art. 105 - Ficam acrescentados ao Capítulo II do Título II da Lei nº 9.037/05 o art.


20-A e o parágrafo único do art. 26, nos seguintes termos:

“Art. 20-A - Podem ser instalados na ADE Trevo, desde que


adequadamente solucionado o esgotamento sanitário na região, em
conformidade com o adensamento resultante, equipamentos de uso
público e edificações relativas a programas de habitação de interesse
social, limitada a 12 m (doze metros) a altura das edificações e
respeitando-se a quota mínima de terreno por unidade habitacional de 60
m² (sessenta metros quadrados).

(...)

Art. 26 -

(...)

Parágrafo único - Excetua-se do disposto no caput deste artigo o terreno


não parcelado inserido na quadra 4700 e definido como ZAR-2 no Anexo
232

II da Lei nº 7.166/96, na qual a altimetria das edificações fica limitada,


alternativamente:
I - a 9 m (nove metros), contados a partir do terreno natural;
II - a 30 m (trinta metros), contados a partir do nível da Avenida Flemming,
no trecho correspondente à quadra a que se refere o parágrafo único
deste artigo.” (NR)

Art. 106 - O art. 28 da Lei nº 9.037/05 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 28 - Além do uso residencial, é permitida a instalação das atividades


previstas no Anexo VII desta Lei, conforme as áreas incluídas no Anexo
VI desta Lei, a saber:
I - áreas predominantemente residenciais;
II - Avenida Otacílio Negrão de Lima;
III - Avenida Fleming; Rua Expedicionário Celso Racioppi; avenidas
Alfredo Camarate e Santa Rosa; Praça Alberto D. Simão; avenidas
Francisco Negrão de Lima, Atlântida/Heráclito Mourão de Miranda,
Antônio Francisco Lisboa, Professor Clóvis Salgado, Braúnas, Chaffir
Ferreira e Orsi Conceição Minas e ruas Xangrilá, Versília e Ministro
Guilhermino de Oliveira.

§ 1º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser


agregadas as atividades auxiliares constantes do mesmo Anexo, desde
que sua instalação seja admitida na via na qual está instalada a atividade
principal.

§ 2º - Às atividades incluídas no Anexo VII desta Lei poderão ser


associadas outras, independentemente de sua admissão no local em que
está instalada a atividade principal, observado o seguinte:
I - às atividades incluídas entre os serviços de alimentação poderão ser
associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de
produtos alimentícios;
II - às atividades de centro de convenções e de centro cultural poderão
ser associadas atividades incluídas entre as de comércio varejista de
produtos alimentícios e comércio varejista de artigos e aparelhos de uso
pessoal e domiciliar.

§ 3º - O Executivo deverá regulamentar a forma de implantação das


atividades associadas, ouvido o COMPUR.” (NR)

Art. 107 - O caput do art. 29 e o art. 30 da Lei nº 9.037/05 passam a vigorar com a
seguinte redação:

"Art. 29 - São permitidos, nas avenidas Presidente Antônio Carlos,


Portugal, Presidente e Francisco Negrão de Lima, entre a Avenida
Presidente a Rua Acácio Teles Pereira, e nas ruas Francisco Bretas
Bhering, João Zacarias de Miranda, Estanislau Fernandes e Pedrogão
Pequeno, os usos permitidos em vias arteriais, de acordo com a Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.

Art. 30 - É permitida a instalação de equipamentos voltados à cultura, ao


turismo e ao lazer com parâmetros urbanísticos diferenciados dos
233

determinados nesta Lei nas vias incluídas no inciso III do art. 28, no art.
29 e no Anexo VI, todos desta Lei.

§ 1°- A utilização dos benefícios previstos no caput deste artigo somente


será admitida para:
I - lotes desocupados;
II - imóveis comprovadamente subutilizados, cujas edificações não se
caracterizem como de interesse de preservação.

§ 2° - Para os casos previstos no caput deste artigo, admitir-se-á:


I - taxa de ocupação superior a 50% (cinquenta por cento), desde que
observada a Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento);
II - altura máxima na divisa de 9 m (nove metros), nas vias arteriais e de
ligação regional e de 5 m (cinco metros) nas vias coletoras.
III - altura total da edificação superior a 9 m (nove metros), desde que:
a) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em
visadas significativas do Conjunto Urbano da Pampulha;
b) os volumes resultantes das novas edificações não interfiram em
visadas dos monumentos tombados e definidos como de interesse de
preservação.

§ 3°- A utilização dos parâmetros estabelecidos no § 2° deste artigo fica


condicionada à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV
– e à aprovação pelo CDPCM-BH e pelo COMPUR.

§ 4º - A concessão prevista no inciso III do § 2º deste artigo é válida


apenas para os lotes 1, 2 e 35 a 46 da quadra 66 do Bairro São Luiz.”
(NR)

Art. 108 - Fica acrescentado à Lei nº 9.037/05 o seguinte art. 32-A:

“Art. 32-A - Nos terrenos onde estão situados o Mineirão, o Mineirinho e o


Centro Esportivo Universitário Centro Esportivo Universitário da
Universidade Federal de Minas Gerais - CEU/UFMG -, com vistas ao
atendimento das demandas relativas aos equipamentos esportivos e em
virtude da necessidade de constante modernização desses, podem ser
praticados parâmetros e critérios urbanísticos diferentes dos previstos na
Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e desta Lei, desde que:
I - sejam submetidos à aprovação do CDPCM-BH e do COMPUR;
II - contribuam para a requalificação da área.” (NR)

Art. 109 - Fica acrescentado ao art. 33 da Lei nº 9.037/05 o seguinte parágrafo


único:

“Art. 33 -

(...)

Parágrafo único - As atividades do Grupo 3, nos termos do Anexo X da


Lei nº 7.166/96 regularmente instaladas, até a data da publicação desta
Lei, na ADE da Pampulha, poderão ser substituídos pela atividade de
hotel, desde que a substituição não implique desrespeito a qualquer dos
234

parâmetros urbanísticos válidos para ADE e para o zoneamento do local,


em especial a Taxa de Permeabilidade e a altimetria". (NR)

Art. 110 - Ficam acrescentados os arts. 39-A, 39-B, 39-C e 39-D ao Capítulo IV do
Título II da Lei nº 9.037/05:

“Art. 39-A - O Executivo elaborará estudos técnicos que apresentem


alternativas de uso para os imóveis ociosos ou desocupados das ADEs da
Pampulha e Trevo, compatíveis com os usos residenciais dessas regiões.

Art. 39-B - O Executivo promoverá a implantação, manutenção e custeio


de projetos permanentes de educação ambiental extraescolar, que
tenham como foco a conscientização ambiental, especialmente a de
crianças, adolescentes e jovens.

Art. 39-C - O Executivo estenderá os projetos de educação ambiental já


existentes e promovidos pelo Programa de Recuperação e
Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha - PROPAM - às
escolas de ensino público e privado e a outras instituições.

Art. 39-D - Serão previstas as seguintes ações e intervenções no âmbito


das ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo:
I - criação, para toda a ADE da Bacia da Pampulha, de mecanismos de
coleta e tratamento de dejetos recicláveis e reutilizáveis;
II - definição de políticas de mobilidade, acessibilidade e controle do
tráfego de veículos para as ADEs da Pampulha e Trevo.
III - realização de intervenções que visem à recuperação de espaços
públicos pertencentes à Avenida Otacílio Negrão de Lima, para
implantação de segunda pista e de calçadão junto à Lagoa, em
consonância com o planejamento inicial da via.” (NR)

Art. 111 - Fica acrescentado ao art. 40 da Lei nº 9.037/05 o seguinte parágrafo


único:

“Art. 40 -

(...)

Parágrafo único - Ficam inseridas, entre os Serviços de Educação


permitidos na ADE da Pampulha e constantes do Anexo VII desta Lei, as
escolas de ensino médio e profissionalizante.” (NR)

CAPÍTULO IV
DAS ALTERAÇÕES À LEI Nº 8.137, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2000

Art. 112 - O Capítulo VI da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte


denominação:
235

“CAPÍTULO VI
DA REVISÃO DO PROFAVELA E REGULAMENTAÇÃO DA ZEIS” (NR)

Art. 113 - Fica acrescentado à Seção I do Capítulo VI da Lei nº 8.137/00 o


seguinte art. 138-A:

“Art. 138-A - A delimitação de áreas como ZEIS será definida de 4


(quatro) em 4 (quatro) anos, durante as revisões da Lei de Parcelamento,
Ocupação e Uso do Solo, a partir de estudos específicos do órgão gestor
da Política Municipal de Habitação, com base no conceito das ZEISs e
com o referendo do Conselho Municipal de Habitação, desde que não
sejam áreas que estejam predominantemente inseridas:
I - em faixas de domínio e/ou servidão;
II - em áreas de risco;
III - em áreas de preservação histórica e/ou ambiental;
IV - em áreas com declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento).”
(NR)

Art. 114 - O art. 139 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 139 - Fica instituída a figura dos Planos Globais Específicos - PGEs -
, a serem elaborados para cada ZEIS sob a coordenação do Executivo.”
(NR)

Art. 115 - O art. 140 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 140 - Os Planos Globais Específicos para cada ZEIS deverão


considerar 3 (três) níveis de abordagem: físico-ambiental, jurídico-legal e
socioeconômico-organizativo, elaborados concomitantemente.

§ 1º - Para efeito de ordenação territorial, o Plano Global Específico para


cada ZEIS poderá subdividi-las em áreas de categorias diferenciadas, em
função dos potenciais de adensamento, da necessidade de proteção
ambiental e das características de expansão dessas áreas, ficando estas
sujeitas a índices ou parâmetros urbanísticos próprios.

§ 2º - O detalhamento do conteúdo dos Planos Globais Específicos


deverá ser feito por decreto.” (NR)

Art. 116 - O art. 142 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 142 - Os Planos Globais Específicos das ZEISs e suas eventuais


alterações deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Habitação,
após prévia aprovação da comunidade.

Parágrafo único - O Executivo implementará processos de monitoramento


e avaliação dos procedimentos de elaboração e de execução dos Planos
Globais Específicos.” (NR)

Art. 117 - O caput e os §§ 1º, 2º, 3º e 5º do art. 143 da Lei nº 8.137/00 passam a
vigorar com a seguinte redação:
236

“Art. 143 - Os projetos de parcelamento das ZEISs serão aprovados pelo


Executivo a título de urbanização específica de interesse social, em
conformidade com o disposto no art. 4º, inciso II, da Lei nº 6.766/79.

§ 1º - O sistema viário, nas ZEISs, será composto de avenidas, travessas,


ruas, escadarias e becos ou passagens de uso comum e será incorporado
ao domínio público, uma vez aprovado o registro do projeto de
parcelamento do solo.

§ 2º - As vias veiculares serão caracterizadas conforme os parâmetros


abaixo:
I - vias veiculares locais:
a) pista de rolamento com largura mínima de 6,00 m (seis metros), para
as vias com 2 (duas) pistas;
b) pista de rolamento com largura mínima de 3,00 m (três metros) para as
vias com 1 (uma) pista;
c) declividade máxima de 30% (trinta por cento), exceto em pequenos
trechos para viabilização de concordâncias;
II - vias veiculares coletoras:
a) no mínimo 2 (duas) pistas de rolamento, totalizando-se uma largura
mínima de 6m (seis metros) de pista;
b) declividade máxima de 22% (vinte e dois por cento);
III - vias de acesso restrito, assim consideradas por apresentarem baixo
volume de circulação de veículos:
a) pista de rolamento com largura mínima de 5 m (cinco metros);
b) declividade máxima de 35% (trinta e cinco por cento);
c) extensão máxima de 100 m (cem metros).

§ 3º - A largura mínima da faixa de circulação das vias de pedestres será


de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), reservando-se faixa de
alargamento de 0,80 m (oitenta centímetros);

(...)

§ 5º - O Executivo estimulará o parcelamento do solo nas áreas ocupadas


pelas ZEISs, sempre que necessário à implantação do respectivo Plano
Global Específico e à melhoria da qualidade de vida do conjunto da
população, mediante operações compensatórias, entre moradores e
Administração Pública, conforme previsto na Lei nº 7.165/96.” (NR)

Art. 118 - Fica acrescentado ao art. 143 da Lei nº 8.137/00 o seguinte § 6º:

“Art. 143 -

(...)

§ 6º - O detalhamento das demais características geométricas das vias


será feito por decreto específico.” (NR)

Art. 119 - O inciso II do caput do art. 144 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a
seguinte redação:
237

“Art. 144 -
(...)
II - pesquisa socioeconômica de forma censitária, físico-ambiental e
jurídico-legal.” (NR)

Art. 120 - O caput do art. 145 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 145 - Não será permitido, nas ZEISs, o parcelamento do solo nas
seguintes áreas:” (NR)

Art. 121 - O caput do art. 146 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 146 - O percentual de reserva de áreas destinadas à implantação,


nas ZEISs, de equipamentos urbanos e comunitários, de sistema de
circulação e de espaços para lazer e recreação será estabelecido nos
respectivos projetos de parcelamento do solo.” (NR)

Art. 122 - O caput do art. 147 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 147 - Para aprovação do projeto de parcelamento do solo, integral ou


parcial, das ZEISs, o interessado deverá encaminhar ao órgão
competente do Município responsável a relação de documentos
constantes do Anexo XII desta Lei.” (NR)

Art. 123 - O parágrafo único do art. 148 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a
seguinte redação:

“Art. 148 -

(...)

Parágrafo único - Considera-se lote padrão a área básica, em metros


quadrados, fixada para cada ZEIS, com dimensão estabelecida por
parâmetros estatísticos referentes às áreas dos lotes resultantes do
levantamento planialtimétrico cadastral.” (NR)

Art. 124 - O art. 150 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 150 - Os pedidos de modificação do parcelamento do solo aprovado


para as ZEISs serão instruídos com os documentos constantes do Anexo
XII desta Lei.” (NR)

Art. 125 - O caput e os respectivos incisos do art. 151 da Lei nº 8.137/00 passam
a vigorar com a seguinte redação:
238

“Art. 151 - Nas ZEISs, os lotes deverão atender às condições básicas de


habitabilidade, acesso e segurança, resguardando-se a área mínima de
40 m² (quarenta metros quadrados) e a área máxima de 250 m² (duzentos
e cinquenta metros quadrados), exceto:
I - aqueles destinados à implantação de atividades institucionais
promovidas pelo Poder Público ou de uso coletivo;
II - os lotes originalmente maiores que 250m² (duzentos e cinquenta
metros quadrados) situados em ZEIS-3.” (NR)

Art. 126 - O § 2º do art. 151 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 151 -

(...)

§ 2º - Sempre que necessário à melhoria da qualidade de vida do


conjunto das famílias moradoras das ZEISs, será promovida a redivisão
das áreas densamente ocupadas, estabelecendo-se, inclusive, medidas
compensatórias às benfeitorias atingidas.” (NR)

Art. 127 - O caput do art. 153 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 153 - As condições de uso e ocupação do solo de cada núcleo


integrante das ZEISs serão regidas por decreto específico, visando a:”
(NR)

Art. 128 - O art. 155 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 155 - Os usos permitidos nas ZEIs serão aqueles constantes das
Normas Específicas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão,
quando se tratar de áreas já regularizadas.

Parágrafo único - As ZEISs ainda não regularizadas deverão seguir os


parâmetros discriminados nesta Seção.” (NR)

Art. 129 - O art. 156 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 156 - As ZEISs são predominantemente de uso residencial, sendo


admitidos também os usos não residencial e misto, nos termos do art. 64
da Lei nº 7.166/96.

§ 1º - O uso misto será permitido desde que a atividade não residencial


associada ao uso residencial não prejudique a segurança, o bem-estar e
o sossego dos moradores e desde que suas instalações tenham acesso
independente.

§ 2º - Os usos não residencial e misto, nas ZEISs, deverão ser


compatíveis com o uso residencial, observando-se, cumulativamente:
I - as condições de ocupação e características locais;
239

II - a repercussão produzida pela atividade no local e em seu entorno


imediato, nos termos do art. 66 da Lei nº 7.166/96;
III - a possibilidade da geração de emprego e renda, em conformidade
com a situação socioeconômica dos moradores da ZEIS.” (NR)

Art. 130 - Fica acrescentado à Lei nº 8.137/00 o seguinte art. 156-A:

“Art. 156-A - Serão permitidas, nas ZEISs, apenas as seguintes


atividades:
I - todas as atividades do Grupo I indicadas no Anexo X da Lei nº
7.166/96;
II - as atividades do Grupo II e III indicadas no Anexo XIV desta Lei.

§ 1º - O licenciamento de atividades, nas ZEISs, segue as normas


estabelecidas pela Lei nº 7.166/96 e suas alterações, exceto no que se
refere ao disposto em seu art. 67, que trata da vinculação da localização
de atividades com a permissividade de uso atribuída ao sistema viário.

§ 2º - A área máxima utilizada será de 125 m² (cento e vinte e cinco


metros quadrados), exceto para atividades:
I - instaladas em lotes originalmente implantados com área superior em
ZEIS-3;
II - classificadas como Serviço de Uso Coletivo.

§ 3º - O licenciamento de atividades, nas ZEISs, dependerá de parecer


prévio da Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL - , no qual
serão consideradas as diretrizes definidas no art. 156 desta Lei.

§ 4º- O licenciamento de atividades em lotes acima de 125m² (cento e


vinte e cinco metros quadrados) depende de parecer favorável da
URBEL.” (NR)

Art. 131 - O art. 159 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 159 - Os decretos específicos das Normas de Uso e Ocupação do


Solo das ZEISs poderão detalhar as atividades permitidas para as
edificações em consonância com as diretrizes do Plano Global
Específico.” (NR)

Art. 132 - O art. 160 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 160 - Nos lotes ocupados por mais de um domicílio, o parcelamento


e a titulação serão precedidos de Estudo Básico de Ocupação efetuado
com a participação dos moradores, para definição das frações ideais
respectivas, quando necessário.” (NR)

Art. 133 - Ficam alterados o caput e o § 2º do art. 161 da Lei nº 8.137/00 e ficam
acrescentados a esse artigo os §§ 5º, 6º e 7º, nos seguintes termos:

“Art. 161 - As obras de novas edificações, de reformas e de ampliações


das existentes estarão sujeitas às normas estabelecidas nesta Lei e em
suas alterações, bem como às disposições do decreto específico que
240

contenha as Normas de Uso e Ocupação do Solo da ZEIS em questão,


quando da aprovação do parcelamento.

(...)

§ 2º - Até que ocorra a regularização fundiária da ZEIS em questão, as


novas construções, ampliações ou quaisquer elementos construtivos -
lajes, sacadas, varandas, marquises, toldos, - terão sua altura acima do
nível da via limitada em função da distância da edificação ao eixo da via,
de acordo com o estabelecido em decreto específico.

(...)

§ 5º - Serão admitidas edificações de, no máximo, 4 (quatro) pavimentos


e altura máxima de 12,00 m (doze metros), medidos do piso do primeiro
pavimento ao forro do último pavimento.

§ 6º - As áreas destinadas a reassentamentos com mais de 1.000 m² (um


mil metros quadrados) seguirão os parâmetros de ocupação do solo da
AEIS-1.

§ 7º - Nas áreas destinadas a reassentamentos, o limite das edificações


será de 5 (cinco) pavimentos, desde que o desnível entre a laje de piso do
primeiro pavimento e a laje de piso do último pavimento seja de, no
máximo, 11,00 m (onze metros).” (NR)

Art. 134 - O caput do art. 164 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 164 - Fica proibida a obstrução dos acessos de uso coletivo, tais
como avenidas, travessas, ruas, escadarias, becos ou passagem de uso
comum, e de demais espaços de uso coletivo existentes, tais como
praças e áreas de lazer, ainda que não derivados de parcelamento
aprovado.” (NR)

Art. 135 - O caput do art. 168 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 168 - O Executivo poderá aprovar Cadastro de Edificações no interior


das ZEISs, destinado a fazer prova junto ao Registro Imobiliário para fins
de averbação da edificação.” (NR)

Art. 136 - Ficam alterados o caput e os respectivos incisos II e IV do art. 170 da


Lei nº 8.137/00; ficam acrescentados ao caput do art. 170 da Lei nº 8.137/00 os
incisos V e VI e ficam acrescentados ao art. 170 da Lei nº 8.137/00 os §§ 2º e 3º,
passando o parágrafo único a vigorar como §1º, nos seguintes termos:

“Art. 170 - Fica o Executivo autorizado a alienar lotes em áreas públicas


municipais, com dispensa de licitação nos termos do art. 17 da Lei nº
8.666, de 21 de junho de 1993, alterada pela Lei nº 8.883, de 8 de junho
de 1994, aos moradores das ZEIS, mediante as condições seguintes:
(...)
241

II - para cada família somente será destinado um único lote, ou fração


ideal, no caso de ocupação multifamiliar, de uso residencial ou misto;
(...)
IV - nas áreas classificadas como ZEISs, o documento de propriedade
será conferido mediante escritura de compra e venda, nos critérios
estabelecidos pela URBEL e de acordo com legislação vigente;
V - não poderá ser titulada a família moradora de ZEISs que possuir outro
imóvel no Município de Belo Horizonte;
VI - as transferências de domínio dos lotes e frações ideais
posteriormente à titulação deverão se dar com a interveniência do órgão
gestor da Política Municipal de Habitação, de acordo com normas e
critérios estabelecidos em conjunto com o CMH.

(...)

§ 2º - Os lotes de uso residencial destinados à locação ou os lotes de uso


não residencial poderão ser objeto de concessão do direito real de uso ou
de permissão de uso, com ou sem ônus.

§ 3º - Decreto detalhará a destinação dos lotes nos casos previstos no §


2º deste artigo.” (NR)

Art. 137 - Fica acrescentado à Lei nº 8.137/00 o seguinte art. 170-A:

“Art. 170-A - Os parâmetros para cálculo de frações ideais em lotes de


uso multifamiliar serão os seguintes:
I - os lotes com ocupação multifamiliar distribuída horizontalmente
poderão ser alienados a todas as famílias que os ocupam, e a cada
família corresponderá uma fração ideal calculada pela proporção entre a
parcela do lote ocupada individualmente e a área total do lote;
II - os lotes com ocupação multifamiliar distribuída verticalmente poderão
ser alienados a todas as famílias que os ocupam, e a cada família
corresponderá uma fração ideal calculada pela proporção entre a soma
da área edificada com a sua respectiva área livre e a área de ocupação
total do lote, desde que assegurados os parâmetros mínimos de
segurança, salubridade, conforto e acesso.” (NR)

Art. 138 - O art. 171 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 171 - Fica o Executivo autorizado a desafetar os bens públicos


existentes no interior das ZEISs, para fins de regularização fundiária das
ZEISs e de implantação do Plano Global Específico respectivo.” (NR)

Art. 139 - A Seção VI do Capítulo VI da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a


seguinte denominação:

“Seção VI
Do Grupo de Referência das ZEISs” (NR)

Art. 140 - O art. 172 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:
242

“Art. 172 - No início dos processos de elaboração dos Planos Globais


Específicos das ZEISs, deverá ser criado o Grupo de Referência da
respectiva área.” (NR)

Art. 141 - O caput do art. 173 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 173 - Os Grupos de Referência poderão ser compostos por


representantes da Associação de Moradores local, por grupos
comunitários formais e informais da área específica, por grupos
organizados das áreas de influência da respectiva ZEIS e por moradores
interessados.” (NR)

Art. 142 - O inciso IV do art. 174 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte
redação:

“Art. 174 -
(...)
IV - participar da análise dos pedidos de exclusão de áreas de ZEISs
referidas no art. 124 desta Lei;” (NR)

Art. 143 - O art. 180 da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 180 - Pelo descumprimento do disposto nos artigos da Seção IV do


Capítulo VI desta Lei, o infrator ficará sujeito a multa no valor de R$ 53,00
(cinquenta e três reais), que terá sua aplicação iniciada 6 (seis) meses
após a publicação desta Lei e após ampla campanha de divulgação e
conscientização da população das ZEISs referente ao seu conteúdo.”
(NR)

Art. 144 - Fica acrescentada a alínea “f” ao inciso I do caput do art. 187 da Lei nº
8.137/00, e fica alterado o caput do inciso II desse artigo, nos seguintes termos:

Art. 187 -
(...)
I-
(...)
f) a coordenação das ações de fiscalização urbana nas ZEISs;
II - compete à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana:” (NR)

CAPÍTULO V
DOS CRITÉRIOS E PARÂMETROS URBANÍSTICOS DAS ÁREAS DE ESPECIAL
INTERESSE SOCIAL - AEISs

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 145 - Áreas de Especial Interesse Social - AEISs - são áreas, edificadas ou não,
destinadas à implantação de programas e empreendimentos de interesse social
vinculados ao uso habitacional, conforme diretrizes da Política Municipal de
Habitação.
243

§ 1º - As AEISs dividem-se em:


I - AEISs-1: destinadas à produção de moradias, compostas de áreas vazias,
edificações existentes e edificações subutilizadas ou não utilizadas;
II - AEISs-2: destinadas à regularização fundiária e à legalização do tecido urbano,
compostas por loteamentos irregulares ocupados, predominantemente, por
população de baixa renda.

§ 2º - As áreas vazias e as edificações subutilizadas ou não utilizadas compõem o


cadastro de imóveis para a produção de novas moradias.

Art. 146 - As AEISs-1 obedecerão aos critérios e parâmetros urbanísticos referentes


a parcelamento, ocupação e uso do solo estabelecidos nesta Lei e por decreto
específico, no caso de edificações subutilizadas ou não utilizadas.

Art. 147 - As AEISs-2 obedecerão aos critérios e parâmetros urbanísticos dispostos


na Lei nº 9.074/05 e suas alterações.

Art. 148 - A instituição de novas AEISs, além das indicadas nos anexos XVI e XXXIII
desta Lei, poderá se dar, por lei, de 4 (quatro) em 4 (quatro) anos, juntamente com a
revisão da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, ou por decreto, ao longo
do intervalo de 4 (quatro) anos, quando se tratar de área pública ou a partir da
proposição do proprietário interessado em estabelecer parceria com o Município,
referendada pelo Conselho Municipal de Habitação.
Caput com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 19)

Parágrafo único - Constituem critérios para a delimitação de AEIS-1:


I - existência de infraestrutura adequada, ou com possibilidade de expansão, para
atendimento à população a ser assentada;
II - presença e/ou previsão de implantação de equipamentos públicos comunitários
que atendam à população;
III - compatibilização e integração do uso proposto às condições do entorno;
IV - não comprometimento da implantação do conjunto habitacional pela existência
de vegetação ou espécimes arbóreas de porte significativo;
V - presença de condições topográficas e geológico-geotécnicas adequadas para a
destinação proposta no terreno, que não deve apresentar predominância de áreas
com declividade acima de 47% (quarenta e sete por cento) ou com incidência de
risco;
VI - não estar predominantemente inserida em áreas de preservação histórica ou
ambiental;
VII - não ser definida como Zona de Proteção Ambiental ou Zona de Preservação
Ambiental;
VIII - regularidade da situação fundiária ou possibilidade de regularização jurídica do
terreno, que não deve estar predominantemente inserido em áreas afetadas por
faixas de domínio ou servidão e por demais elementos geradores de restrições
legais à ocupação;
IX - relação custo-benefício favorável para a implantação do empreendimento
habitacional;
X - não estar predominantemente inserida em áreas a serem afetadas por
projetos/programas especiais que comprometam a implantação do empreendimento.

Seção II
Da Alienação de Lotes
244

Art. 149 - Fica o Executivo autorizado a titular, financiar, vender, permutar, retomar,
doar ou dar em garantia imóveis de propriedade pública municipal delimitados como
AEIS, com dispensa de licitação, nos termos do art. 17 da Lei Federal nº 8.666/93,
alterada pela Lei Federal nº 8.883/94, em favor dos beneficiários da Política
Municipal de Habitação.

Art. 150 - Fica o Executivo autorizado a desafetar os bens públicos existentes no


interior das AEIS-2 para fins de regularização fundiária.

Art. 151 - As transferências de imóveis produzidos no âmbito da Política Municipal


de Habitação deverão se dar com a interveniência do órgão gestor, de acordo com
normas e critérios definidos pelo CMH, visando à defesa e à permanência do caráter
de interesse social.

Seção III
Dos critérios e parâmetros para as AEISs-1

Art. 152 - A validade dos parâmetros urbanísticos relativos à AEIS-1 apenas se


aplica para empreendimento habitacional de interesse social.

Parágrafo único - Na hipótese de o empreendimento habitacional ser demolido ou ter


sua destinação alterada, as novas edificações deverão respeitar os parâmetros do
zoneamento original.
Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 20)

Subseção I
Do Parcelamento

Art. 153 - Os lotes nos parcelamentos em AEIS-1 devem atender às seguintes


condições:
I - ter área mínima de 80 m² (oitenta metros quadrados) e, no mínimo, 5 m (cinco
metros) de frente (testada);
II - os lotes com área entre 80 m² (oitenta metros quadrados) e 125 m² (cento e vinte
e cinco metros quadrados) não poderão ser destinados à habitação multifamiliar, e
sua aprovação se dará como parcelamento vinculado e ficará condicionada à
apresentação de estudos geológico-geotécnicos.

Art. 154 - Nos parcelamentos em AEIS-1, as principais características geométricas


das vias devem atender aos parâmetros estabelecidos no Anexo XIX desta Lei, e as
demais características serão detalhadas em decreto específico.

§ 1º - Nas AEISs-1, não serão permitidos lotes voltados para vias de pedestres.

§ 2º - Nas AEISs-1, serão permitidos lotes voltados para vias mistas, desde que,
além dos critérios e parâmetros constantes do Anexo XIX desta Lei, seu traçado
permita que a distância máxima a ser percorrida entre qualquer edificação e uma via
de hierarquia superior seja de 50m (cinquenta metros).

Art. 155 - Nos loteamentos em AEIS-1, é obrigatória a transferência ao Município de,


no mínimo, 15% (quinze por cento) da área total da gleba a ser loteada para
instalação de equipamentos urbanos e comunitários e espaços livres de uso público,
245

devendo-se destinar a espaços livres de uso público, nas glebas com área superior
ou igual a 30.000m² (trinta mil metros quadrados), no mínimo, 1/3 (um terço) desse
percentual.

§ 1º - Não serão computadas no percentual de 15% (quinze por cento) a que se


refere o caput deste artigo as áreas destinadas ao sistema viário, as quais serão
transferidas ao Município.

§ 2º - As áreas transferidas ao Município devem ter, no mínimo, 5,0 m (cinco metros)


de frente para logradouro público e acesso direto ao sistema viário.

§ 3º - Serão exigidas a delimitação e a utilização de áreas não parceláveis como


área de preservação ou não edificável, bem como a manutenção e a preservação
dessas.

§ 4º - Será aceita a utilização de espaços livres de uso público como divisores de


quarteirões.

Art. 156 - Nos casos de desmembramento:


I - quando os 15% (quinze por cento) a serem transferidos ao Município resultem em
área inferior à mínima prevista no inciso II do art. 17 da Lei nº 7.166/96, o
pagamento em espécie é obrigatório;
II - a transferência de área ao Município poderá ser feita em outro local, desde que
haja interesse público manifesto, sendo que, nesse caso, a nova área a ser
transferida deverá representar o mesmo valor correspondente ao da área original,
aplicando-se, para a conversão, a tabela de valores imobiliários utilizada para o
cálculo do ITBI.

Art. 157 - Para implantação de empreendimento habitacional em AEIS-1, será


exigida, no mínimo, a implantação de:
I - vias necessárias para acesso adequado ao empreendimento;
II - sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem de águas
pluviais e iluminação pública.

Parágrafo único - A regulamentação das exigências previstas neste artigo e dos


padrões de urbanização, bem como das responsabilidades dos agentes envolvidos,
se dará por meio de decreto, ouvidos o Conselho Municipal de Habitação e o
Conselho Municipal de Política Urbana.

Subseção II
Da Ocupação

Art. 158 - A previsão mínima de vagas de estacionamento em AEIS-1 deverá ser de


1 (uma) vaga para cada 3 (três) unidades habitacionais.

Parágrafo único - No caso de lotes com frente para via mista, será feita uma
previsão de áreas públicas de estacionamento, incorporadas ao percentual do
sistema viário, de forma que seu acesso esteja a uma distância máxima de 100m
(cem metros), em projeção horizontal, dos acessos de entrada das edificações
localizadas na via, não sendo admitidas vagas presas.
246

Art. 159 - As edificações implantadas em lotes com único acesso e frente para vias
mistas deverão ter, no máximo, 2 (dois) pavimentos com pé-direito de até 3m (três
metros) cada.

Art. 160 - A Taxa de Permeabilidade - TP - deverá variar proporcionalmente ao


tamanho dos lotes, garantida TP de, no mínimo, 10% (dez por cento) quando a área
do lote for menor ou igual a 125 m² (cento e vinte e cinco metros quadrados).

Art. 161 - O afastamento mínimo das edificações com relação ao alinhamento frontal
do terreno será de 3,00 m (três metros).

Art. 162 - As edificações poderão ser construídas sem afastamentos laterais e de


fundos até a altura máxima de 7,00 m (sete metros) em, no máximo, 50% (cinquenta
por cento) da extensão da divisa.

Parágrafo único - A altura máxima permitida na divisa deverá ser calculada tendo o
terreno natural em seus respectivos pontos como referência de nível.

Art. 163 - Serão permitidas edificações com até 5 (cinco) pavimentos, desde que a
distância entre a laje de piso do primeiro pavimento e a laje de piso do último
pavimento seja de, no máximo, de 11 m (onze metros).

Art. 164 - O Coeficiente de Aproveitamento nas AEISs-1 será de 1,7 (um inteiro e
sete décimos).

§ 1º - Não será admitida aplicação de outorga onerosa em AEIS, em conformidade


com o disposto na Lei nº 7.165/96.

§ 2º - Não serão admitidos descontos de área no cálculo do potencial construtivo, a


partir da aplicação do Coeficiente de Aproveitamento.

Art. 165 - Nas AEISs-1, a Quota de Terreno por Unidade Habitacional será de, no
mínimo, 25m²/un (vinte e cinco metros quadrados por unidade habitacional).

Art. 166 - As edificações de uso misto com 5 (cinco) pavimentos em AEIS-1 ficam
liberadas da exigência de pilotis separando os usos residencial e não residencial.

Subseção III
Do Uso

Art. 167 - As AEISs são destinadas prioritariamente ao uso residencial, sendo


aceitos o uso misto e os usos não residenciais, desde que atendidos os critérios
gerais vigentes para localização de atividades no Município.

§ 1º - A soma das áreas dos lotes de uso não residencial não poderá exceder a 10%
(dez por cento) da área total dos lotes do empreendimento, não se incluindo, nesse
percentual, os lotes destinados à implantação de equipamentos públicos.

§ 2º - No caso do uso misto em um mesmo lote, a soma das áreas de atividades


destinadas aos usos não residenciais não poderá exceder a 10% (dez por cento) da
área total do lote.
247

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 168 - Caberá ao Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR - deliberar


sobre as dúvidas decorrentes da interpretação da legislação urbanística municipal.

Art. 169 - A multa a que se refere o art. 100 da Lei nº 7.166/96 equivale a
R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais) por metro quadrado ou fração de área
irregular.

Art. 170 - Para a regularização de superação do Coeficiente de Aproveitamento


decorrente do fechamento de varanda, poderá ser utilizada a Transferência do
Direito de Construir gerado por imóveis tombados localizados em qualquer zona.

Art. 171 - São partes integrantes desta Lei:


I - Anexo I - Mapa do Sistema Viário, que substitui o Anexo I da Lei nº 7.165/96;
II - Anexo II - Mapa das Áreas de Projetos Viários Prioritários, que substitui o Anexo
II da Lei nº 7.165/96;
III - Anexo III - Áreas para Operações Urbanas Consorciadas, que inclui o Anexo IV
à Lei nº 7.165/96;
IV - Anexo IV - Operação Urbana Consorciada das Áreas em Reestruturação do
Vetor Norte de Belo Horizonte, incluído como Anexo IV-A à Lei nº 7.165/96;
V - Anexo V - Coeficientes de Aproveitamento Básico e Máximo, que inclui o Anexo
V à Lei nº 7.165/96;
VI - Anexo VI - Glossário, que substitui o Anexo I da Lei nº 7.166/96;
VII - Anexo VII - Alterações do Mapa de Zoneamento constante do Anexo II da Lei nº
7.166/96;
VIII - Anexo VIII - Alterações no Mapa de Hierarquização do Sistema Viário
Constante do Anexo IV da Lei nº 7.166/96;
IX - Anexo IX - Parâmetros Urbanísticos Relativos à Quota de Terreno por Unidade
Habitacional, Taxa de Ocupação, Taxa de Permeabilidade e Altura Máxima na
Divisa, que substitui o Anexo VI da Lei nº 7.166/96;
X - Anexo X - Afastamentos Mínimos Laterais e de Fundo, que substitui o Anexo VII
da Lei nº 7.166/96;
XI - Anexo XI - Número Mínimo de Vagas para Veículos nos Projetos de Edificações,
que substitui o Anexo VIII da Lei nº 7.166/96;
XII - Anexo XII - Classificação dos Usos, Repercussões Negativas e Medidas
Mitigadoras das Repercussões Negativas, que substitui o Anexo X da Lei nº
7.166/96;
XIII - Anexo XIII - Localização dos Usos, que substitui o Anexo XI da Lei nº 7.166/96;
XIV - Anexo XIV - Alterações no Mapa das Áreas de Diretrizes Especiais constante
do Anexo XII da Lei nº 7.166/96;
XV - Anexo XV - Vias definidas como de caráter misto;
XVI - Anexo XVI - Mapa de Áreas de Especial Interesse Social - AEIS-1, incluído na
Lei nº 7.166/96 como Anexo XIII;
XVII - Anexo XVII - Atividades admitidas nas ADEs Belvedere e Belvedere III,
incluído como Anexo XV da Lei nº 7.166/96;
XVIII - Anexo XVIII - Parâmetros Urbanísticos das ZEs estabelecidas pela Lei nº
8.137/00, acrescido como Anexo VI-A da Lei n° 7.166/96;
XIX - Anexo XIX - Parâmetros das vias em AEIS-1;
XX - Anexo XX - Normas para Pedido de Exclusão de Área em ZEIS, que substitui o
Anexo XIII da Lei nº 8.137/00;
248

XXI - Anexo XXI - Classificação dos Usos Instalados em ZEIS, Repercussões


Negativas das Atividades e Medidas Mitigadoras das Repercussões Negativas,
incluído como Anexo XIV da Lei nº 8.137/00;
Inciso XXI com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 21)
XXII - Anexo XXII - Alterações no Anexo IV da Lei nº 9.037/05;
XXIII - Anexo XXIII - Relação de Documentos para Aprovação de Projetos de
Parcelamento nas ZEISs, que substitui o Anexo XII da Lei nº 8.137/00;
XXIV - Anexo XXIV - Alterações no Anexo VI da Lei nº 9.037/05;
XXV - Anexo XXV - Relação de usos permitidos na ADE da Pampulha, que substitui
o Anexo VII da Lei nº 9.037/05;
XXVI - Anexo XXVI - Operação Urbana Bosque das Braúnas;
XXVII - Anexo XXVII - Área do Projeto de Requalificação da Praça Diogo de
Vasconcelos e adjacências;
XXVIII - Anexo XXVIII - Lotes envolvidos na Operação Urbana da Savassi;
XXIX - Anexo XXIX - Área da Concessão de Uso do Subsolo do Município à
Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais;
XXX - Anexo XXX - Mapa da ADE Serra do Curral, incluído na Lei nº 7.166/96 como
Anexo XII-A;
XXXI - Anexo XXXI - Plano Urbanístico Operação Urbana do Isidoro;
XXXII - Anexo XXXII - Custo das intervenções previstas na Operação Urbana do
Isidoro;
XXXIII - Anexo XXXIII - Listagem de Terrenos Classificados como Área de Especial
Interesse Social - AEIS -, incluído como Anexo XIV da Lei n.º 7.166/96.
Inciso XXXIII acrescentado pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 21)

§1º - Fica excluída do Anexo VII desta Lei - Alterações do Mapa de Zoneamento -,
constante do Anexo II da Lei nº 7.166/96, a alteração de zoneamento proposta para
a quadra 6146, situada no Bairro União.

§ 2º- O Anexo IV da Lei nº 8.137/00 passa a vigorar como Anexo VI-A da Lei nº
7.166/96, com o título “Parâmetros Urbanísticos das ZEs estabelecidas pela Lei nº
8.137/00”, com o conteúdo constante do Anexo XVIII desta Lei.

Art. 172 - VETADO

Art. 173 - Os projetos inseridos em ZEIS deverão observar as normas de


acessibilidade, ressalvada a hipótese de existência de impedimentos técnicos ou
econômicos e garantido, nesse caso, o reassentamento em moradias com melhores
condições de acessibilidade no momento da intervenção.

Art. 174 - Para os proprietários de terrenos lindeiros às vias ou aos trechos de vias
incluídos no Anexo V da Lei nº 7.166/96, que transferirem ao Município as áreas
necessárias ao recuo de alinhamento, de acordo com projeto elaborado pelo
Executivo, fica autorizada a transferência do potencial construtivo referentes a estas
para as áreas remanescentes do mesmo terreno.

Parágrafo único - A utilização do potencial construtivo transferido na forma prevista


no caput deste artigo ficará condicionada à implantação do alargamento da
respectiva via.

Art. 175 - Ficam revogados:


I - a Lei nº 2.390, de 16 de dezembro de 1974;
249

II - os arts. 5º, 7º, 14, o inciso II do art. 24 e o inciso IV do art. 25, todos da Lei n°
3.995, de 16 de janeiro de 1985;
III - a Lei nº 5.955, de 26 de agosto de 1991;
IV - a Lei n° 6.221, de 5 de agosto de 1992;
V - a Lei nº 6.999, de 6 de dezembro de 1995;
VI - os §§ 1º e 3º do art. 67 da Lei nº 7.165/96;
VII - o art. 68 da Lei nº 7.165/96;
VIII - o Capítulo IV do Título IV da Lei n° 7.165/96;
IX - os §§ 1º e 3º do art. 14 da Lei n° 7.166/96;
X - o § 13 do art. 21 da Lei nº 7.166/96;
XI - o § 4º do art. 30 da Lei nº 7.166/96;
XII - o art. 31 da Lei nº 7.166/96;
XIII - o § 1º do art. 32 da Lei nº 7.166/96;
XIV - o § 1º do art. 37 da Lei nº 7.166/96;
XV - o inciso IV do art. 44-A da Lei nº 7.166/96;
XVI - os §§ 2º a 5º do art. 45 da Lei nº 7.166/96;
XVII - os incisos II, XV e XVI do caput do art. 46 da Lei nº 7.166/96;
XVIII - os §§ 4º, 6º, 10 e 11 do art. 67 da Lei nº 7.166/96;
Inciso XVIII com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 22)
XIX - os arts. 68 a 71 da Lei nº 7.166/96;
XX - os §§ 1º, 2º e 8º do art. 72 da Lei nº 7.166/96;
XXI - o § 2º do art. 98 da Lei nº 7.166/96;
XXII - o parágrafo único do art. 102 da Lei nº 7.166/96;
XXIII - os arts. 113 e 114 da Lei nº 7.166/96;
XXIV - os arts. 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 10, 11, 12 e 15 do Capítulo IX da Lei nº
7.166/96;
XXV - o Capítulo III da Lei nº 8.137/00;
XXVI - o parágrafo único do art. 141 da Lei nº 8.137/00;
XXVII - os arts. 157 e 158 da Lei nº 8.137/00;
XXVIII - o § 1º do art. 161 da Lei nº 8.137/00;
XXIX - o art. 169 da Lei nº 8.137/00;
XXX - o § 1º do art. 190 e o art. 192 da Lei nº 8.137/00;
XXXI - o Anexo VI da Lei nº 8.137/00;
XXXII - a alínea “d” do inciso I do art. 38 da Lei n.º 7.166/96.
Inciso XXXII acrescentado pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 22)

Art. 176 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
TÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - O Executivo, no sentido de facilitar a compreensão da legislação, elaborará


projeto de compilação desta Lei com as leis nº 7.165/96, nº 7.166/96, nº 8.137/00 e
outras leis municipais vigentes sobre parcelamento, ocupação e uso do solo,
preservando-se o conteúdo normativo dos dispositivos consolidados.

§ 1º - Na compilação do Mapa de Zoneamento, será utilizada base cartográfica


atualizada, à qual deverão ser ajustados os limites das zonas.
250

§ 2º - As dúvidas na compatibilização entre os limites das zonas e a base


cartográfica atualizada serão dirimidas pelo COMPUR.

Art. 2º - Os licenciamentos de projeto protocolados em órgãos municipais


licenciadores até a data de entrada em vigor desta Lei submetem-se aos parâmetros
urbanísticos previstos na legislação vigente até então.

§ 1º - Os alvarás de construção para as áreas definidas como de Operações


Urbanas Consorciadas, emitidos em desacordo com o disposto nesta Lei, não
poderão ser renovados e terão validade improrrogável de 4 (quatro) anos, findos os
quais serão aplicados os parâmetros desta Lei para o empreendimento.

§ 2º - A condição prevista no caput deste artigo será aplicada apenas aos


licenciamentos que tiverem o protocolo de projeto arquitetônico na Secretaria
Municipal Adjunta de Regulação Urbana deferido em até 1 (um) ano, contado da
data de publicação desta Lei.

§ 3º - Para os licenciamentos enquadrados na hipótese prevista no caput deste


artigo não se aplica o disposto no § 8º do art. 15 da Lei nº 9.725/09.

Art. 3º - O Executivo deverá encaminhar à Câmara Municipal projeto de lei contendo


mapa com a revisão dos limites das ZPAMs, ZPs e ADEs de Interesse Ambiental, no
prazo de 1 (um) ano, contado da aprovação desta Lei, com vistas à sua
incorporação aos Anexos II e XII da Lei nº 7.166/96.

Parágrafo único - A elaboração do projeto de lei previsto no caput deste artigo


deverá ser subsidiada por avaliações do Conselho Municipal de Política Urbana e do
Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Art. 4º - O Executivo promoverá estudos técnicos destinados a definir parâmetros de


regulação da altimetria no Município, considerando identidades e características
diferenciadas dos lugares.

Art. 5º - O Executivo elaborará tabela, visando à correspondência entre o quadro


relativo às atividades econômicas admitidas nas ADEs e a classificação da CNAE,
no prazo de 120 (cento e vinte dias) após a entrada em vigor desta Lei.

Art. 6º - Na hipótese de os planos diretores regionais recomendarem alterações à


legislação urbanística municipal, estas poderão ser encaminhadas pelo Executivo à
Câmara Municipal, independentemente do prazo previsto no art. 111 da Lei nº
7.166/96 e em atendimento ao disposto no art. 83 da Lei nº 7.165/96.

Art. 7º - As antenas de telecomunicação obedecerão às definições contidas nas leis


nº 7.277/97 e nº 8.201/01 até que seja aprovada legislação específica para sua
localização, instalação e operação.

Art. 8º - O Executivo encaminhará à Câmara Municipal projeto de lei contendo mapa


com a classificação viária relativa à permissividade de instalação de usos não
residenciais, no prazo de 1 (um) ano, contado da aprovação desta Lei.
251

§ 1º - Até que entre em vigor a lei a que se refere o caput deste artigo, fica
estabelecido o seguinte critério para a classificação da natureza das vias no que diz
respeito à permissividade de instalação de usos não residenciais:
I - as vias locais, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, ficam classificadas como
VR;
II - as vias coletoras e arteriais, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, com
largura inferior a 10,00m (dez metros) ficam classificadas como VR;
III - as vias coletoras e arteriais, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, com
largura igual ou superior a 10,00 m (dez metros) ficam classificadas como VM;
IV - as vias de ligação regional, definidas no Anexo IV da Lei nº 7.166/96, ficam
classificadas como VNR.

§ 2º - Excetuam-se da regra prevista no § 1º deste artigo as seguintes vias, que


ficam classificadas como:
I - vias de caráter misto - VM:
a) as vias localizadas na Zona Central de Venda Nova - ZCVN - e na Zona Central
do Barreiro - ZCBA -;
b) as vias inseridas no Anexo XV desta Lei;
Alínea “b” com redação dada pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 23)
c) a Rua Istria Ferraz, entre as ruas Moisés Kalil e Amílcar Viana Martins;
d) a Rua Flor do Divino;
e) a Rua Flor do Natal;
f) a Rua dos Lagos, no trecho entre as ruas Jabaquara e Tocantins;
g) a Avenida Paranaíba, no trecho entre as ruas Belmiro de Almeida e Jequitaí;
h) a Rua Pacajá;
i) a Rua Teresópolis, no trecho entre as ruas Gonçalves Ledo e Resende;
j) a Rua Resende;
II - Vias Preferencialmente Não Residenciais - VNR -, as localizadas nas ZEs.

§ 3º - Ficam classificadas como vias coletoras a Avenida Alfredo Camarate, no


trecho entre a Avenida Carlos Luz e a Rua Expedicionário Mário Alves de Oliveira, e
a Rua Expedicionário Benvindo Belém de Lima, entre a Rua Joubert Guerrra e a
Avenida Expedicionário Noraldino Rosa Santos.
§ 3º acrescentado pela Lei nº 10.065, de 12/1/2011 (Art. 23)

Art. 9º - O Executivo regulamentará o processo de licenciamento urbanístico,


incluindo o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV em até 1 (um) ano, contado a
partir da data da entrada em vigor desta Lei.

Parágrafo único - A transferência das atribuições previstas nesta Lei do COMAM


para o COMPUR dar-se-á quando da regulamentação prevista no caput deste artigo.

Art. 10 - O Executivo publicará tabela de arredondamento dos valores relativos aos


afastamentos frontais e de fundo, em complementação ao disposto no Anexo X
desta Lei.

Art. 11 - A área destinada à implantação de equipamento de transporte de interesse


municipal, remanescente da urbanização da área de Estação de Integração de
Transporte Coletivo Vila São José, identificada na folha 33 do Anexo II da Lei nº
7.166/96, passa a ser classificada como Zona de Grandes Equipamentos - ZE -,
conforme projeto do Executivo.
252

Art. 12 - Fica suspensa, por 2 (dois) meses, a emissão de Consulta Prévia e


Informação Básica pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, com
vistas à atualização do sistema do órgão às determinações desta Lei, contados a
partir da data de sua publicação.

Art. 13 - Até que sejam aprovadas as leis específicas das Operações Urbanas
Consorciadas previstas nesta Lei, os parâmetros urbanísticos para as áreas nelas
incluídas poderão ser flexibilizados, em caráter excepcional, em decorrência de
outras Operações Urbanas aprovadas por lei específica, com vistas, exclusivamente,
ao atendimento de demandas vinculadas à realização da Copa do Mundo FIFA
2014.

TÍTULO II
DAS OPERAÇÕES URBANAS BOSQUE DAS BRAÚNAS, DA AVENIDA BARÃO
HOMEM DE MELO, DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS
GERAIS - ALMG - E DA SAVASSI

CAPÍTULO I
DA OPERAÇÃO URBANA BOSQUE DAS BRAÚNAS

Art. 14 - Fica instituída a Operação Urbana Bosque das Braúnas, em conformidade


com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96, com o objetivo de garantir a
preservação de área de interesse ambiental, localizada no Bairro Braúnas.

Art. 15 - A área objeto da Operação Urbana prevista neste Capítulo é aquela


definida como Zona de Proteção-2 - ZP-2 - pelo Anexo II da Lei nº 7.166/96,
correspondente à quadra 4003, de acordo com o mesmo Anexo e delimitada pela
Rua Sem Nome (código 078991).

Art. 16 - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana Bosque das


Braúnas envolve a instituição de Reserva Particular Ecológica, em caráter perpétuo,
nos termos da Lei nº 6.314, de 12 de janeiro de 1993, em porção do terreno a que se
refere o art. 15 destas Disposições Transitórias e conforme delimitado no Anexo
XXVI desta Lei.

Art. 17 - Em contrapartida à instituição da Reserva Particular Ecológica nos termos


do art. 3º da Lei nº 6.314/93, fica permitida, na porção remanescente do terreno
delimitado no Anexo XXVI desta Lei, a construção de edificações residenciais
multifamiliares, de acordo com os parâmetros previstos nessa Operação Urbana.

§ 1º - O adimplemento da obrigação prevista no caput deste artigo possibilita a


aprovação de projeto de edificação e posterior emissão de Alvará de Construção
para conjunto de edificações residenciais que atenda aos seguintes requisitos:
I - unidades habitacionais limitadas a 18 (dezoito);
II - número de pavimentos limitado a 3 (três), além de pilotis aberto no pavimento
térreo;
III - altimetria máxima das edificações de 12 m (doze metros) contados a partir da
cota natural do terreno, excluída desta a caixa d’água e a casa de máquinas;
IV - manutenção de toda a área não edificada como área permeável;
V - a implantação das edificações obedecerá à legislação relacionada às Áreas de
Preservação Permanente - APPs - existentes no terreno.
253

§ 2º - O acesso de veículos às áreas edificadas respeitará a delimitação da Reserva


Particular Ecológica e receberá pavimentação que garanta a permeabilidade do solo.

Art. 18 - O prazo de vigência da Operação Urbana Bosque das Braúnas é de 2 (dois)


anos, contado da data de publicação desta Lei.

Parágrafo único - O cumprimento da obrigação prevista no art. 16 destas


Disposições Transitórias e a aprovação de projeto de edificação prevista no §1º do
art. 17 deverão observar o prazo previsto no caput deste artigo.

CAPÍTULO II
DA OPERAÇÃO URBANA DA AVENIDA BARÃO HOMEM DE MELO

Art. 19 - Fica instituída a Operação Urbana da Avenida Barão Homem de Melo, em


conformidade com o Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96, com o objetivo de
viabilizar o alargamento da referida Avenida.

Art. 20 - A área objeto da Operação Urbana prevista neste Capítulo é a dos lotes
lindeiros à Avenida Barão Homem de Melo, no trecho entre as avenidas Silva Lobo e
Raja Gabáglia.

Art. 21 - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana da Avenida


Barão Homem de Melo envolve o alargamento dessa Avenida, identificado como via
com previsão de recuo de alinhamento no Anexo V da Lei nº 7.166/96, com vistas a
proporcionar o aumento da capacidade do sistema viário e de transporte e permitir o
adensamento dos lotes lindeiros.

Art. 22 - Aos proprietários dos lotes localizados na área prevista no art. 20 destas
Disposições Transitórias que doarem ao Município as áreas respectivas definidas
como recuo de alinhamento, será autorizada a Transferência do Direito de Construir
relativo ao potencial construtivo da área doada para as áreas remanescentes do
mesmo terreno.

Parágrafo único - O potencial construtivo a ser transferido de acordo com o caput


deste artigo será calculado com base no produto da área total de terreno doado pelo
Coeficiente de Aproveitamento previsto para o lote.

Art. 23 - A utilização do potencial construtivo transferido na forma prevista no art. 22


destas Disposições Transitórias antes da duplicação da Avenida Barão Homem de
Melo fica condicionada a anuência do órgão colegiado responsável pelo
licenciamento urbanístico nos termos desta Lei.

Art. 24 - O prazo de vigência da Operação Urbana da Avenida Barão Homem de


Melo é de 10 (dez) anos, contado da data de publicação desta Lei.

CAPÍTULO III
DA OPERAÇÃO URBANA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS - ALMG

Art. 25 - Fica instituída a Operação Urbana da Assembleia Legislativa do Estado de


Minas Gerais - ALMG -, com o objetivo de proporcionar o incremento da qualidade
254

do atendimento prestado por esse órgão à população do Estado, por meio da


viabilização de melhorias em sua estrutura.

Art. 26 - As áreas objeto da Operação Urbana da Assembléia Legislativa do Estado


de Minas Gerais são aquelas definidas no Anexo XXIX desta Lei, bem como o
quarteirão 11A e os lotes 13 e 14 do quarteirão 18B, da 12ª Seção Urbana.

Art. 27 - Fica autorizada a concessão de uso de áreas específicas do subsolo do


Município à Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais, com vistas ao
cumprimento dos objetivos previstos no art. 25 destas Disposições Transitórias.

Parágrafo único - As áreas mencionadas no caput deste artigo são aquelas definidas
no Anexo XXIX desta Lei.

Art. 28 - Ficam excluídos da ADE Residencial Central o quarteirão 11A e os lotes 13


e 14 do quarteirão 18B da 12ª Seção Urbana.

Art. 29 - A concessão dos benefícios previstos no art. 27 destas Disposições


Transitórias fica condicionada à reconstituição, à recuperação e à manutenção, pela
concessionária, das áreas públicas da Praça Carlos Chagas, no Município de Belo
Horizonte, resgatando o projeto original criado por Roberto Burle Marx, bem como à
realização das intervenções viárias que se fizerem necessárias para a minimização
do impacto urbanístico decorrente do plano urbanístico proposto.

Parágrafo único - Fica vedada a cobrança, pela Assembléia Legislativa do Estado de


Minas Gerais, por qualquer serviço prestado em decorrência de atividades
desenvolvidas nas áreas abarcadas pela concessão de uso prevista no art. 27
destas Disposições Transitórias.

Art. 30 - O prazo para a implementação da Operação Urbana é de 4 (quatro) anos,


contado da data de publicação desta Lei.

Art. 31 - O prazo da concessão de uso prevista no caput do art. 27 destas


Disposições Transitórias é de 10 (dez) anos, renovável sucessivamente, por igual
período, a critério das partes envolvidas na Operação Urbana.

CAPÍTULO IV
DA OPERAÇÃO URBANA DA SAVASSI

Art. 32 - Fica instituída a Operação Urbana da Savassi, em conformidade com o


Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96 e de acordo com o disposto no art. 11 da
Lei nº 7.166/96, com os seguintes objetivos:
I - propiciar a melhoria dos espaços públicos na região da Savassi, por meio de
intervenções viárias e urbanísticas;
II - minimizar a situação de conflito entre veículo e pedestre existente na área.

Art. 33 - As áreas objeto da Operação Urbana prevista nesta Lei são:


I - área do Projeto de Requalificação da Praça Diogo de Vasconcelos e Adjacências,
delimitada no Anexo XXVII desta Lei;
II - os lotes constantes do Anexo XXVIII desta Lei;
III - o corredor da Avenida Nossa Senhora do Carmo.
255

Art. 34 - São partes envolvidas na Operação Urbana da Savassi o Município de Belo


Horizonte e os proprietários dos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei.

Art. 35 - O plano urbanístico em que se fundamenta a Operação Urbana da Savassi,


seguindo o disposto no art. 67 do Plano Diretor do Município de Belo Horizonte,
envolve a implantação do Projeto de Requalificação da Praça Diogo de Vasconcelos
e Adjacências e de melhorias viárias no corredor da Avenida Nossa Senhora do
Carmo.

Art. 36 - Para os proprietários dos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei, fica
estabelecida outorga de potencial construtivo adicional equivalente a 1.994,89 m²
(mil novecentos e noventa e quatro vírgula oitenta e nove metros quadrados) de
área líquida construída, a ser utilizado, alternativamente:
I - nos lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei;
II - em outros terrenos pertencentes aos proprietários dos lotes incluídos no Anexo
XXVIII desta Lei, devendo o imóvel receptor sujeitar-se ao disposto no Capítulo I do
Título IV da Lei nº 7.165/96.

§ 1º - A utilização do benefício no caso previsto no inciso I do caput deste artigo fica


condicionada:
I - à não superação da altimetria máxima constante de projeto aprovado pela
Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana para o empreendimento
comercial localizado na quadra 02 A da Segunda Seção Suburbana, na data da
publicação desta Lei;
II - à supressão das entradas para as áreas de estacionamento a partir da Avenida
do Contorno.

§ 2º - O potencial construtivo adicional adquirido pelos proprietários dos lotes


incluídos no Anexo XXVIII desta Lei não poderá ser alienado.

§ 3º - Para os lotes incluídos no Anexo XXVIII desta Lei, fica autorizada, além do
potencial construtivo adicional previsto no art. 36, I, destas Disposições Transitórias,
a recepção de Unidades de Transferência de Direito de Construir – UTDCs –,
independentemente do zoneamento em que tenham sido geradas, até o limite de
997,45 m² (novecentos e noventa e sete vírgula quarenta e cinco metros
quadrados), respeitados os demais parâmetros incluídos no Capítulo I do Título IV
da Lei nº 7.165/96 e em seu Regulamento.

§ 4º - O acréscimo de potencial construtivo proveniente de Transferência do Direito


de Construir terá como referência o Coeficiente de Aproveitamento, igual a 1,0 (um)
e deverá respeitar o limite de 20% (vinte por cento) para cada lote, conforme previsto
no § 1º do art. 62 da Lei n.º 7.165/96.

Art. 37 - A utilização dos benefícios previstos no art. 36 destas Disposições


Transitórias fica condicionada às seguintes contrapartidas:
I - transferência ao Município de R$ 7.580.589,60 (sete milhões, quinhentos e oitenta
mil, quinhentos e oitenta e nove reais e sessenta centavos), com vistas ao custeio
parcial das intervenções previstas no art. 35 destas Disposições Transitórias;
II - revisão do sistema de estacionamento do empreendimento comercial localizado
na quadra 02 A da Segunda Seção Suburbana, de modo a transformar somente em
saída a entrada de veículos da Avenida do Contorno ou mediante apresentação de
estudo prevendo solução diversa, a critério do Executivo.
256

Parágrafo único - O valor referente à obrigação constante do inciso I do caput deste


artigo será atualizado com base no reajuste aplicável ao valor do metro quadrado de
terreno apurado para fins de Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis por Ato
Oneroso Inter Vivos - ITBI -, conforme o cadastro do Município.

Art. 38 - O cumprimento da obrigação prevista nos incisos I e II do caput do art. 37


destas Disposições Transitórias deverá ocorrer nos prazos de 6 (seis) e de 8 (oito)
meses, respectivamente, contados a partir da data de publicação desta Lei.

Art. 39 - O não cumprimento do disposto no caput do art. 38 destas Disposições


Transitórias sujeita o empreendedor ao pagamento de multa no valor de
R$15.161.179,20 (quinze milhões, cento e sessenta e um mil cento e setenta e nove
reais e vinte centavos).

TÍTULO III
DA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 40 - Fica instituída a Operação Urbana do Isidoro, em conformidade com o


disposto no Capítulo II do Título IV da Lei nº 7.165/96.

§ 1º - A área da Operação Urbana do Isidoro é definida por parte das bacias


hidrográficas do ribeirão de mesmo nome e do baixo Ribeirão do Onça, conforme
delimitação constante do Anexo XXXI desta Lei.

§ 2º - A Operação Urbana do Isidoro compreende um conjunto integrado de


intervenções com o objetivo de promover a proteção e a recuperação ambiental da
Região do Isidoro, por meio de processo de ocupação ordenado e sustentável, que
proporcione a preservação de áreas de grande relevância ambiental e paisagística,
em especial, das nascentes e dos cursos d’água, e de áreas de vegetação
expressiva e de cerrado.

Art. 41 - Os proprietários e investidores cujos imóveis estejam localizados no


perímetro abrangido pela Operação Urbana do Isidoro poderão fazer jus aos
benefícios previstos nesta Lei, mediante o pagamento de contrapartida, observadas
as disposições e restrições urbanísticas contidas nesta Lei e na legislação aplicável
à matéria.

CAPÍTULO II
DO PLANO URBANÍSTICO

Seção I
Objetivos Específicos

Art. 42 - Considerando a relevância ambiental que caracteriza a região objeto da


Operação Urbana do Isidoro, em especial o grande número de nascentes e cursos
d’água, a presença de vegetação expressiva, a incidência de áreas de alta
declividade e de risco geológico, o Plano Urbanístico em que se fundamenta essa
Operação Urbana tem como pressupostos:
257

I - instituir classificação das áreas, de forma a identificar aquelas passíveis de


ocupação e as que devem ser preservadas;
II - permitir o adensamento das áreas propícias à ocupação, concentrando nelas o
potencial construtivo das áreas a serem preservadas;
III - assegurar a ampliação de áreas não parceláveis permeáveis com relação aos
parâmetros vigentes na legislação atual;
IV - viabilizar a manutenção e a proteção de áreas vegetadas contínuas e integradas
ao longo dos cursos d’água principais existentes na área, em especial o Ribeirão do
Isidoro, o Córrego dos Macacos e o Córrego da Terra Vermelha;
V - promover a recuperação ambiental das áreas de preservação, incluindo
revegetação, contenção de erosão, despoluição dos cursos d’água e conservação
das encostas;
VI - garantir a preservação das visadas de topo e de fundo de vale da Região do
Isidoro e entorno e assegurar que os novos assentamentos disponham de padrões
ambientais e paisagísticos de boa qualidade;
VII - promover a transformação das grandes áreas vegetadas em parques públicos
ou Reservas Particulares Ecológicas de caráter perpétuo e abertas ao público, que
contribuam para a melhoria das condições de lazer da população, em especial dos
moradores da Região Norte do Município;
VIII - assegurar que o processo de expansão urbana na região ocorra de modo
sustentável, contemplando a implantação de toda infraestrutura necessária, bem
como a construção de equipamentos urbanos e comunitários para atendimento à
demanda da população local;
IX - criar condições efetivas para que os investidores e proprietários de imóveis
beneficiados com os parâmetros urbanísticos excepcionais previstos para a
Operação Urbana contribuam com recursos necessários à sua viabilização;
X - implantar o sistema viário estruturante na região, de modo a garantir a
implantação de corredores viários e de transporte coletivo integrados ao sistema
existente;
XI - viabilizar a oferta de terrenos urbanizados para implantação de unidades
habitacionais, bem como para instalação de atividades econômicas compatíveis com
as características de ocupação predominantemente residencial proposta para a
área.

Seção II
Da Classificação e dos Parâmetros das Áreas da Operação Urbana do Isidoro

Art. 43 - Os proprietários de imóveis localizados no perímetro da Operação Urbana


do Isidoro, e que a ela aderirem, terão seus terrenos submetidos a parâmetros
específicos, em conformidade com o grau de proteção definido para cada área,
respeitadas as normas gerais contidas na legislação urbanística, em especial na Lei
nº 7.166/96, naquilo que não conflitarem com as condições estabelecidas para essa
Operação.

Art. 44 - Para os fins dessa Operação Urbana, a Região do Isidoro fica classificada
em 3 (três) categorias urbanísticas estabelecidas em função de seus aspectos
geomorfológicos e ambientais, que demandam critérios específicos relativos ao grau
de ocupação e de proteção ambiental, conforme delimitação estabelecida no Anexo
XXXI desta Lei:
I - Grau de Proteção 1: áreas de proteção máxima, destinadas à preservação
permanente de nascentes, cursos d'água e grandes áreas contínuas de cobertura
258

vegetal de relevância ambiental, onde a ocupação deverá ser proibida, exceto para
atividades relacionadas com a sua manutenção e preservação;
II - Grau de Proteção 2: áreas de proteção elevada devido às condições
topográficas, presença expressiva de cursos d’água e de manchas isoladas de
cobertura vegetal significativa, nas quais a ocupação, o adensamento e a
impermeabilização do solo deverão sofrer restrições;
III - Grau de Proteção 3: áreas de proteção moderada, nas quais, em virtude das
condições locais topográficas, morfológicas, de drenagem mais favoráveis e da
menor concentração de cobertura vegetal relevante, poderão ser estabelecidos
parâmetros de ocupação e adensamento menos restritos que nas demais áreas.

§ 1º - Os proprietários e investidores cujos imóveis estejam localizados no perímetro


da Operação Urbana do Isidoro, e que a ela aderirem, somente farão jus aos
benefícios previstos nesta Lei mediante a observância integral dos parâmetros
relativos à classificação prevista no caput deste artigo, sem prejuízo das demais
exigências contidas nesta Lei, inclusive pagamento de contrapartida, e nas demais
normas aplicáveis à matéria.

§ 2º - As áreas a que se refere o inciso II do caput deste artigo que apresentarem


características de vegetação, topografia e recursos hídricos relevantes e propensos
a recuperação ambiental poderão ser, por força de deliberação do COMAM,
reclassificadas para o Grau de Proteção 1.

§ 3º - Não se aplica o disposto no art. 46 destas Disposições Transitórias às áreas


reclassificadas para o Grau de Proteção 1, em conformidade como o disposto neste
artigo.

Subseção I
Das Áreas com Grau de Proteção 1

Art. 45 - As áreas submetidas ao Grau de Proteção 1, conforme delimitação contida


no Anexo XXXI desta Lei, ficam sujeitas às seguintes regras:
I - atendimento aos parâmetros urbanísticos de ZPAM, não se lhes aplicando o
disposto no § 2º do art. 14 da Lei 7.166/96;
II - não poderão ser parceladas nem ocupadas, ressalvadas as edificações
destinadas à sua manutenção, e preservação, no caso de implantação de parque
público ou de reserva particular ecológica.

Art. 46 - As áreas classificadas como de Grau de Proteção 1 que forem destinadas à


instituição de reserva particular ecológica, de caráter perpétuo e aberta ao público,
nos termos da Lei nº 6.314/93, ou doadas ao Município para a instituição de parque
público, conforme delimitação do Anexo XXXI desta Lei, ficarão autorizadas a gerar
UTDCs.

§ 1º - O cálculo das UTDCs provenientes do terreno gerador dar-se-á a partir da


multiplicação do Coeficiente de Aproveitamento igual a 0,5 (cinco décimos) pela área
total do imóvel.

§ 2º - A recepção do potencial construtivo a que se refere o caput deste artigo


somente poderá ocorrer nas áreas a que forem atribuídos os Graus de Proteção 2 e
3 e cujos proprietários aderirem a essa Operação Urbana, observando-se o disposto
259

nesta Lei, no Plano Diretor do Município de Belo Horizonte e na Lei de


Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, no que couber.

§ 3º - O potencial construtivo adicional obtido a partir da transferência do direito de


construir proveniente das áreas com Grau de Proteção 1 não autoriza o acréscimo
proporcional de unidades habitacionais nos terrenos receptores.

§ 4º - Não são passíveis de geração de UTDCs as áreas com Grau de Proteção 1


cujo domínio seja objeto de transferência ao Município em virtude das exigências
estabelecidas pela legislação sobre parcelamento do solo.

Subseção II
Das Áreas com Grau de Proteção 2

Art. 47 - As áreas submetidas ao Grau de Proteção 2 ficam sujeitas aos seguintes


critérios especiais de ocupação e parcelamento:
I - lotes mínimos de 5.000 m² (cinco mil metros quadrados);
II - Coeficiente de Aproveitamento de 1,0 (um);
III - taxa de ocupação máxima de 30% (trinta por cento);
IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 50% (cinquenta por cento);
V - quota de terreno por unidade habitacional de 150 m² (cento e cinquenta metros
quadrados).

Parágrafo único - O Coeficiente de Aproveitamento previsto no inciso II do caput


deste artigo poderá ser majorado para 1,2 (um inteiro e dois décimos), a partir da
recepção de UTDCs geradas, exclusivamente, pelas áreas com Grau de Proteção 1,
cujos proprietários aderirem à Operação Urbana.

Art. 48 - As glebas cujos processos de parcelamento resultarem em, no mínimo,


35% (trinta e cinco por cento) de sua área demarcada como de interesse ambiental,
poderão adotar, nas porções classificadas com o Grau de Proteção 2, os seguintes
parâmetros:
I - lotes mínimos de 5.000 m² (cinco mil metros quadrados);
II - Coeficiente de Aproveitamento de 1,0 (um);
III - taxa de ocupação máxima de 50% (cinquenta por cento);
IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento);
V - quota de terreno por unidade habitacional de 50 m² (cinquenta metros
quadrados).

Parágrafo único - O Coeficiente de Aproveitamento previsto no inciso II do caput


deste artigo poderá ser majorado para 1,5 (um inteiro e cinco décimos), a partir da
recepção de UTDCs geradas, exclusivamente, pelas áreas com Grau de Proteção 1,
cujos proprietários aderirem à Operação Urbana.

Subseção III
Das Áreas com Grau de Proteção 3

Art. 49 - As áreas submetidas ao Grau de Proteção 3, conforme delimitação do


Anexo XXXI desta Lei, ficam sujeitas aos seguintes critérios especiais de ocupação
e parcelamento:
I - lotes mínimos de 2.000 m² (dois mil metros quadrados);
260

II - Coeficiente de Aproveitamento igual ao do zoneamento definido para a área, de


acordo com a Lei nº 7.166/96;
III - taxa de ocupação máxima de 50% (cinquenta por cento);
IV - Taxa de Permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento);
V - quota de terreno por unidade habitacional de 45 m² (quarenta e cinco metros
quadrados).

Parágrafo único - O Coeficiente de Aproveitamento previsto no inciso II do caput


deste artigo poderá ser majorado para 1,5 (um inteiro e cinco décimos), a partir da
recepção de UTDCs geradas exclusivamente pelas áreas com Grau de Proteção 1,
cujos proprietários aderirem à Operação Urbana.

Subseção IV
Disposições Gerais

Art. 50 - Os parcelamentos aprovados no perímetro dessa Operação Urbana


deverão destinar, no mínimo, 12% (doze por cento) do somatório da área dos lotes
para o uso não residencial.

Art. 51 - Os empreendimentos a serem executados na área da Operação Urbana


deverão destinar, no mínimo, 10% (dez por cento) das unidades habitacionais,
edificadas e regularizadas, para atendimento à demanda da Política Municipal de
Habitação.

Parágrafo único - Nos parcelamentos em que esteja prevista a abertura das vias 540
e Norte-Sul, as unidades habitacionais de que trata o caput deste artigo deverão ser
edificadas nos lotes lindeiros a essas vias.

Art. 52 - Os lotes localizados em quarteirões lindeiros à Via 540, situados em áreas a


que forem atribuídos os Graus de Proteção 2 e 3, poderão ter o Coeficiente de
Aproveitamento majorado para 1,7 (um inteiro e sete décimos), exclusivamente por
meio da recepção de UTDCs provenientes de áreas classificadas como de Grau de
Proteção 1, condicionado à adesão dos respectivos proprietários à Operação
Urbana.

Art. 53 - O parcelamento das glebas inseridas na área da Operação Urbana do


Isidoro dar-se-á apenas por meio de parcelamento vinculado, no qual deverão ser
analisadas, além do disposto na Lei nº 7.166/96, as condições de implantação das
edificações nos lotes.

§ 1º - As condições de implantação previstas no caput deste artigo, bem como a


contrapartida vinculada ao projeto aprovado, serão registradas no documento de
aprovação como condicionantes para sua validade.

§ 2º - O pagamento da contrapartida prevista no § 1º deste artigo deverá ser feito em


conformidade com o disposto no Capítulo III do Título III destas Disposições
Transitórias.

§ 3º - Mediante análise pelo COMPUR e aprovação de projeto pelo Executivo,


respeitadas as diretrizes e os parâmetros da ADE de Interesse Ambiental do Isidoro
e da legislação pertinente, poderão ser flexibilizados os seguintes parâmetros de
parcelamento nas áreas com Graus de Proteção 2 e 3:
261

I - extensão máxima do somatório das testadas de lotes ou terrenos contíguos


compreendidos entre 2 (duas) vias transversais;
II - área máxima dos lotes, desde que tenham, no mínimo, 5,00 m (cinco metros) de
frente;
III - possibilidade de aprovação de lotes isolados, em virtude da existência de
condições excepcionais de topografia e restrições de caráter ambiental;
IV - proporção entre a área do parcelamento destinada a equipamentos urbanos e
comunitários e áreas verdes, observado o mínimo de 15% (quinze por cento) da
gleba a ser transferido ao Município e considerando-se a densidade de ocupação.

§ 4º - Serão consideradas no cômputo das áreas a serem transferidas ao Município,


por força do parcelamento, as áreas não parceláveis e não edificáveis localizadas
nas porções da gleba submetidas ao Grau de Proteção 1 destinadas à implantação
de parques públicos, conforme delimitação contida no Anexo XXXI desta Lei.

Art. 54 - Para efeito dessa Operação Urbana, o número de unidades habitacionais


permitidas para o parcelamento será obtido a partir da aplicação da quota de terreno
por unidade habitacional para a totalidade da área dos lotes, ficando autorizado que
as unidades habitacionais previstas para o parcelamento sejam distribuídas de forma
diferenciada entre os lotes, observados os demais parâmetros urbanísticos previstos
para a área.

Art. 55 - Os fundos dos lotes não poderão fazer divisa com áreas submetidas ao
Grau de Proteção 1, devendo haver, entre eles, vias veiculares.

Art. 56 - No fechamento frontal dos lotes edificados na área da Operação Urbana do


Isidoro, somente será admitida a utilização de elementos construtivos que garantam
a visualização do interior do lote ou terreno a partir do logradouro público.

Parágrafo único - Fica permitida a utilização de elementos construtivos que não


atendam ao disposto no caput deste artigo para contenção de terreno natural, ou
com altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros), contados a partir do terreno
natural.

Art. 57 - Para empreendimentos destinados ao uso não residencial, poderá ser


concedido acréscimo de potencial construtivo por meio de Outorga Onerosa do
Direito de Construir - ODC -, limitado ao Coeficiente de Aproveitamento 4,0,
condicionado à realização de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV - e à
aprovação pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR.

Parágrafo único - Os recursos obtidos a partir da aplicação da ODC serão


destinados ao Fundo da Operação Urbana do Isidoro.

Art. 58 - Para efeito da aplicação da Transferência do Direito de Construir prevista


para essa Operação Urbana, o valor do metro quadrado de terreno inserido na área
da Operação fica fixado em R$ 200,00 (duzentos reais).

Art. 59 - Os imóveis situados no perímetro da Operação Urbana do Isidoro ficam


isentos do pagamento do IPTU até a data da concessão da respectiva Certidão de
Baixa de Construção.

Seção III
262

Da Infraestrutura Básica Projetada para a Região

Art. 60 - A infraestrutura básica projetada para a área dessa Operação Urbana está
dimensionada para adensamento populacional máximo correspondente à
implantação de 67.620 (sessenta e sete mil e seiscentas e vinte) unidades
residenciais e não residenciais, que poderá ser atingido a partir da utilização dos
parâmetros excepcionais estabelecidos nessa Operação Urbana.

Subseção I
Do Sistema Viário

Art. 61 - O sistema viário básico da Região do Isidoro é composto por:


I - sistema principal, representado no mapa constante do Anexo XXXI desta Lei,
objeto de diretrizes para projeto, elaboradas pelo Executivo, e constituído pelas vias:
a) Via 540, definida como o ponto 038 do Programa de Estruturação Viária de Belo
Horizonte - VIURBS -, que fará a interligação entre a Rodovia MG-20 e a Avenida
Cristiano Machado/Rodovia Prefeito Américo Gianetti, de forma a promover a
melhoria da articulação interna da Região Norte do Município;
b) Via Norte-Sul, definida como o ponto 039 do VIURBS, que cortará a Região Norte
do Município, no sentido norte-sul, e fará a interligação entre a Via 540, e a Região
do Bairro Jaqueline;
II - sistema secundário, constituído pelas vias arteriais, coletoras e locais a serem
previstas nos projetos de parcelamento, conforme diretrizes específicas a serem
fornecidas pelo Executivo.

Subseção II
Dos Equipamentos Urbanos e Comunitários

Art. 62 - Os equipamentos urbanos e comunitários previstos para a área da


Operação Urbana estão dimensionados com base no adensamento populacional
estimado para a área, e sua implantação deverá ocorrer progressivamente, de
acordo com o número de unidades habitacionais existentes, da seguinte forma:
I - 15 (quinze) Unidades Municipais de Educação Infantil, sendo 1 (uma) a cada
4.500 (quatro mil e quinhentas) unidades habitacionais;
II - 20 (vinte) Escolas de Ensino Fundamental/Escola Integrada, sendo 1 (uma) a
cada 3.500 (três mil e quinhentas) unidades habitacionais;
III - 8 (oito) Escolas de Ensino Médio, sendo 1 (uma) a cada 9.000 (nove mil)
unidades habitacionais;
IV - 2 (duas) Escolas Profissionalizantes, sendo 1 (uma) a cada 35.000 (trinta e cinco
mil) unidades habitacionais;
V - 14 (quatorze) centros de saúde, sendo 01 (um) a cada 5.000 (cinco mil) unidades
habitacionais;
VI - 1 (um) terminal de integração de transporte coletivo a partir de 60.000 (sessenta
mil) unidades habitacionais;
VII - 1 (um) terminal de embarque e desembarque de ônibus a cada 600 m
(seiscentos metros), nas vias 540 e Norte-Sul.

Parágrafo único - Os equipamentos relacionados nesta Subseção deverão atender


aos projetos e às especificações estabelecidos pelo Executivo.

Subseção III
Dos Parques Públicos
263

Art. 63 - São previstos para a área da Operação Urbana a implantação, conforme


delimitação constante do Anexo XXXI desta Lei, dos seguintes parques públicos:
I - Parque Leste, com área total estimada em 2.300.000 m² (dois milhões e trezentos
mil metros quadrados);
II - Parque Oeste, com área total estimada em 500.000 m² (quinhentos mil metros
quadrados).

Parágrafo único - Os parques de que tratam este artigo serão cercados e dotados da
infraestrutura necessária à sua preservação, manutenção e atendimento ao público,
de acordo com os projetos e às especificações estabelecidos pelo Executivo.

Subseção IV
Dos Custos de Implantação

Art. 64 - Os custos referentes à desapropriação e à implantação da infraestrutura


viária, incluindo-se obras de arte, bem como aos equipamentos urbanos e
comunitários e dos parques mencionados nesta Seção ficam estimados, de acordo
com os valores estabelecidos no Anexo XXXII desta Lei, em R$ 963.573.000,00
(novecentos e sessenta e três milhões e quinhentos e setenta e três mil reais).

§ 1º - Para efeito desta Lei consideram-se obra de arte as passagens de nível, as


pontes, as passarelas e os viadutos que, por força de projeto, sejam necessários à
implantação, continuidade e articulação do sistema viário com as vias adjacentes
oficiais existentes.

§ 2º - O valor previsto no caput deste artigo fica sujeito a majoração a partir da


elaboração de orçamento definitivo, em conformidade com os projetos executivos
referentes às intervenções previstas para essa Operação Urbana.

CAPÍTULO III
DA CONTRAPARTIDA DOS PROPRIETÁRIOS E INVESTIDORES

Art. 65 - A utilização dos índices e características de parcelamento, uso e ocupação


do solo e dos benefícios previstos para a Operação Urbana do Isidoro fica
condicionada a contrapartida a ser exigida dos investidores e proprietários de
terrenos na região, de acordo com o disposto neste Capítulo.

Art. 66 - Em contrapartida à utilização do beneficio previsto no art. 46 deste Título, os


proprietários de áreas classificadas como de Grau de Proteção 1 deverão promover:
I - doação ao Município de áreas destinadas à implantação de parques públicos, de
acordo com o Anexo XXXI desta Lei;
II - instituição de Reserva Particular Ecológica, em caráter perpétuo e aberta ao
público, nos termos da Lei nº 6.314/93, de acordo com o Anexo XXXI desta Lei.

Parágrafo único - As áreas transferidas ao Município em conformidade com o inciso I


do caput deste artigo, com vistas à utilização do benefício previsto no art. 46 deste
Título, não serão inseridas no cômputo das áreas públicas exigíveis por força do
parcelamento, conforme legislação específica.

Art. 67 - Como contrapartida ao adensamento populacional proporcionado pela


utilização dos parâmetros previstos para esta Operação Urbana, ficam os
264

proprietários sujeitos ao pagamento de contrapartida a ser depositada no Fundo da


Operação Urbana do Isidoro, de acordo com a seguinte fórmula: CT = (AL x V), em
que:
I - CT é a contrapartida financeira a ser depositada no fundo da Operação Urbana;
II - AL é a área líquida edificada;
III - V é o valor de investimento por metro quadrado de área líquida total edificável,
fixado em R$ 180,00 (cento e oitenta reais), para edificações destinadas ao uso
residencial, e em R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), para edificações destinadas
ao uso não residencial, calculado com base na divisão do custo total das
intervenções previstas para a Operação Urbana pelo potencial construtivo máximo
estimado para a área.

§ 1º - Poderão ser descontados do valor da contrapartida obtido a partir da aplicação


da fórmula prevista no caput deste artigo:
I - o valor dos equipamentos urbanos e comunitários para as áreas de saúde,
educação e lazer, implantados progressivamente pelo empreendedor, em
conformidade com o disposto no art. 62 destas Disposições Transitórias;
II - o valor correspondente à transferência dos terrenos dos parques públicos ao
Município, excluídos aqueles transferidos por força de parcelamento;
III - o custo de implantação, pelo empreendedor, dos parques públicos nas áreas
definidas no Anexo XXXI desta Lei, incluindo-se cercamento da área, implantação
de equipamentos de apoio e revegetação;
IV - o valor de implantação, pelo empreendedor, de trecho das vias 540 e Norte-Sul,
incluindo-se transferência, para o Município, de terrenos inseridos no perímetro da
operação urbana.

§ 2º - Os valores previstos na fórmula de que trata o caput deste artigo serão


calculados tomando-se como base a planilha de custos diretos e indiretos incluída
no Anexo XXXII desta Lei, os quais poderão ser majorados a partir da elaboração de
orçamento definitivo, em conformidade com os projetos executivos referentes às
intervenções previstas para essa Operação Urbana.

§ 3º - Os projetos executivos das vias e dos parques, bem como os projetos


executivos dos equipamentos urbanos e comunitários a serem implantados, serão
elaborados pelo Executivo, atendendo às diretrizes do Programa de Estruturação
Viária de Belo Horizonte - VIURBS - e às demais políticas municipais setoriais.

§ 4º - Os custos referentes à desapropriação de áreas localizadas fora do perímetro


da Operação Urbana, com vistas à implantação das vias 540 e Norte-Sul, correrão
por conta do Município.

§ 5º - Os equipamentos urbanos e comunitários poderão ser implantados nas áreas


institucionais previstas no parcelamento.

Art. 68 - A contrapartida prevista no art. 67 destas Disposições Transitórias será


garantida por depósito em favor do Município no Fundo da Operação Urbana do
Isidoro, no momento da aprovação do parcelamento, em dinheiro, por meio de fiança
bancária ou hipoteca de terrenos inseridos no perímetro da Operação Urbana.

Parágrafo único - O pagamento a que se refere o caput deste artigo será objeto de
regulamentação específica, por Decreto, que deverá prever as normas relacionadas
265

a prazos e pagamentos parcelados, respeitados os requisitos mínimos estabelecidos


nesta Lei.

Art. 69 - O pagamento do valor da contrapartida financeira prevista no art. 67 destas


Disposições Transitórias será feito de acordo com cronograma a ser definido pela
Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro.

§ 1º - O valor e a forma de pagamento previstos no caput deste artigo poderão ser


considerados para cada etapa do empreendimento, em conformidade com o número
de unidades implantadas.

§ 2º - Unidades acrescidas ao empreendimento posteriormente ao processo de


parcelamento deverão ser aprovadas pela Comissão de Acompanhamento da
Operação Urbana do Isidoro, instituída por esta Lei, desde que respeitados os
parâmetros previstos nesta Lei e exigida a contrapartida de que trata o art. 67 destas
Disposições Transitórias.

§ 3º - No caso de pagamento da contrapartida por meio da execução das obras de


que tratam os arts. 61, 62 e 63 destas Disposições Transitórias, serão exigidas:
I - como condicionante da emissão de Alvará de Construção para os projetos de
edificação a serem aprovados com base nos parâmetros excepcionais definidos para
essa Operação Urbana:
a) a emissão, pelo Executivo, de Termo de Recebimento do sistema viário definido
no parcelamento;
b) a apresentação, pelo empreendedor, e a aprovação, pelo Executivo, de
cronograma de execução das demais obras previstas para a região;
II - como condicionante da emissão da Certidão de Baixa de Construção para as
edificações que utilizarem os benefícios da Operação Urbana a emissão, pelo
Executivo, de Termo de Recebimento das demais obras.

CAPÍTULO IV
DA COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO

Art. 70 - Fica criada a Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do


Isidoro, com atribuição deliberativa e fiscalizadora para a aplicação dos recursos
oriundos da Operação Urbana.

§ 1º - A Comissão de que trata este Capítulo será constituída por 10 (dez) membros,
a saber:
I - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Finanças;
II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Políticas Urbanas;
III - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Governo;
IV - 1 (um) representante da Superintendência de Desenvolvimento da Capital -
SUDECAP -;
V - 1 (um) representante da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
VI - 1 (um) representante da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte
S/A - BHTRANS -;
VII - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
VIII - 1 (um) representante dos moradores dos imóveis situados na área da
Operação Urbana do Isidoro;
IX - 1 (um) representante dos proprietários dos terrenos inseridos na Operação
Urbana do Isidoro;
266

X - 1 (um) representante dos empreendedores envolvidos na Operação Urbana do


Isidoro.

§ 2º - A presidência da Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do


Isidoro será exercida por membro da Secretaria Municipal de Finanças.

§ 3º - À Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro compete,


sem prejuízo das demais atribuições inerentes ao acompanhamento e à fiscalização
das ações envolvidas nessa Operação Urbana:
I - decidir quais serão os investimentos prioritários a serem feitos com os recursos da
contrapartida, inclusive quando forem implantados pelo empreendedor;
II - deliberar sobre a forma de prestação da contrapartida dos investidores e
proprietários de terrenos, seja mediante execução das obras de infraestrutura
previstas para esta Operação Urbana, seja por meio de depósito no Fundo da
Operação Urbana do Isidoro.

§ 4º - A Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro, no


exercício da competência prevista no inciso I do § 3º deste artigo, deverá priorizar a
articulação do sistema viário com as vias adjacentes oficiais existentes, bem como a
implantação dos equipamentos urbanos e comunitários correspondentes ao número
de unidades habitacionais implantadas, em conformidade com o disposto no art. 62
destas Disposições Transitórias.

§ 5º - A Comissão de Acompanhamento da Operação Urbana do Isidoro, no


exercício da competência prevista no inciso II do § 3º deste artigo, deverá optar,
preferencialmente, pela prestação da contrapartida por meio da execução direta,
pelo empreendedor, das obras de infraestrutura previstas para essa Operação.

CAPÍTULO V
DO FUNDO DA OPERAÇÃO URBANA DO ISIDORO

Art. 71 - Fica instituído o Fundo da Operação Urbana do Isidoro, de natureza


contábil, com autonomia administrativa e financeira, com o objetivo de custear a
implantação da infraestrutura prevista nessa Operação Urbana.

Art. 72 - Constituem receitas do Fundo da Operação Urbana do Isidoro:


I - recursos oriundos de aplicações do Executivo, disponibilizados por meio da Lei
Orçamentária Anual;
II - recursos oriundos da contrapartida dos empreendedores particulares
participantes da Operação Urbana.

Art. 73 - Os recursos do Fundo da Operação Urbana do Isidoro, no limite de sua


apuração, serão aplicados em:
I - elaboração dos projetos básicos e executivos complementares ao previsto na
contrapartida;
II - desapropriação de terrenos necessários à implantação da infraestrutura da
Operação Urbana;
III - execução das obras previstas na Operação Urbana.

Parágrafo único - Após a execução de todas as obras previstas para a Operação


Urbana do Isidoro, o excedente de recursos do Fundo da Operação Urbana do
267

Isidoro, caso existente, será destinado ao ressarcimento do Município em virtude de


custos incorridos nas desapropriações a seu cargo para implantação da Via 540.

Art. 74 - O Fundo da Operação Urbana do Isidoro será gerido pela Secretaria


Municipal de Políticas Urbanas, em consonância com as deliberações da Comissão
de Acompanhamento de que trata o art. 70 destas Disposições Transitórias.

Parágrafo único - O controle interno da gestão orçamentária, financeira, contábil e


patrimonial é de responsabilidade da Superintendência de Desenvolvimento da
Capital - SUDECAP -, que deverá publicar, para fins de prestação de contas,
balancetes, balanços e demais demonstrativos contábeis do recebimento e
aplicação dos recursos processados pelo Fundo da Operação Urbana do Isidoro,
nos termos da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

CAPÍTULO VI
DAS PENALIDADES

Art. 75 - A utilização dos parâmetros urbanísticos ou de parcelamento previstos para


esta Operação Urbana sem o cumprimento das obrigações a ela vinculadas sujeita o
empreendedor:
I - ao embargo imediato das obras;
II - à interdição imediata das edificações concluídas;
III - ao pagamento de multa equivalente ao dobro do valor a ser pago em cada etapa
do empreendimento conforme cronograma a ser definido, nos termos do § 1º do art.
69 destas Disposições Transitórias.

CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 76 - O custo total das intervenções envolvidas na Operação Urbana do Isidoro,


os custos de implantação dos projetos, previstos no Anexo XXXII desta Lei, e o valor
de investimento por unidade habitacional serão reajustados, anualmente, com base
no Índice Nacional da Construção Civil - INCC - da Fundação Getúlio Vargas.

Art. 77 - O prazo de vigência da Operação Urbana do Isidoro é de 12 (doze) anos,


contado da publicação desta Lei.

Art. 78 - Fica o Executivo autorizado a abrir créditos especiais no montante de R$


1.000.000,00 (um milhão de reais), para atender à instituição do Fundo da Operação
Urbana do Isidoro, podendo ser reabertos nos limites dos seus saldos para o
exercício seguinte, nos termos dos arts. 40 a 43, 45 e 46 da Lei Federal nº 4.320/64.

Parágrafo único - O valor de que trata o caput deste artigo refere-se à elaboração
dos projetos executivos de trecho das vias e dos parques municipais previstos na
operação urbana.

Art. 79 - Com o objetivo de viabilizar a disponibilidade de unidades de alojamento


decorrente das demandas de cidade sede da Copa do Mundo FIFA de 2014, fica
autorizada a transferência de UTDCs geradas pelas áreas submetidas ao Grau de
Proteção 1 para fora da área da Operação Urbana do Isidoro condicionada ao
cumprimento do disposto no art. 80 destas Disposições Transitórias, desde que
atendidas as seguintes condições:
268

I - a área geradora com Grau de Proteção 1 deverá estar inserida em parcelamento


que compreenda as áreas submetidas a Grau de Proteção 2 ou 3;
II - o potencial construtivo a ser transferido para áreas situadas fora do perímetro da
Operação Urbana fica limitado a 30% (trinta por cento) do potencial de geração de
UTDCs das áreas de Grau de Proteção 1.

§ 1º - A autorização para transferências das UTDCs de que trata o caput deste artigo
dar-se-á em conformidade com os seguintes percentuais e condições:
I - 50% (cinquenta por cento) das UTDCs por ocasião da aprovação do projeto e da
concessão do Alvará de Construção referentes às unidades habitacionais previstas
no inciso I do art. 80 destas Disposições Transitórias.
II - 50% (cinquenta por cento) das UTDCs após a concessão da Certidão de Baixa
de Construção referente às unidades habitacionais previstas no inciso I deste
parágrafo.

§ 2º - São passíveis de recepção da Transferência do Direito de Construir de que


trata este artigo os imóveis definidos na Lei nº 7.165/96.

Art. 80 - Nas áreas classificadas como de Graus de Proteção 2 ou 3, deverão ser


edificados:
I - até setembro de 2013, o mínimo de 3.000 (três mil) unidades habitacionais,
mobiliadas e equipadas, que deverão ser cedidas temporariamente ao Município,
com vistas à sua utilização como alojamento destinado a atender ao fluxo de
visitantes decorrente da realização da Copa do Mundo FIFA de 2014, por um
período de até 150 (cento e cinquenta) dias;
II - sede para funcionamento de órgão da Administração Pública Municipal;
III - 2 (dois) auditórios com capacidade compatível para abrigar apresentações
culturais e artísticas, associados ou não às escolas a serem implantadas.

Parágrafo único - O mobiliário e os equipamentos das unidades habitacionais


previstas no inciso I do caput deste artigo deverão atender a padrões qualitativos
compatíveis com os de hotéis classificados na categoria três estrelas.

Belo Horizonte, 20 de julho de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte

(Originária do Projeto de Lei nº 820/09, de autoria do Executivo)

(Os anexos integrantes desta Lei encontram-se à disposição dos interessados na


Edição Especial nº 78, do Diário Oficial do Município, desta data)
269

DECRETOS MUNICIPAIS
270

DECRETO Nº 2.939, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976


Transforma em Reserva Biológica o
Parque Municipal da Vila Betânia e o
Horto Municipal, com Parque Municipal e
contém outras disposições

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e considerando a


necessidade da preservação dos espécimes vegetais ainda existentes no Município
e, em comemoração à Semana da Árvore, decreta:

Art. 1º - Fica transformada em Reserva Biológica, o Parque Municipal da Vila


Betânia, criado pelo Decreto nº 2.065, de 21 de setembro de 1971.

Art. 2º - Fica criada a Reserva Biológica do Horto e, em anexo, um Parque Municipal


com acesso ao público, aos sábados, domingos e feriados.

Art. 3º - A “Casa de Descanso do Prefeito”, no Barreiro, fica transformada em Parque


Municipal do Barreiro, e a casa-sede, destinada à sede do Departamento de
Parques e Jardins, que ali manterá um horto.

Art. 4º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entrará em vigor na


data de sua publicação.

Mando, portanto, a quem o conhecimento e a execução do presente Decreto


pertencer, que o cumpra e o faça cumprir, tão inteiramente como nele se contém.

Belo Horizonte, 27 de setembro de 1976

Luiz Verano
Prefeito

Lúcio Fonseca de Castro


Secretário Municipal de Serviços Urbanos
271

DECRETO Nº 2.940, DE 27 DE SETEMBRO DE 1976


Declara imune a corte ou derrubada as árvores
identificadas no Anexo

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais e considerando:


I – que compete ao Poder Público preservar e conceder proteção a espécimes
vegetais que, pela sua beleza, raridade ou localização, se fizeram carecedoras da
medida;
II – que após levantamentos efetuados em todas as regiões da Capital, verificou-se
a existência de inúmeros exemplares que devem ser protegidos;
III – considerando, finalmente, a oportunidade das comemorações da Semana da
Árvore, decreta:

Art. 1º - São declarados imunes de corte ou derrubadas os exemplares botânicos


relacionados no Anexo que fica fazendo parte integrante deste Decreto.

Art. 2º - A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos providenciará a numeração das


árvores, bem como a colocação de placas indicativas de sua imunidade.

Art. 3º - Quando ocorrer a morte do espécime ou houver necessidade inarredável do


corte, o Departamento de Parques e Jardins providenciará o plantio de duas mudas
no mesmo local, ou nas proximidades.

Art. 4º - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entrará em vigor na


data de sua publicação.

Mando, portanto, a quem o conhecimento e a execução do presente Decreto


pertencer, que o cumpra e o faça cumprir, tão inteiramente como nele se contém.

Belo Horizonte, 27 de setembro de 1976

Luiz Verano
Prefeito

Lúcio Fonseca de Castro


Secretário Municipal de Serviços Urbano
272

RELAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ÁRVORES QUE SERÃO INCLUÍDAS EM DECRETO COMO: “IMUNES DE CORTE OU
DERRUBADA”
Nome Nome Unid Observações
Família Localização
Vulgar Científico . Gerais
Chorisia Bombacacoa Rua Bernardo Guimarães esq/ Rua Árvore majestosa, de grande porte,
Paineira I
apeciosa e Mato Grosso adulta (60 anos aprox.)
Jambo do Rua Espírito Santo, em frente ao nº Único exemplar desta espécie existente
I
Pará 881, no passeio nas ruas de BH.
Leguminosea
Flamboyant Dalonix regia Praça da Igreja da Boa Viagem VIII Árvores adultas
e
Grevílea
Grevilea Proteaceae Praça da Igreja da Boa Viagem IX Árvores adultas
robusta
Ficus Fícus retusa Moraceae Praça da Igreja da Boa Viagem VII
Erytrina Leguminosea
Mulungu Praça da Igreja da Boa Viagem XIX
mulungu e
Espatodea
Espatodea campanulata Bignoniaceae Praça da Igreja da Boa Viagem V
Beauv.
Pinheiro do Araucária Araucareacea
Praça da Igreja da Boa Viagem I
Paraná angustifólia e
Chorisia Bombacacoa
Paineira Praça da Igreja da Boa Viagem VII
apeciosa e
Tabebuia Leguminosea
Ipê Amarelo Praça da Igreja da Boa Viagem II
serratifolia e
Cassia Leguminosea
Cassia albrisia Praça da Igreja da Boa Viagem II
albrisia e
Magnólia Michelia
Magnoliaceae Praça da Igreja da Boa Viagem I
Amarela champaca
Eucalipto Eucalyptus spp Myrtaceae Praça da Igreja da Boa Viagem III
Tipuana Tipuana tipu Leguminosea Praça da Igreja da Boa Viagem I
273

e
Casuarina Casuarinacea
Casuarina Praça da Igreja da Boa Viagem I
Equisetifolia e
Av. Carandaí, trecho compreendido
entre Praça João Pessoa e Rua
São as últimas mangueiras restantes
Mangifera Anacardiacea Ceará
Mangueiras XIX das centenas que foram plantadas nas
indica e Av. Alfredo Balena, no trecho
ruas da cidade.
compreendido entre Carandaí e
Av. Bernardo Monteiro
Quaresmeir Melastomasta
Tibouchina spp Praça da Igreja da Boa Viagem I
a ceae
Praça Afonso Arinos com Rua
Ficus Fícus retusa Moraceae II
Goiás
Todas as palmeiras existentes na
Palmeira Poystonea Leguminosea Av. Brasil, no trecho compreendido
XXIX
Imperial oleraceae e entre a Rua Sergipe e a Rua
Pernambuco
Caesalpina Leguminosea
Pau Brasil Praça Afonso Arinos II
echinata, LAM e
Chorisia Bombacacoa
Paineiras Praça da Assembléia V Paineiras que foram transplantadas
apeciosa e
Tabeluia Bignomiacea Av. Afonso Pena, entre Brasil e Único Ipê Branco existente na Av.
Ipê Branco I
odontodiscus e Contorno Afonso Pena
As praças públicas de uma cidade
Todas as árvores localizadas em
Div. representam o mais importante centro
praças públicas
de lazer comunitário
Naturais ou artificiais, os Parques
Todas as árvores localizadas em representam, além de área de lazer,
Div.
Parques Municipais importantes centros de preservação da
natureza.
274
275

DECRETO Nº 5.362, DE 4 DE JUNHO DE 1986


Retificado em 6/6/1986
Republicado em 11/6/1986

Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal do Meio Ambiente do


Município de Belo Horizonte

O Prefeito Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, e nos termos
do artigo 14 § 2º da Lei nº 4.253, de 04.12.1985, decreta:

Art. 1º - Fica aprovado o Regimento Interno do Conselho Municipal do Meio Ambiente do


Município de Belo Horizonte, que com este baixa.

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 4 de junho de 1986

Sérgio Ferrara
Prefeito de Belo Horizonte

Lomelino de Andrade Couto


Secretário Municipal do Governo

Francisco A. C. de Souza Barros


Secretário Municipal do Meio Ambiente

José Francisco Alves


Secretário Municipal de Administração

Evandro Antônio Brazil


Secretário Municipal da Fazenda

Wilson Tibúrcio Nogueira


Secretário Municipal de Planejamento

REGIMENTO DO CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE DO


MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE

CAPÍTULO I
DO OBJETIVO

Art. 1º - Este Regimento estabelece as normas de organização e funcionamento


do Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte - COMAM.
276

Parágrafo único - A expressão Conselho Municipal do Meio Ambiente do


Município de Belo Horizonte e a sigla COMAM se equivalem para efeitos de referência e
comunicação.

CAPITULO II
DA FINALIDADE E DA COMPETÊNCIA

Art. 2º - O COMAM foi criado como órgão colegiado, composto de 15 (quinze)


membros, com ação normativa e de assessoramento, pela Lei nº 4253, de 04 de
dezembro de 1985.

Art. 3º - Compete ao COMAM:


I - formular as diretrizes da Política Municipal de Meio Ambiente;
II - promover medidas destinadas à melhoria da qualidade de vida no Município;
III - estabelecer as normas e os padrões de proteção, conservação e melhoria do
meio ambiente para o Município de Belo Horizonte, observadas as legislações federal e
estadual;
IV - opinar, previamente, sobre os planos e programas anuais e plurianuais de
trabalho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
V - decidir, em segunda instância administrativa, sobre a concessão de licenças e
aplicação de penalidades previstas na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, e sua
regulamentação;
VI - deliberar sobre a procedência de impugnação, sob a dimensão ambiental,
relativa às iniciativas de projetos do Poder Público ou de entidades por este mantidas,
destinadas à implantação física no Município;
VII - apresentar ao Prefeito Municipal o projeto de regulamentação da Lei nº 4253,
de 04 de dezembro de 1985;
VIII - avocar a si exame e decisão sobre qualquer assunto que julgar de
importância para a Política Municipal de Meio Ambiente, respeitado o disposto no artigo
2º deste Regimento;
XI - atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger,
conservar e melhorar o meio ambiente;
X - responder a consulta sobre matéria de sua competência.

Art. 4º - O suporte técnico e administrativo indispensável ao funcionamento do


COMAM, será prestado diretamente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

CAPÍTULO III
DA COMPOSIÇÃO DO COMAM

Art. 5º- O COMAM se compõe dos seguintes membros efetivos:


I - de um Presidente, que é o Secretário Municipal de Meio Ambiente;
II – de 1 (um) representante de cada um dos seguintes órgãos e entidades:
a) Câmara Municipal de Belo Horizonte;
b) Secretaria Municipal de Obras Civis;
277

b) Secretaria Municipal de Atividades Urbanas;


Alínea “b” com redação dada pelo Decreto nº 6.287, de 12/7/1989 (Art. 1º)
c) Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano;
c) Secretaria Municipal de Cultura;"
Alínea “c” com redação dada pelo Decreto nº 6.287, de 12/7/1989 (Art. 1º)
d) Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP;
e) Secretaria Municipal de Saúde;
f) Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG;
g) Associação Comercial de Minas - ACM;
h) Federação das Associações de Moradores de Bairros e Favelas de Belo
Horizonte
i) Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico, Artístico
Cultural, Estético e Paisagístico da Procuradoria Geral de Justiça do Estado d Minas
Gerais.
III - de 1 (um) representante escolhido entre cada um dos seguintes conjuntos de
órgãos e entidades:
a) entidades civis criadas com finalidade específica de defesa da qualidade do
meio ambiente, com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte;
b) entidades civis representativas de categorias profissionais liberais com atuação
no âmbito do Município de Belo Horizonte;
c) universidades e unidades de ensino superior, públicas ou não, que operem no
Município de Belo Horizonte;
d) sindicatos de trabalhadores de categorias profissionais não liberais, com base
territorial no Município de Belo Horizonte.
IV - de cientista, tecnólogo, pesquisador ou pessoa de notório saber, dedicado à
atividade de preservação do meio ambiente e à melhoria da qualidade de vida, de livre
escolha do Prefeito Municipal de Belo Horizonte.
Art. 5º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º)

Art. 6º - Cada membro do COMAM terá um suplente que o substituirá em caso de


impedimento.

Art. 7º - O Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente será o substituto do


Presidente, nos seus impedimentos.

Parágrafo único - Em caso de impedimento simultâneo do Presidente e de seu


substituto, assumirá provisoriamente a presidência o membro mais idoso do COMAM
presente à reunião, que procederá imediatamente à eleição do presidente da sessão.

Art. 8º - Os membros efetivos de que trata o artigo 5º, inciso II, e seus respectivos
suplentes, serão indicados pela direção de cada um dos órgãos e entidades
mencionados.

Parágrafo único - O órgão ou entidade poderá substituir o membro efetivo ou seu


suplente, mediante comunicação por escrito dirigida ao Presidente do COMAM.
278

Art. 8º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º)


Art. 9º - Os membros efetivos de que trata o artigo 5º, inciso III, e seus respectivos
suplentes, serão escolhidos em reunião conjunta dos órgãos e entidades interessados
com o Presidente do COMAM.

§ 1º - As reuniões serão convocadas pelo Presidente do COMAM mediante edital


publicado no "Minas Gerais".
§ 2º - O Presidente do COMAM não tem direito a voto nas reuniões para a escolha
dos representantes.

§ 3º - O Presidente do COMAM julgará os pedidos de impugnação de órgãos ou


entidades que não se enquadrarem no previsto no artigo 5º, inciso III.

§ 4º - Os representantes escolhidos terão mandato com duração de 1 (um) ano,


permitida a recondução.
Art. 9º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º)

Art. 10 - O membro efetivo de que trata o artigo 5º, inciso IV, e seu suplente, terão
mandato com duração de 1 um ano, permitida a recondução.
Art. 10º revogado pelo Decreto nº 11.944, de 14/2/2005 (Art. 3º)

Art. 11 - O COMAM deliberará, por iniciativa própria ou por requerimento do


interessado, a inclusão de órgãos ou entidades como membros convidados do Conselho.

Parágrafo único - Os membros convidados não têm direito a voto nem à


remuneração "pro-labore".

CAPITULO IV
DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 12 - Ao Presidente do COMAM compete:


I - dirigir os trabalhos e presidir às sessões;
II - convocar as reuniões do Conselho;
III - dirimir dúvidas relativas à interpretação deste Regimento;
VI - encaminhar a votação de matéria submetida à decisão do Conselho;
V - assinar as atas aprovadas nas reuniões;
VI - assinar as deliberações do Conselho;
VII - despachar os expedientes do Conselho;
VIII - dirigir as sessões ou suspendê-las, conceder, negar e cassar a palavra, ou
delimitar a duração das intervenções;
IX - designar relatores para estudos preliminares dos assuntos a serem discutidos
nas reuniões;
X - fazer cumprir este Regimento;
XI - delegar atribuições de sua competência.
279

XII - exercer o juízo de admissibilidade para recursos dirigidos ao COMAM, nos


casos de tempestividade e de prévio recolhimento de multas aplicadas.
Inciso XII acrescentado pelo Decreto nº 7.426, de 6/11/1992 (Art. 1º)

Art.13 - Compete aos membros do COMAM:


I - comparecer às reuniões;
II - debater a matéria em discussão;
III - requerer informações, providências e esclarecimentos ao Presidente;
IV - apresentar relatórios e pareceres dentro dos prazos fixados;
V - votar;
VI - propor temas e assuntos à discussão e votação do Conselho.

CAPITULO V
DAS REUNIÕES DO COMAM

Art. 14 - O COMAM se reunirá ordinária e extraordinariamente.

§ 1º - As reuniões ordinárias ocorrerão mensalmente, em data, local e hora fixados


com antecedência de, pelo menos, 7 (sete) dias, pelo Presidente.

§ 2º - As reuniões extraordinárias ocorrerão por iniciativa do Presidente ou por


solicitação por escrito assinada por um mínimo de 5 (cinco) de seus membros efetivos,
encaminhada ao Presidente com antecedência mínima de 10 (dez) dias.

§ 3º - O Presidente convocará as reuniões extraordinárias com antecedência de,


no mínimo, 5 (cinco) dias.

§ 3º - O Presidente convocará as reuniões extraordinárias com antecedência de,


no mínimo, 24 (vinte e quatro) horas
§ 3º com redação dada pelo Decreto nº 12.334, de 28/3/2006 (Art. 1º)

Art. 15 - Somente haverá reunião do COMAM com a presença de, no mínimo, 8


(oito) membros com direito a voto.

Art. 16 - As reuniões do COMAM serão públicas, respeitadas a capacidade do


local onde for realizada a reunião e a ordem de inscrição do público interessado.

§ 1º - A inscrição do público interessado será aberta na Secretaria Municipal de


Meio Ambiente, em livro próprio, 24 (vinte e quatro) horas antes do início da reunião.

§ 2º - Por decisão do Presidente, será facultado a todos os presentes o direito à


palavra, ressalvando-se o disposto no item VIII do artigo 12 do presente Regimento.
280

Art. 17- Por decisão do COMAM, nos termos deste Regimento, poderá ser vedada
a participação do público e membros convidados na reunião seguinte, ordinária ou
extraordinária.

Art. 18 - Havendo o número regimental o Presidente abrirá a sessão, procedendo-


se à leitura da ata da sessão anterior, a qual, depois de discutida e aprovada, com
emendas ou sem elas, será subscrita pelo Presidente.

Art.19 - Os assuntos a serem apreciados nas reuniões deverão constar de pauta


previamente distribuída, acompanhada dos documentos necessários ao estudo da
matéria.

Parágrafo único - Por requerimento de qualquer de seus membros com direito a


voto, o COMAM poderá deliberar sobre a inclusão de novos assuntos na pauta da
reunião em curso, ou na pauta da reunião seguinte.

Art. 20 - Os assuntos serão discutidos segundo a respectiva ordem de inscrição


em pauta, podendo o Conselho, a requerimento de qualquer de seus membros, deliberar
sobre a precedência de um sobre o outro.

Art. 21 - Os assuntos serão discutidos em plenário e depois de suficientemente


esclarecidos, serão colocados em votação pelo Presidente.

§ 1º - Terão direito a voto os membros efetivos do Conselho, ou, no caso de


impedimento, os seus respectivos suplentes.

§ 2º - Será considerada aprovada a menção que obtiver a maioria simples dos


votos, com exceção da votação de pedido de vista mencionada no artigo 22 deste
Regimento.

§ 3º - Cabe ao Presidente do COMAM, além do voto pessoal, o de qualidade.

Art. 22 - Qualquer membro efetivo do Conselho que não se julgue suficientemente


esclarecido poderá, antes de encerrada a discussão, pedir vista da matéria em debate, a
qual permanecerá na pauta para a reunião seguinte, e dela só poderá ser retirada por
novo pedido de vista, se aprovado pelo voto de dois terços dos membros presentes à
reunião.

Art. 23 - As atas, depois de aprovadas e assinadas pelo Presidente, nos termos do


artigo 18, serão lavradas em livro próprio e assinadas pelos membros que participaram
da reunião que as originou.

CAPITULO VI
DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
281

Art. 24 - Os membros efetivos do COMAM, ou, no caso de impedimento, os seus


respectivos suplentes, receberão um "pro-labore” por comparecimento e presença até o
fim de cada reunião ordinária ou extraordinária, equivalente a 1,5 (uma e meia) Unidade
Padrão Fiscal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte – UFPBH.

Art. 25 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Presidente, "ad referendum" do


Conselho.

Belo Horizonte, 4 de junho de 1986

Sérgio Ferrara
Prefeito
282

DECRETO Nº 5.893, DE 16 DE MARÇO DE 1988


Regulamenta a Lei nº 4.253, de 04 de dezembro de 1985, que dispõe sobre a
política de proteção, controle e conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade
de vida no Município de Belo Horizonte.

O Prefeito Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, decreta:

CAPÍTULO I
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Art. 1º - A Política Municipal de Meio Ambiente, respeitadas as competências da


União e do Estado, tem por objeto a conservação e a recuperação do meio ambiente, e a
melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Belo Horizonte.

Art. 2º - Para os fins previstos neste Regulamento, entende-se por:


I - meio ambiente - o conjunto de condições, leis, influências e interações de
ordem física, química, biológica, social, cultural e política, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental - a alteração adversa das características
do meio ambiente;
III - poluição - a degradação da qualidade ambiental resultante de atividade que,
direta ou indiretamente:
a) prejudique a saúde, o sossego, a segurança ou o bem-estar da população;
b) crie condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afete desfavoravelmente a fauna, a flora ou qualquer recurso ambiental;
d) afete as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lance matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos;
f) ocasione danos relevantes aos acervos histórico, cultural e paisagístico;
IV - agente poluidor - pessoa física ou jurídica de direito público ou privado,
responsável direta ou indiretamente por atividade causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais - a atmosfera, as águas superficiais e subterrâneas, o
solo, o subsolo e os elementos da biosfera;
VI - poluente - toda e qualquer forma de matéria ou energia que provoque poluição
nos termos deste artigo, em quantidade, em concentração ou com característica em
desacordo com as que estão estabelecidas na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985,
neste Regulamento e nas normas dele decorrentes, respeitadas as legislações federal e
estadual;
VII - fonte poluidora - considera-se fonte poluidora efetiva ou potencial, toda
atividade, processo, operação, maquinaria, equipamento ou dispositivo fixo ou móvel,
que cause ou possa causar emissão ou lançamento de poluentes, ou qualquer outra
espécie de degradação ambiental.
283

Art. 3º - Fica proibida a emissão ou o lançamento de poluentes, direta ou


indiretamente, nos recursos ambientais, bem como sua degradação, nos termos do
artigo anterior.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 4º - À Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA, como órgão central de


implementação da Política Municipal de Meio Ambiente, cabe fazer cumprir a Lei nº
4253, de 04 de dezembro de 1985, e este Regulamento, competindo-lhe:
I - formular as normas técnicas e os padrões de proteção, conservação e melhoria
do meio ambiente, observadas as legislações federal e estadual, submetendo-os à
apreciação do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM;
II - estabelecer as áreas em que ação do Executivo Municipal, relativa à qualidade
ambiental, deva ser prioritária;
III - exercer a ação fiscalizadora de observância das normas contidas na
legislação de proteção, conservação e melhoria do meio ambiente;
IV - exercer o poder de polícia nos casos de infração da lei de proteção,
conservação e melhoria do meio ambiente e de inobservância de norma ou padrão
estabelecido;
V - responder a consultas sobre matéria de sua competência;
VI - emitir parecer a respeito dos pedidos de localização e funcionamento de
fontes poluidoras;
VII - decidir sobre os pedidos para execução de atividades que dependam de
prévia autorização, nos termos do artigo 90 deste Decreto;
VIII - atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger,
melhorar e conservar o meio ambiente;
IX - decidir sobre a concessão de licenças e a aplicação de penalidades, nos
termos deste Regulamento.

§ 1º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente é órgão central de planejamento,


administração e fiscalização das posturas ambientais na estrutura básica da Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte, cabendo-lhe fornecer diretrizes técnicas aos demais órgãos
municipais, em assuntos que se refiram a meio ambiente e qualidade de vida.

§ 2º - Para a realização de suas atividades, a Secretaria Municipal de Meio


Ambiente poderá utilizar-se, além dos recursos técnicos e humanos de que dispõe, do
concurso de outros órgãos ou entidades públicas ou privadas, mediante convênios,
contratos e credenciamento de agentes.

Art. 5º - Ao Conselho Municipal do Meio Ambiente do Município de Belo Horizonte


- COMAM, criado pela Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, com ação normativa e
de assessoramento, compete:
I - formular as diretrizes da Política Municipal de Meio Ambiente;
II - promover medidas destinadas à melhoria da qualidade de vida do Município;
284

III - estabelecer, mediante deliberações normativas, padrões e normas técnicas,


não previstas neste Regulamento, ou modificar os existentes, quando necessário, com
base em estudos técnico-científicos, respeitadas as legislações federal e estadual;
IV - opinar, previamente, sobre os planos e programas anuais e plurianuais de
trabalho da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
V - decidir, em segunda instância administrativa, sobre a concessão de licenças e
a aplicação de penalidades, nos termos deste Regulamento;
VI - deliberar sobre a procedência de impugnação, sob a dimensão ambiental,
relativa às iniciativas de projetos do Poder Público ou de entidades por este mantidas,
destinadas à implantação física no Município;
VII - apresentar ao Prefeito Municipal o projeto de regulamentação da Lei 4253, de
04 de dezembro de 1985;
VIII – avocar a si mesmo a decisão sobre qualquer assunto que julgar de
importância para a Política Municipal de Meio Ambiente;
IX - atuar no sentido de formar consciência pública da necessidade de proteger,
conservar e melhorar o meio ambiente;
X - responder a consulta sobre a matéria de sua competência.

Parágrafo único - As deliberações normativas do COMAM constituem


complemento deste Regulamento e terão seu processo deliberativo fixado em norma
específica.

Art. 6º - Ao Prefeito Municipal compete decidir, em última instância administrativa,


sobre a aplicação de penalidades, nos termos deste Regulamento.

CAPÍTULO III
DA POLUIÇÃO SONORA

Seção I
Das Definições

Art. 7º - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições:


I - som - fenômeno físico causado pela propagação de ondas mecânicas em um
meio elástico, compreendidas na faixa de freqüência de 16 Hz (dezesseis Hertz) a 20 khz
(vinte quilohertz) e capaz de excitar o aparelho auditivo humano;
II - ruído - mistura de sons cujas freqüências não seguem nenhuma lei precisa, e
que diferem entre si por valores imperceptíveis ao ouvido humano:
a) ruído contínuo - aquele com flutuações de nível de pressão acústica tão
pequenas que podem ser desprezadas dentro do período de observação;
b) ruído intermitente - aquele cujo nível de pressão acústica cai bruscamente ao
nível do ambiente, várias vezes, durante o período de observação, desde que o tempo
em que o nível se mantém com o valor constante, diferente daquele do ambiente, seja da
ordem de grandeza de um segundo ou mais;
c) ruído impulsivo - aquele que consiste em uma ou mais explosões de energia
acústica, tendo cada uma duração menor do que cerca de um segundo;
285

d) ruído de fundo - todo e qualquer ruído que esteja sendo captado e que não seja
proveniente da fonte objeto das medições;
III - vibração - oscilação ou movimento mecânico alternado de um sistema
elástico, transmitido pelo solo ou por um meio qualquer;
IV - decibel (dB) - unidade de intensidade física relativa ao som;
V - nível de som - dB (A) - intensidade do som, medida na curva de ponderação A,
definida na Norma NBR-7731 da Associação Brasileira de Normas Técnicas;
VI - nível de som equivalente (Leq) - nível médio de energia sonora (medido em
dB (A)), avaliada durante um período de tempo de interesse;
VII - distúrbio sonoro e distúrbio por vibração - qualquer ruído ou vibração que :
a) ponha em perigo ou prejudique a saúde, o sossego e o bem-estar públicos;
b) cause danos de qualquer natureza às propriedades públicas ou privadas;
c) possa ser considerado incômodo;
d) ultrapasse os níveis fixados neste Regulamento;
VIII - limite real da propriedade - aquele representado por um plano imaginário que
separa a propriedade real de uma pessoa física ou jurídica da de outra;
IX - serviço de construção civil - qualquer operação de montagem, construção,
demolição, remoção, reparo ou alteração substancial de uma edificação ou de uma
estrutura;
X - centrais de serviço: canteiros de manuseio e/ou produção de peças e insumos
para atendimento de diversas obras de construção civil;
Inciso X retificado em 22/03/1988
XI - horários - para fins de aplicação deste Decreto, ficam definidos:
a) diurno - entre 07 e 19 horas;
b) vespertino - entre 19 e 22 horas;
c) noturno - entre 22 e 07 horas.

Seção II
Das Disposições Gerais

Art. 8º - Fica proibido perturbar o sossego e o bem-estar públicos através de


distúrbios sonoros ou distúrbios por vibrações.

Art. 9º - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização ou detonação de


explosivos ou similares, ao Município de Belo Horizonte.

Art. 10 - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização de serviço de alto-


falantes e outras fontes de emissão sonora, no horário diurno ou vespertino, como meio
de propaganda ou publicidade.

Parágrafo único - No horário noturno, não será permitido o uso de alto-falantes e


outras fontes de emissão sonora, em qualquer hipótese.
286

Art. 11 - Os serviços de construção civil da responsabilidade de entidades públicas


ou privadas, dependem de autorização prévia da Secretaria Municipal de Meio Ambiente,
quando executados no seguintes horários:
I - domingos e feriados, em qualquer horário;
II - dias úteis, em horário noturno e, em horário vespertino, no caso de atividades
de centrais de serviços.

Parágrafo único - Excetuam-se destas restrições as obras e os serviços urgentes


e inadiáveis decorrentes de casos fortuitos ou de força maior, acidentes graves ou perigo
iminente à segurança e ao bem-estar da comunidade, bem como o restabelecimento de
serviços públicos essenciais, tais como energia elétrica, gás, telefone, água, esgoto e
sistema viário.

Seção III
Dos Níveis Máximos Permissíveis de Ruídos

Art. 12 - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais,


comerciais, prestação de serviços, inclusive de propaganda, bem como sociais e
recreativas, obedecerá aos padrões e critérios estabelecidos neste Regulamento.

Art. 13 - Ficam estabelecidas os seguintes limites máximos permissíveis de


ruídos:
I - o nível de som proveniente da fonte poluidora, medido dentro dos limites reais
da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não poderá exceder de 10 (dez)
decibéis (dB(A)) o nível do ruído de fundo existente no local;
II - independente do ruído de fundo, o nível de som proveniente da fonte poluidora,
medido dentro dos limites reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, não
poderá exceder os níveis fixados na Tabela 1, que é parte integrante deste Decreto.

Parágrafo único - Quando a propriedade onde se dá o suposto incômodo tratar-se


de escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou
similar, deverão ser atendidos os limites estabelecidos para a ZR1, independentemente
da efetiva zona de uso.

Parágrafo único - Quando a propriedade onde se dá o suposto incômodo tratar-se


de escola, creche, biblioteca pública, cemitério, hospital, ambulatório, casa de saúde ou
similar, deverão ser atendidos os menores limites estabelecidos na Tabela I mencionada
no item II deste artigo, independentemente da efetiva zona de uso e classificação viária.
Parágrafo único com redação dada pelo Decreto nº 9.139, de 7/3/1997 (Art. 2º)

Art. 14 - Quando o nível do som proveniente de tráfego, medido dentro dos limites
reais da propriedade onde se dá o suposto incômodo, ultrapassar os níveis fixados na
Tabela 1, caberá a SMMA articular-se com os órgãos competentes, visando adoção de
medidas para eliminação ou minimização do distúrbio sonoro.
287

Art. 15 - A medição do nível de som será feita utilizando a curva de ponderação A


com circuito de resposta rápida, e o microfone deverá estar afastado, no mínimo, de
1,5m (um metro e cinquenta centímetros) dos limites reais da propriedade onde se dá o
suposto incômodo, e à altura de 1,2m (um metro e vinte centímetros) do solo.
Art. 15 retificado em 22/03/1988

Art. 16 - O nível de som medido será função da natureza da emissão, admitindo-


se os seguintes casos:
I - ruído contínuo: o nível de som será igual ao nível de som medido;
II - ruído intermitente: o nível de som será igual ao nível de som equivalente (Leq);
III - ruído impulsivo: o nível de som será igual ao nível de som equivalente mais
cinco decibéis (Leq+5 dB(A)).

Art. 17 - As vibrações serão consideradas prejudiciais quando ocasionarem ou


puderem ocasionar danos materiais à saúde e ao bem-estar públicos.

Art. 18 - Os equipamentos e o método utilizado para a medição e avaliação dos


níveis de som e ruído obedecerão às recomendações da norma NBR-7731 da ABNT, ou
às que lhe sucederem.

Art. 19 - A emissão de som ou ruído por veículos automotores, aeroplanos e


aeródromos, e os produzidos no interior dos ambientes de trabalho, obedecerão às
normas expedidas, respectivamente, pelo Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, e
pelos órgãos competentes do Ministério da Aeronáutica e Ministério do Trabalho.

CAPÍTULO IV
DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA

Seção I
Das Definições

Art. 20 - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as seguintes definições:


I - padrões de qualidade do ar: limites máximos permissíveis de concentração de
poluentes na atmosfera;
II - padrões para emissão de efluentes: condições a serem atendidas para o lançamento
de poluentes na atmosfera;
III - sistema de ventilação local exaustora: conjunto de equipamentos e dispositivos
utilizados para realizar a captação, condução, tratamento e lançamento de efluentes
atmosféricos;
IV - sistema de controle da poluição do ar: conjunto de equipamentos e dispositivos
destinados à retenção de poluentes, impedindo seu lançamento na atmosfera;
V - incineradores: equipamentos ou dispositivos utilizados com o objetivo de promover a
queima de resíduos;
288

VI - medidas de emergência: conjunto de providências adotadas pelo Executivo


Municipal para evitar a ocorrência de episódios críticos de poluição atmosférica, ou
impedir a sua continuidade;
VII - episódio crítico de poluição atmosférica: presença de altas concentrações de
poluentes na atmosfera em decorrência de condições meteorológicas desfavoráveis à
dispersão dos mesmos.

Seção II
Dos Padrões de Qualidade do Ar

Art. 21 - Ficam estabelecidos para todo o Município de Belo Horizonte os seguintes


padrões de qualidade do ar:
I - partículas em suspensão:
a) uma concentração média geométrica anual de 80 microgramas por metro cúbico;
b) uma concentração média diária de, no máximo, 240 microgramas por metro cúbico e
que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
c) método de referência: Método de Amostrador de Grandes Volumes, ou equivalente;
II - dióxido de enxofre:
a) uma concentração média aritmética anual de 80 microgramas por metro cúbico (0,03
ppm);
b) uma concentração média diária de, no máximo, 365 microgramas por metro cúbico,
que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
c) método de referência: Método da Pararosanilina ou equivalente;
III - monóxido de carbono:
a) uma concentração média em intervalo de 08 horas, de no máximo 10.000
microgramas por metro cúbico (9ppm) e que não deve ser excedida mais de uma vez por
ano;
b) uma concentração média horária de no máximo 40.000 microgramas por metro cúbico
(35 ppm) e que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
c) método de referência: Método de Absorção de Radiação Infravermelho não
Dispersivo, ou equivalente;
IV - oxidantes fotoquímicos:
a) uma concentração média horária de no máximo 160 microgramas por metro cúbico
(0,08ppm), que não deve ser excedida mais de uma vez por ano;
b) método de referência: Método da Luminescência Química, ou equivalente.

Parágrafo único - Todas as medidas de qualidade do ar deverão ser corrigidas para


temperatura de 25º C e pressão absoluta de 760mm de mercúrio.

Seção III
Dos Padrões para Emissão de Efluentes

Art. 22 - As fontes poluidoras adotarão sistemas de controle de poluição do ar baseados


na melhor tecnologia viável para cada caso.
289

Parágrafo único - A adoção da tecnologia preconizada neste artigo, será feita após
análise e aprovação pela SMMA do projeto de sistema de controle de poluição, que
especifique as medidas a serem adotadas e a redução almejada para a emissão.

Art. 23 - Toda fonte de poluição atmosférica deverá ser provida de sistema de ventilação
local exaustora, e o lançamento de efluentes na atmosfera somente poderá ser realizado
através de chaminé, ou outro dispositivo técnico adequado.

Parágrafo único - As operações, processos ou funcionamento dos equipamentos de


britagem, moagem, transporte, manipulação, carga e descarga de material fragmentado
ou particulado, poderão ser dispensados das exigências referidas neste artigo, desde
que realizados a úmido, mediante processo de umidificação permanente.

Art. 24 - A SMMA, nos casos em que se fizer necessário, poderá exigir:


I - a instalação e operação de equipamentos de medição com registradoras, nas fontes
de poluição do ar, para monitoramento das quantidades de poluentes emitidos;
II - que os responsáveis pelas fontes poluidoras construam plataformas e forneçam os
requisitos necessários à realização de amostragens em chaminés.

Art. 25 - Nenhum motor dos ciclos diesel ou otto poderá operar no Município com limites
de emissão de gases, opacidade, rotação e emissão de ruídos acima dos parâmetros
previstos nas Resoluções do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

§ 1º - No caso do ciclo diesel, a fumaça emitida pelo cano de descarga não poderá
exceder a densidade colorimétrica superior ao Padrão 2 (dois) da Escala Ringelmann, ou
equivalente, por mais de 5 (cinco) segundos consecutivos, exceto para partida a frio.

§ 2º - Os veículos vistoriados poderão receber um adesivo alusivo ao resultado da


avaliação, o qual será afixado no pára-brisa e somente poderá ser retirado pelo agente
de fiscalização.

§ 3º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá convocar para vistoria, com data,
local e horário previamente agendados, quaisquer veículos em operação no Município.
Art. 25 com redação dada pelo Decreto nº 13.744, de 5/10/2009 (Art. 1º)

Art. 26 - Não é permitida, em nenhuma hipótese, a queima de lixo ou resíduos, ao ar


livre.

Art. 27 - Ficam proibidos a instalação e o funcionamento de incineradores domiciliares ou


em prédios residenciais e comerciais de quaisquer tipos.

Seção IV
Das Medidas de Emergência
290

Art. 28 - O Prefeito Municipal determinará a adoção de medidas de emergência, a fim de


evitar episódios críticos de poluição do ar no Município de Belo Horizonte, ou para
impedir sua continuidade, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou
recursos ambientais.

Parágrafo único - Para a execução das medidas de emergência de que trata este artigo,
poderá ser reduzida ou impedida, durante o período crítico, a atividade de qualquer fonte
poluidora na área atingida pela ocorrência, respeitadas as competências do Estado e da
União.

Art. 29 - O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM apresentará ao Prefeito


Municipal proposta de regulamento, especificando os limites que caracterizem os
episódios críticos, e o conjunto de medidas a serem adotadas em cada tipo de episódio.

CAPÍTULO V
DA POLUIÇÃO HÍDRICA

Seção I
Das Definições

Art. 30 - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as definições que se seguem:


I - padrões de qualidade das coleções de água: limites máximos permissíveis para os
valores de parâmetros que caracterizam a qualidade das coleções de água;
II - padrões para lançamento de efluentes: condições a serem atendidas para o
lançamento de efluentes líquidos nas coleções de água superficiais ou subterrâneas;
III - classificação: qualificação dos tipos de coleções de água, com base nos usos
preponderantes (sistema de classes de qualidade);
Inciso III retificado em 22/03/1988
IV - enquadramento: estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado
e/ou mantido em um segmento de coleção de água ao longo do tempo;
V - condição: nível de qualidade apresentado por um segmento de coleção de água, num
determinado momento, em termos dos usos possíveis, com segurança adequada;
VI - efetivação do enquadramento: conjunto de medidas necessárias para colocar e/ou
manter a condição de um segmento de coleção de água em correspondência com a sua
classe;
VII - manancial: coleção de água superficial ou subterrânea, utilizada para o
abastecimento doméstico, com ou sem prévio tratamento.

Seção II
Dos Padrões de Qualidade das Coleções de Água

Art. 31 - As coleções de água situadas no território do Município de Belo Horizonte


classificam-se em:
I - Classe Especial - águas destinadas:
a) ao abastecimento doméstico sem prévia ou com simples desinfeção;
291

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.


II - Classe 1 - águas destinadas:
a) ao abastecimento doméstico após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho);
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas, sem remoção de película;
e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação
humana.
III - Classe 2 - águas destinadas:
a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário (natação, esqui aquático e mergulho)
d) à irrigação de hortaliças e plantas frutíferas;
e) à criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de espécies destinadas à alimentação
humana.
IV - Classe 3 - águas destinadas:
a) ao abastecimento doméstico, após tratamento convencional;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à dessedentação de animais.
V - Classe 4 - águas destinadas:
a) à navegação;
b) à harmonia paisagística;
c) aos usos menos exigentes.

Parágrafo único - Não há impedimento no aproveitamento de águas de melhor qualidade


em uso menos exigentes, desde que tais usos não prejudiquem a qualidade estabelecida
para essas águas.

Art. 32 - As coleções de água situadas no Município de Belo Horizonte serão


enquadradas mediante deliberação do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM.

§ 1º - Para o enquadramento de coleções de água cuja bacia contribuinte incluir outros


municípios, o COMAM deverá fornecer os subsídios de que dispuser ao órgão estadual
competente.

§ 2º - Não serão objeto de enquadramento os cursos d'água artificiais destinados ao


transporte de efluentes líquidos tratados ou não.

Art. 33 - As coleções de água que, na data de seu enquadramento, apresentarem


condição em desacordo com a sua classe (qualidade inferior à estabelecida), serão
objeto de providências com prazo determinado, visando a sua recuperação, excetuados
os parâmetros que excedam os limites devido às condições naturais.
Art. 33 retificado em 22/03/1988
292

Art. 34 - Para as águas de Classe Especial, quando utilizadas para abastecimento sem
prévia desinfecção, os coliformes totais deverão estar ausentes em qualquer amostra.

Art. 35 - Para as águas de Classe 1, são estabelecidas os limites ou condições


seguintes:
I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
II - óleos e graxas: virtualmente ausentes;
III - substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;
IV - corantes artificiais: virtualmente ausentes;
V - substâncias que formem depósitos objetáveis: virtualmente ausentes;
VI - coliformes:
a) para uso de recreação de contato primário: 80% ou mais de um conjunto de amostras
obtidas em cada uma das 5 (cinco) semanas anteriores, colhidas no mesmo local, devem
conter, no máximo, 1.000 coliformes fecais por 100 mililitros, ou 5.000 coliformes totais
por 100 mililitros;
b) para uso em irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas que se desenvolvem rentes
ao solo e que são consumidas cruas, sem remoção de casca ou película: não devem ser
poluídas por excrementos humanos, ressaltando-se a necessidade de inspeções
sanitárias periódicas;
c) para os demais usos: não deverá ser excedido um limite de 200 coliformes fecais por
100 mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em
qualquer mês; caso de não haver na região meios disponíveis para o exame de
coliformes fecais, o índice-limite será de 1.000 coliformes totais por 100 mililitros em 80%
ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em qualquer mês;
VII - DBO/5 dias, 20º C até 3mg/L de O2;
VIII - OD, em qualquer amostra, não inferior a 6mg/L de O2;
IX - turbidez: até 40 unidades nefelométricas de turbidez (UNT);
X - cor: nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L;
XI - pH entre 6,0 e 9,0;
XII - substâncias potencialmente prejudiciais (teores máximos):
Alumínio ........................................... 0,1 mg/L de Al
Amônia não ionizável ....................... 0,02 mg/L de NH3
Arsênio ............................................. 0,05 mg/L de As
Bário ................................................ 1,0 mg/l de Ba
Berílio ............................................... 0,1mg/L de Be
Boro ................................................. 0,75 mg/L de B
Benzeno ........................................... 0,01 mg/L
Benzo-a-pireno ................................ 0,00001 mg/L
Cádmio ............................................ 0,001 mg/L de Cd
Cianetos ........................................... 0,01 mg/L de CN
Chumbo ........................................... 0,03 mg/L de Pb
Cloretos ........................................... 250 mg/L de Cl
Cloro residual ................................... 0,01 mg/L de Cl
Cobalto ............................................ 0,2 mg/L de Co
Cobre ............................................... 0,02 mg/L de Cu
293

Cromo trivalente ............................... 0,5 mg/L de Cr


Cromo hexavalente .......................... 0,05 mg/L de Cr
1,1 dicloroetano ............................... 0,0003 mg/L
1,2 dicloroetano ............................... 0,01 mg/L
Estanho ............................................ 2,0 mg/L
Índice de fenóis ................................ 0,001 mg/L C6H5OH
Ferro solúvel .................................... 0,3 mg/L de Fe
Fluoretos .......................................... 1,4 mg/L de F
Fosfato total ..................................... 0,025 mg/L de P
Lítio .................................................. 2,5 mg/L de Li
Manganês ........................................ 0,1 mg/L de Mn
Mercúrio ........................................... 0,0002 mg/L de Hg
Níquel .............................................. 0,025 mg/L de Ni
Nitrato .............................................. 10 mg/L de N
Nitrito ............................................... 1,0 mg/L de N
Prata ................................................ 0,01 mg/L de Ag
Pentaclorofenol ................................ 0,01 mg/L
Selênio ............................................. 0,01 mg/L de Se
Sólidos dissolvidos totais ................. 500 mg/L
Substâncias tensoativas que reagem com o
azul de metileno ................................ 0,5 mg/L de LAS
Sulfatos ............................................ 250 mg/L de SO4
Sulfetos (como H2S não dissociado) 0,002 mg/L de S
Tetracloroeteno ................................ 0,01 mg/L
Tricloroeteno .................................... 0,03 mg/L
Tetracloreto de carbono ................... 0,003 mg/L
2,4,6 triclorofenol ............................. 0,01 mg/L
Urânio total ....................................... 0,02 mg/L de U
Vanádio ............................................ 0,1 mg/L de V
Zinco ................................................ 0,18 mg/L de Zn
Aldrin ................................................ 0,01 ug/L
Clordano .......................................... 0,04 ug/L
DDT ................................................. 0,002 ug/L
Dieldrin ............................................. 0,005 ug/L
Endrim ............................................. 0,004 ug/L
Endossulfan ..................................... 0,056 ug/L
Epóxido de Heptacloro ..................... 0,01 ug/L
Heptacloro ........................................ 0,01 ug/L
Lindano (gama-BHC) ....................... 0,02 ug/L
Metoxicloro ....................................... 0,03 ug/L
Dodecacloro + nonacloro ................. 0,001 ug/L
Bifenilas policloradas (PCB's) .......... 0,001 ug/L
Toxafeno .......................................... 0,01 ug/L
Demeton .......................................... 0,1 ug/L
Gution .............................................. 0,005 ug/L
294

Malation ........................................... 0,1 ug/L


Paration ........................................... 0,04 ug/L
Carbaril ............................................ 0,02 ug/L
Compostos organofosforados e carbamatos 10,0 ug/L em Paration
2,4 - D .............................................. 4,0 ug/L
2,4,5 - TP ......................................... 10,0 ug/L
2,4,5 - T ........................................... 2,0 ug/L

Art. 36 - Para as águas de Classe 2, são estabelecidos os mesmos limites ou condições


da Classe 1, à exceção dos seguintes:
I - não será permitida a presença de corantes artificiais que não sejam removíveis por
processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
II - coliformes: não deverá ser excedido um limite de 1.000 coliformes fecais por 100
mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em
qualquer mês; no caso de não haver na região meios disponíveis para o exame de
coliformes fecais, o índice-limite será de até 5.000 coliformes totais por 100 mililitros em
80% ou mais de pelo menos 5 (cinco) amostras mensais colhidas em qualquer mês;
III - cor: até 75 mg/L de Pt/L;
IV - turbidez: até 100 UNT;
V - DBO/5 dias, 20º C até 5 mg/L de O2;
VI - OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/L de O2.

Art. 37 - Para as águas de Classe 3, são estabelecidos os limites ou condições


seguintes:
I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
II - óleos e graxas: virtualmente ausentes;
III - substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;
IV - não será permitida a presença de corantes artificiais que não sejam removíveis por
processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
V - substâncias que formem depósitos objetáveis: virtualmente ausentes;
VI - coliformes: não deverá ser excedido um limite de 4.000 coliformes fecais por 100
mililitros em 80% ou mais de pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês;
no caso de não haver na região meios disponíveis para o exame de coliformes fecais, o
índice-limite será de até 20.000 coliformes totais por 100 mililitros em 80% ou mais de
pelo menos 5 amostras mensais colhidas em qualquer mês;
VII - DBO/5 dias, 20º C até 10 mg/L de O2;
VIII - OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L de O2;
IX - turbidez: até 100 UNT;
X - cor: até 75 mg Pt/L;
XI - pH entre 6,0 e 9,0;
XII - substâncias potencialmente prejudiciais (teores máximos):
Alumínio ........................................... 0,1 mg/L de Al
Arsênio ............................................. 0,05 mg/L de As
Bário ................................................ 1,0 mg/L de Ba
Berílio ............................................... 0,1 mg/L de Be
295

Boro ................................................. 0,75 mg/L de B


Benzeno ........................................... 0,01 mg/L
Benzo-a-pireno ................................ 0,00001 mg/L
Cádmio ............................................ 0,01 mg/L de Cd
Cianetos ........................................... 0,2 mg/L de CN
Chumbo ........................................... 0,05 mg/L de Pb
Cloretos ........................................... 250 mg/L de Cl
Cobalto ............................................ 0,2 mg/L de Co
Cobre ............................................... 0,5 mg/L de Cu
Cromo trivalente ............................... 0,5 mg/L de Cr
Cromo hexavalente .......................... 0,05 mg/L de Cr
1,1 dicloroeteno ............................... 0,0003 mg/L
1,2 dicloroetano ............................... 0,01 mg/L
Estanho ............................................ 2,0 mg/L
Índice de fenóis ................................ 0,3 mg/L de C6H5OH
Ferro solúvel .................................... 5,0 mg/L de Fe
Fluoretos .......................................... 1,4 mg/L de F
Fosfato total ..................................... 0,025 mg/L de P
Lítio .................................................. 2,5 mg/L de Li
Manganês ........................................ 0,5 mg/L de Mn
Mercúrio ........................................... 0,002 mg/L de Hg
Níquel .............................................. 0,025 mg/L de Ni
Nitrato .............................................. 10 mg/L de N
Nitrito ............................................... 1,0 mg/L de N
Nitrogênio amoniacal ....................... 1,0 mg/L de N
Prata ................................................ 0,05 mg/L de Ag
Bentaclorofenol ................................ 0,01 mg/L
Selênio ............................................. 0,01 mg/L de Se
Sólidos dissolvidos totais ................. 500mg/L
Substâncias tensoativas que reagem com o
azul de metileno ............................... 0,5 mg/L de LAS
Sulfatos ............................................ 250 mg/L de SO4
Sulfetos (como H2S não dissociado) 0,3 mg/L de S
Tetracloroeteno ................................ 0,01 mg/L
Tricloroeteno .................................... 0,03 mg/L
Tetracloreto de carbono ................... 0,003 mg/L
2,4,6 triclorofenol ............................. 0,01 mg/L
Urânio total ....................................... 0,02 mg/L de U
Vanádio ............................................ 0,1 mg/L de V
Zinco ................................................ 5,0 mg/L de Zn
Aldrin ................................................ 0,03 ug/L
Clordano .......................................... 0,3 ug/L
DDT ................................................. 1,0 ug/L
Dieldrin ............................................. 0,03 ug/L
Endrim ............................................. 0,2 ug/L
296

Endossulfan ..................................... 150 ug/L


Epóxido de Heptacloro ..................... 0,1 ug/L
Heptacloro ........................................ 0,1 ug/L
Lindano (gama-BHC) ....................... 3,0 ug/L
Metoxicloro ....................................... 30,0 ug/L
Dodecacloro + nonacloro ................. 0,001 ug/L
Bifenilas policloradas (PCB's) .......... 0,001 ug/L
Toxafeno .......................................... 5,0 ug/L
Demeton .......................................... 14,0 ug/L
Gution .............................................. 0,005 ug/L
Malation ........................................... 100,00 ug/L
Paration ........................................... 35,0 ug/L
Carbaril ............................................ 70,0 ug/L
Compostos organofosforados e carbamatos
totais em Paration ............................ 100,0 ug/L
2,4 - D .............................................. 20,0 ug/L
2,4,5 - TP ......................................... 10,0 ug/L
2,4,5 - T ........................................... 2,0 ug/L

Art. 38 - Para as águas de Classe 4, são estabelecidos os limites ou condições


seguintes:
I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
II - odor e aspecto: não objetáveis;
III - óleos e graxas: toleram-se iridescências;
IV - substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento:
virtualmente ausentes;
V - índice de fenóis até 1,0 mg/L de C6H5OH;
VI - OD superior a 2,0 mg/L de O2, em qualquer amostra;
VII - pH entre 6 e 9.

Art. 39 - Os padrões de qualidade das águas estabelecidos neste Regulamento


constituem-se em limites individuais para cada substância. Considerando eventuais
ações sinergéticas entre as mesmas, estas ou outras não especificadas, não poderão
conferir às águas características capazes de prejudicar os usos a que se destinam.

Parágrafo único - As substâncias potencialmente prejudiciais deverão ser investigadas


sempre que houver suspeita de sua presença.

Art. 40 - Os limites de DBO estabelecidos para as Classes 2 e 3 poderão ser elevados,


caso o estudo na capacidade de autodepuração do corpo receptor demonstre que os
teores mínimos de OD previstos não serão desobedecidos em nenhum ponto do mesmo,
nas condições críticas de vazão.
Art. 40 retificado em 22/03/1988
297

Art. 41 - Para os efeitos deste Decreto, consideram-se "virtualmente ausentes" e "não


objetáveis" teores desprezíveis de poluentes, podendo ser exigido, quando necessário,
quantificá-los para cada caso.

Seção III
Dos Padrões para Lançamento de Efluentes

Art. 42 - Não será permitido o lançamento de poluentes nos mananciais sub-superficiais


e em poços profundos.

Art. 43 - Nas águas de Classe Especial não serão tolerados lançamentos de águas
residuárias, domésticas e industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias
potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros poluentes,
mesmo tratados. Caso sejam utilizadas para o abastecimento doméstico, deverão ser
submetidas a uma inspeção sanitária preliminar.

Art. 44 - Nas águas das Classes 1 a 4 serão tolerados lançamentos de despejos, desde
que, além de atenderem ao disposto no artigo 45 deste Decreto, não venham a fazer
com que os limites estabelecidos para as respectivas classes sejam ultrapassados.

Parágrafo único - Resguardados os padrões de qualidade do corpo receptor demostrado


por estudo de impacto ambiental realizado pela fonte poluidora, a SMMA poderá
autorizar lançamentos acima dos limites estabelecidos no artigo 45, fixando o tipo de
tratamento e as condições para esse lançamento.

Art. 45 - Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta
ou indiretamente, nas coleções de água, desde que obedeçam às seguintes condições:
I - pH entre 5 e 9;
II - temperatura: inferior a 40º C, sendo que a elevação de temperatura do corpo receptor
não deverá exceder a 3º C;
III - materiais sedimentáveis: até 1 ml/L em teste de 1 hora em Cone Imhoff. Para
lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja praticamente nula, os
materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente ausentes;
IV - regime de lançamento contínuo de 24 (vinte quatro) horas por dia, com vazão
máxima de até 1,5 vezes a vazão média do período de atividade diária da fonte
poluidora;
V - óleos e graxas:
a) óleos minerais até 20 mg/L
b) óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/L;
VI - ausência de materiais flutuantes;
VII - valores máximos admissíveis das seguintes substâncias:
Amônia ............................................. 5,0 mg/L de N
Arsênio Total .................................... 0,5 mg/L de As
Bário ................................................ 5,0 mg/L de Ba
Boro ................................................. 5,0 mg/L de B
298

Cádmio ............................................ 0,2 mg/L de Cd


Cianetos ........................................... 0,2 mg/L de CN
Chumbo ........................................... 0,5 mg/L de Pb
Cobre ............................................... 1,0 mg/L de Cu
Cromo trivalente ............................... 2,0 mg/L de Cr
Cromo hexavalente .......................... 0,5 mg/L de Cr
Estanho ............................................ 4,0 mg/L de Sn
Índice de fenóis ................................ 0,5 mg/L de C6H5OH
Ferro solúvel .................................... 15,0 mg/L de Fe
Fluoretos .......................................... 10,0 mg/L de F
Manganês solúvel ............................ 1,0 mg/l de Mn
.......................................................... 1,0 mg/l de Mn
Item retificado em 22/03/1988
Mercúrio ........................................... 0,01 mg/L de Hg
Níquel .............................................. 2,0 mg/L de Ni
Prata ................................................ 0,1 mg/L de Ag
Selênio ............................................. 0,05 mg/L de Se
Sulfetos ............................................ 1,0 mg/L de S
Sulfitos ............................................. 1,0 mg/L de SO3
Zinco ................................................ 5,0 mg/L de Zn
Tricloroeteno .................................... 1,0 mg/L
Clorofórmio ...................................... 1,0 mg/L
Tetracloreto de carbono ................... 1,0 mg/L
Compostos organofosforados e carbamatos totais
em Paration ...................................... 1,0 mg/L
Sulfeto de carbono ........................... 1,0 mg/L
Dicloroeteno ..................................... 1,0 mg/L
Compostos organoclorados não listados acima
(pesticidas, solventes, etc.) .............. 0,05 mg/L
Outras substâncias em concentrações que poderiam ser prejudiciais, de acordo com
limites a serem fixados pelo COMAM.
VIII - tratamento especial, se provierem de hospitais e outros estabelecimentos nos quais
haja despejos infectados com microorganismos patogênicos.

Art. 46 - Não será permitida a diluição de efluentes industriais com águas não poluídas,
tais como água de abastecimento e água de refrigeração.

Parágrafo único - Na hipótese de fonte de poluição geradora de diferentes despejos ou


emissões individualizadas, os limites constantes desta regulametação aplicar-se-ão a
cada um deles ou ao conjunto após a mistura, a critério da SMMA.
Art. 46 retificado em 22/03/1988

Art. 47 - Os efluentes líquidos provenientes de indústrias deverão ser coletados


separadamente, através de sistemas próprios independentes, conforme sua origem e
natureza, assim destinados:
299

I - à coleta e disposição final de águas pluviais;


II - à coleta de despejos sanitários e industriais, conjunta ou separadamente;
III - às águas de refrigeração.

Art. 48 - O lançamento de efluentes no corpo receptor será sempre feito por gravidade, e,
se houver necessidade de recalque, os efluentes deverão ser lançados em caixa de
passagem, da qual partirão por gravidade para a rede coletora.

Art. 49 - O sistema de lançamento de despejos será provido de dispositivos ou pontos


adequados para medição da qualidade do efluente.

Art. 50 - No caso de lançamento de efluentes em sistema público de coleta e tratamento


de esgotos, a SMMA poderá exigir a apresentação de autorização expressa da entidade
responsável pela operação do sistema.

Parágrafo único - A entidade responsável pela operação do sistema de Coleta de


esgotos passa a ser responsável pelo tratamento dos efluentes coletados, e pelo
atendimento aos padrões estabelecidos neste Regulamento.

Art. 51 - Os métodos de coleta e análise das águas devem ser os especificados nas
normas aprovadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial - INMETRO - ou na ausência delas, no "Standard Methods for the Examination
of Water and Wastewater: APHA-AWWA-WPCF", última edição. O índice de fenóis
deverá ser determinado conforme o método 510 B do Standard Methods for the
Examination of Water and Wastewater, 16ª edição, de 1985.

CAPÍTULO VI
DA POLUIÇÃO DO SOLO

Seção I
Das Definições

Art. 52 - Para fins deste Regulamento, aplicam-se as definições que se seguem:


I - resíduos sólidos: resíduos em qualquer estado da matéria, não utilizados com fins
econômicos, e que possam provocar, se dispostos no solo, contaminação de natureza
física, química ou biológica do solo ou das águas superficiais e subterrâneas;
I - resíduos sólidos: resíduos em qualquer estado da matéria, independentemente de sua
destinação ou utilização, resultantes de atividades de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição, ficando incluídos os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, os resíduos provenientes de
equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como aqueles determinados
líquidos cujas particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de
esgotos ou corpos d'água;
Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 9.859, de 2/3/1999 (Art. 6º)
300

II - entulhos: resíduos sólidos inertes, não suscetíveis de decomposição biológica,


provenientes de construções ou demolições, que possam ser dispostos de forma segura
e estável em aterro controlado, sem oferecer risco efetivo ou potencial à saúde humana
ou aos recursos ambientais;
III - aterro sanitário: processo de disposição de resíduos sólidos no solo, mediante
projeto específico elaborado com a observância de critérios técnicos e da legislação
pertinente;
IV - movimento de terra: escavação ou depósito de terra ou entulhos em um terreno, com
quaisquer finalidades;
V - logradouro público: designação genérica de locais de uso comum destinados ao
trânsito ou permanência de pedestres ou veículos tais como rua, avenida, praça, parque,
ponte, viaduto ou similares.

Seção II
Dos Resíduos Sólidos

Art. 53 - Não é permitido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular no


solo resíduos sólidos, sem prévia autorização da SMMA.

§ 1º - O transporte, a disposição e, quando for o caso, o tratamento de resíduos


provenientes de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços
deverão ser feitos pelo responsável por tais atividades, não se eximindo de
responsabilização mesmo quando forem efetuados por terceiros.

§ 2º - Os estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços deverão


apresentar à SMMA o programa de gerenciamento de resíduos sólidos, em conformidade
com as normas técnicas e regulamentações legais cabíveis, tais como a NBR 10.004/87
e a Resolução Conama nº 05/93, apontando e descrevendo as ações relativas ao
manejo de resíduos sólidos, bem como contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento,
disposição final e proteção à saúde pública.

§ 3º - Na elaboração do programa de gerenciamento de resíduos sólidos, devem ser


considerados princípios que conduzam à reciclagem, bem como a soluções integradas
ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e disposição final, de acordo com as
diretrizes estabelecidas pela SMMA.

§ 4º - O programa de gerenciamento de resíduos sólidos somente poderá prever a


destinação para disposição ou tratamento por terceiros, desde que sejam previamente
licenciados para tal fim junto à SMMA ou ao órgão ambiental competente.

§ 5º - A utilização do solo como destino eventual, temporário ou final de resíduos sólidos


deverá ser feita de forma adequada, estabelecida em projetos específicos de transporte
e destinação aprovados
301

pela SMMA, ficando vedada a simples descarga ou depósito, seja em propriedade


pública ou particular.
Art. 53 com redação dada pelo Decreto nº 9.859, de 2/3/1999 (Art. 6º)

Art. 54 - Quando a disposição final dos resíduos sólidos exigir a execução de aterros
sanitários, deverão ser tomadas medidas adequadas para proteção das águas
superficiais e subterrâneas.

Art. 55 - Serão obrigatoriamente incinerados ou submetidos a tratamento especial:


I - resíduos sólidos declaradamente contaminados, considerados contagiosos ou
suspeitos de contaminação, provenientes de estabelecimentos hospitalares, laboratórios,
farmácias, drogarias, clínicas, maternidades, ambulatórios, casas de saúde, necrotérios,
prontos-socorros, sanatórios, consultórios e congêneres;
II - materiais biológicos, assim considerados: restos de tecidos orgânicos, restos de
órgãos humanos ou animais, restos de laboratórios de análises clínicas e de anatomia
patológica, animais de experimentação e outros materiais similares;
III - os resíduos sólidos e materiais provenientes de unidades médico-hospitalares, de
isolamento, de áreas infectadas ou com pacientes portadores de moléstias infecto-
contagiosas, inclusive restos de alimentos e os produtos resultantes de lavagem e
varredura dessas áreas;
Inciso III retificado em 22/3/1988
IV - todos os resíduos sólidos ou materiais resultantes de tratamento ou processo
diagnóstico que tenham entrado em contato direto com pacientes, tais como: agulhas,
seringas descartáveis, curativos, compressas e similares.

§ 1º - As emissões provenientes de incineradores de que trata este artigo, deverão ser


oxidadas em pós-queimador que utilize combustível gasoso, operando a uma
temperatura mínima de 850º C (oitocentos e cinquenta graus Celsius) e com tempo de
residência mínimo de 0,8s (oito décimos de segundo), ou por outro sistema de controle
de poluição, de eficiência igual ou superior.

§ 2º - Para fins de fiscalização, o pós-queimador deverá conter dispositivo de medição de


temperatura da câmara de combustão, em local de fácil visualização.

Art. 56 - Fica proibido lançar ao solo, em logradouros públicos, resíduos sólidos de


qualquer natureza.

Seção III
Dos Movimentos de Terra

Art. 57 - Depende de prévia autorização da SMMA a movimentação de terra para


execução de aterro, desaterro e bota-fora, quando implicarem sensível degradação
ambiental, incluindo modificação indesejável da cobertura vegetal, erosão, assoreamento
e contaminação de coleções hídricas, poluição atmosférica, ou descaracterização
significativa da paisagem, respeitada a legislação municipal específica.
302

Art. 58 - Para quaisquer movimentos de terra deverão ser previstos mecanismos de


manutenção da estabilidade de taludes, rampas e platôs, de modo a impedir a erosão e
suas conseqüências.

Parágrafo único - O aterro ou desaterro deverá ser seguido de recomposição do solo e


de cobertura vegetal adequada à contenção do carreamento pluvial de sólidos.

CAPÍTULO VII
DA FAUNA E FLORA

Seção I
Das Definições

Art. 59 - Para os fins deste Regulamento, aplicam-se as definições que se seguem:


I - Fauna silvestre nativa: conjunto de espécies de animais, não introduzidas pelo
homem, que ocorrem naturalmente no território do Município;
a) fauna silvestre: conjunto de espécies de animais, nativos ou não, da fauna em geral,
nacional ou estrangeiras;
Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 9/8/1988 (Art. 1º)
II - flora silvestre nativa: conjunto de espécies de vegetais, não introduzidas pelo homem,
que ocorrem naturalmente no território do Município;
a) flora silvestre: conjunto de espécies de vegetais, nativos ou não, da flora em geral,
nacional ou estrangeira
Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 9/8/1988 (Art. 1º)
III - logradouro público: designação genérica de locais de uso comum destinados ao
trânsito ou à permanência de veículos e pedestres, tais como ruas, avenidas, praças,
parques, pontes, viadutos ou similares;
IV - áreas de domínio público: logradouros públicos e áreas mantidas pelo poder público,
tais como reservas biológicas, parques florestais, jardins e nascentes;
V - reserva biológica: unidade de conservação da natureza, destinada a proteger
integralmente a flora e a fauna ou mesmo a uma espécie em particular, com utilização
para fins científicos;
VI - parque florestal: unidade de conservação permanente, destinada a resguardar
atributos da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das e das
belezas naturais com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos;
VII - área verde: toda área onde predominar qualquer forma de vegetação, quer seja
nativa ou não, de domínio público ou privado;
VIII - área de conservação ou de preservação permanente: área de domínio público ou
privado, destinada à conservação dos recursos naturais, devido à sua importância,
beleza, raridade, valor científico, cultural ou de lazer;
IX - poda: operação que consiste na eliminação de galhos ou raízes dos vegetais;
X - transplante: remoção de um vegetal de determinado local e seu implante em outro;
XI - supressão: eliminação de um ou mais espécimes vegetais.
303

Seção II
Das Disposições Gerais

Art. 60 - Cabe ao Município proteger a fauna e a flora existentes nos logradouros


públicos, em atuação coordenada com órgãos federais e estaduais que direta ou
indiretamente exerçam tais atribuições.

Parágrafo único - Em se tratando de vetores de moléstias ou artrópodes importunos, o


controle de suas populações cabe à Secretaria Municipal de Saúde, nos termos da
legislação específica.

Art. 61 - É de responsabilidade da Prefeitura Municipal, através da Secretaria Municipal


de Meio Ambiente, o plantio, replantio, transplante, supressão e poda das árvores
situadas nas áreas de domínio público.

§ 1º - Depende de prévia autorização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente a poda,


o transplante ou a supressão de espécime arbóreo e demais formas de vegetação, em
áreas de domínio público ou privado, bem como seu plantio em áreas de domínio
público.
§ 1º com redação dada pelo Decreto nº 6.747, de 19/12/1990 (Art. 1º)

§ 2º - Em casos de supressão, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá exigir a


reposição dos espécimes suprimidos por espécimes da flora nativa.

Art. 62 - São de preservação permanente todas as áreas verdes situadas no Município


de Belo Horizonte.

Art. 63 - Depende de prévia anuência da SMMA a implantação de projetos de


parcelamento do solo ou de edificações em áreas revestidas, total ou parcialmente, por
vegetação de porte arbóreo.

Art. 64 - Os danos causados à flora, inclusive aqueles provocados em decorrência de


acidentes de trânsito, serão punidos com as penalidades previstas neste Regulamento.

§ 1º - As despesas, decorrentes da reposição de espécimes suprimidos irregularmente,


correrão por conta do responsável pela supressão, sem prejuízo das penalidades
aplicáveis.

§ 2º - No caso de supressão irregular de áreas verdes, a SMMA poderá exigir a


recuperação da área lesada, mediante planos de reflorestamento ou de regeneração
natural, sem prejuízo das penalidades aplicáveis.

Art. 65 - Qualquer árvore do Município poderá ser declarada imune de corte mediante ato
do COMAM, por motivo de sua localização, raridade, antiguidade, de seu interesse
304

histórico, científico ou paisagístico, ou de sua condição de porta-sementes, ficando sua


proteção a cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Art. 66 - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização de praças e parques


florestais, para realização de shows, comícios, feiras e demais atividades cívico-
religiosas e esportivas.

Art. 67 - Os espécimes da fauna silvestre, em qualquer fase de seu desenvolvimento,


seus ninhos, abrigos e criadouros naturais são bens de interesse comum, sendo proibida
a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha, sem autorização da SMMA.

Art. 68 - A SMMA poderá autorizar a manutenção ou criação de animais silvestres em


cativeiro no Município, mediante a observância das normas ambientais, de segurança,
higiene e preservação da espécie, respeitadas as legislações federal e estadual.

Art. 69 - Depende de prévia autorização da SMMA a exploração dos recursos naturais


em áreas de domínio público, através de caça, pesca, pastoreio, uso agrícola, colheita de
frutos, sementes e de outros produtos ali existentes.

Art. 70 - É proibida a comercialização de espécimes da fauna ou flora silvestre, ou de


objetos deles derivados.

Parágrafo único - Excetuam-se os espécimes provenientes de criadouros ou viveiros


devidamente legalizados, e os objetos deles derivados.

Art. 71 - A SMMA poderá conceder autorização especial para a realização de estudos


científicos que possam implicar danos à fauna ou à flora, a pesquisadores ou entidades
científicas oficialmente reconhecidas.

Art. 72 - Fica proibido qualquer ato que inicie ou possa provocar incêndio em terrenos
baldios.

Art. 73 - Depende de prévia autorização da SMMA a utilização da arborização pública


para colocação de cartazes e anúncios ou a afixação de cabos e fios, ou para suporte ou
apoio a instalações de qualquer natureza.

Art. 74 - Todo projeto de obra pública relativo à implantação de rede de energia elétrica,
iluminação pública, telefonia, rede de água e esgoto, deverá compatibilizar-se com a
vegetação arbórea, de forma a evitar ou minimizar danos à mesma.

Parágrafo único - Mesmo em caso de inexistência de vegetação ou de seu projeto de


implantação, as obras públicas deverão ser implantadas conforme orientação da SMMA.

CAPÍTULO VIII
DA POLUIÇÃO VISUAL EM VIAS E LOGRADOUROS PÚBLICOS
305

Art. 75 - Compete à SMMA julgar casos de situações existentes e sobre a conveniência


de implantação de qualquer obra, equipamento ou atividade que venha a causar uma
intrusão visual significativa, capaz de agredir a estética urbana, inclusive as agressões
ao vernáculo, causar poluição visual ou interferir em monumentos históricos e na
qualidade de vida dos cidadãos.

Art. 76 - Todo e qualquer plano de intervenção urbana para disciplinar a colocação de


veículos de divulgação de anúncios ao público deverá ser submetido à aprovação do
COMAM.

CAPÍTULO IX
DO CONTROLE DAS FONTES POLUIDORAS

Seção I
Do Licenciamento Prévio

Art. 77 - São consideradas fontes poluidoras as atividades de comércio varejista,


comércio atacadista, serviços, indústria e serviços de uso coletivo, relacionadas no
Anexo 6 da Lei Municipal nº 4034, de 25 de março de 1985.
Lei nº 4.034, de 25/03/1985, revogada pela Lei nº 6.725, de 29/08/1994 (Art. 66, LXI)
Lei nº 6.725, de 29/08/1994, declarada inconstitucional (ADIN nº 41.895/4, do Tribunal de
Justiça do Estado de Minas Gerais)
Lei nº 4.034, de 25/03/1985, revogada pela Lei nº 7.166, de 27/08/1996 (Art. 117, III)

Parágrafo único - São também consideradas fontes poluidoras as atividades extrativas


minerais de qualquer natureza.

Art. 78 - A Secretaria Municipal de Obras Civis e a Secretaria Municipal de Indústria,


Comércio e Abastecimento somente expedirão Alvará de Construção, Habite-se, Alvará
de Localização, ou quaisquer outras licenças relacionadas com o funcionamento de fonte
poluidora, mediante parecer técnico favorável da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Art. 79 - Os projetos específicos de fontes poluidoras, ao serem submetidos à aprovação


do Executivo Municipal, deverão conter, devidamente preenchido, o Formulário de
Caracterização de Fonte Poluidora - Modelo Simplificado, conforme o modelo fornecido
pela SMMA, respeitada a matéria de sigilo industrial de acordo com a lei federal
específica.

§ 1º - O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM estabelecerá, através de


Deliberações Normativas, os modelos completos do Formulário de Caracterização de
Fonte Poluidora aplicáveis às diferentes categorias de estabelecimentos.

§ 2º - A SMMA poderá exigir a apresentação de informações técnicas complementares


julgadas necessárias à análise do projeto.
306

Art. 80 - A SMMA dará publicidade, através de edital publicado no órgão oficial, dos
pedidos de aprovação de projetos de fontes poluidoras.

§ 1º - A publicação será feita em prazo de no máximo 10 (dez) dias após o recebimento


do último documento necessário à análise do projeto, com ônus para o requerente.
§ 1º retificado em 22/3/1988

§ 2º - Isentam-se do ônus da publicação os projetos relativos a microempresas, definidas


na legislação específica.

Art. 81 - Serão recebidos no prazo de até 20 (vinte) dias, após a data de publicação, os
pedidos de impugnação do projeto.

Parágrafo único - Os pedidos de impugnação serão dirigidos ao Secretário Municipal de


Meio Ambiente, e deverão conter as respectivas fundamentações.

Art. 82 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente emitirá parecer técnico conclusivo


sobre os pedidos de aprovação de projetos no prazo de até 60 (sessenta) dias, contados
a partir da data da publicação do edital.

Parágrafo único - O prazo para emissão do parecer poderá ser prorrogado, em até 60
(sessenta) dias, tendo em vista a complexidade do exame do impacto ambiental, a
critério do Prefeito Municipal.

Art. 83 - Das decisões da SMMA, relativas à aprovação de projetos de fontes poluidoras,


caberá recurso para o Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM.

§ 1º - O recurso será dirigido ao Presidente do COMAM e interposto no prazo de 15


(quinze) dias contados da data de ciência do despacho.

§ 2º - É irrecorrível, em nível administrativo, a decisão do COMAM relativa à aprovação


de projetos de fontes poluidoras.

Art. 84 - O início de funcionamento de fonte poluidora fica condicionado ao parecer


técnico favorável da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Seção II
Da Avaliação de Impacto Ambiental

Art. 85 - Depende de prévia elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo


Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, a serem submetidos ao COMAM, o
licenciamento de projetos de obras ou atividades modificadoras do meio ambiente, de
iniciativa de atividade pública ou privada, tais como:
I - vias de tráfego de veículos com duas ou mais faixas de rolamento;
307

II - ferrovias;
III - terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
IV - aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 48 do Decreto-lei nº 32, de
18/11/66;
V - oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos
sanitários;
VI - linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 Kv (duzentos e trinta
quilovolts);
VII - obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como barragens,
canalizações, retificações de coleções de água, transposições de bacias, diques;
VIII - aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;
IX - estações de tratamento de esgotos sanitários;
X - usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária,
acima de 10 MW (dez megawatts);
XI - distritos industriais e zonas industriais.

Parágrafo único - O COMAM poderá exigir a elaboração do Relatório de Impacto


Ambiental - RIMA para projetos de obras ou atividades não mencionadas neste artigo,
quando puderem ocasionar elevado impacto ambiental.
Parágrafo único retificado em 22/3/1988

Art. 86 - O COMAM definirá, mediante Deliberação Normativa, as instruções básicas


para elaboração do Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, o qual deverá contemplar as
seguintes diretrizes:
I - avaliação das alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as
com a hipótese da não execução do projeto;
II - diagnóstico ambiental da área de influência do projeto, com descrição detalhada da
situação da área, antes da implantação do projeto, considerando o meio físico, o meio
biológico e os ecossistemas naturais, e o meio sócio-econômico;
III - identificação e previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis
impactos relevantes gerados nas fases de implantação e operação do projeto;
IV - definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre as quais os
sistemas de controle de poluição e a definição de áreas de preservação para
compensação dos impactos;
V - elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos
positivos e negativos.

§ 1º - Ao determinar a execução do estudo de impacto ambiental, a SMMA poderá fixar


as informações adicionais que, pelas peculiaridades do projeto e características
ambientais da área, forem julgadas necessárias.

§ 2º - Correrão por conta do proponente do projeto todas as despesas e custos


referentes à realização do estudo de impacto ambiental.
Art. 86 retificado em 22/3/1988
308

Seção III
Do Procedimento Corretivo

Art. 87 - As fontes poluidoras em funcionamento ou implantação na data deste Decreto,


serão convocadas para registro na SMMA, visando seu enquadramento no estabelecido
na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, neste Decreto e nas normas dele
decorrentes.

§ 1º - A vistoria por fiscal, técnico ou agente credenciado pela SMMA, caracterizará uma
convocação para registro.
§ 1º retificado em 22/3/1988

§ 2º - Poderão ser objeto do Procedimento Corretivo atividades não consideradas fontes


poluidoras, nos termos do artigo 77 deste Decreto, desde que possam provocar poluição,
nos termos do inciso III do artigo 2º deste Regulamento.

Art. 88 - As fontes poluidoras convocadas para registro deverão apresentar, em prazo


fixado pela SMMA de até 60 dias, prorrogáveis a critério da mesma, o Formulário de
Caracterização de Fonte Poluidora, devidamente preenchido, e demais informações
técnicas consideradas necessárias à análise do processo, respeitada a matéria de sigilo
industrial de acordo com a legislação federal específica.
Art. 88 retificado em 22/3/1988

Art. 89 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente analisará as informações e assinará


ao responsável pela fonte poluidora prazo para adaptação da mesma às normas e
padrões vigentes no Município.

§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo, a fonte poluidora apresentará à SMMA, para
aprovação, projeto de sistemas para correção das irregularidades, e cronograma de
implantação.

§ 2º - Durante a vigência do prazo concedido para a adaptação, a fonte poluidora não


poderá ser penalizada, salvo no descumprimento do projeto ou do cronograma.

Seção IV
Das Autorizações

Art. 90 - A SMMA analisará e decidirá os pedidos para realização das atividades que, por
exigência deste Decreto, exijam prévia autorização, a saber:
I - autorização para utilização ou detonação de explosivos ou similares, nos termos do
artigo 9º;
II - autorização para utilização de serviço de alto-falante ou fontes sonoras em horário
diurno e vespertino, nos termos do artigo 10;
III - autorização para execução de serviços de construção civil em horário especial, nos
termos do artigo 11;
309

IV - autorização para disposição de resíduos sólidos, nos termos do artigo 53;


V - autorização para movimentação de terra, aterro, desaterro e bota-fora, nos termos do
artigo 57;
VI - autorização para poda, transplante ou supressão de espécime arbóreo e demais
formas de vegetação, em áreas de domínio público ou privado, bem como para seu
plantio em área de domínio público, nos termos do art. 61, § 1º;
Inciso VI com redação dada pelo Decreto nº 6.747, de 19/12/1990 (Art. 1º)
VII - autorização para implantação de parcelamento de solo ou edificação em área
revestida por vegetação de porte arbóreo, nos termos do artigo 63;
VIII - autorização para realização de shows, feiras ou similares em praça ou parque
florestal, nos termos do artigo 66;
IX - autorização para apreensão de espécimes da fauna silvestre, nos termos do artigo
67;
X - autorização para manutenção ou criação de animais silvestres em cativeiro, nos
termos do artigo 68;
XI - autorização para executar atividade extrativa de recursos naturais em áreas de
domínio público, nos termos do artigo 68;
XII - autorização para realização de projeto de pesquisa científica que implique danos à
fauna ou à flora, nos termos do artigo 71;
XIII - autorização para fixação de cabos, fios ou similares na arborização pública, nos
termos do artigo 73.

Art. 91 - O Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM definirá, mediante


Deliberações Normativas, a documentação e informações necessárias à obtenção de
cada modalidade de autorização, e julgará os recursos decorrentes.
Art. 91 retificado em 22/3/1988

Seção V
Da Fiscalização

Art. 92 - A fiscalização do cumprimento da Lei n.º 4253, de 04 de dezembro de 1985,


deste Decreto e das normas dele decorrentes, será exercida pelos agentes credenciados
pela SMMA.

Art. 93 - Os responsáveis por fonte poluidora ficam obrigados a comunicar


imediatamente à SMMA e à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil - COMDEC a
ocorrência de qualquer episódio, acidental ou não, que possa representar riscos à saúde
pública ou aos recursos ambientais.

Art. 94 - No exercício da ação fiscalizadora, fica assegurada aos agentes credenciados a


entrada em estabelecimentos ou locais públicos ou privados, com permanência neles
pelo tempo necessário, bem como o acesso aos equipamentos e informações.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 6.797, de 5/4/1991 (Art. 1º)
310

Parágrafo único - O Secretário Municipal de Meio Ambiente ou os agentes credenciados,


quando necessário, poderão requisitar apoio policial para garantir o cumprimento do
disposto neste artigo.

Art. 95 - Aos agentes credenciados compete:


I - efetuar vistoria em geral, levantamentos e avaliações;
II - verificar a ocorrência de infração;
III - lavrar de imediato o auto de fiscalização e o de infração, se for o caso, fornecendo
cópia ao autuado;
IV - elaborar relatórios de vistorias.

Art. 96 - A SMMA poderá, a seu critério, determinar às fontes poluidoras, com ônus para
elas, a execução de programas de medição ou monitorização de efluentes, de
determinação da concentração de poluentes nos recursos ambientais e de
acompanhamento dos efeitos ambientais decorrentes de seu funcionamento.

§ 1º - As medições, de que trata este artigo, poderão ser executadas pelas próprias
fontes poluidoras ou por empresas do ramo, de reconhecida idoneidade e capacidade
técnicas, acompanhadas por técnico ou agente credenciado pela SMMA.

§ 2º - A fonte poluidora deverá fornecer todas as informações complementares sobre o


funcionamento da mesma, que se fizerem necessárias à avaliação dos resultados
desses programas de medição, monitorização ou acompanhamento, a critério da SMMA.

Seção VI
Das Infrações e Penalidades

Art. 97 - Aos infratores dos dispositivos da Lei Municipal nº 4253, de 04 de dezembro de


1985, deste Regulamento e das normas deles decorrentes serão aplicadas as seguintes
penalidades, sem prejuízo das cominações cíveis e penais cabíveis:
I - advertência por escrito, em que o infrator será notificado para fazer cessar a
irregularidade, sob pena de imposição de outras sanções previstas neste Decreto;
II - multa de 1 (uma) a 700 (setecentas) UFPBH;
III - suspensão de atividades até correção das irregularidades;
IV - cassação de alvarás e licenças concedidas, a ser executada pelos órgãos
competentes do Executivo Municipal, em especial a Secretaria Municipal de Obras Civis
e a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Abastecimento.

Parágrafo único - Nos casos de infração a mais de um dispositivo legal, serão aplicadas
tantas penalidades quantas forem as infrações.

Art. 98 - Para efeito da aplicação de penalidades, as infrações aos dispositivos deste


Regulamento serão classificadas como leves, graves ou gravíssimas.
311

Art. 99 - A penalidade de advertência poderá ser aplicada quando se tratar de infração de


natureza leve ou grave, fixando, se for o caso, prazo para que sejam sanadas as
irregularidades apontadas.

Parágrafo único - A penalidade de advertência não poderá ser aplicada mais de uma vez,
para uma mesma infração cometida por um único infrator.
Art. 99 com redação dada pelo Decreto nº 6.032, de 9/8/1988 (Art. 2º)

Art. 100 - Na aplicação das multas de que trata o inciso II do artigo 97, serão observadas
os seguintes limites:
I - de 1 (uma) a 50 (cinquenta) UFPBH, no caso de infração leve;
II - de 51 (cinquenta e um) a 300 (trezentas) UFPBH, no caso de infração grave;
III - de 301 (trezentas e uma) a 700 (setecentas) UFPBH, no caso de infração
gravíssima.

§ 1º - o valor da multa a ser aplicada será fixado pela autoridade competente, levando-se
em conta a natureza da infração, as suas conseqüências, o porte do empreendimento, os
antecedentes do infrator, e as demais circunstâncias agravantes ou atenuantes.

§ 2º - Em caso de reincidência em infração punida com multa, esta será aplicada em


dobro.

Art. 101 - A penalidade de suspensão de atividades poderá ser aplicada, a critério da


autoridade competente, a partir da segunda reincidência em infração penalizada com
multa.

Parágrafo único - Em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou recursos
ambientais, o Prefeito Municipal poderá determinar, em processo sumário, a suspensão
de atividades de fonte poluidora, durante o tempo que se fizer necessário para correção
da irregularidade.

Seção VII
Da Formalização das Sanções

Art. 102 - Constatada a infração, será lavrado o respectivo auto em 03 (três) vias,
destinando-se a primeira ao autuado e as demais à formação do processo administrativo,
devendo aquele instrumento conter:
I - nome do autuado, com o respectivo endereço;
II - o fato constitutivo da infração e o local, hora e data da sua constatação;
III - a disposição legal ou regulamentar que fundamenta a autuação;
IV - prazo para apresentação de defesa e, se for o caso, para comparecimento à SMMA
com finalidade indicada;
Inciso IV com redação dada pelo Decreto 6.797, de 5/4/1991 (Art. 1º)
V - assinatura do autuante
Inciso V com redação dada pelo Decreto 6.797, de 5/4/1991 (Art. 1º)
312

VI - assinatura do autuante;
VII - assinatura do autuado;

Parágrafo único - O autuado tomará ciência do auto de infração pessoalmente, por seu
representante legal ou preposto, ou por carta registrada, com Aviso de Recebimento -
AR.

Art. 103 - O autuado poderá apresentar defesa endereçada ao Secretário Municipal de


Meio Ambiente, no prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento do auto de
infração.

Art. 104 - O Secretário Municipal de Meio Ambiente determinará a formação de processo


administrativo, ou a anexação da autuação em processo administrativo já em tramitação
na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

Parágrafo único - Ao processo administrativo serão juntados os pareceres técnico e


jurídico quando houver apresentação tempestiva de defesa por parte do autuado.
Art. 104 com redação dada pelo Decreto nº 9.859, de 2/3/1999 (Art. 6º)

Art. 105 - As penalidades de advertência e multa, previstas nos incisos I e II do artigo 97,
serão aplicadas pela Secretária Municipal de Meio Ambiente.

Art. 106 - A aplicação das penalidades de suspensão de atividades e cassação de


alvarás e licenças, previstas nos incisos III e IV do artigo 97, será decidida em primeira
instância pela SMMA, ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 101 deste
Decreto.

§ 1º - A execução das penalidades de que trata este artigo poderá ser efetuada, quando
necessário, com requisição de força policial, podendo ficar a fonte poluidora sob custódia
policial, até sua liberação pela SMMA.

§ 2º - O infrator será único responsável pelas conseqüências da aplicação das


penalidades de que trata este artigo, não cabendo qualquer indenização por eventuais
danos.

§ 3º - Todos os custos e despesas decorrentes da aplicação destas penalidades correrão


por conta do infrator.

Art. 107 - A imposição das penalidades previstas neste Regulamento será notificada, por
escrito, ao infrator, pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em carta registrada, com
Aviso de Recebimento.

Art. 108 - As multas previstas neste Regulamento deverão ser recolhidas pelo infrator no
prazo de 15 (quinze) dias, contados do recebimento da notificação, sob pena de
inscrição em dívida ativa.
313

§ 1º - o recolhimento deverá ser feito em estabelecimento de crédito credenciado para tal


fim, a favor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Fundo Municipal de Defesa
Ambiental.

§ 2º - O não recolhimento da multa no prazo fixado, além de sujeitar o infrator a


decadência do direito de recurso, acarretará correção monetária e juros de mora de 1%
(um por cento) ao mês a partir do mês subseqüente ao do vencimento do prazo fixado
para recolhimento.
§ 2º com redação dada pelo Decreto nº 6.031, de 8/8/1988 (Art. 2º)

Seção VIII
Dos Recursos

Art. 109 - Das decisões em primeira instância, caberá recurso para o Conselho Municipal
de Meio Ambiente, sem efeito suspensivo.

Parágrafo único - Os recursos serão dirigidos ao Presidente do Conselho Municipal de


Meio Ambiente e interpostos no prazo de 15 (quinze) dias contados da data de
recebimento, pelo infrator, da notificação da decisão recorrida.

Art. 110 - Das decisões do Conselho Municipal de Meio Ambiente, caberá recurso para o
Prefeito Municipal, sem efeito suspensivo.

§ 1º - Os recursos serão dirigidos ao Prefeito Municipal e interpostos no prazo de 15


(quinze) dias, contados da data do recebimento, pelo infrator, da notificação da decisão
recorrida.

§ 2º - É irrecorrível, em nível administrativo, a decisão proferida pelo Prefeito Municipal,


relativa à aplicação de penalidades.

Art. 111 - Não será reconhecido recurso desacompanhado de cópia autenticada da Guia
de Recolhimento da multa, quando for o caso.

Art. 112 - No caso de cancelamento de multa, a restituição será automática, sempre, pelo
mesmo valor recolhido, em número de UFPBH na data de decisão.

Parágrafo único - A restituição da multa recolhida será efetuada no prazo máximo de 30


dias.

CAPÍTULO X
DO FUNDO MUNICIPAL DE DEFESA AMBIENTAL

Art. 113 - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente disporá, em observância ao artigo 17


da Lei Municipal nº 4253, de 04 de dezembro de 1985, de um fundo especial de natureza
314

contábil, com o objetivo de custear projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente


do Município.

Art. 114 - Constituirão recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental - FMDA:


I - as dotações orçamentárias específicas;
II - o produto de arrecadação de multas previstas na legislação ambiental;
III - o produto de reembolso do custo dos serviços prestados pela Prefeitura Municipal
aos requerentes de licença prevista na Lei nº 4253, de 04 de dezembro de 1985;
IV - transferência da União, do Estado ou de outras entidades públicas;
V - doação e recursos de outras origens.

Art. 115 - Os recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental serão aplicados,


exclusivamente, em projetos de melhoria da qualidade do meio ambiente do Município,
propostos pela Secretária Municipal de Meio Ambiente ou pela comunidade, e
submetidos à apreciação do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM.
Art. 115 retificado em 22/3/1988

§ 1º - Para cada projeto poderão ser estabelecidos mecanismos periódicos de avaliação,


através da elaboração de relatórios parciais e do relatório final.

§ 2º - É vedada a utilização de recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental no


custeio de pessoal e das atividades de controle, manutenção e operação normais, a
cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que correrão pelo processo normal de
despesa.

Art. 116 - O controle administrativo, financeiro e contábil do Fundo será exercido pelo
diretor do Departamento de Planejamento, Administração e Finanças da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, o qual, através de Balancetes Mensais, outros
demonstrativos contábeis e do Balanço Geral no fim de cada exercício, prestará contas
de sua gestão à Auditoria Geral de Município e ao Departamento de Inspeção Financeira
da Secretaria Municipal da Fazenda.

Art. 117 - O Departamento de Planejamento, Administração e Finanças manterá


contabilidade própria de todos os atos e fatos de sua gestão, compreendendo os
sistemas orçamentário, financeiro e patrimonial.

Art. 118 - O saldo positivo do Fundo Municipal de Defesa Ambiental, verificado no fim do
exercício, constituirá receita do exercício seguinte.

Art. 119 - Ao Diretor do Departamento de Planejamento, Administração e Finanças da


SMMA, além das competências definidas no artigo 6º do Decreto Municipal nº 4534, de
12 de setembro de 1983, incumbe:
I - assinar balanços, balancetes e ordens de pagamento;
315

II - assinar, com o Chefe da Seção de Orçamento e Controle, ou, em sua falta, com o
Chefe do Setor Contábil, cheques ou ordens de pagamento sobre depósitos bancários,
bem como assinar recibos e dar quitação;
III - executar a administração do Fundo Municipal de Defesa Ambiental em consonância
com as orientações da Junta de Coordenação Orçamentaria e Financeira;
IV - promover licitação na forma prevista no Decreto-lei Federal nº 2300, de 21 de
novembro de 1986, com observância, ainda, das disposições contidas no Decreto
Municipal nº 4544, de 12 de setembro de 1983, para execução de obras, fornecimento e
aquisição de materiais;
V - assinar contratos de fornecimento, serviços e obras, observada a legislação municipal
vigente, específica;
VI - zelar para que sejam incorporados ao Fundo Municipal de Defesa Ambiental todos
os recursos que lhe são servidos;
VII - apresentar, mensalmente, ao Secretário Municipal de Meio Ambiente e à Junta de
Coordenação Orçamentária e Financeira, um demonstrativo do movimento de receita de
despesa relativo ao Fundo;
VIII - providenciar os pagamentos de numerários relacionados com as despesas do
Fundo;
IX - autorizar a restituição de qualquer importância recolhida indevidamente ao Fundo;
X - prestar contas das importâncias recebidas pelo Fundo Municipal de Defesa
Ambiental, dentro dos prazos estabelecidos nos atos de concessão, com audiência
prévia do Departamento de Inspeção Financeira da Secretaria Municipal da Fazenda;
XI - zelar pelo cumprimento das normas legais, para aplicação dos recursos do Fundo;
XII - promover os registros contábeis, financeiros e patrimoniais do Fundo Municipal de
Defesa Ambiental e o inventário dos bens em almoxarifado e de equipamentos e
instalações de seu uso;
XIII - realizar as prestações de contas anuais, observando os seguintes básicos
constitutivos:
a) balancete das operações financeiras e patrimoniais;
b) extratos bancários e respectiva conciliação dos saldos;
c) relatório da despesa do Fundo;
d) balanços gerais em 31 de dezembro de cada exercício.

Art. 120 - À Seção de Orçamento e Controle, além das competências já previstas no art.
8º do Decreto nº 5034, de 24 de julho de 1985, incumbe ainda:
I - manter o controle da Receita e da Despesa referente ao Fundo Municipal de Defesa
Ambiental;
II - depositar e controlar dinheiro arrecadado na conta do estabelecimento bancário,
indicado pela Secretária Municipal da Fazenda;
III - solicitar suplementação de dotações, quando for o caso;
IV - assinar, com o Diretor do Departamento de Planejamento, Administração e Finanças
ordens de fornecimento, pagamentos, cheques, transferências de recursos, balanços,
balancetes e prestações de contas.
316

Art. 121 - Ao setor Contábil, além das competências já previstas no art. 9º do Decreto nº
5034, de 24 de julho de 1985, incumbe ainda:
I - acompanhar e registrar, mediante documento hábil, os atos e fatos de gestão do
Fundo Municipal de Defesa Ambiental, com observância do Plano de Contas e das
Normas Gerais de Contabilidade, aprovadas pela Secretaria Municipal da Fazenda;
II - zelar pela exatidão das contas e oportuna apresentação dos balancetes, balanços e
demonstrações contábeis dos atos relativos à administração financeira, orçamentaria e
patrimonial do Fundo Municipal de Defesa Ambiental;
III - elaborar os relatórios financeiros do Fundo Municipal de Defesa Ambiental;
IV - executar os pagamentos autorizados pelo Diretor do Departamento, assinando com
ele, na ausência do Chefe da Seção de Orçamento e Controle, os cheques pertinentes.

CAPÍTULO XI
DAS DEFINIÇÕES FINAIS

Art. 122 - Será obrigatória a inclusão de conteúdos de "Educação Ambiental", de maneira


multidisciplinar, nas escolas municipais mantidas pela Prefeitura Municipal de Belo
Horizonte, nos níveis de primeiro e segundo graus, conforme programa a ser elaborado
pela Secretaria Municipal de Educação.

Art. 123 - Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pelo Conselho
Municipal de Meio Ambiente.

Art. 124 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Belo Horizonte, 16 de março de 1988

Sérgio Ferrara
Prefeito de Belo Horizonte

Lomelino de Andrade Couto


Secretário Municipal do Governo

Hiram Firmino
Secretário Municipal de Meio Ambiente
317

TABELA 1 A QUE SE REFERE O ARTIGO 13, INCISO II NÍVEIS MÁXIMOS DE SOM


EM dB(A)
Tabela 1 com redação dada pelo Decreto nº 9.139, de 7/3/1997 (Art. 1º)

LOCAL DA PROPRIEDADE HORÁRIOS


ONDE SE DÁ O SUPOSTO
INCÔMODO
ZONA DE USO CLASSIFICAÇ DIURNO VESPERTINO NOTURNO
E OCUPAÇÃO ÃO DAS VIAS (07:00 ÁS (19:00 ÀS (22:00 ÀS
(1) (1)
DO SOLO 19:00) 22:00) 07:00)
ZPAM TODAS AS 55 Db(A) 50 dB(A) 45 dB(A)
ZP1 VIAS
ZP2
DEMAIS LOCAL 60 dB(A) 55 dB(A) 50 dB(A)
ZONAS DE COLETORA 65 dB(A) 60 dB(A) 55 dB(A)
USO LIGAÇÃO 70 dB(A) 60 dB(A) 55 dB(A)
REGIONAL E
ARTERIAL
(1) DE ACORDO COM A LEI MUNICIPAL Nº 7.166, DE 27 DE AGOSTO DE 1996
318

DECRETO Nº 7.351, DE 21 DE SETEMBRO DE 1992


Cria Comissão Consultiva para o Parque Municipal
Américo Renée Gianetti.

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, decreta:

Art. 1° - Fica criada a Comissão Consultiva do Parque Municipal Américo Renée Gianetti,
com a finalidade de contribuir para a gestão daquela unidade, visando a consecução de
seus objetivos ambientais, sócio-culturais e educacionais.

Art. 2° - A Comissão Consultiva será composta por:


I - 7 (sete) membros, indicados, respectivamente, pelos seguintes órgãos e entidades:
a) Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que a coordenará;
b) Secretaria Municipal de Cultura;
c) Administração Regional Centro-Sul;
d) Instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis IMACO;
e) Fundação Clóvis Salgado;
f) Sociedade Orquidófila de Belo Horizonte;
g) Associação dos Comerciantes e Concessionários do Parque Municipal "Américo
Renée Gianetti".
II - 2 (dois) membros indicados, respectivamente, pelas entidades civis ambientalistas e
pelas entidades civis representativas de profissionais liberais, com atuação no Município:

§ 1° - Os membros da Comissão e respectivos suplentes serão indicados ao Secretário


Municipal de Meio Ambiente.

§ 2° - A indicação dos membros referidos no inciso II do artigo será feita através dos
representantes no Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, dos respectivos
conjuntos de entidades civis.

§ 3° - A Comissão Consultiva do Parque Municipal Américo Renée Gianetti emitirá


parecer ou elaborará propostas sobre as seguintes matérias:

I - Planos e programas de trabalho do parque;


II - Diretrizes e medidas referentes à conservação e controle do acervo; visitação pública;
atividades de educação ambiental e de pesquisa;
III - Avaliação da execução dos planos, programas e atividades.

Art. 4° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 21 de setembro de 1992

Eduardo Brandão Azeredo


319

DECRETO Nº 7.579, DE 14 DE ABRIL DE 1993


Dispõe sobre doação de resíduos de podas de árvores
efetuadas pela Prefeitura Municipal de Belo Horizonte.

O Prefeito de Belo Horizonte, usando das atribuições legais que lhe confere a art. 108,
inciso VII da Lei Orgânica do Município e,

Considerando:
- a necessidade de regulamentar a destinação dos galhos de árvores resultantes da poda
rotineira e sistemática efetuada pela Prefeitura de Belo Horizonte;
- serem os resíduos das podas bens públicos do Município, inservíveis, em espécie, às
suas atividades;
- o valor econômico de tais resíduos;
- o estabelecimento de ações concretas para o enfrentamento dos problemas ligados aos
Meninos e Meninas de Rua, dispostas no Decreto n° 7.551, de 09 de fevereiro de 1993;
- a integração da AMAS - Associação Municipal de Assistência Social às ações de que
trata o item anterior, por força do que dispõe o art. 1° do citado Decreto;
- precedentes, já que em gestões anteriores a Administração Pública Municipal,
eventualmente doava à AMAS, parte dos resíduos de podas;
- finalmente, o permissivo contido no inciso I, § 2°, do art. 37 da Lei Orgânica do
Município, decreta:

Art. 1° - Toda a lenha resultante da poda de árvores, efetuada rotineira e


sistematicamente pela Prefeitura, em todo o Município, será doada à AMAS - Associação
Municipal de Assistência Social.

Art. 2° - A renda auferida pela donatária, resultante da alienação dos resíduos de poda,
será destinada exclusivamente para atender aos fins estabelecidos no Decreto n°
7.551/93.

Art. 3° - Visando à diminuição de custos para um melhor aproveitamento da renda


resultante dos bens ora doados e tendo em vista a situação emergencial, será
constituída, através de Portaria, um Comissão para regulamentar e operacionalizar a
alienação da lenha.

Art. 4° - O presente Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 14 de abril de 1993

Patrus Ananias de Sousa


Prefeito de Belo Horizonte
320

DECRETO Nº 9.859, DE 2 DE MARÇO DE 1999


Regulamenta o art. 13 da Lei nº 4.253/85, que
dispõe sobre a política de proteção, controle,
conservação do meio ambiente e melhoria da qualidade
de vida no Município de Belo Horizonte, modifica os
dispositivos do Decreto nº 5.893/88 que menciona e dá
outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista o


disposto no art. 13 da Lei nº 4.253, de 4 de dezembro de 1985, e considerando a
necessidade de adoção imediata das medidas de combate e controle de reservatórios ou
vetores da DENGUE, demais doenças infecto-contagiosas e de zoonoses, decreta:

Art. 1º - Os proprietários ou responsáveis pelos estabelecimentos, intervenções, obras ou


atividades de indústria, comércio e prestação de serviços, de qualquer natureza, deverão
efetuar a proteção e limpeza dos locais propícios ao acúmulo de resíduos sólidos
orgânicos ou inorgânicos, tais como embalagens, lixo, entulho, sucatas, pneus e restos
de alimentos, bem como ao acúmulo de água, de forma a se evitar a proliferação e o
desenvolvimento dos vetores ou reservatórios de doenças infecto-contagiosas e de
zoonoses.

Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, aos ocupantes, proprietários ou


responsáveis pelos imóveis residenciais, áreas não-edificadas e lotes vagos neste
Município, as disposições e medidas a que se refere este Decreto.

Art. 2º - A fiscalização municipal realizará periodicamente vistorias nos imóveis a fim de


verificar o cumprimento e a adoção das medidas indicadas neste regulamento.

Art. 3º - Fica assegurada aos fiscais e demais agentes credenciados a entrada em


quaisquer estabelecimentos, imóveis e locais públicos ou privados, neles permanecendo
pelo tempo que se fizer necessário, podendo requisitar, se for o caso, apoio policial para
garantir a ação fiscalizadora, em se tratando de epidemia de grave risco de vida da
população.

Art. 4º - Aos fiscais e agentes credenciados compete:


I - efetuar vistorias, levantamentos e avaliações;
II - verificar a ocorrência de infração;
III - determinar as providências a serem adotadas para solucionar os problemas
identificados;
IV - elaborar relatórios de vistoria e lavrar autos de fiscalização e, se for o caso, de
infração, fornecendo cópia ao autuado;
V - orientar e, se for o caso, advertir os infratores, notificando-os para cessar as
irregularidades, observando-se o seguinte:
321

a) constatadas as situações de insalubridade dos imóveis ou a incúria de seus


proprietários, ocupantes ou responsáveis, a que se refere ao art. 1º, será lavrado o auto
de fiscalização, em que se consignará o prazo mínimo de vinte e quatro (24) horas e
máximo de setenta e duas (72) horas para tomada de providências necessárias, visando
sanar os problemas e corrigir as irregularidades apontadas pela fiscalização, sob pena
de imposição das penalidades cabíveis;
b) quando as providências ou medidas exigíveis tiverem sido cumpridas no prazo
assinalado, os documentos fiscais serão arquivados mediante despacho da autoridade
competente, dispensando-se da formação de processo administrativo;
c) esgotado o prazo concedido, em sendo constatada a omissão ou negligência relativa
às providências e medidas assinaladas no auto de fiscalização, conforme alínea "a"
supra, serão imediatamente lavrados os autos de fiscalização e infração referentes ao
descumprimento;
d) além da aplicação das penalidades cabíveis, a Administração Municipal atuará de
forma efetiva, adotando as medidas necessárias para cessar os problemas identificados
pela fiscalização, com ônus para o infrator.

Art. 5º - Os infratores sujeitam-se às seguintes penalidades, que poderão ser aplicadas


isolada ou cumulativamente:
I - interdição temporária de estabelecimentos;
II - suspensão de atividades;
III - cassação de alvará;
IV - multa de 23 (vinte e três) a 15.845 (quinze mil, oitocentos e quarenta e cinco) UFIR.

Art. 6º - O Decreto nº 5.893, de 16 de março de 1988, passa a vigorar com as seguintes


modificações:

"Art. 52 - ....
I - resíduos sólidos: resíduos em qualquer estado da matéria,
independentemente de sua destinação ou utilização, resultantes de atividades
de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e
de varrição, ficando incluídos os lodos provenientes de sistemas de
tratamento de água, os resíduos provenientes de equipamentos e instalações
de controle de poluição, bem como aqueles determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável seu lançamento na rede pública de esgotos
ou corpos d'água;
(.....)

Art. 53 - ....

§ 1º - O transporte, a disposição e, quando for o caso, o tratamento de


resíduos provenientes de estabelecimentos industriais, comerciais e de
prestação de serviços deverão ser feitos pelo responsável por tais atividades,
não se eximindo de responsabilização mesmo quando forem efetuados por
terceiros.
322

§ 2º - Os estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços


deverão apresentar à SMMA o programa de gerenciamento de resíduos
sólidos, em conformidade com as normas técnicas e regulamentações legais
cabíveis, tais como a NBR 10.004/87 e a Resolução Conama nº 05/93,
apontando e descrevendo as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos,
bem como contemplando os aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento, disposição
final e proteção à saúde pública.

§ 3º - Na elaboração do programa de gerenciamento de resíduos sólidos,


devem ser considerados princípios que conduzam à reciclagem, bem como a
soluções integradas ou consorciadas, para os sistemas de tratamento e
disposição final, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela SMMA.

§ 4º - O programa de gerenciamento de resíduos sólidos somente poderá


prever a destinação para disposição ou tratamento por terceiros, desde que
sejam previamente licenciados para tal fim junto à SMMA ou ao órgão
ambiental competente.

§ 5º - A utilização do solo como destino eventual, temporário ou final de


resíduos sólidos deverá ser feita de forma adequada, estabelecida em
projetos específicos de transporte e destinação aprovados pela SMMA,
ficando vedada a simples descarga ou depósito, seja em propriedade pública
ou particular.
(...)

Art. 104 - ....

Parágrafo único - Ao processo administrativo serão juntados os pareceres


técnico e jurídico quando houver apresentação tempestiva de defesa por parte
do autuado."

Art. 7º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogando as


disposições em contrário.

Belo Horizonte, 2 de março de 1999

Célio de Castro
Prefeito de Belo Horizonte

Paulo Emílio Coelho Lott


Secretário Municipal de Governo

Juarez Amorim
Secretário Municipal de Meio Ambiente
323

DECRETO Nº 10.889, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2001


Dispõe sobre a regulamentação do procedimento para licenciamento de antenas
de telecomunicações previsto na Lei nº 8.201, de 17 de julho de 2001 e dá outras
providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, decreta:

Art.1º - Entende-se por estruturas verticais similares à de torre, previstas no parágrafo


único do art. 1º da Lei nº 8.201, de 17 de julho de 2001, as estruturas destinadas
exclusivamente à instalação de antenas radiobase para sistemas de telecomunicações.

Art.2º - Fica estabelecido como centros iniciais das circunferências, para efeito de
referência, base do parâmetro de 500 (quinhentos) metros previsto no art. 5º, inciso I, da
Lei nº 8.201, de 2001, as torres daquelas antenas que receberam autorização para
instalação de equipamentos de telecomunicações ou licença ambiental concedida pelo
órgão competente.

Art.3º - O órgão ambiental municipal definirá os critérios e procedimentos para as


medições e avaliação das radiações não ionizantes em conformidade com o §4º, do art.
11 da Lei nº 8.201, de 2001.

Art.4º - Para efeito de definição, etapas vencidas, a que se refere o art. 14 da Lei nº
8.201, de 2001, são aquelas cujo prazo de outorga, considerado a partir do requerimento
de cada fase do licenciamento, encontra-se transcorrido sem a devida apreciação do
Conselho Municipal de Meio Ambiente.

Art.5º - Todo requerimento de licenciamento ambiental de antena de telecomunicações


será analisado individualmente, devendo o setor competente fornecer a guia de
arrecadação municipal por empreendimento, objeto de análise pelo órgão ambiental.

Parágrafo único - A Licença de Implantação - LI e a Licença Prévia - LP serão liberadas


sempre em conjunto se, a requerimento do interessado, devidamente fundamentado,
comprovar-se a incompatibilidade do processo de licenciamento do empreendimento
com os prazos estabelecidos pelo poder concedente.

Art.6º - No ato de protocolização do pedido de licenciamento do empreendimento junto à


Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano - SMMAS, deverão ser
apresentados, pelo requerente, os documentos citados no Anexo Único deste Decreto.

Art.7º - Qualquer obra de instalação de equipamentos de estação de rádio-base e


transmissão sem o devido licenciamento ambiental sujeitará o infrator às penalidades
previstas no Decreto-lei nº 84, de 21 de dezembro de 1940 e na Lei nº 4.253, de 04 de
dezembro de 1985.
324

Parágrafo único - Será determinada a suspensão das atividades do empreendimento


previsto no art. 15 da Lei nº 8.201, de 2001 que não comparecer ao licenciamento
ambiental no prazo determinado pela SMMAS, com a devida protocolização dos
documentos necessários, após a convocação pelo órgão ambiental municipal.

Art.8º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 30 de novembro de 2001

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte em exercício e Secretário Municipal de Governo,
Planejamento e Coordenação Geral

Murilo de Campos Valadares


Secretário Municipal de Coordenação da Política Urbana e Ambiental

Paulo Maciel Júnior


Secretário Municipal de Meio Ambiente e Saneamento Urbano

ANEXO ÚNICO A QUE SE REFERE O DECRETO Nº 10.889/2001

Relação de documentos a serem apresentados no ato do protocolo de requerimento do


pedido de licença ambiental de acordo com cada etapa do licenciamento:
ETAPA/FAS
E
DO DOCUMENTOS
LICENCIAME
NTO
LP/LI/LO/Loc Requerimento de solicitação da licença ambiental assinada pelo
empreendedor, acompanhado de procuração, quando for o caso.
LP/LI/LO/Loc Cópia da publicação de edital em jornal oficial e de grande circulação
no Município explicitando a licença ambiental requerida, o uso
pretendido e localização do empreendimento.
LP/LI/LO/Loc Apresentação da Guia de Arrecadação Municipal - GAM.
LI/LO/Loc Cópia da licença da fase anterior
LP /Loc Informação básica do terreno expedida pela SMRU.
LP/Loc Autorização do COMAR caso a instalação da estação de
telecomunicação exceda a altura máxima contida na informação
básica do terreno.
LP/Loc Cópia do registro ou escritura indicando o proprietário do terreno.
LP/Loc Cópia do contrato de locação do terreno ou autorização do
proprietário, quando for o caso.
LP/Loc Comprovante do índice cadastral do imóvel (IPTU ou planta básica).
LP/Loc Cópia do documento de constituição da concessionária (contrato
325

social, ato constitutivo, etc., acompanhado da última alteração


contratual).
LP/Loc Documento comprobatório da concessão expedido pela Agência
Nacional de Telecomunicações - ANATEL.
LP/Loc Croquis do terreno na escala 1:1000, contendo a distância às
esquinas mais próximas.
LI/Loc Croquis com vista frontal dos equipamentos da estação de
telecomunicação devidamente cotados.
LP/Loc Diagrama representativo da elevação das edificações existentes,
com cotas das dimensões, situadas no lóbulo principal e secundário
de cada antena transmissora e receptora.
LP/Loc Planta de situação do imóvel, em escala adequada, considerando a
estação de telecomunicação informando o constante no Art. 5º ,
incisos I, II, III e IV, da Lei Municipal nº 8.201/01. Indicação das
edificações existentes no imóvel e escala mínima de 1:200 para os
incisos III e IV. Para o inciso II apresentar diagrama representativo
da elevação das edificações, situadas num raio de 30 metros em
relação às antenas transmissoras e receptoras.
LP/Loc Memorial descritivo dos elementos e instalações da estação de
telecomunicação.
LI/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA-MG relativa
ao projeto e instalação da estação de telecomunicação.
LI/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA-MG relativa
ao projeto e instalação do sistema de aterramento das instalações da
estação de telecomunicação.
LP/LI/LO/Loc EIA/RIMA-Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (LP), PCA-Plano
de Controle Ambiental (LI), RCA/PCA-Relatório e Plano de Controle
Ambiental (LOc), conforme termos de referência da SMMAS.
LP/Loc Mapa representativo em escala adequada por regional administrativa
de Belo Horizonte, com nome do logradouro e zoneamento de
acordo com a Lei de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo
conforme as informações constantes dos incisos I, II, III, IV e V do
artigo 16 da Lei Municipal 8201/01.
LI/ Laudo radiométrico conforme Art. 10 e 11 da Lei Municipal 8201/01;
Lic/LO/Loc
LI/LO/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao Conselho Regional
de Engenharia referente ao laudo radiométrico.
LO/Loc Laudo de medição dos níveis de pressão sonora referentes aos
ruídos provenientes do funcionamento dos equipamentos da estação
de transmissão, considerando inclusive o funcionamento do ar
condicionado, frente à legislação ambiental municipal em vigor.
LO/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica referente ao laudo de
medições de pressão sonora.
LI/LO/Loc Comprovantes de calibração e aferição dos equipamentos utilizados
326

nas medições das radiações não-ionizantes e medição dos níveis de


pressão sonora.
LO/Loc Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao CREA-MG relativa
ao projeto e instalação do sistema de segurança da estação de
telecomunicação.
LI/Loc Plano de Comunicação Social para LI e Loc , conforme termo
referência da SMMAS e Comprovante da entrega da comunicação
social para comunidade, para LO e Loc.
LO/Loc Contrato de seguro em favor de terceiros conforme Lei Municipal
7858/99 e artigo 23 da Lei Municipal 8201/01.
LI/Lic/Loc Parecer da Gerência de Patrimônio Histórico Urbano quando se
tratar de área de preservação do patrimônio histórico e cultural.
LP/Loc Mapeamento em meio físico e magnético das estações de rádio base
ou estação de transmissão já existentes e propostas

LP/Loc Planilha eletrônica com as coordenadas geográficas em UTM,


referência SAD69, das antenas de telecomunicação instaladas e a
serem instaladas.
Lic Comprovante de implantação do empreendimento antes da DN
COMAM no 20/99
Loc Comprovante de funcionamento do empreendimento antes da DN
COMAM no 20/99
LP/LI/LO/Loc Orientação básica para o licenciamento ambiental fornecida pela
SMMAS
LP Anotações de Responsabilidade Técnica referente à elaboração do
EIA/RIMA
LI Anotações de Responsabilidade Técnica referente à elaboração do
PCA
Loc Anotações de Responsabilidade Técnica referente à elaboração do
RCA/PCA
LI Comprovante de registro do profissional responsável pela elaboração
do Plano de Comunicação Social

Legenda:

LP: Licença Prévia


LI: Licença de Implantação
LO: Licença de Operação
Loc: Licença de Operação, licenciamento corretivo
Lic: Licença de Implantação, licenciamento corretivo
327

DECRETO Nº 12.015, DE 5 DE ABRIL DE 2005


Regulamenta a Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005,
que "Institui o plano de ação - Programa de Recuperação
e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha -
PROPAM - em Belo Horizonte, e regulamenta as ADEs
da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo, em
conformidade com as Leis n°s 7.165/96 e 7.166/96."

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições, em especial a que lhe confere
o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, decreta:

Art. 1º - A aplicação da Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005, observará os


procedimentos vigentes no Município para aplicação das normas de uso e ocupação do
solo e, em particular, o disposto neste Decreto.

Art. 2º - Na aplicação das normas de uso e ocupação do solo nas Áreas de Diretrizes
Especiais - ADEs - de que trata a Lei nº 9.037/05, será observada a seguinte ordem de
preponderância:
I - os critérios e parâmetros estabelecidos para as Áreas de Controle Especial de Uso do
Solo, Áreas de Proteção Máxima Grau 1 - AP-1, ou Áreas de Proteção Moderada Grau 2
- AP-2, prevalecerão independentemente da ADE em que o terreno estiver situado;
II - os critérios e parâmetros estabelecidos para a ADE em que o terreno estiver situado
prevalecerão sobre os estabelecidos para o local pela Lei de Parcelamento, Ocupação e
Uso do Solo.

Parágrafo único - O quadro constante do Anexo I deste Decreto contém a síntese dos
parâmetros e critérios de uso e ocupação do solo aplicáveis a cada situação.

Art. 3º - São consideradas capazes de contaminar o lençol freático e as águas


superficiais na Área de Controle Especial de Uso do Solo:
I - as atividades mencionadas na alínea 'a' do art. 11 da Lei nº 9.037/05;
II - as atividades mencionadas no Anexo V da Lei nº 9.037/05, caso o terreno não seja
atendido por rede pública de coleta de esgoto;
III - qualquer atividade que figure no Anexo VI da Lei nº 8.137/00 como sujeita à medida
mitigadora constante da alínea 'o' do inciso I do art. 97 da mesma lei, caso o terreno não
seja atendido por rede pública de coleta de esgoto.

Art. 4º - Nas ADEs da Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo, o uso não residencial
admitido no terreno será licenciado de acordo com os procedimentos vigentes no
Município, observados os seguintes critérios e procedimentos específicos:
I - sempre que a edificação implicar em desaterro, corte ou ocupação abaixo do nível do
terreno natural, a concessão do Alvará de Construção ficará condicionada à
apresentação de Termo de Responsabilidade quanto à Profundidade do Lençol Freático,
328

emitido por responsável técnico habilitado, com base na sondagem exigida nos termos
do parágrafo único do art. 8° da Lei nº 9.037/05;
II - na hipótese de terreno lindeiro à Av. Otacílio Negrão de Lima, o licenciamento será
condicionado à anuência prévia do órgão municipal responsável pela preservação do
patrimônio histórico;
III - na hipótese de terreno situado em Área de Controle Especial de Uso do Solo, o
licenciamento ambiental de atividade listada no Anexo V da Lei nº 9.037/05, nos termos
da alínea 'b' do art. 11 da mesma lei, será fundamentado em laudo de sondagem, emitido
por responsável técnico habilitado;
IV - na hipótese de terreno situado em AP-2 inserida na ADE Trevo ou na ADE Bacia da
Pampulha, será efetuado para os usos dos Grupos II e III o licenciamento específico de
atividades a serem instaladas, ou o licenciamento corretivo daquelas já instaladas.

§ 1º - Para efeito de aplicação do inciso IV deste artigo, considera-se licenciamento


específico aquele condicionado a parecer do órgão municipal responsável pelo controle
ambiental.

Art. 5º - Na ADE da Pampulha, a utilização dos parâmetros urbanísticos diferenciados


nos casos de que trata o art. 30 da Lei nº 9.037/05 fica condicionada a:
I - apreciação do empreendimento pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do
Município - CDPCM, compreendendo:
a) análise do empreendimento do ponto de vista da valorização do patrimônio cultural da
região e a minimização dos impactos negativos na paisagem;
b) fornecimento de diretrizes para o projeto;
II - apresentação do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV;
III - apreciação do EIV pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR, com o
objetivo de verificar as medidas de adequação do empreendimento às características
urbanísticas e ambientais da vizinhança;
IV - licenciamento do empreendimento pelo Executivo, desde que cumpridas as diretrizes
do CDPCM e as medidas indicadas no EIV.

Parágrafo único - A não aprovação do empreendimento pelo CDPCM, na etapa citada na


alínea 'a' do inciso I deste artigo, impedirá a continuidade do processo de licenciamento.

Art. 6º - Para efeito de aplicação do art. 31 da Lei nº 9.037/05, considera-se


remembramento a modificação de parcelamento que promova a unificação de dois ou
mais lotes.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 14.454, de 14/6/2011 (Art. 1º)

Parágrafo único – O remembramento de lotes voltados para vias com permissividade de


usos diferentes apenas será admitido nas hipóteses previstas no § 2º do art. 29 da Lei nº
9.037/05.
Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.454, de 14/6/2011 (Art. 1º)
329

Art. 7º - O direito de permanência de usos na ADE da Pampulha, de que trata o art. 33 da


Lei nº 9.037/05, fica condicionado à regularidade da edificação e da atividade.

§ 1º - A existência da atividade no prazo previsto no art. 33 da Lei nº 9.037/05 deverá ser


comprovada pelo interessado.

§ 2º - A regularização da atividade será realizada segundo os seguintes procedimentos:


I - aprovação do projeto da edificação pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação
Urbana;
II - aprovação da permanência de uso, em primeira instância, pelo Fórum da Área de
Diretrizes Especiais da Pampulha - FADE da Pampulha;
III - aprovação do empreendimento, em segunda instância, pelo CDPCM, no caso de
atividade instalada em edificação tombada ou inserida em perímetro de proteção do
patrimônio, compreendendo:
a) análise do impacto da atividade, do ponto de vista da proteção da paisagem e do
patrimônio cultural;
b) fornecimento de diretrizes para a regularização da atividade;
IV - regularizada a edificação e não havendo impedimento por parte do FADE e do
CDPCM, apresentação do EIV, considerando as diretrizes do CDPCM;
V - apreciação do EIV pelo COMPUR;
VI - licenciamento da atividade pelo Executivo.

Art. 8º - Para efeito de aplicação do art. 36 da Lei nº 9.037/05, as obras de saneamento


urbano básico não são consideradas como intervenções a serem submetidas ao órgão
municipal de preservação do patrimônio histórico.

Art. 9º - O FADE da Pampulha, instituído pelo art. 38 da Lei nº 9.037/05, terá caráter
consultivo, somente assumindo caráter deliberativo nos casos previstos na alínea 'b' do
art. 33 da mesma lei.

Art. 10 - Na ADE da Pampulha, os pedidos de licenciamento de atividades que forem


submetidos ao COMPUR, CDPCM e/ou COMAM deverão ser previamente
encaminhados ao FADE da Pampulha, para conhecimento e fornecimento de subsídios a
estes Conselhos, conforme previsto no inciso IV do art. 38 da Lei nº 9.037/05.

§ 1º - A informação ao FADE estará contida na Ficha de Informações de


Empreendimento na ADE da Pampulha, preenchida pelo interessado segundo o modelo
constante do Anexo III deste Decreto.

§ 2º - A apreciação do empreendimento pelo FADE consistirá no pronunciamento deste


fórum a respeito das repercussões positivas e negativas do empreendimento, em vista
do conhecimento do local e à luz dos objetivos fixados para a ADE da Pampulha.

Art. 11 - A Secretaria de Administração Regional Municipal da Pampulha disponibilizará


ao FADE informações sobre o licenciamento de edificações e atividades na área da ADE
330

da Pampulha, de modo a subsidiar o monitoramento da Lei nº 9.037/05, conforme


previsto no art. 38 da mesma lei.

Art. 12 - O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, de que trata a Lei n.º 9.037/05, será
apresentado pelo empreendedor e deverá conter a análise do impacto urbanístico e/ou
ambiental do empreendimento e a indicação das medidas destinadas a minimizar os
efeitos negativos e a intensificar os positivos.

§ 1º - O EIV deverá considerar a interferência do empreendimento na qualidade de vida


da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, dentre outras,
das seguintes questões:
I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

§ 2º - A análise do EIV é da competência do COMPUR.

§ 3º - O Executivo municipal deverá realizar audiência pública antes da decisão sobre o


projeto, sempre que sugerida pelos moradores da área afetada ou suas associações, na
forma da Lei.

§ 4º - Durante o período de análise, será conferida publicidade ao EIV, que ficará


disponível na Gerência Executiva do COMPUR para consulta por qualquer cidadão.

Art. 13 - São partes integrantes deste Decreto:


I - Anexo I: Parâmetros Urbanísticos Básicos e Critérios Gerais de Uso do Solo nas
ADEs Bacia da Pampulha, da Pampulha e Trevo;
II - Anexo II: Modelo de Termo de Responsabilidade quanto à Profundidade do Lençol
Freático;
III - Anexo III: Modelo de Ficha de Informações de Empreendimento na ADE da
Pampulha.

Art. 14 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 5 de abril de 2005

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte

Murilo de Campos Valadares


Secretário Municipal de Políticas Urbanas
331

ANEXO I
PARÂMETROS URBANÍSTICOS BÁSICOS E CRITÉRIOS GERAIS DE USO DO SOLO
NAS ADEs BACIA DA PAMPULHA, DA PAMPULHA E TREVO

ADE DA PAMPULHA ADE TREVO ADE BACIA DA


PAMPULHA
PARÂMETR USO DO PARÂMETR USO DO PARÂMETR USO
OS SOLO OS SOLO OS DO
SOLO
Terrenos Terrenos Terrenos Terrenos Terrenos Terreno
Públicos: Públicos: Públicos: Públicos: Públicos: s
- CA = 0,05 - Somente - CA = 0,05 - - CA = 0,05 Público
- QT: cf. admitidos - QT: 120m² * Somente - QT: cf. s:
zoneamento serviços - TO = 2% admitidos zoneamento -
- TO = 2% de apoio à - TP = 95% serviços - TO = 2% Soment
- TP = 95% manutençã - Alt. Edif = de apoio - TP = 95% e
- Alt. Edif. = o da 9m * à - Alt. Edif : admitid
9m vegetação, - Afast: manutenç indefinida os
- Afast. nascentes Frontal = ão da - Afast serviço
Frontal = 5m e cursos 5m * vegetaçã Frontal, s de
- Afast. d´água. Lateral/Fun o, laterais e apoio à
Lat/Fundo = Terrenos do = 1,5m* nascente de fundo: manute
Área
3m Particulare Terrenos se cf. LPOUS nção da
de
Terrenos s: Particulares: cursos Terrenos vegetaç
Proteç
Particulares: - Usos - CA, TO, QT d’água. Particulares: ão,
ão
- CA, TO, QT admitidos e TP: Terrenos - CA, TO, QT nascent
Máxim
e TP: cf. Anexo parâmetros Particular e TP: es e
a
Parâmetros VII e arts. de ZPAM es: parâmetros cursos
Grau
de ZPAM 28, 29 e 33 particular - Usos de ZPAM d’água.
1–
particular da Lei - Alt. Edif = admitidos particular Terreno
AP-1
- Alt. Edif = 9.037/05 9m * cf. - Alt. Edif: s
9m - Afast: critérios indefinida Particul
- Afast. Frontal = 5m da - Afast ares
Frontal = 5m * LPOUS Frontal, - Usos
- Afast. para laterais e de admitid
Lat/Fundo = Lateral/Fundo ZPAM fundo: cf. os cf.
3m = 1,5m* particular LPOUS critérios
da
LPOUS
para
ZPAM
particul
ar
332

- CA = 0,6 - Usos - CA = 0,6 - Usos - CA = 0,6 - Usos


- QT = 120m² admitidos - QT = 120 admitido - QT = 120 admitid
- TO = 20% cf. Anexo m² s cf. - m² os cf.
- TP = 70% VII e - TO = 20% critérios - TO = 20% critérios
- lote mínimo arts.28, - TP = 70% da - TP = 70% da
= 1000m² 29 e 33 - lote mínimo LPOUS - lote mínimo LPOUS
- Alt. Edif = da Lei = 1000m² - Uso de = 1000m² - Uso
9m 9.037/05 - Alt. Edif = Grupo II - Alt. Edif : de
Área
- Afast 9m * ou III: indefinida Grupo II
de
Frontal = 5m - Afast: - licenc. - Afast ou III:
Proteç
- Afast. Frontal = 5m específico Frontal, - licenc.
ão
Lat/Fundo = * para usos laterais e de específi
Moder
3m Lateral/Fund a serem fundo: cf. co para
ada
o = 1,5m* instalados LPOUS usos a
Grau
- licenc. serem
2–
corretivo instalad
AP-2
para os os
usos já - licenc.
instalados corretiv
o para
os usos

instalad
os
- CA: cf. - Usos - CA: cf. - Usos - CA: cf. - Usos
zoneamento admitidos zoneamento admitidos zoneamento admitid
- QT: cf. cf. * cf. - QT: cf. os cf.
zoneamento Anexo VII - QT: 120m² * critérios zoneamento critérios
- TO: 50% ** e arts.28, - TO: 50% * da - TO: cf. da
- TP: 30%, 29 e 33 - TP: 30%, LPOUS zoneamento LPOUS
salvo em da Lei salvo em - - TP: 30%, -
Area
ZPAM (95%) 9.037/05 ZPAM (95%) Vedados salvo em Vedad
de
e ZP-1 (70%) - Vedados: e ZP-1 (70%) : usos ZPAM (95%) os:
Contro
- Alt. Edif = usos - Alt. Edif = listados e ZP-1 (70%) usos
le
9m listados 9m * no art. - Alt. Edif : listado
Especi
- Afast no art. 11 - Afast: 11 “a” da indefinida s no
al
Frontal = 5m “a” da Lei Frontal = 5m Lei - Afast art. 11
de
- Afast. 9.037/05 * 9.037/05 Frontal, “a” da
Uso
Lat/Fundo = e art. 3°, Lateral/Fund e art. 3°, laterais e de Lei
3m II deste o = 1,5m* II deste fundo: cf. 9.037/
Decreto. Decreto. LPOUS 05 e
- - licenc. art. 3°,
Licenciam ambient II
ento al para deste
ambiental os usos Decret
333

para os listados o.
usos no -
listados Anexo V Licenc
no Anexo da Lei .
V da Lei 9.037/05 ambie
9.037/05 - ntal
- licencia para
licenciam mento os
ento corretivo usos
corretivo para listado
para usos usos já s no
já instalado Anexo
instalados s do art. V da
do art. 11 11 “a” e Lei
“a” e Anexo V 9.037/
Anexo V da Lei 05
da Lei 9.037/05 - licenc.
9.037/05 correti
vo
para
usos

instala
dos do
art. 11
“a” e
Anexo
V da
Lei
9.037/
05
- CA: cf. - Usos - CA: cf. - - CA: cf. - Usos
zoneamento admitidos zoneamento * Predomin zoneamento admitid
- QT: cf. cf. Anexo - QT: 120 m² ância do - QT: cf. os cf.
zoneamento VII e arts. - TO: 50% * uso zoneamento critérios
- TO: 50% ** 28, 29 e 33 - TP: 30%, residenci - TO: cf. da
-TP: 30%, da Lei salvo em al, zoneamento LPOUS
Demai
salvo em 9.037/05 ZPAM (95%) admitidos - TP: 30%,
s
ZPAM (95%) e ZP-1 (70%) condomín salvo em
áreas
e ZP-1 (70%) - Alt. Edif = ios ZPAM (95%)
- Alt. Edif. = 9m* residenci e ZP-1 (70%)
9m - Afast: ais* - Alt. Edif:
- Afast. Frontal = 5m* - Usos indefinida
Frontal = 5m Lateral/Fundo admitidos - Afast.
- Afast. = 1,5m* cf. Frontal,
334

Lat/Fundo = critérios laterais e de


3m da fundo: cf.
LPOUS LPOUS

* - Conforme art. 91 da Lei nº 7166/96 (ADE Trevo)


** Parâmetros especiais para edificações destinadas aos usos referidos no art. 30 da Lei
9.037/05: TO > 50%, desde que TP no mínimo = 30 %, altura maxima a divisa = 9m em
via arterial e = 5m em via coletora e haja EIV, aprovação pelo CDPCM e COMPUR
OBS:
- Cinemas, Teatros, Auditórios e Museus na ADE da Pampulha: parâmetros
diferenciados, desde que submetidos ao CDPCM e COMPUR
- Edificações lindeiras à Av. Otacílio Negrão de Lima: v. art. 27 da Lei 9.037/05
- Remembramento de lotes para usos não residenciais na ADE da Pampulha: cf. art. 31
da Lei 9.037/05- Direito de permanência de usos na ADE da Pampulha: cf art. 33 da Lei
9.037/05
SIGLAS E ABREVIATURAS:
CA = Coeficiente de Aproveitamento
QT = Quota de Terreno por Unidade Habitacional
TO = Taxa de Ocupação
TP = Taxa de Permeabilização
Alt. Edif = altura da edificação
Afast. Lat. = Afastamento lateral
LPOUS = Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo
335
336

ANEXO III

MODELO DE FICHA DE INFORMAÇÕES DE EMPREENDIMENTO NA ADE DA PAMPULHA

Ficha de Informações de Empreendimentos na ADE da Pampulha


Identificação do empreendedor Nome
Endereço Fone E-mail
Identificação do empreendimento Endereço
Tipo de Uso Pretendido Área construida previs
Observações

Assinatura do requerente Data

Campo de preenchimento exclusivo do Fade


Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Recomendamos Avaliação Não Recomendamos


337
338

Justificativa

Preencher somente para os usos previstos no Artigo 33 alínea "b" da Lei 9.037/05

Pela Aprovação Pelo Indeferimento

Justificativa

Assinatura Responsável Fade Data


339

ANEXO III
MODELO DE FICHA DE INFORMAÇÕES DE EMPREENDIMENTO NA ADE DA
PAMPULHA

Ficha de Informações de Empreendimentos na ADE da Pampulha


Identificação do empreendedor Nome
Endereço Fone E-mail
Identificação do empreendimento Endereço
Tipo de Uso Pretendido Área construida prevista
Observações

Assinatura do requerente Data

Campo de preenchimento exclusivo do Fade


Aspectos Positivos

Aspectos Negativos

Recomendamos Avaliação Não Recomendamos


340

Justificativa

Preencher somente para os usos previstos no Artigo 33 alínea "b" da Lei 9.037/05

Pela Aprovação Pelo Indeferimento

Justificativa

Assinatura Responsável Fade Data


341

DECRETO Nº 12.362, DE 3 DE MAIO DE 2006


Cria o Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência.

O Prefeito de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais,

Considerando a necessidade de serem implementadas políticas públicas municipais


relacionadas às mudanças climáticas e à ecoeficiência, em articulação com o Fórum
Brasileiro de Mudanças Climáticas, com a Comissão Interministerial de Mudança Global
do Clima e com o Fórum Mineiro de Mudanças Globais e de Biodiversidade, e com as
propostas constantes da Agenda 21 Brasileira e da Agenda 21 Local de Belo Horizonte;

Considerando que as informações e propostas consolidadas pela Conferência das Partes


da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima e pelo Protocolo
de Kyoto deverão ser divulgadas, bem como estimulados os projetos voltados à
utilização do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo - MDL, e outros mecanismos de
fomento nacional e internacional para melhoria da qualidade da vida no Município;

Considerando ser indispensável a conscientização e mobilização da sociedade belo-


horizontina para o debate e o desenvolvimento de ações relativas às mudanças
climáticas globais e ecoeficiência, decreta:

Art. 1º - Fica criado o Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência,


composto pelos seguintes membros:
I - Secretário Municipal de Meio Ambiente, que será seu coordenador;
Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 14.474, de 30/6/2011 (Art. 1º)
II - Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente, que substituirá o coordenador em
suas ausências e impedimentos;
Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 14.775, de 29/12/2011 (Art. 1º)

III - membro a ser indicado pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente, que será seu
coordenador adjunto;
Inciso III acrescentado pelo Decreto nº 14.775, de 29/12/2011 (Art. 1º)
IV - por 1 (um) membro titular e respectivo suplente dos seguintes órgãos e entidades:
a) Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
b) Secretaria Municipal de Saúde;
c) Secretaria Municipal de Educação;
d) Secretaria Municipal de Serviços Urbanos;
e) Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano;
f) Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Compartilhada;
g) Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP;
h) Superintendência de Limpeza Urbana - SLU;
i) Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte - URBEL;
j) Empresa Municipal de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S/A -BHTRANS;
k) Câmara Municipal de Belo Horizonte;
342

l) Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;


m) Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA;
n) Companhia Energética de Minas Gerais - CEMIG;
o) Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais - FIEMG;
p) Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais - SINDUSCON;
q) Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais -
CREA/MG;
r) estabelecimentos de ensino superior da Capital, com faculdades relacionadas ao tema
deste Decreto;
s) Organizações Não-Governamentais com objetivos relacionados ao tema deste
Decreto.
Inciso III renumerado como inciso IV pelo Decreto nº 14.775, de 29/12/2011 (Art. 1º)

§ 1º - Como secretário-executivo, o Comitê terá 1 (um) servidor público cedido por órgão
que dele participe.

§ 2º - As decisões serão aprovadas por maioria simples dos membros, sendo que os
suplentes só poderão votar na ausência do titular.

§ 3º - O voto do coordenador em exercício só ocorrerá em caso de empate na votação.

Art. 2º - Quanto ao tema "Mudanças Climáticas", o Comitê tem por objetivo promover e
estimular ações que visem a mitigação das emissões de gases causadores do efeito
estufa, contemplando:
I - uso de fontes renováveis de energia;
II - aproveitamento do biogás emitido pelos aterros sanitários;
III - melhoria da eficiência energética e uso racional de energia;
IV - promoção da redução, reutilização e reciclagem de resíduos;
V - ampliação e adequada manutenção das áreas verdes e arborização de vias públicas;
VI - estímulo às iniciativas que visem multiplicar as informações atinentes às mudanças
climáticas, tais como publicações, páginas na internet, cursos, seminários, peças
publicitárias e outras formas de divulgação do assunto;
VII - estímulo e participação em estudos e pesquisas, em parceria com instituições de
ensino, organizações não-governamentais e associações de municípios, visando a
redução de emissão de gases causadores do efeito estufa;
VIII - demais ações pertinentes.

Art. 3º - Quanto ao tema "Ecoeficiência", compete ao Comitê:


I - realizar estudos para implantação de qualidade ambiental no Município, e estimular o
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat do Ministério das Cidades;
II - estabelecer os objetivos e/ou procedimentos do Comitê Municipal de Mudanças
Climáticas quanto ao tema "Ecoeficiência", a partir de debates, seminários e
conferências.
343

Art. 4º - As regras de funcionamento do Comitê serão estabelecidas por meio de


Regimento Interno, a ser aprovado no prazo máximo de 90 (noventa) dias após a
publicação desse Decreto.

Parágrafo único - O Comitê poderá criar Grupos de Trabalho para elaborar estudos,
planejamentos e execução de tarefas específicas e, para tal fim, convocar outros órgãos
municipais.

Art. 5º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 3 de maio de 2006

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte
344

DECRETO Nº 13.202, DE 2 DE JULHO DE 2008


Estabelece procedimentos para a emissão de Alvará de
Localização e Funcionamento para estabelecimentos
localizados na Área de Diretrizes Especiais da Pampulha
- ADE - Pampulha, nos termos do art. 33 da Lei nº 9.037,
de 14 de janeiro de 2005.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que


lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, decreta:

Art. 1º - O licenciamento dos estabelecimentos localizados na Área de Diretrizes


Especiais da Pampulha - ADE - Pampulha e que se enquadram no direito de
permanência de uso estabelecido no art. 33 da Lei n° 9.037, de 14 de janeiro de 2005,
será regido por este Decreto.

Art. 2º - Em caráter excepcional, a partir do protocolo de requerimento de licenciamento


de localização e funcionamento e durante o processo de análise do requerimento, fica
permitida a continuidade do funcionamento dos estabelecimentos que se enquadram no
disposto no art. 1º deste Decreto.

Parágrafo único - Excetuam-se do disposto no caput deste artigo os estabelecimentos:


I - que exercem atividades relacionadas a materiais inflamáveis ou explosivos;
II - notificados ou autuados por causarem dano ou incômodo ambiental.

Art. 3º - Uma vez notificado, o responsável pelo empreendimento terá 60 (sessenta) dias
para protocolizar junto à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana a
documentação necessária para regularização da atividade.

Parágrafo único - No caso do responsável pelo empreendimento não protocolizar a


documentação referida no caput deste artigo, serão aplicadas as penalidades cabíveis da
Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, e dos Decretos nº 11.601, de 09 de janeiro de 2004,
e nº 11.698, de 30 de abril de 2004.

Art. 4º - A concessão do Alvará de Localização e Funcionamento será procedida em


cinco etapas:
I - análise pelo Fórum da Área de Diretrizes Especiais Pampulha - FADE da Pampulha;
II - análise pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana - SMARU;
III - análise pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo
Horizonte, quando for o caso;
IV - análise pelo Conselho Municipal de Política Urbana - COMPUR;
V - concessão do Alvará de Localização e Funcionamento pela Secretaria Municipal
Adjunta de Regulação Urbana.
345

§ 1º - Poderá ser procedida análise concomitante das etapas previstas nos incisos I e II,
desde que seja protocolada a documentação exigida para cada uma delas.

§ 2º - É condição para a análise da etapa descrita no inciso III, a aprovação da etapa


descrita no inciso I; e para as etapas descritas nos incisos IV e V, o deferimento das
etapas que as antecedem, respectivamente.

§ 3º - O protocolo da documentação será feito junto à Secretaria Municipal Adjunta de


Regulação Urbana, que dará encaminhamento ao processo de concessão junto aos
órgãos competentes.

§ 4º - Verificada a insuficiência de dados para análise do requerimento pelo órgão


competente, será expedido comunicado ao interessado solicitando a complementação
das informações necessárias, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, findo o qual, sem que
haja manifestação do interessado, o requerimento será indeferido.

Art. 5º - A análise do processo pelo FADE da Pampulha fica condicionada ao protocolo


dos seguintes documentos:
I - preenchimento da Ficha de Informações de Empreendimento na ADE da Pampulha
constante do Anexo III do Decreto nº 12.015, de 05 de abril de 2005;
II - Consulta Prévia Manual;
III - comprovação de instalação do estabelecimento em data anterior a 14 de janeiro de
2003, por meio de um dos seguintes documentos:
a) contrato social ou registro da empresa no órgão competente, no endereço a ser
licenciado;
b) auto de fiscalização, notificação, auto de infração ou laudo de vistoria integrante de
processo administrativo instaurado pelo Executivo Municipal;
c) declaração escrita de, no mínimo, dois vizinhos.
Inciso III com redação dada pelo Decreto nº 13.276, de 27/08/2008 (Art. 2º)

§ 1º - A documentação prevista nas alíneas "a", "b" e "c" do inciso III do caput deste
artigo deverá conter elementos suficientes para a identificação precisa do
estabelecimento, bem como das atividades por ele exercidas.

§ 2º - Uma vez acatado o protocolo do requerimento, o FADE da Pampulha procederá ao


exame da regularidade da permanência do estabelecimento, instruindo o processo com a
assinatura de aprovação da Ficha de Informações de Empreendimento na ADE da
Pampulha, constante do Anexo III do Decreto nº 12.015/05, em até 45 (quarenta e cinco)
dias contados da data do protocolo.

Art. 6º - A análise da regularidade urbanística do imóvel fica condicionada ao protocolo


dos seguintes documentos:
I - requerimento próprio;
346

II - levantamento arquitetônico do terreno e da edificação acompanhado do respectivo


cálculo de áreas, conforme padrão estabelecido pelo Município para aprovação de
projetos.

Parágrafo único - Apresentados os documentos previstos nos incisos I e II do caput deste


artigo, a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana procederá ao exame da
regularidade urbanística do imóvel ocupado pelo estabelecimento, instruindo o processo
com todas as informações cadastrais necessárias e com parecer sobre a regularidade
urbanística do imóvel, em até 45 (quarenta e cinco) dias contados da data do protocolo.

Art. 7º - A análise pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo


Horizonte fica condicionada ao protocolo dos seguintes documentos:
I - requerimento próprio;
II - projeto do(s) engenho(s) de publicidade.

Art. 8º - A análise pelo COMPUR fica condicionada ao protocolo dos seguintes


documentos:
I - requerimento próprio;
II - estudo de impacto de vizinhança - EIV;
III - certidão de baixa de construção e habite-se.

Parágrafo único - Na hipótese da edificação não estar regularizada, o documento


previsto no inciso III poderá ser substituído pelo protocolo do requerimento de
regularização do imóvel.

Art. 9º - A análise da concessão do Alvará de Localização e Funcionamento fica


condicionada ao protocolo dos seguintes documentos:
I - requerimento próprio;
II - documentos indicados na Consulta Prévia Manual.

§ 1º - É vedada a emissão do Alvará de Localização e Funcionamento para


estabelecimento instalado em imóvel irregular, devendo permanecer paralisadas as
atividades do estabelecimento até a conclusão de sua regularização urbanística.

§ 2º - Uma vez verificada a regularidade urbanística do imóvel e a adequação ambiental,


bem como a regularidade da localização e do funcionamento das atividades do
estabelecimento, será emitido o Alvará de Localização e Funcionamento com prazo de
validade estabelecido na legislação vigente.

Art. 10 - O prazo máximo para o protocolo da documentação necessária à análise da


etapa subseqüente é de 30 (trinta) dias.

§ 1º - Excetua-se da regra estabelecida no caput deste artigo o protocolo da


documentação para a análise pelo COMPUR, que será de 90 (noventa) dias.
347

§ 2º - Findos os prazos estabelecidos no caput e no § 1° deste artigo sem que haja


manifestação do interessado, o requerimento será indeferido.

§ 3º - O indeferimento do requerimento poderá ocorrer em qualquer etapa e dará causa à


notificação do interessado e ao início da ação fiscal, visando o encerramento das
atividades do estabelecimento.
§ 4º - Da decisão de indeferimento caberá recurso à Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana, no prazo máximo de 15 (quinze) dias contados da data da notificação
da decisão ao interessado, cuja cópia deverá ser juntada ao requerimento.

Art. 11 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 2 de julho de 2008

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte
348

DECRETO Nº 13.276, DE 27 DE AGOSTO DE 2008


Define os procedimentos para a elaboração do Estudo de
Impacto de Vizinhança - EIV, para as atividades listadas
no art. 33 da Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005, e dá
outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, decreta:

Art. 1º - A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança para as hipóteses previstas


no art. 33 da Lei nº 9.037, de 14 de janeiro de 2005, deverá seguir o disposto no
formulário constante do Anexo Único deste Decreto.

Art. 2º - O inciso III do art. 5º do Decreto nº 13.202, de 2 de julho de 2008, passa a


vigorar com a seguinte redação:

“Art. 5º -
III - comprovação de instalação do estabelecimento em data anterior a 14 de
janeiro de 2003, por meio de um dos seguintes documentos:
a) contrato social ou registro da empresa no órgão competente, no endereço a
ser licenciado;
b) auto de fiscalização, notificação, auto de infração ou laudo de vistoria
integrante de processo administrativo instaurado pelo Executivo Municipal;
c) declaração escrita de, no mínimo, dois vizinhos.” (NR)

Art. 3º - Este Decreto a entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 27 de agosto de 2008

Fernando Damata Pimentel


Prefeito de Belo Horizonte

ANEXO ÚNICO
ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
FORMULÁRIO PARA OS CASOS PREVISTOS NO ART. 33
DA LEI N° 9.037/05
PARTE I
1 - DADOS CADASTRAIS
1.1 – EMPREENDEDOR
Nome:
CNPJ/CPF: Inscrição Municipal:
349

Endereço para correspondência (Rua, Avenida, Rodovia, etc.;


nº; Complemento):

Bairro: Município:
CEP: Endereço eletrônico:
Telefone: ( ) Fax: ( )
1.2 – EMPREENDIMENTO
Razão Social:
Nome comercial:
CNPJ: Inscrição Municipal:
Endereço (Rua, Avenida, Rodovia, etc.; nº; Complemento):

Bairro: Telefone: ( )
CEP: Fax: ( )
1.3 - RESPONSÁVEL LEGAL
Nome:
CPF:
Endereço para correspondência (Rua, Avenida, Rodovia, etc.;
nº; Complemento):

Bairro: Município:
CEP: Endereço eletrônico:
Telefone: ( ) Fax: ( )

1.4 – RESPONSÁVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO


EIV: (*)
Nome:
Formação Profissional: N° de registro no UF:
CREA:
N° da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART:
(preenchimento obrigatório)
Endereço para correspondência (Rua, Avenida, Rodovia, etc.;
nº; Complemento):
350

Bairro: Município:
CEP: Endereço eletrônico:
Telefone: ( ) Fax: ( )
(*) O responsável técnico pelo EIV deve ser um profissional, devidamente registrado no
CREA-MG, com experiência em Planejamento Urbano e/ou análise urbanística
(comprovar).
1.5 – EQUIPE TÉCNICA:
Nome Formação Função No U No ART
Profissional Desempenha Registro F (opcional)
da Profission
al

(Anexar Cópia da Carteira Profissional de cada integrante da


Equipe Técnica)
1.6 - ASSINATURAS:
Responsável legal pelo empreendimento: Data:

Responsável técnico pela elaboração do EIV: Data:

2 – CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO E DA
VIZINHANÇA
2.1 – DATA DE CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO: ......... / ....... /
351

..........
2.2. – DATA DE INSTALAÇÃO DA ATIVIDADE: ......... / ........ /
........... (indicar a data provável e anexar comprovante)
2.3 – ATIVIDADE DESENVOLVIDA NO EMPREENDIMENTO:
2.3.1 - Atividade (descrever) :
.........................................................................................................
....................
Categoria: ( ) uso não residencial ( )
misto
2.3.2 - Classificação da(s) Atividade(s) conforme Legislação de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo (se necessário marcar
mais de uma opção):
a) Sub-categoria: ( ) industrial ( ) comercial
( ) serviços ( ) serviços
de uso coletivo
b) Tipologia/ramo de atividade:
c) Grupo: ( ) Grupo I ( ) Grupo II
( ) Grupo III
2.4 – ÁREAS:
Área total do terreno: Área total edificada:

Área ocupada pela atividade:

2.5 – LOCALIZAÇÃO:
2.5.1 - a) Localizar o empreendimento no mapa fornecido pela
Gerência Executiva do Conselho Municipal de Políticas Urbanas.
b) Definir a área impactada pelo empreendimento (ver legenda
indicada nas orientações para o preenchimento deste formulário).
c) Justificar a delimitação da área impactada pelo
empreendimento (ver definição nas orientações para o
preenchimento deste formulário):
352

2.5.2 - Apresentar planta de situação do empreendimento na


escala 1:250, em formato ABNT. Indicar na planta de situação:
- todas as unidades que compõem o empreendimento;
equipamentos/máquinas e instalações existentes;
- as vagas de estacionamento existentes no empreendimento
(especificar vagas para funcionários, vagas para clientes e
veículos do empreendimento, vagas para pessoas com
mobilidade reduzida);
- entradas e saídas do empreendimento;
- vagas de carga e descarga (se existente);
- área de embarque e desembarque (se existente);
- engenhos de publicidade (placas, totem, sinal sonoro, etc.).
2.6 – USO E OCUPAÇÃO, PAISAGEM URBANA E
PATRIMÔNIO CULTURAL DA ÁREA DE ESTUDO
2.6.1 - Utilizar o mapa fornecido pela Gerência Executiva do
Conselho Municipal de Políticas Urbanas para demarcar, na
área impactada pelo empreendimento, os seguintes itens:
(observar a legenda-padrão)
 Marcos e Referenciais Simbólicos;

 Elementos naturais significativos;

 Usos não residenciais existentes, especificando os


equipamentos comunitários existentes na área de estudo,
conforme abaixo indicado:
____________________________________________________
__________________________
Listar os usos não residenciais mapeados conforme mapa
fornecido pela Gerência Executiva do Conselho Municipal
de Políticas Urbanas, identificando o nome e a atividade do
empreendimento conforme classificação definida no Anexo
X da Lei nº 7.166/96.
Exemplo: 1. Escola São José – Escola de ensino
fundamental.
353

2.7 – INFRA-ESTRUTURA
2.7.1 - Infra-estrutura do empreendimento:
Abastecimento de água: ( ) rede ( ) poço artesiano (
) cisterna ( ) outro ( ) não tem
Esgotamento sanitário: ( ) rede ( ) fossa séptica (
) outro ( ) não tem
Drenagem pluvial: ( ) boca de lobo ( ) sarjeta
( ) caixa de captação
( ) caixa de captação com infiltração
( ) outro ( ) não tem
Coleta de lixo: ( ) na porta ( ) caçamba.
localização:________________ ( ) outro ( ) não tem
Freqüência da coleta de lixo: ______________
Telefonia: ( ) rede ( ) outro ( ) não tem
Gás canalizado: ( ) rede ( ) outro ( ) não tem
Energia elétrica: ( ) rede (
) gerador. Combustível utilizado:_____________
( ) outro:____________________________(
) não tem
Central de Ar Condicionado: ( ) sim ( ) não
2.8 – GERAÇÃO DE TRÁFEGO E DEMANDA POR
TRANSPORTE PÚBLICO
2.8.1 - Caracterização da Via
2.8.1.1 - Dimensionamento do logradouro em frente ao
empreendimento:
pista de rolamento:.............metros
calçadas:............. metros/..............metros
2.8.1.2. - Pavimentação da
calçada:............................................................................................
......................
2.8.2 - Caracterização do Fluxo (considerar o estabelecimento
analisado como destino)
2.8.2.1 - Indicar os dias/horários de maior movimento no
354

estabelecimento:

2.8.2.2 - Prováveis origens dos usuários do seu empreendimento:


(se necessário, marcar mais de uma opção)
( ) local / entorno ( ) região da Pampulha ( )outras
regiões do Município ( ) outras localidades
2.8.2.3 - Número médio de pessoas que freqüentam o
estabelecimento por dia:
de segunda-feira a sexta-feira: dia.........................
noite...........................
aos finais de semana: dia.........................
noite............................
2.8.2.4 - Meio de transporte mais utilizado pelos freqüentadores
do empreendimento:
( ) veículo particular ( ) transporte coletivo ( )a
pé ( ) outro: ..............................

2.8.2.5 - Número total de funcionários do estabelecimento:


.............................
2.8.2.6 - Meio de transporte mais utilizado pelos funcionários:
( ) veículo particular ( ) transporte público ( )
a pé ( ) outro: ..............................
2.8.2.7 - Existência de vagas de estacionamento de N° de
veículos para funcionários e veículos do vagas:
empreendimento (Indicar os itens existentes na planta
do item 2.5.2.)
( ) sim ( ) não
2.8.2.8 - Existência de vagas de estacionamento de N° de
veículos para terceiros (Indicar os itens existentes na vagas:
planta do item 2.5.2.)
( ) sim ( ) não
2.8.2.9 - Existência de vagas de carga e descarga N° de
(Indicar os itens existentes na planta do item 2.5.2.) vagas:
( ) sim ( ) não
2.8.2.10 - Indicar os dias da semana e horários em que ocorrem
carga e descarga.
355

2.8.2.11 - Existência de faixa de acumulação para embarque e


desembarque de passageiros (Indicar os itens existentes na
planta do item 2.5.2.).
( ) sim. Dimensão: .................................. metros
( ) não
2.8.2.12 - Existência de sinalização para indicação das áreas de
entrada, saída e permanência de veículos no estabelecimento
(Indicar os itens existentes na planta do item 2.5.2.).
( ) sim ( ) não
De que tipo? (Se necessário, marque mais de uma opção).
( ) sonora ( )visual ( ) tátil ( ) mobiliário fixo
( ) mobiliário móvel ( ) nenhum
2.8.2.13 - Há retenção do tráfego na área de estudo, provocada
pelo empreendimento em seu horário de funcionamento?
( ) sim Especifique:
......................................................................... ( ) não
2.8.2.14 - Indicar no mapa fornecido pela Gerência Executiva do
Conselho Municipal de Políticas Urbanas os pontos de
estrangulamento no sistema viário e os pontos de conflito entre
veículos e pedestres. Caracterizar a natureza dos conflitos e os
respectivos horários de ocorrência.

2.9 – MEIO AMBIENTE

2.9.1 – Matérias-Primas e Insumos


 Há utilização de matérias-primas e insumos? ( )não ( )
sim, descrever as matérias primas e o consumo médio
mensal:

NOTAS:
1. No caso de utilização de produtos químicos, apresentar
relação com nomenclatura química oficial dos princípios
ativos, bem como a descrição do tipo de recipiente, volume e
forma de armazenamento de cada produto (palets, bacia de
356

contenção, etc).
2. Em caso de utilização de matéria-prima em estado líquido,
informar uso de bacia de contenção.
2.9.2 – Processo Produtivo
2.9.2.1 – Descrever sucintamente o processo produtivo,
destacando todas as etapas de produção.

2.9.3 – Caracterização dos Impactos:


2.9.3.1 – Ruídos e vibrações:
a) Há alguma fonte de ruído e/ou vibração? ( )não ( ) sim,
descrever:

b) Dia e horário das emissões:


c) Há alguma forma de tratamento? ( ) não ( ) sim,
descrever sucintamente e apresentar laudo comprobatório de
eficiência do tratamento acústico, atestando que este atende a
legislação ambiental vigente, acompanhado da Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) do responsável por sua
execução.

2.9.3.2 – Efluentes atmosféricos (pó, névoa, fumaça, odores,


vapores químicos, aerossóis, material particulado)
a) Há alguma fonte de geração de efluentes atmosféricos? (
)não ( ) sim, descrever:

b) Informar o tipo de energia utilizada (energia elétrica, óleo


diesel, lenha, carvão, outros), a taxa de consumo mensal, o
equipamento onde é utilizado e a forma de armazenamento.
357

c) Possui sistema de tratamento? ( )não ( ) sim, descrever


sucintamente indicando o tipo de tratamento, seus estágios,
capacidade nominal, regime de funcionamento. Informar a forma
de lançamento dos efluentes (duto, chaminé, etc.), suas
dimensões (diâmetro), vazão, temperatura, regime de descarga.

2.9.3.3 – Efluentes líquidos (águas de lavagem, água do


resfriamento, águas industriais, banhos, esgotos, etc.)
a) Há geração de efluentes líquidos? ( )não ( ) sim,
descrever o tipo e em que etapa do processo produtivo são
gerados:

b) Qual a destinação dada a esses efluentes líquidos? (rede


pública, fossa, reaproveitamento, outros)
No caso de rede pública, apresentar laudo de liberação das
instalações de esgotamento emitido pela COPASA-MG.

c) Possui sistema de tratamento? ( )não ( ) sim, descrever:

d) Onde é lançado o esgoto sanitário? ( ) rede pública ( )


outros.................................................
e) No caso de rede pública, apresentar laudo de liberação das
instalações de esgotamento emitido pela COPASA-MG.

2.9.3.4 – Resíduos sólidos (embalagens da matéria-prima, latas,


bombonas, estopas, óleo usado, sacos plásticos, papelão, ráfia,
filtros contaminados, borra de caixa de separação, barras e
limalhas do processo produtivo, etc).
358

a) Especificar os tipos de resíduos gerados, descrevendo a


origem, quantidade gerada, forma de armazenamento e
destinação final.

NOTAS:
1. Somente será aceito envio para SLU de resíduos compatíveis
com a Licença do Aterro;
2. Quando o resíduo for enviado para outra empresa, informar
nome da mesma e apresentar sua Licença Ambiental.
2.9.3.5 – Radiação
a) Há alguma fonte/equipamento gerador de radiação? ( ) não (
) sim, especificar características do equipamento:

NOTAS:
1. Para atividades de radiodiagnóstico médico e/ou odontológico
(raio X), apresentar Laudo Radiométrico elaborado por
profissional devidamente habilitado.
2. Para atividades com fontes de radiação ionizante em medicina
nuclear, radioterapia e aplicações industriais, apresentar Laudo
Radiométrico elaborado por profissional devidamente habilitado e
autorização emitida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN).
2.10 – ÁREA IMPACTADA: RELATÓRIO FOTOGRÁFICO:
2.10.1 - Registrar o empreendimento e sua relação com a
vizinhança imediata mediante o seguinte conjunto de fotos:
• Fachada Principal do empreendimento – 01 foto;
• Engenhos de Publicidade existentes no empreendimento –
01 foto para cada engenho existente;
• O empreendimento e a área impactada – 04 fotos;
359

• Visadas das ruas onde se localizam os acessos ao


empreendimento – 01 foto para cada via onde há acesso ao
empreendimento (tirar a foto do eixo da rua);
• Panorâmica do(s) quarteirão(ões) – 02 fotos representando
a face da quadra onde se localiza o empreendimento e a
face oposta (em frente ao empreendimento).
2.11 – IMPACTOS NA VIZINHANÇA
2.11.1 - Sintetize os impactos que o empreendimento
promove no meio urbano:

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA


FORMULÁRIO PARA OS CASOS PREVISTOS NO ART. 33 DA
LEI N° 9.037/05
PARTE II
3 – O EMPREENDIMENTO E SUA INTERFERÊNCIA NA
VIZINHANÇA
3.1 - Descrever todas as atividades que ocorrem no
empreendimento, horários e freqüência de ocorrência,
destacando as repercussões (positivas e negativas) que o
empreendimento gera na vizinhança, considerando as
informações fornecidas no item 2 deste formulário.

3.2 - Identificar possíveis impactos na infra-estrutura local


provocados pela permanência da atividade na área de estudo.
360

3.3 - Descrever a relação do empreendimento com os demais


usos existentes, em especial quanto:
3.3.1 - a relação com os demais equipamentos comunitários
existentes;

3.3.2 - a demanda de transporte coletivo em decorrência da


permanência do empreendimento em questão;

3.3.3 - a geração de tráfego e/ou retenção do fluxo conforme


caracterizado no item 2.8.2.14, indicando como o
empreendimento contribui para a situação (possíveis
causas).

3.4 - Considerando os dados do item 2.5.2 em especial as


áreas de estacionamento, carga e descarga e embarque e
desembarque analise a situação do empreendimento e sua
capacidade de internalizar possíveis impactos de trânsito
promovidos por ele na área impactada.
361

3.5 - A atividade desenvolvida no empreendimento interfere


no mercado imobiliário, gerando valorização ou
desvalorização dos imóveis do entorno? Justifique.

3.6 - A atividade desenvolvida no empreendimento gerou ou


gera atração ou expulsão de outros usos para a área em
estudo? De que tipo?

3.7 - Descrever e justificar a potencialidade do


empreendimento em aumentar ou diminuir a atratividade da
área e o adensamento populacional na mesma.

3.8 - Caracterizar o impacto visual do empreendimento na


paisagem local, descrevendo de que forma interfere na
mesma e se articula com as demais formas de ocupação e
com o patrimônio cultural existente.

3.9 - Sintetizar os benefícios e os ônus que a atividade exercida


pelo empreendimento gera no espaço urbano, definindo a sua
área de abrangência dos impactos (positivos e negativos)
provocados pelo empreendimento.
362

4 – IMPACTOS NA VIZINHANÇA E MEDIDAS DE CONTROLE


INDICADAS
4.1 - Considerando as respostas anteriores, descreva os
impactos gerados pelo empreendimento na vizinhança e
indique medidas mitigadoras e/ou compensatórias desses
impactos. Definir o prazo para implantação de tais medidas.

QUADRO SÍNTESE:
Prazo
Medida Medida de
Impacto(s)
Mitigadora Compensató implanta
Potencial(ais)
Indicada ria Indicada ção da
medida

5 – OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES
363

(espaço reservado para informações complementares do


empreendedor e/ou do responsável técnico pelo EIV).

Espaço reservado para Preenchimento da PBH:


6 – ANÁLISE DO EIV
Responsável(is)
Assinatura(s): BM(s):
técnico(s) pela análise:

Parecer:
Data: _____/_____/_________
364

DECRETO Nº 13.643, DE 17 DE JULHO DE 2009


Dispõe sobre alocação, denominação e atribuições dos
órgãos de terceiro grau hierárquico e respectivos
subníveis da estrutura organizacional da Administração
Direta do Executivo, na Secretaria Municipal de Meio
Ambiente, e dá outras providências

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, e em conformidade com o


disposto na Lei nº 9.011, de 1º de janeiro de 2005 e suas alterações, decreta:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Os órgãos de terceiro grau hierárquico da estrutura organizacional da Secretaria


Municipal de Meio Ambiente estão estruturados em Gerências, escalonadas em até três
subníveis.

Art. 2º - As Gerências e demais subníveis da Secretaria Municipal de Meio Ambiente são


as seguintes:
I – Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto, de 1º nível:
I.1 – Gerência de Licenciamento de Infraestrutura, de 2º nível;
I.2 – Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços, de 2º nível;
I.3 – Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais, de 2º nível;
l.4 – Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas, de 2º nível;
III – Gerência de Gestão Ambiental, de 1º nível:
III.1 – Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana, de 2º nível:
III.1.1 – Gerência de Autorizações, de 3º nível;
III.2 – Gerência de Projetos Especiais, de 2º nível;
III.3 – Gerência de Educação Ambiental, de 2º nível:
III.3.1 – Gerência de Articulação e Mobilização para a Educação Ambiental, de 3º nível;
III.3.2 – Gerência de Capacitação e Informação em Educação Ambiental, de 3º nível;
IV – Gerência de Normatização e Análise Técnico-Processual, de 1º nível;
V – Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental, de 1º nível:
V.1 – Gerência de Recursos Hídricos, de 2º nível;
V.2 – Gerência de Sistemas de Informações Ambientais, de 2º nível:
V.2.1 – Gerência de Suporte Tecnológico, de 3º nível;
VI – Gerência de Gestão de Documentação e Informações, de 2º nível:
VI.1 – Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental, de 3º nível;
VI.2 – Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente, de 3º nível;
VII – Gerência Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, de 2º
nível;
VIII – Gerência de Informação e Acompanhamento Técnico, de 2º nível;
IX – Gerência de Comunicação, de 2º nível;
X – Gerência Administrativa, de 2º nível;
365

XI – Gerência Financeira, de 2º nível.

CAPÍTULO II
DAS GERÊNCIAS DA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE

Seção I
Da Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto

Art. 3º - À Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto


compete:
I – gerir a política de licenciamento ambiental do Município;
II – coordenar as atividades de execução da política de meio ambiente do Município,
abrangendo o licenciamento e controle ambiental das atividades caracterizadas como de
impacto;
III – coordenar as atividades de controle ambiental, gerenciando o licenciamento
ambiental e a avaliação dos empreendimentos de impacto, com a colaboração das
demais Secretarias Municipais;
IV – propor normas, padrões e procedimentos de licenciamento ambiental do Município,
em colaboração com a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas;
V – coordenar, monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental do
Município em conformidade com as normas e padrões estabelecidos;
VI – participar da elaboração de proposta de legislação ambiental do Município, no
tocante à sua área de atuação, em articulação com as demais gerências e órgãos
envolvidos;
VII – elaborar, coordenar e executar estudos, pesquisas e projetos relativos à sua área
de atuação;
VIII – prestar suporte e supervisionar as ações de licenciamento ambiental do Município;
IX – prestar suporte técnico às ações da Gerência de Fiscalização e Controle Ambiental;
X – prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM, no
âmbito de sua competência;
XI – coordenar o controle e avaliação de atividades econômicas de repercussão
ambiental negativa e não sujeitas a licenciamento ambiental específico;
XII – apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Art. 4º - Integram a Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de


Impacto as seguintes gerências, de 2º nível:
I – Gerência de Licenciamento de Infraestrutura;
II – Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços;
III- Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais;
IV – Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas.

Subseção I
Da Gerência de Licenciamento de Infraestrutura

Art. 5º - À Gerência de Licenciamento de Infraestrutura compete:


366

I – executar as atividades de gestão da política de meio ambiente do Município, na área


de licenciamento ambiental das atividades de infraestrutura urbana;
II – monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental na área de atividades
de infraestrutura urbana;
III – executar o licenciamento ambiental na área de atividades de infraestrutura urbana,
monitorando as condicionantes estabelecidas nas licenças dos empreendimentos de
pequeno, médio e grande portes;
IV – emitir parecer técnico para instrução de processos de controle ambiental na sua
área de atuação;
V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção II
Da Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços

Art. 6º - À Gerência de Licenciamento de Comércio e Prestação de Serviços compete:


I – executar as atividades de gestão da política de meio ambiente do Município, na área
de licenciamento ambiental dos setores de comércio e de prestação de serviços
caracterizadas como de impacto ambiental;
II – monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental na área de comércio e
prestação de serviços, em conformidade com as normas e padrões estabelecidos;
III – executar o licenciamento ambiental na área de comércio e prestação de serviços de
pequeno, médio e grande portes, em conformidade com a legislação vigente,
monitorando as condicionantes estabelecidas nas licenças de empreendimentos de
impacto e fontes poluidoras;
IV – emitir parecer técnico para instrução de processos de controle ambiental na sua
área de atuação;
V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção III
Da Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais

Art. 7º - À Gerência de Licenciamento de Atividades Industriais compete:


I – executar as atividades de gestão da política de meio ambiente do Município, na área
de licenciamento ambiental de indústrias caracterizadas como de impacto ambiental;
II – monitorar e avaliar procedimentos de licenciamento ambiental na área de atividades
industriais;
III – executar o licenciamento ambiental na área de indústrias de pequeno, médio e
grande portes, monitorando as condicionantes estabelecidas nas licenças;
IV – emitir parecer técnico para instrução de processos de controle ambiental na sua
área de atuação;
V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção IV
Da Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas
367

Art. 8º - À Gerência de Avaliação e Controle de Atividades Econômicas compete:


I – avaliar as atividades econômicas de repercussão ambiental negativa e não sujeitas a
licenciamento ambiental específico;
II – estabelecer, monitorar e avaliar procedimentos corretivos, na sua área de atuação;
III – coordenar e analisar a documentação processual dos pedidos de Alvará de
Localização e Funcionamento das atividades econômicas de repercussão ambiental
negativa, e não sujeitas a licenciamento ambiental específico, emitindo parecer
ambiental;
IV – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Seção II
Da Gerência de Fiscalização e Controle Ambiental

Art. 9º revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)


Art. 10 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Subseção I
Da Gerência de Fiscalização e Controle de Fontes Degradadoras

Art. 11 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Subseção II
Da Gerência de Fiscalização e Controle da Poluição Sonora

Art. 12 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Subseção III
Da Gerência de Fiscalização e Controle da Poluição Veicular

Art. 13 revogado pelo Decreto nº 14.652, de 11/11/2011 (Art. 62, II)

Seção III
Da Gerência de Gestão Ambiental

Art. 14 – À Gerência de Gestão Ambiental compete:


I – supervisionar e avaliar as atividades de gestão da política de meio ambiente no
Município, abrangendo questões relativas à educação ambiental, à preservação e
aprimoramento da vegetação urbana, da fauna, dos recursos hídricos, das áreas verdes
e demais espaços de especial interesse ambiental;
II – coordenar, desenvolver e/ou avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e
programas relativos à educação ambiental, à vegetação urbana, à fauna, às áreas
verdes e demais espaços de especial interesse ambiental;
III – propor normas relativas à execução da política de meio ambiente do Município, à
educação ambiental, à preservação e ao aprimoramento da vegetação urbana, da fauna,
das áreas verdes e demais espaços de especial interesse ambiental;
368

IV – fornecer subsídios ao licenciamento ambiental, para possibilitar a análise dos


estudos de impacto ambiental dos programas e projetos de recuperação ambiental;
V – coordenar, acompanhar, prestar suporte técnico, e avaliar as ações concernentes à
consecução de seus objetivos executadas pelas Secretarias de Administração Regional
Municipal;
VI – prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente – COMAM, no
âmbito de competência;
VII – coordenar a avaliação técnica e o acompanhamento da execução dos projetos
desenvolvidos com recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental;
VIII – apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Art. 15 – Integram a Gerência de Gestão Ambiental as seguintes gerências, de 2º nível:


I – Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana;
II - Gerência de Projetos Especiais;
III – Gerência de Educação Ambiental.

Subseção I
Da Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana

Art. 16 – À Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana compete:


I - elaborar pesquisas, estudos, planos e programas relativos à ocupação das áreas
destinadas a praças, parques, áreas verdes e demais espaços de especial interesse
ambiental do Município, visando à preservação e ao aprimoramento de suas qualidades
ambientais;
II - propor normas relativas à execução da política de meio ambiente do Município, no
tocante à ocupação de áreas destinadas a praças, parques, áreas verdes e demais
espaços de especial interesse ambiental;
III - avaliar e aprovar propostas de implantação de parques e de implantação e
intervenções de qualquer natureza nas áreas verdes públicas;
IV - prestar apoio às Gerências de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de
Impacto e de Fiscalização e Controle Ambiental, relativo às intervenções em áreas de
propriedade particular de especial interesse ambiental;
V - supervisionar, acompanhar, prestar suporte técnico e avaliar as ações concernentes
à consecução de seus objetivos executadas por terceiros, em especial pelas Secretarias
de Administração Regional Municipal;
VI - planejar, coordenar, supervisionar e propor normas para as ações de manejo da
vegetação urbana do Município, com a colaboração das Fundações Zoo-Botânica e de
Parques Municipais;
VII – analisar, quando solicitado, proposta de legislação pertinente à gestão de áreas
verdes elaborada pelo Legislativo ou Executivo;
VIII - elaborar o Plano Diretor de Arborização Urbana e executar o levantamento e
mapeamento das áreas verdes e demais áreas de especial interesse ambiental do
Município, em colaboração com as Secretarias de Administração Regional Municipal;
IX – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.
369

Art. 17 – Integra a Gerência de Áreas Verdes e Arborização Urbana a Gerência de


Autorizações, de 3º nível, à qual compete:
I – analisar e emitir autorizações especiais relativas a intervenções em vegetação, seja
supressão, poda ou transplantio;
II – analisar recursos de pedidos de cortes de árvores indeferidos pelas Secretarias de
Administração Regional Municipal;
III – analisar requerimentos de laudos para parcelamento do solo e Áreas de Diretrizes
Especiais de interesse ambiental;
IV – acompanhar e prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente -
COMAM, às suas Câmaras Especializadas e à Comissão de Diretrizes para o
Parcelamento do Solo, no âmbito de sua competência.

Subseção II
Da Gerência de Projetos Especiais

Art. 18 – À Gerência de Projetos Especiais compete:


I – propor diretrizes para a definição de medidas compensatórias para empreendimentos
de impacto ambiental;
II – propor, orientar e controlar a execução de medidas compensatórias emitidas pelo
Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM;
III – elaborar avaliações técnicas e acompanhar a execução de projetos desenvolvidos
com recursos do Fundo Municipal de Defesa Ambiental;
IV – acompanhar e prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente -
COMAM e às suas Câmaras Especializadas, no âmbito de sua competência;
V – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção III
Da Gerência de Educação Ambiental

Art. 19 – À Gerência de Educação Ambiental compete:


I – articular-se com os órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta do
Município, e com outras entidades para a promoção da educação ambiental formal e não
formal;
II – consolidar a execução de ações e práticas educativas voltadas à sensibilização da
coletividade sobre questões ambientais de âmbitos global e local;
III – promover a educação ambiental não formal por meio da execução de programas de
educação ambiental integrados;
IV – propor parcerias e convênios de cooperação técnica e/ou financeira e dar suporte às
ações da Secretaria vinculadas à implementação de programas da Agenda 21;
V – elaborar, subsidiar, implantar, e coordenar estudos, projetos, planos e programas,
assim como propor normas, concernentes à execução da política de meio ambiente do
Município, no tocante à educação ambiental;
VI – capacitar, aperfeiçoar e estimular a formação de educadores e agentes ambientais,
para desenvolverem, em âmbito local, atividades de educação ambiental;
370

VII – participar da organização de cursos, seminários, treinamentos e outros eventos em


sua área de atuação;
VIII – promover intercâmbios com centros de documentação, assegurando o amplo
acesso às informações ambientais básicas, divulgando-as sistematicamente;
IX – supervisionar, acompanhar, prestar suporte técnico e avaliar as ações de educação
ambiental desenvolvidas pelas Secretarias de Administração Regional Municipal;
X – apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Art. 20 – Integram a Gerência de Educação Ambiental as seguintes gerências, de 3º


nível:
I - Gerência de Articulação e Mobilização para a Educação Ambiental;
II - Gerência de Capacitação e Informação em Educação Ambiental.

Art. 21 - À Gerência de Articulação e Mobilização para a Educação Ambiental compete:


I – executar as atividades de educação ambiental não formal de forma integrada com
outros setores do Executivo e da sociedade, voltados às questões de âmbitos global e
local;
II – desenvolver programas de educação ambiental regionalizados;
III – supervisionar, orientar e acompanhar ações de educação ambiental desenvolvidas
pelas Secretarias de Administração Regional Municipal e outros órgãos do Executivo;
IV – propor normas e elaborar, orientar, implantar e coordenar estudos, projetos, planos
e programas relativos à execução da política de meio ambiente do Município, no tocante
à educação ambiental.

Art. 22 - À Gerência de Capacitação e Informação em Educação Ambiental compete:


I – promover atividades de capacitação, aperfeiçoamento e estímulo à formação de
educadores e agentes ambientais, para o desenvolvimento, em âmbito local, de
atividades de educação ambiental;
II – promover cursos, treinamentos e práticas educativas voltadas à sensibilização da
coletividade sobre questões ambientais de âmbitos global e local;
III – promover intercâmbios com centros de documentação e manter biblioteca de temas
ambientais, assegurando a divulgação sistemática e o livre e amplo acesso às
informações ambientais básicas;
IV – produzir materiais educativos.

Seção IV
Da Gerência de Normatização e Análise Técnico-Processual

Art. 23 – À Gerência de Normatização e Análise Técnico-Processual compete:


I - fornecer apoio técnico-processual às demais gerências da Secretaria Municipal de
Meio Ambiente, ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM e suas Câmaras
Técnicas Especializadas;
II - coordenar a elaboração de normas técnicas;
371

III - elaborar proposta de regulamentação de matérias ambientais referentes a


licenciamento, fiscalização, áreas verdes, vegetação urbana, fauna e saneamento do
Município;
IV - elaborar parecer técnico para instrução de processos de fiscalização, autuação e
recurso;
V - elaborar, analisar e acompanhar as minutas de contratos e convênios junto às
pessoas jurídicas do Poder Público ou à iniciativa privada;
VI - instruir e enviar à Procuradoria Geral do Município processos administrativos que
envolvam o contencioso;
VII – articular-se com as Secretarias de Administração Regional Municipal e com os
demais órgãos afins do Executivo, visando à adequação dos critérios jurídicos na
condução dos trabalhos afetos ao meio ambiente e saneamento urbano;
VIII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção V
Da Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental

Art. 24 – À Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental compete:


I - operacionalizar as atividades relacionadas ao planejamento, ao monitoramento da
qualidade ambiental e ao desenvolvimento ambiental como um todo, em colaboração
com a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas;
II - coordenar, desenvolver e avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas
relativos ao planejamento, ao monitoramento da qualidade ambiental e ao
desenvolvimento ambiental no Município;
III - propor normas relativas ao monitoramento da qualidade ambiental e ao
desenvolvimento ambiental como um todo;
IV- acompanhar e avaliar a qualidade ambiental do Município, através do monitoramento
sistemático de dados relativos à qualidade do ar, água, solo, ruído, vegetação, fauna,
além de outros fatores físicos e bióticos, emitindo relatórios periódicos;
V - prestar suporte técnico às ações de planejamento ambiental do Município;
VI - participar do planejamento das ações de recuperação, desenvolvimento,
preservação e controle ambiental, em conjunto com os demais municípios da região
metropolitana e/ou com associações criadas com este fim, nos programas de interesse
comum;
VII - gerenciar a implantação e o desenvolvimento de sistema de informações ambientais
georreferenciado e integrado às demais informações urbanísticas do Município;
VIII - prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, no
âmbito de sua competência;
IX - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Art. 25 - Integram a Gerência de Planejamento e Monitoramento Ambiental as seguintes


gerências, de 2º nível:
I – Gerência de Recursos Hídricos;
II – Gerência de Sistemas de Informações Ambientais.
372

Subseção I
Da Gerência de Recursos Hídricos

Art. 26 - À Gerência de Recursos Hídricos compete:


I - desenvolver e avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas de
recuperação e desenvolvimento ambiental de bacias hidrográficas, em colaboração com
a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas;
II – avaliar os resultados das atividades que coordena ou executa, garantindo o
cumprimento dos objetivos institucionais e das metas dos planos, programas e projetos
de governo relacionados com a recuperação de bacias hidrográficas;
III - gerenciar a implantação de programas específicos de planejamento e recuperação
ambiental relativamente aos recursos hídricos;
IV - colaborar com o planejamento das ações de saneamento do Município;
V - coordenar a elaboração de proposta de enquadramento dos corpos d'água;
VI - elaborar programas relativos à proteção e recuperação dos recursos hídricos em
consonância com o enquadramento dos corpos d'água;
VII - fornecer subsídios ao licenciamento ambiental, para possibilitar a análise dos
estudos de impacto ambiental das ações e empreendimentos que afetem os recursos
hídricos;
VIII - prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, assim
como a outros órgãos e entidades, no âmbito de sua competência;
IX - apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Subseção II
Gerência de Sistemas de Informações Ambientais

Art. 27 - À Gerência de Sistemas de Informações Ambientais compete:


I - desenvolver e implantar sistema de informações ambientais georreferenciadas,
integrado às demais informações urbanísticas do Município;
II - promover a integração das informações ambientais entre os diversos órgãos da
Administração;
III - promover a integração do sistema de informações ambientais georreferenciadas com
o Programa de Saneamento Ambiental de Belo Horizonte - DRENURBS, e com outros
programas ambientais;
IV - manter atualizada a base de dados das informações ambientais;
V - apresentar, periodicamente, relatório sobre o andamento das atividades.

Art. 28 - Integra a Gerência de Sistemas de Informações Ambientais a Gerência de


Suporte Tecnológico, de 3º nível, à qual compete:
I - executar serviços correspondentes à tecnologia da informação na execução de
programas, estudos, pesquisas e outras atividades técnicas, individualmente ou em
equipes;
II - prestar atendimento e esclarecimentos técnicos ao público interno na área de
informática;
373

III - efetuar e orientar procedimento operacional padrão de cadastros no sistema de


gerenciamento de informações ambientais;
IV - coordenar e manter documentadas as alterações necessárias à operação eficiente,
atualização e aperfeiçoamento dos sistemas de informações ambientais;
V - dirimir eventuais dúvidas sobre a utilização do sistema de informações ambientais;
VI - auxiliar e montar equipamentos tecnológicos para eventos, palestras e seminários;
VII - acompanhar, participar e executar o desenvolvimento, implementação e
manutenção de soluções de infraestrutura e sistemas de Tecnologia da Informação, de
acordo com padrões e procedimentos estabelecidos na Administração Municipal;
VIII - realizar a avaliação do ambiente físico, otimização do desempenho e garantia do
funcionamento das soluções de Tecnologia da Informação.

Seção VI
Da Gerência de Gestão de Documentação e Informações

Art. 29 – À Gerência de Gestão de Documentação e Informações compete:


I - coordenar, monitorar e avaliar as atividades de atendimento, recebimento, tramitação
e gestão eletrônica de documentos;
II - receber toda a documentação, correspondências e expedientes encaminhados à
Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
III - proceder à abertura dos processos administrativos e efetuar o cadastro de toda a
documentação no sistema vigente de controle interno da Secretaria;
IV - tramitar correspondências e processos interna e externamente;
V - controlar os prazos dos processos;
VI - manter o arquivo temporário dos processos antes do seu envio para o arquivo geral;
VII - realizar levantamentos estatísticos visando subsidiar decisões gerenciais;
VIII – cuidar dos procedimentos para suporte e orientação aos serviços de meio
ambiente e para licenciamento ambiental;
IX - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Art. 30 – Integram a Gerência de Documentação e Informações as seguintes gerências,


de 3º nível:
I – Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental;
II – Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente.

Subseção I
Da Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental

Art. 31 – À Gerência de Orientação para Licenciamento Ambiental compete:


I - prestar atendimento ao público externo para orientação quanto a providências
necessárias para o licenciamento ambiental;
II - analisar formulários de caracterização de empreendimentos referentes a pedidos de
licenciamento e definir a etapa e modalidade do licenciamento aplicável, conforme
legislação pertinente;
374

III - preparar as orientações para o licenciamento ambiental em consonância com as


características do empreendimento e a legislação urbanística e ambiental aplicáveis;
IV - prestar suporte às Gerências de Licenciamento na análise de documentos e
informações apresentados para o licenciamento ambiental;
V - monitorar os prazos de cumprimento de condicionantes do licenciamento ambiental.

Subseção II
Da Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente

Art. 32 - À Gerência de Suporte e Orientação aos Serviços de Meio Ambiente compete:


I - prestar atendimento ao público externo para orientações e recebimento de pedidos de
licenciamento, providências e autorizações solicitados à Secretaria;
II - prestar informações sobre a tramitação de expedientes e/ou a atuação da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente;
III - entregar e conferir documentos relativos ao licenciamento ambiental;
IV - fornecer formulário de caracterização de empreendimento ao cidadão e recebê-lo
após preenchimento;
V - receber, registrar e encaminhar às demais gerências da Secretaria reclamações,
denúncias de poluição, requerimentos, expedientes, correspondências e papéis diversos.

Seção VII
Da Gerência Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM

Art. 33 - À Gerência Executiva do Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM


compete:
I - coordenar e prestar suporte técnico-operacional ao Conselho Municipal de Meio
Ambiente - COMAM, inclusive nas suas audiências públicas, incluindo a elaboração e
divulgação de pautas e atas de reuniões, o controle de livros de registros, o
assessoramento aos membros do Conselho e de suas Câmaras, a distribuição dos
processos a serem analisados, entre outras atividades;
II - revisar e supervisionar a emissão de licenças ambientais com suas condicionantes,
de acordo com as deliberações da plenária do COMAM;
III - coordenar os contatos com as demais gerências da Secretaria Municipal de Meio
Ambiente para acompanhamento de processos em licenciamento;
IV - coordenar a pesquisa da legislação e acompanhar o desenvolvimento da
normatização junto às demais gerências da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e dos
membros do COMAM e de suas Câmaras Técnicas Especializadas;
V - propor normas, padrões e procedimentos relacionados ao planejamento e suporte
técnico-operacional do COMAM;
VI - emitir formulários específicos de orientação e de caracterização de
empreendimentos para o licenciamento ambiental;
VII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção VIII
Da Gerência de Informação e Acompanhamento Técnico
375

Art. 34 – À Gerência de Informação e Acompanhamento Técnico compete:


I – estruturar sistema de coleta de informações sobre políticas públicas, programas e
projetos desenvolvidos pelo Município na área do meio ambiente e temas afins;
II – organizar as informações de acompanhamento de projetos e/ou ações na área do
meio ambiente e temas afins, elaborando os respectivos relatórios gerenciais;
III – secretariar o Comitê Municipal sobre Mudanças Climáticas e Ecoeficiência;
IV - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção IX
Da Gerência de Comunicação

Art. 35 – À Gerência de Comunicação, em consonância com as diretrizes da Assessoria


de Comunicação Social do Município, compete:
I – coordenar e planejar programas e projetos que envolvam atividades de comunicação
interna no âmbito da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
II – coordenar e planejar a dinâmica do atendimento à imprensa no âmbito da Secretaria;
III – coordenar e planejar programas e projetos de mobilização social e campanhas
educativas, no âmbito da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, visando a
implementação das políticas de meio ambiente do Município;
IV – assessorar o Secretário nas matérias de sua competência;
V – apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades e
informações de seu interesse.

Seção X
Da Gerência Administrativa

Art. 36 – À Gerência Administrativa compete:


I - administrar os serviços internos, o pessoal, o material de consumo, os veículos e o
patrimônio móvel;
II - cumprir e fazer cumprir as disposições aplicáveis aos servidores;
III – cuidar dos procedimentos necessários ao preparo da folha de pagamento, na forma
requerida pela Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos;
IV - coordenar a implantação das atividades relacionadas à segurança do trabalho,
segundo diretrizes emanadas da Secretaria Municipal Adjunta de Recursos Humanos;
V – executar e cuidar dos processos de licitação e contratos, em todas as suas fases, e
das compras, em consonância com os procedimentos legais adotados pela comissão de
licitação designada e de acordo com as diretrizes da Secretaria Municipal de Gestão
Administrativa;
VI – promover a administração centralizada de compras;
VII – cuidar do almoxarifado de materiais e dos equipamentos;
VIII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

Seção XI
Da Gerência Financeira
376

Art. 37 – À Gerência Financeira compete:


I – formatar proposta de orçamento anual e plurianual de investimentos e custeio da
Secretaria, conforme a programação anual e plurianual estabelecida;
II – coordenar, preparar, executar e acompanhar o cumprimento da programação
financeira e orçamentária da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
III – registrar e acompanhar a execução da programação orçamentária anual e
plurianual;
IV – coordenar as execuções financeiras de empreendimentos, contratos, serviços e
demais atividades de apoio, bem como a prestação de contas das aplicações dos
recursos financeiros;
V – analisar e providenciar as solicitações de recursos junto à Junta de Coordenação
Orçamentária e Financeira – JUCOF;
VI – realizar a consolidação do balancete e balanços da Secretaria junto à Secretaria
Municipal de Finanças;
VII – coordenar e controlar os Fundos Municipais de Defesa Ambiental e do Parque das
Mangabeiras;
VIII - apresentar relatório periódico ao Secretário sobre o andamento das atividades.

CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 38 – As competências previstas neste decreto para cada gerência consideram-se


atribuições e responsabilidade dos respectivos titulares dos cargos.

Art. 39 - Ficam revogados o art. 4º e o Capítulo IV, ambos do Decreto nº 11.918, de 1º de


janeiro de 2005.

Art. 40 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos
a 04 de julho de 2009.
Art. 40 retificado em 29/7/2009

Belo Horizonte, 17 de julho de 2009

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
377

DECRETO Nº 13.744, DE 5 DE OUTUBRO DE 2009


Altera o Decreto nº 5.893, de 16 de março de 1988.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, e em conformidade


com o disposto no inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica Municipal, decreta:

Art. 1º - O art. 25 do Decreto nº 5.893, de 16 de março de 1988, passa a vigorar com a


seguinte redação:

“Art. 25 – Nenhum motor dos ciclos diesel ou otto poderá operar no Município com limites
de emissão de gases, opacidade, rotação e emissão de ruídos acima dos parâmetros
previstos nas Resoluções do CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

§ 1º - No caso do ciclo diesel, a fumaça emitida pelo cano de descarga não poderá
exceder a densidade colorimétrica superior ao Padrão 2 (dois) da Escala Ringelmann, ou
equivalente, por mais de 5 (cinco) segundos consecutivos, exceto para partida a frio.

§ 2º - Os veículos vistoriados poderão receber um adesivo alusivo ao resultado da


avaliação, o qual será afixado no pára-brisa e somente poderá ser retirado pelo agente
de fiscalização.

§ 3º - A Secretaria Municipal de Meio Ambiente poderá convocar para vistoria, com data,
local e horário previamente agendados, quaisquer veículos em operação no Município.”
(NR)

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 5 de outubro de 2009

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
378

DECRETO Nº 13.842, DE 11 DE JANEIRO DE 2010


Regulamenta a Lei n° 9.725/09, que contém o Código de
Edificações do Município de Belo Horizonte.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A aplicação da Lei n° 9.725, de 15 de julho de 2009, que institui o Código de


Edificações do Município de Belo Horizonte, observará o disposto neste Decreto.

CAPÍTULO II
DAS RESPONSABILIDADES

Seção I
Das Responsabilidades do Profissional e do Proprietário

Art. 2º - Para fins da aplicação deste Decreto, e nos termos do art. 3º da Lei nº 9.725/09,
fica estabelecido o que segue:
I - profissional legalmente habilitado é a pessoa física com registro no Conselho Regional
de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, nos termos da legislação específica.
II - pessoas jurídicas legalmente habilitadas são as sociedades, associações,
companhias, cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras
ou serviços relacionados na forma da lei, com registro no CREA.

§ 1º - O profissional legalmente habilitado poderá atuar individual ou coletivamente, como


responsável técnico pela elaboração do projeto de edificação ou pela direção técnica da
obra, assumindo sua responsabilidade no momento do protocolo do pedido de licença ou
do início da obra.

§ 2º - Para os fins deste Decreto, considera-se:


I - responsável técnico pelo projeto de edificação o responsável pelo conteúdo das peças
gráficas, descritivas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho;
II - responsável técnico da obra o profissional encarregado pela direção técnica das
obras, desde seu início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e
adequado emprego dos materiais, conforme a legislação municipal, sem prejuízo da
responsabilidade prevista no Código Civil.

§ 3º - A responsabilidade sobre projetos, instalações e execuções cabe aos profissionais,


nos termos da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.

§ 4º - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico e o responsável técnico pela obra,


cuja estrutura seja constituída por madeira e/ou materiais não convencionais,
responsabilizam-se pelo uso do material, sua segurança estrutural, sua capacidade de
379

isolamento térmico e acústico, respondendo técnica e civilmente pela edificação, nos


termos do art. 5º da Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009.
§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 1º)

Art. 3º - O responsável técnico pelo projeto de edificação declarará sua responsabilidade


em formulário próprio, conforme modelo constante no Anexo Único deste Decreto.
Art. 3º com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 1º)

Art. 3º A - O responsável técnico pela execução da obra deverá ser identificado na


solicitação do Alvará de Construção consolidado ou das licenças complementares.

Parágrafo único - As Secretarias de Administração Regional Municipal deverão informar


à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana os dados do responsável técnico
pela execução da obra, quando identificado na expedição de licença complementar.
Art. 3ºA acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 2º)

Art. 4º - A substituição ou a transferência de responsabilidade técnica deverá ser


comunicada em formulário próprio, segundo os procedimentos estabelecidos neste
Regulamento.

§ 1º- Tratando-se de comunicação efetivada pelo proprietário, a mesma deverá:


I - indicar o nome do novo responsável técnico;
II - estar acompanhada do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste
Decreto.

§ 2º - Tratando-se de comunicação efetivada pelo responsável técnico, a SMARU deverá


notificar o proprietário para apresentação de novo responsável técnico, nos seguintes
termos:
I - tratando-se de responsável pelo projeto de edificação, o proprietário deverá
apresentar novo RT no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de indeferimento do
processo de licenciamento;
II - tratando-se de responsável pela direção técnica de obra, o proprietário deverá
apresentar novo responsável técnico no prazo máximo de 10 (dez) dias, sob pena de
embargo da obra, conforme previsto no inciso III do art. 77 da Lei n° 9.725/09.

Art. 5º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica da obra
poderá designar, mediante formulário próprio e justificativa escrita, outro responsável
técnico para acompanhar a tramitação do processo na SMARU, nos casos previstos
neste Decreto.

Art. 6º - Deverá ser mantida na obra:


I - cópia do Alvará de Construção e das demais Licenças previstas no § 1º do art. 12 da
Lei n° 9.725/09, quando pertinentes, todas dentro do prazo de validade;
II - cópia do projeto arquitetônico aprovado pela SMARU.
380

Art. 7º - O laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel deverá


ser elaborado por profissional com habilitação expedida pelo CREA.

Parágrafo único - O laudo mencionado no caput deste artigo deverá ser acompanhado
da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

Art. 8º - As informações, declarações e Termos de Compromissos prestados e firmados


pelos Responsáveis Técnicos, pelos proprietários e por terceiros envolvidos no processo
de licenciamento sujeitam os mesmos a responsabilização por sinistros, acidentes,
danos causados a terceiros, falsidade ideológica e falsificação de documento público

Art. 8º-A - O proprietário será responsável por:


I - zelar pelas condições de estabilidade e de segurança de seu imóvel por meio de obras
ou outras medidas preventivas contra a erosão do solo, o desmoronamento e o
carreamento de terra, detritos e lixo;
II - impedir o início das obras da edificação antes que sejam realizadas as obras
necessárias para garantir a segurança e estabilização do terreno.

§ 1º - O proprietário do imóvel que causar instabilidade em imóveis vizinhos fica


responsável por efetuar as devidas medidas corretivas.

§ 2º - As obras de que trata este artigo deverão garantir a estabilização integral dos
terrenos.
Art. 8º-A acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 1º).

Seção II
Da Responsabilidade do Executivo

Art. 9º - A aprovação de projeto por parte do Executivo contemplará:


I - o atendimento à legislação e às normas técnicas vigentes;
II - as declarações do responsável técnico e do proprietário, conforme disposto neste
Decreto.

§ 1º - Não compete ao Executivo verificar o atendimento das exigências decorrentes do


exercício legal da profissão.

§ 2º - Não compete ao Executivo verificar o recolhimento dos valores referentes às ARTs.

CAPÍTULO III
DO FECHAMENTO DOS LOTES E TERRENOS

Art. 10 - Para efeito do disposto no caput do art. 10 da Lei n° 9.725/09, entende-se por
lote ou terreno:
I - roçado: aquele que apresenta desgaste da vegetação herbácea, mesmo sem a
remoção de tocos ou de raízes, sendo vedada a utilização de fogo;
381

II - limpo: aquele livre de lixo ou entulho de qualquer natureza;


III - drenado: aquele que apresenta:
a) condições adequadas de escoamento de águas pluviais;
b) sistema de drenagem, preservadas as eventuais nascentes e cursos d’água existentes
e suas condições naturais de escoamento.

Art. 11 - Fica proibida a utilização de arame farpado, chapiscos e vegetação com


espinhos, bem como outras formas de fechamento que causem danos ou incômodos aos
transeuntes.

Art. 12 - A exigência constante do § 5° do art. 10 da Lei n° 9.725/09 será considerada


atendida caso haja permeabilidade visual em pelo menos 1,00 m² (um metro quadrado)
da extensão do fechamento, pela qual seja possível a visualização de todo o lote ou
terreno.

Art. 13 - O fechamento frontal de lote ou terreno edificado com altura superior a 1,80m
(um metro e oitenta centímetros) do passeio deverá ser dotado de elementos
construtivos que garantam permeabilidade visual em área equivalente a 50% (cinquenta
por cento) daquela acima desta altura.

Parágrafo único - Poderão ser dispensadas da exigência do caput deste artigo as


edificações regularizadas nos termos da Lei n° 9.074, de 18 de janeiro de 2005 e da Lei
n° 9.725/09.

CAPÍTULO IV
DO LICENCIAMENTO

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 14 - Para efeito da aplicação do disposto no § 2º do art. 5º da Lei n° 9.725/09, caberá


ao Executivo apenas o licenciamento do projeto arquitetônico.

Parágrafo único - O Executivo não procederá à aprovação de projetos complementares,


entendidos como aqueles não necessários à constatação de conformidade da edificação
perante a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e ao Código de Edificações, em
especial:
I - projeto hidráulico-sanitário;
II - projeto elétrico e luminotécnico;
III - projeto de instalações de comunicação;
IV - projeto de instalação de ar condicionado;
V - projeto de prevenção e combate a incêndio;
VI - projeto estrutural;
VII - projeto de impermeabilização.
382

Art. 15 - A SMARU definirá, por meio de Portaria, o padrão de representação gráfica dos
projetos de aprovação de edificação e de licenciamento.

Art. 16 - Os formulários previstos neste Decreto serão definidos pela SMARU e estarão
disponíveis no sítio www.pbh.gov.br.

Art. 16A - Os procedimentos de licenciamento previstos na Lei nº 9.725/09 e neste


Decreto serão normatizados e padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana.

Parágrafo único - A documentação a ser exigida nos licenciamentos é a constante nos


formulários de solicitação padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação
Urbana e disponibilizados na internet, sendo vedada a exigência de outros documentos
sem a prévia autorização da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.
Art. 16A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 3º)

Art. 17 - O licenciamento de obras de construção e reconstrução é de competência


exclusiva da SMARU, que providenciará, quando for o caso, a manifestação dos órgãos
da Administração Direta e Indireta do Município acerca da aprovação dos projetos ou do
acompanhamento das obras.

Art. 18 - As licenças para demolição e para movimentação de terra, bem como para a
construção de marquises e muros de arrimo, deverão ser efetuados:
I - na SMARU, quando o proprietário fizer a opção por concessão de Alvará de
Construção consolidado;
II - na Secretaria Municipal de Administração Regional competente, quando não for feita
a opção pelo Alvará de Construção consolidado ou quando a intervenção não estiver
vinculada à implantação de edificação.

§ 1º- O licenciamento para construção de marquise e de muros de arrimo a que se refere


o inciso II do caput deste artigo será realizado na Secretaria Municipal de Administração
Regional competente.

§ 2° - A solicitação dos licenciamentos previstos neste artigo deverá ser feita em


formulário próprio, observado o disposto neste Decreto, e deverá estar acompanhada de
comprovante do pagamento do preço público correspondente.

Art. 19 - A supressão de vegetação será licenciada pela Secretaria Municipal de Meio


Ambiente – SMMA, observado o disposto no § 3º do art. 15 da Lei n° 9.725/09.

Parágrafo único - Na hipótese de opção pelo Alvará de Construção consolidado, previsto


no §2º do art. 18 da Lei nº 9.725/09, a SMARU deverá providenciar, no processo de
aprovação de projeto, a manifestação da SMMA para subsidiar o licenciamento da
supressão de vegetação.
383

Art. 20 - A dispensa de aprovação de projeto e licenciamento, quando for o caso, não


desobriga o proprietário e o responsável técnico do cumprimento do disposto nas normas
pertinentes, bem como da responsabilidade penal e civil perante terceiros.

Art. 21 - O estande de vendas previsto no inciso II do art. 12 da Lei n° 9.725/09 não


poderá invadir logradouro público.

§ 1º - É permitida a instalação do estande de vendas a partir do início do período de


validade do Alvará de Construção.

§ 2º - A demolição do estande de vendas deverá ser efetuada anteriormente à solicitação


de vistoria para concessão da Certidão de Baixa de Construção.

Art. 22 - Qualquer intervenção em edificações situadas nos Conjuntos Urbanos


Protegidos, nos imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação,
estará sujeita aos procedimentos e normas estabelecidos pela Diretoria de Patrimônio
Cultural da Fundação Municipal de Cultura, conforme disposto no § 1º do art. 12 da Lei
n° 9.725/09.

Art. 23 - As residências multifamiliares horizontais com acessos independentes e diretos


ao logradouro público, sem área comum, equiparam-se às edificações residenciais
unifamiliares para efeito do disposto neste Decreto.

Seção II
Da Aprovação de Edificações Unifamiliares com Área Máxima de 70 m² (setenta metros
quadrados) e de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social – EHIS

Art. 24 - A abertura de processos de aprovação projetos de edificações destinadas ao


uso residencial unifamiliar com área máxima de 70,00 m² (setenta metros quadrados) e
de EHIS obedecerá aos procedimentos previstos neste Regulamento.

§ 1º- Acatada pela SMARU a documentação necessária para o licenciamento da obra,


será aberto o processo administrativo e concedido Alvará de Construção no prazo de 20
(vinte) dias, caso não seja constatada irregularidade no projeto.

§ 2º- O exame do projeto das edificações de que trata esta seção poderá ser parcial,
dispensando-se, neste caso, a análise dos compartimentos internos das edificações
unifamiliares e dos compartimentos internos das unidades autônomas de EHIS.

§ 3º - Constatada irregularidade no projeto, os prazos de correção e de emissão de


parecer conclusivo com deferimento ou indeferimento do processo passam a ser,
respectivamente, os dispostos nos §§ 5° e 6º do art. 15 da Lei n° 9.725/09.
384

§ 4º - Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o Alvará de Construção será concedido


no prazo previsto no § 1º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, observadas as condições
previstas neste Decreto.

§ 5º - Caso haja alteração no projeto que implique prejuízo a seu enquadramento no


disposto no art. 13 da Lei n° 9.725/09, serão cobrados os valores devidos por todo o
processo de aprovação da edificação antes da concessão da Certidão de Baixa de
Construção.

§ 6º - O licenciamento simplificado de que trata esta Seção não desobriga o interessado


do cumprimento das normas pertinentes nem da responsabilidade penal e civil perante
terceiros.

Art. 25 - Para fins da aplicação do disposto no § 4º do art. 13 da Lei n° 9.725/09, o


interessado deverá solicitar o projeto arquitetônico à SMARU por meio de formulário
próprio.

§ 1º - O Executivo terá o prazo de 20 (vinte) dias para fornecer o projeto arquitetônico


compatibilizado com a situação topográfica do terreno em questão, acompanhado do
respectivo Alvará de Construção.

§ 2º - Na hipótese contida no § 4° do art. 13 da Lei nº 9.725/09, o responsável técnico


pelo projeto será o próprio Poder Executivo.

Seção III
Da Aprovação de Projeto

Art. 26 - A aplicação do art. 14 da Lei n° 9.725/09 observará o disposto nesta Seção.

Art. 27 - A solicitação para exame e aprovação de projetos de edificações ocorrerá junto


à Central de Atendimento da SMARU, mediante requerimento próprio, devidamente
instruído e comprovado o recolhimento prévio do preço público correspondente.

§ 1º - Os valores previstos para exame de projeto de edificação serão calculados


considerando a área da edificação a ser licenciada informada pelo responsável técnico.
§ 2º - Caso seja constatado, posteriormente, que a edificação possui área superior, o
recebimento do Alvará de Construção fica condicionado à quitação do valor
complementar.

Art. 28 - O exame do projeto de edificação levará em conta a análise dos parâmetros que
afetam a paisagem urbana e a qualidade de vida da coletividade, em especial:
I - coeficiente de aproveitamento;
II - quota de terreno por unidade habitacional;
III - taxa de ocupação e de permeabilização;
IV - afastamento lateral, frontal e de fundos;
385

V - altura na divisa e da edificação;


VI - fosso de iluminação e ventilação;
VII - área de estacionamento;
VIII - circulação vertical e horizontal coletivas;
IX - pé-direito;
X - acessibilidade.

§ 1º - É responsabilidade dos responsáveis técnicos pela elaboração de projetos e


dirigentes técnicos de obras a observância e o cumprimento das demais disposições
relativas à edificação previstas nas legislações federal, estadual e municipal.

§ 2º - A aprovação do projeto arquitetônico será concedida com base nos documentos


que os interessados apresentarem para exame e na responsabilidade assumida pelo
profissional responsável pelo projeto, perante o Poder Público e terceiros, pelo
cumprimento da legislação vigente e das demais normas complementares, mediante
assinatura do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto.

§ 3º - O Executivo poderá verificar, a qualquer momento, se os projetos aprovados


atendem à legislação vigente.

§ 4º - Caso o Poder Público constate divergência entre a legislação vigente, as


responsabilidades assumidas e as informações prestadas pelo responsável técnico, a
administração deverá:
I - promover a revogação do Alvará de Construção;
II - indeferir o processo e encaminhar para ação fiscal;
III - notificar o proprietário e o responsável técnico da revogação do Alvará de
Construção;
IV - encaminhar denúncia ao CREA e à Procuradoria Geral do Município, se constatada
a possível prática de crime nos termos da legislação penal.

Art. 29 - O andamento do processo de aprovação de projeto deverá ser acompanhado


pelo responsável técnico e pelo proprietário pela Internet.

Parágrafo único - Será fornecido protocolo eletrônico no momento do recebimento da


documentação, que indicará o endereço eletrônico para o seu acompanhamento.

Art. 30 - A abertura de processo administrativo de análise de projeto de edificação é


precedida do exame do protocolo de documentação a ser efetuado no prazo máximo de
07 (sete) dias.

§ 1º - O prazo de 45 (quarenta e cinco) dias previsto no caput do art. 15 da Lei n°


9.725/09 é contado a partir da data do protocolo da documentação acatada.

§ 2º - O prazo de 45 dias, previsto no §1º deste artigo, poderá ser prorrogado por meio
de Portaria ou de despacho fundamentado do Secretário Municipal Adjunto de
386

Regulação Urbana, quando ocorrer superveniência de fatores que justifiquem a


prorrogação e impossibilitem seu cumprimento.

Art. 31 - O processo de obtenção de licença para a execução de obras públicas ou


privadas de edificações deverá ser instruído com a seguinte documentação:
I - projeto arquitetônico, nos termos do art. 14 deste Decreto;
II - documentos que atendam ao disposto na informação básica;
III - formulário de caracterização da edificação;
IV - termo unificado de compromisso;
V - levantamento planialtimétrico, quando se tratar de aprovação inicial;
VI - termo de compromisso prestado pelo responsável técnico, nos termos do Anexo
Único deste Decreto.
VII - declaração firmada por responsável técnico de que o terreno possui condições
geológicas e geotécnicas de estabilidade e segurança, inclusive em relação aos terrenos
vizinhos ou apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de projeto
geotécnico, bem como das obras que se façam necessárias para a estabilização e
segurança do terreno;
Inciso VII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º).
VIII - compromisso firmado pelo proprietário do imóvel e por responsável técnico de que
a obra somente será iniciada após a realização das obras que visam a solucionar as
condições de risco apontadas no projeto geotécnico.
Inciso VIII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º).

Parágrafo único - Sem prejuízo das demais penalidades previstas no Código de


Edificações, a prestação de informações inverídicas acarretará:
I - o indeferimento ou invalidação do Alvará de Construção, conforme o caso;
II - a instauração de ação fiscal para aplicação das penalidades administrativas cabíveis;
III - o encaminhamento de denúncia ao respectivo conselho de classe para apuração de
infração disciplinar;
IV - submissão do ocorrido à Procuradoria-Geral do Município para apuração da
responsabilidade administrativa, civil e criminal.
Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º).

Art. 32 - Constatado o não atendimento ao disposto no art. 31 deste Decreto, o protocolo


será indeferido e instruído com o respectivo relatório das pendências.

§ 1º - O proprietário e o responsável técnico deverão ser comunicados do indeferimento


por meio do protocolo eletrônico de que trata o parágrafo único do art. 29 deste Decreto.

§ 2º - A documentação ficará disponível na Central de Atendimento por 10 (dez) dias,


sendo eliminada após o decurso deste prazo.

Art. 33 - Qualquer manifestação dos órgãos e unidades da Administração Direta e


Indireta do Município quanto a definições que interfiram na aprovação do projeto,
387

conforme previsto no § 3° do art. 15 da Lei n° 9.725/09, será realizada sob coordenação


da SMARU.

§ 1º - A análise citada no caput deste artigo não poderá ser realizada isoladamente por
cada órgão da Administração Direta e Indireta.

§ 2º - A análise conjunta do projeto de edificação e a definição de diretrizes com os


demais órgãos municipais deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados a
partir da data do protocolo da documentação acatada.

§ 3º- A SMARU convocará reuniões para deliberações dos órgãos competentes para o
licenciamento de cada projeto de edificação.

§ 4º - A não manifestação dos órgãos competentes no prazo previsto no § 2º deste artigo


implicará anuência destes em relação ao projeto de edificação apresentado, nos limites
das competências legais de cada órgão.

§ 5º - Configurada a hipótese do parágrafo anterior, a SMARU notificará o órgão sobre a


aprovação do projeto de edificação.

§ 6º - Fica vedado o envio do processo de licenciamento a órgãos da Administração


Pública, quando não houver previsão expressa na legislação municipal.

§ 7º - O disposto nos §§ 1º a 5º deste artigo não se aplica aos projetos para os quais
haja previsão legal de manifestação dos conselhos municipais, a teor do disposto no § 12
do art. 15 da Lei n° 9.725/09.

Art. 34 - O prazo de 30 (trinta) dias previsto no § 5º do art. 15 da Lei n° 9.725/09 é


improrrogável e será contado a partir do recebimento pelo responsável técnico de
comunicação por escrito relativa às normas infringidas e aos erros técnicos cometidos na
elaboração do projeto.
Parágrafo único – O responsável técnico terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua
intimação, para corrigir o projeto, sendo que o não atendimento desse prazo implica o
indeferimento do projeto.

Art. 35 - O prazo de 25 (vinte e cinco) dias previsto no § 6º do art. 15 da Lei n° 9.725/09


será contado a partir da data de apresentação do projeto corrigido na Central de
Atendimento.

§ 1º - A apresentação de projeto diverso do anteriormente examinado implicará o


indeferimento do processo.
§ 2º - Entende-se por diverso o projeto que apresenta alterações que descaracterizem o
projeto analisado, implicando nova análise e não apenas a verificação das correções
anteriormente exigidas.
388

§ 3º - Após o segundo exame do projeto de edificação, o responsável técnico e o


proprietário receberão a comunicação de aprovação do projeto de edificação ou de
indeferimento do processo de licenciamento.

Art. 36 - O prazo para interposição de recurso contra o indeferimento de processo de


licenciamento será de 10 (dez) dias improrrogáveis contados da intimação do
responsável técnico.

Art. 37 - Na hipótese prevista no § 7º do art. 15 da Lei n° 9.725/09, a notificação deverá


ser feita ao Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana.

§ 1º - O requerente deverá protocolar a notificação na SMARU, recebendo documento


comprobatório de sua entrega.
§ 2º - Na hipótese do decurso do prazo previsto no §7º do art. 15 da Lei nº 9.725/09 sem
que haja manifestação do Secretário, a obra referente ao projeto de edificação em
análise poderá ser iniciada, desde que atendidas, cumulativamente, às seguintes
condições:
I - observância ao disposto no § 9º do art. 15 da Lei nº 9.725/09;
II - manutenção de cópia do protocolo da notificação de que trata o §1º deste artigo na
obra, para fins de comprovação do direito ao início da mesma sem a aprovação do
projeto;
III - assinatura do Termo de Compromisso a que se refere o Anexo Único deste Decreto.

Art. 38 - A apuração da responsabilidade pelo descumprimento dos prazos previstos no


art. 15 da Lei n° 9.725/09 deverá seguir os seguintes procedimentos:
I - elaboração de relatório que considere o andamento do processo desde o protocolo de
documentos e justifique, quando for o caso, o descumprimento do prazo, devidamente
assinado pelo servidor responsável pelo exame do projeto;
II - manifestação do superior imediato em relação à inadimplência do técnico.

Parágrafo único - O referido relatório poderá subsidiar a decisão do Secretário Municipal


Adjunto de Regulação Urbana quanto à prorrogação do prazo prevista no § 2º do art. 15
da Lei n° 9.725/09, desde que, cumulativamente:
I - se comprove a superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação do prazo e
pelos quais fique caracterizada a impossibilidade de cumprimento dos prazos legais pelo
servidor responsável pelo exame do projeto de edificação;
II - o descumprimento dos prazos não tenha ocorrido em função de faltas cometidas pelo
proprietário ou pelo responsável técnico, hipótese em que a prorrogação deverá ser
negada.

Art. 39 - Não havendo pendências, o projeto de edificação será aprovado e o Alvará de


Construção será emitido.
389

Art. 40 - A SMARU deverá garantir o cumprimento dos prazos para resposta ao munícipe
em relação ao exame do projeto, independentemente da omissão do servidor
responsável pelo exame do mesmo.

Art. 41 - O Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, mediante despacho


fundamentado, poderá determinar a substituição do servidor responsável pelo exame do
projeto, conforme previsto no § 11 do art. 15 da Lei n° 9.725/09.

Art. 42 - Constatada, a qualquer tempo, a necessidade de manifestação dos conselhos


municipais, em processo de licenciamento em curso na SMARU, os prazos ficarão
suspensos durante a análise dos conselhos.

Art. 43 - A manifestação dos conselhos municipais deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta)


dias, prorrogáveis, justificadamente, por igual prazo.

Art. 44 - A aplicação do art. 16 da Lei n° 9.725/09 observará, para o cálculo do


coeficiente de aproveitamento e da taxa de permeabilidade, a área do terreno constante
na planta de parcelamento aprovada, conforme indicada nas Informações Básicas.

Art. 45 - Para efeito do disposto no § 3º do art. 16 da Lei n° 9.725/09, entende-se por


divisa consolidada aquela delimitadora de lote ocupado e aprovado por CP.

Art. 46 - A responsabilidade do Município restringe-se à avaliação da regularidade


técnica e urbanística do lote ou conjunto de lotes face às normas legais aplicáveis, não
cabendo o exame da regularidade dominial ou possessória dos mesmos.

§ 1º- O Município de Belo Horizonte não responderá a questionamentos de munícipes


relativos à regularidade dos direitos de posse, domínio ou quaisquer outros sobre lotes
ou conjunto de lotes.

§ 2º- O responsável técnico e o proprietário são responsáveis pelas dimensões dos lotes
no qual se situa o projeto de edificação a ser aprovado, cabendo aos mesmos responder
por invasão do logradouro público ou à propriedade de terceiros.

Seção IV
Do Alvará de Construção

Art. 47 - O proprietário ou o responsável técnico poderá solicitar por escrito, na Central


de Atendimento, a Certidão de Aprovação de Projeto de Edificação, que será emitida no
prazo máximo de 05 (cinco) dias, nos termos do § 1º art. 18 da Lei n° 9.725/09.

Art. 48 - A entrega do Alvará de Construção fica condicionada:


I - ao recolhimento dos valores referentes à fiscalização de obras;
390

II - à quitação do preço público complementar relativo ao exame de projeto de edificação,


na hipótese de a edificação possuir área superior àquela declarada quando da
apresentação do projeto de edificação para aprovação;
III - à emissão das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, caso
tenha sido feita a opção pelo Alvará de Construção Consolidado, conforme a legislação
em vigor.

Art. 49 - O proprietário poderá optar pela inclusão das autorizações previstas no § 2º do


art. 18 da Lei n° 9.725/09, no Alvará de Construção.

§ 1º - A opção pela inclusão ou não das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei


n° 9.725/09 deverá ser feita no formulário próprio para abertura do processo de
aprovação de projeto.

§ 2º - Na hipótese de se optar pela inclusão das autorizações no Alvará de Construção, a


SMARU será responsável por proceder aos licenciamentos solicitados junto aos órgãos
municipais competentes.

§ 3º - Na hipótese de não inclusão das autorizações no Alvará de Construção, essas


deverão ser solicitadas à respectiva Secretaria Municipal de Administração Regional.

§ 4º - Na hipótese contida no § 3° deste artigo, os valores serão cobrados no momento


da solicitação de cada autorização pelo órgão municipal competente.

§ 5º - Nos casos previstos no § 3° deste artigo, os órgãos municipais competentes


deverão comunicar à SMARU as autorizações concedidas.

Art. 50 - A cassação das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09 não


implicará a cassação do Alvará de Construção, salvo quando houver previsão legal.

Art. 51 - O impedimento de que trata o §1º do art. 19 da Lei nº 9.725/09 deverá ser
imediatamente comunicado à SMARU, que avaliará a suspensão do prazo de validade
do Alvará de Construção.

Art. 52 - A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n°


9.725/09 será realizada mediante requerimento e após verificação do estágio da obra
pela SMARU.

§ 1º - A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n°


9.725/09 deverá ser solicitada à SMARU até a data de vencimento do mesmo, mediante
requerimento próprio.

§ 2º - O requerente receberá cópia do protocolo da solicitação de revalidação do Alvará


de Construção, que deverá ser mantida na obra.
391

§ 3º - O Executivo terá 15 (quinze) dias para efetuar a vistoria da obra e se manifestar


sobre a revalidação do Alvará de Construção.

§ 4º - Decorrido o prazo de validade do Alvará de Construção, sem solicitação de sua


revalidação, a referida licença caducará, cabendo ao proprietário da obra solicitar nova
aprovação do projeto conforme a legislação vigente.

Art. 53 - Na hipótese do inciso II do § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09, a renovação do


Alvará de Construção fica condicionada:
I - à análise do projeto, nos termos da legislação vigente;
II - ao relatório da vistoria, com descrição detalhada da fase da obra, especialmente no
que diz respeito à estrutura da edificação.

§ 1º - No caso de obra em que a estrutura não esteja totalmente concluída e não atenda
a legislação vigente, a solicitação de renovação de alvará será indeferida e o proprietário
deverá ser notificado a solicitar aprovação de projeto de modificação de edificação, nos
termos da legislação vigente.

§ 2º - A solicitação de aprovação de modificação de projeto deverá ser efetuada na


SMARU e deverá ser analisada e aprovada segundo procedimentos fixados na Seção II
do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste Regulamento.

§ 3º - A não apresentação do projeto de modificação da edificação para aprovação no


prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da notificação implicará o encaminhamento do
processo para ação fiscal e imediato embargo da obra até sua regularização.

Art. 54 - O Alvará de Construção poderá ser cancelado mediante solicitação expressa do


proprietário feita à SMARU.

Parágrafo único - Cancelado o Alvará de Construção, a Secretaria Municipal de


Administração Regional deverá ser comunicada pela SMARU para início da ação fiscal.

Art. 55 - Configuram-se modificação de projeto as seguintes alterações:


I - alteração dos níveis de implantação da edificação;
II - alteração das áreas destinadas ao estacionamento de veículos;
III - alteração da área permeável que compõe a Taxa de Permeabilidade mínima;
IV - acréscimo ou decréscimo de área construída;
V - alteração das áreas enquadradas nos incisos IV ao XIII do art. 46 da Lei nº 7.166/96;
VI - alteração da locação de qualquer bloco integrante do projeto;
VII - alteração do uso da edificação.

§ 1º - A modificação de projeto não implica o cancelamento do Alvará de Construção e


não requer abertura de novo processo.
392

§ 2º - A modificação de projeto somente será aprovada nos casos em que o Alvará de


Construção esteja em vigor ou houver Baixa de Construção da Edificação.

§ 3º - Havendo solicitação de modificação de projeto com alteração de parâmetro


urbanístico, cada parâmetro deverá ser aprovado nos termos da legislação vigente.

§ 4º - Em caso de solicitação de modificação de projeto concomitante com a renovação


de alvará prevista no inciso II do § 2º do art. 19 da Lei nº 9.725/09, serão observados os
parâmetros urbanísticos constantes da legislação em vigor para aprovação da parte
referente à construção de área sem estrutura concluída.
Art. 55 com redação dada pelo Decreto nº 14.508, de 26/7/2011 (Art. 1º)

Art. 56 - A aprovação de modificação de projeto referente a obra cujo Alvará de


Construção esteja em vigor, não alterará o prazo de validade do mesmo.

Parágrafo único - Não se configura como modificação de projeto de edificação as


alterações que abranjam somente a modificação da disposição dos compartimentos
relativos à área interna da unidade autônoma tipo, desde que não haja alteração dos
seguintes parâmetros constantes do projeto de edificação aprovado:
I - área total da unidade autônoma tipo;
II - disposição e dimensões dos vãos de ventilação e iluminação;
III - pé-direito.

Seção V
Da Regularização

Art. 57 - A solicitação de exame para regularização de edificações ocorrerá na SMARU,


mediante requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o recolhimento
prévio do preço público previsto para exame de projetos de edificações, vistoria e multa
pela construção sem o devido licenciamento.

§ 1º - O responsável técnico deverá declarar, no momento do protocolo da


documentação para exame, o enquadramento da edificação para exame nas diretrizes
da legislação vigente, nos termos do caput do art. 21 da Lei n° 9.725/09, ou nos critérios
da Lei n° 9.074/05, nos termos do § 1° do mesmo artigo.

§ 2º- A abertura do processo de regularização de edificação obedece aos procedimentos


estabelecidos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto.

§ 3º- Acatada a documentação, será aberto o processo administrativo e será agendada


vistoria com comunicação ao responsável técnico por meio eletrônico, em até 05 (cinco)
dias.

§ 4º - A vistoria deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias contados a partir da


data de protocolo.
393

§ 5º - Os valores previstos no caput serão calculados considerando a área da edificação


a ser licenciada informada pelo responsável técnico.

§ 6º- Após a vistoria, comprovado o enquadramento da edificação nos critérios da Lei n°


9.074/05, o processo de regularização seguirá as definições contidas na referida lei.

§ 7º - Constatado que a edificação possui área superior à declarada, a concessão da


Certidão de Baixa de Construção fica condicionada à quitação do preço público
correspondente.

Art. 58 – Na hipótese prevista no caput do art. 21 da Lei nº 9.725/09, constatadas


divergências entre o levantamento da edificação apresentado e a edificação implantada
no local, o responsável técnico será comunicado por meio do protocolo eletrônico
disponibilizado via Internet, no sítio www.pbh.gov.br.

§ 1º - No caso de divergências entre o levantamento apresentado e a edificação


implantada no local, o responsável técnico terá o prazo de 10 (dez) dias para correção do
mesmo, sob pena de indeferimento da respectiva solicitação de regularização.

§ 2º - Caso as divergências descritas no caput deste artigo persistam, o processo será


indeferido.

§ 3º - Constatada a impossibilidade de regularização da edificação nos termos da Lei n°


9.074/05, o responsável técnico será notificado a apresentar à SMARU projeto de
adequação da edificação à legislação vigente, em até 30 (trinta) dias, sob pena de
indeferimento do processo.

§ 4º - A aprovação do projeto de adequação das irregularidades ocorrerá segundo


procedimentos fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste
regulamento.

§ 5º - O Alvará de Construção será concedido conforme a Seção III do Capítulo IV da Lei


n° 9.725/09 e o disposto neste Regulamento.

§ 6º - O responsável técnico pela direção da obra deverá declarar sua responsabilidade


conforme previsto no art. 2° deste Decreto.

§ 7º - A concessão da Certidão de Baixa de Construção seguirá os procedimentos


fixados na Seção III do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto.

Art. 59 - Na hipótese de indeferimento do processo, o proprietário deverá ser comunicado


e o processo será imediatamente encaminhado para ação fiscal.
394

Art. 60 - Poderá ser regularizada a unidade autônoma, independentemente da


regularidade da edificação ou de suas demais unidades.

Parágrafo único - A SMARU notificará o condomínio a promover a regularização da


edificação ou de suas unidades.

Art. 61 - Para regularização das edificações destinadas a abrigar as atividades que se


seguem, destinadas a serviços de uso coletivo, nos termos da Lei de Parcelamento,
Ocupação e Uso do Solo, serão exigidas as condições de acessibilidade contidas na
legislação e nas normas técnicas vigentes:
I - estabelecimentos de ensino de qualquer nível;
II - teatros;
III - cinemas;
IV - auditórios;
V - estádios;
VI - ginásios de esporte;
VII - casas de espetáculos;
VIII - salas de conferência e similares.

§ 1º- Para regularização de edificação destinada aos demais usos, comprovadamente


construída antes de 8 de novembro de 2000, será dispensado o atendimento às
exigências das normas de acessibilidade previstas na Lei Federal n° 10.098, de 19 de
dezembro de 2000.

§ 2º - Para fins de regularização, comprovada a impossibilidade de garantia de vagas


para estacionamento de veículos adaptados para uso de pessoas portadoras de
deficiência, poderá o órgão responsável pela gestão do trânsito autorizar a disposição
das mesmas no logradouro público.

Seção VI
Da Licença de Demolição

Art. 62 - A demolição total ou parcial de edificação deverá ser solicitada à SMARU ou à


Secretaria de Administração Regional, conforme a localização do imóvel.

§ 1º - A licença de demolição será concedida juntamente com a licença para


movimentação de terra e entulho, conforme disposto na Lei n° 9.725/09 e neste Decreto.

§ 2º - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a


concessão da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias,
contados da data da solicitação do requerente.

Art. 63 - O licenciamento tratado no art. 22 da Lei n° 9.725/09 fica condicionado:


I - à obediência dos critérios estabelecidos pelo Código de Posturas e sua
regulamentação;
395

II - ao disposto no Regulamento de Limpeza Urbana;


III - à legislação ou deliberações dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico e
cultural, quando for o caso;
IV - à legislação ambiental.

Art. 64 - A demolição parcial de edificação fica condicionada à aprovação de projeto e


obtenção de Alvará de Construção, nos termos da legislação vigente e deste Decreto.

Art. 65 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte definirá o valor da multa


prevista no §2º do art. 22 da Lei n° 9.725/09, considerando-se:
I - a relevância histórica e cultural do imóvel;
II - o dano causado aos direitos difusos;
III - a irreversibilidade do dano causado;
IV - a área demolida;
V - o risco que a demolição acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro
público.

§ 1º - É vedada a regularização de demolição de imóvel tombado ou de interesse de


proteção.

§ 2º - Na hipótese prevista no §1º deste artigo, a solicitação de Certidão de Demolição


deverá ser indeferida e o processo encaminhado para ação fiscal, para aplicação das
penalidades cabíveis, conforme disposto no §2° do art. 22 da Lei n° 9.725/09 e demais
legislações pertinentes.

Art. 66 - Nas hipóteses de conclusão da demolição licenciada ou de regularização de


demolição não licenciada, o requerente deverá solicitar à Secretaria Municipal de
Administração Regional pertinente a emissão da Certidão de Demolição.

§1º - Excetuam-se do previsto no caput deste artigo as hipóteses nas quais, estando o
Alvará de Construção válido, a licença de demolição tenha sido concedida juntamente
com o mesmo.

§ 2 º - A emissão da Certidão de Demolição fica condicionada:


I - à constatação, por meio de vistoria, da efetiva demolição;
II - ao recolhimento do preço público correspondente.

§ 3º - A Certidão de Demolição deverá ser emitida pela Secretaria Municipal de


Administração Regional competente, no prazo máximo de 10 (dez) dias após sua
solicitação.

§ 4º - No caso de regularização de demolição efetuada sem o devido licenciamento, a


emissão da Certidão de Demolição fica condicionada ao pagamento da multa e do preço
público correspondentes.
396

Art. 67 - Em qualquer demolição e retirada de entulho, o responsável técnico e o


proprietário serão os responsáveis por todas as medidas de segurança de terceiros, do
logradouro público e de propriedades vizinhas, bem como por todas as medidas
necessárias à garantia de limpeza e circulação dos transeuntes, nos termos da
legislação em vigor.

Seção VII
Da Licença de Reconstrução

Art. 68 - A edificação irregular não poderá ser reconstruída.

Art. 69 - A licença de reconstrução total ou parcial de edificação, nos termos do art. 23 da


Lei n° 9.725/09, deverá ser solicitada à SMARU, por meio de formulário próprio.

§ 1º - A abertura do processo de licenciamento de reconstrução obedecerá aos


procedimentos dispostos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto.

§ 2º - Na hipótese de o projeto a ser reconstruído não obedecer à legislação e às normas


técnicas relativas à acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida, será exigida a
incorporação de adaptações necessárias ao atendimento das mesmas.

§ 3º - Não será admitida nenhuma modificação no projeto que não tenha como objetivo
cumprir normas e leis fixadas posteriormente à concessão da Baixa de Construção da
edificação que tenha sofrido o sinistro.

§ 4º - Nos casos previstos no §2° deste artigo, o responsável técnico deverá apresentar
solicitação de exame à SMARU, que deverá realizá-lo no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 5º - Caso seja constatada irregularidade no projeto, a tramitação passa a observar o


rito previsto na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto.

§ 6º - Em qualquer hipótese, após a aprovação do projeto de reconstrução total ou


parcial da edificação, a obra será licenciada mediante emissão de Alvará de Construção,
nos termos da Seção III do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09.

§ 7º - Soluções emergenciais com vistas a abrandar situações de risco podem ser


efetivadas antes da obtenção do Alvará de Construção ou de outras licenças, nas
seguintes condições:
I - depois de efetuado aviso à Secretaria de Administração Regional competente;
II - garantido o acompanhamento por responsável técnico.

§ 8º - Após o término da obra, o responsável técnico deverá comunicá-la ao Executivo


para que sejam aplicados os procedimentos de concessão da Certidão de Baixa de
Construção contidos na Seção III do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste regulamento.
397

Art. 70 - A solicitação de licença de reconstrução fica condicionada ao recolhimento dos


valores referentes à emissão de Alvará de Construção e Certidão de Baixa de
Construção, bem como às vistorias e exame de projeto, quando for o caso.

CAPÍTULO V
DAS OBRAS

Seção I
Do Canteiro de Obras

Art. 71 - A placa de identificação de obra, de instalação obrigatória conforme disposto no


art. 24 da Lei n° 9.725/09, deverá conter as seguintes informações:
I - número do processo de licenciamento e do respectivo Alvará de Construção;
II - uso a que se destina a edificação segundo a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso
do Solo em vigor;
III - número de pavimentos;
IV - número de unidades autônomas;
V - área total da edificação;
VI - nome e número do registro do CREA do Responsável Técnico pela execução da
obra;
VII - nome e número do CNPJ da empresa responsável pela direção da obra, se for o
caso;
VIII - número e descrição de autorizações complementares, quando for o caso;
IX - autorizações dos conselhos temáticos, quando houver;
X - o zoneamento em que está inserido o imóvel, nos termos da Lei de Parcelamento,
Ocupação e Uso do Solo.

§ 1º - A placa de identificação não poderá ter nenhuma mensagem publicitária.

§ 2º - A placa de identificação deve obedecer aos seguintes critérios:


I - ter no máximo 1,00 m² (um metro quadrado);
II - não possuir dispositivo de iluminação ou animação;
III - não possuir estrutura própria de sustentação.

Art. 72 - As licenças expedidas pelas Secretarias de Administração Regional, nos casos


previstos na Lei n° 9.725/09 e neste decreto, devem ser mantidas no canteiro de obras.

Seção II
Da Movimentação de Terra, Entulho e Material Orgânico.

Art. 73 - A movimentação de terra, entulho e material orgânico deverá ser solicitada à


SMARU ou à Secretaria de Administração Regional competente, conforme disposto nos
incisos I e II do art. 18 deste Decreto.

§ 1º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I)


398

§ 2º - A licença de movimentação de terra, entulho e material orgânico incluirá a


autorização de tráfego de terra, entulho e material orgânico.

§ 3º - No caso previsto no §1° deste artigo, serão emitidas autorizações correspondentes


ao número de veículos utilizados, os quais devem trafegar com as mesmas.
§ 4º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I)

Art. 74 - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a


concessão da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias a
partir da solicitação do requerente.

§ 1º - Caso a documentação apresentada seja insuficiente para a abertura do processo,


o mesmo será imediatamente indeferido, devendo o responsável técnico e o proprietário
ser comunicados do fato pela Secretaria Municipal de Administração Regional.

§ 2º - Nos casos previstos no parágrafo único do art. 30 da Lei nº 9.725/09, ficam o


proprietário e o responsável técnico obrigados a executar as obras corretivas
necessárias, no prazo máximo de 10 (dez) dias a partir da constatação da ocorrência do
dano.

Parágrafo único - As obras corretivas devem ser executadas em conformidade com a


legislação pertinente, de forma a reparar completamente o dano ocasionado.

Art. 75 - As movimentações de terra, entulho e material orgânico serão licenciadas com


base em declaração de responsabilidade e em projeto de terraplenagem apresentados
por responsável técnico, conforme padrão definido pela Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana.

Parágrafo único - Não será exigido licenciamento para a movimentação e o tráfego de


material orgânico derivada da capina de terreno.
Art. 75 com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 4º)

Art. 76 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, ou a Secretaria Municipal


de Meio Ambiente, quando for o caso, definirá o valor da multa prevista no §2º do art. 29
da Lei n° 9.725/09, considerando-se:
I - a relevância histórica e cultural do imóvel;
II - o dano causado aos direitos difusos;
III - a irreversibilidade do dano causado;
IV - o risco que a movimentação de material acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e
ao logradouro público.

Art. 77 - Constatada divergência entre o volume de terra, entulho e material orgânico a


ser retirado durante a obra e o volume indicado no licenciamento, deverá ser solicitada à
Secretaria de Administração Regional pertinente nova licença referente à
399

complementação da licença anteriormente concedida, que será fornecida após


pagamento dos valores devidos em até 10 (dez) dias.

Seção III
Do Acompanhamento de Obras de Edificações

Art. 78 - O servidor municipal incumbido das vistorias e da fiscalização de obras deverá


ter garantido livre acesso ao local.

Art. 79 - A SMARU, resguardada a competência das Secretarias Municipais de


Administração Regional relativa aos licenciamentos a que proceder, realizará vistorias
periódicas de acompanhamento de obras com os seguintes objetivos:
I - conferir a fidelidade da obra ao projeto de edificação licenciado;
II - identificar potenciais pendências para a futura concessão da Certidão de Baixa de
Construção;
III - identificar irregularidades que demandem ação fiscal e aplicação das devidas
penalidades.

§ 1º - Deverá ser emitido laudo de acompanhamento de obras com descrição das etapas
já executadas e constatações da situação da obra em relação ao projeto aprovado e à
legislação vigente.

§ 2º - Constatada desconformidade entre a obra executada e o projeto de edificação


aprovado, a mesma será embargada, nos termos do inciso II do art. 78 e do Anexo VII da
Lei n° 9.725/09.

Art. 80 - A SMARU elaborará o Plano Estratégico de Acompanhamento de Obras do


Município, considerando:
I - o adensamento de cada região;
II - o porte das edificações;
III - alteração de legislação que imponha modificações em parâmetros de ocupação do
solo no Município.

Art. 81 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ocorrer:


I - em caráter compulsório, com agendamento pelos técnicos da SMARU com 5 (cinco)
dias de antecedência;
II - por solicitação do responsável técnico, por meio de requerimento próprio, com
atendimento pelos técnicos da SMARU em até 10 (dez) dias.

§ 1º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas por


técnicos da gerência responsável pelo controle urbano da SMARU e, quando necessário,
por agente fiscal das Administrações Regionais e da SMARU.

§ 2º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas nas


seguintes situações:
400

I - a cada 06 (seis) meses, contados da data da emissão do Alvará de Construção;


II - quando concluído o sistema estrutural da fundação;
III - quando concluída a estrutura da edificação.

§ 3º - O responsável técnico deve informar a SMARU sobre a conclusão da estrutura da


edificação por meio de formulário próprio, após recolhimento de valor previsto para
vistoria.

§ 4º - As vistorias de acompanhamento de obras por requerimento serão solicitadas pelo


Responsável de Técnico da obra, em formulário próprio, mediante recolhimento do valor
correspondente.

Art. 82 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ser acompanhadas pelo


responsável técnico da obra ou por profissional habilitado designado por ele por meio de
documento a ser entregue ao vistoriador no momento da visita à obra.

Seção IV
Da Baixa De Construção

Art. 83 - Após a conclusão da obra, o responsável técnico pela obra deverá comunicar o
seu término à SMARU, mediante formulário próprio, instruído com a documentação
pertinente e com o recolhimento prévio dos valores previstos para vistoria e emissão da
respectiva Certidão de Baixa de Construção.

§ 1º - A documentação exigida será a anexada ao formulário de comunicação de término


de obra.

§ 2º - Para comunicação de término de obra, a obra deverá estar concluída nos termos
do disposto no art. 32 da Lei n° 9.725/09.

§ 3º revogado pelo Decreto nº 14.624, de 1/11/2011 (Art. 1º)

Art. 84 - A concessão da Certidão de Baixa de Construção será baseada na constatação


da conformidade da obra executada ao projeto aprovado.

§ 1º - Os relatórios das vistorias de acompanhamento de obras embasarão a análise da


solicitação de concessão de Certidão de Baixa de Construção.

§ 2º - A vistoria interna das unidades autônomas residenciais e não residenciais poderá


se dar por amostragem.

Art. 85 - Comunicado o término da obra, a vistoria no local deverá ocorrer no prazo


máximo de 20 (vinte) dias.
401

§ 1º - O responsável técnico pela execução da obra será comunicado por meio eletrônico
em 05 (cinco) dias, a partir da data de comunicação de término, sobre a data e o turno
em que ocorrerá a vistoria, exceto na hipótese prevista no § 1º do art. 33 da Lei n°
9.725/09.

§ 2º - Na data e turno marcados, o responsável técnico ou seu representante legal


deverá aguardar o profissional da SMARU responsável pela vistoria, no local da obra.

§ 3º - A vistoria poderá ser desmarcada pelo responsável técnico pela execução da obra
com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

§ 4º - O não comparecimento do responsável técnico, ou do representante por ele


designado, ao acompanhamento da vistoria, na data e turno agendados torna sem efeito
a comunicação de término de obra, caso não haja nova vistoria no prazo máximo de 30
(trinta) dias.

§ 5º - No prazo máximo de 05 (cinco) dias após a realização da vistoria, o responsável


técnico deverá ser comunicado sobre o deferimento da concessão da Certidão de Baixa
de Construção ou sobre as pendências constatadas no local, pelo comunicado de
vistoria.

§ 6º - Cada novo agendamento de vistoria por parte do responsável técnico implica


pagamento do valor previsto para a realização da mesma.

§ 7º - Nos casos em que a SMARU der causa à não realização da vistoria, esta será
remarcada conforme disponibilidade do responsável técnico e da SMARU, no prazo
máximo de 03 (três) dias, sem reincidência de cobrança do valor previsto para a vistoria.

Art. 86 - Após a vistoria, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, o responsável técnico


deverá, pelo comunicado de vistoria, tomar conhecimento se a Certidão de Baixa de
Construção solicitada foi concedida ou se existem irregularidades ou pendências a serem
sanadas.

Art. 87 - Na ocorrência de pendências ou na constatação de obra em desconformidade


com o projeto aprovado, o responsável técnico deverá providenciar a regularização a
partir do recebimento do comunicado de vistoria:
I - apresentando novo projeto para aprovação de acordo com a legislação vigente, no
prazo de 15 (quinze) dias; ou
II - procedendo à adequação do local ao projeto aprovado no prazo máximo de 30 (trinta)
dias.

Parágrafo único - O descumprimento dos prazos previstos neste Decreto implicará o


indeferimento do processo e a aplicação das sanções previstas na Lei n° 9.725/09.
402

Art. 88 - Na hipótese do § 1º do art. 33 da Lei n° 9.725/09, o levantamento das alterações


deverá ser apresentado no ato da comunicação de término.

§ 1º - O exame do levantamento da situação existente será realizado pela SMARU no


prazo máximo de 15 (quinze) dias.

§ 2º - Constatado que as alterações ocorridas atendem à legislação vigente, o


levantamento será visado e seus dados arquivados.

§ 3º - Na situação prevista no § 2º deste artigo, a vistoria deverá ser agendada no prazo


máximo de 05 (cinco) dias e o responsável técnico comunicado da data e do turno em
que ocorrerá a referida vistoria.

§ 4º - Caso as alterações não atendam à legislação vigente, o responsável técnico


deverá ser notificado a adequar a edificação ao projeto licenciado, no prazo previsto no
art. 34 da Lei n° 9.725/09, sob pena de indeferimento do processo.

§ 5º - Na situação prevista no parágrafo anterior, somente após a comunicação do


responsável técnico à SMARU sobre a adequação da obra deverá ser agendada a
vistoria para fins de concessão da Certidão de Baixa de Construção.

Art. 89 - A constatação de irregularidades em relação à legislação vigente impede a


concessão da Certidão de Baixa de Construção.

Parágrafo único - O responsável técnico deverá ser notificado a sanar a irregularidade da


obra.

Art. 90 - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico, o responsável técnico pela


direção da obra e o proprietário são responsáveis pelas irregularidades constatadas nas
áreas privativas das unidades autônomas.

Parágrafo único - A relação entre o responsável técnico de projeto arquitetônico, o


responsável técnico de execução da obra, o proprietário da obra e terceiros é regida pelo
Código Civil, pelo Código do Consumidor e pelas demais normas pertinentes.

Seção V
Das Obras Paralisadas

Art. 91 - Na hipótese prevista no art. 35 da Lei n° 9.725/09, as condições de salubridade


no terreno devem ser garantidas, nos termos do Código de Posturas e do Regulamento
de Limpeza Urbana.

Parágrafo único - O proprietário deverá manter a obra em boas condições sanitárias e de


segurança, fechada, com portão de acesso e com passeio regular conforme padrão
estabelecido, no prazo máximo de 10 (dez) dias após a sua paralisação.
403

CAPÍTULO VI
DAS EDIFICAÇÕES

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 92 - Para efeito de aplicação do art. 37 da Lei n° 9.725/09, considera-se área sem
utilização sob projeção da edificação a área sobre terreno natural, sem piso.

Seção II
Dos Elementos Construtivos e dos Materiais de Construção

Art. 93 - Para fins do disposto no art. 40 da Lei n° 9.725/09, no sistema de lançamento de


água pluvial não podem ser lançados dejetos, produtos químicos e nenhum tipo de água
servida, sob pena de aplicação das sanções previstas.

Art. 94 - Para efeito do disposto no art. 41 da Lei n° 9.725/09, consideram-se acabadas


as estruturas e paredes que possuam algum tipo de revestimento, além do reboco.

Art. 95 - O espaço não utilizado sob a projeção da edificação em terreno em declive


deverá:
I - ser mantido limpo;
II - ser ajardinado ou fechado;
III - possuir acesso exclusivo para sua manutenção.

Seção III
Das Fachadas

Art. 96 - Para efeito do disposto no art. 42 da Lei n° 9.725/09, as saliências deverão estar
sempre em balanço e não conter nenhum elemento de sustentação.

Art. 97 - As marquises, além de atender os requisitos previstos no § 3º do art. 42 da Lei


n° 9.725/09, não poderão ser utilizadas para depósito ou guarda de qualquer tipo de
carga.

Art. 98 - As fachadas e os elementos de fechamento de terrenos, muros, grades e


portões não poderão ter saliências projetadas sobre o passeio, mesmo que temporárias.

Art. 98A - O tratamento paisagístico ou construtivo de que trata o art. 45 da Lei nº


9.725/09 será analisado concomitantemente ao licenciamento de edificação.
Art. 98A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 5º)

Seção IV
Dos Ambientes e Compartimentos
404

Art. 99 - O ambiente de consumo de alimentos fica classificado como de permanência


prolongada e o de preparo de alimentos como de permanência transitória.

Art. 100 - Na ocorrência do previsto no § 6º do art. 50 da Lei n° 9.725/09, o leiaute


apresentado será de total responsabilidade do responsável técnico e do proprietário.

Seção V
Das Circulações e Escadas em Edificações de Uso Residencial Multifamilar e Não
Residencial

Art. 101 - As dimensões mínimas para circulações, rampas e escadas definidas nos
Anexos III, V e VI da Lei n° 9.725/09 serão livres, não sendo computados os espaços
ocupados por elementos estruturais, decorativos, de proteção e segurança.

Art. 102 - Para fins do disposto no inciso III do art. 57 da Lei n° 9.725/09, consideram-se
ressaltos os desníveis superiores a 5mm (cinco milímetros).

Art. 103 - Nas escadas de uso comum, a cada 19 degraus, no máximo, deverá conter
patamar com extensão mínima igual à largura da escada.

Parágrafo único - Os patamares da escada devem estar livres de quaisquer obstáculos.

Seção VI
Da Acessibilidade das Edificações

Art. 104 - Para aplicação das normas e das condições de acessibilidade às pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, previstas na Lei Federal n°
10.098/2000 e nas demais normas pertinentes, adotam-se os seguintes conceitos:
I - Edificações de Uso Público – elas administradas por entidades da Administração
Pública, direta ou indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos e as
destinadas ao público em geral.
II - Edificações de Uso Coletivo – aquelas destinadas às seguintes atividades, nos
termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo:
a) serviço de uso coletivo, exceto os previstos no inciso I do caput deste artigo;
b) comércio, em ambientes de lojas;
c) indústria;
d) serviços de natureza hoteleira, cultural, esportiva, financeira, de saúde, social,
religiosa, recreativa, turística e educacional.
III - Edificações de Uso Privado - aquelas destinadas à habitação e às atividades e
serviços não mencionados na alínea “d” do inciso II deste artigo.

Art. 105 - Para efeito do disposto no art. 58 da Lei n° 9.725/09, consideram-se normas
pertinentes as Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT.
405

Art. 106 - O percurso acessível, quando exigido, além de atender as normas fixadas na
ABNT, deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e possuir piso antiderrapante e
contínuo, sendo vedada a utilização de piso intertravado.

§ 1º - Nas edificações deve ser garantido pelo menos um percurso acessível às pessoas
portadoras de deficiência do logradouro ao interior da edificação, das lojas e das áreas
de uso comum da edificação.

§ 2º - A acessibilidade às áreas comuns fica dispensada nas edificações com mais de um


pavimento e que não estejam obrigadas à instalação de elevador, mas que apresentam
espaço reservado em todos os níveis da edificação destinados ao uso comum, para
futura instalação de elevador adaptado nos termos da legislação federal e municipal.

Art. 107 - O sanitário acessível, quando exigido, deverá garantir os requisitos mínimos
previstos na ABNT.

§ 1º - Nas Edificações de Uso Público, nos termos deste Decreto, deve ser garantido
pelo menos um sanitário acessível, para cada sexo, em cada pavimento, com entrada
independente dos demais sanitários coletivos.

§ 2º - Nas Edificações destinadas aos Serviços de Uso Coletivo, nos termos da Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e da alínea “a” do inciso II do art. 104 deste
Decreto, deve ser garantido pelo menos um sanitário acessível em cada pavimento, com
entrada independente dos demais sanitários coletivos.

§ 3º - Nas Edificações de Uso Coletivo previstas nas alíneas “b”, “c” e “d” do inciso II do
art. 104 deste Decreto, quando obrigatório ou na existência de sanitário de uso comum
ou aberto ao público, este deverá ser acessível ao uso por pessoa portadora de
deficiência e deverão ter entrada independente dos demais.

Art. 108 - As vagas de estacionamento de veículos para uso de pessoas portadoras de


deficiência deverão atender, além dos requisitos constantes da ABNT, os seguintes
requisitos:
I - localizarem-se próximas ao acesso à edificação;
II - percurso entre a vaga e a entrada da edificação totalmente acessível e sinalizado;
III - utilização de piso contínuo e antiderrapante, sendo vedado o piso intertravado;
IV - serem de livre acesso, não configurando vagas presas.

Seção VII
Da Iluminação e Ventilação das Edificações de Uso Residencial Multifamiliar e Não
Residencial

Art. 109 - Um compartimento não pode ser iluminado e ventilado por outro, com exceção
da situação prevista no inciso III do art. 61 da Lei n° 9.725/09.
406

Art. 110 - O confinamento a que se refere a definição de Área de iluminação fechada no


glossário da Lei n° 9.725/09 é configurado por paredes e muros de divisa.

Seção VIII
Das Instalações e Equipamentos em Edificações de Uso Residencial Multifamiliar e Não
Residencial

Art. 111 - Para efeito de aplicação do parágrafo único do art. 69 da Lei n° 9.725/09,
consideram-se acessos independentes e diretos ao logradouro público os acessos por
áreas abertas, com largura mínima de 2,00 m (dois metros) sem obstáculos construtivos.

CAPÍTULO VII
DA INFRAÇÃO

Seção I
Das Infrações e Penalidades

Art. 112 - Para fins do disposto no art. 74 da Lei n° 9.725/09, considera-se:


I - embargo de obra - interrupção compulsória e imediata da obra;
II - interdição da edificação - impedimento de sua ocupação e de seu uso.

Parágrafo único - As Secretarias Municipais de Administração Regional deverão


comunicar oficialmente à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana acerca dos
autos de infração, de embargo e de interdição emitidos.

Art. 113 - Para fins do disposto no § 2º do art. 76 da Lei n° 9.725/09, em cada


reincidência, o valor da multa corresponderá ao valor da multa anterior acrescido de seu
valor base.

Art. 114 - Aplicada a penalidade de embargo da obra ou interdição, estas persistirão até
que seja regularizada a situação que as provocou.

Parágrafo único - Os elementos essenciais da edificação de que trata o inciso II do art.


77 da Lei n° 9.725/09, são:
I - nível de implantação da edificação;
II - locação da edificação em relação ao terreno;
III - perímetro da edificação;
IV - altura da edificação, incluindo pé direito e espessura de lajes;
V - qualquer outro elemento que configure a mudança de destinação da edificação.

Art. 115 - O laudo técnico mencionado no inciso IV do art.77, no § 2º do art. 79 e no


inciso II do art. 80, todos da Lei n° 9.725/09, deverá ser elaborado por técnico indicado
pelo Executivo.
407

Parágrafo único - O laudo contemplará as obras necessárias à garantia da segurança da


edificação ou dos imóveis vizinhos e as necessárias para fins de regularização, bem
como as condições e o prazo em que estas deverão ser realizadas.

Art. 116 - No auto de embargo de que trata o art. 77 da Lei n° 9.725/09 deverão constar
as condições estabelecidas no laudo técnico referido no art. 115 deste Decreto.

Art. 117 - Na hipótese do disposto no art. 78 da Lei n° 9.725/09, o órgão de fiscalização


encaminhará à Gerência da SMARU responsável pelo controle urbano a solicitação de
cassação do Alvará de Construção.

Parágrafo único - A cassação será publicada no Diário Oficial do Município e a intimação


do interessado se consumará nos termos do inciso II do art. 73 da Lei n° 9.725/09.

Art. 118 - A autorização prevista no § 2º do art. 79 da Lei n° 9.725/09, durante o prazo


em que vigorar o embargo ou a interdição, deverá ser solicitada ao órgão emissor da
autuação.

Art. 119 - A demolição de obra ou edificação correrá a cargo do proprietário.


Parágrafo único - Notificado o proprietário, a demolição deverá ser iniciada em até 90
(noventa) dias e concluída no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado do
recebimento da notificação.

Art. 119A - A dispensa da notificação prévia relativa aos itens 16, 18 e 19 do Anexo VII
da Lei 9.725/09, conforme autorização contida no art. 83 da referida Lei, não ocorrerá
quando se tratar de:
I - edificação residencial unifamiliar;
II - edificação residencial multifamiliar ou de uso misto de até 03 (três) pavimentos;
III - edificação não-residencial na qual seja exercida atividade econômica classificada de
baixo risco, nos termos do Anexo Único do Decreto 13.566, de 07 de maio de 2009.

§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo a notificação prévia será considerada atendida
mediante a abertura do respectivo processo de licenciamento, em até 60 (sessenta) dias,
contados do recebimento ou da publicação do documento respectivo, conforme o caso.

§ 2º - A multa será aplicada no caso de não atendimento da notificação prévia.


Art. 119A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 6º)

Seção II
Da aplicação das Penalidades e dos Recursos

Art. 120 - A autuação do infrator dar-se-á em conformidade com o Capítulo VII e o Anexo
VII da Lei n° 9.725/09.
408

§ 1 º - O documento de autuação deverá ser assinado e recebido pelo autuado, seu


representante legal ou preposto, e, em caso de recusa, esta circunstância deverá ser
registrada pelo agente fiscal.

§ 2º - A publicação no Diário Oficial do Município dar-se-á quando houver recusa do


recebimento do documento de autuação, pessoalmente ou via postal, ou no caso do
infrator, seu representante legal ou preposto não serem encontrados.

Art. 121 - Para aplicação do disposto nos arts. 81 e 83 da Lei n° 9.725/09, a notificação
prévia poderá ser dispensada, de acordo com o disposto no Anexo VII da mesma lei,
hipótese em que será emitida notificação acessória e haverá aplicação direta da
penalidade correspondente à infração.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 122 - Os licenciamentos de demolição, de movimentação de terra, construção de


marquise e de tráfego de veículos não vinculados à aprovação de projetos de edificação
serão realizados pela Secretaria de Administração Regional Municipal pertinente e,
excepcionalmente, pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.
Art. 122 com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 7º)

Art. 123 - Até que a matéria seja regulamentada pelo Executivo, as edificações
destinadas a usos especiais que impliquem a aglomeração de pessoas, conforme
disposto no art. 88 da Lei n° 9.725/09 deverão respeitar:
I - pé direito mínimo de 3,50 m;
II - vão de acesso principal com largura mínima de 1,50 m;

Parágrafo único - Excetuam-se da exigência prevista no inciso I do caput deste artigo:


I - as escolas destinadas ao Ensino Fundamental, Médio e Superior, que deverão
garantir pé direito mínimo de 3,00 m;
II - as pré-escolas, que deverão garantir pé direito mínimo de 2,80 m.

Art. 124 - Ficam revogados:


I - o Decreto n° 3.616, de 13 de novembro de 1979;
II - o Decreto n° 8.928, de 26 de setembro de 1996;
III - o Decreto n° 9.469, de 23 de dezembro de 1997;
IV - o Decreto n° 9.615, de 26 de junho de 1998;
V - o Decreto n° 10.040, de 27 de outubro de 1999;
VI - o Decreto n° 10.064 de 17 de novembro de 1999;
VII - os incisos I e II do art. 137 do Decreto n° 11.601 de 9 de janeiro de 2004;
VIII - o Decreto n° 12.238, de 13 de dezembro de 2005;
IX - o Decreto n° 12.684, de 18 de abril de 2007;
X - o Decreto nº 3.623, de 19 de novembro de 1979;
Inciso X acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 2º)
409

XI - o Decreto nº 8.863, de 08 de agosto de 1996.


Inciso XI acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 2º)

Art. 125 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - Somente estarão sujeitos aos procedimentos, prazos e parâmetros previstos na


Lei n° 9.725/09 e neste Decreto os processos de licenciamento e de aprovação de
projeto iniciados a partir de 12 de janeiro de 2010.

§ 1° - Aos processos de licenciamento e de aprovação de projeto iniciados até 11 de


janeiro de 2010, cuja análise não tenha sido concluída pelo Executivo até a entrada em
vigor da Lei n° 9.725/09, aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n° 84, de 21 de
dezembro de 1940.

§ 2º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, II)

§ 3º - O Alvará de Construção emitido antes da vigência da Lei n° 9.725/09 poderá ser


revalidado por mais um período de 18 (dezoito) meses, contados a partir da data do
término de sua validade, ficando as revalidações posteriores sujeitas às exigências desta
Lei.
Art. 1º com redação dada pelo Decreto nº 13.882, de 12/2/2010 (Art. 1º)

§ 4º - A renovação prevista no § 3º deste artigo considerará o término da validade do


alvará depois de renovado de acordo com a legislação anterior, quando na data do
requerimento estiverem concluídas as fundações, ou, ainda, no caso de obras em que
devido ao porte e características do projeto ou às condições do terreno, for demonstrada
a inviabilidade técnica de conclusão das fundações no prazo de validade do Alvará de
Construção.
§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.591, de 28/9/2011 (Art. 1º)

§ 5º - O disposto no § 4º deste artigo somente se aplica a obras que já tiverem


ultrapassado todas as etapas anteriores ao comprometimento do terreno com o projeto
aprovado, tais como terraplenagem, limpeza do terreno, colocação de tapume, demolição
de edificação existente, quando for o caso, entre outras.
§ 5º acrescentado pelo Decreto nº 14.591, de 28/9/2011 (Art. 1º)

Art. 2º - Às ações fiscais em curso aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n° 84, de 21


de dezembro de 1940, bem como as penalidades nele previstas.

Art. 3º - O Executivo poderá promover a revisão do presente Decreto a partir de


propostas apresentadas no âmbito dos conselhos municipais pertinentes, bem como
pelos órgãos e entidades de classe interessados, no prazo de 60 (sessenta) dias.
410

Belo Horizonte, 11 de janeiro de 2010

Roberto Vieira de Carvalho


Prefeito em exercício

ANEXO ÚNICO
TERMO DE COMPROMISSO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO NOS TERMOS DA LEI
MUNICIPAL N° 9.725/09 E DE SEU REGULAMENTO

1. IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL
CÓDIGO DO DENOMINAÇÃO DO BAIRRO
BAIRRO

SEÇÃO QUARTEIRÃO LOTE(S)

2.IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO


NOME CPF/CNPJ

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA (RUA/AVE) N.º

COMPLEMENTO CEP BAIRRO MUNICÍPIO U.F.

E-MAIL TELEFONES PARA CONTATO FAX

CREA:

DATA: ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

COMO Responsável Técnico:


- Declaro que o projeto arquitetônico ora apresentado atende a legislação municipal
vigente, em especial ÀS leiS MunicipaIS N° 9.725/09 e seu regulamento; N° 8.616/03; N°
7.166/96, alterada pela LEI N°8.137/00; À lei federal N° 10.098/00 e decreto federal N°
5.296/04.

a declaração em desacordo com as REFERIDAS leis implica:


- indeferimento do pedido de licença para construir;
- nulidade da licença eventualmente expedida com suporte na declaração;
411

- remessa do processo de licenciamento à fiscalização para aplicação DAS penalidades


administrativas cabíveis;
- responsabilidade profissional do declarante junto ao órgão de controle do exercício da
profissão;
- remessa de documentos à procuradoria geral do município para apuração da
responsabilidade administrativa, civil e criminal.
412

DECRETO Nº 13.886, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2010


Institui o Grupo de Trabalho do Planejamento
Metropolitano e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que


lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município,

Considerando a importância da região metropolitana no planejamento municipal e as


ações previstas no Projeto Sustentador nº 40, Desenvolvimento Integrado da Região
Metropolitana de Belo Horizonte do Programa BH Metas e Resultados, instituído pelo
Decreto nº 13.681, de 26 de agosto de 2009, decreta:

Art. 1º - Fica instituído o Grupo de Trabalho do Planejamento Metropolitano - GTPM-


RMBH, composto por 22 (vinte e dois) membros, representantes dos seguintes órgãos
municipais:
I - Gabinete do Vice-Prefeito;
II - Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação;
III - Secretaria Municipal de Governo;
IV - Secretaria Municipal de Saúde;
V - Secretaria Municipal de Educação;
VI – Secretaria Municipal de Finanças;
VII - Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
VIII - Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial;
IX - Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
X - Secretaria Municipal de Política Urbana;
XI - Secretaria Municipal Adjunta de Habitação;
XII - Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
XIII - Coordenadoria Municipal de Defesa Civil – COMDEC;
XIV - Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP;
XV - Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte - URBEL;
XVI - Superintendência de Limpeza Urbana - SLU;
XVII - Empresa Municipal de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte - BHTRANS;
XVIII - Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte S.A. -
PRODABEL;
XIX - Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte - BELOTUR;
XX - Fundação Municipal de Cultura - FMC;
XXI - Secretarias de Administração Regional Municipal;
XXII - Coordenação Executiva do Programa BH Metas e Resultados.

Art. 2º - O GTPM- RMBH, de caráter consultivo, tem as seguintes atribuições:

I - promover discussões relacionadas às ações de repercussão metropolitana;


II - acompanhar e participar da elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado da RMBH – PDDI-RMBH;
413

III - propor a compatibilização do planejamento municipal com o planejamento


metropolitano;
IV – indicar membros para compor, segundo a especificidade do órgão representado, os
respectivos grupos temáticos da REDE 10;
V - promover a articulação institucional necessária à elaboração de estudos, diretrizes e
propostas buscando subsidiar tecnicamente planos, programas e ações de cunho
metropolitano;
VI - propor ações que favoreçam a integração do Município ao restante da região
metropolitana, através do planejamento das funções de interesse comum e
enfrentamento de ações emergenciais.

Art. 3º - O GTPM-RMBH será coordenado pela Secretaria Municipal de Planejamento,


Orçamento e Informação, com o apoio do Gabinete do Vice-Prefeito.

§ 1º – Caberá à Gerência de Planejamento do Desenvolvimento Metropolitano da


Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento o suporte operacional necessário ao
desempenho das atribuições do GTPM-RMBH.

§ 2º - Caberá aos órgãos integrantes do GTPM-RMBH, segundo as atribuições


específicas, a disponibilização das informações técnicas necessárias aos trabalhos do
grupo.

§ 3º - A coordenação do GTPM-RMBH poderá acionar outros órgãos municipais sempre


que houver a necessidade de disponibilização de informações para os trabalhos
relacionados à integração metropolitana.

Art. 4º - O GTPM-RMBH poderá criar comissões específicas de caráter permanente ou


temporário, definindo sua composição em função de questões e objetivos específicos.

Art. 5º - Os órgãos relacionados no art. 1º deste Decreto deverão formalizar a indicação


de seus representantes à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e
Informação no prazo de 10 (dez) dias contados da publicação deste Decreto.

Art. 6º - A participação de representantes de órgãos da Administração Direta ou Indireta


em atividades de cunho metropolitano deve ser previamente comunicada à Secretaria
Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação através de correspondência
eletrônica endereçada a gpdm@pbh.gov.br, para fins de compatibilização com outras
ações programadas ou em desenvolvimento.

Parágrafo único - Caberá à Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e


Informação o encaminhamento de demandas e propostas para análise do GTPM-RMBH.
Art. 7º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


414

DECRETO Nº 13.916, DE 8 DE ABRIL DE 2010


Dispõe sobre a oficialização do Programa de
Recuperação Ambiental e Saneamento dos Fundos de
Vale e dos Córregos em Leito Natural de Belo Horizonte
– DRENURBS como parte integrante do Projeto
Sustentador Recuperação Ambiental do Programa BH
Metas e Resultados, que estabelece as diretrizes para o
Programa de Governo e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, especialmente a


que lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, decreta:

Art. 1º - Fica oficializado o Programa de Recuperação Ambiental e Saneamento dos


Fundos de Vale e dos Córregos em Leito Natural de Belo Horizonte – DRENURBS como
parte integrante do Projeto Sustentador Recuperação Ambiental do Programa BH Metas
e Resultados, que estabelece as diretrizes para o Programa de Governo do Município.

Art. 2º - O DRENURBS tem por objetivo promover a melhoria da qualidade de vida da


população por meio da valorização do meio ambiente urbano atuando na despoluição
dos cursos d’água, redução dos riscos de inundações, controle da produção de
sedimentos e demais ações necessárias para o cumprimento de seu objetivo.

Parágrafo único – A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e a Superintendência de


Desenvolvimento da Capital – SUDECAP são responsáveis pela execução do
DRENURBS.

Art. 3º - O Programa DRENURBS, cuja execução se iniciou no mês de novembro de


2005, contempla as seguintes bacias e córregos que se encontram em seus leitos
naturais e que percorrem áreas de significativo adensamento habitacional:
I – bacias do Ribeirão Primeiro de Maio, do Córrego Avenida Baleares, do Córrego
Nossa Senhora da Piedade, do Córrego Engenho Nogueira e do Córrego Bonsucesso;
II - córregos Embira, Vilarinho, Fazenda Velha, Beira Linha e do Nado.

Parágrafo único – Podem ser incluídos no DRENURBS, durante sua execução, outras
bacias e córregos.

Art. 4º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 8 de abril de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
415

DECRETO Nº 13.927, DE 16 DE ABRIL DE 2010


Declara de utilidade pública, para fins de desapropriação,
imóveis situados no Bairro das Indústrias, Várzea do
Felicíssimo e Bairro Bonsucesso, nesta Capital, e revoga
os Decretos nº 13.729, de 24 de setembro de 2009, e nº
13.748, de 15 de outubro de 2009.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais e de acordo com o


que lhe faculta o Decreto-Lei Federal nº 3.365, de 21 de junho de 1941, decreta:

Art. 1º - Ficam declarados de utilidade pública, para fins de desapropriação, a se efetivar


mediante acordo ou judicialmente, os imóveis abaixo indicados, assim como suas
edificações e demais benfeitorias, se houver:
I - área indivisa, medindo 114.793,92m², situada no Bairro das Indústrias e Várzea do
Felicíssimo, nesta Capital, de propriedade não identificada, assim como suas edificações
e demais benfeitorias, se houver, com os seguintes limites e confrontações: “De acordo
com Topografia elaborada pela UNITOPO Topografia e Projeto Ltda. Partindo-se do
vértice P1 com coordenadas E=604.762,273 e N=7.792.710,355, seguindo com azimute
112°34'20" e distância de 26,98 m, chega-se ao vértice P2 com coordenadas
E=604.787,183 e N=7.792.700,000. Deste com azimute de 97°28'16" e distância de
103,12m, chega-se ao vértice P3 com coordenadas E=604.889,430 e N=7.792.686,591.
Deste com azimute de 160°37'19" e distância de 23,40m, chega-se ao vértice P4 com
coordenadas E=604.897,193 e N=7.792.664,521. Deste com azimute de 161°49'48" e
distância de 124,83m, chega-se ao vértice P5 com coordenadas E=604.936,120 e
N=7.792.545,915. Deste com azimute de 72°04'55" e distância de 21,16m, chega-se ao
vértice P6 com coordenadas E=604.956,252 e N=7.792.552,424. Deste com azimute de
162°04'55" e distância de 38,04m, chega-se ao vértice P7 com coordenadas
E=604.967,955 e N=7.792.516,229. Deste com azimute de 216°21'03" e distância de
133,05m, chega-se ao vértice P8 com coordenadas E=604.889,092 e N=7.792.409,069.
Deste com azimute de 200°05'35" e distância de 17,03m, chega-se ao vértice P9 com
coordenadas E=604.883,242 e N=7.792.393,077. Deste com azimute de 170°43'38" e
distância de 16,43m, chega-se ao vértice P10 com coordenadas E=604.885,889 e
N=7.792.376,866. Deste com azimute de 133°02'33" e distância de 95,35m, chega-se ao
vértice P11 com coordenadas E=604.955,578 e N=7.792.311,782. Deste com azimute de
151°09'44" e distância de 19,61m, chega-se ao vértice P12 com coordenadas
E=604.965,039 e N=7.792.294,600. Deste com azimute de 194°28'02" e distância de
69,50m, chega-se ao vértice P13 com coordenadas E=604.947,675 e N=7.792.227,301.
Deste com azimute de 167°18'11" e distância de 59,45m, chega-se ao vértice P14 com
coordenadas E=604.960,742 e N=7.792.169,305. Deste com azimute de 134°45'33" e
distância de 6,87m, chega-se ao vértice P15 com coordenadas E=604.965,621 e
N=7.792.164,467. Deste com azimute de 131°57'44" e distância de 52,87m, chega-se ao
vértice P16 com coordenadas E=605.004,932 e N=7.792.129,118. Deste com azimute de
112°15'18" e distância de 8,26m, chega-se ao vértice P17 com coordenadas
416

E=605.012,579 e N=7.792.125,989. Deste com azimute de 102°27'53" e distância de


13,46m, chega-se ao vértice P18 com coordenadas E=605.025,719 e N=7.792.123,084.
Deste com azimute de 96°04'58" e distância de 36,67m, chega-se ao vértice P19 com
coordenadas E=605.062,182 e N=7.792.119,198. Deste com azimute de 96°07'07" e
distância de 107,89m, chega-se ao vértice P20 com coordenadas E=605.169,458 e
N=7.792.107,699. Deste com azimute de 154°38'46" e distância de 26,10m, chega-se ao
vértice P21 com coordenadas E=605.180,633 e N=7.792.084,116. Deste com azimute de
198°36'57" e distância de 37,41m, chega-se ao vértice P22 com coordenadas
E=605.168,691 e N=7.792.048,666. Deste com azimute de 145°26'41" e distância de
45,11m, chega-se ao vértice P23 com coordenadas E=605.194,279 e N=7.792.011,512.
Deste com azimute de 228°16'49" e distância de 49,36m, chega-se ao vértice P24 com
coordenadas E=605.157,438 e N=7.791.978,665. Deste com azimute de 127°09'33" e
distância de 24,83m, chega-se ao vértice P25 com coordenadas E=605.177,226 e
N=7.791.963,667. Deste com azimute de 108°19'40" e distância de 56,08m, chega-se ao
vértice P26 com coordenadas E=605.230,463 e N=7.791.946,033. Deste com azimute de
64°46'31" e distância de 47,57m, chega-se ao vértice P27 com coordenadas
E=605.273,496 e N=7.791.966,305. Deste com azimute de 48°57'22" e distância de
46,34m, chega-se ao vértice P28 com coordenadas E=605.308,446 e N=7.791.996,734.
Deste com azimute de 87°22'26" e distância de 42,50m, chega-se ao vértice P29 com
coordenadas E=605.350,906 e N=7.791.998,682. Deste com azimute de 120°37'42" e
distância de 37,11m, chega-se ao vértice P30 com coordenadas E=605.382,841 e
N=7.791.979,774. Deste com azimute de 87°39'54" e distância de 24,49m, chega-se ao
vértice P31 com coordenadas E=605.407,306 e N=7.791.980,771. Deste com azimute de
128°54'04" e distância de 16,68m, chega-se ao vértice P32 com coordenadas
E=605.420,288 e N=7.791.970,296. Deste com azimute de 84°43'46" e distância de
133,28m, chega-se ao vértice P33 com coordenadas E=605.553,001 e N=7.791.982,539.
Deste com azimute de 106°44'44" e distância de 23,39m, chega-se ao vértice P34 com
coordenadas E=605.575,402 e N=7.791.975,798. Deste com azimute de 83°09'31" e
distância de 69,82m, chega-se ao vértice P35 com coordenadas E=605.644,727 e
N=7.791.984,116. Deste com azimute de 155°49'14" e distância de 110,08m, chega-se
ao vértice P36 com coordenadas E=605.689,814 e N=7.791.883,697. Deste com azimute
de 195°17'35" e distância de 168,65m, chega-se ao vértice P37 com coordenadas
E=605.645,331 e N=7.791.721,021. Deste com azimute de 184°16'28" e distância de
158,42m, chega-se ao vértice P38 com coordenadas E=605.633,524 e N=7.791.563,041.
Deste com azimute de 169°41'05" e distância de 46,37m, chega-se ao vértice P39 com
coordenadas E=605.641,827 e N=7.791.517,419. Deste com azimute de 276°30'00" e
distância de 9,68m, chega-se ao vértice P40 com coordenadas E=605.632,210 e
N=7.791.518,515. Deste com azimute de 314°58'26" e distância de 21,19m, chega-se ao
vértice P41 com coordenadas E=605.617,216 e N=7.791.533,495. Deste com azimute de
287°54'03" e distância de 13,20m, chega-se ao vértice P42 com coordenadas
E=605.604,650 e N=7.791.537,554. Deste com azimute de 354°40'51" e distância de
30,48m, chega-se ao vértice P43 com coordenadas E=605.601,824 e N=7.791.567,904.
Deste com azimute de 4°08'11" e distância de 47,17m, chega-se ao vértice P44 com
coordenadas E=605.605,226 e N=7.791.614,950. Deste com azimute de 7°18'57" e
distância de 44,36m, chega-se ao vértice P45 com coordenadas E=605.610,875 e
417

N=7.791.658,948. Deste com azimute de 359°36'53" e distância de 42,07m, chega-se ao


vértice P46 com coordenadas E=605.610,592 e N=7.791.701,018. Deste com azimute de
9°36'29" e distância de 41,22m, chega-se ao vértice P47 com coordenadas
E=605.617,472 e N=7.791.741,658. Deste com azimute de 14°54'31" e distância de
59,04m, chega-se ao vértice P48 com coordenadas E=605.632,663 e N=7.791.798,714.
Deste com azimute de 15°27'35" e distância de 87,26m, chega-se ao vértice P49 com
coordenadas E=605.655,922 e N=7.791.882,813. Deste com azimute de 331°01'38" e
distância de 37,07m, chega-se ao vértice P50 com coordenadas E=605.637,965 e
N=7.791.915,245. Deste com azimute de 343°52'28" e distância de 26,89m, chega-se ao
vértice P51 com coordenadas E=605.630,497 e N=7.791.941,073. Deste com azimute de
272°19'35" e distância de 59,77m, chega-se ao vértice P52 com coordenadas
E=605.570,772 e N=7.791.943,499. Deste com azimute de 294°07'54" e distância de
32,18m, chega-se ao vértice P53 com coordenadas E=605.541,400 e N=7.791.956,657.
Deste com azimute de 261°38'44" e distância de 122,59m, chega-se ao vértice P54 com
coordenadas E=605.420,105 e N=7.791.938,845. Deste com azimute de 275°38'02" e
distância de 54,43m, chega-se ao vértice P55 com coordenadas E=605.365,938 e
N=7.791.944,188. Deste com azimute de 300°07'25" e distância de 42,12m, chega-se ao
vértice P56 com coordenadas E=605.329,506 e N=7.791.965,327. Deste com azimute de
252°08'00" e distância de 25,47m, chega-se ao vértice P57 com coordenadas
E=605.305,260 e N=7.791.957,511. Deste com azimute de 232°42'08" e distância de
72,88m, chega-se ao vértice P58 com coordenadas E=605.247,287 e N=7.791.913,351.
Deste com azimute de 270°51'45" e distância de 29,43m, chega-se ao vértice P59 com
coordenadas E=605.217,856 e N=7.791.913,794. Deste com azimute de 292°56'17" e
distância de 74,43m, chega-se ao vértice P60 com coordenadas E=605.149,313 e
N=7.791.942,801. Deste com azimute de 307°17'32" e distância de 21,11m, chega-se ao
vértice P61 com coordenadas E=605.132,517 e N=7.791.955,593. Deste com azimute de
275°40'02" e distância de 22,89m, chega-se ao vértice P62 com coordenadas
E=605.109,734 e N=7.791.957,854. Deste com azimute de 330°13'57" e distância de
14,50m, chega-se ao vértice P63 com coordenadas E=605.102,537 e N=7.791.970,437.
Deste com azimute de 328°10'41" e distância de 21,16m, chega-se ao vértice P64 com
coordenadas E=605.091,382 e N=7.791.988,413. Deste com azimute de 321°02'05" e
distância de 11,14m, chega-se ao vértice P65 com coordenadas E=605.084,376 e
N=7.791.997,075. Deste com azimute de 288°58'50" e distância de 20,68m, chega-se ao
vértice P66 com coordenadas E=605.064,819 e N=7.792.003,802. Deste com azimute de
301°18'22" e distância de 25,89m, chega-se ao vértice P67 com coordenadas
E=605.042,697 e N=7.792.017,255. Deste com azimute de 314°00'09" e distância de
40,11m, chega-se ao vértice P68 com coordenadas E=605.013,843 e N=7.792.045,122.
Deste com azimute de 316°31'18" e distância de 25,16m, chega-se ao vértice P69 com
coordenadas E=604.996,530 e N=7.792.063,380. Deste com azimute de 324°54'56" e
distância de 22,31m, chega-se ao vértice P70 com coordenadas E=604.983,705 e
N=7.792.081,638. Deste com azimute de 334°14'39" e distância de 9,81m, chega-se ao
vértice P71 com coordenadas E=604.979,444 e N=7.792.090,471. Deste com azimute de
337°52'20" e distância de 33,19m, chega-se ao vértice P72 com coordenadas
E=604.966,940 e N=7.792.121,221. Deste com azimute de 317°23'35" e distância de
32,20m, chega-se ao vértice P73 com coordenadas E=604.945,139 e N=7.792.144,924.
418

Deste com azimute de 323°06'17" e distância de 32,04m, chega-se ao vértice P74 com
coordenadas E=604.925,902 e N=7.792.170,550. Deste com azimute de 329°06'14" e
distância de 30,05m, chega-se ao vértice P75 com coordenadas E=604.910,471 e
N=7.792.196,336. Deste com azimute de 304°05'24" e distância de 24,00m, chega-se ao
vértice P76 com coordenadas E=604.890,594 e N=7.792.209,789. Deste com azimute de
323°06'21" e distância de 11,21m, chega-se ao vértice P77 com coordenadas
E=604.883,861 e N=7.792.218,758. Deste com azimute de 343°05'55" e distância de
18,75m, chega-se ao vértice P78 com coordenadas E=604.878,411 e N=7.792.236,696.
Deste com azimute de 340°28'52" e distância de 16,31m, chega-se ao vértice P79 com
coordenadas E=604.872,960 e N=7.792.252,071. Deste com azimute de 323°24'06" e
distância de 24,74m, chega-se ao vértice P80 com coordenadas E=604.858,212 e
N=7.792.271,930. Deste com azimute de 344°50'26" e distância de 21,17m, chega-se ao
vértice P81 com coordenadas E=604.852,675 e N=7.792.292,368. Deste com azimute de
333°19'44" e distância de 96,42m, chega-se ao vértice P82 com coordenadas
E=604.809,393 e N=7.792.378,533. Deste com azimute de 332°10'12" e distância de
54,05m, chega-se ao vértice P83 com coordenadas E=604.784,159 e N=7.792.426,333.
Deste com azimute de 68°04'29" e distância de 30,39m, chega-se ao vértice P84 com
coordenadas E=604.812,354 e N=7.792.437,682. Deste com azimute de 18°24'56" e
distância de 27,31m, chega-se ao vértice P85 com coordenadas E=604.820,983 e
N=7.792.463,598. Deste com azimute de 267°51'35" e distância de 1,23m, chega-se ao
vértice P86 com coordenadas E=604.819,756 e N=7.792.463,552. Deste com azimute de
333°03'59" e distância de 29,60m, chega-se ao vértice P87 com coordenadas
E=604.806,350 e N=7.792.489,939. Deste com azimute de 243°03'36" e distância de
7,94m, chega-se ao vértice P88 com coordenadas E=604.799,276 e N=7.792.486,343.
Deste com azimute de 335°14'01" e distância de 12,39m, chega-se ao vértice P89 com
coordenadas E=604.794,087 e N=7.792.497,590. Deste com azimute de 333°03'59" e
distância de 59,01m, chega-se ao vértice P90 com coordenadas E=604.767,358 e
N=7.792.550,199. Deste com azimute de 41°50'11" e distância de 8,78m, chega-se ao
vértice P91 com coordenadas E=604.773,215 e N=7.792.556,741. Deste com azimute de
63°14'11" e distância de 15,54m, chega-se ao vértice P92 com coordenadas
E=604.787,093 e N=7.792.563,740. Deste com azimute de 334°01'32" e distância de
10,88m, chega-se ao vértice P93 com coordenadas E=604.782,328 e N=7.792.573,520.
Deste com azimute de 333°03'59" e distância de 30,59m, chega-se ao vértice P94 com
coordenadas E=604.768,473 e N=7.792.600,791. Deste com azimute de 63°03'59" e
distância de 24,00m, chega-se ao vértice P95 com coordenadas E=604.789,870 e
N=7.792.611,662. Deste com azimute de 332°38'40" e distância de 30,46m, chega-se ao
vértice P96 com coordenadas E=604.775,873 e N=7.792.638,716. Deste com azimute de
62°56'01" e distância de 15,80m, chega-se ao vértice P97 com coordenadas
E=604.789,946 e N=7.792.645,907. Deste com azimute de 333°11'08" e distância de
9,99m, chega-se ao vértice P98 com coordenadas E=604.785,439 e N=7.792.654,825.
Deste com azimute de 333°03'59" e distância de 30,00m, chega-se ao vértice P99 com
coordenadas E=60.4771,850 e N=7.792.681,571. Deste com azimute de 333°03'59" e
distância de 30,00m, chega-se ao vértice P100 com coordenadas E=604.758,261 e
N=7.792.708,316. Deste com azimute de 63°03'59" e distância de 4,50m, chega-se ao
vértice P1 ponto origem deste memorial. Perfazendo uma área total de 114.793,92m².
419

Todas as coordenadas aqui descritas estão georeferenciadas ao Sistema Geodésico


Brasileiro, a partir da Malha de Coordenadas da Prodabel, e encontram-se representadas
no Sistema UTM, referenciadas ao Meridiano Central nº 45 WGr, tendo como datum o
SAD-69. Todos os azimutes e distâncias, área e perímetro foram calculados no plano de
projeção UTM”.
II - a área indivisa, medindo 111.689,08m², situada no Bairro Bonsucesso, nesta Capital,
assim como suas edificações e demais benfeitorias, se houver, de propriedade não
identificada, com os seguintes limites e confrontações: “De acordo com Topografia
elaborada pela UNITOPO Topografia e Projeto Ltda. Partindo-se do vértice P1 com
coordenadas E=605.466,341 e N=7.791.296,074, seguindo com azimute 57°47'04" e
distância de 39,11m, chega-se ao vértice P2 com coordenadas E=605.499,427 e
N=7.791.316,922. Deste com azimute de 64°15'32" e distância de 109,89m, chega-se ao
vértice P3 com coordenadas E=605.598,415 e N=7.791.364,649. Deste com azimute de
146°35'02" e distância de 14,41m, chega-se ao vértice P4 com coordenadas
E=605.606,351 e N=7.791.352,621. Deste com azimute de 175°25'18" e distância de
13,78m, chega-se ao vértice P5 com coordenadas E=605.607,451 e N=7.791.338,888.
Deste com azimute de 171°51'38" e distância de 9,71m, chega-se ao vértice P6 com
coordenadas E=605.608,826 e N=7.791.329,275. Deste com azimute de 134°58'29" e
distância de 7,38m, chega-se ao vértice P7 com coordenadas E=605.614,049 e
N=7.791.324,056. Deste com azimute de 97°25'27" e distância de 6,38m, chega-se ao
vértice P8 com coordenadas E=605.620,372 e N=7.791.323,232. Deste com azimute de
84°44'05" e distância de 25,81m, chega-se ao vértice P9 com coordenadas
E=605.646,078 e N=7.791.325,601. Deste com azimute de 183°22'05" e distância de
20,51m, chega-se ao vértice P10 com coordenadas E=605.644,873 e N=7.791.305,122.
Deste com azimute de 160°17'11" e distância de 41,76m, chega-se ao vértice P11 com
coordenadas E=605.658,961 e N=7.791.265,805. Deste com azimute de 203°58'57" e
distância de 12,14m, chega-se ao vértice P12 com coordenadas E=605.654,024 e
N=7.791.254,708. Deste com azimute de 252°13'52" e distância de 34,34m, chega-se ao
vértice P13 com coordenadas E=605.621,321 e N=7.791.244,228. Deste com azimute de
178°43'15" e distância de 27,55m, chega-se ao vértice P14 com coordenadas
E=605.621,936 e N=7.791.216,681. Deste com azimute de 225°01'34" e distância de
29,66m, chega-se ao vértice P15 com coordenadas E=605.600,956 e N=7.791.195,721.
Deste com azimute de 252°00'41" e distância de 25,95m, chega-se ao vértice P16 com
coordenadas E=605.576,275 e N=7.791.187,706. Deste com azimute de 161°32'59" e
distância de 11,70m, chega-se ao vértice P17 com coordenadas E=605.579,977 e
N=7.791.176,610. Deste com azimute de 143°06'19" e distância de 43,17m, chega-se ao
vértice P18 com coordenadas E=605.605,892 e N=7.791.142,087. Deste com azimute de
185°29'49" e distância de 32,20m, chega-se ao vértice P19 com coordenadas
E=605.602,807 e N=7.791.110,030. Deste com azimute de 136°09'58" e distância de
28,56m, chega-se ao vértice P20 com coordenadas E=605.622,584 e N=7.791.089,431.
Deste com azimute de 186°26'51" e distância de 38,46m, chega-se ao vértice P21 com
coordenadas E=605.618,265 e N=7.791.051,209. Deste com azimute de 136°18'20" e
distância de 18,76m, chega-se ao vértice P22 com coordenadas E=605.631,223 e
N=7.791.037,647. Deste com azimute de 180°00'00" e distância de 40,69m, chega-se ao
vértice P23 com coordenadas E=605.631,223 e N=7.790.996,959. Deste com azimute de
420

150°03'50" e distância de 51,93m, chega-se ao vértice P24 com coordenadas


E=605.657,139 e N=7.790.951,956. Deste com azimute de 201°08'31" e distância de
58,16m, chega-se ao vértice P25 com coordenadas E=605.636,160 e N=7.790.897,705.
Deste com azimute de 212°20'29" e distância de 28,70m, chega-se ao vértice P26 com
coordenadas E=605.620,807 e N=7.790.873,459. Deste com azimute de 182°12'17" e
distância de 23,69m, chega-se ao vértice P27 com coordenadas E=605.619,895 e
N=7.790.849,784. Deste com azimute de 209°34'55" e distância de 23,38m, chega-se ao
vértice P28 com coordenadas E=605.608,352 e N=7.790.829,448. Deste com azimute de
181°34'41" e distância de 33,10m, chega-se ao vértice P29 com coordenadas
E=605.607,440 e N=7.790.796,365. Deste com azimute de 269°45'45" e distância de
73,21m, chega-se ao vértice P30 com coordenadas E=605.534,225 e N=7.790.796,062.
Deste com azimute de 219°46'01" e distância de 153,42m, chega-se ao vértice P31 com
coordenadas E=605.436,086 e N=7.790.678,133. Deste com azimute de 118°07'11" e
distância de 71,08m, chega-se ao vértice P32 com coordenadas E=605.498,774 e
N=7.790.644,632. Deste com azimute de 82°52'53" e distância de 23,51m, chega-se ao
vértice P33 com coordenadas E=605.522,100 e N=7.790.647,545. Deste com azimute de
56°52'36" e distância de 28,43m, chega-se ao vértice P34 com coordenadas
E=605.545,912 e N=7.790.663,082. Deste com azimute de 63°27'22" e distância de
19,56m, chega-se ao vértice P35 com coordenadas E=605.563,407 e N=7.790.671,821.
Deste com azimute de 46°00'50" e distância de 39,85m, chega-se ao vértice P36 com
coordenadas E=605.592,078 e N=7.790.699,495. Deste com azimute de 60°58'02" e
distância de 20,01m, chega-se ao vértice P37 com coordenadas E=605.609,572 e
N=7.790.709,206. Deste com azimute de 96°56'48" e distância de 20,07m, chega-se ao
vértice P38 com coordenadas E=605.629,497 e N=7.790.706,778. Deste com azimute de
136°26'35" e distância de 13,40m, chega-se ao vértice P39 com coordenadas
E=605.638,730 e N=7.790.697,068. Deste com azimute de 107°11'01" e distância de
21,36m, chega-se ao vértice P40 com coordenadas E=605.659,140 e N=7.790.690,756.
Deste com azimute de 141°59'51" e distância de 35,90m, chega-se ao vértice P41 com
coordenadas E=605.681,246 e N=7.790.662,465. Deste com azimute de 161°32'58" e
distância de 38,79m, chega-se ao vértice P42 com coordenadas E=605.693,521 e
N=7.790.625,672. Deste com azimute de 179°26'06" e distância de 69,16m, chega-se ao
vértice P43 com coordenadas E=605.694,203 e N=7.790.556,517. Deste com azimute de
144°45'32" e distância de 53,31m, chega-se ao vértice P44 com coordenadas
E=605.724,964 e N=7.790.512,977. Deste com azimute de 167°34'59" e distância de
17,44m, chega-se ao vértice P45 com coordenadas E=605.728,714 e N=7.790.495,943.
Deste com azimute de 130°38'09" e distância de 35,05m, chega-se ao vértice P46 com
coordenadas E=605.755,310 e N=7.790.473,118. Deste com azimute de 139°45'17" e
distância de 66,50m, chega-se ao vértice P47 com coordenadas E=605.798,274 e
N=7.790.422,359. Deste com azimute de 119°23'33" e distância de 33,76m, chega-se ao
vértice P48 com coordenadas E=605.827,689 e N=7.790.405,790. Deste com azimute de
180°56'26" e distância de 41,57m, chega-se ao vértice P49 com coordenadas
E=605.827,007 e N=7.790.364,228. Deste com azimute de 101°17'56" e distância de
12,17m, chega-se ao vértice P50 com coordenadas E=605.838,941 e N=7.790.361,844.
Deste com azimute de 137°56'08" e distância de 27,99m, chega-se ao vértice P51 com
coordenadas E=605.857,695 e N=7.790.341,063. Deste com azimute de 177°49'25" e
421

distância de 26,93m, chega-se ao vértice P52 com coordenadas E=605.858,718 e


N=7.790.314,150. Deste com azimute de 142°35'15" e distância de 31,62m, chega-se ao
vértice P53 com coordenadas E=605.877,928 e N=7.790.289,035. Deste com azimute de
120°46'43" e distância de 20,64m, chega-se ao vértice P54 com coordenadas
E=605.895,659 e N=7.790.278,475. Deste com azimute de 141°11'02" e distância de
46,78m, chega-se ao vértice P55 com coordenadas E=605.924,984 e N=7.790.242,023.
Deste com azimute de 153°05'32" e distância de 27,12m, chega-se ao vértice P56 com
coordenadas E=605.937,259 e N=7.790.217,836. Deste com azimute de 168°40'52" e
distância de 17,37m, chega-se ao vértice P57 com coordenadas E=605.940,668 e
N=7.790.200,802. Deste com azimute de 93°06'29" e distância de 31,42m, chega-se ao
vértice P58 com coordenadas E=605.972,039 e N=7.790.199,099. Deste com azimute de
119°30'58" e distância de 23,51m, chega-se ao vértice P59 com coordenadas
E=605.992,497 e N=7.790.187,516. Deste com azimute de 144°14'04" e distância de
42,68m, chega-se ao vértice P60 com coordenadas E=606.017,443 e N=7.790.152,884.
Deste com azimute de 147°03'55" e distância de 49,83m, chega-se ao vértice P61 com
coordenadas E=606.044,533 e N=7.790.111,064. Deste com azimute de 179°25'58" e
distância de 43,80m, chega-se ao vértice P62 com coordenadas E=606.044,967 e
N=7.790.067,262. Deste com azimute de 249°26'44" e distância de 44,81m, chega-se ao
vértice P63 com coordenadas E=606.003,010 e N=7.790.051,530. Deste com azimute de
270°09'50" e distância de 30,48m, chega-se ao vértice P64 com coordenadas
E=605.972,534 e N=7.790.051,617. Deste com azimute de 298°47'56" e distância de
2,35m, chega-se ao vértice P65 com coordenadas E=605.970,477 e N=7.790.052,748.
Deste com azimute de 294°38'13" e distância de 5,80m, chega-se ao vértice P66 com
coordenadas E=605.965,206 e N=7.790.055,165. Deste com azimute de 55°04'41" e
distância de 55,38m, chega-se ao vértice P67 com coordenadas E=606.010,616 e
N=7.790.086,870. Deste com azimute de 333°45'27" e distância de 38,41m, chega-se ao
vértice P68 com coordenadas E=605.993,633 e N=7.790.121,318. Deste com azimute de
341°56'47" e distância de 11,20m, chega-se ao vértice P69 com coordenadas
E=605.990,163 e N=7.790.131,964. Deste com azimute de 331°08'32" e distância de
20,03m, chega-se ao vértice P70 com coordenadas E=605.980,495 e N=7.790.149,507.
Deste com azimute de 313°03'57" e distância de 7,94m, chega-se ao vértice P71 com
coordenadas E=605.974,697 e N=7.790.154,927. Deste com azimute de 233°38'26" e
distância de 8,83m, chega-se ao vértice P72 com coordenadas E=605.967,588 e
N=7.790.149,694. Deste com azimute de 331°51'51" e distância de 15,47m, chega-se ao
vértice P73 com coordenadas E=605.960,293 e N=7.790.163,337. Deste com azimute de
229°47'16" e distância de 3,18m, chega-se ao vértice P74 com coordenadas
E=605.957,861 e N=7.790.161,281. Deste com azimute de 236°20'06" e distância de
9,44m, chega-se ao vértice P75 com coordenadas E=605.950,004 e N=7.790.156,049.
Deste com azimute de 304°57'03" e distância de 25,00m, chega-se ao vértice P76 com
coordenadas E=605.929,513 e N=7.790.170,371. Deste com azimute de 307°19'54" e
distância de 32,18m, chega-se ao vértice P77 com coordenadas E=605.903,925 e
N=7.790.189,886. Deste com azimute de 350°43'49" e distância de 26,92m, chega-se ao
vértice P78 com coordenadas E=605.899,588 e N=7.790.216,457. Deste com azimute de
304°03'52" e distância de 51,55m, chega-se ao vértice P79 com coordenadas
E=605.856,884 e N=7.790.245,332. Deste com azimute de 319°49'31" e distância de
422

33,16m, chega-se ao vértice P80 com coordenadas E=605.835,494 e N=7.790.270,666.


Deste com azimute de 340°25'25" e distância de 27,81m, chega-se ao vértice P81 com
coordenadas E=605.826,175 e N=7.790.296,871. Deste com azimute de 294°37'53" e
distância de 17,24m, chega-se ao vértice P82 com coordenadas E=605.810,502 e
N=7.790.304,057. Deste com azimute de 323°21'55" e distância de 54,87m, chega-se ao
vértice P83 com coordenadas E=605.777,762 e N=7.790.348,086. Deste com azimute de
2°09'32" e distância de 25,00m, chega-se ao vértice P84 com coordenadas
E=605.778,704 e N=7.790.373,069. Deste com azimute de 331°48'45" e distância de
38,16m, chega-se ao vértice P85 com coordenadas E=605.760,676 e N=7.790.406,709.
Deste com azimute de 306°23'13" e distância de 24,24m, chega-se ao vértice P86 com
coordenadas E=605.741,165 e N=7.790.421,086. Deste com azimute de 320°46'10" e
distância de 102,77m, chega-se ao vértice P87 com coordenadas E=605.676,171 e
N=7.790.500,690. Deste com azimute de 340°37'58" e distância de 64,52m, chega-se ao
vértice P88 com coordenadas E=605.654,775 e N=7.790.561,559. Deste com azimute de
1°52'54" e distância de 48,72m, chega-se ao vértice P89 com coordenadas
E=605.656,375 e N=7.790.610,256. Deste com azimute de 68°20'08" e distância de
15,33m, chega-se ao vértice P90 com coordenadas E=605.670,619 e N=7.790.615,914.
Deste com azimute de 343°33'48" e distância de 30,37m, chega-se ao vértice P91 com
coordenadas E=605.662,026 e N=7.790.645,042. Deste com azimute de 322°55'06" e
distância de 37,66m, chega-se ao vértice P92 com coordenadas E=605.639,316 e
N=7.790.675,090. Deste com azimute de 284°19'57" e distância de 25,13m, chega-se ao
vértice P93 com coordenadas E=605.614,964 e N=7.790.681,312. Deste com azimute de
251°57'30" e distância de 26,03m, chega-se ao vértice P94 com coordenadas
E=605.590,214 e N=7.790.673,250. Deste com azimute de 224°32'53" e distância de
19,54m, chega-se ao vértice P95 com coordenadas E=605.576,508 e N=7.790.659,326.
Deste com azimute de 226°56'16" e distância de 29,20m, chega-se ao vértice P96 com
coordenadas E=605.555,172 e N=7.790.639,387. Deste com azimute de 236°59'56" e
distância de 18,10m, chega-se ao vértice P97 com coordenadas E=605.539,989 e
N=7.790.629,527. Deste com azimute de 245°47'29" e distância de 23,27m, chega-se ao
vértice P98 com coordenadas E=605.518,766 e N=7.790.619,985. Deste com azimute de
272°52'54" e distância de 24,92m, chega-se ao vértice P99 com coordenadas
E=605.493,876 e N=7.790.621,238. Deste com azimute de 294°43'56" e distância de
42,73m, chega-se ao vértice P100 com coordenadas E=605.455,063 e N=7.790.639,116.
Deste com azimute de 303°28'56" e distância de 58,86m, chega-se ao vértice P101 com
coordenadas E=605.405,969 e N=7.790.671,589. Deste com azimute de 329°58'23" e
distância de 29,76m, chega-se ao vértice P102 com coordenadas E=605.391,077 e
N=7.790.697,354. Deste com azimute de 46°33'06" e distância de 69,65m, chega-se ao
vértice P103 com coordenadas E=605.441,641 e N=7.790.745,251. Deste com azimute
de 7°51'27" e distância de 14,24m, chega-se ao vértice P104 com coordenadas
E=605.443,588 e N=7.790.759,358. Deste com azimute de 39°25'11" e distância de
110,94m, chega-se ao vértice P105 com coordenadas E=605.514,034 e
N=7.790.845,061. Deste com azimute de 63°03'34" e distância de 20,40m, chega-se ao
vértice P106 com coordenadas E=605.532,221 e N=7.790.854,303. Deste com azimute
de 46°20'48" e distância de 10,56m, chega-se ao vértice P107 com coordenadas
E=605.539,863 e N=7.790.861,595. Deste com azimute de 31°15'12" e distância de
423

63,93m, chega-se ao vértice P108 com coordenadas E=605.573,031 e N=7.790.916,246.


Deste com azimute de 293°44'26" e distância de 11,30m, chega-se ao vértice P109 com
coordenadas E=605.562,687 e N=7.790.920,795. Deste com azimute de 24°13'04" e
distância de 35,90m, chega-se ao vértice P110 com coordenadas E=605.577,415 e
N=7.790.953,540. Deste com azimute de 7°34'45" e distância de 11,82m, chega-se ao
vértice P111 com coordenadas E=605.578,975 e N=7.790.965,259. Deste com azimute
de 292°42'46" e distância de 32,12m, chega-se ao vértice P112 com coordenadas
E=605.549,341 e N=7.790.977,663. Deste com azimute de 346°00'35" e distância de
103,21m, chega-se ao vértice P113 com coordenadas E=605.524,390 e
N=7.791.077,810. Deste com azimute de 320°54'33" e distância de 15,93m, chega-se ao
vértice P114 com coordenadas E=605.514,342 e N=7.791.090,178. Deste com azimute
de 322°27'41" e distância de 23,54m, chega-se ao vértice P115 com coordenadas
E=605.500,000 e N=7.791.108,842. Deste com azimute de 256°56'49" e distância de
39,15m, chega-se ao vértice P116 com coordenadas E=605.461,860 e N=7.791.100,000.
Deste com azimute de 347°05'13" e distância de 10,35m, chega-se ao vértice P117 com
coordenadas E=605.459,546 e N=7.791.110,092. Deste com azimute de 345°11'14" e
distância de 44,99m, chega-se ao vértice P118 com coordenadas E=605.448,043 e
N=7.791.153,591. Deste com azimute de 349°25'03" e distância de 26,93m, chega-se ao
vértice P119 com coordenadas E=605.443,098 e N=7.791.180,060. Deste com azimute
de 355°15'01" e distância de 19,25m, chega-se ao vértice P120 com coordenadas
E=605.441,504 e N=7.791.199,240. Deste com azimute de 52°28'47" e distância de
13,27m, chega-se ao vértice P121 com coordenadas E=605.452,026 e N=7.791.207,320.
Deste com azimute de 16°18'49" e distância de 20,92m, chega-se ao vértice P122 com
coordenadas E=605.457,902 e N=7.791.227,396. Deste com azimute de 355°57'11" e
distância de 60,81m, chega-se ao vértice P123 com coordenadas E=605.453,611 e
N=7.791.288,052. Deste com azimute de 57°47'04" e distância de 5,01m, chega-se ao
vértice P124 com coordenadas E=605.457,852 e N=7.791.290,725. Deste com azimute
de 313°21'09" e distância de 44,03m, chega-se ao vértice P125 com coordenadas
E=605.425,837 e N=7.791.320,950. Deste com azimute de 310°57'29" e distância de
34,21m, chega-se ao vértice P126 com coordenadas E=605.400,000 e N=7.791.343,377.
Deste com azimute de 296°14'44" e distância de 18,36m, chega-se ao vértice P127 com
coordenadas E=605.383,532 e N=7.791.351,496. Deste com azimute de 270°00'00" e
distância de 12,95m, chega-se ao vértice P128 com coordenadas E=605.370,580 e
N=7.791.351,496. Deste com azimute de 336°49'55" e distância de 11,23m, chega-se ao
vértice P129 com coordenadas E=605.366,161 e N=7.791.361,821. Deste com azimute
de 68°11'09" e distância de 6,91m, chega-se ao vértice P130 com coordenadas
E=605.372,573 e N=7.791.364,387. Deste com azimute de 109°03'42" e distância de
32,41m, chega-se ao vértice P131 com coordenadas E=605.403,204 e N=7.791.353,803.
Deste com azimute de 130°56'04" e distância de 39,12m, chega-se ao vértice P132 com
coordenadas E=605.432,757 e N=7.791.328,172. Deste com azimute de 133°42'18" e
distância de 46,46m, chega-se ao vértice P1 ponto origem deste memorial. Perfazendo
uma área total de 111.689,08m². Todas as coordenadas aqui descritas estão
georeferenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, a partir da Malha de Coordenadas da
Prodabel, e encontram-se representadas no Sistema UTM, referenciadas ao Meridiano
424

Central nº 45 WGr, tendo como datum o SAD-69. Todos os azimutes e distâncias, área e
perímetro foram calculados no plano de projeção UTM”.

Art. 2º - As desapropriações de que trata o art. 1º deste Decreto destinam-se a permitir


ao Executivo o tratamento do fundo de vale, a implantação de redes e de interceptores
de esgoto e a recuperação ambiental e paisagística de áreas remanescentes, parte
integrante das intervenções do Programa DRENURBS - Córrego Bonsucesso.

Art. 3º - Fica a unidade jurídico-administrativa pertinente autorizada a alegar em juízo a


urgência das desapropriações.

Art. 4º - Ficam revogados os Decretos nº 13.729, de 24 de setembro de 2009, e nº


13.748, de 15 de outubro de 2009, que declararam de utilidade pública imóveis situados
no Bairro Flávio Marques Lisboa, nesta Capital.

Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 16 de abril de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
425

DECRETO Nº 13.949, DE 29 DE ABRIL DE 2010


Delega competência aos Secretários que menciona.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício das atribuições que lhe conferem o art. 102 e
os incisos II e VII do art. 108 da Lei Orgânica Municipal, e em conformidade com a Lei nº
9.011, de 1º de janeiro de 2005, decreta:

Art. 1º - Os termos de Convênios, Acordos ou Ajustes e seus respectivos Aditivos, com


previsão de ingresso de recursos financeiros no Tesouro Municipal, oriundos do
Orçamento Geral da União – OGU e do Orçamento Anual do Estado de Minas Gerais
e/ou outras entidades repassadoras, serão assinados pelo Prefeito.

Art. 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.447, de 9/6/2011 (Art. 1º)
Art. 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.498, de 2/7/2012 (Art. 1º)

Art. 2º - Fica delegada competência aos titulares das Secretarias Municipais de Governo;
de Finanças; de Planejamento, Orçamento e Informação; de Políticas Sociais; de Obras
e Infraestrutura; de Educação; de Saúde; de Meio Ambiente; de Desenvolvimento;
Adjunta de Trabalho e Emprego; de Esporte e Lazer; de Segurança Urbana e Patrimonial
e de Serviços Urbanos, para assinatura de toda a documentação técnica, financeira,
planos de trabalho, declarações, prestações de contas e todos os demais documentos
necessários ao bom desempenho da execução do Contrato de Repasse e/ou Convênio,
Acordo ou Ajuste, podendo os mesmos, ainda, atuarem como representantes do
interveniente executor nos Contratos de Repasse e/ou Convênios.
Art. 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.998, de 3/9/2012 (Art. 1º)

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 29 de abril de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
426

DECRETO Nº 13.972, DE 17 DE MAIO DE 2010


Institui a Licença Especial de Operação a Título
Provisório - LETP para áreas destinadas ao manejo de
resíduos de construção civil e resíduos volumosos no
Município de Belo Horizonte e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, e

Considerando a urgente necessidade de licenciamento de áreas privadas de manejo de


resíduos da construção civil e resíduos volumosos no Município; as diretrizes
estabelecidas na Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA;
a melhoria da qualidade ambiental urbana propiciada pela oferta de maior número de
instalações receptoras de resíduos, decreta:

Art. 1º - Fica instituída a Licença Especial de Operação a Título Provisório - LETP para
áreas destinadas ao manejo de resíduos de construção civil e resíduos volumosos no
Município de Belo Horizonte que apresentem condições mínimas imediatas para o
licenciamento.
Parágrafo único – Entende-se por áreas destinadas ao manejo de resíduos de
construção civil e resíduos volumosos aquelas destinadas a triagem, transbordo e
reciclagem, bem como os aterros de resíduos da construção civil.

Art. 2º - Para a obtenção da LETP o interessado deverá apresentar junto à Secretaria


Municipal de Meio Ambiente requerimento de Licença Especial de Operação a Título
Provisório – LETP para a área, juntamente com os seguintes documentos:
I – cópia da matrícula do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis;
II – levantamento planialtimétrico do terreno;
III – memorial descritivo do projeto de acordo com as diretrizes estabelecidas em Normas
Brasileiras específicas;
IV – planta baixa do empreendimento;
V – informações cadastrais do imóvel constantes da respectiva inscrição imobiliária;
VI – informações cadastrais do empreendedor e do operador da unidade;
VII – Anotação de Responsabilidade Técnica – ART do responsável técnico pelo projeto;
VIII – proposta de implantação em escala adequada ao entendimento do projeto,
contendo no mínimo:
a) recuos;
b) acessos de veículos e pedestres;
c) coeficiente de aproveitamento;
d) taxa de ocupação;
e) localização;
f) quadro de áreas.
427

IX – laudo fotográfico do imóvel objeto do requerimento e dos imóveis vizinhos.

Art. 3º - A análise dos processos relativos às Licenças Especiais de Operação a Título


Provisório deverá ser feita no prazo de 15 (quinze) dias pela Comissão Especial para
Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos
Volumosos.

§ 1º - A Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de


Construção Civil e Resíduos Volumosos, designada pelo Prefeito por meio de Portaria,
funcionará junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e será constituída por um
representante de cada um dos seguintes órgãos, sob a coordenação do primeiro:
I - Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SMMA;
II - Secretaria Municipal de Políticas Urbanas - SMURBE;
III - Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana - SMARU;
IV - Superintendência de Limpeza Urbana – SLU.

§ 2º - O mandato dos membros da Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de


Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos será de 1 (um) ano,
permitida a recondução.

§ 3º - Constatada a necessidade de nomeação de membros suplentes para compor a


Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção
Civil e Resíduos Volumosos, estes serão indicados pelo titular do órgão ao qual está
vinculado e designados pelo Prefeito, por meio de Portaria.

§ 4º - A Comissão reunir-se-á ordinariamente a cada 15 dias e extraordinariamente,


conforme a necessidade.

§ 5º - As reuniões da Comissão serão secretariadas por um dos seus membros,


escolhido pelo coordenador.

§ 6º - É vedada a remuneração, a qualquer título, pela participação na Comissão


Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e
Resíduos Volumosos.

Art. 4º - A Comissão Especial para Licenciamento de Áreas de Manejo de Resíduos de


Construção Civil e Resíduos Volumosos tem por atribuições:
I - estabelecer diretrizes para a emissão da LETP
II - analisar os processos já em curso e os iniciados a partir da data de publicação deste
Decreto, visando à concessão da LETP para os que apresentem condições mínimas
imediatas para o licenciamento.

Art. 5º - Aprovado o requerimento, será concedida a LETP com validade de 1 (um) ano,
renovável por igual período, a critério da Comissão Especial para Licenciamento de
Áreas de Manejo de Resíduos de Construção Civil e Resíduos Volumosos.
428

§ 1º - Os empreendedores terão prazo de 60 (sessenta) dias, após a concessão da


LETP, para dar início ao processo de licenciamento definitivo da área, sob pena de sua
suspensão.

§ 2º - Negado o licenciamento definitivo, a LETP será cassada de imediato.

Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 17 de maio de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
429

DECRETO Nº 13.978, DE 24 DE MAIO DE 2010


Institui a Comissão Especial de Regulamentação de
Eventos na ADE da Pampulha e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições, em especial as que lhe


confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município e

Considerando a necessidade da preservação do patrimônio arquitetônico e cultural do


Município e da qualidade do meio ambiente na ADE da Pampulha e da manutenção da
emissão de ruídos dentro de limites definidos pela legislação vigente, a necessidade de
garantir a segurança pública para quem transita naquela região da cidade; decreta:

Art. 1º - Fica instituída a Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na Área de


Diretrizes Especiais - ADE da Pampulha, com a finalidade de definir regras especiais
para a realização de eventos nessa região da cidade, observado o disposto na Lei n°
9.063, de 17 de janeiro de 2005, e no Decreto n° 13.792, de 02 de dezembro de 2009.

Art. 2º - À Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na ADE da Pampulha


compete:
I - consultar os órgãos técnicos pertinentes, para subsidiar as propostas para a criação
de condições adequadas para a realização de eventos na área;
II - realizar estudos técnicos e avaliar os impactos da realização de eventos na área;
III - realizar debates, audiências e consultas públicas sobre a realização de eventos na
área;
IV - propor instrumentos que viabilizem a realização de eventos na ADE da Pampulha,
capazes de garantir a segurança, a limpeza e a proteção do patrimônio público;
V - definir regras especiais, que resguardem o interesse público, para a realização de
eventos na ADE da Pampulha.

Art. 3º - A Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na ADE da Pampulha será


composta pelos seguintes membros designados pelo Prefeito:
I - 1 (um) representante da Secretaria de Administração Regional Municipal Pampulha,
que a presidirá;
II - 1 (um) representante da Empresa Municipal de Turismo de Belo Horizonte S.A. -
BELOTUR;
III - 1 (um) representante da Assessoria de Comunicação Social;
IV - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Governo;
V - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
VI - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial;
VII - 1 (um) representante da Procuradoria Geral do Município;
VIII - 1 (um) representante da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
IX - 1 (um) representante da Secretaria Municipal Adjunta de Esportes;
X - 1 (um) representante da Fundação Municipal de Cultura;
430

XI - 1 (um) representante da Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S.A.


– BHTRANS.

Art. 4º - Caberá à Comissão Especial de Regulamentação de Eventos na ADE da


Pampulha, até o dia 31 de dezembro de 2010, realizar os estudos técnicos necessários,
bem como promover os debates, audiências e consultas públicas sobre o assunto, a fim
de estabelecer as regras para a realização de eventos na ADE da Pampulha.
Art. 4º com redação dada pelo Decreto nº 14.203, de 2/12/2010 (Art. 1º)

Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 24 de maio de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
431

DECRETO Nº 14.043, DE 22 DE JULHO DE 2010


Institui o Fórum Consultivo de Desenvolvimento
Ambiental do Município de Belo Horizonte.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que


lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando:

- o curso das obras de urbanização, drenagem, projetos e implantação de novas redes


pluviais, bacias de detenção, limpeza e tratamento dos córregos existentes na cidade;

- que a ocupação urbana do Município de Belo Horizonte impõe a necessidade de um


criterioso planejamento, no sentido de avaliar o uso e ocupação do solo sob diversos
aspectos, principalmente aqueles relacionados à drenagem das águas pluviais, à
impermeabilização de grandes áreas, ao regime de infiltração no solo, à recarga dos
lençóis freáticos, ao volume de escoamento superficial das águas de chuva, à
capacidade de amortecimento natural das bacias hidrográficas e à possível ocorrência
periódica de enchentes na cidade;

- a necessidade de melhoria da educação ambiental da comunidade e a necessidade de


contribuições de segmentos da sociedade civil atuantes na matéria ambiental, capazes
de oferecer propostas destinadas a tornar mais viáveis e eficientes os programas de
caráter urbanístico-ambiental desenvolvidos pela Municipalidade, decreta:

Art. 1º - Fica criado o Fórum Consultivo de Desenvolvimento Ambiental do Município de


Belo Horizonte, de caráter opinativo, vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente,
destinado à disseminação de informações, à interlocução entre o Poder Público e a
sociedade civil e ao acompanhamento dos objetivos, ações e metas dos projetos
municipais relacionados às bacias hidrográficas urbanas, em especial às questões
relacionadas ao tratamento de leitos fluviais, à urbanização de margens de córregos, à
drenagem em áreas ocupadas, à contenção de sedimentos e às demais iniciativas com
repercussão no meio ambiente urbano.

Art. 2º - Compete ao Fórum Consultivo de Desenvolvimento Ambiental do Município de


Belo Horizonte:
I - contribuir para que os planos e programas destinados à drenagem pluvial e contenção
de sedimentos integrantes do processo de planejamento urbanístico-ambiental sejam
compatíveis entre si e com as políticas gerais e setoriais que norteiam a atuação do
Executivo Municipal;
II - facilitar a participação de especialistas externos ao serviço público municipal nas
orientações técnicas relativas ao planejamento urbanístico-ambiental do Município;
III - apresentar sugestões e recomendações para o aperfeiçoamento da execução do
planejamento urbanístico-ambiental;
432

IV - opinar sobre questões apresentadas pelo Prefeito ou pelo Secretário Municipal de


Meio Ambiente, respeitada a competência dos conselhos municipais para se
pronunciarem sobre matérias específicas de sua área de atuação;
V - elaborar e aprovar seu regimento interno, disciplinando o exercício de suas
atribuições, os ritos de discussão das matérias sujeitas à sua apreciação, e demais
aspectos relacionados ao seu funcionamento.

Art. 3º - O Fórum Consultivo será composto por representantes do Poder Público e de


diversos segmentos da sociedade civil, reconhecidos por seu notório saber na área de
preservação do meio ambiente.

Art. 4º - O Fórum Consultivo reunir-se-á mediante convocação do Secretário Municipal de


Meio Ambiente que o presidirá.

Art. 5º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 22 de julho de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
433

DECRETO Nº 14.060, DE 6 DE AGOSTO DE 2010


Regulamenta a Lei nº 8.616/03, que “Contém o Código
de Posturas do Município de Belo Horizonte”.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial as que


lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e

Considerando o disposto na Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003 e suas alterações,


decreta:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A aplicação da Lei nº 8.616, de 14 de julho de 2003, que contém o Código de


Posturas do Município de Belo Horizonte, e suas alterações, observará ao disposto neste
Decreto.

Art. 2º - Dependem de prévio licenciamento, ressalvadas as exceções previstas no


Código de Posturas e neste Decreto:
I - as operações de construção, conservação e manutenção e o uso do logradouro
público;
II - as operações de construção, conservação e manutenção e o uso da propriedade
pública ou particular, quando tais operações e uso afetarem o interesse público;
III - o uso do espaço aéreo e do subsolo.

§ 1º - A isenção de licenciamento não desobriga o cumprimento das exigências legais e


regulamentares pertinentes.

§ 2º - O protocolo do pedido de licenciamento não autoriza o requerente a exercer as


operações de que trata o caput deste artigo.

Art. 3º - O licenciamento será feito mediante:


I - apresentação de requerimento inicial em formulário próprio;
II - apresentação da documentação necessária à instrução do pedido;
III - análise do requerimento pelo órgão competente;
IV - pagamento das taxas e preços públicos e compensações urbano-ambientais
devidos;
V - deferimento do requerimento;
VI - emissão do Documento Municipal de Licença - DML.

Parágrafo único - A documentação exigida nos licenciamentos será especificada nos


formulários de requerimento padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana, com base no disposto no Código de Posturas e neste Decreto, e
434

poderão ser obtidos via Internet, sendo vedada a exigência de outros documentos sem a
prévia autorização do referido órgão.

Art. 4º - Os procedimentos de licenciamento previstos no Código de Posturas e neste


Decreto serão normatizados e padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana, ouvidos, sempre que necessário, os órgãos responsáveis pelo
trânsito, pela limpeza urbana, pelo patrimônio cultural e pelo meio ambiente, bem como
por outros assuntos afetos ao objeto do licenciamento.

Art. 5º - O prazo máximo para deliberação sobre licenciamento requerido, contado da


data da apresentação da documentação completa exigida, é de 30 (trinta) dias,
ressalvados os prazos específicos previstos no Código de Posturas e neste Decreto,
cabendo recurso da decisão desfavorável, em primeira instância, à Secretaria de
Administração Regional Municipal competente e, em segunda instância, à Secretaria
Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Parágrafo único - No caso de necessidade de apresentação de documentação


complementar, o requerimento será automaticamente indeferido se, no prazo máximo de
30 (trinta) dias após o recebimento da comunicação pelo requerente, não forem
apresentados os documentos exigidos.

Art. 6º - O DML é o instrumento de licença, autorização ou permissão para as operações


e os usos previstos no art. 2º deste Decreto.

Parágrafo único - O documento de licenciamento deve estar afixado em local visível e de


fácil acesso à fiscalização.

Art. 7º - As informações fornecidas pelo requerente para obtenção do documento de


licenciamento dispensado de vistoria prévia serão conferidas pelo agente municipal.

§ 1º - A divergência entre as informações prestadas e a situação verificada no local torna


nulo o documento de licenciamento expedido.

§ 2º - A declaração de nulidade será feita por despacho fundamentado do agente


municipal, assegurando-se ao interessado o contraditório e a ampla defesa.

Art. 8º - Salvo disposição expressa em contrário do Código de Posturas, deste Decreto


ou de processo licitatório, o documento de licenciamento terá validade de 1 (um) ano,
podendo ser renovado sucessivamente, por igual período desde que:
I - sejam mantidas todas as condições para o licenciamento inicial;
II - as normas da legislação específica não tenham sido alteradas;
III - não contrarie interesse público superveniente;
IV - seja comprovado o pagamento do preço público correspondente.
435

Parágrafo único - Caducará a licença passível de renovação, independentemente de ato


declaratório, quando não for apresentado pelo titular o respectivo requerimento de
renovação dentro do prazo de validade da mesma.

Art. 9º - Dos atos do Executivo previstos neste Título que se relacionem a casos omissos
ou a interpretação dos dispositivos do Código de Posturas cabe recurso ao Conselho
Municipal de Política Urbana - COMPUR, que se manifestará dentro do prazo máximo de
90 (noventa) dias.

TÍTULO II
DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DO
LOGRADOURO PÚBLICO

CAPITULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 10 - No caso de realização de obra ou serviço, o responsável por dano ao logradouro


público deverá restaurá-lo integralmente, sem saliências, depressões, defeitos
construtivos ou estéticos, abrangendo toda a largura e extensão do logradouro ao longo
da intervenção, imediatamente após o término da obra, conforme parâmetros legais,
normas e padrões estabelecidos pelo Executivo.

§ 1º - Concluída a obra, o licenciado ou a empresa executora, por meio de formulário


próprio, fará a Comunicação de Término de Obra em Logradouro Público ao órgão
responsável, que fará a vistoria técnica do local.

§ 2º - Cabe à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana a emissão, após


vistoria, do Termo de Aceitação Provisório - TAP e do Termo de Aceitação Definitivo -
TAD, relativos à recomposição do logradouro público em conformidade com o Código de
Posturas e com este Decreto e livre de entulho ou outro material decorrente da obra.

§ 3º - O responsável, o licenciado ou a empresa executora da obra responderá por


qualquer deficiência técnica que comprometa a estabilidade da mesma pelo prazo
irredutível de 5 (cinco) anos, a partir da data de emissão do Termo de Aceitação
Provisório - TAP.

§ 4º - A realização de obra decorrente da responsabilidade prevista no § 3º deste artigo


enseja a emissão de novo Termo de Aceitação Provisório - TAP e o reinício da contagem
do prazo previsto no referido dispositivo.

Art. 11 - A faixa de pedestre na via pública deve ter largura compatível com o volume de
pedestres e garantir, por meio de demarcação com sinalização horizontal, passagem
separada em ambos os sentidos, evitando colisão entre os pedestres.
436

§ 1º - Em locais de grande intensidade de fluxo de veículos e de pedestres será adotada,


preferencialmente, travessia nivelada com o meio-fio, observadas as normas técnicas de
acessibilidade e o Código de Trânsito Brasileiro.

§ 2º - Os passeios lindeiros a travessias de pedestres que não atendam ao disposto no §


1º deste artigo deverão ser dotados de rampa de acesso construída junto à faixa de
pedestre, em sua continuação, garantindo a acessibilidade do trajeto.

§ 3º - Nas vias em que não houver faixa ou outra sinalização para travessia de
pedestres, a rampa de acesso para travessia de portador de deficiência somente poderá
ser executada caso o logradouro correspondente apresente inclinação longitudinal
máxima de 8,33% (oito vírgula trinta e três por cento).

§ 4º - O canteiro central ou ilha de canalização de tráfego interceptados por faixa de


travessia de pedestres terão rampas, nos termos do parágrafo anterior, ou serão
nivelados com a pista de rolamento, desde que devidamente sinalizados.

§ 5º - Não será permitida a colocação de caixa coletora de água pluvial, grade ou boca
de lobo na sarjeta lindeira à faixa de travessia de pedestres.

CAPÍTULO II
DO PASSEIO

Art. 12 - Excetuada a hipótese prevista no § 2º do art. 12 do Código de Posturas, é


obrigação do proprietário a construção, manutenção e conservação, em perfeito estado,
de passeio em frente à testada do imóvel lindeiro a logradouro público, com estrita
observância das demais normas prescritas neste Capítulo.

§ 1º - Os atos previstos no caput deste artigo independem de licenciamento.

§ 2º - Cabe ao Executivo a reconstrução ou conserto de passeio no caso de alteração de


nivelamento, redução ou estrago ocasionado por preposto seu ou por arborização.

Art. 13 - Caso o passeio não seja construído pelo proprietário do imóvel lindeiro no prazo
legal previsto, o mesmo poderá ser executado pelo Executivo, cobrada a respectiva
despesa, nela incluindo a contratação de mão-de-obra temporária necessária à execução
da obra, com acréscimo da taxa de administração.

Parágrafo único - A execução do serviço pelo Executivo não dispensa o proprietário do


pagamento das multas aplicadas antes da execução do passeio.

Art. 14 - O revestimento do passeio deverá ser de material antiderrapante, resistente e


capaz de garantir a formação de uma superfície contínua, sem ressalto ou depressão,
ficando vedado:
437

I - mosaico do tipo português, em logradouros com declividade superior a 10% (dez por
cento);
II - o uso de pedra polida, marmorite, pastilhas, cerâmica lisa e cimento liso.

§ 1º - A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas definirá, por meio de Portaria, os


padrões para o revestimento de passeios, conforme a especificidade das regiões do
Município, podendo, inclusive, fixar prazos para a adaptação dos existentes.

§ 2º - Os padrões deverão ser obedecidos inclusive para acréscimos posteriores aos


passeios.

Art. 15 - O rebaixamento de meio-fio para acesso de veículos às edificações e o


rampamento do passeio deverão atender as seguintes condições:
I - o rebaixamento de meio-fio deverá ter a mesma extensão da largura do acesso a
veículos, podendo esta ser acrescida de 0,50 m (cinquenta centímetros) de cada lado,
respeitada a extensão máxima definida no inciso V deste artigo;
II - o comprimento da rampa de acesso não poderá ultrapassar 1,0 m (um metro) e
deverá ser perpendicular ao alinhamento do meio-fio, respeitada a faixa reservada ao
trânsito de pedestre;
III - o acesso de veículos situar-se-á a uma distância mínima de 5,0 m (cinco metros) do
alinhamento do meio-fio da via transversal no caso de esquina;
IV - da instalação do acesso de veículos não poderá resultar prejuízo para a arborização
pública, cuja remoção poderá, excepcionalmente, ser autorizada, com anuência do órgão
ambiental competente, sendo o custo de responsabilidade do requerente;
V - para cada 10 m (dez metros) de testada de terreno será permitido um acesso com
extensão de até 4,80 m (quatro metros e oitenta centímetros), podendo haver acessos
subsequentes;
VI - quando separados, a distância mínima entre dois rebaixamentos, em frente a um
mesmo lote, será de 5,20 m (cinco metros e vinte centímetros).

Parágrafo único - Os acessos de veículos em postos de abastecimento deverão atender


às normas específicas do órgão municipal responsável pelo trânsito, sendo admitido
rebaixamento de meio-fio com parâmetros diferentes dos definidos neste artigo.

Art. 16 - Na hipótese em que a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo possibilite


a utilização do afastamento frontal como área de estacionamento, havendo conflito entre
a circulação de pedestres e a de veículos, o Executivo poderá autorizar que a área
reservada ao trânsito de pedestre seja transferida para junto do alinhamento da
edificação, ficando a área de estacionamento no mesmo plano da via.

§ 1º - A utilização do afastamento frontal e do passeio em conformidade com o disposto


no caput deste artigo fica condicionada à:
I - emissão de parecer favorável pelo órgão municipal responsável pelo trânsito;
II - construção de passeio junto à edificação, em conformidade com os parâmetros legais
e padrões de revestimento estabelecidos;
438

III - integração do passeio construído aos passeios vizinhos, assegurando a continuidade


do fluxo de pedestres;
IV - demarcação ou revestimento da área destinada a estacionamento de veículos com
material diferenciado, em conformidade com padronização estabelecida pelo órgão
municipal responsável pelo trânsito.

§ 2º - A autorização prevista no caput deste artigo será de caráter provisório e deverá ser
requerida à Secretaria de Administração Regional Municipal competente, podendo ser
revogada pelo Executivo em caso de manifesto interesse público.

§ 3º - Enquanto durar a utilização prevista no caput deste artigo, as vagas de


estacionamento criadas ficam destinadas a uso privativo.

Art. 17 - O afastamento frontal mínimo das edificações em terrenos lindeiros a vias


arteriais e de ligação regional deve dar continuidade ao passeio, não sendo permitida a
instalação de elementos construtivos, exceto pilares de sustentação, respeitado o livre
trânsito no local.

Parágrafo único - As regras referentes às operações de construção, manutenção e


conservação do passeio contidas no Código de Posturas e neste Decreto aplicam-se
também ao afastamento frontal mínimo configurado como extensão do passeio a que se
refere o caput deste artigo.

Art. 18 - As águas pluviais serão canalizadas por baixo do passeio até a sarjeta lindeira à
testada do imóvel respectivo, sendo proibido seu lançamento sobre o passeio, inclusive
através de abertura de drenos para passagem de águas em muro de alinhamento frontal.

Art. 19 - A construção, reconstrução, conservação e manutenção do passeio, além das


demais regras, deve respeitar:
I - largura correspondente a 20% (vinte por cento) da largura da via constante no
Cadastro de Planta de Parcelamento do Solo - CP, com o meio-fio a 0,20 m (vinte
centímetros) de altura em relação à sarjeta;
II - declividade longitudinal paralela à da pista de rolamento;
III - declividade transversal variando de 1% (um por cento) a 3% (três por cento), em
direção ao meio-fio.

Art. 20 - A construção de degrau na faixa reservada ao trânsito de pedestre sujeita-se às


seguintes regras:
I - é vedada em passeio com declividade inferior a 14% (quatorze por cento);
II - é admitida em passeio com declividade igual ou maior a 14% (quatorze por cento) e
menor ou igual a 25% (vinte e cinco por cento);
III - é obrigatória em trechos de passeios com declividade acima de 25% (vinte e cinco
por cento).
439

Parágrafo único - Para as situações previstas nos incisos II e III do caput deste artigo
devem ser respeitadas as seguintes características construtivas:
I - espelho dos degraus com altura máxima de 0,20 m (vinte centímetros) e piso mínimo
de 0,25 m (vinte e cinco centímetros);
II - uniformidade das dimensões dos degraus;
III - patamares a cada 20 (vinte) degraus, no máximo.

Art. 21 - A faixa do passeio reservada ao trânsito de pedestres no passeio deverá


localizar-se, junto ao alinhamento do lote ou à faixa ajardinada contígua a ele, garantida
a continuidade do fluxo de pedestres com os passeios vizinhos.

§ 1º - No caso de passeio com medida inferior a 2,00 m (dois metros) a largura mínima
da faixa reservada a trânsito de pedestres será de 75% (setenta e cinco por cento) da
largura desse passeio.

§ 2º - Será admitida a redução da largura da faixa do passeio reservada ao trânsito de


pedestres no caso de colocação de mesas e cadeiras no passeio, nos termos do art. 78
do Código de Posturas, apenas no horário que constar do DML, garantida a continuidade
do fluxo ao longo do passeio.

Art. 22 - A implantação de faixa ajardinada no passeio é:


I - admitida, desde que mantida a largura mínima da faixa reservada ao trânsito de
pedestres;
II - obrigatória, quando prevista em projeto urbanístico específico;
III - proibida em passeios com elevado fluxo de pedestres, a critério do órgão municipal
responsável pelo trânsito.

§ 1º - Quando localizada junto ao meio-fio a faixa ajardinada deve ser somente gramada.

§ 2º - A faixa ajardinada deverá estar no mesmo nível da faixa pavimentada contígua do


passeio e poderá estar delimitada por elemento com altura máxima de:
I - 0,10 m (dez centímetros), quando localizada junto ao meio-fio;
II - 0,30 m (trinta centímetros), quando localizada junto ao alinhamento do lote lindeiro.

CAPÍTULO III
DA ARBORIZAÇÃO

Art. 23 - Somente o Executivo poderá executar, ou delegar a terceiro, as operações de


plantio, transplantio, poda e supressão de árvores localizadas no logradouro público,
após orientação técnica do setor competente.

§ 1º - Excetua-se do disposto no caput o plantio das árvores previstas em projeto


arquitetônico e arborização de novos parcelamentos aprovados pelo Executivo.
440

§ 2º - O proprietário interessado em qualquer das operações previstas no caput


apresentará requerimento próprio ao Executivo, que o submeterá a exame de seu órgão
competente.

§ 3º - No caso de supressão, para atendimento a interesse específico de particular,


deferido o requerimento, cabe ao interessado a obrigação de plantar novo espécime na
área indicada, sem prejuízo da reparação ambiental definida pela legislação específica.

Art. 24 - Os danos ao logradouro público ou a mobiliário urbano causados nas operações


de transplantio, supressão e poda de árvores, bem como outras que se fizerem
necessárias para a conservação e a manutenção da arborização urbana, deverão ser
imediatamente reparados por aquele que vier a promovê-los.

CAPÍTULO IV
DA EXECUÇÃO DE OBRA OU SERVIÇO

Seção I
Disposições Preliminares

Art. 25 - Considera-se obra em logradouro público a intervenção nele executada, de


caráter provisório ou definitivo.

§ 1º - As normas e exigências previstas neste Capítulo aplicam-se:


I - às obras referentes à prestação de serviços públicos ou privados;
II - à realização de serviço de manutenção ou reparo de qualquer natureza em instalação
ou equipamento;
III - obras em logradouro público de responsabilidade do Poder Público.

§ 2º - As regras contidas neste Capítulo regulam:


I - o licenciamento;
II - a fiscalização;
III - o acompanhamento;
IV - a recomposição dos logradouros públicos abrangidos pela obra;
V - a aceitação provisória e definitiva de obras realizadas em logradouros públicos.

Art. 26 - A - A instalação de mobiliário urbano subterrâneo deverá ser feita conforme


projeto previamente licenciado, ficando suas caixas de acesso na faixa destinada a
mobiliário urbano.

§ 1º - Compete à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana o licenciamento


para a execução de obras em dutos subterrâneos.

§ 2º - Será realizado chamamento público para a realização de obras em dutos


subterrâneos sempre que houver solicitação para realização dessas intervenções por
uma concessionária.
441

§ 3º - O requerente ao qual for concedida licença para a realização de obras no


logradouro público deverá fazer publicar em jornal de grande circulação no Município,
nota informativa relativa à intervenção autorizada, nos termos do § 2º deste artigo, para
apurar a existência de outros interessados na realização de obras no mesmo local, os
quais deverão se manifestar no prazo de 10 (dez) dias.

§ 4º - Os eventuais interessados deverão apresentar os respectivos projetos de


realização de obras no local indicado pelo edital de chamamento público, no prazo
assinalado pelos órgãos indicados no
§ 1º deste artigo.

§ 5º - Concluídas as obras objeto do chamamento público, novas intervenções no local


ficam proibidas durante 5 (cinco) anos.

Seção II
Das Responsabilidades

Art. 27 - São considerados aptos a elaborar projetos e executar obras os profissionais


legalmente habilitados para o exercício da atividade, aqui denominados responsáveis
técnicos, bem como as empresas constituídas por esses profissionais.

Parágrafo único - São deveres da concessionária, da empresa executora e do


responsável técnico, nos limites das respectivas competências:
I - prestar, de forma inequívoca, informações ao Executivo Municipal;
II - elaborar os projetos de acordo com a legislação vigente;
III - executar a obra licenciada conforme a legislação pertinente;
IV - cumprir todas as diretrizes e exigências técnicas determinadas pelos órgãos
competentes municipais, estaduais e federais, conforme o caso;
V - adotar medidas de segurança para resguardar a integridade das pessoas, das redes
de infra-estrutura urbana, da vegetação presente e da propriedade pública e privada.

Seção III
Do Projeto

Art. 28 - O projeto de obra no logradouro público deverá ser apresentado conforme


padronização gráfica determinada em Portaria da Secretaria Municipal de Regulação
Urbana e deverá conter:
I - a indicação do local e detalhamento da obra a ser licenciada, com o método de
intervenção (destrutivo ou não destrutivo) e a representação da recomposição da
pavimentação;
II - a indicação da localização do canteiro de obra ou serviço de escritório;
III - a indicação da localização de todos os elementos, mobiliários urbanos, áreas
ajardinadas e arborização existentes;
442

IV - autorização do órgão municipal responsável pelo trânsito quando houver interdição


de via pública, ainda que parcial.

§ 1º - A intervenção em pista de rolamento, sobretudo a realizada em cruzamento de


vias, deverá ser feita pelo Método Não Destrutivo -MND, exceto nos casos de
impossibilidade técnica.

§ 2º - Havendo falhas na arborização, ao longo do trecho abrangido pela obra, o


Executivo poderá determinar a inclusão no projeto do plantio de vegetação, a critério do
órgão ambiental.

§ 3º - Deverão ser respeitadas as diretrizes determinadas Conselho Deliberativo do


Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte responsável, sempre que a
intervenção, no passeio ou na via pública, se localizar em área protegida e que constitua
patrimônio cultural, histórico, artístico e paisagístico do Município.

Seção IV
Do Licenciamento de Obra em Logradouro Público

Art. 29 - Para abertura do processo de licenciamento para execução de obra ou serviço


em logradouro público do Município será exigida a apresentação de:
I - registro fotográfico anterior à intervenção;
II - projeto, contendo, inclusive as providências que garantirão o trânsito seguro de
pedestre e veículo, devidamente sinalizado;
III - cronograma de execução;
IV - designação da empresa executora com a respectiva Anotação de Responsabilidade
Técnica;
V - comprovação de pagamento das taxas, preços públicos e compensações
urbanísticas correspondentes.

Art. 30 - A execução de obra, reparo ou serviço que atingir faixa ajardinada ou envolver
poda ou remoção de elemento arbóreo dependerá de prévia autorização da Secretaria
Municipal de Meio Ambiente.

Art. 31 - A decisão referente ao licenciamento ocorrerá em até 7 (sete) dias, a contar da


data de protocolo do requerimento devidamente instruído com os documentos exigidos.

Art. 32 - É dispensado o licenciamento prévio para a execução de obra ou serviço


necessário para evitar colapso de serviço público ou risco à segurança.

§ 1º - Nas execuções a que se refere o caput deste artigo, o licenciamento prévio será
substituído por comunicado escrito ao Executivo, a ser feito no prazo de até 1 (um) dia
útil após o início da execução da obra ou serviço, e por requerimento de licenciamento
posterior, que deverá ser feito dentro de 7 (sete) dias úteis após o referido comunicado.
443

§ 2º - Após o término da execução deverá ser apresentado o “as built”.

Art. 33 - O Alvará de Obras em Logradouro Público conterá os lançamentos sobre


fixação da data de início e término da obra, horários para execução da obra tendo em
vista o logradouro em que ela será executada, eventuais alterações quanto aos prazos
de desenvolvimento dos trabalhos, proteções, sinalizações e terá prazo de validade
compatível com o cronograma de execução aprovado.

§ 1º - Não sendo possível a conclusão da obra no prazo especificado no Alvará, deverá


ser solicitada, durante a sua vigência, sua renovação, mediante justificativa técnica.

§ 2º - Somente será admitida a renovação do Alvará uma única vez.

Seção V
Da Execução da Obra em Logradouro Público

Art. 34 - Havendo necessidade técnica de alteração do método construtivo ou do local de


obra já licenciada, deverá ser apresentada justificação prévia ao órgão responsável pelo
licenciamento que, para autorizar a modificação, poderá exigir a apresentação de projeto
com a nova situação ou a abertura de novo processo de licenciamento.

Art. 35 - No caso de abertura de valas na pista de rolamento, deverá ser garantido o


acesso às garagens dos lotes lindeiros à via e a passagem de, pelo menos, um veículo
por faixa de trânsito, devendo ser utilizado, na obra de recomposição do logradouro,
material de resistência compatível com o fluxo de veículos.

Parágrafo único - Enquanto a obra estiver paralisada, toda a extensão da vala deverá
estar coberta por chapas metálicas, de maneira a permitir o livre uso da via pública.

Art. 36 - Além das condições expressamente previstas no Código de Posturas, a


execução de obra em logradouro público deve observar as seguintes exigências:
I - o logradouro público deve ser mantido limpo durante a obra;
II - o material removido deve ser transportado, observando-se as disposições do Capítulo
VI do Título V do Código de Posturas e do Regulamento de Limpeza Urbana, no que
couber;
III - o material escavado ou estocado, em quantidade adequada à sua imediata
utilização, pode ser guardado ao lado do meio-fio ou sobre a calçada, desde que
protegido e retido de modo a evitar o seu transbordo, a obstrução de bocas-de-lobo e o
bloqueio do curso de águas pluviais;
IV - deve ser afixada placa no local, contendo a identificação da concessionária, da
empresa executora, do responsável técnico, do número do processo de licenciamento e
do número do Alvará.

Art. 37 - No caso de interdição de trecho do logradouro público é obrigação dos


responsáveis pela obra a garantia de segurança aos pedestres, devendo ser feita por
444

delimitação de corredor de largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), por
meio de tapume, tela de proteção ou outro material adequado, sinalizado com placas ou
bandeirolas, visíveis a pedestres e condutores de veículos, localizado:
I - entre o alinhamento do meio-fio e o espaço utilizado pela obra ou entre este e o
alinhamento dos lotes lindeiros, conforme o caso, se houver interdição parcial do passeio
público em sentido longitudinal;
II - na pista de rolamento, a partir do alinhamento do meio-fio, no caso de interdição total
do passeio público no sentido transversal.

§ 1º - A delimitação do corredor para o trânsito de pedestres na via pública depende de


parecer favorável do órgão municipal responsável pelo trânsito, que poderá estabelecer
largura mínima diferenciada.

§ 2º - A demarcação do corredor deverá conter sinalização especial noturna, caso


necessário.

§ 3º - O corredor deverá garantir a acessibilidade e o trânsito da pessoa portadora de


deficiência física.

Art. 38 - Os responsáveis pela realização das obras previstas neste Decreto e no Código
de Posturas que causarem dano de qualquer natureza a logradouro público ou terrenos
lindeiros, são obrigados a executar as obras corretivas necessárias à sua recomposição,
no prazo de 7 (sete) dias, prorrogáveis somente mediante justificativa contida em laudo
técnico.

Seção VI
Da Recomposição do Logradouro Público

Art. 39 - O responsável pela execução de obra ou serviço em logradouro público deverá


restaurá-lo integralmente, sem saliências, depressões, defeitos construtivos ou estéticos,
abrangendo toda a largura e extensão do logradouro ao longo da intervenção.

§ 1º - A recomposição da pista de rolamento deverá observar o nivelamento dos Poços


de Visita - PVs, bocas-de-lobo e grelhas de drenagem pluvial já existentes na via ou
executadas na nova intervenção.

§ 2º - Havendo abertura de vala na pista de rolamento, a recomposição da pavimentação


deverá ser feita com o mesmo tipo de material encontrado.

§ 3º - A sinalização de trânsito, horizontal ou vertical, danificada no local de intervenção,


deverá ser reimplantada conforme especificações técnicas do órgão municipal
responsável pelo trânsito.
445

Art. 40 - A recomposição do passeio deverá ser do alinhamento do lote até o meio fio e
atender aos parâmetros legais e, se for o caso, aos padrões de acabamento
estabelecidos pelo Executivo.

TÍTULO III
DO USO DO LOGRADOURO PÚBLICO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 41 - É proibida a instalação precária ou permanente de obstáculo físico ou de


equipamento de qualquer natureza no logradouro público ou projetado sobre ele, salvo
nos casos permitidos pelo Código de Posturas, desde que regularmente licenciados.

Art. 42 - Dependerá de parecer favorável do órgão responsável a utilização:


I - de logradouro público tombado ou inserido em conjunto urbano tombado;
II - de praça;
III - de parque;
IV - de espaço livre de uso público.

CAPÍTULO II
DA INSTALAÇÃO DE MOBILIÁRIO URBANO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 43 - A instalação de mobiliário urbano em logradouro público e em afastamento


frontal configurado como extensão do passeio depende de prévio licenciamento, em
processo definido neste capítulo.

§ 1º - O licenciamento de mobiliário urbano em afastamento frontal configurado como


extensão do passeio fica condicionado à autorização, por escrito, do proprietário do
imóvel.

§ 2º - A faixa destinada a mobiliário urbano, junto ao meio-fio, pode ser ajardinada.

§ 3º - A instalação de mobiliário urbano considerada de risco para a segurança pública,


tais como relógio e termômetro, abrigo para passageiros de transporte coletivo,
monumento, poste, mastro, defensa de proteção para pedestre e outros, depende de
apresentação de responsável técnico devidamente habilitado.

§ 4º - É vedada a instalação de mobiliário urbano:


I - prejudicial à segurança e ao trânsito de veículo ou pedestre;
II - que comprometa a estética da cidade;
III - que interfira na visibilidade de bem tombado;
446

IV - que interfira na arborização.

Art. 44 - Fica mantida a Comissão de Mobiliário Urbano, instituída pelo art. 42 do Decreto
n° 11.601, de 9 de janeiro de 2004, composta por representantes dos órgãos de gestão
urbana, ambiental, cultural, de trânsito e de limpeza do Município, à qual compete:
I - propor tipos e padrões de mobiliário urbano, exceto os de caráter artístico;
II - recomendar a autorização para veiculação de publicidade em mobiliário urbano;
III - sugerir padrões específicos de mobiliário para determinada região da cidade;
IV - definir parâmetros para quantificação de mobiliário urbano e critérios de prioridade
para localização, posicionamento e modo de instalação;
V - opinar em processo de licenciamento para a instalação, em logradouro público, de
mobiliário não mencionado no Código de Posturas ou neste Decreto;
VI - relacionar quais os demais mobiliários urbanos cuja instalação, que, por gerar risco à
segurança pública, deverá atender à exigência do § 3º do art. 43 deste Decreto;
VII - determinar a transferência imediata do mobiliário urbano que prejudique a
segurança, o trânsito de veículos ou de pedestres ou que comprometa a estética da
cidade.

§ 1º - A padronização de mobiliário urbano observará critérios técnicos e dela constarão,


para cada padrão e tipo, as seguintes condições, dentre outras:
I - dimensão;
II - formato;
III - cor;
IV - material;
V - espaço para exploração de publicidade, quando for o caso;
VI - sistema de fixação e modo de instalação;
VII - tempo de permanência;
VIII - horário de instalação, substituição ou remoção;
IX - posicionamento no logradouro público, especialmente em relação a outro mobiliário
urbano.

§ 2º - Poderão ser adotados diferentes padrões para cada tipo de mobiliário urbano e
acoplar dois ou mais tipos.

§ 3º - A localização e o desenho do mobiliário urbano deverão ser definidos de forma a


evitar danos ou conflitos com a arborização urbana.”

§ 4º - A representação do órgão de gestão urbana será exercida, no mínimo, por um


agente de fiscalização urbanística.

§ 5º - As deliberações da Comissão de Mobiliário Urbano, contendo os padrões por ela


aprovados, produzirão efeitos após homologação pelo Prefeito.
§ 5° acrescentado pelo Decreto n° 15.116, de 08/01/2013 (art. 1°)
447

Art. 45 - O órgão municipal responsável pelo trânsito solicitará à Secretaria de


Administração Municipal Regional competente a retirada imediata do mobiliário urbano
que comprometa o trânsito de veículos ou de pedestres.

Art. 46 - A instalação de mobiliário urbano em frente a imóvel tombado, em conjunto


urbano tombado, em praça, em parque ou em área verde dependerá de parecer
favorável do órgão responsável pela gestão destes espaços.

Art. 47 - A renovação do DML está condicionada à não alteração do modelo padronizado


autorizado, além do cumprimento das demais condições estabelecidas pela Comissão de
Mobiliário Urbano, no Código de Posturas e neste Decreto.

Art. 48 - O mobiliário urbano destinado ao exercício de atividade geradora de resíduos


deve ser dotado de coletor de lixo.

Seção II
Da Mesa e Cadeira

Art. 49 - A área a ser destinada à colocação de mesa e cadeira é a do afastamento


frontal da edificação, desde que tal afastamento não seja configurado como extensão do
passeio, nos termos do art. 17 deste Decreto, e se respeitem os limites com o passeio.

Parágrafo único - A colocação de mesa e cadeira na área de afastamento frontal de que


trata o caput deste artigo independe de licenciamento.

Art. 50 - Independentemente do uso do afastamento frontal, a colocação de mesa e


cadeira poderá ser feita, mediante licenciamento, alternativamente:
I - no passeio, desde que o mesmo tenha largura igual ou superior a 3,00 m (três
metros);
II - no espaço do quarteirão fechado;
III - na área de estacionamento de veículos em via pública local lindeira à testada do
imóvel correspondente ao estabelecimento, quando o passeio tiver largura inferior a 3,00
m (três metros), mediante avaliação do Executivo;
IV - na via pública, nos casos de feira ou evento regularmente licenciado.

§ 1º - Na hipótese de utilização de área de passeio e de afastamento frontal configurado


como sua extensão para a colocação de mesa e cadeira, deverá ser reservada faixa de
pedestre, livre de qualquer obstáculo, inclusive de mobiliário urbano, com largura mínima
de 1,00 m (um metro), respeitado o seguinte:
I - que o passeio lindeiro ao afastamento frontal utilizado para colocação de mesa e
cadeira tenha largura igual ou superior a 2,00 m (dois metros);
II - que o espaço utilizado não exceda a fachada da edificação, exceto se contar com a
anuência do vizinho lateral;
III - que sejam observadas as regras aplicáveis da Seção I deste Capítulo, referentes à
instalação de mobiliário urbano em passeio.
448

§ 2º - O licenciamento para a colocação de mesa e cadeira na área prevista no inciso III


do caput deste artigo será permitido mediante a instalação de tablado removível
protegido, que não impeça o escoamento de água pluvial, e poderá exceder a testada do
imóvel correspondente ao estabelecimento se contar com a anuência do vizinho lateral.

§ 3º - O tablado removível a que se refere o § 2º deste artigo somente poderá


permanecer no local no horário definido no DML.

§ 4º - A concessão de licença para a colocação de mesa e cadeira fica vinculada à


observância dos limites de emissão de ruídos, de sons e de vibrações definidos na Lei nº
9.505, de 23 de janeiro de 2008.

Art. 51 - Para abertura do processo de licenciamento a que se refere o art. 50 deste


Decreto, será exigida a apresentação, dentre outros documentos, de:
I - cópia do Alvará de Localização e Funcionamento;
II - layout da ocupação do espaço pretendido com todas as dimensões e indicação da
faixa reservada ao trânsito de pedestres, do mobiliário urbano existente, inclusive
arborização, e da barreira removível, que deverá privilegiar a paisagem urbana, com a
colocação preferencial de floreiras ou vasos ornamentais.

Art. 52 - A área do afastamento frontal utilizada para a colocação de mesa e cadeira será
computada como área útil do estabelecimento, no cálculo da área máxima permitida,
para fins de licenciamento da atividade.

Parágrafo único - A área de que trata o caput deste artigo:


I - não será considerada para efeito de cálculo da taxa a ser recolhida relativa ao
licenciamento da atividade;
II - deverá constar do Alvará de Localização e Funcionamento.

Art. 53 - O horário permitido para a colocação de mesa e cadeira constará do DML e será
fixado pelo órgão responsável pelo licenciamento em função das condições locais de
sossego ou de segurança pública e do trânsito de pedestre, devendo estar contido no
seguinte limite de horário:
I - das 7:00h (sete horas) às 23:00h (vinte e três horas), em logradouro com reduzido
fluxo de pedestre;
II - das 11:00h (onze horas) às 23:00h (vinte e três horas), em logradouro com médio
fluxo de pedestre;
III - das 18:00h (dezoito horas) às 23:00h (vinte e três horas), de segunda a sexta - feira
e das 7:00h (sete horas) às 23:00h (vinte e três horas), nos sábados, domingos e
feriados, em logradouro com intenso fluxo de pedestre;
IV - das 11:00h (onze horas) às 23:00h (vinte e três horas) na Zona Hipercentral - ZHIP,
na Zona Central de Belo Horizonte - ZCBH, na Zona Central do Barreiro - ZCB e na Zona
Central de Venda Nova - ZCVN, nos sábados.
449

§ 1º - A permanência de mesas e cadeiras colocadas sobre o passeio e sobre o


afastamento frontal configurado como sua extensão após o horário limite previsto no
DML será admitida mediante observância estrita dos limites de emissão de ruídos
previstos na Lei nº 9.505/08, ficando o proprietário do estabelecimento sujeito às
penalidades cabíveis em caso de inobservância dos mesmos.
Parágrafo único renumerado como § 1º e com redação dada pelo Decreto nº 14.186,
de 12/11/2010 (Art. 1º)

§ 2º - Na hipótese prevista no § 1º deste artigo, a colocação de mesas e cadeiras fora do


horário previsto no DML não constitui infração ao Código de Posturas ou a este Decreto.
§ 2º acrescentado pelo Decreto nº 14.186, de 12/11/2010 (Art. 1º)

§ 3º - A utilização de mesas e cadeiras em desacordo com o § 1º deste artigo constitui


infração grave ao Código de Posturas e sujeita o infrator às penalidades de multa,
apreensão e cassação da licença para colocação do mobiliário urbano e do Alvará de
Localização e Funcionamento do estabelecimento, nos termos do Anexo I deste Decreto.
§ 3º acrescentado pelo Decreto nº 14.186, de 12/11/2010 (Art. 1º)

Art. 54 - Não será realizada vistoria prévia para o licenciamento de mesas e cadeiras,
exceto quando se tratar de colocação após as 23:00h (vinte e três horas).

Seção III
Do Toldo

Art. 55 - Será admitido apenas 1 (um) toldo do tipo passarela por fachada de edificação.

Art. 56 - Para abertura do processo de licenciamento para instalação de toldo, será


exigida a apresentação, dentre outros documentos, de:
I - cópia do Alvará de Localização e Funcionamento para estabelecimentos não
residenciais;
II - especificação do tipo de toldo a ser instalado e dos materiais que o compõem;
III - planta de situação do imóvel, com o seu respectivo corte, onde será instalado o toldo,
indicando sua projeção, suas dimensões e seus afastamentos das divisas ou do
alinhamento do lote;
IV - croquis do passeio, com a projeção do toldo, dimensões e indicação de mobiliário
urbano existente, inclusive arborização, no caso de instalação de toldo sobre o passeio;
V - fotografia abrangendo toda a fachada frontal do local de instalação do toldo.

Art. 57 - O documento de licenciamento para toldo terá validade permanente, exceto para
toldo projetado sobre passeio ou sobre afastamento frontal configurado como extensão
do passeio, caso em que terá validade de 1 (um) ano, podendo ser renovada por
períodos idênticos.

Parágrafo único - A validade permanente a que se refere o caput deste artigo fica
condicionada a:
450

I - pagamento anual dos preços públicos, quando projetado sobre o passeio;


II - manutenção do toldo em bom estado de conservação e limpeza.

Seção IV
Do Sanitário Público e da Cabine Sanitária

Art. 58 - A instalação de sanitários públicos e cabines sanitárias depende de


licenciamento prévio e deverá obedecer a padrões estabelecidos pela Comissão de
Mobiliário Urbano.

Parágrafo único - A instalação de sanitários somente poderá ocorrer em logradouros


dotados de faixa de mobiliário urbano, respeitada as dimensões mínimas da faixa do
passeio reservada ao trânsito de pedestres.

Art. 59 - O licenciamento dos sanitários públicos e das cabines sanitárias fica


condicionado à apresentação de layout da ocupação do espaço pretendido com todas as
dimensões e indicação da faixa do passeio reservada ao trânsito de pedestres, do
mobiliário urbano e da arborização existentes.

Parágrafo único - A instalação dos sanitários públicos e das cabines sanitárias deve
observar a localização mais adequada de forma a não obstruir por completo a visibilidade
de estabelecimento comercial ou de prestação de serviço localizado imediatamente em
frente.

Art. 60 - A instalação de cabine sanitária em ponto de táxi deverá ser requerida por, no
mínimo, 5 (cinco) permissionários cadastrados pelo órgão municipal responsável pelo
trânsito, que serão responsáveis pela instalação e pela manutenção do equipamento.

Art. 61 - A instalação das cabines sanitárias em ponto final de linha de ônibus será
providenciada pela empresa ou pela cooperativa responsável pelo serviço, sem ônus
para os cofres públicos.

§ 1º - Cabe ao concessionário do serviço a manutenção das cabines sanitárias de forma


a proporcionar, durante todo o período de operação da linha, as devidas condições de
higiene e conservação.

§ 2º - As cabines sanitárias serão de uso exclusivo de fiscais, motoristas e trocadores,


sendo vedada a sua utilização pelo público.

Art. 62 - A mudança da localização do ponto final da linha de ônibus ou do ponto de táxi


obriga à realocação da cabine no novo local e à recuperação do espaço em que ela
estava instalada, no prazo de 30 (trinta) dias.
451

Parágrafo único - Não ocorrendo a realocação no prazo fixado, o órgão municipal


responsável pelo trânsito acionará a Secretaria de Administração Regional Municipal
competente para que tenha início a ação fiscal.

Art. 63 - Em praças e parques somente será admitida a instalação de sanitário público,


desde que previamente autorizada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente ou pela
Fundação de Parques Municipais - FPM.

Seção V
Da Banca

Art. 64 - Poderá ser instalada no logradouro público banca destinada ao exercício da


atividade prevista na Seção II do Capítulo IV do Título III do Código de Posturas, sendo
que sua instalação depende de prévio licenciamento.

Art. 65 - Os modelos padronizados de bancas de jornais e revistas serão objeto de


Decreto específico.

Parágrafo único - Não serão admitidos toldos adaptados aos modelos padronizados, bem
como outras alterações no modelo original externo da banca.

Art. 66 - A instalação de nova banca ou a substituição de banca existente fica


condicionada à autorização expressa da Secretaria de Administração Regional Municipal
competente, que indicará, após análise técnica da proposta de implantação da banca
pretendida, o modelo a ser adotado, de acordo com o local de instalação, a intensidade
do fluxo de pedestres, a visibilidade para o trânsito, a segurança das edificações
vizinhas, a preservação da paisagem urbana, a visibilidade de bem tombado, a
compatibilização com outros tipos de mobiliário urbano e com a arborização, e demais
fatores urbanísticos e condicionantes legais, em especial o disposto na Seção I do
Capítulo III do Título III do Código de Posturas.

§ 1º - A instalação da banca deve observar a localização mais adequada de forma a não


obstruir por completo a visibilidade de qualquer estabelecimento comercial ou de
prestação de serviço localizado imediatamente em frente.

§ 2º - O requerimento para licenciamento ou substituição da banca deve ser


acompanhado de layout da ocupação do espaço pretendido com todas as dimensões e
indicação da faixa de pedestre, do mobiliário urbano e da arborização existentes, além
dos afastamentos da banca com relação ao meio-fio, ao alinhamento dos lotes lindeiros e
à esquina mais próxima.

§ 3º - Em nenhuma hipótese será admitido que a banca avance sobre a faixa do passeio
destinada ao trânsito de pedestres.
452

Art. 67 - A instalação ou substituição de bancas existentes em praças e parques


depende, ainda, de análise técnica e parecer favorável do órgão municipal de meio
ambiente, quanto à conveniência da instalação ou substituição, adequação do modelo
pretendido à urbanização, paisagismo, paisagem urbana, uso do espaço pelo público,
compatibilização com outros tipos de mobiliário urbano existentes ou a serem
implantados, árvores e demais condicionantes técnicos e legais.

Art. 68 - A Comissão de Mobiliário Urbano poderá propor padrões diferenciados para


determinadas áreas do Município.

Art. 69 - A utilização do espaço reservado para publicidade é opcional e seu uso é


restrito ao espaço previsto em padronização específica, desde que regularmente
licenciados.

Art. 70 - Considera-se área da banca, em metros quadrados, a área definida pela


projeção dos beirais, excetuando-se deste cálculo a área correspondente ao
prolongamento do beiral frontal.

Art. 71 - Será permitida base para nivelamento do piso, quando necessário, desde que
não ultrapasse 40,00 cm (quarenta centímetros) de altura e se restrinja ao limite das
paredes da banca.

Seção VI
Do Suporte para Colocação de Lixo

Art. 72 - O suporte fixo para colocação de lixo deverá, cumulativamente:


I - servir à edificação de uso exclusivamente residencial;
II - possuir área de projeção máxima de 1,00 m² (um metro quadrado);
III - possuir altura de 70 cm (setenta centímetros) a 80 cm (oitenta centímetros), contada
do piso até sua parte mais alta;
IV - ser instalado sobre a faixa destinada a mobiliário urbano;
V - não estar localizado em passeio com intenso fluxo de pedestres.

Parágrafo único - Nas demais situações, o proprietário do terreno fica obrigado a adotar
coletor móvel ou suporte fixo instalado na área do afastamento frontal da edificação.

Art. 73 - A instalação, conservação, manutenção e remoção do suporte para exposição


de lixo à coleta é de responsabilidade do proprietário do terreno.

Art. 74 - A colocação do coletor móvel no passeio ou do lixo no suporte fixo deverá ser
feita, no máximo, com 1 (uma) hora de antecedência da realização da coleta pelo serviço
de limpeza urbana.

Seção VII
Da Caçamba
453

Art. 75 - A concessão do documento de licenciamento referente a colocação,


permanência, utilização e transporte de caçamba em logradouro público, fica
condicionada à apresentação de documentação prevista em formulário próprio e
recolhimento de preço público referente ao licenciamento por unidade licenciada.

§ 1º - Para efeito de cálculo da taxa de licenciamento será considerada a unidade a ser


licenciada, constituída pelo conjunto de 1 (um) caminhão e, no máximo, 15 (quinze)
caçambas.

§ 2º - O DML será emitido em nome da empresa proprietária da caçamba e terá validade


de 1 (um) ano, podendo ser renovada por períodos idênticos.

§ 3º - O DML deverá conter a identificação da empresa, a placa do caminhão autorizado


e o número de caçambas da respectiva unidade.

§ 4º - Para trafegar, o motorista do caminhão deve portar uma via do respectivo DML.

§ 5º - A caçamba deverá ser identificada com o nome e CNPJ do licenciado, número da


licença, número sequencial e número do telefone da empresa nas faces laterais
externas, com dimensões mínimas de 0,50 m (cinquenta centímetros) por 0,50 m
(cinquenta centímetros).

Art. 76 - A colocação de caçamba em logradouro público deverá obedecer à seguinte


ordem de preferência:
I - no passeio, na faixa destinada a mobiliário urbano, desde que deixe livre, junto ao
alinhamento dos lotes, faixa para circulação de pedestre de no mínimo 1,50 m (um metro
e cinquenta centímetros) de largura;
II - na via pública, ao longo do alinhamento do meio fio, em sentido longitudinal, não
ultrapassando a distância de 0,30 m (trinta centímetros), contada transversalmente a
partir do meio fio;
III - na via pública, inclinada em relação ao meio fio, desde que obedecida a distância
máxima de 2,70 m (dois metros e setenta centímetros) entre o meio fio e o ponto da
caçamba mais distante deste.

Parágrafo único - Em nenhuma hipótese a caçamba poderá ultrapassar a faixa


delimitada para estacionamento de veículos ou distância correspondente.

Art. 77 - O horário da operação de colocação e retirada da caçamba, bem como da


circulação do caminhão transportador, deve atender ao especificado no Código de
Trânsito Brasileiro, nas normas municipais de trânsito e nos artigos 107 a 109 do Código
de Posturas, no que couber.

Seção VIII
Da Cadeira de Engraxate
454

Art. 78 - A instalação da cadeira de engraxate depende de padronização pela Comissão


de Mobiliário Urbano.

Art. 79 - O licenciamento para instalação de cadeira de engraxate, será feito mediante


requerimento do interessado e será deferido a critério do órgão competente, desde que
haja vagas disponíveis e sejam atendidas as exigências legais.

Seção IX
Do Abrigo para Ponto de Ônibus

Art. 80 - O abrigo para ponto de ônibus obedecerá a padrões definidos pela Comissão de
Mobiliário Urbano, com modelos e dimensões diferenciados, de modo a corresponder às
particularidades do local de instalação e ao número de usuários atendidos.

Seção X
Do Quiosque em Locais de Caminhada

Art. 81 - Poderá ser instalado quiosque destinado ao exercício da atividade prevista na


Seção VII do Capítulo IV do Título III do Código de Posturas, sendo que sua instalação
depende de prévio licenciamento.

§ 1º - A instalação do quiosque no passeio deverá observar os parâmetros definidos pelo


Código de Posturas para mobiliário urbano e faixa reservada ao trânsito de pedestres.

§ 2º - A instalação do quiosque em praças e parques depende de prévia avaliação e


autorização do órgão responsável pela sua gestão.

§ 3º - A instalação do quiosque deve observar a localização mais adequada de forma a


não obstruir por completo a visibilidade de estabelecimento comercial ou de prestação de
serviços localizado imediatamente em frente.

Art. 82 - A instalação do quiosque deverá observar as seguintes distâncias:


I - 20,00 m (vinte metros) com relação aos pontos de embarque e desembarque do
transporte coletivo;
II - 100,00 m (cem metros) com relação a lojas que comercializem o mesmo produto.

Parágrafo único - As distâncias previstas no caput deste artigo serão medidas ao longo
do eixo do logradouro.

Art. 83 - O quiosque obedecerá a padrões definidos pela Comissão de Mobiliário Urbano,


com modelos e dimensões diferenciados, de modo a atender às particularidades do local
de instalação e do produto a ser comercializado.

CAPÍTULO III
455

DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES

Seção I
Disposições Gerais

Art. 84 - O exercício de atividades em logradouro público depende de licenciamento


prévio junto ao Executivo.

§ 1º - Cabe à Secretaria de Administração Regional definir os locais e o número de vagas


disponíveis, em sua respectiva área de atuação, conforme o tipo de atividade a ser
licenciada, sendo que o acréscimo do número de vagas depende de prévia anuência da
Secretaria Municipal de Políticas Urbanas.

§ 2º - Cabe à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana definir os


procedimentos a serem adotados para o licenciamento, inclusive quanto aos documentos
necessários, não cabendo exigências adicionais pelo órgão responsável pelo
licenciamento.

§ 3º - A atividade de flanelinha no logradouro público não será licenciada, devendo os


agentes municipais de trânsito, no exercício de sua competência para a fiscalização dos
estacionamentos nas vias públicas do Município, colaborar com os órgãos de segurança
pública competentes, para o combate ao exercício ilegal da atividade.

Art. 85 - A utilização de aparelho sonoro somente será admitida:


I - em feiras, para comunicação de utilidade pública;
II - em evento esporádico, nos termos do art. 98 deste Decreto.

Parágrafo único - É vedada a utilização de aparelho sonoro para a veiculação de


publicidade.

Art. 86 - É vedado o exercício da atividade exclusivamente por meio de preposto, sendo


admitida a substituição do titular por um período máximo anual de 60 (sessenta) dias
consecutivos.

§ 1º - O preposto responderá solidariamente por todas as obrigações decorrentes da


licença.

§ 2º - O titular da licença deverá comunicar previamente sua substituição à Secretaria de


Administração Regional Municipal competente.

§ 3º - Cada licenciado poderá indicar 1 (um) preposto.

Art. 87 - Quando o documento de licenciamento puder ser transferido, nas hipóteses


elencadas no Código de Posturas, o mesmo será substituído constando o nome do
456

substituto, mediante requerimento deste e comprovação do fato que originou a


transferência.

Art. 88 - O órgão responsável pelo licenciamento definirá, por meio de instrução


normativa, a área de atuação e o horário de exercício de atividade no logradouro público,
de acordo com as especificidades locais, devendo, tais restrições, constarem do
documento de licenciamento respectivo.

Art. 89 - É expressamente proibida a instalação de trailer em logradouro público, à


exceção dos que, não se destinando a atividade comercial, tenham obtido anuência do
órgão competente para função de interesse público.

Seção II
Da Atividade em Banca

Art. 90 - Poderá ser exercida a atividade de comércio em banca fixa instalada em


logradouro público, que se sujeita a prévio licenciamento, em processo licitatório.

Parágrafo único - O DML para a exploração de comércio em banca será expedido em


nome de pessoa física e poderá ser renovado anualmente.

Seção III
Da Atividade em Veículo de Tração Humana e Veículo Automotor

Art. 91 - O número de licenciados para atividades em veículos de tração humana e


veículo automotor, a delimitação de área de sua respectiva atuação e o sistema de
rodízio serão definidos em instrução normativa da Secretaria de Administração Regional
Municipal competente, em função da especificidade local e conveniência administrativa.

Parágrafo único - A Secretaria de Administração Regional Municipal competente,


dependendo das características locais, poderá estabelecer, em área específica,
proibições adicionais relativas a horários e a locais para o exercício de atividade
comercial em veículos.

Art. 92 - Os critérios a serem observados pelo sistema de rodízio da atividade a que trata
esta Seção serão definidos pela Secretaria de Administração Municipal Regional
competente.

Art. 93 - A Comissão de Mobiliário Urbano definirá o padrão do veículo para cada


modalidade de comércio.

Art. 94 - É permitida a instalação de toldo nos veículos automotores, desde que o


mesmo:
I - fique restrito à parte traseira;
II - seja em balanço com projeção máxima de 1,20m (um metro e vinte centímetros).
457

Parágrafo único - O uso de publicidade é restrito ao veículo não podendo a área utilizada
ultrapassar 50% (cinquenta por cento) da área de carroceria do veículo.

Seção IV
Da Atividade de Engraxate

Art. 95 - O procedimento simplificado de licitação para o licenciamento da atividade de


engraxate priorizará os candidatos com maior grau de carência socioeconômica.

§ 1º - Havendo empate, a escolha será feita mediante sorteio.

§ 2º - O grau de carência socioeconômica será definido pela Secretaria Municipal de


Políticas Sociais.

Seção V
Do Evento

Art. 96 - O processo de licenciamento para a realização de evento no logradouro público


será deliberado pela Secretaria de Administração Regional Municipal competente,
observadas as recomendações dos órgãos de gestão urbana e ambiental, de segurança
e de trânsito.

Art. 97 - O licenciamento para a realização de evento no logradouro público deve


atender, ainda, ao disposto na legislação específica, em especial nas Leis nº 8.762, de
16 de janeiro de 2004, e nº 9.063, de 17 de janeiro de 2005 e suas regulamentações.

Art. 98 - Entende-se como evento esporádico no mesmo local aquele situado em raio de
distância inferior a 300,00m (trezentos metros) em relação ao local licenciado.

Parágrafo único - O órgão de gestão regional definirá o número de eventos permitidos


em cada local, observando-se a natureza dos eventos e as especificidades locais.

Art. 99 - Em função das especificidades do local e do evento, os órgãos referidos no art.


96 deste Decreto poderão exigir informações adicionais àquelas exigidas no ato do
requerimento.

Parágrafo único - No caso de utilização de publicidade deverá ser indicada a área


destinada à instalação de engenhos, ficando o licenciamento condicionado ao
recolhimento da taxa devida.

Seção VI
Da Feira
458

Art. 100 - As comissões paritárias de cada modalidade de feira serão compostas por:
I - 6 (seis) representantes do Executivo e igual número de suplentes, indicados pelo
Prefeito;
II - 6 (seis) representantes dos feirantes e igual número de suplentes, eleitos em
assembléia especialmente convocada para este fim, pelo Executivo.

Parágrafo único - O regimento interno da comissão paritária definirá as regras de


funcionamento e de realização das reuniões, que serão presididas por um dos
representantes do Executivo.

CAPÍTULO IV
DA INSTALAÇÃO DE ENGENHO DE PUBLICIDADE

Art. 101 - A análise de processo de licenciamento de engenho de publicidade em local


em que, de qualquer maneira, o engenho prejudique a sinalização de trânsito ou outra
destinada à orientação pública, ou ainda, em que possa causar insegurança ao trânsito
de veículos e pedestres, especialmente em viaduto, ponte, canal, túnel, pontilhão,
passarela de pedestre, passarela de acesso, trevo, entroncamento, trincheira, elevado e
similares será baseado em parecer prévio do órgão municipal responsável pelo trânsito.

Art. 102 - Será considerado mobiliário urbano de pequeno porte aquele que atender a um
dos seguintes requisitos:
I - possuir até 10 cm (dez centímetros) de altura e área de projeção até 3 m² (três metros
quadrados);
II - possuir até 50 cm (cinquenta centímetros) de altura e área de projeção até 1,50 m²
(um e meio metros quadrados);
III - possuir até 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) de altura e área de projeção
até 0,50 m² (cinquenta centímetros quadrados).

Parágrafo único - A classificação do mobiliário linear, como as cercas e defensas de


proteção, levará em conta somente sua altura.

TÍTULO IV
DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO, CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO DA
PROPRIEDADE

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 103 - A instalação de cerca elétrica ou qualquer dispositivo de segurança que


apresente risco de dano a terceiro independe de licenciamento, devendo ser mantida no
local a documentação relativa à responsabilidade técnica pela instalação do dispositivo,
para apresentação à fiscalização, sempre que solicitada.
459

Art. 104 - A instalação, a conservação, o funcionamento e a fiscalização de elevadores e


outros aparelhos de transporte serão regidos pela Lei nº 7.647, de 23 de fevereiro de
1.999, por este Decreto e demais atos normativos específicos nessa matéria.

Art. 105 - Todo proprietário de aparelho de transporte é obrigado a contratar empresa


devidamente habilitada, nos termos do art. 6º da Lei nº 7.647/99.

Art. 106 - Cada aparelho de transporte terá um livro obrigatório de registro de


ocorrências, onde serão anotadas, pelo responsável pela conservação, as datas de suas
realizações, os defeitos constatados, as peças substituídas e os serviços realizados, bem
como anotações de vistorias realizadas pelos órgãos competentes.

Parágrafo único - O Livro de Registro de Ocorrências será padronizado no formato A4,


com folhas numeradas, contendo um Termo de Abertura e Encerramento, que deverá ser
datado e assinado pelo síndico ou responsável pelo aparelho de transporte, sendo de
sua responsabilidade a guarda do livro.

Art. 107 - É obrigatório a que seja mantido no local, onde estiver instalado o aparelho de
transporte, o contrato de instalação, manutenção ou conservação firmado entre as partes
responsáveis pelo aparelho de transporte, assim como o Livro Obrigatório de Registro de
Ocorrência, para fins de fiscalização.

Art. 108 - A empresa instaladora ou conservadora deverá ser inscrita no cadastro


especifico junto ao órgão municipal competente.

Art. 109 - O Laudo Técnico de Inspeção Anual, previsto pela Lei nº 7.647/99, deverá ser
apresentado de acordo com o modelo aprovado pelo órgão municipal competente,
devendo obedecer aos métodos das normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT e os requisitos mínimos indicados no modelo.

§ 1º - O Laudo Técnico de Inspeção Anual será emitido após um período de 365


(trezentos e sessenta e cinco dias) a contar do primeiro Laudo Técnico.

§ 2º - O primeiro laudo será emitido quando o aparelho de transporte for disponibilizado


para uso, após o término da obra.

§ 3º - É obrigatória a emissão de Laudo Técnico, no prazo máximo de 30 (trinta) dias,


quando da assunção e transferência da manutenção e conservação de aparelho de
transporte.

Art. 110 - A qualquer tempo, a fiscalização poderá determinar a elaboração de laudo


técnico em caráter emergencial, em prazo a ser definido de acordo com o risco
verificado.
460

Art. 111 - Na hipótese do proprietário ou responsável pelo aparelho de transporte se


recusar a autorizar a execução de serviços de reparo ou manutenção que visem eliminar
situações de risco iminente, caberá à empresa instaladora ou conservadora proceder à
comunicação imediata ao órgão municipal competente, que realizará vistoria técnica e,
sendo constatado o risco iminente, interditará o aparelho de transporte, até que o
problema seja sanado.

Art. 112 - As empresas conservadoras manterão serviço de prontidão com, no mínimo, 1


(um) técnico capacitado, para atendimento de situações de emergência, funcionando 24
(vinte e quatro) horas por dia, todos os dias da semana, inclusive sábados domingos e
feriados.

Parágrafo único - Prioritariamente, serão atendidos os casos de acidente com risco à


integridade física das pessoas ou passageiro preso, ficando as outras situações
emergenciais sujeitas à análise das empresas instaladoras ou conservadoras.

Art. 113 - Os equipamentos não poderão ter suas destinações alteradas.

§ 1º - Entende-se por utilização indevida do aparelho de transporte quando estiver sendo


utilizado acima de sua capacidade ou esteja em desacordo com os padrões de uso do
mesmo.

§ 2º - Como paralisação justificada, para os efeitos da Lei nº 7.647, de 1999, entende-se


aquelas registradas no Livro de Registro de Ocorrência devidamente fundamentadas e
com motivação técnica.

§ 3º - No inciso VII do art. 18 da Lei nº 7.647, de 1999, entende-se como "falta de


inspeção anual" de aparelho de transporte a "falta de apresentação do Laudo Técnico de
Inspeção Anual".

Art. 114 - A empresa instaladora ou conservadora comunicará mensalmente ao órgão


competente os novos contratos de manutenção e conservação assumidos assim como
aqueles eventualmente rescindidos.

Art. 115 - Na casa de máquinas dos elevadores, além dos equipamentos pertinentes,
somente será permitida a instalação de extintores para combate a incêndios, conforme
dispuser o respectivo projeto de prevenção e combate a incêndio.

Art. 116 - No caso de impossibilidade da empresa instaladora ou conservadora entregar


qualquer dos laudos técnicos previstos na Lei nº 7.647/99 e neste capítulo, por recusa do
recebimento do mesmo ou por qualquer outro motivo, o documento deverá ser remetido
ao responsável pelo aparelho de transporte, pelo correio, com aviso de recebimento.

CAPÍTULO II
DO TERRENO OU LOTE VAGO
461

Art. 117 - O lote, o conjunto de lotes ou o terreno lindeiro a logradouro público dotado de
meio-fio será mantido fechado, limpo, drenado e roçado, aplicando-se-lhes as
disposições da Lei n° 9.725, de 15 de julho de 2009, que contém o Código de
Edificações do Município.

TÍTULO V
DA OBRA NA PROPRIEDADE E DE SUA INTERFERÊNCIA EM LOGRADOURO
PÚBLICO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 118 - O responsável pela modificação das condições naturais do terreno, que cause
instabilidade ou dano de qualquer natureza a logradouro público ou a terreno vizinho, é
obrigado a executar imediatamente as obras necessárias para sanar o problema.

§ 1º - As obras necessárias serão acompanhadas por profissional habilitado.

§ 2º - No caso de comprovação técnica de ausência de risco iminente, deverá ser


procedido o licenciamento de acordo com o Código de Edificações e a legislação
ambiental.

Art. 119 - O tapume, o barracão de obra e o dispositivo de segurança instalados não


poderão prejudicar a arborização pública, o mobiliário urbano instalado, a circulação de
veículos e pedestres, nem a visibilidade de placa de identificação de logradouro público
ou de sinalização de trânsito.

Art. 120 - No caso de paralisação de obra por período superior a 120 (cento e vinte) dias,
o terreno deverá ser tratado como lote edificado, para efeito de vedação nas divisas
laterais e de fundo.

CAPÍTULO II
DO TAPUME

Art. 121 - A dispensa de instalação do tapume prevista no inciso II do § 2º do artigo 209


do Código de Posturas fica condicionada à assinatura de termo de responsabilidade por
parte do responsável técnico pela obra.

Art. 122 - A instalação de tapume no alinhamento do lote independe de licenciamento.

Art. 123 - O licenciamento de tapume sobre o passeio poderá ser feito por ocasião da
aprovação do projeto arquitetônico, a partir da manifestação prévia do responsável
técnico.
462

Art. 124 - A ocupação do passeio, quando não for possível a destinação de faixa com
largura mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros), dependerá da criação de
alternativa sinalizada e segura para passagem de pedestres com essa largura, caso em
que dependerá de anuência do órgão municipal responsável pelo trânsito.

Art. 125 - O DML para a instalação de tapume terá validade pelo prazo de duração da
obra.

§ 1º - No caso de o tapume ocupar mais da metade da largura do passeio, o DML vigerá


pelo prazo máximo e improrrogável de 1 (um) ano, variável conforme a intensidade do
trânsito de pedestres no local, de acordo com aferição do órgão municipal responsável
pelo trânsito.

§ 2º - No caso de paralisação da obra, o tapume colocado sobre passeio deverá ser


recuado para o alinhamento do lote no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, contados da
paralisação respectiva, sendo que este aviso deve constar do DML.

Art. 125-A - Poderão ser provisoriamente instalados no tapume engenhos de publicidade


classificados como simples, conforme disposto no inciso I do art. 265 da Lei nº 8.616, de
14 de julho de 2003, contendo, exclusivamente, a identificação das pessoas físicas ou
jurídicas diretamente envolvidas na realização da obra, tais como construtoras,
escritórios de projetos, prestadores de serviços, fornecedores de insumos e agentes
financiadores do empreendimento, observando-se, quanto à altura dos mesmos, o limite
máximo de 5,00 m (cinco metros).

§ 1º - A autorização prevista no caput deste artigo aplica-se somente a obras licenciadas


e fica condicionada à destinação mínima, no tapume, de área equivalente a aquela de
exposição dos engenhos de publicidade indicativos para a veiculação de obras artísticas,
como pintura, grafite, plotagens e outras formas de representação gráfica.

§ 2º - A exposição das obras artísticas ocorrerá sob a curadoria da Fundação Municipal


de Cultura e será custeada pelo empreendedor responsável pelo tapume.

§ 3º - Os engenhos de publicidade instalados no tapume deverão guardar, uns dos


outros, distância mínima de 0,50 m (meio metro).
Art. 125-A acrescentado pelo Decreto n° 15.155, de 26/02/2013 (Art. 1°)

CAPÍTULO III
DO BARRACÃO DE OBRA

Art. 126 - A instalação de barracão de obra sobre o passeio até o limite da área ocupada
pelo tapume deverá ser licenciada e observará os requisitos estabelecidos pelo Código
de Posturas e por este Decreto e se sujeita, no que couber, às regras previstas para o
licenciamento de tapume.
463

Art. 127 - A instalação de barracão de obra suspenso sobre o passeio além da área
ocupada pelo tapume será admitida até a conclusão do primeiro nível da edificação em
condições de abrigar a sua instalação.

Parágrafo único - O barracão será instalado a pelo menos 2,50 m (dois metros e
cinquenta centímetros) de altura em relação a qualquer ponto do passeio, sendo
admitida a colocação de pontaletes de sustentação na faixa de mobiliário urbano e
devendo ser prevista a faixa de passagem de pedestres com largura mínima de 1,20 m
(um metro e vinte centímetros).

Art. 128 - O requerimento para licenciamento de barracão de obra suspenso sobre o


passeio será instruído com os seguintes documentos:
I - justificativa técnica referente à necessidade de utilização de área além da delimitada
pelo tapume para a fase inicial da obra, tendo em vista a movimentação de terra e
contenções necessárias;
II - planta cotada do passeio, com indicação do barracão, tapume, mobiliário urbano e
arborização existentes.

Art. 129 - No caso de paralisação da obra, o barracão de obra instalado sobre o passeio
deverá ser removido no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, contados da paralisação
respectiva, sendo que este aviso deve constar do DML.

CAPÍTULO IV
DOS DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA

Art. 130 - A instalação da tela protetora durante a execução de obra, reforma ou


demolição envolvendo toda a fachada da edificação independe de licenciamento, exceto
quando utilizada para veiculação de engenho de publicidade.

CAPÍTULO V
DA DESCARGA DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Art. 131 - A descarga de material de construção será feita no canteiro da respectiva obra,
admitindo-se excepcionalmente o uso do logradouro público para tal fim, observadas as
determinações contidas no Regulamento de Limpeza Urbana.

§ 1º - A descarga de material de construção no logradouro público prevista no caput


deste artigo deverá ocorrer na área do passeio, desde que no período de sua
permanência, bem como durante a realização de operações de carga e descarga, sejam
ser garantidas as condições de segurança para o tráfego de pedestres bem como a
demarcação de faixa mínima de 1,20 m (um metro e vinte centímetros) por meio da
instalação de, ao menos, cones ou faixas de isolamento.
464

§ 2º - Na hipótese de não ser possível utilizar o espaço do passeio para demarcar a faixa
de circulação de pedestres, esta poderá ser demarcada na via pública, no espaço
destinado ao estacionamento de veículos.

§ 3º - No caso de não existir faixa destinada a estacionamento de veículos, a


demarcação da faixa de circulação de pedestres na via pública dependerá de anuência
do órgão municipal responsável pelo trânsito.

§ 4º - É vedada, em qualquer caso, a descarga de material de construção na via pública.

CAPÍTULO VI
DO MOVIMENTO DE TERRA E ENTULHO

Art. 132 - O movimento de terra e entulho no próprio terreno obedecerá as


determinações contidas no Código de Edificações e na legislação ambiental.

Parágrafo único - O deslocamento e transporte de material em áreas externas ao terreno,


obedecerá às determinações contidas no Código de Posturas, no Regulamento de
Limpeza Urbana e neste Decreto.

Art. 133 - O movimento de terra e entulho que resulte em deslocamento e transporte de


material em áreas externas ao terreno sujeita-se a processo prévio de licenciamento.

§ 1º - O documento de licenciamento será emitido em nome do proprietário do terreno e


terá validade de, no máximo, 6 meses.

§ 2º - O DML deverá indicar o volume de material a ser transportado, assim como o local
do bota-fora ou empréstimo.

Art. 134 - O transporte de terra e entulho somente poderá ocorrer se acompanhado de


cópia da licença para movimentação de terra e entulho e do formulário para recibo do
bota-fora.

§ 1º - Juntamente com a licença de movimentação de terra ou entulho, será fornecido


formulário específico, em três vias, para recibo do bota-fora.

§ 2º - A primeira via destina-se a devolução ao órgão de licenciamento, quando do


termino da movimentação de terra ou entulho, a segunda ao licenciado e a terceira será
arquivada no bota-fora até a data definida pelo órgão responsável pelo licenciamento.

Art. 135 - O material removido de terraplenagem ou demolição será destinado a local


ambientalmente apropriado.

§ 1º - O requerente poderá indicar local para deposição do material ou para retirada de


terra, desde que de propriedade privada e com a concordância do proprietário
465

comprovada em termo escrito, e se aprovada a indicação pelo órgão municipal de meio


ambiente.

§ 2º - A destinação do material deve ser comprovada pelo licenciado ao órgão


competente mediante recibo do agente público responsável pelo local ou do proprietário
de área particular.

Art. 136 - É proibida a utilização de logradouro público, de parque, de margens de curso


d'água e de área verde para bota-fora ou empréstimo, excetuadas as obras de
recuperação ou interesse ambiental.

TÍTULO VI
DO USO DA PROPRIEDADE

CAPÍTULO I
DO EXERCÍCIO DE ATIVIDADES

Seção I
Disposições Gerais

Art. 137 - O DML para atividade não residencial desenvolvida em caráter permanente e
em edificação ou equipamento será o Alvará de Localização e Funcionamento, que terá
validade de 05 (cinco) anos.

§ 1º - O DML deverá conter todas as informações necessárias para identificação e


descrição da atividade, código da tabela da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas - CNAE do local e do licenciado, tais como as referentes ao uso licenciado,
à área utilizada, ao prazo de validade e às restrições específicas.

§ 2º - O prazo de validade poderá ser renovado por 05 (cinco) anos, indefinidamente,


desde que o empreendimento continue a atender a legislação municipal.

Art. 138 - O DML para atividade não residencial desenvolvida em caráter temporário e
em edificação ou equipamento será o Alvará de Evento, que terá o prazo de validade do
respectivo evento, não podendo ser superior a 3 (três) meses.

Art. 139 - As atividades obrigadas a elaborar o laudo técnico descritivo de suas


condições de segurança, são as definidas na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do
Solo.

Parágrafo único - O laudo técnico previsto deverá considerar, no mínimo, os seguintes


itens de segurança:
I - condições de escoamento das pessoas em situação de pânico e suas respectivas
saídas de emergência;
II - sinalização de emergência e rota acessível;
466

III - instalação de equipamentos previstos no Projeto de Prevenção e Combate a


Incêndio.

Seção II
Da Atividade em Trailer

Art. 140 - É proibida a instalação de trailer em logradouro público e na área delimitada


pelo afastamento frontal mínimo exigido pela Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do
Solo.
Parágrafo único - Poderá ser excepcionado da regra prevista no caput o trailer que, não
se destinando a atividade empresarial, tenha obtido prévia anuência do órgão
competente do Executivo.

Art. 141 - A instalação de trailer, em caráter temporário ou permanente, sujeita-se a


prévio processo de licenciamento previsto na Seção I deste Capítulo.

Art. 142 - A utilização de mesa e cadeira no passeio pelo trailer deve atender ao disposto
na Seção II, do Capítulo III, do Título III, do Código de Posturas e neste Decreto.

Seção III
Da Atividade de Diversão Pública

Art. 143 - Para as atividades de circo e parque de diversões, serão exigidos, pelo menos
2 (dois) banheiros para uso dos frequentadores, sendo um para cada sexo.

Parágrafo único - Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo as atividades de circo e
parque de diversões deverão contar com, no mínimo, uma instalação sanitária composta
de um lavabo e um vaso sanitário para cada 300,00 m2 (trezentos metros quadrados) de
área destinada ao uso do público, excetuada a área de estacionamento.

Art. 144 - Ao maior de 60 (sessenta) anos será garantida a gratuidade do acesso a


cinema, cineclube, evento esportivo, teatro, parque de diversões e espetáculos circense
e musical instalados em próprio público municipal.

Art. 145 - O direito previsto no art. 159 deste Decreto será exercido nas seguintes
condições:
I - em cinema e cineclube, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, com entrada até 18
(dezoito) horas;
II - nos demais locais, em qualquer dia e horário, limitado a 5% (cinco por cento) da
capacidade do estabelecimento.

Art. 146 - O laudo técnico de segurança necessário ao licenciamento para o exercício de


atividade circense é aquele definido no Anexo II deste Decreto.
467

Art. 147 - O licenciamento da atividade circense caberá à Secretaria Municipal Adjunta


de Regulação Urbana.

Parágrafo único - O início das atividades fica condicionado à autorização da Secretaria


de Administração Regional Municipal competente.

Seção IV
Da Feira

Art. 148 - A realização de feira está sujeita a processo prévio de licenciamento, nos
termos previstos na Seção I deste Capítulo, atendidas as disposições dos arts. 253 a 258
do Código de Posturas.

Seção V
Da Defesa do Consumidor

Art. 149 - Os cartazes e placas referidos nos arts. 259, 260 e 261 do Código de Posturas
terão as dimensões mínimas do formato A4, conforme estabelecido nas normas da
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.

CAPÍTULO II
DA INSTALAÇÃO DE ENGENHO DE PUBLICIDADE

Seção I
Disposições Gerais

Art. 150 - Este Capítulo é aplicável a todo engenho de publicidade exposto na paisagem
urbana e visível de qualquer ponto do espaço público, este considerado como os bens
públicos de uso comum.

Art. 151 - Não se consideram como engenho de publicidade qualquer elemento, pintura,
adesivo ou similar, com função decorativa, bem como revestimento de fachada
diferenciado, que não veiculem mensagem ou figura alusiva à atividade realizada no
imóvel no qual estiver instalado.

Art. 152 - Não se incluem no conceito de estrutura própria de sustentação, a que se


refere a alínea “d”, do inciso I, do parágrafo único, do art. 265 do Código de Posturas os
elementos de fixação como pregos, parafusos e similares.

Art. 153 - Os locais de visadas de referenciais simbólicos serão definidos em


mapeamento elaborado pela Diretoria de Patrimônio Cultural, da Fundação Municipal de
Cultura, e aprovado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município -
CDPCM.
468

Art. 154 - A licença para a instalação de engenho publicitário no espaço aéreo da


propriedade, em caráter provisório, durante o evento que nela se realize, terá validade,
improrrogável, até a data de encerramento do evento, limitada ao período máximo de 3
(três) meses.

Seção II
Das Condições para Instalação

Art. 155 - Ressalvada a hipótese do § 1º deste artigo, nenhum dispositivo de iluminação


poderá avançar mais do que 0,50 m (cinquenta centímetros) além da face do engenho.

§ 1º - Os dispositivos de iluminação afixados nos locais de que tratam os incisos I, II, VI,
VII e VIII do art. 269 do Código de Posturas poderão avançar até 1,00 m (um metro) além
do plano da fachada em que se assenta;

§ 2º - Os dispositivos de iluminação não poderão avançar sobre o imóvel vizinho, exceto


quando houver expressa anuência do proprietário.

Seção III
Do Licenciamento e Fiscalização

Art. 156 - A instalação de engenho de publicidade sujeita-se a processo prévio de


licenciamento, mediante requerimento ao Executivo, do qual resultará documento de
licenciamento próprio.

§ 1º - Qualquer alteração quanto ao local de instalação, à dimensão e à propriedade do


engenho de publicidade implica novo e prévio licenciamento, hipótese em que o
proprietário ou responsável pelo engenho terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias, a
contar da data da ocorrência, para proceder à baixa do engenho objeto da alteração.

§ 2º - Para efeito do licenciamento de engenhos publicitários, equipara-se a forma de


instalação, com previsão de instalação de dois engenhos publicitários numa mesma face
de quadra, prevista no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas, relativamente
ao impacto dos anúncios na paisagem urbana, às formas de instalação constantes dos
incisos II, VI, VII e VIII do mesmo dispositivo.

§ 3º - O licenciamento de engenho de publicidade será precedido de chamamento


público nas hipóteses em que se verifique a possibilidade de o número de interessados
superar a quantidade de licenças passíveis de concessão, por força da limitação do
número de engenhos por face de quadra estabelecida pelo Código de Posturas.

§ 4º - Havendo mais de um interessado no licenciamento de engenho publicitário, numa


mesma face de quadra, observadas as formas de instalação previstas nos incisos I, II, VI,
VII e VIII do caput do art. 269 do Código de Posturas, proceder-se-á ao licenciamento
469

daquele que ofertar o maior preço em procedimento seletivo público, previamente


realizado pelo Executivo.

§ 5º - Os interessados na obtenção da licença deverão apresentar requerimento nos


termos do art. 3º deste Decreto, sendo que a duração do processo de licenciamento,
incluindo eventual chamamento público, não poderá exceder de 60 (sessenta) dias.

§ 6º - Para fins de habilitação no procedimento seletivo de que trata o § 4º deste artigo, o


interessado deverá apresentar documentação relativa à sua habilitação jurídica e a sua
regularidade fiscal perante a Fazenda Pública Municipal, dentre outras exigências a
serem estabelecidas no edital respectivo.

§ 7º - O valor arrecadado decorre da necessidade de compensação da poluição da


paisagem urbana gerada pela instalação do engenho de publicidade, cumprindo
exigência decorrente do princípio do poluidor-pagador.

§ 8º - Os recursos provenientes da compensação arrecadada nos termos do § 4º deste


artigo, no que excederem o preço público correspondente ao custeio das despesas
decorrentes da realização do processo de licenciamento, serão aplicados em ações de
urbanificação mitigadoras dos impactos negativos causados pelos engenhos de
publicidade na paisagem urbana.

§ 9º - A permissão para instalação de dois engenhos publicitários numa mesma face de


quadra, prevista no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas somente ocorrerá
quando a instalação de ambos estiver prevista para terreno ou lote vago lindeiro a via de
ligação regional ou arterial, sem prejuízo das demais proibições contidas no Código de
Posturas.

§ 10 - As formas de instalação previstas nos incisos II, VI, VII e VIII do caput do art. 269
do Código de Posturas, são excludentes entre si e a utilização de qualquer uma dessas
formas de instalação somente autoriza a instalação de um único engenho publicitário por
face de quadra.

§ 11 - Na hipótese de coexistência, numa mesma face de quadra, de interessados na


obtenção de licença para as formas de instalação previstas nos §§ 9º e 10º deste artigo,
poderá ser considerado, para efeito de verificação do maior preço, o somatório das duas
maiores propostas apresentadas pelos interessados no licenciamento da forma de
instalação prevista no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas, desde que
ambas prevejam a instalação de apenas um engenho por terreno ou lote vago, a qual
será licenciada somente se o valor resultante da operação superar os valores dos lances
individuais referentes às modalidades previstas nos incisos I, na hipótese do § 12 deste
artigo, II, VI, VII e VIII do mesmo dispositivo.

§ 12 - O lance referente a requerimento de licenciamento da forma de instalação prevista


no inciso I do caput do art. 269 do Código de Posturas que inclua dois engenhos
470

publicitários em um mesmo terreno ou lote vago será considerado individualmente para


efeito da aplicação do § 11 deste artigo.

§ 13 - A licença para instalação de engenho de publicidade concedida nos termos deste


artigo terá validade de 1 (um) ano, ficando assegurada somente a primeira renovação
sem a necessidade de realização de chamamento público, nos casos em for exigido.

§ 14 - Restando, no mínimo, 30 (trinta) dias para o vencimento da licença, o Executivo


procederá a novo licenciamento do engenho publicitário, em conformidade com o
disposto neste artigo.

§ 15 - Compete às Secretarias Municipais de Administração Regional Municipal a prática


dos atos referentes ao processo de licenciamento dos engenhos de publicidade.

Art. 157 - O licenciamento para instalação de engenho de publicidade fica condicionado à


apresentação, pelo requerente, da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) do profissional devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia - CREA/MG, quando o engenho possuir dispositivo de
iluminação, animação ou estrutura própria de sustentação ou possuir área superior a
10,00 m² (dez metros quadrados) excetuando, neste último caso, o engenho de
publicidade pintado.

Art. 158 - O licenciamento de engenho de publicidade nos conjuntos urbanos tombados


deve atender às normas de tombamento e de preservação em vigor e depende de
parecer prévio favorável do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município -
CDPCM.

Art. 159 - Enquanto não realizada a remoção do engenho de publicidade irregular serão
adotadas, simultaneamente, as medidas de aplicação de multa diária e sobreposição de
tarja alusiva à irregularidade ou cobertura do engenho.

Seção IV
Do Cadastro

Art. 160 - Os responsáveis pelo licenciamento devem encaminhar ao órgão responsável


pelo Cadastro de Engenhos de Publicidade - CADEP, todas as informações sobre
engenhos submetidos a processos de licenciamento, deferidos ou indeferidos, para fins
de registro.

TÍTULO VII
DA INFRAÇÃO

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
471

Art. 161 - Constituem infração a ação ou a omissão que resultem em inobservância às


regras do Código de Posturas ou deste Decreto.

§ 1º - A aplicação das penalidades previstas neste Capítulo e no Anexo I não isenta o


infrator da obrigação de reparar as irregularidades apontadas ou o dano resultante da
infração.

§ 2º - A aplicação da penalidade demolição depende de prévia anuência do titular da


Secretaria Municipal responsável pela fiscalização, dispensável no caso de edificação
provisória.

§ 3º - Considera-se reincidência, para os fins deste Decreto, o cometimento da mesma


infração pela qual foi aplicada penalidade anterior, dentro do prazo de 24 (vinte e quatro)
meses, contados da última autuação, por prática ou persistência na mesma infração,
mesmo em local distinto ou que tenha sido emitido novo documento de licenciamento.

CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES

Art. 162 - O documento fiscal será lavrado em nome do infrator ou:


I - do espólio, do inventariante ou do herdeiro, preferencialmente o ocupante do imóvel;
II - do administrador judicial da massa falida;
III - do síndico do condomínio ou de um dos proprietários, em edificações com mais de
uma unidade sem condomínio constituído.

Parágrafo único - Para fins de fiscalização, serão consideradas responsáveis pelo


engenho de publicidade as pessoas relacionadas no art. 12, parágrafo único e seus
incisos, da Lei nº 5.641, de 22 de dezembro de 1989, independente da ordem ali inscrita.

Art. 163 - A classificação das infrações ao Código de Posturas e a definição das


penalidades e procedimentos fiscais aplicáveis estão relacionadas no Anexo I deste
Decreto.

Parágrafo único - Excluem-se do Anexo I as infrações capituladas no Regulamento de


Limpeza Urbana.

Art. 164 - Poderá ser aplicada qualquer penalidade, independentemente da ordem


prevista no Anexo I deste Decreto, nos casos de risco à população devidamente
comprovados, visando a fazer cessar o risco.

Art. 165 - A notificação prévia implica a obrigatoriedade de o infrator sanar a


irregularidade dentro do prazo fixado, podendo ser dispensada quando:
I - houver apreensão, interdição ou embargo imediatos;
II - houver obstrução de via pública;
472

III - houver exercício de atividade ou instalação de engenho não licenciado em


logradouro público;
IV - o infrator já tiver sido autuado por cometimento da mesma infração no período
compreendido nos 24 (vinte e quatro) meses imediatamente anteriores;
V - nos demais casos previstos no anexo I deste Decreto.

§ 1º - Não sanada a irregularidade dentro do prazo fixado na notificação, o infrator será


autuado, aplicando-se-lhe a penalidade correspondente à infração.

§ 2º - Descumprido o prazo determinado na notificação, poderá o órgão competente


executar a obra ou serviço nas condições estabelecidas no art. 319 do Código de
Posturas.

§ 3º - No caso de dispensa da notificação prévia, deverá ser emitida notificação


acessória, nos termos do Anexo I, com a finalidade de informar o infrator sobre o
prosseguimento da ação fiscal a que está sujeito, hipótese em que haverá aplicação
direta da penalidade correspondente à infração.

Art. 166 - Os valores das multas aplicadas por infração estão estabelecidos no Anexo I
deste Decreto.

§ 1º - A multa poderá ser aplicada juntamente com outras penalidades, nos termos do
Código de Posturas e deste Decreto.

§ 2º - Em caso de primeira e segunda reincidência, a multa será aplicada,


respectivamente, em dobro ou em triplo em relação aos valores previstos no § 1º deste
artigo.

§ 3º - A partir da segunda reincidência o valor da multa será o triplo do valor básico,


inclusive para a aplicação de multa diária.

§ 4º - A multa não paga em até 30 (trinta) dias terá o seu valor inscrito em dívida ativa.

Art. 167 - A multa diária será aplicada até que seja sanada a irregularidade, devendo o
infrator comunicar o fato, por escrito, ao órgão de fiscalização responsável pela ação
fiscal e, uma vez constatada sua veracidade, o termo final do curso diário da multa
retroagirá à data da comunicação feita.

Art. 168 - Cabe apreensão imediata de bem, simultaneamente com a aplicação de multa,
nos termos do § 1º do art. 313 do Código de Posturas e nos casos previstos no Anexo I.

§ 1º - Aquele que estiver exercendo atividade sem licença, em logradouro público, fica
sujeito à apreensão imediata dos bens utilizados no exercício da atividade, ainda que
estes estejam acondicionados em bolsas, sacolas, malas ou similares, mesmo que
apoiadas sobre o corpo.
473

§ 2º - Os veículos automotores não licenciados para o exercício de atividade em


logradouro público poderão ser rebocados ou apreendidos, mesmo quando utilizados
somente para depósito de mercadoria ou produtos.

Art. 169 - A liberação de bens removidos ou apreendidos, advindos do exercício de


atividade não licenciada em logradouro público, fica condicionada ao cumprimento do
disposto no § 2º do art. 313 do Código de Posturas, além do seguinte procedimento:
I - indicar, no pedido de liberação, o local de origem dos bens apreendidos;
II - apresentar documentação fiscal como sendo o destinatário dos bens e equipamentos
apreendidos e, ainda, comprovar a propriedade dos mesmos mediante documentos
legais;
III - assinar Termo de Compromisso, mediante documento próprio expedido pelo órgão
competente no âmbito de sua circunscrição, declarando conhecer a legislação pertinente
e se comprometendo a não exercer atividade em logradouro público sem licenciamento.

Art. 170 - O não atendimento às disposições do art. 169 deste Decreto implica a retenção
dos bens apreendidos, hipótese na qual serão adotados os seguintes procedimentos:
I - os bens perecíveis serão guardados até o prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas,
contados da apreensão e, não havendo nova manifestação com o cumprimento de todas
as exigências legais pelo interessado, serão doados a órgão ou entidade de assistência
social, caso estejam próprios para o consumo;
II - os bens não-perecíveis serão guardados até o prazo máximo de 30 (trinta), contados
da apreensão e, não havendo nova manifestação com o cumprimento de todas as
exigências deste Decreto pelo interessado, serão doados a órgão ou entidade de
assistência social ou vendidos em hasta pública.
III - os procedimentos descritos nos incisos anteriores não se aplicam aos bens oriundos
de falsificação, contrabando ou que constituam substância tóxica ou ilegal.

Art. 171 - Os bens removidos ou apreendidos, cuja destruição seja inevitável, além de
produtos considerados impróprios para doação, saúde e segurança pública serão
inutilizados ou encaminhados ao aterro sanitário, observada a legislação ambiental e
disposto no §3º do art. 313 do Código de Posturas.

Parágrafo único - O Município não se responsabiliza por eventuais danos que possam
ser causados aos bens do infrator.

Art. 172- Na impossibilidade de remoção ou apreensão do bem, será aplicada multa


diária e interdição, até que seja sanada a irregularidade.

Art. 173 - A interdição do estabelecimento ou atividade dar-se-á de imediato, sem


prejuízo da aplicação da multa cabível, quando:
I - houver risco à saúde, ao meio ambiente ou à segurança de pessoas ou bens;
II - tratar-se de atividade poluente, assim definida pela legislação ambiental;
III - tratar-se de atividade que seja ilícita ou sem possibilidade de regularização.
474

Inciso III acrescentado pelo Decreto nº 14.406, de 9/5/2011 (Art. 1º)

Art. 174 - A interdição de aparelho de transporte dar-se-á mediante a apresentação de


Laudo Técnico de Inspeção Anual ou Laudo Emergencial conclusivos, comprovando a
falta de segurança do aparelho ou nos casos previstos no Anexo I deste Decreto.

Art. 175 - No caso de descumprimento da penalidade de interdição pelo infrator, será


lavrado Boletim de Ocorrência policial, que será encaminhado à Procuradoria Geral do
Município para as providências cabíveis.

Art. 176 - Para efeito de aplicação do inciso II do § 1º do art. 318 do Código de Posturas,
entende-se por invasão consumada, a edificação em alvenaria, devidamente coberta e
acabada, que tenha instalação sanitária e ligações regulares de água, luz e esgoto.

CAPÍTULO III
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 177- O documento fiscal será lavrado em 2 (duas) vias, devidamente numeradas,
destinando-se a primeira à instrução do processo de fiscalização, a segunda ao autuado,
e conterá:
I - o nome da pessoa física, denominação da entidade notificada ou razão social e o
endereço completo, CPF, CNPJ, Inscrição Municipal ou outro dado identificador;
II - o ato ou fato constitutivo da infração, o local, a hora e a data respectivos;
III - a disposição legal transgredida;
IV - indicação do dispositivo legal que comina a penalidade a que fica sujeito a infrator;
V - o prazo para interposição de recurso;
VI - identificação do agente fiscalizador;
VII - endereço do órgão responsável pelo ato;
VIII - a assinatura do notificado ou, na sua ausência, de seu representante legal ou
preposto, e em caso de recusa, a consideração desta circunstância pelo agente
fiscalizador e a assinatura de duas testemunhas, quando possível;
IX - número do processo administrativo ou documento de origem da ação fiscal.

Art. 178 - Além das exigências citadas no artigo anterior, os documentos fiscais,
conforme a sua finalidade, deverão conter:
I - a notificação: o prazo fixado para que a irregularidade seja sanada, quando for o caso;
II - o auto de infração:
a) a imposição pecuniária;
b) o prazo para pagamento da multa;
III - o auto de apreensão:
a) a descrição da quantidade, nome e marca do produto, equipamento ou material ou
malote de apreensão com o número do lacre;
b) indicação do local de guarda;
c) prazo para retirada do material apreendido;
475

d) observação de que o Município não se responsabiliza por eventuais danos causados


durante a remoção, transporte e guarda;
IV - o auto de interdição:
a) os números dos lacres utilizados;
b) multa a que estará sujeito no caso de descumprimento da interdição;
V - o auto de embargo: a multa a que estará sujeito no caso de descumprimento do
embargo.

§ 1º - O processo administrativo de fiscalização deverá conter cópia do auto de infração.

§ 2º - Após a comunicação da autuação ao infrator o documento de autuação deverá ser


imediatamente lançado no sistema municipal de dívida ativa.

§ 3º - Interposto recurso contra a autuação, o lançamento deverá ser suspenso no


sistema de dívida ativa até o julgamento.

§ 4º - Os documentos de autuação referentes às infrações ao Regulamento de Limpeza


Urbana estão sujeitos a procedimentos próprios.

Art. 179 - O infrator será comunicado da lavratura do documento fiscal respectivo por
meio de entrega de cópia do mesmo ou por edital.

§ 1º - A entrega de cópia do documento poderá ser feita pessoalmente ao infrator ou a


seu representante legal, podendo também ser feita pelo correio, nos casos de
notificação, multa ou apreensão.

§ 2º - Se o documento for entregue pessoalmente ou pelo correio e o infrator recusar-se


a recebê-lo ou se a entrega se der por meio de preposto, a comunicação será ratificada
em diário oficial e se consumará na data da publicação.

§ 3º - No caso de não ser encontrado o infrator ou seu representante legal para receber o
respectivo documento fiscal, a comunicação será feita mediante publicação em diário
oficial, consumando-se a autuação na data da publicação.

§ 4º - Quando o documento fiscal for encaminhado pelo correio, o prazo correrá a contar
do recebimento do documento fiscal constante do Aviso de Recebimento - AR.

Art. 180 - O infrator poderá recorrer em primeira instância da notificação, multa, embargo,
interdição e apreensão, no prazo de 15 (quinze) dias contados da sua ciência ou da
publicação no diário oficial, ressalvados os casos de apreensão de mercadorias de fácil
deterioração, cujo prazo para recurso e devolução é de 24 (vinte quatro) horas.

Art. 181 - Compete à Junta de Recursos Fiscais Urbanísticos de Primeira Instância julgar
administrativamente os processos referentes à aplicação de penalidades previstas no
Código de Posturas e neste Decreto, referentes a solicitações de:
476

I - prorrogação de prazo para cumprimento de exigência constante da notificação;


II - cancelamento de exigência constante da notificação;
III - cancelamento de auto de infração, interdição, embargo, demolição e/ou apreensão.

Art. 182- A prorrogação de prazo para cumprir exigência constante em documento fiscal
poderá ser concedida uma única vez, por período de até 30 (trinta) dias, mediante
despacho fundamentado da Junta de Recursos Fiscais Urbanísticos de Primeira
Instância.

§ 1º - Quando, por motivos de complexidade de regularização do licenciamento ou


existência de prazos maiores para cumprir as exigências constantes na legislação, for
essencial a concessão de prazo maior, a prorrogação poderá ser concedida uma única
vez, por período máximo de 180 (cento e oitenta) dias, mediante despacho
fundamentado do Presidente da Junta.

§ 2º - Não será prorrogado o prazo para regularização das atividades que apresentem
risco à segurança, danos ambientais, atraiam grande fluxo de pessoas ou não sejam
regularizáveis.

§ 2º - Não será concedido ou prorrogado o prazo para regularização de estabelecimentos


onde são exercidas atividades descritas no art. 173 deste Decreto.
§ 2º com redação dada pelo Decreto nº 14.406, de 9/5/2011 (Art. 2º)

Art. 183 - Compete à Junta de Recursos Fiscais Urbanísticos Segunda Instância julgar
administrativamente, em grau de recurso, os processos referentes à aplicação de
penalidades previstas no Código de Posturas e neste Decreto, referentes a:
I - recurso voluntário contra decisões do órgão julgador de Primeira Instância;
II - recurso de ofício interposto pelo órgão julgador de Primeira Instância
III- recurso interposto pelo agente fiscalizador.

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 184- Os responsáveis pelas atividades e estabelecimentos previstos neste Decreto


devem permitir e facilitar o acesso dos agentes municipais de fiscalização devidamente
identificados.

Art. 185- A comprovação do atendimento à exigência de contratação de seguro para os


casos previstos no Código de Posturas dar-se-á mediante a apresentação de declaração
da seguradora atestando a cobertura e período contratados em relação à atividade
licenciada.

Art. 186 - Nos casos previstos no Código de Posturas ou neste Decreto em que o
Executivo executar obras ou serviços de responsabilidade de terceiros, o custo será
477

ressarcido pelo responsável acrescido da taxa de administração de 20% (vinte por


cento), sem prejuízo das sanções cabíveis.

§ 1º - O valor correspondente às despesas referidas no artigo serão ressarcidas em até


02 (duas) prestações mensais consecutivas, cobráveis a 30 (trinta) e 60 (sessenta) dias
da entrega da fatura comprovada por Aviso de Recebimento.

§ 2º - A falta de pagamento nos prazos estabelecidos no parágrafo anterior implica a


imediata cobrança judicial do valor vencido acrescido de correção monetária, juros e
demais cominações legais.

§ 3º - Para a execução dos serviços referidos neste artigo, aplicam-se os preços públicos
previstos nos Decretos nº 9.687/98 e nº 11.122/02 e alterações posteriores.

Art. 187- Fica revogado o Decreto nº 11.601, de 09 de janeiro de 2004.

Art. 188 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - Às ações fiscais e aos processos de licenciamento em curso,


independentemente da data de protocolo, aplicam-se as disposições deste Decreto e da
Lei nº 8.616/03, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.845/10.

Art. 2º - A Secretaria Municipal de Políticas Urbanas, para efeito do cumprimento do


disposto no art. 14 deste Decreto, deverá:
I - em 60 (sessenta) dias, contados da publicação deste Decreto, promover estudos,
levantamentos e avaliações sobre a situação dos passeios do Município, contendo dados
geográficos e informações específicas com vistas à sua recuperação, dando prioridade
às rotas de maior circulação de pedestres, em todas as regiões administrativas,
respeitadas as especificidades locais;
II - em 30 (trinta) dias, contados da data de conclusão dos levantamentos de que trata o
inciso I do caput deste artigo, estabelecer diretrizes para a adequação dos passeios
públicos do Município;
III - em 60 (sessenta) dias, contados da data do estabelecimento das diretrizes de que
trata o inciso II do caput deste artigo, elaborar detalhamento da proposta de recuperação
e adequação dos passeios, contendo especificações dos materiais e dos revestimentos a
serem utilizados, observadas as especificidades de cada região do Município.

§ 1º - Será publicado decreto específico contendo os parâmetros a serem adotados para


adequação e recuperação dos passeios do Município, tomando-se por base os trabalhos
desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Políticas Urbanas.
478

§ 2º - Cabe ao proprietário do imóvel lindeiro ao logradouro público a adaptação do


passeio aos padrões construtivos definidos nos termos o § 1º deste artigo, à exceção dos
passeios considerados de fluxo intenso de pedestres, que receberão tratamento especial
e manutenção pelo Executivo.

§ 3º - O decreto a que se refere o § 1º deste artigo estabelecerá prazos para a adaptação


dos passeios existentes, garantindo, nas regiões de maior vulnerabilidade social do
Município, prazos mais extensos e compatíveis com a capacidade econômica de seus
habitantes.

§ 4º - Durante o período previsto no caput deste artigo deverão ser mantidas as ações de
fiscalização de passeios públicos com o objetivo de garantir a segurança e o conforto da
população, bem como a continuidade do trânsito de pedestres entre passeios contíguos.
§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.102, de 25/8/2010 (Art. 1º)

Art. 3º - Os responsáveis por engenhos de publicidade instalados em desconformidade


com o disposto no Código de Posturas, ressalvados os com licença em vigor nos termos
do art. 88 da Lei nº 9.845/10, deverão ser notificados sobre as irregularidades cometidas,
no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de publicação deste Decreto, observado o
seguinte:
I - todos os engenhos de publicidade classificados como publicitários irregularmente
instalados deverão ser removidos por seus responsáveis no prazo máximo de 60
(sessenta) dias, contados da data de publicação deste Decreto;
I - as ações fiscais instauradas em virtude do disposto no caput deste artigo deverão ser
concluídas no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados de 7 de agosto de 2010,
com a consequente remoção dos engenhos irregulares por seus responsáveis,
observado o disposto no parágrafo único deste artigo;
Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 14.102, de 25/8/2010 (Art. 2º)
II - os engenhos de publicidade classificados como indicativos ou cooperativos
irregularmente instalados terão prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da data
de publicação deste Decreto, para serem adaptados aos parâmetros definidos pela Lei nº
8.616/03, com as alterações introduzidas pela Lei nº 9.845/10.

Parágrafo único - As notificações de que trata caput deste artigo deverão ser expedidas
nos termos do Anexo I deste Decreto, respeitando-se, pois, os prazos para retirada de
engenho nele previstos.
Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.102, de 25/8/2010 (Art.2º)

Belo Horizonte, 6 de agosto de 2010

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
479

DECRETO Nº 14.292, DE 23 DE FEVEREIRO DE 2011


Dispõe sobre a composição do Conselho Municipal do
Meio Ambiente – COMAM e sobre o processo de eleição
de seus membros.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício das atribuições que lhe confere o inciso VII do
art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando o disposto no art. 14 da Lei n°
4.253, de 4 de dezembro de 1985, e no art. 94 da Lei n° 9.011, de 1° de janeiro de 2005,
decreta:

Art. 1º - O Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM compõe-se dos seguintes


membros efetivos e respectivos suplentes:
I - o Secretário Municipal de Meio Ambiente, que o presidirá;
II - 7 (sete) representantes do Poder Público Municipal designados dentre os seguintes
órgãos e entidades:
a) Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura;
b) Secretaria Municipal de Serviços Urbanos;
c) Secretaria Municipal de Desenvolvimento;
d) Secretaria Municipal de Saúde;
e) Fundação Municipal de Cultura;
f) Fundação de Parques Municipais;
g) Câmara Municipal de Belo Horizonte.
III - 7 (sete) representantes da sociedade civil organizada, sendo:
a) 2 (dois) representantes de entidades civis criadas com finalidade específica de
defender a qualidade do meio ambiente, com atuação no âmbito do Município de Belo
Horizonte;
b) 2 (dois) representantes de entidades civis criadas com finalidade específica de
promover o desenvolvimento econômico, com atuação no âmbito do Município de Belo
Horizonte;
c) 1 (um) representante de entidade civil representativa de categorias de profissionais
liberais, com atuação no âmbito do Município de Belo Horizonte;
d) 1 (um) representante de universidade ou de unidade de ensino superior, pública ou
particular, que funcione no Município de Belo Horizonte;
e) 1 (um) representante de sindicato de trabalhadores de categorias profissionais não
liberais, com base territorial no Município de Belo Horizonte.

§ 1º - O Presidente do COMAM será substituído em suas ausências ou impedimentos


pelo Secretário Municipal Adjunto de Meio Ambiente.

§ 2º - Caberá ao Presidente do COMAM o voto de desempate.

§ 3º - Os representantes titulares dos órgãos previstos nas alíneas “d” e “f” do inciso II do
caput deste artigo poderão ter seus suplentes indicados pela Empresa de Transportes e
480

Trânsito de Belo Horizonte S/A – BHTRANS e pela Fundação Zoobotânica de Belo


Horizonte - FZB, respectivamente.
§ 3º acrescentado pelo Decreto nº 14.368, de 12/4/2011 (Art. 1º)

Art. 2º - Os membros do COMAM serão nomeados pelo chefe do Executivo, por meio de
portaria, para exercício de mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos.

Art. 3º - O exercício da função de conselheiro do COMAM, titular ou suplente, será


considerado como de interesse público relevante e não será remunerada.

Art. 4º - O processo de eleição dos membros de que trata o inciso III do artigo 1° deste
Decreto será realizado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente conforme edital
publicado no Diário Oficial do Município.

Art. 5º - Compete à Secretaria Municipal de Meio Ambiente prestar suporte técnico e


administrativo para o funcionamento do COMAM.

Art. 6º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7º - Ficam revogados os Decretos n° 12.012, de 4 de abril de 2005, e nº 13.642, de


16 de julho de 2009.

Belo Horizonte, 23 de fevereiro de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
481

DECRETO Nº 14.367, DE 12 DE ABRIL DE 2011


Regulamenta a Lei nº 9.529/08, que “Dispõe sobre a
substituição do uso de saco plástico de lixo e de sacola
plástica por saco de lixo ecológico e sacola ecológica, e
dá outras providências”.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício das atribuições que lhe confere o inciso VII do
art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando o disposto na Lei nº 9.529, de 27
de fevereiro de 2008, decreta:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Os estabelecimentos privados e os órgãos e entidades do Poder Público


situados no Município de Belo Horizonte deverão substituir o uso de saco plástico de lixo
e de sacola plástica pelo uso de saco de lixo ecológico e de sacola ecológica, nos termos
da Lei nº 9.529, de 27 de fevereiro de 2008, e deste Decreto.

Art. 2º - É vedada a utilização de saco plástico de lixo e de sacola plástica para


acondicionamento, empacotamento, armazenamento ou transporte de resíduos ou
produtos comercializados ou fornecidos, ainda que gratuitamente, em estabelecimentos
privados e órgãos ou entidades do Poder Público situados ou em funcionamento, ainda
que temporário, no território do Município.

Parágrafo único - A vedação não se aplica ao acondicionamento, empacotamento,


armazenamento ou transporte realizados por pessoa física fora dos estabelecimentos
privados ou órgãos ou entidades públicos, em caráter privado e sem intuito de lucro.

Art. 3º - Para os efeitos da Lei nº 9.529/08, e deste Decreto, entende-se por:


I - saco de lixo ecológico: o confeccionado em material biodegradável ou reciclado;
II - sacola ecológica: a confeccionada em material biodegradável ou a sacola retornável.

§ 1º - Considera-se material biodegradável aquele que apresenta degradação por


processos biológicos, sob ação de microrganismos, em condições naturais adequadas, e
que atenda aos seguintes requisitos:
I - finalização em até 180 (cento e oitenta) dias;
II - resíduos finais resultantes que não apresentem resquício de toxicidade e tampouco
sejam danosos ao meio ambiente;
III - atendimento à NBR 15448-2:2008, editada pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT.

§ 2º - Considera-se sacola retornável aquela confeccionada em material durável,


suficientemente resistente para suportar o peso médio dos produtos transportados,
482

lavável, com espessura mínima de 0,3 mm (três décimos de milímetro), e destinada à


reutilização continuada;

§ 3º - Considera-se material reciclado aquele decorrente de processo de transformação


dos resíduos sólidos que envolva a alteração de suas propriedades físicas, físico-
químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos,
observadas as condições e padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sistema
Nacional do Meio Ambiente.

Art. 4º - Deverá constar do saco de lixo ecológico e da sacola ecológica confeccionados


em material biodegradável, de forma clara e visível ao consumidor:
I - nome do fabricante, CNPJ, nome e/ou descrição do produto;
II - menção ao atendimento à NBR 15448-2:2008;
III - os termos “Biodegradável e Compostável”;
IV - informações que indiquem serem produzidas a partir de matérias-primas certificadas.
Art. 4° com redação dada pelo Decreto n° 15.153, de 25/02/2013 (Art. 1°)

CAPÍTULO II
FISCALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DE PENALIDADES

Art. 5º - Compete às Secretarias de Administração Regional Municipal a fiscalização do


cumprimento da Lei nº 9.529/08 e a aplicação das penalidades nela previstas.

Art. 6º - Os infratores da Lei 9.529/08 estarão sujeitos ao seguinte, além da obrigação de


fazer cessar a transgressão:
I – notificação;
II – multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais) e, em caso de reincidência, no valor de R$
2.000,00 (dois mil reais);
III – interdição parcial ou total da atividade, até a correção das irregularidades;
IV – cassação do Alvará de Localização e Funcionamento do estabelecimento.

§ 1º - O não atendimento à notificação para sanar a irregularidade autoriza a


Administração a aplicar, simultaneamente às penalidades dos incisos II a IV do caput
deste artigo, medida cautelar administrativa de apreensão de sacos de lixo plásticos ou
de sacolas plásticas, com base no inciso IV do art. 72 da Lei Federal nº 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998.

§ 2º - A notificação será aplicada se o infrator nunca tiver sofrido a aplicação de


penalidade por infração à Lei nº 9.529/08, sendo vedada a aplicação de mais de uma
notificação ao mesmo infrator, salvo nas seguintes hipóteses:
Número da lei retificado em 14/04/2011
I – decurso de pelo menos 3 (três) anos entre as datas das notificações;
II – alteração, posterior à primeira notificação, das normas técnicas definidoras de
biodegradabilidade, que tenha dificultado a adaptação do infrator ao disposto na Lei nº
9.529/08 e neste regulamento;
483

III – cancelamento da primeira notificação de advertência por decisão administrativa ou


judicial.

§ 3º - A multa será aplicada se o infrator não sanar a irregularidade em até 30 (trinta) dias
após a notificação.

§ 4º - A penalidade de interdição da atividade será aplicada na hipótese da multa se


revelar ineficaz para coibir o comportamento ilícito do infrator.

§ 5º - A interdição cessará se o infrator sanar as irregularidades que a motivaram.

§ 6º - A interdição da atividade antecederá a cassação de Alvará de Localização e


Funcionamento.

§ 7º - A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento será


aplicada:
I - após três meses da interdição, na hipótese de não terem sido efetivadas as
providências para regularização;
II - na hipótese de descumprimento do Auto de Interdição;
III - quando constatado que, após a cessação da interdição, o infrator voltou a praticar a
infração em um período de até dois anos.

§ 8º - Após a cassação, o infrator não poderá ter deferido novo Alvará de Localização e
Funcionamento de Atividades pelo prazo de um ano.

§ 9º - A penalidade de cassação do Alvará de Localização e Funcionamento de


Atividades não será aplicada a órgão e entidade do Poder Público, que deve ser
compelido a observar a lei por meio de ação judicial, devendo os órgãos responsáveis
pela fiscalização remeter à Procuradoria-Geral do Município requerimento de
ajuizamento de demanda judicial com este objetivo, acompanhado de justificativa da
ineficácia de penalidades administrativas aplicáveis e de todos os documentos
relacionados ao caso.

Art. 7º - Aplicam-se às infrações à Lei nº 9.529/08, no que couber, as disposições da Lei


nº 8.616, de 14 de julho de 2003, que contém o Código de Posturas do Município de Belo
Horizonte, e de seu regulamento.
Número da lei retificado em 14/04/2011

CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 8º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º - Fica revogado o Decreto nº 13.446, de 19 de dezembro de 2008.


484

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA
Capítulo IV (Art. 1º) acrescentado pelo Decreto nº 14.381, de 15/4/11 (Art. 1º)
Art. 1º - Fica permitida, pelo prazo improrrogável de 120 (cento e vinte) dias, a utilização
de saco de lixo e sacola confeccionados em material biodegradável que não atendam ao
disposto no art. 4º deste Decreto e de sacola confeccionada em material reciclado.

Belo Horizonte, 12 de abril de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
485

DECRETO Nº 14.370, DE 13 DE ABRIL DE 2011


Aprova o Estatuto da Fundação de Parques Municipais e
dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do
art. 108 da Lei Orgânica do Município, e de acordo com o disposto na Lei nº 9.011, de 1º
de janeiro de 2005, e suas alterações, em especial as promovidas pela Lei nº 10.101, de
14 de janeiro de 2011, decreta:

Art. 1º - Fica aprovado o Estatuto da Fundação de Parques Municipais, que integra o


presente Decreto em seu Anexo Único.

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Fica revogado o Decreto nº 12.307, de 03 de março de 2006.

Belo Horizonte, 13 de abril de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte

ANEXO ÚNICO
ESTATUTO DA FUNDAÇÃO DE PARQUES MUNICIPAIS

CAPÍTULO I
DA DENOMINAÇÃO, REGIME JURÍDICO, SEDE E FORO

Art. 1º - A Fundação de Parques Municipais - FPM, instituída pela Lei nº 9.011, de 1º de


janeiro de 2005, dotada de personalidade jurídica de direito público, com prazo de
duração indeterminado, sede e foro nesta Capital, é regida por este Estatuto e pela
legislação pertinente.

Parágrafo único - No texto deste Estatuto, a sigla FPM ou o vocábulo Fundação se


equivalem como denominação da entidade.

Art. 2º - A Fundação goza de autonomia administrativa e financeira, assegurada,


especialmente, por dotações orçamentárias e saldos de fim de exercício, patrimônio
próprio e renda dele decorrente, aplicação de suas receitas, assinatura de contratos e
convênios com outras instituições.

Art. 3º - A Fundação integra a Administração Pública Indireta do Município, vinculando-se


à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

CAPÍTULO II
486

DOS OBJETIVOS

Art. 4º - A Fundação tem por finalidade desenvolver atividades, programas e projetos de


conservação e desenvolvimento dos parques municipais, observadas as diretrizes da
política de meio ambiente do Município.

Art. 5º - Para cumprir sua finalidade, compete à Fundação de Parques Municipais:


I - planejar, administrar e manter os parques do Município;
II - promover atividades sistemáticas de educação ambiental, associada à proteção e à
valorização dos recursos florísticos e faunísticos;
III - promover atividades e eventos voltados para as atividades de lazer e recreação;
IV - articular-se com entidades públicas ou privadas visando o aperfeiçoamento dos
recursos técnicos e operacionais.

CAPÍTULO III
DO PATRIMÔNIO E DAS RECEITAS

Art. 6º - Constituem patrimônio da Fundação:


I - bens que adquirir;
II - legados e doações que receber.

§ 1º - Os bens e direitos da Fundação serão utilizados e aplicados exclusivamente na


consecução de sua finalidade.

§ 2º - A alienação de bens da Fundação dependerá de prévia aprovação de seu


Conselho Curador, avaliação, licitação e, no caso de bens imóveis, também de
autorização legislativa.

§ 3º - Em caso de extinção, os bens e direitos da Fundação serão incorporados ao


patrimônio do Município.

§ 4º - Cabe à Fundação gerenciar os bens móveis e imóveis relativos aos parques


municipais, cedidos com transferência de direito real de uso, por meio de instrumento
próprio.

Art. 7º - Constituem receitas da Fundação de Parques Municipais:


I - dotação orçamentária consignada anualmente no orçamento do Município;
II - renda resultante da remuneração de serviços prestados;
III - renda patrimonial, inclusive a proveniente de concessão e permissão de uso de bens
imóveis;
IV - subvenção ou auxílio de órgão ou entidade pública ou privada, nacional, estrangeira
ou internacional;
V - recurso proveniente de incentivo fiscal;
VI - contribuição e donativos em geral;
VII - empréstimos;
487

VIII - renda proveniente da aplicação financeira;


IX - outras rendas.

CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 8º - A Fundação terá a seguinte estrutura:


I - Administração Superior:
I.1 - Conselho Curador;
I.2 - Conselho Fiscal;
I.3 - Diretoria Executiva:
I.3.1 - Presidência, de 1º nível;
I.3.1.1 – Departamento Técnico, de 3º nível:
I.3.1.1.1 - Divisão de Manutenção, de 4º nível;
I.3.1.1.2 - Divisão de Planejamento, de 4º nível;
I.3.1.1.3 – Divisão de Eventos e Educação Ambiental, de 4º nível;
I.3.2 - Diretoria Administrativo-Financeira, de 2º nível:
I.3.2.1 - Divisão de Recursos Humanos, de 4º nível;
I.3.2.2 - Divisão de Execução Financeira, de 4º nível;
I.3.2.3 - Divisão de Controle de Contratos e Convênios, de 4º nível;
I.3.2.4 - Seção de Compras, de 5º nível;
I.3.2.5 - Seção de Serviços Gerais, de 5º nível;
I.3.2.6 - Seção de Almoxarifado, de 5º nível;
I.3.3 - Diretoria de Parques da Área Sul, de 2º nível:
I.3.3.1 – Departamento Sudeste, de 3º nível;
I.3.3.1.1 - Divisão de Manejo e Operações - Leste, de 4º nível;
I.3.3.1.2 - Divisão Serra do Curral, de 4º nível;
I.3.3.1.2.1 - Seção de Projetos Especiais, de 5º nível;
I.3.3.2 - Departamento Centro, de 3º nível;
I.3.3.2.1 - Divisão de Manejo e Operações - Centro, de 4º nível;
I.3.3.2.2 - Divisão do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, de 4º nível;
I.3.3.2.2.1 - Seção Operacional do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, de 5º
nível;
I.3.3.3 - Departamento Sudoeste, de 3º nível;
I.3.3.3.1 - Divisão de Manejo e Operações - Oeste, de 4º nível;
I.3.3.3.2 - Divisão de Manejo e Operações - Barreiro, de 4º nível;
I.3.3.3.3 – Seção Operacional do Parque Roberto Burle Marx, de 5º nível;
I.3.4 - Diretoria de Parques da Área Norte, de 2º nível:
I.3.4.1 – Departamento Noroeste, de 3º nível;
I.3.4.1.1 - Divisão de Manejo e Operações - Noroeste, de 4º nível;
I.3.4.1.2 - Divisão de Manejo e Operações - Pampulha, de 4º nível;
I.3.4.2 - Departamento Nordeste, de 3º nível;
I.3.4.2.1 - Divisão de Manejo e Operações - Nordeste, de 4º nível;
I.3.4.2.2 - Divisão de Manejo e Operações Norte e Venda Nova, de 4º nível.
I.3.5 - Diretoria de Necrópoles, de 2º nível;
488

Subitem I.3.5 acrescentado pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 1º)


I.3.5.1 - Divisão de Necrópoles I, de 4º nível;
Subitem I.3.5.1 acrescentado pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 1º)
I.3.5.2 - Divisão de Necrópoles II, de 4º nível.
Subitem I.3.5.2 acrescentado pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 1º)

Art. 9º - Os cargos de Chefe de Gabinete do Presidente e de Assessor, de 3º nível


hierárquico, e de Secretário, de 5º nível hierárquico, vinculam-se diretamente à
Presidência da Fundação, que irá dispor sobre sua lotação.

CAPÍTULO V
DA ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR

Seção I
Do Conselho Curador

Art. 10 - O Conselho Curador, unidade colegiada de direção superior da FPM, é


composto de 11 (onze) membros e respectivos suplentes indicados e nomeados pelo
Prefeito de Belo Horizonte, de notório conhecimento na área ambiental, de pesquisa ou
destacada atuação em atividades relacionadas com as finalidades da Fundação.

Parágrafo único - É de livre escolha do Prefeito o Presidente do Conselho Curador e seu


substituto em faltas ou impedimentos.

Art. 11 - O mandato dos membros do Conselho Curador será de 02 (dois) anos,


permitida a recondução.

Art. 12 - Compete ao Conselho Curador da Fundação de Parques Municipais:


I - zelar pela Fundação de Parques Municipais, seu patrimônio e cumprimento de seus
objetivos;
II - aprovar os planos anuais e plurianuais de trabalho da Fundação, inclusive as
propostas orçamentárias, apresentadas pela Diretoria Executiva;
III - aprovar o relatório anual das atividades, a prestação de contas e o balanço geral;
IV - aprovar o Estatuto da Fundação;
V - aprovar as propostas de alienação ou oneração de bens patrimoniais, bem como
doações com encargo;
VI - deliberar sobre a contratação de empréstimos e financiamentos;
VII - opinar sobre alterações do plano de cargos e salários do pessoal;
VIII - encaminhar representação ao Prefeito sobre eventuais irregularidades constatadas
no funcionamento da Fundação, indicando as medidas corretivas necessárias;
IX - propor, em conjunto com a Diretoria Executiva, alterações deste Estatuto e submetê-
las à aprovação do Prefeito;
X - elaborar e aprovar seu Regimento Interno e outros atos normativos.
489

Art. 13 - O Conselho Curador reunir-se-á, ordinariamente, a cada 03 (três) meses e,


extraordinariamente, para tratar de matéria constante de convocação feita pelo seu
Presidente, por iniciativa própria ou por solicitação de 1/3 (um terço) dos membros ou do
Presidente da FPM.

§ 1º - As reuniões do Conselho realizar-se-ão com a presença da maioria absoluta dos


membros, sendo consideradas aprovadas as matérias que obtiverem maioria dos votos,
cabendo ao Presidente, além do voto pessoal, o de desempate.

§ 2º - O Presidente da Fundação terá direito a voz e assento nas reuniões do Conselho


Curador.

Seção II
Do Conselho Fiscal

Art. 14 - O Conselho Fiscal, unidade colegiada de fiscalização e controle, será composto


por 03 (três) membros efetivos e respectivos suplentes, de livre escolha do Prefeito, para
mandato de 02 (dois) anos, permitida a recondução.

Parágrafo único - O Conselho Fiscal será presidido por um de seus membros, eleito por
seus pares.

Art. 15 - Compete ao Conselho Fiscal:


I - apreciar os balancetes, relatórios e respectivos demonstrativos em seus aspectos
contábeis e financeiros;
II - enviar pareceres fundamentados e as atas de suas reuniões, assinadas pelos 03
(três) membros, ao Conselho Curador;
III - emitir parecer sobre as contas e os aspectos patrimoniais e econômico-financeiros
do relatório anual;
IV - apresentar parecer sobre aspectos contábeis e questões econômico-financeiras da
Fundação, quando solicitado pelo Conselho Curador ou pelo Presidente da FPM;
V - comunicar ao Conselho Curador qualquer irregularidade que verificar nas contas e na
gestão financeira da FPM, sugerindo as medidas necessárias à correção;
VI - elaborar e aprovar seu Regimento Interno.

Art. 16 - O Conselho Fiscal reunir-se-á com a totalidade de seus membros,


ordinariamente, 04 (quatro) vezes ao ano, para exame das contas da Fundação e,
extraordinariamente, quando convocado por seu Presidente, pelo Presidente da FPM ou
pelo Presidente do Conselho Curador.

Parágrafo único - Para o cabal e fiel cumprimento de suas competências, o Conselho


Fiscal poderá requisitar e examinar, em qualquer tempo, a escrituração e os documentos
relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da FPM, bem
como realizar as diligências que julgar necessárias.
490

Seção III
Da Diretoria Executiva

Art. 17 - A Diretoria Executiva da FPM é composta por um Presidente, nomeado pelo


Prefeito, a partir de lista tríplice elaborada pelo Conselho Curador, e por 03 (três)
Diretores, correspondentes às Diretorias da Administração Superior, nomeados pelo
Prefeito.

Art. 18 - Compete à Diretoria Executiva:


I - planejar a política de parques do Município;
II - elaborar o plano de trabalho, as propostas orçamentárias anual e plurianual;
III - elaborar o Regimento Interno da FPM;
IV - propor alterações no plano de cargos e salários do pessoal da Fundação;
V - elaborar o relatório anual de atividades da Fundação.

Subseção I
Da Presidência

Art. 19 - Compete ao Presidente:


I - representar a Fundação, ativa e passivamente, em Juízo ou fora dele;
II - administrar a Fundação, praticando os atos necessários à supervisão dos serviços e
administração patrimonial;
III - cumprir e fazer cumprir as normas estatutárias, as deliberações do Conselho Curador
e a legislação pertinente à Fundação;
IV - convocar e presidir as reuniões da Diretoria Executiva;
V - assinar, juntamente com o Diretor Administrativo-Financeiro, a movimentação de
recursos financeiros da FPM;
VI - assinar contratos, convênios, acordos e outros ajustes em nome da Fundação;
VII - praticar todos os atos relativos a recursos humanos;
VIII - apresentar ao Conselho Curador:
a) plano de trabalho e respectiva proposta orçamentária para o exercício seguinte;
b) relatório de atividades, prestação de contas e balanço geral, relativos ao exercício
anterior;
IX - praticar os demais atos necessários à consecução das finalidades da Fundação.

Art. 20 - O Presidente indicará um dos Diretores para substituí-lo em suas faltas ou


impedimentos legais.

Art. 21 - No caso de vacância do cargo, a Presidência da Fundação será exercida,


interinamente, pelo Presidente do Conselho Curador, que realizará, no prazo de 10 (dez)
dias úteis, a convocação daquele colegiado para promover novas indicações em lista
tríplice, nos termos do art. 17 deste Estatuto.

Art. 22 - Integra a Presidência o Departamento Técnico, de 3º nível, ao qual compete:


491

I - coordenar e avaliar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas relativos ao


aprimoramento das áreas administradas pela FPM, em conformidade com a Política
Municipal de Meio Ambiente;
II - coordenar os planos de manejo e utilização dos parques do Município;
III - desenvolver a metodologia e planejamento de expansão do Programa Centro de
Vivência Agroecológica – CEVAE;
IV - coordenar e supervisionar a execução de obras e serviços de aprimoramento e
manutenção dos parques e das unidades do Programa CEVAE do Município;
V - prestar suporte técnico ao Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM, nas
questões concernentes à sua área de atuação;
VI – promover, coordenar e supervisionar a captação de recursos financeiros ou
materiais destinados aos programas e eventos desenvolvidos pela FPM;
VII - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa
privada, instituições de ensino, organizações não governamentais e outras entidades,
visando a consecução de parcerias para o aprimoramento dos programas da FPM;
VIII – dar suporte às Diretorias de Parques das Áreas Sul e Norte na execução das
atividades de manutenção e manejo das áreas administradas pela FPM;
IX - coordenar e avaliar, em consonância com a Política Municipal de Educação
Ambiental, e junto às comunidades locais, os projetos e ações de Educação Ambiental
da FPM;
X - apresentar, periodicamente, ao Presidente da Fundação, relatório sobre o andamento
das atividades.

Art. 23 - Integram o Departamento Técnico as seguintes Divisões, de 4º nível:


I - Divisão de Manutenção;
II - Divisão de Planejamento;
III - Divisão de Eventos e Educação Ambiental.

Art. 24 - Compete à Divisão de Manutenção:


I - planejar as ações de manutenção das áreas administradas pela FPM;
II - planejar os serviços de podas, supressões, secções de raízes e jardinagem das áreas
administradas pela FPM;
III - gerenciar e promover a execução direta ou indireta de serviços e obras afeitos às
áreas administradas pela FPM;
IV - gerenciar e promover a execução direta ou indireta dos serviços de podas,
supressões, secções de raízes e jardinagem das áreas administradas pela FPM;
V - apoiar as Diretorias de Parques das Áreas Sul e Norte na execução das atividades,
serviços e obras de manutenção e manejo dos parques;
VI - promover a criação de instrumentos de controle e planejamento visando o
aperfeiçoamento das intervenções;
VII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 25 - Compete à Divisão de Planejamento:


492

I - elaborar e acompanhar pesquisas, estudos, projetos, planos e programas relativos ao


aprimoramento das áreas administradas pela FPM, em conformidade com a Política
Municipal de Meio Ambiente, monitorando o seu cumprimento;
II - definir as diretrizes de manejo dos parques e monitorar o cumprimento dessas;
III - elaborar e acompanhar os planos de manejo e utilização dos parques do Município;
IV - elaborar projetos, para obtenção de benefícios e captação de recursos financeiros
externos destinados aos programas desenvolvidos pela FPM, e acompanhar sua
execução;
V - avaliar e acompanhar os trabalhos de pesquisas científicas propostos por
pesquisadores de universidades e outras instituições de ensino;
VI - elaborar e desenvolver projetos de pesquisa nas unidades da Fundação, em
conjunto com universidades e outras instituições de ensino;
VII - promover, junto às unidades do CEVAE, a criação de programas e projetos
especiais de meio ambiente, possibilitando a geração de renda, a valorização de
parcerias, a auto-sustentabilidade, a difusão de tecnologias agroecológicas socialmente
apropriadas, a mobilização social e um especial aprimoramento ambiental;
VIII - coordenar a manutenção de informações georreferenciadas no tocante à formação
de banco de dados interno, em colaboração com os demais órgãos e entidades do
Executivo;
IX - subsidiar a Divisão de Manutenção no planejamento de ações e intervenções;
X - elaborar os regulamentos de uso das áreas administradas pela FPM;
XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 26 - Compete à Divisão de Eventos e Educação Ambiental:


I - planejar e coordenar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas
sociais das áreas administradas pela FPM, isoladamente ou em conjunto com outras
entidades ou colaboradores;
II - promover a interação entre os setores da Administração Pública e da iniciativa
privada envolvidos nas atividades a serem realizadas;
III - manter contatos com empresas e entidades culturais e esportivas, objetivando a
elaboração do calendário de eventos das áreas administradas pela FPM;
IV - promover cursos, seminários e outros eventos;
V - elaborar e coordenar, junto às comunidades locais, ações de educação ambiental, em
especial as relacionadas à valorização, preservação e conservação das áreas
administradas pela FPM;
VI - elaborar, subsidiar, implantar e coordenar estudos, projetos, planos e programas
relativos à execução da Política de Meio Ambiente do Município quanto à educação
ambiental;
VII - elaborar material educativo envolvendo aspectos ambientais das áreas
administradas pela FPM, de modo a orientar escolas e visitantes;
VIII - capacitar, aperfeiçoar e estimular a formação de educadores e agentes ambientais,
para o desenvolvimento, em âmbito local, de atividades relativas à educação ambiental;
IX - promover a divulgação de programas e projetos, em colaboração com a Assessoria
Especial da FPM;
X - participar da organização de cursos e treinamentos em sua área de atuação;
493

XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção II
Da Diretoria Administrativo-Financeira

Art. 27 - Compete à Diretoria Administrativo-Financeira:


I - coordenar, executar e controlar atividades de administração, treinamento e
desenvolvimento de recursos humanos;
II - coordenar, executar e controlar atividades de administração de materiais e
patrimônio;
III - participar da elaboração da proposta de orçamento da FPM;
IV - controlar a regularidade e a legalidade na realização da receita e da despesa da
FPM;
V - exercer a fiscalização e o controle dos atos praticados pelas demais unidades
administrativas e financeiras da FPM;
VI - coordenar o processo de liberação de recursos e suplementação orçamentária da
FPM, adequando a programação à disponibilidade orçamentária e financeira;
VII - manter atualizada a escrituração do movimento econômico-financeiro da FPM;
VIII - elaborar o balanço anual da FPM;
IX - coordenar os processos de contratos e convênios, acompanhando os repasses e as
prestações de contas;
X - coordenar os processos de contratos e convênios, acompanhando os repasses e as
prestações de contas;
XI - coordenar, executar e controlar atividades de transporte, conservação,
comunicações, arquivo e demais serviços auxiliares;
XII - elaborar relatórios demonstrativos para suporte e análise do Conselho Fiscal;
XIII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 28 - Integram a Diretoria Administrativo-Financeira as seguintes Divisões e Seções:


I - Divisão de Recursos Humanos, de 4º nível;
II - Divisão de Execução Financeira, de 4º nível;
III - Divisão de Controle de Contratos e Convênios, de 4º nível;
IV – Seção de Compras, de 5º nível;
V – Seção de Serviços Gerais, de 5º nível;
VI – Seção de Almoxarifado, de 5º nível.

Art. 29 - Compete à Divisão de Recursos Humanos:


I - coordenar, executar e controlar atividades de treinamento e capacitação de pessoal;
II - coordenar, executar e controlar atividades de administração de pessoal, incluindo
registro de recursos humanos, definição de escalas de trabalho, férias, controle de
freqüência de servidores e de estagiários da FPM, distribuição de vales-transporte,
contracheques e vales-refeição;
III - processar, controlar e gerar informações inerentes ao pagamento de pessoal da
FPM;
494

IV - promover o constante aprimoramento e sistematização dos registros e controles


pertinentes à sua área de atuação;
V - zelar pela correta aplicação da legislação de pessoal;
VI - promover e acompanhar a execução de processos seletivos necessários ao
provimento de cargos e funções do quadro de pessoal da FPM;
VII - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área;
VIII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.
Art. 30 - Compete à Divisão de Execução Financeira:
I - coordenar, executar e controlar atividades de planejamento e controle orçamentário e
financeiro;
II - coordenar, executar e controlar atividades de emissão de empenhos, notas de
anulação e transferências financeiras;
III - coordenar, executar e controlar atividades de prestação de contas, balanços,
balancetes, demonstrações contábeis, orçamentárias e patrimoniais;
IV - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área;
V - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 31 - Compete à Divisão de Controle de Contratos e Convênios:


I - acompanhar a execução físico-financeira de todos os contratos, convênios e ajustes,
controlando suas medições e seus vencimentos e propondo alterações, adequações e
aditivos;
II - instruir, encaminhar, receber e arquivar a documentação dos processos
administrativos, contratos, convênios e demais ajustes firmados pela FPM, bem como de
garantias contratuais, regulamentos, editais de licitação, dentre outros;
III - coordenar, executar e controlar, em todas as suas fases, as atividades relacionadas
aos processos licitatórios, submetendo-as à apreciação da Assessoria Jurídica;
IV - acompanhar os trabalhos da comissão permanente de licitação da FPM;
V - assessorar as unidades da FPM na viabilização e no acompanhamento dos
contratos, convênios e ajustes;
VI - elaborar e emitir relatórios periódicos de acompanhamento dos contratos, convênios
e demais ajustes firmados pela FPM;
VII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 32 - Compete à Seção de Compras:


I - coordenar, executar e controlar atividades de aquisição de serviços, materiais, bens e
equipamentos, necessários à consecução dos objetivos da FPM;
II - implantar e manter banco de preços e materiais adquiridos pela FPM;
III - promover as negociações técnicas e comerciais pertinentes aos processos de
compras de bens e serviços, em conformidade com a previsão orçamentária;
IV - orientar as unidades da FPM quanto ao processo para a aquisição de materiais,
bens e equipamentos;
V - organizar o calendário de compras;
VI - controlar o recebimento de materiais, verificando os prazos de entrega e a sua
qualidade, conforme as especificações técnicas;
VII - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área;
495

VIII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 33 - Compete à Seção de Serviços Gerais:


I - gerenciar e coordenar o patrimônio vinculado à FPM, zelando por sua manutenção,
reforma, ampliação e adequação;
II - administrar e controlar o patrimônio mobiliário da FPM e realizar seu inventário anual;
III - gerenciar a movimentação de equipamentos e mobiliário entre as unidades da FPM;
IV - coordenar e controlar a utilização dos veículos a disposição da FPM;
V - coordenar os serviços de reprografia e de telefonia da FPM;
VI - supervisionar os serviços de zeladoria, vigilância, limpeza, copa e manutenção de
seus equipamentos;
VII - receber, registrar, autuar e distribuir processos administrativos, documentos e
correspondências;
VIII - determinar providências para apuração de desvios de materiais e de bens
patrimoniais;
IX - promover a “baixa” de bens alienados e dos que forem considerados inservíveis,
mediante autorização superior;
X - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 34 - Compete à Seção de Almoxarifado:


I - coordenar, executar e controlar, por meio de escrituração, a entrada e saída de
materiais e suprimentos no almoxarifado;
II - promover o levantamento das demandas, organizar e propor a programação de
compras e a formação dos estoques reguladores;
III - realizar a previsão de estoque, por meio de controle de consumo de material, por
espécie e por unidades da FPM;
IV - controlar o estoque de material da FPM e conservá-lo em perfeitas condições de
armazenamento, conservação, classificação e registro;
V - proceder ao abastecimento das diversas unidades da FPM de materiais requisitados
para os diferentes serviços;
VI - apresentar relatórios sobre assuntos referentes à sua área;
VII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção III
Da Diretoria de Parques da Área Sul

Art. 35 - Compete à Diretoria de Parques da Área Sul:


I - administrar os parques e as unidades do Programa Centro de Vivência Agroecológica
– CEVAE - da Área Sul, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do
patrimônio relativos a estes, englobando a coordenação, a administração e o controle
das respectivas atividades de manejo, manutenção, preservação e segurança, conforme
planejamento e diretrizes fixadas pelo Departamento Técnico;
II - administrar, promover, supervisionar e controlar atividades, eventos, esportes, lazer e
programas sociais inerentes às finalidades dos parques e CEVAEs da Área Sul,
conforme planejamento e diretrizes da Divisão de Eventos e Educação Ambiental;
496

III - coibir degradações, invasões, captura e tráfico de animais e de outros tipos de ações
clandestinas nos parques e CEVAEs da Área Sul;
IV- promover as articulações necessárias com as comunidades, outros órgãos e
entidades envolvidas nos programas dos parques e CEVAEs da Área Sul;
V - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa privada,
instituições de ensino, organizações não governamentais e outras entidades, visando a
consecução de parcerias para o aprimoramento dos programas dos parques e CEVAEs
da Área Sul, em colaboração com o Departamento Técnico;
VI - fomentar e orientar a criação de Comissões Consultivas compostas por
representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos
com as atividades desenvolvidas nos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade;
VII - implantar as pesquisas, projetos, planos e programas relativos à execução da
Política de Meio Ambiente do Município, no tocante ao manejo das unidades da FPM, em
colaboração com a Divisão de Planejamento;
VIII - cumprir e fazer cumprir os regulamentos das áreas sob sua administração;
IX - apresentar relatórios periódicos ao Presidente da Fundação sobre o andamento de
suas atividades.

Art. 36 - Integram a Diretoria de Parques da Área Sul os seguintes Departamentos, de 2º


nível:
I - Departamento Sudeste;
II - Departamento Centro;
III - Departamento Sudoeste.

Art. 37 - Compete ao Departamento Sudeste:


I - administrar os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos
necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Municipal das Mangabeiras;
b) Parque das Nações;
c) Parque Fort Lauderdale;
d) Parque Julien Rien;
e) Parque Linear do Vale do Arrudas;
f) Parque Marcus Pereira de Melo;
g) Parque Mata das Borboletas;
h) Parque Municipal Juscelino Kubitschek;
i) Parque da Serra do Curral;
j) CEVAE Taquaril.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos
parques e CEVAEs sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento;
III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e
enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob
sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento;
497

IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte,


educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e CEVAEs sob sua
responsabilidade;
VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das
comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades
desenvolvidas nos parques e CEVAEs;
VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção;
VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob
sua responsabilidade;
IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção;
X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua
responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de
Planejamento;
XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 38 - Integram o Departamento Sudeste as seguintes Divisões, de 4º nível:


I - Divisão de Manejo e Operações - Leste;
II - Divisão Serra do Curral.

Art. 39 - Compete à Divisão de Manejo e Operações- Leste:


I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários
à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a esses, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque das Nações;
b) Parque Julien Rien;
c) Parque Linear do Vale do Arrudas;
d) Parque Marcus Pereira de Melo;
e) Parque Mata das Borboletas;
f) Parque Municipal Juscelino Kubitschek;
g) CEVAE Taquaril.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua
responsabilidade e fomentar seu caráter participativo;
498

VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua


responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua
responsabilidade;
XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 40 - Compete à Divisão Serra do Curral:


I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão
dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e aquelas que
vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Municipal das Mangabeiras;
b) Parque Fort Lauderdale;
c) Parque da Serra do Curral;
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua
responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
499

VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,


máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua
responsabilidade;
XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 41 - Integra a Divisão Serra do Curral a Seção de Projetos Especiais, de 5º nível, à


qual compete:
I - coordenar e acompanhar os programas sociais desenvolvidos com as comunidades
do entorno do Parque Municipal das Mangabeiras;
II - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa privada,
instituições de ensino, organizações não governamentais visando a consecução de
parcerias para o aprimoramento dos programas;
III - planejar e executar ações de mobilização social necessárias à consecução de seus
objetivos;
IV - fornecer à Divisão Serra do Curral, dados e subsídios necessários à elaboração de
relatórios e pareceres;
V - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 42 - Compete ao Departamento Centro:


I - administrar os parques e áreas sob sua responsabilidade, praticando os atos
necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Municipal Américo Renné Giannetti;
b) Parque Olinto Marinho Couto;
c) Parque Paulo Berutti;
d) Parque Mosteiro Tom Jobim;
500

e) Parque Professor Amilcar Vianna Martins;


f) Parque Rosinha Cadar;
g) Parque Ecológico Santo Antônio;
h) Parque Jornalista Eduardo Couri (Barragem Santa Lúcia);
i) Área das nascentes da Barragem Santa Lúcia;
j) Área do vertedouro da Barragem Santa Lúcia;
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos
parques e áreas sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento;
III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e
enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob
sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte,
educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e áreas sob sua
responsabilidade;
VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das
comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades
desenvolvidas nos parques;
VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção;
VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob
sua responsabilidade;
IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção;
X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua
responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de
Planejamento;
XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 43 - Integram o Departamento Centro as seguintes Divisões, de 4º nível:


I - Divisão de Manejo e Operações - Centro;
II – Divisão do Parque Municipal Américo Renné Giannetti.

Art. 44 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Centro:


I - gerir os parques e áreas sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à
gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades
e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Olinto Marinho Couto;
b) Parque Paulo Berutti;
c) Parque Mosteiro Tom Jobim;
d) Parque Professor Amilcar Vianna Martins;
e) Parque Rosinha Cadar;
501

f) Parque Ecológico Santo Antônio;


g) Parque Jornalista Eduardo Couri (Barragem Santa Lúcia);
h) Área das nascentes da Barragem Santa Lúcia;
i) Área do vertedouro da Barragem Santa Lúcia;
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua
responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua
responsabilidade;
XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques e áreas sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de
Eventos e Educação Ambiental;
XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 45 - Compete à Divisão do Parque Municipal Américo Renné Giannetti:


I - gerir o Parque, praticando os atos necessários à gestão dos seus serviços e do seu
patrimônio;
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso do Parque,
elaborado pela Divisão de Planejamento;
502

III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da


vegetação, restauração de jardins e conservação do Parque, conforme orientação da
Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções no Parque, em colaboração com a
Divisão de Manutenção;
V - responsabilizar-se pela preservação do Parque, mantendo-o em condições de
funcionamento, segurança, higiene e limpeza;
VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança no Parque;
VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados no Parque
e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de Planejamento;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada no Parque;
X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos do Parque;
XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização do Parque, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
do Parque, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental;
XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 46 - Integra a Divisão do Parque Américo Renné Giannetti a Seção Operacional do


Parque Américo Renné Giannetti, de 5º nível, à qual compete:
I - cumprir e fazer cumprir o regulamento de uso do Parque, elaborado pela Divisão de
Planejamento;
II - executar as atividades pertinentes ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação do Parque, conforme orientação da
Divisão de Planejamento;
III - administrar e controlar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas
sociais do Parque, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental;
IV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio do Parque, mantendo-o em
condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza;
VI - controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas,
serviços gerais e segurança no Parque;
VII - controlar e supervisionar a entrada de público, servidores e funcionários;
VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada no Parque;
503

X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório


estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 47 - Compete ao Departamento Sudoeste:


I - administrar os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos
necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
I.1. Na Regional Oeste:
a) Parque do Conjunto Estrela Dalva;
b) Parque Jacques Cousteau;
c) Parque Aggeo Pio Sobrinho;
d) Parque Halley Alves Bessa;
e) Parque Bandeirante Silva Ortiz;
f) Parque da Vila Pantanal;
g) Parque Ecológico Nova Granada;
h) Parque da Vila Santa Sofia;
i) CEVAE Morro das Pedras;
j) CEVAE Coqueiros.
I.2. Na Regional Barreiro:
a) Parque Roberto Burle Marx;
b) Parque Ecológico Padre Alfredo Sabetta;
c) Parque Carlos de Faria Tavares;
d) Parque Municipal do Tirol.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos
parques e CEVAEs sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento;
III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e
enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob
sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte,
educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e CEVAEs sob sua
responsabilidade;
VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das
comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades
desenvolvidas nos parques e CEVAEs;
VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção;
VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob
sua responsabilidade;
IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção;
X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
504

XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua


responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de
Planejamento;
XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 48 - Integram o Departamento Sudoeste as seguintes Divisões e Seção:


I - Divisão de Manejo e Operações - Oeste, de 4º nível;
II - Divisão de Manejo e Operações - Barreiro, de 4º nível;
III - Seção Operacional do Parque Roberto Burle Marx, de 5º nível;

Art. 49 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Oeste:


I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários
à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque do Conjunto Estrela Dalva;
b) Parque Jacques Cousteau;
c) Parque Aggeo Pio Sobrinho;
d) Parque Halley Alves Bessa;
e) Parque Bandeirante Silva Ortiz;
f) Parque da Vila Pantanal;
g) Parque Ecológico Nova Granada;
h) Parque da Vila Santa Sofia;
i) CEVAE Morro das Pedras;
j) CEVAE Coqueiros.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua
responsabilidade e fomentar seu caráter participativo;
VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua
responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
505

XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua


responsabilidade;
XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 50 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Barreiro:


I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão
dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e
aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Roberto Burle Marx;
b) Parque Ecológico Padre Alfredo Sabetta;
c) Parque Carlos de Faria Tavares;
d) Parque Municipal do Tirol.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua
responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua
responsabilidade;
506

XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme


orientação da Divisão de Planejamento;
XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 51 - Compete à Seção Operacional do Parque Roberto Burle Marx:


I - cumprir e fazer cumprir o regulamento de uso do Parque, elaborado pela Divisão de
Planejamento;
II - executar as atividades pertinentes ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação do Parque, conforme orientação da
Divisão de Planejamento;
III - administrar e controlar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas
sociais do Parque, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação Ambiental;
IV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio do Parque, mantendo-o em
condições de funcionamento, segurança, higiene e limpeza;
VI - controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos, máquinas,
serviços gerais e segurança no Parque;
VII - controlar e supervisionar a entrada de público, servidores e funcionários;
VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada no Parque;
X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção IV
Da Diretoria de Parques da Área Norte

Art. 52 - Compete à Diretoria de Parques da Área Norte:


I - administrar os parques e as unidades do Programa Centro de Vivência Agroecológica
– CEVAE da Área Norte, praticando os atos necessários à gestão dos serviços e do
patrimônio relativos a estes, englobando a coordenação, a administração e o controle
das respectivas atividades de manejo, manutenção, preservação e segurança, conforme
planejamento e diretrizes do Departamento Técnico;
507

II - administrar, promover, supervisionar e controlar atividades, eventos, esportes, lazer e


programas sociais inerentes às finalidades dos parques e CEVAEs da Área Norte,
conforme planejamento e diretrizes da Divisão de Eventos e Educação Ambiental;
III - coibir degradações, invasões, captura e tráfico de animais e de outros tipos de ações
clandestinas nos parques e CEVAEs da Área Norte;
IV- promover as articulações necessárias com as comunidades, outros órgãos e
entidades envolvidas nos programas dos parques e CEVAEs da Área Norte, visando ao
bom desempenho de seus objetivos;
V - manter intercâmbio com organismos da Administração Pública e da iniciativa privada,
instituições de ensino, organizações não governamentais e outras entidades, visando a
consecução de parcerias para o aprimoramento dos programas dos parques e CEVAEs
da Área Norte, em colaboração com o Departamento Técnico;
VI - fomentar e orientar a criação de Comissões Consultivas compostas por
representantes das comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos
com as atividades desenvolvidas nos parques e CEVAEs sob sua responsabilidade;
VII - implantar as pesquisas, projetos, planos e programas relativos à execução da
Política de Meio Ambiente do Município, no tocante ao manejo das unidades da FPM, em
colaboração com a Divisão de Planejamento;
VIII - cumprir e fazer cumprir os regulamentos das áreas sob sua administração;
IX - apresentar, periodicamente, ao Presidente da Fundação, relatório sobre o
andamento das atividades.

Art. 53 - Integram a Diretoria de Parques da Área Norte os seguintes Departamentos, de


3º nível:
I - Departamento Noroeste;
II - Departamento Nordeste.

Art. 54 - Compete ao Departamento Noroeste:


I - administrar os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à
gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes unidades e
aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
I.1 - Regional Noroeste:
a) Parque Ecológico Maria do Socorro Moreira;
b) Parque Ecológico e de Lazer do Bairro Caiçara;
c) Parque Ecológico Vencesli Firmino da Silva;
d) Parque Ecológico Pedro Machado;
e) Parque Jardim Montanhês.
I.2 - Regional Pampulha:
a) Parque Dona Clara;
b) Parque Municipal Ursulina de Andrade Mello;
c) Parque Cássia Eller;
d) Parque do Confisco;
e) Parque Elias Michel Farah;
f) Parque Ecológico e Cultural Enseada das Garças;
g) Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado;
508

h) Parque Fernando Sabino;


i) Parque Ecológico do Brejinho.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos
parques sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento;
III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e
enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob
sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte,
educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques sob sua responsabilidade;
VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das
comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades
desenvolvidas nos parques;
VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção;
VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob
sua responsabilidade;
IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção;
X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua
responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de
Planejamento;
XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 55 - Integram o Departamento Noroeste as seguintes Divisões, de 4º nível:


I - Divisão de Manejo e Operações - Noroeste;
II - Divisão de Manejo e Operações - Pampulha.

Art. 56 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Noroeste:


I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão
dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e
aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Ecológico Maria do Socorro Moreira;
b) Parque Ecológico e de Lazer do Bairro Caiçara;
c) Parque Ecológico Vencesli Firmino da Silva;
d) Parque Ecológico Pedro Machado;
e) Parque Jardim Montanhês.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
509

IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em


colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua
responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua
responsabilidade;
XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 57 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Pampulha:


I - gerir os parques sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários à gestão
dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes unidades e
aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Dona Clara;
b) Parque Municipal Ursulina de Andrade Mello;
c) Parque Cassia Eller;
d) Parque do Confisco;
e) Parque Elias Michel Farah;
f) Parque Ecológico e Cultural Enseada das Garças;
g) Parque Fazenda Lagoa do Nado;
h) Parque Fernando Sabino;
i) Parque Ecológico do Brejinho.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
510

III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da


vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua
responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VI - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
VIII - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
IX - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
X - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua
responsabilidade;
XI - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIII - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XIV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVI - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 58 - Compete ao Departamento Nordeste:


I - administrar os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos
necessários à gestão dos seus serviços e do seu patrimônio, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
I.1 - Regional Nordeste:
a) Parque Professor Guilherme Lage;
b) Parque Escola Jardim Belmonte;
c) Parque Fernão Dias (Parque do Sol);
d) Parque Ecológico e Cultural Professor Marcos Mazzoni;
e) Parque Municipal Ismael de Oliveira Fábregas;
f) Parque da Matinha;
g) Parque Orlando de Carvalho Silveira;
h) Parque Ecológico Renato Azeredo;
511

i) Parque Linear Av. José Cândido da Silveira;


j) Parque Ecológico e Cultural Vitória;
k) Parque Goiânia;
l) Parque Hugo Furquim Werneck;
m) Parque Fernão Dias;
n) CEVAE Capitão Eduardo.
I.2 - Regional Norte:
a) Parque do Bairro Planalto;
b) Parque Nossa Senhora da Piedade;
c) Parque Primeiro de Maio;
d) Parque Vila Clóris;
e) Parque Ecológico e Cultural Jardim das Nascentes (Parque Madri).
I.3 - Regional Venda Nova:
a) Parque Alexander Brant;
b) Parque José Dazinho Pimenta (Parque Cenáculo);
c) Parque José Lopes dos Reis (Parque Baleares);
d) Parque do Bairro Jardim Leblon;
e) Parque do Conjunto Habitacional da Lagoa;
f) Parque Serra Verde;
g) Parque Ecológico Telê Santana;
h) CEVAE Serra Verde.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento dos regulamentos de uso dos
parques e CEVAEs sob sua responsabilidade elaborados pela Divisão de Planejamento;
III - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao manejo, revitalização e
enriquecimento da vegetação, restauração de jardins e conservação dos parques sob
sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - cumprir e fazer cumprir os projetos relacionados ao lazer, turismo, cultura, esporte,
educação ambiental, entre outros, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
V - organizar e manter atualizado o cadastro dos parques e CEVAEs sob sua
responsabilidade;
VI - fomentar a atuação de Comissões Consultivas compostas por representantes das
comunidades e dos setores da Administração Pública envolvidos com as atividades
desenvolvidas nos parques e CEVAEs;
VII - acompanhar a execução do programa de intervenções nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme as orientações da Divisão de Manutenção;
VIII - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob
sua responsabilidade;
IX - fiscalizar a execução dos serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Manutenção;
X - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
XI - acompanhar os projetos de pesquisa científica nos parques sob sua
responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à Divisão de
Planejamento;
512

XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório


estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 59 - Integram o Departamento Nordeste as seguintes Divisões, de 4º nível:


I - Divisão de Manejo e Operações - Nordeste;
II - Divisão de Manejo e Operações - Norte e Venda Nova.

Art. 60 - Compete à Divisão de Manejo e Operações - Nordeste:


I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários
à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a esses, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
a) Parque Professor Guilherme Lage;
b) Parque Escola Jardim Belmonte;
c) Parque Fernão Dias (Parque do Sol);
d) Parque Ecológico e Cultural Professor Marcos Mazzoni;
e) Parque Municipal Ismael de Oliveira Fábregas;
f) Parque da Matinha;
g) Parque Orlando de Carvalho Silveira;
h) Parque Ecológico Renato Azeredo;
i) Parque Linear Av. José Cândido da Silveira;
j) Parque Ecológico e Cultural Vitória;
k) Parque Goiânia;
l) Parque Hugo Furquim Werneck;
m) Parque Fernão Dias;
n) CEVAE Capitão Eduardo.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua
responsabilidade e fomentar seu caráter participativo;
VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua
responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
513

XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua


responsabilidade;
XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Art. 61 - Compete à Divisão de Manejo e Operações Norte e Venda Nova:


I - gerir os parques e CEVAEs sob sua responsabilidade, praticando os atos necessários
à gestão dos serviços e do patrimônio relativos a estes, em especial as seguintes
unidades e aquelas que vierem a ser criadas em sua área de atuação:
I.1 - Regional Norte:
a) Parque do Bairro Planalto;
b) Parque Nossa Senhora da Piedade;
c) Parque Primeiro de Maio;
d) Parque Vila Clóris;
e) Parque Ecológico e Cultural Jardim das Nascentes (Parque Madri).
I.2 - Regional Venda Nova:
f) Parque Alexander Brant;
g) Parque José Dazinho Pimenta (Parque Cenáculo);
h) Parque José Lopes dos Reis (Parque Baleares);
i) Parque do Bairro Jardim Leblon;
j) Parque do Conjunto Habitacional da Lagoa;
k) Parque Serra Verde;
l) Parque Ecológico Telê Santana;
m) CEVAE Serra Verde.
II - garantir a segurança e fiscalizar o cumprimento do regulamento de uso das áreas sob
sua responsabilidade, elaborado pela Divisão de Planejamento;
III - implantar os projetos relacionados ao manejo, revitalização e enriquecimento da
vegetação, restauração de jardins e conservação das áreas sob sua responsabilidade,
conforme orientação da Divisão de Planejamento;
IV - acompanhar os programas de intervenções nas áreas sob sua responsabilidade, em
colaboração com a Divisão de Manutenção;
V - gerir o Programa Centro de Vivência Agroecológica - CEVAE - sob sua
responsabilidade e fomentar seu caráter participativo;
514

VI - responsabilizar-se pela preservação do patrimônio das áreas sob sua


responsabilidade, mantendo-as em condições de funcionamento, segurança, higiene e
limpeza;
VII - supervisionar e controlar as atividades pertinentes à manutenção dos equipamentos,
máquinas, serviços gerais e segurança nas áreas sob sua responsabilidade;
VIII - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança do trabalho;
IX - acompanhar e dar suporte aos projetos de pesquisa científica realizados nos
parques sob sua responsabilidade e fornecer relatórios periódicos dessas atividades à
Divisão de Planejamento;
X - executar os serviços de jardinagem, capina e roçada nas áreas sob sua
responsabilidade;
XI - cuidar da manutenção e operacionalização da frota de veículos das áreas sob sua
responsabilidade;
XII - executar as atividades pertinentes ao manejo e utilização dos parques, conforme
orientação da Divisão de Planejamento;
XIII - supervisionar as atividades relativas a eventos, esportes, lazer e programas sociais
dos parques sob sua responsabilidade, conforme orientação da Divisão de Eventos e
Educação Ambiental;
XIV - implementar programas de educação ambiental para atendimento a escolas,
entidades e visitantes, conforme orientação da Divisão de Eventos e Educação
Ambiental;
XV - programar, controlar e assistir as visitas solicitadas por entidades, escolas e grupos
organizados;
XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
XVII - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

Subseção V
Da Diretoria de Necrópoles
Subseção V acrescentada pelo Decreto nº 14.867, de 23/3/2012 (Art. 2º)

Art. 61-A - Compete à Diretoria de Necrópoles planejar e organizar as atividades das


Necrópoles Municipais.

Art. 61-B - Integram a Diretoria de Necrópoles as seguintes Divisões, de 4º nível:


I - Divisão de Necrópoles I;
II - Divisão de Necrópoles II.

Art. 61-C - Compete à Divisão de Necrópoles I:


I - executar as atividades das Necrópoles do Cemitério do Bonfim e do Cemitério da Paz;
II - executar as atividades da Capela Velório do Barreiro - Vicente Rodrigues de Paula;
III - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
IV - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.
515

Art. 61-D - Compete à Divisão de Necrópoles II:


I - executar as atividades das Necrópoles dos Cemitérios da Saudade e do Cemitério da
Consolação;
II - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
III - desenvolver outras atividades destinadas à consecução de seus objetivos.

CAPÍTULO VI
DO REGIME FINANCEIRO E DA FISCALIZAÇÃO

Art. 62 - O exercício financeiro coincidirá com o ano civil e a prestação de contas anual
da Fundação conterá, entre outros, os seguintes elementos:
I - balanço patrimonial;
II - balanço econômico;
III - balanço financeiro;
IV - quadro comparativo entre a receita realizada e a receita estimada;
V - quadro comparativo entre a despesa realizada e a despesa estimada;
VI - demonstrativo dos compromissos pendentes no final do exercício financeiro;
VII - relatório detalhado da Presidência, compreendendo o movimento do exercício.

Parágrafo único - No processamento dos registros contábeis, a Fundação adotará os


princípios e normas da Contabilidade Pública.

Art. 63 - A prestação anual de contas e o balanço geral serão analisados pelo Conselho
Curador, após parecer do Conselho Fiscal.

Art. 64 - A Fundação apresentará ao Tribunal de Contas do Estado, por intermédio do


Município de Belo Horizonte, as contas de cada exercício, nos termos da legislação
vigente.

CAPÍTULO VII
DO PESSOAL

Art. 65 - O regime jurídico dos servidores públicos da Fundação é o adotado na


Administração Direta do Executivo.

Art. 66 - O quadro de pessoal efetivo da Fundação é o constante do Anexo III a que se


refere o § 1º do art. 121 da Lei nº 9.011/05, alterado pela Lei nº 9.276, de 04 de
dezembro de 2006.

Art. 67 - O Plano de Cargos e Salários da Fundação conterá normas para avaliação


periódica do desempenho de seu pessoal técnico e administrativo.
516

Art. 68 - Os cargos de direção de 3º e 4º níveis a que se refere o parágrafo único do art.


118 da Lei nº 9.011/05, alterado pela Lei nº 10.101/11, equivalem, respectivamente, a
Chefe de Departamento e Chefe de Divisão.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 69 - Será considerada benemérita da Fundação de Parques Municipais a pessoa


física ou jurídica que, a critério do Conselho Curador, distinguir-se por serviço, doação ou
subvenção à Fundação.

Art. 70 - As dúvidas surgidas na aplicação do presente Estatuto serão dirimidas pelo


Presidente da Fundação.

Belo Horizonte, 13 de abril de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
517

DECRETO Nº 14.594, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011


Regulamenta o processo de licenciamento integrado de
empreendimento de impacto, bem como o processo de
licenciamento urbanístico, no Município de Belo
Horizonte e institui a Comissão de Interface para
Orientação e Acompanhamento do Processo de
Licenciamento de Empreendimentos de Impacto.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do
artigo 108 da Lei Orgânica do Município, e tendo em vista o disposto nos artigos 65-A a
65-E e 74-P a 74-S da Lei nº 7.165, de 27 de agosto de 1996, e considerando, ainda:
- a necessidade de buscar soluções para aprimorar os processos de gestão interna e de
prestação de serviços públicos; e
- a necessidade de agilizar o processo de licenciamento de empreendimento de impacto,
decreta:

CAPÍTULO I
DO LICENCIAMENTO INTEGRADO

Art. 1º - Fica instituído no Município o Licenciamento Integrado de Empreendimento de


Impacto Ambiental e de Impacto Urbanístico, em conformidade com as Leis nº 7.165/96 e
nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, alteradas pela Lei nº 9.959, de 20 de julho de 2010.

Art. 2º - A coordenação das atividades do procedimento de Licenciamento Integrado de


Empreendimento de Impacto é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Serviços
Urbanos, por intermédio da Gerência de Orientação e Licenciamento Integrado - GELC,
em conformidade com as legislações específicas e com a colaboração dos demais
órgãos e entidades do Poder Executivo Municipal com interface no processo de
licenciamento.

Art. 3º - O protocolo de toda documentação e informação necessárias ao procedimento


de licenciamento integrado de empreendimento de impacto deverá ser efetuado no BH
Resolve e o acompanhamento do andamento do procedimento pelo empreendedor será
realizado por meio de sistema informatizado de acompanhamento de protocolo.

Art. 4º - O procedimento de licenciamento integrado de empreendimento de impacto terá


início com o requerimento, pelo empreendedor, da Orientação para o Licenciamento de
Empreendimento de Impacto – OLEI, por meio da apresentação de formulário específico
e demais documentos pertinentes.

§ 1º - Para a elaboração da OLEI a Gerência de Orientação e Licenciamento Integrado


poderá solicitar orientação dos órgãos e entidades do Poder Executivo com interface no
processo de licenciamento, que deverão se manifestar em até 05 (cinco) dias.
518

§ 2º - A OLEI para os empreendimentos de impacto ambiental será emitida e


disponibilizada ao empreendedor, juntamente com os termos de referências para
elaboração dos estudos ambientais, em até 10 (dez) dias após o protocolo do formulário
de Caracterização de Empreendimento de Impacto - CEI.

§ 3º - A OLEI para os empreendimentos de impacto urbanístico será precedida do


protocolo da Caracterização do Empreendimento - CE e de apresentação do
empreendimento a ser feita ao plenário do Conselho Municipal de Política Urbana -
COMPUR, conforme disposto neste Decreto, e será emitida e disponibilizada ao
empreendedor, juntamente com o roteiro que subsidiará a elaboração do Estudo de
Impacto de Vizinhança - EIV, em até 07 (sete) dias após a apresentação do
empreendimento ao plenário do COMPUR.

§ 4º - A OLEI terá validade máxima de 01 (um) ano, ressalvadas as modificações na


legislação pertinente, podendo ser revalidada mediante solicitação devidamente
justificada e aprovada pela GELC.

Art. 5º - A GELC receberá a documentação protocolada em atendimento ao disposto na


OLEI e procederá sua conferência e distribuição entre os órgãos e entidades do Poder
Executivo com interface no processo de licenciamento de empreendimentos de impacto,
acompanhando os prazos para emissão de pareceres, bem como a concessão das
licenças solicitadas.

CAPÍTULO II
DA COMISSÃO DE INTERFACE PARA ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO
PROCESSO DE LICENCIAMENTO DE EMPREENDIMENTO DE IMPACTO

Art. 6º - Fica instituída a Comissão de Interface para Orientação e Acompanhamento do


Processo de Licenciamento de Empreendimento de Impacto, vinculada à Gerência de
Orientação e Licenciamento Integrado da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos,
composta por um representante e respectivo suplente de cada um dos seguintes órgãos:
I - Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, que a coordenará;
II - Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
III - Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano;
IV - Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
V - Secretaria Municipal de Saúde;
VI - Superintendência de Limpeza Urbana - SLU;
VII - Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte S.A. - BHTRANS;
VIII - Superintendência de Desenvolvimento da Capital - SUDECAP;
IX - Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte - URBEL;
X - Fundação Municipal de Cultura.

§ 1º - A Comissão de Interface prevista no caput deste artigo será responsável pela


orientação, avaliação e acompanhamento dos expedientes referentes aos licenciamentos
integrados de empreendimentos de impacto e deverá reunir-se semanalmente para
519

apreciação dos processos em pauta ou por convocação da GELC, de acordo com a


atividade a ser desenvolvida pelo empreendimento e a necessidade de autorização do
órgão para o licenciamento do mesmo.

§ 2º - A Comissão de Interface poderá convocar representantes de outros órgãos ou


entidades da Administração Pública Municipal, assim como os responsáveis pelo
empreendimento, bem como convidar outros órgãos ou entidades públicas, caso seja
necessário, para a viabilização de suas atividades.

§ 3º - Cabe à Gerência de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto -


GELA a coordenação técnica das reuniões da Comissão de Interface para avaliação dos
expedientes de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos de Impacto.

§ 4º - Cabe à Gerência Executiva do Conselho Municipal de Política Urbana - GCPU a


coordenação técnica das reuniões da Comissão de Interface para avaliação dos
expedientes de Licenciamento Urbanístico de Empreendimentos de Impacto.

Art. 7º - Os membros da Comissão de Interface deverão responder por seus respectivos


órgãos no que diz respeito aos temas associados ao licenciamento de empreendimento
de impacto ambiental e urbanístico e estarão sujeitos às seguintes obrigações:
I - comparecer às reuniões da Comissão de Interface;
II - apontar diretrizes para serem incluídas no Licenciamento Ambiental ou no Relatório
de Avaliação do EIV - REIV, com base nos estudos apresentados, observada a
competência de cada órgão;
III - avaliar e indicar as medidas mitigadoras e compensatórias propostas, caso sejam
necessárias;
IV - observar os prazos previstos na legislação ambiental e urbanística pertinente e neste
Decreto;
V - dirimir dúvidas do empreendedor, responsável técnico ou demais representantes do
Poder Público, quando solicitado;
VI - justificar a necessidade de indeferimento dos processos, caso seja comprovada a
inadequação do empreendimento ao local proposto para sua implantação.

§ 1º - A não manifestação dos membros integrantes da Comissão ou a ausência dos


mesmos nos prazos e datas previstos implicará impossibilidade de inclusão de diretrizes
no Licenciamento Ambiental ou no Licenciamento Urbanístico acerca do tema relativo
aos respectivos órgãos.

§ 2º - Caracterizada a hipótese prevista no § 1º deste artigo, serão incluídas no


Licenciamento Ambiental ou no Licenciamento Urbanístico exclusivamente as exigências
legais relativas ao tema em questão.

Art. 8º - Os órgãos ou entidades da Administração Pública Municipal deverão, quando


necessário e por solicitação da Comissão de Interface, disponibilizar técnicos para
auxiliar na análise de documentos e estudos específicos.
520

CAPÍTULO III
DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 9º - Para o licenciamento ambiental de empreendimento de impacto deverá ser


observado o disposto nas Leis nº 7.277, de 17 de janeiro de 1997, e nº 8.201, de 17 de
julho de 2001, bem como nas Deliberações Normativas do Conselho Municipal de Meio
Ambiente - COMAM.

Art. 10 - Os documentos, estudos e projetos ambientais discriminados na OLEI serão


protocolados no BH Resolve e encaminhados para a GELC, responsável pelo repasse
dos mesmos para análise e parecer da SMMA e dos demais órgãos e entidades com
assento na Comissão de Interface.

§ 1º - O protocolo da documentação junto ao BH Resolve deverá ser acompanhado de:


I - guia de recolhimento paga, relativa à análise dos estudos ambientais pelo órgão
competente do Poder Executivo, correspondente à licença pleiteada;
II - cópia do CNPJ e do contrato social da empresa, CPF do responsável legal que
assinará e acompanhará o processo ou do seu representante legal munido de
procuração;
III - cópia do título de propriedade do terreno/escritura de compra e venda devidamente
registrada ou contrato de locação, quando for o caso;
IV - Anotações de Responsabilidade Técnica - ART dos profissionais que elaboraram os
estudos ambientais, devidamente registradas nos respectivos conselhos de classe;
V - demais documentos discriminados na OLEI.

§ 2º - A GELC terá o prazo de 05 (cinco) dias para conferência da documentação,


confirmação do protocolo ao requerente e distribuição para os órgãos e entidades com
interface no processo.

§ 3º - Caso a documentação apresentada esteja incompleta ou em desacordo com as


exigências da OLEI, a GELC comunicará ao empreendedor e procederá à devolução de
toda a documentação.

Art. 11 - Os órgãos e entidades com interface no processo, bem como a Secretaria


Municipal de Meio Ambiente, terão o prazo de até 30 (trinta) dias, a partir do envio da
documentação protocolada, para análise e emissão de parecer específico ou de relatório
de pendências, se for o caso, para apresentação na Comissão de Interface.

§ 1º - Caso a documentação para o licenciamento esteja em desacordo com os roteiros e


termos de referência estabelecidos, será emitido parecer técnico pelo órgão respectivo,
para conhecimento da GELC e devolução de toda a documentação ao requerente, no
prazo de até 15 (quinze) dias contados da data de recebimento da documentação pelo
órgão.
521

§ 2º - No caso de solicitação de informações complementares, a Comissão de Interface


concederá prazo de até 30 (trinta) dias ao requerente para apresentação das
informações solicitadas, podendo ser prorrogado desde que devidamente justificado.

§ 3º - Após a apresentação das informações complementares pelo empreendedor e


registro no sistema de controle, os órgãos e entidades com interface no processo e a
Secretaria Municipal de Meio Ambiente terão o prazo de até 15 (quinze) dias para análise
e emissão do parecer específico para envio à GELC.

Art. 12 - Após a reunião dos pareceres específicos, a GELC comunicará ao requerente


para formalização do processo de requerimento de licenciamento ambiental de forma a
possibilitar a consolidação do parecer final pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente,
que o submeterá à deliberação pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMAM,
nos prazos estabelecidos legalmente.

§ 1º - O requerente terá o prazo de até 10 (dez) dias para protocolo da documentação


necessária ou para apresentação de recurso relativo à manifestação dos órgãos.

§ 2º - Na hipótese de apresentação de recurso, a Comissão de Interface terá o prazo de


15 (quinze) dias para analisar, emitir relatório técnico e comunicar ao requerente, que
deverá apresentar, no prazo de até 05 (cinco) dias contados da comunicação, a
documentação necessária para formalização do processo de requerimento de
licenciamento ambiental.

§ 3º - Transcorrido os prazos estabelecidos nos §§ 1º e 2º sem que haja manifestação do


requerente ou apresentação da documentação necessária para formalização do
processo de requerimento de licenciamento ambiental, a GELC comunicará ao
requerente o indeferimento do pedido.

§ 4º - A contagem dos prazos para outorga das licenças ambientais, conforme disposto
no artigo 8º da Lei nº 7.277/97, terá início após a emissão dos pareceres de todos os
órgãos e entidades com interface no processo, com a apresentação pelo empreendedor
do requerimento de licença ambiental e respectiva publicação para envio à Secretaria
Municipal de Meio Ambiente, nos prazos estabelecidos neste Decreto.

Art. 13 - Na hipótese de um ou mais órgãos manifestarem-se pelo indeferimento do


pedido de licença, caberá ao COMAM a análise e deliberação quanto à concessão da
licença pretendida.

CAPÍTULO IV
DO LICENCIAMENTO URBANÍSTICO

Seção I
Disposições Gerais
522

Art. 14 - Fica instituído o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, conforme disposto no


Capítulo XI do Título IV da Lei nº 7.165/96, que deverá ser executado com base na OLEI
e em roteiro elaborado pela Gerência Executiva do Conselho Municipal de Política
Urbana - GCPU, de acordo com as características de cada empreendimento.

Art. 15 - Para fins de definição dos empreendimentos sujeitos ao licenciamento


urbanístico e à elaboração de EIV, serão utilizados os seguintes critérios:
I - a área de estacionamento de veículos prevista no inciso I do art. 74-B da Lei nº
7.166/96 corresponde à soma das áreas destinadas às vagas para estacionamento de
veículos e das áreas destinadas a acesso, circulação e manobra necessárias para
alcançá-las;
II - o número de vagas previsto inciso I do art. 74-B da Lei nº 7.166/96 diz respeito
àquelas destinadas a estacionamento de veículos;
III - a referência para aplicação do disposto nos incisos III e IV do art. 74-B da Lei nº
7.166/96 será a área total edificada ou a área utilizada pela atividade, prevalecendo
aquela que for maior.

Art. 16 - O empreendimento de impacto que esteja em funcionamento poderá renovar


seu Alvará de Localização e Funcionamento - ALF, sem necessidade de apresentação
de estudo de impacto de vizinhança, observada as seguintes condições:
I - manutenção da área utilizada do empreendimento;
II - não alteração do titular do ALF;
III - não alteração da atividade ou do conjunto de atividades licenciadas;
IV - ausência de convocação pelo COMPUR.

Art. 17 - Na hipótese de empreendimento a ser instalado em edificação existente, a


regularização da mesma deverá integrar o processo de licenciamento urbanístico.

Art. 18 - Na hipótese de empreendimento que envolva aprovação ou regularização de


parcelamento do solo, a emissão das respectivas diretrizes deverá anteceder o processo
de licenciamento urbanístico do mesmo.

Seção II
Do Estudo de Impacto de Vizinhança

Art. 19 - O EIV deverá ser desenvolvido, obrigatoriamente, em roteiro próprio, cujo


escopo será definido a partir de caracterização do empreendimento elaborada pelo
responsável técnico, a ser preenchida de acordo com o caderno de orientações.

Parágrafo único - A necessidade de elaboração de pesquisa de percepção ambiental


será avaliada com base na caracterização do empreendimento e incluída como escopo
do roteiro elaborado pela GCPU.

Subseção I
523

Da Caracterização do Empreendimento

Art. 20 - A caracterização do empreendimento deverá ser elaborada pelo responsável


técnico pelo EIV, e deverá contemplar:
I - o preenchimento de formulário próprio;
II - o protocolo do formulário no BH Resolve;
III - a apresentação do empreendimento ao plenário do Conselho Municipal de Política
Urbana - COMPUR.

§ 1º - O protocolo de caracterização do empreendimento deverá incluir a guia de


recolhimento paga, relativa à emissão de formulário do EIV pelo órgão competente do
Poder Executivo.

§ 2º - A apresentação do empreendimento ao plenário do COMPUR ficará a cargo do


empreendedor.

§ 3º - A GCPU ficará responsável por agendar a apresentação do empreendimento em


reunião do COMPUR, bem como por comunicar a data da mesma à GELC.

§ 4º - A GELC deverá informar ao responsável técnico pelo empreendimento a data da


reunião do COMPUR na qual será feita sua apresentação ao plenário.

§ 5º - A GCPU incluirá a apresentação do empreendimento na pauta da respectiva


reunião do COMPUR, a ser publicada no Diário Oficial do Município.

§ 6º - A GCPU deverá providenciar publicação de resumo da caracterização do


empreendimento no Diário Oficial do Município.

Art. 21 - Feito o comunicado previsto no § 4º do art. 20, o responsável técnico deverá


apresentar à GELC, em até 5 (cinco) dias, comprovação de publicação de nota de
encaminhamento do empreendimento para licenciamento urbanístico em jornal de
grande circulação, com vistas ao cumprimento do disposto no parágrafo único do art. 37
da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

Parágrafo único - A apresentação da caracterização do empreendimento ao plenário do


COMPUR está sujeita ao cumprimento da determinação prevista no caput deste artigo e
poderá ser adiada, caso a mesma não seja atendida.

Subseção II
Da Elaboração do EIV

Art. 22 - Concluída a apresentação do empreendimento ao plenário do COMPUR, a


GCPU emitirá, em até 5 (cinco) dias, o roteiro que subsidiará a elaboração do EIV e
encaminhamento do mesmo à GELC.
524

§ 1º - Os conselheiros do COMPUR poderão sugerir alterações no roteiro preparado pela


GCPU até a data limite de entrega do mesmo à GELC.

§ 2º - As informações exigidas no roteiro específico para a elaboração de EIV poderão


ser complementadas por outros estudos a serem incorporados, em forma de anexo, a
critério do responsável técnico.

§ 3º - O roteiro emitido pela GCPU terá validade de 1 (um) ano.

§ 4º - O roteiro emitido pela GCPU será encaminhado à GELC que deverá repassá-lo ao
responsável técnico pelo empreendimento.

Art. 23 - Para o caso de Operação Urbana Simplificada em que o empreendimento esteja


submetido à elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança, este deverá preceder a lei
que a regulamentará, com as seguintes finalidades:
I - fornecer dados mais precisos ao Poder Público para a confirmação da parceria a ser
firmada;
II - determinar medidas mitigadoras e compensatórias decorrentes do impacto
ocasionado pelo empreendimento;
III - estabelecer, com maior precisão, critérios para definição dos parâmetros urbanísticos
aplicáveis à área do empreendimento;
IV - definir as obrigações do empreendedor, a serem dimensionadas em função dos
benefícios conferidos pelo Poder Público no âmbito da Operação Urbana Simplificada.

Art. 24 - O EIV será protocolado no BH Resolve, que deverá encaminhá-lo para a GELC,
responsável pelo repasse do mesmo para análise e parecer da Secretaria Municipal
Adjunta de Planejamento Urbano e dos demais órgãos e entidades com assento na
Comissão de Interface.

§ 1º - O protocolo do EIV junto ao BH Resolve deverá ser acompanhado de:


I - guia de recolhimento paga, relativa à análise do EIV pelo órgão competente do Poder
Executivo;
II - comprovação de publicação, pelo requerente, de nota de protocolo de Estudo de
Impacto de Vizinhança para análise do órgão competente do Poder Executivo em jornal
de grande circulação, com vistas ao cumprimento do disposto no parágrafo único do art.
37 da Lei Federal nº 10.257/01;
III - Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, referente ao trabalho.

§ 2º - O responsável técnico deverá ser identificado no formulário do EIV e responderá


integralmente pelo mesmo, conforme disposto nos incisos I e III do art. 6º da Lei nº
9.725, de 15 de julho de 2009.

§ 3º - São considerados aptos a coordenar o Estudo de Impacto de Vizinhança os


profissionais cujos conselhos profissionais prevejam como atribuição o desempenho de
atividades ligadas a desenvolvimento urbano e regional.
525

§ 4º - Caberá ao responsável técnico pelo EIV tratar, junto ao órgão competente do


Poder Executivo, os assuntos técnicos relacionados aos projetos, obras, implantação ou
funcionamento de atividades sob sua responsabilidade, devendo atender às exigências
legais para elaboração dos estudos, dentro dos prazos estipulados.

§ 5º - Respondem solidariamente pelo EIV:


I - o responsável técnico pelo EIV;
II - o empreendedor ou grupo de empreendedores;
III - os membros da equipe técnica responsável pelo EIV, no limite de sua atuação.

§ 6º - A definição do responsável técnico pela elaboração do EIV não dispensa a


exigência de responsável técnico para a elaboração do projeto e para a execução de
obra, conforme previsto na Lei nº 9.725/09.

Art. 25 - É facultada a substituição do responsável técnico pelo EIV, desde que por
profissional devidamente habilitado e que atenda às exigências deste Decreto,
assumindo o novo profissional a responsabilidade pela parte executada do estudo, sem
prejuízo da responsabilidade do profissional anterior.

§ 1º - A comunicação de substituição a que se refere o caput deste artigo deverá ser


efetivada pelo empreendedor mediante:
I - indicação do nome do novo responsável técnico;
II - apresentação, à GELC, de Termo de Compromisso assinado pelo novo responsável
técnico, atestando a sua submissão às exigências contidas neste Decreto
III - apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do novo responsável
técnico.

§ 2º - A GELC deverá comunicar à GCPU a alteração de RT.

§ 3º - Tratando-se de comunicação efetivada pelo responsável técnico, a GELC deverá


comunicá-la à GCPU, que suspenderá a análise do processo.

§ 4º - A substituição do responsável técnico pelo EIV deverá ocorrer no prazo máximo de


30 (trinta) dias, sob pena de indeferimento do mesmo.

Art. 26 - O empreendedor será identificado no roteiro que subsidiará a elaboração do EIV


como sendo o responsável legal pelo empreendimento.

§ 1º - Em caso de grupo de empreendedores, é necessária a designação de uma pessoa


como responsável legal pelo empreendimento.

§ 2º - O empreendedor deverá observar o disposto nos incisos I e IV do art. 8º da Lei nº


9.725/09.
526

Art. 27 - Na hipótese de empreendimento designado para o licenciamento corretivo, a


pessoa física ou jurídica responsável pelo mesmo deverá ser convocada pelo Presidente
do COMPUR, por meio de carta registrada com aviso de recebimento, para apresentação
de EIV, no prazo de 1 (um) ano, contado da data da convocação.

§ 1º - Frustrada, por 2 (duas) vezes, a notificação prevista no caput deste artigo, a


convocação será feita por meio de publicação no Diário Oficial do Município.

§ 2º - O não atendimento à convocação para o licenciamento urbanístico, prevista no


caput deste artigo, implicará cassação do Alvará de Localização e Funcionamento do
empreendimento, conforme previsto no § 5º do art. 74 da Lei nº 7.166/96.

Art. 28 - Verificada a necessidade de anuência de quaisquer órgãos públicos para a


definição de condições especiais para o licenciamento do empreendimento, os prazos
referentes à análise do estudo pelo Poder Executivo ficam suspensos, constituindo o
parecer conclusivo documento necessário à avaliação do EIV.

Parágrafo único - A GCPU ficará responsável pelo encaminhamento dos processos aos
conselhos e órgãos municipais, bem como pelo monitoramento da tramitação junto aos
mesmos.

Subseção III
Da análise do EIV

Art. 29 - A análise do EIV dar-se-á após a verificação da documentação pertinente, do


pagamento do preço público correspondente e do atendimento das disposições
estabelecidas nas Leis nº 7.165/96 e nº 7.166/96, neste Decreto e na legislação vigente
correlata.

Art. 30 - A GCPU emitirá Relatório de Avaliação do EIV - REIV, elaborado a partir das
informações incluídas no Estudo e da análise realizada pela Comissão de Interface, em
até 35 (trinta e cinco) dias, contados da data de recebimento da documentação na
referida gerência, assim distribuídos:

I - 20 (vinte) dias para:


a) análise dos órgãos e entidades com assento na Comissão de Interface;
b) consulta pública do EIV junto à GCPU e manifestação dos interessados acerca de
aspectos relacionados à implantação do empreendimento;
II - 15 (quinze) dias para:
a) realização da reunião da Comissão de Interface, abordando o caso em questão, para
elaboração do REIV;
b) consolidação do REIV pela GCPU a partir das resoluções da Comissão de Interface;
c) emissão de REIV pela Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano.
527

§ 1º - A manifestação resultante da consulta pública prevista na alínea b do inciso I do


caput deste artigo deverá ser feita por meio do encaminhamento de ofício à GCPU.

§ 2º - Deverão constar no REIV:


I - as diretrizes para projeto, implantação e funcionamento do empreendimento;
II - as medidas mitigadoras e compensatórias;
III - os prazos para o cumprimento das condições a que se referem os incisos I e II deste
parágrafo;
IV - a relação de projetos e planos que deverão ser aprovados junto aos órgãos
municipais competentes em fase anterior ao protocolo de solicitação de emissão de
certidão de origem, termo de recebimento para parcelamento do solo, alvará de
construção, alvará de localização e funcionamento e certidão de baixa;
V - outras recomendações que se façam necessárias.

Art. 31 - Concluída a análise prevista na alínea a do inciso I do art. 30 deste Decreto e


caracterizada a incompletude do EIV ou a necessidade de esclarecimentos relativos ao
seu conteúdo, a GCPU encaminhará relatório à GELC contendo a listagem dos itens
incompletos ou para os quais seja necessária a prestação de esclarecimentos,
acompanhado de instruções para o seu preenchimento.

§ 1º - A GELC deverá encaminhar o comunicado a que se refere o caput deste artigo ao


responsável técnico pelo empreendimento.

§ 2º - Configurada a situação descrita no caput deste artigo, o empreendedor terá até 30


(trinta) dias para a reapresentação do EIV com as correções solicitadas.

§ 3º - Caso seja verificado pelo responsável técnico a necessidade de prazo para a


elaboração das complementações ao EIV superior ao previsto no § 2º deste artigo, o
mesmo deverá encaminhar à GELC documento com justificativa para solicitação de
extensão do prazo, em que conste nova data proposta para protocolo do EIV corrigido.

§ 4º - A GELC deverá remeter o documento a que se refere o § 3º deste artigo à GCPU,


que emitirá o aceite ou a recusa da justificativa contida no mesmo.

§ 5º - A GCPU informará à GELC o conteúdo da decisão, que fará o comunicado da


mesma ao responsável técnico.

§ 6º - Na hipótese de não atendimento dos prazos previstos nos §§ 2º ou 3º deste artigo,


o EIV será indeferido.

Art. 32 - O EIV corrigido deverá ser protocolado no BH Resolve, que deverá encaminhá-
lo para a GELC, responsável pelo repasse do mesmo para análise e parecer dos órgãos
e entidades com assento na Comissão de Interface para desenvolvimento de segundo
exame.
528

Parágrafo único - O protocolo do EIV para segundo exame deverá ser acompanhado da
guia de recolhimento paga, relativa à análise do EIV pelo órgão competente do Poder
Executivo.

Art. 33 - A GCPU emitirá Relatório de Avaliação do EIV - REIV, elaborado a partir das
informações incluídas no Estudo corrigido e da análise realizada pela Comissão de
Interface, em até 20 (vinte) dias, contados da data de recebimento da documentação na
referida gerência, assim distribuídos:
I - 10 (dez) dias para:
a) análise dos órgãos e entidades com assento na Comissão de Interface;
b) consulta pública do EIV junto à GCPU e manifestação dos interessados acerca de
aspectos relacionados à implantação do empreendimento;
II - 10 (dez) dias para:
a) realização da reunião da Comissão de Interface abordando o caso em questão;
b) consolidação do REIV pela GCPU, com as resoluções da Comissão de Interface;
c) emissão de REIV pela Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento Urbano.

§ 1º - Constatado o não atendimento, pelo empreendedor, das solicitações contidas no


comunicado a que se refere o art. 31 deste Decreto, o EIV será indeferido, devendo a
decisão estar acompanhada de justificativa técnica.

§ 2º - A justificativa técnica mencionada no § 1º será encaminhada pela GCPU è GELC,


responsável por sua transmissão ao Responsável Técnico pelo empreendimento.

Art. 34 - O REIV será encaminhado pela GCPU à GELC, que deverá transmiti-lo ao
Responsável Técnico pelo empreendimento.

§ 1º - Na hipótese de os estudos técnicos atestarem a incompatibilidade do


empreendimento com o local proposto para a sua implantação, o REIV deverá conter
justificativa que subsidie o indeferimento da solicitação de licenciamento.

§ 2º - A GCPU é responsável por promover a publicação das diretrizes contidas no REIV


no Diário Oficial do Município.

§ 3º - Qualquer pessoa terá o prazo de 10 (dez) dias para apresentar documento com
recurso relativo ao conteúdo do REIV à GELC, que deverá encaminhá-lo à GCPU.

§ 4º - Transcorrido o prazo previsto no § 3º sem que haja a apresentação de recurso, a


GCPU encaminhará o REIV para aprovação em Plenário do COMPUR.

§ 5º - Sendo apresentado o recurso previsto no § 3º, caberá ao COMPUR a avaliação do


mesmo.
529

§ 6º - A GCPU remeterá à GELC comunicado com a data da reunião do Plenário do


COMPUR em que o recurso apresentado será apreciado, ficando esta responsável pelo
aviso ao responsável técnico e ao recorrente.

§ 7º - A GCPU ficará responsável por incluir a apreciação do mesmo na pauta da reunião


do COMPUR a ser publicada no Diário Oficial do Município.

Art. 35 - A conclusão do processo de aprovação do EIV será seguida da publicação de


Parecer de Licenciamento Urbanístico do empreendimento, elaborado com base:
I - no Relatório de Análise do EIV, com validade de 2 (dois) anos;
II - no resultado da análise efetuada pelo Plenário do COMPUR.

§ 1º - O Parecer de Licenciamento Urbanístico do empreendimento terá validade de 2


(dois) anos, contados a partir de sua publicação no Diário Oficial do Município.

§ 2º - As diretrizes contidas no Parecer de Licenciamento Urbanístico do


empreendimento publicadas no Diário Oficial do Município constituem-se como
obrigações do empreendedor.

§ 3º - O Parecer de Licenciamento Urbanístico poderá ser revalidado mediante


requerimento feito por responsável técnico, desde que atendidos os seguintes requisitos:
I - não tenha ocorrido alteração na legislação urbanística municipal;
II - a área de vizinhança do empreendimento não tenha sofrido modificação significativa.

§ 4º - O requerimento a que se refere o § 3º do caput deste artigo deverá ser entregue no


BH Resolve, que deverá encaminhá-lo à GELC, responsável por repassá-lo à GCPU.

§ 5º - A avaliação da condição de modificação da área de vizinhança do empreendimento


a que se refere o inciso II do § 3º deste artigo será de responsabilidade da GCPU, que
deverá emitir parecer sobre a matéria em até 15 (quinze) dias, contados da data de
recebimento pela referida gerência da solicitação de revalidação do Parecer de
Licenciamento Urbanístico.

§ 6º - A GCPU encaminhará o parecer a que se refere o § 5º deste artigo à GELC,


responsável por repassá-lo ao responsável técnico pelo empreendimento.

Art. 36 - Concluída a tramitação, os processos de EIV serão arquivados na GCPU até a


finalização do processo de licenciamento e/ou regularização na Secretaria Municipal
Adjunta de Regulação Urbana.

Subseção IV
Da disponibilização do EIV para consulta

Art. 37 - A consulta ao conteúdo do EIV poderá ser feita na GCPU.


530

§ 1º - A solicitação de cópia integral ou parcial do EIV deve ser encaminhada por escrito
à GCPU, que será responsável pela reprodução do material, às expensas do requerente.

§ 2º - O EIV poderá ser disponibilizado em página digital no Portal da Prefeitura


Municipal de Belo Horizonte.

Subseção V
Do atendimento das diretrizes do Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo
COMPUR

Art. 38 - O início do processo de licenciamento junto à Secretaria Municipal Adjunta de


Regulação Urbana será precedido da manifestação dos órgãos com interface no
processo quanto ao atendimento das diretrizes do Parecer de Licenciamento Urbanístico
emitido pelo COMPUR.

Art. 39 - Para a análise dos órgãos e manifestação aludidas no art. 38 deste Decreto, faz-
se necessária a apresentação:
I - de Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo COMPUR, válido;
II - dos planos e projetos necessários à modificação, construção ou funcionamento do
empreendimento, conforme diretrizes do Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido
pelo COMPUR;
III - de projeto e cronograma de implantação de medidas mitigadoras e compensatórias;
IV - dos demais documentos legalmente exigidos para o licenciamento do
empreendimento na Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Art. 40 - O protocolo da documentação a que se refere o art. 39 deste Decreto deverá ser
feito no BH Resolve, que os repassará para a GELC.

§ 1º - Caberá à GELC o encaminhamento da documentação aos representantes da


Comissão de Interface para análise e aprovação.

§ 2º - Os órgãos municipais competentes deverão analisar o material mencionado nos


incisos I a IV do art. 39 deste Decreto, atestando à GELC sua conformidade quanto às
normas vigentes e ao cumprimento das diretrizes contidas no Parecer de Licenciamento
Urbanístico, por meio de relatório técnico, no prazo de 30 (trinta) dias.

§ 3º - A GELC comunicará ao requerente o resultado das análises.

§ 4º - Havendo manifestação favorável dos órgãos quanto ao atendimento das diretrizes


a que se refere o art. 38 deste Decreto, a SMARU providenciará a abertura do protocolo
e formalizará o processo para a concessão da licença cabível ao caso.

§ 5º - No caso de licenciamento ou regularização de edificações, o prazo previsto no art.


15 da Lei nº 9.725/09 iniciar-se-á após a abertura do protocolo a que se refere o § 4º
deste artigo.
531

§ 6º - Na hipótese de manifestação desfavorável de algum dos órgãos quanto ao


atendimento das diretrizes a que se refere o art. 38 deste Decreto, a GELC providenciará
a devolução da documentação ao requerente, que deverá providenciar os ajustes
necessários para reapresentação.

§ 7º - Havendo novamente manifestação desfavorável de algum dos órgãos, o


requerente deverá reiniciar o processo de licenciamento urbanístico de empreendimento
de impacto.

Art. 41 - A emissão de Certidão de Baixa da Edificação, do Termo de Recebimento para


Parcelamento do Solo, bem como do Alvará de Localização e Funcionamento do
empreendimento, ficam condicionados ao cumprimento das diretrizes incluídas no
Parecer de Licenciamento Urbanístico emitido pelo COMPUR.

§ 1º - O cumprimento das diretrizes e a efetivação das medidas mitigadoras ou


compensatórias incluídas no Parecer de Licenciamento Urbanístico deverão ser
atestados por meio de vistoria, a ser realizada pelo órgão responsável pela verificação do
cumprimento da referida medida.

§ 2º - A vistoria a que se refere o § 1º deverá ser solicitada pela SMARU ao órgão de


interface responsável, que terá prazo conforme disposto no art. 85 do Decreto nº
13.842/2010 para concluir a análise, respondendo ao órgão solicitante.

§ 3º - Na hipótese de a vistoria atestar o não cumprimento de quaisquer das diretrizes e


medidas mitigadoras ou compensatórias a que se refere o § 1º deste artigo, o pedido de
emissão de Certidão de Baixa da Edificação, do Termo de Recebimento para
Parcelamento do Solo ou do Alvará de Localização e Funcionamento será indeferido.

§ 4º - Na hipótese de não manifestação do órgão responsável pela verificação no prazo


previsto no § 2º deste artigo, a SMARU poderá concluir o licenciamento do
empreendimento, emitindo a Certidão de Baixa da Edificação, o Termo de Recebimento
para Parcelamento do Solo ou o Alvará de Localização e Funcionamento, em até 15
(quinze) dias.

CAPÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 42 - Para as hipóteses previstas no incisos IX e X do art. 74-B da Lei nº 7.166/96,


bem como para o licenciamento das Operações Urbanas Consorciadas, o COMPUR
poderá deliberar pela modificação dos prazos previstos neste Decreto.

Art. 43 - Os empreendimentos de impacto com licenciamento ambiental em curso na data


da publicação deste Decreto poderão concluí-lo, ficando, desse modo, dispensados da
submissão a licenciamento urbanístico pelo COMPUR.
532

§ 1º - Entende-se por licenciamento ambiental em curso o empreendimento que tenha


formalizado o processo administrativo de licenciamento ambiental junto à SMMA até a
publicação deste Decreto.

§ 2º - Nos casos previstos no caput deste artigo, o não atendimento de condicionantes ou


medidas compensatórias estabelecidas no processo de licenciamento ambiental
implicará no cancelamento da licença emitida, podendo sujeitar o empreendimento à
convocação pelo COMPUR para proceder ao licenciamento urbanístico com a
elaboração de EIV.

Art. 44 - Os empreendimentos com licença ambiental enquadrados como


empreendimentos de impacto urbanístico pela Lei nº 7.166/96, poderão, na hipótese de
ampliação ou renovação do Alvará de Localização e Funcionamento, sujeitar-se a
licenciamento ambiental pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente - COMAM.

Art. 45 - Os empreendimentos que se submetem a licenciamento ambiental e,


concomitantemente, a apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança, nos termos da
Lei nº 7.166/96, serão dispensados da elaboração do EIV, ficando, nessa hipótese,
acrescidos ao escopo do Estudo Ambiental exigido os requisitos incluídos no Estatuto da
Cidade para o EIV.

Parágrafo único - Verificada a necessidade de anuência de outros conselhos municipais


para a definição de condições especiais para o licenciamento do empreendimento, o
encaminhamento será feito pelo órgão responsável pelo licenciamento.

Art. 46 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 47 - Fica revogado o Decreto nº 14.479, de 13 de julho de 2011.

Belo Horizonte, 30 de setembro de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
533

DECRETO Nº 14.651, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011


Aprova o Regulamento das Juntas Integradas de
Julgamento Fiscal e da Junta Integrada de Recursos
Fiscais da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que


lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e de acordo com o
disposto no art. 15 da Lei nº 10.308, de 11 de novembro de 2011, decreta:

Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento das Juntas Integradas de Julgamento Fiscal e da


Junta Integrada de Recursos Fiscais, unidades vinculadas à Secretaria Municipal de
Serviços Urbanos, nos termos do Anexo Único deste Decreto.

Art. 2º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Fica revogado o Decreto nº 13.117 de 16 de abril de 2008.

Belo Horizonte, 11 de novembro de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte

ANEXO ÚNICO
REGULAMENTO DAS JUNTAS INTEGRADAS DE JULGAMENTO FISCAL E DA JUNTA
INTEGRADA DE RECURSOS FISCAIS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º - Às Juntas Integradas de Julgamento Fiscal - JIJFI e à Junta Integrada de


Recursos Fiscais - JIRFI compete julgar, em primeira e segunda instância,
respectivamente, processos administrativos contenciosos decorrentes do exercício do
Poder de Polícia Administrativa do Município nas áreas de Atividades em Vias Urbanas,
Controle Ambiental, Limpeza Urbana, Obras e Posturas, bem como dos atos
administrativos delas decorrentes, e que versem sobre:
I - a prorrogação de prazo de exigência constante de autuação fiscal;
II - o cancelamento de exigência constante do auto de notificação;
III - o cancelamento de auto de infração, embargo, interdição ou apreensão.

§ 1º - Ficam excluídas da competência das JIJFIs e da JIRFI:


I - a declaração de inconstitucionalidade da legislação pertinente;
II - a negativa de aplicação de lei, decreto, portaria, resolução, norma técnica ou qualquer
outro ato normativo;
534

III - a negativa de aplicação de súmula que verse sobre efeito vinculante;


IV - julgamento dos créditos de natureza tributária e a concessão de perdão ou anistia
destes.

§ 2º - Ressalvados os casos constantes dos incisos do § 1º deste artigo, será de


competência das JIJFIs e da JIRFI a hipótese em que haja reiteradas decisões em casos
concretos, afastando a aplicação da norma, por ilegalidade ou inconstitucionalidade,
desde que a extensão dos efeitos jurídicos tenha sido proposta pela Procuradoria-Geral
do Município.

§ 3º - Funcionará uma JIJFI em cada Secretaria de Administração Regional Municipal e a


JIRFI funcionará junto à Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização da Secretaria
Municipal de Serviços Urbanos.

§ 4º - As JIJFIs e a JIRFI funcionarão de janeiro a dezembro e realizarão, no mínimo,


uma sessão ordinária por semana, em dia e horário fixados no início de cada exercício.

§ 5º - Sessões extraordinárias poderão ser realizadas, mediante convocação dos


presidentes das respectivas Juntas.

Art. 2º - Os prazos processuais serão contínuos, excluindo-se da contagem o dia da


publicação ou ciência do ato administrativo e incluindo-se o dia do vencimento do prazo
legal de defesa ou recurso.

Parágrafo único - Qualquer prazo iniciará ou findará em dia de expediente normal dos
órgãos públicos municipais.

CAPÍTULO II
DA APRESENTAÇÃO DE DEFESA OU RECURSO

Seção I
Da Defesa e do Recurso Voluntário

Art. 3º - A apresentação de defesa ou recurso em face da autuação fiscal citada no art. 1º


deste Regulamento obedecerá ao seguinte:
I - a defesa será dirigida à JIJFI da Secretaria de Administração Regional Municipal da
circunscrição responsável pela autuação e poderá ser protocolizada em qualquer
Secretaria de Administração Regional Municipal ou no BH Resolve;
II - o recurso contra a decisão de primeira instância será dirigido à JIRFI e protocolizado
na Junta Integrada de Julgamento Fiscal que julgou a defesa;
III - A peça de defesa ou recurso deverá conter os seguintes dados:
a) unidade administrativa a que se dirige;
b) identificação completa do administrado;
c) número do Auto de Apreensão, Auto de Embargo, Auto de Infração, Auto de Interdição
ou Auto de Notificação correspondente;
535

d) endereço do administrado ou indicação do local para o recebimento de notificações,


intimações e comunicações;
e) formulação do pedido, com exposição dos fatos, seus fundamentos e respectiva
comprovação;
f) data e assinatura do administrado ou de seu procurador legalmente constituído;
IV - À peça de defesa ou recurso deverão ser juntados:
a) cópia do documento de autuação;
b) cópia do documento de identificação do administrado;
c) cópia do documento de inscrição no Ministério da Fazenda - CPF ou CNPJ;
d) cópia do ato constitutivo da pessoa jurídica, quando for o caso;
e) instrumento de procuração com documento de identificação do procurador, quando for
o caso.

§ 1º - Para os efeitos deste Decreto, considera-se defesa a impugnação de documento


de autuação e, recurso, as contra-razões apresentadas contra decisão do órgão julgador
de primeira instância.

§ 2º - As decisões das JIJFIs e da JIRFI serão publicadas no Diário Oficial do Município -


DOM, tendo como referência os dados do administrado e o número do processo.

§ 3º - A interposição de defesa ou recurso não interrompe o curso da ação fiscal


respectiva, suspendendo somente o prazo para pagamento de multa, quando houver.

§ 4º - Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente da


execução, a JIJFI recorrida poderá, de ofício ou a pedido do administrado, conceder
efeito suspensivo à ação fiscal, condicionado à anuência da Secretaria Municipal Adjunta
de Fiscalização.

§ 5º - O órgão responsável pelo recebimento de defesa ou recurso deverá ter controle de


entrada dos pedidos, tendo como referência a instância recorrida, o tipo de autuação e
seu número.

Art. 4º - O prazo para apresentação de defesa contra autuação, em 1ª Instância


administrativa, é de 15 (quinze) dias, contados da sua ciência ou da publicação no DOM,
ressalvados os casos de o prazo ser estabelecido em norma específica.

Parágrafo único - Verificada a intempestividade da defesa ou do recurso e havendo,


contudo, documento fiscal que contenha vício de forma ou fundamento que o torne
imprestável, o relator deverá afastar a intempestividade, relatar e proferir o seu voto.

Art. 5º - Da decisão de primeira instância caberá recurso à JIRFI, no prazo de 15 (quinze)


dias, contados da publicação da decisão no DOM, devendo o mesmo ser protocolizado
conforme art. 3º deste Regulamento.
536

Parágrafo único - O recurso a ser encaminhado para a JIRFI deverá ser juntado ao
respectivo processo administrativo julgado em 1ª Instância, que deverá por sua vez
conter todos os dados relativos à ação fiscal.

Art. 6º - Põe fim ao contencioso administrativo de que trata este Decreto:


I - a decisão irrecorrível para ambas as partes;
II - a desistência do administrado;
III - o ingresso em juízo com o mesmo pedido ou pedido que prejudique a decisão
administrativa.

Seção II
Do Recurso de Ofício

Art. 7º - Está sujeita a reexame necessário, não produzindo efeitos senão depois de
confirmada pela JIRFI, a decisão proferida pela JIJFI que modifique ato administrativo
referente à aplicação de imposição pecuniária com valor superior a R$1.600,00 (um mil e
seiscentos reais), devendo o presidente ordenar a remessa dos autos à JIRFI no próprio
ato da decisão.

Parágrafo único - O valor limite estabelecido no caput deste artigo será atualizado
conforme o critério de correção dos valores das multas.

CAPÍTULO III
DAS DECISÕES

Art. 8º - As decisões nas sessões de julgamento serão tomadas pela maioria dos votos
dos membros presentes.

Art. 9º - Os pedidos de cancelamento de autos de apreensão, interdição, embargo, e que


envolverem situações de risco terão julgamento prioritário.

§ 1º - A concordância com o cancelamento de qualquer dos autos citados no caput deste


artigo ensejará, ainda, o cancelamento da notificação ou auto de infração concomitante,
caso exista, exceto se o cancelamento ocorreu por erro formal do auto em questão.

§ 2º - Do cancelamento de auto de apreensão decorre a autorização de devolução dos


bens apreendidos.

Art. 10 - A prorrogação de prazo para cumprimento de exigência constante de


documento fiscal poderá ser concedida por um período máximo de 60 (sessenta) dias,
mediante decisão fundamentada da JIJFI ou da JIRFI.

§ 1º - Quando, por motivos de complexidade de regularização do licenciamento ou


necessidade de concessão de prazo proporcional ao cumprimento das exigências
constantes na legislação, for essencial a dilação do prazo previsto no caput deste artigo
537

a prorrogação para cumprimento de exigência constante de documento fiscal poderá ser


concedida por período máximo de 180 (cento e oitenta) dias, mediante despacho
fundamentado do Presidente da JIJFI ou da JIRFI.

§ 2º - Não poderá ocorrer nova prorrogação de prazo na JIJFI e, em caso de nova


solicitação, esta deverá ser encaminhada para decisão da JIRFI.

§ 3º - A prorrogação de prazo a que se refere o caput deste artigo deverá ser concedida,
em rito sumário, salvo existência de óbice legal e situações de relevante interesse,
mediante despacho fundamentado do Presidente da JIJFI ou da JIRFI, com ratificação
pela maioria dos membros da respectiva Junta.

§ 4º - Não será prorrogado o prazo para cumprimento de exigência constante de


documento fiscal:
I - para regularização das atividades que apresentem risco à saúde, à segurança de
pessoas ou bens, danos ambientais, atrativas de grande fluxo de pessoas;
II - em se tratando de atividades que não sejam regularizáveis, entendendo-se por não
regularizável a atividade ilícita ou a não permitida no local em qualquer hipótese;
III - para correção de edificação ou qualquer estrutura em ruína, com risco de danos ao
local ou pessoas.

Art. 11 - Os erros materiais, traduzidos em falhas de lapso manifesto ou erros de escrita


existentes na decisão, poderão ser corrigidos a qualquer tempo pelos órgãos julgadores,
de ofício ou mediante representação do órgão encarregado da execução do julgado, ou
ainda, a pedido do administrado ou defensor.

CAPÍTULO IV
DAS JUNTAS INTEGRADAS DE JULGAMENTO FISCAL - JIJFI

Art. 12 - Cada JIJFI terá seus membros designados pelo Secretário Municipal de
Serviços Urbanos, escolhidos dentre os servidores e empregados ocupantes de cargos e
empregos públicos efetivos e comissionados com conhecimento da legislação fiscal
integrada, e será composta por:
I - 05 (cinco) membros, com igual número de suplentes, sendo, no mínimo, 02 (dois)
servidores da carreira da fiscalização integrada e 01 (um) servidor da área de
licenciamento.
II - um presidente;
III - um secretário, com atribuição exclusiva.

§ 1º - Não poderão participar da composição a que se refere o caput deste artigo os


titulares das Gerências de 2º e 3º níveis que compõem a Gerência Regional de
Fiscalização Integrada e Licenciamento e os titulares das Gerências que compõem a
estrutura da Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização.
538

§ 2º - A presidência de cada JIJFI será exercida pelo Gerente de Fiscalização Integrada


e Licenciamento da Secretaria de Administração Regional Municipal correspondente e,
ausente ou impedido o presidente, a sessão será presidida pelo membro com maior
tempo de serviço prestado à JIJFI ou, em caso de empate, pelo membro de maior idade.

§ 3º - O quorum mínimo para julgamento é de 04 (quatro) membros, incluindo o


Presidente da JIJFI.

§ 4º - Os membros suplentes serão convocados para suprir ausência de membros


efetivos, sempre que necessário, em regime de rotatividade.

§ 5º -. Os membros da JIJFI serão designados para um mandato de 01 (um) ano,


admitida a recondução.

§ 6º - Nas Secretarias de Administração Regional Municipal, quando a quantidade de


processos fiscais for significativa, o presidente da JIJFI deverá providenciar a realização
de reuniões suplementares com a participação dos membros suplentes, pelo período que
considerar suficiente para que os processos sejam julgados dentro dos prazos
preconizados neste Regulamento.

Art. 13 - Compete às JIJFIs julgar, no âmbito administrativo, de forma isolada, em


primeira instância administrativa, as defesas contra autuações, conforme disposto no art.
1º deste Regulamento.

Art. 14 - Compete aos membros da JIJFI:


I - comparecer às sessões da JIJFI e participar das discussões e debates para
esclarecimentos;
II - examinar e sanear os processos que lhes forem distribuídos;
III - apresentar, na sessão da JIJFI, relatório e parecer conclusivo por escrito e proferir
voto na ordem estabelecida;
IV - pedir vistas ao processo quando divergir do relator, para proferir voto por escrito e
fundamentado;
V - emitir parecer consultivo sobre matéria de competência do órgão, por solicitação
expressa do Presidente;
VI - elaborar ementas dos acórdãos que lhe disserem respeito;
VII - se necessário, solicitar diligências, esclarecimentos, réplicas, tréplicas fiscais e
vistas ou requisitar documentos, laudos, pareceres ou quaisquer informações que julgar
úteis para o processo fiscal analisado e, quando conveniente, pedir a retirada do
processo da pauta de julgamento.

Art. 15 - São atribuições do Presidente da JIJFI:


I - presidir as reuniões da JIJFI;
II - proferir voto ordinário e, quando necessário, voto de qualidade, devendo este ser
fundamentado;
III - aprovar os relatórios de julgamentos da junta a serem publicados no DOM;
539

IV - convocar sessões extraordinárias, quando necessário;


V - determinar as diligências solicitadas pelos membros julgadores;
VI - recorrer de ofício à JIRFI nas hipóteses previstas neste Regulamento;
VII - remeter os processos ao Secretário de Administração Regional Municipal, ao
Secretário Adjunto de Administração Regional Municipal ou ao Secretário Municipal
Adjunto de Fiscalização, quando por estes avocados.

Art. 16 - São atribuições do Secretário da JIJFI:


I - elaborar relatório mensal de presenças e número de relatórios julgados por membro
para fins de pagamento de jetons;
II - elaborar relatórios estatísticos;
III - secretariar os trabalhos das sessões;
IV - secretariar e executar as tarefas administrativas das JIJFIs;
V - distribuir aos membros das JIJFIs, de forma equânime, os processos para
julgamento;
VI - providenciar a publicação no DOM da pauta das sessões de julgamento e dos atos
referentes à decisão das JIJFIs;
VII - encaminhar os recursos para a JIRFI com as informações constantes do formulário
específico;
VIII - verificar se o processo a ser encaminhado para relatoria está completo, solicitando,
caso necessário, a juntada das cópias dos documentos faltantes à gerência de
fiscalização responsável, para subsidiar o julgamento tanto em primeira como em
segunda instância.

CAPÍTULO V
DA JUNTA INTEGRADA DE RECURSOS FISCAIS - JIRFI

Art. 17 - A JIRFI será composta por membros designados pelo Prefeito, escolhidos
dentre servidores e empregados ocupantes de cargos e empregos públicos efetivos e
comissionados, indicados pelo Secretário Municipal de Serviços Urbanos, e por
profissionais de entidades convidadas, indicados formalmente pelos presidentes dessas
entidades, na proporção de 2/3 (dois terços) de servidores para 1/3 (um terço) de
membros das entidades, com capacitação técnica para o exercício da função, contendo,
ainda, 02 (duas) Câmaras, cada uma com a seguinte composição:
I - 06 (seis) membros titulares e respectivos suplentes, sendo, no mínimo, 01 (um)
membro titular e 01 (um) membro suplente da carreira da Fiscalização Integrada e igual
número de membros da área de licenciamento;
II - um presidente;
III - um secretário com atribuição exclusiva.

§ 1º - Não poderão participar da composição a que se refere o caput deste artigo os


titulares das Gerências de 2º e 3º níveis que compõem a Gerência Regional de
Fiscalização Integrada e Licenciamento e os titulares das Gerências que compõem a
estrutura da Secretaria Municipal Adjunta de Fiscalização.
540

§ 2º - A Presidência da JIRFI será ocupada por servidor designado pelo Prefeito e


responderá pela presidência das 02 (duas) câmaras.

§ 3º - Na falta do presidente, assumirá o servidor titular mais antigo presente na sessão


de julgamento.

§ 4º - O Secretário da JIRFI responderá pelos trabalhos de secretaria das 02 (duas)


câmaras.

§ 5º - O quorum mínimo para julgamento é de 05 (cinco) membros, incluindo o


Presidente da JIRFI.

§ 6º - Os membros da JIRFI serão designados para um mandato de 01 (um) ano,


permitida a recondução por igual período.

§ 7º - Não existe impedimento para que o titular de uma câmara seja suplente da outra
câmara.

Art. 18 - Compete à JIRFI, em última instância no âmbito administrativo:


I - julgar os recursos voluntários interpostos pelo administrado ou pelo agente fiscal da
ação julgada, contra a decisão da JIJFI;
II - julgar os recursos encaminhados, de oficio, pelos presidentes das juntas de primeira
instância;
III - julgar novas solicitações de prorrogação de prazo, atendendo o disposto no § 2º do
art. 10;
IV - instituir súmula, com efeito vinculante, para julgados idênticos recorrentes.

Parágrafo único - A súmula deverá ser votada em sessão conjunta das Câmaras, com
aprovação mínima de dois terços dos votantes.

Art. 19 - São atribuições do Presidente da JIRFI:


I - presidir as sessões das câmaras;
II - proferir voto ordinário e, quando necessário, voto de desempate, devendo este ser
fundamentado;
III - aprovar os relatórios de julgamentos da junta a serem publicados no DOM;
IV - convocar sessões extraordinárias;
V - determinar diligências solicitadas pelos membros julgadores;
VI - determinar a remessa de processos ao Prefeito ou ao Secretário Municipal de
Serviços Urbanos, quando por estes diretamente avocados;
VII - mandar publicar súmula com efeito vinculante para julgados recorrentes;
VIII - solicitar treinamento dos membros das juntas;
IX - propor atualizações de normas municipais.

Parágrafo único - O Presidente poderá determinar a publicação integral de decisão que


julgar relevante do ponto de vista doutrinário.
541

Art. 20 - São atribuições dos membros da JIRFI:


I - comparecer às sessões da Junta e participar dos debates para esclarecimentos;
II - examinar e sanear os processos que lhes forem distribuídos;
III - apresentar relatório e parecer conclusivo por escrito e proferir voto na ordem
estabelecida;
IV - pedir vistas ao processo, quando divergir do relator, para proferir voto por escrito e
fundamentado;
V - emitir parecer consultivo sobre matéria de competência do órgão, por solicitação
expressa do presidente;
VI - elaborar ementas dos acórdãos que lhe disserem respeito;
VII - solicitar diligências, esclarecimentos, réplicas e tréplicas fiscais, vistas ou requisitar
documentos, laudos ou quaisquer informações que julgar úteis para o processo fiscal
analisado e, quando conveniente, pedir a retirada do processo da pauta de julgamento.

Art. 21 - São atribuições do Secretário da JIRFI:


I - fazer relatórios estatísticos mensais de presenças e número de relatorias por membro,
para fins de pagamento de jetons;
II - secretariar os trabalhos das sessões;
III - secretariar e executar as tarefas administrativas da JIRFI;
IV - distribuir aos membros da Junta, de forma aleatória e equânime, os processos para
julgamento;
V - providenciar a publicação no DOM da pauta das sessões de julgamento e dos atos
referentes às decisões das Juntas;
VI - elaborar procedimentos e fluxos de encaminhamento de processos.

CAPÍTULO VI
DO AVOCAMENTO DE PROCESSO

Seção I
Do Avocamento de Processo em Primeira Instância

Art. 22 - Por delegação do Secretário Municipal de Serviços Urbanos, o Secretário de


Administração Regional Municipal ou o Secretário Adjunto de Administração Regional
Municipal, quando julgarem necessário, poderão avocar a decisão de processo
administrativo em curso de julgamento na JIJFI que atua no âmbito de sua secretaria, por
instrumento escrito e devidamente fundamentado.

Parágrafo único - Da decisão a que se refere o caput deste artigo caberá recurso ao
Secretário Municipal de Serviços Urbanos.

Seção II
Do Avocamento de Processo em Segunda Instância
542

Art. 23 - O Secretário Municipal de Serviços Urbanos ou o Secretário Municipal Adjunto


de Fiscalização, por delegação do primeiro, poderão avocar a decisão de processo
administrativo em curso de julgamento na junta de segunda instância, por instrumento
escrito e devidamente fundamentado.

Parágrafo único - Da decisão avocada pelos Secretários mencionados no caput deste


artigo caberá recurso ao Prefeito.

CAPÍTULO VII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24 - Os julgamentos nas Juntas Integradas de Julgamento Fiscal e na Junta


Integrada de Recursos Fiscais far-se-ão conforme dispuser o Regimento Interno, baixado
por portaria do Secretário Municipal de Serviços Urbanos.

Art. 25 - As defesas e os recursos deverão ser julgados no prazo máximo de 60


(sessenta) dias, contados da sua protocolização, exceto em situações expressamente
fundamentadas, sob pena de medidas legais cabíveis.

§ 1º - O membro relator poderá pedir adiamento da apresentação do seu relatório até a


segunda sessão subsequente à marcada para o julgamento.

§ 2º - No caso de excesso de pedidos, que inviabilize o prazo estabelecido no caput


deste artigo, o presidente da junta poderá determinar sessões extraordinárias das
câmaras.

§ 3º - As prorrogações de prazo concedidas, tanto na primeira como na segunda


instância, serão contadas a partir da solicitação desse prazo protocolizada pelo
administrado junto à área responsável da Administração Municipal.

§ 4º - A observância do prazo estabelecido no caput deste artigo deverá ocorrer 06 (seis)


meses após a publicação deste Regulamento.

§ 5º - Durante o período compreendido entre a publicação deste Regulamento e o prazo


fixado no § 4º deste artigo, considerar-se-á o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias
para julgamento das defesas e recursos.

Art. 26 - Perde a qualidade de membro da Junta Integrada de Julgamento Fiscal e da


Junta Integrada de Recursos Fiscais, o servidor que for exonerado, demitido ou afastado
por período superior a 03 (três) meses e ainda aquele que faltar sem justificativa a 03
(três) seções consecutivas ou 06 (seis) alternadas no decorrer do mandato.

Art. 27 - Este Regulamento entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 11 de novembro de 2011


543

DECRETO Nº 14.652, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2011


Dispõe sobre alocação, denominação e atribuições dos
órgãos de terceiro grau hierárquico e respectivos
subníveis da estrutura organizacional da Administração
Direta do Executivo, nas Secretarias de Administração
Regional Municipal e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do
art. 108 da Lei Orgânica do Município, e em conformidade com o disposto na Lei nº
9.011, de 1º de janeiro de 2005, e suas alterações, decreta:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Os órgãos comuns do terceiro grau hierárquico da estrutura organizacional das


Secretarias de Administração Regional Municipal estão estruturados em gerências,
escalonadas em até três subníveis.

Parágrafo único - Integra a Secretaria de Administração Regional Municipal a Secretaria


Adjunta de Administração Regional Municipal, a cujo titular compete atuar em parceria
com o Secretário de Administração Regional Municipal e substituí-lo em suas ausências
ou impedimentos.

Art. 2º - As gerências e demais subníveis da Secretaria de Administração Regional


Municipal são as seguintes:
I - Gerência Regional de Administração e Finanças, de 1º nível - classe C:
I.1 - Gerência Regional Administrativo-Financeira, de 2º nível;
I.2 - Gerência Regional de Serviços Gerais, de 2º nível;
II - Gerência Regional de Manutenção, de 1º nível - classe C:
II.1 - Gerência Regional de Manutenção Viária, de 2º nível;
II.2 - Gerência Regional de Manutenção de Próprios, de 2º nível;
II.3 - Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes, de 2º nível;
II.4 - Gerência Regional de Áreas de Risco, de 2º nível;
II.0.1 - Gerência de Projetos, de 3º nível;
III - Gerência Regional de Limpeza Urbana, de 1º nível - classe C:
III.1 - Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares, de 2º nível;
IV - Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada de 1º nível - classe C:
IV.1 - Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico, de 2º nível:
IV.1.1 - Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades e Mobiliário
Urbano, de 3º nível;
IV.1.2 - Gerência Regional de Arquitetura e Engenharia Públicas, de 3º nível;
IV.2 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada I, de 2º nível;
IV.3 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada II, de 2º nível;
IV.4 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada III, de 2º nível;
544

IV.5 - Gerência Regional de Fiscalização Integrada IV, de 2º nível.


V - Gerência Regional de Educação, de 1º nível - classe C:
V.1 - Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar, de 2º nível;
V.2 - Gerência Regional Pedagógica, de 2º nível;
V.3 - Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola, de 2º nível;
VI - Gerência de Distrito Sanitário, de 1º nível - classe C:
VI.1 - Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia, de 2º nível;
VI.2 - Gerência Distrital de Atenção à Saúde, de 2º nível;
VI.3 - Gerência Distrital de Controle de Zoonoses, de 2º nível;
VI.4 - Gerência Distrital de Vigilância Sanitária, de 2º nível;
VI.0.1 - Gerência Distrital de Gestão do Trabalho, de 3º nível;
VII - Gerência Regional de Políticas Sociais, de 1º nível - classe C:
VII.1 - Gerência Regional de Assistência Social, de 2º nível;
VII.1.1 - Gerência Regional de Atendimento Social, de 3º nível;
VII.1.2 - Gerência Regional de Programas Sociais, de 3º nível;
VII.2 - Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer e
Feiras, de 2º nível;
VII.3 - Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de
Trabalho, de 2º nível
VIII - Gerência Regional de Comunicação Social, de 2º nível;
IX - Gerência Regional do Orçamento Participativo, de 2º nível;
X - Gerência Regional de Atendimento ao Cidadão, de 3º nível.

§ 1º - Além das gerências mencionadas neste artigo, também integram a Secretaria de


Administração Regional Municipal Centro-Sul:
I - Gerência Regional do Terminal Rodoviário, de 1º nível - classe A;
II - Gerência Regional de Centros de Comércio Popular, de 1º nível - classe C;
III - Gerência Regional de Projetos Urbanos de Requalificação do Hipercentro, de 1º nível
- classe C.
IV - Gerência Regional de Ações Sociais do Hipercentro, de 2º nível;
V - Gerência Regional de Feiras Permanentes, de 3º nível;
VI - Gerência Regional de Fiscalização de Atividades Especiais, de 3º nível;
VII - Gerência Regional de Depósito, de 3º nível;
VIII - Gerência Regional de Atividades Noturnas e Gerência Regional de Varrição e
Serviços Complementares dos Aglomerados e Vilas, de 3º nível, vinculadas à Gerência
Regional de Varrição e Serviços Complementares, de 2º nível;
IX - Gerência Regional de Licenciamento de Atividades Desenvolvidas em Vias Urbanas
e Mobiliário Urbano, de 3º nível, vinculada à Gerência Regional de Licenciamento
Urbanístico, de 2º nível.

§ 2º - Além das gerências mencionadas neste artigo, também integra a Secretaria de


Administração Regional Municipal Centro-Sul, a Secretaria de Administração Regional
Municipal Barreiro, a Secretaria de Administração Regional Municipal Nordeste e a
Secretaria de Administração Regional Municipal Oeste, uma Gerência Regional de
545

Fiscalização Integrada V, de 2º nível, vinculada à Gerência Regional de Licenciamento e


Fiscalização Integrada, de 1º nível, de cada uma das secretarias retromencionadas.

CAPÍTULO II
DAS GERÊNCIAS DAS SECRETARIAS DE ADMINISTRAÇÃO REGIONAL MUNICIPAL

Seção I
Da Gerência Regional de Administração e Finanças

Art. 3º - À Gerência Regional de Administração e Finanças compete:


I - coordenar, segundo princípios e normas estabelecidos pela Secretaria de
Administração Regional Municipal e pelas Secretarias Municipais de Administração e
Recursos Humanos e de Finanças, a execução da política administrativa e financeira da
Secretaria, dirigir e promover a execução das respectivas atividades;
II - coordenar a elaboração da proposta do orçamento anual da Secretaria de
Administração Regional Municipal, das Secretarias Adjuntas de Administração Regional
de Serviços Urbanos e de Serviços Sociais, e distribuição das respectivas cotas
trimestrais;
III - supervisionar os serviços administrativos e de execução financeira e orçamentária;
IV - promover a fiscalização da correta aplicação de recursos financeiros e determinar a
apuração de irregularidades;
V - promover a obtenção, tratamento e fornecimento de dados e informações estatísticas
sobre recursos humanos, materiais, patrimônio, contratos, instrumentos financeiros e
orçamentários de interesse das Secretarias Regionais;
VI - encaminhar denúncias de extravios de bens públicos municipais, em articulação com
a Gerência de Patrimônio da Secretaria Municipal de Administração e Recursos
Humanos;
VII - disponibilizar apoio logístico e supervisionar, em colaboração com a Fundação de
Parques Municipais, as necrópoles municipais instaladas na circunscrição regional;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 4º - Integram a Gerência Regional de Administração e Finanças as seguintes


gerências de 2º nível:
I - Gerência Regional Administrativo-Financeira;
II - Gerência Regional de Serviços Gerais.

Subseção I
Da Gerência Regional Administrativo-Financeira

Art. 5º - À Gerência Regional Administrativo-Financeira compete:


I - programar, controlar, realizar e avaliar a execução físico-financeira dos planos,
programas, projetos e atividades previstas no Orçamento Anual, segundo diretrizes
definidas pela Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Informação;
546

II - elaborar proposta preliminar de cotas às unidades orçamentárias, com base na


participação relativa de cada uma no Orçamento, nas prioridades de trabalho definidas e
na disponibilidade financeira da Secretaria;
III - promover o levantamento das necessidades, organizar e propor a programação de
compras e a formação dos estoques reguladores, observadas as políticas e diretrizes
emanadas da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos;
IV - executar as aquisições e controlar os contratos e demais ajustes firmados,
acompanhar sua execução físico-financeira e prestação de contas;
V - controlar a movimentação de bens móveis entre unidades da Secretaria, observadas
as políticas e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Administração e Recursos
Humanos;
VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II
Da Gerência Regional de Serviços Gerais

Art. 6º - À Gerência Regional de Serviços Gerais compete:


I - receber, registrar, autuar e distribuir petições, processos, documentos e
correspondências;
II - programar e executar os serviços de reprografia e telefonia da Secretaria;
III - inspecionar, periodicamente, as instalações elétrica e hidráulica, bem como os
equipamentos de defesa contra incêndio e providenciar os reparos necessários;
IV - promover e executar os serviços de limpeza, manutenção e reparos das unidades da
Secretaria;
V - programar e executar os serviços de vigilância das unidades da Secretaria;
VI - controlar a utilização e operação de veículos próprios e alugados, segundo
orientações da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, incluindo:
a) a elaboração da escala de serviços, de modo a atender com eficiência as requisições
das gerências;
b) a apropriação das horas de serviço de veículos próprios e alugados e controle de
custo.
VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
VIII - dar suporte administrativo ao gerenciamento do cemitério, da capela e do velório
localizados na área de sua abrangência.

Seção II
Da Gerência Regional de Manutenção

Art. 7º - À Gerência Regional de Manutenção compete:


I - implementar e fiscalizar a execução dos serviços e obras de manutenção de vias e
infraestrutura urbanas, edificações públicas, ouvida a Secretaria Municipal
correspondente;
547

II - operacionalizar o Programa Estrutural de Área de Risco, em colaboração com a


URBEL;
III - administrar a frota de veículos, máquinas e equipamentos de obras sob sua
responsabilidade;
IV - exercer controle sobre os custos dos serviços, visando a atualização mensal do
cronograma de desembolso e previsão orçamentária;
V - coordenar os estudos e a elaboração dos orçamentos, termos de referência e
solicitações de contratação dos serviços de manutenção, mediante diretrizes da
Secretaria Municipal de Políticas Urbanas;
VI - aprovar as medições de obras e serviços executados, propondo a aplicação de
multas e sanções aos executores inadimplentes;
VII - coordenar a organização e manutenção do cadastro das intervenções executadas, a
fim de manter atualizado o arquivo técnico da Secretaria;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 8º - Integram a Gerência Regional de Manutenção as seguintes gerências:


I - Gerência Regional de Manutenção Viária, de 2º nível;
II - Gerência Regional de Manutenção de Próprios, de 2º nível;
III - Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes, de 2º nível;
IV - Gerência Regional de Áreas de Risco, de 2º nível;
V - Gerência de Projetos, de 3º nível.

Subseção I
Da Gerência Regional de Manutenção Viária

Art. 9º - À Gerência Regional de Manutenção Viária compete:


I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução do programa de conservação e
manutenção de vias urbanas e áreas especiais a cargo da Secretaria, zelando pela
observância dos cronogramas e padrões de qualidade estabelecidos;
II - estabelecer o controle físico-financeiro, bem como o controle tecnológico dos
materiais a serem utilizados nos serviços;
III - efetuar as medições de serviços executados, conforme normas e padrões
estabelecidos pela Administração, sugerindo aplicação de multas e sanções aos
executores inadimplentes;
IV - programar a execução dos serviços de terraplanagem, encascalhamento, aterro,
corte, correção de erosão, tapa-buraco, limpeza, reparo, conservação e desobstrução de
vias, becos, estradas, córregos, drenos, galerias, poços de visita, pontes, manilhas,
bocas-de-lobo, pequenos serviços de construção de rede pluvial, sarjeta, meia-cana,
muro de arrimo, meio-fio e recuperação de passeio danificado na execução de serviços
da unidade, em conjunto com as empresas contratadas;
V - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados de rotina e
extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas;
VI - promover a guarda e o controle da utilização dos veículos, máquinas e equipamentos
sob sua responsabilidade;
548

VII - promover a organização e manter atualizado o cadastro das vias, logradouros e


estradas sob sua responsabilidade;
VIII - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
IX - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II
Da Gerência Regional de Manutenção de Próprios

Art. 10 - À Gerência Regional de Manutenção de Próprios compete:


I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução do programa de manutenção de
Próprios Municipais a cargo da Secretaria, cuidando para sejam obedecidos os
cronogramas e padrões de qualidade estabelecidos;
II - estabelecer o controle físico-financeiro, bem como o controle tecnológico das
intervenções;
III - gerenciar a execução do levantamento das necessidades de manutenção dos
Próprios Municipais e manter atualizado seu cadastro;
IV - efetuar as medições de serviços executados, conforme normas e padrões da
Secretaria Municipal de Políticas Urbanas e sugerir aplicação de multas e sanções aos
executores inadimplentes;
V - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados de rotina e
extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas;
VI - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua
responsabilidade;
VII - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção III
Da Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes

Art. 11 - À Gerência Regional de Jardins e Áreas Verdes compete:


I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução do programa de conservação,
manutenção e restauração de jardins, áreas verdes, praças, canteiros, taludes e dos
serviços de poda a cargo da Secretaria, cuidando para que sejam obedecidos os
cronogramas e padrões de qualidade estabelecidos;
II - estabelecer o controle físico-financeiro e tecnológico dos serviços;
III - efetuar as medições de serviços prestados, conforme normas e padrões da
Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente e sugerir aplicação de multas e sanções
aos executores inadimplentes;
IV - subsidiar a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente com dados de rotina e
extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas;
V - promover a guarda e o controle da utilização dos equipamentos e máquinas sob sua
responsabilidade;
549

VI - promover a organização e manter atualizado o cadastro dos jardins, praças, áreas


verdes, canteiros e taludes sob sua responsabilidade;
VII - fiscalizar o cumprimento das normas de segurança do trabalho;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção IV
Da Gerência Regional de Áreas de Risco

Art. 12 - À Gerência Regional de Áreas de Risco compete:


I - operacionalizar o Programa Estrutural de Áreas de Risco, em colaboração com a
URBEL;
II - promover as ações educativas de conscientização da comunidade sobre questões
relativas à ocupação de áreas de risco, junto aos Núcleos de Defesa Civil;
III - desenvolver as ações necessárias à remoção de famílias das áreas de risco e
realizar demolições das respectivas moradias;
IV - acompanhar os processos de desocupação de áreas de risco e fiscalizar a utilização
adequada das áreas desocupadas;
V - promover vistorias e monitoramento em áreas de risco;
VI - executar, em parceria com a URBEL, obras emergenciais em áreas de risco;
VII - participar do sistema de plantão em períodos de chuva;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção V
Da Gerência de Projetos

Art. 13 - À Gerência de Projetos compete:


I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução de projetos a cargo da Secretaria,
cuidando para que sejam obedecidos os cronogramas e padrões de qualidade
estabelecidos;
II - coordenar, promover e analisar a elaboração de estudos preliminares, anteprojetos e
projetos executivos, viários e civis, conforme programação;
III - preparar a documentação necessária para a viabilização das obras;
IV - elaborar as planilhas de custo direto e orçamento dos projetos mediante diretrizes da
Secretaria Municipal Políticas Urbanas;
V - elaborar o cronograma físico-financeiro;
VI - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados de rotina e
extraordinários, para definições e aperfeiçoamento de padrões e normas técnicas;
VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção III
Da Gerência Regional de Limpeza Urbana
550

Art. 14 - À Gerência Regional de Limpeza Urbana compete:


I - apoiar a Superintendência de Limpeza Urbana na execução do Plano Diretor de
Limpeza Urbana do Município;
II - organizar, dirigir e controlar a execução das atividades de multitarefa, varrição e
serviços complementares, fornecendo subsídios à Superintendência de Limpeza Urbana
para a fixação de políticas de ação;
III - acompanhar e monitorar o desenvolvimento dos programas, projetos e atividades de
limpeza urbana, em articulação com a Superintendência de Limpeza Urbana;
IV - examinar processos, emitir pareceres e redigir informações sobre matéria
relacionada com a sua Gerência, interpretando e aplicando regulamentos e outros
dispositivos legais;
V - sistematizar periodicamente as informações oriundas de execução das diversas
atividades de limpeza urbana executadas diretamente ou por contratados, para fins de
elaboração de relatório de acompanhamento e pagamento;
VI - identificar e encaminhar demandas específicas relativas às ações de apoio às
atividades de limpeza urbana a outras áreas e/ou gerências afins;
VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
VIII - orientar e fiscalizar a população quanto a obediência às normas técnicas,
regulamentos e demais legislações de limpeza urbana.

Art. 15 - Integra a Gerência Regional de Limpeza Urbana a Gerência Regional de


Varrição e Serviços Complementares, de 2º nível.

Subseção I
Da Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares

Art. 16 - À Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares compete:


I - supervisionar a execução dos serviços e a varrição manual ou mecanizada das vias e
logradouros públicos, incluindo a remoção do lixo proveniente dessas atividades e dos
cestos coletores de lixo leve;
II - controlar, supervisionar e executar serviços complementares à varrição assim
caracterizados: a lavação de vias públicas, capina, roçada manual ou mecanizada,
multitarefas e serviços de pá carregadeiras, caminhões poliguindastes, capina química,
locais degradados pela decomposição de resíduos (ponto limpo e ponto verde) e
unidades de recebimento temporário de resíduos;
III - efetuar as medições das atividades executadas diretamente e contratadas para fins
de elaboração de relatórios de acompanhamento e pagamento;
IV - programar, controlar e executar a limpeza das margens dos córregos e executar os
serviços de emergência de limpeza pública;
V - requisitar e controlar os materiais, equipamentos e ferramentas de uso operacional;
VI - supervisionar o uso dos Micropontos de Apoio - MPA's - e sedes de varrição;
VII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.
551

Art. 17 - Integram a Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares da


Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul as seguintes gerências, de 3º
nível:
I - Gerência Regional de Atividades Noturnas;
II - Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares dos Aglomerados e Vilas.

Art. 18 - À Gerência Regional de Atividades Noturnas compete:


I - controlar, supervisionar e executar a varrição manual ou mecanizada das vias e
logradouros públicos, incluindo a remoção do lixo proveniente dessas atividades e dos
cestos coletores de lixo leve;
II - controlar, supervisionar e executar os serviços de lavação de vias públicas;
III - fiscalizar os serviços de varrição, no que se refere ao cumprimento de programações,
itinerários, horários e cláusulas contratuais;
IV - efetuar as medições das atividades de varrição;
V - executar outras tarefas, de acordo com as atribuições próprias de sua unidade
administrativa e da natureza de seu trabalho, conforme determinação superior;
VI - requisitar e controlar os materiais, equipamentos e ferramentas de uso operacional;
VII - controlar, supervisionar e executar o recolhimento de animais mortos de pequeno e
grande portes;
VIII - elaborar e submeter, periodicamente, à apreciação e análise superior, relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
IX - atuar em projeto especial que lhe seja atribuído.

Art. 19 - À Gerência Regional de Varrição e Serviços Complementares dos Aglomerados


e Vilas compete:
I - controlar, supervisionar e executar serviços de varrição manual ou mecanizada das
vilas e aglomerados, incluindo a remoção de lixo proveniente dessas atividades e dos
cestos coletores de lixo;
II - executar a capina em vilas;
III - programar e executar a limpeza de bocas de lobo e grades em vilas;
IV - programar a instalação e remoção de caçambas em vilas;
V - programar, controlar e executar a limpeza das margens dos córregos e executar os
serviços de emergência de limpeza pública nas vilas;
VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção IV
Da Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada

Art. 20 - À Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada, compete:


I - coordenar as ações relativas ao licenciamento urbanístico, ambiental e de posturas no
âmbito regional, no que for definido pela Secretaria Municipal de Políticas Urbanas;
II - coordenar as ações relativas ao licenciamento de eventos, de atividades temporárias
e mobiliário urbano;
552

III - coordenar as ações relativas à fiscalização nas áreas de atividades em vias urbanas,
controle ambiental, limpeza urbana, obras e posturas;
IV- coordenar a fiscalização de eventos especiais e atividades temporárias;
V - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 21 - Integram à Gerência Regional de Licenciamento e Fiscalização Integrada as


seguintes gerências de 2º nível:
I - Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico;
II - Gerência Regional de Fiscalização Integrada I;
III - Gerência Regional de Fiscalização Integrada II;
IV - Gerência Regional de Fiscalização Integrada III;
V - Gerência Regional de Fiscalização Integrada IV.

Parágrafo único - Além das gerências mencionadas neste artigo, também integram as
Gerências Regionais de Licenciamento e Fiscalização Integrada das Secretarias de
Administração Regional Municipal Centro-Sul, Barreiro, Nordeste e Oeste, a Gerência
Regional de Fiscalização Integrada V.

Subseção I
Da Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico

Art. 22 - À Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico compete:


I - programar e gerenciar a ações relativas ao licenciamento urbanístico no âmbito
regional, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
II - gerenciar as atividades de licenciamento de posturas, bem como as atividades
desenvolvidas em vias urbanas, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana;
III - programar e gerenciar as ações relativas ao licenciamento ambiental no âmbito
regional, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente;
IV - gerenciar programas especiais, de caráter preventivo ou corretivo, que impliquem em
atividades de regularização de uso e ocupação do solo e de prestação de serviços
técnicos de assessoria, nas áreas de arquitetura e engenharia públicas, em colaboração
com a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas;
V - planejar e coordenar as atividades relativas ao fornecimento de assessoria técnica
gratuita, na elaboração de projetos de arquitetura e engenharia e no acompanhamento
de execução de obras para população, no âmbito de suas atribuições;
VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 23 - Integram a Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico as seguintes


gerências de 3º nível:
I - Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades e Mobiliário
Urbano;
II - Gerência Regional de Arquitetura e Engenharia Públicas.
553

Art. 24 - À Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades e


Mobiliário Urbano compete:
I - orientar os munícipes quanto aos procedimentos necessários ao licenciamento ou
regularização de edificações;
II - licenciar a execução de demolições e reformas de edificações;
III - licenciar movimento de terra e entulho;
IV - analisar e licenciar eventos de caráter temporário;
V - analisar e licenciar os serviços de podas e supressões de espécies arbóreas, em
colaboração com as Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente;
VI - analisar e licenciar a utilização de fontes sonoras, em colaboração com a Secretaria
Municipal Adjunta de Meio Ambiente;
VII - analisar e licenciar a instalação de engenhos de publicidade e a instalação de
mobiliário urbano em logradouros públicos e feiras, em colaboração com a Secretaria
Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Parágrafo único - À Gerência Regional de Licenciamento de Obras, Eventos, Atividades


e Mobiliário Urbano da Secretaria de Administração Regional Municipal Centro-Sul
compete:
I - orientar os munícipes quanto aos procedimentos necessários ao licenciamento ou à
regularização das edificações;
II - licenciar a execução de demolições e reformas de edificações;
III - licenciar movimento de terra e entulho;
IV - analisar e licenciar os serviços de podas e supressões de espécies arbóreas em
colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de Meio Ambiente;
V - analisar e licenciar a instalação de engenhos de publicidade em colaboração com a
Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
VI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Art. 25 - À Gerência de Arquitetura e Engenharia Públicas compete:


I - coordenar os serviços de apoio operacional às atividades de arquitetura e engenharia
públicas, gerenciando o suporte material, pessoal e logístico para garantir o êxito das
operações;
II - preparar e submeter periodicamente a supervisão relatório estatístico e gerencial das
atividades desenvolvidas;
III - atender e identificar as demandas individuais da comunidade usuária do Serviço
Municipal de Arquitetura e Engenharia Públicas, verificando a situação de regularidade
do imóvel;
IV - orientar o cidadão quanto aos encaminhamentos e procedimentos cabíveis em
relação à respectiva demanda, de acordo com as normas do Serviço;
554

V - encaminhar os casos de atendimento gratuito do Programa de Arquitetura e


Engenharia Públicas em vilas e favelas à URBEL para verificação de situações de risco
construtivo;
VI - encaminhar as demandas, após as devidas triagens, para a Secretaria Municipal
Adjunta de Regulação Urbana;
VII - prestar informações periódicas sobre os serviços à Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana.

Art. 26 - Integra a Gerência Regional de Licenciamento Urbanístico, da Secretaria de


Administração Regional Municipal Centro-Sul, a Gerência Regional de Licenciamento de
Atividades Desenvolvidas em Vias Urbanas e Mobiliário Urbano, de 3º nível, à qual
compete:
I - analisar e licenciar a utilização de fontes sonoras, em colaboração com a Secretaria
Municipal Adjunta de Meio Ambiente;
II - analisar e licenciar a instalação de mobiliário urbano, para o exercício de atividades,
em logradouros públicos, em colaboração com a Secretaria Municipal Adjunta de
Regulação Urbana;
III - analisar e licenciar eventos de caráter temporário e feiras, em colaboração com a
Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana;
IV - elaborar e submeter, periodicamente, à apreciação e análise superior, relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II
Das Gerências Regionais de Fiscalização Integrada

Art. 27 - Às Gerências Regionais de Fiscalização Integrada compete:


I - dirigir a execução das atividades relativas à Fiscalização Integrada no âmbito do
Território a qual corresponda sua atuação e em toda circunscrição regional, em
colaboração com os demais órgãos da Administração;
II - coordenar as ações de fiscalização relativas às áreas de atividades em vias urbanas,
controle ambiental, limpeza urbana, obras e posturas.
III - coordenar os serviços de apoio operacional às atividades de fiscalização integrada,
gerenciando o suporte material, pessoal e logístico para garantir o êxito das operações;
IV - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção V
Da Gerência Regional de Educação

Art. 28 - À Gerência Regional de Educação compete:


I - orientar, supervisionar e coordenar, segundo política e diretrizes emanadas da
Secretaria Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Educação, o
funcionamento das escolas municipais, a execução de programas, a aplicação de
métodos e processos e a condução de atividades, com vistas a aprimorar a qualidade e
produtividade do ensino;
555

II - planejar, coordenar e supervisionar as atividades relacionadas com a distribuição,


lotação e desempenho do pessoal docente e administrativo das escolas;
III - coordenar e supervisionar a distribuição de material didático, merenda e
disponibilização de transporte aos alunos da rede municipal;
IV - oferecer ao pessoal do magistério da rede própria e das escolas de educação
infantil, com o apoio e em parceria com o CAPE, oportunidades de analisar e discutir
problemas comuns, bem como formular e desenvolver ações de formação;
V - encaminhar à Secretaria Adjunta de Administração Regional de Serviços Urbanos as
proposições de projetos de ampliação, reforma e manutenção das escolas;
VI - manter, aprimorar e coordenar as atividades e infraestrutura das salas de educação
especial;
VII - supervisionar e controlar a aplicação e prestação de contas dos recursos financeiros
destinados às caixas escolares;
VIII - zelar pela construção e fortalecimento do Sistema Municipal de Ensino e da Escola
Plural.
IX - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Parágrafo único - À Gerência Regional de Educação estão subordinadas as Escolas


Municipais e as Unidades Municipais de Educação Infantil.

Art. 29 - Integram a Gerência Regional de Educação as seguintes gerências de 2º nível:


I - Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar;
II - Gerência Regional Pedagógica;
III - Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola.

Subseção I
Da Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar

Art. 30 - À Gerência Regional de Planejamento e Atendimento Escolar compete:


I - assessorar administrativamente as atividades das escolas da Rede Municipal de
Ensino da regional;
II - manter cadastro atualizado das escolas, bem como dos diretores, vice-diretores e
secretários, diligenciando para que os mesmos tenham registro ou autorização;
III - efetuar e controlar a distribuição e movimentação do pessoal docente e discente nas
escolas;
IV - conferir e encaminhar os dados de frequência do pessoal lotado nas escolas;
V - reproduzir o material administrativo e didático pedagógico solicitado pelas escolas;
VI - prover as escolas da Rede Municipal de Ensino com materiais, mobiliário e
equipamentos necessários à sua manutenção e ensino, respeitada a orientação da
Secretaria Municipal de Educação e as competências das Caixas Escolares;
VII - planejar e desenvolver as ações necessárias para a distribuição de material didático,
merenda e disponibilização de transporte aos alunos da rede municipal;
VIII - realizar estudos de adequação e expansão da rede física escolar;
556

IX - orientar a criação e reorganização de escolas no âmbito do Sistema Municipal de


Ensino;
X - acompanhar a regularização do funcionamento das escolas do Sistema Municipal de
Ensino;
XI - elaborar e divulgar a estatística de ensino da regional;
XII - manter atualizado o arquivo da legislação educacional;
XIII - receber, conferir e encaminhar o Registro de capacidade docente e jornada dos
profissionais de Educação- RECAPE;
XIV - realizar, de acordo com parâmetros dados pela Secretaria Municipal de Educação,
o cadastro escolar e participar e acompanhar as matrículas;
XV - assessorar e acompanhar a prestação de contas das caixas escolares;
XVI - participar dos Fóruns e Conselhos da Regional;
XVII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II
Da Gerência Regional Pedagógica

Art. 31 - À Gerência Regional Pedagógica compete:


I - assessorar pedagogicamente as escolas da regional;
II - assessorar as escolas na elaboração, organização, desenvolvimento e avaliação de
projeto político pedagógico;
III - realizar reuniões periódicas com os diretores, orientadores educacionais e
supervisores pedagógicos para debate de problemas de ensino, avaliação de trabalho e
sugestão de medidas de correção ou ajustamento;
IV - criar e implantar métodos, técnicas e procedimentos didáticos que melhor se
adaptem às características e necessidades do ensino local;
V - discutir formas de avaliação, tempos pedagógicos e registro da vida escolar do aluno;
VI - analisar os planos curriculares e o calendário escolar e propor sugestões;
VII - sistematizar e aprofundar as questões da Escola Plural;
VIII - centralizar a coleta e utilização dos dados necessários à implantação e
aperfeiçoamento do Sistema Municipal de Ensino;
IX - promover atividades de formação para os profissionais do Sistema Municipal de
Ensino;
X - reproduzir e veicular textos informativos;
XI - promover fóruns e encontros regionalizados;
XII - zelar pelo cumprimento das normas/dispositivos emanados da Secretaria Municipal
de Educação;
XIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção III
Da Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola

Art. 32 - À Gerência Regional do Programa Bolsa-Escola compete:


557

I - coordenar, executar, acompanhar e avaliar o processo de cadastramento, seleção e


inclusão das famílias requerentes ao benefício do programa, conforme a legislação
pertinente;
II - acompanhar e controlar a frequência à escola do aluno bolsista;
III - auxiliar a escola e a família no acompanhamento do aluno bolsista;
IV - acompanhar e avaliar as famílias beneficiadas durante o período de permanência no
Programa;
V - manter atualizadas as informações das famílias beneficiadas;
VI - processar e encaminhar à gerência central do programa os expedientes relativos a
pagamento, suspensão, inclusão de requerentes, desligamento e avaliação para a
permanência no programa;
VII - desenvolver as ações necessárias para integração das famílias beneficiadas nos
programas e projetos sociais da Prefeitura;
VIII - criar e manter espaços de discussões intersetoriais com as demais áreas sociais da
regional;
IX - receber denúncias de irregularidades, apurá-las e remetê-las à gerência central do
Programa Bolsa-Escola;
X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior, bem como à
Secretaria Municipal de Políticas Sociais, relatório mensal estatístico e gerencial das
atividades desenvolvidas.

Seção VI
Da Gerência de Distrito Sanitário

Art. 33 - À Gerência de Distrito Sanitário compete:


I - participar na formulação e definição das diretrizes das políticas de Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte;
II - coordenar o planejamento das ações de promoção, prevenção e atenção à Saúde no
âmbito da regional;
III - coordenar, controlar e avaliar os serviços de saúde, próprios e conveniados,
prestados à população da Regional, sugerindo medidas de acerto ou de alteração,
segundo normas e coordenação da Secretaria Municipal de Saúde;
IV - coordenar e regular as atividades e serviços produzidos nas unidades de atenção
básica, urgência, secundária e de apoio distrital;
V - identificar, programar e disponibilizar para a população os serviços complementares
não produzidos pela rede própria;
VI - coordenar e supervisionar ações de Vigilância Sanitária, Controle de Zoonoses,
Saúde do Trabalhador;
VII - estabelecer, segundo políticas e diretrizes definidas pela Secretaria Municipal de
Saúde, e em conjunto com órgãos estaduais e federais que exerçam controle neste
campo, o plano regional de atuação da área de vigilância sanitária, controle
epidemiológico e controle de zoonoses;
VIII - levantar elementos para a formulação, em conjunto com a Secretaria Municipal de
Saúde, da política de instalações, equipamentos, recursos diagnósticos, terapêuticas e
de materiais dos serviços de saúde da Regional;
558

IX - viabilizar o suporte administrativo e operacional para o funcionamento das Unidades


de Saúde, desenvolvimento e administração de RH;
X - garantir a participação popular no âmbito das Comissões Locais de Saúde e do
Conselho Distrital de Saúde;
XI - viabilizar suporte administrativo e operacional para o funcionamento das Comissões
Locais de Saúde e do Conselho Distrital de Saúde;
XII - participar na elaboração de projetos arquitetônicos e de reformas das Unidades de
Saúde;
XIII - desenvolver pesquisas na área de saúde pública;
XIV - garantir a manutenção e atualização e envio à Secretaria Municipal de Saúde do
Banco de Dados de Saúde, contemplando informações epidemiológicas, demográficas,
sócio-econômicas, físico-ambientais e de recursos de saúde, para subsidiar as atividades
de planejamento e de gerência nos diversos níveis;
XV - garantir a manutenção, atualização e envio à Secretaria Municipal de Saúde dos
bancos de dados epidemiológicos, de produção e faturamento do SUS;
XVI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Parágrafo único - À Gerência de Distrito Sanitário estão subordinadas


administrativamente as unidades de atenção básica, secundárias - PAM's, Policlínicas e
unidades de urgência, e de referência distrital - Farmácia, Laboratório e Central de
Esterilização de Materiais.

Art. 34 - Integram a Gerência de Distrito Sanitário as seguintes gerências:


I - Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia, de 2º nível;
II - Gerência Distrital de Atenção à Saúde, de 2º nível;
III - Gerência Distrital de Controle de Zoonoses, de 2º nível;
IV - Gerência Distrital de Vigilância Sanitária, de 2º nível;
V - Gerência Distrital de Gestão do Trabalho, de 3º nível.

Subseção I
Da Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia

Art. 35 - À Gerência Distrital de Regulação, Informação e Epidemiologia compete:


I - controlar e avaliar os serviços próprios, contratados e conveniados no âmbito do
Distrito Sanitário;
II - proceder à programação anual de serviços de saúde próprios, contratados e
conveniados, determinando quantitativos físicos, em consonância com a Secretaria de
Saúde;
III - assessorar as gerências de unidades de saúde e do distrito sanitário no processo de
planejamento, desde a análise da situação, definição de objetivos e metas até o
acompanhamento das atividades e análise dos resultados, tornando a informação um
recurso estratégico para a ação;
559

IV - levantar as necessidades de informações e contribuir na formulação de novos


subsistemas de informação, respondendo por sua implementação e manutenção dos
bancos de dados respectivos;
V - gerenciar a coleta de dados epidemiológicos e de produção das unidades de saúde
do distrito sanitário;
VI - processar os dados coletados, construindo e mantendo os bancos de dados dos
subsistemas epidemiológicos e de produção;
VII - coordenar a realização das ações de vigilância epidemiológica no distrito sanitário;
VIII - realizar estudos epidemiológicos sobre distribuição das doenças na população
adstrita, assim como de seus determinantes;
IX - assessorar a manutenção dos bancos de dados da Zoonoses, da Vigilância sanitária
e de Recursos Humanos distritais;
X - acessar e disponibilizar outros bancos de dados importantes para planejamento das
ações do distrito sanitário que estão sob a coordenação de outras gerências;
XI - realizar cruzamentos entre bancos de dados, visando a geração de informações
necessárias ao planejamento de todas as gerências e unidades do distrito sanitário;
XII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção II
Da Gerência Distrital de Atenção de Saúde

Art. 36 - À Gerência Distrital de Atenção de Saúde compete:


I - administrar, em conjunto com as unidades básicas de saúde, unidades secundárias e
de urgência o atendimento de saúde à população;
II - identificar e analisar a situação de saúde da população de sua área de abrangência e
definir as prioridades de atenção à saúde num processo co-participativo com a
comunidade;
III - definir o perfil e as prioridades das unidades de atendimento à saúde;
IV - coordenar o planejamento e a organização das ações de atenção à saúde da mulher,
da criança, do adulto, saúde mental, saúde bucal, saúde do trabalhador e outros;
V - coordenar no âmbito distrital as ações de vinculação e responsabilização da
população adstrita (BH Vida);
VI - fazer avaliação permanente dos serviços de saúde prestados em sua área de
abrangência;
VII - garantir suporte administrativo, operacional e material às unidades básicas;
VIII - coordenar, prestar assessoria técnica e supervisionar as atividades e projetos
desenvolvidos nas unidades de saúde;
IX - coordenar a inter-relação dos serviços de apoio, de urgência, atenção secundária e
terciária, com unidades básicas;
X - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Parágrafo único - À Gerência Distrital de Atenção à Saúde estão subordinadas as


unidades básicas de saúde.
560

Subseção III
Da Gerência Distrital de Controle de Zoonoses

Art. 37 - À Gerência Distrital de Controle de Zoonoses compete:


I - planejar, coordenar e executar as ações de controle de Zoonoses no âmbito regional,
segundo as políticas e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Saúde e as
orientações da Gerência de Distrito Sanitário;
II - supervisionar sistematicamente os trabalhos dos agentes de campo;
III - realizar ações de controle da dengue, da leishmaniose, de roedores, de escorpião e
de raiva animal;
IV - estabelecer sistemas eficientes de vigilância epidemiológica para rápida identificação
de focos e pronta ação de combate;
V - participar de ações integradas no âmbito regional com as demais áreas de atenção à
saúde e em especial com a Gerência de Limpeza Urbana da Secretaria Municipal
Regional de Serviços Urbanos;
VI - elaborar e implementar programas de aperfeiçoamento do pessoal ligado às
atividades de controle de zoonoses;
VII - promover ações de caráter educativo e de esclarecimento à população;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
mensal estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.

Subseção IV
Da Gerência Distrital de Vigilância Sanitária

Art. 38 - À Gerência Distrital de Vigilância Sanitária compete:


I - planejar, coordenar e executar as ações de fiscalização sanitária no âmbito regional,
segundo políticas e diretrizes emanadas da Secretaria Municipal de Saúde e orientação
da Gerência de Distrito Sanitário;
II - supervisionar sistematicamente os trabalhos de campo dos fiscais sanitários;
III - recensear, mapear e consolidar dados de todos estabelecimentos e locais passíveis
da atuação da vigilância sanitária em conformidade com o Código Sanitário do Município;
IV - receber, triar e encaminhar denúncias e reclamações referentes à Vigilância
Sanitária;
V - realizar vistoria sanitária;
VI - investigar surtos de infecção tóxica alimentar;
VII - participar de ações integradas no âmbito regional com as demais áreas de atenção
à saúde e em especial com a Gerência de Fiscalização de Controle Urbano e Ambiental
da Secretaria Municipal Regional de Serviços Urbanos;
VIII - elaborar e implementar programas de aperfeiçoamento do pessoal ligado às
atividades de vigilância sanitária;
IX - promover ações caráter educativo e de esclarecimento à população;
X - elaborar estudos objetivando a atualização do Código Sanitário Municipal;
XI - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas.
561

Subseção V
Da Gerência Distrital de Gestão do Trabalho

Art. 39 - À Gerência Distrital de Gestão do Trabalho, observadas as diretrizes expedidas


pela Gerência de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde e no âmbito do Distrito
Sanitário, compete:
I - coordenar o processo de incorporação e movimentação de profissionais, visando a
composição/recomposição das equipes de trabalho;
II - proceder, em conjunto com as unidades, o processo de credenciamento e
descredenciamento de profissionais nas equipes de Saúde da Família;
III - administrar o processo de concessão de extensão de jornada a servidores lotados
em unidades e serviços, avaliando periodicamente a necessidade de sua manutenção;
IV - acompanhar o processo de concessão de jornada complementar a servidores
lotados em unidades e serviços, avaliando periodicamente a necessidade de sua
manutenção;
V - administrar a inserção e a movimentação de estagiários;
VI - administrar a manutenção e a atualização do Sistema de Informação e Gestão de
Recursos Humanos;
VII - proceder o controle de frequência, férias e outros expedientes necessários à
elaboração da folha de pagamento de responsabilidade da Secretaria Municipal de
Saúde;
VIII - promover análise dos processos de trabalho, elaborando propostas de intervenção
e acompanhando sua implementação junto às equipes;
IX - planejar, supervisionar e proceder o acompanhamento sócio-funcional dos
trabalhadores;
X - coordenar o processo de avaliação permanente de desempenho dos servidores e das
respectivas gerências, em conjunto com a Gerência de Avaliação de Desempenho da
Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos;
XI - planejar, organizar e supervisionar programas de formação e capacitação
profissional, articulado com os diversos níveis, obedecidas as diretrizes da política de
educação permanente, coordenada pelo Centro de Educação em Saúde;
XII - coordenar processos seletivos;
XIII - assessorar as gerências na gestão das atividades relacionadas aos recursos
humanos.

Seção VII
Da Gerência Regional de Políticas Sociais

Art. 40 - À Gerência Regional de Políticas Sociais compete:


I - executar as ações de políticas sociais definidas pela Secretaria Municipal de Políticas
Sociais;
II - implementar planos, programas e projetos de desenvolvimento social, transferência
de renda e geração de trabalho, esportes, lazer e cultura descentralizados na regional,
conforme diretrizes estabelecidos pela Secretaria Municipal de Políticas Sociais, de
562

forma integrada, intersetorial e sistematizada, responsabilizando-se por seu controle e


avaliação;
III - coordenar a instalação e o funcionamento dos conselhos comunitários articulados às
Secretarias Adjuntas da Secretaria Municipal de Políticas Sociais;
IV - assessorar as organizações comunitárias para fortalecimento da rede de proteção
social;
V - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório mensal
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
VI - coordenar a execução das atividades de proteção e defesa do consumidor;
VII - coordenar as atividades relativas a direitos humanos e cidadania.

Parágrafo único - À Gerência Regional de Assistência Social, estão subordinadas as


seguintes unidades de execução da política de assistência social: abrigos, albergues,
casas de apoio, centros de referência e repúblicas.

Art. 41 - Integram a Gerência Regional de Políticas Sociais as seguintes gerências de 2º


nível:
I - Gerência Regional de Assistência Social;
II - Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer e
Feiras;
III - Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de
Trabalho.

Subseção I
Da Gerência Regional de Assistência Social

Art. 42 - À Gerência Regional de Assistência Social compete:


I - executar as ações de assistência social definidas pela Secretaria Municipal Adjunta de
Assistência Social, com base no Plano Municipal de Assistência Social e nas
deliberações do Conselho Municipal e Assistência Social e da Conferência Municipal de
Assistência Social, conforme as orientações da Gerência Regional de Políticas Sociais;
II - coordenar, de forma integrada e sistematizada, os programas, projetos e atividades
da assistência social descentralizados na Regional, responsabilizando-se por seu
controle e avaliação;
III - opinar sobre a elaboração de convênios entre a Secretaria Municipal Adjunta de
Assistência Social e entidades assistenciais da Regional, acompanhar a aplicação dos
recursos e examinar a respectiva prestação de contas;
IV - desenvolver esforços para garantir na regional a plena implantação da Lei Orgânica
de Assistência Social;
V - providenciar a instalação e funcionamento dos conselhos comunitários articulados à
Secretaria;
VI - assessorar as organizações comunitárias para fortalecimento da rede de proteção
social;
VII - apoiar e fortalecer a relação entre a gerência regional de Assistência Social e as
instâncias de participação popular e de controle social;
563

VIII - zelar pelo fortalecimento da rede assistência social e construção do sistema


municipal e assistência social.

Art. 43 - Integram a Gerência Regional de Assistência Social as seguintes gerências de


3º nível:
I - Gerência Regional de Atendimento Social;
II - Gerência Regional de Programas Sociais;

Art. 44 - À Gerência Regional de Atendimento Social compete:


I - executar atividades de atendimento, orientação e encaminhamento social;
II - realizar triagem e cadastramento dos beneficiários do atendimento da Gerência
Regional de Assistência Social;
III - atuar em situações de emergência e calamidade pública;
IV - desenvolver ações de abordagem para crianças, adolescentes e adultos que vivem
nas ruas;
V - encaminhar e acompanhar essa população aos programas / políticas sociais da
Prefeitura a partir das demandas identificadas na abordagem;
VI - atender a toda demanda espontânea por serviços assistenciais demandadas à
Regional, tais como auxílio-alimentação, auxílio-funeral, auxílio-documentação, auxílio-
passagem, auxílio-transporte para mudança, benefícios de prestação continuada,
benefício eventuais, cartão metropolitano, entre outros;
VII - realizar visitas familiares, para fins de acompanhamento e suporte às famílias em
atendimento terciário - crianças e adolescentes com deficiências graves e severas,
idosos abandonados, famílias com crianças e adolescentes sob medida e/ou proteção
sócio-educativa;
VIII - coletar e sistematizar os dados de atendimento;
IX - apoiar e fortalecer a relação entre a gerência regional de Assistência Social e as
instâncias de participação popular e de controle social;
X - zelar pelo fortalecimento da rede de assistência social e pela construção do sistema
municipal e assistência social.

Art. 45 - À Gerência Regional de Programas Sociais compete:


I - desenvolver programas e projetos especiais de proteção e promoção de criança e do
adolescente, do idoso e de pessoas portadoras de deficiência e demais seguimentos
vulnerabilizados;
II - executar programas de geração de trabalho e renda e formação profissional visando à
inclusão social;
III - realizar ações de apoio e orientação sócio-familiar, estudos de casos e
encaminhamento para os programas desenvolvidos pela Regional, em conjunto com a
Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social, assim como para outras políticas
setoriais;
IV - atender e acompanhar o voluntariado, os adolescentes sob medida sócio-educativa;
V - organizar os grupos de usuários de benefícios continuados e eventuais;
VI - desenvolver ações com famílias sob risco geológico, de intempéries e invasões;
564

VII - garantir rede de moradia temporária para moradores de rua, idosos abandonados, e
pessoas sem renda familiar;
VIII - supervisionar toda a rede conveniada;
IX - elaborar e acompanhar o a execução do plano de trabalho das entidades;
X - monitorar os indicadores de qualidade dos serviços prestados;
XI - acompanhar os fóruns setoriais;
XII - visitar as entidades para confecção de registro, inscrição e atestado de
funcionamento;
XIII - mobilizar a comunidade para inclusão social;
XIV - apoiar e fortalecer a relação entre a Gerência Regional de Políticas Sociais e as
instâncias de participação popular e de controle social;
XV - zelar pelo fortalecimento da rede assistência social e construção do sistema
municipal e assistência social.

Subseção II
Da Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer e
Feiras

Art. 46 - À Gerência Regional de Promoção de Eventos Esportivos, de Recreação, Lazer


e Feiras compete:
I - apoiar o desenvolvimento dos programas esportivos;
II - realizar eventos esportivos de âmbito regional;
III - planejar, organizar e realizar eventos de recreação, lazer e feiras;
IV - apoiar eventos como carnaval regional, festas juninas e outros;
V - elaborar, em coordenação com as entidades locais, o calendário dos eventos
esportivos e de recreação a serem promovidos ou de que deva participar a
Administração Regional;
VI - coordenar projetos e apoiar a comunidade na consecução de seus objetivos na área
de esportes e recreação;
VII - programar, acompanhar e avaliar a execução das atividades de esporte, recreação
e lazer na regional em conjunto com a Secretaria Municipal Adjunta de Esportes;
VIII - incentivar e ampliar as oportunidades de recreação e lazer para a comunidade
regional;
IX - acompanhar e propor medidas de manutenção, conservação e reparos dos
equipamentos esportivos da Regional;
X - gerenciar as atividades administrativas inerentes ao funcionamento das Feiras;
XI - analisar casos específicos relacionados aos expositores e emitir parecer com
encaminhamento para decisão superior;
XII - estabelecer diretrizes para garantir o cumprimento de todas as disposições do
Regulamento Geral de Feiras e da Legislação Municipal aplicável;
XIII - programar as atividades de fiscalização específicas das Feiras e inerentes aos
expositores, inclusive sindicâncias nos locais onde as mercadorias são produzidas e
estocadas.

Subseção III
565

Da Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de Trabalho

Art. 47 - À Gerência Regional de Programas de Transferência de Renda e Geração de


Trabalho compete:
I - executar ações relativas aos programas de transferência de renda e aos programas de
geração de emprego e capacitação de mão-de-obra em âmbito regional;
II - operacionalizar os processos de identificação, seleção, inclusão, acompanhamento e
exclusão dos beneficiários do Programa;
III - implementar instrumentos de planejamento e monitoramento dos programas;
IV - promover a articulação entre outros programas de transferência de renda;
V - promover a capacitação de pessoal e definir as diretrizes de trabalho das equipes
envolvidas nas ações de identificação, cadastramento de beneficiários,
acompanhamento e pagamento de benefícios;
VI - promover avaliações periódicas;
VII - apresentar relatórios de avaliação e resultados financeiros e metodológicos dos
programas;
VIII - identificar os casos de irregularidade na concessão de benefícios ou
descumprimento das condicionalidades dos programas, dando ciência aos órgãos de
gestão.

Seção VIII
Da Gerência Regional de Comunicação Social

Art. 48 - À Gerência Regional de Comunicação Social compete:


I - atender a todas as demandas de imprensa relacionadas às atividades da Secretaria
de Administração Regional Municipal;
II - fazer a cobertura jornalística das atividades e eventos promovidos pela Secretaria;
III - disponibilizar, para a imprensa e publicação no Portal da Prefeitura, no BH Notícias,
no PBH Informa, no Diário Oficial do Município - DOM, e em outros meios de
comunicação utilizados pela Assessoria de Comunicação Social do Município,
informações atualizadas sobre as atividades, ações e programas desenvolvidos pela
Secretaria;
IV - acompanhar as notícias relacionadas à Secretaria, visando subsidiar ações de
comunicação que possam divulgar o posicionamento da Administração Pública;
V - buscar e repassar respostas às demandas da população que chegam através do
Portal da PBH;
VI - acompanhar e submeter à aprovação da Assessoria de Comunicação Social do
Município todos os procedimentos ligados à comunicação na Regional, como peças
gráficas, sinalização, layouts de uniformes e camisetas, dentre outros;
VII - organizar os eventos promovidos pela Secretaria;
VIII - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatórios das
atividades desenvolvidas.
566

Seção IX
Da Gerência Regional do Orçamento Participativo

Art. 49 - À Gerência Regional do Orçamento Participativo compete:


I - dirigir o planejamento e a execução do Orçamento Participativo em nível regional;
II - realizar convocatórias e mandar expedir convites para o eventos do Orçamento
Participativo;
III - disponibilizar apoio logístico para os eventos ordinários e extraordinários
relacionados com o Orçamento Participativo na circunscrição regional;
IV - participar do Grupo Técnico de Assessoramento da Comissão Conselho da Cidade e
do Grupo Gerencial do Orçamento Participativo;
V - acompanhar a atuação das Comissões de Fiscalização do Orçamento - COMFORÇA,
e atuar como referência de interlocução;
VI - participar da formulação do Orçamento Participativo e zelar pelo cumprimento de
suas regras;
VII - apoiar as ações de mobilização social do Orçamento Participativo.

Seção X
Da Gerência Regional de Atendimento ao Cidadão

Art. 50 - À Gerência Regional de Atendimento ao Cidadão compete:


I - atender ao cidadão, registrando pedidos e produzindo as informações e respostas
solicitadas, com qualidade;
II - acompanhar e monitorar as solicitações feitas pelos cidadãos, desde o cadastro, até a
execução, visando identificar gargalos e soluções para melhorar o registro das
informações e o fluxo dos serviços;
III - atuar junto aos órgãos responsáveis por cada serviço, com vistas a aproximá-los do
processo de atendimento ao cidadão;
IV - encaminhar sugestões aos órgãos competentes, propondo melhorias na forma de
prestação de serviços, notadamente aquelas formuladas pelos cidadãos;
V - interagir com todos os órgãos da Prefeitura, em especial com a Gerência de
Modernização Administrativa, de modo a garantir que as informações disponibilizadas na
Central estejam corretas e atualizadas;
VI - gerenciar índices de produtividade, horas trabalhadas, tempo de processamento dos
sistemas utilizados, quantidade de registros armazenados;
VII - coletar e atualizar as informações necessárias para o perfeito funcionamento do
sistema de informações da Prefeitura;
VIII - traduzir e ajustar os dados quantificáveis da Central (relatórios estatísticos),
objetivando produzir informações estratégicas para planejamento dos serviços, avaliação
do atendimento e resolutividade da Central e da própria estrutura administrativa da
Prefeitura;
IX - avaliar, constantemente, os equipamentos, sistemas e suporte técnico
disponibilizados para a Central, visando aperfeiçoar o sistema de atendimento da PBH.
567

Seção XI
Da Gerência Regional do Terminal Rodoviário

Art. 51 - À Gerência Regional do Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro


TERGIP - compete:
I - planejar, coordenar e executar as medidas necessárias ao bom funcionamento do
TERGIP;
II - efetivar a manutenção e conservação dos serviços relativos ao mesmo, bem como
dar pleno atendimento ao interesse público na prestação de apoio e infraestrutura aos
usuários do TERGIP;
III - cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno do TERGIP.

Seção XII
Da Gerência Regional de Centros de Comércio Popular

Art. 52 - À Gerência Regional de Centros de Comércio Popular compete:


I - integrar e coordenar o Conselho Gestor dos Centros de Comércio Popular;
II - promover o cumprimento das normas previstas no regulamento dos Centros de
Comércio Popular;
III - acompanhar junto aos órgãos competentes do Município a capacitação dos
Empreendedores Populares;
IV - organizar e orientar o comércio e os serviços de forma a possibilitar o total e
adequado aproveitamento das dependências e instalações dos Centros de Comércio
Popular, bem como o pleno cumprimento dos objetivos dos equipamentos;
V - organizar e orientar toda a estrutura administrativa interna dos Centros de Comércio
Popular, com o objetivo de racionalizar as atividades, visando alcançar as metas a que
se propõem os equipamentos;
VI - orientar os prestadores de serviços dos condomínios dos Centros de Comércio
Popular quanto à implantação e às alterações dos procedimentos operacionais;
VII - emitir e encaminhar relatórios referentes ao desempenho dos equipamentos.

Seção XIII
Da Gerência Regional de Projetos Urbanos de Requalificação do Hipercentro

Art. 53 - À Gerência Regional de Projetos Urbanos e Requalificação do Hipercentro


compete:
I - gerenciar, supervisionar e fiscalizar a execução de projetos e planos urbanísticos de
requalificação da área central a cargo da Secretaria, cuidando para que sejam seguidas
as diretrizes planejadas;
II - fiscalizar a execução de projetos ou planos urbanísticos de requalificação da área
central de interesse da Secretaria, a cargo de outros órgãos da Administração Municipal
ou de parceiros;
III - coordenar, promover e analisar a elaboração de estudos preliminares, anteprojetos e
projetos urbanísticos executivos da área central, conforme o planejamento da Secretaria
568

Municipal de Políticas Urbanas e da Secretaria de Administração Regional Municipal


Centro-Sul;
IV - subsidiar a Secretaria Municipal de Políticas Urbanas com dados relativos à área
central para definições e planejamento de ações;
V - elaborar e submeter, periodicamente, à apreciação e análise superior, relatório
gerencial das atividades desenvolvidas.

Seção XIV
Da Gerência Regional de Ações Sociais do Hipercentro

Art. 54 - À Gerência Regional de Ações Sociais do Hipercentro compete:


I - desenvolver campanhas educativas que desestimulem a mendicância e a exploração
do trabalho infantil;
II - articular as atividades de entidades filantrópicas que atuam na Regional Centro-Sul;
III - combater a exploração do trabalho infantil por meio de ações de inclusão e
promoção;
IV - combater a exploração do trabalho dos portadores de necessidades especiais e dos
idosos;
V - implementar ações de abordagem e assistência ao migrante.

Seção XV
Da Gerência Regional de Feiras Permanentes

Art. 55 - À Gerência Regional de Feiras Permanentes compete:


I - gerenciar as atividades administrativas inerentes ao funcionamento das Feiras;
II - analisar casos específicos relacionados aos expositores e emitir parecer com
encaminhamento para decisão superior;
III - estabelecer diretrizes para garantir o cumprimento de todas as disposições do
Regulamento Geral de Feiras e da Legislação Municipal aplicável;
IV - programar as atividades de fiscalização específicas das Feiras e inerentes aos
expositores, inclusive sindicâncias nos locais onde as mercadorias são produzidas e
estocadas;
V - elaborar e submeter periodicamente à apreciação e análise superior relatório
estatístico e gerencial das atividades desenvolvidas;
VI - atuar em projeto especial que lhe seja atribuído.

Seção XVI
Da Gerência Regional de Fiscalização de Atividades Especiais

Art. 56 - À Gerência Regional de Fiscalização de Atividades Especiais compete:


I - fiscalizar os eventos extraordinários de grande porte nas vias, logradouros e áreas
públicas, especialmente na área central;
II - atuar em caráter permanente na fiscalização aos sábados, domingos e dias de ponto
facultativo por decreto municipal, especialmente na área central;
569

III - organizar plantão fiscal e coibir invasões em áreas públicas, inclusive em setores de
vilas e favelas aos sábados, domingos, feriados e dias de ponto facultativo por decreto
municipal;
IV - fiscalizar as feiras cujos dias de funcionamento ocorram nos finais de semana em
logradouro público, especialmente na área central;
V - executar os procedimentos administrativos relativos ao desempenho de suas
funções, em especial a emissão de notificações, autos de infrações ou apreensões,
embargos e interdições;
VI - elaborar e submeter à apreciação e análise superior, relatório estatístico e gerencial
das atividades desenvolvidas.

Seção XVII
Da Gerência Regional de Depósito

Art. 57 - À Gerência Regional de Depósito compete:


I - guardar todo e qualquer tipo de material recebido no depósito, observando as
disposições legais pertinentes a cada caso;
II - dar recibo na via do auto de apreensão pertencente ao fiscal, quando o mesmo
entregar quaisquer tipos de apreensões no depósito (mercadorias perecíveis e não
perecíveis, equipamentos diversos, plantas, animais, dentre outros), sendo obrigatória a
indicação da data de depósito do material, bem como o nome, o número do documento
de identificação e a assinatura do funcionário que o recebeu;
III - cuidar para que os materiais apreendidos sejam imediatamente doados à Associação
Municipal de Assistência Social - AMAS, e a outras entidades conveniadas à Prefeitura,
somente após a expiração de todos os prazos legais previstos para que o infrator,
proprietário do material, se manifeste a respeito da vontade de receber ou não a
devolução do mesmo;
IV - realizar a devolução de qualquer material apreendido, desde que o infrator apresente
a seguinte documentação:
a) autorização expressa do Gerente Regional de Fiscalização Integrada e Licenciamento;
b) recibo do pagamento da multa, bem como recibo de pagamento dos preços públicos
decorrentes da guarda diária de depósito e transporte do material apreendido.
V - realizar o processo de doação, exigindo o recibo correspondente, que deverá ser
datado e assinado pelo responsável da entidade beneficiada, discriminando
minuciosamente todo o material doado;
VI - arquivar os recibos e autos de apreensão recebidos, bem como quaisquer
documentos decorrentes da administração do depósito.

CAPÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 58 - São competências comuns a todas as gerências regionais:


I - garantir a integração intersetorial na execução das políticas urbanas e sociais no
âmbito regional;
570

II - administrar e desenvolver os recursos humanos à sua disposição, assim como


propor, mediante justificativa circunstanciada, o acréscimo, redução e movimentação de
pessoal;
III - requisitar e administrar materiais de consumo de uso geral e específico;
IV - zelar pela conservação e correta utilização de materiais, equipamentos e instalações;
V - colaborar na execução do inventário de bens patrimoniais sob sua responsabilidade;
VI - cumprir e fazer cumprir as normas relativas à segurança do trabalho;
VII - cumprir e fazer cumprir leis e regulamentos;
VIII - informar e instruir processos;
IX - preparar relatórios periódicos de suas atividades;
X - comunicar à gerência imediatamente superior a ocorrência de irregularidades que
possam ocasionar prejuízo ao funcionamento do serviço, ao patrimônio público e à
moralidade administrativa;
XI - desempenhar atividades correlatas às suas funções e atuar em projeto especial que
lhe seja atribuído.

Art. 59 - Ficam vinculados às Secretarias de Administração Regional Municipal os


Centros de Apoio Comunitário - CAC´s, que não estejam vinculados à Secretaria
Municipal Adjunta de Assistência Social.

Art. 60 - As competências previstas neste decreto para cada gerência consideram-se


atribuições e responsabilidade dos respectivos titulares dos cargos.

Art. 61 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 62 - Ficam revogados:


I - o Decreto nº 11.988, de 17 de março de 2005;
II - o item II e subitens II.1, II.2 e II.0.1 do art. 2º e os artigos 9º a 13 do Decreto nº
13.643, de 17 e julho de 2009;
III - o item IV.2.3 do art. 4º e o art. 31 do Decreto nº 11.926, de 21 de janeiro de 2005.

Belo Horizonte, 11 de novembro de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
571

DECRETO Nº 14.708, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2011


Estabelece normas e procedimentos para parcerias entre
o Município de Belo Horizonte e a sociedade, no que
concerne à adoção de áreas verdes públicas – Programa
Adote o Verde –, e dá outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que


lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, e considerando a
necessidade e a conveniência de ordenar a captação de parcerias para a implantação,
reforma e manutenção de áreas verdes públicas, decreta:

Art. 1º - O Programa Adote o Verde tem como finalidade estabelecer parcerias entre o
Poder Público e a sociedade para os fins de implantação, reforma ou manutenção de
áreas verdes públicas, aqui compreendidas as praças, os parques, os canteiros, os
jardins e outras áreas passíveis de ajardinamento.

Parágrafo único - Para os fins deste Decreto, considera-se:


I - manutenção: serviços gerais de limpeza de áreas plantadas, passarelas, lagos;
reparos; manutenção de gramados; manutenção de jardins; adubação de reposição;
controle de pragas e doenças; manutenção de arbustos; manutenção de trepadeiras;
manutenção de plantas anuais e forrações; poda de árvores e irrigação, dentre outros
definidos no termo de cooperação;
II - implantação: construção de nova área verde, seja ela praça, parque ou jardim;
III - reforma: recuperação de áreas com implantação de projetos paisagísticos e, se for o
caso, com a realização de retirada de espécimes, que deverão ser encaminhadas ao
órgão competente mencionado no termo de cooperação, para posterior recuperação e
aproveitamento.
IV - adotante: a pessoa natural ou jurídica que firmar parceria com o Poder Público
municipal para adoção de área integrante do Programa Adote o Verde;
V - melhoria urbana, paisagística e ambiental: o projeto, obra, serviço, ação e
intervenção relativos às áreas verdes disponíveis para adoção, inclusive aquelas
tombadas ou não, em caráter provisório ou definitivo, ou preservadas, nos termos da
legislação municipal, estadual ou federal, que resultem no atendimento do interesse
público e na melhoria da qualidade de vida urbana.

Art. 2º - Constituem objetivos do Programa Adote o Verde, dentre outros:


I - promover a participação da sociedade na urbanização, nos cuidados e na manutenção
das áreas verdes do Município, em parceria com o Poder Público;
II - conscientizar a população acerca da importância das áreas verdes para a qualidade
da vida urbana, fomentando a noção de responsabilidade solidária entre o Poder Público
e a coletividade no que toca à preservação de tais áreas;
III - incentivar o uso de praças, parques e demais áreas verdes pela população, como
locais de lazer, convivência social e realização de eventos, observada, neste último caso,
572

a legislação específica, bem como de minimização dos impactos decorrentes da


industrialização.

Art. 3º - A adoção das áreas verdes públicas far-se-á mediante condições a serem
estabelecidas em termo de cooperação firmado pela pessoa natural ou jurídica
legalmente constituída com o Município, por intermédio dos respectivos órgãos e
entidades da Administração Municipal responsáveis pela manutenção desses espaços, a
saber, a Fundação de Parques Municipais – FPM, em se tratando de parques, e as
Secretarias de Administração Regional Municipal, em se tratando dos demais tipos de
áreas verdes.

Art. 4º - Compete aos titulares da Fundação de Parques Municipais e das Secretarias


Municipais mencionadas no art. 3º deste Decreto elaborar e manter cadastro atualizado
das áreas verdes públicas sob sua administração e disponíveis para cooperação,
contendo informações sobre seu estado de conservação, área ou extensão,
equipamentos e mobiliários urbanos nelas existentes, bem como sobre as obras e
serviços a serem prestados pelos adotantes.

§ 1º - As informações constantes do cadastro referido no caput deste artigo serão


publicadas, semestralmente, no Diário Oficial do Município.

§ 2º - A critério do titular do órgão ou entidade da Administração Municipal mencionados


no caput deste artigo, a publicação da lista das áreas verdes disponíveis para adoção
poderá ser acompanhada de chamamento público para a apresentação de propostas de
adoção por interessados, no prazo de 90 (noventa) dias, observadas as regras previstas
neste Decreto.

Art. 5º - O termo de cooperação deverá conter as informações constantes em modelo


estabelecido pelo órgão competente da Administração Municipal, de acordo com o art. 3º
deste Decreto.

Parágrafo único - Deverá ser encaminhada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente,


para fins de acompanhamento, cópia do termo de cooperação de que trata o caput deste
artigo, no prazo de 7 (sete) dias, a contar do respectivo registro na Procuradoria-Geral do
Município.

Art. 6º - O interessado na adoção de área integrante do Programa Adote o Verde deverá


apresentar, ao órgão ou entidade da Administração Municipal responsável por sua
manutenção, carta de intenção indicando a área que pretende adotar.

§ 1º - Tratando-se de pessoa natural, a carta de intenção mencionada no caput deste


artigo deverá ser instruída com:
I - cópia do documento de identidade;
II - cópia da inscrição no Cadastro de Pessoa Física - CPF;
III - cópia do comprovante de residência;
573

IV - envelope lacrado, contendo a proposta de manutenção e/ou de realização das obras


e/ou serviços para implantação ou reforma da área verde, com a descrição das melhorias
a serem realizadas, devidamente instruída, se for o caso, com projetos, plantas, croquis,
cronogramas e outros documentos pertinentes.

§ 2º - Tratando-se de pessoa jurídica, a carta de intenção deverá ser instruída com:


I - cópia do ato constitutivo ou do contrato social, devidamente inscritos no registro
competente, e alterações subsequentes, ou da autorização do Poder Executivo para
funcionamento, conforme o caso;
II - cópia da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ;
III - cópia do documento de identidade do responsável legal da pessoa jurídica, nos
termos previstos no seu estatuto ou contrato social, ou do instrumento de mandato, no
caso de a pessoa jurídica estar agindo por intermédio de procurador devidamente
constituído;
IV - envelope lacrado contendo a proposta de manutenção e/ou de realização das obras
e/ou serviços para implantação ou reforma da área verde, com a descrição das melhorias
a serem realizadas, devidamente instruída, sempre que for o caso, com projetos, plantas,
croquis, cronogramas e outros documentos pertinentes.

Art. 7º - O Município poderá, a seu critério, deliberar pela adoção conjunta de áreas, bem
como facultar ao adotante a possibilidade de estabelecimento de parcerias adicionais
para a consecução dos objetivos estipulados no termo de cooperação, podendo, ainda,
nesse caso, ser promovido chamamento público específico para a escolha dos
adotantes, divulgado por meio de edital publicado no Diário Oficial do Município.

§ 1º - O edital de que trata o caput deste artigo deverá conter a indicação das áreas a
serem adotadas conjuntamente, os detalhamentos das ações desejadas em cada uma
delas e os critérios para análise e escolha dos adotantes.

§ 2º - O termo de cooperação a ser firmado para a ação de que trata o caput deste artigo
adotará modelo específico estipulado pelo órgão competente da Administração Municipal
e será firmado em conjunto com os órgãos e entidades responsáveis pela manutenção
das áreas objeto do termo, nos termos do disposto no art. 3º deste Decreto.

Art. 8º - Ainda que não haja chamamento público específico, as pessoas naturais ou
jurídicas interessadas na adoção de área verde poderão oferecer ao Poder Público
proposta de cooperação e projeto a ser desenvolvido na área que se pretende adotar,
observado o disposto no art. 6º deste Decreto.

Art. 9º - No caso de bens públicos não cadastrados nos termos do art. 4º deste Decreto,
será observado o procedimento previsto no art. 6º, devendo o órgão ou entidade
responsável pela administração da área efetuar o levantamento das informações
relativas ao seu estado de conservação, área ou extensão, equipamentos e mobiliários
urbanos neles existentes.
574

Art. 10 - O adotante poderá, a seu critério, contratar serviços especializados para a


consecução dos fins constantes do termo de cooperação firmado com o Município.

Art. 11 - É permitida ao adotante a colocação de placas indicativas de sua parceria com o


Município, no interior da área adotada, respeitando os seguintes critérios,
independentemente do número de coparceiros que vierem a compartilhar a área em
questão:
I - em áreas de até 1.000 (um mil) metros quadrados, será permitida a colocação de uma
placa;
II - em áreas com mais de 1.000 (um mil) até 5.000 (cinco mil) metros quadrados, será
permitida a colocação de duas placas;
III - em áreas com mais de 5.000 (cinco mil) até 10.000 (dez mil) metros quadrados, será
permitida a colocação de três placas;
IV - em áreas com mais de 10.000 (dez mil) metros quadrados, será permitida a
colocação de quatro placas;
V - nos canteiros separadores de pista, será permitida a colocação de placas
distanciadas de 150 (cento e cinquenta) em 150 (cento e cinquenta) metros.

§ 1º - As placas a que se refere o caput deste artigo deverão seguir modelo padrão
estabelecido pelo órgão competente da Administração Municipal.

§ 2º - A publicidade relativa à adoção deverá se restringir às placas citadas no caput


deste artigo, não podendo ser estendida aos demais equipamentos públicos existentes
na área.

§ 3º - A exploração de outros tipos de publicidade em equipamentos e mobiliários


urbanos existentes em área integrante do Programa Adote o Verde dependerá de
autorização do Poder Público, nos termos da legislação vigente.

§ 4º - O Poder Executivo poderá estabelecer critérios diferenciados para a colocação de


placas indicativas de parcerias nos parques municipais.

§ 5º - No caso do termo de cooperação firmado nos termos do art. 7º deste Decreto, será
facultada ao adotante a indicação, nas placas de que trata este artigo, das eventuais
parcerias adicionais por ele estabelecidas para a consecução dos objetivos estipulados
no termo.

Art. 12 - Qualquer implantação ou modificação das estruturas existentes, sejam elas


relativas às áreas ajardinadas ou às demais áreas e equipamentos pertencentes às
mesmas, deverá ser analisada e aprovada pelo órgão competente da Administração
Municipal.

Parágrafo único - As benfeitorias resultantes das intervenções de que trata o caput deste
artigo serão incorporadas ao patrimônio do Município, sem direito a indenização ou
retenção por parte do adotante.
575

Art. 13 - Fica vedada a concessão de qualquer tipo de uso ou benefício diferenciado ao


adotante das áreas verdes mencionadas neste Decreto.

Art. 14 - Os adotantes serão os únicos responsáveis pela realização das obras e serviços
descritos no termo de cooperação firmado com o Município, bem como por quaisquer
danos causados ao Poder Público e a terceiros.

Art. 15 - Fica instituída a Comissão de Acompanhamento do Programa Adote o Verde,


com o objetivo de avaliar o desenvolvimento do Programa e de propor aprimoramentos
ao mesmo.

§ 1º - Caberá à Comissão mencionada no caput deste artigo fiscalizar a execução das


ações previstas nos termos de cooperação celebrados no âmbito do Programa.

§ 2º - A Comissão de Acompanhamento do Programa Adote o Verde será composta por:


I - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que a coordenará;
II - 01 (um) representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento;
III - 01 (um) representante de cada uma das Secretarias de Administração Regional
Municipal;
IV - 01 (um) representante da Fundação de Parques Municipais.

Art. 16 - O termo de cooperação poderá ser rescindido unilateralmente pelo Município, de


forma fundamentada e por razões de interesse público, de alta relevância e amplo
conhecimento.

Art. 17 - Ficam mantidos os convênios firmados no âmbito do Programa Adote o Verde


anteriormente à data de publicação deste Decreto, devendo a renovação, observar o
novo regramento estabelecido.

Art. 18 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 19 - Fica revogado o Decreto nº 11.484, de 15 de outubro de 2003.

Belo Horizonte, 14 de dezembro de 2011

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
576

DECRETO Nº 14.995, DE 28 DE AGOSTO DE 2012


Institui o Programa Prefeitura de Belo Horizonte 100%
Livre do Tabaco.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício de suas atribuições legais, em especial a que


lhe confere o inciso VII do art. 108 da Lei Orgânica do Município, decreta:

Art. 1º - Fica instituído o “Programa Prefeitura de Belo Horizonte 100% Livre do Tabaco”,
com os seguintes objetivos:
I - conscientizar os funcionários e os visitantes da instituição quanto aos males
decorrentes do uso do tabaco e derivados, bem como quanto à necessidade de se
manter o ambiente de trabalho em condições ideais de salubridade, mantendo-o livre da
fumaça proveniente do tabaco;
II - ampliar as ações de promoção de saúde com ênfase no risco associado ao consumo
de tabaco;
III - reduzir o risco de doenças provocadas pela exposição à fumaça do tabaco nas
dependências dos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal;
IV - desativar os locais comumente utilizados para a prática do tabagismo nas
dependências dos órgãos e entidades da Administração Pública Municipal.

Parágrafo único – Serão afixados nas dependências dos órgãos e entidades da


Administração Pública Municipal, em locais visíveis, cartazes com os seguintes dizeres:
“Prefeitura 100% Livre do Tabaco”.

Art. 2º - Será assegurado, nas dependências dos órgãos e entidades da Administração


Pública Municipal, o fiel cumprimento do disposto no art. 2º, § 1º, da Lei Federal nº 9.294,
de 15 de julho de 1996, bem como no art. 3º da Lei Estadual nº 12.903, de 23 de junho
de 1998 e art. 3º da Lei Municipal nº 6.861, de 23 de maio de 1995.

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

Belo Horizonte, 28 de agosto de 2012

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte
577

DECRETO Nº 15.137, DE 29 DE JANEIRO DE 2013


Dispõe sobre a prestação de informações relativas à
emissão de Alvará de Localização e Funcionamento e dá
outras providências.

O Prefeito de Belo Horizonte, no exercício da atribuição que lhe confere o inciso VII do
art. 108 da Lei Orgânica do Município e tendo em vista a necessidade de aperfeiçoar o
fluxo de informações relativas a empreendimentos licenciados pela Administração
Municipal entre os órgãos públicos, decreta:

Art. 1º - A Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana remeterá ao Corpo de


Bombeiros Militar de Minas Gerais - CBMMG relatório mensal contendo a identificação
completa dos estabelecimentos comerciais que houverem obtido Alvará de Localização e
Funcionamento no respectivo período, para fins de controle do atendimento às medidas
de prevenção contra incêndio e pânico previstas na legislação estadual e nas demais
normas pertinentes.

Parágrafo único - As informações relativas a Alvarás de Localização e Funcionamento


emitidos até a data de publicação deste Decreto serão enviadas pela Secretaria
Municipal Adjunta de Regulação Urbana ao CBBMG em até 30 (trinta) dias.

Art. 2º - O licenciamento de atividades de alto risco que dependam da realização de


Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV deverá ser instruído com o Auto de Vistoria de
Corpo de Bombeiros - AVCB

Art. 3º - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Belo Horizonte, 29 de janeiro de 2013

Marcio Araujo de Lacerda


Prefeito de Belo Horizonte

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