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c) Tal como qualquer dos demais nove mandamentos do Decálogo, o seu 4o. preceito prossegue
em vigor para a Igreja, representando um dia de 24 horas a ser integralmente dedicado a Deus.
O sábado teve sua origem no Éden, quando da criação do mundo (Gen. 2:2,3) e foi
estabelecido para o benefício físico e espiritual do homem (Marcos 2:27).
O que consta acima nas letras a), b) e c) é o pensamento oficial de TODAS as Igrejas-mãe
referidas (Luterana, Batista, Metodista, Anglicana, Presbiteriana, Congregacional) das quais
tantas outras derivaram, e é o que constitui a ortodoxia do Protestantismo.
1. Pensamento Oficial das Várias Igrejas Cristãs Evangélicas Sobre o Decálogo Como Regra
Válida e Vigente Para os Cristãos:
Igreja Batista: “Cremos que a Lei de Deus é a eterna e imutável regra de seu governo moral; que é
santa, justa e boa; e que a incapacidade que as Escrituras atribuem ao homem caído para cumprir seus
preceitos deriva inteiramente de seu amor pelo pecado; sendo um dos grandes objetivos do Evangelho e
dos meios de graça ligados ao estabelecimento da igreja visível livrá-lo e restaurá-lo mediante um
Mediador a genuína obediência a santa Lei.—Artigo 12 da “Confissão de New Hampshire”.
“Todos nós temos a obrigação de cumprir a lei moral. . . . que é a que nos prescreve as obrigações
para com Deus e o próximo. . . . A lei se acha expressa com maior minuciosidade nos dez mandamentos,
dados por Deus a Moisés no Sinai”.—Catecismo da Doutrina Batista, do Pastor W. D. T. MacDonald,
págs. 28 e 29.
Igreja Metodista: “O Velho Testamento não é contrário ao Novo: pois tanto no Velho quanto no Novo
Testamento a vida eterna é oferecida à humanidade por Cristo, que é o único mediador entre Deus e o
homem, sendo tanto Deus quanto homem. . . . Conquanto a lei dada por Deus mediante Moisés, no que
tange a cerimônias e ritos, não seja vigente para os cristãos, nem os seus preceitos civis . . . Não obstante
nenhum cristão de modo algum está livre da obediência aos mandamentos que são denominados Morais”.
—Artigo 7 dos “Trinta e Nove Artigos de Religião”.
Obs.: Esta mesma confissão é adotada pela Igreja Episcopal (Anglicana).
Igreja Luterana: “Conquanto aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo, e são sinceramente
convertidos a Deus, estão mediante Cristo libertos da maldição e restrições da Lei, não obstante não estão,
nesse sentido, sem Lei, uma vez que o Filho de Deus os redimiu para a razão mesma de que possam
meditar sobre a Lei de Deus dia e noite, e continuamente exercitar-se em sua observância”.—“Fórmula de
Concórdia”, Art. 6.
Igreja Presbiteriana: “A lei moral para sempre obriga a todos, tanto as pessoas justificadas quanto as
demais, a sua obediência; e isso não só com respeito a seu conteúdo, mas também com respeito à
autoridade de Deus o Criador que a concedeu. Nem Cristo no evangelho de modo algum desfez, mas
fortaleceu essa obrigação. . .”
“O Espírito de Cristo subjuga e capacita a vontade do homem para . . . cumprir o que a vontade de
Deus, revelada na Lei, requer que seja feito. . . .
“A liberdade que Cristo adquiriu para os crentes sob o evangelho consiste em sua liberdade da culpa
do pecado, da condenatória ira de Deus, da maldição da lei moral . . . Sob o Novo Testamento a liberdade
do cristão é mais ampliada na liberdade do jugo da lei cerimonial, à qual a igreja judaica estava sujeita”.
—Seções V, VII e XX do Capitulo XIX da “Confissão de Fé de Westminster”.
No capítulo XIX, da Confissão de Fé (da Igreja Presbiteriana), encontra-se a seguinte afirmação:
“I. Deus deu a Adão uma lei como um pacto de obras. Por este pacto Deus o obrigou, bem como toda
sua posteridade, a uma obediência pessoal, inteira, exata e perpétua; prometeu-lhe vida sob a condição
dele cumprir com a lei e o ameaçou com a morte no caso dele violá-la; e dotou-o com o poder e
capacidade de guardá-la. . . .
“II. Essa lei, depois da queda do homem, continuou a ser uma perfeita regra de justiça. Como tal foi
por Deus entregue no monte Sinai em dez mandamentos e escrita em duas tábuas”—pág. 35.
Igreja Congregacional: (Do documento oficial da denominação, “Os Vinte e Oito Artigos da Breve
Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo”):
Art. 21—Da Obediência dos Crentes - Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência
à lei senão pelos merecimentos de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio
pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos e guardam-nos tanto mais
cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça. Ef 2:8,9; I Jo 5:2,3; Tt 3:4-8.
Adicionalmente, ensina a Lição da Escola Dominical da UIECB de 15-8-71: “A transmissão da Lei
no Monte Sinai constitui-se em um dos acontecimentos mais destacados, e mais universa[is]. . . Como as
rochas . . . da montanha em que foram transmitidos, estes preceitos formam a base imóvel da vida moral
de homens e de nações, o fundamento duradouro de toda civilização digna e firme”.
2. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Passado Sobre o Tema da Lei Divina:
João Wesley, o “Pai do Metodismo” e grande evangelista e reavivalista do século XVIII declarou:
“Na mais alta categoria dos inimigos do evangelho de Cristo, estão aqueles que, aberta e
explicitamente, ‘julgam a lei’, e ‘falam mal da lei’; aqueles que ensinam os homens a quebrar . . . não
somente um . . . mas todos os mandamentos de um só golpe. . . Isto é, na verdade, demolir enunciados
com muita violência. . . ; isto é resistir na cara a nosso Senhor”. — “Works of Wesley” (Obras de Wesley),
Nova York: Waugh & Mason, 1833.
“A lei moral firma-se sobre um fundamento inteiramente diverso da lei cerimonial ou ritual, que tinha
o desígnio de servir para uma restrição temporária sobre um povo desobediente e de dura cerviz;
enquanto esta [a lei moral] procede do princípio do mundo, sendo ‘escrita, não em tábuas de pedra’, mas
nos corações de todos os filhos dos homens, quando saíram das mãos do Criador”.—João Wesley, “Upon
Our Lord’s Sermon on the Mount”, Discurso 5, em “Works of Wesley”, Vol. 5, (edição de 1829), p. 311.
Por seu turno, o evangelista Moody acrescenta estes valiosos pensamentos:
“Jamais encontrei um homem honesto que achasse falta nos Dez Mandamentos. A lei dada no Sinai
nada perdeu de sua solenidade. . . . O povo precisa ser levado a compreender que os Dez Mandamentos
estão ainda em vigor, e que há uma penalidade ligada a cada violação”. — “Weighed and Wanting”, págs.
11 e 16.
E eis o que Lutero falou sobre os Dez Mandamentos num escrito “contra os antinomistas”:
“Eu muito me admiro como chegou a ser-me imputado que eu rejeitaria a lei dos dez
mandamentos. . . . pode alguém pensar que o pecado existe onde não há lei? Quem quer que ab-rogue a
lei, deve necessariamente ab-rogar também o pecado.—Martinho Lutero, “Wider die Antinomer” (contra
os antinomistas), secs. 6, 8, in seus “Sämsmtliche Schriften” (Escritos coletados), ed. Por Johann Georg
Walck, Vol. 20 (St. Louis, Concordia, 1890), cols. 1613, 1614.
3. O Que Disseram Grandes Próceres Cristãos do Presente ou Mais Recentes Sobre o Tema
da Lei Divina:
Vejamos o que pensam autores cristãos-evangélicos mais modernos. O Pr. Carlo Johansson, da Igreja
Assembleia de Deus, faz a seguinte afirmativa:
“A lei é a vontade de Deus, no Decálogo”.—Síntese Bíblica do Velho Testamento, pág. 48.
Já o Pr. Harold J. Brokke, também pentecostal, declara:
“A lei é uma parte vital do governo divino no mundo em nossos dias. . . a santa lei de Deus é um pré-
requisito divino para uma experiência mais profunda da graça”.—Prosperidade Pela Obediência, pág.
10.
E o Pr. Myer Pearlman, pentecostal, professor de muitos pastores, inclusive do Pr. N. Lawrence
Olson, por muitos anos o orador do Programa de Rádio “A Voz das Assembleias de Deus”, declarou:
“Os mandamentos representam a expressão décupla da vontade de Jeová e a norma pela qual governa
os Seus súditos”.—Através da Bíblia, pág. 27.
Concordando que a lei de Deus é para o bem do homem, o Pr. Carlo Johansson, assembleiano,
declarou:
“O decálogo—o fundamento do pacto e o mais essencial da lei, como também a condição para vida e
felicidade”.—Op. Cit., pág. 116.
E diz outro autor assembleiano:
“A Bíblia nos mostra a sagrada Lei de Deus: ‘faça isto’, ‘não farás!’. Êxo. cap. 20. E essa Lei deveria
ser observada, cumprida rigorosamente – e até aos nossos filhos a deveríamos fazer conhecer. Deut. 6: 1-
13. A Palavra de Deus é, sob certos aspectos, autoritária! Ela nos fala de modo imperativo.” – Lições
Bíblicas, 7-12/1966, Diretor Responsável, Pastor Emílio Conde, pág. 12.
O famoso teólogo, Pr. Antonio Neves de Mesquita, Doutor em Teologia, e professor de seminários
batistas de grande projeção registrou no seu livro Estudo no Livro de Êxodo, pág. 133, estas palavras:
“Tomemos em consideração que antes de serem dadas as dez proposições, comumente chamadas Lei,
já todos os ensinos nelas codificados estavam em vigor. Podemos mesmo dizer que desde que apareceu o
homem sobre a terra os princípios do Decálogo tinham força de lei. E, se quisermos recuar mais ao
passado, podemos afirmar que nunca houve tempo nem eternidade em que tais princípios não
existissem. . . . Quando o homem foi criado, não lhe foi dada esta lei em forma catalogada, mas lhe foi
posta no coração, dentro da consciência, dentro de sua íntima natureza, para que por ela se governasse”.
O Pr. Antonio Gilberto, também da Assembleia de Deus, confirma:
“A parte moral da lei é eterna e universal”.—Manual da Escola Dominical, pág. 86.
Por seu turno, o Pr. Nilson A. Fanini, pregador do programa de televisão “Reencontro”, escreveu:
“Se quisermos viver em paz com Deus e com o nosso próximo devemos, então, observar o Decálogo.
. . . Devemos obedecer não por medo mas por amor. Precisamos observar as leis divinas tais quais elas
são e não acomodá-las de acordo com as tendências da época, esquecendo ou comprometendo as leis
divinas que regem a conduta moral”. -- Dez Passos Para Uma Vida Melhor, págs.18 e 19
Para o Dr. George Eldon Ladd, teólogo de renome, batista, a resposta é a seguinte:
“Está claro que a Lei continua a ser a expressão da vontade de Deus para a conduta, mesmo para
aqueles que não estão mais sujeitos à lei”.—Teologia do Novo Testamento, pág. 473.
E temos Billy Graham citando Wesley sobre os Dez Mandamentos:
“A exemplo de Wesley, sinto que deva pregar a lei e o juízo antes de pregar a graça e o amor. . . . Os
dez mandamentos . . . são as leis morais de Deus para a conduta das pessoas. Alguns pensam que eles
foram revogados. Isso não é verdade. Cristo ensinou a lei. Eles ainda estão em vigor hoje. Deus não
mudou. As pessoas é que têm mudado. . . . Os Dez Mandamentos são um espelho para nos mostrar como
ficamos aquém em preencher os requisitos de Deus”.—Sermão em Times Square, citado em George
Burnham e Lee Fisher, Billy Graham and the New York Crusade (Zondervan Publ. House, Grand Rapids,
Mich.), pp. 108 e 109.
Noutro sermão o grande evangelista prossegue:
“Eu vos advirto esta noite, não pode haver paz até que a Lei seja observada e não há poder em nós
para observar a Lei. A natureza humana é corrupta. É por isso que Cristo veio para dar-nos uma nova
natureza e pôr em operação forças que nos possam trazer à existência uma nova ordem mundial”.—
Sermão em Times Square, citado em George Burnham e Lee Fisher, Billy Graham and the New York
Crusade (Zondervan Publ. House, Grand Rapids, Mich.), p. 191.
E Billy Graham não é o único batista a manter tais opiniões:
“Cremos que a Lei de Deus é a base eterna e imutável do Seu governo moral (Rom. 3: 31. Mat. 5:
17. Luc. 16:17. Rom. 3:20); que essa Lei é santa, justa e boa (Rom. 7: 12. Sal. 119); que a incapacidade
dos homens decaídos, da qual falam as Escrituras, para cumprirem os seus preceitos, provém unicamente
do seu amor ao pecado (Rom. 8: 7-8. Jos. 24: 19. Jer. 13:23. João 6:44); que um dos principais objetivos
do evangelho é o de libertar os homens do pecado e restaurá-los em Cristo a uma obediência sincera dessa
santa lei, concorrendo para isso os meios da Graça proporcionados em conexão com a igreja visível
(Rom. 8:2-4. Heb. 8: 10. Heb. 12.22-25).” – Manual das Igrejas Batistas, por William Carey Taylor, 4a.
Edição, 1949, pág. 178, Artigo XII – Casa Publicadora Batista.
“Eu honestamente creio que este mandamento é exatamente tão obrigatório hoje como
sempre o foi. Tenho conversado com pessoas que dizem ter sido ele abolido, mas nunca foram
capazes de apontar a qualquer lugar na Bíblia onde Deus o repeliu. Quando Cristo esteve sobre a
Terra, Ele nada fez para pô-lo de parte. Ele o libertou dos acréscimos que os escribas e fariseus
lhe impuseram, colocando-o em seu devido lugar. O sábado foi feito por causa do homem, e não
o homem por causa do sábado! É tão praticável e necessário para os homens hoje como sempre
foi—de fato—mais do que nunca, porque vivemos numa época tão intensa.
“O sábado foi obrigatório no Éden, e tem estado em vigor desde então. Esse quarto
mandamento principia com a palavra ‘lembra-te’ mostrando que já existia quando Deus redigiu
Sua lei nas tábuas de pedra no Sinai. Como podem os homens alegar que esse mandamento foi
eliminado quando admitem que os outros nove estão ainda em vigor?” – D. L. Moody, Weighed
and Wanting (ed. 1898), págs. 46, 47.
Finalmente, eis o que declara mais um comentarista bíblico protestante do maior gabarito:
“Se não tivéssemos qualquer outra regra além dessa de Gênesis 2:3, não haveria dificuldade
em deduzir ser ela um preceito para a observância universal de um sábado ou sétimo dia, a ser
dedicado a Deus como tempo sagrado, para todos daquela raça para a qual a Terra e a sua
natureza foram prepararadas. Os primeiros homens devem tê-lo conhecido. As palavras ‘Ele o
santificou’ não podem ter outro sentido. Seriam sem nexo a menos que se referissem a alguns aos
quais se requeria mantê-lo santo”. – John Peter Lange, A Commentary on the Holy Scriptures,
sg., Gênesis 2:3, vol. 1, pág. 197.
* A Que Tipo de Lei, Dentre as Referidas Acima, o Apóstolo Paulo Apresenta em Colossenses
2:16?
Diz um destacado teólogo evangélico:
“Apela-se a passagens tais como Colossenses 2:16: ‘Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e
bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados”. E Romanos 14:5: ‘Um faz diferença entre dia e dia;
outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente”. Cada um de
nós, contudo, sabe que as igrejas apostólicas viviam grandemente atribuladas pelos judaizantes, os quais
insistiam em que a lei mosaica continuava em vigor, e que os cristãos eram obrigados a conformar-se às
suas prescrições acerca da distinção entre alimentos limpos e impuros, bem como a seus numerosos dias
de festa, nos quais todo trabalho tinha de ser interrompido. Esses eram os falso mestres e essa era a falsa
doutrina contra a qual muitas das epístolas de Paulo se dirigiam. É uma óbvia referência a tais homens e
suas doutrinas que passagens como as supracitadas foram escritas. Elas não fazem nenhuma referência ao
Sábado semanal, o qual fora observado desde a criação, e o qual os próprios Apóstolos introduziram e
perpetuaram na Igreja Cristã.”—Teologia Sistemática, Charles Hodge, pág. 1269
O Dr. Albert Barnes, presbiteriano, acima referido, assim se expressou sobre o texto de Colossenses
2:16:
“‘Ou dos sábados’. A palavra ‘sábado’, no Velho Testamento, é aplicada não somente ao sétimo dia,
mas a todos os outros dias de repouso sagrado que eram observados pelos hebreus, e particularmente ao
começo e encerramento de suas grandes festividades. Há, certamente, referência a esses dias nesse lugar,
visto que a palavra é usada no plural e o apóstolo não se refere particularmente ao assim chamado sábado,
propriamente.
“Não há nada que indique tivesse ele ensinado não haver nenhuma obrigação de observar qualquer dia
santificado, pois não há a menor razão para crer que ele tencionasse ensinar que um dos Dez
Mandamentos tivesse deixado de ser obrigatório para a humanidade.
“Se houvesse usado a palavra no singular, ‘o sábado’, teria ficado claro, naturalmente, que ele
pretendia ensinar que esse mandamento havia deixado de ser obrigatório, e que o sábado não mais devia
ser observado. Mas o uso do termo no plural e o contexto, mostram que tinha sua atenção voltada para o
grande número de dias que eram observados pelos hebreus como festas, como parte de sua lei típica e
cerimonial, e não para a lei moral ou os Dez Mandamentos.
“De nenhuma parte da lei moral—pode dizer-se ser ‘uma sombra das coisas futuras.’ Estes
mandamentos são, em virtude da natureza da lei moral, de perpétua e universal obrigatoriedade”.— Notes
on Colossians, edição de 1850, págs. 306 e 307.
Assim essas autoridades presbiterianas, além das que já foram destacadas dentre batistas,
congregacionais, metodistas, luteranos, assembleianos, concordam com os cristãos observadores do
sábado quanto à validade deste e de TODOS os mandamentos do decálogo.
_________
* O sábado é interpretado por esses autores e documentos confessionais como referindo-se ao domingo.
Mas, isso é secundário nesta discussão específica porque o que importa é que admitem a validade e
vigência do mandamento. O debate sobre ter o sábado tomado o lugar do domingo já é outro.
Indiscutivelmente, todas essas autoridades e documentos religiosos não concordam com a visão neo-
antinomista/dispensacionalista que nega a validade e vigência do Decálogo como norma cristã, ou prega o
fim total do 4o. Mandamento, como sendo “cerimonial”. Fica, pois, claro que a natureza do debate não é
sobre SE há um claro preceito para se dedicar um dia semanal ao Senhor, e sim QUANDO é tal dia,
sábado ou domingo?
a - que os 10 Mandamentos NÃO SÃO mais normativos aos cristãos, sendo apenas parte do pacote
único de leis, tudo abolido na cruz para ser substituído pela “lei de Cristo” que dispensa preceito de
guarda de dias;
b - que o sábado NÃO É LEI MORAL E UNIVERSAL, cada um seguindo o melhor caminho que
quiser, sem observar dia nenhum, apenas indo à Igreja, preferentemente aos domingos, para “cumprir a
obrigação”, sem a mínima noção de se SANTIFICAR um dia ao Senhor;
c - que NÃO EXISTE essa classificação/categorização/divisão das leis como “moral” (o Decálogo),
“cerimonial” (prefigurativa de Cristo, abolida na cruz), “civil” e que fazer tal divisão é um erro, já que as
leis eram todas um só ‘pacote legal’ do judaísmo, tudo abolido na cruz.
Até hoje nenhum conseguiu apresentar-nos tais provas. O que se deu é que surgiram pelo fim do
século XIX e início do século XX certos instrutores com novas ideias sobre a questão da lei e do sábado,
prevalecendo o conceito de “dispensações”. Assim, estaríamos agora sob a “dispensação da graça”, que
teria suplantado a “dispensação da lei”. Mas, daí, esses apologistas sentem imensa dificuldade em
explicar como se salvavam os pecadores ao tempo do Antigo Testamento. Muitos chegam a emitir a
aberração teológica de que a salvação era então pela lei, e só a partir de Cristo os homens se salvam pela
graça. Contudo, jamais homem algum poderia reunir méritos para obter a salvação por sua guarda da “lei
do Senhor” que é “perfeita” (Sal. 19:7). E se admitirem que eram salvos pela graça, isso já destrói a
divisão estanque que criam entre as eras da lei/graça.
O fato é que tais noções—que promovem um conceito mais cômodo quanto à questão do dia de
repouso, que chamamos de dianenhumismo/diaqualquerismo/tododiaísmo—procedem de uma tremenda
lavagem cerebral nos meios evangélicos/protestantes levando muitos crentes a desconhecer totalmente o
que suas Igrejas oficialmente ensinam HÁ SÉCULOS, como apresentamos nas páginas anteriores. Nada
sabem sobre o conteúdo desses documentos confessionais das diferentes denominações históricas (das
quais derivaram tantas das Igrejas contemporâneas) no que tange ao tema da lei e do dia de repouso.
Prova disso é que tanto católicos, quanto ortodoxos e mórmons, que não estiveram sob a influência
desses mestres novidadeiros do neo-antinomismo dispensacionalista, sempre ensinaram regular e
normalmente que os 10 Mandamentos seguem sendo normativos aos cristãos em TODOS os seus
preceitos. Ainda que mantendo certas mudanças e adaptações inaceitáveis quanto ao conteúdo dessa lei
divina, o fato é que não adotaram essas noções antibíblicas de “lei abolida” e assemelhadas.
Seria interessante, finalmente, lembrar como mentores do dispensacionalismo também especularam
nas Escrituras daqui e dali sobre seus textos proféticos, chegando à conclusão de que 40 anos após a
fundação do Estado de Israel dar-se-ia o arrebatamento da Igreja. Um livro promovido aos milhões por
todo o mundo, escrito pelo dispensacionalista Hal Lindsey, que em português teve o título de A Agonia do
Grande Planeta Terra, promovia tal conceito. Só que em 1988, em vez do esperado arrebatamento da
Igreja, o que tivemos foi o arrebentamento de mais uma profetada nos meios evangélicos. Quantos
evangélicos estão cientes desse fato?
A alegação dos apologistas mencionados por sua posição contraditória ao pensamento da ortodoxia
protestante, embora pretendendo preservar tal pensamento, é expresso à base de algo como “nós
respeitamos esses cristãos que emitiram tais documentos e instruções sobre o tema da lei divina, mas
preferimos seguir as Escrituras, indiscutivelmente superiores ao pensamento deles”. Com isso provocam
dois fatos inevitáveis:
A) OFENSA: Eles os ofendem todos como negligentes em expor tais princípios a serem adotados pelas
suas comunidades de fé COM BASE EXCLUSIVA NAS ESCRITURAS, dentro do ideal Reformado de
Sola Scriptura. Assim, nem podem reivindicar que os respeitam, para começo de conversa. Ademais, um
detido exame de todos esses documentos confessionais das Igrejas-mãe referidas mostra que se baseiam
totalmente na Bíblia como fundamento dos seus ensinos e interpretações, indicadas como a melhor
interpretação escriturística para os membros das respectivas Igrejas.