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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO – UFERSA

Departamento de Ciências Ambientais e Tecnológicas – DCAT


Curso: Bacharelado em Ciência e Tecnologia 1º período
Disciplina: Ambiente, Energia e Sociedade
Professora: Isaura Macedo Alves
Aluno (a): Edifranklin Silva Sousa

Como alinhar esses dois caminhos (crescimento econômico e


sustentabilidade) fundamentais para a manutenção da sociedade?

A teoria de Maslow propõe que os fatores de satisfação do ser humano


dividem-se em cinco níveis dispostos em forma de pirâmide. A base da pirâmide
compreende as necessidades de nível baixo, que são as necessidades fisiológicas e
de segurança. Fome, sede, frio, insegurança são cenários negativos dos quais
surgem necessidades que precisam ser supridas: alimentação, bebida, moradia,
roupas, ou seja, tudo requer o consumo e extração do meio ambiente.

Todos já perceberam que o padrão de crescimento econômico embasado no


crescente consumo é insustentável. A questão é o que se pode fazer para equilibrar
os pontos crescimento econômico x sustentabilidade. Para ser alcançada, a
sustentabilidade depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos
naturais não são infinitos, existindo aspectos a serem atingidos: a satisfação das
necessidades básicas da sociedade, preservação dos recursos naturais, execução
de programas ambientais, a solidariedade com as futuras gerações, e a participação
da população.
Vejamos alguns problemas que causa o desequilíbrio crescimento econômico x
sustentabilidade: falta de punição contra crimes de desmatamento, biopirataria, e
exploração indiscriminada de recursos da fauna; crescimento indiscriminado das
cidades sem qualquer planejamento urbano, favorecendo a formação de favelas,
ocupação descontrolada das áreas de preservação, que ocasionam em grandes
catástrofes, como os desmoronamentos de morros, alagamentos, enchentes e
poluição de rios e nascentes (FERREIRA, 1988); a falta de aplicação e
acompanhamento das políticas ambientais e habitacionais, que proporciona para
nossas grandes cidades uma perda de qualidade de vida e um desequilíbrio social e
sustentável.
Além disso, o modelo de crescimento econômico capitalista em que se vive
atualmente tem como característica a transformação em mercadoria as relações e
como objetivo o lucro, sendo incompatível com a sustentabilidade, haja vista que
esta prega uma relação entre a humanidade e a natureza e seres humanos entre si
que não é abrangida pelo capitalismo, ou seja, tal sistema costuma lidar com o meio
ambiente e suas funções como sendo infinitas e sem custo, desta forma, incentivam
o cansaço dos recursos e a degradação dos ecossistemas.
Todas as economias dependem do meio ambiente como fonte de serviços
essenciais à vida e de matérias-primas, portanto, os mercados e as economias
planejadas deverão se conscientizar do valor desses bens e serviços, ou dos custos
que a sociedade terá, caso os recursos ambientais sejam reduzidos ou prejudicados.
Diante disso, é preciso que os governos ajam pro ativamente, trazendo métodos de
consumo com consciência e sustentabilidade, enquanto estratégias de minimização
de fabricação de produtos, de emissão de gases por indústrias, etc, são executadas,
como por exemplo: a redução do consumo de fast-foods, além de alimentos
industrializados que levam a um crescimento da obesidade em alto grau e causam
doenças que poderiam ser evitadas é um ponto positivo tanto para o meio ambiente
como para a humanidade; a redução do consumo de automóveis, onde as
pessoas utilizarão mais o sistema de transportes coletivo, é um ponto positivo para a
humanidade, pois os automóveis adquiridos terão maior vida útil e as pessoas não
gastarão tempo em congestionamentos, e também para o meio ambiente, pois
reduziria a emissão do gás emitido por eles; a redução do consumo de roupas,
onde se há produção de roupas com qualidade, não sendo necessária a compra
constante de vestimentas; etc. Não contanto apenas com macro ações, mas
também com micro ações, atitudes individuais e coletivas que podem ser
realizadas, como a redução do consumo exagerado e, quando consumir, o fazer
de forma efetiva; utilizar produtos reciclados, isto é, usar um produto novo bom
para uso que já foi utilizado e descartado, assim, gerando economia de recursos
naturais, diminuição nos gastos com limpeza pública, nos tratamentos das doenças,
no controle da poluição e na construção de aterros, além de diminuir o acúmulo de
dejetos, poupando também a natureza da extração inesgotável de seus recursos; e
a reutilização, que é o reuso de recursos e de produtos antes de serem jogados.

Referências

http://www.administradores.com.br/noticias/economia-e-financas/crescimento-
economico-x-sustentabilidade-onde-fica-o-bem-estar/72724/

Robbins, 2002

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/biologia/crescimento-x-
desenvolvimento-sustentavel/50576

FERREIRA, Leila da Costa. A questão ambiental: sustentabilidade e políticas


públicas no Brasil. São Paulo: Boitempo Editorial, 1998.

https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/viewFile/17768/pdf

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