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As relações sociais da criança

na obra de Lygia Bojunga Nunes

Maria Marlene R. da Silva


Mestre em Literatura Brasileira / UnB

Os livros de Lygia Bojunga Nunes, personagens antropomorfizadas representam seu


destinados ao público infantil, constituem processo de evolução de uma situação totalmente
exemplos de textos que buscam a emancipação reprimida até a vitória sobre a censura através da
da criança diante dos condicionamentos impostos liberação de seus três desejos: crescer, ser menino
a ela pelos adultos. e escrever.
Alguns desses textos abordam a questão das As projeções da personagem principal são
relações familiares, como Angélica, A bolsa apresentadas nas diversas seqüências narrativas.
amarela, A casa da madrinha, Tchau e Seis vezes O capítulo intitulado“O galo” reproduz a estrutura
Lucas. patriarcal centrada no macho que pensa e toma
O tratamento que a autora dispensa à decisões pelos demais. A situação do galo Rei
temática familiar, ao dessacralizar o papel dos pais, metaforiza a perpetuação do sistema cristalizado
determina a afastamento da índole utilitarista da no qual prepondera a intolerância com o outro,
produção literária tradicional destinada às experiência vivida por Raquel junto à família.
crianças, permitindo à literatura assumir papel O galo Rei, que depois passa a ser chamado
mais relevante enquanto Arte. Afonso, e o outro galo,Terrível, são caracterizados
A temática em torno da família é observada por problemas semelhantes aos enfrentados por
sob diferentes aspectos nos livros da autora, que Raquel. Afonso não consegue lutar por uma idéia,
vê a família e a escola como agentes privilegiados porque não tem nenhuma, só lhe resta a fuga,
da opressão institucionalizada que o adulto exerce enquanto Terrível, com o pensamento costurado,
sobre a criança sob o disfarce de proteção. não consegue raciocinar além do que lhe
Na família de Angélica, por exemplo, a permitem que pense.
relação entre o pai e os filhos, se dá de maneira A liberação dos dois galos será feita ao mesmo
hierarquizada, tendo por base o modelo patriarcal tempo que Raquel aprende a enfrentar os seus
representado pela figura incontestável do pai. Para desejos e pensar por conta própria. Sendo que
os galos, na narrativa, representam a dominação
ilustrar a posição autoritária desse chefe de família,
masculina na estrutura familiar patriarcal, a saída
Lygia utiliza a metáfora da família reunida em dos dois da bolsa é bastante significativa em
círculo, no qual a opinião de Angélica não é aceita. termos da liberação de Raquel e assunção de si
Nesse livro, as relações entre pai e filhos só como mulher1.
se torna possível se os últimos ajustarem-se às A Guarda-chuva e o Alfinete de fraldas
ordens do primeiro, mero repetidor de estruturas também contribuem para o crescimento interior
ideológicas montadas. da heroína. A primeira, enguiçada no momento e
Caso semelhante ocorre em A bolsa na história, sem nome e sem identidade, apresenta
amarela, obra que discute a falta de integração características similares à situação vivenciada por
da criança à família. A constante desaprovação Raquel. Tais características aborrecem a menina,
dos pais e irmãos, somada à atitude de que passa “de contente pra chateada” (p. 51),
distanciamento destes, conduz Raquel à criação porque são o reflexo de sua posição diante da
de um mundo fantástico (paralelo a sua realidade) família. No entanto, a Guarda-chuva tem
que simboliza a repressão em que vive, os desejos propriedades que ajudam a personagem a pensar
que oculta e a identidade que procura. As de forma diferente, fazendo-a alcançar sua
aventuras vivenciadas pela menina com as emancipação individual. Raquel deseja crescer e
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ser menino, a Guarda-chuva a faz refletir sobre o casal cuja relação foi se desgastando com o tempo.
valor da infância como estágio de Ela testemunha a fraqueza da Mãe diante dessa
desenvolvimento do ser humano para se chegar nova forma de amor que a domina por completo
à plenitude do ser adulto; ao desejar ser mulher, a e a fraqueza do Pai que busca o esquecimento na
Guarda-chuva afirma a crescente importância bebida.
desta na sociedade moderna. Não se observa nestas duas personagens o
A possibilidade de uma solução que sinal de prepotência do adulto sobre a criança.
permite a sobrevivência do núcleo familiar é Ao contrário, eles parecem buscar na filha o apoio
aventada na mesma narrativa quando Raquel vai de que necessitam.
a uma loja de consertos e se defronta com uma A relação pai/filho exposta em “Lá no Mar”,
família bastante diferente da sua. Assim, ela também do livro Tchau, é ainda de
descobre que não existe uma única forma de companheirismo, mesmo quando há ordens a
organização familiar e que o trabalho e a interação cumprir.
entre seus membros não são incompatíveis com Já nos seis capítulos de Seis vezes Lucas
a alegria e o respeito mútuo. A Casa dos Consertos são narrados vários episódios do cotidiano de
surge como uma nova ordem possível, que Lucas, personagem sob cuja ótica é revelada a
relativiza o modelo herdado de família. fragilidade das relações entre os adultos e, de
A família de Napoleão Gonçalves é outro forma bem enfática, a relação entre seus pais.
exemplo dessa possibilidade de sobrevivência da Lucas, entre as idas e vindas do casal, tenta
instituição familiar. Nela, seus integrantes se compreender o seu pequeno universo familiar:
entendem às mil maravilhas, há incentivo à as mentiras e as constantes traições do Pai, a
participação e à reflexão, além do respeito pela complacência da Mãe diante do comportamento
opinião individual. do marido e a ingenuidade da professora Lenor
O problema familiar, muitas vezes, mescla- que acredita nas mentiras do pai, tornando-se
se ao econômico. Alexandre, personagem central amante deste.
de A casa da madrinha, se evade da opressiva Lucas tudo observa e tenta tirar conclusões.
situação de precariedade econômica em que vivia A narrativa oscila da exterioridade da cena ao
para buscar um mundo em que pudesse se f luxo de consciência de Lucas, que tenta
movimentar com maior segurança. apreender a realidade do universo das pessoas
Assim como Raquel, Alexandre conquista adultas:
sua maturidade, metaforicamente, através de um ... a mãe não tinha dito tudo tem um fim e o
caminho longo e difícil, pois além da insegurança meu amor pelo teu pai chegou ao fim, não tinha?
e do medo, características de sua psique, ele tinha! então era assim? dizia uma coisa num dia,
enfrenta as dificuldades próprias das populações desdizia no outro? então ela não tinha dito pro
pai dessa vez eu não perdôo mais você? tinha!
marginalizadas.
e agora não estava ali abraçando e beijando ele?
A narrativa é construída como uma espécie e ele? será que um dia ele ia gostar de gostar de
de viagem de Alexandre, que vai da infância à novo do pai? O olho voltou pra dentro do carro:
maturidade, como um rito de passagem. Os o Pai e a Mãe estavam se beijando outra vez (Seis
recursos da fantasia são amplamente empregados. vezes Lucas, p. 105).
Alexandre, ao lado de Vera e do Pavão, atravessa o Lygia Bojunga Nunes inova na criação
escuro, vence o medo e chega ao seu destino: a literária para crianças, não apenas ao abordar uma
casa de sua madrinha. Ao colocar a chave da casa temática em que o leitor criança se sente
no bolso sente-se preparado para enfrentar a vida. envolvido, como também ao centralizar a história
O escuro é a personificação dos medos de na criança, tornando a ação contemporânea do
Alexandre. A realidade amedronta quando encerra seu processo de descobrimento do mundo. Desse
os problemas do dia-a-dia, a luta pela sobrevivência modo, o jovem leitor encontra um elo de ligação
numa sociedade discriminadora. com o texto. A autora não bane o adulto de seus
No conto “Tchau”, do livro de mesmo título, livros, apenas restringe o seu papel na narrativa.
a criança aparece como suporte da estrutura Em grande parte dos textos da autora, cujos
familiar, na qual a relação amorosa entre pai e mãe personagens principais são crianças às voltas com
já não é possível. dilemas que afetam o núcleo familiar, percebe-se
É através da visão de Rebeca, a filha, que o que estes se valem do elemento maravilhoso
leitor toma conhecimento do sofrimento desse como forma de compreender a realidade a sua
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volta e assim alcançam a emancipação de seus demonstrado ainda que a imaginação e a
conflitos exteriores e interiores. criatividade podem despertar o interesse e a
No que se refere ao binômio criança/escola, adesão da criança ao que é ensinado.
Lygia mostra que há instituições de ensino que O ensino, então, é diferente do ensino
privam seus alunos, exigindo-lhes uma atitude abstrato de Corda bamba, pois parte de assuntos
passiva diante dos professores e, vivenciados no cotidiano infantil e estes
conseqüentemente, diante da vida. Contudo, a conhecimentos são importantes para o
autora aponta possibilidades nas quais a escola reconhecimento da criança no ambiente em que
valoriza e até estimula o crescimento intelectual vive.
e afetivo de seus alunos. Em O Sofá estampado, a Vó de Vítor,
Destacam-se como livros nos quais Lygia arqueóloga conceituada e aberta a todo tipo de
Bojunga Nunes aborda esse binômio Corda informação e conhecimento, é a representação
bamba, A casa da madrinha, O sofá estampado do saber aberto ao próximo, mesmo que este não
e Tchau. esteja pronto para essa integração.
Segundo Laura Sandroni, a hegemonia do No conto “O bife e a pipoca”, de Tchau, a
adulto sobre a criança se dá com mais ênfase na valorização da escola e do ato de ensinar é visto
escola, pois é, geralmente, nela que é demarcada como a descoberta de uma possível vocação.
a linha fronteiriça entre a superioridade do Nos textos anteriormente citados, podemos
professor, detentor do saber/poder, e a do aluno, perceber que através das personagens crianças, a
recebedor de conhecimentos prontos e estáticos. autora tematiza a condição infantil diante do
Lygia ilustra essa situação em Corda relacionamento que estes mantêm com os adultos,
bamba, ao mostrar a relação entre Maria e sua sejam pais ou professores.
professora particular. A índole dominadora do Ao abordar o relacionamento entre a
mundo adulto, é aqui centrada no ensino abstrato criança e o universo adulto presentificados no
que interfere na comunicação entre professora e texto narrativo, Lygia põe à prova as concepções
aluna. adultas de que são confeccionadas o relato, assim
O cão de guarda, metonímia da mestra, como propõe ao leitor a discussão da validade
corporifica o papel autoritário do ensino. Ao das mesmas.
ameaçar a menina a cada instante, desvia sua Segundo Regina Zilberman,
atenção entre não se deixar morder e agradar à a escola assume um duplo papel - o de introduzir
professora através de uma resposta correta ou de a criança na vida adulta e o de protegê-la contra
um comportamento conveniente. Essa atitude da as agressões do mundo exterior - ela se identifica
menina é marcada pela construção de diálogo com as contradições antes expostas, refletindo-
as de modo visível. Em primeiro lugar, acentua
interior, que se desdobra na perspectiva interna
a divisão entre o indivíduo e a sociedade, ao
e externa de Maria. retirar o aluno da família e da coletividade,
Lygia ironiza o papel do adulto autoritário encerrando-o numa sala de aula em que tudo
no exercício de seu poder através das contraria a experiência que até então tivera.Ao
personagens Maria Cecília e a professora de Maria, invés de uma hierarquia social, vive uma
esta última guardiã de um saber desumanizado e comunidade em que todos são igualados na
nada democrático, pois não permite que a aluna impotência: perante a autoridade do mestre e,
tenha acesso a ele. mais adiante, da própria instituição educacional,
Essa postura crítica da autora com relação todos estão despojados de qualquer poder2 .
ao sistema escolar é observada em A Casa da Ao acentuar a dependência e a fragilidade
madrinha. A Escola Osarta (atraso) do próprias de infância, a escola participa do
Pensamento representa a instituição de ensino processo de manipulação da criança, conduzindo-
autoritária e repressora, na qual o Pavão é o aluno a à aceitação passiva de normas estabelecidas
castrado e domesticado. pelos adultos. Quanto à literatura infantil, se ela
Por outro lado, nesse mesmo livro, no transmite um ensinamento sob a ótica adulta, ou
capítulo intitulado “A professora e a maleta”, há a se nas histórias atua um narrador que censura a
sugestão de uma escola ideal, onde a maleta da ação de seus personagens infantis, ou mais ainda,
professora representa o livro didático ideal, e os se veicula conceitos e padrões comportamentais
seus pacotes coloridos, as verdadeiras lições que que estejam em consonância com os valores
o mestre deveria ensinar. Nesse capítulo é sociais coercivos, ela torna-se tão degradante

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quanto o modelo de ensino que requer um aluno humana. Na literatura infantil e juvenil, essa crise
servil e obediente. de representação se manifesta a partir da crise de
No entanto, se a escola e a literatura, identidade do personagem e de sua busca
enquanto instituições, seguem uma perspectiva constante por um novo papel social.
de trabalho comprometida com a Os livros de Lygia Bojunga abordam temas
desenvolvimento psicosocial da criança, ambos que revelam sua preocupação com o homem
podem se tornar um espaço para a criança refletir moderno nos diversos núcleos e dilemas sociais
sobre sua condição pessoal. de que participa: as relações familiares, as
A literatura verdadeiramente inovadora é desigualdade sociais, a discriminação à mulher, ao
aquela que ultrapassa a função didático- pobre e à criança.
moralizante, para revelar uma visão mais clara da A problemática social em seus textos é
realidade na qual o leitor já estava inserido, sem voltada para a perspectiva filosófica do “ser-no-
no entanto conhecê-la. mundo”, em que o homem questiona a sua
A literatura, ao cumprir o seu papel social, existência no mundo em que vive. Os problemas
colabora para a formação da sociedade, pois sociais enfocados em seus livros tornam-se ainda
emancipa o homem dos laços naturais, religiosos mais relevantes porque, via de regra, são
e sociais que o impedem de se aprimorar. responsáveis por desajustes de ordem psíquica e
O texto literário prospectivo amplia os afetiva dos personagens. Desse modo, o social, ao
horizontes de expectativas do leitor atingir o particular, chega ao indivíduo e, por
possibilitando a este modificar a sua percepção extensão, à formação de sua personalidade, à
de mundo. É nesse contexto que se inserem os adaptação ao seu meio ambiente e, finalmente, à
livros de Lygia Bojunga Nunes. consolidação de sua interioridade.
No que se refere à participação da criança A sociedade moderna é criticada por Lygia
em textos de abordagens sociais, sabe-se que Bojunga através de uma postura contra o modelo
durante muito tempo a literatura para crianças de vida calcado no consumismo, na alienação e
evitou abordar temas que enfocassem “o ‘lado na espoliação dos menos favorecidos.
podre’ da sociedade, seja em termos sociais O sofá estampado é um livro no qual são
(ausência de temas relacionados ao sexo, às criticadas várias mazelas da sociedade
diferenças raciais ou conflitos de classe) ou contemporânea:
existenciais, faltando a representação de * Dalva é a representação do ser alienado,
determinados problemas familiares, como a falta que sobrevive através de uma realidade propagada
de dinheiro do pais, a morte, os tóxicos”3 e mais pelos meios de comunicação de massa que dita
ainda aqueles ligados à violência urbana que as regras de comportamento social.
diariamente se insere na realidade das crianças e * A dona-da-casa representa uma versão
dos jovens através dos meios de comunicação de diferenciada da mulher, propalada pela literatura
massa. tradicional que a santifica e a idealiza. No narrativo,
O aspecto temático de cunho verista tem ela é fútil, preocupada com a combinação dos
na literatura infantil e juvenil uma tendência de móveis da casa.
vanguarda (às vezes controversa) porque rompe * Popô e Dr. Ipo representam pessoas que
com os padrões tradicionais relativos às se pautam pelo lema: “time is money”. São
produções literárias para esse público leitor. apressadas; os negócios a serem realizados e o
Sonia Salomão Khéde, postula que “a ganho advindo a partir deles representam os fatos
modernidade foi responsável pela fragmentação mais relevantes para eles.
do indivíduo agora não mais percebido como um A sociedade contemporânea apresenta um
ser global e pleno. Esse fato não é apenas sistema econômico que discrimina aqueles que
especificamente da literatura por se prender a não detêm recursos financeiros. Em Angélica,
todo um questionamento da metafísica ocidental, Porto procurou um emprego para prover as suas
da psicologia do indivíduo na sociedade de classes, necessidades básicas. Ele desejou, a princípio,
e da voragem consumista que substitui cada vez trabalhar como médico, engenheiro ou artista. A
mais o original por sua cópia, numa crescente medicina e a engenharia ele não pôde exercer
perda do referente, e dos valores essenciais”4 . porque lhe faltava o diploma; e ser artista é
A sociedade moderna vive uma forte crise exercer uma atividade desvalorizada no mundo
de representação em todos os níveis da atividade atual.
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A sociedade moderna cobra do indivíduo os livros, a arte ao mesmo tempo que encanta (o
determinadas posições diante da vida, só que essa teatro em Angélica e a arte circense, em Os
mesma sociedade não dá subsídios para que esse colegas) é também denunciadora e redentora.
indivíduo se desenvolva. O artista (o escritor, em particular) ao
Lygia tece essa crítica através de fino humor. criticar, reinventa o mundo permitindo aos
Como Porto não tem diploma, por não ter tido leitores uma visão de mundo mais ampla e
acesso à escola, arranja trabalho de anunciante: profunda.
No mesmo livro, Canarinho, um elefante Reiterando o que já foi dito anteriormente,
velho, não consegue emprego fixo, vive de os textos de Lygia Bojunga expõem os males que
biscates. Ele é discriminado por ser idoso, dilema afligem a sociedade brasileira, convertendo o que
que a sociedade cria e não parece disposta a antes era apenas um tema em evento narrativo,
resolver. em histórias.
Alexandre, de A casa da madrinha, é Suas personagens, ao romperem os limites
obrigado a desistir da escola, pois precisa trabalhar impostos pela sociedade repressora, propiciam o
para ajudar no sustento de sua família. Para essa despertar do leitor, fazendo com que a criança
personagem, o estudo representa uma forma de colabore no desempenho do papel transformador
ascensão social e intelectual. da sociedade de que faz parte, seja ela a família, a
As desigualdades sociais são também escola ou a sociedade como um todo.
tematizadas em “O bife e a pipoca”, conto que
descreve com realismo o cotidiano de uma favela Notas
carioca através da perspectiva de Rodrigo, menino Este artigo está baseado num capítulo da dissertação
de classe média, amigo de Tuca, morador da favela. de mestrado O caráter emancipatório das obras de
Como em todos os seus livros, Lygia Lygia Bojunga Nunes, orientada pela profa Margarida
Bojunga não apenas critica como também aponta de Aguiar Patriota e aprovada em 1999.
1
possibilidades diversas de mobilizar a sociedade ZILBERMAN, Regina e Ligia Cadermatoru
num rumo positivo. Para a autora, é através da MAGALHÃES - Literatura infantil: autoritarismo e
socialização do homem com seus semelhantes emancipação. São Paulo: Ática, 1982, p. 148.
2
ZILBERMAN, Regina - A literatura infantil na escola.
que se poderá mudar uma situação, e ela explicita
São Paulo: Global, 1987, p. 18.
isso através do trabalho de criação coletiva que 3
Id., p. 80.
permite a realização de cada elemento de uma 4
KHÉDE, Sonia Salomão - Personagens da literatura
dada comunidade. Em Os colegas e Angélica, é infanto-juvenil. São Paulo: Ática, 1986, p. 15.
por meio do trabalho coletivo que os personagens
conseguem a emancipação individual. Em ambos

Maria Marlene R. da Silva - “As relações sociais da criança na obra de Lygia Bojunga Nunes”. Estudos de Literatura
Brasileira Contemporânea, no 5. Brasília, março de 2000, pp. 9-13.
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