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Avaliação metodológica da medida de carbonatação de microconcretos

Conference Paper · October 2015

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4 authors, including:

Isabella Dilonardo Christian Varhen


University of São Paulo Universidad de Piura
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Antonio D. Figueiredo
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Avaliação metodológica da medida de carbonatação de
microconcretos
Methodological evaluation of carbonation measurement in microconcretes
DILONARDO, Isabella (1); VARHEN, Christian G(2); LEE, Caroline (3); FIGUEIREDO, Antonio D. de. (4)
(1) Mestranda em Engenharia Civil – Escola Politécnica USP isabella.dilonardo@usp.br
(2) Mestrando em Engenharia Civil – Escola Politécnica USP/ / Professor, Departamento de Ingeniería
Civil.- Universidad de Piura.
(3) Graduanda em Engenharia Civil - Escola Politécnica USP
(4) Professor Associado - Escola Politécnica USP

Resumo
A carbonatação é um fenômeno que afeta a durabilidade do concreto armado e requer cuidado uma vez que
pode, num estado avançado, prejudicar a capacidade resistente da estrutura com a armadura
despassivada. Por essa razão, algumas normas preveem o uso de parâmetros empíricos para garantir a
durabilidade da estrutura onde se pode incluir o consumo mínimo de cimento. Modelos de previsão de
comportamento são uma ferramenta importante para a parametrização do comportamento do material em
termos de durabilidade e é necessário procurar aperfeiçoá-los continuamente. Assim, este trabalho visa
apresentar a avaliação metodológica de um estudo experimental sobre a evolução da carbonatação
acelerada em dois microconcretos com diferentes níveis de consumo de cimento Portland. Para o ensaio
de carbonatação acelerada foram moldados corpos de prova prismáticos com dimensões de
10cmx10cmx40cm que foram curados por 28 dias e depois secos em câmara climatizada com umidade
de 50% adotada como um dos parâmetros do ensaio de carbonatação. Após o preparo dos corpos
de prova realizou-se o ensaio de carbonatação acelerada em câmara de carbonatação e, após os
ensaios em várias idades, fez-se a avaliação das formas de medição das profundidades das frentes de
carbonatação utilizando paquímetro e os softwares ImageJ e Adobe Photoshop. Para a avaliação do
comportamento mecânico verificou-se a resistência à compressão em corpos de prova cilíndricos.
Percebeu-se que os dados das medições realizadas pelos softwares apresentam maior confiabilidade dos
resultados do que os resultados com o paquímetro. Quanto à resistência mecânica nota-se que os dois
traços apresentam comportamento esperado já que existe uma variação do teor de cimento em ambos os
casos.
Palavras-chave: carbonatação, microconcreto, durabilidade, metodologia

Abstract
The carbonation is a phenomenon that affects the durability of reinforced concrete and requires careful
attention as can, in an advanced state, undermine the structure capacity of reinforced concrete due to the
steel despassivation. For this reason, some recommended practices provide empirical parameters to ensure
the durability of the structure where it could be included the minimum cement consumption. Predictive
durability models are an important tool for the estimate the behavior of the material in terms of durability and it
is necessary to look for their continuous optimization. So this paper presents a methodological evaluation of
an experimental study on the evolution of accelerated carbonation in two microconcretes with different levels
of Portland cement consumption. For the carbonation accelerated test, prismatic specimens
(10cmx10cmx40cm) were molded and cured for 28 days. The specimens were storage in a chamber with
50% of relative humidity. After the preparation of the specimens, the accelerated carbonation test was carried
out in carbonation chamber. The specimens were removed for carbonation depth measurement at various
ages. The assessment of the depths measurement was made in different forms. The first method was using
manual determination by a caliper. The other two methods were based in image analysis using photos and
the softwares ImageJ and Adobe Photoshop. It was figured out that the data of the measurements obtained
by image analysis have greater reliability than the results obtained from the manual measurements
Keywords: carbonation, microconcrete, durability, methodology.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 1


1. Introdução
Um dos grandes desafios da construção civil trata-se da durabilidade das estruturas de
concreto armado. A durabilidade e a vida útil da estrutura dependem, além das
características do concreto e de fatores de execução, fundamentalmente das condições
ambientais às quais será submetido (REBMANN, 2011). É sabido que a concentração de
CO2 na atmosfera é um dos fatores importantes que regem a taxa de carbonatação do
concreto. De qualquer forma, a carbonatação afeta a vida útil da estrutura de concreto
armado, mesmo não ameaçando a integridade de estruturas de modo instantaneamente
(YOON, ÇOPUROGLU, PARK, 2007).
O processo de carbonatação ocorre devido às reações do CO2, presente no ar, com os
hidróxidos alcalinos presentes no material. Isso ocorre especialmente com o hidróxido de
cálcio, em meio aquoso, formando o carbonato de cálcio e reduzindo o pH, inicialmente em
torno de 13, para valores próximos a 8 (TUUTTI, 1982; ANDRADE, 1992; BENTUR et al.,
1997). Na Equação 1 verifica-se, de maneira simplificada, esse processo.

CO2 + H2O → H+ + HCO3-


Ca+ + OH- + HCO3 → CaCO3 + H2O (Equação 1)

A penetração do CO2 nos poros do concreto desenvolve-se numa frente que avança com
uma velocidade quantificada pelo coeficiente de difusão do CO2. A velocidade com que a
frente de carbonatação avança depende da estrutura da rede de poros do material, bem
como das suas condições de umidade (BAKKER, 1988). O processo de carbonatação é um
processo lento, por isso é um consenso entre os pesquisadores que existe a necessidade
de utilização de ensaios acelerados, principalmente para obter resultados rápidos (SILVA et
al. 2009). O procedimento para o ensaio de carbonatação acelerada consiste em submeter
às amostras a um ambiente com controle de temperatura, umidade relativa e a uma
concentração de CO2 maior que a encontrada na atmosfera, geralmente dada pela
quantidade em volume de gás introduzida na câmara de carbonatação (PAULETTI, 2004).
Assim, é possível parametrizar comportamentos e produzir modelos que permitam estimar a
vida útil das estruturas de concreto armado (HELENE, 1983).
Para evitar a corrosão devido à carbonatação dentro da vida de serviço, estruturas de
concreto são obrigadas a ter um cobrimento de concreto com espessura e resistência
suficiente contra a carbonatação (VISSER, 2013). Portanto, a parametrização deste
cobrimento tem direta relação com a vida útil da estrutura. Por se tratar de uma patologia
recorrente na construção civil, o aprimoramento dos estudos referentes a esse tema é
necessário. Com isso, no decorrer desse trabalho, será apresentado à avaliação
metodológica que possui o objetivo principal discutir as metodologias de mensuração da
profundidade de carbonatação acelerada de dois microconcretos com teores de cimento
distintos.

2. Materiais e métodos
Para a composição dos microconcretos utilizou-se os seguintes materiais: cimento Portland
de alta resistência inicial (CPV), dois fileres calcários, três tipos de areias com várias
composições granulométricas, aditivo superplastificante à base de policarboxilato de sódio
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(Melflux 2651, Basf). Para este estudo foram feitas duas formulações de microconcretos as
quais são mostradas na Tabela 1. Todas as porcentagens apresentadas na Tabela 1 são
calculadas em relação à massa total presente na formulação utilizada. A identificação de
Traço 10 e Traço 20 correspondem aos 10% e 20% de consumo de cimento
respectivamente.

Tabela 1 – Composição dos traços


Traço 10 Traço 20
Materiais
(%) (%)
Cimento 10 20
Filer 1 10 4
Filer 5 5 1
Areia 3 30 30
Areia 4 20 20
Areia Grossa 25 25
Água 8,25 8,25

Todas as formulações têm a mesma proporção de agregados (areias). No entanto, a


quantidade de cimento e filer variam para cada traço. Como a indústria de produção de
cimento é uma importante fonte de emissão de CO2, uma das soluções para a resolução
desse problema é substituir clínquer por matérias-primas secundárias, que também podem
melhorar as características do concreto e aumentar a sua durabilidade (KHOKHAR et al.,
2010). Por essa razão, optou-se por variar o teor de filer e cimento para cada traço
analisado e, assim, avaliar como essa variação de material afetaria a durabilidade dos
microconcretos estudados. Com isto, serão obtidos níveis distintos de resistência e relação
água/cimento que são parâmetros recorrentes nas normas nacionais para parametrizar o
concreto em função de sua durabilidade (ABNT NBR 9118:2014 e ABNT NBR 12655:2015).
A relação água/finos (cimento mais fileres) foi mantida constante e igual a 0,33 e as
relações água/cimento estudadas foram 0,83 e 0,41, respectivamente, utilizando a mesma
quantidade de água e areias para os dois traços.
Nesse trabalho, para o ensaio de carbonatação acelerada, utilizou-se a câmara
climatizada UCC 1000/2007 da BASS com capacidade de 1000 litros, mostrada na Figura
1, que possui o controle digital automático de temperatura e concentração de CO2. A
literatura indica que a umidade relativa (ANDRADE, 1992; HELENE, 1983; PARROTT,
1987) e a temperatura (NEVILLE, 1995) como influenciadoras da taxa de carbonatação. Por
essa razão, neste trabalho, ambas foram fixadas, sendo que a umidade relativa adota foi de
50% e a temperatura permaneceu em torno de 25ºC.
Vários pesquisadores concordam que um teste acelerado de carbonatação é recomendado
para concentrações baixas de CO2, a fim de evitar situações irreais e coeficientes do
carbonatação associados a concentrações muito elevadas (SILVA et al., 2009). Baseado
nesses estudos adotou-se, para esse estudo experimental, uma concentração de 5% de
CO2.

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Figura 1 – Câmara climatizada UUC 1000/2007 utilizada para o ensaio de carbonatação acelerada

Amostras prismáticas são recomendadas pela EN 13295: 2004 e RILEM CPC 18 em


estudos carbonatação no concreto. Levando em conta isso, moldaram-se corpos de prova
prismáticos de 10 cm x 10 cm x 40 cm e a cura ocorreu na câmara úmida até a idade de
28 dias. Ao serem retirados da câmara úmida os corpos de prova estavam saturados de
umidade, condição essa que impossibilita a penetração do CO2 para a realização do
ensaio. Se os poros estiverem secos, o CO2 penetra no concreto, mas a carbonatação não
ocorre, pois falta água. Se os poros estiverem saturados, a carbonatação fica
comprometida pela baixa velocidade de difusão do CO2 na água, que é cerca de 104 vezes
menor do que através do ar (NEVILLE, 1997). Devido isso, os corpos de prova foram
deixados em câmara seca, por 30 dias, para equilibrar a umidade do corpo de prova com
a umidade ambiente antes de iniciar o ensaio de carbonatação acelerada propriamente
dito. O equilíbrio foi verificado através do controle da massa dos corpos de prova, que
eram pesados num intervalo de 2 dias entre cada medição. A partir da estabilização das
massas foi então iniciado o ensaio de carbonatação acelerada.
Considerou-se o primeiro dia de ensaio da carbonatação acelerada como dia zero, sendo
que, a partir dessa primeira medição, foram medidas as profundidades de carbonatação
nos dias subsequentes 7,14, 28 e 60 dias em que os corpos de prova permaneceram na
câmara de carbonatação. Porém, a idade real do concreto no dia considerado como zero
era de 60 dias uma vez que, para a realização do ensaio, necessita-se de todo o
procedimento citado anteriormente. Para a indicação da profundidade de carbonatação
pode-se utilizar como indicador de pH outras soluções como a Timolftaleína e o Amarelo
de alizarina, porém optou-se pela Fenolftaleína que é capaz de detectar pH inferiores
como visto na Tabela 2. Além disso, o uso da Fenolftaleína é de baixo custo, apresenta
facilidade e rapidez no ensaio e precisão relativamente boa (SILVA, 2007).
Na idade de ensaio os corpos de prova são retirados da câmara e são extraídas fatias de
aproximadamente 4 cm de espessura com auxílio de prensa hidráulica que comprime duas
barras de aço 5 mm contra as laterais do corpo de prova na posição de ruptura. Da
superfície fraturada são eliminados o pó e partes soltas com uso de escova de cerdas de
plástico e imediatamente a seguir é aspergida solução de fenolftaleína (70 % de álcool
etílico, 29 % de água e 1 % de fenolftaleína). Cuida-se para que a aspersão atinja toda a

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superfície fraturada, porém sem formar excessos que possam escorrer e distorcer o
resultado. Após a retirada das fatias o restante do prisma tem a face recém-fraturada
coberta com parafina líquida de modo a impedir a penetração de CO2 através desta face e
é recolocado na câmara para um novo ciclo de carbonatação acelerada (REBMANN, 2011).
Tabela 2 – Indicadores de pH (Silva, 2007)
Indicador de pH Intervalo de mudança de cor
Fenolftaleína Incolor-vermelho carmim pH 8,0 - 9,8
Timolftaleína Incolor-azul pH 9,3 - 10,5
Amarelo de alizarina GG Amarelo claro-Amarelo esculo pH 10,0 - 12,0
Amarelo de alizarina R Amarelo-vermelho alaranjado pH 10,1 - 12,0

Foram também realizados os ensaios de abatimento de tronco de cone e de determinação


da resistência á compressão para complementar a caracterização dos materiais em termos
de trabalhabilidade e classe de resistência respectivamente.

3. Resultados e discussões
3.1 Resistência à compressão e abatimento
Para caracterização das misturas utilizadas no estudo, foram realizados ensaios de
determinação da resistência à compressão. Os ensaios foram realizados de acordo com a
ABNT NBR 7215:1996. A dimensão dos corpos de prova cilíndricos foram 10 cm de altura
por 5cm de diâmetro, sendo que os mesmos foram submetidos aos ensaios nas idades 7 e
21 dias, conforme a Figura 2.

80
Resistência à Compressão

70
60
50
(MPa)

40
Traço 10
30
20 Traço 20
10
0
7 21
Dias

Figura 2 – Resistência à compressão dos traços estudados

A variação do consumo de cimento, que levou a distintas porosidades de pasta, implicou em


dois níveis básicos de resistências como fica claro na figura 2. Isto é preponderante para a
carbonatação, visto que o aumento da porosidade influencia na permeabilidade e
difusibilidade dos gases no concreto (HELENE, 1993), que por fim resultará em uma maior
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profundidade de carbonatação (MEHTA e MONTEIRO, 1994; BAUER, 1995). Vale ressaltar
que, de acordo com as normas brasileiras (ABNT NBR 6118:2014 e ABNT NBR
12655:2015), pelo ponto de vista de resistência, o traço de água/cimento 0,83 atenderia a
um nível de agressividade razoável de Classe III. No entanto, pelo critério da relação
água/cimento especificamente, não atenderia nem mesmo ao nível de agressividade mais
baixo, de Classe I, que exige relação água/cimento máxima de 0,65, para o concreto
armado.
Para avaliar a trabalhabilidade dos microconcretos, utilizou-se ensaio monoponto conhecido
como Slump test através da ABNT NBR NM 67:1998 - Concreto - Determinação da
consistência pelo abatimento do tronco de cone.
Nota-se que a trabalhabilidade foi afetada, como a Tabela 3 demonstra, pela diferença de
teor de cimento incorporado em cada microconcreto. Isto ocorreu porque o ajuste dos traços
não foi feito de modo a garantir a mesma condição de aplicabilidade, mas sim mostrar os
impactos que o consumo de cimento e a relação água/cimento podem ter na carbonatação.

Tabela 3 – Slump test


Traço Slump (cm)
10 14
20 2,5

3.2 Medição da profundidade de carbonatação


Neste item serão discutidas cada uma das metodologias de mensuração da profundidade
de carbonatação e, ao final, os resultados obtidos com estas metodologias serão
comparados. Seguindo os preceitos de uma avaliação metodológica, optou-se por analisar
as imagens das faces fraturadas dos corpos de prova, a fim de medir a frente de
carbonatação nos dois traços estudados, através de três métodos distintos, sendo que o
ImageJ foi dividido em duas versões, com o objetivo de avaliar qual delas apresenta
maior eficiência.

i. Medição manual - Paquímetro


Por se tratar de uma medida manual e mais trabalhosa, é esperado que esse método
apresentasse maior variabilidade em relação aos métodos em que se utilizam softwares
para a medição da frente de carbonatação. Imediatamente após a indução da superfície
de fratura n o corpo de prova, foi aplicada a solução de fenolftaleína e, em seguida, o
fragmento foi deixado por cerca de 10 minutos para que a fenolftaleína fosse
devidamente absorvida pela superfície de corte do corpo de prova.
A área carbonatada de coloração rosa foi medida utilizando-se o paquímetro tomando as
medidas nas duas direções. Em primeiro lugar, era obtida, visualmente, a maior distância
entre a as arestas em centímetros. Com base nela, era determinado a quantidade de
medições a serem feitas dividindo-a em intervalos de 1 cm. Simplificando, em uma área
cuja maior dimensão fosse de x cm, eram obtidos x + 1 pontos de medição, os quais
distavam de 1 cm entre si. A sequência de Figura 3a e 3b abaixo ilustra o
procedimento. Pode-se dizer que discretização do intervalo se deu de forma a tentar
minimizar os erros de super ou subestimação da profundidade de carbonatação.
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a b
Figuras 3 – Procedimento de determinação dos intervalos de medição na direção vertical (a) e horizontal (b)

Com o auxílio de uma planilha Excel, calculou-se o valor médio das arestas de cada
dimensão e estes foram multiplicados entre si para obtenção da área média da seção
carbonatada. Aproximando-a para um quadrado de lado L centrado, a profundidade
média foi obtida por (10cm – L)/2, como mostra a Figura 4.

Figura 4 – Reapresentação do esquema de obtenção da


profundidade média

Os resultados das medições dos traços estudados com o paquímetro das profundidades
médias em centímetro são apresentados na Tabela 4.
Tabela 4 – Profundidades Médias (cm) – Paquímetro
Teor de
Traço Cimento Dia 0 Dia 7 Dia 14 Dia 28 Dia 60
(%)
10.1 0,000 0,107 0,584 0,499 0,7873
10%
10.2 0,000 0,048 0,215 0,408 0,5821
20.1 0,000 0,000 0,000 0,201 0,028
20%
20.2 0,000 0,000 0,000 0,172 0,049

Apesar da tentativa de minimização de erros com a discretização em intervalos de


medições de 1cm, sabe-se que tal método, simples e de uso recorrente, não possui
grande acurácia e sim, é uma aproximação grosseira que pode influenciar em resultados
futuros no decorrer do estudo do processo de carbonatação. Deve-se levar em conta
também que a experiência do operador, o devido manuseio do instrumento, a
capacidade de delimitação da fronteira de carbonatação são alguns dos fatores que
podem diminuir a precisão do método descrito.
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ii. Análise de imagens
Utilizou-se uma câmera digital de alta resolução para obtenção das fotografias utilizadas no
processo de determinação da profundidade de carbonatação por análise de imagem.

1) ImageJ
O software ImageJ é um programa desenvolvido por Wayne Rasband do Research
Services Branch, National Institute of Mental Health, Bethesda, Maryland é de domínio
público e muito utilizado em pesquisas científicas. Na Figura 6 tem-se a interface desse
software. O software ImageJ apresentou-se como uma importante ferramenta no
tratamento e análise quantitativa de imagens, oferecendo muitos recursos como parte
de seu pacote padrão e outros tantos como plugins e extensões do software que se
adaptam para cada tipo de uso. A documentação existente no site do software é de muita
ajuda ao usuário, pois explicam bem o uso do software (DIAS, 2008).

Figura 5 – Interface ImageJ

O preparo das imagens para a medição de profundidade de carbonatação pelo ImageJ


seguiu os seguintes passos: I. Abertura do programa, II. Abertura da imagem (File >
Open), III. Calibração da imagem, IV. Ajuste de contraste e brilho. O último passo não foi
aplicado em todas as fotografias, pois ele se fez necessário quando era detectada a
dificuldade de enxergar com nitidez a fronteira de carbonatação devido à fraca coloração.
A RILEM CPC-18 (1988) determina que a condição ideal para tomada de fotos é após um
intervalo de 24h da aspersão de fenolfaleína.

A. Método de aproximação por áreas


O programa ImageJ, amplamente utilizado em diversas áreas de estudo para análise de
imagem, possui uma ferramenta que permite diversos tipos de traçado: circular,
retangular, livre, etc (Figura 6). Escolhendo um deles, de acordo com a fotografia, a área
carbonatada rosa foi contornada. É importante salientar que os agregados em seu
contorno foram desconsiderados, pois é sabido que estes não influenciam no processo de
carbonatação.

Figura 6 – Captura de tela: ferramentas de traçado

Tendo selecionado o contorno da área, a obtenção da medida se dava com os seguintes


passos: Na guia principal, botão Analyze > Record Measurements, ou simplemente pelo
atralho de teclado Ctrl + T. Surgia, então, uma janela pop-up que continha a medida de
área, perímetro e diversos outros parâmetros modificáveis mediante a necessidade do
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usuário. Assim como no método no de aproximação de áreas do paquímetro, a área
obtida foi aproximada por um quadrado de lado L centrada na imagem, Figura 7, e a
profundidade média foram obtidas através do mesmo equacionamento: (10 cm – L)/2. Os
resultados das medições com o ImageJ, aproximação das áreas, das profundidades
médias em centímetro, se encontram apresentados na Tabela 5.

Figura 7 - Exemplo de área obtida pela medição no ImageJ


Tabela 5 – Profundidades Médias (cm) – ImageJ
Teor de
Traço Cimento Dia 0 Dia 7 Dia 14 Dia 28 Dia 60
(%)
10.1 0,022 0,107 0,376 0,469 0,883
10%
10.2 0,039 0,048 0,326 0,290 0,660
20.1 0,025 0,059 0,146 0,070 0,052
20%
20.2 0,000 0,053 0,433 0,016 0,050

Com este método há um ganho de precisão em relação ao método manual com o


paquímetro, dado que com o uso do programa é possível aumentar a nitidez (com as
ferramentas de modificação de contraste e brilho) e é possível aproximar
consideravelmente a imagem com a ferramenta Zoom. No entanto, não é possível afirmar
que o máximo grau de precisão foi obtido, pois em algumas ocorrências, a fronteira de
carbonatação ainda é de difícil identificação. Nesses casos, não se trata de uma
necessidade de correção da qualidade visual da imagem, e sim, a dificuldade de
determinação do contorno se dá devido à porosidade do concreto aliada à aspersão de
fenolftaleína que, por consequência, também assume um aspecto poroso na imagem
(Figura 8). Há também que se levar em consideração a capacidade do operador. Assim,
ainda corre-se o risco de que a área seja superestimada ou subestimada.

Figura 8 – Fotografia do corpo de prova que ilustra a aspersão de fenolftaleína com aspecto de névoa
devido à porosidade do concreto

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B. Método do Grid
Ainda utilizando o programa ImageJ, esse método de determinação da profundidade de
carbonatação faz uso da ferramenta Grid, que pode ser acessada da seguinte forma:
Plugins > Analyze > Grid. O Grid consiste em uma malha, cujas dimensões podem ser
reguláveis e que se sobrepõe à imagem (Figura 9). Com o uso dessa ferramenta, foi
possível definir 10 pontos de medições em cada aresta com intervalo aproximado de 1 cm
entre eles, totalizando 40 medições sobre uma imagem. Cada uma das medidas foi
realizada traçando-se linhas da aresta até a fronteira de carbonatação. Por fim, foram
obtidas as médias de todas as medidas, correspondentes à profundidade média de
carbonatação nas respectivas imagens. Os resultados das medições com o ImageJ pelo
método do Grid no que se refere às profundidades médias em centímetro se encontram
apresentados na Tabela 6.

Figura 9 – Uso do Grid em medições de profundidade de carbonatação pelo software ImageJ

Tabela 6 – Profundidades Médias Grid (cm) – ImageJ


Teor de
Traço Cimento Dia 0 Dia 7 Dia 14 Dia 28 Dia 60
(%)
10.1 0,027 0,115 0,299 0,435 0,672
10%
10.2 0,035 0,135 0,259 0,288 0,506
20.1 0,022 0,040 0,075 0,023 0,063
20%
20.2 0,012 0,026 0,098 0,037 0,050

Apesar de o uso do Grid ser de grande ajuda ao facilitar as medições definindo pontos e
auxiliando o operador com linhas horizontais e verticais, o método não é de uso
recomendável. O uso do Grid pode fazer com que os pontos selecionados não sejam o de
real interesse, ou seja, não sejam representativos da profundidade do processo de
carbonatação de está ocorrendo.

2) Adobe Photoshop CS5.1

Outra maneira estuda nesse trabalho para a análise das imagens foi o Adobe Photoshop
que é um software caracterizado como editor de imagens bidimensionais desenvolvido
pela Adobe Systems. Ao contrário do software ImageJ, o Adobe Photoshop não possui o

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domínio público sendo necessária a obtenção da licença. A Figura 10 mostra a interface do
programa.

Figura 10 – Interface Photoshop

O preparo das imagens para a medição de profundidade de carbonatação pelo Adobe


Photoshop C5S seguiu os seguintes passos: I. Abertura do programa, II. Abertura da
imagem (File > Open), III. Calibração da imagem: Analysis > Set Measurement Scale >
Custom , IV. Ajuste de contraste e brilho quando necessário. O Photoshop, apesar de ser
pouco difundido como instrumento de análise de imagem, é amplamente utilizado em áreas
de manipulação de imagens e criação delas, pois oferece uma extensa gama de
ferramentas ao operador dentre elas as ferramentas Quick Selection Tool e a Magia Wand
Tool que foram as que mais se adequaram aos propósitos desta pesquisa.
Realizou-se a medida da seguinte forma: a princípio, era utilizada a “Quick Selection
Tool”, ferramenta que selecionava de forma rápida e grosseira a área conforme se
arrastava o mouse sobre a área não carbonatada. O programa, na maior parte das vezes,
foi capaz de detectar os limites da área rosa, o que tornava esta etapa de rápida execução.
Ainda, era possível ajustar quantos pixels seriam agrupados à área. Em seguida, foi
utilizada a Magic Wand Tool que tem como função selecionar pixels da imagem que
possuem a mesma coloração da selecionada pelo clique. Para selecionar continuamente
pixels com outras colorações, era necessário pressionar a Tecla Shift. A ferramenta foi
utilizada para refinar, nas bordas, a seleção previamente realizada através da eliminação de
agregados graúdos possivelmente incorporados na primeira área (aproximação da imagem
pela função Zoom), eliminação e/ou adição de áreas minuciosas, etc. Esse procedimento é
demonstrado na Figura 11. Ainda com essa ferramenta, há a possibilidade de definir a
tolerância de tonalidades adjacentes a serem selecionadas, ou seja, outro método adicional
de calibração da medida de forma a torná-la mais precisa. Na figura 12 abaixo, a caixa de
controle deste parâmetro está destacada. O Adobe Photoshop permite também a captura
da área carbonatada, conforme demonstrado na Figura 12.

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Figura 11 – Ferramenta para ajuste de tolerância

Figura 12 – Exemplo de área obtida pela medição no Adobe Photoshop

Os resultados das medições das profundidades médias em centímetro com o Photoshop,


pelo método de aproximação de áreas se encontra apresentado na Tabela 7.
Tabela 7 – Profundidades Médias (cm) – Photoshop
Teor de
Traço Cimento Dia 0 Dia 7 Dia 14 Dia 28 Dia 60
(%)
10.1 0,029 0,110 0,357 0,498 0,862
10%
10.2 0,070 0,184 0,398 0,488 0,711
20.1 0,050 0,070 0,109 0,064 0,067
20%
20.2 0,072 0,097 0,152 0,083 0,086

O método adotado atende o objetivo do projeto de maneira mais satisfatória, se comparado


aos outros métodos anteriormente citados. Além de possuir todas as ferramentas do
ImageJ, o Adobe Photoshop oferece ao operador diversas outras ferramentas calibráveis
que tornam o resultado obtido mais tangível à precisão.
Ao possuir a capacidade de detectar a coloração de um conjunto de pixeis adjacentes, o
programa torna mais fácil a delimitação da área e tira a grande responsabilidade do
operador em definir, de acordo com a sua capacidade visual de distinguir diferentes tons
de rosa e habilidade de manusear o programa, a área não carbonatada. Além disso, a
rápida seleção promovida pelo “Quick Selection tool” faz com o que operador economize
tempo na medição.
O Photoshop, com a segunda ferramenta utilizada, o Magic Wand Tool, permite delimitar
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as bordas da área carbonatada com maior precisão. É notável que, com este método de
medição é possível obter áreas que mais se aproximam da realidade. As entranhas na
borda da seção, devido à porosidade do concreto são detectadas, ao passo em que com o
ImageJ as áreas obtidas correspondem a contornos maciços. O único ponto negativo do
uso deste programa consiste no fato de que ele não é livre acesso, como o ImageJ. É
necessário possuir uma licença para operá-lo.

iii. Análise comparativa dos métodos de medição da profundidade de


carbonatação

Nesse item, para otimizar a compreensão dos resultados, realiza-se a comparação gráfica
dos métodos de medição da profundidade de carbonatação estudados nesse artigo.
As figuras 13 e 14 tratam dos corpos de prova do Traço 10 estudado, enquanto as figuras
15 e 16 demonstram os valores do Traço 20.
Cada uma das figuras contêm as profundidades médias obtidas nos diferentes ensaios (0,
7, 14, 28 e 60 dias) com os métodos supracitados em uma mesma imagem para efeitos de
comparação.

1
0,9
0,8
PROFUNDIDADE (CM)

0,7
0,6
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 10 20 30 40 50 60 70
IDADE

Paquímetro - Área ImageJ - Área


ImageJ - Aleatório ImageJ - Grid
Idade 0 Logaritmo (Paquímetro - Área)
Logaritmo (ImageJ - Área) Logaritmo (ImageJ - Aleatório)
Logaritmo (ImageJ - Grid) Logaritmo (Idade 0)

Figura 13 – Medições da profundidade de carbonatação corpo de prova 1.1 com os 4 métodos analisados

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0,8

0,7

0,6
PROFUNDIDADE (CM)

0,5

0,4

0,3

0,2

0,1

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Paquímetro - Área IDADE ImageJ - Área

ImageJ - Aleatório ImageJ - Grid


Photoshop - Área Logaritmo (Paquímetro - Área)
Logaritmo (ImageJ - Área) Logaritmo (ImageJ - Aleatório)
Logaritmo (ImageJ - Grid) Logaritmo (Photoshop - Área)

Figura 14 – Medições da profundidade de carbonatação corpo de prova 1.2 com os 4 métodos analisados

0,25
PROFUNDIDADE (CM)

0,2

0,15

0,1

0,05

0
0 10 20 30 40 50 60 70
IDADE (DIAS)

Paquímeto - Área ImageJ - Área


ImageJ - Aleatório ImageJ - Grid
Photoshop - Área Logaritmo (Paquímeto - Área)
Logaritmo (ImageJ - Área) Logaritmo (ImageJ - Aleatório)
Logaritmo (ImageJ - Grid) Logaritmo (Photoshop - Área)

Figura 15 – Medições da profundidade de carbonatação corpo de prova 2.1 com os 4 métodos analisados

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0,5
0,45
0,4
PROFUNDIDADE (CM)

0,35
0,3
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 10 20 30 40 50 60 70
IDADE (DIAS)

Paquímetro - Área ImageJ - Área


ImageJ - Aleatório ImageJ - Grid
Photoshop - Área Logaritmo (Paquímetro - Área)
Logaritmo (ImageJ - Área) Logaritmo (ImageJ - Aleatório)
Logaritmo (ImageJ - Grid) Logaritmo (Photoshop - Área)

Figura 16 - Medições da profundidade de carbonatação corpo de prova 2.2 com os 4 métodos analisados

No que se refere ao Traço 10, percebe-se que houve uma variação maior da profundidade
de carbonatação, o que facilitou a condição de mensuração da profundidade carbonatada.
Ou seja, é clara a tendência paralela de aumento da profundidade de carbonatação com o
tempo independentemente do método de medida utilizado para isso. Com a exceção de um
ponto espúrio (mensuração com paquímetro para 14 dias de idade no corpo de prova 10.1
do Traço 10) os resultados foram bem próximos e sem diferença significativa. A dispersão
ficou um pouco maior para o corpos de prova 10.2 deste mesmo traço e as profundidades
obtidas pelo Photoshop ligeiramente acima das demais. Uma possível explicação para isso
é o fato do Photoshop conseguir delimitar com maior precisão as singularidades da linha
que delimita a profundidade carbonatada (Figura 17). No entanto, este mesmo método
apresentou valores abaixo da média para o corpo de prova 10.1, compensando a média
obtida. Assim, ao se avaliar o conjunto dos dois corpos de prova, as tendências ficam
praticamente coincidentes. Com isso, pode ter havido um ligeiro aumento da média
considerando que o corpo de prova apresentou maior variabilidade da forma da fronteira da
área carbonatada.
Para o caso do Traço 20, nitidamente a profundidade de carbonatação foi muito baixa,
inferior a 0,2 mm, o que gerou maior imprecisão para todas as formas de medida. No
entanto, apesar de uma exceção, os valores ficaram muito próximos e, por essa razão,
podem ser considerados como equivalentes. Assim, a conclusão sobre a escolha da forma
de medida acaba recaindo pelos aspectos ligados á sua aplicabilidade.

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Figura 17 – Sobreposição da área obtida pelo Photoshop sobre a área obtida pelo ImageJ

4. Conclusões
A determinação da profundidade de carbonatação é algo imprescindível para a produção
de modelos de previsão de vida útil de estruturas de concreto armado e pode ser feita por
distintas maneiras. Os métodos aqui utilizados se mostraram equivalentes quanto ao
resultado final obtido, uma vez que, as variações entre os valores medidos foi muito baixa.
Assim, a escolha do método deve estar focada nas condições de aplicação do mesmo.
Neste sentido, a análise de imagem digitalizada acaba por conferir uma grande agilidade
no processo e elimina o fator de erro do operador típico do uso do paquímetro. Além
disso, a imagem fica registrada e é sempre possível checar o que aconteceu ao contrário
do paquímetro que, uma vez feita errada, tem-se um resultado perdido.
A escolha de um método de análise de imagem em relação ao outro irá depender da
praticidade do mesmo, bem como de sua acessibilidade, dado que não foi encontrada
diferença significativa nos resultados.

Agradecimentos
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq – pelas bolsas
de Mestrado e de Iniciação Científica concedidas aos autores desse artigo.

Referências
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