Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração
Aula XX
www.acasadoconcurseiro.com.br 3
Breve Histórico Brasileiro
Desde a abertura de mercado na década de 90, o Brasil buscou métodos que preparassem e
atualizassem as empresas e o serviço público com relação à qualidade e à produtividade.
Foi criado em 1990 o Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade – PBQP, que gerou
o Subcomitê da Administração Pública, o embrião dos Programas de Qualidade no Serviço
Público.
Em 1996, com a Reforma Gerencial do Estado, foi criado o Programa Qualidade e Participação
na Administração Pública - QPAP, ainda com foco nas ferramentas para a gestão, e teve início um
discurso voltado para a qualidade como instrumento de modernização do aparelho do Estado.
Em 1999 foi criado o Programa da Qualidade no Serviço Público - PQSP, agregando a experiência
dos programas anteriores e o foco no atendimento ao cidadão, com pesquisa de satisfação
dos usuários dos serviços públicos, o lançamento de Padrões de Atendimento ao Cidadão e a
implementação de unidades de atendimento integrado, os SACs – Serviços de Atendimento ao
Cidadão.
Em 2005 o Governo Federal lançou o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização
- GESPÚBLICA, unificando o Programa da Qualidade com o Programa Nacional de
Desburocratização.
O GesPública é, em síntese, um programa cujo propósito é contribuir para a qualidade dos
serviços e para a geração de ganhos sociais. Os centros práticos da ação do GesPública são
os órgãos e entidades públicos, as políticas públicas - governos e a administração pública do
Estado.
4 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
O programa tem o foco no cidadão e é voltado para a melhoria da qualidade dos serviços
públicos, o aumento da competitividade do país, a melhoria contínua da gestão e o rumo da
excelência.
Visto como uma política pública, o GesPública é baseado no Modelo de Excelência de Gestão
Pública e tem como principais características o fato de ser:
•• Essencialmente público – a gestão de órgãos e entidades públicos pode e deve ser
excelente, pode e deve ser comparada com padrões internacionais de qualidade em gestão,
mas não pode nem deve deixar de ser pública. Deve ser orientado ao cidadão e respeitar os
princípios constitucionais;
•• Contemporâneo – alinhado ao estado-da-arte da gestão, buscando melhorias e
atualizações;
•• Focado em resultados para a sociedade/cidadãos – o atendimento total ou parcial das
demandas da sociedade, traduzidas pelos governos em políticas públicas, com impactos na
melhoria da qualidade de vida e na geração do bem comum;
•• Federativo – aplicado a toda a administração pública, todos os poderes e esferas do
governo.
www.acasadoconcurseiro.com.br 5
§ 2º Considera-se convocação a assinatura por órgão ou entidade da administração pública
direta, autárquica ou fundacional, em decorrência da legislação aplicável, de contrato de gestão
ou desempenho, ou o engajamento no GESPÚBLICA, por solicitação do Ministro de Estado do
Planejamento, Orçamento e Gestão, em decorrência do exercício de competências vinculadas a
programas prioritários, definidos pelo Presidente da República.
Art. 6º – Poderão participar, voluntariamente, das ações do GESPÚBLICA pessoas e organizações,
públicas ou privadas.
Parágrafo único. A atuação voluntária das pessoas é considerada serviço público relevante,
não remunerado.
De forma geral, há três objetivos básicos que se espera alcançar com o Programa:
6 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
O MEG não é prescritivo quanto a ferramentas, estruturas ou formas de gerir o negócio. Como
todo modelo, sua relevância é inspirar, orientar e estimular as organizações a observarem
certos fundamentos para que alcancem ou certifiquem a excelência de sua gestão e atendam
às necessidades de seus stakeholders (partes interessadas).
Incentiva, ainda, o alinhamento, a integração e o compartilhamento em toda a organização,
para que ela atue com excelência e gere bons resultados.
No MEG, os chamados Fundamentos de Excelência são expressos por meio de ações gerenciais.
As organizações que realizam avaliações por meio do MEG devem evidenciar suas ações
(práticas de gestão) condizentes com os critérios de excelência. Isso possibilita a avaliação do
grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados organizacionais.
Como resultado final, a organização avança em direção à excelência da gestão e gera valor aos
clientes e acionistas, à sociedade e a outras partes interessadas, o que contribui para a sua
sustentabilidade e perenidade.
O Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP), por sua vez, foi concebido a partir da
premissa de que a administração pública tem que ser excelente sem deixar de considerar as
particularidades inerentes à sua natureza pública – ser excelente sem deixar de ser pública.
Dessa forma, o modelo faz referência a dois aspectos essenciais:
•• Técnico: fiel aos modelos internacionais.
•• Institucional: revestido de terminologia e de conceitos próprios da administração pública.
Por isso, no MEGP preconizado pelo GesPública os Critérios
(Dimensões) de Excelência têm como base os fundamentos
constitucionais e como pilares os fundamentos da excelência
em Gestão Pública (figura ao lado). Esses elementos, juntos,
representam a excelência em gestão pública no Brasil.
www.acasadoconcurseiro.com.br 7
Esse padrão de qualidade é internacional, alinhado com o modelo de excelência de gestão
utilizado pelos setores público e privado em mais de 60 países. Entre eles, destacam-se os
prêmios President's Quality Award (específico para organizações públicas) e Malcolm Baldrige
National Quality Award, dos Estados Unidos, assim como o Prêmio Nacional da Qualidade (da
Fundação Nacional da Qualidade) e o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP).
Essa fidelidade a modelos nacionais e internacionais auxilia as organizações públicas que estão
em busca de transformação gerencial rumo à excelência da gestão. Também permite troca de
experiências e avaliações comparativas de desempenho entre organizações públicas brasileiras
e estrangeiras e com empresas e demais organizações do setor privado (apesar de não ser este
o objetivo do Modelo).
8 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
9. Foco no cidadão e na sociedade - direcionamento das ações públicas para atender, regular
e continuamente, as necessidades dos cidadãos e da sociedade, na condição de sujeitos de
direitos, beneficiários dos serviços públicos e destinatários da ação decorrente do poder de
Estado exercido pelos órgãos e entidades públicos.
11. Gestão participativa - estilo de gestão que determina uma atitude gerencial da alta
administração que busque o máximo de cooperação das pessoas, reconhecendo a
capacidade e o potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses individuais
e coletivos, a fim de conseguir a sinergia das equipes de trabalho.
Dimensões
O Modelo de Excelência em Gestão Pública é constituído de oito elementos (dimensões)
integrados e interatuantes que colaboram para a construção de órgãos públicos de alto
desempenho. O inter-relacionamento desses elementos dá movimento e direção ao sistema
de gestão e produz uma sinergia que potencializa a capacidade de planejar, organizar, decidir,
executar e controlar a produção de resultados.
Os elementos do MEGP são, portanto, os oito quesitos que a organização deve atender com
práticas de gestão ou com resultados. Ele é geralmente representado em um sistema dividido
em 4 blocos relacionados, atuando como um Ciclo PDCA (Plan, Do, Check, Act).
Confira a imagem a seguir.
www.acasadoconcurseiro.com.br 9
Blocos (Ciclo PDCA)
Dimensões
10 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
2. Estratégias e Planos – a estratégia deve atender aos objetivos e dispor de metas e planos
articulados para as unidades internas. Deve ser formulada a partir da prospecção dos
resultados institucionais que se espera alcançar, considerados os recursos internos e
externos; assim como os fatores intervenientes, especialmente aqueles que possam
representar riscos ou oportunidades ao desempenho organizacional.
www.acasadoconcurseiro.com.br 11
Slides - Excelência no Serviço Público
12 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
• Características:
‒Essencialmente público
‒Federativo
‒Contemporâneo
‒Focado no cidadão e nos resultados para a sociedade
www.acasadoconcurseiro.com.br 13
GesPública – Decreto 5.378/2005
• Art. 4º - Critérios para avaliação da gestão em consonância com
o MEGP.
• Art. 5º - Participação dos órgãos e entidades mediante adesão
ou convocação.
‒§ 1º Adesão = engajamento voluntário por meio da validação da
autoavaliação.
‒§ 2º Convocação = assinatura por órgão ou entidade da
administração pública direta, autárquica ou fundacional, em
decorrência da legislação aplicável, de contrato de gestão ou
desempenho, ou o engajamento por solicitação do MPOG.
• Art. 6º - Participação voluntária de pessoas e de organizações,
públicas ou privadas.
14 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
www.acasadoconcurseiro.com.br 15
Excelência na Gestão Pública
• Onze Fundamentos
1. Pensamento Sistêmico
2. Aprendizado Organizacional
3. Cultura da Inovação
4. Liderança e Constância de Propósitos
5. Orientação por Processos e Informações
6. Visão de Futuro
7. Geração de Valor
8. Comprometimento com as Pessoas
9. Foco no Cidadão e na Sociedade
10.Desenvolvimento de Parcerias
11.Gestão Participativa
• Modelo Referencial
de Gestão Pública
‒4 Blocos (PDCA)
16 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
Blocos do MEGP
Blocos do MEGP
www.acasadoconcurseiro.com.br 17
Blocos do MEGP
Dimensões
18 www.acasadoconcurseiro.com.br
Administração – Excelência no Serviço Público – Prof. Rafael Ravazolo
Dimensões
2. Estratégias e Planos - a estratégia deve atender aos
objetivos e dispor de metas e planos articulados para as
unidades internas.
3. Público Alvo – práticas gerenciais direcionadas ao
relacionamento do órgão/entidade com a sociedade.
- abrange: imagem institucional, conhecimento que a
sociedade tem do órgão, a maneira como se relaciona com a
sociedade e induz sua participação.
4. Interesse Público e Cidadania - observância do
interesse público; observância do regime administrativo;
participação e controle social.
Dimensões
5. Informações e Conhecimento - examina a gestão das
informações - como a organização identifica, desenvolve,
mantém e protege os seus conhecimentos.
6. Pessoas – como organiza o trabalho, a estrutura de
cargos, os processos relativos à seleção e contratação, a
gestão do desempenho de pessoas e equipes.
7. Processos - como a organização gerencia, analisa e
melhora os processos finalísticos e de apoio.
8. Resultados – relativos a orçamento-finanças, cidadãos-
usuários, sociedade, pessoas, processos finalísticos e de
apoio, ao suprimento.
www.acasadoconcurseiro.com.br 19