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I) OBRA
LAFER, Celso. Da dignidade da política: Sobre Hannah Arendt. In: ARENDT, Hannah.
Entre o passado e o futuro. 7. Ed. São Paulo: Perspectiva, 2013. p. 9-28.
Hannah Arendt oi uma filósofa política alemã de origem judaica, uma das mais
influentes do século XX. Em 1924, começa seus estudos na Universidade de Marburg e
durante um ano assiste às aulas de filosofia de Martin Heidegger e de Nicolai Hartmann,
e as de teologia protestante de Rudolf Bultmann, além de estudar grego. Heidegger, pai
de família de 35 anos, e Arendt, estudante, dezessete anos mais jovem que ele, foram
amantes, ainda que tivessem de manter em segredo a relação
IV) DIGESTO
Lafer (2013), ao apresentar os estudos de Arendt traz uma reflexão política do séc. XX e
referencia a lacuna entre o passado e o futuro que trata da crise profunda do mundo
contemporâneo. Aponta-se que o homem, após o fenômeno do Estado estar no controle
por uma única pessoa (totalitarismo), não há limites para a criação de novas formas de
governo. Frente a esta deformação, encontra-se um cenário onde os padrões morais e as
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Assim, segundo Arendt, as massas são: [...] pessoas que, simplesmente devido ao seu número, ou à sua
indiferença, ou a uma mistura de ambos, não se podem integrar numa organização baseada no interesse
comum, seja partido político, organização profissional ou sindicato de trabalhadores (ARENDT, 1998, p.
361) - ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das
Letras, 1998.
categorias políticas se tornam inadequados para fornecer regras para a ação, ou seja,
para compor uma realidade histórica e os fatos do mundo moderno.
Da ação política, Arendt não considera ver atual definição no campo da razão pura ou
da razão prática. A política, segundo a autora, se insere no campo do pensamento plural,
sendo, este pensamento “ser capaz de pensar no lugar e na posição dos outros” (p.18).
Desta forma, a ética ocidental não se apresenta adequada já que pressupõe estar de
acordo com a própria consciência. Kant definiu como mentalidade alargada, que trata do
pensamento como “diálogo com os outros com os quais devo chegar a um acordo”
(LAFER, 2013, p.18).
Nos acontecimentos passados, onde aguarda a conclusão ‘nas mentes que herdaram e
questiona’ essa geração, esta que não se encontra em paz, torna-se porta voz criadora do
existencialismo. Define-se então, como existencialismo “uma fuga dos impasses da
Filosofia moderna para o compromisso incondicional com a ação” (Arendt, 2013, p.
34). O passado e o futuro devem ser entendidos como forças e não como um fardo da
humanidade que “esse passado, empurra para frente e é o futuro que nos impele ao
passado” (p.XX). Porém há a necessidade da terceira força; a diagonal, pois entre o
choque entre as duas primeira citada surgiria a terceira força, sendo ela infinita e
ilimitada. Tal reflexão se volta na experiência de como pensar e como se movimentar na
lacuna entre o passado e o futuro.
-A crise na educação
É prescindível comparar os níveis escolares americanos aos níveis dos países europeus,
o que entende atraso em seus padrões, porém trata de um reflexo de ser um país jovem
que não atingiu os padrões ditados pelo Velho Mundo. E não só por essa característica,
esses níveis são, principalmente, reflexos da singularidade de adotar as teorias mais
modernas no campo da Pedagogia, de forma servil, indiscriminada que apresenta a
decadência da educação progressista e também, em apresentar o problema de ter surgido
de uma sociedade de massas e em resposta às suas exigências. Ao tratar de uma
sociedade de massas, afirma Arendt (2013, p.228) que a educação não é mais um
privilégio das classes abastadas, trata de um dos direitos cívicos onde a frequência
escolar obrigatória se estende a idade de dezesseis anos.
Retornando a questão que a crise educacional na América é reflexo do temperamento
político, que pode ser explicado por três pressupostos, sendo, primeiro em considerar o
grupo e não a criança individualmente que torna o grupo sujeito a autoridade e tirania
do adulto; o segundo que trata o ensino, onde “a Pedagogia transformou-se em uma
ciência do ensino em geral a ponto de se emancipar inteiramente da matéria efetiva a ser
ensinada” (Arendt, 2013, p.231); e terceiro, que traz a expressão conceitual sistemática
no Pragmatismo, ou seja, que só é possível conhecer e compreender aquilo que fazemos,
o que traz a substituição do aprendizado pelo fazer. Aliados aos pressupostos têm-se
ainda a tentativa de reforma do sistema educacional que resulta na condução do ensino
com autoridade.
Conclui se, portanto, com o papel da educação na sociedade, que por necessidade de
tem um final previsível, tem como fundamento o ensinar e o aprender. E ainda, traz
conhecimentos conduzidos pelos pedagogos que assumem assim a responsabilidade
pelo mundo e pelas crianças por meio da educação.
V) METODOLOGIA DA AUTORIA
VI) QUADRO DE REFERÊNCIA DA AUTORIA
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Proposição evidente que não precisa ser demonstrada.