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Guia para Iniciantes Como Investir Na Bolsa Cap 1 A 3
Guia para Iniciantes Como Investir Na Bolsa Cap 1 A 3
Este é um guia prático para quem deseja conhecer os primeiros passos para investir em ações. Se
você chegou até aqui, imagino que tenha se familiarizado com o tema Bolsa de Valores em algum
lugar. Se ainda não, preste atenção nas linhas abaixo. Separamos o que você precisa saber entre o
pensar em investir em bolsa e o comprar ações, de fato.
Chama-se Bolsa de Valores o ambiente que serve para negociação de vários contratos financeiros,
inclusive ações de empresas. No Brasil, a BM&FBovespa fica sediada em São Paulo, e opera por meio
de um sistema totalmente eletrônico. Você manda a ordem via internet, ou o assessor da corretora faz
isso pra você. A informação chega na Bolsa e, então, o negócio é realizado.
Hoje a Bovespa concentra toda a negociação de ações no Brasil. É uma empresa como qualquer
outra, tem acionistas e precisa entregar lucro. Qual sua função social? Aos investidores que compram
e vendem ações, serve para constituir patrimônio ao longo do tempo. Já as empresas colocam suas
ações à disposição para receber novos sócios e consequentemente levantar dinheiro para novos
projetos. Com isso, a empresa toca investimentos, gerando empregos e girando a roda da economia.
Pronto. Hora de saber como você, investidor, entra na história. Boa leitura.
Não dá para bater na porta da BM&FBovespa com o bolso cheio e pedir para virar sócio de uma
Vale do Rio Doce. Todo o processo de investimento funciona em quatro braços: corretora e Bolsa. São
os dois elementos cruciais para finalmente aplicar o rico dinheirinho em ações.
Estima-se que há cerca de 80 corretoras no Brasil habilitadas a levar nossa grana até a Bolsa. Eis,
portanto, a necessidade de se por em prática uma triagem para escolher a sua.
Segundo pesquisa da própria Bolsa, o banco ainda predomina como canal para investimentos em
ações. Quase todas as pessoas consultadas procurariam o gerente do banco caso fossem investir em
Bolsa. A instituição financeira (Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander) que você tem conta
corrente fatalmente possui uma corretora. Ao optar por utilizar os serviços da corretora na mesma
estrutura onde movimenta a conta corrente, economiza-se custos com TED. Porém não adianta evitar
essa despesa e pagar muito caro com as outras despesas cobradas pela corretora.
Basicamente as duas principais taxas que o investidor deve ficar atento são a taxa de corretagem e
a taxa de custódia. A primeira se refere ao custo de transação fixado pela corretora. A segunda quer
dizer o preço pelo serviço da corretora de guardar as ações do investidor. Geralmente cobra-se
corretagem a cada operação, enquanto o custo de custódia é mensal.
Quem está entrando no mercado de ações provavelmente está pensando em rentabilidade mais
gorda do que a poupança ou do que os títulos públicos da renda fixa. Por isso a importância de se
levar em conta as taxas inerentes ao processo, sob o risco de ver parte do ganho corroído antes de
chegar em suas mãos. Não existe um valor inicial mínimo para comprar ações na Bolsa. Com menos
de R$ 1.000 você consegue adquirir um lote padrão de papéis de uma empresa no mercado. Porém,
dependendo dos valores de taxas envolvidas, a transação pode não valer a pena.
A função básica de todo homebroker é o envio de ordens. Exemplo. A investidora Luana quer
comprar ações da empresa Y. Simultaneamente, o investidor Cláudio almeja vender os papéis da Y.
Cada uma faz o envio da ordem para suas respectivas corretoras que, por sua vez, vão encaminhar os
pedidos para a Bovespa. Se o que Luana está disposta a pagar coincidir com o preço que Cláudio topa
se desfazer das ações, a negociação é concretizada. Você faz tudo do computador, sem sair de casa.
Conforme abordamos antes, os custos de transação podem corroer parte dos ganhos com venda de
ações. Quem vasculhar os sites das corretoras perceberá que há taxa de corretagem por ordem desde
R$ 2,90 até R$ 30,00. As taxas de custódia variam entre isenção, caso você faça alguma ordem no
mês – e, portanto, dê alguma receita à corretora pelo consumo da banda de internet pela visualização
das cotações no homebroker -, até cerca de R$ 15,00 por mês.
Fique atento porque a tela de negociação não resume o serviço do homebroker. As corretoras
também disponibilizam relatórios de análise, ferramentas de gráficos e atendimento disponível a todo
o momento. A proatividade e qualidade disso tudo varia de corretora para corretora.
Sabemos que custo é importante, e aí não há outra forma se não vasculhar as opções mais
interessantes. Porém estamos falando de um serviço que requer garantia de qualidade e execução.
Qual seria a triagem adequada, portanto, para começar com o pé direito?
por meio dos diversos canais de atendimento ao público investidor. Uma espécie de mapa dos
principais problemas enfrentados pelos investidores, citando as instituições que sofreram maior
número de reclamações. Infelizmente o relatório mais atualizado se refere ao consolidado de 2012.
Mas vale consultar. No ranking dos assuntos mais reclamados, liderança disparada de
“intermediação no mercado” – 26,50% das queixas no ano retrasado. E mais da metade dessas
queixas ligadas à intermediação endereçam “negociações com valores mobiliários”. Óbvio também
que quem é maior vai ter mais reclamação, então é preciso ponderar isso.
Para acessar o boletim de atendimento ao público, basta entrar no site da CVM e clicar na opção
dentro do item Proteção e Educação ao Investidor.
Além da CVM, a própria BM&FBovespa, como entidade autorreguladora, criou uma forma de
mensurar os avanços de infraestrutura das corretoras. Desenvolveu o chamado Programa de
Qualificação Operacional (PQO), uma certificação que indica aprovação da qualidade dos serviços
oferecidos. Quem quiser, eventualmente pode dar prioridade para quem exibir esse selo.
Nos últimos cinco anos, em meio ao crescimento de investidores de alta frequência, houve uma
maior necessidade de investimentos em tecnologia por parte das corretoras. Isso porque o investidor
de alta frequência opera por meio de computadores equipados por algoritmos matemáticos capazes de
realizar operações ultrarrápidas no mercado. São várias ordens enviadas em menos de um segundo,
provocando um acúmulo de mensagens processadas pelo sistema da Bolsa. Com isso, a infraestrutura
do mercado corre atrás para se fortalecer, sob olhar atento da BM&FBovespa.
A nós, seres humanos mortais, fica a dica de observar os nomes de corretoras aprovadas no PQO.
O comitê da Bolsa responsável pelas certificações concede cinco selos: Agro Broker, Carrying Broker,
Execution Broker, Retail Broker e Home Broker. Sugerimos atenção às credenciadas nas categorias
Execution Broker e Home Broker no segmento Bovespa.
Pronto, com essas informações em mãos, você futuro investidor está apto a escolher com
autonomia. Ciente dos temas abordados aqui, você pode agora por si só entrar em contato nas
corretoras que interessar e notar a atenção dispensada a um futuro cliente.
Se ainda não souber por onde começar, entre nesta seção do site da BM&FBovespa e utilize os
filtros de busca de corretoras, conforme sua ideia inicial de investimento. A partir dos nomes que
surgirem, faça uma pesquisa aprofundada e tome sua decisão.
Boa sorte!
PS: No capítulo dois desta série de cinco capítulos do Minha Primeira Ação, ingressaremos na
etapa da abertura de conta, passando pelo trâmite burocrático de documentação e cadastro.
A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do relatório, à apreensão das
cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98
Depois de escolhida a corretora que vai conectar seu dinheiro ao universo da Bolsa de Valores, o
investidor se depara com a tarefa de abertura da conta na corretora.
Abrir conta é como abrir conta no banco, certo? Sim, incluindo toda a burocracia.
Faz sentido. Nos últimos anos, as autoridades do mercado de capitais elevaram a régua regulatória
sobre as instituições intermediadoras de valores em sintonia com a maior exigência de infraestrutura
tecnológica para processar ordens no mercado. Este cenário, aliado à recente crise financeira que
afastou pessoas físicas da Bolsa, despertou o setor para a profissionalização - ainda bem.
A médio prazo, há quem espere uma onda de fusões e aquisições envolvendo as atuais cerca de 80
corretoras no Brasil habilitadas a levar seu dinheiro até ações de empresas. A BM&FBovespa concorda
e monitora esse prognóstico, ciente do papel das corretoras como força de vendas da Bolsa.
Em primeiro lugar recomendamos que o futuro investidor, caso ainda não tenha feito, entre em
contato com a corretora, por telefone, para confirmar as informações de custos (taxas de custódia e
corretagem) e algum outro detalhe que despertou a atenção no site.
Ciente das informações, o investidor deverá preencher a ficha cadastral (disponível no site da
corretora) e enviá-la devidamente assinada ao endereço da corretora com a seguinte documentação:
As informações demandadas pela instituição podem variar de uma para outra. Mas normalmente
as corretoras precisarão desses dados para iniciar o cadastro. Além disso, os procedimentos para envio
de dados e ficha cadastral nem sempre são iguais. Via de regra a corretora facilitará o processo para
abrir uma nova conta, oferecendo, às vezes, serviço de motoboy para retirada dos documentos. Outras
efetuam o processo via internet, com digitalização das cópias.
O detalhe é que a cópia de documento deve ser autenticada. Nada que uma fila pequena no
cartório perto do trabalho não resolva. Pronto, agora falta preencher o cadastro.
Conservador ou PPE?
A ficha cadastral começa com perguntas básicas: nome, números de documentos, nome dos pais,
endereço de casa e comercial. Tranquilo. Na sequência solicita-se ao investidor informações a respeito
de patrimônio, tais como rendimento mensal e bens materiais - imóveis, aplicações financeiras.
PPE ou não, o investidor ainda tem mais informações a prestar. Em especial o chamado formulário
de Análise de Perfil do Investidor (API), mais uma demanda regulatória coerente com as melhores
práticas do mercado financeiro. É o chamado “Suitability”, ou “adequação” no português.
investidor a perdas. Se levado a sério é um esforço louvável já que muitos marinheiros de primeira
viagem acabam entrando em ondas arriscadas absolutamente despreparados.
Caso as suas aplicações em renda variável sofressem uma queda superior a 50%, o que você faria?
( ) Venderia toda a posição e aplicaria em renda fixa.
( ) Manteria a posição aguardando uma melhora do mercado.
( ) Aumentaria a posição para aproveitar as oportunidades do mercado.
do capital investido. E, naturalmente, que o cliente pagará à corretora comissão pelos serviços de
intermediação. Fique sempre atento, portanto, a eventuais mudanças de taxas.
Atualmente, o tempo de envio da documentação até a abertura de conta demora cerca de um dia.
Basta aguardar o e-mail: “Cadastro concluído com sucesso” e receber a senha para finalmente
acessar o homebroker e colocar os dois pés na Bolsa de Valores.
Boa sorte!
PS: No capítulo três desta série de cinco capítulos do Minha Primeira Ação, conheceremos o
funcionamento do homebroker, dos índices de ações e das chamadas empresas blue chips.
A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do relatório, à apreensão das
cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98
Corretora escolhida, conta aberta. Seu dinheiro se aproxima da Bolsa de Valores. Em breve você
poderá ser sócio de uma grande empresa brasileira, como Ambev, Vale, Itaú, Bradesco, Gerdau...
Para comprar a ação de uma empresa você utilizará os serviços do homebroker, ferramenta
lançada em 1999 que permite o envio de ordens ao sistema da Bolsa pela internet. Até então o
investidor dependia do telefone para executar a operação junto a um operador da corretora.
Além da agilidade, a tecnologia concede autonomia. Da sua casa, na praia, na casa de campo, de
qualquer lugar, o investidor sozinho coloca em prática suas convicções para ganhar dinheiro.
De cara tudo isso soa desafiador. Mas não é. Neste capítulo do guia apresentaremos como
funciona o homebroker, e os conceitos envolvendo índices de ações e empresas blue chips.
Mais adiante entraremos nos temas de análises de ações até efetivamente o processo de compra da
primeira ação. Um passo de cada vez, sem enrolação.
Boa leitura.
Variando cor e estilo de layout de corretora para corretora, o homebroker tem uma área para
programar uma ordem de compra ou venda de ações. Isso quer dizer preencher corretamente o
código da ação, definir a quantidade e as condições do negócio, como a que preço deve ser
concretizado (abordaremos todo o processo de compra de uma ação no capítulo cinco desta série).
Por fim, há ferramentas que costumam conter um serviço de notícias em tempo real e dispositivos
de gráficos e cotações que podem auxiliar uma tomada de decisão.
acessando o homebroker
Ao clicar em cotações, não adianta escrever PETROBRAS. No mercado, as ações das empresas
listadas são nomeadas por códigos. No caso de Petrobras, PETR3 e PETR4 representam as ações
ordinárias (ON) e preferenciais (PN) da estatal petrolífera (falaremos mais de ONs e PNs).
O quadrado que pula da tela do homebroker mostra uma ação PETR3 valendo R$ 16,98, às
16h34, do pregão da Bovespa. A ação está subindo 1,86% em relação ao fechamento do dia anterior.
Entender a dinâmica é simples. Se a pessoa tivesse um dinheiro na conta da corretora, poderia
cadastrar uma ordem interessado em comprar a ação da Petrobras. A ordem programada no
homebroker é transmitida via on-line ao sistema da corretora, que repassa para a BM&FBovespa.
Tais dados não merecem destaque como grande diferencial de serviços. Há de se ponderar a
utilidade de saber o “IPC-S da terceira quadrissemana de agosto” para comprar uma ação. De
qualquer maneira, a partir de agora, convém se atualizar dos principais acontecimentos econômicos
para, aos poucos, assimilar o noticiário com viés mais crítico e menos passivo.
Risco, incerteza, volatilidade, tensão, pessimismo, otimismo, alívio, confiança, desânimo… Esses
são termos usados pela mídia econômica para descrever a evolução da Bolsa baseado no Ibovespa.
Todos os dias o índice sofre uma mudança súbita de humor, alternando decepção e orgulho diante de
uma informação econômica ou uma previsão diferente disso ou daquilo. Esse comportamento errante,
meio maníaco-depressivo, abriga receios e desejos do investidor.
Diversas vezes lemos nos jornais e nos sites de economia: “…as ações da empresa Y caem com
investidores ‘zerando posições’…”. Ora, se há alguém vendendo, há alguém comprando. Essas
“posições” passaram de uma mão para outra. Talvez a cabeça que controla uma das mãos esteja com
medo de um incidente difícil de calcular o risco. Enquanto a outra cabeça está ditada pela vontade de
obter um ganho enorme rapidamente.
É importante entender que índice de ações não representa a Bolsa brasileira como um todo. Há
empresas com menor valor de mercado e menos negociadas que estão fora do Ibovespa e, portanto,
distantes dos holofotes. São as chamadas “small caps” e “mid caps” que, ao longo do tempo, podem se
apreciar em Bolsa, ganhar relevância em termos de valor de mercado e chegar ao Ibovespa.
Especificamente no Ibovespa, o investidor tende a observar o índice de olho nas ações de empresas
renomadas, como Ambev, Vale, Itaú e Bradesco. São companhias que estamos acostumados a
acompanhar em nosso dia-a-dia pelo tamanho de suas operações no Brasil.
Essas são as chamadas “blue chips” da Bolsa. No mercado de ações, porém, não há garantia de
sucesso nem mesmo a bordo de uma blue chip. É importante fazer a lição de casa para ter convicção
na hora de aplicar o dinheiro na renda variável. E isso é bem mais simples do que parece.
PS: No capítulo quatro desta série de cinco capítulos do Minha Primeira Ação, conheceremos as
possibilidades de análise de ações e como fazer contato com empresas alvo de nosso investimento.
A reprodução indevida, não autorizada, deste relatório ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até 3 mil vezes o valor do relatório, à apreensão das
cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98
acessando o homebroker