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INCENNA ESCOLA DE TEATRO E TELEVISÃO

Aluno: Nilo Caciel

Professora: Luciana Birindelli

Disciplina: História do Teatro

Estrutura da Tragédia

Épido Rei - Sófocles

PRÓLOGO

Édipo

Meus filhos, nova geração do antigo Cadmo

Porque permaneceis aí ajoelhados...

(...)

Sacerdote

(...)

E possa Febo, inspirador das predições,

Juntar-se a nós, ele também, para salvar-nos

E nos livrar deste flagelo para sempre!

PARODO

Coro

Doce palavra de Zeus poderoso,

Que vens trazendo da faustosa Delfos


(...)

Com seu archote de brilhante chama

Contra esse deus que nem os deuses prezam.

1ª Episódio

Édipo

Suplicas proteção e alívio de teus males

Sem dúvida serão ouvidas tuas preces

(...)

Tirésias

(...)

Então terás direito de dizer bem alto

Que não há sapiência em minhas profecias!

AÇÃO - Tirésias é trazido para ser interrogado a respeito do assassinato do Rei Laio.

TESE - Édipo precisa punir o assassino para acabar com a peste que assola a cidade.

1ª Estásimo

Coro

Quem perpetrou com as mãos ensanguentadas

Indescritíveis, torpes atentados

(...)

Por nosso povo. Diante desses fatos

Jamais o acusarei de qualquer crime


2ª Episódio

Creonte

Fiquei sabendo, cidadãos, que nosso rei

Lançava contra mim acusações terríveis

(...)

Jocasta

Tua vontade será feita sem demora.

Nada faria contra teus desejos. Vamos

AÇÃO – Édipo desconfia de Creonte. Jocasta aparece e defende o irmão. Diante disto,
Édipo decidi convocar o escravo testemunha do assassinato de Laio para confirmar se
foram realmente vários assaltantes que o mataram.

CONFILTO – Édipo acusa Creonte, que se defende.

2ª Estásimo

Coro

Seja-me concedido pelos fados

Compartilhar da própria santidade

(...)

Apolo agora não é adorado

Com o esplendor antigo em parte alguma;

A reverência aos deuses já se extingue.


3ª Episódio

Jocasta

Veio-me o pensamento, cidadãos ilustres,

De dirigir-me aos deuses em seus santuários

(...)

Édipo

(...)

Nascer de quem nasci, nem viver com quem vivo

E, mais ainda, assassinei quem não devia!

Ação – O pastor que deveria ter matado o filho de Laio é convocado, assim, Édipo
descobre que se tratava dele, e ele matou o pai.

Resolução – Édipo fura os próprios olhos.

3ª Estásimo

Coro

Vossa existência, frágeis mortais

É aos meus olhos menos que nada

(...)

Aliviados e respirar

Tranquilamente por muito tempo.

ÊXODO

Criado

Varões ilustres desta terra, sempre honrados,

Que fatos ouvireis, que dores sentireis,


(...)

Corifeu

(...)

Antes dele cruzar as fronteiras da vida inconstante

Sem jamais ter provado o sabor de qualquer sofrimento!

MITO – Édipo mata o seu pai e casa-se com a mãe.

PENSAMENTO – (Depois do protagonista ter furado os próprios olhos)

Édipo

Não tentes demonstrar que eu poderia agir

Talvez de outra maneira, com maior acerto.

(...)

É tanto que somente eu, e mais ninguém,

Serei capaz de suportá-lo nesta vida!

CARÁTER – O protagonista (Édipo) é detentor de caráter intermediário. Ele acusa


Creonte de forma impertinente e destrata Tirésias. No entanto, ele se rende quando
descobre a verdade no final. O mais importante: ele mata o pai e casa com a mãe sem
saber de nada. Segundo Aristóteles, esse é o caráter ideal para a tragédia (para o efeito
terror e pena). Se o protagonista for de caráter muito elevado, haverá revolta por parte
do público. Se for de mau caráter, não haverá pena.

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