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Ao longo dos anos sessenta, todo o estudo de reformulação da arquitetura europeia iniciado a partir da Segunda

Guerra Mundial alcança a sua expressão nas teorias e atividades de uma nova geração de arquitetos. Ernesto N.
Rogers, dirigindo a revista CASABELLA e fazendo formar uma serie de arquitetos jovens, que dariam continuidade em
seu projeto cultural e arquitetônico.
Os discípulos de Rogers, colaboravam com a redação da revista e acabaram escrevendo seus primeiros artigos,
contendo críticas arquitetônicas.
Aldo Rossi entre outros tinham a proposta que ao longo do tempo iria divergir, partiram em grande parte dos
conceitos propostos por Rogers. Assim como o dever de continuar com o ensino dos mestres do Movimento Moderno.
Uma geração que considera como instrumentos de projeto, que entende a arquitetura como um processo de
conhecimento, e se recusa a separar teoria da realidade.

A arquitetura da cidade de Aldo Rossi.

Sua obra mais transcendental e que ao longo do tempo se transformou em um dos livros mais influentes da
arquitetura o século XX. Intitulado de A ARQUITETURA DA CIDADE, seu propósito é entender a arquitetura em relação a
cidade. Com diferentes pontos de vista, com o qual pode contemplar a cidade, desde a antropologia, a psicologia, a
geografia, política entre outros pontos.
A arquitetura da cidade, que entende a cidade como um bem histórico e cultural, como a família cidade europeia
do século XIX.
Aldo Rossi desenvolveu, em um dos seus primeiros artigos, um dos conceitos transmitidos pelo seu mestre que
estava relacionado com a história e a memória.
Conceito de tradição, uma ordem da qual podemos alcançar a outra mais ampla e nova por meio da crítica racional.
Nestes anos se entende a convicção de que a tradição do novo gerado pelas vanguardas reduziu todas as demais
tradições a algo trivial. Portanto, é necessário adotar uma postura crítica em relação a mitificação do novo.
A arquitetura da cidade propunha uma serie de critérios metodológicos que rapidamente foram adotadas.
Um dos conceitos iniciais do livro é a crítica ao que o Rossi chama de funcionalismo ingênuo.
Adorno, um dos autores que influi a Rossi. Está dentro da própria arquitetura faz referência à crise de todas as
concepções mecânicas.
As formas não são o resultado direto das funções senão que vão muito mais além das estritas funções. Rossi
insistira anos mais tarde na sua obra Autobiografia científica. Nesse sentido é esclarecedora a sua admiração pelos
arquitetos iluministas franceses. Rossi em 1967 escreveu na introdução à edição italiana de Arquitettura, Sggio sull’arte
de Etiene-louis Boullée.
Essa criação que constitui a arquitetura é uma produção do espirito por meio da qual podemos definir a arte de
construir é somente uma arte secundaria que acho conveniente definir como a parte da arquitetura.
Várias décadas de reutilização de edifícios histórico para novos usos demonstraram amplamente o que defendia Rossi.
Para Rossi a contribuição chave era a consideração de dois elementos básicos de cidade.
O primeiro tipo é composto por monumentos, elementos primários e edifícios ou espaços públicos.
O segundo tipo é formado por áreas residenciais, casa que sempre cresce limitadas a uma zona e conforma o
tecido básico da cidade. Ambas pensadas usando a lógica de repetição.
Kahn ou J.M. Richards – teve consequências teóricas transcendentes e gerou uma visão de idade oposta à do
movimento moderno. O esquema maquinista do racionalismo, no qual o monumento não existia, desaparece
completamente. Rossi mostra que a cidade histórica foi projetada na ordem inversa ao proposto pelo urbanismo
racionalista.
Monumentalidade comporta uma concepção estática do mundo. Voltaríamos à visão estática e ao desejo de
monumentalidade, solidez e permanência da arquitetura acadêmica.

A Crítica Tipologia

Outro dos conceitos básicos reutilizados por Aldo Rossi e por muitos outros arquitetos europeus é o da tipologia
arquitetônica. Críticos e outros arquitetos voltaram a utilizar esse conceito. A reformulação do conceito de Rossi era
relacionada a importância outorgada ao tecido urbano.
Rossi acreditava na essência dos valores formais, imutáveis.
O conceito de tipo de tipo se converte em instrumento essencial, não só da análise, mas também do projeto.
Dessa forma configura-se uma nova maneira de entender a arquitetura nos anos sessenta.
Outro instrumento configurado por Aldo Rossi, é o da Analogia, que utiliza o mecanismo da memória e é capaz
de mostrar a essência de uma cidade com imagens. Seria sentir ainda o irreal, imaginar ainda no silencio. Parcialmente
impossível de expressar em palavras, cidade como um feito econômico e histórico, sinalizando o papel essência da
estrutura fragmentada da propriedade privada.
A cidade é o lugar da política, o espaço onde as manifestações coletivas expressam sua vontade.
Esta dificuldade de individualização pode no induzir a buscar um elemento irracional no crescimento da cidade.
As Primeiras obras de Aldo Rossi

Tipologia da casa ao redor de um pátio. Propõe uma trama urbana que assume o caráter de bairro e mostra sua
individualidade e autonomia. Uma morfologia reticular, fechada ao exterior, claramente legível como lei geométrica que
poderia crescer até o infinito, tipologia básica. Uma serie de pátios, dupla vocação pública e privada. Solução neutra e
estruturada, espaço central multifuncional.
O edifício linear organizado por galerias, colunas cilíndricas e a mudança no nível do pórtico, com precisão
geométrica e na repetição, confiança nos critérios tipológicos do classicismo ilustrado.
Rossi utiliza um repertorio de elementos definidos? Colunas, muralhas, janelas quadradas, torres em forma de cone ou
minarete, varandas com a cruz de são Sebastião, axial idade, simetria, repetição e ritmo, pórticos, entradas, pátios,
espações centrais, etc. e todas estas partes de edifícios se articulam para configuras tipos funcionais concretos, escolas,
Moradias, cemitérios, teatros.

Outras contribuições da cultura arquitetônica europeias dos anos sessenta

Maior influencia, Giogio Grassi, com seus dois textos, A CONSTRUÇÃ LOGICA DA ARQUITETURA (1967) e
ARQUITETURA COMO OFICIO (1980).
Obras produzidas apresentam uma tendência à academia, à busca de certezas, de valores permanentes e normas que
permitiam uma fácil transmissão e um aperfeiçoamento paulatino.
Para Grassi os princípios da arquitetura são únicos e imutáveis, defende a arquitetura como oficio, estabelecendo
através de normas de compreensão da realidade e de acordo com a articulação dos diferentes níveis de interversões
essencial e ontológica.
A procura de certezas leva a superar o conceito de preexistências ambientais através da pretendida visão cientifica, mais
rígida e acadêmica.

Algumas aplicações: o caso de Bolonha

Reabilitação das cidades de Bolonha, promovida pelo município com maioria do partido comunista italiano, converte-se
ao longo dos anos sessenta em uma das máximas explicitações deste método tipológico de análise e intervenções na
cidade foi gerado nos anos sessenta. Metodologia modélica sobre a restauração dos centros históricos europeus a partir
dos critérios políticos da esquerda. Dirigida pelo arquiteto Pier Luigi Cervellati, utilizando a constância do tipo
arquitetônico, a separação da esfera pública da privada, a ideia de monumento.

RENAN ARTHUR BELINATI DE CAMPOS RA: 201600088

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