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(Cavalcanti, 2011)
Victor MEIRELLES (1832-1903)
Marabá, 1882
Óleo sobre tela, 151,5 x 200,5 cm
MNBA
Quero antes uns olhos bem pretos,
luzentes,
Uns olhos fulgentes,
Bem pretos, retintos, não cor d'anajá!
[...]
Quero antes um rosto de jambo corado,
Um rosto crestado
Do sol do deserto, não flor de cajá.
[...]
Quero antes cabelos, bem lisos, corridos,
Cabelos compridos,
Não cor d'oiro fino, nem cor d’anajá
Gonçalves Dias
Victor MEIRELLES (1832-1903)
Moema, 1866
Óleo sobre tela, 129 x 190 cm
MASP, São Paulo
Rodolfo AMOEDO (1857 - 1941)
O Último Tamoio, 1883
Óleo sobre tela, 180,3 x 261,3 cm
MNBA, Rio de Janeiro
Viram nas ondas fluctuar dous corpos,
Que o mar na enchente arremessára às praias.
De Aimbire e de Iguassú os corpos eram!
Vio-os Anchieta com chorosos olhos:
Para a terra os tirou; e nessa praia,
Que inda depois de mortos abraçavam,
Sepultura lhes deo, p’ra sempre unidos.
Gonçalves de Magalhães
Simbolismo
não irá se buscar uma cópia da realidade, mas sim sua transposição mágica, imaginativa e alegórica.
na literatura chega ao Brasil através das traduções de autores como Baudelaire e Victor Hugo
rigor formal proveniente do parnasianismo
nas artes visuais vem com os artistas que viajaram para Europa, principalmente através das Viagens
de Estudo concedidas pelo governo
movimento de reação à modernidade e urbanização da Capital
caráter abolicionista
Gonzaga Duque (1863 - 1911)
nasceu no Rio de Janeiro
formação em jornalismo
trabalho em diversos jornais inclusive na Gazeta da Tarde,
jornal abolicionista de José do Patrocínio
atuava como crítico de arte e participou de algumas revistas
simbolistas como a Kosmos
A Arte Brasileira – 1887
Graves e Frívolos – 1910 crônica de arte
Contemporâneos – 1929
Mocidade Morta - 1899
literatura simbolista
Horto de Mágoas - 1914
SIMBOLISMO
POSITIVISMO / CIENTIFICISMO aspiração a uma espiritualidade
modernismo
mundo fenomênico
sociedade capitalista industrial
idéia de “civilização” X dimensão metafísica
imaterial
material
imutabilidade
progresso mudança transformação
passado irrecuperável
futuro obscuro
subjetivismo
objetivismo
Ângelus
Desmaia a tarde.
Além, pouco e pouco, no poente
Temática
O sol, rei fatigado, em seu leito adormece:
Uma ave canta, ao longe; o ar pesado estremece Religiosa
Do Ângelus ao soluço agoniado e plangente.
Salmos cheios de dor, impregnados de prece,
Sobem da terra ao céu numa ascensão ardente.
E enquanto o vento chora e o crepúsculo desce,
A ave-maria vai cantando tristemente.
Nest’hora, muitas vezes, em que fala a saudade
Pela boca da noite e pelo som que passa,
Lausperene de amor cuja mágoa me invade,
Quisera ser o som, ser a noite;
ébria e douda
De trevas, o silêncio, esta nuvem que esvoaça;
Ou fundir-me na luz e desfazer-me toda.
Francisca Júlia (1871-1929)
Alphonsos de Guimarães
Alphonsos de Guimarães
(DUQUE, 1901)
Alphonsos de Guimarães
Eliseu VISCONTI (1866-1944)
Retrato de Moça de Perfil, 1899
Óleo sobre tela, 22 x 12cm, MNBA
Eliseu VISCONTI (1866-1944)
Oréadas, 1899
Óleo sobre tela, 182 x 108cm
MNBA, Rio de Janeiro
Antonio Cândido
(1918 - 2017)
De cortiço a cortiço (1991)
Aluísio AZEVEDO (1857 - 1913)
A propósito dos Trinta Botões,
O Fígaro, n. 20, 13/05/1876
Acervo digital da Biblioteca Nacional
Eliseu VISCONTI (1866-1944)
As lavadeiras, 1891
Óleo sobre tela, 70 x 110 cm
Coleção Particular
José Ferraz de
ALMEIDA JÚNIOR (1850 - 1899)
Cozinha caipira, 1895
Óleo sobre tela, 63 x 87 cm
Pinacoteca do Estado de São Paulo
José Ferraz de José Ferraz de
ALMEIDA JÚNIOR (1850 - 1899) ALMEIDA JÚNIOR (1850 - 1899)
O derrubador brasileiro, 1879 Amolação interrompida, 1894
Óleo sobre tela, 227 x 182 cm Óleo sobre tela, 200 x 140 cm
MNBA, Rio de Janeiro Pinacoteca do Estado de São Paulo
José Ferraz de
ALMEIDA JÚNIOR (1850 - 1899)
Caipira picando fumo, 1893
Óleo sobre tela, 202 x 141 cm
Pinacoteca do Estado de São Paulo
“O sol é o grande “O símbolo supremo é todavia
personagem deste Caipira o Sol, que percorre o livro
como manifestação da natureza
picando fumo. O homem se
tropical e princípio masculino
ajeita meio a gosto na porta da da fertilidade. Sol e calor são
casa pode até conviver bem concebidos como chama que
com ele. Mas não está a sua queima, derrete a disciplina,
altura. O cismar que o protege fomenta a inquietação e a
também o impede de agir e o turbulência, fecunda como
que domina o quadro é a sexo. Por isso, neste livro a
exterioridade majestosa da luz natureza do Brasil é
e do calor que parecem apenas interpretada de um ângulo
curiosamente colonialista […]
tolerar a presença daquilo que
como algo incompatível com as
ainda não foi reduzido a eles”. virtudes da civilização”.