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gt026 Slowdesign PDF
gt026 Slowdesign PDF
priscila.vcz@gmail.com, claudiazacar@yahoo.com.br
Abstract – This paper presents a comparative study of the design requirements for
sustainability and the categories proposed by the slow design movement. The study
consisted of an exploratory research focused on the characterization of the requirements and
categories, including literature review and market research to identify examples of solutions
and projects aligned to design for sustainability and slow design. From this, it appears
that the slow design presents itself as a new proposal for the slowdown in current production
processes, as it focuses on ways that include conscious and democratic forms of production
and consumption of products. It also rescues the appreciation of craft processes with a focus
on sustainable development, preservation of the environment, local cultures and also
highlights the role of the consumers, which amounts to a collaborative level, making them
essential for the continuous improvement of processes that are reflected in individual and
collective well-being and benefits.
1. INTRODUÇÃO
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A quarta estratégia está orientada para a extensão da vida dos materiais. Isso pode
ocorrer através de dois processos, pelo processamento de materiais tornando-os matérias-
primas secundárias, ou pelo processo de incineração. Na primeira situação, o processo recebe
o nome de reciclagem, e pode ser classificado como reciclados reciclagem de pré-consumo e
de pós-consumo.
A quinta estratégia trata da facilitação da desmontagem, do desmembramento das
partes componentes e da separação dos materiais. A separação das partes facilita a
manutenção, o reparo, a atualização e a remanufatura, promovendo então a extensão da vida
dos produtos.
Estes processos e estratégias voltadas para o design sustentável, conforme proposto
por Manzini e Vezzoli (2002), se propõem, em resumo, a minimizar a utilização de recursos,
tornando mais eficientes os sistemas de produção e consumo. Trata-se, em suma, de alinhar a
sustentabilidade e o design para a promoção do bem-estar. O Slow design alinha-se a esses
requisitos para um design sustentável, centrando-se também na idéia de bem-estar, visando
atender a necessidades reais.
meio do qual a sociedade humana transforma a natureza externa e, ao fazê-la, transforma sua
natureza interna. Reduzir os fluxos das transformações humanas, econômicas e industriais,
corresponde à terceira premissa para a evolução e desenvolvimento dos resultados dos
projetos Slow design.
A quarta e última premissa do movimento considera que a dissociação dos modelos
atuais de consumo representa uma oportunidade para explorar a durabilidade do design. Esta
refere-se à capacidade de permanência projetada de objetos, espaços e imagens que tenham
relevância de longo prazo, e perdurem física, mental e emocionalmente. Em suma, a filosofia
do movimento se baseia na trindade das esferas do bem-estar onde o equilíbrio individual,
sócio-cultural e as necessidades ambientais se interligam.
Os processos do Slow design se manifestam em produtos, espaços, em ambientes,
sejam eles reais ou virtuais, e nas experiências sócio-culturais. Essas manifestações podem ser
divididas em oito temas. (FUAD-LUKE, 2009). Analisando-os torna-se possível compreender
os potenciais benefícios que envolvem os resultados propostos pelo movimento.
4.1 Tradição
Envolve a produção de artefatos e construções artesanais. Estes itens muitas vezes se
caracterizam como parte integrante da localidade, pois surgem com o intuito de servir a
própria comunidade ou sociedade local. Conforme afirma Krucken (2009, pag.17) “os
produtos locais são manifestações culturais fortemente relacionadas com o território e a
comunidade que os gerou”.
4.2 Ritual
Artefatos e construções para fins rituais estão amplamente registrados na história
arqueológica. Hoje, parece que esse foco da área social se transportou para a de consumo,
onde o ato de consumir induz a hábitos ritualizados. Mas em muitas culturas ainda estão
presentes os rituais que celebram a espiritualidade e a religiosidade local, para os quais está
envolvida a produção de artefatos que serão usados nestas celebrações. Os artefatos neste
contexto se caracterizam de forma efêmera, mas seus rituais são social e culturalmente
duráveis e contribuem para o bem-estar do indivíduo e da comunidade. (SLOW DESIGN,
2011).
4.3 Experiência
Objetos, espaços ou construções experimentais permitem que os usuários interajam
com o objeto do projeto, podendo alterar os resultados finais do processo. O designer cria
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4.4 Envolvimento
Os bens de consumo, os produtos de massa e até as habitações, tendem a ter sua vida
útil condicionada aos interesses da economia de mercado. O design para o envolvimento
atende aos prazos da natureza como delimitadores na produção de bens e serviços, alinham-
se, portanto, ao conceito de sustentabilidade para o gerenciamento da obsolescência e
aumento na duração de vida dos produtos. Objetiva-se, neste contexto, criar uma interação
entre o homem e a natureza, buscando uma conexão ambiental. (SLOW DESIGN, 2011).
4.5 Lentidão
A lentidão encontra atualmente poucas expressões comerciais, devido à própria
natureza de economia de mercado, que prevê a maximização da produção, economia de
escala, fabricação de produtos de qualidade mediana e vida curta, acelerando o ciclo de
depreciação e rápida substituição de bens, e a conseqüente crescente demanda dos
consumidores por novos produtos e serviços. A lentidão pode, entretanto, ser vista como algo
positivo. A partir desta concepção, ao design é atribuída a tarefa de criação e estímulo à
lentidão. Desta forma o design assume também uma dimensão política, tornando-se um
agente na mudança comportamental e atua como um contrapeso aos paradigmas atuais.
(SLOW DESIGN, 2011).
4.6 Eco-Eficiência
O Slow design alinha-se aos princípios do design para a sustentabilidade, eco-design
e design ecológico. Propõe a adoção de práticas que reduzam o consumo de recursos e
prolonguem a vida dos produtos, como a reciclagem e a reutilização. Conforme afirma
Kazazian (2005) prever ações posteriores as aquisições dos produtos é definindo como
“manutenção preventiva”. Nesta abordagem desenvolve-se o produto visando à sua melhoria
ao longo do tempo, na forma de remanufatura, ou seja, recolhendo este produto para melhorá-
lo, recondicioná-lo e adaptá-lo de maneira a torna-lo mais eficiente e durável.
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4.8 Tecnologia
Existe uma percepção implícita de que a tecnologia, ou a expressão comercial da
tecnologia, está acelerando o ritmo de vida. No entanto, aplicações interessantes estão
emergindo, para diminuir o ritmo das atividades humanas, criando novas experiências. Estas
aplicações estão focando na natureza interativa da tecnologia e questionando como isso pode
proporcionar momentos de reflexão e descanso. A tecnologia incorpora interfaces digitais
permitindo uma nova interação entre o usuário e o objeto. (SLOW DESIGN, 2011).
Alguns designers tem se destacado por sua criatividade e inovação, propondo novos
conceitos no desenvolvimento de produtos alinhados aos do Slow design e aos requisitos do
design para a sustentabilidade. Para ilustrar estas iniciativas, foi realizada uma pesquisa de
mercado, sendo parte dos resultados apresentado abaixo. Procurou-se analisar, em relação a
cada exemplo identificando, as categorias do Slow design e os requisitos para a
sustentabilidade (design dor sustainability, ou D4S) presentes nestas soluções.
TEJO REMY REG CHAIR
MATERIAIS REQUISITOS D4S
Reuso de materiais Minimização dos recursos
descartados. utilizados. Extensão da
Tiras de metal. vida dos materiais pelo
CATEGORIAS SLOW
reuso. Facilidade de
desmontagem
Experiencial: interação
usuário e produto;
Eco-eficiência: reuso.
O projeto, o Reanim (Quadro 3), ou Medicina dos Objetos do estúdio 5.5 designers
apresenta uma proposta conceitual e impactante. Não está centrada na restauração, mas sim na
reeducação através da intervenção. O objeto a ser descartado assume novamente sua função.
Identifica-se a categoria da eco-efiência, pela reutilização de materiais e extensão da vida do
produto.
DROOG DESIGN DESIGN FOR DOWNLOAD
MATERIAIS REQUISITOS D4S
Projetos digitais, para uso Minimização dos recursos
aberto, não restrito de serviços, fornecimento
de informações ao usuário.
Uso compartilhado.
CATEGORIAS SLOW
Conhecimento compar-
tilhado: oferecer acesso
ao projeto para o usuário.
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
KRUCKEN, Lia. Design e Terrítorio: valorização de identidades e produtos locais. São Paulo,
Brasil: Sebrae, 2009.
LUKE, Alastair Fuad. Co-design Services for Sustainability Transition. 2009. Disponível em:
<http://www.fuad-luke.com/>. Acesso em 5 de maio de 2011.
Websites consultados
<http://www.cinqcinqdesigners.com/gb/index.php?centreloca=http://www.cinqcinqdesigners.
com/gb/home.php?rub=actualite*aa*srub=actus>. Acesso em 10 de maio de 2011.