Você está na página 1de 118

Técnicas de Segurança na

Construção Civil
1. Conceitos

Canteiro de trabalho segundo Norma


Regulamentadora 18 NR18 do Ministério do
Trabalho e Emprego

Área de trabalho fixa e temporária, onde se


desenvolvem operações de apoio e execução
de uma obra
1. Conceitos

Canteiro de obras segundo NBR12.284


Área de vivência em canteiros

Conjunto de áreas destinadas à


execução e apoio dos trabalhos da
indústria da construção, dividindo-se
em áreas operacionais e áreas de
vivência
1. Conceitos
•Os canteiros de obra, são setores da produção,
formados por uma célula em constante transformação,
modificando-se à medida que avançam as fases da obra.

- Projeto orientado à produção em canteiro:


- impede a ociosidade de equipamentos/mão-de-obra;
- diminui os tempos de deslocamento;
- racionaliza e organiza as atividades e uso dos
espaços;
- impede operações repetidas em locais diferentes;
- minimiza interferências;
- garante a segurança dos trabalhadores;
- garante o boa convivência com vizinhos;
1. Conceitos
Canteiro com tecnologia artesanal
1. Conceitos
Canteiro com tecnologia mecanizada e industrial
2. Fases do canteiro

Inicial: serviços que interferem com a implantação do


canteiro
• demolições
• movimentos de terra
• obras de contenção
• obras de drenagem
• fundações
2. Fases do canteiro

Intermediária: caracterizada pelo grande volume de


serviços e atividades
• estrutura
• vedos
• cobertura
• instalações
• pavimentos
2. Fases do canteiro

Final: grande diversidade de serviços e atividades


• paramentos/revestimentos
• vãos (caixilhos)
• acabamentos
3. Elementos para o projeto do canteiro
Condicionantes
• Sondagem e levantamento planialtimétrico: conhecer o
terreno e o tipo de solo;
• Edificações/construções do terreno e da vizinhança:
acautelamento contra danos às edificações existentes;
• Vias de acesso e códigos de trânsito locais: planejamento
da recepção/retirada de materiais e equipamentos;
• Infra-estrutura urbana;
• Código de obras e edificações do município: adequar o
canteiro às restrições legais;
• Processos e métodos construtivos
• Nível de ruído
3. Elementos para o projeto do canteiro

Código de obras e edificações


-CANTEIRO DE OBRAS
O canteiro de obras compreenderá a área destinada à
execução e desenvolvimento das obras, serviços
complementares, implantação de instalações temporárias
necessárias à sua execução, tais como alojamento,
escritório de campo, depósitos, estande de vendas e
outros.
-Durante a execução das obras será obrigatória a
manutenção do passeio desobstruído e em perfeitas
condições, conforme legislação municipal vigente, sendo
vedada sua utilização, ainda que temporária, como
canteiro de obras ou para carga e descarga de materiais
de construção, salvo no lado interior dos tapumes que
avançarem sobre o logradouro.
3. Elementos para o projeto do canteiro

CANTEIRO DE OBRAS
-Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a
arborização da rua, a iluminação pública, a visibilidade de
placas, avisos ou sinais de trânsito, e outras instalações
de interesse público.

-A implantação do canteiro de obras deverá atender à


Norma Regulamentadora 18 (NR18) da Consolidação
das Leis do Trabalho relativa à Segurança e Medicina do
Trabalho (NR) no que for pertinente, e às seções 5.1 e
5.2. do COE, inclusive quando se instalar em local
diverso ao da obra.
3. Elementos para o projeto do canteiro

CANTEIRO DE OBRAS
-A implantação de canteiro de obras em local diverso ao da
obra, ou de estande de vendas de unidades autônomas de
condomínio a ser erigido no próprio imóvel, dependerão de
solicitação de Alvará de Autorização, nos termos da seção
3.5. do COE e do Anexo 3 deste Decreto.

-Será permitida a implantação, em balanço, de alojamentos e


escritório do canteiro de obras, desde que:
a) a projeção avance, no máximo, até metade do passeio;
b) seja mantido pé-direito mínimo igual a 2,50m (dois metros
e cinqüenta centímetros) sob a projeção;
c) seja solicitado Alvará de Autorização para avanço de
tapume, nos termos do item 3.F.1 "V" deste Decreto.
3. Elementos para o projeto do canteiro

Elementos de infra-estrutura do canteiro


• instalações provisórias: • alojamento
– energia elétrica • ambulatório
– água/esgoto • armazenagem e
• armazenamento de manipulação de
materiais (perecíveis e resíduos:
não perecíveis) • escritório
• almoxarifado • garagem
• refeitório • oficina de manutenção
• área de descanço/lazer
• sanitários/vestiários
3. Elementos para o projeto do canteiro

Elementos relacionados à produção


• Central de concreto • Central de produção de
• Central de argamassa pré-moldados
• Central de preparo de • Oficina de montagem
armaduras de instalações e
caixilhos
• Central de produção de
fôrmas
3. Elementos para o projeto do canteiro

• Para sua implantação deve-se considerar o plano


definitivo da obra envolvendo suas fases de
desenvolvimento.

• Organização do canteiro – considera-se a


instalação principal e posteriormente os
equipamentos, de maneira que o fluxo de operações
não apresente cruzamentos, conflitos.
3. Elementos para o projeto do canteiro
3. Elementos para o projeto do canteiro

• As inúmeras soluções que podem ser obtidas para determinada


obra, levam a construtora a estudar, projetar e implantar o
canteiro para atender o desenvolvimento pleno das obras,
evitando a improvisação.

• O Sistema construtivo em metal, possibilita a organização de


um canteiro mais racional e limpo, resultando numa otimização
do trabalho da obra em geral.

• O mesmo ocorre quando se utiliza componentes pré-moldados


de concreto e outros materiais.

• O canteiro, por ser um lugar, onde trabalham seres humanos,


torna-se responsabilidade de todos aqueles participantes no
processo de produção do edifício, tornando-o local mais
humano, dotado de Segurança e Saúde do Trabalho..
3. Segurança e Saúde do Trabalhador

É necessário um programa de necessidades para o projeto


do canteiro de obras

PCMAT – Programa de Condições e Meio Ambiente de


Trabalho – ligado à NR-18, é específico, obrigatório para
qualquer obra com mais de 20 operários do total,
independente de serem ou não da mesma empresa.

• Os riscos de acidentes dos trabalhadores acompanham


esse processo, exigindo acompanhamento pontual e
periódico, seguindo as Normas Reguladoras (NR’s),
estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
4. Segurança e Saúde do Trabalhador

Para atingir a eficácia da prevenção de acidentes, além


das NR’s, há necessidade que as construtoras
implementem programas específicos como:

• PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


•PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – que compreende as seguintes etapas:
1. Responsabilidade
2. Treinamento
3. Avaliação dos Riscos;
4. Comunicações
5. Monitoramento e Medições
6. Requisitos Legais
7. Atendimento às emergências
4. Segurança e Saúde do Trabalhador

NR18 – Norma Regulamentadora

18.1.1. Esta Norma Regulamentadora - NR


estabelece diretrizes de ordem administrativa, de
planejamento e de organização, que objetivam a
implementação de medidas de controle e
sistemas preventivos de segurança nos
processos, nas condições e no meio ambiente de
trabalho na Indústria da Construção.
4. Segurança e Saúde do Trabalhador

18.1.2. Consideram-se atividades da Indústria da


Construção as constantes do Quadro I, Código da
Atividade Específica, da NR 4 - Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho e as atividades e serviços de
demolição, reparo, pintura, limpeza e manutenção
de edifícios em geral, de qualquer número de
pavimentos ou tipo de construção, inclusive
manutenção de obras de urbanização e
paisagismo.
4. Segurança e Saúde do Trabalhador
• Para tanto, para melhorar as condições e o Meio Ambiente do
Trabalho, há necessidade que a obra tenha o devido
planejamento e treinamento, conforme segue:
• O Planejamento – abrange o cumprimento das Normas
Ambientais, a preservação de danos nas edificações vizinhas, e
todos os procedimentos que assegurem a segurança e a saúde
dos operários (trabalhadores).
• O Treinamento – a NR-18 determina que todos os operários
recebam treinamento dentro do seu horário de trabalho. Antes de
iniciar suas tarefas, deve ser informado sobre as condições e
riscos de sua função e as medidas coletivas e individuais
adotadas.
• Para atingir esses objetivos as empresas construtora devem
fornecer:
- vestimenta e EPI (Equipamento de Proteção Individual);
- cinto de segurança tipo pára-quedista
4. Segurança e Saúde do Trabalhador

- adoção de bandeja – para prédios com mais de 4 pavimentos, ou


altura equivalente (~12m)
-guarda-corpo – proteção contra quedas de altura (telas e/ou).
- elevador de cargas – com capacidades previstas

•Áreas de Vivência (lavanderia, alojamentos e área de lazer) quanto


houver trabalhadores alojados

- Ambulatório – quando houver 50 ou mais trabalhadores na obra;


- Instalações Sanitárias/vestiários – um vaso
sanitário/mictório/lavatório para cada 20 operários e 1 chuveiro para
cada 10;
- Refeitório – mesas com tampos laváveis, idem para os pisos;
1m2/trabalhador; não ficar situado em subsolos ou porões; não ter
comunicação com instalações sanitárias; pé direito mínimo 2,80m;
- Alojamentos – dormitórios confortáveis e arejados, pé-direito 2,5m
cama simples e 3,0m beliche; é proibido instalá-los em subsolos ou
porões;
4. Segurança e Saúde do Trabalhador
•O atendimento das determinações da NR-18 e a adoção dos
Programas enfatizados minimizam e/ou evitam as doenças
ocupacionais na construção civil, conforme segue:

- Perdas de audição – exposição prolongada a ruídos acima de


85 dB;
- Conjuntivite por Radiação - exposição à radiação UV ou IV
- LER (Lesões por Esforço Repetitivo) – por longos períodos;
- Embolia gasosa – trabalho embaixo d’água (condições
hiperbáricas);
- Reumatismo - exposição à umidade excessiva;
- Pneumocomioses (silicose, asbestose) – inalação de
partículas.
- Lombalgia – carregamento de peso de forma inadequada;
- Dermatite de contato – exposição ao cimento, cal, gesso
- Insolação – exposição prolongada ao calor do sol.
Outros causadores de doenças ocupacionais referem - se às
exposições: vibrações constantes, radiações (Raio X, Gama),
agentes químicos e biológicos (tintas, solventes).
4. Gestão de resíduos

• LEI DE CRIMES AMBIENTAIS: LEI DE CRIMES


AMBIENTAIS:
Estabelece que a disposição de resíduos sólidos
em desacordo com a legislação é crime ambiental

• RESOLUÇÃO CONAMA 307 (Conselho Nacional


do Meio Ambiente):
Disciplina o gerenciamento dos resíduos sólidos da
construção civil, atribuindo responsabilidades aos
grandes geradores e ao poder público municipal

• LEIS MUNICIPAIS:
Tornam aplicáveis localmente as diretrizes da
resolução CONAMA 307
4. Gestão de resíduos

Resolução CONAMA 307 (05/07/2002)


Gestão dos Resíduos da Construção Civil

Responsabilidades
–caracterização Jan/2005:
–selação/triagem Projeto de
–condicionamento Gerenciamento de
Resíduos deve ser
–transporte
aprovado com
–destinação os demais projetos
4. Gestão de resíduos

Seleção/triagem Destinação

– Sinalização e ordenação – Orientação para


de fluxos reuso/reciclagem
– Treinamento das equipes
– Dispositivos de transporte – Destinação adequada
e captação diferenciada f(tipo de resíduo)
– Arranjo físico do canteiro
adequado aos novos fluxos – Aproveitamento em obra:
argamassas, concretos,
blocos, metais, madeira...

AUT186 - 2009
4. Gestão de resíduos

Padrão de cores •BRANCO: resíduos


(Resolução CONAMA ambulatoriais e de
275/2001) serviços de saúde;
•ROXO: resíduos
•AZUL: papel/papelão; radioativos;
•VERMELHO: plástico; •MARROM: resíduos
•VERDE: vidro; orgânicos;
•AMARELO: metal; •CINZA: resíduo geral não
•PRETO: madeira; reciclável ou misturado, ou
•LARANJA: resíduos contaminado não passível
perigosos; de separação.
4. Gestão de resíduos

Classificação e destinação dos resíduos


(NBR15.114 e Resolução CONAMA 307 e 348)

• Classe A : concreto, alvenaria, argamassa, solos


reutilizados ou reciclados na forma de agregados
ou dispostos em Aterros de Resíduos de
Construção Civil

• Classe B: plásticos, papéis, metais, madeira


reutilizados, reciclados ou encaminhados a
armazenamento temporário
4. Gestão de resíduos

Classificação e destinação dos resíduos


(NBR15.114 e Resolução CONAMA 307 e 348)

• Classe C: resíduos sem tecnologias de


recuperação: gesso
destinados conforme norma técnica específica

• Classe D: perigosos: tintas, solventes, resíduos


de instalações radiológicas, industriais, amianto
destinados conforme norma técnica específica
4. Gestão de resíduos

• muitas cidades já têm implantado, ou em fase de


implantação, um Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil,
que tornam possível o correto tratamento ao
RCD, por providenciarem locais adequados para
a destinação dos seus diferentes materiais
componentes.
• o município de São Paulo conta com 34 Eco
Pontos – locais de entrega voluntária de
pequenos volumes de entulho (até 1 m³),
grandes objetos (móveis, poda de árvores etc.) e
resíduos recicláveis.
4. Gestão de resíduos

• para receber volumes maiores, existem até o


momento cinco ATTs (Áreas de Transbordo e
Triagem) licenciadas;

• o transporte até os locais de deposição e/ou


reciclagem autorizados deve ser realizado por
empresas credenciadas, para tanto deve ser
exigido da empresa transportadora o certificado
de transporte de resíduos - CTR (instituído pelo
Decreto nº 45.959, de 6 de junho de 2005)
5. Equipamentos e instalações

5.1. Equipamentos e máquinas

• A tecnologia da construção, está vinculada à


organizações especializadas em cada técnica que
comparecem no canteiro como sub-empreiteiras.
• Estas trazem seu próprio equipamento, cabendo no
entanto à empresa empreiteira, responsável principal
pela obra, o fornecimento do equipamento básico e
complementar.
• Dentre os equipamentos destacam-se:
• Betoneiras, vibradores, armazenagem dos insumos
básicos;
• Transporte de materiais
5. Equipamentos e instalações

• Máquinas – em função do método construtivo,


convencional ou industrializado compreendem:
- Máquinas fixas – de cortar ferro, serras circulares,
transformadores, centrais de concreto, complementam
os equipamentos já citados.
- Máquinas móveis – betoneiras, montacarga, galeotas
ou giricas, vibradores, serras manuais, furadeiras etc.
- Máquinas para processo industrializado de
construção – autogruas, gruas, pórtico ou cavalete, já
enfatizados nos equipamentos. Sua escolha depende do
tamanho das peças, materiais a serem transportados.
5. Equipamentos e instalações

Caminhão betoneira
Acidentes
Caminhão Betoneira
5. Equipamentos e instalações

Guincho de Andaimes
Guindaste

Guindaste móvel de lança e cabo


5. Equipamentos e instalações

Grua
5. Equipamentos e instalações
Grua

•Carga amnhecida

AUT186 - 2009
Posicioamento da grua

Fonte: SOUZA; FRANCO, 1997


5. Equipamentos e instalações

Andaime fixo
de madeira
Andaime fixo de aço

Andaime móvel
(balancim)

AUT186 - 2009
5. Equipamentos e instalações

Retroescavadeira
5. Equipamentos e instalações

Pá carregadora
5. Equipamentos e instalações

Girica
5. Equipamentos e instalações

Compactador
mecânico
(sapo)
5. Equipamentos e instalações

5.2. Armazenamento de materiais


•Materiais perecíveis
- cimento/cal/gesso – deve ter depósito específico,
isento de umidade, ventilado, empilhado sobre tablado
de madeira elevado do solo. Em construções de grande
porte, são armazenados em silos.

• Materiais especiais – deterioram com facilidade, e


são caros (tintas, ferragens, fiação, canalização,
madeira) armazenagem específica

•Materiais de acabamento – azulejos, peças sanitárias,


podem ser armazenadas posteriormente (após os
vedos) em local apropriado.
5. Equipamentos e instalações

5.2. Armazenamento de materiais não perecíveis


- pedra e areia – armazená-los em locais próprios,
evitando evasão, desperdício. Localizar próximos à
betoneira e ao preparo das argamassas.
- tijolos – empilhados por meio de amarração (fiadas),
área de 0,25m2 para 250 unidades, altura de 1,65m.
- blocos de concreto – idem tijolos, empilhados em
paletes próximos às gruas.
- madeira - para fôrmas e telhado, classificada por bitolas
e tabicadas (área de 6m de comprimento por 1m para cada
m3 de madeira).
- armaduras (barras de aço) – área de 15m x 0,50m para
cada tonelada (prever área para bancada para dobragem).
5. Equipamentos e instalações

5.2. Áreas aproximadas para armazenamento de materiais

Fonte: SOUZA; FRANCO, 1997


5. Equipamentos e instalações

5.3 Instalações
• é dada em função do número de trabalhadores, evitando
que sejam contíguas à obra, evitando aberturas voltadas
aos ventos predominantes.
• Escritórios – posição que permita o controle visual da
obra, independente dos vestiários e/ou, separando do
Engo / Arquiteto residente dos mestres.
• Almoxarifados – 0,20 a 0,60m2 por trabalhador,
depende da obra. O canteiro em aço exige espaços
reduzidos, regra geral as peças chegam e já são
montadas rapidamente.
• Carpintaria – espaço compatível quando a tecnologia
for concreto armado.
5. Equipamentos e instalações

5.3 Instalações
•Vestiários, Sanitários – superfície de 1 a 2m2 por
trabalhador; e 1 a 2 sanitários para cada 50 operários,
conforme já exposto
• Oficinas – de acordo com os componentes a serem
produzidos (pré-moldados e/ou).
• Alojamentos – indispensável para obras fora do
perímetro urbano (aluguel de casas próxima à obra)
Trabalhos em alturas

Andaimes
Plataformas

Segurança do Trabalho / Técnicas de Segurança na


CINTO TIPO PARAQUEDISTA
Técnicas de Segurança na
Construção Civil
NR - 18
CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE
DE TRABALHO NA INDÚSTRIA
DA CONSTRUÇÃO
FASES DA OBRA
• As fases da obra são compostas de DEMOLIÇÃO,
ESCAVAÇÃO e FUNDAÇÃO .

DEMOLIÇÃO
• Definir um método de trabalho;

• Não deve ter improvisações, de forma a prejudicar a


estabilidade do conjunto e a segurança da equipe.
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES

• Quando o prédio a ser demolido estiver a mais


de 3 metros do alinhamento do lote, constrói-
se um “tapume” (painel contínuo), com no
mínimo, 2 metros e vinte centímetros de
altura, podendo ser posicionado até no meio
do passeio, caso a legislação local permita;
TAPUMES
• Quando o prédio a ser demolido tiver mais de
2 pavimentos ou 6 metros de altura ou
afastado menos de 3 metros do alinhamento
do lote, deve-se construir “GALERIA DE
PROTEÇÃO” sobre o passeio com no mínimo,
de 3 metros de altura
GALERIA DE PROTEÇÃO
GALERIA DE PROTEÇÃO
PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
• Definir um método de trabalho;

• É obrigatório a verificação dos USOS


ANTERIORES da edificação, pois pode ter sido
depósito de combustíveis, materiais gasosos,
inflamáveis ou radioativos, etc;
 No caso de estrutura em estado crítico, com
danos por incêndio, recalque de fundações,
abalo sísmico, etc, deve ser feita perícia técnica
estrutural antes da demolição;

• É fundamental proceder um exame detalhado


de prédios vizinhos ou outros que possam ser
afetados,
• Retirar do local todos os equipamentos frágeis,
cuja quebra produz fragmentos cortantes,
como espelhos e vidros;

• Fazer seguros do trabalho para cobertura dos


trabalhadores;

• Estabelecer um programa indicando


claramente a seqüência dos trabalhos.
DEMOLIÇÃO MANUAL (Medidas de
proteção)

• A demolição por métodos manuais deve ser


feita progressivamente, usando-se
ferramentas portáteis manuais ou a ar
comprimido;
• Deve ser evitado o uso de ROUPAS LARGAS.
• É permitido lançar escombros em queda livre,
através de aberturas feitas em pisos inferiores,
desde que tenham área inferior a 25% da área
total do piso e estejam totalmente
desimpedidas. Essas aberturas devem ser
protegidas POR GUARDA-CORPOS e rodapés,
afastados no mínimo, 2 metros de sua
beirada.
 A operação de remover escombros para fora do
prédio, deve ser feita por meio de DUTOS DE
DESCARGAS (CALHAS FECHADAS), de madeira
ou metal, com inclinação máxima de 45 graus.
DUTOS DE DESCARGA
• Quando o caminhão se encontrar estacionado
em calçada ou via pública, além das
providências citadas anteriormente, é
necessário haver uma PESSOA DE PLANTÃO
com a finalidade de orientar a passagem de
pedestres
DEMOLIÇÃO POR TRAÇÃO
• Devem ser tomadas precauções para que
esteiras ou pneus do equipamento ou veículo de
tração não se ergam do solo, comprometendo
sua estabilidade durante a aplicação de tração.

• Durante a operação ninguém deve ficar entre o


equipamento de puxamento e a estrutura a ser
derrubada
DEMOLIÇÃO POR TRAÇÃO
PRECAUÇÕES E DEMAIS MEDIDAS DE
PROTEÇÃO
• É proibido o acesso de pessoas estranhas ao
local da demolição, mesmo durante a
interrupção dos trabalhos;

• Os ruídos devem ser minimizados, limitando-


se o uso de compressores e outros
equipamentos a horários adequados;
• Todas as precauções devem ser tomadas para evitar
riscos de incêndio ou explosão, causados por gás ou
vapor;

• Todo escoramento deve ser projetado, executado e


inspecionado por profissional habilitado ;

• Recomenda-se UMEDECER OS ESCOMBROS, durante a


demolição e antes de sua retirada, a fim de reduzir a
poeira em suspensão;
• No final de cada dia de trabalho, a estrutura
deve ser deixada em condições de estabilidade
e segurança.

• Quando se usar guindastes, devem ser tomados


cuidados especiais para que lanças, cabos ou
cargas não se aproximem de rede elétrica
Serviços em Flutuantes

• Na execução de trabalhos com risco de queda


n'água, devem ser usados coletes salva-vidas
ou outros equipamentos de flutuação;
• Deve haver sempre, nas proximidades e em
local de fácil acesso, botes salva-vidas em
número suficiente e devidamente equipados;
BALSA COM BATE-ESTACA

As plataformas de trabalho devem ser providas de


linhas de segurança ancoradas em terra firme, que
possam ser usadas quando as condições
meteorológicas não permitirem a utilização de
embarcações.
•Na execução de trabalho noturno sobre a água, toda a
sinalização de segurança da plataforma e o equipamento
de salvamento devem ser iluminados com lâmpadas à
prova d'água.
•O sistema de iluminação deve ser
estanque.

•As superfícies de sustentação das


plataformas de trabalho devem ser
antiderrapantes.

•É proibido deixar materiais e ferramentas


soltos sobre as plataformas de trabalho.
Ao redor das plataformas de trabalho, devem
ser instalados guarda-corpos, firmemente
fixados à estrutura.

Em quaisquer atividades, é obrigatória a


presença permanente de profissional em
salvamento, primeiros socorros e
ressuscitamento cardiorrespiratório.
•Os serviços em flutuantes devem atender às
disposições constantes no Regulamento para o
Tráfego Marítimo e no Regulamento
Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar
- RIPEAM 72, do Ministério da Marinha.

REGULAMENTO
INTERNACIONAL
PARA EVITAR
ABALROAMENTOS
NO MAR
DEFINIÇÕES; APLICAÇÃO DASREGRAS
Para compreender totalmente as regras é importante conhecer o
significado dos seguintes termos:

1. A palavra embarcação para o RIPEAM designa qualquer


engenho ou aparelho, inclusive veículos sem calado (tais como os
que se deslocam sobre colchões de ar) e hidroaviões, usados ou
capazes de serem usados como meio de transporte sobre a água.
2. O termo embarcação de propulsão mecânica designa qualquer
embarcação movimentada por meio de máquinas ou motores.
3. O termo embarcação a vela designa qualquer embarcação sob
vela, sendo propelida apenas pela força do vento, ou seja, com a
máquina de propulsão, se houver, não sendo utilizada.
4. O termo em movimento se aplica a todas as embarcações que não se
encontram fundeadas, amarradas à terra ou encalhadas.

LUZES E MARCAS

a. É IMPORTANTE ASSINALAR AS SEGUINTES REGRAS, QUE SE


APLICAM ÀS LUZES E MARCAS:

1. As luzes devem ser exibidas do por ao nascer do Sol e em períodos de


visibilidade restrita. Durante estes períodos, não devem ser exibidas outras
luzes que possam perturbar a identificação, por parte de outro navio, das
luzes especificadas no RIPEAM.

2. As regras referentes às marcas se aplicam ao período diurno.


b. SETORES DE VISIBILIDADE DAS LUZES
PADRÕES DE
NAVEGAÇÃO.

1. LUZES DE BORDOS (verde a boreste e encarnada a


bombordo): devem apresentar um setor de visibilidade
de 112.5°, desde a proa até 22.5° por ante a ré do través
do seu respectivo bordo.

2. LUZES DE MASTRO: as luzes brancas contínuas de


mastro, situadas sobre a linha de centro do navio, devem
apresentar um setor de visibilidade de 225°, desde a
proa até 22.5° por ante a ré do través em ambos os
bordos da embarcação.

3. LUZ DE ALCANÇADO: a luz branca contínua de


alcançado, situada tão próximo quanto possível da popa,
•Os coletes salva-vidas
devem ser de cor laranja,
conter o nome da
empresa e a capacidade
máxima representada em
Kg (quilograma).
Embora a finalidade seja a mesma, existe uma grande diferença entre um
colete salva-vidas concebido para ser utilizado numa situação de
emergência e um colete de auxílio à flutuação destinado a dar segurança
permanente numa atividade aquática esportiva.

Normalmente, os coletes salva-vidas são de cor laranja, bem volumosos e


desconfortáveis, devendo ser empregados somente em casos extremos
(naufrágios, incêndios em embarcações, amerissagens, etc.); já o colete
flutuador é de melhor ajuste no corpo e permite maior liberdade de
movimentos, uma vez que deve ser utilizado durante a prática de uma
grande variedade de esportes aquáticos.
Os coletes salva-vidas devem ser em número
idêntico ao de trabalhadores e tripulantes.

É proibido conservar à bordo trapos embebidos em


óleo ou qualquer outra substância volátil.

É obrigatória a instalação de extintores de incêndio


em número e capacidade adequados.

É obrigatório o uso de botas com elástico lateral.

Você também pode gostar