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Hiperinflação é quando os preços sobem, em média, mais de 50% em um mês, segundo a definição
elaborada em 1956 por Phillip Cagan, um dos pioneiros do estudo deste tipo de 'doença econômica'.
Com base nesta formulação, os economistas Steve Hanke e Nicholas Krus identificaram, desde o início
do século 20, 56 episódios assim.
O estudo foi publicado no livro “The Handbook of Major Events in Economic History” (sem tradução
em português), lançado no ano passado. O Brasil está na lista, com um período de hiperinflação entre
dezembro de 1989 e março de 1990, quando a alta dos preços chegou ao pico de 82,4% no mês. Mas é
apenas o 40º colocado.
Os 10 primeiros do ranking das inflações mais absurdas do mundo deixam qualquer “Rio surreal” no
chinelo.
Confira:
Hungria
Início: Agosto de 1945
Fim: Julho de 1946
Arruinada na 2ª Guerra Mundial, a Hungria viu desaparecer os metais (prata, bronze e cobre) que
sustentavam o pengő, criado em 1925. A moeda passou a ser impressa conforme a necessidade pelo
governo, sem lastro, o que fez os preços dispararem e obrigou à criação do milpengő (equivalente a 1
milhão) e do b-pengő (1 bilhão). Em 1946, o governo controlou a inflação cortando 29 zeros da moeda
e rebatizando-a de Forint.
Moeda: Pengo
1
Zimbábue
Início: Março de 2007
Fim: Novembro de 2008
Das cinzas da guerra de independência, em 1980, o Zimbábue (a ex-colônia britânica Rodésia) tentou
corrigir as injustiças do colonialismo pela redistribuição de terra. A medida, porém, devastou a
produção agrícola, desestabilizando o país, junto com a sanção internacional sobre seu comércio de
pedras preciosas. O governo desistiu de publicar estatísticas oficiais em 2008 e passou a aceitar o uso
de diversas moedas.
Iugoslávia
Início: Abril de 1992
Fim: Janeiro de 1994
Ligar a impressora de dinheiro foi, por cinco décadas, era o jeito do regime comunista iugoslavo para
resolver os déficits orçamentários. No início dos anos 1990, a perda de poder de compra chegou a tal
ponto que a economia travou. Faltavam alimentos, combustível, os cheques perdiam 90% na
compensação, e as desvalorizações da moeda se sucederam, na tentativa de estancar o problema, até
que em 1994, funcionou.
Moeda: Dinar
2
Alemanha
Início: Agosto de 1922
Fim: Dezembro de 1923
Os custos das indenizações aos Aliados por conta da 1ª Guerra Mundial forçaram a Alemanha
abandonar o ouro como lastro para o marco. A situação atingiu um ponto crítico quando a área
industrial do país foi ocupada para garantir os pagamentos. No auge da crise, nos restaurantes, o
preço da refeição chegava a subir enquanto os clientes comiam. O corte de 12 zeros da moeda foi o
primeiro passo para resolver o problema.
Grécia
Início: Maio de 1941
Fim: Dezembro de 1945
Mais uma vez, a guerra trouxe impactos desastrosos. A ocupação nazi-fascista fez o povo grego perder
a confiança na moeda, mas a situação se agravou quando o governo grego, exilado no Egito, retomou
o poder. Em 1944, a cédula mais alta do dracma era de 100 trilhões. Três anos depois, o governo
britânico propôs um plano para melhorar a coleta de impostos e criou um órgão responsável pela
responsabilidade fiscal.
Moeda: Dracma
3
China
Início: Outubro de 1947
Fim: Maio de 1949
Moeda Yuan
Armênia
Início: Outubro de 1993
Fim: Dezembro de 1994
Assim como a Armênia, sofreu com o fim da URSS, devido ao uso do rublo, que perdeu o valor e foi
substituído pelo manat. Faltou, contudo, uma política de reformas e estabilização da economia,
fortemente dependente, e sobrou frouxidão na política monetária, direcionada à manutenção do
emprego e da renda por meio de crédito às empresas. O governo também recorreu a financiamento
externo para auxiliar na recuperação.
Moeda: Manat
Taiwan
Início: Agosto de 1945
Fim: Setembro de 1945
Os efeitos econômicos negativos da guerra civil entre nacionalistas e comunistas chineses na década
de 1940 – principalmente a escassez de matérias-primas e a redução da força de trabalho disponível
devido ao conflito – contaminou o país fundado em 1912. Um dos remédios contra a alta exagerada
dos preços foi adotar taxas de retorno vantajosas para os depósitos bancários, reduzindo a pressão
provocada pela demanda.
Moeda: Inti