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Soluções

É o nome dado a dispersões cujo tamanho das moléculas dispersas é menor que 1
nanômetro. A solução ainda pode ser caracterizada por formar um sistema homogêneo, por ser
impossível separar o disperso do dispersante por processos físicos. As soluções são compostas
por moléculas ou íons comuns.
Soluções são sistemas homogêneos formados pela mistura de duas ou mais substâncias.
As soluções são constituídas de dois componentes: o soluto, que é o que se dissolve e
se encontra em menor quantidade, e o solvente, que é o componente em maior quantidade e que
atua dissolvendo o soluto.
Por exemplo, quando misturamos o sal na água, produzimos uma solução em que o sal é o
soluto e a água é o solvente.
Devido à sua capacidade de dissolver uma grande quantidade de substâncias, a água é
denominada de solvente universal.
Em determinadas situações podem surgir dúvidas quanto à determinação do soluto e do
solvente. Um exemplo é quando se misturam partes iguais de álcool etílico e água, em que as
duas substâncias dissolvem entre si infinitamente. Assim, essa determinação se torna uma
simples questão operacional e qualquer um dos dois pode ser classificado como solvente,
dependendo da utilidade.
Na maioria dos casos, porém, é possível identificar quem atua como soluto e quem atua como
solvente.
A principal característica das soluções é serem homogêneas, pois isso significa que o soluto
está dissolvido de modo uniforme por toda a sua extensão. Isso é importante porque mostra que
as soluções possuem propriedades iguais em todos os seus pontos. Se um técnico colher várias
amostras de determinada solução, todas terão as mesmas propriedades, pontos de fusão e
ebulição, densidade e composição.
As partículas do soluto são menores que 1 nm: Isso significa que nem mesmo com um
ultramicroscópio a mistura deixa de ser homogênea. Isso é importante porque existem casos de
misturas que parecem ser soluções a olho nu, mas que na verdade são misturas heterogêneas
quando olhamos no microscópio.
Seus componentes não podem ser separados por métodos físicos, apenas químicos: Isso é
resultado do tamanho de suas partículas dispersas, que não podem ser retidas por um filtro e
também não se sedimentam sob a ação de uma ultracentrífuga.
O sangue, por exemplo, conforme já dito, não é uma solução verdadeira, e isso pode ser visto
seus componente são separados pela ação de uma ultracentrífuga:
Já no caso de separarmos, por exemplo, uma solução de sal e água, seria necessário usar um
processo químico, como a destilação.
Geralmente, quando nos referimos a soluções químicas pensamos num sólido dissolvido num
líquido. No caso das soluções usadas em laboratório, a maioria é assim, porém existem soluções
nos três estados físicos.
Por se tratar de misturas homogêneas, as soluções são formadas pela associação de pelo menos
um material capaz de ser dissolvido por outro. Esse material dissolvido é denominado soluto, e
o que dissolve é denominado solvente.
A propriedade mais importante da matéria nas soluções é a solubilidade, já que nesse tipo de
mistura existe a dissolução de um material por outro. Porém, vale ressaltar que cada solvente
apresenta uma solubilidade para cada tipo de soluto de acordo com a temperatura, o que é
denominado de coeficiente de solubilidade.

Tipos de soluções

Classificação das soluções quanto ao estado físico do solvente:

Sólidas: soluções em que o solvente está no estado sólido. Exemplo: ouro 18 quilates;

Líquidas: soluções em que o solvente está no estado líquido. Exemplo: refrigerante;

Gasosas: soluções em que o solvente está no estado gasoso. Exemplo: ar atmosférico.

Classificação das soluções quanto à natureza do soluto dissolvido:

Iônica: é a solução que apresenta um soluto de natureza iônica, ou seja, é capaz de sofrer o
fenômeno da dissociação ou ionização. Exemplo: cloreto de sódio;

Molecular: é a solução que apresenta um soluto de natureza molecular, ou seja, não é capaz
de sofrer o fenômeno da dissociação ou ionização. Exemplo: glicose.

Concentração ou aspectos quantitativos das soluções


A determinação das quantidades de soluto, solvente, volume, massa ou qualquer outra medida
quantitativa relacionada a uma solução é denominada concentração, como nos seguintes casos:

Concentração comum: é a relação entre a massa do soluto e o volume da solução;

Densidade: é a relação entre a massa e o volume da solução;

Título em massa: é a relação entre a massa do soluto e a massa da solução;

Título em volume: é a relação entre o volume do soluto e o volume da solução;

Ppm: é a relação de uma parte do soluto existente em um milhão de partes da solução;

Concentração em mol/L ou molaridade: é a relação entre o número de mol do soluto e o


volume da solução;

Molalidade: é a relação entre o número de mol do soluto e a massa do solvente;

Fração molar: é a relação entre o número de mol do soluto ou do solvente e o número de mol
da solução.

Diluição de soluções

É o procedimento realizado com uma única solução que consiste em adicionar ou retirar (por
meio de evaporação ou ebulição) solvente de uma solução preexistente, o que pode resultar em:
Adição de solvente a uma solução: a solução passa a apresentar uma concentração menor que
a apresentada antes de receber nova quantidade de solvente;
Retirada de solvente de uma solução: a solução passa a apresentar uma concentração maior que
a apresentada antes de perder certa quantidade de solvente.

Mistura de soluções

É o procedimento em que duas ou mais soluções são reunidas em um mesmo recipiente, como
nos seguintes casos:
Mistura de soluções de mesmo soluto: resulta em uma solução que apresenta um valor
de concentração intermediário ao das soluções que foram misturadas;

Mistura de soluções de solutos diferentes sem reação química: resulta em uma


solução que apresenta novo valor de concentração para cada um dos solutos presentes;

Mistura de soluções de solutos diferentes com reação química: resulta em uma


solução que apresenta um ou mais solutos diferentes dos que estavam anteriormente nas
soluções misturadas.

Tipos de concentração
Os tipos de concentração envolvem diferentes unidades de medida e os principais são: a
concentração comum, a molaridade, o título e a molalidade.
A concentração de uma solução (mistura homogênea) é a medida da quantidade de soluto que
está presente em uma determinada quantidade de solvente. Como as quantidades de soluto e
solvente são especificadas em unidades de medida diferentes, dizemos que existem tipos de
concentração distintos.
Assim, para determinar o tipo de concentração que a solução apresenta, é necessário conhecer
as unidades de medida de todos os seus participantes (soluto e solvente).

OBS.: Convencionou-se que qualquer dado referente ao soluto utilize o índice 1; para o
solvente, índice 2; e para a solução, nenhum índice.

Concentração comum (C)

É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona a massa do soluto


(m1) e o volume da solução (V), como podemos observar na expressão a seguir:

C = m1
V

A unidade utilizada, rotineiramente, é g/L – isso quando a massa do souto estiver em gramas e
o volume estiver em litros (L).
Densidade (d)

É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona a massa (m) e volume
(V), como podemos observar na expressão a seguir:

d=m
V

Como a massa da solução é a resultante da soma (m1 + m2) da massa do soluto e da massa do
solvente (m2) e o volume da solução é resultante da soma (V1 + V2) do volume do soluto e do
volume do solvente (V2), podemos reescrever a fórmula da seguinte maneira:

d = m1 + m2
V1 + V2

A unidade utilizada em densidade, rotineiramente, é g/mL, isso quando a massa estiver em


gramas e o volume estiver em mililitros (mL).

Concentração molar (M) ou concentração em quantidade de matéria (molaridade)

É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona o número de mol do


soluto (n1) e o volume da solução (V), como podemos observar na expressão a seguir:

M = n1
V

OBS.: O volume da solução, na concentração em quantidade de matéria, é sempre trabalhado


na unidade litro (L).

Como o número de mol do soluto é o resultado da divisão entre a massa do soluto e a massa
molar do soluto (M1), temos:

n1 = m1
M1
Podemos substituir o n1 na fórmula da molalidade pela fórmula dele, da seguinte forma:

M = m1
M1.V

Título em massa (T)

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Título em volume é a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona a


massa do soluto (m1) com a massa da solução (m), como na expressão a seguir:

T = m1
m

OBS.: O título em massa não apresenta unidade de medida por se tratar de uma divisão de
massas com a mesma unidade, ou seja, anulam-se.

Como a massa da solução é resultante da soma (m1 + m2) da massa do soluto com a massa do
solvente (m2), podemos reescrever a fórmula do título em massa da seguinte maneira:

T = m1
m1 + m2

Título em volume (Tv)

Título em volume é a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona o


volume ocupado pelo soluto (V1) e o volume da solução (V), como na expressão a seguir:

Tv = V1
V

OBS.: O título em volume não apresenta unidade de medida por se tratar de uma divisão de
volumes com a mesma unidade, ou seja, anulam-se.
Como o volume da solução é resultante da soma (V1 + V2) do volume do soluto com o volume
do solvente (V2), podemos reescrever a fórmula do título em volume da seguinte maneira:

Tv = V1
V1 + V2

Molalidade (W) ou concentração em mol/Kg

É a modalidade de cálculo da concentração de uma solução que relaciona o número de mol do


soluto (n1) e a massa do solvente (m2), como podemos observar na expressão a seguir:

W = n1
m2

OBS.: A massa do solvente, na molalidade, é sempre trabalhada na unidade quilograma (Kg).

Como o número de mol do soluto é o resultado da divisão entre a massa do soluto e a massa
molar do soluto, temos:

n1 = m1
M1

Podemos substituir o n1 na fórmula da molalidade pela fórmula dele, da seguinte maneira:

W = m1
M1.m2

Partes por milhão (ppm), bilhão (ppb) ou trilhão (ppt)

É uma modalidade de concentração que relaciona uma parte do soluto com um milhão, um
bilhão ou um trilhão de partes do solvente. Veja a representação de cada componente:

a) ppm

ppm = 1 parte
1000000 de partes

b) ppb

ppb= 1 parte
1000000000 de partes

c) ppt

ppmt = 1 parte
1000000000000 de partes

Diluição de Soluções
A diluição de soluções ocorre quando acrescentamos solvente (geralmente a água) a alguma
solução, com isso o volume da solução aumenta e sua concentração diminui, porém a massa do
soluto permanece inalterada. Isso é feito, por exemplo, quando diluímos um produto de limpeza
antes de usá-lo.

A partir de uma solução de concentração conhecida, um químico consegue obter outras soluções
de concentrações diferentes, através de sua diluição.
A partir de uma solução de concentração conhecida, um químico consegue obter outras soluções
de concentrações diferentes, através de sua diluição.

Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Como, por exemplo, uma
solução de sal (soluto) dissolvida em água (solvente).

Definição conceitual de diluição de soluções químicas.

Principalmente em laboratórios químicos e em indústrias, esse processo é muito importante,


porque o químico precisa preparar soluções com concentrações conhecidas. Além disso, em
atividades experimentais são utilizadas soluções com concentrações bem baixas, assim, uma
amostra da solução concentrada é diluída até a concentração desejada.
No dia a dia, várias vezes, até sem perceber, realizamos o processo de diluição de soluções. Por
exemplo, a embalagem de produtos de limpeza e higiene doméstica, como desinfetantes, orienta
que eles sejam diluídos antes de sua utilização. Alguns fabricantes sugerem nos rótulos do
produto que ele seja diluído em água na proporção de 1 para 3, ou seja, para cada parte do
produto, devem-se acrescentar 3 partes de água. Isso é feito, pois o produto é muito concentrado
e forte, podendo danificar o local onde será aplicado se não for diluído da maneira certa. Por
outro lado, se diluir mais do que deveria, pode-se perder dinheiro, porque o produto não atingirá
o resultado desejado.
Produtos de limpeza doméstica, como o desinfetante acima, precisam ser diluídos antes do uso,
conforme indicado no rótulo.

Outro exemplo é ao fazermos sucos. Os rótulos de muitos sucos concentrados indicam que um
copo desse suco deve ser diluído ou misturado a 5 copos de água. Assim, o suco fica “mais
fraco”, isto é, menos concentrado.
Imagine que se diluiu um suco desses em 3 L de água. Se a concentração inicial do suco era de
40g/L, significa que tinha uma massa de 40 g para cada litro do solvente. Mas como teremos 3
L, a massa será dividida por 3 e a concentração será então de aproximadamente 13, 33 g/L, ou
13 gramas para cada litro de solução. Porém, na solução inteira ainda permanece a massa do
soluto de 40g.

O cálculo dessa nova concentração pode ser feito da seguinte maneira:

Cálculo da concentração de soluções após a sua diluição.

Onde os índices i e f representam, respectivamente, os valores iniciais e finais. Como o valor


de m1 não mudou, podemos igualar as equações:

Ci . vi = Cf . vf

Substituindo os valores que temos, de acordo com o exemplo anterior, observe:

Solução inicial:
Ci: 40g/L
m1: 40g
vi: 1L
Solução final:
Cf: ?
m1: 40g
vf: 3L

Ci . vi = Cf . vf
(40 g/L) . (1 L) = Cf . 3L
Cf = 40 g /L
3
Cf = 13,333 g/L

O mesmo raciocínio é válido também para a concentração molar (M) e para a porcentagem em
massa de soluto ou título (T):

Mi . vi = Mf . vf e Ti . vi = Tf . vf

Mistura de soluções
- De mesmo soluto: na mistura de soluções de mesmo soluto, não há reação química entre
estas soluções. Neste caso, o valor do volume final é a soma das soluções.
Onde:
C = concentração comum (g/L)
M = molaridade (mol/L)
V = volume (L)

Exemplo:
Qual a molaridade de uma solução de NaOH formada pela mistura de 60mL de solução a
5mol/L com 300mL de solução a 2mol/L?

- De diferentes solutos que reagem entre si: ocorre reação entre as substâncias que
compõem a mistura. Para que a reação seja completa entre os solutos, os volumes misturados
devem obedecer a proporção estequiométrica que corresponde à reação química. Veja as
fórmulas utilizadas:
Reação de Neutralização

Pode-se usar a seguinte fórmula:


xa = número de H+
xb= número de OH-

Estes cálculos também podem ser feitos por regra de três e utilizando as outras fórmulas.
Exemplo:
Juntando-se 300mL de HCl 0,4mol/L com 200mL de NaOH 0,6mol/L, pergunta-se quais serão
as molaridades da solução final com respeito:
a) ao ácido:
b) à base:
c) ao sal formado:

Montar a reação química:


Calcular n (número de mol) do ácido e da base:
Se forma 0,12mol de ácido e também de base e a proporção estequiométrica é 1:1, então a
molaridade final de ácido e de base é zero, porque reagiu todo o soluto.

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