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▪ Estas, ao contrário das outras vistas até aqui, são bifurcações globais, pois o

cálculo local (autovalores) não dá base para suas previsões.

▪ Uma trajetória homoclínica é o caminho cujos conjuntos limites 𝛼 e 𝜔 são um


mesmo ponto de sela.
𝑥ሶ = 𝑦
𝑦ሶ = 𝑥 − 𝑥 3

Sua função hamiltoniana é dada por:


𝑦2 𝑥2 𝑥4 𝜕𝐻 𝜕𝐻
𝐻 𝑥, 𝑦 = − + ; (𝑥ሶ = , 𝑦ሶ =− )
2 2 4 𝜕𝑦 𝜕𝑥

Pontos de equilíbrio:
𝑥ሶ = 0 ֜ 𝑦ത = 0

𝑦ሶ = 0 ֜ 𝑥 1 − 𝑥 2 = 0 ֜ 𝑥 1 − 𝑥 1 + 𝑥 = 0 ֜ = 𝑥ҧ = 0 𝑜𝑢 𝑥ҧ = ±1

Logo, os pontos de equilíbrio são (0,0),(-1,0) e (1,0).


Análise dos autovalores:
0 1
𝐽 𝑥, 𝑦 =
1 − 3𝑥 2 0
Ponto (0,0):
0 1 −𝜆 1
𝐽 0,0 = ֜ = 𝜆2 − 1
1 0 1 −𝜆

0 1 −𝜆 1
𝐽 −1,0 = ֜ = 𝜆2 + 2
−2 0 −2 −𝜆

0 1 −𝜆 1
𝐽 1,0 = ֜ = 𝜆2 + 2
−2 0 −2 −𝜆

1, −1 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝜆 = −1
1,1 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝜆 = 1
𝑥ሶ = 𝑦
𝑦ሶ = 𝑥 3 − 𝑥

Sua função hamiltoniana é dada por:


𝑦2 𝑥2 𝑥4 𝜕𝐻 𝜕𝐻
𝐻 𝑥, 𝑦 = + − ; (𝑥ሶ = , 𝑦ሶ =− )
2 2 4 𝜕𝑦 𝜕𝑥

Pontos de equilíbrio:
𝑥ሶ = 0 ֜ 𝑦ത = 0

𝑦ሶ = 0 ֜ 𝑥 𝑥 2 − 1 = 0 ֜ 𝑥 𝑥 − 1 𝑥 + 1 = 0 ֜ = 𝑥ҧ = 0 𝑜𝑢 𝑥ҧ = ±1

Logo, os pontos de equilíbrio são (0,0),(-1,0) e (1,0).


Análise dos autovalores:
0 1
𝐽 𝑥, 𝑦 =
3𝑥 2 − 1 0
Ponto (0,0):
0 1 −𝜆 1
𝐽 0,0 = ֜ = 𝜆2 + 1 = 0
−1 0 −1 −𝜆

0 1 −𝜆 1
𝐽 −1,0 = ֜ = 𝜆2 − 2 = 0
2 0 2 −𝜆

0 1 −𝜆 1
𝐽 1,0 = ֜ = 𝜆2 − 2 = 0
2 0 2 −𝜆

1, − 2 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝜆 = − 2
1, 2 𝑎𝑢𝑡𝑜𝑣𝑒𝑡𝑜𝑟 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝜆 = 2
▪ É caracterizada por um ponto fixo de equilíbrio (estável) que sofre uma bifurcação de
Hopf supercrítica em um determinado valor crítico e ao aumentarmos o valor do ponto
crítico o ciclo-limite passa a ser instável e surge uma órbita de período duplo, podendo,
ainda, sofrer uma série de 𝑛 bifurcações, obtendo um ciclo-limite de período 2𝑛 𝑇. Ests
bifurcação exige um retrato de fase de dim ≥ 3. Podendo ser classificada também em
supercrítica e subcrítica;
▪ Ela é frequentemente ligada ao surgimento da dinâmica caótica em sistemas de ED por
apresentar uma série infinita de bifurcações com um ponto de acumulação finito e o
movimento além deste ponto é caótico.
▪ Def. Um atrator é uma região limitada do espaço de fases para qual as trajetórias
de um sistema dinâmico convergem;

▪ O atrator é dito estranho qunado o comportamento do sistema dissipativo é


caótico;

▪ Um sistema é dissipativo se durante a sua evolução temporal não existe


conservação de volume no espaço de fases, havendo uma contração.
▪ Def. Um conjunto fechado 𝐴 de pontos no retrato de fase de um sistema dinâmico que
possui as seguintes propriedades:

▪ 𝑖. 𝐴 é invariante: ou seja, qualquer trajetória que começa em 𝐴 permanece em 𝐴 por


todo o tempo;

▪ 𝑖𝑖. 𝐴 atrai um conjunto aberto de condições inicias: em um conjunto 𝐵 que contem 𝐴,


qualquer condição inicial que pertence à 𝐵, a distância entre a trajetória e o conjunto 𝐴
tende a zero, quando 𝑡 → ∞;

▪ 𝑖𝑖𝑖. 𝐴 é minimal: não há subconjunto em 𝐴 que satisfaça os itens 𝑖 e 𝑖𝑖.

Bacia de atração é composta pelo maior conjunto de condições iniciais que satisfaz 𝑖𝑖.
Considere um sistema dinâmico de tempo continuo, autônomo e bidimensional. Pelo
Teorema de Poncaré-Bendixon, o conjunto atrator pode ser:

▪ Ponto de equilíbrio: solução independente do tempo;

▪ Ciclo-limite: as soluções são periódicas no tempo .

Agora, para um sistema tridimensional, podem existir, além das opções bidimensionais,
outros conjuntos limites (atratores):

▪ Superfície toroidal: regime periódico ou quase periódico;

▪ Atrator estranho: depende sensivelmente das condições inicias.


▪ O nome atrator estranho foi introduzido por D. Ruelle e F. Takens. Eles propuseram que
um fluido com velocidade constante pode sofrer uma bifurcação de Hopf e seu
movimento pode ser caracterizado por uma solução periódica de forma com que a
velocidade do fluido oscile com frequência bem definida. O atrator estranho então
surgiria com a ocorrência de sucessivas bifurcações do tipo Neimark-Sacker.
Elaborando uma rota para o Caos:
▪ 1. A solução periódica sofre uma 1ª bifurcação Neimark-Sacker e é substituída por um
toro atrator com duas frequências. As trajetórias correspondentes repulsam sobre uma
superfície toroidal e não se fecham mais;
▪ 2. Ocorre a 2ª bifurcação de Neimark-Sacker, produzindo outro toro atrator com 3
frequências;
▪ 3. Finalmente uma 3ª bifurcação leva a um atrator estranho.

Outras rotas podem envolver cascatas de bifurcação flip ou intermitências;


Para sistemas contínuos dissipativos apresentarem caos é necessário serem não-
lineares e de dim ≥ 3.
▪ Def. Para Devaney, um sistema dinâmico 𝐹: 𝐷 → 𝐷 é caótico se possui as seguintes
propriedades:

▪ 𝑖. 𝐹 apresenta transitividade topológica;

▪ 𝑖𝑖. As órbitas periódicas de 𝐹 são densas em 𝐷;

▪ 𝑖𝑖𝑖. 𝐹 exibe dependência sensível às condições iniciais.


Seja um sistema de EDO de ordem n. Considere uma esfera de condições iniciais
centrada num ponto 𝑥(𝑡
Ԧ 0 ). O volume 𝑉(𝑡) da esfera deforma-se com o passar do tempo.
Assuma que, ao longo da 𝑗 − é𝑠𝑖𝑚𝑎 dimensão (𝑗 = 1, … , 𝑛), o raio inicial 𝑑𝑗 (𝑡0 ) tenha
variado exponencialmente no tempo, de modo que a relação entre 𝑑𝑗 𝑡0 e o valor
correspondente no instante 𝑡, dado por 𝑑𝑗 (𝑡), valha
𝑑𝑗 𝑡 = 𝑑𝑗 𝑡0 𝑒 Λ𝑗 𝑡−𝑡0
, 𝑗 = 1, … , 𝑛. Reescrevendo a equação, temos

𝑑𝑗 𝑡 Λ 𝑑𝑗 𝑡
֜ =𝑒 𝑗 𝑡 − 𝑡0 ֞ ln = Λ𝑗 (𝑡 − 𝑡0 )
𝑑𝑗 𝑡 0 𝑑𝑗 𝑡 0

𝑑𝑗 𝑡
ln 𝑑 𝑡
𝑗 0
֜ Λ𝑗 = . Que é chamado de expoente de Lyapunov.
𝑡−𝑡0
▪ Num instante 𝑡 > 𝑡0 , o volume 𝑉 𝑡 da esfera deve ser proporcional ao produto das
distâncias 𝑑𝑗 𝑡 que o caracterizam, ou seja,
𝑡−𝑡0 σ𝑛
𝑗=1 Λ𝑗
𝑉 𝑡 ∝ ς𝑛𝑗=1 𝑑𝑗 𝑡 = ς𝑛𝑗=1 𝑉 𝑡0 𝑒 𝑡−𝑡0 Λ𝑗
= 𝑉 𝑡0 𝑒 ;
𝑉 𝑡0 é o volume no instante inicial 𝑡0 .

Assim, se o sistema é conservativo, então


𝑉 𝑡 = 𝑉 𝑡0 para 𝑡 ≥ 𝑡0 e σ𝑛𝑗=1 Λ𝑗 = 0.

E, se o sistema é dissipativo, então


𝑉(𝑡) < 𝑉(𝑡0 ) para 𝑡 > 𝑡0 e σ𝑛𝑗=1 Λ𝑗 < 0.

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