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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATU SENSU”

PERÍCIA, AUDITORIA E GESTÃO AMBIENTAL

Sistema de Gestão Ambiental, Controle e Tecnologias Ambientais


7ª Aula Embarcada Fluvial-Turma Paga 17

MANAUS
2017
ADRÉSSÍ CHAVES DE FRANÇA
ALEXANDRE NASCIMENTO SILVA
JOÃO CARLOS DA SILVA MORAES
KAMILA AMOEDO MEIRELES
MARIA IVANETE DE SOUZA RODRIGUES
NATHALIA LIMA ALVES

ROTEIRO DE OBSERVAÇÕES E ANOTAÇÕES COM SOLUÇÕES E


TECNOLOGIAS SUGERIDAS

Trabalho solicitado sobre Roteiro de


Observações e Anotações com Soluções e
Tecnologias sugeridas apresentado ao
Prof.º Msc. Jurismar Collares Ipiranga para
obtenção de nota na disciplina de Sistema
de Gestão Ambiental, Controle e
Tecnologias Ambientais do Curso de
Perícia, Auditoria e Gestão Ambiental da
Fametro - Faculdade Metropolitana de
Manaus.

MANAUS
2017
RESUMO

O estudo de observações e anotações e respectivo relatório de Impacto


Ambiental é um estudo de caráter multidisciplinar que visa subsidiar o aluno na
academia ter um intuito investigativo , tendo como objetivo avaliar os prováveis
impactos oriundos das atividades de ocupação desordenada ,supressão de
vegetação, contaminação do solo e água, poluição ,contaminação e riscos diversos,
apontar as principais medidas mitigadoras e programas compensatórios, com vistas a
minimizar, compensar e/ou corrigir impactos ambientais negativos. As informações
devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por fotos e demais técnicas
de comunicação visual, de modo que se possam entender este relatório .O público a
quem deverá ser direcionado é primeiramente a comunidade que mora na área de
influência do impacto ambiental causada por empreendimento da Orla da Ponta Negra
e usuários frequentadores e trabalhadores, bem como às autoridades municipais,
lideranças políticas e comunitárias que atuam diretamente nas políticas de
desenvolvimento socioeconômico e ambiental do município. Tendo a comunidade
acadêmica aprimorar e analisar estas avaliações do empreendimento com intuito de
fortalecer o aprendizado.
O objetivo deste estudo propõe demonstrar a importância do aprendizado e
desenvolvimento para o futuro Perito, Auditor e Gestor Ambiental, dando ênfase a
parte teórica do curso e o conhecimento abordado.
Conforme os avanços tecnológicos e os êxitos alcançados ainda se têm muito
a ser estudado a respeito da geologia da Orla da Ponta Negra, os avanços de grandes
empreendimentos em seu leito seus afluentes e dos impactos ambientais causados
por embarcações, resíduos de derramamento de óleo e ocupações desordenadas,
supressão de vegetação, contaminação do solo e água, poluição em seus leitos por
contaminações diversas.
SUMÁRIO
RESUMO......................................................................................................................4

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................5

1.1 Ocupação desordenada da Cidade de Manaus Amazonas...............................6

2 DESENVOLVIMENENTO....................................................................................13

2.1 MARINA DO DAVI ................................................................................................. 13

2.2 PONTA NEGRA ..................................................................................................... 14

2.3 HOTEL WYNDHAM GARDEN- MANAUS NÓBILE ....................................... 16

2.4 Ponta da Vista da Formação Alter do Chão ...................................................... 17

2.5 PONTE RIO NEGRO ............................................................................................. 18

2.6 ENCONTRO DAS ÁGUAS ................................................................................... 18

2.7 CNA-COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO DA AMAZÔNIA ................................... 20

2.8 MANAUS AMBIENTAL.......................................................................................... 21

2.9 ORLA DE SÃO RAIMUNDO................................................................................. 23

2.10 MANAUS MODERNA ............................................................................................ 26

2.11 PORTO DA CEASA ............................................................................................... 27

2.12 ESTALEIRO ERAM ............................................................................................... 28

2.13 GRUPO CHIBATÃO .............................................................................................. 30

2.14 CEPEAM.................................................................................................................. 32

2.15 LAGO DO JANAUARI ........................................................................................... 33

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................36

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................................37
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1 INTRODUÇÃO

No Brasil, o processo de degradação ambiental agrava-se, e isso tornou motivo


de preocupação para sociedade civil e governo na contemporaneidade, tornando-se
notório a necessidade de políticas públicas eficientes para a resolução de questões
socioambientais básicas, devido precariedade em que o país vive na área do
saneamento básico como: destinação inadequada de lixo, desmatamento, poluição,
entre outros problemas. (NUNES, 2009).
Servindo para reflexão e soluções diante de um dos principais problemas que
surgiram neste século que é a crescente contaminação da água. Entretanto este
recurso vem sendo poluído de tal maneira que já não se pode consumi-lo em seu
estado natural.
Na atualidade vários desafios surgem no horizonte em relação às questões
socioambientais, sob o manto de múltiplas interpretações ganham a centralidade nos
debates ou são obscurecidos sob a dinâmica do jogo de forças políticas.
O estudo ambiental trata de um relatório voltado para a Aula Embarcada Fluvial
(Fig.1),seguindo o roteiro de observações e anotações soluções e tecnologias
sugeridas, onde será analisado os seguintes pontos : ocupação desordenados
supressão de vegetação contaminação do solo e água poluição contaminação e riscos
diversos no trecho compreendido entre Ponta Negra Marina do Davi e finalizando no
Lago do janauari, compreende em uma observação dos pontos exigidos para o
relatório verificando os impactos existentes e sugerir Soluções com Tecnologias para
minimizar os impactos presentes em cada local de acordo com a legislação ambiental:

A B

Figura 1: A) Barco Araújo Filho II, B) Ponto de Encontro


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Em uma cidade que cresceu de costas para o Rio Negro, a Ponta Negra é um
dos poucos locais onde é possível admirar a beleza da orla fluvial de Manaus. Nesse
ponto, o rio possui impressionantes 10 km de largura. Do outro lado, margeando o rio,
o paredão verde da floresta se ergue, enquanto a modernidade aparece representada
à esquerda pela imponente Ponte Rio Negro, que à noite exibe uma bela iluminação
cênica.

1.1 Ocupação desordenada da Cidade de Manaus Amazonas

As ocupações desordenadas vêm preocupando os ambientalistas devido ao


grande número de lixos urbanos e esgotos a céu aberto pelo os grandes
empreendimentos que segue em seu leito.
Muitas das ocupações ou “invasões” ocorridas nos últimos anos foram feitas
em áreas impróprias para habitação como encostas, nascentes de igarapé, barrancos,
em baixo de fios condutores de energia ou mesmo em antigos depósitos de lixos. As
mudanças trazidas pelo processo de industrialização, afetam rapidamente a vida
cotidiana dos amazonenses. A estrutura da cidade modifica-se com o processo de
urbanização. O espaço urbano ganha uma outra visibilidade com o crescimento
populacional decorrente do processo migratório que ocorre com a formação de
inúmeros bairros que passam a constituir a periferia da cidade. Em decorrência dessa
urbanização acelerada Manaus, nas últimas três décadas vem se deparando com um
número elevado de ocupações irregulares, as chamadas “Ocupações desordenadas
ou invasões”. Segundo dados da Secretaria de Estado de Terras e Habitação nos
anos de 2002 e 2003 ocorreram mais de 100 novas ocupações no perímetro urbano.
Tal fato demonstra por um lado, a ausência ou equívocos de políticas públicas para o
problema habitacional e urbano, mas por outro, evidencia uma forma de segregação
espacial e social. O problema fica evidente quando analisamos o crescimento
demográfico da população, uma vez que em 1970, Manaus possuía pouco mais de
300 mil habitantes e, em 2000, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
– IBGE, Manaus saltou para 1,5 milhão de habitantes (Censo IBGE 2000). Esse
crescimento populacional foi causado pelo gigantesco êxodo rural e pelas migrações
inter e intra-regionais, onde enormes massas populacionais foram expulsas de seus
locais ancestrais e atraídas pelas promessas da Zona Franca de Manaus. Muitas das
ocupações ou “invasões.
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A cidade é o lugar da urbanização acelerada e desigual, é o lócu da


concentração do capital e da reprodução da força de trabalho, é o lugar da produção
e da ausência de políticas públicas, das práticas sociais e de resistência. A cidade já
foi um povoado, uma vila e hoje é uma cidade bem diferente do início do século X. Ela
deixou para trás o seu passado extrativista, com a economia estagnada desde a crise
da extração do látex no final do século XIX e a primeira década do século X. O marco
histórico de transformação ocorreu em 1967, quando foi implantado o modelo
econômico Zona Franca de Manaus no âmbito da política regional de integração
nacional dos governos militares. Essa nova racionalidade capitalista transforma a
cidade de Manaus.
O Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA) é uma
unidade ímpar dentro do Exército Brasileiro, mas que muito bem representa as
peculiaridades existentes nas OM do Comando Militar da Amazônia. Oriundo da 1ª
Companhia Especial de Transporte, criada em 1º de outubro de 1969, o Centro de
Embarcações do CMA é responsável pelo transporte fluvial tático e logístico no âmbito
da 12ª RM/CMA, missão que se reveste de uma constante busca em superar os mais
variados desafios. Além de ser operacional. A inexistência de referências
cartográficas, falta de sinalização de pontos críticos, o regime dos rios, o isolamento,
as dificuldades nas comunicações, a manutenção diferenciada dos meios utilizados e
a primordial necessidade de possuir pessoal especializado e habilitado para conduzir
com segurança as embarcações empregadas, são apenas alguns exemplos dos
obstáculos enfrentados nesse tipo peculiar de transporte. Para suprir não só as
necessidades, como as das demais OM que possuem dotação de embarcações, o
CECMA ministra sob supervisão do DEE, o Curso de Navegação Fluvial, que com
duração de 16 semanas, é destinado à formação dos futuros comandantes de
embarcações.
A Transporte Bertolini Ltda. Têm as principais rotas e estão nos rios Amazonas,
Madeira, Tapajós e Capim. Todos localizados na região Norte do Brasil. E o tempo de
viagem entre os portos, é medido em horas, possuem grande diferenciação entre
percurso de ida e de volta em função de a navegação estar a favor ou contra a
correnteza. O modal hidroviário é comprovadamente o mais econômico para a
logística e o menos poluente para a natureza. Na região Amazônica onde não existem
estradas, é o modal mais utilizado. Muitos rios da bacia Amazônica ainda não
navegáveis têm projetos de navegabilidade em implantação com o advento das
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planejadas hidroelétricas e suas eclusas. A frota hidroviária é composta por balsas e


empurradores. Equipamentos de apoio como boat-thruster e lanchas de manutenção
facilitam a constante navegabilidade. A diversificação dos equipamentos atende os
serviços requisitados.
Tendo em vistas que os lixos flutuantes estão aparentes neste trecho, a
degradação do solo por conta de suas dragas que sugam areia do fundo do rio
deixando visível um grande areal, maquinários expostos sem sinalizações.
Ponte Rio Negro Inaugurada no dia 24 de outubro de 2011, a Ponte Rio Negro,
que liga a cidade de Manaus ao município de Iranduba, já é uma das principais
atrações turísticas da capital amazonense. A ponte oferece uma belíssima visão
panorâmica do impressionante rio Negro, o maior rio de águas negras do mundo, que
está em sua plenitude no fim da cheia, por volta do mês de junho. É considerada a
maior ponte fluvial e estiada (suspensa por cabos) do Brasil, com 3,6 quilômetros de
extensão (3.595 metros). É também a segunda maior ponte fluvial no mundo,
superada apenas pela ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela. Outro dado que
impressiona é o valor da obra: mais de R$ 1 bilhão.
É a única ponte sobre o rio Negro e liga o bairro da Compensa, Zona Oeste,
em Manaus, à rodovia AM-070, também chamada de Rodovia Manuel Urbano
(Manaus-Manacapuru), em Iranduba.
Tem largura total de 20,70 metros no trecho convencional e 22,60 metros na
parte estiada, com quatro faixas para tráfego de veículos, duas em cada sentido. Tem
também faixa de passeio para pedestres nos dois lados, o que permite cruzá-la
caminhando. A ligação pretendida com a construção da ponte, entre Manaus e
Manacapuru, na margem do rio Solimões, só estará completa com a duplicação da
rodovia Manoel Urbano.
CNA-Companhia de Navegação da Amazônia. Fundada em 16 de dezembro
de 1942 para operar no transporte de petróleo, seus derivados e biocombustíveis.
Hoje somos líder no transporte de granel líquido na Amazônia e também com soluções
logísticas de cargas em geral e de projetos para os players da região. Em 2016, as
ações da Companhia foram adquiradas pela MLOG S.A, holding com investimentos
no setor de navegação Offshore, mineração e logística.
Dispõe de uma estrutura organizacional voltada para o mais rápido e eficiente
atendimento ao cliente, composta com uma matriz administrativa em Manaus - AM e
quatro unidades operacionais em Manaus - AM, Belém - PA, Oriximiná - PA e Porto
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Velho - RO, nos pontos de origem e destino das cargas com equipe técnica e
operacional treinada e atuante.
CNA em números:
 1,3 milhões em m³ de cargas transportadas anualmente.
 Frota formada por 36 balsas e 17 empurradores.

Equipe composta de 250 profissionais com treinamento técnico e gerencial


contínuo, principalmente nas áreas de segurança e proteção ambiental.
O SGI - Sistema de Gestão Integrado da Companhia de Navegação da
Amazônia é estruturado para garantir, de forma sistemática, os processos e serviços
aos clientes, a prevenção da poluição, a segurança e saúde ocupacional em
atendimento aos requisitos estabelecidos pelas normas certificadores NBR ISO
9001:2008, NBR ISO 14001:2004 e OHSAS 18001:2007.

Missão:
Transportar petróleo e seus derivados, biocombustíveis e carga com
segurança, qualidade e respeito ao meio ambiente.
Visão:
Ser a mais diversificada e rentável companhia de navegação fluvial da Região
Amazônica.

Valores:

Fonte: CNA-Companhia de Navegação da Amazônia

Manaus Ambiental A Manaus Ambiental é uma parceria entre o Grupos Águas


do Brasil e Solví – Soluções para a Vida. Desde o dia 17 de maio de 2012, a
concessionária atua nos serviços de tratamento e distribuição de água, coleta e
tratamento de esgoto, em Manaus, capital do Amazonas.
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O sistema de abastecimento de água de Manaus é composto por três Estações


de Tratamento de Água (ETAs). No Complexo de Produção da Ponta do Ismael, zona
Oeste, estão localizadas a ETA 1 – Sistema de Flotação e ETA 2 – Sistema de
Decantação, responsáveis por abastecer 80% da cidade de Manaus. A ETA
Mauazinho fica no bairro de mesmo nome, na zona Sul da capital. A Manaus
Ambiental possui ainda uma média de 41 Centros de Produção de Águas
Subterrâneas (CPAs) em operação, além de ser a responsável pela distribuição de
água do Programa Águas para Manaus (PROAMA) - Complexo Ponta das Lages,
situado na zona Leste.

O Instituto SOKA - CEPEAM é uma organização sem fins lucrativos que acredita na
recuperação do meio ambiente pelo ser humano, pela convivência harmoniosa entre
ambos.

O Instituto foi criado com a missão de contribuir para a preservação do meio


ambiente, pelo desejo do fundador, filósofo, poeta laureado Dr. Daisaku Ikeda que
empreende ações pelo mundo em prol da paz, cultura e educação. O Instituto é o
primeiro empreendimento realizado pelo fundador na área ambiental e gerencia a
Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Dr. Daisaku Ikeda.Está localizado
na zona leste da cidade de Manaus – AM, uma região que sofre uma grande pressão
devido à expansão das grandes indústrias do Polo Industrial de Manaus – PIM e pelo
crescimento urbano desordenado que avançam sobre as áreas florestais. Neste
aspecto, Instituto ganha relevância por ser uma das poucas áreas de preservação,
servindo como refúgio da fauna e da flora.

Com o intuito de ampliar e aprimorar as ações do Instituto, foram estabelecidas


parcerias com o Instituto de Pesquisas do Amazonas – INPA, Universidade Federal
do Amazonas – UFAM e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Amazonas – IFAM que através delas, podemos desenvolver nossos projetos com
qualidade e inovação.
Acreditamos que o ser humano influência diretamente em seu ambiente, que o
inverso também é verdadeiro e que ambos são inseparáveis. Pensando em como criar
movimentos que auxiliem na criação de uma geração consciente do seu papel junto
ao meio ambiente, promovemos atividades de educação ambiental para todos os
públicos.
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Um dos espetáculos naturais mais conhecidos e bonitos de Manaus, o Encontro


das Águas ocorre no ponto em que os cursos dos Rios Negro e Solimões se juntam
para formar o Rio Amazonas. Devido às grandes diferenças físico-químicas entre os
dois rios, suas águas, de cores negra e barrenta, correm paralelamente sem se
misturar por vários quilômetros.
Nos 3.165 quilômetros que percorre em território brasileiro, o rio Amazonas
sofre um desnível suave e progressivo de apenas 82 metros, essa característica
proporciona excelentes condições de navegação, recebendo navios desde sua foz,
onde se localiza a cidade de Belém, até Manaus. Em 1997, foi inaugurada a hidrovia
do rio Madeira, que opera de Porto Velho a Itaquatiara.

Durante todo o seu percurso, o rio Amazonas possui uma grande quantidade
de afluentes, entre os mais importantes estão o Huallaga, Ucayali, Pastaza, Napo
(Peru); Javari, Juruá, Purus, Madeira, Tapajós, Xingu, Içá, Japurá, Negro, Trombetas,
Paru e Jari (Brasil).

Outra característica marcante do rio Amazonas é o fenômeno da pororoca, que


consiste na formação de ondas provenientes do encontro violento das águas do rio
com o oceano Atlântico, a pororoca acontece principalmente no mês de outubro, pois
nesse período o nível do rio está baixo e a maré alta.

A orla do São Raimundo passou por uma grande modificação que


descentralizou moradores que desordenavam a orla do São Raimundo e ocasionavam
impactação devido ao acúmulo de lixo, houve uma educação de conscientização
ambiental com moradores da área, o monitoramento com a degradação do solo e
contaminação da água por garrafas pets, a maioria das residências é do tipo palafita
com um pavimento, construída próxima ou no próprio leito dos igarapés.

O Porto Manaus Moderna, localizado no centro da cidade de Manaus, na


margem esquerda do rio Negro, será modernizado e requalificado com intuito de
melhorar o embarque e desembarque de passageiros e cargas

A Alternativa Tecnológica 3 (Alternativa Selecionada) foi dimensionada


segundo informações levantadas durante as vistorias para elaboração dos estudos
preliminares e submetida à análise e aprovação do DNIT e apresenta as seguintes
características:
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Sistema naval em 3 módulos (pontes e flutuantes): 1 para passageiros e 2 para


cargas 1.440 m de atracação no flutuante Possibilidade de posição remota de cerca
de 780 m 80 vagas externas para carros; 65 vagas internas para carros e 57 vagas
internas para caminhões Área de Retro porto de 59.740 m2 Valorização ambiental =
partido paisagístico Utilização de material dragado em sua totalidade na composição
de aterros, evitando áreas de empréstimo Contenção composta por caixas de
concreto preenchidas com areia viabilizando a operação portuária durante a cheia e
vazante Possibilidade de execução em etapas e Possibilidade de ampliação do
sistema naval com a implantação de novos módulos ou interligação com o Porto
Público de Manaus (porto organizado) através de rampa de concreto.(DNTI)

O Estaleiro ERAM, instalada desde 1992 no mercado de construção naval, com


sede em Manaus, no estado do Amazonas, atuando na manutenção, reparos e
construção de embarcações de pequeno e médio porte, com mais de 550
embarcações já construídas, como empurradores fluviais, balsas, balsas petroleiras,
balsa de carga geral, Ferry boats, terminais flutuantes, diques
flutuantes, píer flutuante, portos flutuantes, e outras estruturas flutuantes.
O Estaleiro Rio Amazonas Ltda, compõe um parque fabril de quatro unidades
de produção, sendo três instaladas em Manaus, uma no interior do Estado do
Amazonas, no município de Itacoatiara e outra em Itaituba, no estado do Pará.
O Porto Chibatão é Considerado um dos maiores complexos portuários privado
da América Latina com 1 milhão de metros quadrados, o Porto Chibatão está
localizado no coração do Polo Industrial de Manaus com capacidade de carga estática
de 40 mil TEU’s em toda sua estrutura, a qual fica à disposição de importantes
Armadores como Hamburg Süd, Maersk Mercosul Line, Log-In, CMA-CGM, MSC e
também de navios de carga geral e produtos siderúrgicos que se destinam ao PIM.
O nome JANAUARI tem origem indígena, onde JAUARI significa árvore da terra
e JAUANÁ tribo indígena. A comunidade do Janauari é composta por 5 sub-
comunidades: Vila Nova, São José II, São Pedro, Vila Brasil e Janauarilândia
(comunidade flutuante). Esta última, muito visitada por conta das famosas vitórias-
régias. A comunidade do Janauari está inserida no Parque Fluvial do Janauari que
integra a Área de Proteção Ambiental Encontro das Águas.
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2 DESENVOLVIMENTO

O relatório desenvolvido em campo foi executado na zona oeste da cidade de


Manaus do dia 02 de dezembro de 2017, bairro da Ponta Negra desde a Marina do
Davi até o Lago do janauari contemplando exposições de depósitos sedimentares,
além das variações litológicas e os registros da tectônica cenozóica na Formação Alter
do Chão.
A aula de embarcação deu início na cooperativa dos profissionais de transporte
fluvial da Marina do Davi fica localizado na Ponta Negra, zona oeste de Manaus após
o Hotel Tropical, é utilizada como um terminal portuário de lanches que fazem o
transporte de passageiros para diversas comunidades próximas de Manaus, é
possível fazer algumas alguns roteiros turísticos e assim fugir da rotina da cidade de
acordo com a cooperativa a acamdaf local atrai pelo menos 2 (duas) mil pessoas a
cada final de semana, o local dispõe de uma variedade de comércio, e acaba sendo
de grande influência financeira para as pessoas que habitam no local.Está localizado
nas águas do rio negro e da Bacia do Tarumã no período de Vazante o acesso ao
local fica comprometido.Fig.1

2.1 MARINA DO DAVI

Fig. 1 Época de vazante; Fonte: Google Mapas; Autor: Anderson Schroeder


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2.2 PONTA NEGRA

Fig.2 Vista da Praia da Ponta Negra totalmente modificada, exibindo nível do “Arenito Manaus ”
parcialmente recoberto por sedimentos aluvionares.

A Ponta Negra Contempla exposições de depósitos sedimentares, além das


variações litológicas e os registros da tectônica cenozoica na Formação Alter do Chão.
No período de baixo nível do Rio Negro (meses de setembro a março) são expostas
barras arenosas recentes de granulação fina a grossa que formam uma faixa arenosa
conhecida como Praia da Ponta Negra, as quais encobrem parcialmente afloramentos
da Formação Alter do Chão.

Os depósitos da Formação Alter do Chão são constituídos por arenitos, argilitos


caulinizados e, subordinadamente, conglomerados, contendo, localmente, níveis
descontínuos de arenitos silicificados e ferruginosos, com espessura entre 1 e 2 m,
denominados informalmente de “Arenito Manaus” (Albuquerque 1922). Na Praia da
Ponta Negra esses níveis silicificados exibem mosqueamento e desferrificação (Vieira
2002, Nogueira et al. 2003). A Formação Alter do Chão é interpretada como produto
de um ambiente flúvio-deltaico- lacustre em sistema de rios entrelaçados depositada
no Cretáceo Superior (Caputo et al. 1972, Daemon 1975, Travassos & Barbosa Filho
1990, Cunha et al. 1994 Dino et al. 1999).
No trajeto feito da praia da Ponta Negra em direção ao norte, é possível
contemplar alguns dos registros da tectônica cenozoica que afetou a região e que tem
sido objeto de estudo de vários pesquisadores (Iriondo 1982, Franzinelli & Piuci 1988,
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Franzinelli & Igreja 1990, Fernandes Filho 1996, Costa e tal.1996, Silva 2005). Nesse
trecho, o horizonte de crosta laterítica ferruginosa desenvolvido sobre a Formação
Alter do Chão mostra-se deslocado por um sistema de falhas normais em arranjo
lístrico, gerando estruturas do tipo graben e horst sintéticas e antitéticas, inclusive
com rotação de blocos. Os registros dessa tectônica rúptil estão distribuídos por
grande parte da cidade de Manaus e entorno, gerando desníveis topográficos e
favorecendo o aparecimento de corredeiras e até cachoeiras em áreas de exposição
do “Arenito Manaus”, como é o caso da cachoeira Tarumã. Na região da costa da
Praia da Ponta Negra até parte da Av. Tarumã, são encontradas voçorocas,
exposições da Formação Alter do Chão lateritizada, a qual hospeda depósitos caulim
e espodossolos de areias brancas desferrificadas. Segundo Costa & Moraes (1998),
os depósitos de caulim na região ocorrem nos horizontes inferiores dos perfis
lateríticos, possuem teores relativamente altos em SiO2 e baixos em Al2O3, foram
desenvolvidos a partir do Paleógeno e apresentam características técnicas para
aplicação da indústria de papel. Horbe et al. (2004) consideram que os depósitos de
areia branca, amplamente utilizados no setor de construção civil na região, são
produtos de podzolização sobre horizontes lateriticos caulinizados, cuja gênese teria
ocorrido por volta de 3.000 anos atrás.
Ao atrair muitas pessoas ao local, logo temos um grande acúmulo de resíduos
sólidos no local e que são descartados de forma inadequada. Em um flutuante
averiguou-se, uma lixeira que se coleta apenas latas de alumínio, e embalagens
plásticas, mas que se encontra a beira do rio. Ao ser implantada não se levou em
consideração a época de cheia. É hoje ela se encontra a margem do rio. Fig.2.

Fig. 3 Água do rio se aproximando do local de coleta; Fonte: Meramente Google Mapas
Autor: Anderson Schroeder
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Neste ponto da Marina do Davi devemos verificar se esta lixeira pode flutuar na
água, e assim desclassifica o impacto ambiental entre o contato entre o rio e as latas
de alumínio, mesmo com esta medida pessoas que vivem, ou que frequentam o local,
insistem em joga o lixo diretamente no rio neste caso, o local poderia inserir novas
tecnologias, como por exemplo a lixeira flutuante “seabin” criadas por surfistas
australianos para coleta plástica. É uma lixeira que pode sugar pedaços de plásticos
de diferentes tamanhos e até pequenas quantidades de combustíveis. Além da
tecnologia, utilizar do artificio de conscientização das pessoas que morram no local, e
serem feitas, mas pesquisas sobre as dificuldades encontradas por esses habitantes.

No período de baixo nível do Rio Negro (meses de setembro a março) são


expostas barras arenosas recentes de granulação fina a grossa que formam uma faixa
arenosa conhecida como Praia da Ponta Negra fig.3, as quais encobrem parcialmente
afloramentos da Formação Alter do Chão.

2.3 HOTEL WYNDHAM GARDEN- MANAUS NÓBILE

Fig. 4 Ponta Negra Hotel Wyndham Garden- Manaus Nóbile ; Fonte: Arquivo Próprio 2017
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2.4 PONTA DA VISTA DA FORMAÇÃO ALTER DO CHÃO

Foto 5 : Margem do rio negro logo após a sainda da Marina do Davi ;Fonte:Arquivo próprio 2017

Foto 6: Parte de traz do Tropical Hotel; Fonte:Arquivo próprio 2017


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2.5 PONTE RIO NEGRO

A ponte Rio Negro teve problemas com o Instituto Brasileiro do Patrimônio


Histórico e Artístico Nacional (Iphan), devido aos inúmeros sítios arqueológicos
do trajeto, a obra só avançou nos primeiros 15 quilômetros, em mais de quatro anos.

Fig. 7. Ponte Rio Negro; Fonte:Arquivo próprio 2017

2.6 ENCONTRO DAS ÁGUAS

Fig 8. Encontro do rio Negro com o rio SolimõesFonte: Arquivo Próprio 2017
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O encontro do rio Negro com o rio Solimões proporciona uma imagem de


grande beleza, isso porque os rios possuem águas de coloração distinta, o rio Negro
apresenta águas escuras em razão da dissolução de ácido húmico, e o Solimões,
águas claras; ao se encontrarem, suas respectivas águas não se misturam.
O rio Negro Rio Negro apresenta um elevado grau de acidez, com pH 3,8 a 4,9
devido à grande quantidade de ácidos orgânicos provenientes da decomposição da
vegetação. Por isso, a água apresenta uma coloração escura (parecida com a do chá
preto). Em alguns pontos o reflexo das árvores na água é como a de um espelho. A
visibilidade varia entre 1,50 e 2,50 metros. Devido a esse baixo pH, os insetos não se
proliferam e quase não há mosquitos na região. É conhecido como o "rio da fome".
Velocidade: 2 a 3 km/h Temperatura: 25 a 26 ºC Densidade: menor

CNA-Companhia de Navegação da Amazônia- A sustentabilidade é um dos


pilares da cultura CNA de Gestão.
Buscando harmonizar as atividades presentes sem comprometer o equilíbrio
das relações entre o meio ambiente, a sociedade e os negócios da empresa, a CNA
adota práticas sustentáveis em todas as escalas, baseando-se em quatro pilares
estratégicos que devem ser traduzidos diariamente pelas atitudes de cada um dos
colaboradores: Atuar de forma ética e transporte; Utilizar racionalmente e melhorar o
aproveitamento dos recursos naturais; Ser parceiros no desenvolvimento da
comunidade do entorno; Evoluir de forma consistente na gestão dos colaboradores.

Fig. 9. Foto das filiais do CNA-Companhia de Navegação da Amazônia


Fonte: Foto Meramente Ilustrativa do google.
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Esses quatro pilares apoiam uma visão para a sustentabilidade da CNA e são
transformados em metas e indicadores. Além disso, são disponibilizados treinamentos
nas embarcações sobre o tema, palestras de coleta seletiva e incentivo para projetos
e ideias que abordam as dimensões econômica, social e ambientes dos pilares.

2.7 CNA-COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO DA AMAZÔNIA

Foto 10: Companhia de navegacao do Amazonas – C.N.A;Fonte: Arquivo Próprio 2017

Neste trecho as ocupações desordenadas são visíveis, risco e perigos


eminentes de desabamento, esgoto a céu aberto, sucatas, lixo urbano, palafitas,
poluição de várias esferas de degradação ambiental com resíduos de óleos das
embarcações aparente, solo latosssolo formação Álter do chão seguindo a bacia
arenoso e argiloso
21

2.8 MANAUS AMBIENTAL

Fig. 11. Vista da Manaus Ambiental

A Manaus Ambiental produz hoje 630 milhões de litros de água/dia, quantidade


suficiente para abastecer o dobro da população manauara.
No primeiro semestre de concessão foi implantado o Centro de Controle
Operacional (CCO), localizado no Complexo de Produção da Ponta do Ismael, zona
Oeste, com equipamentos de última geração, o CCO da Manaus Ambiental monitora
desde a captação até a distribuição de água por meio do sistema de software para
supervisão e controle remoto da rede da concessionária. Em três anos de operação,
a empresa alcançou 96% de cobertura com rede de distribuição de água na cidade.
Na área de esgotamento sanitário, a Manaus Ambiental possui uma extensão
de 479 km de redes coletoras associadas a 62 estações de tratamento de esgoto e
56 elevatórias, subdividindo-se em dois sistemas: um que abrange o centro da cidade
e partes dos bairros Educandos, Morro da Liberdade, Santa Luzia e adjacências, que
é chamado de sistema integrado, e outro formado por vários sistemas isolados
dispostos ao longo de toda a cidade, como é o caso de vários conjuntos habitacionais,
residenciais que possuem o serviço operado pela concessionária.
Atualmente, o serviço de coleta e tratamento de esgoto está disponível para
atendimento em quase 20% da população, o que equivale a aproximadamente
400.000 habitantes, porém, uma média de 200.000 pessoas ainda não aderiram ao
sistema, mesmo tendo a rede de coleta disponível em frente às residências, grande
desafio da concessionária nos próximos anos.
22

Fig12. Manaus Ambiental; Fonte: Arquivo Próprio 2017

Após passar por todo o processo de tratamento, o efluente atende a 100% dos
padrões estabelecidos nas legislações ambientais, sendo descartado em um corpo
receptor mais próximo, que pode ser um rio ou igarapé.
Até o final da concessão, R$ 3,4 bilhões devem ser aplicados, não só em
abastecimento de água, mas também em esgotamento sanitário. O objetivo é elevar
o índice de tratamento de esgotos para 90% até 2045.
De todos esses investimentos previstos, os destinados à universalização dos
serviços de esgotamento sanitário corresponderão a R$ 2,2 bilhões em 30 anos, com
a construção de nove grandes complexos de estações de tratamento de esgotos.
O trecho representa sinais de erosão, falta de contensão, aparenta solo argiloso
de bel terra, esgoto a céu aberto, impactos visíveis de balsas flutuantes com resíduo
de lixo e sem sinalização de segurança e risco de explosão, resíduo aparente de
derramamento de óleo.

Fig 13.Esgoto a céu aberto ao lado da Manaus


Ambiental; Fonte: Arquivo Próprio 2017
23

2.9 ORLA DE SÃO RAIMUNDO

No leito e na orla foram encontradas peças antigas de louças, manilhas


(tubulação usada nos antigos casarões), tijolos, cerâmicas, pisos e azulejos, vasilhas
de produtos que já não existem e até moedas e uma garrafa do século XVIII. Parte do
que foi recolhido está exposto no hall de entrada da reitoria da UEA, na avenida
Djalma Batista, bairro Flores, Zona Centro-Sul. No leito e na orla foram encontradas
peças antigas de louças, manilhas (tubulação usada nos antigos casarões), tijolos,
cerâmicas, pisos e azulejos, vasilhas de produtos que já não existem e até moedas e
uma garrafa do século XVIII. Parte do que foi recolhido está exposto no hall de entrada
da reitoria da UEA, na avenida Djalma Batista, bairro Flores, Zona Centro-Sul.
Geomorfologicamente a Bacia do São Raimundo se caracteriza por relevo
ondulado, com desníveis acentuados em toda sua extensão e áreas escarpadas nas
proximidades da orla do rio Negro. Os solos são pouco ou mal consolidados,
constituindo pacotes sedimentares de grande amplitude.
O sistema de drenagem da Bacia caracteriza-se pela predominância de padrão
dendrítico - retangular, com canais principais bem definidos, encaixados em vales
pouco abertos, com exceção da foz – igarapé do São Raimundo. A capacidade de
transporte desses cursos d’água é elevada, em decorrência dos desníveis verificados
entre as nascentes e as desembocaduras, resultando em trechos encachoeirados,
onde afloram arenitos da Formação Alter do Chão (Arenito Manaus). Em decorrência
da combinação dos atributos naturais (relevo/solo/drenagem) com a ocupação
desordenada transformou esta bacia na maior detentora de áreas de risco geotécnico
de Manaus.
A qualidade das águas está bastante comprometida, como ocorre nas demais
bacias hidrográficas de Manaus, devido ao despejo de resíduos sólidos e efluentes
domésticos e industriais. Com relação às indústrias, os vários empreendimentos
ocorrem ao longo do igarapé, sem uma setorização, o que dificulta e onera o
tratamento dos resíduos e efluentes antes de sua destinação final. As indústrias
existentes estão dispersas e concentradas ao Norte e se caracterizam, basicamente,
por empreendimentos de pequeno a médio porte como panificadoras, serralherias,
serrarias, fábricas de vestuário e alguns estaleiros nas proximidades da foz do igarapé
São Raimundo.
24

Finalmente, há que se notar o risco de danos à saúde decorrente da captação


de água por poços profundos na Bacia do São Raimundo, prática está motivada pela
deficiência do sistema de distribuição e pela cultura do uso gratuito, utilizada tanto
para o abastecimento doméstico como para atividades industriais e de serviços. Na
Bacia, onde se encontra a maior concentração de balneários e complexos desportivos
e de lazer da área urbana – que utilizam amplamente os mananciais hídricos
subterrâneos para abastecimento próprio, notadamente piscinas, cozinhas, bares e
instalações sanitárias são, os usos não consultivos merecem atenção diferenciada,
quer pela precariedade do sistema de tratamento de esgotos, quer pelo potencial de
contaminação dos lençóis subterrâneos com a abertura indiscriminada de poços e
cacimbas. Considerando ainda que o esgotamento doméstico que prevalece em toda
a cidade é do tipo fossa sumidouro e que a bacia do São Raimundo é a mais extensa
e diversificada quanto à ocupação, essa questão deve merecer maior atenção por
parte do Poder Público.

Fig.14.Foto da Desocupação desordenada na Orla do São Raimundo; Fonte: Arquivo Google


25

Na Bacia também merece destaque a Cervejaria Miranda Correa, no bairro


N.S. Aparecida, importante por seu conjunto arquitetônico datado do início do século
XX.

Fig.15. A Fábrica Miranda Corrêa foi fundada em 1912 e lembra um castelo da Renânia, região da
Alemanha. Fonte: Arquivo Próprio 2017

Fig.16. Porto da Balsa do São Raimundo; Fonte; Arquivo Próprio 2017


26

2.10 MANAUS MODERNA

Fig. 17.Manaus Moderna; Fonte; Arquivo Próprio 2017

A Orla da Manaus Moderna, entre o Mercado Adolpho Lisboa e a ponte Padre


Antônio Plácido de Souza (Educandos), margeada pela avenida Lourenço da Silva
Braga, no Centro, zona sul.
O trecho nos reflete vários pontos observados onde todos os tipos inerentes de
poluição e contaminação, ocupações desordenadas tipo palafitas, a área é de
bastante abrangência de emprego pesqueiro e postos de abastecimento fluvial, onde
podem ocorrer vazamento de óleo e contaminação da água, a poluição visual é
bastante nítida, lixos urbanos e rede de esgoto são visíveis no leito do rio,o solo
mostra-se arenoso e latossolo.
A geologia local constata duas unidades: K2ac – Formação Alter do Chão e
N4a2 – Depósitos Aluvionares. As rochas mais comuns na ADA são os arenitos
avermelhados, mosqueados por argilas brancas e sedimentos areno-argilosos
amarelos e vermelhos a argilitos vermelhos-tijolo, associados a sedimentos argilosos
vermelhos. Os argilitos apresentam-se laminados intercalados com os sedimentos
inconsolidados. O relevo da ADA é marcadamente caracterizado pela feição
topográfica generalizada de baixo platô dissecado. Em termos de solos, a ADA
compreende solos residuais e em menor escala, solos transportados. Os latossolos
presentes estão praticamente compactados na ADA, haja vista, que excetuando os
depósitos de areia e os arenitos presentes na planície aluvial na margem do rio Negro,
27

praticamente não existem exposições marcantes de solos, devido à grande densidade


da ocupação humana na área. Com relação à geotécnica, considera-se que o
substrato rochoso da ADA é constituído por rocha sedimentar quartzo-arenito, que
responde bem a soluções para os fenômenos geotécnicos de subsidência,
deslizamento e desmoronamento. Esta área, apesar de suscetível a inundações, o
substrato rochoso constituído por quartzo-arenito avermelhado, permite a
estabilização de empreendimentos estruturantes.

2.11 PORTO DA CEASA

Fig.18 Porto da Ceasa ; Fonte: Arquivo Pessoal 2017

Ocupações Desordenadas:

O Porto da Ceasa é um local por onde chegam e partem pequenas


embarcações para fazer passeios próximos a Manaus e também para trajetos mais
longos, com destino a cidades amazonenses.

Ver a área durante a cheia do rio é completamente diferente da visão que se


tem durante a baixa, e pelo fato desse local ser uma área desprovida de preservação
ambiental não se observou ocupações desordenadas.

Supressão de Vegetação:
28

Qualquer atividade que envolva a supressão de vegetação depende de


autorização, e isso consiste no ato de retirar uma porção de vegetação de um
determinado espaço urbano ou rural, com o objetivo de usar a área anteriormente
ocupada pela vegetação para fins alternativos, mas como o porto é somente o local
por onde chegam e partem os barcos, não há atividade de supressão de vegetação
na área.

Contaminação do Solo e Água

Essa região é bastante degradada, com lixo e pouca estrutura, As embarcações


realizam o transporte de carga e passageiros da capital, então os casos de poluição hídrica
naquele local são imprescindíveis, na maioria das vezes são detectados vazamentos de óleo
e gases dos motores que acabam poluindo a água.

Poluição, Contaminação e Riscos Diversos

Como já foi citado a poluição hídrica naquele local é imprescindível, pois os


vazamentos de óleo e gases dos motores, e outros fatores como até mesmo a falta de
conscientização do próprio ser humano, acabam poluindo a água e o solo (em pequena
escala), contribuindo assim com a contaminação desses locais. Os riscos na maioria dos
casos, prejudicam nós mesmos, de acordo com a gravidade da contaminação e poluição do
local e proximidades.

2.12 ESTALEIRO ERAM

Fig 19. Estaleiro ERAM; Fonte; Arquivo Próprio 2017


29

Fig 20. Balsas sem utilização poluição visual; Fonte; Arquivo Próprio 2017

Neste trecho com uma vegetação ativa, poluição da água devido as ferrugens
das balsas encalhadas, degradação do solo por conta das ferrugem e lixo urbano
próximo ao local, contaminação da água fig. 19, existem uma lixeira a céu aberto sem
nenhuma identificação aparente fig.20. Ocupações desordenadas, solo aparente
latossolo ainda da formação Alter do Chão. Risco de desmoronamento.

Fig 21.Estaleiro ERAM –Lixo encontrado no rio negro, e logo em seguida balsa com resíduos sólidos ;

Fonte: Arquivo Próprio 2017


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2.13 GRUPO CHIBATÃO

Fig.22 Transporte de Contêiner e carga de projeto; Fonte :Arquivo Próprio 2017

Estratégia Competitiva:
PÍER
• Cais flutuante com 710 metros externo e 710 metros interno, totalizando 1.420
metros.
• Capacidade para atracação de 06 (seis) Navios Simultâneos.
• Calado natural de 20 metros com capacidade de atender navios de até 305
metros.
• 5 (cinco) Rebocadores Azimutais
GUINDASTES
• 04 (quatro). Guindastes LIEBHERR FCC 45/33 com capacidade para 45t.
• 04 (quatro). Guindastes LIBEHERR modelo LBS 600, com capacidade para
104 tons, Post Panamax. Movidos a Combustão e Energia Elétrica.
PONTE DE ACESSO
• 02 (duas) Pontes flutuantes de acesso ao cais que acompanham a variação de
cheia e vazante do rio.
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Fig.23 Vista do solo e encosta do leito; Fonte: Arquivo Próprio 2017

Vista de vegetação nativa solo arenoso e argiloso, contaminação fica por conta
de navios e balsas que ancoram no cais e pode haver resíduo de óleo, riscos diversos
de acidentes por grandes maquinários e contêiner, poluição proveniente de resíduos
vindo dos leitos dos rios. Nesta área a existência de postos de abastecimentos fluviais

Combustíveis

Segundo RESOLUÇÃO CONAMA nº 8 de 1990 Art. 30 Para outros


combustíveis, exceto óleo combustível e carvão mineral, caberá aos órgãos estaduais
de meio ambiente estabelecimento de limites máximos de emissão para partículas
totais, dióxido de enxofre e, se for o caso, outros poluentes, quando do licenciamento
ambiental do empreendimento.

Extração de minerais ilegalmente

A Lei Federal 9.605/98 prevê no seu artigo 4 “Extrair de [...] sem autorização
prévia pedra, areia, cal ou qualquer espécie de minerais: Pena – Detenção, de seis
meses a um ano e multa”
32

Fig.24 Vista dos Contêiner; Fonte: Arquivo Próprio 2017

2.14 CEPEAM

Fig.25 Imagem Meramente Ilustrativa do Google do INSTITUTO SOKA-CEPEAM

Ocupações desordenadas: Pelo fato do Instituto ser uma área isolada de preservação
ambiental não observou- se essas ocupações.
33

Supressão de vegetação: Para ter uma supressão precisaria de um licenciamento


ambiental, porém a área em si tem a realização de vários projetos de pesquisas e de
plantação de mudas além de ser também um local visado em preservação.

Contaminação do solo e água: A área fica próximo ao encontro das águas onde é
considerada uma água limpa até mesmo com várias plantações ao redor
demonstrando que não há contaminações.

Poluição, contaminação e riscos diversos: Nenhum desses quesitos foram observados


pois o Instituto visa muito a educação ambiental que será responsável por formar
indivíduos preocupados com os problemas ambientais e que busquem a conservação
e preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

2.15 LAGO DO JANAUARI

Fig.26 Restaurante Flutuante /Gastronomia Regional e o Contato com o Meio Ambiente; Fonte:
Arquivo Próprio 2017

Sendo um dos últimos locais a ser visitado, sua exuberância nos faz refletir a
respeito dos cuidados com que uma comunidade deverá ter para preservar o meio
onde vive, onde os indivíduos e os animais poderá viver harmoniosamente sem
34

degradar nem poluir o meio ambiente, a floresta se compõe e decompõe


constantemente, a rica natureza se forma com macacos que se reproduzem e
preservam sua espécie, a beleza da vitória régia é um atrativo para visitantes e
turismo. Ocupações existem demasiadamente na floresta, precisaria de um
licenciamento ambiental, porém a área em si tem a realização de vários projetos de
pesquisas e de plantação de mudas além de ser também um local visado em
preservação, poluição fica por conta das embarcações que podem derramar resíduos
de óleo nos rios, contaminações podem surgir se não haver uma educação ambiente
por parte de moradores. Parque possui uma área de nove mil hectares de matas de
terra firme, várzea e igapós (floresta inundada)
A comunidade do Janauari está inserida no Parque ecológico do Lago Janauari
que íntegra a Área de Proteção Ambiental Encontro das Águas. O Parque possui uma
área de nove mil hectares de matas de terra firme, várzea e igapós (floresta inundada)

Fig 27. Vitória Régia; Fonte: Arquivo Próprio 2017


35

Fig 28. Lago do Janauari ; Fonte :Arquivo Próprio 2017


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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com o avanço desenfreado da cidade de Manaus e os grandes


empreendimentos engolindo a floresta, vem causando paulatinamente a degradação
do meio ambiente. Sendo visto como um mal necessário para a satisfação das
necessidades humanas que de certa forma, não controla e agride o meio ambiente,
consequentemente a vida em nosso planeta, porém nas últimas décadas
manifestações no sentido da preservação do meio ambiente foram notadas.
Ao analisamos os dados coletados e apurados concluímos que não existe
qualquer tipo de contradição, deixando clara à devida aplicação das resoluções do
CONAMA em vigor.
O licenciamento ambiental é um processo legal que deve ser cumprido para o
início das obras de implantação de qualquer empreendimento ou atividade que pode
provocar alterações no meio ambiente e no cotidiano da sociedade.
O levantamento elaborado para este estudo foram de extrema relevância para
o conhecimento dos alunos de Perícia Auditoria e Gestão Ambiental. Onde foram
analisados os pontos estratégicos de cada trecho em estudo, dando como Soluções
as novas tecnologias amparadas por leis específicas para os impactos existentes,
onde servirá para se prevenir, solucionar os presentes e futuros impactos que virá ser
causados pela falta de conscientização Ambiental dos moradores e visitantes do local.
Para que ocorra mais fiscalizações pelos órgãos ambientais, que as leis
existentes sejam aplicadas, principalmente as empresas que deixam seu esgoto a céu
aberto, na margem do rio. Contribuindo em peso máximo para a poluição do rio, e
destruindo laço o lado sócio-econômico do local por conta de odores, afastando
turistas e pessoas que moram na região, assim fica claro que preservar o meio
ambiente favorece o lado econômico do país.
A Cidade de Manaus-AM está encaminhado para ser uma metrópole, os
impactos ambientais serão inevitáveis, porém se os Governantes, Empresariado e
População devem despertar a tempo de poder minimizar estes impactos.
37

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