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POVOS INDIGENAS NO BRASIL-85/86 POVOS INDIGENAS NO BRASIL- 85/86 IGENAS NO BRASIL/CEDI PUBLICAGOES DA SERIE POVOS INDIGENAS NO BRASIL 18 VOLUMES, POR AREA Plano de Obra: Fovos Indigenas no Brasil & uma obra com= posta de 18 volumes que sistematiza os resultados de uma ampla pesquisa-movimenco, envolrendo antropdloges, mis- siondrios, indigenistas, indios, fotégrafos, lingdistas, jorna- listas, médicos e outros, sobre os povos indigenas que exis- tem hoje no Brasil. Cada um desses volumes contém texto. fotos, iconografias, mapas, documentos, depoimentos e fontes sobre os povos indigemas existentes em cada Area. ACONTECEU ESPECIAL: ATUALIZACAO PERMANENTE Além dos lirtos, que vao saindo aos poucos, anualmente se publica um nimero do ACONTECEU ESPECIAL, com informagies sobre os povos indigenas de todo o pais. Desde © n® 14 (1983), 0 ACONTECEU esté organizado inter mente segundo as mesmas “Areas” da série de livros, fun cionando assim como uma espécie de “lirro do ano”, um espaco para atualizagdes permanentes. 1. Noroeste da Amazénia 2.1, Roraima — levrado 2.11, Roraima-mata 3, Amapé/Norte do Paré 4. SolimBes 5. Javari 6. Jurud/Jutal 7. Tapaiés/Madeira 8. Sudeste do Para 9. Maranhao 10. Nordeste 11. Acre 12. Rondonia 13. Oeste doMT 14, Parque Indigena do Xingé 15, Goids / Leste do MT 16. Leste 17. Mato Grosso do Sul 18. Sul Todas essas publicagoes podem ser consegui no CEDI Av. Mligendpotis, 983, (01238 Sto Paulo, SP Be tel: 925.5544 Rua Cosme Velho, 98 — fandox 2224 Rode Jane, RD Beast teh 021) 205.5197 Acontecew Especiat17 ~ POVOS INDIGENAS NO BRASIL- 85/86 CED] Centro Ecuménico de Documentacao e Informagaio cet Centro Bcunnicode Dacumentagio- Ilormagio A. Cosine Velho, #8 funaos Coste Velo 222A Rivde ane RI Bees te. geal) aiss197 a Higenspulis, 383 te (O11) 825.88 Conselho Edtorial Rutwum Alvese Zwinelie Mot Dias. Eyuipede Edigio deste Acomece ‘Andre Tora Crs Alberto Ricardo Domiz que Gallos Funy Riese Vincent Ca itor de Testo ator de Foo Vincent Cara Bitgiode Noticias ‘André oral any Ricardo Robin Wright Pesquis ‘Montagern dos Quadros Ais Rolla, Doruniqe Gabi, aul Santi (Comvénio CEDY UNESP) Projetodacepa Canoe ack ‘Crortenagae de procuiso grafiea Peny Ricard ‘Alicia Rolla Diagramacio RomaleiChirs Fotos da car ‘Givaldo Barbosa Ivaldo Cavateante2 Ushi do Andrade 38 Agéacit Estado Compose Forma Componignes Gifieas Ltda R Caramary, 1195 Sia Paula, ecoie oinirayo Lids, Inpresito GRAPICA EDITORA GUTEPLANLIDA. R Huge D'dntola, 46 Calaboraran ‘AgéncisF 4, Agil Fotojrnalimo, André Vilas Baas, Angela Crstsa Fernandes, Carrem hanqueta, Celso Aoki, CIMINorte, CIMT AC, CEPY. Dominique Bushle, Ivax Nassf Paces, Jssare Gruser, ‘ata Aguiae José Pedro Soares de Linn, Lozeta Emi eis Arad, Narletece Olvera, Rodrigo Veason/ Ana, Huber T. de Almeida ‘Stipio Ai, Sina Lorera, Tern Vale de Aquino, Vera Feitos. Indice Apresentagio 11 Projets Fera-Carajic . 28 © twwuro dos dirciios indigenas ua Constivainte 1 - - Noroeste Amaz6) 31 Programa mipime dos divcites indigenas na Const Mapa 2 82 me 4 Quadro even Api aeee a 3 Tense Atta 1S (As gueras do our no Alto Rio Nenvo (Robin Mi. monic da PMDB 1s Wrieh ai Bor caters ay 85 Indios Candicatas ie Terra Indigena: prineipios constitu ‘Oconflite explode: garimpeiros mortos... 1.2.1. 93 arranjos institucionais (Paulo Sant 19 Qroteiro da invasii iS A politica indigenista da “Nova Repibliea” 23. Roraimal 99 A crise da presidéncia Mapa ‘ 100 A guia da crise permanent usd ior ‘Auditoris nas contas Tpasse na terza dos reliros e currais (Nadia Farage € Descentealizagao 5 Paulo Santi) oysscs 103 Indigenistas/Funcionatios 32 Carta dos Tuxiuay pede demareagio 104 avenle/Iuruns ‘Acorde FUNAT Fazendeira sles 105 Raoal e os Kelap Pelos poderes da Nova Repdblical Bu tenbo a forgal .. 106 Indios em Bs Tuxauis denunelam presses ¢ podem retirads de De- No Congresso z 106 CIMUCNRE: fa éa “manada” piiga Que ie airapalha [As UNE ‘Sembida de Struma) ae 108 Antmpélogos - Reprosantagio dos Taxduas contra 9 Seeratarie da Se juranga Ge Roraims 110 Do lado deb: 44 Dossié CEDI/CONAGE 46 Procuradoria Geral 00 senseeeesces 8 Tuxduas ped i “MMEZDNEM as Mucus ui MINTER/EUNAL (Re 50" Ewaptames, 120 eblgget ss Fuslcs. iivervats os ion SH Empresas privadas a lees ‘Empresirios do gaimpo... seer A ONE meat 36 CIMI/CNBE. stb omieemntar es eset A No Congresso 22... 3 ee 125 Revisto de Codigo de Minera ammaab ulus (Catherine V. Howard 136 Comissio A. Arinos i 6T Qs Yanomami amosgam a Soberania Nacional? {Claudia Andujar ¢ Lucia Prade) eT i 134 Calha Norle: 0 projet especial para a ocu- Pala lo Sevatioe Serery Cones ti Ase inblela pacio das irontciras (Lucio Flavio Pinto)... 62 _“Yanomami, 1986 i 134 : - Waiwai 135 alia N: a 64 Yanoman! 13 Mapa... es : vee 66 Waimiti Att 1A Amapa/Norte do Para 0... 143 POLONOROESYTE/1985 (Betty Mindlin) 4 Ma iad PMAGH accveverss vues as 75 Quad 15 Material com direitos autorais Exes INDIGENAS NO BRASIL/CEDI Indios do Oiapaque « 1a? AL Kayapo TirivS/Kaxuyana Ty Cumarwinhe Wayana-Aarel jorolire Kokraim Solimbes asi Mapa tins sss AD Quadio ee : wees IDE ‘Do Solimbes a Brasilia: A luta dos Ticuna pela demar- Xipiia arredios ‘cago Joay Pach iveira FP, Jussara Gruber ¢ ipaia/ Kurusia ‘Vera N. Paoliello) Pesca cisisesess ASS TPARSEANE “Telex de Paulo Ticuna 20 Grupo. Tos Tembé... Teun. Maranhfio 233 Especulagio. imobiliarit ameaga drean in “Tnédio Solimoes (Priscila Favhaber Barbosa)....... 172 Mapa coe TM Cartas das comunidades AFUNAT 75 Quadro. : 235 Geral Jayari 7 Mapa 5 Guaja Rae 243 ‘Quadro... see Esiawinaate: Nordeste 245 Mapa. 246, Quadro. Hutte ts 247 Assombigia rit fiha deS. Pedro 249 Tndion do Rio Quito, ‘Assembiiia em Mirandela 380 "Korubo™ 2. a ‘lagoas es Siseavannasce a, Tadios “Fiecieiros” do Iearape 8. Joss Dik de Pernambuco. nara, SOE Tadiosdo Rio Jandiaguba z DR de Salvador Tsohom Diapa (Gente do Tucano) ium Tndios das saboooirss do Tutat Eulni-A 19) Kiki part Hee Mapa a 192 Pankararu/Gerizankd 25a Quadro oe 193 Potiguara 2 Sg Confiiios (com mortes) na definigio da Al-Cuiteny pocere ese. 26 {oto Dai Foz} 195 Tapeba ss ean 26t ‘Apurin’ s 198 Tux - pone 064 (0 "oto Tuguni™ altace no Pied (Lino Todo @ O. Ne. Wass 264 vere AraciLabiak) . 200 Geral ‘ 208, 2 203 Kalina Tapajos/Madeixa .. = 205 » 206 207 203 Mora-Pisaha 10 Sudeste do Para . 2 Mapa. eoveee 212 Quadto 213 Maria Bonita” 215 Mapa uadro nflitos inter Nov ateque “Indies seringuciros” do Acre (Mauro W. B, Aime! Projeto Indio-Seringueiro ..-. Material com direitos autorais Tauaniua . esses 286 _ S#Delepacia Resional . 361 Apurind 387 0 Conseiho Mndigena da Norte de Gott Ed Kampa os “257 Parque lndigena do Srapuaia 355 Machiner igh eae ane see iasen 288 Tapula-Xavante vo. = : 3a HOUT hoc ne ate Doers, 268 Ajerina: et 6 Bile se ST Rondénias; siisssevsiecsenewve 289 ‘Sem perspestivas (André Amaral de Toral). 37 Maps . Ouacro = Leste - - 373 Indios “iofados", as maiores vitimas (auro Leonel ey Mapa Conmbiara Gaxare Tupido € reprimida pela poli Uru z -Ha-Hie Os Zor8 #08 Yar (Guarani Braet Towser) Zant. Piao Dart az Cinta Langa ee ee Maxakali 000. escseee aay : ssemblia aq Xeliaba 2 ‘Aras aid ‘Gaita a5 Saqulrlabare Macarap 11.0. = 346 5 2385 Surui 7 GOB) oo sseseessnessserseseesssees Si 5 politica indigena no espago da FU! Oeste do Mato Grosso... ss. 009 Enirevista com Valdonsiro Vargas T Tse na 9? DR Mapa..esseesee cesses TI? Assembléia.... ‘Casa da Indio ‘Guarani/Geral ‘Guarani/Pirak ‘Guarani/Jaguapire ‘Caso Margal Kaien. Ouacro A lua por Japuira(RinaldoS.V. Amude) Naue (Salumi) vee abi e Apiaké Parque Indigena do Xingu ........... 329 Sul 413 Mapa a 330 Quadro. i Mapa 414 Festa para og minisires(Bliana Lucena) ‘Quadro saa Quarup epee Kaingang Tatum pole crlagao de fea indigena om Tra Demareagio aa (Ligia T. Lopes Simonian) 418 Tndexizagio erat a Tuschi/Pujolanca ... sess Yeaso da 12? DRitondrinal SERRE! | Meuktire (Tuukarramie) Raingang/Laranjioha..<0ccrons a6 Tsk. 1s'DR : Teen Kamgang/Guarta. ‘ a9 ‘Kaingang/Chimbangue A. Goiis /Leste de Mato Grosso 0 Decreto na integra . : 440 Raingaag/ Trak avenues ar Mpa Be Gopi cass ircvens asaneeusas a 442 Quacto de Goids = : Kaingang’B.Anionina ceoereee WS Maps do Leste de Mato Grosso Kaingay/Votouro aaa uadro do Leste de Mato Gross. z Kingang-Guarans/Rio das Cores a5 Xavantago ou Fu 3d —Xotleng : 7S Tinaaldcia partin "proj" (Laure Graham)... 48 Eneonito Guarani ee arn 6 Como as aideiss aumentaram sees 360 Guarani/Piahalzinho 6 Xavante 381 Guarani/Crucnta a6 ‘Construgio ante e Borow Chuaranid Siveiras cose rd Civ 2 Caran Barrage Ea er 86 GUATANWTTE@PO eves ne 4 recongulsta da Pachola (ir Pina de Barros) 359) See Nase nese 0 Material com direitos autorais Bie BV¥O9 NDICENAS No BRASILICEDI Fontes Arica (Manaus, AMY ‘ANotida (Manaus, AM) ‘A Teibuna (Santos, SP) Giaadede Santos SP) Coreio Brazliense ode Taina MS) Coreie Popular Didsio do Comercio (MG) Duds de Coménciae Tetistein — DCT -(SP) Didrio de Cuinbd OMT? Digsio do Grands ABC(SP) Dilrio de Minas Difrio Oficial da Unito( BSB) Dias ce Pernatsbeo Diério Populie (SP) Diatlo ce Tarde (MG) Exedode Mins Folna co Acre Folia ce Boa Viste(RR) ha os Juara (wen) Folna Metropolitana de Gueralhos(SP) ola de sae PaulocrSP) Patna ds Tarde(SP) Gseetad Acre Gazeta Mereintil ~ GM — (SP) Guusta de Netelas(R Gaesta do Povo (2) ok Jornal da Baia Sorna Brasil 2B) Jornal de Brain Soreal dp Coméeeo (Manaus, AM) Ievnal 6o Conércio (RU) Irate Hoje (MA) Ieensl co DiagCulaig, 47) Irena de Mies Ieenal Ouro Jeena co Seta Catarina oral ea Tarde (SP) Noticias Populares¢SP) Dat) Ostaco (sO Okstase do MuoGrose OF stave do Parand OFstaco de Sao Pavlo(ESP) OFluminease Octet cr) Otmpareial May Olibert OPoptiar(co) OPC) OProgessoiMS) (Oi Brance (AC) Porat Devos Tigenas uo Bras n® 8 RepiguetatAC) SIN ~ Sersga de Informagae Nacional: Petri “Trbnne da {prensa (RD (Chime ora SR) Cima Borat) Vala zero Hora (RS) sm) Siglas ABA. Associa Brasleira de Antropotoia ABEAINAsiciagta dos Engenhelnne de Minas co Nor ABRA __Associagio Brasileira do reforma Agia ABRAMO. Asiociagio Brasilera cos Mineradres de Ouro AC Acre AEA" Aswoclasto dos Empress de AmazOnia AESP_ “Asestovia de stulone Pesquisas FUNAT AFGTR Assodegae dos Faineadorer Gurtiptrs do Tete Federal ZeRoraima AGR__Associagde des Carimpelras de Rocsime AGROSUL Enprese de Semvigos Agropecusties dk Mato Grosso aout AGUAL — Associagio Guarani independente AT tea Indien MIACRE “Ajucineta do Acre/FUNAL MAGO- AjeéEncia SutSsoma de Geifs/FUNAL RIAIO Ajuddacia de Oispogue/FUNAL UARINA™Ajodincia de Araguaiza/FUNAL AIUSOL, Ajusinciado Solimess/FUNAT AL Alagess AN. “Amerones ANAL _ Associajde Nacional de Apoioao Indio AxDts Teva ie Deets de sn Superior APGAM _Assoiacio Profissional dos Geblogos ca Ai APRA _Asoclogao de Prodstores Rurals do Meo Aragusi APROTERRA Assclago dos Propretirios de Terzas Vainhss és Reserve naigese AUCIRT —Associngdo da Unite das Comnidades Indigenss do Rio Thqule ASPAX Assocaguo dos Frzendeirasdo Xingu BA Bais SEC Bututhiode Eagentaria Civil BEF Ratnlhtede kxercile de Frostsca BID__ Banco Ineramericnna de Deseneohvimento BIRD _ Busco Inernacioa! de Reonstrugio e Dasensolvinvente BIS Betalao de Ifantaia da Selva RNDES Banco Nacional de Nevenvnvhmenta Foon BSH Brain AER Chntpathia de Aguas eFsrosos de Rorsims nico Soci CADIRI Cumité ge Apsio acs Indlgons do Rio Janel CBO. Companhia Brasher de Geo: CCPY. "Comisdo Pea Criagao do Parque Indigena Yanomatn DDH Centro deDeten dos Direlos Humans CED! Centro Beunénico de Documentseao elaformagae GER Galan Beontinicn Pedeeal CEF Companhia Mspecil de Frontera CRSOL.Comane da Frontcra de Solinten CENAT Central Bldteene Matornesenee S/A. CEDIS Cento de Edueaqa0 Popular Inaltute Seder Sapientise CER Companis de Eetrcidade de Roraima CGT Central Geral dos Teabalhadores CGTT Conwine Geral da Tribe Teun CIM Conssho indigenisia Mtssondnio CHP Coonieeto de ustiga «Pe CLAL Const Latino Amereanode Heise CMA Comando Nilitarda Amisha ENB Coniederagho Nacional dos Bispos do Brasil ENPq___Conselhe Nacional de Pesanien CODESAIMA Compara de Desenvosimente de Roraine COMAR Comsanco Aéteo Resional CONAGE “Coordenagie Naconal dos Gbloges CONTAG — Confederagao Nacional doe Teababires na Agrieutara CPRM Companhia de Pesquisa ¢ Recurws Minersis CEL” cembsto Pasismentat oe inguesta CPUAC ComissioPréIndiog Acre EPI'SP Comintu Petia de Sto Paso CPL Comissi Pastoral da Terra GSM Conselso Superior de Minas CSN Conselho de Seuranga Nacional EEE Contes 4 Trabalho ladigenita COTRUUT Cooperative Triteula de fot CVRD Compania Vale do Rio Doce CUT Conteal Unica dosTrabathacores DAl_ Departamento de Assistneia so fndio/FUNAL DAR Depertamanto Autinom de Fsrada de Rodger DCH. Disettrio Central de Rssdantes DIGENAS NO BRASIL/CED! GPC _Departamente Geral de Protos Communiécin/FUNAL GO Departement Geral de Opersgies FUNAT DUM ‘Deparamente Geral do Patrania. (ndigena/FUNAL DECIAP Dissio de Edseagioe Cuturado Amapé DE to Fora DER Departemenia de Estrada de Rodagem DERMAL. Departements de Esta ce Rondagem do Mato Grosso DNER Departamento Nacional de Hatrada de Rondsyerm NOS Departamento Nacional de Obrase Soreamen's| PL Dirtors do Patri indiana DPI Bupartametto Nac cde Posi Minerals DOCEGEO Subsiieriada CVRD DPE Departamentn cs Policia Feder DP) Dopaciamoate de Paica udiearia, DR Delegucis Regonal/UNSE DRN » Dspartamenta do Recursos Natural SPU _Delegicia do Serago de Patriménio da Unto ELETRONORTE ContraisEstriew do Norte do Bra EMADE. Empresa Amacmensede Dende EMBRAPA "Empresa Brilea de Pesquisa Agro-Pecusc EMATER Enpret Amasonanc de Asitance Pécica Rural ENCLATRR Encontro Nacional da Clase Trabalhadora de FAR Fovga Aizea Drasieira ARM Fedevapfo dge AsocineSes dos Enyenbeirs de Minas FASE — Foderapio de Ongios pita Asisténcia Seal TFINSOCIAL Fond de Invesimen'e Soci, IPE Fendasie fnatitute de Poequtes Esondmicat EUNAL ” Fundssdo Nacional de Ineo GAIN Gruposte Apoin as Inca GREAM "Grupo Exovitina do Baixo Amazonas GETAT. Gropo Executive des Terras do Araguaia Tocantins GO” Gots GREQUI Grupa de Estados da Questo India Gora) GRIN Gaazes Rural Ineigens GI Grupo da Trabalia TRA. Goverto do Teribrio Federal do map GIME Grupo de"Trabalho de Missinains Evangdicos ASE —Instsuto Brasileiro de Andis Socials» Beoadimicar WCE tnttsto Brasileir de GeogrtiaeEstatiice IDE Institut Braieine de Desenvolvimento Foret GRAM "Tstitsco Bresleno de Minerage WECLB Iereja Bvangies de Confissio Luterasa ne Brasil [GPA lstitato Gono de Palontoiggse Antropol INCA Institito Nicioml de Colonzacdee Reforma Agriia INESC _lnstitute detestudas Secio-Esononecos NPA tnatituto Nacional te Pesquisas na Amastnia NPS Insitute Naconal a Previdéreis Socal IPAWA "IndGstria Parsense de Madeira IDEA. Jesuituto de Hanejumente Lecncmeoe Social da SEPLAN INTEREA™ Instituto de Terrascs Bshia INTERMAT"Tnsttsto de Terris de MatoGroso TTERAM Instituto de Terres do Anaronss INTERMA "Ingutst Jenras co Naranhio ITERPA Insiuto do Teac da Pats MTF Tostate de Terra, Cartegratia eFacesta "UM Imposto nig Sahes Minerais MA. Mazanlae MAREWA. Movimento de Apoio& Resist MDR_ Ministéo de Devevaloimento Regionel MEAK _ Minissrio Fxtraedindrio de Assuntos Fundiirios MIVA. MigeioHvangice da Arana MG. Mines Gere MIA. Missio Anchieta MINUER Mista do ltorior MARAD Ministerio da Reforan e Desenvolvimento Agréei> MIME Miniteia dee Minne Evors MNDDEE Movimento Nacional de Dalesadas Direits Humans MITE Bless Novae Tibor do Brasil MS_ Mato Grosta do Sub Mato Groso| NE Novdeste DAB Ondem dos Advoyados do Bra DEA. Qryanizngio dor Etador Americanos ONL Oganiaaeto das Nagbes Unidas DPAN Operacto Aachiea na (UH, Minas Wainir-atcoat ORIN, Obrigecdes Resjustveis do Tesouro Nacional PA Pas PAN. Projelo de Assentamento Niague PDRI_Prugio deDeceaalviments Rural Latprads PDS Sion de Desenvovimenta ce Ariza PDI Parco Demers Trabanista, PDS Partido Demwversien Social PE Pemanbuso PE Palsera eer PEL _aridn da Frente iverst Fi” Pesto Indien FUNAT PIA Posto Incigens de tcagio/FUNAL PIT Parque Indigena co Tumveuniague PIV Posto Incigena ce Vittinais FUAL PIX PacgueIndigena do Xingu PL Prjetoae Le PLANACRE Plano Insgrade éeDeserolvitento do Estadodo PMACI Prieto de Peotestoao Meio Ambiente © is Comunidndes| PM Poticia Matar PMG” Poicia Mitar de Minas Gerais PMDB Pari do Merimerto Democritio dresire POLONORORSTE: Programa Iniegrage de Dessinolviento to PQARA Parquelndigens do Arazuals POARD Pargue lndigons do Apeand PR Parana PT Partido doe Trahathadores PLa Partido Trabalsita Bessel REFESA Rede Forroviria Fer RI Rede danee RO Ronda RR Rorsima RS RinGrandedo Sul RURALMINAS —Fundigdo Rural Minsrs SRG Sociedade Brasilia de Geol SBFC Sociedade Brasieira para o Progresso da Cincia SEC Secretaria de Bdueagie e Culture SEEC/AP. Seestaria ce E@eagio do Amapi SEMA Secretaria Bspci! do Meio Arnbients SEPLAN Secretaria dePlansjamente ESP Servizos de Saice Pabies SC. Santa Caterina SIL Sommer Insitute of Lineistics SNI__Serigo Nacional ce Inforragies SP Sa Pawo SPL_“Sersigode Protego ao Indio SPEAN Secretar do Patrimno Histric eArtsicn Naciosal SPO Sio Pea 3 Osbence SPU Sarge de Patina de Unido STF Suprerso Tsbunal Federal STR _ Sincirto des rabalaadores Rurais SUCAM Sipenintendensia ta Campania de Save Poica SUDAM Superistendincia de Desenvavimento de Ama7inis SUDEC. Supenimendencis de Desvolrmento doCears SUDECO ” Superintendencia do Desens imenta co Cestro Oeste SUDELEA Supetintendénch do Deserwavinenta co Lineal Prita SUDENE — superiniendsciade Desenolvimato 09 Notdeste SUDEPE — Supecintondincia do Desevelvimnte da Pesta SUIKAMA ” Superinteacsnes da ZonaFranea de Manav SUDHEVEA ” Superintndéncia do Desrvoiimento da Hieven SUP Supreme Ibunal Federal TEA ‘Teenie Fecera ao amape Th “Tyberesiose TER. Telsutal Federale Recurses UFAC Unhersidace Fecera do Aeve UB Ushersidade Feeera ds Bahia LCG. Universidade Caidionde Gots UESC_ Universidad Feral de Senta Catarina UHE Usina Hidlétrica UEL__ Universidade Esta! de Londrice UNESP. "Unversidade Bsadoal Pelista "Jo de Mesguta Fho UNICAMP "Universidade Esau de Cannpinae UNL Unidodas Nagbes ndigenas USP Universidade Sho Pano APRESENTACAO Esea publicaco apresenta um resuma da que ocorren nas indigeras do pais, no ambito da politica indigena, a nivel local, regioual e nacional ¢ da polities indigenista ofi- cial, duranteo ano de 198Se parte de 1986. se quadro foi montado pela equipe de edicao de ROVOS INDIGENAS NO BRASIL/CEDI, combaseno scompanha- mento das noticias veiculadas por 60 joraais dirios de todo o ‘pais, umjornal monsal, um semanal e duas revistas, além de grande volume de documentos avulsos (cartas, relatirios, decrotos, portarias, ete.), noticias € comentarios assinados pelos seus remetentes. Colaboraram diretamente dezenas de pessoas (antropélogos, missionaios, indigenistas, fotogra- fos, jarnalistas e indios), que conhecem de perto a situacao e compiem uma rede altemativa (4 visio oficial) de infor- mages. Prefendeser um subsidio, com informagées fidedignas, atua- lizadas e abrangentes, para todos aqueles que estao empe- nhados no apoio as Iutas dos poves indigenas por direitos permanentes, no Brasil. Na versiie integral (parte geral +: 19 capitulos por Area), este niwero do ACONTECEU contém 33 comentiios assina- dos, a maior parte pautada e eserita especialmente para a publicacio, duas entrevistas, 1.011 blocos de noticias, 24 ‘mapas, 21 quadros ¢ 160 fotos. 0 primeiro bloco de comentarios e noticias (atualizadas, de rualmente, até novembro de 86), impresso em papel de cor smiarela, inclui matérias de interesse geral para o publics a que se destina a publicagio. Ai estio tratados os “temas permanentes”, como a situago da demarcacio das terras, a impacto dos grandes projetos governamentais e ‘como tamhém a que que perm 1 (besieamente refe rentes a 1985) sobre todos os povos indigenas e, 20 mesmo tempo, sinhilirasce teenieamente a montagem de partiais(separatas) da publicacao. Especialmente dedicad sy “letares fais” (indiose pessoas ligadas a agéncias de contato direto) #5 separatas incluem parte das “paginas amarelas" € 0 caderno referente a uma (ou cus} areas, com inten¢ode facilitar aconsultae estimular aleitura. Nes quadr . informagies eobre 480 dreas indigenas Os quadros que aparecem publicados nos pitulos por Inasicos organtzades por pov e foram elaborados a partir de informacdes atualizadas até dezembro de 1986, sempre cue possivel. Partiuse da experincia ja realizada no Acontoceu, n° 14 (1983), proctrande dar maior consist dade sobretude js informasdes da coluna ica das (orras” indigenss, paca todo o pais Para tanto, contou-se com informagies aeumuladas em 1985 e 1986, pravenientes da rede de colabaradores do pro: rama POVOS INDIGENAS NO BRASIL/CEDI e com os primeitos resultados de uma pesguisa em andamento inti tulada “Prejeto de Estado sobre Terras Indigenas na Brasil 0 do solo, recursos naturais” (CEDI/Museu Nacional). Durante 1986, uma equipe formada por pesqui sadores de ambas instituigdes realizow uma coleta si tica de documentos de ter outros bros Fundiavios e elaborow uma tip situa Juridica stual das 443 cerras dndigenas ialmente reconhecidas pelo Estado brasileiro, além de outeas 37 todavia sem providéneie,totalizando 480, Como numa escavacio arquealigien, a colets de todes os documentos outorgados pelo Estado brasileiro a unia deter rminada dren indigenn pode varat séculos ¢ resultar numa seqiigncia de dados teuncads. Sav freqiientes os ¥ Aefinigies e redefinigdes, as demarcagses e rede: como se tratasse (as tertas reconlaecidas 20s indios) de um ito proviso ouorgudo pelo Fst gue, per mente, esti refarendo suar contas, rvalimentando a buro. eracia e garantindo a prerrogativa de concessionio, vis de regra confinande o reus progressivamente nnutas. F nos quadros wma class caro sintética, seguida da referéncia do dacumento mais recente encontrado. Tomou-se a listagem “Situacio das Terras Indigenas do Brasil, dados estimatives, 1985", da FUNAI, como base para um trabalho de complementacao, checagem e correez0 das informacies. Para o anode 1986, foram registrados to- Faves ioicmnas NOBRASIL/CEDI dos os eventor offciais para a definig no ambito da FUNAL, GT-Intermin TER, MIRAD e Presidéncia da Repiiblica. Quanto as ter ras indigenas nw reconhecidas pelo Estado (sem providén cia), a maior parte das respeilo a terrae de grupos int riadas no “4 conte”, realizado em (promogio OPAN/CIML anizacdes indigenistas n Com rolagio & clsifieagio 2 ‘tual digenas, oplou-se por adotar quatro ti pos, que correspondent as e de acordo com a lei 6.001 (dezembro de 1973) as terras IDENTIFICADA, para as quais foi designade wm GT por nento do portaria do presidente da FUNAT, para reconheci DELIMIRADA, paraas areas que receberam uma administrativa do presidente da FUNAI (cf. sistem: lida até 1983) ou um decreto presidencial, estabelecendo os sda ocupacio indigena ¢ declarando.a de posse per: mamente do(s) grupo(s) étnico(s) que a habitam (apés o de creto 88.118, de fevereirw de 1983); DEMARCADA, para as reas que receberam sidencial de homologacio da demarcacio fisicas REGULARIZADA, par: lama ver regis vels da respeetiva Comarca) e uo SPU (Servico de Pai U As etapas mencionadas carrespondem a conjunta tes (e varindes no tempo) de rotina institucionais e doeu- ‘mentos, gue definem as terras indigenas alualmente reco- ahecidas pelo Estado. Sto etapa as € seqiienciais. HA, contudo, indmeros casos de terras que no tramitaram de acordo com essas etapas, mas cuja classilicacio encomira alguma correspondéncia com diferentes niveis de garantia Juridica assoviados as ctapas descritas anteriormente, Para esses casos, utilizou-s¢ as sexu RESERVADA, para aquelas terras i eereto do presidente da Repibli apenas a demareacio fisiea dos Ts eereto; DOMINIAL INDIGENA; para as terras cuja posse ind gona se fundamente em titulos dominiais, isto 6, nos casos fem que as indios detém também a propriedade das terras e niio apenas a posse: DEMARCADA PELO SPT, para as terras de posse intl gona reconheciday pel Republica anteriorments i legisla~ ‘io om vigor e que ou niio foram reclassificadas pela sisi vation atual ou esto om processo de, mas nos estagios ini- dio e delimitacio); € INTERDITADA, para as terras que receberam uma defi- cSo provindria alrarés de portatia do presidente da. PU. endo a0 orgiio tutor (es previstos no proprio rades pelo Estado como “arre - todas 2 as, na coluna de *situacio Juridien” recebem, de saida, uma das dassiticardes defini ‘das acima, cajo esquema de equivaléneia, tomande como baseas grandes etapas of SEM PROVIDENCIA INTERDITADA, IDENTIFICADA DELIMITADA: DEMARCADA REGULARIZADA | RESERVADA E DEMARCADA/SPI | DOMINIAL, 0 Nos casos em que, poste etapa, surgiram novas providéncias adminis. \dvas com relagaioa determinada terra indigena (se fardo completar uma nova etapa), acrescentou-se outra quit SEM PROVIDENCTA/A IDENTIFICAR, p: ‘reas reconhecidlas pela FUNAL, isto é, que con: suits Hstagens, mas para as guais no foram tomadas qui ws admninistrativass IDENTIFICADA/REMETIDA AO GTI, p cua documientaeHo necesearia para a deli cluida pela FUNAT e remetida para a apreciacy tenministerial; ADENTIFICADA/COM PARECER PARA DELIMITA CAOs ista & para os casos ji examinados e aprovados pelo relerida GT DELIMITADA/REMETIDA AO Gr, para as areas euja demareagay fisiea, 4 concluida, reternaram pars aprova- do GT-Tn a DELIMITADA/COM PARE MARCACAO, para a aprovadas pelo GTI; ER DO GTI PARA DE demareacies fisieas examinadas e DEMARCADA/COM REGISTRO NO CRI, para as dreas com decreto presidencial de homologacio da demarcagio ¢ registradas no cartério de imévels da respectiva Comarca; EM AVIVENTACAO/REDEFINICAO, para as areas re- couhecidas ou demarcadas pelo SPI/FUNAL cujo processo deregularisagto dos. Quan umentes, thm expicio é x alleragho dos lines amesirmnte rec nnhecidas, a classificayi fot “emt rede Nio houve a preocupagio de se somar os totais para uma avaliagio global da situagae juridica das terras indigenas no Brasil hoje. A tabulacto desses dados, acompanhada de nilise € uma listager completa dos dados sera publi cer 1987, como resultado do programa de -DI/Museu Nacional mencionado anterior- avulsarns cooperacia C mente, Finalmente, quanto as denominacées étnicas ulitizadas nos ‘quadeos procurou-se seguir aquelas reconheciias pelos po- vos em questo (autodenominagao) c/o aquelas ulilizedas Jocalmente. Em alguns casos indicow-se o nome dos subgra Pos, constitutivos da etnia (por exemplo: Guarani, Mbya/ Keiowa/Nandeva)s quando falta esta informagio (exemplo: subgeupos Nambiquara, indicados apenas em algumas mu-so por manter adeno A denominago das (erras invdigenas utilizadas correspond Aquela que aparece nos documentos aficiais (listagem FU. NALe decretas publicados no DOU) ¢ indicou-se na coluna “ontros nomes” as variagées. Na mesma cohuna, indicou-se também a presenga de grupos isoladas (ISO) ou desladea: dos (DES). frets) op: Sp Paulo, 18 de dezembro de 1986. LEGENDA DOS MAPAS \ 2-— _Divisa internacional —-— _Divisaintorostacual Estrada ovis cidade Capizal deEstato Basemiliardoexécito Paralelos emeridianos Curso d'éque CD Lago AREA INDIGENA, Ul) Pemetroe area Localzagio de sree no © —_ropre2entéve ne escale eo mana Locetzagao aproximada Apresentata em auto capitulo GRUPOS FORA DE AREA INDIGENA Locaten 0 apreximada de ecupado an POVOS INDIGeNaS No BRASIceD! Sra ee RENTSSOES PARA ‘LIGTAGEM DAG TERRAS INDIGENAS’ ATURE (ver Kaiae0) AOLINBIAR® (er Coludbiar2) BEIGE DE Pall (Wer Tapayunad ‘RENAKORE Wer Panarad CANGETRO (Ver Rikpabtsai KURENKRBW-HEN Gor Heian) CARAPANG Wer Kerbarapanal NATINGONS Wer Yeluana) OTYHUP-AWKLS (er aku} AASBAMA (er 4 WP UE-MAR (ler taku) MEQIAEMOTE (er Aa iano) Deni, Jaravar2, Kanzvant EM (er fyky) (ATAPAIUer Hetugt ire, Hokraenat jHe-era-Hrari,Pu're, NADED-MKU (er Aku) Pituiara, Kuber-Kran-ken, éubre,Gorat ire, Xikretun, DRO-UARL (Wer Palaz-tova) Kikrin do eatete.Xierin Go Bacaja,tarareo, oirainaro) ORD-HAVIN (Wer #akax-Hove) KAMBERA (er Cand) PITULARD (er Kasapod ANH (Wer Haku) PUND (er Kaizpo) KAUAHART (er Canevari) SAKERAP (Ver Seiciriabar) QHELA (Wer Canels) ALUMNA. (er Enauene-¥ane) APTANA (Yer Capinayad SERARE (er Yas iouzral ahead Wer tiara? IMGUL (Wer Corcpat 1) RORIEI-WOL0 Wee Car iri-Xoca} TUHARAD (Ver Aikana) algHh (Wer Baran} TUATHA (er Tewbe-Tur vara KIKRETIMN (Ver Kaiz20} TRUEARRIHAE (Wer Kalo) OREM (Wer Kubeo? XDQHIN 09 CATETE (Wer taizeo) COKANA (Ver Cocaea) XIKRIN 00 BATAUA (er Kaiseo? OKUIREGATEJE (Wer Baviao) 2 INDIGENAS NA CONSTITUINTE Ja existe um programa minimo dos direitos indigenas. Sera possivel inserevé-lo O FUTURO DOS DIREITOS nna proximma populasio indigena crsieu gbbabwente nos sin Ay Beict Hoje sto mando 226 mil uae, crea de 170 Soctedades dijerentes,falande igual mimero de ln as, spalladas por radootcertérionastona, gbretudo na Jimasinia. Enbora alpurmas desses micrvsectedades ete jum todavia ameacadar dle desaparechnonto, ds vere: sem Soi bars erconl aa none edie lnipseat elo cae tata com es frones de expanado da sociedade nacional sabre pana iter. Etim raclanado sess deli permancoies, de Finer tngusde meas prdpriopoaleres aien aa gece ont Tais direitos, na sua formulaedo mats geral, estardo em joxo durante a Assembigia Nacional Constituinte. Diante da es- poroda hegemonia coatervadora no proximo Congres agravada pela distancia e 0 grau de simpatia “genérica ‘gue 08 setores mais progressista: term da questiio ¢ as pol ticas indigenas, aguardamn-se grandes dificuldades para a lnscricao dos diretios permanentes dos povos indigenas na Constituigto, superando a atual candicde da tutela, por um ceonjuunto de garantias que expressem o futuro desejado peles fréprios povos indigenes poles stores que apoiam suas Acontece que toda a idsologia oficial em vigor desde oruito tempo, com buse na gual etd fundamentada a atual legis lepio de protepae aos interesses indigenas (lanto na Cone. titwigio, como na legislagao complementar), parte do pre suposto de que "oi tndios" so ume categoria (ransitoris, 4G quel, portant ndo se deve rweeonhecer direitos perme hentes, mas condigGes provisorias orientadis @ sit assinn logio d geisia pera brasileira. Cancorrem neste sentico, no plano da lepislagao ordinéria, o Estatsio do Indio (lei n? 6.001 de 197i\eapripria acan do drgio indigenisea oficial a FUNAL freatientemente complementada pela agdo "civ Hoadora"de agéncias de carkter confessional. A “qnestdo indigena” foi alpadta a condizdo de “seguranga nacional’"e as decicdes sobre a demarcagio das terras esta a mesa do CSN ena mira de uma cetratégia mais ampla de controle das fronteirasinternas ¢ externas do pais. Vale lem rar, ainda, « presenga dos interesses economices (estarais & privados) que cortam (estradas, linkas de transmissao), inundam (barragens), devastam (madeireiras\, invadem lagrapecudriae) # cavam até « lado de baixe do chi dos lerririos indigenas (mineradoras), para as quis os indios sao meror “obstdeulos"’ interesses que, certamente, estarao bem representades no préximo Congresso Nacional, Cons- itwinte Remando contra a maré, esté a prépria resisténcta (hisié rica) dos poves indigenas ea presenca marcarte de varios de feus representantes no ceniro da cena politica do pats, desde meados dos anos 70. Esta também um conjunto de organé 1cées de apoio — civis e eclesidsticas — aue incorporaram 28 povos indigenas como “aliadas do futuro” gue se quer paraa democracia no pals. Hé também wn movimento do opinido publica, « nivel nacional e iniernacional, que dé forga és betas dos iudios em momentos de crise aguda Levande em conta este quadro, a UNI ~ Unido das Nagées Indigenas — com a colaboracdo de vérias oreanizacdes de apoio, ccordenow os rrabalhos de elaberagio de um PRO GRAMA MINIMO (reprodusido a coguir), que ji conta com nas de adesaes, entre centrais sindicais, associagées pro isstonats,iprejas e outros setores dasoctedade, A ampla divalgagao deste programa de pontos minimos, a a incormora¢ao nas pastas dle reisindicacées de movinaen: los eorganizagies de autres setores da sociedade de jato in- teressudas em atanga feapio da opiniio vets parasensibilizar ep 8 fronteiras da democracia 4 mobi tiblica, serdo componentes indispencé essionar 03 canstituintes a apro%a Parece dificil a eleigta de qualquer dos indios condidaros d Constitute. Mas, certamente, muitos indies (como muitos de més) estardy emt Brasil, acompanhendo diretaiente 03 ahalhos do Congress Nacional, ou nas aldeias, atentos ao dio & a TY: aftanito flechas, azeitanda os gravadores e contando os aliados do futuro da democraciano pais. 8 INDIGENAS NO BRASIL/CEDI ~ Aconteceu “ PROGRAMA MINIMO DOS DIREITOS INDIGENAS NA CONSTITUINTE Este programa minimo aponta para os direitos funda- mentais dos povos indigenas, a serem inscritos na nova Contituigao do Bras A garantia dos direitos territoriais ¢ culturais prépries dos povos indigenas, bem como 0 acesso plena parti- cipagao na vida do pals, s&o prineipios basicos para que se possa construir uma Constituigio democratica. Primeiros ocupantes desta terra, os indios foram es pri meiros destitaidos dos seus direitos fundamentais. O res. gate da divida social no Brasil comega aqui. 1. RECONHECIMENTO DOS DIREITOS TERRITORIAIS dos povos indigenas como primeiros habitantes do Brasil. Os indios devem ter garantia a terra, que é 0 seu “habi- tat”, isto é, 0 lugar onde vivem segundo sua cultura e onde viverao suas futuras geragdes. Este direito deve ter primazia sobre outres, por ter origem na ecupagaio ind ‘gena, que 6 anterior a chegada dos europeus. 2. DEMARCACAO E GARANTIA DAS TERRAS INDIGENAS Conforme a Lei N? 6.001/73, terminou em 21 de dezem- rode 1978 o prazo para a demarcagao de todas as terras, indigenas. Hoje, apenas 1/3 das terras esti demarcado, Poriisso, é necessirio colecar esta questo na nova Coi tituigdo Brasileira. Contudo, s6 a demarcagdio nfo basta: 6 preciso que as terras, uma vez demarcadas, sejam efe- tivemente garantidas, para evitar as invasdes constantes que até hoje ocorrem, 3. USUFRUTO EXCLUSIVO, PELOS POVOS INDIGENAS, das riquezas naturais existentes no solo e subsolo dos seus territérios. De nada vale a demarcagao e garantia de suas terras, se 0s indies nfo puderem decidir livremente como usar as Fiquezas do solo e subsolo de seus territérios. Eles tém 0 direito, como poves diferenciados, de escolher como em- pregar estas riquezas. O progresso do Brasil, até hoje, se fer as custas da destruigdo dos indies © da iavasio de sues terras. Agora, deve-se respeitar os poros que resisti- ram, assegurando-Ihes condigoes para uma vida digna e para a livre construglo do seu futuro. 4. REASSENTAMENTO, EM CONDICOES DIGNAS E JUSTAS, DOS POSSEIROS pobres que se encontram em terras indigenas. Os indios nao desejam resolver seus problemas As custas, foro Claudia Anduiar on dos trabalhadores rurais pobres, quo foram ompurrados, para as terras indigenas. Por isso, reivindicam que os posseiros pobres tenham garantido o reassentamento em condigdes que nao os desamparem ou os obriguem a in- vadir novamente territdrios indigenas. 5. RECONHECIMENTO E RESPEITO AS ORGANIZACOES SOCIAIS E CULTURAIS dos povos indigenas com seus projetos de futuro, além das garantias da plena cidadania. © Brasil ¢ um pais pluriétnico, isto é, um pais que tem a sorte de abrigar, entre outros, 170 povos indigenas dife- rentes. Esta riqueza cultural precisa ser garantida em beneticio das geragées futuras de indios e nio-indios. Pa ra isso, a Constituigdo Brasileira deve incluir 0 reconhe cimento das organizagdes sociais e culturais indigenas, assegurando-lhes a legitimidade para defenderem seus diretios e interesses e garantindo-lhes a plena participa- «flo na vida do Pais DIVULGUE, E EXIA 0 COMPROMISSO DOS SEUS CANDIDATOS A CONSTITUINTE UNI — UNIAO DAS NACOES INDIGENAS MST/CONTAG/CUT/CGT/CONAGE/ ABA/CIMI/CONIC/CPT/ABRA/SBPC/ ANDES/MNDDH/ANAI-RS/ANAI-BA/ CPL-SP/CPI-AC/CPI-SE/CTI/CCPY /CEI/ OPAN/CEDI/INESC/CEPIS/IBASE/ FASE/GTME. S) COMISSAO AFONSO ARINOS TEXTO APROVADO PELA COMISSAO PROVISORTA DE ESTUDOS CONSTITUCIONAIS NOS DIAS 11/6/30 L/7/86 Das populagdesindigenas An. 28 —O Govemo Federal, reco nhecendo as populagSes indigenas como parte integrante da comanidade nacis nal, elaboraré legislagao especifiea com YVisias & proteyaa destas populagdes e de seus direitos originarios. Parigrafo nico — Esta legblagio compreenderd medidas tendentes.a: I — Permitir que as referidas popula oes so benaficiom om condigées de igualdade, dos direitos e possibilidades que a legislagio brasileira assegura aos demais seymentos da populagdo, sem prejuizo dos seus usos e costumes espe: social e econ’ mio as referidas populayoes, garantin- doa devida protegao as ‘terras. 3s ins tituigdes, as pestoas, aos bens ¢ 20 (a- balho dos fndios, bem como a preserva. jo de sua identidade. FH — 0 apoio de que (rata o ineiso an- terior ficara.a cargo de um érgio de ad ministragofederat. Ari, 29 — As terras ocupadas pelos i dics so inalieniveis serdo demarc das, # cles eabendo a sua posse porme neate ¢ficando reconhecido oseu direito sousutruto exclusive das riquezas natu- rais do solo e subsolo e de todas as uli lidadesnetas existentes. §1! Sao torras ocupadas pelos indi or eles habitadas, as utilizadas para sues alividades produtivas, bem como todas as necessarias a sua vida segundo seus us0s e costumes préprios, estando Incluidas as areas necesshrize 2 preser- vacio de seu meio-ambiente e de seu pa- trimdnio hiscérico. §2! As terras eeferidas no eaput do arti gopertencem & Unio, s30 indispeniveis, einalterave!a sua destinagao. §3: Ficam declaradas as nulidades © a dos efeitos juridicos dos atos de qualquer natureza gue tenhsm por ob- Jel o dominio, a posse, 0 uso, a oc ‘pagao ou a concessie de terras ocupadas polos indiosou das niquezas naturais do sole do subsolo nelesexistentes, $4" A nulidade ca extingdo de que trate 5 pardgrafo anterior nko dio aos ttula- res de dominio, possuidores, usuaries, ceupamtes ou concessiondrios o direite de ago ou de indenizagio contra os in- dios, salvo contra o poder piblico, por alos par elepratieadhs. Art, 30 — A pesquisa, lavra ou explo ragao de mingrios em terras indigenas poderao ser icitas somente como priviié= gio da Uniao quando hiaja relevant in- terese nacional assim declarado pelo Congresso Nacional para cada case, des- dle que inexistazn reservas conhecidas © snficientes aoconsume interno, expior veis, de riqueza mineral em: questo, em atras partes du tesritério brasiveire, $12 A pesquisa, lavra ov exploragio nineral de que trata este artigo depen- tiem do registro ds demareagio da terra sa no Serviga de Patrimiénio da Uniti c de prévia regulamentasao a ser baixada pelo Orga federal responsivel pela politica indigenista das condigtes fem que se daro a pesquisa, lavrz ou exploragzo. §2! Bicam vedadas a remogdo de grupos indigonas de suas ierzas e aaplicagao de qualquer medida coereitiva que Limite seus direitos & posse e usufmato previstos oar. 29, 838 A exploragio das riquezas minerais em 4rea indigena de um percent valor do faturameato, em ber comunidades indigenss. Art. 31 — O Minsstério Péblico, de off- io ou por determinagio do Congresso Nacional, as comunidades indigenas, suas orgunizagies ¢ Orwies oficiais de ‘olegdo aos indies so partes legitimas para ingressarem em juizoem deiesa dos. interesses dos indios, $18 Nas agdes propostas por comunida- des indigenas ou suas organizagbes, ou contra estas, 0 juiz dard vistas ao Minis- tério Pablico que participard no feito em defesa dointeresse indie §22 Os contratos que envolvam interes ses das comunidades indigenas terio a participario ebsigatéria de suas organi Federais protetoras ¢ do Ministé= rig Publico, sob pena de nuliciace, DOCUMENTO DO PMDB Os participantes do Congresso Nacional do PMDB, realizado em agostode 1980, sprovaram um documento final, de ca riter programético, visando servir de based sua bancada Coastitainte. O item S trala dos “Direitos dos Paves Indige- ‘Bisa sua integra: Antecedentes © programa basico do PMDB, elabo- rado quando formagao, no item Ll dy Capitulo “O PMDB e x Organi 7agiio da Sociedade”, j4 estipulava, cor a clareza que caracteriea todo o doc ment A politica indigenista precisa ser profundamente revista para etiminar o cardter iutelar, O indio precisa ocupar o seu lugar histbrieo de titular de uma eul- tara pripria, que deve ser respeitada. Para isso, o PMDB prope medidas ob- jetivas como a atualizagio do Estat dolndio, para garantir a autonomia daz comunidades; 1 demarvagiio imediata das éreas indigenas; 2 reestrutur FUNAL, para transiormé-la em mento clicaz de delesa efetiva do indio, comecando por confiar sua a Ho a um conselho integrado, ma Flamare, por Hderes indios, antropélo. gos © missionérios, Medides como a “emancipagio legal’, claramente cote tririas aos interesscs’ dos inilios, serio combaticdas pelo PMDB...” Os S pontes ‘que o documento tratava: a titularie- date desuapropria identidade cultural, autonomia dis comunidades, a de marcagio imediata das terras, a reestr turagito da FUNAL, o combate as medi das cortrarias aos interesses ind! ainda estao em vigéneia. Os indios Nagao Brasileira continuam siuardan- doo reconhecimento destes direi:os e a ago concreta do Estado pare sts satis- fagdo. Por isto 0 Congreso do PMDB no poderé ter uma posigdo muito atas- tada daquela expressa em seu Programa Basico, Os pontos programiticos 1. Direito a viver segundo. sua prépria cultura Estado brasileiro, reconhecendo os novos indigenas como parte integrante dacomunhio nacional, deverd resonbe- cer e reapeitar suas formas proprias de anizagio social ¢ politica. Neste sea deve ser abandonada a perspectiva ssimilicionista da politica indigenista oficial que vem persistindo desde o fim daséculo pasado. Osindios tm que ser respeitados como sfio © n&0 coro a s0* ciedade envolvente imagina que doves semser. A tentativa de homogeneizaros gruposculturalmente diferenciados ter- ‘cruel ago elnocida que as bases eulturais de um povo mas nilo & eapaa de Ine dar novos valores que ‘o mantenha integra social e eticamente. Neste sentido, o respeito as forms espe cificas de organizagio passa a ser um direltode todos os grupos culturalmente difererc’ 6 INDIGENAS NO BRASIL/CEDI 2. ODirelioa Terra Os indios nao t€m na terra apenas um meio de produc de riquezas. Sua or- ‘ganizagdo social, cultura e vida depen- dem da relagdo com a terra. Mas 180 com qualquer terra, tem que ser com 0 territério ao qual se integram e do qual sto capazes de extrair seus alimentos, seus remédios, seus instruments e sua arte e fazer magica e colorida as suas vidas. Este territério, porcio de meio ambiente onde se integra cada uma das rages indigenas tem que ser respei- tado. © Estado brasileiro dever garantir os direitos & continuidade de ocupacdo e uso destas terras pelas populagdes indi- ‘genas. Alids, este direito, em que pese a sistemitica violagdo, ja esté recomhecido na legistagzo colonial, no Império e nas Constituigdes republicanas a partir de 1934, faz parte de nosso sistema juri- ico. Oconceito de terra indigena, na defi 20 desua extensao, deve ser 0 coneceito de habitat, isto é, a terra indigena & aguela necessaria para que 0 grupo pos- sa no s6 sobreviver fisicamente, mas acima de tudo, reproduzir sua cultura. ‘Assim, o terrt6rio indigena compreende © espaco utilizado para habitar, produ- zit alimentos, cagar, pescar e desenvol- ver a coleta de frutos. Urge a regula ‘mentagdo das terras indigenas quanto & preservagao do meio ambiente e a com- patibilizacio com reservas florestais parques nacionais, estaduais e munici- pais. 3. Direito’ protecdo pelo Estado Brasiletro Ostado Brasileiro tem o dever de pres- tar garantia jurisdicional aos povos indi- genas, de tal forma que o Ministério Pi- blico possa intervir sempre que tiver a informagdo de que as leis protetoras es- tejam sendo vicladas. Assim, o indio, a comunidade indigena ou qualquer cida- dio brasileiro pode solicitar do Ministé- rio Pablicoa propositure de agaocivil ow criminal para reparar violag0 ao direito indigena, e, em nao havendo providén- cias do Ministério Pablico, propor dire- tamente as agdes civeis cabiveis, isen- tas sempre de custes © com preferéncia sobre quaisquer outras. Além da garan- tia jurisdicional, o Estado brasileiro da- ra, através da Administracio Federal, apoio social e econémico as popalagies indigenas, bem como incentivo ao de- seavolvimento segundo sua propria von- tadee cultura. Aeducacto seri sempre bilingtie ¢ livre ‘uso dos idiomas indfgenas. O Congres- so Nacional conhecera as dentincias de violagto dos direitos indigenas ¢ poder determinar medidas coneretas de res- tauragao de direitos, 4, Direito alivreorganizacio OPMDB reconhece 0 Direito dos indios de se organizarem segundo sua possibi- lidade, por regives, por nagdes ou por idiomase com uma organizagio de nivel nacional, que possa representar 0 con: junto dos indios perante o Estado brasi- leiro. Como todo cidadao brasileiro, os indios tém direito a sua organizagio de acordo com seus interesses, convenién- ciase possibilidades, A nova Constituigdo eos indios © PMDB, através da sua bancada cons: tituinte, faré com que os direitos acima consignados fagam parte integrante da nova Constituicio, para que seiam efeti- vamente respeitada a possibilidade de reprodugo cultural dos fadios, quer di zer, que as nagies indigenas possam rover ela mesma o seu desenvolvimen- to, com respeito as suas tradicées, usose costumes. As terras indigenas, tendoem vista o sis: tema juridico brasileiro, devem perme- necer na categoria juridiea de bens pi blicos federais, entendidas como territ rio indigena de posse permanente e ex- clusiva da Naglo indigena respectiva, intransferiveis, indisponiveis, piveis e destinadas constitucionalmente a0 us0 € aproveitamento exclusivo de to- das as riquezas naturais do solo e sub- sole, vegetais, animais e minerais, peles proprios povos indigenas, (Texto apro- ‘ado emplenirioem Brasilia, 26/8/80). INDIOS CANDIDATOS fotoCladdia Andujar COPY Davi Yanomani, PT/RR, n? 1325 32 anos, aprendeu 0 portugués com missiondios que trabalhavam com gru- pos de contato recente, presenciou 0 desaparecimento de boa parte dos seus parentes de aldeia, vitimados pelas do- engas trazidas pelos trabalhadores que construfram a rodovia Perimetral Nor- te, cortando suas terras, no inicio dos anos 70. Ingressou nos quadros da Fu- nai acompanhando, por dez. anos, fren- tes de atragiio de indies “‘arredios", mo intérprete. Trabalhou em Boa Vista € em outras aldsias Yanomami, no atendimento de satide. Foi escoli candidato, juntamente com Gilberto Macuxi, durante reunido de lideranga indigenas em Boa Vista, em julho de 1986. ‘lastia Andjae/CCPY Gilberto Pedroso Lima Macaxi, PT/RR, n° 1323 33 anos, 20s 24 veio viver em Bea Vista, onde teve varios empregos. Desle 1986, rmantém contatos com as liderangas in- digenas de aldeia que vém & capital do territSrio encaminhar dendncias e rei- indicagées. A partir de 1985, passou a administrar a Casa de Apoio, mantida pela lgreja Cat6lica local em Boa Vista, indicado pelos Tuxauas. Foi também tum grupo de tuxduas que o indicou candidato, numa reunido hayida em Boa Vista no dia 27 de julho de 86. Es- ti comprometido com o “Programa Mi- nimo”, com énfase em algumas ques- tes locais: proibigdo da entrada de ga- rimpeiros, colonos e policiais nas éreas indigenas, e a grave questio da demar- cago das terras Macuxi/Wepixana/ Taurepang/Ingarik ea criagio do Parque Yanomami.

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