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Quarta-feira, 20 de junho de 2018 I Série


Número 40

BOLETIM OFICIAL
ÍNDICE
2 538000 009253

CONSELHO DE MINISTROS:
Decreto-lei nº 36/2018:
Aprova os Estatutos do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário. ..............1004
Decreto-lei nº 37/2018:
Estabelece o regime de atribuição da tarifa social para o fornecimento de energia elétrica a aplicar a
clientes finais economicamente vulneráveis. ................................................................................1011
Decreto-lei nº 38/2018:
Cria o Instituto Marítimo Portuário e aprova os respetivos Estatutos. ...........................................1012
Decreto-lei nº 39/2018:
Cria a Taxa de Segurança Marítima..................................................................................................1023
Decreto-lei nº 40/2018:
Estabelece a estrutura, a organização e as normas de funcionamento do Ministério da Educação. ............. 1027
Decreto-lei nº 41/2018:
Estabelece o regime de atribuição da tarifa social de abastecimento de água a aplicar a consumidores
finais economicamente vulneráveis. ..............................................................................................1052
Resolução nº 51/2018:
Autoriza as admissões na Administração Pública para o ingresso de quadros no Ministério da Saúde
e da Segurança Social. ...................................................................................................................1054
Resolução nº 52/2018:
Autoriza as admissões na Administração Pública, para o recrutamento de Pessoal de Apoio Operacional
para o Hospital Central Dr. Baptista de Sousa. ...........................................................................1054
Resolução nº 53/2018:
Autoriza a alteração e renovação do alvará da Rádio e Tecnologias Educativas, que exercia atividade
de radiodifusão de cobertura regional, passando para cobertura nacional. ................................1055
Resolução nº 54/2018:
Autoriza a renovação do alvará da Rádio Crioula FM, que exerce atividade de radiodifusão de cobertura
nacional. ..........................................................................................................................................1055
Resolução nº 55/2018:
Autoriza a celebração do contrato de prestação de serviços entre a Direção-geral do Planeamento, Orçamento
e Gestão do Ministério da Saúde e da Segurança Social e, o Senhor Manuel Gomes, médico aposentado,
para exercer as funções de médico no Hospital Central Dr. Agostinho Neto. ..................................1056
 Resolução nº 56/2018:
Cria uma estrutura de missão para elaborar um plano de ação concreto e imediato, atinente à resolução
dos problemas causados pelos navios encalhados, fundeados e abandonados na Baía do Porto Grande
do Mindelo. .....................................................................................................................................1056

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1004 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

CONSELHO DE MINISTROS Artigo 4.º

Entrada em vigor
––––––
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
Decreto-lei nº 36/2018 de sua publicação.
de 20 de junho Aprovado em Conselho de Ministros de 10 de maio
de 2018.
Pelo Decreto-Lei n.º 80/97, de 30 de dezembro, foram
aprovados os Estatutos do Instituto Nacional de Investigação José Ulisses Correia e Silva - Olavo Avelino Garcia
e Desenvolvimento Agrário (INIDA). Correia - Gilberto Correia Carvalho Silva

Volvidos um pouco mais de 20 anos, é chegado o Promulgado em 13 de junho e 2018


momento de, face aos novos objetivos da investigação
agrária, adaptá-los às atuais exigências da investigação Publique-se.
agrária e aos fins que se pretendem alcançar.
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
Pretende-se, ainda, consolidar as suas importantes ALMEIDA FONSECA
atribuições no domínio da agropecuária, que, de resto, ANEXO
lhe tem permitido habilitar os decisores políticos com (A que se refere o artigo 1.º)
informações especializadas em ciência e tecnologia,
antecipando as procuras sociais, particularmente quanto ESTATUTOS DO INSTITUTO NACIONAL
aos processos de elaboração de políticas de regulamentação DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO
pública em matéria de investigação e desenvolvimento AGRÁRIO
agrário e rural.
CAPÍTULO I
Impõe-se, por outro lado, atualizar os Estatutos da
INIDA à luz das disposições do novo Regime Jurídico dos DISPOSIÇÕES GERAIS
Institutos Públicos, aprovado pela Lei n.º 92/VIII/2015,
de 13 junho. Artigo 1.º
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Assim, considerando que o INIDA é um laboratório Natureza e regime jurídico


do Estado, que visa aumentar, através da produção de 1. O Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento
conhecimento científico, a competitividade dos sistemas Agrário, abreviadamente designado por INIDA, é um
agrários e dos sistemas de produção; serviço personalizado do Estado, gozando da personalidade
coletiva pública e da inerente autonomia administrativa,
Considerando que é essencial normalizar e controlar a
financeira e patrimonial.
qualidade dos fatores de produção colocados ao serviço dos
agricultores, investigar as técnicas avançadas e métodos de 2. O INIDA rege-se pelas normas constantes dos
produção existentes, promovendo a sua devida adaptação presentes Estatutos, respetivos regulamentos internos,
a realidade Cabo Verdiana; e demais legislações aplicáveis aos institutos públicos, em
especial, e às pessoas coletivas públicas, em geral.
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do artigo 204.º
da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Artigo 2.º

Artigo 1.º Sede e delegações

Aprovação O INIDA tem sede em São Jorge dos Órgãos, ilha de


Santiago, podendo ter delegações e/ou representações em
São aprovados os Estatutos do Instituto Nacional de outros pontos do território nacional.
Investigação e Desenvolvimento Agrário - INIDA, em
Artigo 3.º
anexo ao presente diploma, do qual fazem parte integrante.
Missão
Artigo 2.º

Regime supletivo
O INIDA tem por missão:

a) Habilitar os decisores políticos com informações


É aplicável ao INIDA, em tudo o que não estiver previsto
especializadas em ciência e tecnologia, antecipando
nos respetivos Estatutos, o regime jurídico geral dos
as procuras sociais, particularmente quanto
institutos públicos, aprovado pela Lei n.º 92/VIII/2015,
aos processos de elaboração de políticas de
de 13 de julho.
regulamentação pública em matéria de investigação,
Artigo 3.º desenvolvimento agrário e rural;

Revogação b) A promoção da competitividade dos sistemas


agrários e dos sistemas de produção, através
É revogado o Decreto-Lei n.º 80/97, de 30 de dezembro. da produção do conhecimento científico.

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Artigo 4.º Artigo 5°
Atribuições Superintendência
1. São atribuições do INIDA: O INIDA funciona sob a superintendência do membro
a) A investigação, experimentação e desenvolvimento do Governo responsável pela área Agrária.
no campo das ciências e tecnologias agrárias e
CAPÍTULO II
dos recursos naturais;
b) A produção de conhecimento científico para reforçar ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
a competitividade dos sistemas agrários e dos Secção I
sistemas de produção para o desenvolvimento Órgãos
rural, tendo como orientações prevalecentes
a qualidade e a diversificação dos produtos e Artigo 6.°
atividades nas vertentes vegetais, hortofrutícolas, Composição
florestais e animais;
São órgãos do INIDA:
c) A divulgação dos conhecimentos científicos e
tecnológicos disponíveis no âmbito dos setores a) O Conselho Diretivo;
agrícolas, silvícola, pecuária e ambiental;
b) O Fiscal Único; e
d) Formação e transferência de tecnologias nas áreas
da sua competência; c) O Conselho Consultivo.
Subsecção I
e) A segurança alimentar e o uso sustentado dos
recursos naturais, contribuindo para incrementar Conselho Diretivo
a ciência e a tecnologia agrária a nível nacional, Artigo 7.º
sobretudo pela difusão da cultura científica e
tecnológica junto dos agricultores, produtores Natureza e composição
e decisores; 1. O Conselho Diretivo é o órgão responsável pela
f) Contribuir para o aumento da produção e o definição da atuação do INIDA, bem como pela direção
rendimento dos agricultores e produtores através dos respetivos serviços, em conformidade com os presentes
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da investigação aplicada no sector agrário. Estatutos, as orientações governamentais, e a lei.


2. Na realização das suas atribuições, o INIDA atua no 2. O Conselho Diretivo é composto por um Presidente e
quadro das políticas definidas pelo Governo, competindo- dois vogais, providos nos termos da lei, podendo os vogais
lhe, designadamente: exercer suas funções em regime não executivo.
a) Preparar, propor e atualizar o Plano Estratégico 3. O Presidente é substituído, nas suas faltas e
do Sistema Nacional de Investigação Agrária impedimentos, pelo vogal que ele indicar, e na falta de
(SNIA); indicação é substituído pelo vogal mais antigo.
b) Coordenar e garantir o funcionamento do SNIA, 4. Por razões de urgência devidamente fundamentadas, o
visando a cooperação entre os seus membros; Presidente do Conselho Diretivo ou quem o substituir nas
c) Apoiar, nos aspetos consultivos e técnicos, as suas ausências e impedimentos, pode praticar quaisquer
atividades de experimentação e de demonstração atos da competência do Conselho Diretivo, os quais são,
a nível regional; no entanto, sujeitos a ratificação na primeira reunião
ordinária seguinte do Conselho Diretivo.
d) Promover a cooperação com instituições congéneres,
nacionais e internacionais, nas áreas de investigação, Artigo 8.º
formação e desenvolvimento; Competência
e) Coordenar e articular as suas ações com as de outros
1. O Conselho Diretivo é responsável pela representação
organismos nacionais, públicos ou privados, com
do INIDA e coordenação a nível nacional de todos os
competência nas áreas de investigação, formação
programas e projetos de investigação agrária.
e desenvolvimento agrário ou em áreas conexas,
de modo a assegurar uma eficiente unidade e 2. Compete ao Conselho Diretivo:
coerência de ação global do sistema;
a) Aumentar a disponibilidade e utilização de tecnologias
f) Prestar, mediante contrato, assistência técnica inovadoras e apropriadas;
a todas as entidades privadas ou públicas
interessadas no desenvolvimento agrário; b) Elaborar opções estratégicas que permitem a
utilização e tomada de decisão por parte dos
g) Prestar assessoria qualificada ao membro do Governo políticos, das instituições e dos mercados;
responsável pela área Agrária;
c) Reforçar e operacionalizar o SNIA;
h) O mais que lhe for cometido por lei ou determinado,
nos domínios da investigação, formação e d) Facilitar e satisfazer a demanda dos clientes do
desenvolvimento agrário, pelo membro do setor agrícola, relativamente as inovações
Governo responsável pela área Agrária. geradas pelo SNIA;

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e) Gerir eficazmente os resultados produzidos pela Artigo 9°


coordenação do SNIA; Presidente
f) Coordenar sinergias entre instituições e atores
1. O Presidente é provido nos termos da lei, de entre
do SNIA;
indivíduos de reconhecida idoneidade e competência em
g) Reforçar as capacidades e desenvolvimento de matéria de investigação e desenvolvimento agrário.
competências no SNIA;
2. Compete, designadamente, ao Presidente:
h) Mobilização de recursos necessários à implementação
do Plano Estratégico do SNIA; a) Presidir às reuniões, orientar os seus trabalhos
e assegurar o cumprimento das respetivas
i) Reforçar as competências internas do INIDA, enquanto deliberações;
instância coordenadora do SNIA, emanando
orientações estratégicas do desenvolvimento b) Presidir o SNIA;
rural. c) Representar o INIDA em juízo e fora dele;
3. Compete ainda ao Conselho Diretivo, designadamente:
d) Assegurar as relações com os órgãos de superintendência
a) Elaborar os planos anuais e plurianuais de atividades e com os demais organismos públicos;
e assegurar a respetiva execução;
e) Solicitar pareceres aos órgãos de fiscalização e ao
b) Elaborar o relatório de atividades; Conselho Consultivo;
c) Exercer os poderes de direção, gestão e disciplina f) Exercer as competências que lhe sejam delegadas
do pessoal; pelo Conselho Diretivo;
d) Aprovar os regulamentos previstos no presente g) Convocar e presidir as reuniões do Conselho Diretivo
Estatutos, e os que sejam necessários ao e do Conselho Consultivo;
desempenho das atribuições do instituto;
h) Despachar os assuntos da competência própria do
e) Praticar os demais atos de gestão decorrentes da INIDA, que por lei não careçam de aprovação
aplicação dos Estatutos e necessários ao bom do Conselho Diretivo;
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funcionamento dos serviços;


i) Promover a elaboração e aprovação dos projetos
f) Exercer os poderes que lhe tenham sido delegados
de instrumentos de gestão previsional e dos
pelo membro do Governo da superintendência;
documentos de prestação de contas do INIDA,
g) Elaborar os pareceres, estudos e informações que bem como das alterações aos mesmos que se
lhe sejam solicitados pelo membro do Governo mostrarem necessárias;
da superintendência;
j) Promover a elaboração dos regulamentos internos
h) Constituir mandatários do INIDA, em juízo e fora dos serviços do INIDA, bem como as respetivas
dele, incluindo com o poder de subestabelecer; alterações;
i) Designar um secretário a quem cabe certificar os k) Preparar e propor superiormente o Plano Nacional
atos e deliberações. do Sistema de Investigação Agrária e os respetivos
j) Aprovar o provimento de cargos de chefia dos serviços planos anuais;
do INIDA a ser homologado pela entidade de l) Propor a abertura e o encerramento das Delegações
superintendência. e/ou representações;
4. Compete ao Conselho Diretivo, no domínio da gestão m) Assegurar a execução dos instrumentos de gestão
financeira e patrimonial, designadamente: provisional e dos regulamentos do INIDA, das
a) Elaborar o orçamento anual e assegurar a respetiva deliberações dos seus órgãos colegiais e das
execução; decisões da entidade de superintendência;

b) Elaborar a conta de gerência; n) Propor ao Conselho Diretivo o quadro de pessoal


do INIDA, a ser homologado pela entidade de
c) Gerir o património; superintendência;
d) Aceitar doações, heranças ou legados;
o) Propor ao Conselho Diretivo o provimento de
e) Autorizar, nos termos da lei, despesas necessárias cargos de chefia dos serviços do INIDA, a ser
ao funcionamento do INIDA; homologado pela entidade de superintendência;
f) Assegurar as condições necessárias ao exercício do p) Propor ao Conselho Diretivo a admissão de pessoal
controlo financeiro e orçamental pelas entidades ou a cessação do respetivo vínculo funcional ou
legalmente competentes; laboral, nos termos das leis e normas aplicáveis;
g) Exercer os demais poderes previstos nos Estatutos q) Exercer a ação disciplinar sobre o pessoal do INIDA,
e que não estejam atribuídos ao outro órgão. nos termos da lei;

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r) Manter a entidade de superintendência informada Subsecção III


sobre as atividades do INIDA, apresentar-lhe, Conselho Consultivo
para autorização, aprovação ou homologação, os
Artigo 12.º
assuntos que dela careçam, nos termos legais;
Natureza e composição
s) Adjudicar ou contratar serviços, obras e fornecimentos
para a realização das atribuições do INIDA, 1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta, apoio e
aprovados pelo Conselho Diretivo; de participação na definição das linhas gerais de atuação
do INIDA e nas tomadas de decisão do Conselho Diretivo.
t) Participar nos órgãos consultivos da entidade de
2. O Conselho Consultivo é constituído por:
superintendência, nos termos da lei; e
Presidente do Conselho Diretivo, que preside;
u) O mais que lhe competir nos termos da lei.
a) Um representante da Direção de Administração,
Subsessão II Finanças e Património;
Fiscal Único b) Um representante da Direção de Investigação,
Artigo 10.º Inovação e Tecnologia;

Nomeação e composição c) Um representante da Direção de Planificação,


Informação e Formação;
1. O Fiscal Único é o órgão responsável pelo controlo da
legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e d) Um representante das delegações e/ou das unidades
patrimonial do INIDA, e de consulta do Conselho Diretivo regionais de investigação;
nesse domínio. e) Duas individualidades designadas pelo membro
do Governo que superintende a área Agrária; e
2. O Fiscal Único, é designado por despacho dos membros
do Governo responsáveis pelas áreas das Finanças e da f) Duas individualidades designadas pelo membro
superintendência, obrigatoriamente de entre as sociedades do Governo que superintende a área do Ensino
de auditores ou contabilistas certificados. Superior, Ciência e Tecnologia.
3. O Conselho Consultivo reúne-se ordinariamente pelo
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Artigo 11.º
menos duas vezes por ano, e extraordinariamente sempre
Competência
que convocado pelo seu Presidente, por sua iniciativa, ou
Compete ao Fiscal Único: por solicitação do Conselho Diretivo, ou a pedido de um
terço dos seus membros.
a) Acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento Artigo 13.º
das leis e regulamentos aplicáveis, a execução
orçamental, a situação económica, financeira e Competência

patrimonial, e analisar a contabilidade; Compete ao Conselho Consultivo, designadamente:


b) Dar parecer sobre o orçamento e sobre as suas a) Emitir parecer sobre o Plano Estratégico do Sistema
retificações e alterações; Nacional de Investigação Agrária e respetivos
planos anuais;
c) Dar parecer sobre o relatório de conta de gerência;
b) Acompanhar a execução dos programas e/ou projetos
d) Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, de investigação e desenvolvimento, velando pela
alienação e oneração de bens imóveis; sua qualidade; e
e) Dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças c) Demais competências previstas na lei.
ou legados; Secção II

f) Dar parecer sobre a contração de empréstimos, Serviços


quando o instituto esteja habilitado a fazê-lo; Artigo 14.º

g) Manter o Conselho Diretivo informado sobre os Estrutura


resultados das verificações e exames a que 1. O INIDA organiza-se nas seguintes direções de serviço:
proceda;
a) Direção de Investigação, Inovação e Tecnologia;
h) Elaborar relatórios da sua ação fiscalizadora,
b) Direção de Planificação, Informação e Formação; e
incluindo um relatório anual global;
c) Direção de Administração, Finanças e Património.
i) Propor a realização de auditorias externas, quando
isso se revelar necessário ou conveniente; 2. Cada uma das direções de serviço previstas no número
anterior é dirigida por um Diretor de Serviço, provido nos
j) Pronunciar-se sobre todos os assuntos que lhe sejam termos da lei, mediante proposta do Conselho Diretivo.
submetidos pelo Conselho Diretivo.
3. Integra ainda o serviço do INIDA, a Unidade de
k) Demais competências nos termos definidos na lei. Coordenação das Representações Regionais de Investigação.

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Artigo 15.º c) Coordenar, em articulação com o órgão central do
Direção de Investigação, Inovação e Tecnologia sistema estatístico nacional, a recolha, tratamento
e divulgação de informação estatística referente
1. A Direção de Investigação, Inovação e Tecnologia, é o a recursos agrícola, silvícola e pecuária;
serviço operativo do INIDA ao qual incumbe designadamente:
d) Coordenar a informação e documentação agrícola
a) Colaborar com a Direção de Planificação, Informação existente no país e toda a informação que venha
e Formação, na elaboração dos programas anuais a ser considerada necessária ao desenvolvimento
e plurianuais de investigação; da atividade do INIDA, através do Centro
b) Coordenar o desenvolvimento das atividades Nacional de Investigação e Desenvolvimento
de investigação em interação com as demais Agrário - CNIDA;
direções de serviço, Unidade de Coordenação e) Zelar pela produção de estudos agroeconómicos e
das Representações Regionais de Investigação, socioeconómicos das famílias agrícolas;
estações experimentais e grupos multidisciplinares
de investigação; f) Apoiar os agricultores na planificação agropecuária
durante o ano;
c) Coordenar a interação com os parceiros de investigação,
nomeadamente a Direção Geral da Agricultura, g) Elaborar materiais de apoio à formação e capacitação
Silvicultura e Pecuária (DGASP), os agricultores, de técnicos e extensionistas em parceria estreita
outros parceiros, e ainda com outras instituições e com a DGASP;
redes de investigação nacionais e internacionais;
h) Coordenar a execução dos programas de formação
d) Coordenar os programas e/ou projetos do SNIA e profissional agrária e a sua interação com as
velar pelo seu cumprimento; atividades de investigação;
e) Promover a cooperação científica sub-regional, i) Elaborar os programas anuais e plurianuais de
internacional e a participação da diáspora formação profissional agrária e promover o
cabo-verdiana nas atividades desenvolvidas empreendedorismo no setor agropecuário através
nos programas do SNIA; de difusão e transferência de conhecimentos
científicos e tecnológicos;
f) Coordenar a execução das tarefas assumidas no
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âmbito do SNIA. j) Coordenar a interação do INIDA com outras


instituições e redes de formação nacionais, ou
2. A Direção de Investigação, Inovação e Tecnologia,
internacionais.
integra as seguintes áreas técnicas:
a) Serviço de Agricultura e Pecuária, que é o serviço k) Coordenar a elaboração e a difusão de pacotes
operativo encarregado de executar e desenvolver tecnológicos, artigos, revistas, brochuras, manuais,
as atividades de investigação nas áreas de folhetos e livros, resultados de investigação,
horticultura, fruticultura, culturas pluviais, inovação e tecnologias junto dos diferentes
proteção vegetal, e pecuária; atores de desenvolvimento agrário;

b) Serviço de Ciências do Ambiente, que é o serviço l) Sensibilizar e monitorizar o processo de adoção de


operativo encarregado de executar e desenvolver tecnologias apropriadas desenvolvidas pelo INIDA,
as atividades de investigação nas áreas de junto dos agricultores, criadores e produtores;
recursos naturais, incluindo a biodiversidade, m) Coordenar a difusões periódicas ou pontuais dos
solos, agrometeorologia e hidrologia, bem como eventos, inovações e tecnologias junto dos meios
o seguimento dos efeitos ambientais resultantes de comunicação.
da interação desses recursos; e
n) Zelar pelo seguimento e monitorização dos resultados
c) Serviço de Qualidade e de Certificação, que é o e impactos de cada projeto inscritos no Sistema
serviço operativo encarregado de proceder à Integrado de Gestão Orçamental e Financeira
certificação da qualidade e segurança dos produtos (SIGOF).
alimentares e outros de interesse público.
Artigo 17.º
Artigo 16.º
Direção de Administração, Finanças e Património
Direção de Planificação, Informação e Formação
Compete à Direção de Administração, Finanças e
Compete à Direção de Planificação, Informação e
Património, designadamente:
Formação:
a) Elaborar o projeto de orçamento anual do INIDA;
a) Elaborar e dar seguimento aos programas anuais e
plurianuais de investigação e formação profissional b) Assegurar a execução de tarefas no âmbito da
agrária; gestão financeira, patrimonial e de recursos
humanos do INIDA;
b) Coordenar o desenvolvimento de estudos e projetos
na área de investigação e formação profissional c) Zelar pelo cumprimento dos resultados traçados
agrária; no SIGOF;

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d) Apresentar o relatório de execução técnica e 3. No desempenho das suas tarefas, os representantes


financeiro do INIDA; regionais, dependem das delegações regionais da
entidade de superintendência, e recebem orientações da
e) Promover a participação dos seus colaboradores na
Unidade de Coordenação do INIDA através do delegado
formação e capacitação contínua, em diferentes
do departamento governamental de superintendência a
áreas de administração, finanças, contabilidade,
nível dos municípios.
recursos humanos e património;
f) Assegurar o aprovisionamento do INIDA; 4. No desempenho das suas funções, o delegado da
entidade de superintendência trabalha em estreita
g) Controlar a execução física e financeira de todos colaboração com o INIDA, visando o alcance dos objetivos
os projetos e programas financiados por outros e metas traçados pela política do setor agropecuário.
organismos não estatais;
CAPÍTULO III
h) Executar e manter atualizada a contabilidade
do INIDA; GESTÃO
i) Cobrar e arrecadar receitas, e pagar despesas Artigo 19.º
devidamente autorizadas do INIDA; Princípios
j) Assegurar o expediente e arquivo geral do INIDA; O INIDA deve, designadamente, privilegiar a via
k) Organizar e manter atualizada todos os processos indireta para o fornecimento contínuo de bens e serviços,
dos recursos humanos do INIDA; a prestação de serviços auxiliares e de segurança de
instalações, a expedição de correspondência ordinária, a
l) Organizar e manter atualizado e em bom estado de
prestação de assistência técnica, a elaboração de estudos,
uso e de funcionamento, todos os patrimónios
pareceres ou projetos, sempre que tal método assegure
móveis e imóveis do INIDA;
um controlo mais eficiente dos custos e da qualidade do
m) Demais funções que lhe forem conferidas por lei serviço prestado.
ou regulamentos do INIDA. Artigo 20.º
Artigo 18.º
Contabilidade
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Unidade de Coordenação das Representações Regionais


de Investigação 1. A prestação de contas rege-se, fundamentalmente,
1. A Unidade de Coordenação das Representações pelo disposto nos seguintes instrumentos legais e
Regionais de Investigação depende diretamente do Presidente regulamentares:
do INIDA, e é composta pelos representantes regionais a) Lei de Bases do Orçamento do Estado;
do departamento governamental de superintendência
nomeados nas ilhas. b) Plano Nacional de Contabilidade Pública;
2. Compete à Unidade de Coordenação das Representações c) Regime Jurídico da Tesouraria do Estado;
Regionais de Investigação:
d) Lei de Organização e Processo do Tribunal de Contas;
a) Colaborar na elaboração dos programas anuais e
plurianuais de investigação e formação profissional e) Instruções emanadas pelo Tribunal de Contas; e
agrária, através de uma abordagem participativa f) Diplomas anuais de execução orçamental.
de todos atores;
2. Aplicam-se os princípios da unicidade de caixa, da
b) Executar e coordenar as políticas para os setores
unidade de tesouraria e da não consignação de receitas
da agricultura, silvicultura, pecuária, segurança
e do controlo financeiro.
alimentar, recursos naturais e ambiente a nível
regional, de acordo com as normas funcionais 3. O INIDA deve preparar um balanço anual do seu
emanadas pelos serviços centrais departamento património, devendo figurar em anotação ao balanço a
governamental responsável pela área agrária, e lista dos bens dominiais sujeitos à sua administração.
em articulação com as autarquias, as delegações do
Artigo 21.º
departamento governamental de superintendência
nos municípios, e organizações representativas Património
do mundo rural;
O património privativo do INIDA é constituído pela
c) Promover a assistência técnica aos agricultores, empresas universalidade dos bens, valores, direitos e obrigações que
agrárias e as unidades agrárias familiares, nos legalmente adquira ou lhe sejam afetados pelo Estado.
domínios e áreas da competência do INIDA;
Artigo 22.º
d) Incentivar e promover a empresarialização do Receitas
setor, o desenvolvimento do associativismo,
do cooperativismo e apoiar a modernização da 1. Constituem receitas do INIDA:
agricultura nas respetivas áreas de jurisdição;
a) O produto da venda dos bens e serviços que produza;
e) Executar outras funções que lhes sejam cometidas
pelo Presidente. b) Os rendimentos de bens próprios;

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1010 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

c) Os donativos que lhe sejam atribuídos por quaisquer CAPÍTULO IV


entidades públicas ou privadas, nacionais e
internacionais; e SUPERINTENDÊNCIA DO GOVERNO
Artigo 27.º
d) Quaisquer outras receitas provenientes da sua
atividade ou que por lei, pelos seus Estatutos Entidade tutelar
ou por contrato, lhe devam pertencer.
A superintendência do Governo sobre o INIDA incumbe
2. Para além das receitas próprias, o INIDA beneficia ao membro do Governo responsável pela área agrária,
ainda, nos termos da lei, de comparticipações, transferências que pode delegar os seus poderes em Secretário de Estado
e subsídios provenientes do Orçamento do Estado. dele dependente, quando existir.
3. O INIDA pode, mediante autorização dos membros Artigo 28.º
do Governo responsáveis pela área das finanças e da
Poderes de superintendência
superintendência, contrair empréstimos a curto, médio
e a longo prazo para a realização das suas atribuições. Compete à entidade de superintendência:
Artigo 23.º
a) Orientar superiormente a atividade do INIDA,
Despesas indicando-lhe as metas, objetivos, estratégias e
critérios de oportunidade político administrativa,
Constituem despesas próprias do INIDA as que resultem enquadrando-o setorial e globalmente na
de encargos com o seu funcionamento, as decorrentes Administração Pública e no conjunto das atividades
da prossecução das respetivas atribuições, bem como os culturais do país, podendo pedir esclarecimento
custos de aquisição, manutenção e conservação dos bens, sobre decisões internas assumidas pelo Conselho
equipamentos de serviço de que careçam para o efeito. Diretivo, sempre que achar necessário;
Artigo 24.º
b) Orientar o INIDA na execução da política pública
Fiscalização e prestação de contas para o setor agropecuário, enquanto coordenador
do SNIA;
O INIDA está sujeito ao controlo financeiro do Tribunal
de Contas, bem como da Inspeção Geral das Finanças, nos c) Aprovar os instrumentos de gestão provisional
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termos da legislação competente, devendo anualmente do INIDA;


submeter o competente relatório às referidas instituições.
d) Determinar inquérito, sindicâncias e inspeções
Artigo 25.º
ao INIDA;
Regime de pessoal
e) Aprovar os documentos de prestação de contas do
1. Ao Pessoal do INIDA aplica-se o regime do contrato INIDA antes da sua submissão ao Tribunal
individual de trabalho e subsidiariamente, o regime de Contas;
jurídico da função pública.
f) Homologar os contratos de prestação de serviços,
2. Os estatutos de pessoal e a respetiva tabela salarial de empreitadas e de fornecimentos celebrados
são aprovados nos termos do regime jurídico geral dos pelo INIDA;
institutos públicos.
g) Autorizar a aquisição, oneração e alienação de
Artigo 26.º
imóveis do património privativo do INIDA;
Vinculação
h) Autorizar a aceitação de donativos, heranças ou
1. O INIDA obriga-se pela assinatura: legados litigiosos ou sujeitos a encargos;
a) Do Presidente, no âmbito das suas competências; i) Autorizar a abertura e o encerramento das
representações regionais do INIDA;
b) Do Presidente e mais um membro do Conselho
Diretivo ou, um membro do Conselho Diretivo j) Substituir-se aos órgãos do INIDA, em nome e
e um representante com poderes especiais para no interesse deste para suprir a omissão ou
o efeito; inércia grave desses órgãos, nos casos em que
os mesmos estavam vinculados a agir;
c) De um membro do Conselho de Diretivo que tenha
recebido em ata poderes especiais para o efeito; k) Autorizar a realização de operações de crédito;
d) De um representante legalmente constituído, nos l) Conceder garantias a favor de terceiros, quando
termos e no âmbito dos poderes que lhe sejam admitida nos respetivos Estatutos;
conferidos.
m) O mais que lhe for cometido pelos Estatutos ou
2. Os atos de mero expediente, de que não resultem por lei.
obrigações para o INIDA, podem ser assinados por qualquer
membro do Conselho Diretivo ou pelos trabalhadores a José Ulisses Correia e Silva - Olavo Avelino Garcia
quem tal poder tenha sido conferido. Correia - Gilberto Correia Carvalho Silva

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1011

Decreto-lei nº 37/2018 Foram ouvidas a ARE, a Comissão Nacional de Proteção


de 20 de junho de Dados, a Associação para a Defesa do Consumidor
– ADECO e a Concessionaria e Subconcessionária de
O Programa do Governo da IX Legislatura elegeu transporte e distribuição de energia elétrica.
a segurança energética, a estabilidade dos preços e a
redução da fatura energética como preocupações centrais. Assim,
Reconhecendo que o elevado nível das tarifas de energia
elétrica constitui um peso substancial nas despesas das Ao abrigo do disposto no artigo 40.º da Lei n.º 20/IX/2017,
famílias em situação de vulnerabilidade económica o de 30 de dezembro; e
programa atribui especial relevância a questões relacionadas
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
com a proteção dos consumidores de energia elétrica em
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
situação de vulnerabilidade económica propugnando
nomeadamente a adoção de uma tarifa social para o setor. Artigo 1.º

Estas orientações foram reafirmadas durante o processo Objeto


de formulação do Plano Estratégico de Desenvolvimento
Sustentável (PEDS) que procura fazer o alinhamento dos 1. O presente diploma estabelece o regime de atribuição
objetivos do programa do Governo com os Objetivos de da tarifa social para o fornecimento de energia elétrica
Desenvolvimento Sustentável, nomeadamente o Objetivo a aplicar a clientes finais economicamente vulneráveis.
de Desenvolvimento Sustentável n.º 7 que preconiza
2. No âmbito do regime a que refere o número anterior,
assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a
o presente diploma fixa o nível de desconto a conceder, os
preço acessível à energia para todos.
critérios de elegibilidade e os mecanismos de financiamento,
No Orçamento de Estado para o ano económico de supervisão e implementação.
2018, aprovado pela lei n.º 20/IX/2017, de 30 de dezembro,
é determinado no seu artigo 40.º a criação da tarifa Artigo 2.º
social de fornecimento de energia elétrica a aplicar Clientes finais economicamente vulneráveis
aos consumidores finas economicamente vulneráveis,
calculada mediante o desconto sobre a tarifa aplicável São considerados clientes finais economicamente
aos clientes domésticos, instruindo os departamentos vulneráveis as pessoas singulares que se encontrem em
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governamentais responsáveis pelos setores de energia situação de carência socioeconómica e que, tendo o direito
elétrica, família e inclusão e finanças, conjuntamente com de acesso ao serviço essencial de fornecimento de energia
a Agência de Regulação Económica (ARE) a publicar, no elétrica, devem ser protegidas, nomeadamente no que
prazo de noventa dias, o ato normativo que estabelece respeita ao nível de comprometimento de renda com o
a modalidade de implementação da tarifa social de pagamento da fatura de energia elétrica.
fornecimento de energia elétrica e água, explicitando
Artigo 3.º
nomeadamente os princípios para a fixação do nível de
desconto a conceder, os critérios de elegibilidade para Fixação do nível de desconto a conceder
seleção dos beneficiários e os mecanismos de financiamento,
supervisão e implementação. 1. A tarifa social é calculada mediante a concessão de
um desconto sobre a tarifa de baixa tensão dos clientes
O presente diploma tem como objeto a regulamentação elegíveis, aplicado de modo cumulativo conforme indicado
dos aspetos acima referidos, protegendo os interesses das a seguir:
famílias e outros grupos de consumidores economicamente
mais vulneráveis através de um modelo tarifário que lhes a) Para a parcela do consumo de energia elétrica
garante uma situação de tendencial estabilidade tarifária, inferior ou igual a 30 (trinta) kWh/mês, 30%
nomeadamente mediante a utilização de descontos (trinta por cento);
cumulativos sobre a tarifa de baixa tensão dos clientes
finais que fazem parte de um agregado familiar inscrito b) Para a parcela do consumo compreendida entre
no Cadastro Social Único, com um nível de renda anual 31 (trinta e um) kWh/mês e 60 (sessenta) kWh/
per capita menor ou igual a seis salários mínimo nacional. mês, 20% (vinte por cento);
O diploma deixa abertura para a utilização de forma c) Para a parcela do consumo compreendida entre
isolada ou em combinação três abordagens de financiamento 61 (sessenta e um) kWh/mês e 90 (noventa)
deste desconto seja por recursos de um fundo específico kWh/mês, 10% (dez por cento);
que venha a ser criado para o efeito, seja pela subsidiação
cruzada, entre escalões e categorias de consumidor, ou d) Para a parcela do consumo superior a 90 (noventa)
ainda em casos excecionais mediante aportes do tesouro. kWh/mês, aplica-se a tarifa normal.
Os descontos inicias aos beneficiários da tarifa social 2. Os descontos referidos no número anterior incidem
variam de 30% para os consumos até 30 kWh até os 10% apenas sobre a componente variável da tarifa.
para consumos entre os 60 e 90 kWh valor a partir do
qual cessa o benefício do desconto. Esta abordagem 3. O valor dos descontos é atualizado por Resolução do
cumulativa visa por um lado garantir o beneficio a uma Conselho de Ministros, mediante proposta do membro do
gama alargada de tipos de agregados ao mesmo tempo Governo que tutela a área de energia, ouvida a Agência
que incentiva a eficiência energética. de Regulação Económica (ARE).

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1012 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018


Artigo 4.º Artigo 7.º

Critérios de elegibilidade Implementação

1. São elegíveis para aceder ao benefício da tarifa social 1. A aplicação da tarifa social aos clientes finais
os clientes finais economicamente vulneráveis que fazem economicamente vulneráveis é da responsabilidade das
parte de um agregado familiar inscrito no Cadastro Social concessionárias ou subconcessionárias de transporte e
Único, com um nível de renda anual per capita menor ou distribuição de energia elétrica que com eles tenham
igual a seis salários mínimo nacional e o consumo médio celebrado contrato de fornecimento.
mensal inferior a 120 (cento e vinte) kWh.
2. O desconto inerente à tarifa social deve ser identificado
2. Os clientes finais economicamente vulneráveis que de forma clara e visível nas faturas enviadas aos clientes
podem beneficiar da tarifa social devem reunir ainda, que beneficiem do respetivo regime.
cumulativamente, as seguintes condições:
3. As concessionárias ou subconcessionárias de transporte
a) Serem titulares de contrato de fornecimento de e distribuição de energia elétrica devem promover a
energia elétrica; divulgação de informação sobre a existência da tarifa
social e a sua aplicação aos clientes finais economicamente
b) O consumo de energia elétrica destinar-se exclusivamente vulneráveis, através dos meios considerados adequados
a uso doméstico, em habitação permanente; e ao seu efetivo conhecimento, designadamente nas suas
c) As instalações serem alimentadas em baixa tensão páginas na Internet e em documentação que acompanhe
normal com potência contratada inferior ou as faturas enviadas aos clientes.
igual a 2.2 (dois ponto dois) kW. 4. Os clientes finais que reúnem condições para beneficiar
Artigo 5.º da tarifa social não podem ser privados desse direito pela
concessionária.
Mecanismos de financiamento
5. A manutenção da tarifa social depende da confirmação
1. O financiamento dos montantes a repassar às anual da condição de cliente final economicamente
concessionárias de distribuição de eletricidade pelos vulnerável, nos termos do artigo 4.º e o consumo médio
descontos concedidos é assegurado nos termos das
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mensal inferior a 120 (cento e vinte) Kwh.


seguintes opções:
Artigo 8.º
a) Pelos recursos de um fundo específico que venha
a ser criado para o efeito.; Entrada em vigor

b) Pela subsidiação cruzada, entre escalões e categorias O presente diploma entra em vigor no prazo de 60
de consumidor, a aplicar pela ARE; (sessenta) dias a contar da data da sua publicação.

c) Pelo Orçamento de Estado em casos excecionais de Aprovado em Conselho de Ministros de 12 de abril


insuficiência de recursos ou oscilações bruscas de 2018.
do nível tarifário.
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino
2. Os custos referidos nas alíneas a) e c) do número anterior Garcia Correia - Alexandre Dias Monteiro - Maritza
são devidos à entidade concessionária ou subconcessionária Rosabal Peña
da rede nacional de transporte e distribuição de Energia
Promulgado em 18 de junho de 2018
Elétrica, enquanto operadoras do sistema.
Publique-se
3. A aplicação das opções previstas nas alíneas do n.º 1
é decidida por Portaria conjunta dos membros do Governo O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
responsáveis pelas áreas das Finanças e Energia. ALMEIDA FONSECA
Artigo 6.º
––––––
Supervisão
Decreto-lei nº 38/2018
1. A ARE elabora um relatório dirigido ao membro
do Governo responsável pela área da Energia e com de 20 de junho
periodicidade semestral, com indicação do número de
A Agência Marítima e Portuária (AMP) foi criada
clientes finais que beneficiam da tarifa social.
pelo Decreto-lei n.º 49/2013, de 4 de dezembro, com sede
2. Na atribuição da tarifa social devem ser assegurados em Mindelo, revestindo-se de particular importância o
os princípios da transparência, da igualdade de tratamento facto de ter atribuições de regulação técnica e económica,
e da não discriminação. consideradas como fazendo parte da sua razão de existir,
mas dispõe ainda de atribuições no domínio da gestão da
3. Para efeito do relatório previsto no n.º 1 as concessionárias orla costeira, o que foi sempre problemático e constitui
ou subconcessionárias devem enviar trimestralmente a um ponto crítico da sua existência, tornando-se numa
ARE todas as informações necessárias. instituição híbrida, com funções regulatórias e de gestão.

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1013

Quatro anos após a assunção destas atribuições Artigo 1.º


provisórias de gestão da orla costeira, continua a AMP não Criação
só a prossegui-las, como também a sua atividade normal
tende a deslocar-se da regulação técnica e económica para É criado o Instituto Marítimo Portuário, adiante designado
a de gestão da orla, desfigurando-se completamente a IMP, pessoa coletiva pública, dotada de personalidade
razão de existir desta instituição. coletiva pública e com autonomia administrativa, financeira
e patrimonial.
Impõe-se realçar que a AMP, sem a componente provisória,
não tem a independência financeira, nem isso é possível Artigo 2.º
sem custos incomportáveis para os consumidores, uma Estatutos
vez que a gestão da orla costeira não pode continuar por
mais tempo a seu cargo, dadas as funções de planeamento São aprovados os estatutos do IMP, em anexo ao presente
e gestão dos Ministérios responsáveis pelas áreas do diploma, do qual faz partem integrante.
ordenamento do território e economia marítima.
Artigo 3.º
Nesta conformidade, resulta claro que os objetivos que Extinção da AMP
outrora motivaram a criação da AMP não se concretizaram,
razão pela qual se justifica a sua extinção a favor de É extinta a Agência Marítima e Portuária (AMP), criada
institucionalização de uma instituição mais talhada às pelo Decreto-lei n.º 49/2013, de 4 de dezembro.
funções de aplicação e execução de política do Governo Artigo 4.º
para o setor marítimo e portuário.
Transição de pessoal
Assim, surge, com naturalidade, o Instituto Marítimo
e Portuário (IMP), cuja criação ao abrigo do presente 1. O pessoal afeto à AMP transita para o IMP mediante
diploma obedece aos parâmetros normativos da respetiva lista nominativa que corresponda às necessidades de
lei e constitui a melhor opção organizativa à luz das funcionamento deste, a ser aprovada pelos membros do
reformas estruturais em curso para todo o setor marítimo Governo responsáveis pelas áreas da Economia Marítima
e portuário, ganhando em eficiência, eficácia e participação e Administração Pública, mediante proposta do Conselho
de todos os intervenientes no sector. Diretivo.
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Constituído por três órgãos, a saber, o Conselho Diretivo, 2. A proposta da lista referida no número anterior deve
Fiscal Único e Conselho Consultivo, deve ser destacada ser feita no prazo máximo de 90 (noventa) dias a contar
a composição do conselho consultivo, designadamente a da posse do Conselho Diretivo.
participação neste órgão de todos os intervenientes no 3. O pessoal não previsto na lista a que se refere os
setor, públicos e privados, dando assim voz aos que mais números anteriores é afeto a outros serviços públicos,
de perto lidam com as questões marítimas e portuárias, devendo aquele desejar beneficiar do programa de pré-
e que conhecem muito bem o setor. reforma declarar a sua intenção nos termos da lei.
Foram consagrados mecanismos que garantem a Artigo 5.º
transparência da atuação da IMP, designadamente a
Transição de património
disponibilização pública de todos os dados relevantes,
como o diploma de criação e os Estatutos, a composição O património da AMP transita, nas mesmas condições,
dos seus órgãos, os planos, orçamentos, relatórios e para o IMP.
contas referentes aos dois últimos anos da sua atividade
e ainda os regulamentos, as deliberações e as instruções Artigo 6.º
genéricas emitidas, sem esquecer as atos legislativas e Cessão da posição contratual
regulamentares atinentes às suas atribuições, bem como a
divulgação de modelos e formulários para a apresentação Em todos os acordos e contratos celebrados pela AMP,
de requerimentos por via eletrónica, reclamações, a posição contratual é cedida ao IMP, com a consequente
representações e queixas, contribuindo deste modo para transmissão da totalidade dos direitos e obrigações a
facilitar a vida dos utentes. ela inerentes, operando-se a cessão automática, sem
necessidade de quaisquer formalidades.
Com a criação do IMP dá-se um passo importante na
Artigo 7.º
reestruturação institucional do setor, no quadro das
reformas estruturais em curso. Título de registo e isenções

Assim, O presente diploma constitui título jurídico bastante


da comprovação do previsto nos artigos anteriores para
Ao abrigo dos artigos 9.º e 11.º da Lei n.º 92/VIII/2015, todos os efeitos legais, designadamente os de registo,
de 13 de julho, e artigo 7.º da Lei n.º 14/VIII/2012, de 11 de devendo os serviços competentes realizar, com isenção
julho, alterada pela Lei n.º 103/VIII/2016, de 6 de janeiro; e de quaisquer taxas ou emolumentos e mediante simples
solicitação do Conselho Diretivo do IMP, todos os atos
No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do necessários à regularização da situação resultante da
artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: extinção da AMP.

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1014 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018


Artigo 8.º b) Contribuir para a definição da estratégia geral de
Cessação do mandato dos membros do Conselho desenvolvimento dos transportes e navegação
de Administração marítimos e dos portos;

1. É dado por findo o mandato dos membros do Conselho c) Propor superiormente a definição das áreas de
de Administração da AMP. jurisdição marítima e portuária, considerando
as zonas atualmente existentes e as de expansão
2. Os membros do Conselho de Administração referidos futura;
no número anterior, permanecem no exercício das suas
funções até a posse dos membros do Conselho Diretivo d) Participar na definição dos princípios gerais de
do IMP. articulação de planos de ordenamento portuário
Artigo 9.º com outros instrumentos de ordenamento do
território, bem como assegurar a coordenação do
Referências à AMP planeamento e do desenvolvimento estratégico
As referências feitas à AMP em qualquer ato normativo, do sistema marítimo-portuário;
contrato, ato administrativo ou documentação de outra e) Assegurar o cumprimento das normas nacionais
natureza, consideram-se feitas ao IMP. e internacionais relativas ao setor marítimo
Artigo 10.º e portuário, particularmente no concernente
à segurança da navegação, dos navios e das
Norma revogatória
instalações portuárias à salvaguarda da vida
É revogado o Decreto-lei n.º 49/2013, de 4 de dezembro. humana no mar e proteção do meio ambiente
marinho, bem como às condições de higiene,
Artigo 11.º
bem-estar, trabalho, formação e certificação do
Entrada em vigor pessoal marítimo;
O presente diploma entra em vigor no dia a seguir ao f) Autorizar o exercício das atividades marítimas e
da sua publicação. de tráfego local atendendo a critérios técnicos
Aprovado em Conselho de Ministros de 6 de abril e de segurança;
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de 2018. g) Assegurar, acompanhar e fiscalizar as atividades


José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino do serviço de registo internacional de navios;
Garcia Correia - José da Silva Gonçalves
h) Fiscalizar a atividade dos serviços de pilotagem;
Promulgado em 18 de junho de 2018
i) Estabelecer e manter as redes de infraestruturas
Publique-se e equipamentos de sinalização, comunicação e
ajudas à navegação e de geoposicionamento e
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE monitorização do tráfego no espaço marítimo
ALMEIDA FONSECA nacional;
ESTATUTO DO INSTITUTO MARÍTIMO
j) Efetuar e prestar serviço de farolagem e sinalização
E PORTUÁRIO
marítima;
CAPÍTULO I
k) Promover a execução das ações decorrentes do
DISPOSIÇÕES GERAIS estabelecimento das regras técnicas a que
devem obedecer as operações de dragagem e
Artigo 1.º
de imersão de materiais no mar, sem prejuízo
Natureza e superintendência das competências das administrações portuárias;
1. O Instituto Marítimo e Portuário, abreviadamente l) Estudar e propor medidas legislativas e regulamentares
designado por IMP, é uma pessoa coletiva pública, dotada relativas à atividade dos armadores, dos
de personalidade coletiva pública e com autonomia operadores de transporte marítimo, dos agentes
administrativa, financeira e patrimonial. de navegação, dos operadores portuários, das
2. O IMP está sujeito à superintendência do membro do atividades marítimo-turísticas, ao serviço
Governo responsável pelo Sector Marítimo e Portuário. de pilotagem e ao apoio ao desenvolvimento
sustentado da atividade setorial;
Artigo 2.º
m) Apoiar a superintendência na definição das políticas
Atribuições
de ensino e formação nos setores marítimo e
1. São atribuições fundamentais do IMP, enquanto portuário e fiscalizar o cumprimento das normas
entidade encarregada de aplicar e executar a política do internacionais a que Cabo Verde se obriga, por
Governo para o Sector Marítimo e Portuário: parte dos estabelecimentos de ensino náutico;

a) Contribuir para a definição da política marítima n) Contribuir junto das entidades competentes para
e portuária do país; a realização de ações necessárias nas áreas

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1015

da formação profissional, tendo em vista a e) Exercer os poderes que, nos termos da lei, são
modernização e o acréscimo de produtividade atribuídos no domínio da administração marítima,
nos setores marítimo e portuário; designadamente os que lhe caibam nos termos
do Decreto-legislativo n.º 14/2010, de 15 de
o) Propor ao Governo normas da atividade subaquática, novembro;
exercer o controlo sobre o estado e uso de
equipamentos, definir as exigências e restrições f) Assegurar, em articulação com as demais entidades
em termos de formação e natureza das ações; que integram o Plano nacional de busca e
salvamento, a operacionalidade do sistema de
p) Elaborar e manter atualizado o cadastro das
busca e salvamento, tal como definido na lei;
infraestruturas portuárias nacionais, em
articulação com autoridades portuárias não g) Assegurar, na qualidade de autoridade nacional de
integradas, e elaborar e manter atualizado os controlo de tráfego marítimo, a funcionalidade
registos dos proprietários, armadores e fretadores e a eficiência dos serviços de controlo de tráfego
de navios de comércio e respetivas frotas, bem marítimo a nível nacional;
como o dos agentes de navegação, das empresas
de estiva, das empresas de trabalho portuário h) Enquanto entidade da administração marítima
e das entidades que movimentam cargas nos nacional competente no domínio da segurança
cais privativos e nas áreas concessionadas; marítima na vertente da proteção, coordenar,
implementar e supervisionar a aplicação das
q) Elaborar estudos a sistemas e tecnologias de
determinações de proteção prescritas no Código
informação, em articulação com as demais
Internacional para a Proteção dos Navios e
entidades competentes, organizando e mantendo
das Instalações Portuárias (ISPS) e demais
atualizadas as bases de dados contendo a
iniciativas que emanam da Organização Marítima
informação relevante para o sector;
Internacional sobre esta matéria, que constam
r) Elaborar o plano orientador do desenvolvimento de do ordenamento jurídico nacional;
infraestruturas de apoio à náutica de recreio;
i) Coordenar e executar as inspeções relativas ao
s) Vistoriar os navios, e outros equipamentos flutuantes controlo dos navios estrangeiros, e deter os
e proceder à sua certificação, bem como efetuar
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navios sempre que se constate, no âmbito


as inspeções necessárias em ordem a verificar e daquelas inspeções, que as suas condições de
assegurar o cumprimento das normas nacionais navegabilidade põem em risco a segurança das
e internacionais aplicáveis; pessoas a bordo e do ambiente;
t) Fixar as lotações de passageiros e tripulantes das j) Exercer as competências previstas na lei no domínio
embarcações e emitir os respetivos certificados; da prevenção e combate à poluição;
u) Emitir parecer relativamente aos projetos legais e
k) Avaliar e fiscalizar a atividade das organizações
regulamentares na área do trabalho portuário
reconhecidas que tenham estabelecido acordos
e relativamente ao licenciamento de empresas
de delegação de tarefas com o Estado de Cabo
de operações portuárias;
Verde no âmbito da segurança marítima, da
v) Promover práticas de transparência dentro do prevenção da poluição e da proteção do transporte
setor marítimo. marítimo;
2. São ainda atribuições fundamentais do IMP: l) Exercer os poderes que nos termos da lei lhe são
atribuídos no domínio da náutica de recreio;
a) Certificar os operadores portuários, os armadores
nacionais, os operadores de transportes marítimos, m) Participar, em coordenação com a superintendência
os operadores de atividades marítimo-turísticas e o departamento governamental responsável
e os agentes de navegação; pelas relações externas, em instituições nacionais
b) Supervisionar o uso público dos serviços inerentes ou internacionais que desenvolvam atividades
à atividade portuária bem como a forma como no setor;
decorrem as operações portuárias, zelando para
que os serviços sejam prestados com regularidade, n) Analisar e propor ao governo a aprovação e aplicação
eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente; de recomendações, normas e outras disposições
emanadas de entidades internacionais no domínio
c) Supervisionar as concessões e licenças nos seus da hidrografia e cartografia;
aspetos técnicos, de exploração e de administração
portuária, designadamente a supervisão de atividades o) Promover os necessários levantamentos hidrográficos
portuárias de uso ou exercício condicionado e e a elaboração e atualização da cartografia
a concessão de serviços públicos portuários; oceânica;

d) Lavrar autos de infração e instaurar processos p) Desenvolver ações de cooperação com instituições
administrativos, aplicando as sanções previstas estrageiras similares no âmbito das relações
na lei; bilaterais ou multilaterais nas áreas do setor.

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1016 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018


Artigo 3.º Artigo 9.º

Sede e delegações Composição e nomeação

O IMP tem a sua sede na Cidade do Mindelo, podendo 1. O Conselho Diretivo é um órgão composto por um
criar delegações ou outras formas de representação em presidente e dois vogais.
qualquer ponto do território nacional, e exerce a sua
atividade em todo o território nacional. 2. O presidente é substituído, nas suas faltas e
Artigo 4.º impedimentos, pelo vogal que ele indicar, e na sua falta
pelo vogal mais antigo.
Princípio da especialidade
3. Os membros do Conselho Diretivo são providos em
1. A capacidade jurídica do IMP abrange os direitos e
comissão de serviço ou mediante contrato de gestão,
obrigações necessários à prossecução das suas atribuições.
conforme couber, por Resolução do Conselho de Ministros
2. O IMP não pode exercer atividade ou usar dos seus ou Despacho dos membros do Governo da superintendência
poderes fora das suas atribuições, nem dedicar os seus e das Finanças.
recursos a finalidades diversas das que lhe tenham sido
cometidas. 4. O provimento por contrato de gestão só tem lugar
quando a pessoa a prover não tenha vínculo estável com
Artigo 5.º a Administração Pública.
Cooperação
5. Os despachos de provimento dos membros do Conselho
O IMP pode estabelecer formas de cooperação ou Diretivo são devidamente fundamentados e publicados
associação com outras entidades de direito público ou no Boletim Oficial, juntamente com uma nota curricular
privado, a nível nacional ou internacional, quando isso de cada nomeado.
se mostre necessário ou conveniente para a prossecução
das suas atribuições. 6. Os vogais oriundos da Administração Pública podem
exercer as suas funções em regime não executivo.
CAPÍTULO II
7. Não pode haver designação de membros do conselho
ÓRGÃOS
diretivo depois da demissão do Governo ou da convocação
2 538000 009253

Secção I de eleições para a Assembleia Nacional, nem antes da


Disposições Gerais confirmação parlamentar do Governo recém-nomeado.
Artigo 6.º Artigo 10.º

Órgãos Competência

São órgãos do IMP: 1. Compete ao Conselho Diretivo, no âmbito da orientação


a) O Conselho Diretivo; e gestão do instituto:

b) O Fiscal Único; e a) Representar o instituto e dirigir a respetiva atividade;

c) O Conselho Consultivo. b) Elaborar os planos anuais e plurianuais de atividades


Artigo 7.º e assegurar a respetiva execução;

Estatuto remuneratório c) Elaborar o relatório de atividades;


1. O estatuto remuneratório dos titulares dos órgãos d) Elaborar o balanço social, nos termos da lei aplicável;
é estabelecido pelo Conselho de Ministros, sob proposta
do membro do Governo que exerce superintendência e) Exercer os poderes de direção, gestão e disciplina
sobre o IMP. do pessoal;
2. É aplicável aos titulares dos órgãos referidos no f) Aprovar os regulamentos previstos nos estatutos
número antecedente o regime geral da segurança social, e os que sejam necessários à prossecução das
salvo quando pertencerem aos quadros da função pública, atribuições do IMP;
caso em que lhes é aplicável o regime próprio do seu lugar
de origem, se assim optarem. g) Nomear os representantes do IMP em organismos
exteriores;
Secção II

Conselho Diretivo h) Exercer os poderes que lhe tenham sido delegados


pelo membro do Governo da superintendência;
Artigo 8.º

Noção i) Elaborar os pareceres, estudos e informações que


lhe sejam solicitados pelo membro do Governo
O Conselho Diretivo é o órgão responsável pela definição da superintendência;
da atuação do instituto, bem como pela direção dos
respetivos serviços, em conformidade com a lei e com as j) Constituir mandatários do IMP, em juízo e fora
orientações governamentais. dele, incluindo com o poder de subestabelecer;

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1017

k) Designar um secretário a quem cabe certificar os Artigo 12.º


atos e deliberações; e Duração

l) Praticar os demais atos de gestão decorrentes da O mandato dos membros do conselho diretivo tem a
aplicação dos estatutos e necessários ao bom duração de três anos, sendo renovável no máximo de duas
funcionamento dos serviços. vezes, findo o qual não podem ser providos no mesmo
cargo antes de decorridos três anos.
2. Compete ao Conselho Diretivo, no domínio da gestão
Artigo 13.º
financeira e patrimonial:
Cessação do mandato
a) Elaborar o orçamento anual e assegurar a respetiva
execução; 1. Independentemente da demissão em consequência
de processo disciplinar, os membros do conselho diretivo
b) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar as despesas; podem ser exonerados a todo o tempo, por resolução do
Conselho de Ministros ou despacho dos membros do
c) Elaborar a conta de gerência; Governo competentes para o provimento, conforme couber,
podendo a exoneração fundar-se em mera conveniência
d) Gerir o património;
de serviço.
e) Aceitar doações, heranças ou legados; 2. O conselho diretivo pode ser dissolvido mediante
atos referidos no número anterior, por motivo justificado,
f) Assegurar as condições necessárias ao exercício do
nomeadamente:
controlo financeiro e orçamental pelas entidades
legalmente competentes; e a) Incumprimento das orientações, recomendações
ou diretivas ministeriais no âmbito do poder
g) Exercer os demais poderes previstos nos estatutos de superintendência ou violação do dever de
e que não sejam da competência de outro órgão. informação;
3. O IMP é representado na prática de atos jurídicos b) Não cumprimento do plano de atividades ou desvio
pelo Presidente do Conselho Diretivo, por dois dos seus substancial entre o orçamento e a sua execução,
membros, ou por representantes formal e especialmente salvo por razões não imputáveis ao órgão;
designados.
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c) Prática de infrações graves ou reiteradas às normas


4. O Conselho Diretivo pode delegar, em ata, o exercício que regem o IMP;
de parte da sua competência em qualquer dos seus d) Falta grave de observância da lei ou dos estatutos
membros, com faculdade de subdelegação nos trabalhadores do IMP;
com funções de direção, estabelecendo, em cada caso, as
respetivas condições e limites. e) Inobservância dos princípios de gestão fixados no
presente diploma;
5. Sem prejuízo do disposto na alínea j) do n.º 1, o
f) Violação grave dos deveres que lhe foram cometidos
Conselho Diretivo pode optar por solicitar o apoio e a
como membro do conselho diretivo;
representação em juízo por parte do Ministério Público, ao
qual compete, nesse caso, defender os interesses do IMP. g) Incumprimento de obrigações legais que, nos termos
da lei, constituam fundamento de destituição
6. Os atos administrativos da autoria do Conselho dos seus órgãos.
Diretivo são impugnáveis junto dos tribunais, nos termos
das leis do processo administrativo. 3. O apuramento do motivo justificado pressupõe a
prévia audiência dos membros do conselho sobre as
7. O Conselho Diretivo detém, ainda, no âmbito da razões invocadas, mas não implica o estabelecimento ou
orientação e gestão do IMP, as competências legalmente organização de qualquer processo.
atribuídas aos diretores gerais da Administração Pública.
4. A dissolução envolve a cessação do mandato de todos
Artigo 11.º os membros do Conselho Diretivo.
Funcionamento 5. No caso de cessação do mandato, os membros do
conselho diretivo mantêm-se no exercício das suas funções
1. O Conselho Diretivo reúne-se ordinariamente uma até à efetiva substituição, salvo declaração ministerial
vez por quinzena e, extraordinariamente, sempre que o de cessação imediata de funções.
Presidente o convoque, por sua iniciativa ou a solicitação
da maioria dos seus membros. 6. A exoneração dá-se nos termos da lei.
Artigo 14.º
2. O Conselho Diretivo só pode deliberar validamente
Competência do Presidente
com a presença de, pelo menos, dois dos seus membros.
1. Compete, em especial, ao Presidente do Conselho
3. Nas votações não há abstenções, mas podem ser Diretivo:
proferidas declarações de voto.
a) Presidir às reuniões do Conselho, orientar os
4. A ata das reuniões deve ser aprovada e assinada por seus trabalhos e assegurar o cumprimento das
todos os membros presentes. respetivas deliberações;

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1018 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

b) Representar o IMP em juízo e fora dele; Artigo 17.º

Estatuto dos membros


c) Assegurar as relações com os órgãos de superintendência
e com os demais organismos públicos; Aos membros do Conselho Diretivo é aplicável o
regime definido no Estatuto de Gestor Público, com as
d) Solicitar pareceres ao Fiscal Único e ao Conselho
especialidades constantes do presente diploma e demais
Consultivo;
normas aplicáveis.
e) Exercer as competências que lhe sejam delegadas Secção III
pelo Conselho Diretivo.
Fiscal Único
2. O Presidente pode delegar ou subdelegar competências
Artigo 18.º
nos vogais.
Definição
3. Sem prejuízo do disposto na lei sobre o procedimento
administrativo, o Presidente ou o seu substituto legal podem O Fiscal Único é o órgão responsável pelo controlo da
apor o veto às deliberações que reputem contrárias à lei, legalidade, da regularidade e da boa gestão financeira e
aos estatutos ou ao interesse público, com a consequente patrimonial do IMP e de consulta do conselho diretivo
suspensão da eficácia da deliberação até que sobre ela se nesse domínio.
pronuncie o membro do Governo da superintendência. Artigo 19.º

4. Por razões de urgência devidamente fundamentada e Designação e mandato


na dificuldade de reunir o Conselho Diretivo, o Presidente
pode, excecionalmente, praticar quaisquer atos da 1. O Fiscal Único é uma sociedade de auditoria designada
competência daquele órgão, os quais devem, no entanto, por Despacho dos membros do Governo responsáveis pelas
ser ratificados na primeira reunião seguinte. áreas das Finanças e da superintendência, mediante
concurso público.
5. Caso a ratificação seja recusada, deve o Conselho
2. O Fiscal Único exerce as suas funções pelo período
Diretivo deliberar sobre a matéria em causa e acautelar
de 3 (três) anos, renovável por igual período, podendo ser
os efeitos produzidos pelos atos já praticados.
exonerado a todo o tempo.
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6. Perante terceiros, incluindo notários, conservadores


3. No caso de cessação do mandato, o fiscal único mantém-
de registo e outros titulares da Administração Pública,
se no exercício de funções até à efetiva substituição.
a assinatura do Presidente com invocação do previsto
no número 4 constitui presunção da impossibilidade de 4. O regulamento do concurso público é aprovado por
reunião do Conselho Diretivo. Despacho conjunto dos membros do Governo referidos
Artigo 15.º
no n.º 1.
Artigo 20.º
Pelouros
Competências
1. O Conselho Diretivo, sob proposta do Presidente,
pode atribuir aos seus membros pelouros correspondentes 1. Compete ao Fiscal Único:
a um ou mais serviços do IMP.
a) Acompanhar e controlar com regularidade o
2. A atribuição de um pelouro envolve a delegação dos cumprimento das leis e regulamentos aplicáveis,
poderes correspondentes à competência desse pelouro. a execução orçamental, a situação económica,
financeira e patrimonial e analisar a contabilidade;
3. A atribuição de pelouros não dispensa o dever que
a todos os membros do Conselho Diretivo incumbe de b) Dar parecer sobre o orçamento e sobre as suas
acompanhar e tomar conhecimento da generalidade dos retificações e alterações;
assuntos do instituto, e de propor providências relativas c) Dar parecer sobre o relatório e contas de gerência;
a qualquer um deles.
d) Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento,
Artigo 16.º
alienação e oneração de bens imóveis;
Responsabilidade dos membros
e) Dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças
1. Os membros do Conselho Diretivo são solidariamente ou legados;
responsáveis pelos atos praticados no exercício das suas
f) Dar parecer sobre a contração de empréstimos,
funções.
quando o IMP for autorizado a fazê-la;
2. São isentos de responsabilidade os membros que,
g) Manter o conselho diretivo informado sobre os
tendo estado presentes na reunião em que foi tomada
resultados das verificações e exames a que
a deliberação, tiveram manifestado o seu desacordo,
proceda;
em declaração registada na respetiva ata, bem como os
membros ausentes que tenham declarado por escrito o h) Elaborar relatórios da sua ação fiscalizadora,
seu desacordo que, igualmente, é registado em ata. incluindo um relatório anual global;

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1019

i) Propor a realização de auditorias externas, quando g) Três técnicos de reconhecida competência nas
se revelar necessário ou conveniente; atribuições do IMP, designados pelo membro
do Governo da superintendência;
j) Participar ao membro do Governo da superintendência
e à Inspeção-Geral de Finanças todas as h) Cinco representantes dos serviços e instituições
irregularidades detetadas; e públicas e privadas que exercem atividades nos
domínios dos transportes e navegação marítimos
k) Pronunciar-se sobre todos os assuntos que lhe e portos, designados por despacho do membro
sejam submetidos pelo conselho diretivo. do Governo da superintendência, sob proposta
das respetivas associações;
2. O prazo para a elaboração dos pareceres referidos
no número anterior é de quinze dias a contar da receção i) Um representante das câmaras de comercio, indústria
dos documentos a que respeitam. e serviços.
3. Para o exercício da sua competência referida no n.º 1 2. O Presidente do Conselho Consultivo é designado por
o Fiscal Único tem direito a: despacho do membro do Governo da superintendência,
de entre os membros previstos na alínea g) do número
a) Obter do Conselho Diretivo as informações e
anterior.
esclarecimentos que repute necessário para
o mesmo; 3. O Conselho Consultivo considera-se constituído
quando tiverem sido designados, pelo menos, dois terços
b) Ter livre acesso a todos os serviços e à documentação do dos membros previstos no n.º 1.
IMP, podendo requisitar a presença dos respetivos
responsáveis, e solicitar os esclarecimentos que 4. A designação dos membros do Conselho Consultivo
considere necessários; e é feita por um período de 5 (cinco) anos, podendo ser
substituídos a todo o tempo, pela entidade representada.
c) Tomar ou propor as demais providências que
considere indispensáveis ao cabal desempenho Artigo 23.º
das suas funções. Competência

4. O Fiscal Único não pode ter exercido atividades 1. Compete ao Conselho Consultivo dar parecer nos
2 538000 009253

remuneradas no IMP ou nas entidades privadas que criar casos previstos nos estatutos ou a pedido do Conselho
ou participar, nos últimos três 3 (três anos) antes do início Diretivo ou do respetivo Presidente, sobre todas as questões
das suas funções, e não pode exercer atividades remuneradas respeitantes às atribuições do IMP, nomeadamente:
no IMP ou nas entidades privadas referidas, durante os três
anos que se seguirem ao termo das suas funções. a) Os planos anuais e plurianuais de atividades e o
relatório de atividades;
Secção IV
b) O relatório e conta de gerência e o relatório anual
Conselho Consultivo
do fiscal único;
Artigo 21.º
c) O orçamento e as contas; e
Definição
d) Os regulamentos internos.
O Conselho Consultivo é o órgão de consulta, apoio e
participação na definição das linhas gerais de atuação 2. O Conselho Consultivo pode apresentar ao Conselho
do IMP e nas tomadas de decisão do Conselho Diretivo. Diretivo sugestões ou propostas destinadas a fomentar
ou aperfeiçoar as atividades do IMP.
Artigo 22.º
Artigo 24.º
Composição
Funcionamento
1. O Conselho Consultivo é composto por:
1. O Conselho Consultivo reúne-se, ordinariamente,
a) Um representante do membro do Governo responsável duas vezes por ano:
pela área das Finanças; a) No mês de março, para apreciação do relatório de
b) Um representante do membro do Governo responsável atividades e das contas;
pela área da Administração interna; b) No mês de julho, para apreciação do projeto de
c) Um representante do membro do Governo responsável orçamento e do plano de atividades para o ano
pela área da Defesa; seguinte.

d) Um representante do membro do Governo responsável 2. O Conselho Consultivo reúne-se, extraordinariamente,


pelo Ambiente; sempre que convocado pelo seu Presidente, por sua
iniciativa ou por solicitação do Conselho Diretivo, ou a
e) Um representante do membro do Governo responsável pedido de 1/3 dos seus membros.
pelo Ordenamento do território;
3. Podem participar nas reuniões, sem direito a voto, por
f) Um representante da ENAPOR; convocação do respetivo Presidente, mediante proposta do

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1020 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

Conselho Diretivo, quaisquer pessoas ou entidades cuja 5. O mapa de pessoal é aprovado por Portaria dos
presença seja considerada necessária para esclarecimento membros do Governo da superintendência e das Finanças,
dos assuntos em apreciação. do qual constam os postos de trabalho com as respetivas
especificações e níveis de vencimento.
4. O Conselho Consultivo pode funcionar por secções.
6. O Conselho Diretivo deve propor os ajustamentos
5. O regulamento de organização e funcionamento do necessários no mapa de pessoal para que o mesmo esteja
IMP prevê serviços de apoio ao Conselho Consultivo e sempre em condições de cumprir as suas obrigações com
aos seus membros. o pessoal, face aos recursos disponíveis e às atribuições
6. O Conselho Consultivo aprova o seu regimento interno. cuja prossecução lhe cabe assegurar.

Artigo 25.º 7. O quadro de pessoal é aprovado por portaria dos


membros do Governo responsáveis pela superintendência
Despesas com deslocações e pelas Finanças.
Os membros do Conselho Consultivo têm direito ao Artigo 28.º
pagamento das despesas de viagem e às ajudas de custo
Mobilidade
devidas por deslocação, quando residam fora do município
da reunião, suportadas pelo orçamento do IMP. 1. Os funcionários e agentes da administração central,
direta ou indireta, das autarquias locais, bem como
CAPÍTULO III
os trabalhadores das empresas públicas, podem ser
ESTRUTURA ORGÂNICA E PESSOAL requisitados para desempenhar funções no IMP, em
regime de requisição ou de comissão ordinária de serviço,
Artigo 26.º
com a garantia do seu lugar de origem e dos direitos neles
Serviços adquiridos, considerando-se o período da comissão como
tempo de serviço prestado nos quadros de que provenham,
1. O IMP dispõe dos serviços indispensáveis à efetivação suportando o IMP as despesas inerentes.
das suas atribuições, sendo a respetiva organização e
funcionamento fixados em regulamento interno. 2. Os trabalhadores do IMP podem desempenhar funções
noutras entidades públicas, em regime de destacamento,
2 538000 009253

2. A organização interna adotada deve possuir uma requisição ou outro, com garantia do seu lugar de origem
estrutura pouco hierarquizada e flexível, privilegiando e dos direitos nele adquirido, incluindo os benefícios de
as estruturas matriciais. aposentação ou reforma e sobrevivência e da progressão
e promoção, considerando-se tal período como tempo de
3. O IMP recorre à contratação de serviços externos
serviço efetivamente prestado no IMP.
para o desenvolvimento das atividades a seu cargo sempre
que tal método assegure um controlo mais eficiente dos CAPÍTULO IV
custos e da qualidade do serviço prestado.
REGIME FINANCEIRO E PATRIMONIAL
Artigo 27.º
Artigo 29.º
Regime jurídico e estatuto
Regime orçamental e financeiro
1. O pessoal do IMP rege-se pelo regime geral do contrato
individual de trabalho, sendo abrangido pelo regime de O IMP encontra-se sujeito ao regime orçamental e
previdência social dos trabalhadores por conta de outrem. financeiro previsto no regime jurídico da contabilidade
pública, aprovado pelo Decreto-lei n.º 29/2001, de 19 de
2. O recrutamento do pessoal está sujeito a concurso novembro.
público, o qual deve obedecer aos seguintes princípios:
Artigo 30.º
a) Publicação da oferta de emprego pelos meios mais Património
adequados;
1. O património do IMP é constituído pela universalidade
b) Igualdade de condições e oportunidade dos candidatos; dos bens, direitos e obrigações de conteúdo económico,
c) Aplicação de métodos e critérios objetivos de submetidos ao comércio jurídico privado, transferidos
avaliação e seleção; e pelo Estado ou adquiridos pelos seus órgãos e, ainda,
pelo direito ao uso e fruição dos bens do património do
d) Fundamentação da decisão tomada. Estado que lhe sejam afetos.

3. As condições de prestação e disciplina do trabalho 2. O IMP pode adquirir bens do património do Estado
são definidas em regulamento próprio com observância que por portaria do membro do Governo responsável
das disposições legais imperativas do regime do contrato pela área das Finanças lhes sejam cedidos para fins de
individual de trabalho. interesse público.

4. O pessoal do IMP está sujeito às regras de acumulação 3. Podem ser afetos ao IMP, por portaria do membro do
e incompatibilidades legalmente estabelecidas para os Governo responsável pela área das Finanças, os bens do
funcionários e agentes administrativos. domínio público afetos a fins de interesse público que se

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1021

enquadrem nas respetivas atribuições e, ainda, os bens do j) Os saldos das contas de gerência;
património do Estado que devam ser sujeitos ao seu uso e
fruição, podendo essa afetação cessar a qualquer momento k) As importâncias provenientes de empréstimos
por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas contraídos a curta, médio e a longo prazo para a
áreas das finanças e da superintendência. realização das suas atribuições, precedendo de
autorização do membro de Governo responsável
4. Os bens do IMP que se revelarem desnecessários ou pela superintendência e pelas Finanças.
inadequados ao cumprimento das suas atribuições são
l) Quaisquer outras receitas provenientes da sua
incorporados no património do Estado, salvo quando devam
atividade ou que por lei, pelo seu estatuto ou
ser alienados, sendo essa incorporação determinada por
por contrato lhe devam pertencer.
despacho dos membros do Governo responsáveis pelas
áreas das Finanças e da superintendência. 2. Dos saldos apurados em cada exercício, 10% é revertido
para um Fundo de Solidariedade Interinstitucional
5. O IMP elabora e mantém atualizado anualmente,
destinado à melhoria dos institutos, a ser criado por
com referência a 31 de dezembro, o inventário de bens
diploma próprio.
e direitos, tanto os próprios como os do Estado, que lhes
estejam afetados. Artigo 32.º

Despesas
6. Pelas obrigações do IMP responde apenas o seu
património, mas os credores, uma vez executada a 1. Constituem despesas próprias do IMP as que resultem
integralidade do património do mesmo, ou extinto o IMP, de encargos com o seu funcionamento e as decorrentes
podem demandar o Estado para satisfação dos seus créditos. da prossecução das respetivas atribuições, bem como os
custos de aquisição, manutenção e conservação dos bens
7. Em caso de extinção, o património do IMP e os bens
e equipamentos de serviço de que careçam para o efeito.
dominiais sujeitos à sua administração revertem para o
Estado, salvo quando se tratar de fusão ou reestruturação, 2. Em matéria de autorização de despesas, o Conselho
caso em que o património e os bens dominiais podem Diretivo tem a competência atribuída na lei aos titulares
reverter para a nova estrutura ou ser-lhe afetos, desde dos órgãos máximos dos organismos dotados de autonomia
que tal possibilidade esteja expressamente prevista no administrativa e financeira, bem como a que lhe for
diploma legal que proceder à fusão ou reestruturação. delegada pelo membro do Governo da superintendência.
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Artigo 31.º Artigo 33.º

Receitas e ativos financeiros Movimentação dos fundos

1. Constituem designadamente receitas próprias do IMP: 1. Os fundos do IMP são depositados em instituições
bancárias e movimentados nos termos a fixar por deliberação
a) O produto da venda dos bens e serviços que produza; do Conselho Diretivo, ouvido o Fiscal Único.
b) Os rendimentos de bens próprios quando possuam 2. Para pequenas despesas pode o IMP dispor, em cofre,
património privativo; de um fundo de maneio de valor a fixar por deliberação
do Conselho Diretivo.
c) Os donativos que lhe sejam atribuídos por quaisquer
entidades públicas ou privadas, nacionais ou Artigo 34.º
estrangeiras e internacionais; Contabilidade, contas e tesouraria

d) As dotações inscritas no orçamento do Estado; 1. A prestação de contas rege-se, fundamentalmente,


pelo disposto nos seguintes instrumentos legais e
e) As comparticipações e os subsídios provenientes regulamentares:
de quaisquer entidades públicas ou privadas
nacionais, estrangeiras ou internacionais; a) Lei de Bases do Orçamento do Estado;

f) O produto de taxas, emolumentos, outras receitas b) Plano Nacional de Contabilidade Pública;


cobradas por licenciamentos, aprovações e c) Regime Jurídico da Tesouraria do Estado;
outros atos ou serviços prestados no âmbito
da prossecução das suas atribuições; d) Lei de Organização e Processo do Tribunal de
Contas;
g) Os rendimentos provenientes da gestão do seu
património mobiliário e imobiliário, assim como e) Instruções emanadas pelo Tribunal de Contas; e
da gestão dos bens próprios e o produto da sua
f) Diplomas anuais de execução orçamental.
alienação e da constituição de direito sobre eles;
2. São aplicáveis ao IMP os princípios da unicidade de
h) As indemnizações, doações ou legados concedidos caixa, da unidade de tesouraria e da não consignação de
ou devidos, consoante os casos, por entidades receitas e do controlo financeiro.
públicas ou privadas, nacionais, estrangeiras
ou internacionais; 3. O IMP prepara um balanço anual do seu património,
devendo figurar em anotação ao balanço a lista dos bens
i) Os montantes resultantes da aplicação das coimas; dominiais sujeitos à sua administração.

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1022 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

4. Sempre que o IMP detenha participações em outras d) A criação de entidades de direito privado, a participação
pessoas coletivas, anexa as contas dessas participadas na sua criação, a aquisição de participação em
e apresenta contas consolidadas com as entidades por si tais entidades, quando esteja previsto na lei
controladas, direta ou indiretamente. ou nos estatutos e se mostrar imprescindível
Artigo 35.º
para a prossecução das respetivas atribuições; e

Controlo financeiro e prestação de contas e) Outros atos de relevância financeira previstos na


lei ou nos estatutos.
1. A atividade financeira do IMP está sujeita à fiscalização
da Inspeção Geral das Finanças, podendo também ser 5. Carecem ainda de autorização prévia dos membros
submetida a auditoria externa por determinação do do Governo responsáveis pela área das Finanças, da
Governo, através da superintendência. Administração Pública e da superintendência:
2. O IMP está igualmente sujeito à fiscalização do a) A definição dos quadros de pessoal;
Tribunal de Contas.
b) A negociação de convenções coletivas de trabalho; e
Artigo 36.º
c) Outros atos respeitantes ao pessoal, previstos na
Sistema de indicadores de desempenho
lei ou nos estatutos.
1. O IMP utiliza um sistema coerente de indicadores
6. A falta de autorização prévia ou de aprovação
de desempenho, o qual reflete o conjunto das atividades
determina, respetivamente, a invalidade ou a ineficácia
prosseguidas e dos resultados obtidos.
jurídica dos atos sujeitos a autorização ou a aprovação.
2. O sistema engloba indicadores de economia, eficiência
e eficácia e também qualidade, caso prestem serviços 7. No domínio disciplinar compete ao membro do Governo
diretamente ao público. da superintendência:

3. Compete aos órgãos de controlo setorial respetivos a) Exercer ação disciplinar sobre os membros dos
aferir a qualidade desses sistemas, bem como avaliar, órgãos dirigentes; e
anualmente, os resultados obtidos pelo IMP em função b) Ordenar inquéritos ou sindicâncias aos serviços
dos meios disponíveis, cujas conclusões são reportadas do IMP.
ao membro do Governo que exerce a superintendência.
2 538000 009253

8. Em caso de inércia grave do órgão responsável,


CAPÍTULO V designadamente na prática de atos legalmente devidos,
SUPERINTENDÊNCIA E RESPONSABILIDADE o membro do Governo da superintendência goza de poder
substitutivo.
Artigo 37.º
Artigo 38.º
Superintendência
Outros poderes de superintendência
1. O IMP encontra-se sujeito a superintendência
governamental, exercida pelo membro do Governo 1. O membro do Governo da superintendência pode dirigir
responsável. orientações, emitir diretivas ou solicitar informações aos
órgãos dirigentes dos institutos públicos sobre os objetivos
2. Carecem de aprovação do membro do Governo da
a atingir na gestão do IMP e sobre as prioridades a adotar
superintendência:
na respetiva prossecução.
a) O plano de atividades, o orçamento, o relatório
2. Além dos poderes do membro do Governo da
de atividades e as contas acompanhadas dos
superintendência, o IMP deve observar as orientações
pareceres do fiscal único;
governamentais estabelecidas pelos membros do Governo
b) Os regulamentos internos; e responsáveis pelas Finanças e Administração Pública,
respetivamente em matéria de finanças e de pessoal.
c) Os demais atos indicados em lei geral ou nos
estatutos. 3. Compete ao membro do Governo da superintendência
3. Carecem de autorização prévia do membro do Governo proceder ao controlo do desempenho do IMP, em especial
da superintendência: quanto ao cumprimento dos fins e dos objetivos estabelecidos
e quanto à utilização dos recursos pessoais e materiais
a) A aceitação de doações, heranças ou legados; postos à sua disposição.
b) A criação de delegações territorialmente desconcentradas; Artigo 39.º
e Responsabilidade
c) Outros atos previstos na lei e nos estatutos. 1. Os titulares dos órgãos do IMP e os seus funcionários
4. Carecem de aprovação dos membros do Governo e agentes respondem financeiramente, civil, criminal e
responsáveis pelas áreas das Finanças e da superintendência: disciplinarmente pelos atos e omissões que pratiquem no
exercício das suas funções, nos termos da Constituição e
a) A aquisição ou alienação de bens imóveis; demais legislações aplicáveis.
b) A realização de operações de crédito; 2. A responsabilidade financeira é efetivada pelo
c) A concessão de garantias a favor de terceiros; Tribunal de Contas, nos termos da respetiva legislação.

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1023

CAPÍTULO VI Decreto-lei nº 39/2018


PUBLICAÇÃO DE ATOS, INFORMAÇÃO de 20 de junho
E TRANSPARÊNCIA
Cabo Verde, na qualidade país costeiro, de bandeira
Artigo 40.º e portuário, tem compromissos perante a comunidade
Publicação no Boletim Oficial internacional no domínio da segurança marítima, cuja
implementação e operacionalização representam custos
1. São objeto de publicação na II Série do Boletim elevados.
Oficial, designadamente:
Estes compromissos estão organizados no denominado
a) Os regulamentos com eficácia externa emitidos sistema nacional de segurança marítima que comporta
pelo IMP; diversos subsistemas que, pela sua abrangência, servem
b) O regulamento de organização e funcionamento; a marinha internacional que utiliza as zonas marítimas
do país, bem como toda a marinha e o tráfego marítimo
c) A atribuição de pelouros que envolva delegação nacionais.
de poderes.
A segurança marítima constitui um bem público que
2. Os regulamentos e deliberações referidos no número compete ao Estado assegurar. Contudo, a segurança
anterior podem ser disponibilizados através de brochuras. de pessoas e bens no mar tem também forte expressão
3. Os regulamentos referidos no n.º 1 entram em vigor económica, seja pelo valor económico atribuível a cada
na data neles referida ou cinco dias após a sua publicação vida humana, seja pelas perdas evitadas de ativos móveis
e são disponibilizados no respetivo sítio da internet. e de mercadorias. Consequentemente, pese embora o
seu carácter de bem público, a segurança marítima tem
Artigo 41.º beneficiários diretos: as pessoas que viajam e os armadores
Logótipo dos navios e os donos das cargas que se transportam.

O IMP utiliza, para identificação de documentos e Neste sentido é adequado cobrar a esses beneficiários
tudo o mais que se relacionar com os respetivos serviços, pelo menos os custos do funcionamento do sistema de
um logótipo, cujo modelo é aprovado pelo membro do segurança. Esta é a orientação que informa o presente
2 538000 009253

Governo responsável pelo setor marítimo, sob proposta diploma, que cria uma Taxa de Segurança Marítima, TSM,
do Conselho Diretivo. que se destina a financiar os custos de funcionamento do
sistema de segurança.
Artigo 42.º

Sítio na internet e transparência Na quantificação do valor da TSM procurou-se cobrir os


já referidos custos, mas também manter a neutralidade
1. O IMP disponibiliza um sítio na Internet com todos económica deste acréscimo de custos para os beneficiários
os dados relevantes, nomeadamente o diploma de criação da segurança marítima. Se por um lado será de esperar
e os estatutos, bem como a composição dos seus órgãos, que a taxa se repercuta num aumento dos preços do
incluindo os planos, orçamentos, relatórios e contas transporte de passageiros e cargas, pode-se também
referentes aos dois últimos anos da sua atividade e antecipar tendência contrária, por via da redução dos
ainda os regulamentos, as deliberações e as instruções prémios de seguro, pela redução das perdas em acidentes
genéricas emitidas. ou ainda pelo aumento da circulação que um transporte
2. No sítio do IMP são ainda disponibilizadas todas as mais seguro induz.
normas legislativas e regulamentares atinentes às suas
Este comportamento da economia pressupõe, no entanto,
atribuições.
a existência de transporte marítimo regular. Daí que a
3. O sítio do IMP serve de suporte para a divulgação criação da TSM esteja muito associada ao atual processo
de modelos e formulários, designadamente para a de concessão do transporte marítimo inter-ilhas.
apresentação de requerimentos por via eletrónica,
reclamações, representações e queixas. A coleta que se vier a apurar com este novo mecanismo
estará consignada ao financiamento do sistema de
CAPÍTULO VII segurança marítima, e deste sistema faz parte o sistema
de transportes. Daí que se estabeleça no presente
DISPOSIÇÃO FINAL diploma que a coleta seja mobilizada para alimentar o
Artigo 43.º Fundo Autónomo de Desenvolvimento e Segurança do
Transporte Marítimo – FADSTM, o qual, por sua vez,
Serviços desconcentrados
deverá constituir a origem de fundos para o pagamento
As deliberações relativas à organização dos serviços das eventuais indemnizações compensatórias pelo serviço
desconcentrados do setor marítimo e portuário mantêm- público de transporte marítimo inter-ilhas.
se em vigor até à sua revogação expressão pelo Conselho
Diretivo. Nestes termos,

José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
Garcia Correia - José da Silva Gonçalves artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

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1024 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

CAPÍTULO I certificado de navegação válido, a TSM é cobrada


anualmente até ao último dia do mês de janeiro de
DISPOSIÇÕES GERAIS
cada ano na tesouraria da entidade supervisora
Artigo 1.º dos transportes marítimos;
Objeto
b) Aos armadores de navios ou seus representantes,
O presente diploma cria a taxa de segurança marítima, que arvorem a bandeira nacional, qualquer
TSM, que tem subjacente o objetivo de apoiar e promover as que seja a natureza e tipologia do navio, por
condições de sustentabilidade da segurança do transporte cada entrada num porto nacional e é paga à
marítimo. concessionária da infraestrutura portuária do
Artigo 2.º
porto de entrada;
Definições c) Aos armadores de navios ou seus representantes,
que arvorem pavilhão estrangeiro, qualquer que
Para efeitos do disposto no presente diploma, entende-
seja a sua natureza e tipologia, por cada entrada
se por:
num porto nacional e é paga à concessionária da
a) «Entidade supervisora», a Direção-Geral de Economia infraestrutura portuária do porto de entrada;
Marítima;
d) Aos passageiros e consignatários das cargas por
b) «Entidade fiscalizadora», o Instituto Marítimo cada viagem e trajeto e é cobrada no respetivo
Portuário. título de transporte pelo emissor;
Artigo 3.º
e) Aos barcos fundeados em portos nacionais.
Incidência objetiva
Artigo 6.º
A taxa de segurança marítima constitui a contrapartida Condições e prazo de entrega da taxa de segurança
dos serviços relacionados com a segurança de pessoas e
bens no âmbito do transporte marítimo disponibilizada, 1. As importâncias cobradas a título da TSM pelos
nomeadamente, por: operadores económicos são depositadas de acordo com
as seguintes disposições, observando-se os prazos de
a) Sistema de controlo e gestão de tráfego (VTMS -
entrega referidos:
Vessel Traffic Management System);
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b) Sistema Global de Comunicação de Socorro e a) A taxa cobrada nos termos da alínea a) do n.º


Segurança Marítima (GMDSS - Global Maritime 1 do artigo anterior é entregue nas condições
Distress and Safety System); referidas nessa disposição;

c) Sistema Automática de Identificação de Navios b) A taxa cobrada nos termos das alíneas b), c) e d)
(AIS - Automatic Identification System); do n.º 1 do artigo anterior é depositada pela
entidade cobradora mensalmente até ao 15º dia
d) Balizagem e Farolagem; do mês seguinte a que se refere, na conta do
e) Formação profissional e capacitação de pessoal; Tesouro do Fundo Autónomo de Desenvolvimento
e Segurança do Transporte Marítimo – FADSTM.
f) Sistema nacional de busca e salvamento marítimo
(SAR - Search and Rescue); 2. Para efeitos de cumprimento do disposto no número
anterior, as entidades que procedem à cobrança da TSM
g) Sistema nacional de luta contra a poluição marítima. emitem, mensalmente, até ao dia 15 (quinze) do mês
Artigo 4.º seguinte a que se refere as importâncias, uma guia de
Incidência subjetiva pagamento com indicação do valor total cobrado, enviando
para as entidades seguintes um exemplar dessa guia:
1. O sujeito ativo gerador da obrigação de pagamento da
TSM a cobrar no âmbito do presente diploma é a entidade a) Ao Tesouro (o original);
supervisora dos transportes marítimos.
b) À Direção-geral do Planeamento, Orçamento e Gestão
2. O pagamento da TSM é devido pelos navios que do Departamento Governamental responsável
escalam portos nacionais, pelos passageiros e pelos pelos transportes marítimos (um duplicado);
consignatários das cargas transportadas.
c) À entidade supervisora dos transportes marítimos
CAPÍTULO II (um duplicado);
COBRANÇA, LIQUIDAÇÃO E ENTREGA d) À entidade fiscalizadora dos transportes marítimos
DA TAXA (um duplicado).
Artigo 5.º
3. Os formulários das guias de pagamento são fornecidos
Cobrança e liquidação pelo Instituto Marítimo e Portuário e são autenticados
As importâncias devidas a título da TSM são cobradas com carimbo e assinatura das entidades.
nas seguintes condições:
4. As importâncias cobradas a título da TSM são entregues
a) Aos armadores dos navios ou seus representantes, mediante a emissão dos competentes Documentos Únicos
que arvorem a bandeira nacional e possuam de Cobrança com a devida especialização das contas.

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1025


Artigo 7.º Artigo 11.º

Isenções Segregação de custos

1. São isentos do pagamento da TSM:


No exercício das funções relacionadas com a cobrança e
a) As crianças com idade inferior à exigida para o arrecadação das receitas, as instituições designadas devem
pagamento de título de transporte; criar na sua contabilidade uma conta denominada “taxa
de segurança marítima” que, através da sua consulta,
b) Os navios-hospital;
permite conhecer, a cada momento, os valores cobrados,
c) Os navios da armada cabo-verdiana; as liquidações efetuadas e o saldo atual da conta.
d) Os navios em missão científica, cultural ou benemérita, Artigo 12.º
quando o requeiram;
Fornecimento de informação
e) Os rebocadores e equipamentos flutuantes ao
serviço do porto; 1. Os operadores do transporte marítimo inter-ilhas
f) As embarcações de tráfego local, bem como as de devem, anualmente, até ao dia 30 de janeiro de cada ano,
pesca costeira, em que o produto do comprimento remeter à entidade fiscalizadora, à entidade supervisora
fora-a-fora pela boca de sinal e pelo calado e ao FADSTM a documentação detalhada com informação
máximo seja igual ou inferior a 45 (quarenta acerca das receitas arrecadadas com a cobrança da taxa
e cinco) m3; e de segurança marítima no ano anterior.

g) As embarcações em apoio a situações de emergência 2. Não obstante o disposto no número anterior, os mesmos
devidamente reconhecidas pela Administração operadores devem, também, até à data indicada no número
Marítima. anterior, enviar às entidades referidas no número anterior
uma estimativa de receitas com a cobrança da taxa para o
2. As entidades que efetuarem a cobrança da TSM
ano seguinte àquele a que respeita a informação, com base
podem exigir prova das condições justificativas do direito
na projeção dos tráfegos de passageiros e de mercadorias.
às isenções referidas no presente artigo.
Artigo 8.º CAPÍTULO IV
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Receita da taxa
SUPERVISÃO, FISCALIZAÇÃO E REGIME
A TSM constitui receita do FADSTM. SANCIONATÓRIO
CAPÍTULO III Artigo 13.º

MONTANTE DA TAXA, DISTRIBUIÇÃO Supervisão e fiscalização


E COMPARTICIPAÇÕES
Artigo 9.º 1. À entidade supervisora dos transportes marítimos
compete supervisionar e à entidade fiscalizadora compete
Determinação do quantitativo da taxa
fiscalizar o cumprimento do presente diploma.
A TSM, aplicada nos termos do disposto no artigo 5.º,
é fixada anualmente por Portaria conjunta dos membros 2. Para efeitos de aplicação do presente diploma,
do Governo responsáveis pelas áreas dos transportes estão sujeitos à fiscalização da entidade fiscalizadora
marítimos e das Finanças. dos transportes marítimos os operadores do transporte
marítimo inter-ilhas e a concessionária portuária.
Artigo 10.º
Obrigações do Fiscalizador Artigo 14.º

Compete à entidade supervisora e à entidade fiscalizadora Processamento das contraordenações


dos transportes marítimos proporem conjuntamente
as bases e critérios para a revisão do valor da taxa de 1. Compete à entidade fiscalizadora dos transportes
segurança, de acordo com os seguintes princípios: marítimos instaurar e instruir os processos de contraordenação
relativos às infrações previstas no presente diploma, bem
a) Assegurar altos níveis de qualidade e segurança como proceder à aplicação das respetivas coimas.
no interesse dos passageiros, dos consignatários
das cargas, das tripulações, dos armadores, 2. Para efeitos do disposto no número anterior, a
e demais agentes económicos envolvidos no entidade supervisora dos transportes marítimos pode
transporte marítimo; inspecionar as contas das concessionárias referidas no
b) Assegurar de forma compatível e equilibrada o n.º 2 do artigo anterior.
financiamento e/ou a comparticipação nos custos
inerentes às ações e operações mencionadas 3. O disposto nos números anteriores não prejudica
nos artigos 3.º e 4.º; as competências de fiscalização de outras entidades
públicas, que devem comunicar à entidade supervisora
c) Garantir em geral estes objetivos de forma transparente dos transportes marítimos o resultado da sua ação,
e equitativa, resultantes da promoção do sistema sempre que da mesma resultem indícios de violação do
de segurança no transporte marítimo inter-ilhas. presente diploma.

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1026 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018


Artigo 15.º 3. O pagamento das coimas não exonera o infrator
Contraordenações do cumprimento e da reparação dos danos que tiver
causado, devendo o mesmo suprir todas as irregularidades
1. Sem prejuízo da aplicação das disposições previstas e ilegalidades em prazo a determinar pela entidade
no Código Penal, constituem contraordenações puníveis fiscalizadora, sob pena de tal facto ter relevância na
com coimas de 100.000$00 (cem mil escudos) a 500.000$00 aplicação das medidas previstas nos artigos seguintes.
(quinhentos mil escudos):
Artigo 18.º
a) A cobrança da taxa em violação do disposto no
Regime subsidiário
artigo 5.º;
b) O não cumprimento, por parte das concessionárias, Em tudo o que não se encontre previsto no presente
da obrigação de separação contabilística nos capítulo são aplicáveis as disposições do regime geral
termos e para os efeitos do artigo 11.º; das taxas, aprovado pela Lei n.º 100/VIII/2015, de 10 de
dezembro, e o regime geral das contraordenações, aprovado
c) O não envio, por parte das concessionárias à entidade pelo Decreto-legislativo n.º 9/95, de 27 de outubro.
fiscalizadora, das guias de pagamento referidas
no artigo 6.º. Artigo 19.º

Destino das coimas


2. Constituem contraordenações puníveis com coimas
de 500.000$00 (quinhentos mil escudos) a 1.000.000$00 O produto das coimas reverte-se para o FADSTM.
(um milhão de escudos):
CAPÍTULO V
a) A falta de entrega do montante da receita da taxa,
no prazo previsto no n.º 2 do artigo 6.º; FALTA DE PAGAMENTO DA TAXA
b) O não cumprimento ou o cumprimento insuficiente, DE SEGURANÇA
por parte das concessionárias, dos níveis e padrões Artigo 20.º
de qualidade exigidos.
Créditos relativos à taxa de segurança
c) A falta de indicação nos títulos de transporte
emitidos do valor correspondente à taxa de 1. A falta de entrega do valor da taxa de segurança
2 538000 009253

segurança marítima, conforme obrigação prevista marítima no prazo indicado no


no artigo 5.º 6.º;
2. Artigo 6.º constitui-se como um crédito do FADSTM
3. Os limites, mínimo e máximo da moldura das coimas, e está sujeito a cobrança coerciva, segundo o processo de
previstos nos números anteriores são elevados ao dobro, execução fiscal, regulado pelo Código de Procedimento
em caso de reincidência. e de Processo Tributário, sendo as taxas equiparadas a
créditos do Estado.
4. É punido como reincidente quem cometer uma infração
depois de ter sido condenado, por decisão transitada em 3. Para efeitos do número anterior, a entidade fiscalizadora
julgado, por outra infração do mesmo tipo, se entre as dos transportes marítimos emite certidão com valor de
duas infrações não tiver decorrido um prazo superior ao título executivo de acordo com o Código de Procedimento
da prescrição da primeira. e de Processo Tributário.
Artigo 16.º
4. A cobrança coerciva dos créditos prevista no n.º 1 é
Punição da negligência promovida pelos Serviços Fiscais competentes.
A negligência é punível, sendo os limites, mínimo e CAPÍTULO VI
máximo reduzidos a metade dos valores indicados no
artigo 15.º. DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 17.º Artigo 21.º
Determinação da medida da coima Entrada em vigor

1. A determinação da medida da coima é feita em função O presente diploma entra em vigor 90 (noventa) dias
do grau da ilicitude do facto, da culpa do infrator, da sua seguintes ao da sua publicação.
situação económica e das exigências de prevenção.
Aprovado em Conselho de Ministros de 12 de abril
2. Sem prejuízo dos limites máximos fixados no artigo 15.º,
de 2018.
na determinação da medida da coima observa-se o seguinte:
a) Se da ação ou omissão resultar um benefício para José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino
o infrator, a coima deve, sempre que possível, Garcia Correia - José da Silva Gonçalves
exceder o benefício económico que o mesmo Promulgado em 18 de junho de 2018
retirou do cometimento da infração;
Publique-se.
b) Se da ação ou omissão resultar um prejuízo para
terceiros a medida da coima deve exceder o O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
prejuízo causado. ALMEIDA FONSECA

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1027

Decreto-lei nº 40/2018 Artigo 3.º

de 20 de junho Atribuições

O Decreto-Lei n.º 37/2016, de 17 de junho, alterado 1. Na prossecução da sua missão, são atribuições do ME:
pelo Decreto-Lei n.º 14/2018, de 7 de março, aprovou a
nova orgânica do Governo, na qual se integra o Ministério a) Definir, promover e executar as políticas destinadas
da Educação (ME), fixando a sua estrutura e missão, à educação pré-escolar, aos ensinos básico,
as quais são materializadas no presente diploma. Este secundário, técnico profissional, à educação extra-
constitui um instrumento indispensável à materialização, escolar, a ações complementares da inclusão
com eficiência e eficácia, do estabelecido no Programa do socioeducativa, da orientação vocacional e da
Governo para o sector da Educação. ação social escolar;
Com nova orgânica, pretende-se dotar o ME de uma
b) Definir, promover e executar as políticas educativas
estrutura de materialização das políticas educativas,
para o ensino superior e nos domínios da ciência
científicas e tecnológicas, para responder aos desafios da
e da tecnologia, prevendo estratégias de reforço
educação e da formação de excelência, capaz de assegurar
da investigação para o desenvolvimento nacional,
o sucesso escolar, a qualificação e a formação superior, a
nesses domínios;
promoção científica e tecnológica, visando o cumprimento
dos eixos estratégicos de desenvolvimento de Cabo Verde, c) Promover a igualdade de oportunidades de acesso e
na perspetiva de educação para o desenvolvimento. de sucesso, a todos os cidadãos, nos diversos graus
Neste contexto, optou-se por uma estrutura mais de ensino e em todas as atividades educativas;
funcional, mais dinâmica e de maior coerência e abrangência,
compreendendo a educação pré-escolar, os ensinos básico, d) Preparar, executar e acompanhar, os programas e
secundário e técnico, a educação extra-escolar, o ensino projetos educacionais, numa perspetiva reflexiva
superior, para os quais se agregam serviços especializados avaliativa permanente do sistema educativo,
de educação especial, de orientação vocacional, de ação em ordem à sua adequação às necessidades de
social escolar e de ciência e tecnologia, provendo o desenvolvimento do país e ao seu alinhamento com
reforço das sinergias desses subsistemas, em regime de as tendências globalizadas de desenvolvimento
educacional;
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complementaridade.
Não obstante a publicação em outubro de 2016 do diploma e) Melhorar a qualidade, o rendimento e a funcionalidade
orgânico do ME, este merece ser revisto, considerando, das instituições, designadamente pela introdução
dentre outros, um novo enquadramento orgânico de alguns de novos métodos e práticas de gestão, para a
dos serviços e organismos existentes objeto de extinção e melhoria cientítica e pedagógica, administrativa
reestruturação, adequando-o a nova Organica do Governo. e financeira, da formação docentes, discentes
e não docentes;
Assim, impõe-se estruturar a organização e o funcionamento
do ME, dotando-o das competências necessárias à f) Garantir a aprendizagem das línguas caboverdeana
prossecução dos objetivos estabelecidos no programa do e portuguesa, bem como das línguas estrangeiras,
Governo da IX Legislatura, nos domínios da educação. em todos os ciclos de ensino e formação;
Nestes termos, g) Promover uma cultura e uma prática de igualdade
No uso da faculdade conferida pelo n.º 1 do artigo 204.º e da não-violência, nas abordagens e nos espaços
da Constituição, o Governo decreta o seguinte: educativos, implementando estratégias preventivas
da discriminação;
CAPÍTULO I
2. Compete, designadamente, ao ME, no domínio
OBJETO E MISSÃO
específico do ensino e da formação de quadros:
Artigo 1.º
a) Desenvolver a educação pré-escolar, de forma
Objeto
harmoniosa e articulada;
O presente diploma estabelece a estrutura, a organização
e as normas de funcionamento do Ministério da Educação, b) Garantir o direito à educação e à escolaridade
abreviadamente designado por ME. obrigatória e universal a todo o cidadão;

Artigo 2.º c) Desenvolver, consolidar e alargar a obrigatoriedade


Missão de frequência ao ensino secundário;

O ME é o departamento governamental que tem por d) Criar condições para a integração das crianças
missão definir, executar e avaliar a política nacional do e adolescentes com necessidades educativas
sistema educativo, para a educação pré-escolar, os ensinos especiais no sistema de ensino;
básico, secundário e técnico, a educação extra-escolar, o
ensino superior, a investigação científica, o desenvolvimento e) Promover a igualdade e a equidade no acesso e no
tecnológico, bem como a ação social escolar. sucesso educativo;

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1028 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

f) Incentivar o ensino privado e cooperativo; ensino superior, da ciência e tecnológia, visando o


seu alinhamento com as necessidades e orientações
g) Promover o desenvolvimento da educação, da formação nacionais e internacionais;
e de oportunidades para a aprendizagem ao
longo da vida; j) Apoiar as iniciativas e projetos de investigação
universitários, entre outros, que visem o
h) Participar na elaboração e na execução da política desenvolvimento e a disseminação da cultura
global de desenvolvimento, de capacitação e científica e tecnológica, através de programas
qualificação dos recursos humanos; de incentivos à formação da comunidade de
investigadores e o apetrechamento dos laboratórios,
i) Organizar o âmbito e a natureza da ação social centros de investigação e centros de documentação.
escolar; Artigo 4. º

j) Promover a descentralização, a autonomia e a Articulações


participação em decisões de gestão da educação O Ministério da Educação articula-se, especialmente,
e dos processos formativos. com:

3. Compete, ainda, ao ME, designadamente, em matéria a) O Ministério da Família e Inclusão Social, em


do ensino superior e nos domínios da ciência e tecnologia: matéria da ação social escolar, da proteção e
promoção do direito das crianças e jovens e da
a) Promover a igualdade de oportunidades de acesso promoção da solidariedade social e da igualdade
a todos os cidadãos ao ensino superior e a outras do género;
atividades de investigação; b) O Ministério do Desporto, em matéria de associativismo
juvenil e desporto escolar;
b) Planificar, coordenar e promover a articulação
entre a formação de nível pós-secundário e o c) O Ministério da Justiça e Trabalho, em matéria
ensino superior, no país e no exterior; de promoção de educação para cidadania e de
direitos humanos;
c) Preparar, executar e acompanhar, numa perspetiva
d) O Ministério das Infraestruturas, do Ordenamento do
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reflexiva avaliativa permanente do sistema de


Território e Habitação, em matéria de construção
ensino superior e investigação, os programas e
e manutenção de equipamentos educativos
projetos, em ordem à sua adequação às necessidades
e de formação e investigação no domínio do
de desenvolvimento do país e aos progressos
Ordenamento do Território;
da ciência e tecnologia;
e) O Ministério da Saúde e da Segurança Social, em
d) Melhorar os meios e serviços da formação académica matéria de educação para a saúde e formação
superior, visando a qualidade científica e os no domínio da saúde;
resultados, os métodos e técnicas pedagógicas e
outras condições gerais facilitadoras do sucesso, f) O Ministério das Finanças, em matéria de formação
para este subsistema; e investigação no domínio da gestão e da
administração pública;
e) Orientar a política nacional para a ciência e para a g) O Ministério do Turismo e Transporte, em matéria
tecnologia e respetivos sistemas de organização, de formação e investigação no domínio de turismo,
financiamento e execução; transportes aéreos e segurança aérea;

f) Fomentar e coordenar as atividades de investigação h) O Ministério da Economia Marítima, em matéria de


científica e de desenvolvimento tecnológico, formação e investigação no domínio da economia
bem como monitorar os respetivos programas e indústria do mar, dos recursos marinhos, das
e projetos; pescas e da aquacultura;
i) O Ministério da Industria, Comercio e Energia, em
g) Coordenar a cooperação científica e tecnológica matéria de formação e investigação no domínio
estabelecida com entidades internacionais, ao do comércio, indústria e energias, com enfoque
abrigo dos acordos de cooperação bilaterais ou especial para as renováveis;
multilaterais, em colaboração com o Ministério
dos Negócios Estrangeiros e Comunidades e j) O Ministério da Agricultura e Ambiente, no domínio
demais serviços públicos envolvidos; das ciências agrárias e em matéria de educação
ambiental;
h) Preparar a proposta de orçamento para a ciência, k) O Ministério da Cultura e das Industrias Criativas,
a tecnologia e do planeamento plurianual em matéria da política da língua Caboverdeana,
das atividades de investigação científica e do de educação artística e de investigação cultural;
desenvolvimento tecnológico;
l) O Ministério da Administração Interna, em matéria
i) Promover o desenvolvimento, a modernização, a de segurança e prevenção da violência no espaço
qualidade, a competitividade e a avaliação do escolar.

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1029

CAPÍTULO II Artigo 7.º

ESTRUTURA ORGÂNICA Conselho Nacional do Ensino Superior, Ciencia e Tecnologia

Seção I 1. O Conselho Nacional do Ensino Superior, Ciencia


e Tecnologia é o órgão consultivo que tem por missão
Estrutura Geral
coadjuvar o membro do Governo responsável pela área
Artigo 5.º do ensino superior em matérias transversais ao ensino
superior, ciência, tecnologia, visando apoiar a tomada
Órgãos, gabinete e serviços
de decisão sobre as políticas e orientações estratégicas,
1. O ME compreende os seguintes órgãos e gabinete nos âmbitos de ensino superior e do desenvolvimento
de apoio à formulação de políticas: científico e tecnológico nacionais.

a) O Conselho Nacional de Educação; 2. A composição e o modo de funcionamento do Conselho


Nacional do Ensino Superior, Ciencia e Tecnologia são
b) O Conselho Nacional do Ensino Superior, Ciencia definidos em diploma próprio.
e Tecnologia;
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior e
c) O Conselho do Ministério; considerando os domínios prioritários da gestão do
Ensino Superior, Ciencia e Tecnologia são criados grupos
d) O Gabinete do Ministro. de trabalho do Conselho Nacional do Ensino Superior,
2. O ME compreende os seguintes serviços de estratégia Ciencia e Tecnologia.
e planeamento: Artigo 8.º

a) A Direção Nacional de Educação; Conselho do Ministério

b) O Gabinete do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia; 1. O Conselho do Ministério é o órgão consultivo


de natureza técnica e administrativa, integrado pelo
c) A Direção-Geral de Planeamento, Orçamento e
Ministro, pelos dirigentes dos serviços centrais do ME,
Gestão; e
pelos assessores do Ministro e pelos dirigentes dos serviços
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d) A Inspeção-Geral da Educação. autónomos e dos organismos da administração indireta,


sob a tutela do Ministro.
3. O ME compreende, ainda, as delegações da educação
enquanto serviços de base territorial. 2. O membro do Governo pode, sempre que considerar
necessário, convocar para as reuniões do Conselho do
4. O ME exerce poderes de superintendência sobre a Ministério, os delegados concelhios ou qualquer funcionário
Fundação Caboverdeana de Ação Social Escolar (FICASE). do ME, bem como convidar pessoas de reconhecida
competência para se pronunciarem sobre matéria específica
5. O ME exerce poderes de superintendência sobre a a apreciar.
Universidade de Cabo Verde (Uni-CV).
3. Compete ao Conselho do Ministério:
6. O ME articula-se com os institutos de investigação.
a) Participar da definição de orientações que enformam
7. O ME, no âmbito das suas atribuições, relaciona-se
a atividade do ME;
com a Agência de Regulação do Ensino Superior (ARES).
Seção II b) Analisar as orientações a que deve obdecer o plano
de atividades do ME e apreciar o respetivo
Órgãos e Gabinete relatório de execução;
Artigo 6.º
c) Participar na definição das orientações a que deve
Conselho Nacional de Educação obedecer a preparação do ano escolar;

1. O Conselho Nacional de Educação (CNE) é um d) Formular propostas e emitir pareceres, nomeadamente


órgão independente, com funções consultivas, que tem sobre questões ligadas à orgânica, aos recursos
por missão proporcionar a participação das várias forças humanos e às relações do ME com os restantes
sociais, culturais e económicas na procura de soluções ou serviços e organismos da Administração; e
consensos alargados, em questões essenciais da política
educativa nacional. e) Pronunciar-se sobre outras matérias que o Ministro
entender submeter à sua apreciação.
2. A composição e o modo de funcionamento do Conselho
Nacional da Educação são definidos em diploma próprio. 4. O Conselho do Ministério é presidido pelo Ministro
da Educação.
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior e
considerando os domínios prioritários das políticas 5. O Conselho do Ministério dispõe de regulamento
educativas traçadas para o ensino não superior são criados interno próprio, a aprovar por despacho do membro do
grupos de trabalho do Conselho Nacional da Educação. Governo responsável pela área da Educação.

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1030 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018


Artigo 9.º Seção III

Gabinetes dos membros do Governo Serviços Centrais

Artigo 10.º
1. Junto do membro do Governo responsável pela área
da Educação funciona o respetivo Gabinete, encarregue Direção Nacional de Educação
de o assistir, direta e pessoalmente, no desempenho das
suas funções. 1. A Direção Nacional de Educação (DNE) é o Serviço
central de conceção estratégica, regulamentação,
2. Compete ao Gabinete tratar do expediente pessoal acompanhamento, avaliação e coordenação das políticas
do membro do Governo, bem como desempenhar funções educativas traçadas para a educação pré-escolar, os ensinos
de informação, documentação e outras de carácter político básico e secundário, técnico profissional, educação de
ou de confiança, competindo-lhe, designadamente: jovens e adultos, educação especial e inclusão e cidadania,
avaliação e qualidade educativa, gestão e apoios escolares,
a) Assessorar tecnicamente o membro do Governo comunicação multimédia e pedagógica, competindo-lhe,
nos assuntos que este lhe distribua; designadamente:

b) Receber, expedir e registar toda a correspondência a) Garantir as condições pedagógicas e de gestão para
pessoal do membro do Governo; a implementação do projeto educativo nacional;

b) Mobilizar e orientar o esforço nacional no propósito


c) Assegurar a articulação do ME com as outras
da promoção da educação para todos, através de
estruturas governamentais e com entidades
ações de educação e formação ao longo da vida;
públicas e privadas, nacionais e estrangeiras,
em assuntos que não sejam de competência c) Promover, orientar e acompanhar processos de
específica de outros serviços; revisão e de atualização permanentes que se
mostrem necessários em matéria de conceção,
d) Organizar as relações públicas do membro do organização e funcionamento dos serviços
Governo, designadamente os seus contactos educativos, de forma a garantir a melhoria
com a comunicação social; permanente do sistema;
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e) Assegurar o expediente e arquivo pessoal, bem d) Assegurar a coordenação transversal e a articulação


como a organização da sua agenda; entre os serviços centrais e desconcentrados;

f) Assegurar o expediente relativo à publicação e à e) Promover o intercâmbio com organismos nacionais


distribuição de despachos, portarias, instruções, e internacionais, visando a inovação e melhoria
ordens de serviço, circulares e outras decisões da política nacional da educação e dos resultados
emanadas; educativos;

g) Preparar, prestar apoio logístico e secretariar as f) Participar na formulação da política de educação


reuniões convocadas pelo membro do Governo, para a qualificação e formação profissional, no
designadamente as dos órgãos consultivos âmbito do ensino técnico e profissional e da
previstos neste diploma; educação de jovens e adultos, em articulação com
os serviços dos departamentos governamentais
h) Proceder à recolha, classificação e tratamento de responsáveis pelos setores do emprego e da
informações de interesse para o desempenho formação profissional;
das atividades ministeriais;
g) Colaborar na formulação da política de educação de
i) Apoiar o membro do Governo no domínio dos jovens e adultos, na perspetiva da universalização,
protocolos; da qualificação e da educação permanente;

h) Promover e monitorizar a escolaridade básica


j) O mais que lhe for cometido por lei ou pelo membro
obrigatória, visando a igualdade de acesso e
do Governo.
de sucesso educativo;
3. O Gabinete do Ministro é integrado por pessoas i) Assegurar a prossecução dos estudos, de forma
de sua livre escolha, recrutadas nos termos da lei, em articulada e em harmonia com as exigências do
número limitado, em função das dotações orçamentadas sistema educativo e com as tendências universais
para o efeito. da educação, atendendo às capacidades individuais
dos alunos;
4. O Gabinete do Ministro é dirigido por um Diretor
de Gabinete que, na sua ausência ou impedimento, é j) Garantir medidas para a inclusão no sistema escolar,
substituído por quem for designado pelo Ministro. em articulação com outras instituições, de crianças
e jovens com necessidades educativas especiais;
5. O disposto nos números anteriores aplica-se, com
as necessárias adaptações, ao Gabinete do Secretário de k) Implementar ações de sensibilização para a frequência
Estado da Educação. universal da educação, facilitadoras da inclusão

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1031

de crianças e jovens que tenham abandonado o 2. A Direção Nacional de Educação é dirigida por um
sistema educativo, como medida de prevenção Diretor Nacional, provido nos termos da lei.
do abandono e do insucesso escolar;
3. A Direção Nacional de Educação integra os seguintes
l) Assegurar a qualidade da avaliação da aprendizagem serviços:
pela garantia de mecanismos e condições de
funcionamento sincronizados com as necessidades a) Serviço de Gestão Educativa e do Desenvolvimento
dos alunos, do sistema educativo e do mercado; Curricular;

m) Reconhecer diplomas e equivalências, nos termos b) Serviço de Ensino Técnico-Profissional e de Educação


que forem regulamentados por Portaria do de Jovens e Adultos;
membro do Governo responsável pela área da
c) Serviço de Inclusão Educativa e Promoção da
Educação;
Cidadania;
n) Definir, em articulação com as instituições de
d) Serviço de Multimédia e Educação.
ensino superior, o perfil dos profissionais da
educação para o sistema educativo; Artigo 11.º

o) Articular com as instituições de formação de docentes Serviço de Gestão Educativa e do Desenvolvimento


Curricular
na definição de prioridades nacionais em matéria
de formação inicial, contínua e permanente numa 1. O Serviço de Gestão Educativa e do Desenvolvimento
perspetiva de desenvolvimento profissional e de Curricular (SGEDC) é o serviço transversal, responsável
respostas adequadas às necessidades do sistema; pela materialização da estratégia educativa e pela
p) Participar na definição de critérios, seleção e implementação das medidas de gestão, em articulação
elaboração do plano anual de recrutamento com os demais serviços do ME, zelar pela adequação e
do pessoal docente; bom funcionamento das instituições educativas, adequação
da rede escolar, gestão pedagógica e criação de meios e
q) Assegurar a divulgação de programas de informação, instrumentos necessários à sua concretização, competindo-
sensibilização e formação, visando promover lhe, designadamente:
a comunicação com a sociedade civil sobre as
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medidas de políticas educativas, as iniciativas de a) Assegurar a execução das políticas definidas no


educação e de formação à distância com recurso âmbito do sistema educativo, de forma articulada
às tecnologias educativas; com outros serviços centrais e descentralizados
do ME;
r) Coordenar em articulação com outros serviços do
ME, todo o processo de Avaliação Aferida; b) Estruturar um sistema funcional de acompanhamento
e supervisão dos subsistemas de ensino não
s) Definir estratégias de articulação entre os programas superior;
de educação básica de adultos e os demais
subsistemas de ensino; c) Desenhar o quadro de gestão e organização das
instituições educativas e elaborar instrumentos
t) Elaborar orientações, programas e manuais para todos de gestão;
os níveis de educação e programas de formação
de educação para o ambiente, saúde, igualdade d) Propor medidas que garantam a adequação
de género, segurança, familia e cidadania; da tipologia das escolas e dos equipamentos
didáticos às necessidades do sistema educativo,
u) Promover a introdução de inovações pedagógicas e em articulação com outros serviços competentes
metodologias ativas, enriquecidas pelo potencial em razão da matéria;
uso das tecnologias;
e) Acompanhar os procediemntos e as atividades
v) Promover a investigação e estudos técnicos, desenvolvidas no âmbito do sistema educativo,
nomeadamente, os de acompanhamento e estimulando o controlo de qualidade da educação;
avaliação no âmbito do desenvolvimento e da
inovação curricular, da organização e da avaliação f) Conceber medidas de gestão adequadas à efetiva
pedagógica e didática do sistema educativo, da inclusão de crianças, adolescentes e jovens com
inovação educacional e da qualidade do ensino Necessidades Educativas Especiais (NEE);
e das aprendizagens;
g) Propor medidas que garantam as condições de
w) Conceber ações de capacitação, do pessoal docente funcionamento e acolhimento dos alunos, tendo
e não docente, em prevenção da violência, do em conta a escolaridade básica obrigatória e
abandono escolar, bem como, da promoção da as necessidades especiais;
saúde, sexualidade, da igualdade de género e
h) Colaborar na definição de um quadro de organização,
da segurança escolar;
de funcionamento e de gestão administrativa
x) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas e pedagógica dos estabelecimentos do ensino
por lei ou superiormente. não superior;

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1032 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

i) Conceber e reajustar orientações curriculares, w) Incentivar o recurso às tecnologias educativas, enquanto


garantindo uma articulação e transição adequadas promotoras da motivação e potencializadoras
do pré-escolar ao ensino básico, do ensino básico de recursos de enriquecimento curricular;
ao ensino secundário e do ensino secundário ao
ensino superior, neles incluídas modalidades x) Dinamizar processos de capacitação permanente
de educação especial e inclusiva; dos profissionais docentes;

j) Desenvolver estudos sobre o currículo, programas de y) Produzir orientações para a formação inicial e
disciplinas e orientações educativas e curriculares, contínua de professores em harmonia com as
bem como, analisar, avaliar e propor revisões reais necessidades de ensino e formação para
em concordância com os objetivos gerais da a educação pré-escolar, para o ensino escolar
política educativa; e de jovens e adultos;

k) Elaborar e reajustar orientações curriculares e z) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
programas disciplinares destinados à educação por lei ou superiormente.
pré-escolar, ensinos básico, secundário e técnico-
profissional e educação especial; 2. Podem ser criadas unidades internas do SGEDC com
função de apoio nos domínios da educação, designadamente:
l) Orientar e acompanhar os programas e ações da
educação, visando atividades de enriquecimento a) Unidade de Gestão Educativa;
curricular, bem assim, garantir a sua articulação
com as demais áreas curriculares; b) Unidade de Desenvolvimento Curricular.

m) Criar dispositivos de supervisão e supervisionar 3. As Unidades referidas no número anterior são


o sistema nacional de educação escolar e da coordenadas pelo Diretor ou por um técnico do SGDC
ação docente, em todos os níveis de ensino não indigitado pelo Diretor.
superior;
4. O SGDC é dirigido por um Diretor de Serviço, provido
n) Criar e implementar uma cultura de avaliação dos nos termos da lei.
alunos, orientada para a melhoria da qualidade
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dos processos de ensino e de aprendizagem; Artigo 12.º

o) Implementar um sistema nacional de avaliação Unidade de Gestão Educativa


das aprendizagens;
A Unidade de Gestão Educativa (UGE) tem por missão
p) Criar, acompanhar e apoiar a instrumentação da assegurar a implementação das medidas direcionadas à
avaliação do ensino e da aprendizagem; gestão e ao acesso generalizado à educação pré-escolar,
básica e secundária, garantindo a permanência dos
q) Acompanhar e supervisionar a implementação das alunos no sistema até ao cumprimento da escolaridade
orientações curriculares e programas disciplinares obrigatória e as condições de continuidade no ensino
de todos os subsistemas, em articulação com secundário, acautelando o funcionamento e a qualidade
a Inspeção Geral da Educação e delegações do serviço educativo, competindo-lhe, designadamente:
concelhias do ME;
a) Apoiar os órgãos de administração e gestão das
r) Garantir a gestão flexível do currículo, com a instituições educativas no desenvolvimento de
possibilidade de inclusão de componentes instrumentos credíveis e rigorosos de avaliação e
regionais e locais; acompanhamento do desempenho que permitam
s) Elaborar, em articulação com o Serviço de Ensino aferir a qualidade do serviço público da educação;
Técnico-Profissional e de Educação de Jovens
b) Propor medidas de gestão, reconfiguração e adequação
e Adultos, mecanismos e instrumentos para a
da rede escolar;
definição do sistema de intercomunicabilidade
com o ensino básico formal, garantindo a formação c) Colaborar na definição de critérios de funcionamento,
profissional e técnica, adequada aos perfis de desenvolvimento e configuração da rede escolar
saída; com vista à satisfação das necessidades e à
t) Instruir os processos de conceção e aplicação das correção das assimetrias regionais;
provas nacionais, de aferição e de certificação,
d) Assegurar, através da monotorização, a melhoria
bem como de validação e aplicação das provas
dos resultados escolares, o cumprimento dos
concelhias;
planos curriculares e a diminuição do abandono
u) Integrar estratégias para a promoção da igualdade escolar;
de oportunidades de acesso e de sucesso escolar;
e) Acompanhar a preparação e o desenvolvimento das
v) Conceber e induzir a produção de materiais didático- ações e atividades pedagógicas das instituições
pedagógicos para alimentar os subsistemas educativas, em articulação com as delegações
educação; concelhias do ME;

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1033

f) Propor o quadro de gestão e organização das instituições g) Coordenar a elaboração de manuais e guias
educativas e elaborar os instrumentos de gestão; pedagógicos;

g) Orientar, apoiar e coordenar as atividades educativas; h) Assegurar o cumprimento dos planos curriculares
visando a diminuição do abandono escolar;
h) Articular com a Inspeção Geral da Educação o
acompanhamento das práticas de gestão nas i) Acompanhar a preparação e desenvolvimento das
escolas; ações e atividades pedagógicas das instituições
educativas, em articulação com as delegações
i) Implementar as medidas de gestão adequadas à concelhias do ME;
efetiva inclusão de crianças, adolescentes e
jovens com NEE; j) Assegurara a implementação de um sistema nacional
de avaliação das aprendizagens;
j) Elaborar os calendários escolares e submetê-los à
homologação superior; k) Acompanhar os procedimentos e as atividades
desenvolvidas no âmbito do sistema educativo,
k) Desenvolver programas de apoio socioeducativo, estimulando o controlo da qualidade da educação;
mediante o desenvolvimento de atividades
de reforço e enriquecimento curriculares, l) Desenhar e produzir, em articulação com as instituições
capitalização dos espaços, para o aumento do de formação de docentes, ações de formação e
tempo de permanência das crianças nas escolas, materiais de apoio pedagógico que garantam a
imersas num ambiente educativo adequado, adequação do perfil dos docentes às exigências
assegurando o seu acompanhamento; da educação;

m) Assegurar os processos de articulação e transição


l) Articular com o departamento governamental
adequadas entre os subsistemas da educação
responsável pela área da família e inclusão
não superior, designadamente, do pré-escolar
social, as câmaras municipais e a sociedade
ao ensino básico, do ensino básico ao ensino
civil, para garantir o acesso generalizado das
secundário e do ensino secundário ao ensino
crianças à educação pré-escolar;
superior;
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m) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas n) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
por lei ou superiormente. por lei ou superiormente.
Artigo 13.º Artigo 14.º
Unidade de Desenvolvimento Curricular Serviço de Ensino Técnico-Profissional e de Educação
de Jovens e Adultos
A Unidade de Desenvolvimento Curricular (UDC)
tem por missão assegurar os processos de formulação, 1. O Serviço de Ensino Técnico-Profissional e de
acompanhamento, avaliação e supervisão da política Educação de Jovens e Adultos (SETEJA) tem por missão
curricular, pedagógica e didática da educação pré-escolar, dos conceber, coordenar, promover e apoiar atividades de
ensinos básico, secundário, técnico-profissional, da educação ensino técnico-profissional e da qualificação de jovens e
de jovens e adultos, bem como produzir orientações para adultos, assegurando a qualidade, numa perspetiva de
a formação inicial e contínua de professores, competindo- habilitação, qualificação e sua integração profissional,
lhe, designadamente: competindo-lhe, designadamente:

a) Adaptar e reajustar currículos e programas a) Participar na definição da política de educação


disciplinares destinados à educação pré-escolar, e formação profissional no âmbito do ensino
ensinos básico e secundário, técnico-profissional técnico-profissional e da educação de jovens
e educação especial; e adultos;

b) Promover as opções, meios e instrumentos de b) Apoiar na planificação e identificação das ofertas


formação, considerando a articulação entre formativas, tendo em consideração as especificidades
a educação de jovens e adultos e os demais de cada região e as demandas do mercado;
subsistemas; c) Articular o ensino técnico-profissional com o conjunto
c) Garantir a gestão flexível do currículo, com a de qualificações organizadas na forma de famílias
possibilidade de inclusão de componentes profissionais que se encontra estruturado no Catálogo
regionais e locais; Nacional de Qualificações Profissionais (CNQP)
e outros que possam justificar-se, considerando
d) Elaborar e superintender a aplicação das provas as necessidades sociais e do mercado;
nacionais, de aferição e de certificação;
d) Implementar cursos profissionais vocacionados
e) Validar e supervisionar a elaboração e a aplicação para a qualificação profissional dos jovens e
das provas concelhias, para todos os subsistemas; adultos, privilegiando a sua inserção no mundo
do trabalho e permitindo o prosseguimento de
f) Conceber e adaptar materiais didático-pedagógicos; estudos;

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1034 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

e) Orientar a elaboração do curriculo, programas u) Incentivar o empreendedorismo, processos individuais


e manuais do ensino técnico-profissional e da de integração na vida ativa e responder à política
educação de jovens e adultos assegurando a de formação e emprego do Governo;
sua permanente adequação;
v) Promover opções, meios e instrumentos de formação,
f) Estabelecer o quadro de organização administrativa considerando a articulação entre o ensino técnico-
e pedagógica dos estabelecimentos de ensino profissional e a educação de jovens e adultos,
técnico-profissional; em conformidade com as demandas do mercado;

g) Garantir a gestão flexível do currículo, com a w) Estabelecer o quadro de organização administrativa


possibilidade de inclusão de componentes e pedagógica da educação de jovens e adultos,
regionais e locais; em estreita articulação com o Serviço de Gestão
Educativa e Desenvolvimento Curricular;
h) Assegurar o direito à alfabetização e à educação
básica de jovens e adultos, nacionais e estrangeiros; x) Apoiar na identificação e realização de ações de
formação contínua dos professores do ensino
i) Promover ações de aprendizagem e formação técnico, de acordo com as necessidades do mercado
profissional, em estreita articulação com de trabalho, em articulação com as instituições
instituições públicas e privadas, com vista à de formação superior;
inserção dos jovens e adultos na vida ativa;
y) Articular com os departamentos governamentais
j) Estimular e apoiar as iniciativas públicas e privadas responsáveis pelas áreas de família e inclusão
no âmbito da educação de jovens e adultos; social, saúde, ambiente, para a promoção de
ações educativas e formativas, em temáticas
k) Colaborar na implementação de um sistema nacional variadas, nas comunidades;
de avaliação da aprendizagem;
z) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
l) Assegurar a adequação do sistema nacional de por lei ou superiormente.
avaliação às especificidades do ensino técnico-
profissional; 2. Podem ser criadas unidades internas do SETEJA,
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com funções transversais, entre si, para a implementação


m) Assegurar a conceção e instrumentação do sistema das orientações da política educativa e curricular neste
de supervisão e acompanhamento do ensino domínio específico, designadamente:
técnico-profissional;
a) Unidade de Ensino Técnico-Profissional;
n) Implementar a gestão flexível do currículo, com
a possibilidade de inclusão de componentes b) Unidade de Educação de Jovens e Adultos.
regionais e locais;
3. As Unidades referidas no número anterior são
o) Coordenar o sistema de avaliação da aprendizagem em coordenadas pelo Diretor ou por um técnico do SETEJA
articulação com os demais serviços responsáveis; indigitado pelo Diretor.

p) Assegurar, em concertação com a unidade de 4. O SETEJA é dirigido por um Diretor de Serviço,


desenvolvimento curricular, a permanente provido nos termos da lei.
adequação e inovação dos programas de formação
Artigo 15.°
de jovens e adultos;
Unidade de Ensino Técnico-Profissional
q) Coordenar, realizar e monitorar, em estreita articulação
com as delegações do ME, o desenvolvimento A Unidade de Ensino Técnico-Profissional (UETP) tem por
das atividades da alfabetização, educação e missão garantir aos cidadãos uma formação globalizante,
formação de jovens e adultos; integradora de conhecimentos e saberes de base escolar
com conhecimento profissional específico, na perspetiva de
r) Assegurar a articulação entre os programas e ofertas desenvolvimento da literacia e da promoção do emprego
para a educação básica de adultos, o ensino e auto-emprego, competindo-lhe, designadamente:
técnico-profissional e a formação profissional;
a) Apoiar na planificação e identificação das ofertas
s) Promover opções, meios e instrumentos de formação, formativas do ensino técnico-profissional, tendo
considerando a articulação entre a educação de em conta as demandas do mercado de trabalho
jovens e adultos e o ensino técnico-profissional, e as especificidades de cada região ou setor
em conformidade com as demandas do mercado; produtivo;
t) Desenvolver, em articulação com o Serviço de b) Participar da elaboração do curriculo, programas
Multimédia e Educação, dispositivos pedagógicos e manuais para o ensino técnico-profissional,
multimédia, visando a melhoria do acompanhamento conjuntamente com a unidade de desenvolvimento
pedagógico; curricular;

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1035

c) Colaborar na definição do quadro de organização e i) Criar dispositivos de supervisão e supervisionar


funcionamento administrativo e pedagógico dos o sistema nacional da educação de adulto e
estabelecimentos do ensino técnico-profissional; da ação docente, em todos os níveis de ensino
não superior;
d) Colaborar na conceção de instrumentos do sistema
de supervisão e acompanhamento do ensino j) Articular com o Serviço de Multimédia e Educação,
técnico-profissional; visando alargar o âmbito e a eficácia das atividades
de educação de jovens e adultos;
e) Desenvolver dispositivos pedagógicos multimédia
envolvendo as necessidades do ensino técnico- k) Desenvolver dispositivos pedagógicos multimédia
profissional; envolvendo as necessidades da educação de
jovens e adultos;
f) Colaborar, na elaboração de uma matriz de competência
e do perfil de saída para os alunos do ensino l) Proporcionar contextos e processos de aprendizagem
técnico-profissional; a jovens e adultos, no trabalho, na família e na
vida comunitária;
g) Apoiar na implementação de projetos e programas
ligados ao ensino técnico-profissional, visando m) Promover a educação e formação de jovens e adultos
a qualificação dos jovens e inserção no mercado na perspetiva da universalização e educação
de trabalho ao longo da vida;

h) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas n) Colaborar na definição da política de promoção de
por lei ou superiormente. programas de educação ambiental, de equidade
de género, de educação para a saúde, segurança,
Artigo 16. ° família e cidadania;
Unidade de Educação de Jovens e Adultos
o) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
A Unidade de Educação de Jovens e Adultos (UEJA) tem por lei ou superiormente.
por missão garantir a literacia e saberes, que contribuam Artigo 17. °
para uma maior integração dos jovens e adultos na
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Serviço de Inclusão Educativa e Promoção da Cidadania


sociedade, numa persptiva de aprendizagem ao longo
da vida, possibilitando o acesso a novas oportunidades, 1. O Serviço de Inclusão Educativa e Promoção da
competindo-lhe, designadamente: Cidadania (SIEPC) é um serviço transversal a todos os
subsistemas de ensino não superior que tem por missão
a) Assegurar o direito à alfabetização e à educação
assegurar a inclusão e o acompanhamento, de crianças
básica de jovens e adultos, nacionais e estrangeiros;
e jovens em idade escolar, no reforço individualizado de
b) Promover ações de aprendizagem e formação processos formativos, de enriquecimento curricular e de
profissional, em estreita articulação com inclusão socioeducativa, por forma a garantir medidas de
instituições públicas e privadas, com vista à combate à exclusão, ao insucesso e ao abandono escolar,
inserção dos jovens e adultos na vida ativa; competindo-lhe, designadamente:

c) Acompanhar a produção, diagramação, impressão a) Zelar para que todas as crianças e adolescentes
e distribuição de programas e manuais e guias; tenham acesso e permaneçam na escola,
contribuindo para a inclusão socioeducativa
d) Colaborar na elaboração de normas e diretrizes das crianças que estão fora do sistema escolar,
referentes ao curriculo, assegurando a sua provendo o aumento do tempo de permanência
permanente adequação e coordenar, acompanhar nos espaços educativos;
e monitorizar a sua execução;
b) Elaborar, em articulação com outras instituições
e) Colaborar na elaboração do plano de formação multissetoriais, planos de intervenção para a
inicial, contínua e permanente dos docentes, superação de problemas relacionados com a
numa perspetiva de desenvolvimento profissional prevenção da violência, do abandono escolar
e adequação às necessidades; e promoção da igualdade de género e para
intervenção com crianças, adolescentes e jovens
f) Garantir o desenvolvimento dos saberes básicos, em risco;
designadamente habilidades de desenvolvimento
pessoal, tecnológicas e as competências básicas c) Garantir a articulação com outras instituições
em matéria de lectoescrita; multissectoriais, para a promoção de medidas
que resultem no enriquecimento curricular;
g) Conceber e adaptar materiais didático-pedagógicos
para a educação básica de jovens e adultos, nas d) Promover ações de capacitação, do pessoal docente
diferentes modalidades; e não docente, em prevenção da violência, do
abandono escolar, bem assim, da promoção da
h) Coordenar o sistema de avaliação da aprendizagem saúde, sexualidade, da igualdade de género e
em articulação com o serviço responsável; da segurança escolar;

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1036 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

e) Desenvolver e promover projetos direcionados para t) Promover e realizar atividades de informação e


a superação de situações concretas de exclusão orientação sobre o ensino técnico-profissional, a
e de necessidade de reforço das competências formação profissional, com base nas necessidades
da cidadania; do mercado de trabalho, em articulação com
outras entidades responsáveis pela área de
f) Acompanhar e avaliar processos estratégicos de qualificação profissional e emprego;
inclusão e da cidadania em curso a nível local
e nacional; u) Assegurar a informação sobre a situação e perspetivas
de emprego, formação profissional, vias escolares
g) Assegurar a igualdade de oportunidade de acesso e carreiras profissionais, desenvolvendo para
à educação de crianças e jovens com NEE, em o efeito os estudos necessários;
articulação com as outras instituições de cuidados
especiais e associações da sociedade civil; v) Avaliar processos, meios e instrumentos de ação
estratégica para a inclusão, salvaguardando
h) Definir estratégias e diretrizes técnico-pedagógicas as especificidades locais;
para a inclusão de alunos com NEE e em situações
de risco de abandono escolar, assegurando a w) Reforçar e promover a articulação entre as instituições
sua efetiva inclusão no sistema educativo; educativas, a comunidade e a família:

i) Criar um sistema de sinalização precoce das crianças x) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
e jovens com NEE; por lei ou superiormente.

j) Colaborar com parceiros nacionais e internacionais 2. Podem ser criadas unidades internas do SIEPC com
na identificação de recursos para a educação funções transversais de implementação das orientações
especial e inclusão educativa; da política educativa para a inclusão, neste domínio
específico, designadamente:
k) Desenvolver estudos para caracterizar a situação
das NEE no país, perspetivando o levantamento a) Unidade Socioeducativa e da Promoção da Cidadania;
de necessidades e a identificação de medidas
específicas para este setor, em articulação com b) Unidade de Educação Especial;
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as demais instituições;
c) Unidade de Orientação escolar, Vocacional e Profissional.
l) Promover o acesso à formação contínua e especializada
3. As Unidades referidas no número anterior são
às equipas de educação especial e à especialização
coordenadas pelo Diretor ou por um técnico do SIEPC
dos docentes para a constante melhoria das
indigitado pelo Diretor.
respostas às crinças e jovens com NEE;
4. O SIEPC é dirigido por um Diretor de Serviço, provido
m) Desenvolver estudos para o levantamento local dos
nos termos da lei.
casos em risco de abandono e exclusão educativa
e com NEE, visando a identificação e a projeção Artigo 18.º
de medidas educativas específicas;
Unidade Socioeducativa e da Promoção da Cidadania
n) Colaborar, em articulação com outras instituições
multissetoriais, na criação de um sistema A Unidade Socioeducativa e da Promoção da Cidadania
integrado de atendimento prioritário às crianças, (USPC) tem por missão assegurar o acompanhamento de
adolescentes e jovens com NEE; crianças e jovens em idade escolar e o reforço educativo
através de ações de intervenção para a prevenção e
o) Executar as políticas definidas nos domínios da superação de problemas socioeducativos, através de
orientação escolar, vocacional e profissional; medidas orientação escolar para inclusão e para a
cidadania, competindo-lhe, designadamente:
p) Dinamizar a implementação e o reforço do serviço
desenvolvido pelos gabinetes de orientação a) Efetivar medidas de enriquecimento curricular e
escolar, vocacional e profissional; da promoção de aprendizagens significativas,
visando pôr em prática planos de intervenção
q) Garantir o acesso à orientação escolar, vocacional para a superação de problemas relacionados
e profissional, desde a educação básica; com a prevenção da violência, do abandono
escolar e promoção da igualdade de género e
r) Supervisionar a dinâmica e o funcionamento dos para intervenção com crianças, adolescentes
gabinetes de orientação escolar, vocacional e e jovens em risco;
profissional;
b) Promover, coordenar e acompanhar ações de prevenção
s) Desenvolver um sistema de orientação escolar, vocacional e intervenção na área da segurança escolar e
e profissional na perspetiva da construção de assegurar actividades de vigilância no espaço
processos, meios e instrumentos facilitadores da escolar, garantindo a necessária articulação
sinalização das aptidões profissionais e vocacionais com os programas nacionais de segurança e
dos alunos do ensino básico obrigatório; proteção à infância e juventude;

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1037

c) Implementar e acompanhar ações de prevenção e c) Monitorar a implementação das estratégias e diretrizes


intervenção na área da segurança, garantindo técnico-pedagógicas para a inclusão de alunos
a necessária articulação com os programas com necessidades especiais, assegurando a sua
nacionais de segurança e proteção à infância efetiva inclusão no sistema educativo;
e juventude;
d) Acompanhar e colaborar com as equipas de educação
d) Dinamizar programas, projetos e ações de orientação especial, no desenvolvimento de ações locais para
escolar para a inclusão social e cidadã, desde a a melhoria de respostas às crianças e jovens
educação básica, abarcando todos os subsistemas; com NEE, docentes e familias;

e) Colaborar na implementação de Espaços de Inclusão e) Assegurar a monitorização do sistema de sinalização


Educativa e da Cidadania (EIEC) nas escolas e precoce das crianças e jovens com NEE;
sua dinamização pela equipa local, em concertação
com as instituições, associações e comunidade f) Apoiar na identificação de conteúdos multimédia
educativa; e virtuais de aprendizagem para apoiar no
processo de escolarização de crianças e jovens
f) Avaliar os Espaços de Inclusão Educativa e da com necessidades educativas especiais;
Cidadania através da monitorização dos projetos
e ações desenvolvidas; g) Acompanhar e monitorizar a implementação das
orientações e medidas especiais de atendimento,
g) Assegurar ações de capacitação, do pessoal docente em articulação com os demais serviços;
e não docente, em prevenção da violência, do
abandono escolar, bem assim, da promoção da h) Colaborar na adaptação materiais didático-
saúde, sexualidade, da igualdade de género e pedagógicos para as necessidades educativas
da segurança escolar; especiais (NEE);

h) Implementar projetos direcionados para a superação i) Incentivar e apoiar ações que viabilizem a efetivação
de situações concretas de exclusão e de necessidade da educação inclusiva;
de reforço das competências da cidadania;
j) Participar no processo de organização, adaptação
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i) Acompanhar e avaliar processos estratégicos de e correção de provas no âmbito da avaliação


inclusão e cidadania em curso a nível nacional final e aferida, em articulação com a Unidade
e local; de Desenvolvimento Curricular;
j) Implementar processos, meios e instrumentos de k) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
ação estratégica para a inclusão, salvaguardando por lei ou superiormente.
as especificidades locais;
Artigo 20. °
k) Reforçar e promover a articulação entre as instituições
educativas, a comunidade e a família, visando Unidade de Orientação Escolar, Vocacional e Profissional
projetos comuns de superação;
A Unidade de Orientação Escolar, Vocacional e Profissional
l) Reforçar ações de promoção da literacia para o diálogo (UOEVP) tem por missão garantir a orientação profissional
social, promovendo valores como o trabalho, a e vocacional dos alunos, competindo-lhe, designadamente:
solidariedade, a cooperação, a participação e o
espírito crítico e interventivo na comunidade a) Dinamizar a implementação de Gabinetes de
educativa; Orientação Escolar Vocacional e Profissional
(GOEVP) a nível local, em articulação com
m) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas instituições de ensino profissional e superior
por lei ou superiormente. e com outras entidades que, a qualquer título,
atuem neste domínio;
Artigo 19.º

Unidade de Educação Especial


b) Garantir a supervisão e o acompanhamento do
funcionamento dos gabinetes de orientação
A Unidade de Educação Especial (UEE) tem por missão vocacional e profissional existente;
a implementação da política nacional da educação especial
na perspetiva da inclusão, competindo-lhe, designadamente: c) Dinamizar, em articulação com os Gabinetes de
Orientação Escolar Vocacional e Profissional ações
a) Garantir as condições para uma efetiva inclusão de de informação sobre a situação e perspetivas de
crianças e jovens com NEE no sistema educativo; emprego, formação profissional, vias escolares
e carreiras profissionais, desenvolvendo para
b) Assegurar, em colaboração com as delegações o efeito os estudos necessários;
concelhias do ME, a criação das equipas de
educação especial, assim como a existência de d) Garantir a supervisão das ações para implementação
espaços de apoio às respostas especializadas a de políticas, nos domínios de orientação escolar,
crianças, jovens, professores e famílias; vocacional e profissional e da educação especial;

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1038 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

e) Apoiar na planificação e identificação das ofertas k) Contribuir para o estabelecimento de intercâmbios


formativas do ensino técnico-profissional, tendo de experiências entre as escolas e demais
em conta as especificidades de cada região e as instituições educativas, sobretudo as das zonas
demandas do mercado de trabalho; mais isoladas do país;

f) Trabalhar em articulação com as instituições de l) Divulgar conferências, seminários, colóquios, debates


ensino superior, garantindo a atualização das e outras ações similares levadas a cabo pelos
informações relativas às ofertas formativas; diversos departamentos do ME;

g) Fomentar, em articulação com instituições educativas, m) Colaborar com os demais serviços do ME, na
ações de divulgação das ofertas formativas e divulgação dos seus projetos, visando maior
inserção no mercado de trabalho; visibilidade e impato;

h) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas n) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
por lei ou superiormente. por lei ou superiormente.

Artigo 21.º 2. Integra-se no SME a Rádio e Tecnologias Educativas


(RTE), que tem por missão assegurar a divulgação de
Serviço de Multimédia e Educação programas de informação e formação em matéria do ensino
e da educação, promover a comunicação com a sociedade
1. O Serviço de Multimédia e Educação (SME) é o sobre as políticas governamentais relativas aos sectores da
serviço transversal ao ME, cuja missão consiste em educação e desenvolver iniciativas de ensino e formação
desenvolver ações e recursos pedagógicos que contribuam à distância, com recurso às tecnologias de comunicação
para a melhoria da educação, assegurar a divulgação apropriadas ao ensino.
de programas formativos e garantir a comunicação com
a comunidade educativa e sociedade civil nas matérias 3. Podem ser criadas unidades internas do SME com
educativas, competindo-lhe, designadamente: função de apoio nos domínios da educação, designadamente:

a) Divulgar programas de desenvolvimento e modernização a) Unidade de Recursos e Tecnologias Educativas; e


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do sistema educativo;
b) Unidade de Comunicação e Informação Educativa.
b) Assegurar o exercício de uma cidadania moderna, 4. As Unidades referidas no número anterior são
informada, consciente e atuante através das coordenadas pelo Diretor ou por um técnico do SME
Tecnologias da informação e comunicação (TIC); indigitado pelo Diretor.
c) Divulgar programas científicos e educativos, nas 5. O SME é dirigido por um Diretor de Serviço, que
línguas portuguesa ou Caboverdeana; exerce, por inerência, a função de Diretor da Rádio e
Tecnologias Educativas, provido nos termos da lei.
d) Apoiar os demais serviços da DNE na inovação
educativa, mediada pelas tecnologias educativas; Artigo 22.º

Unidade de Recursos e Tecnologias Educativas


e) Criar espaços virtuais para a disseminação de
conhecimento, boas práticas e diálogo entre A Unidade de Recursos e Tecnologias Educativas (URTE)
todos os agentes da comunidade educativa; tem por missão garantir a coordenação e a dinamização das
tecnologias de informação e comunicação (TIC) em todos
f) Assegurar o desenvolvimento de conteúdos educativos os susbsistemas da educação, assegurando a qualidade
multimédia e a sua utilização por parte de alunos da educação e inovação pedagógica, competindo-lhe,
e professores; designadamente:
g) Apoiar no desenvolvimento de conteúdos virtuais a) Elaborar orientações curriculares para a implementação
de aprendizagem para os diversos níveis de das TIC nos diferentes subsistemas da educação,
ensino; assegurando a sua implementação;

h) Apoiar na formação especializada mediada pelas b) Colaborar para a modernização dos ambientes
tecnologias; escolares, através da formação e desenvolvimento
de competências que garantam a integração
i) Desenvolver a educação e a formação à distância, das TIC em todos os subsistemas, enquanto
em coordenação com os serviços e organismos promotoras da qualidade da educação, motivação
vocacionados; e prazer na aprendizagem;

j) Fomentar o aperfeiçoamento das práticas pedagógicas c) Desenvolver, orientar e monitorar o plano de


inovadoras e contribuir para o desenvolvimento capacitações de professores em TIC, com vista
profissional docente, em articulação com os a garantir a utilização das TIC por todos os
demais serviços do ME; docentes;

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1039

d) Providenciar ambientes de trabalho virtuais para c) Fazer a cobertura informativa e divulgação das
os alunos, documentos de apoio em formato ações e atividades desenvolvidas pelos vários
eletrónico e sistemas de acompanhamento serviços do ME a nível local e central;
dos alunos por parte dos pais, encarregados
de educação e docentes; d) Assegurar a cobertura de eventos de instituições
que desenvolvam atividades que beneficiem
e) Estimular o desenvolvimento de conteúdos educativos crianças, jovens, idosos, pessoas com deficiência,
multimédia para todos os subsistemas, visando a questões ligadas à igualdade de género, saúde,
promoção da qualidade na educação, motivação cidadania, ambiente, cultura e desporto;
e prazer na aprendizagem;
e) Divulgar eventos de organizações não-governamentais
f) Colaborar com as instituições de ensino superior, e organizações internacionais que promovam
na criação de repositórios educativos digitais, ações em prol da educação, dos direitos humanos
para os diferentes subsistemas; e da educação para a cidadania;

g) Criar espaços para a participação de alunos, produção f) Promover espaços de partilha de informação e
e divulgação de conteúdos nas línguas cabo reflexões com vários atores, com foco nas questões
verdiana e portuguesa; relacionadas com as políticas educativas e com
a educação em geral;
h) Colaborar com a Unidade de Educação Especial,
equipas de educação especial, instituições privadas g) Mitigar os efeitos negativos da insularidade no
e associações da sociedade civil na criação de acesso à informação, garantindo a comunicação
condições que garantam a acessibilidade de educativa;
alunos com necessidades especiais;
h) Colaborar com as instituições educativas na
i) Assegurar a minimização das barreiras digitais dinamização de projetos que se enquadrem
na conceção dos conteúdos; na missão e objetivos da DNE;

j) Criar mecanismos de incentivo à utilização das i) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
TIC nas escolas e em todo o sistema de ensino, por lei ou superiormente.
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criando condições que instiguem o regresso dos


Artigo 24.º
alunos que abandonaram o sistema educativo;
Gabinete do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia
k) Apoiar na implementação de práticas pedagógicas
inovadoras, garantindo a efetivação de um modelo 1. O Gabinete do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia
interativo de ensino e de aprendizagem; (GESCT) é o serviço central que tem por missão assegurar
a conceção, a execução e a coordenação das políticas do
l) Promover, acompanhar e monitorizar iniciativas ensino superior, bem como, organizar e coordenar as
inovadoras e promotoras do sucesso educativo ações de implementação da investigação e promoção
que utilizem as TIC nas instituições escolares; científica e tecnologica a serem tuteladas, por prioridades
estratégicas de governação, de seguimento e de avaliação
m) Apoiar na elaboração dos manuais escolares;
das responsabilidades executivas.
n) Coordenar os projetos referentes à implementação
2. Compete ao GESCT, designadamente, na área do
das TIC nas escolas e estabelecer as normas
ensino superior:
para o seu bom funcionamento; e
a) Assegurar o planeamento da formação, qualificação
o) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
e capacitação de quadros de nível superior;
por lei ou superiormente.
Artigo 23.º b) Promover as condições para o desenvolvimento do
ensino superior público, particular e cooperativo;
Unidade de Comunicação e Informação Educativa
c) Articular-se com as instituições de ensino superior,
A Unidade de Comunicação e Informação Educativas existentes no país, devendo, designadamente,
(UCIE) tem por missão divulgar as ações desenvolvidas acompanhar e apoiar as suas atividades, sem
pelo ME a toda a comunidade educativa e à sociedade prejuízo da sua autonomia;
em geral, competindo-lhe, designadamete:
d) Elaborar medidas de incentivo à formação académica
a) Assegurar que todas as ações sejam desenvolvidas em domínios estratégico e de desenvolvimento
numa perspetiva de educação para a cidadania profissional docente universitário e de investigador
e do reconhecimento dos direitos dos agentes científico;
sociais;
e) Proporcionar condições físicas, materiais e financeiras
b) Assegurar a divulgação de notícias sobre a comunidade de incentivo à produção científica e tecnológica;
educativa a todos os níveis e manter atualizadas
todas as plataformas digitais; f) Regulamentar a carreira docente do ensino superior;

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1040 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

g) Elaborar estudos e propor políticas de desenvolvimento j) Mobilizar financiamentos para os programas de


da formação, em articulação com os demais desenvolvimento da ciência e tecnologia;
serviços e organismos vocacionados;
k) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
h) Mobilizar financiamentos para os programas de por lei, ou superiormente.
desenvolvimento do ensino superior, em estreita
ligação com a DGPOG; 4. O GESCT integra os seguintes serviços:
i) Assegurar as relações internacionais na área do a) Serviço de Ensino Superior; e
ensino superior, sem prejuízo da coordenação
exercida pelo Serviço de Estudos Planeamento e b) Serviço de Ciência e Tecnologia.
Cooperação e das atribuições próprias do Ministerio
dos Negócios Estrangeiros e Comunidades; 5. O GESCT é dirigido por um Diretor, equiparado
para todos os efeitos legais, a Diretor-Geral, provido nos
j) Colaborar, cooperar e prestar informação que lhe termos da lei.
seja solicitada pela ARES, no quadro do sistema
de garantia da qualidade do ensino superior. Artigo 25.º

3. Compete ao GESCT, designadamente, na área da Serviço de Ensino Superior


Ciência e Tecnologia:
1. O Serviço de Ensino Superior (SES) tem por missão
a) Reavaliar e redefinir as linhas gerais de investigação desenvolver ações relativas ao acesso e ingresso no
mediante identificação das áreas relevantes para ensino superior, de acordo com a realidade nacional e as
o processo de criação de capacidade científica necessidades de desenvolvimento do país, competindo-lhe,
endógena, as quais devem merecer estudos designadamente:
analíticos aprofundados;
a) Determinar e propor critérios legais de acesso ao
b) Incentivar a criação e o desenvolvimento de centros ensino superior;
de investigação científica e tecnológica;
b) Organizar e manter atualizada uma base de dados
c) Propor medidas de incentivo e apoio à investigação sobre as condições regulamentadas de acesso
científica, bem como, para a comunicação de
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ao ensino superior, vagas e bolsas de estudo;


resultados da investigação científica e tecnológica
nos formatos de eventos e publicações; c) Participar da identificação das áreas científicas e
tecnológicas prioritárias para o desenvolvimento
d) Promover a articulação entre os centros de
do país, visando a gestão dos incentivos à formação
investigação e instituições que se dedicam ou
superior;
promovem a ciência e a tecnologia, envolvendo
o setor empresarial em todos os domínios da d) Colaborar com o Serviço de Ciência e Tecnologia na
atividade económica e incentivando o setor privado determinação de medidas, condições e critérios na
apropriação da informação e documentação atribuição de vagas e subsídios, para a formação
científica e tecnológica; universitária;
e) Promover e apoiar o acesso das instituições de
e) Assegurar o planeamento da formação, qualificação
investigação a redes internacionais de informação
e capacitação dos recursos humanos de nível
especializada;
pós-secundário e superior, no país e no exterior;
f) Desenvolver uma estratégia de cooperação com
instituições de ciência, tecnologia e inovação f) Estabelecer contactos e relações de cooperação com
existentes em países ou organizações com os universidades e outras instituições com interesse
quais Cabo Verde mantém relações de amizade comum em matéria de ensino superior, no país
e cooperação; e no estrangeiro;

g) Proceder ao diagnóstico das vias de aquisição, g) Conceber, manter e assegurar a implementação


adaptação e desenvolvimento de tecnologias da política de concessão de bolsas de estudo
inovadoras, com vista ao estabelecimento de e gerir as operações relativas aos concursos
normas e padrões na utilização de procedimentos, de acesso a vagas e bolsas de estudo para o
métodos, equipamentos, circuitos e matérias- ensino superior;
primas;
h) Criar mecanismos e acompanhar a situação
h) Contribuir para o aumento dos efetivos da comunidade académica e social dos bolseiros, no país e no
científica nacional, designadamente através de estrangeiro; e
políticas de formação para e pela investigação
e adoção de um regime de carreiras adequado; i) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
por lei, ou superiormente.
i) Criar e gerir uma base de dados de centros e
laboratórios de investigação e de investigadores 2. O SES é dirigido por um Diretor de Serviço, provido
nacionais; nos termos na lei.

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1041


Artigo 26.º desconcentradas do ME, de formulação e seguimento das
políticas públicas sectoriais, na gestão orçamental, de
Serviço de Ciência e Tecnologia
recursos humanos, financeiros e patrimoniais, bem como
1. Serviço de Ciência e Tecnologia (SCT) é o serviço que na área da modernização admnistrativa, competindo-lhe,
tem por missão elaborar, atualizar e implementar o plano designadamente:
da investigação e da promoção da ciência e tecnologia,
a) Conceber, estudar, coordenar e apoiar tecnicamente
bem como, fazer o seguimento e avaliação dos projetos de
no domínio do planeamento, nomeadamente, na
investigação em curso, competindo-lhe, designadamente:
preparação dos planos trianuais, assegurando as
a) Coordenar a elaboração de estudos analíticos ligações dos serviços centrais de planeamento, no
aprofundados com vista à redefinição das linhas processo de elaboração dos Planos Nacionais de
gerais de investigação; Desenvolvimento e de controlo da sua execução;

b) Implementar a estratégia de cooperação com b) Criar sistemas de informação necessários à produção


instituições de ciência e tecnologia existentes de dados caraterizadores da qualidade do serviço
em países ou organizações com os quais Cabo educativo, bem como da gestão financeira,
Verde mantém relações de amizade e cooperação; patrimonial e dos recursos humanos;
c) Elaborar e manter atualizado o quadro de despesas
c) Lançar editais sobre projetos de investigação científica,
sectoriais do ME, articulando-se com todos os
organização de conferências, colóquios, jornadas,
serviços e organismos, em matérias relativas
seminários, encontros e em geral, quaisquer
à gestão orçamental e financeira, bem como,
eventos de interesse científico ou tecnológico,
acompanhar a gestão e utilização dos recursos
com base na Agenda Nacional de Investigação;
materiais e financeiros e proceder à consolidação
d) Zelar para que as medidas de incentivos e apoios a dos orçamentos dos serviços e organismos do
publicações científicas e outras ações de mérito Ministério;
científico e tecnológico sejam implementadas; d) Gerir o património do ME;
e) Identificar espaços e momentos para uma real e) Assegurar a elaboração dos orçamentos de funcionamento
articulação entre os centros e instituições que se
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e de investimento do ME e acompanhar e
dedicam ou promovem a ciência e a tecnologia monitorizar as respectivas execuções;
e o setor empresarial em todos os domínios
da atividade económica e incentivar o acesso f) Coordenar o planeamento da rede escolar e a sua
do setor privado à informação e documentação racionalização;
científica e tecnológica, em concertação com
g) Desenvolver as acções necessárias à optimização
os players;
dos sistemas, educativo e científico e tecnológico,
f) Promover e apoiar o acesso e uma participação tendo em vista a obtenção de ganhos de eficiência
ativa das instituições de investigação às redes financeira;
internacionais de informação especializadas;
h) Contribuir para a definição das políticas e estratégias
g) Proceder, juntamente com as instituições pertinentes, em matéria de sistemas de informação de suporte
ao diagnóstico das vias de aquisição, adaptação às áreas de planeamento e de gestão financeira
e desenvolvimento de tecnologias inovadoras, e coordenar a sua aplicação;
com vista ao estabelecimento de normas e i) Monitorizar e orientar o desempenho dos serviços
padrões na utilização de procedimentos, métodos, e organismos do ME;
equipamentos, circuitos e matérias-primas;
j) Assegurar e coordenar a implementação de soluções
h) Criar e manter atualizado uma base de dados informáticas a nível de todo o ME, privilegiando
de centros e laboratórios de investigação e de a instalação e o desenvolvimento uniforme de
investigadores nacionais; aplicações;
i) Procurar e divulgar informações sobre oportunidades k) Coordenar, em articulação com a Direção Nacional
de financiamentos para os programas de de Assuntos Políticos e Cooperação do Ministério
desenvolvimento da ciência e tecnologia. dos Negócios Estrangeiros e Comunidades,
trabalhos decorrentes das ações de cooperação
2. O SCT é dirigido por um Diretor de Serviço, provido internacional, relativas aos setores a cargo do
nos termos da lei. ME, centralizando as informações que permitam
Artigo 27.º avaliar os resultados e controlar a execução
dos compromissos;
Direção-Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão
l) Implementar, em articulação com outros serviços
1. A Direção-Geral de Planeamento, Orçamento e do ME, as orientações do Conselho Nacional da
Gestão (DGPOG) é o serviço interdepartamental e de Educação, incluindo as atividades que dependam
apoio técnico e administrativo às estruturas centrais e da coordenação interna dos serviços;

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m) Conceber, propor e implementar um sistema de do Ministério, a mobilização e desenvolvimento da


acompanhamento e de avaliação sistemática, cooperação interna e externa relativa ao estabelecimento
visando garantir a articulação coerente a nível de ajudas, parcerias e alianças com organizações nacionais
da prossecução dos objetivos dos diferentes e internacionais para o desenvolvimento de programas
subsetores do sistema, para efeitos de aferição de educação e ciência.
da qualidade e de comparação;
2. Compete à SEPC, designadamente, nas áreas de
n) Centralizar e sistematizar as informações relativas estudos e planeamento:
à evolução de todos os projetos respeitantes à
educação, bem como, ao seguimento, controlo a) Elaborar os estudos que permitam, de uma forma
e avaliação dos mesmos; sistemática, conhecer a situação dos subsetores do
ME, tornar percetíveis as tendências e antecipar
o) Celebrar contratos-programa de financiamento propostas de solução para a superação das
ou protocolos com as câmaras municipais para dificuldades;
a realização de benfeitorias, reparações ou
ampliações de pequenas obras, com a finalidade b) Organizar, de acordo com a lei e em coordenação com
de manter, em bom estado, as estruturas os diferentes serviços, organismos do ME e com
educativas e proporcionar a criação de emprego o Instituto Nacional de Estatísticas, a produção
e a dinamização da economia local; e a divulgação dos indicadores estatísticos que
interessam ao planeamento e o seguimento dos
p) Promover, em articulação com as câmaras municipais, subsetores a cargo do ME;
atividades complementares da ação educativa e
formas de financiamentos aos jardins-de-infância, c) Coordenar as ações de planeamento sectorial e
em zonas onde as condições socioeconómicas regional, preparando e controlando a execução
o determinem; dos planos de investigação, o plano de atividades
e o respetivo relatório de execução do ME e dos
q) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas serviços desconcentrados;
por lei ou superiormente.
d) Apoiar, incentivar e participar em estudos e ações
2. O Diretor Geral de Planeamento, Orçamento e Gestão
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de normalização relativos a domínios específicos


constitui a antena focal para a coordenação interna da
da atividade do ME, conduzidos por outros
execução das medidas de política, para o setor da reforma
serviços e organismos;
do Estado e modernização da Administração Pública.

3. São Serviços internos da DGPOG, com funções de e) Participar, com outros organismos responsáveis
apoio técnico-administrativo nos domínios do estudo, por ações de formação técnica e profissional
planeamento, cooperação, gestão de recursos humanos, exteriores ao ME, na planificação e na preparação
financeiro, patrimonial e logísticos: da política nacional no domínio do planeamento
de recursos humanos, de modo a garantir a sua
a) Serviço de Estudos, Planeamento e Cooperação; compatibilização e articulação com o sistema
de educação formal;
b) Serviço de Gestão Financeira e Patrimonial; e
f) Participar da definição e avaliação da política
c) Serviço de Gestão de Recursos Humanos. nacional de formação e desenvolvimento de
recursos humanos;
4. Sob a coordenação do Diretor-Geral de Planeamento,
Orçamento e Gestão, funciona: g) Promover e apoiar a realização de eventos e reuniões
de natureza científica, a edição de publicações
a) Unidade de Gestão das Aquisições;
especializadas das diferentes áreas científicas
b) Unidade de Tecnologia e Informação; e das Ciências da Educação, em Educação e do
Desenvolvimento Educacional;
c) Unidade de Assuntos Jurídicos.
h) Organizar um sistema eficaz de informação
5. A DGPOG é dirigida por um Diretor-Geral, provido e comunicação no seio do ME e deste com a
nos termos da lei. sociedade, em ligação estreita com os demais
serviços e organismos vocacionados.
Artigo 28.º

Serviço de Estudos, Planeamento e Cooperação 3. Compete ao SEPC, designadamente, na área de


cooperação:
1. O Serviço de Estudos, Planeamento e Cooperação,
(SEPC) é o Serviço especializado responsável pela conceção, a) Estudar as possibilidades, modalidades e vias de
planeamento, elaboração e seguimento das políticas que promoção e desenvolvimento da cooperação com
o ME deve levar a cabo, nos seus vários domínios, de outros países e com organismos estrangeiros
recolha, sistematização e divulgação de informações sobre ou internacionais, no sector da educação,
matérias relacionadas com as finalidades e atribuições centralizando a informação necessária para a

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preparação, seguimento, controlo e avaliação c) Criar e manter atualizado um sistema integrado


dos programas e projetos de assistência técnica de informação do ME, com vista à recolha,
e financeira externa; monitorização, tratamento e produção de
informação estatística adequada, no quadro
b) Contribuir para a definição de objetivos anuais ou do Sistema Estatístico Nacional, nas áreas de
plurianuais em matéria de cooperação e estabelecer intervenção do ME;
estratégias de ação, tendo em conta os países
e organizações considerados prioritários, bem d) Gerir o sistema integrado de informação e gestão
como os meios necessários; da oferta educativa e formativa;

c) Representar ou assegurar as relações do ME com e) Assegurar, conjuntamente com a Unidade de


entidades estrangeiras ou organismos internacionais, Tecnologias e Informação o desenvolvimento
em matéria de cooperação, em articulação e de sistemas de informação relativas aos órgãos,
coordenação com o ministério responsável pelas estabelecimentos de ensino, serviços e organismos
relações externas; do ME;
d) Preparar a participação do ME nas reuniões f) Assegurar a articulação com estruturas congéneres,
das comissões mistas, previstas no quadro de a nível nacional e internacional, tendo em vista a
convenções ou acordos de que Cabo Verde faz harmonização estatística e a intercomunicabilidade
parte; de dados;
e) Proceder, periodicamente, à avaliação e à informação g) Apoiar, incentivar e participar em estudos e ações
sobre o estado da cooperação do ME, favorecendo de normalização, relativos a domínios específicos
a introdução de medidas corretoras e ou da atividade do ME, conduzidos por outros
dinamizadoras dessa cooperação; serviços e organismos;
f) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
h) Organizar e manter atualizada uma base de dados
por lei ou superiormente.
do pessoal docente dos estabelecimentos de ensino
4. Podem ser criadas unidades internas do SEPC superior e do pessoal investigador;
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com função de apoio nos domínios da formulação e


acompanhamento de estudos, planeamento e ações de i) Formular, realizar um inquérito anual a respeito do
cooperação, designadamente: pessoal docente existente, bem como, analisar
e elaborar o respetivo relatório;
a) Unidade de Estatísticas da Educação e Ciência;
j) Construir indicadores e normas de qualidade a
b) Unidade de Avaliação e Planeamento; e observar para garantir o bom funcionamento
das instalações de formação;
c) Unidade de Cooperação e Projetos.
k) Criar uma base de dados exaustiva sobre o ensino
5. As Unidades referidas no número anterior são
superior, em articulação com os respetivos
coordenadas pelo Diretor ou por um técnico do SEPC
estabelecimentos, que permita manter atualizado
indigitado pelo Diretor.
o correspondente cadastro;
6. O SEPC é dirigido por um Diretor de Serviço, provido
nos termos da lei. l) Conceber e coordenar uma base de dados global do
sistema de ensino superior, em colaboração com
Artigo 29.º as demais unidades, integrando os contributos
Unidade Estatísticas da Educação e Ciência
das bases de dados sectoriais;

A Unidade de Estatísticas da Educação e Ciência m) Facilitar o processo de tomada de decisões dos jovens
(UEEC) tem por missão garantir a produção e a análise no acesso ao ensino superior e promover o debate
estatística do ME, apoiando tecnicamente a formulação sobre a perspetiva das entidades empregadoras
de políticas e o planeamento estratégico e operacional, relativamente à procura de competências dos
bem, como monitorizar a recolha e a sistematização dos diplomados do ensino superior, periodicamente;
resultados obtidos pelo sistema educativo e científico, em
articulação com os demais serviços do ME, competindo- n) Diagnosticar, por meio de inquérito as motivações
lhe, designadamente: que levam ao ingresso no ensino superior e à
opção por determinado curso ou área científica;
a) Prestar apoio técnico em matéria de definição
e estruturação das políticas, prioridades e o) Criar e realizar inquéritos sobre o percurso profissional
objetivos do ME; dos diplomados do ensino superior desde a data
do término do respetivo curso, até ao momento
b) Elaborar, difundir e apoiar a criação de instrumentos em que o estudo é realizado;
de planeamento e de avaliação das políticas
e programas do ME, procedendo ao respetivo p) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
acompanhamento e avaliação; por lei, ou superiormente.

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Artigo 30.º m) Coordenar o planeamento da rede escolar e a sua
Unidade de Avaliação e Planeamento
racionalização;

A Unidade de Avaliação e Planeamento tem por n) Desenvolver as ações necessárias à otimização dos
missão assegurar, no âmbito da implementação da sistemas educativo e científico, tendo em vista
política educativa, a avaliação do sistema educativo, o a obtenção de ganhos de eficiência financeira;
planeamento estratégico e operacional, a coordenação, o) Contribuir para a definição das políticas e estratégias
validação, aplicação e elaboração de estudos de suporte em matéria de sistemas de informação de suporte
para as mais diversas áreas a nível do setor educativo, às áreas de planeamento e coordenar a sua
bem como de seguimento e avaliação, competindo-lhe aplicação;
designadamente:
p) Participar na definição e avaliação da política
a) Conceber, planear e executar instrumentos de nacional de formação e de desenvolvimento de
avaliação externa das escolas e do sistema recursos humanos;
educativo;
q) Promover e apoiar a realização de eventos científicos,
b) Proceder à organização, coordenação e realização de bem como reuniões de natureza científica;
estudos que permitam, de uma forma sistemática,
conhecer a situação do sistema educativa e r) Promover e apoiar a edição de publicações especializadas
auxiliar na tomada de decisões; nas áreas das ciências da educação, da gestão
educativa e da inovação educacional; e
c) Organizar, em colaboração com as escolas, os
sistemas de informação necessários à produção s) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
dos instrumentos de avaliação externa da por lei, ou superiormente.
aprendizagem, bem assim, dos processos formativos Artigo 31.º
e informativos sobre a gestão, a liderança e a
Unidade de Cooperação e Projetos
administração escolares;
1. A unidade de Cooperação e Projetos (UCP) tem por
d) Colaborar com a Direção Nacional de Educação no
missão assegurar a definição, execução e coordenação da
processo de realização das provas de avaliação
política de cooperação do ME, bem como apoio técnico
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externa da aprendizagem;
especializado nos setores de atuação do ME, competindo-
e) Supervisionar o processo de realização e correção das lhe, designadamente:
provas de avaliação externa da aprendizagem; a) Estudar as possibilidades, modalidades e vias de
f) Participar de estudos, encontros e projetos internacionais promoção e desenvolvimento da cooperação com
relativos à avaliação educacional; outros países e com organismos estrangeiros
ou internacionais, no sector da educação,
g) Elaborar estudos que permitam, de uma forma centralizando a informação necessária para a
sistemática, conhecer a situação dos subsetores do preparação, seguimento, controlo e avaliação
ME, bem como, tornar percetíveis as tendências e dos programas e projetos de assistência técnica
antecipar propostas de solução para a superação e financeira externa;
das dificuldades;
b) Contribuir para a definição de objetivos anuais ou
h) Organizar, de acordo com a lei e em coordenação com plurianuais em matéria de cooperação e estabelecer
os diferentes serviços, organismos do ME e com estratégias de ação, tendo em conta os países
o Instituto Nacional de Estatísticas, a produção e organizações considerados prioritários e os
e a divulgação dos indicadores estatísticos que meios necessários;
interessam ao planeamento e o seguimento dos
subsetores a cargo do ME; c) Representar ou assegurar as relações do ME com
entidades estrangeiras ou organismos internacionais,
i) Coordenar as ações de planeamento sectorial e em matéria de cooperação, em articulação e
regional, preparando e controlando a execução coordenação com o ministério responsável pelas
dos planos de investigação, de atividades e de relações externas;
elaboração dos relatórios de execução do ME
e dos serviços desconcentrados; d) Preparar a participação do ME nas reuniões
das comissões mistas previstas no quadro de
j) Prestar apoio técnico, visando a definição de políticas, convenções ou acordos de que Cabo Verde faz
prioridades e objetivos do ME; parte;

k) Acompanhar e avaliar a execução das políticas e e) Proceder, periodicamente, à avaliação e à informação


programas do ME; sobre o estado da cooperação do ME, favorecendo
a introdução de medidas corretoras e ou
l) Elaborar, difundir e apoiar a criação de instrumentos dinamizadoras dessa cooperação;
de planeamento e de avaliação com vista à
monitorização e execução conducentes à eficácia f) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
e eficiência dos sistemas educativo e tecnológico; por lei ou superiormente.

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Artigo 32.º Artigo 33.º

Serviço de Gestão Financeira e Patrimonial Unidade de Gestão Financeira e Execução de Projetos

1. O Serviço de Gestão Financeira e Patrimonial (SGFP) A Unidade de Gestão Financeira e Execução de Projetos
é o serviço de apoio relativo à administração, finanças (UGFEP) tem por missão garantir a gestão e coordenação
e património do ME, competindo-lhe, designadamente: das atividades financeiras, apoiando tecnicamente a
a) Desempenhar funções de natureza admnistrativa preparação e o acompanhamento da execução financeira do
e financeira de carácter comum aos diversos Orçamento de Estado, bem como, a administração financeira
serviços do ME, em coordenação com os mesmos; no âmbito de projeto em execução, em articulação com os
demais serviços do ME, competindo-lhe designadamente:
b) Apoiar a definição das principais opções em matéria
orçamental; a) Planear e coordenar a ação técnica-financeira
do ME, de acordo com a disposição legais e
c) Assegurar a elaboração do Orçamento de funcionamento regulamentares sobre a contabilidade;
do ME, em articulação com os demais serviços e
organismos do Ministério, bem como acompanhar b) Preparar e acompanhar a execução do Orçamento,
a respetiva execução; com base nas prioridades e objectivos do ME;
d) Promover e organizar o expediente relativo à c) Desempenhar funções de natureza administrativa
realização das despesas de funcionamento e e financeira de carácter comum aos diversos
investimento, em coordenação com os demais serviços do ME, em coordenação com os mesmos;
serviços e organismos do ME;
d) Acompanhar a execução das políticas e programas
e) Assegurar as operações de contabilidade financeira do ME, nas vertentes económicas e financeira;
e a realização periódica dos respetivos balanços;
e) Elaborar, difundir e apoiar a criação de instrumentos
f) Assegurar as operações de contabilidade geral,
de planeamento, de avaliação e programação
prestação de contas e balancetes;
financeira, com vista à monitorização e execução
g) Articular-se, em especial com os serviços competentes conducentes à eficácia e eficiência dos sistemas
do departamento governamental responsável educativo, científico e tecnológico;
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pela área das finanças, em matérias relativas


à gestão financeira; f) Apoiar a definição das principais opções em matéria
orçamental e das propostas e modelos de
h) Gerir o património do Ministério, em articulação financiamento das instituições de ensino superior,
com os demais serviços do Ministério e em em articulação com o GESCT, procedendo ao
concertação com a Direção-Geral do Património seu acompanhamento e execução;
e Contratação Pública;
g) Organizar e apresentar a conta de gestão periódica,
i) Organizar e manter atualizado o inventário dos de modo a garantir uma correta gestão de
bens e equipamentos afetos ao ME, controlar tesouraria;
e assegurar a sua adequada utilização;
h) Apoiar a definição das principais opções e matéria
j) Assegurar a manutenção e conservação dos edifícios
orçamental;
de forma a garantir a segurança de pessoas e
bens; i) Assegurar a elaboração do orçamento de funcionamento
k) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas do ME, em articulação com os demais serviços
por lei ou superiormente. e organismos do ME;

2. O SGFP coordena, ainda, funções especializadas e j) Organizar os processos de alteração orçamental,


de articulação interna aos serviços centrais no âmbito designadamente os de reforço e de transferência
dos assuntos patrimoniais e de equipamentos educativos. de verbas e de antecipação de duodécimos, bem
como os prover orçamentos suplementares;
3. O SGFP é dirigido por um Diretor de Serviço, provido
nos termos da lei. k) Assegurar as operações de contabilidade financeira
e de realização periódica dos respetivos balanços;
4. Podem ser criadas unidades internas do SGFP
com a função de apoio nos domínios gestão financeira, l) Informar todos os documentos de despesa, designadamente
acompanhamento e execução de projetos, gestão patrimonial sobre a observância das disposições legais e
e logística, designadamente: respetivas cabimentação;
a) Unidade de Gestão Financeira e Execução de m) Promover e organizar o expediente relativo à
Projetos; realização das despesas de funcionamento e
b) Unidade de Gestão Patrimonial e Logística. investimento, em coordenação com os demais
serviços e organismos do ME;
5. As Unidades referidas no número anterior são
coordenadas pelo Diretor ou por um técnico do SGFP n) Assegurar as operações de contabilidade geral,
indigitado pelo Diretor. prestação de contas e balancetes;

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o) Articular-se, em especial com os serviços competentes e) Assegurar a manutenção e a conservação dos


do departamento governamental responsável edifícios de forma a garantir a segurança de
pela área das finanças, em matérias relativas pessoas e bens;
à gestão financeira;
f) Assegurar a provisão dos estabelecimentos de
p) Preparar os elementos estatísticos e indicadores ensino com equipamentos e outros materiais
de gestão financeira que lhe sejam solicitadas indispensáveis à realização das políticas educativas
superiormente; e curriculares;
q) Elaborar mensalmente, os relatórios sínteses da g) Elaborar e executar programas anuais e plurianuais
evolução financeira do ME, com vista a conhecer de construção, aquisição, manutenção e reparação
a tendência das despesas dos diferentes centros de infraestruturas e equipamentos educativos,
de custos; em função das necessidades e perspectivas de
r) Preparar os elementos para integrar o relatorio desenvolvimento do sistema educativo;
anual do ME;
h) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
s) Prestar apoio tecnico de natureza administrativa e por lei ou superiormente.
financeira no âmbito dos projetos em execução;
Artigo 35.º
t) Proceder e divulgar as ações e registo necessários
e, termos de classificação e cabimentação de Serviço de Gestão de Recursos Humanos
despesas;
1. O Serviço de Gestão de Recursos Humanos (SGRH)
u) Assegurar a organização de dossiers financeiros tem por missão a conceção e a coordenação da execução
dos projetos, acompanhamento e respetiva das políticas de desenvolvimento de recursos humanos,
execução, nomeadamente na elaboração dos docentes e não docentes dos estabelecimentos de ensino
mapas de execução física e financeira, relatórios e de serviços do ME, num quadro de modernização
periódicos de execução; administrativa, em prol da melhoria da qualidade do serviço
público de educação, competindo-lhe, designadamente:
v) Elaborar informações e pareceres de caracter
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económicos e financeiro no âmbito dos projetos; a) Conceber e coordenar a implementação das políticas
de desenvolvimento relativas aos recursos humanos
w) Elaborar as relações de documentos de despesas
docentes e não docentes dos estabelecimentos de
e submeter aos órgãos competentes do ME.
ensino, em particular as políticas de recrutamento
x) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas e seleção, de carreiras, de remunerações, de
por lei ou superiormente. reclassificação ou reconversão profissional;

Artigo 34.º b) Assegurar as políticas relativas a avaliação de


Unidade de Gestão Patrimonial e Logística desempenho e procedimento disciplinar do
pessoal docente e não docente;
A Unidade de Gestão Patrimonial e Logística (UGPL),
tem por missão garantir a gestão patrimonial dos bens c) Realizar estudos para análise e definição de perfis
do ME, proceder às aquisições de bens, obras e serviços profissionais, em harmonia com a função docente
que lhe forem cometidos, bem como, organizar e controlar e não docente, inerente aos encargos e funções
o inventário e cadastro dos bens do ME, competindo-lhe a exercer pelos mesmos;
designadamente:
d) Articular com os serviços centrais e desconcentrados
a) Estudar e formular propostas e projetos de construção, do ME no diagnóstico das necessidades de formação
aquisição ou locação de infraestruturas, equipamentos inicial, contínua e especializada dos recursos
e outros bens necessários à prossecução das humanos docentes e não docentes e domínios de
funções e políticas definidas pelo ME; ação e do desenvolvimento profissional requeridos
pelas profissões educativas;
b) Gerir o património do ME, em articulação com os
demais serviços do Ministério e em concertação e) Colaborar com os serviços desconcentrados do ME
com a Direção-Geral do Património e Contratação na programação, orientação e implementação
Pública; das medidas relativas à rede escolar, no domínio
c) Organizar e manter atualizado o inventário dos da gestão de recursos humanos;
bens e equipamentos afetos ao ME, bem como,
controlar e assegurar a sua adequada utilização; f) Proceder ao tratamento de dados relativos às
competências e atribuições dos serviços
d) Assegurar a realização do expediente necessário desconcentrados;
à reabilitação e das infraestruturas, viaturas
e outros bens móveis, destinados aos serviços g) Emitir parecer sobre projeto de diploma que versa
do ME; sobre matéria de gestão de recursos humanos;

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h) Assegurar o relacionamento com as organizações c) Executar o procedimento referente ao recrutamento,


representativas da classe docente e não docente colocação, mobilidade e desenvolvimento
dos estabelecimentos de educação, dentro dos profissional, do pessoal docente e não docente;
limites fixados pela lei, sobre o direito de
negociação da Administração Pública; d) Gerir os pedidos de desenvolvimento profissional
do pessoal docente e não docente;
i) Promover e assegurar o recrutamento e a mobilidade
do pessoal docente e não docente, no quadro e) Implementar as políticas, definidas no programa
da maximização e racionalização de recursos do Governo, referente ao recrutamento e
humanos; desenvolvimento profissional do Serviço de
Gestão de Recursos Humanos do ME;
j) Desencadear os procedimentos para a Comissão de
Verificação de Incapacidade (CVI), de forma a f) Levantar a necessidade formativa do pessoal docente
promover a avaliação dos processos relativos a e não docente, dentro do quadro de melhoria
docentes e não docentes dos estabelecimentos de preconizado pela nova matriz curricular;
ensino, em situação de manifesta impossibilidade
de trabalho, por razões que se prendem com o g) Assegurar o processo de provimento de pessoal
seu estado de saúde; dirigente;

k) Promover o apoio necessário ao processo de h) Assegurar a instrução e a tramitação do pedido


descentralização e aplicação do regime de de licença, rescisão de contrato, exoneração,
autonomia dos estabelecimentos de ensino; reintegração, regresso ao quadro de origem,
entre outros atos de gestão corrente de recursos
l) Harmonizar as medidas a adoptar para o pessoal humanos;
docente e não docente, com a política geral da
Administração Pública; e i) Promover a articulação com as outras instâncias da
Administração Pública, com vista à tramitação
m) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas célere dos atos de gestão de recursos humanos
por lei ou superiormente. desta unidade;
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2. Podem ser criadas as seguintes unidades internas j) Gerir o pedido e o processo da redução da componente
do Serviço de Gestão dos Recursos Humanos: letiva e de atribuição do subsídio pela não redução
da carga horária do pessoal docente;
a) Unidade de Gestão de Recrutamento, Mobilidade
e Desenvolvimento Profissional; k) Emitir parecer e informação sobre as petições
dirigidas ao SGRH, que versam sobre matéria
b) Unidade de Gestão de Arquivo e Aposentação; da sua competência;
c) Unidade de Avaliação de Desempenho e Planificação l) Requerer a confirmação da disponibilidade orçamental
de Recursos Humanos. junto do Ministério das Finanças, para efeito de
3. As Unidades referidas no número anterior são contratação do pessoal docente e não docente,
coordenadas pelo Diretor ou por um técnico do SGRH, bem como os demais actos com implicação
indicado pelo Diretor. financeira;

4. O SGRH é dirigido por um Diretor de Serviço, provido m) Gerir o processo relativo às férias, faltas, licenças
nos termos da lei. e dispensa de serviço;

Artigo 36.º n) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas


por lei ou superiormente.
Unidade de Gestão de Recrutamento, Mobilidade e
Desenvolvimento Profissional Artigo 37.º

A Unidade de Gestão de Recrutamento, Mobilidade Unidade de Gestão de Arquivo e Aposentação


e Desenvolvimento profissional (UGRMDP) tem por
missão a prossecução dos procedimentos administrativos A Unidade de Gestão de Arquivo e Aposentação (UGAA)
relativo ao recrutamento, mobilidade e desenvolvimento tem por missão a gestão dos pedidos de aposentação,
profissional, do pessoal docente e não docente, competindo- conservação, organização, classificação e atualização dos
lhe, designadamente: documentos físicos e digitalizado do ME, competindo-lhe,
designadamente:
a) Assegurar a execução do processo relacionado com
o recrutamento, selecção e colocação do pessoal a) Receber, classificar e distribuir as correspondências
docente e não docente; e pedidos dirigidos ao Serviço de Gestão de
Recursos Humanos;
b) Promover e assegurar a maximização da gestão
de recursos humanos, mediante o instrumento b) Gerir e manter actualizado a base de dados de
geral e especial de mobilidade; recursos humanos do ME;

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c) Manter actualizado o cadastro e o registo biográfico i) Planear e calendarizar, anualmente, as formações


do pessoal docente e não docente; dos técnicos afecto ao serviço central do ME;

d) Assegurar a instrução e a tramitação do processo j) Conferir a publicação no Boletim Oficial, extrair


de aposentação; cópia de todos os actos de Serviço de Gestão
de Recursos Humanos e integrar no respetivo
e) Organizar os processos individuais no arquivo e processo individual;
garantir a sua actualização;
k) Garantir a realização do processo de avaliação
f) Proceder à emissão de certidão de registo biográfico de desempenho dos técnicos afecto ao Serviço
do pessoal docente e não docente, para efeito Central do ME;
de instrução do processo disciplinar;
l) Elaborar o mapa de férias dos técnicos afecto ao
g) Emitir a declaração da contagem do tempo de serviço central do ME;
serviço;
m) Divulgar e socializar as legislações, decisões e
h) Seguir, catalogar e arquivar, nos respetivos outras comunicações referentes ao Serviço
processos individuais, toda a publicação no de Gestão de Recursos Humanos, junto dos
Boletim Oficial referente ao pessoal docente funcionários do ME;
e não docente, do ME;
n) Colaborar na execução do processo de avaliação de
i) Organizar e manter actualizado o processo individual desempenho do pessoal docente e não docente,
do pessoal docente e não docente, em suporte junto das escolas e delegações concelhias do ME;
papel e electrónico;
o) Sugerir melhoria e actualização do manual de
j) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas procedimento, no âmbito da planificação e
por lei ou superiormente. avaliação do Serviço de Gestão de Recursos
Humanos;
Artigo 38.º
p) Supervisionar a implementação das políticas de
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Unidade de Avaliação de Desempenho e Planificação


de Recursos Humanos recursos humanos e fornecer informações e
dados, para suportar a tomada de decisões; e
A Unidade de Avaliação de Desempenho e de Planificação
de Recursos Humanos (UAP-RH) tem por missão a q) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
avaliação de toda planificação dos recursos humanos do por lei ou superiormente.
ME, competindo-lhe, designadamente: Artigo 39.º

a) Coordenar a planificação das acções do Serviço de Unidade de Gestão das Aquisições


Gestão de Recursos Humanos do ME, trimestral,
semestral e anualmente; A Unidade de Gestão das Aquisições (UGA) é responsável
pelas aquisições do ME e, sem prejuízo das competências e
b) Elaborar o plano e o relatório de actividades atribuições previstas na lei e regulamentos das aquisições
do Serviço de Gestão de Recursos Humanos, públicas, compete-lhe, designadamente:
trimestral, semestral e anualmente;
a) Planear as aquisições do ME;
c) Participar da elaboração da proposta de Orçamento
do ME; b) Conduzir os processos negociais;

d) Proceder ao levantamento das necessidades de c) Efetuar a agregação de necessidades; e


recrutamento anual nas diferentes escolas e
d) Fazer a monitorização das aquisições.
delegações concelhias do ME;
Artigo 40.º
e) Coadjuvar a Direcção Nacional da Administração
Pública na abertura de concursos para recrutamento A Unidade de Tecnologias e Informação
e selecção do pessoal docente e não docente;
A Unidade de Tecnologias e Informação (UTI) tem
f) Assegurar a planificação e o seguimento do processo por missão a cooperação, a partilha de conhecimentos e
relacionado com o recrutamento, selecção e de informação, nas áreas dos sistemas e tecnologias de
colocação do pessoal docente e não docente; informação do ME, garantindo o planeamento, conceção,
execução e avaliação das iniciativas de inovação tecnológica
g) Planificar e organizar, anualmente, a lista nominal dos respetivos serviços e organismos, competindo-lhe,
do pessoal docente e não docente que deve passar designadamente:
para a situação de aposentação;
a) Garantir a operacionalidade e a segurança das
h) Fazer o levantamento das necessidades formativas infraestruturas tecnológicas e dos sistemas
dos técnicos afecto ao serviço central do ME; de informação e gestão do ME, promovendo a

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definição e utilização de normas, metodologias b) Emitir pareceres jurídicos sobre os recursos


e requisitos que garantam a interoperabilidade hierárquicos interpostos;
e interconexão dos sistemas de informação da
educação, entre si, e com os sistemas de informação c) Consolidar os projetos de diplomas, do ponto de
transversais ao serviço público; vista jurídico;

b) Orientar a comunicação organizacional, visando d) Apoiar a resolução jurídica dos processos administrativos,
a partilha de conhecimentos e informações, graciosos e contenciosos;
internas e para com o exterior, intermediadas
pelas tecnologias de informação; e) Promover e conceber a elaboração de estudos,
medidas legislativas e regulamentares em
c) Otimizar recursos em articulação com demais matéria relativa ao ME;
direções;
f) Subsidiar e trabalhar a agenda legislativa do ME
d) Alinhar os projetos com os objetivos organizacionais em articulação com os demais Serviços com
procurando a sua gestão integrada; interesse na matéria;
e) Acompanhar e otimizar o licenciamento de ferramentas
g) Contribuir para o conhecimento e a boa aplicação
das TIC usadas pelos diversos serviços;
das leis, instruindo os órgãos e serviços do ME;
f) Definir e supervisionar o desenho de soluções
de negócio que sigam as melhores práticas h) Emitir parecer sobre as matérias de índole jurídica
internacionais e estejam adequadas ao contexto que lhe forem submetidas por qualquer dos
nacional, com base no diagnóstico prévio das serviços do ME;
necessidades do ME;
i) Colaborar internamente e com outros organismos
g) Assegurar a articulação com os organismos públicos em matéria de tratados e convenções
com atribuições na área de tecnologias de internacionais assinados e/ou ratificados por
informação, garantindo a aplicação no ME de Cabo Verde, no domínio da educação;
normas e orientações comuns, de utilização de
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infraestruturas tecnológicas partilhadas da j) Analisar e propor medidas de reformas legislativas


Administração Pública e da participação em que se revelem necessárias à prossecução das
processos aquisitivos juntamente com outros competências e missão do ME;
departamentos governamentais;
k) Velar pela interpretação harmonizada da legislação
h) Coordenar a realização de projetos no âmbito aplicável ao ME;
de tecnologias de informação e assegurar a
construção, gestão e a operação de sistemas l) Catalogar e manter organizados os documentos
e infraestruturas dos domínios de atuação do jurídicos relativos ao ME;
ME, em articulação com o Núcleo Operacional
para a Sociedade de Informação (NOSI, E.P.E.), m) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
ou outro parceiro tecnológico; por lei ou superiormente.

i) Promover o estabelecimento de acordos de manutenção Artigo 42.º


e assistência técnica do equipamento informático,
Inspeção-Geral da Educação
garantindo a eficaz operacionalidade dos mesmos;

j) Avaliar o progresso dos principais projetos de sistemas 1. A Inspeção Geral da Educação (IGE) é o serviço central
de informação e decisões de domínio tecnológico de avaliação, controlo e fiscalização do funcionamento
do ME, aprovando ações corretivas em caso de do Sistema Educativo a nível dos serviços centrais e
desvio face aos objetivos estabelecidos; e desconcentrados do ME e dos subsistemas da educação
pré-escolar, dos ensinos básico e secundário, competindo-
k) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas lhe, designadamente:
por lei, ou superiormente.
a) Proceder à fiscalização prévia e oportuna dos atos
Artigo 41.º administrativos relacionados com a contratação
Unidade de Assuntos Jurídicos
e alocação dos recursos do ME, à avaliação,
acompanhamento e controlo dos estabelecimentos
A Unidade de Assuntos Jurídicos (UAJ) tem por missão de educação pré-escolar, dos ensinos básico e
o estudo e a produção de instrumentos jurídicos, bem secundário, com vista a garantir a qualidade
como o apoio técnico-jurídico ao ME, competindo-lhe, do serviço educativo;
designadamente:
b) Fomentar a autoavaliação das instituições educativas,
a) Promover estudos, propostas e pareceres de foro velando pela qualidade da gestão técnica e
jurídico sobre matérias inerentes ao ME; pedagógica do serviço educativo prestado;

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c) Velar pelo cumprimento das normas, regulamentos, m) Supervisionar os processos de avaliação das
orientações e demais dispositivos legais vigentes, aprendizagens dos alunos, desde a concepção
que regulam a organização e o funcionamento dos instrumentos orientadores à realização das
do sistema; provas sumativas intercalares e finais, bem como
a avaliação de desempenho do pessoal docente;
d) Propor e colaborar na preparação de medidas que
visem a melhoria das atividades educativas, n) Auditar os sistemas e procedimentos de controlo
apoiando técnica, pedagógica e admnistrativamente dos órgãos, serviços e organismos da área de
os órgãos de gestão dos estabelecimentos de atuação do ME ou sujeitos à tutela do membro
educação e de ensino, com vista a garantir o do Governo, no quadro das responsabilidades
desenvolvimento da capacidade de autorregulação cometidas ao sistema de controlo interno da
e a melhoria nos resultados; administração financeira do Estado, visando,
nomeadamente, o controlo da aplicação dos
e) Controlar o funcionamento das instituições de dinheiros públicos e a supervisão de processos
ensino públicas, particulares e cooperativas, nos termos da lei;
velar pela qualidade da formação ministrada,
pela existência dos equipamentos e materiais o) Asseguar, em estreita articulação com a Direção
indispensáveis a uma correta ação educativa, Nacional de Educação e com os serviços de
pelas boas condições de segurança e de trabalho, base territorial responsáveis pela supervisão
em cumprimento da legislação aplicável; e orientação pedagógicas, o acompanhamento
regular do processo/aprendizagem, a recolha
f) Executar inspeções, auditorias, averiguações e e o tratamento dos resultados obtidos e a
inquéritos aos estabelecimentos de educação disseminação de boas práticas;
pré-escolar e de ensinos básico e secundário, nas
matérias de organização e de gestão administrativa, p) Exercer outras funções que lhe sejam determinadas
financeira, patrimonial e recursos humanos; por lei, ou superiormente.
g) Conceber, planear e executar inspeções, auditorias, 2. Sob proposta fundamentada do Inspetor-Geral,
averiguações e inquéritos aos estabelecimentos homologada pelo membro do Governo responsável pela
de educação pré-escolar e de ensinos básico
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área da educação, podem ser criadas unidades inspetivas


e secundário, nas matérias de organização e a funcionar na sede e nos concelhos.
cumprimento da gestão científica e pedagógica,
nos termos da lei e das orientações nacionais; 3. A IGE é dirigida por um Inspetor-Geral, provido
nos termos da lei.
h) Avaliar a qualidade dos sistemas de informação de
gestão, incluindo os indicadores de desempenho; 4. O Inspetor-Geral pode ser coadjuvado por um
Inspetor-Geral adjunto.
i) Exercer a ação disciplinar que se mostrar indispensável
ou que lhe for determinada, procedendo, Artigo 43.º
nomeadamente, à instauração, instrução ou
Articulação
orientação de processos disciplinares por ações
ou omissões detetadas no âmbito do exercício A IGE, na prossecução da sua missão de garantir a
das suas funções; racionalidade e a complementaridade das intervenções,
sistémicas de controlo, à avaliação e à supervisão, articula-
j) Contribuir para a qualidade do sistema educativo
se, especialmente com:
no âmbito da educação pré-escolar, dos ensinos
básico e secundário e da educação de jovens a) O Tribunal de Contas, em matéria de fiscalização
e adultos, designadamente através de ações dos gastos públicos;
de controlo, acompanhamento e avaliação,
propondo medidas que visem a melhoria do b) A Direção Nacional de Educação, em matéria
sistema educativo e participando no processo de regulamentação e coordenação da política
de avaliação das escolas de ensino básico e educativa nacional;
secundário e das atividades com ele relacionado;
c) A Direção-Geral do Planeamento, Orçamento e
k) Zelar pela justiça e equidade de direitos e deveres Gestão do ME, em matéria de gestão orçamental
na atuação dos serviços do ME, salvaguardando e dos recursos financeiros;
os interesses legítimos de todos os que o integram
e dos respetivos beneficiários, nomeadamente d) A Direção-Geral da Administração Pública, em
registando e tratando com rigor queixas e matéria de racionalização das contratações;
reclamações;
e) A Inspeção-Geral das Finanças, em matéria do
l) Zelar pela equidade e justiça na distribuição dos controle financeiro;
apoios socioeducativos aos alunos, no respeito
pela autonomia do serviço responsável pela ação f) A Inspeção Autárquica, em matérias da criação e
social escolar; gestão dos jardins infantis;

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g) A Inspeção-Geral da Saúde, em matéria de Artigo 46.º


Alimentação e Saúde Escolar;
Universidade de Cabo Verde

h) A Inspeção-Geral do Trabalho, em matéria de


1. O ME exerce, nos termos da lei, poderes de
proteção à criança, no combate ao trabalho
superintendencia sobre a Universidade de Cabo Verde,
infantil;
cuja missão consiste na difusão e promoção do ensino
superior e ciência, articulando a formação e a investigação,
i) A Inspeção-Geral da Construção e da Imobiliária,
de modo a potenciar o desenvolvimento humano, como
em matéria de construção de infraestruturas
fator estratégico do desenvolvimento sustentável do país.
educativas e desportivas; e
2. As normas de organização e funcionamento da Uni-CV
j) A Inspeção das Atividades Artísticas, em matéria são aprovadas por diploma próprio.
da avaliação das atividades artísticas.
CAPÍTULO IV
Seção IV
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Serviço de Base Territorial
Artigo 47.º
Artigo 44.º
Criação, reestruturação e extinção de serviços
Delegações da Educação
1. É criado o Conselho Nacional do Ensino Superior,
1. As Delegações da Educação são os Serviços de base Ciencia e Tecnologia.
territorial, cujos titulares dos órgãos e serviços dispõem
de competências limitadas a uma área territorial restrita 2. São objeto de reestruturação os seguintes serviços:
e funcionam, sob a direção do Serviço Central, com a
missão de assegurar a orientação, a coordenação e o a) A Direção Nacional de Educação que passa a
acompanhamento das escolas e o apoio à comunidade integrar o Serviço de Gestão Educativa e do
educativa, competindo-lhes ainda, assegurar a articulação Desenvolvimento Curricular, o Serviço de Ensino
com as autarquias locais no exercício das atribuições Técnico-Profissional e Educação de Adultos, o
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destas, relativo ao sistema educativo. Serviço de Inclusão Educativa e Promoção da


Cidadania e o Serviço de Multimédia e Educação; e
2. Por iniciativa do membro do Governo responsável
pela área da Educação, podem ser criadas Delegações da b) A Direção Geral do Ensino Superior que passa a
Educação, com competência em razão do território, em denominar-se Gabinete do Ensino Superior,
dois ou mais concelhos, numa ou mais ilhas, numa ou Ciencia e Tecnologia e a integrar o Serviço
mais regiões, mediante Decreto-lei. de Ensino Superior e o Serviço de Ciencia e
Tecnologia.
3. Cada Delegação da Educação é dirigida por um
3. É extinto o Serviço de Gestão de Recursos, Produção
Delegado provido mediante Comissão Ordinária de
e Tratamento de Dados.
Serviço, nos termos da lei.
Artigo 48.º
4. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores,
a organização das Delegações da Educação é objeto de Referências legais
diploma próprio.
As referências legais feitas aos serviços e organismos
CAPÍTULO III objetos de criação e reestruturação mencionadas no artigo
anterior consideram-se feitas aos serviços ou organismos
INSTITUTOS, SERVIÇOS E FUNDOS que passam a integrar as respetivas atribuições, sendo os
AUTÓNOMOS encargos financeiros resultantes suportados por reafetação
de verbas do Orçamento do Estado.
Artigo 45.º
Artigo 49.º
Fundação Caboverdeana de Ação Social Escolar
Quadro de Pessoal

1. A Fundação Caboverdeana de Ação Social Escolar 1. As alterações na estrutura orgânica resultantes do


(FICASE) é a instituição que visa realizar e implementar, presente diploma são acompanhadas pelo consequente
com eficiência, autonomia e flexibilidade, políticas de movimento de pessoal, sem dependência de qualquer
incentivo à escolaridade obrigatória, à promoção do formalidade e sem que daí resulte perda de direitos
sucesso escolar e de estímulo aos estudantes, apoiando-os adquiridos.
e motivando-os para o prosseguimento de estudos.
2. O quadro do pessoal do ME e o da respetiva gestão
2. As normas de organização e funcionamento da previsional devem ser aprovados no período de seis meses,
FICASE são aprovadas por diploma próprio. após a publicação do presente diploma.

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Artigo 50.º No mesmo diapasão, o Plano Estratégico Nacional
de Água e Saneamento – PLENAS, para o horizonte
Produção de efeitos
alargado até 2030, visa promover melhores condições
1. Os órgãos, gabinete, serviços centrais e os serviços para o abastecimento de água e saneamento, com impacto
objeto de criação do ME consideram-se instalados como positivo na diminuição das disparidades no acesso a água
centro de custos e responsabilidade com a entrada em e ao saneamento, na redução da pobreza e equidade
vigor do presente diploma ou dos respetivos diplomas social, na melhoria dos serviços de abastecimento de
orgânicos. água e saneamento.

2. As Direcções de Serviço previstas no presente diploma Com efeito, a Política Tarifária do Sector de Água e
serão instaladas na sequência da adequação do quadro de Saneamento, aprovado pelo Decreto-lei n.º 26/2016, de 12
gestão previsional do pessoal aos índices de tecnicidade abril, estabelece as linhas orientadoras e define estratégias
minimamente exigidos, de acordo com a seguinte tabela: de gestão dos recursos hídricos e infraestruturas na
determinação da estrutura tarifária e do nível tarifário
a) Até dez funcionários – 75%; na regulação dos preços e na recuperação de custos pelos
serviços prestados.
b) De onze a quinze funcionários – 60%;
A escassez hídrica e a necessidade de implementação
c) De dezasseis a vinte e cinco funcionários – 55%; de uma política de poupança do recurso, aliadas ao direito
humano à água, considera-se que o objetivo de um mínimo
d) De vinte e seis a quarenta funcionários – 45%; e de 40 litros de água por pessoa por dia, que representa
cerca de 5 metros cúbicos numa família média de 5 pessoas,
e) Mais de quarenta funcionários – 35%.
não seria coerente com a limitação dos recursos hídricos,
Artigo 51.º colocando em perigo a sustentabilidade dos operadores
e do setor.
Revogação
Portanto, com base nas recomendações das Nações
É revogado o Decreto-Lei n.º 55/2016, de 10 de outubro. Unidas, o acesso mínimo a de 20 litros de água por
Artigo 52.º pessoa por dia, para a satisfação das suas necessidades
básicas, e tendo em conta um agregado familiar médio
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Entrada em vigor de 5 pessoas, perfaz um total de consumo até 3 metros


cúbicos, elegíveis, porém, para desconto no âmbito do
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
tarifário social.
da sua publicação.
Assim,
Aprovado em Conselho de Ministros do dia 10
de maio 2018. Considerando que política tarifária dos serviços de
água e saneamento estabelece também como um dos
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Maritza Rosabal objetivos a vertente social, que traduz na garantia a
Peña todos os cidadãos, particularmente os economicamente
vulneráveis, o acesso a um serviço básico e essencial que
Promulgado em 18 de junho de 2018
tenha a capacidade de pagar;
Publique-se. Considerando que as tarifas dos serviços de água e
saneamento devem estar ajustadas a cada categoria de
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
consumidor;
ALMEIDA FONSECA
Ouvidas a Associação Nacional de Municípios, Agência
–––––– Nacional de Agua e Saneamento, Agência de Regulação
Económica, a Comissão Nacional de Proteção de Dados,
Decreto-lei nº 41/2018
a Associação para a Defesa do Consumidor – ADECO e
de 20 de junho as Entidades Reguladas do Serviço de Abastecimento
de Água.
O Programa do Governo para a IX Legislatura, de entre
vários compromissos estabelecidos para o sector de água Ao abrigo do artigo 40.º da Lei n.º 20/IX/2017, de 30
e saneamento, propugna o acesso universal e equilibrado de dezembro; e
à água potável bem como a promoção da saúde pública, No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
da melhoria das condições socioeconómica da população artigo 204.º da Constituição da República de Cabo Verde,
e o bem-estar dos cidadãos. o Governo decreta o seguinte:
Este compromisso é reforçado pelo Orçamento de Estado Artigo 1.º
para o ano económico de 2018, aprovado pela Lei n.º 20/
Objeto
IX/2017, de 30 de dezembro, que determina, no seu artigo
40.º, a expressa urgência e relevância do tema da tarifa O presente diploma estabelece o regime de atribuição
social, ao estipular um prazo referencial para a publicação da tarifa social de abastecimento de água a aplicar a
do ato normativo para o efeito. consumidores finais economicamente vulneráveis.

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Artigo 2.º sobre um único ponto de ligação à rede de distribuição
Âmbito
correspondente ao domicílio fiscal do cliente final do
fornecimento do serviço de água.
1. O presente diploma aplica-se, independentemente da Artigo 6.º
sua natureza, a todas entidades gestoras e/ou fornecedoras
dos serviços de abastecimento de água no território nacional. Procedimento de atribuição e renúncia da tarifa social

2. A tarifa social é atribuída pelas entidades mencionadas 1. A tarifa social é aplicada mediante apresentação de
número anterior a consumidores finais nos termos definidos um requerimento do cliente doméstico final, à respetiva
no artigo seguinte. entidade gestora do serviço desde que reúna os requisitos
de elegibilidade referenciadas no artigo 3.º.
Artigo 3.º
2. Os clientes finais que se consideram elegíveis para
Consumidores finais elegíveis atribuição da tarifa social e que não se encontram inscritos
no Cadastro Social Único, devem inscrever-se previamente,
1. São elegíveis para beneficiar da tarifa social as pessoas
antes de submeterem o requerimento referido no número
singulares com contrato de fornecimento de serviço de
anterior.
água com consumo mensal até 3 (três) metros cúbicos
inclusive, e que são economicamente vulneráveis. 3. Os clientes podem renunciar ao benefício da aplicação
da tarifa social a todo o momento, bem como opor-se ao
2. Para efeitos do previsto no presente diploma, considera- tratamento dos seus dados, mediante comunicação escrita
se economicamente vulneráveis clientes finais que fazem a entidade regulada.
parte de um agregado familiar inscritos no Cadastro
Social Único, com nível de renda anual per capita menor Artigo 7.º
ou igual a 6 (seis) salários mínimo nacional. Aplicação da tarifa social

Artigo 4.º A aplicação da tarifa social é da responsabilidade das


Financiamento da tarifa social
entidades gestoras e/ou fornecedoras, conforme couber,
dos serviços de abastecimento de água, com o qual tenha
1. O financiamento dos montantes a repassar às sido celebrado o contrato de fornecimento.
concessionárias de distribuição de água, pelos descontos
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Artigo 8.º
concedidos é assegurado:
Formas de apoio municipal existentes
a) Pelos recursos de um fundo específico que venha
a ser criado para o efeito. Nos municípios onde existam, à data da entrada
em vigor do presente diploma, outras formas de apoio
b) O financiamento dos custos com a aplicação da correspondentes à tarifa social para a prestação dos
tarifa social é feito pela subsidiação cruzada, serviços de águas aqui regulada, estas mantêm-se até à
entre escalões e categorias de consumidor, a adaptação ao presente regime, que deve ser feita num
aplicar pela Agência de Regulação Económica. prazo nunca superior a 90 (noventa) dias, contados da
sua entrada em vigor.
c) Pelo Orçamento de Estado em casos excecionais
Artigo 9.º
de insuficiência de recursos.
Divulgação de informação
2. Os custos referidos nas alíneas a e c do número anterior
são devidos à entidade concessionária ou subconcessionária A decisão de adesão referida no n.º 1 do artigo 4.º é
do serviço de distribuição e comercialização de água, publicitada pelos órgãos dos municípios nos termos do
enquanto operadora do sistema. n.º 2 do artigo 4.º, e notificada à Agência de Regulação
Económica, sem prejuízo da disponibilização no sítio
3. A aplicação das opções previstas no n.º 1 são decididas na Internet da Associação Nacional dos Municípios de
por Portaria conjunta dos Membros do Governo responsáveis Cabo Verde (ANMCV) de informação sobre os municípios
pelas áreas das Finanças e da Produção da Água. aderentes ao regime da tarifa social.
Artigo 5.º Artigo 10.º

Implementação da tarifa social Supervisão

1. A tarifa social é calculada mediante a aplicação de 1. Para efeito de supervisão do processo de implementação
um desconto de 30% (trinta por cento), fixada pela Agência da tarifa social, as entidades gestoras dos serviços de
de Regulação Económica, abrangendo os clientes finais abastecimento de água e as Câmaras Municipais devem
elegíveis, nas condições referidas no artigo 3.º. enviar, mensalmente, à Agência de Regulação Económica,
toda a informação sobre a aplicação do regime previsto
2. O desconto deve ser identificado de forma clara e no presente diploma.
visível nas faturas de água e incide unicamente sobre a
2. A Agência de Regulação Económica deve enviar,
tarifa a pagar por metro cúbico de água fornecida.
semestralmente, ao membro do Governo responsável
3. Os consumos de água sobre os quais incidem o desconto pelo sector Produção da Água um relatório sobre a
destinam-se exclusivamente a uso doméstico e apenas implementação da tarifa social.

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1054 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018


Artigo 11.º de 5 (cinco) Médicos, 78 (setenta e oito) Enfermeiros, 71
Segurança e confidencialidade da informação (setenta e um) Técnicos Nível I e 5 (cinco) Assistentes
Técnicos, para fins de ingresso no Ministério da Saúde e
1. A transmissão de dados pessoais decorrentes da da Segurança Social, conforme o quadro anexo à presente
aplicação do regime da tarifa social, só pode ocorrer nas Resolução, da qual faz parte integrante.
condições de segurança da informação, nos termos dos
Artigo 2.º
artigos 15.º e 16.º da aprovado pela Lei n.º 133/V/2001,
de 22 de janeiro, alterado pela Lei n.º 41/VIII/2013, de Custos
17 de setembro, que regula o regime jurídico de proteção
de dados pessoais das pessoas singulares. Os custos concernentes às admissões a que se refere o
artigo anterior totalizam um impacto orçamental anual
2. Os dados pessoais tratados ao abrigo do presente correspondente ao montante de 147.637.961$00 (cento e
diploma não podem ser utilizados para quaisquer outros quarenta e sete milhões, seiscentos e trinta e sete mil e
fins pelas entidades intervenientes. novecentos e sessenta e um escudos).
Artigo 12.º Artigo 3.º
Entrada em vigor
Entrada em vigor
O presente diploma entra em vigor no prazo de 60
A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
(sessenta) dias após a data da sua publicação.
ao da sua publicação.
Aprovada em Conselho de Ministros do dia 12 de
abril de 2018. Aprovada em Conselho de Ministros de 12 de
junho de 2018.
José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino
Garcia Correia - Alexandre Dias Monteiro - Gilberto O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva
Correia Carvalho Silva - Maritza Rosabal Peña
ANEXO
Promulgado em 18 de junho de 2018 (A que se refere o artigo 1.º)

Publique-se Técnico Assistente


2 538000 009253

Estrutura Médicos Enfermeiros


Nivel I Técnico
O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
ALMEIDA FONSECA HAN 1 55 40 _________
HBS 3 5 26 5
–––––– HRSN 1 18 5 __________
Resolução nº 51/2018 Total 5 78 71 5

de 20 de junho O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva


A Lei n.º 20/IX/2017, de 30 de dezembro, que aprova
––––––
o Orçamento do Estado para o ano económico de 2018,
estabelece no n.º 1 do seu artigo 8.º, que as admissões na Resolução nº 52/2018
Administração Pública são da competência do Conselho de
Ministros, mediante proposta fundamentada do membro de 20 de junho
do Governo responsável pela área das finanças, de acordo
A Lei n.º 20/IX/2017, de 30 de dezembro, que aprova
com critérios previamente definidos.
o Orçamento do Estado para o ano económico de 2018,
Tendo em conta a necessidade do reforço dos níveis de estabelece no n.º 1 do seu artigo 8.º, que as admissões na
serviços nas estruturas que integram o departamento Administração Pública são da competência do Conselho de
governamental responsável pela área da Saúde e da Ministros, mediante proposta fundamentada do membro
Segurança Social; do Governo responsável pela área das finanças, de acordo
com critérios previamente definidos.
E havendo disponibilidade orçamental para suportar
os respetivos custos, reporta-se necessário proceder às Diante da imperiosa necessidade do reforço de meios
admissões, nos termos que se propõe. humanos nos serviços no Hospital Dr. Baptista de Sousa;
Assim, Cumprindo o disposto no n.º 5 do artigo 6.º do Decreto-
Lei n.º 1/2018, de 3 de janeiro;
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
Governo aprova a seguinte Resolução: E havendo disponibilidade orçamental para arcar com
Artigo 1.º os respetivos custos, reporta-se necessário proceder às
admissões, nos termos que se propõe.
Autorização de admissões
Assim,
Ficam, excecionalmente, autorizadas as admissões na
Administração Pública, prevista e dotadas no Orçamento de Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
Estado para o ano económico de 2018, para recrutamento Governo aprova a seguinte Resolução:

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1055


Artigo 1.º Artigo 1.º

Autorização de admissões Alteração e renovação do alvará

Ficam, excecionalmente, autorizadas as admissões na É autorizada, por um período de 15 (quinze) anos, a


Administração Pública, previstas e dotadas no Orçamento alteração e renovação do alvará da Rádio e Tecnologias
de Estado para o ano económico de 2018, para recrutamento Educativas, que exercia atividade de radiodifusão de
de 37 (trinta e sete) indivíduos, para o cargo de Pessoal cobertura regional, passando para cobertura nacional.
de Apoio Operacional, no Hospital Central Dr. Baptista
de Sousa. Artigo 2.º

Artigo 2.º Entrada em vigor

Custos A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte


Os custos concernentes às admissões referidas no artigo ao da sua publicação.
anterior totalizam um impacto orçamental correspondente Aprovada em Conselho de Ministros do dia 12 de
ao montante global de 8.830.689$00 (oito milhões, oitocentos junho de 2018.
e trinta mil, seiscentos e oitenta e nove escudos).
Artigo 3.º O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva

Entrada em vigor ––––––


A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte Resolução nº 54/2018
ao da sua publicação.
de 20 de junho
Aprovada em Conselho de Ministros do dia 12 de
junho de 2018. A Rádio Crioula FM foi licenciada a 6 de outubro de 2003,
pela Resolução n.º 25/2003, de 6 de outubro, como operador
O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva de cobertura nacional, tendo na altura preenchido todos
os requisitos legais exigidos no processo de candidatura.
––––––
2 538000 009253

Resolução nº 53/2018 De acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 9.º do


Regulamento de licenciamento e de atribuição de alvarás
de 20 de junho para o exercício da atividade de radiodifusão, aprovado
pelo Decreto-Regulamentar n.º 27/97, de 31 de dezembro,
A Rádio e Tecnologias Educativas foi licenciada a 14 de
não houve qualquer alteração em relação ao pedido inicial,
julho de 2003, como operador de cobertura regional. No
pelo que reúne as condições para a renovação do Alvará.
entanto, desde 2005, na sequência de intervenções que
recebeu a nível de equipamentos e formação dos recursos Assim,
humanos, foi autorizada a emitir a nível nacional, sem
que tenha havido um despacho formal para o efeito. Ao abrigo do disposto nos artigos 8.º e 9.º do Regulamento
de licenciamento e atribuição de alvarás para o exercício
Tendo solicitada a renovação e a alteração do seu da atividade de radiodifusão, aprovado pelo Decreto-
alvará, foi instruído um processo e, observados todos regulamentar n.º 27/97, de 31 de dezembro; e
os procedimentos de acordo com o disposto no n.º 2 do
artigo 9.º do Regulamento de licenciamento e atribuição Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
de alvarás para o exercício da atividade de radiodifusão, Governo aprova a seguinte Resolução:
aprovado pelo Decreto-Regulamentar n.º 27/97 de 31
de dezembro, conclui-se que o processo de alteração de Artigo 1.º
alvará encontra-se em conformidade com o Regulamento Renovação de alvará
acima referido.
É autorizada a renovação do alvará da Rádio Crioula
De acordo com o parecer da Autoridade Reguladora para
FM, que exerce atividade de radiodifusão de cobertura
as Comunicações não há qualquer impedimento para a
nacional, válido por um período de 15 (quinze) anos.
expansão da cobertura da Rádio e Tecnologias Educativas
de regional para nacional, estando neste momento a Rádio Artigo 2.º
em condições de operar a nível nacional.
Entrada em vigor
Assim,
A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte ao
Ao abrigo do disposto nos artigos 8.º, 9.º e 12.º do da sua publicação e produz efeitos a partir do dia seguinte
Regulamento de licenciamento e atribuição de alvarás ao fim do prazo para o qual foi concedido o alvará original.
para o exercício da atividade de radiodifusão, aprovado
pelo Decreto-Regulamentar n.º 27/97, de 31 de dezembro; e Aprovada em Conselho de Ministros do dia 12 de
junho de 2018.
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
Governo aprova a seguinte Resolução: O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva

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1056 I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018

Resolução nº 55/2018 Artigo 2.º

de 20 de junho Remuneração

O Estatuto da Aposentação e da Pensão de Sobrevivência, Pela prestação dos serviços mencionados no artigo
aprovado pela Lei n.º 61/III/89, de 30 de dezembro, no anterior é atribuído ao médico suprarreferido um abono
seu artigo 15.º disciplina as incompatibilidades referentes de remuneração de 1/3 (um terço) do valor de 174.499$00
ao exercício de funções públicas por aposentados na (cento e setenta e quatro mil, quatrocentos e noventa e
Administração Pública. O diploma foi alterado pela Lei nove escudos) ilíquidos, correspondente a um terço do
n.º 39/VIII/2013, de 17 de setembro, que, por seu turno, salário das funções a serem desempenhadas (Médico
estabelece exceções à norma proibitiva de exercício de Principal), passível dos correspondentes descontos legais.
funções públicas por aposentados. Artigo 3.º
Entrada em vigor
Com efeito, o artigo 2.º da Lei nº 39/VIII/2013, de 17
de setembro, que dá uma nova redação ao artigo 15.º do A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
Estatuto da Aposentação e da Pensão de Sobrevivência ao da sua publicação e produz efeitos retroativos a data
admite, excecionalmente, o exercício de funções públicas de 01 de janeiro de 2018.
remuneradas na Administração Pública quando existe
lei especial que o permita, ou, quando, por razões de Aprovada em Conselho de Ministros do dia 12 de
excecional interesse público, seja autorizado por Resolução junho de 2018.
fundamentada do Conselho de Ministros, mediante proposta O Primeiro-ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva
fundamentada dos membros do Governo responsáveis
pelas áreas das Finanças e da Administração Pública. ––––––
Ademais, o artigo 15.º-A do Estatuto da Aposentação e da Resolução nº 56/2018
Pensão de Sobrevivência, prevê que, quando for admitido de 20 de junho
o exercício de funções públicas por aposentados, estes
O Governo, no seu Programa para a IX Legislatura,
devem ser abonados com uma terça parte da remuneração
pretende fazer de Cabo Verde nos próximos dez anos,
correspondente às funções a serem desempenhadas.
uma nação que valoriza o oceano, afim de torná-lo num
dos mais importantes contribuintes para a criação de
2 538000 009253

Pela presente Resolução, procede-se à autorização de


contratação do Medico Manuel Gomes, especialista na riqueza do País.
área maxilo-facial e estomatologista, hoje aposentado, A Baía do Porto Grande, classificada como uma das mais
mediante contrato de prestação de serviços, para o belas baías do mundo, conhece nela, neste momento, um
exercício de funções no Hospital Central Dr. Agostinho número considerável de navios encalhados, fundeados e
Neto (HAN), pelo prazo de seis meses. abandonados em situação de risco, colocando preocupações
Tendo em conta a sua experiência, suas reconhecidas relativamente à segurança e sustentabilidade ambiental
qualidades profissionais e o seu percurso como servidor da mesma.
público, e ainda a falta de especialista por que depara o Neste contexto, torna-se impreterível a necessidade
sistema nacional de saúde nesta área, tendo em conta de se elaborar um plano de ação concreto, visando sua
a competência demonstrado, a vocação e sentido de implementação imediata, envolvendo o Governo, nos
missão, qualidades excecionais que se enquadram no diversos setores, e a Câmara Municipal de S. Vicente, por
perfil exigido para o exercício da função, considera-se que forma a resolver a problemática dos navios encalhados,
estão reunidas as razões de interesse público excecional fundeados e abandonados na mencionada Baía, bem como
para a contratação do aposentado acima mencionado. os navios atracados no cais do Porto Grande do Mindelo
que dificultam a operação portuária, a navegação e põem
Assim,
em risco o ambiente marinho e o interesse público.
Ao abrigo dos artigos 15.º e 15.º-A do Estatuto da Para garantir o célere e competente planeamento e
Aposentação e da Pensão de Sobrevivência, aprovado pela organização da limpeza da Baía do Porto Grande, é necessária
da Lei n.º 61/III/89, de 30 de dezembro, e alterado pela a criação de uma estrutura de missão multidisciplinar com
da Lei n.º 39/VIII/2013, de 17 de setembro; e capacidade de planear a nível estratégico, operacional e
financeiro, que deve formular um plano de ação visando
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
a limpeza da Baía do Porto Grande no prazo de 30 dias,
Governo aprova a seguinte Resolução:
a contar da entrada em vigor da presente Resolução.
Artigo 1.º
Assim,
Autorização
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
É autorizada a celebração do contrato de prestação de Governo aprova a seguinte Resolução:
serviços entre a Direção-Geral do Planeamento, Orçamento Artigo 1.º
e Gestão do Ministério da Saúde e da Segurança Social e o
Objeto
Senhor Manuel Gomes, médico aposentado, para exercer
as funções de médico no Hospital Central Dr. Agostinho É criada uma estrutura de missão para elaborar um
Neto (HAN), por um período de 6 (seis) meses. plano de ação concreto, de implementação imediata,

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I SÉRIE — N O 40 «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 20 DE JUNHO DE 2018 1057

atinente à resolução da problemática dos navios encalhados, Artigo 4º


fundeados e abandonados na Baía do Porto Grande do Organização e funcionamento
Mindelo.
1. A estrutura de missão reúne-se ordinariamente
Artigo 2.º
2 vezes por mês durante o seu prazo de existência, e
Composição extraordinariamente sempre que convocada por iniciativa
do seu Coordenador ou a pedido de maioria seus membros
1. A estrutura de missão criada nos termos do artigo integrantes, devidamente justificado.
anterior é composta por um representante dos seguintes
organismos e entidades: 2. Das reuniões previstas no número anterior são
elaboradas atas e podem ser realizadas por via de
a) Capitania dos Portos de Barlavento, que Coordena; videoconferência.

b) Ministério da Economia Marítima, que Coadjuva 3. Compete ao Coordenador propor a data de realização
o Coordenador; das reuniões e definir as respetivas agendas.

c) Ministério das Finanças; 4. A estrutura de missão só pode deliberar validamente


na presença de 2/3 (dois terços) dos reoresentares e as
d) Câmara Municipal de S. Vicente (CMSV); decisões são tomadas preferencialmente por consenso e
na falta dele por maioria simples dos votos dos membros
e) Comando da Polícia Marítima; presentes.

f) Comando da Guarda Costeira; 5. Os membros da estrutura de missão têm direito a


uma senha de presença fixada mediante o despacho dos
g) Empresa Nacional de Administração dos Portos membros de Governo responsáveis pela área das Finanças
– ENAPOR, SA; e e da Economia Marítima.
Artigo 5.º
h) Instituto Nacional de Gestão de Território (INGT).
Dever de Colaboração
2. Cada organismo que integra a estrutura de missão,
através do seu órgão máximo, deve indicar seu representante. Os serviços públicos têm o dever de colaborar atempadamente
2 538000 009253

com a equipa de Coordenação e prestar dados e informações


3. Em função de temáticas específicas de cada reunião, sempre que solicitados.
podem ser convidadas outras instituições e organizações
Artigo 6.º
da sociedade civil e do setor privado, como observadores e/
ou colaboradores para esclarecer determinadas questões Apoio administrativo e despesas de Funcionamento
ou prestar subsídios técnicos para a estrutura de missão.
1. O apoio logístico e administrativo necessário ao
Artigo 3º funcionamento da estrutura de missão e assegurado pelo
Ministério da Economia Marítima.
Competência
2. As despesas de funcionamento da estrutura de missão
Compete a Estrutura de Missão: são suportadas pelo Ministério da Economia Marítima,
departamento junto do qual funciona.
a) Elaborar, no prazo de 30 dias a contar da data de
entrada em vigor da presente Resolução, um Artigo7.º
plano de ação concreto com o respetivo orçamento, Extinção e relatório final
visando sua implementação imediata, atinente
à resolução dos problemas causados pelos navios 1. A estrutura de missão ora criada extingue-se com
encalhados, fundeados e abandonados na Baía a implementação cabal do plano de ação de limpeza da
do Porto Grande do Mindelo; Baía de Porto Grande, cujo prazo máximo é de doze meses,
a contar da data de publicação da presente Resolução.
b) Atuar como órgão de debate intersectorial e de
suporte para tomada de decisões nos termos 2. Após a extinção, a Coordenação da estrutura de
do artigo 1.º. missão deve, no prazo máximo de 30 dias, apresentar
ao Governo um relatório final e detalhado de atividades
c) Dar seguimento e acompanhar a implementação desenvolvidas.
do referido plano de ação, devendo reportar Artigo 8.º
mensalmente ao Ministro da Economia Marítima
dos avanços e resultados alcançados; Entrada em vigor

d) Validar os planos e metodologia de trabalho assim A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
como os resultados obtidos; ao da sua publicação.
Aprovada em Conselho de Ministros do dia 12 de
e) Apoiar e orientar a estratégia de comunicação e
junho de 2018
na sensibilização dos atores que operaram na
Baia de Porto Grande e da população no geral. O Primeiro-Ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva

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Documento descarregado pelo utilizador Miguel (10.73.140.150) em 20-06-2018 16:07:09.
© Todos os direitos reservados. A cópia ou distribuição não autorizada é proibida.

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II SÉRIE

BOLETIM
O F I C I AL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001

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informa que a transmissão
que a transmissão de actos
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sujeitos publicação na Ina
e III Série do Boletim
e II Série Oficial devem
do Boletim Oficial devem
obedecerobedecer as normas
as normas constantes
constantes nono artigo 28º
artigo 28º ee29º
29ºdodoDecreto-Lei
Decreto-Leinº 8/2011, de 31 de
nº 8/2011, deJaneiro.
31 de Janeiro.

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