Você está na página 1de 2

INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ

LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS


FUNDAMENTOS SÓCIO FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
PROF. WILLIAM MORENO
MARCOS CAIO DA SILVA ARRUDA
20172014040150

Partindo do pressuposto político, pode-se constatar que não existe uma


educação neutra, pois a escola sempre está sujeita aos interesses tanto políticos,
como econômicos. Como dificilmente podemos encontrar uma instituição apolítica,
pois assim, estariam cedendo seus valores a outra tendência política.

Analisando a visão do liberalismo (ou liberalismos), que é uma teoria política e


econômica do capitalismo burguês. O capitalismo, que surge em meio ao absolutismo
no século XVI (nesse período o mercantilismo foi o antecessor do capitalismo), ele
considerou a economia voltada para o mercado, onde seus teóricos defendem que o
Estado deve ter um papel mínimo sobre o mercado. Outra característica do liberalismo
é a defesa da propriedade privada dos meios de produção e a garantia do andamento
do princípio do lucro e da livre iniciativa privada. O liberalismo também exige a total
separação do Estado com o poder da Igreja, daí surge a defesa do Estado laico, um
Estado que não priorize os valores de uma religião.

As mudanças econômicas do liberalismo fizeram da burguesia a classe


dominante, até os dias atuais. Suas ideias políticas e econômicas, se opuseram à
antiga ordem aristocrática. E com as revoluções burguesas eles assumem o poder
político.

Através do pensamento do filósofo inglês John Locke (1632 - 1702), o


liberalismo provocou um novo modo de pensar e agir nos campos econômico, político,
social e cultural. Ele desenvolveu a teoria contratualista, para ele o Estado tem origem
no contrato social, um pacto entre os indivíduos, pelo qual o poder é legitimado. Um
visão completamente diferente para a época, em que o direito divino do rei e à tradição
absolutista detinham o poder do Estado. Locke partiu da análise dos “direitos naturais
do indivíduo”, concluindo que o governo existe para garantir a defesa dos direitos
individuais naturais e dar segurança para cada um desenvolver seus talentos e
gerenciar seus negócios.
Nesta perspectiva a teoria liberal de Locke valoriza: o individualismo, em que a
sociedade civil são indivíduos que se juntam para construir o Estado, mas o sucesso
ou não de cada um depende de seu talento e esforço; a liberdade individual, onde se
espera o sucesso de cada um para o crescimento da sociedade como um todo; a
propriedade, no sentido amplo da palavra, tanto da vida individual, como também seus
bens materiais; a igualdade, como igualdade civil, um meio de tirar os privilégios dos
nobres, oferecia-se igualdade perante a lei; a segurança, numa nova concepção de
justiça, centrada na valorização da lei. Fundamental para a conservação da pessoa,
dos direitos e das propriedades.

Analisando de maneira geral, a educação liberal destaca-se por enfatizar o


individualismo e a liberdade. A valorização da capacidade de autonomia e
conhecimento racional, revelando um otimismo para com o indivíduo em sociedade.
Porém, sempre pautado por interesses de capitalistas, pois a educação sempre foi um
bem reservado às elites da sociedade. Nesse ponto de vista, as teorias de Locke são
reservadas apenas para os interesses de uma classe, em detrimento de outra, que é
encaminhada para uma formação massificada, voltada para a profissionalização
técnica, na maioria das vezes para o ensino básico da simples iniciação na leitura,
escrita e contagem.

Você também pode gostar