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QUÍMICA ALIMENTAR II
ÍNDICE
1 Introdução 1
2 Materiais e Reagentes 12
3 Procedimento 13
4 Resultados 14
6 Conclusões Finais 18
7 Bibliografia 19
INTRODUÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Não é exactamente igual porque, para o ser, um alimento deveria comportar-se como uma
solução em condições ideais (soluções de soluto “ideal” em solução diluída) em equilíbrio
termodinâmico.
aw ≈ p = ERH
p0 100
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INTRODUÇÃO
Esta curva fornece-nos várias informações: permite-nos saber qual será o conteúdo de
humidade do alimento quando este está em equilíbrio com a sua atmosfera a diferentes
humidades relativas, é-nos útil nos processos de concentração e desidratação, uma vez que
a aw está relacionada com a facilidade ou dificuldade em eliminar a água, permite-nos
determinar a impermeabilidade da substância analisada e a sua tendência para desenvolver
microrganismos e dá-nos a informação sobre a estabilidade química e/ou física dos
alimentos em função do seu conteúdo de água.
Sublinha-se que para cada alimento a função %H20(aw) varia com a temperatura existindo,
para um mesmo alimento, uma curva para para cada temperatura.
O gráfico 1.1 mostra-nos as três formas básicas de curvas isotérmicas de adsorção da água
que caracterizam as substâncias de acordo com a sua higróscopia, ou capacidade de reter
a água. A maioria dos alimentos possui uma capacidade higroscópica média.
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INTRODUÇÃO
Gráfico 1.1 — Isotérmicas de Adsorção típicas: A – substância com higroscopia alta (retém muita
quantidade de água); B – substância com higroscopia média; C – substância com higroscopia baixa
(retém pouca quantidade de água).
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INTRODUÇÃO
A água presente na zona I da curva tem uma actividade inferior a 0,2 e está fortemente
unida, sendo praticamente inamovível. Liga-se às moléculas da substância através de
interacções água-ião ou água-dipolo, não congela a -40ºC, não actua como solvente e
comporta-se como parte integrante do sólido.
A água da zona II, com uma actividade superior a 0,25 e inferior a 0,8, associa-se às
moléculas de água vizinhas e às moléculas de soluto essencialmente através de pontes de
hidrogénio. É ligeiramente mais móvel que a da zona I, possui propriedades como solvente
reduzidas e a sua maioria não congela a -40ºC. A água das zonas I e II normalmente
constitui menos de 5% da água de um produto alimentar de alta humidade.
No limite das zonas II e III a água é suficiente para completar as ligações que ainda tem
com as macromoléculas, como as proteínas globulares, e para reduzir a temperatura de
transição vítrea destas macromoléculas até à temperatura da amostra. É denominada
«monocapa verdadeira».
A água presente na zona III possui uma actividade superior a 0,85 e possui propriedades
de solvente semelhantes à água pura, sendo facilmente utilizada pelos microrganismos na
sua actividade biológica; contém solutos de baixo peso molecular e é facilmente
congelável.
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
A oxidação dos lípidos é a única excepção nesta variação linear, pois a valores de aw
baixos encontramos valores bastante altos de lípidos que oxidam; à medida que a
actividade da água vai aumentando, decrescem os lípidos oxidados e, após a monocapa
de BET assistimos outra vez a um aumento significativo na sua oxidação. Karel e Yong
(citados por Fennema: 2000) sugeriram que este fenómeno ocorre porque a água que vai
sendo adicionada a uma amostra muito seca começa por ligar-se aos hidroperóxidos,
interferindo com a sua decomposição, e por hidratar os iões metálicos que catalizam a
oxidação, e assim a água tem um papel protector quando na quantidade suficiente para
“imunizar” todo o substrato. Após a monocapa de BET, Karel e Yong continuam a sua
sugestão afirmando que a água adicionada depois deste valor acelera a oxidação pois
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INTRODUÇÃO
Se bem que a actividade da água esteja associada à análise dos riscos de proliferação
bacteriana e microbiana, a verdade é que desse indicador depende também a manutenção
ou perda de algumas das características organoléticas dos produtos alimentares,
nomeadamente sabor, aroma e a textura. Assim, se, por exemplo, uma aw entre 0,2 e 0,3
(monocamada de BET) garante aos alimentos desidratados um tempo máximo de
manutenção dessas características, a verdade é que a partir desse valor saem favorecidas
as reacções que necessitam de uma fase aquosa e que dão lugar a alterações físicas do
substrato. No intervalo entre 0,35 e 0,45 ocorrem mudanças na textura, como a perda do
carácter estaladiço, um aumento do carácter pegajoso e uma recristalização de açúcares
amorfos. Alimentos moles – como as uvas passas analisadas nesta experiência – tendem a
endurecer e a tornar-se ressequidos quando a sua aw se situa no intervalo 0,4-0,5.
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
Alimento aw
Água destilada 1.00
Carne, aves, peixe e ovos frescos >= 0.98
Fruta e vegetais frescos >= 0.98
Leite fresco >= 0.98
Sumos de fruta e vegetais >= 0.98
Pão fresco e queijo Cheddar >= 0.93 - 0.98
Salsichas secas e fermentadas, >= 0.80 – 0.93
queijo seco, margarina,
concentrados de sumo de fruta,
xarope de plátano
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INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO
Especiarias e
Bacillus cereus 4,0 4,3 0,92 7,5
arroz cozinhado
Vibrioparahaemolyticus 5,0 4,8 0,94 8,0 Peixe e marisco
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MATERIAIS E REAGENTES
2 MATERIAIS E REAGENTES
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PROCEDIMENTO
3 PROCEDIMENTO
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RESULTADOS
4 RESULTADOS
A tempo efectuado para cada leitura situou-se entre 10 a 20 minutos, e a uma temperatura
de aproximadamente 20 ºC.
Para cada amostra, resume-se na tabela 4.2 os valores que se julgam relevantes para a
presente análise (INSRJ; 2007):
Principal
Amostra Teor H20 (m/m) Teor (m/m)
macroconstituinte
#1 Marmelada 24,1 % Mono e disacarídeos 69,7 %
#2 Leite Condensado 25,0 % Mono e disacarídeos 56,4 %
#3 Pão de Trigo 26,2 % Amido 55,2 %
#4 Uvas secas (passas) 20,1 % Monosacarídeos 67,1 %
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DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Assumindo que:
pode-se “estimar” a entrada destes pontos numa tabela de %H20/aw, como o exposto no
gráfico 5.1.
30,0%
25,0%
Zona II
20,0%
Pão de Trigo
0,0%
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
aw
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DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste mesmo gráfico estão distinguidas as três zonas de actividade de água bem como, a
sombreado, as duas áreas correspondentes às mono camadas que se formam no substrato,
sendo que a área próxima de aw=0,2 corresponde à monocapa de BET e a próxima do
aw=0,85 à monocamada verdadeira.
amostra aw
#1 Marmelada [0,75;0,80]
#2 Leite Condensado [0,87;0,91]
#3 Pão de Trigo [0,95;1,00]
#4 Uvas secas (passas) [0,60;0,65]
No entanto BELITZ (1992; pp. 5) refere outros intervalos para a marmelada e frutos secos
(onde as passas se devem incluir), respectivamente:
• aw,marmelada = [0,82;0,94]; e
• aw,frutas secas = [0,72;0,80].
amostra aw
#1 Marmelada 0,87
#2 Leite Condensado 0,85
#3 Pão de Trigo 0,91
#4 Uvas secas (passas) 0,69
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DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Verifica-se que apenas o valor de aw da amostra de marmelada está dentro dos valores
espectáveis indicados por BELITZ e o valor de aw das passas se enquadram no intervalo
indicado por FENEMMA, sendo que os restantes valores divergem por excesso ou defeito
em algumas centésimas dos valores indicados para ambos os autores, conforme a tabela
5.2:
Tendo sido realizada apenas uma amostra para cada alimento analisado, e apenas uma
leitura de cada amostra, não houve aferição dos resultados obtidos e a probabilidade de
existir um erro não sistemático é bastante alta. Os resultados devem ser analisados tendo
em conta este factor bastante significativo. Por outro lado o ambiente em si não foi
estritamente controlado, em particular no que toca à temperatura, um factor do qual a
leitura da actividade da água é dependente.
Também o processo de análise poderá influenciar as leituras obtidas, uma vez que as
amostras foram sujeitas a um processo de desagregação mecânica, aumentando a sua
área exposta ao meio ambiente implicando diferentes actividades de água e higroscopia,
que o alimento teria na sua forma original. Isto é particularmente relevante no pão, onde a
leitura divergiria se este tivesse a côdea intacta, ou seja, a superfície naturalmente exposta
directamente ao ar tem propriedades intrinsecamente diferentes do miolo, sendo que a
côdea poderá ter um papel protector não desprezável.
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CONCLUSÕES FINAIS
6 CONCLUSÕES FINAIS
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BIBLIOGRAFIA
7 BIBLIOGRAFIA
FENEMMA, Owen (2000). Química de los Alimentos, Zaragoza: Editorial Acribia, S.A.
POTTER, Norman N.; HOTCHKISS, Joseph H. (1995). Food Science, Chapman & Hall.
FONTES DIGITAIS
http://foodquality.wfp.org/FoodSpecifications/Shelflifeoffoods/Overviewtableshelflifeoffoods
/tabid/471/Default.aspx, consulatdo em 28/02/08.
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