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U N I V E R S I DA D E

CANDIDO MENDES

CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA


PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010

MATERIAL DIDÁTICO

ELETRÔNICA

Impressão
e
Editoração

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ................................................................................. 03

UNIDADE 2 – AMPLIFICADORES OPERACIONAIS ............................................ 05

UNIDADE 3 – SEMICONDUTORES E DIODOS .................................................... 11


3.1 Definindo semicondutores e dinâmica de suas ligações ................................... 11
3.2 A junção pn e o diodo semicondutor ................................................................. 15
3.3 Tiristores............................................................................................................ 21

UNIDADE 4 – TRANSISTORES ............................................................................. 24


4.1 Transistor bipolar de junção (TBJ) .................................................................... 26
4.2 Transistores de efeito de campo (FET) ............................................................. 30

UNIDADE 5 – CIRCUITOS LÓGICOS DIGITAIS ................................................... 35


5.1 As portas lógicas ............................................................................................... 37
5.2 Sistemas digitais ............................................................................................... 41

UNIDADE 6 – O USO DO CONTROLADOR LÓGICO PROGRAMÁVEL (CLP) ... 43


6.1 Composição dos CLPs ...................................................................................... 43
6.2 Unidades terminais remotas (UTR) ................................................................... 46
6.3 Unidades dedicadas .......................................................................................... 46
6.4 Recursos do CLP .............................................................................................. 47
6.5 Instalação do CLP ............................................................................................. 51
6.5.1 Normas para a Instalação dos CLPs nos Quadros Elétricos .......................... 52
6.5.2 Cablagem dos Condutores nos Quadros Elétricos para Automação
Industrial .................................................................................................................. 53
6.5.3 Comportamento do Controlador em Caso de Falta de Energia Elétrica ......... 56
6.5.4 Segurança na Fase de Instalação .................................................................. 56
6.5.5 Interface com a Rede Elétrica e com os Dispositivos de I/O .......................... 56
6.5.6 Manutenção e Pesquisa dos Defeitos ............................................................ 58

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 60

ANEXOS ................................................................................................................. 62

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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO

Numa definição ampla, eletrônica, disciplina básica do curso de Engenharia


Elétrica, seria definida como a arte de estudar e controlar a energia elétrica por
meios elétricos, ou seja, o uso dos circuitos formados por componentes elétricos e
eletrônicos.

Amplificadores operacionais, semicondutores e diodos, transistores, circuitos


lógicos digitais são alguns dos componentes pertencentes a este universo no qual
os elétrons têm papel fundamental.

Iniciaremos nossos estudos pelos fundamentos dos amplificadores


operacionais, importantes em qualquer aplicação prática, bem como buscaremos
compreender os conceitos de ganho e resposta em frequência de um amplificador
operacional que é condição essencial para a sua utilização em instrumentação
eletrônica.

Lembremos do avanço da computação nos últimos 50 anos! Os sistemas


eletrônicos modernos existem por causa dos componentes eletrônicos discretos
individuais que têm sido integrados para funcionar como sistemas complexos.
Embora o uso de componentes eletrônicos discretos esteja sendo largamente
substituído pelos circuitos integrados, ainda é importante entender como funcionam
os componentes individuais. Passaremos, portanto, pelo funcionamento dos
semicondutores e diodos.

Os transistores são outra família de componentes eletrônicos que veremos


ao longo da unidade, com foco para o transistor bipolar de junção e de efeito de
campo.

Os computadores digitais têm tomado lugar de destaque na engenharia e


nas ciências pelas últimas três décadas, realizando uma série de funções
essenciais, como computação numérica e aquisição de dados, portanto, devemos
estudar as características essenciais dos circuitos lógicos digitais, que estão no
centro do computador digital.

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Ressaltamos em primeiro lugar que embora a escrita acadêmica tenha como


premissa ser científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um
pouco às regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados
cheguem de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar,
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores,
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma
redação original e tendo em vista o caráter didático da obra, não serão expressas
opiniões pessoais.

Ao final do módulo, além da lista de referências básicas, encontram-se


outras que foram ora utilizadas, ora somente consultadas, mas que, de todo modo,
podem servir para sanar lacunas que por ventura venham a surgir ao longo dos
estudos.

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UNIDADE 2 – AMPLIFICADORES OPERACIONAIS

Uma das mais importantes funcionalidades da instrumentação eletrônica é a


amplificação de sinais. A necessidade de converter pequenos sinais elétricos
encontra diversas aplicações. Talvez a aplicação mais comum seja a conversão de
um pequeno sinal elétrico de tensão, gerado por um toca fitas ou por um receptor de
rádio ou por um tocador de CDs, para um nível capaz de atuar diretamente sobre um
par de alto-falantes, ilustrado didaticamente abaixo.

Amplificador em um sistema de áudio

Os amplificadores têm diversas aplicações, não só relacionadas com a


engenharia elétrica, por exemplo: a amplificação de pequenos sinais de transdutores
(bioeletrodos, termistores e acelerômetros). Outras aplicações menos evidentes
como a utilização destes dispositivos na filtragem de sinais e isolamento de
impedâncias também serão apostos nesta unidade, mas vamos partir de um
amplificador operacional, analisando suas características gerais.

a) Características do amplificador ideal

O modelo mais simplificado de um


amplificador está ao lado, no qual um sinal Vs(t) é
amplificado por um fator constante “A”,
denominado ganho do amplificador. Idealmente a
tensão sobre a carga é dada pela expressão:

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Observe que o circuito apresentado foi modelado por seu equivalente de


Thévenin, e a carga por sua resistência equivalente. O teorema de Thévenin
assegura que a figura pode ser representante de circuitos mais complexos. O
circuito equivalente da fonte é o circuito que o amplificador “vê” em sua entrada, e a
carga RL corresponde à resistência equivalente vista a partir da saída do
amplificador.

Rizzoni (2013) lança o seguinte questionamento:

O que aconteceria se fossem invertidos os pontos de vista da fonte e da


carga? Ou seja, o que a fonte “enxerga” a partir da entrada do amplificador e o que a
carga “enxerga” a partir da saída do amplificador? Enquanto não fica claro até este
ponto, como se pode caracterizar o circuito interno do amplificador (que é
relativamente complexo), pode-se presumir que este se comportará como uma carga
equivalente em relação à fonte e como uma fonte equivalente em relação à carga.
Afinal, isto é uma aplicação direta do teorema
de Thévenin.

A Figura ao lado apresenta uma


imagem que representa o amplificador. A
“caixa preta” da figura anterior é agora
representada como um circuito equivalente
que tem o comportamento que se segue. O
circuito de entrada tem a resistência
equivalente R entrada sendo a tensão de entrada ventrada dada por:

A tensão equivalente de entrada vista pelo amplificador é amplificada por um


fator constante A. Isto está representado pela fonte de tensão controlada Av entrada. A

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fonte de tensão controlada aparece em série com a resistência interna Rsaída que é
chamada de resistência interna (ou de saída) do amplificador. Desta maneira, a
tensão entregue para a carga pode ser calculada pela expressão:

Ou, substituindo Ventrada na equação:

Em outras palavras, a tensão na carga é uma versão amplificada da tensão


da fonte.

Lamentavelmente, como pode ser observado, o fator de amplificação


depende tanto da impedância da fonte quanto da carga e das resistências de
entrada e saída do amplificador. Desta maneira, um amplificador terá desempenho
variável conforme a carga e a fonte em que estiver conectado.

b) Amplificador operacional

Um amplificador operacional (AOP) é um circuito integrado, que é formado


por um conjunto de dispositivos elétricos e eletrônicos em uma única pastilha de
silício.

Um AOP é capaz de realizar várias operações sobre sinais, tais como


adições, filtragens e integrações, que são também baseadas em propriedades de
modelos de amplificador operacional e elementos de circuitos ideais. A introdução
de amplificadores operacionais sob a forma de circuitos integrados marcou o início
de uma nova etapa na eletrônica moderna. Desde o aparecimento do primeiro
circuito integrado de um amplificador operacional, a tendência da instrumentação
eletrônica caminhou da utilização de componentes discretos (uso de componentes
individuais) na direção da utilização de circuitos integrados para um elevado número
de aplicações. Esta afirmação é particularmente verdadeira para aplicações em

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engenharia, não necessariamente elétrica, onde é possível encontrar AOPs sendo


utilizados em aplicações de medição e instrumentação, servindo como um bloco
extremamente versátil para qualquer finalidade onde seja necessário algum
processamento de sinais elétricos.

Segundo Rizzoni (2013), a tecnologia dos circuitos integrados se encontra


em um estágio tão avançado de desenvolvimento que é possível afirmar que, para a
maioria das aplicações de instrumentação, o amplificador operacional pode ser
tratado como um dispositivo ideal.

O comportamento de um amplificador operacional ideal é bem semelhante a


um amplificador diferencial, que é um dispositivo que amplifica a diferença entre os
valores de duas tensões de entrada. Os amplificadores operacionais são
caracterizados por uma resistência de entrada que se aproxima de infinito e uma
resistência de saída muito pequena.

A entrada assinalada com um sinal positivo é denominada de entrada (ou


terminal) não inversora, enquanto que a representada por um sinal negativo é
denominada de entrada (ou terminal) inversora. O fator de amplificação, ou ganho
AV(OL) é denominado ganho de tensão em malha aberta e seu valor de projeto é
bastante elevado, podendo variar da ordem de 105 a 107.

Uma das configurações mais populares de amplificadores operacionais,


devido à sua simplicidade, é essa configuração inversora:

O sinal de entrada a ser amplificado é conectado no terminal inversor,


enquanto o terminal não inversor é aterrado. Será mostrado como é possível

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escolher de forma (quase) arbitrária o ganho deste amplificador pela razão de dois
resistores. A análise parte da aplicação da LKC no nó da entrada inversora, onde:

a corrente iF que flui da saída de volta para o terminal inversor, é adequadamente


chamada de corrente de realimentação, por representar uma entrada no amplificador
que é amostrada da saída. Aplicando-se a Lei de Ohm, podemos determinar cada
uma das três correntes mostradas na figura acima:

Sendo a última corrente conforme consideramos anteriormente. A tensão na


entrada não inversora v+ é facilmente definida como zero, pois está diretamente
conectada ao terra: v+ = 0. Então, a operação em malha aberta do AOP exige que:

Após determinar a tensão presente na entrada inversora v- em termos de


vsaída, podemos definir o ganho do amplificador pela expressão: V saída/vs. Esta
grandeza é denominada ganho em malha fechada, devido à ligação da
realimentação entre a saída e a entrada caracterizarem uma malha fechada.

Vale entender que os amplificadores operacionais permitem projetar circuitos


de considerável sofisticação em alguns poucos passos, pela simples seleção de
valores apropriados de resistores.

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Rizzoni (2013) resume alguns critérios de importância prática que o


projetista deve ter em mente quando selecionar o valor de certos componentes para
circuitos com AOPs.

 Use valores padronizados de resistores.

 Garanta que a corrente na carga seja razoável (não escolha valores de


resistores muito pequenos).

 Evite escolher capacitâncias1 aleatoriamente (não escolha resistores de valor


muito elevado).

 Projetos precisos necessitam de garantias. Se um dado projeto requer que o


ganho do amplificador tenha um valor preciso, pode ser adequado o uso de
resistores de precisão (de custo mais alto), com, por exemplo, tolerância de
1%.

1 A capacidade que um condutor isolado tem de armazenar cargas elétricas é limitada e depende da
sua dimensão e do meio que o envolve. Essa capacidade recebe o nome de capacitância e é definida
como o quociente da carga armazenada Q pelo seu potencial V, ou seja: C = Q/V, onde: C é a
capacitância ou capacidade de um condutor; Q é a carga elétrica e V é o potencial elétrico.

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UNIDADE 3 – SEMICONDUTORES E DIODOS

Os materiais podem ser classificados em 03 (três) tipos:

Classificação dos Conceito Exemplos


materiais

Um material é condutor, quando os elétrons


são fracamente ligados ao núcleo e ao
O ouro, a prata, o cobre
Condutores serem submetidos a uma diferença de
e outros.
potencial passam a se locomover no
interior do material.

Um material é isolante, quando os elétrons


se encontram fortemente presos em suas A borracha, a mica, a
Isolantes
ligações, evitando a circulação desses porcelana, etc.
elétrons.

Um material é semicondutor se sua


Principais: silício e
Semicondutores resistência se encontra entre a dos
germânio.
condutores e a dos isolantes.

3.1 Definindo semicondutores e a dinâmica de suas ligações

A principal característica dos semicondutores é a de possuir 04 (quatro)


elétrons em sua última camada, camada de valência. Isto permite aos átomos do
material semicondutor a formação entre si de ligações covalentes (SENAI, 2000).

O germânio e o silício são os exemplos clássicos de materiais que


apresentam uma resistividade elétrica intermediária, por isso eles fazem parte do
grupo dos materiais semicondutores.

Embora possa ser feito com mais de um elemento, os semicondutores


elementares ou intrínsecos são materiais constituídos de elementos do grupo IV da
tabela periódica, tendo propriedades elétricas que estão entre as dos materiais
condutores e isolantes. Como exemplo, considere a condutividade de três materiais
comuns:

 cobre, um bom condutor, tem uma condutividade de 0,59 x 10 6 S/cm;

 vidro, um bom isolante, pode variar de 10-16 a 10-13 S/cm; e,

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 silício, um semicondutor, tem uma condutividade que varia de 10 -8 a 10-3


S/cm. Note, então, que o nome semicondutor é um nome apropriado.

Segundo nos ensina Rizzoni (2013), um material em condução é


caracterizado por um grande número de elétrons na banda de condução, os quais
têm uma ligação muito fraca com a estrutura básica do material. Portanto, um campo
elétrico transmite energia para outros elétrons em um condutor e possibilita o fluxo
de corrente. Em um semicondutor, por outro lado, é necessário considerar a
estrutura cristalina do material, que, nesse caso, é caracterizada pela ligação
covalente. Abaixo temos uma representação do arranjo da rede para o silício (Si),
um dos semicondutores mais comuns.

Estrutura da rede de silício, com quatro elétrons de valência

Com temperatura suficientemente alta, a energia térmica faz com que os


átomos da rede vibrem; com uma energia cinética suficiente, alguns elétrons de
valência quebram suas ligações com a estrutura da rede e ficam disponíveis como
elétrons de condução. Esses elétrons livres permitem um fluxo de corrente no
semicondutor.

Em um condutor, elétrons de valência têm ligações muito fracas com o


núcleo, portanto, estão disponíveis para a condução numa extensão muito maior que
os elétrons livres em um semicondutor. Um aspecto importante para esse tipo de
condução é que o número de portadores de carga depende da quantidade de
energia térmica presente na estrutura. Por isso, muitas propriedades dos
semicondutores são em função da temperatura.

Os elétrons livres de valência não são os únicos no mecanismo de condução


em um semicondutor. Se um elétron livre deixa a estrutura da rede cristalina, ele cria

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uma carga positiva correspondente nessa estrutura. Abaixo temos um esquema da


situação em que uma ligação covalente é quebrada em função da saída de um
elétron livre da estrutura. A vaga causada pela retirada de um elétron livre é
chamada de lacuna. Observe que, se existe uma lacuna, temos efetivamente uma
carga positiva. As cargas positivas também contribuem para o processo de
condução, considerando que, se um elétron da banda de valência “salta” para
preencher uma lacuna próxima, neutralizando assim uma carga positiva, isso
correspondentemente cria uma nova lacuna em outro local.

Elétrons livres e “lacunas” na estrutura da rede

Obs.: uma vaga (ou lacuna) é criada se um elétron livre deixa a estrutura. Essa “lacuna” pode se
mover pela rede se outros elétrons substituírem o elétron livre.

Portanto, o efeito é equivalente ao de uma carga positiva se movendo para a


direita. Esse fenômeno torna-se relevante quando é aplicado um campo elétrico
externo no material. É importante ressaltar aqui que a mobilidade – isto é, a
facilidade com que as cargas positivas se movem através da rede – é bem diferente
para os dois tipos de portadores. Os elétrons livres podem se mover mais facilmente
na rede que as lacunas. Para perceber isso, considere o fato de que um elétron livre
já tenha quebrado a ligação covalente, enquanto para uma lacuna viajar pela
estrutura, um elétron deve vencer a ligação covalente sempre que uma lacuna surge
em uma nova posição.

De acordo com essa ideia relativamente simplificada dos materiais


semicondutores, podemos ter uma visão de um semicondutor como tendo dois tipos
de portadores de carga – lacunas e elétrons livres – que circulam em sentidos
opostos quando o semicondutor está submetido a um campo elétrico, dando origem

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a um fluxo de corrente na direção do campo elétrico. Esse conceito está ilustrado


abaixo:

Um campo elétrico externo força a lacuna a emigrar para a esquerda e o elétron livre para a direita. O
fluxo de corrente total é para a esquerda.

Um fenômeno adicional, chamado recombinação, reduz o número de


portadores de carga em um semicondutor. Ocasionalmente, um elétron livre
“viajando” nas imediações de uma lacuna se recombinará com essa lacuna, para
formar uma ligação covalente. Se esse fenômeno ocorrer, serão anulados dois
portadores de carga. Contudo, apesar da recombinação, o saldo líquido é de tal
forma que o número de elétrons livres continua existindo a uma determinada
temperatura.

Portanto, esses elétrons estão sempre disponíveis para a condução. O


número de elétrons livres disponíveis para um dado material é chamado de
concentração intrínseca ni. Por exemplo, na temperatura ambiente, o silício tem:

ni = 1,5 x 1016 elétrons / m3

Obs.: deve existir também um número equivalente de lacunas.

Na técnica de fabricação, raramente são empregados semicondutores puros


ou intrínsecos. Para controlar o número de portadores de cargas em um
semicondutor, geralmente é usado o processo de dopagem. A dopagem consiste na
adição de impurezas na estrutura cristalina do semicondutor. A quantidade de
impurezas é controlada e pode ser de dois tipos. Se o dopante for um elemento da
quinta coluna da tabela periódica (por exemplo, arsênico), o resultado final é que
onde quer que exista uma impureza, um elétron livre adicional estará disponível para

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a condução. Os elementos que fornecem as impurezas são chamados de doadores


no caso os elementos do grupo V, visto que eles “doam” um elétron livre adicional
para a estrutura da rede. Uma situação equivalente surge quando elementos do
grupo III (por exemplo, índio) são usados para dopar um silício. Nesse caso, porém,
é criada uma lacuna adicional pelo elemento de dopagem, que é chamado de
aceitador, visto que ele aceita um elétron livre da estrutura e gera uma lacuna ao
fazê-lo.

Semicondutores dopados com elementos doadores conduzem corrente


predominantemente pelos elétrons livres e, por isso, são chamados semicondutores
tipo n. Quando um elemento aceitador é usado como dopante, as lacunas
constituem os portadores mais comuns, e o semicondutor resultante é dito
semicondutor tipo p. A dopagem ocorre geralmente em níveis em que a
concentração de portadores do dopante é significativamente maior que a
concentração intrínseca do semicondutor original. Se n for o número total de elétrons
livres e p o de lacunas, então, num semicondutor dopado tipo n, temos:

n >> ni e p << pi

Portanto, os elétrons livres são portadores majoritários em um material tipo


n, enquanto lacunas são portadores minoritários. Num material tipo p, os portadores
majoritários e minoritários são invertidos.

Dopagem é uma prática padrão por uma série de razões. Entre elas está a
capacidade de controlar a concentração de portadores e a de aumentar a
condutividade do material resultante da dopagem (RIZZONI, 2013).

3.2 A junção pn e o diodo semicondutor

Uma seção simples de material semicondutor por si só não possui


propriedades que a tornam útil para a montagem de circuitos eletrônicos. Contudo,
quando uma seção de material tipo p e uma seção de material tipo n são colocadas
em contato para formar uma junção pn, surgem algumas propriedades importantes.
A junção pn forma a base do diodo semicondutor, um elemento muito usado em
circuitos.

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Observe a junção pn abaixo:


A região de depleção do lado p é carregada A região de depleção do lado n é carregada
negativamente porque suas lacunas foram positivamente porque seus elétrons livres
recombinadas com os elétrons livres do lado foram recombinados com as lacunas do lado
n. p.

Essa é uma junção pn idealizada, onde, sobre o lado p, vemos um


predomínio de portadores de carga positiva ou lacunas, e sobre o lado n, são os
elétrons livres que predominam. Agora, nas proximidades da junção, em uma
pequena seção chamada região de depleção, os portadores de cargas móveis
(lacunas e elétrons livres) entram em contato uns com os outros e se recombinam,
deixando, assim, a junção praticamente livre de portadores de cargas. O que fica na
região de depleção, na ausência de portadores de cargas, é a estrutura da rede do
material tipo n, do lado direito e do tipo p do lado esquerdo. Mas o material do tipo n,
privado de elétrons livres, que foram recombinados com as lacunas nas
proximidades da junção, está agora carregado positivamente.

De modo similar, o material tipo p na junção está carregado negativamente


porque lacunas foram perdidas para a recombinação. O efeito total é que, enquanto
a maioria do material (tipo p ou n) está com carga neutra porque a estrutura da rede
e os portadores de carga neutralizam uns aos outros (na média), a região de
depleção vê uma separação de cargas, dando origem a um campo elétrico dirigido
do lado n para o lado p. Portanto, a separação de cargas faz com que exista um
potencial de contato na junção. Esse potencial é tipicamente de ordem de poucos
décimos de volt e depende do material (cerca de 0,6 a 0,7 V para o silício). O
potencial de contato é chamado também de tensão de barreira.

Agora, nos materiais tipo n, lacunas são portadores minoritários; os


portadores tipo p, relativamente poucos (lacunas), são gerados termicamente e se
recombinam com os elétrons livres. Algumas dessas lacunas derivam na região de

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depleção para a esquerda, e são empurradas através da junção pelo campo elétrico
existente. Existe uma situação similar no material tipo p, onde agora os elétrons
derivam através da região de depleção (para a direita). O efeito final é que uma
pequena corrente de saturação reversa (Is) circula pela junção no sentido reverso
(para a esquerda) quando o diodo está polarizado reversamente. Essa corrente não
depende muito da tensão na junção e é determinada principalmente pelos
portadores gerados termicamente; isto é, dependente da temperatura.

Com o aumento da temperatura, mais pares elétrons-lacunas são gerados


termicamente, e um número maior de portadores minoritários produz uma I s maior
(na temperatura ambiente, Is é da ordem de nanoampéres 10-9 A no silício).

Essa corrente através da junção circula no sentido oposto ao da corrente de


deriva e é chamada de corrente de difusão Id. É claro que, se uma lacuna do lado p
entrar no lado n, é bem provável que ela se recombine rapidamente com um dos
portadores tipo n do lado n.

Os fenômenos de deriva e de difusão ajudam a explicar como uma junção


pn se comporta quando ela é conectada a uma fonte de energia externa.

A capacidade de uma junção pn para conduzir uma corrente essencialmente


num só sentido – isto é, de conduzir apenas quando a junção está polarizada
diretamente – faz com que ela tenha aplicações importantes nos circuitos. Um
dispositivo com uma junção pn simples e um contato ôhmico em seus terminais, é
chamado de diodo semicondutor, ou simplesmente diodo.

Em outras palavras, o diodo é um componente formado por dois cristais


semicondutores de germânio ou silício. Porém na fabricação, o semicondutor é
misturado a outras substâncias formando assim um cristal do tipo p (anodo) e outro
do tipo n (catodo). Abaixo vemos os aspectos e o símbolo do diodo.

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Os diodos só conduzem corrente elétrica quando a tensão do anodo é maior


que a do catodo. Abaixo vemos o funcionamento do diodo:

Tensão do anodo maior que a do Tensão do anodo menor que a do


catodo – o diodo conduz corrente e catodo – o diodo não conduz
funciona como chave ligada. corrente e funciona como chave
desligada.

Temos ainda o diodo emissor de luz, mais conhecido como LED – diodo
especial feito de “arseneto de gálio”. Funciona da mesma forma que o diodo comum
e acende quando diretamente polarizado.

O diodo emissor de luz (LED) é um diodo que quando polarizado


diretamente emite luz visível (amarela, verde, vermelha, laranja ou azul) ou luz
infravermelha. Ao contrário dos diodos comuns não é feito de silício, que é um
material opaco, e sim, de elementos como gálio, arsênico e fósforo. É amplamente
usada em equipamentos devido a sua longa vida, baixa tensão de acionamento e
boa resposta em circuitos de chaveamento.

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A polarização do LED é similar ao um diodo comum, ou seja,


acoplado em série com um resistor limitador de corrente,
como mostrado ao lado:

O LED é esquematizado como um diodo comum com seta apontando para


fora como símbolo de luz irradiada. A corrente que circula no LED é:

Para a maioria dos LED's disponíveis no mercado, a queda de tensão típica


é de 1,5 a 2,5V para correntes entre 10 e 50 mA.

Abaixo temos o LED:

Os LEDs são usados nos circuitos como sinalizadores visuais. Como eles
não suportam altas correntes, sempre vão ligados em série com um resistor.

Já o fotodiodo é um diodo com encapsulamento transparente, reversamente


polarizado que é sensível a luz. Nele, o aumento da intensidade luminosa, aumenta
sua corrente reversa.

Num diodo polarizado reversamente, circula somente os portadores


minoritários como já dito. Esses portadores existem porque a energia térmica
entrega energia suficiente para alguns elétrons de valência saírem fora de suas

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órbitas, gerando elétrons livres e lacunas, contribuindo, assim, para a corrente


reversa. Quando uma energia luminosa incide numa junção pn, ela injeta mais
energia aos elétrons de valência e com isso gera mais elétrons livres. Quanto mais
intensa for a luz na junção, maior será corrente reversa num diodo.

Por fim o Diodo Zener, o único que pode conduzir corrente no sentido
inverso, ou seja, com a tensão do catodo maior que a do anodo. Para ele conduzir
nesta condição, a tensão aplicada nele deve ser igual ou maior que a indicada no
seu corpo. A seguir vemos este diodo, seu símbolo e funcionamento:

a) b)

a) tensão aplicada maior que a do Zener – ele condiz e estabiliza o seu valor.

b) tensão menor que a do Zener – ele não conduz e não estabiliza.

Rizzoni (2013) explica que o fenômeno de ruptura Zener é parecido com a


ruptura por avalanche. Ele ocorre geralmente em regiões altamente dopadas nas
proximidades de junções metal-semicondutor. É um fenômeno muito útil em
aplicações em que há a necessidade de se manter uma tensão constante em uma
carga, por exemplo, em reguladores de tensão e alguns casos como circuitos de
proteção.

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3.3 Tiristores

Tiristor é um dispositivo de quatro camadas e membro da família dos


semicondutores que tem dois estados estáveis de operação: um estado apresenta
corrente aproximadamente igual a zero, e o outro tem uma corrente elevada;
limitada apenas pela resistência do circuito externo.

O tiristor pode ser considerado uma chave unidirecional que substitui, com
vantagens, por exemplo, contatores e relés de grande capacidade.

Tornou-se vantajoso no controle de grandes potências, devido a diversos


fatores:

 é um dispositivo leve, pequeno, confiável, de ação rápida;

 pode ser ligado com correntes muito reduzidas; e,

 não apresenta problemas de desgaste mecânico porque não possui partes


móveis.

O SCR (Retificador Controlado de Silício – Silicon Controled Rectifier) é um


dispositivo de 4 camadas (PNPN) e 3 terminais como podemos observar na figura:

Outros componentes, no entanto, possuem basicamente a mesma estrutura:


LASCR (SCR ativado por luz), TRIAC (tiristor triodo bidirecional), DIAC (tiristor diodo
bidirecional), GTO (tiristor comutável pela porta), MCT (Tiristor controlado por MOS).

Para melhor entendermos o seu funcionamento, vamos utilizar o circuito


equivalente com os 2 transistores.

Aplicando-se uma tensão E [ (+) no anodo (A) e (-) no catodo (K)] veremos
que o transistor PNP e o NPN não conduzem porque não circula a corrente i 2 e a

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corrente i1. Aplicando agora um pulso positivo no gate (G) em relação ao catodo, (o
pulso deve ter amplitude maior que 0,7 V, pois entre G e K existe uma junção PN
formando um diodo), vamos fazer circular a corrente i1 que fará o transistor NPN
entrar em condução. Com isso i2 também irá circular fazendo com que o transistor
PNP conduza.

Assim, sendo, o pulso no gate não é mais necessário, pois o transistor PNP
mantém o NPN conduzindo e vice-versa.

Como podemos observar, esse estado de condução permanecerá


indefinidamente. A única maneira de desligar o SCR é fazer a tensão E (entre anodo
e catodo) igual a zero.

Obs.:

1) Não é possível simular um SCR com 2 transistores, pois a corrente i2 (da


base do transistor PNP) será muito pequena.

2) Atenção, para sempre colocar uma carga em série com a alimentação


quando for utilizar um SCR!

Existem alguns parâmetros típicos de tiristores e que caracterizam


condições limites para sua operação. Dentre eles:

a) Tensão direta de ruptura (VBO).

b) Máxima tensão reversa (VBR).

c) Máxima corrente de anodo (Ia max): pode ser dada como valor RMS,
médio, de pico e/ou instantâneo.

d) Máxima temperatura de operação (Tj max): temperatura acima da qual


pode haver destruição do cristal.

e) Resistência térmica (Rth): é a diferença de temperatura entre 2 pontos


especificados ou regiões, dividido pela potência dissipada sob condições de
equilíbrio térmico. É uma medida das condições de fluxo de calor do cristal para o
meio externo.

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f) Característica I2t: é o resultado da integral do quadrado da corrente de


anodo num determinado intervalo de tempo, sendo uma medida da máxima potência
dissipável pelo dispositivo. É dado básico para o projeto dos circuitos de proteção.

g) Máxima taxa de crescimento da tensão direta Vak (dv/dt).

h) Máxima taxa de crescimento da corrente de anodo (di/dt): fisicamente, o


início do processo de condução de corrente pelo tiristor ocorre no centro da pastilha
de silício, ao redor da região onde foi construída a porta, espalhando-se radialmente
até ocupar toda a superfície do catodo, à medida que cresce a corrente. Mas se a
corrente crescer muito rapidamente, antes que haja a expansão necessária na
superfície condutora, haverá um excesso de dissipação de potência na área de
condução, danificando a estrutura semicondutora. Este limite é ampliado para
tiristores de tecnologia mais avançada fazendo-se a interface entre gate e catodo
com uma maior área de contato, por exemplo, “interdigitando” o gate
(FEEC/UNICAMP, 2010).

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UNIDADE 4 – TRANSISTORES

Existe uma infinidade de sinais de interesse em eletrônica que são muitos


fracos, como por exemplo, as correntes elétricas que circulam no corpo humano, o
sinal de saída de uma cabeça de gravação, etc., e para transformá-los em sinais
úteis torna-se necessário amplificá-los. Antes da década de 50, a válvula era o
elemento principal nesta tarefa. Em 1951, foi inventado o transistor. Ele foi
desenvolvido a partir da tecnologia utilizada no diodo de junção, como uma
alternativa em relação às válvulas, para realizar as funções de amplificação,
detecção, oscilação, comutação, etc. A partir daí o desenvolvimento da eletrônica foi
imenso.

Por definição, é um componente formado por três cristais de silício, sendo


dois N e um P ou dois P e um N. Abaixo vemos os tipos e símbolos dos transistores
comuns usados em eletrônica (bipolares):

Segundo Rizzoni (2013), um transistor é um dispositivo semicondutor de três


terminais que pode executar duas funções fundamentais para o projeto de circuitos
eletrônicos: amplificação e chaveamento. Dito de modo simples, a amplificação
consiste em aumentar um sinal pela transferência de energia feita pelo dispositivo a
partir de uma fonte externa, enquanto um transistor como chave é um dispositivo
para controlar uma corrente ou tensão de valor relativamente alto entre ou através
de dois terminais, por meio de uma corrente ou tensão de controle de baixo valor,
aplicada a um terceiro terminal.

 Polarização é definido como as tensões aplicadas nos terminais do transistor


para ele poder funcionar.

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 Polarização de um transistor NPN – tensão mais alta no coletor, média na


base e mais baixa no emissor. A tensão da base é só um pouco maior que a
do emissor.

 Polarização do transistor PNP – funcionam com tensão mais alta no emissor,


média na base e tensão mais baixa no coletor.

Chave, amplificador de sinais e regulador de tensão são algumas das


funções dos transistores, conforme ilustrado abaixo:

Focaremos em duas famílias de transistores: transistores bipolares de


junção, cuja sigla é TBJs ou BJTs (Bipolar Junction Transistors); e transistores de
efeito de campo, cuja sigla é TECs ou FETs (Field-Effect Transistors).

Rizzoni (2013) explica o funcionamento do transistor como um amplificador


linear utilizando as ilustrações a seguir que mostram os quatro modos possíveis de
funcionamento de um transistor por meio de modelos de circuito empregando fontes
controladas.

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Modelos de fontes controladas para o funcionamento do transistor como amplificador


linear

Fonte: Rizzoni (2013, p. 454).

As fontes de tensão e de corrente controladas são mostradas para gerar


uma corrente ou tensão proporcional a uma corrente ou tensão de entrada; a
constante de proporcionalidade µ é chamada ganho interno do transistor. Como será
visto, o TBJ age essencialmente como um dispositivo controlado por corrente,
enquanto o FET se comporta como um dispositivo controlado por tensão.

Transistores também podem agir no modo não linear, como chaves


controladas por corrente ou por tensão. Quando um transistor funciona como chave,
uma corrente ou tensão de baixo valor é usada para controlar o fluxo de corrente
entre dois terminais do transistor de modo liga/desliga.

4.1 Transistor bipolar de junção (TBJ)

A junção pn constitui a base de vários dispositivos semicondutores. O diodo


semicondutor, dispositivo de dois terminais, é a aplicação mais direta da junção pn.

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Um TBJ é formado pela junção de três seções de material semicondutor,


cada uma com concentração de dopagem diferente. As três seções podem ser uma
região estreita n entre camada p+ e p (como um sanduíche), ou uma região p entre
camadas n e n+, onde os sobrescritos mais (+) indicam um material com nível de
dopagem mais forte. Os TBJs resultantes são chamados de transistores pnp e npn,
respectivamente.

Veja abaixo estrutura aproximada, símbolo e nomenclaturas para os dois


tipos de TBJs:

O funcionamento do TBJ npn pode ser explicado considerando-se que o


transistor é constituído de duas junções pn viradas uma contra a outra. A junção
base-emissor (BE) tem um funcionamento bem parecido com um diodo quando
polarizado diretamente; portanto, pode-se desenhar o fluxo correspondente das
correntes de lacunas e de elétrons da base para o emissor quando o coletor estiver
aberto e a junção BE, polarizada diretamente.

Observe que a corrente de elétrons é mostrada


como sendo maior que a corrente de lacunas, em
função de uma dopagem maior de n do lado da junção.
Alguns pares de elétron-lacuna na base se
recombinarão; os portadores de carga restantes
aumentarão o fluxo total de corrente da base para o
emissor. É importante observar também que a seção
da base é mais estreita que a seção do emissor do
transistor.

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Caso a polarização fosse reversa, da junção base-coletor (BC), aconteceria


um fenômeno interessante: os elétrons “emitidos” pelo emissor com a junção BE
polarizada diretamente alcançam a região muito estreita da base e, após a perda de
alguns para a recombinação, a maioria deles é “recolhida” pelo coletor, bem
ilustrada abaixo:

Vemos que a polarização reversa da junção BC tem esse sentido para


poder varrer os elétrons do emissor para o coletor.

Esse fenômeno acontece porque a região da base é mantida particularmente


estreita. Como a base é estreita, há uma alta probabilidade de que os elétrons
tenham impulso suficiente, pelo campo elétrico, para cruzar a junção base-coletor,
polarizada reversamente, e chegar ao coletor. O resultado é que há um fluxo líquido
de corrente do coletor para o emissor (no sentido oposto ao fluxo de elétrons), além
da corrente de lacunas da base para o emissor. A corrente de elétrons circulando no
coletor através da base é substancialmente maior que a corrente que circula na base
vinda do circuito externo.

A propriedade principal do transistor bipolar é que uma corrente baixa na


base controla uma corrente muito maior no coletor.

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Além de funcionarem com amplificadores, os componentes de três terminais


podem ser usados como chaves eletrônicas em que um terminal controla o fluxo de
corrente entre os outros dois. Igualmente, os diodos podem funcionar como
componentes para ligar/desligar.

Vejamos rapidamente o funcionamento de diodos e transistores como


chaves eletrônicas, ilustrando o uso desses componentes eletrônicos como circuitos
de chaveamento que são o núcleo das portas analógicas e digitais. Os circuitos de
chaveamentos com transistor formam a base dos circuitos lógicos digitais, assunto a
ser amplamente apresentado mais adiante. Objetivamos no momento apenas uma
compreensão dos princípios básicos do funcionamento interno desses circuitos
digitais.

Uma porta lógica eletrônica é um dispositivo que, baseando-se em um ou


mais sinais de entrada, produz uma das duas ou mais saídas determinadas;
conforme será visto resumidamente, pode-se construir as duas portas, digital e
analógica.

Uma tensão ou corrente analógica – ou mais comumente, um sinal analógico


– é aquela que varia de modo contínuo no tempo, em analogia com uma grandeza
física (por isso a expressão analógica). Um exemplo de um sinal analógico é um
sensor de tensão correspondente à temperatura ambiente, em um dia qualquer, que
pode variar, digamos, entre -1,11ºC (30 F) e 10ºC (50 F).

Um sinal digital, por outro lado, é um sinal que pode ter apenas um número
finito de valores; em particular, uma classe comumente encontrada de sinais digitais
consiste em sinais binários, os quais podem ter somente dois valores (por exemplo,
1 e 0). Um exemplo típico de um sinal binário pode ser o sinal de controle para um
aquecedor, em um sistema de aquecimento doméstico controlado por um termostato
convencional, em que podemos pensar nesse sinal como sendo “ligado” (ou 1), se a
temperatura da casa cair abaixo do ajuste do termostato (valor desejado), ou
“desligado” (ou 0), se a temperatura da casa for maior que ou igual ao ajustado na
temperatura (digamos, 20°C).

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Abaixo temos as aparências dos sinais analógico e digital de um aquecedor.

Os circuitos digitais são tópicos especialmente importantes, pois uma grande


parte da eletrônica industrial e de consumo atual é realizada na forma digital.

4.2 Transistores de efeito de campo (FET)

O conceito que forma a base do funcionamento do transistor de efeito de


campo (FET) é que um campo elétrico externo pode ser usado para variar a
condutividade de um canal, fazendo o FET agir ou como um resistor controlado por
tensão ou como uma fonte de corrente controlada por tensão.

Os FETs são os principais transistores da família dos componentes


eletrônicos integrados e, embora esses transistores tenham várias configurações
diferentes, é possível entender o funcionamento dos diferentes componentes
baseando-se principalmente em um tipo.

Nosso exemplo será o funcionamento básico do semicondutor FET com


óxido de metal no modo crescimento, que nos leva a tecnologias que são
conhecidas como NMOS, PMOS e CMOS.

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Classificação dos transistores de efeito de campo

Estes transistores podem ser agrupados em três categorias principais. As


duas primeiras são dos semicondutores de efeito de campo com óxido de metal, ou
MOSFETs:

1) MOSFETs modo crescimento.

2) MOSFETs modo depleção.

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A terceira categoria consiste nos transistores de efeito de campo de junção,


ou JFETs. Além disso, cada um desses dispositivos pode ser fabricado como um
dispositivo canal n ou canal p, onde essas designações n ou p indicam o tipo de
dopagem usado no canal do semicondutor. Todos esses transistores funcionam de
modo bem similar.

O MOSFET tem uma fonte, uma porta e um dreno. A diferença básica para o
JFET é que a porta é isolada eletricamente do canal, por isso, a corrente de porta é
extremamente pequena, para qualquer tensão positiva ou negativa (WENDLING,
2009).

A porta consiste em uma camada de película metálica, separada da


estrutura do tipo p por uma camada fina de óxido (por isso a terminologia
semicondutor de óxido de metal). O dreno e a fonte são construídos de material n+.

O dreno está conectado ao terminal positivo da tensão de alimentação V DD e


o terminal fonte, conectado ao terra. Visto que o substrato tipo p está conectado à
fonte e daí, ao terra, a junção dreno-substrato n+p apresenta uma forte polarização
reversa. A tensão na junção pn+ formada pelo substrato e o terminal fonte é zero,
visto que eles estão conectados ao terra.

Logo, o caminho entre o dreno e a fonte consiste em duas junções pn


polarizadas reversamente e não há corrente. Na ausência de uma tensão na porta, o
MOSFET modo crescimento canal n age como um circuito aberto. Então, os
componentes, modo crescimento são normalmente abertos (desligados) (RIZZONI,
2013).

Os MOSFET têm uma fina camada de dióxido de silício, um isolante que


impede a circulação de corrente de porta tanto para tensões positivas como
negativas. Essa camada isolante é mantida tão fina quanto possível para dar a porta
um melhor controle sobre a corrente de dreno. Como a camada é muito fina, é fácil
destruí-la com uma tensão porta-fonte excessiva. Além da aplicação direta de
tensão excessiva entre a porta fonte, pode-se destruir a camada isolante devido a
transientes de tensão causados por retirada/colocação do componente com o
sistema ligado. O simples ato de tocar um MOSFET pode depositar cargas estáticas
suficientes que excedam a especificação de (tensão liminar) V gs máximo. Alguns

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MOSFET são protegidos por diodos Zener internos em paralelo com a porta e a
fonte. Mas eles têm como inconveniente, a diminuição da impedância de entrada
(WENDLING, 2009).

O MOSFET é muito utilizado na fabricação de circuitos integrados de portas


lógicas, registradores e memórias, entre outros. Isto se justifica pelo fato desse
dispositivo dissipar baixíssima potência e, também, por possibilitar a integração em
larga escala (ocupa uma pequena área).

O JFET é formado por três terminais:

 fonte (source) – por onde os elétrons entram;

 dreno (drain) – de onde os elétrons saem;

 porta (gate) – faz o controle da passagem dos elétrons.

O transistor pode ser um dispositivo com canal n (condução por elétrons) ou


com canal p (condução por lacunas). Tudo que for dito sobre o dispositivo com canal
n se aplica ao com canal p com sinais opostos de tensão e corrente.

O princípio de funcionamento do JFET é bem simples. O objetivo é controlar


a corrente iD que circula entre a fonte e o dreno. Isto é feito aplicando-se uma tensão
(negativa) na porta.

Para polarizar um transistor JFET, é necessário saber a função do estágio,


isto é, se o mesmo irá trabalhar como amplificador ou como resistor controlado por
tensão. Como amplificador, a região de trabalho é o trecho da curva, na figura, após
a condição de pinçamento e à esquerda da região de tensão V DS de ruptura. Se for
como resistor controlado por tensão a região de trabalho é entre V DS igual a zero e
antes de atingir a condição de pinçamento (WENDLING, 2009).

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Teste de diodos e transistores

Uma maneira simples para se testar diodos e transistores utilizando um


ohmímetro.

Teste de funcionamento de um diodo com um ohmímetro

1. Encosta-se a ponta de prova negativa no cátodo.

2. Encosta-se a ponta de prova positiva no ânodo.

O ohmímetro deve indicar resistência baixa.

3. Inverte-se as pontas de provas, a resistência deve ser alta.

Teste de funcionamento de um transistor npn com um ohmímetro

1. Encosta-se a ponta de prova negativa na base do transistor.

2. Encosta-se a ponta de prova positiva no coletor do transistor.

O ohmímetro deve indicar resistência alta.

3. Muda-se a ponta de prova positiva para o emissor do transistor

O ohmímetro deve indicar resistência alta.

4. Inverte-se as pontas de provas, isto é, encosta-se a positiva na base e


repete os itens 2 e 3. As resistências devem ser baixas.

Isto é válido para os multímetros digitais. Em geral, nos multímetros


analógicos, a ponta de prova positiva está ligada ao polo negativo da bateria.

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UNIDADE 5 – CIRCUITOS LÓGICOS DIGITAIS

Uma das distinções fundamentais no estudo dos circuitos lógicos (e na


análise de quaisquer sinais derivados das medições físicas) está entre os sinais
analógicos e digitais.

Um sinal analógico é um sinal cujo valor varia em analogia com uma


quantidade física (por exemplo: temperatura, força ou aceleração). Por exemplo,
uma tensão proporcional a uma pressão variável medida ou uma vibração varia
naturalmente de forma analógica.

A Figura abaixo mostra uma função analógica no tempo f(t), na qual


podemos notar de imediato que para cada valor de tempo t, f(t) pode assumir um
valor entre qualquer um dos valores em um determinado intervalo.

Tensão analógica da pressão em um cilindro de uma máquina de combustão interna

Por outro lado, um sinal digital pode ter apenas um número finito de valores.
Essa diferença é extremamente importante. Um exemplo de um sinal digital é um
sinal que permite a exibição de uma medição de temperatura em uma leitura digital.
Vamos admitir por hipótese que a leitura digital é apresentada em três dígitos e pode
mostrar valores de 0 a 100, e vamos supor que o sensor de temperatura está
calibrado corretamente para medir temperaturas de
0 a 100°C. Além disso, a faixa de saída do sensor é
de 0 a 5 V, onde 0V corresponde a 0ºC e 5 V a
100ºC. Portanto, a constante de calibragem do
sensor é:
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Obviamente, a saída do sensor é um sinal analógico; contudo, o mostrador


(display) pode mostrar apenas um número finito de leituras (101, para ser exato). Em
função de o mostrador (display) só poder mostrar um valor de um conjunto de
estados discretos – os inteiros de 0 a 100 –, ele é chamado de mostrador digital
display digital, indicando que a variável mostrada é expressa na forma digital.

Agora, cada temperatura no mostrador corresponde a uma faixa de tensões:


cada dígito no mostrador representa um centésimo da faixa de 5 V do sensor, ou
0,05 V = 50 mV. Logo, o mostrador apresentará 0 se a tensão no sensor estiver
entre 0 e 49 mV, 1 se estiver entre 50 e 99 mV, e assim por diante.

A figura abaixo mostra a relação da função em degraus entre a tensão


analógica a e a leitura digital. Essa quantização (valores discretos) da tensão de
saída o sensor é na verdade uma aproximação. Se desejarmos saber a temperatura
com maior precisão, podemos usar um número maior de dígitos no mostrador
(RIZZONI, 2013).

Representação digital de um sinal analógico

Os sinais digitais mais comuns são os sinais binários. Um sinal binário é um


Sinal que pode ter apenas um dos dois valores discretos e é, portanto, caracterizado
pelas transições entre dois estados.

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Na aritmética binária, os dois valores discretos f1 e f0 são representados,


respectivamente, pelos números 1 e 0. Na forma de onda da tensão binária, esses
valores são representados por dois níveis de tensão.

Enfim, os circuitos lógicos digitais podem operar pela detecção das


transições entre os níveis de tensão. As transições são sempre chamadas de bordas
e podem ser positivas (f0 para f1) ou negativas (f1 para f0). Praticamente todos os
sinais processados por um computador são binários.

5.1 As portas lógicas


As portas lógicas são os componentes básicos da eletrônica digital. Usadas
para criar circuitos digitais e até mesmo circuitos integrados complexos. São
dispositivos que operam um ou mais sinais lógicos de entrada para produzir uma e
somente uma saída.

As portas lógicas são circuitos eletrônicos destinados a executar as


operações lógicas. Estes circuitos eletrônicos, compostos de transistores, diodos,
resistores, etc., são encapsulados na forma de circuito integrado. Cada circuito
integrado pode conter várias portas lógicas, de iguais ou diferentes funções lógicas.

Portas lógicas de mesma função podem ter características elétricas


diferentes, como: corrente de operação, consumo e velocidade de transmissão. Para
a eletrônica digital, os símbolos “0”e “1” da álgebra booleana, são níveis de tensão
elétrica, onde “0” – Equivale ao nível de tensão mais baixo e “1” – Equivale ao nível
de tensão mais alto. Estes níveis lógicos serão os estados lógicos das variáveis
lógicas de entrada e saída dos circuitos lógicos.

Algumas portas lógicas podem possuir mais de duas entradas e alguns


circuitos integrados podem possuir tipos diferentes de portas lógicas no mesmo
encapsulamento.

Conhecida como álgebra de chaveamento, binária, aplicação direta na


eletrônica digital.

Precisamos falar rapidamente das funções lógicas que podem ser tratadas
em termos da tabela verdade que é uma listagem de todos os valores possíveis que
cada variável booleana pode ter e dos valores correspondentes da função desejada.

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As portas AND (multiplicação lógica) e OR (adição lógica) formam a base de


todos os projetos lógicos em conjunto com a porta NOT. Essa porta é
essencialmente um inversor (que pode ser montado usando transistores de efeito de
campo bipolares) e fornece o complemento da variável lógica conectada em sua
entrada. Temos também as portas complementares NAND e NOR, comumente
usadas na prática. Elas formam a base da maioria dos circuitos lógicos práticos.

A porta XOR (OR exclusivo) faz parte da prática comum dos fabricantes de
circuitos integrados. Eles fornecem combinações variadas de circuitos lógicos em
um único encapsulamento (CI).

Observe os esquemas abaixo (todos exemplificados para porta de 2


entradas apenas):

Porta OU (OR)
Representação Algébrica: F = A + B
Ler-se: A função F é equivalente a variável “A” ou “B”

Porta E (AND)
Representação Algébrica: F = A * B
Ler-se: A função F é equivalente a variável “A” e “B”

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Porta Inversora (NOT)


Representação Algébrica: F = A
Ler-se: A função F é equivalente a variável não “A”

Porta Não OU (NOR)


Representação Algébrica: F = A + B
Ler-se: A função F não é equivalente a variável “A1'ou “B”

Porta Não E (NAND)


Representação Algébrica: F = A * D
Ler-se: A função F Não é equivalente a variável “A”e “B”

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Porta OU Exclusivo (XOR)


Representação Algébrica: F = (A* B)-\-(A * B) ou A (+) B
Ler-se: A função F é equivalente ou a variável “A” ou “B”

Porta Não OU Exclusivo (XNOR)


Representação Algébrica: F = (Ã+ B)*(A + B) ou A (*) B
Ler-se: A função F não é equivalente ou a variável “A” ou “B”

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O mapa de Karnaugh é um mapa que descreve todas as combinações


possíveis das variáveis presentes na função lógica que seja de nosso interesse. Ele
nos deixa mais seguros em relação a termos escolhido a implementação mais
eficiente.

5.2 Sistemas digitais


Um sistema digital é um conjunto de funções de chaveamento envolvendo
variáveis binárias e que realizam determinadas tarefas. Os sistemas digitais se
agrupam em duas categorias distintas:

a) Sistemas Digitais Combinacionais ou módulos lógicos combinacionais. E,

b) Sistemas Digitais Sequenciais ou módulos lógicos sequenciais.

Os sistemas combinacionais apresentam em suas saídas, num certo


instante de tempo, valores que dependem exclusivamente dos valores aplicados em
suas entradas nesse exato instante. Os sistemas sequências apresentam em suas
saídas, em um determinado instante, valores que dependem dos valores presentes
nas entradas nesse instante e em instantes anteriores. Por causa dessa propriedade
de memória, os circuitos sequenciais podem armazenar informação; esse recurso
abre uma nova área de aplicação para os circuitos lógicos.

O dispositivo básico de armazenagem de informação em um circuito digital


sequencial é chamado de flip-flop. Existem vários tipos e com as seguintes
características:

 Um flip-flop é um dispositivo biestável; isto é, ele pode permanecer estável em


um dos dois estados (0 ou 1) até que condições apropriadas causem sua
mudança de estado. Pode, então, servir como elemento de memória.

 Um flip-flop tem duas saídas, sendo uma o complemento da outra.

Segundo Filardi (2013), além dessas classificações os flip-flop se agrupam


em algumas famílias, ou tipos como:

1. Set-Reset (SR), possui duas entradas, chamadas de S e R, e duas saídas


Q e Q. O valor em Q é chamado de estado do flip-flop. Se Q = 1, dizemos que o

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dispositivo está no estado 1. Portanto, precisamos definir apenas uma das duas
saídas do flip-flop. As duas entradas R e S são usadas para mudar o estado do flip-
flop, de acordo com as seguintes regras:

Quando R = S = 0, o flip-flop permanece n o estado presente (sempre 1 ou 0);

Quando S = 1 e R = 0, o flip-flop é set (ativado) para o estado 1 (logo, S para set);

Quando S= 0 e R = 1, o flip-flop é reset (desativado) para o estado 0 (logo, R para


reset) .

Não é permitido que as duas entradas R e S tenham os valores iguais a 1 (isso


coresponde a requerer do flip-flop os estados de set e reset ao mesmo tempo)
(RIZZONI, 2013).

2. JK, que funciona de acordo com as seguintes regras:

Quando J = 0 e k = 1, o flip-flop é desativado (reset) para 0;

Quando J = 1 e K = 0, o flip-flop é ativado (set) para 1;

Quando J e K = estão com nível alto, o flip-flop irá alternar entre os estados a cada
transição negativa da entrada de clock, denotada a partir de agora com o símbolo .

3. Tipo T, só executa duas funções, Memorizar e Trocar, como a principal


função é a de Troca, por isto é chamado de flip-flop tipo T (de Troca). Este flip-flop
até é definido como um flip-flop independente, mas, na maioria das vezes é
encontrado sendo implementado por um flip-flop tipo D ou por flip-flop JK.

4. Tipo D (Delay), utiliza dois flip-flops RS. Um clock é conectado à entrada


habilitada de cada flip-flop e como Q1 vê um sinal de clock invertido, a trava é
habilitada quando a forma de onda do clock está em nível baixo. Contudo, visto que
Q2 é desabilitado quando o clock está em nível baixo, a saída do flip-flop D não
mudará para o estado 1 enquanto o clock não for para o nível alto, habilitando a
segunda trava e transferindo o estado de Q1 para Q2.

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UNIDADE 6 – O USO DO CONTROLADOR LÓGICO


PROGRAMÁVEL (CLP)

Os Controladores Lógicos Programáveis (CLP) são dispositivos que


permitem o comando de máquinas e equipamentos de maneira simples e flexível, de
forma a possibilitar alterações rápidas no modo de operá-los, por meio da aplicação
de programas dedicados armazenados em memória EPROM (MAMEDE FILHO,
2012).

Os CLPs podem substituir com grandes vantagens os tradicionais comandos


de máquinas e equipamentos, tais como botoeiras, chaves comutadoras, contatores
e relés.

Existe no mercado uma grande diversidade de CLPs destinados a diferentes


níveis de automação, em conformidade com a complexidade de cada aplicação.

6.1 Composição dos CLPs

Os CLPs são constituídos por um gabinete contendo um determinado


número de cartões, cada um deles desempenhando funções específicas, ou seja:

a) Fontes de alimentação

Os CLPs podem ser alimentados em 110/220 V em corrente alternada ou


em 24 V em corrente contínua, dependendo da seleção feita pelo cliente.

Somente a unidade básica necessita de alimentação. Todas as expansões


são supridas pela unidade básica. Nos bornes de conexão com a rede externa existe
um fusível de característica rápida com corrente nominal entre 1,25 e 2A,
dependendo do tipo de CLP. Em geral, os CLPs de 110/220 V são alimentados por
um circuito monofásico a três condutores: fase, neutro e condutor de proteção
associado à proteção do terra do sinal eletrônico. Essa conexão é feita internamente
ao equipamento.

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b) Entradas e saídas

Os cartões de entrada e saída constituem a interface entre o processador


lógico e os equipamentos periféricos. O cartão do circuito de entrada prepara os
sinais das fontes externas e os envia para a unidade de processamento.

A saída é composta de amplificadores de chaveamento para controle dos


equipamentos periféricos que podem ser constituídos por contatores, bobinas,
lâmpadas de sinalização, etc.

Cada tipo de CLP tem uma determinada quantidade de terminais de entrada


e saída, dependendo da capacidade que se deseja em função da aplicação, sendo
associado a cada terminal um LED, para monitoração do sinal de lógica.

Todos os sinais de saída destinados à comutação de cargas indutivas


dispõem de um dispositivo contra surtos de tensão, podendo ser varistor, diodo, etc.,
protegidos por fusíveis de corrente nominal apropriada.

Em geral, os módulos de entrada e saída dispõem de cartões de expansão


apropriados. A cada terminal de entrada e saída está associado um endereço
utilizado na programação (MAMEDE FILHO, 2012).

c) Temporizadores e contadores

São cartões contendo circuitos elétricos dedicados cujos ajustes são


efetuados por hardware. O número de temporizadores e contadores varia em função
da capacidade do cartão.

Os temporizadores podem ser ajustados desde 10ms até 1.020s, sendo os


ajustes efetuados através de chaves binárias ou potenciômetros externos. Um
programa dedicado gerencia a capacidade do tempo.

A seleção do temporizador é feita através de códigos com base na


codificação dos terminais anteriormente mencionados. A sincronização do tempo,
em geral, é realizada com o GPS on-line.

Os contadores permitem a contagem de eventos entre 0 e 999, e o ajuste é


feito através de três chaves cada uma delas com indicadores numéricos de 0 a 9.

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d) Memórias

Os CLPs são dotados de cartões de memórias utilizados pelos


processadores lógicos para processar os sinais e pelo sistema operacional e
também utilizados para armazenamento dos programas dedicados. Essas memórias
podem ser do tipo EPROM ou RAM protegidas contra ausência de tensão por meio
de baterias específicas com longa vida útil. Em geral, as memórias podem ser assim
classificadas:

i)Memória de trabalho:

É destinada ao armazenamento do programa aplicativo processador lógico


e, em geral, é do tipo RAM, com capacidade e velocidade dependentes do CLP
desejado.

ii)Memória de programa:

É destinada ao armazenamento dos programas em linguagem lógica (LPW-


L) e, em geral, é do tipo EPROM, com capacidade e velocidade dependentes do
CLP desejado.

A memória de programa é composta por um cartão de circuito impresso


provido de conector específico. Para sua gravação é utilizado um gravador de
EPROM.

No apagamento da memória EPROM, devem-se usar lâmpadas ultravioleta


de comprimento de onda de 254 µm a uma distância, inferior a 25 mm do cartão de
memória. O tempo de exposição ao feixe de luz ultravioleta é de 40 minutos para
uma intensidade de 12.000 µW/cm2 até 120 minutos para uma intensidade de 4.000
µW/cm2.

As memórias EPROM suportam atualmente um número muito grande de


apagamentos, além do qual não são mais ativadas.

iii)Memória de sinal

Esta memória é destinada ao sistema operacional e ao armazenamento das


informações dos temporizadores e contadores, entradas e saídas e marcadores

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intermediários. Em geral, é tipo RAM, sendo protegida contra a ausência de energia


por meio de baterias de longa vida útil.

6.2 Unidades terminais remotas (UTR)

São unidades independentes, com a função de coletar dado e executar


comandos dos equipamentos do processo. Os dados coletados podem ser digitais
(ligado/desligado, fechado/aberto, pulsos, acumuladores, etc.) ou analógicos
(medida de tensão, corrente, frequência, ângulo de fase, etc.). Os controles emitidos
pela UTR poderão ser digitais, através de relés, ou analógicos, na forma de um valor
de tensão variável disponível nos terminai da UTR.

As UTRs devem ter capacidade de executar programas de controle local,


independentemente da ativação do Centro de Supervisão e Controle, mas com
possibilidade de intervenção do mesmo, bloqueio ou ativação através de
modificação de pontos definidos na base de dados da UTR. Esses controles locais
devem ser executados de maneira similar aos que ocorrem no CLPs, com os
programas sendo gravados de maneira não volátil, em memória própria da UTR.
Esses programas poderão ser modificados e recarregados na memória da UTR,
utilizando-se as ferramentas normais de configuração da mesma. Os programas
deverão ser escritos e compilados em microcomputadores pessoais e transferidos
através de canal de comunicação sem interrupção das funções de supervisão.

As UTRs devem ser montadas em painéis, em gabinetes metálicos ou em


fibra de vidro (MAMEDE FILHO, 2012).

6.3 Unidades Dedicadas

São equipamentos que desempenham funções específicas junto ao


processo e guardam as mesmas características funcionais da Unidade de Aquisição
de Dados e Controle. Essas unidades aquisitam informações via entrada analógica,
tais como tensão, corrente, ângulo de fase, etc., disponibilizando o resultado do seu
processamento numa saída digital conectada a um circuito de comando de um
equipamento. São conhecidos como Unidades Dedicadas os seguintes dispositivos:

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a) Relés digitais: de sobrecorrente; diferenciais; de distância, multifunção,


etc.

b) Oscilógrafos: equipamentos destinados a registrar as anormalidades


ocorridas nos sistemas elétricos de força, tais como sobre e subtensão,
sobrecorrente, sobre e subfrequência, etc. Esses equipamentos são dotados de
unidades digitais e analógicas para aquisição de informações, disponibilizando o
resultado do seu processamento em tela de monitor, papel, etc.

c) Unidades de intertravamento: são unidades que contêm uma determinada


quantidade de entradas digitais que recebem informações de estado dos
equipamentos, aberto ou fechado, e, de acordo com a lógica do processo para a
qual foram programadas, disponibilizam o resultado dessa lógica num determinado
número de saídas digitais, de tal forma a inibir ou liberar certas funções de comando
de um equipamento (MAMEDE FILHO, 2012).

6.4 Recursos do CLP


Os CLP podem ser empregados para diferentes tipos de aplicação na
indústria. É possível utilizá-las sozinhos ou acoplados a outras unidades. Em
projetos que ocupam extensas áreas, como, por exemplo, esteiras rolantes para
transporte de minério associado ao processo de descarga do material, torna-se
imperativo o uso de vários CLPs operando acoplados para desempenhar
sincronizadamente todo o controle do processo. Neste caso, a automação assume
uma arquitetura descentralizada, dividindo-se a responsabilidade do processo por
várias unidades de CLPs localizadas em diferentes pontos estratégicos da
instalação (MAMEDE FILHO, 2012).

A esta capacidade de comunicação entre CLPs dividindo tarefas, dá-se o


nome de acoplamento. O processo de acoplamento obedece a uma hierarquia
gerenciada por um software dedicado, atribuindo-se aos CLPs de processo a função
de escravo que se acoplam a um CLP de mesma capacidade ou, em geral, de maior
capacidade denominado mestre, ilustrado a seguir.

Assim, se um CLP de processo necessita comunicar-se com outro CLP de


processo, a via de comunicação passa pelo CLP mestre.

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Conforme afirma Mamede Filho (2012), é possível implementar outras


configurações de acoplamento de CLPs, dependendo da solução que se deseja para
processo.

Configuração de acoplamento de CLPs

Fonte: Mamede Filho (2012, p.531).

Dadas as facilidades obtidas com a função de acoplamento, podem-se


utilizar estações remotas, a uma distância de até 1.000 m, sem empregar qualquer
tipo de modem. Com o uso do modem, não há limite de distância. Além disso, o
acoplamento permite implementar uma arquitetura de sistema funcional e
fisicamente distribuída.

Dentre algumas facilidades obtidas com o uso dos CLPs, temos:

a) Microprocessamento:

Corresponde à função de que os CLPs são dotados e destina-se a realizar


operações aritméticas comuns e transmitir e armazenar informações. Compreende-
se por operações aritméticas comuns os processos de soma, subtração,
multiplicação, divisão, comparação e totalização. Já o processo de transmissão e

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armazenamento de informações torna-se um recurso poderoso na automação de


sistemas industriais.

b) Sinalização:

A função de sinalização permite o CLP monitorar uma determinada


quantidade de eventos, a depender do tipo utilizado.

Através de programas dedicados, a função de sinalização está associada a


um anunciador de alarmes com retenção de eventos, permitindo identificar a origem
de uma sequência de eventos e facilitando as correções necessárias para as
ocorrências.

c) Controle de malha:

Existem dois tipos de controle de malha nos processos de produção:

c.1) Controle de malha aberta

É empregado nos processos de produção nos quais não se faz necessário


comparar a variável controlada com um valor de referência pré-ajustado. Como
exemplo, deseja-se identificar, num processo de verificação automática de
engarrafamento de bebida, a presença de alguma garrafa vazia após o processo de
enchimento.

A condição assumida é sim ou não. É uma variável do tipo digital. Neste


caso, a verificação da qualidade de enchimento da garrafa, isto é, se ela está 50, 60
ou 100% completa, é feita em outra etapa da linha de produção.

c.2) Controle de malha fechada

É empregado nos processos de produção nos quais a variável de controle é


constantemente comparada com um valor de referência pré-ajustado. Neste caso,
há uma correspondência biunívoca entre a variável controlada e o sistema de
controle. Retomando ao exemplo anterior, pode-se concluir que o processo de
verificação da percentagem de enchimento da garrafa caracteriza-se como um
processo de controle de malha fechada.

O controle de malha fechada implica a utilização de interfaces de sinais


analógicos ou conversores analógicos/digitais e digitais/analógicos.

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Para caracterizar melhor esse processo, pode-se dividi-lo em dois tipos


básicos:

i) Controle de malha fechada em máquinas operatrizes:

Certas máquinas operatrizes são dotadas de dispositivos de alta


sensibilidade para controle dimensional do produto, fazendo as correções
necessárias, de forma a manter dentro de uma faixa de precisão predefinida as
dimensões do produto final. Como exemplo pode-se citar o caso de máquinas
retificadoras.

ii) Controle de malha fechada em processo

É de largo uso nos sistemas de automação industrial integrado, em que um


certo número de sensores posicionados ao longo do processo realimentam o
sistema de controle através de sinais analógicos transformados em variáveis
controladas. Esses sinais são permanentemente comparados com um padrão de
referência, gerando um sinal de desvio que atua sobre os dispositivos de controle do
processo, reconduzindo as variáveis controladas aos valores predefinidos,
estabelecendo-se, assim, um controle em malha fechada.

d) Aquisição e processamento dos valores medidos:

Em diferentes etapas de um processo de produção, é necessário aquisitar


valores de temperatura, pressão, vazão, ruído, vibração, umidade, nível, tensão,
corrente, etc. Através de programas dedicados e utilizando-se interfaces seriais
analógicas, podem ser aquisitadas todas as grandezas mencionadas após o que são
processadas e comparadas com valores de referência, gerando sinais de comando,
intertravamento, contagem, temporização, sinalização, etc. A aquisição dessas
grandezas é feita através de sensores específicos, tais como termômetros,
pressostatos, etc.

e) Sincronização:

Dois ou mais CLPs podem ser conectados através de suas entradas e


saídas e, sob a gerência de um programa dedicado, sincronizados por software.

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f) Relatórios:

Sempre que há um evento no processo, resulta em uma mensagem que é


armazenada em memória permanente, tendo cada mensagem um número definido
de caracteres.

Para obter as informações desejadas relativas aos eventos, pode-se fazer


uso de um programa dedicado que emite um relatório das mensagens gravadas.
Essas mensagens podem ser transmitidas através de uma interface serial RS232 a
um periférico qualquer, que pode ser uma impressora, um gravador de CD,
etc.(MAMEDE FILHO, 2012).

6.5 Instalação do CLP


É de se constatar como parte fundamental de qualquer projeto de
automação industrial, a escolha do controlador lógico programável. Para fazer a
escolha correta, Prudente (2011) considera importante os seguintes pontos:

 número e tipo de sinal que se deve elaborar, ou seja, o número dos


input/output I/O digitais ou analógicos necessários para realizar a automação.
É aconselhável escolher placas I/O com 20% de pontos I/O a mais do que
aquele de que realmente se precisa, para o caso de eventuais ampliações
futuras;

 disponibilidade de módulos especiais – módulos de contagem veloz, controle


eixo, módulos para a conexão em rede com outros CLP ou Pc;

 quantidade de memória disponível (KWords disponível) e a possibilidade de


eventuais expansões;

 o scan do CLP, para uma velocidade suficientemente elevada para o tipo de


automação que se deve realizar;

 um aspecto frequentemente omitido, porém importante, é a assistência


técnica. Pode ocorrer a necessidade de se consultar técnicos especializados
da empresa fabricante do controlador programável;

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 a possibilidade de programar o controlador com vários tipos de linguagens de


programação. Porém, em relação à preparação técnica do pessoal da
empresa, deve ser lembrado que cursos e aprimoramentos têm custo para
qualquer empresa;

 o custo ligado à parada da máquina em caso de defeito do equipamento


elétrico. A reposição do equipamento em tempo útil é um fator fundamental.

6.5.1 Normas para a Instalação dos CLPs nos Quadros Elétricos

Um controlador programável é constituído de uma parte hardware e de uma


parte software que executam diversos procedimentos de instalação e manutenção.
Para pôr em funcionamento o CLP, visando garantir um funcionamento correto, já
contando que a segurança da instalação e do pessoal é fator determinante, é
necessário considerar também outros aspectos:

 a correta instalação, a proteção contra o distúrbio de natureza elétrica e, por


fim, o ambiente com suas características críticas (temperatura, pressão,
umidade);

 antes da instalação, é importante ler, no manual do controlador, as instruções


de montagem;

 o controlador é geralmente colocado em um quadro elétrico que normalmente


se encontra junto a outros aparelhos eletrônicos, tais como relé, contator,
conversor de frequência, etc., pertencentes a circuitos de comando e de
potência;

 o instalador qualificado deve estar atento à instalação de uma máquina


industrial, observando a indicação fornecida pelas normas IEC 60204-1
(Segurança do maquinário, equipamento elétrico das máquinas. Parte 1:
regras gerais).

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6.5.2 Cablagem dos Condutores nos Quadros Elétricos para Automação


Industrial

Nesse caso é preciso distinguir os condutores dos circuitos de sinal, que são
geralmente sinais elétricos de alta sensibilidade, os circuitos de alimentação à baixa
tensão e de alimentação de potência.

Resulta indispensável, como é aconselhado pelos manuais de instalação


dos PLCs, em particular Siemens e Omron, subdividir os vários condutores em
grupos:

 Grupo 1 (circuito de sinal)

- Condutores blindados para transmissão de dados ou entrada a alta


velocidade (tipo encoders).

- Condutores blindados para sinais analógicos.

- Condutores não blindados para tensão contínua e alternada com valores


menores ou iguais a 60 V.

- Condutores blindados para tensão contínua e alternada com valores


menores ou iguais de 230 V.

 Grupo 2 (circuito de baixa tensão)

Condutores não blindados para tensão contínua e alternada maior de 60 V e


menor ou igual a 230.

 Grupo 3 (circuito de potência)

- Condutores não blindados para tensão contínua e alternada com valores


maiores ou iguais a 230 V ou menores ou iguais a 1 kV.

Esses grupos de condutores devem ser dispostos separadamente no quadro


elétrico, utilizando-se canaletas rigidamente separadas.

Os manuais técnicos indicam a distância mínima para o cabeamento externo


dos cabos elétricos de potência. Essa distância serve para salvaguardar o CLP de
distúrbios elétricos e magnéticos (PRUDENTE, 2012, p.216).

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A figura a seguir indica a distância mínima do CLP para as canaletas do


cabeamento externo:

Fonte: PRUDENTE (2012, p. 217).

Analisando a figura abaixo temos dois tipos de instalações com canaletas


metálicas: à esquerda, uma canalização separada e paralela, e à direita, uma
canalização comum e horizontal, com a distância aconselhada pelos fabricantes de
equipamentos industriais.

Notamos como as canaletas são rigidamente subdivididas nos 3 grupos de


condutores descritos anteriormente. Lembramos que os circuitos de sinal (cabos de
entrada do PLC, cabos para ligação com transdutores, cabos para sinal analógico)
podem sofrer, em qualquer momento, influência eletromagnética externa devido,
normalmente, aos cabos de potência (de força motriz) para a ligação de motores,
circuitos de aquecimento e outros equipamentos industriais.

Fonte: PRUDENTE (2012, p. 217).

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Resumindo, nos grandes quadros elétricos industriais de comando e controle


é aconselhável separar completamente a seção de potência da seção de comando.
Essa separação pode ser feita com quadros elétricos a coluna múltipla ou a gaveta.
Cada compartimento, a coluna ou a gaveta, é rigidamente separado da seção de
potência e de comando (PRUDENTE, 2012).

Em caso de CLP com saídas a relé em corrente alternada AC ligadas a


longa distância com bobinas de contatores ocorre um fenômeno indesejado
chamado fenômeno capacitivo. Esse fenômeno ocorre com os cabos elétricos que
ligam o CLP e os contatores a longa distância. De fato, uma bobina poderia
permanecer no estado de energização depois de um comando de reset ou se
energizar sem nenhum comando de um operador, gerando, assim, sérios problemas
ligados à segurança.

Os manuais técnicos fornecem tabelas do comprimento máximo dos cabos


para evitar esses problemas.

Algumas condições ambientais devem ser garantidas para que o controlador


opere de modo correto. Devem ser garantidas as condições ligadas a temperatura,
umidade e outros parâmetros. É indispensável então consultar o manual de
instalação de cada CLP.

Na montagem das CPUs e módulos de expansões, seja na montagem


horizontal ou na vertical, é preciso respeitar algumas distâncias mínimas entre os
componentes, a fim de garantir um correto esfriamento do equipamento eletrônico.

O melhor modo para o aterramento de um controlador programável é


garantir que todas as conexões comuns do CLP e dos equipamentos a ele ligados
sejam conectadas a um único ponto de massa. Esse ponto é conectado diretamente
do ponto de terra ao sistema. Em cada caso, deve-se consultar o manual de
instalação do controlador.

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6.5.3 Comportamento do Controlador em Caso de Falta de Energia Elétrica

O CLP normalmente é dotado de um circuito para desligar seu


funcionamento se o seu nível de tensão abaixa em 85% do valor normal. Nesse
caso, todas as saídas são desligadas automaticamente.

O controlador programável ativa novamente o seu funcionamento no


momento que a alimentação volta a ser maior que 85% do valor normal (partida a
quente).

Em caso de partida a quente, cada controlador programável tem um


procedimento diferente no sistema operacional. No caso de falta temporária
(microinterrupção), o CLP se comporta de diversos modos dependendo do tempo
(milissegundos) de interrupção da tensão elétrica. Também nesse caso, a consulta
ao manual de sistema é indispensável.

6.5.4 Segurança na Fase de Instalação

Em geral, o CLP não pode ser usado para funções de segurança e


emergência.

Para máquinas que requerem dispositivos de segurança com botão de


emergência, é necessário projetar circuitos em lógica cabeada eletromecânica
totalmente independente do CLP. O controlador pode ser utilizado para:

- sinalizar ao operador qual dispositivo de segurança causou a parada;

- sinalizar a possibilidade de reencaminhar a máquina, uma vez acabado o


período de emergência.

A parada e a parada de emergência são de relevante importância para os


equipamentos elétricos quando diretamente ligados ao uso do controlador
programável (PRUDENTE, 2012).

6.5.5 Interface com a Rede Elétrica e com os Dispositivos de I/O

Os esquemas elétricos que falaremos se referem à ligação com a rede


elétrica e com os dispositivos I/O de um CLP genérico, considerando o controlador
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programável inserido em um quadro elétrico a bordo de uma máquina submetido à


prescrição da norma IEC 60204-1.

a) Transformadores e fonte de alimentação:

Qualquer que seja a tensão de funcionamento de um quadro elétrico, é


sempre preferível um transformador com tensão primária monofásica a 400V AC.
Para o secundário é aconselhável ter dois enrolamentos separados com tensão
geralmente de 24 V AC e 230 V AC para a alimentação dos circuitos auxiliares e do
controlador programável.

Não é aconselhável um transformador trifásico com enrolamentos


secundários, ligado à estrela com neutro (centro estrela) porque a norma IEC 60204-
1 veta o seu uso.

De fato, concorda Prudente (2012), o uso de um transformador com


enrolamentos secundários separados limita um eventual aumento da tensão em
linha. Essa instabilidade se manifesta com maior frequência entre as fases e o fio
neutro e se manifesta com menor frequência entre fase e fase.

b) Alimentação das entradas:

Para a alimentação das entradas deve-se considerar uma absorção média


para cada entrada de 10-15mA e calcular a máxima quantidade de entradas que
possam ser ativas simultaneamente.

Para os CLPs com poucas entradas, é suficiente utilizar a alimentação


interna do CLP, que fornece geralmente 200-250 mA. Se as entradas precisam de
uma corrente maior, ocorre uma fonte de alimentação externa.

c) Alimentação das saídas:

A tensão das saídas geralmente é padronizada. Para circuitos auxiliares


temos em corrente alternada: 24 V, 110 V, 220 V. Para quadros elétricos de
pequeno tamanho, é possível utilizar bobinas a 220 V, assim se evita o uso do
transformador. Para o dimensionamento do transformador, é preciso calcular a soma
das potências absorvidas pelos relés e contatores.

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Normalmente não se têm problemas de conexão das entradas dos CLPs


com sensores dotados de chaves eletromecânicas do tipo relé. Já os sensores do
tipo discreto (sensores de proximidade, fotocélulas e outros dispositivos) requerem
uma particular atenção. De fato, os sensores discretos têm saídas geralmente a
transistor

Existem no comércio dois tipos de sensores com saída estática:

- o do tipo PNP atua na saída com transistor do tipo PNP; o do tipo NPN
atua na saída com transistor do tipo NPN.

Sem entrar em detalhes, com a lógica PNP, temos na saída do sensor um


estado lógico “1” correspondente a um sinal positivo versus massa, geralmente
+5V,+10V,+24V em corrente contínua.

Com a lógica NPN, temos na saída do sensor um estado lógico “I”


correspondente a um sinal negativo versus massa, geralmente -5 V, -10 V, -24 V em
corrente contínua. O tipo de sensor PNP ou NPN que conectaremos na entrada do
PLC depende do tipo de placas de entradas do CLP usado, que deverá ter a mesma
polaridade.

Em poucas palavras, um sensor do tipo PNP, ligado nas entradas de um


CLP, deve ter a placa do tipo PNP, ou seja, de mesma polaridade; assim como um
sensor do tipo NPN ligado nas entradas de um CLP deve ter uma placa do tipo NPN.

Geralmente os fabricantes japoneses de CLPs utilizam placas de entrada do


tipo NPN. Já os fabricantes de CLPs europeus usam placas de entrada do tipo PNP.
É claro que nos manuais técnicos das placas deverá estar indicada a polaridade
NPN ou PNP.

6.5.6 Manutenção e Pesquisa dos Defeitos

É recomendável efetuar uma manutenção ordinária a cada 6 meses e no


máximo a cada ano para qualquer dispositivo ou equipamento industrial. A filosofia
de base de qualquer intervenção em caso de defeito é a de isolar a parte defeituosa
com a substituição do módulo defeituoso o mais rápido possível para diminuir o
tempo de parada de máquina (PRUDENTE, 2012).

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Procura-se compreender a causa dos defeitos por meio das funções de


autodiagnóstico presentes em qualquer controlador programável. Com o
autodiagnóstico, é possível uma redução considerável do tempo de parada de
máquina.

Identificamos 3 tipos de falhas muito comuns na CPU:

A) Falha de inicialização – provoca uma mensagem na unidade de


programação durante a fase do autodiagnóstico sinalizada por meio de LEDs. Os
manuais de sistema fornecem as indicações do significado do estado dos LEDs
relativas a essa condição de falha.

B) Falha fatal – provoca uma parada imediata da CPU, e todas as saídas


são automaticamente desligadas.

C) Falha não fatal (alarm) – provoca um alarme, porém o programa é


executado normalmente. O operador rapidamente deverá eliminar a causa do
alarme. Se é um alarme “a tempo”, a remoção deve acontecer muito rapidamente
para evitar a parada da CPU. Em todo caso, a consulta ao manual de sistema
resulta sempre indispensável.

Estamos longe de esgotarmos todas as possibilidades oferecidas pela


Eletrônica, mas o que pensávamos ser futuro já é nosso presente. Esperamos que
as breves informações os levem a outros aprofundamentos e que utilizem os
recursos e instrumentos que a ciência e a engenharia nos oferecem da melhor
maneira possível.

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REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS BÁSICAS

FOWLER, Richard. Fundamentos de eletricidade: corrente alternada e instrumentos


de medição. Volume 2. Porto Alegre: McGraw Hill, 2012.

MALVINO, Albert; BATES, David J. Eletrônica. Volume 1. Porto Alegre: McGraw Hill,
2008.

RIZZONI, Giorgio. Fundamentos de Engenharia Elétrica. Tradução Nestor Dias de


Oliveira Volpini, Romeu Abdo. Porto Alegre: Bookman, 2013.

REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES

BADIN, Alceu André. Introdução a tiristores (2013). Disponível em:


http://pessoal.utfpr.edu.br/badin/arquivos/Introducao_a_tiristores.pdf

CAPUANO, Francisco Gabriel; IDOETA, Ivan Valeije. Elementos de eletrônica digital.


4 ed. São Paulo: Érica, 2012.

FILARDI, Vitor Leão. Apostila de eletrônica Digital (2013). Faculdade de Ciência e


Tecnologia. Disponível em:
http://www.poli.br/~marcilio/Sistemas%20Digitais/1o%20Exercicio/Apostila%20compl
eta%20de%20eletronica%20digital..pdf

OLYMPIKUS BRASIL. Eletrônica. Departamento de Eletro eletrônica. Disponível


em>
http://www.dirsom.com.br/index_htm_files/Apostila%20de%20Eletronica%20Basica.p
df

PAULA, Marco Antônio Busetti; SANTOS, Eduardo Alves Portela. Uma abordagem
metodológica para o desenvolvimento de sistemas automatizados e integrados de
manufatura. Produção, v. 18, n. 1, p. 008-025, Jan./Abr. 2008.

PRUDENTE, Francesco. Automação industrial. PLC: programação e instalação. Rio


de Janeiro: LTC, 2011.

SAY, M. G. Eletricidade geral: dispositivos e aplicações. 13 ed. Curitiba: Hemus,


2004.

SENAI. Eletrônica geral. Disponível em:


http://www.poli.br/~marcilio/Eletronica%201/SENAI%20-
%20Eletronica%20Geral.PDF

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SENAI/CST. Instrumentação: eletrônica geral. Programa de certificação de pessoal


de manutenção. Vitória (ES): SENAI, 2000.

TOKHEIM, Roger. Fundamentos de eletrônica digital: sistemas combinacionais.


Volume 1. 7 ed. Porto Alegre: McGraw Hill, 2013.

TOKHEIM, Roger. Fundamentos de eletrônica digital: sistemas sequenciais. Volume


2. Porto Alegre: McGraw Hill, 2013.

UNICAMP. Eletrônica de potência. Módulo 2. Tiristores e retificadores controlados.


(2010). Campinas: UNICAMP, Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação.
Disponível em: http://www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/pdffiles/ee833/Modulo2.pdf

WENDLING, Marcelo. Transistores digitais II. (2009). Disponível em:


http://www2.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/1---
transistores-ii---v1.0.pdf

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ANEXOS

A terminologia apresentada abaixo é normalmente utilizada com


Controladores Programáveis.

ACOPLADOR ÓPTICO – dispositivo que acopla os sinais de um circuito


eletrônico a um outro através de radiação eletromagnética (luz).

ALFANUMÉRICO – informações que consiste em caracteres alfabéticos,


numéricos ou especiais.

ALGORITMO – um procedimento passo a passo para resolver um problema,


às vezes usado com relação a um programa de software.

AND ou E – operação que gera um “1” lógico se e somente se todas as


entradas forem “1”. Na programação em diagramas de contatos, representa-se a
operação E como um circuito em série.

ASSÍNCRONO – não ligado a um clock (funciona fora das restrições do


clock da CPU).

AUTODIAGNÓSTICO – o hardware e firmware dentro de um controlador,


permitem que ele monitore seu próprio estado e indique qualquer falha que possa
ocorrer dentro dele.

BAUD RATE – uma medida de comunicação de transmissão serial de


dados. É o número de bits transmitidos por segundo, incluindo bits de “partida” e
“parada”.

BACKUP – fonte de energia adicional cuja finalidade é reter as informações


contidas em memórias voláteis (RAM), em caso de falha na alimentação do CP.

BCD – valor decimal codificado em binário. Um sistema de codificação em


que cada dígito decimal de 0 a 9 é representado por quatro dígitos binários (bits).

BINÁRIO – um sistema de numeração que usa somente os algarismos “0” e


“1”. Também chamado base “2”.

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BIT – um dígito binário; o menor elemento de dados digitais que pode ter o
valor “0”ou “1”.

BIT DE PARIDADE – um bit adicional acrescentado a uma palavra de


memória para tornar a soma do número de “1” em palavra de paridade par ou ímpar.

BUFFER – registro para armazenamento temporário de dados que pode


permitir que os dados saiam em tempos ou taxas diferentes dos dados de entrada.

BURN – operar um dispositivo a uma temperatura elevada para aumentar a


probabilidade de que qualquer defeito do dispositivo cause uma falha. Utiliza-se no
controle de qualidade de equipamentos eletrônicos.

BUS – grupo de linhas para transmissão ou recepção de um grupo de bits


associados para transferência ou controle de dados.

BYTE – um grupo de 8 dígitos binários (bits) operados como uma unidade.

CANAL DE E/S – é um único circuito de entrada ou saída de uma unidade


de E/S. Cada dispositivo de entrada ou saída do usuário é conectado a um canal de
E/S.

CAPACIDADE ARITMÉTICA – a capacidade de executar operações


aritméticas com o processador.

CARACTERE – um símbolo de um conjunto de símbolos elementares, tais


como uma letra do alfabeto ou um número decimal. Os caracteres podem ser
expressos em muitos códigos binários.

CHAVE THUMBWHEEL – uma chave numérica rotativa, usada para


introduzir informações numéricas em um controlador.

CHECKSUM (verificação de soma) – faz a autodiagnose de toda memória


do sistema.

CLOCK – sinal básico para marcar o tempo. Os pulsos de clock são gerados
periodicamente através do sistema e são usados para sincronizar a operação do
equipamento.

CÓDIGO ASCII (Código Padrão de Intercâmbio de Informações) – código


Padrão usado em transmissão de dados, em que cada um dos 128 números, letras,

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símbolos e códigos de controle especiais, representado por um número binário de 7


bits.

CÓDIGOS MNEMÓNICOS – nomes simbólicos para instruções, registros,


endereços, etc.

COMPLEMENTO – mudança de “1” para “0” e “0” para “1”.

CONTATO – uma das partes que transmitem corrente de um relê chave ou


um conector que são acoplados ou deslocados para abrir ou fechar circuitos
elétricos.

CONTATO NORMALMENTE ABERTO – um par de contatos que fica aberto


quando a bobina de um relê não estiver energizada.

CONTROLE DISTRIBUÍDO – um sistema de divisão de controle do processo


ou da fábrica em diversas áreas de responsabilidade, cada uma administrada pelo
seu próprio Controlador Programável, estando o conjunto todo interconectado
através de bus de comunicação.

CONVERSOR DIGITAL/ANALÓGICO (D/A) – dispositivo para converter uma


palavra digital em sinal de tensão ou corrente analógica equivalente.

CP – abreviação de Controlador Programável.

CPU (Unidade Central de Processamento) – a parte de um Controlador


programável que controla a interpretação e execução de instruções.

DIAGRAMA DE CONTATOS – um diagrama que mostra os símbolos dos


componentes reais e a configuração básica de fiação de um circuito lógico a relê.

DIAGRAMA LÓGICO – um desenho que representa graficamente as


funções lógicas E, OU, NÃO, etc.

DIGITAL – uma referência para representação de dados por sinais discretos,


como a presença ou ausência de um nível de sinal para indicar “1” ou “0” (dados
binários). É também um tipo de alfanuméricos discretos e de forma completa.

DIGITO SIGNIFICATIVO – um dígito que contribui para a precisão de um


número.

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DISQUETE – placa circular fina e flexível de Mylar com uma superfície de


óxido magnético na qual os dados são gravados em trilhas e da qual se pode ler os
dados.

DISPLAY DE SETE SEGMENTOS - um formato de display que consiste em


sete barras dispostas de forma tal que cada dígito de 0 a 9 pode ser mostrado
energizando-se duas ou mais barras.

DISPOSITIVO DIGITAL – um dispositivo eletrônico que processa os sinais


elétricos que tem apenas dois estados, como ligado ou desligado, tensões alta ou
baixa.

DISPOSITIVO DE SAÍDA – dispositivos como solenóides, partidas elétricas,


lâmpada, etc., que recebem dados do Controlador Programável.

DOCUMENTAÇÃO – uma coleção ordenada de dados gravados sobre


hardware e software, tais como: esquemas, listagens, diagramas, etc., para oferecer
informações de referência para aplicação, operação e manutenção do CP.

E/S (“1/0”) – abreviação de entrada/saída (input/output).

EDITAR – modificar deliberadamente o programa armazenado do usuário.

EEPROM ou E2PROM – memória apenas de leitura, programável, não


volátil, que pode ser apagada eletricamente e reprogramada.

EPROM – memória apenas de leitura, programável, não volátil, que pode ser
apagada através de exposição da memória a uma fonte de luz ultravioleta e
reprogramada.

EQUIPAMENTO PERIFÉRICO – equipamentos que podem se comunicar


com o CP. Exemplo: Terminal de vídeo, microcomputador, impressora, gravador k-7,
unidade de programação, etc.

EXECUÇÃO – a realização de uma operação específica, tal como sena


realizada através do processamento de uma instrução, de uma série de instruções
ou de um programa completo.

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EXCLUSIVE OR ou “OU EXCLUSIVO” (XOR) – operação lógica entre dois


dígitos binários que gera um resultado “1” se é somente se um dos dois dígitos tiver
o valor “1” e, caso contrário, gera um resultado “O”.

FIRMWARE – software que foi tomado parte do hardware e transparente


para o usuário. Ex.: colocando-se o mesmo na ROM.

FORÇAMENTO DE E/S – o processo de ultrapassar o estado verdadeiro de


uma entrada ou saída. Essas funções normalmente é usada como uma ferramenta
na depuração durante a partida (startup) do CP.

HAND SHAKING – comunicação nos dois sentidos entre dois dispositivos


para efetuar uma transparência de dados (isto é entre dois CP's).

HARDWARE – os dispositivos mecânicos, elétricos e eletrônicos que


compõem um CP e os componentes aplicativos.

INSTRUÇÃO – um comando que fará um CP executar uma certa operação


prescrita.

INTERFACE – unidade para conectar um CP aos dispositivos de aplicação


do usuário.

ISOLAMENTO ELÉTRICO DE E/S – separação dos circuitos de campo dos


circuitos de nível lógico do CP, normalmente feito com isolamento óptico.

JUMP – mudança na sequência da execução das instruções do programa,


alterando o contador do programa.

LCD (Display de cristal líquido) – um display que consiste basicamente de


um cristal líquido hermeticamente vedado entre duas placas de vidro.

LINGUAGEM DE ALTO NÍVEL – linguagem poderosa orientada para o


usuário, tal como uma linguagem compiladora ou interpretador altamente capaz. Ex.:
Fortran, BASIC, C, Pascal, etc. LINGUAGEM – um conjunto de símbolos e regras
para representar e comunicar Informações (dados) entre as pessoas, ou entre
pessoas e máquinas.

LINGUAGEM – uma documentação impressa, tal como uma linguagem de


contatos, lista de instrução, ou outro tipo de material impresso pelo programa.

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LOCALIZAÇÃO (ÁREA) – em relação a memória, em uma posição de


armazenamento ou registro especificado por um endereço.

LÓGICA – um processo de resolver problemas complicados através do uso


repetido de funções simples que definem conceitos básicos. Três funções lógicas
básicas são: E, OU e NÃO.

LÓGICA COMBINACIONAL – circuito em que as saídas digitais dependem


da combinação das entradas.

LOOP DE CORRENTE OU ELO DE CORRENTE – uma interface de


transmissão/recepção a dois fios na qual a presença de um nível de corrente de 20
mA indica dados (“1”) e sua ausência indica nenhum dado (“0”).

MARCADOR – saída interna do CP que não é usada para acionar


diretamente um dispositivo externo. Cada marcador é identificado por um único
endereço atribuído pelo usuário. Também conhecido como bobina interna ou fiag.

MEMÓRIA – memória é um agrupamento de elementos de circuito que tem


capacidade de armazenamento e recuperação. Ela fornece localizações para
armazenamento temporário ou permanente de dados digitais.

MEMÓRIA DE DADOS ou MEMÓRIA DE RASCUNHO – uma memória de


alta velocidade usada pela CPU para armazenar temporariamente uma pequena
quantidade de dados de forma que os dados possam ser recuperados rapidamente
quando necessário.

MEMÓRIA NÃO VOLÁTIL – uma memória cujos dados armazenados não se


apagam pela interrupção de energia durante a operação.

MEMÓRIA VOLÁTIL – uma memória cujo conteúdo se perde


irrecuperavelmente quando acaba a energia de operação.

MICROCONTROLADORES – um pacote de lógica eletrônica digital, em


geral em uma única pastilha (chip), capaz de efetuar a execução da instrução,
controle e processamento de dados associados com a CPU do CP.

NIBBLE - Grupo de 4 dígitos binários (bits).

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NÍVEL LÓGICO – a grandeza de tensão associada com pulsos de sinal que


representam os uns ou zeros (“1” e “0”).

NOR ou “NÃO OU” – operação lógica que gera “1” se e somente se todas as
entradas forem “0” (falsas). Uma operação OU negada.

NOT OU “NÃO” – operação lógica que gera “1” se e somente se a entrada


for “0” e gera “0” se a entrada for “1”.

NVRAM (Memória de Acesso Aleatório Não Volátil) – um tipo especial de


memória RAM que não perde seu conteúdo devido a perda de alimentação. Não é
preciso bateria com esse tipo de memória.

OPERAÇÃO SERIAL – tipo de transferência de informação pelo qual os bits


são manipulados sequencialmente e não simultaneamente como ocorre em uma
operação paralela.

OPERAÇÃO ON-LINE – operação em que o CP está controlando


diretamente a máquina ou processo na fase de edição e depuração do programa.

OPERAÇÃO PARALELA – tipo de transferência de informações em que


todos os dígitos de uma palavra são manipulados simultaneamente.

OPERAÇÕES BOOLEANAS – operações lógicas tais como E, OU. NÃO, ou


EXCLUSIVO (baseado em lógica de dois estados, “1” ou “0”).

OR ou “OU” – operação lógica que gera “1” se qualquer uma das entradas
for “1” (verdadeira).

PALAVRA BINÁRIA – um agrupamento de uns e zeros que tem significado


por posição, ou valor numérico no sistema binário de números. Ex.: 10010011 é uma
palavra binária de oito bits.

PALAVRA – o número de bits necessários para representar uma instrução


do CP, ou o número de bits necessários para representar o maior elemento de
dados processados pelo CP.

PROCESSAMENTO DISTRIBUÍDO – o fornecimento de responsabilidades a


diversos processadores que trabalham dentro de um mesmo sistema, e que operam

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ou mesmo nível de responsabilidade de controle ou como parte de um esquema


hierárquico de controle.

PROGRAMA – uma sequência de instruções a serem executadas pelo


processador para controlar uma máquina ou processo.

PROGRAMA DE DIAGNÓSTICO – programa especial para verificar a


operação adequada do CP.

PROGRAMADOR – um dispositivo para inserir, monitorar, editar um


programa ou parametrizar dados em um CP.

RAM (Memória de Acesso Randômico) – memória de leitura/escrita.

RECONHECIMENTO (ACKNOWLEDGE) – sinal de controle para indicar a


aceitação de dados de um processo de E/S. Este sinal pode ser feito via Software ou
Hardware.

REGISTRADOR DE DESLOCAMENTO – memória de armazenamento


temporário na qual os dados de informação são deslocados uma ou mais posições
de maneira contínua.

REGISTRADOR DE DESLOCAMENTO ASSÍNCRONO – um registrador de


deslocamento que não exige clock. Os segmentos de registrador são carregados e
deslocados somente na entrada de dados.

REGISTRO – um dispositivo de armazenamento para armazenar


temporariamente um grupo de bits.

RELÊ – um dispositivo operado eletricamente que comuta mecanicamente


circuitos elétricos.

ROM – memória apenas de leitura. Uma memória em que a informação é


armazenada permanentemente durante sua fabricação.

RS-232C – uma norma para a transmissão de dados através de um par de


fios trançados; ela define atribuições de pinos, níveis de sinal, etc.

SAÍDA – informação transferida do CP através dos módulos de saída para


controlar dispositivos de saída.

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SIMBOLOGIA DE CONTATO – também conhecida como de escada, ela


expressa a lógica do controlador, programada pelo usuário.

SOFTWARE – programas de instruções, incluindo os programas


operacionais do sistema (executivos) e programas introduzidos na memória pelo
usuário (aplicativos).

SOFTWARE APLICATIVO – programa desenvolvido pelo usuário o qual é


responsável pelas operações e controle da máquina e/ou processo. Este programa
normalmente é armazenado em memória não volátil e está disponível ao usuário
para modificações.

SOFTWARE OPERACIONAL ou SISTEMA OPERACIONAL – programa


responsável pelo gerenciamento das funções internas de controle de um CP. Este
programa é armazenado em memória não volátil e não está disponível ao usuário.

TEMPO DE EXECUÇÃO – o tempo total exigido para a execução de uma


operação específica.

TEMPO DE VARREDURA – o tempo necessário para executar


completamente o programa do CP uma vez, incluindo atualização de E/S.

UNIDADES DE ENTRADA/SAÍDA – interface entre o processador do CP e


os dispositivos externos conectados pelo usuário para comunicação de dados de
entrada e saída do processador.

UNIDADE LÓGICA ARITMÉTICA – circuito para combinar operados e


operadores a fim de executar, por exemplo: adição, subtração, divisão,
multiplicação, operações lógicas, deslocamento e complementação.

VARREDURA DE E/S – o tempo necessário para que o processador do CP


monitore todas as entradas e controle todas as saídas.

VARREDURA DE PROGRAMA – o tempo necessário para que o


processador execute uma vez todas as instruções no programa.

WATCHDOG – uma combinação de Hardware e Software que age como um


esquema de intertravamento, desligando as saídas do CP do processo, na hipótese
de um mal funcionamento do sistema.

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