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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS


FACULDADE DE ENGENHARIA
ELETÔNICA I

RELATÓRIO – PRÁTICA 02
DIODOS
Introdução Teórica

O diodo é um componente eletrônico de dois terminais, que conduz corrente elétrica


preferivelmente em um só sentido, bloqueando a sua passagem no sentido oposto, estes tem grande
aplicação em circuitos eletrônicos. Seu nome representa “dois eletrodos”.

Esse componente tem seu funcionamento semelhante ao de uma chave podendo estar aberta ou
fechada assim como veremos adiante. Para entendermos seu funcionamento, temos de conhecer
suas etapas de produção. O diodo é construído a partir de um material semicondutor. A última faixa
de energia possível é a camada ou banda de valência, e nela o elétron se encontra ligado ao núcleo,
mas estes são os elétrons mais propensos a se desprenderem e se tornarem condutores de carga
elétrica.

Os elétrons que se desprendem do núcleo precisam alcançar um nível de energia – diz-se que estão
na banda de condução, e, neste caso, eles produzem corrente elétrica. O que define se um material é
condutor, semicondutor ou isolante é o tamanho da banda de energia que separa as bandas de
valência e de condução, é a chamada banda proibida, este nome é para enfatizar que naqueles níveis
de energia não se pode encontrar elétrons. Desta forma, podemos ilustrar assim os tipos de
materiais.

● Semicondutores Intrínsecos
● Semicondutores “Dopados
● Semicondutor Tipo n (Íons Doadores)
● Semicondutor Tipo p (Íons Aceitadores)

Principais tipos de diodo:

● Retificadores: 

● Zener: São diodos fabricados para conduzir a corrente elétrica em sentido inverso


(polarização inversa). Este efeito é chamado de "ruptura zener" e ocorre em um valor
de tensão bastante preciso, permitindo que esse diodo seja utilizado com uma
referência de tensão. São bastante empregados em circuitos reguladores de tensão
em fontes de alimentação.

● Varicaps: Todo diodo possui uma capacitância interna formada por suas duas regiões
condutoras (tipo-p e tipo-n), as quais são separadas por uma região livre de cargas
(região de depleção). A extensão dessa região de depleção depende da polarização do
diodo: ela diminui quando o mesmo é polarizado diretamente e vice-versa. Com a
variação das dimensões da região de depleção, varia-se a capacitância interna do
diodo. Os varicaps são fabricados para aproveitarem essa característica, funcionando
como capacitores variáveis, cuja capacitância é controlada pela tensão aplicada sobre
o diodo. Tais componentes são bastante empregados em circuitos de sintonia de
aparelhos televisores e de rádios, além de equipamentos transmissores.
● Túnel: São dispositivos capazes de operar em altas frequências (micro-ondas), por
meio de fenômenos de mecânica quântica (efeito de tunelamento). São fabricados
utilizando junções PN estreitas e altamente dopadas. Podem ser utilizados em
circuitos osciladores, amplificadores e conversores de frequência.

● LEDs: São diodos semicondutores que, quando energizados, emitem luz. A luz não é
monocromática (como em um laser), mas consiste de uma banda espectral
relativamente estreita, sendo produzida pelas interações energéticas dos elétrons. O
processo de emissão de luz pela aplicação de uma fonte de energia elétrica é
chamado eletroluminescência. No silício e no germânio, que são os elementos básicos
dos diodos e transistores, a maior parte da energia é liberada na forma de calor, sendo
insignificante a luz emitida. Já em outros materiais, como o arseneto de gálio (GaAs)
ou o fosfeto de gálio (GaP), o número de fótons de luz emitidos é suficiente para
constituir fontes de luz bastante eficientes.

Abaixo encontram-se ilustrados os símbolos dos principais tipos de diodos:

Correntes no Diodo

Corrente Direta

A corrente direta é aquela que aparece quando aplicamos uma tensão suficientemente grande para
vencer a barreira de potencial de um diodo diretamente polarizado. No caso do diodo de silício (o
mais comum) equivale a 0,7V enquanto nos diodos de germânio é 0,3V. A corrente direta se deve
pelos portadores de cargas majoritários, que são os elétrons nos materiais tipo N e as lacunas nos
materiais tipo P.

Corrente Reversa de Transiente

Quando aplicamos um potencial elétrico em um diodo reversa mente polarizado, a sua barreira de
potencial se expande, até se estabilizar. O movimento das cargas enquanto as mesmas se afastam da
junção é chamado corrente reversa de transiente, e dura apenas alguns microssegundos, portanto na
grande maioria das aplicações práticas é irrelevante.
Corrente de Saturação Reversa 

A energia térmica, ou seja, a agitação dos átomos do cristal, podem eventualmente criar pares de
elétrons-lacunas nos materiais do diodo. Isso se dá quando a agitação faz com que um elétron
adquira a energia necessária para saltar de sua posição, deixando ali uma lacuna. Alguns instantes
depois o elétron volta a preencher seu lugar e ocorre o fenômeno de recombinação.

Corrente de Fuga de Superfície

Pense na ligação covalente dos átomos que compõem o semicondutor. Essa ligação necessita de 4
elétrons ao redor para completar os átomos de silício. Porém, nas "bordas" do diodo não existem
mais átomos que forneçam esses elétrons, por isso é como se houvesse uma fina camada de material
tipo P (aquele onde "faltam" elétrons) cobrindo o diodo. Essa camada imaginária possui portadores
de cargas livres e conduzem uma pequena parcela de corrente, que chamamos de corrente de fuga
de superfície. Basicamente são essas as correntes do diodo, que nos ajudam a compreender melhor
o seu funcionamento.

Polarização

Para os cálculos envolvendo diodos, usa-se as seguintes aproximações:

1ª Aproximação: O diodo funciona apenas como uma simples chave. Despreza-se sua tensão mínima
para início de condução. Para se fazer cálculos onde não seja necessária muita precisão.
Curva do Diodo Ideal

2ª Aproximação: Nesta, considera-se sua tensão mínima para condução podendo ser considerado
uma fonte de tensão de 0,7 volts. Para se fazer cálculos onde seja necessário o mínimo de precisão.

Curva do Diodo para a 2ª Aproximação

3° Aproximação: Nesta, além da tensão mínima para condução, ainda deve-se considerar a
resistência de corpo do diodo (rB). Esta aproximação dá um valor preciso ao cálculo.

Curva do Diodo para a 3ª Aproximação.


Relação de materiais

● Multímetro digital
● Protoboard
● Fios de cobre
● Resistores
● Fonte de Tensão
● Diodo de Silício

Circuito

Ilustração
Cálculos

Tabela de cores para identificação dos resistores.

Fórmulas Utilizadas:
Para achar a tensão no Diodo.

Vs-Vr= Vd
Para Achar a corrente no Diodo

Id= Vr/R = Vd/R


Na prática 1. Usamos o R=53,6Ω
Na Prática 2. Colocamos o resistor inverso e utilizamos o R= 1,021M Ω

Valores obtidos e Cálculo no Excel.


Tabela I.

Primeira Prática R=56,3Ω


  Vs Vr Vd R (Ω) Id=Vd/R
0 0 0 0 0 0
1 0,074 0 0 56,3 0
2 0,199 0 0 56,3 0
3 0,667 0,063 0,604 56,3 0,001119
4 0,81 0,162 0,648 56,3 0,002877
5 0,89 0,226 0,664 56,3 0,004014
6 0,96 0,285 0,675 56,3 0,005062
7 1,061 0,374 0,687 56,3 0,006643
8 1,189 0,489 0,7 56,3 0,008686
9 1,283 0,576 0,707 56,3 0,010231
10 1,394 0,679 0,715 56,3 0,01206
11 1,468 0,75 0,718 56,3 0,013321
12 1,591 0,865 0,726 56,3 0,015364
13 1,667 0,939 0,728 56,3 0,016679
14 1,807 1,075 0,732 56,3 0,019094
15 1,894 1,157 0,737 56,3 0,020551
16 2,008 1,267 0,741 56,3 0,022504
17 3,028 2,263 0,765 56,3 0,040195
18 3,978 3,2 0,778 56,3 0,056838
19 5,008 4,2221 0,7859 56,3 0,074993
20 5,952 5 0,793 56,3 0,091634
21 6,96 6,17 0,79 56,3 0,109591
22 8 7,2 0,8 56,3 0,127886
23 8,99 8,18 0,81 56,3 0,145293
24 10,01 9,21 0,8 56,3 0,163588
25 11,02 10,21 0,81 56,3 0,18135
26 11,95 11,13 0,82 56,3 0,197691

Tabela2.

Segunda Prática Diodo Reverso R= 1,021MΩ


  Vs Vr Vd R Id=Vr/R
1 0 0 0 0 0
1000000,02
2 0,011 -0,69 0,701 1 -6,9E-07
1000000,02
3 5,011 0,004 5,007 1 4E-09
1000000,02
4 10,05 0,007 10,043 1 7E-09
1000000,02
5 15,01 0,011 14,999 1 1,1E-08
1000000,02
6 20,03 0,012 20,018 1 1,2E-08
1000000,02
7 25,04 0,013 25,027 1 1,3E-08
1000000,02
8 30,08 0,015 30,065 1 1,5E-08
Gráficos

Conclusão

Verificamos através dessas práticas que o Diodo polarizado apresenta perda, que na prática o diodo
possui uma perda interna gerando uma queda de tensão.

Na primeira prática identificamos uma perda mínima referente apenas a queda de tensão dentro do
próprio diodo, na segunda prática devido ao diodo estar inverso verificamos uma grande perda de
tensão no circuito.
Na segunda prática vemos o diodo ser polarizado e verificamos que ele se comporta como um
circuito aberto. Verificamos que o diodo é limitado pela uma pequena corrente reversa que é
desprezível se comparada com a corrente direta e também pela tensão reversa até causar a ruptura.
Devido a esses pequenos valores temos uma corrente tendendo a Zero.

Através dos dados coletados periodicamente em cada um dos circuitos, foi possível construir o
gráfico característico da região de polarização direta e reversa de cada diodo a fim de
compreendê-los de forma gráfica.

 É fácil observar que em ambos os casos, o processo de que antes era não linear é transformado para
linear, simplificando, ou facilitando a análise.

Verificamos no gráfico um de tensão e corrente, que o diodo só inicia seu funcionamento a partir de
0,6v de tensão e quanto maior a tensão maior é a corrente. No segundo gráfico podemos identificar
a queda brusca de tensão com o diodo invertido e um resistor com grande capacidade.

Podemos visualizar que dependendo do circuito montado o diodo terá uma funcionalidade.
Referencias

● http://professorpetry.com.br/Ensino/Repositorio/Docencia_CEFET/Retificadores/2007_2/Aul
a_30.pdf
● http://www.lee.eng.uerj.br/~falencar/arquivos-flavio-uerj/elo1/Cap1v1-Elo1-172181.pdf

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