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DANIEL DE SOUZA RESENDE

REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Divinópolis
2018
DANIEL DE SOUZA RESENDE

REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras de Divinópolis, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia Ambiental.

Orientador: Noelle Salsa

Divinópolis
2018
DANIEL DE SOUZA RESENDE

REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Pitágoras de Divinópolis, como
requisito parcial para a obtenção do título de
graduado em Engenharia Ambiental.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Rivania Cristina Rezende

Prof(a). Elizeth Neves Cardoso

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Divinópolis, 11 de Junho de 2018


Dedico este trabalho a todos aqueles que
um dia se preocuparam com a concessão
do direito ao próximo, sabendo o
momento e a forma de limitar o seu
próprio.
AGRADECIMENTOS

Durante o desenvolvimento deste trabalho e toda a graduação, estiveram


presentes diversas pessoas que contribuíram de forma positiva e que foram
essenciais para o bom resultado e objetivos atingidos.
Agradeço a minha família, em especial a minha esposa, Carla que sempre me
apoiou em todos os momentos. A nossa filha, Bárbara que hoje ainda está na
barriga, que me tornou uma pessoa melhor desde o seu concebimento.
A minha mãe, que sempre me motivou e impulsionou a seguir em frente,
mesmo quando fraquejei e pensei em desistir dos estudos.
Aos meus padrinhos Eny e Antônio e suas filhas, que estiveram presentes
durante um tempo em minha jornada escolar.
A todos aqueles que não foram aqui citados, mas de alguma forma estiveram
presentes, deixo aqui meu carinho pelo apoio.
RESENDE, Daniel de Souza. Reaproveitamento de Águas Pluviais. 2018. 37
folhas. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Ambiental – Faculdade
Pitágoras de Divinópolis, Divinópolis, 2018.

RESUMO

O desenvolvimento da população e as constantes modificações no uso e ocupação


do solo, ligados a fatores climáticos, tem acentuado os desafios do fornecimento de
água pelo mundo. A água é um bem natural valioso e fundamental do planeta, e a
sua correta administração é um grande desafio para a atual e as futuras gerações.
Os métodos de aproveitamento de água pluvial são soluções sustentáveis que
colaboram para uso racional da água, adaptando a conservação dos recursos
hídricos para as futuras gerações. O objetivo deste estudo foi demonstrar como a
água pluvial pode ser captada e reaproveitada em prol da sustentabilidade. O
desenvolvimento do trabalho foi baseado em pesquisa exploratória e descritiva.
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada através da coleta de livros,
monografias e artigos sobre o tema. A retenção das águas pluviais coletadas nas
coberturas das residências e até mesmo indústrias institui um mecanismo
fundamental de gestão dos recursos hídricos capaz de controlar cheias urbanas,
diminuir os custos com captação e tratamento de água pelas companhias de
saneamento e agir em conjunto com um sistema duplo de distribuição: um para
finalidades menos restritivas e outro para consumo humano direto. Para o consumo
humano direito, contudo, é preciso um tratamento mais eficaz, garantindo a
qualidade da água.

Palavras-chave: Sustentabilidade; reuso de águas pluviais; tratamento de água;


reuso; reuso de água potável.
RESENDE, Daniel de Souza. Rainwater Reuse. 2018. 37 folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Ambiental) – Faculdade Pitágoras,
Divinópolis, 2018.

ABSTRACT

The development of population and the sustained modifications in the use of soil
connected to climatic factors have improvement and accentuated the challenges of
water supply throughout in the world. The water is a natural and valuable resource
fundamental at this planet and the correct use of this resource is the biggest
challenge for this and the next human generation. The methods for exploitation of
Rainwater are sustainable solutions that collaborate to the rational use of water
adapting the water resource for the future generations. The purpose of this study was
show how Rainwater can be collected and reused for actions toward sustainability.
This work was based on exploratory and descriptive research. It was based on
bibliographic research of monographs, books and scientific articles on the subject.
The Rainwater detention collected at the roof of residences and commercial buildings
are a fundamental mechanism for the management of water resources and it can
control flood, save costs with water treatment and grow with a dual distribution
system: less restrictive purpose and another for human consumption and that it
needs a more effective treatment offering a superior quality of water.

Key-words: Sustainability; rainwater reuse; water treatment; reuse; reuse of potable


water.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Distribuição de água no planeta 15


Figura 2 – Esquema geral do Funcionamento de uma árvore e seu impacto na da
atmosfera 17
Figura 3 – Principais tipos de reuso tratados neste capítulo 26
Figura 4 – Reutilização de água não potável pela SANASA 28
Figura 5 – Tratamento de efluente em indústria têxtil 30
Figura 6 – Água de reuso potável 32
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Pureza e utilização de acordo com ponto de coleta no Japão................20


Quadro 2 – Associação entre requisitos de qualidade e uso da água......................22
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CIRRA Centro Internacional de Referência em Reuso de Água
CM² Centímetro Quadrado
ECO-92 Conferência das Nações Unidas Sobre o Meio Ambiente e o
Desenvolvimento
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
ISO International Organization for Standardization
J Joule
Mj Micro Joule
Mm Milímetro
M² Metro quadrado
NBR Norma Brasileira
SANASA Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A
USP Universidade de São Paulo
UV Ultra Violeta
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 13
2. ÁGUA EM FORMA DE CHUVA E LEGISLAÇÃO VIGENTE 16
3. PRECEPÇÃO SOCIAL SOBRE O REUSO E A QUALIFICAÇÃO DA ÁGUA
19
4. POTENCIAL DE REUSO HÍDRICO E SUAS UTILIZAÇÕES 22
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 23
REFERÊNCIAS 24
13

1. INTRODUÇÃO

Uma das principais preocupações atuais além da sustentabilidade são o


manejo e reaproveitamento de águas diversas quando possível. A importância desta
abordagem é completa quando se afirma que nosso planeta tem em sua
composição uma média 71% de oceanos, mas temos somente 2% desta como
potável.
A sustentabilidade teve seus primórdios na década de 50 com a introdução do
“ar limpo” (GARCIA, 2009), seguida pelo ambientalismo com os hippies. Estes
movimentos foram intensificados em 1970 na conferência de Estocolmo “The Limits
to Grow”, considerada um marco da relação homem meio ambiente na busca do
equilíbrio entre o crescimento econômico e a degradação ambiental.
As práticas de reuso de águas remontam a antigas populações gregas em
suas plantações (BORGES, 2003). Entretanto somente no século XX foram
elaboradas algumas regulamentações caracterizando-se pelo tipo de utilização e
tratamento recebido.
Os recursos naturais devem ser utilizados na melhor maneira possível
mostrando que o ser humano é capaz de interagir com o meio em que vive e tira seu
sustento sem prejudicar o mesmo, garantindo assim estes bens às gerações futuras.
A expansão urbana a qual o país passa, altera diretamente o ciclo hidrológico
no que tange a impermeabilização de solos, alterando características de vegetação
ali presentes. Neste sentido, toda água que ora penetrava ao subsolo favorecendo a
recarga dos mananciais presentes, agora escoa direto para o esgotamento sanitário
presente (TUCCI e GENZ, 1995) favorecendo o cenário de enchentes.
Parte desta situação pode ser resolvida, dando as construções capacidade de
reuso de recursos hídricos ofertados sem custo adicional tornando o abastecimento
descentralizado, podendo o mesmo reduzir a demanda direta de mananciais sem
afetar diretamente a água potável. Mas será que temos conhecimento suficiente
para o reuso, amparo legal e incentivo para tal captação?

Este trabalho teve como objetivo geral, revisar conteúdo literário disponível,
para compreender a necessidade de melhorar o uso deste recurso natural tão
precioso que é a água doce disponível. Assim tendo como embasamento
fundamentação teórica sobre práticas de reuso consciente de águas, sua
14

aplicabilidade e seus objetivos. Ainda neste trabalho apresentam-se os seguintes


objetivos específicos:
 Conhecimento da legislação hídrica desde o seu surgimento até a
atualidade, avaliando ainda o dano sofrido pelo desmatamento em uma
bacia hidrográfica;
 Avaliar a percepção e aprovação da população mundial quanto ao reuso
da água;
 Conhecimento de algumas possibilidades de reaproveitamento da água.

A metodologia proposta para o presente trabalho estabelece extensa


pesquisa bibliográfica sobre o tema “reaproveitamento de águas pluviais”,
levantando ainda a legislação vigente e sua história, indicadores de qualidade da
água e suas interações com as bacias hidrográficas.

Para conhecimento da legislação vigente, foi feita uma pesquisa aos órgãos
competentes e artigos publicados sobre a história evolutiva da legislação.

Para a avaliação de conhecimento da população e aceitação sobre o tema, foi


feita pesquisa baseada em bibliografia e literatura existente, aliando também artigos
publicados que sugerem a abordagem deste quesito com embasamento científico.
15

2. DISPONIBILIDADE ÁGUA, COMPORTAMENTO DA CHUVA EM BACIAS


LEGISLAÇÃO VIGENTE

A água, recurso natural renovável de quantidade finita ocupa 70% da


superfície terrestre. Todavia 97% desta água é salgada, o que não contempla o uso
próprio ao consumo humano. Ainda neste contexto considera-se 2,5% de água doce,
dos quais 1,979% consistentes em geleiras. Somente 0,006% da água doce no
planeta esta disposta em corpos hídricos, desconsiderando os 0,5% presa em
aquíferos, que dificulta o acesso feito por seres humanos.

Figura I - Distribuição de água no planeta

Fonte: Descobrir a Terra 8 (2007)

Estes dados apontam que o planeta tem água em abundância, mas não
propriamente disponível ao consumo e com sua distribuição irregular, supondo que
garantir o acesso à água de qualidade para os fins humanos, resulta em gastos
elevados.
Segundo Victorino (2007), o problema se adensa à medida que a população
mundial se desenvolve, tornando a distribuição deste recurso cada vez mais
irregular, onde a preocupação está na sua utilização, distribuição, aproveitamento e
retorno a natureza. Além disso, a apresentação deste recurso converge na sua
distribuição onde a América do sul contempla 26% dos recursos hídricos e tem
16

apenas somente 6% da população mundial em contraste com os países árabes com


10,3% de ocupação territorial, 4,5% da população mundial, tendo acesso a somente
0,43% do recurso e contando com o beneficiamento de 2% de chuvas no planeta
(CAVALCANTE, 2017).
Abordando a interação de diversos fenômenos em uma bacia hidrográfica,
obtém-se o conhecimento do ciclo hidrológico que pode ser resumido na
movimentação da água. A junção da água subterrânea, superficial e atmosférica
prova que a mesma sempre muda de condição e característica física, não deixando
de ser tratada como água.
A alteração natural ou artificial da cobertura vegetal em uma bacia
hidrográfica altera totalmente o ciclo hidrológico presente na bacia. Segundo
Bruijnzeel (1990), o desmatamento caracteriza diferentes mudanças de cobertura,
que tem a necessidade de ser revisto de acordo com o estado de alteração que
ocorre na área segundo.
Com a devastação da vegetação, tem-se menor volume de evaporação que é
água subterrânea levada até a atmosfera através da interação da vegetação
presente com o meio conforme ilustrado na figura II. Em teoria, uma árvore de copa
média a porte grande consegue transpirar cerca de 400 litros de água por dia (Kline
et al.,1970). Ainda segundo Nicodemo e Primavesi (2009) para dispor esta água,
uma árvore de copa média utiliza cerca de 1.000 mj (micro joule) de energia
calorífica. Estima-se que a evaporação de 1mm (milímetro) de água necessita de 59
cal/cm², mostrando assim que 1 m² de vegetação tem maior eficiência do que a
mesma medida em lâmina d’água.
17

Figura II – Esquema geral do Funcionamento de uma árvore e seu impacto na da


atmosfera

Fonte: Buckeridge (2009)

O efeito do desmatamento pode ser observado diretamente sobre o


escoamento da área em questão, fundamentado na revisão de Meher-Homiji (1989),
mencionando diversos artigos concluindo que o desmatamento aumenta a vazão
média, e que a resposta a esta mudança não é previsível, interferindo na redução da
precipitação associada ao desmatamento de acordo com Tucci, Clarke (1997).
A vegetação presente em bacias hidrográficas, garante dentre outros a
qualidade da água onde um frágil equilíbrio de interações físicas, químicas e
climáticas sustentam as características dos mananciais ali presentes. A cobertura
vegetal ainda tem papel fundamental de proteção contra processos erosivos,
sedimentação e lixiviação que juntos também interferem na qualidade da água
segundo Arcova et al(1998).
18

Abordando o “reuso da água” na legislação vigente, não há apontamento


diretos, todavia foram citados o incentivo ao desenvolvimento de novas tecnologias
sobre o assunto, margeando a utilização mais racional e proteção do bem já
existente, instituídos pela “lei das águas” conforme lei 9.433 (BRASIL, 1997, art.2º):

 Assegurar o uso às gerações futuras, mantendo padrões de qualidade;


 Utilizar de maneira racional, sempre observando a sustentabilidade;
 Incentivar e promover a captação.

O código civil de 1916 já trazia a regulamentação de uso deste recurso,


abordando nos artigos 563 e 568 o uso indiscriminado, preservando a vizinhança. Já
na Constituição Federal de 1934, agregou a competência de a União tratar da
legislação de bens sobre domínio federal. Segundo Melo et al. (2012) tal interesse
na gestão hídrica surgiu em conjunto com a demanda energética nacional.
De acordo com Rezende (2016), o código das águas de 1934 fazia a
classificação das mesmas nas seguintes condições:
 Águas públicas de uso comum. Ex. mares territoriais, inclusive golfos, baías,
enseadas e portos, as águas interiores correntes ou dormentes, navegáveis
ou flutuáveis, as águas correntes ou braços de quaisquer correntes públicas,
que, desembocando em outra, tornam-na navegável ou flutuável e as fontes e
reservatórios públicos. Estas podiam ser de responsabilidade da União, dos
Estados ou dos Municípios dependendo de suas localizações.
 Águas comuns. Ex. correntes não navegáveis, nem flutuáveis. Bem sem
domínio estabelecido, sendo considerado de todos.
 Águas particulares. Ex. nascentes e demais águas contidas em terrenos
particulares que não fossem comuns ou públicas (AUTOR, ANO).
A resolução CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 020 tratava
diretamente da qualidade das águas nacionais, que foi substituída pela resolução
CONAMA 357, que veio definir o padrão de qualidade das águas. A resolução
CONAMA 430, trata das condições padrão de lançamento de efluentes.
Após a realização da ECO-92 (Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento), passou a agenda 21 nortear todas as ações
referente a preservação de recursos naturais, sem aceitação internacional .Na
19

Agenda 21, o tema “reuso de águas” foi abordado como de vital importância para a
gestão hídrica e preservação do meio ambiente rural e urbano.
O capítulo 21 da agenda 21, faz inferência direta ao capitulo 18 da mesma
agenda, reforçando a importância da “proteção da qualidade e da oferta dos
recursos de água doce” na tratativa de deter e inverter os efeitos da degradação do
meio ambiente para desenvolver e promover um desenvolvimento sustentável e
ambientalmente saudável.
20

3. PERCEPÇÃO SOCIAL SOBRE O REUSO E A QUALIFICAÇÃO DA ÁGUA

Devido ao grande movimento demográfico em torno do crescimento


populacional, estima-se que em 2025 a população crescerá em até 10 vezes no
quesito de escassez de água, tornando a crise hídrica ainda maior. Esta estimativa
incide sobre uma demanda aumentada em 17% para irrigação e 70% para fins
urbanos (RAMOS, 2007).
Este cenário pode diretamente influir em conflitos diretos por uso de demanda
hídrica, como por exemplo maior tempo de racionamento na tentativa de aliviar a
pressão por demanda hídrica nos mananciais. Tal situação, leva a questionar sobre
o conhecimento da população sobre o reuso de água, bem como de seu
conhecimento tangente a qualidade da água e como reutilizá-la de forma segura. A
mudança necessária para a aceitação do reuso objetivando a eficiência do uso deste
recurso pode provocar a competição mais acirrada por tal recurso, gerando reações
em diversas cadeias sociais (VIEIRA, 2008)
As águas residuais, são todas as águas descartadas oriundas de diversos
processos como: industriais, esgoto, chuva, agropecuária, tratadas ou não. O reuso
da água consiste no seu reaproveitamento, de maneira não contaminar o corpo
hídrico bem como o utilizador principal. Para esta finalidade temos demandas como
irrigação paisagística, combate ao fogo, limpeza de veículos ou higienização de
calçadas dentre outros.
Antes de iniciar o reuso da água em questão, deve-se ter o conhecimento
sobre sua qualificação e aplicação para que assim possa manter o nível adequado
de segurança, tanto ao meio ambiente quanto ao utilizador. Para a utilização correta,
deve-se identificar o grau de pureza de acordo com o local de coleta de acordo com
GROUP RAINDROP (1995) (ver Quadro 1).

Quadro 1 – Pureza e utilização de acordo com ponto de coleta no Japão


Grau de pureza Área de coleta Utilização
Telhados (locais não Vaso sanitário, rega
usados por animais e plantas. Caso haja
A humanos) tratamento, podem se
tornar potáveis com
tratamento simples.
21

Coberturas, sacadas Uso variado, que não seja


B (locais usado por animais ao consumo. Depende de
e humanos) tratamento específico
para se tornar potável
Uso variado, que não seja
Estacionamentos, Jardins ao consumo. Depende de
C artificiais tratamento específico
para se tornar potável
Uso variado, que não seja
D Vias elevadas, Estradas ao consumo. Depende de
de ferro, Rodovias tratamento específico
para se tornar potável
Fonte: Group Raindrops (1995)

Segundo o quadro acima, a maior indicação de utilização é o vaso sanitário,


seguido de regas e aproveitamento não potáveis por apresentar maior segurança ao
usuário. Diversos influentes podem ser citados justificando o uso não potável como a
possibilidade de contaminação da água por poluentes atmosféricos, intoxicação de
mananciais próximos a culturas agrícolas, dentre outros que podem ser revistos com
o tratamento adequado.
A maior aplicabilidade então de águas residuais sem gastos corretivos pode
ser destinada à agricultura, ainda não sendo correto afirmar a exclusão da utilização
residencial e comercial da mesma. Esta justificativa pode ser avaliada pelo uso e
consumo da água em residências comuns que segundo FENDRICH (2002), 38% é
atribuído a bacia sanitária, 29% ao banho/ chuveiro, 5% ao lavatório, 17%
lavanderia, 6% a cozinha e 5% ao consumo direto e ao ato de cozinhar, os quais
dependeriam de tratamento para garantir sua potabilidade.
Somente a bacia sanitária, considerando esta com caixa acoplada ao vaso
sanitário tem-se uma média de consumo de 30l a 75l por dia sendo analisado a
média de 5 descargas diárias por habitante correspondendo a média de 40% do
consumo diário.
Para garantir a qualidade da água destinada ao reuso, deve-se abordar a
qualidade do tratamento a que a mesma será submetida, onde um simples filtro e
sedimentação natural podem garantir a finalidade desejada da água para fazer
limpeza de maneira geral (MARINOSKI, 2007).
22

No caso do uso potável, é desejável a desinfecção ultravioleta garantindo


assim a retirada de patógenos da água uma vez que, os comprimentos de onda UV
(Ultra Violeta) alcançam ácidos nucleicos de microrganismos iniciando reações
fotoquímicas neutralizando os vírus por reação de oxidação (TOMAZ, 2003).
Dando distinção a qualificação da água e sua finalidade de uso quando se
trata da reutilização da mesma, (FURTADO e KONIG, 2008) exemplificaram de
acordo com a tabela abaixo:

Quadro II – Associação entre requisitos de qualidade e uso da água


Uso geral Uso específico Qualidade requerida
Isenta de substâncias
químicas prejudiciais à
saúde
Consumo humano, Adequada para os
higiene pessoal e usos serviços domésticos
Abastecimento doméstico
domésticos Baixa agressividade
de água Esteticamente agradável
(baixa turbidez, cor, sabor
e odor, ausência de micro
e macrorganismos).

Água não entrando em Baixa agressividade e


contato com o produto
dureza
(ex.refrigeração, caldeira).

Variável com o produto


Água entrando em contato
Abastecimento industrial com o produto Isenta de substâncias
químicas prejudiciais à
saúde

Água sendo incorporada Esteticamente agradável


no produto (baixa turbidez, cor, sabor
e odor).

Isenta de substâncias
químicas e organismos
Hortaliças, produtos prejudiciais à saúde
Irrigação Ingeridos crus ou com
casca. Salinidade excessiva

Dessedentação de Isenta de substâncias


químicas e organismos
animais -
prejudiciais à saúde.
23

Preservação fauna e flora Variável com os requisitos


ambientais da flora e da
-
fauna que se
deseja preservar

Contato primário (contato Isenta de substâncias


direto com o meio líquido químicas e
-ex. natação, esqui, surfe) organismos prejudiciais à
saúde
Contato secundário (não Baixos teores de sólidos
Recreação e lazer
há contato direto com o em
meio líquido - ex. suspensão, óleos e graxas
navegação de lazer, . Aparência agradável
pesca, lazer
contemplativo)

Usinas hidroelétricas Baixa agressividade

Usinas nucleares ou
Geração de energia termoelétricas
(ex. torres de
Baixa dureza
resfriamento)

Diluição de despejos - -
Baixa presença de
material grosseiro
que possa
Transporte - pôr em risco as
embarcações

Presença de nutrientes e
Cultivo de peixes, qualidade compatível com
moluscos e crustáceos de as exigências das
Aquicultura água doce. espécies a serem
cultivadas.

Paisagismo e manutenção Estética e conforto térmico -


da umidade do ar e
estabilidade do clima
Fonte: Furtado e Konig (2008)

Para uma ampla aceitação pública, os projetos de reuso devem ser


acompanhados desde o planejamento até a execução ativamente pela população,
pois o uma ideia clara e completa do programa, seus benefícios diretos e indiretos
24

abrange o entendimento da situação, bem como sua aplicabilidade e a questão da


adesão populacional.
Um fator vital para a aceitação do reuso de água, é usar como parâmetro a
confiabilidade do órgão sanitário local, que é o órgão capaz de esclarecer dúvidas
pertinentes as características da água como patogenicidade, aplicação correta de
acordo com sua classificação. A honestidade na proposta de prestação de serviços
como canais de atendimento, fornecimento de informações claras e objetivas
visando suprir a demanda de respostas da sociedade perante as situações advindas
do processo (HURLIMANN et al., 2008).
Em diversas situações onde a escassez de água é mais eminente, como é o
caso da população nordestina, a aceitação sobre o tema “reuso de água” é maior,
porém deve ser avaliada com maior cautela pois existe o fator psicológico agindo na
situação. Podem haver variações da percepção sobre o reuso consciente da água,
tendo incidência de contaminação por não observação dos parâmetros de
segurança.
O governo Ceará pretende captar água salgada para tentar amenizar a
situação da seca que atinge o estado há seis anos, com proposta de investimento
estimado em cerca de “500 milhões”. A meta do governo é que depois de finalizada,
a obra atenda um mínimo de 720 mil habitantes, que equivale a 12% da demanda
estadual (BORGES 2018).
Segundo o secretário de recursos hídricos do Ceará, Francisco Teixeira a
população da cidade de Fortaleza com seus 9 milhões de habitantes, enxergam na
dessalinização da água do mar como complemento no abastecimento. Já Renato
Ferreira, diretor de Revitalização de Bacias Hidrográficas e Acesso a Água do
Ministério do Meio Ambiente, salientou ser preciso aproveitar o a experiência de
outros países, reunir os interessados e debater sobre as tecnologias para uso da
dessalinização (ASCOM MMA 2018).

3.1 TIPOS DE REUSO


25

Segundo Iwaki (2015) existem três tipos de reuso, quando se fala em


recursos hídricos, sendo eles abordados pela OMS (Organização Mundial de Saúde)
como o reuso indireto, direto planejado e a reciclagem.
O reuso indireto planejado, ocorre quando a água já usada é descartada
diretamente em águas superficiais ou subterrâneas após tratamento e volta a ser
utilizada em um ponto a jusante, de maneira benéfica a sociedade. Pode-se ainda
encontrar soluções diretas benéficas ao próprio utilizador, a exemplo de empresas
que possam reaproveitar a mesma água mais de uma vez em seus processos.
O reuso direto planejado, pode ser mais benéfico ainda quando após
tratamento de efluentes, após certificação de qualidade nos processos que
antecedem o reuso, a água seja direcionada a local de reuso, o que garante uma
melhor qualidade da água quando no seu retorno ao corpo hídrico local. Em alguns
casos, pode-se utilizar para recargas de aquíferos e outros usos potáveis, que tende
a ser o que tem mais benefícios ao meio ambiente.
A reciclagem interna, visa por sua vez a economia de água e controle de
poluição. Este é o caso das estações de limpezas de veículos na Europa em postos
de gasolina, que precisam de certificação total antes de devolver a água ao meio
ambiente, por controle de detergentes e poluição diversas advindas do processo de
lavagem.
26

4. POTENCIAL DE REUSO HIDRÍCO E SUAS APLICAÇÕES

Com o atual adensamento urbano, a possibilidade de aumento na crise


hídrica também se eleva, de maneira que conhecer o potencial de aplicação do
reuso da água torna-se fundamental, conforme visto na figura III.

Figura III- Principais tipos de reuso tratados neste capítulo.

Fonte: http://abes-dn.org.br/pdf/Reuso_nas_Crises.pdf

4.1 REUSO AGRÍCOLA

Por ser um método mais antigo, já existe certa regulamentação para este tipo
de reuso, definindo métodos de irrigação, qualidade da água e tipos de cultura a
serem abastecidas com esta água.
Esta estratégia reduz consideravelmente o uso indiscriminado deste recurso
levando em consideração que esta atividade tem em seu regimento a demanda de
70% do consumo atual mundial.
Em Bakersfield (CA), o reuso de efluentes domésticos se dá desde 1912 em
sua irrigação, sendo que quando o tratamento mais adequado é aplicado o reuso
pode depois de passar por filtração e desinfecção, a irrigar culturas comidas cruas
27

como vegetais diversos e algumas frutas. Este tipo de reuso é permitido após
analises qualitativas e quantitativas que atestam a qualidade da água em questão.
Atualmente, a teoria da abundância (detenção de 12% da água doce mundial)
não favorece o âmbito nacional quanto a legislação referente ao reuso de água, o
que não a torna específica. Salienta-se ainda que em suma, a água residual de
efluentes tem em suas características fósforo, nitrogênio e matéria orgânica, que são
insumos para a agricultura.
Em 22 de Março de 2017, a UNESCO (United Nations Educational, Scientific
and Cultural Organization) destacou a importância das águas residuais e seu
potencial de reaproveitamento, onde Devanir Garcia dos Santos, coordenador de
Implementação de Projetos Indutores da ANA (Agência Nacional de Águas)
considerou que a prática não é trivial e expõe as pessoas a riscos quando não se
atenta a determinadas normas. Ele ainda ressaltou que qualquer planta de reuso,
requer licenciamento ambiental, instrumento que não é de fácil obtenção
(VERDÉLIO 2017).

4.2 REUSO MUNICIPAL

A principal aplicabilidade para o reuso municipal, é em torno de irrigações e


paisagismos diversos, combate a incêndio, controle de poeira e higienização de
locais públicos como banheiros, calçadões dentre outros.
No quesito irrigação, que atende maior parcela do reuso municipal, observa-
se a utilização em grandes parques desde que sejam observados parâmetros de
segurança para que os irrigadores não se transformem em problemas como
formação de poças.
Na figura a seguir, é possível perceber a identificação correta do carro que
efetua controle de poeiras e irrigação manual de gramíneas para a SANASA
(Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento).
28

Figura IV – Reutilização de água não potável pela SANASA

Fonte: Sumaré 2014

A SANASA fornecia mensalmente 400 mil litros de água de reuso, dos quais
300 mil litros são destinados a Prefeitura Municipal de Campinas, para a rega de
jardins e lavagem de ruas que abrigam feiras livres. O restante da produção é
comercializado e utilizado na terraplanagem para a BRES Viracopos
Empreendimentos Imobiliários LTDA. A SANASA estimava na época o custo de
r$1,40 para cada 100 mil litros de água de reuso, dados de 2014.

4.3 REUSO INDUSTRIAL

O reuso industrial além de ser uma prática vantajosa ao meio ambiente, visto
que reduz o impacto do lançamento de efluente direto no corpo hídrico sem
tratamento pode reduzir consideravelmente os custos produtivos.
De acordo com MANCUSO (2003), a pratica do reuso industrial leva a
empresa em questão a alcançar bens intangíveis como melhoria da imagem
industrial por gerenciar seus recursos, mitigação de impactos ambientais tratando da
29

sustentabilidade de uma atividade, elencando que os principais métodos de reuso


industrial para o mesmo são:
 Torre de resfriamento industrial que utiliza a água como método
refrigerante, absorvendo este calor residual posteriormente cedendo-o
a outro meio;
 Lavagem de peças e equipamentos;
 Lavagem de pisos e veículos;
 Processos industriais, principalmente em indústrias de papel, têxtil,
plásticos, curtume, construção civil e petroquímica;
 Lavagem de gases de chaminés;
 Uso sanitário;
 Proteção contra incêndios (AUTOR, ANO).

Mediante a finalidade da indústria e sua intenção de reuso, ficando esta


autorizada desde que não seja utilizada em disposição final, como é o caso da
AMBEV (Companhia de Bebidas das Américas) que pode utilizar a água de reuso na
manutenção de forma indireta de seus equipamentos, mas não como matéria prima
de seus produtos.
Já no caso de indústrias têxteis, a água de reuso pode ser utilizada como
matéria prima desde que receba o tratamento adequado como é o caso da
Santanense em Itaúna-MG, empresa certificada na NBR (Norma Brasileira) ISO
(International Organization for Standardization) 14001:2004. A empresa capta água
do ribeirão Capotos com alta carga de efluentes, direciona a mesma a sua ETE
(Estação de Tratamento de Esgotos) onde ela é purificada com índices de 250m ³/ h
de efluentes, antes de entrar no processo industrial de produção. Mais ainda, o lodo
gerado a partir deste tratamento é usado como adubo para reflorestamento nas
próprias fazendas da empresa, que abastecem as caldeiras de suas unidades
industriais.
30

Figura V - Tratamento de efluente em indústria têxtil. Foto: Fabiano Souza

Fonte: http://www.pensamentoverde.com.br/atitude/reuso-da-agua-na-industria/

4.4 Recarga de Aquíferos

Os aquíferos sofrem sua recarga natural através de áreas de infiltração ou até


mesmo por irrigação e precipitação a cada dia menos presentes de acordo com a
urbanização e impermeabilização de solos. Com o tratamento de águas residuais,
esta recarga pode ser feita por injeção, infiltração e até mesmo por recarga de
represa.
Em todos os casos, elimina-se o problema com armazenagem, pois os
aquíferos podem ser citados como sistemas de armazenamento subterrâneo, que
estão livres de contrapartidas como evaporação, deterioração de qualidade da água
31

que reservam e proliferação de algas. Todo o sistema opera demanda de distribuição


natural, não necessariamente tendo custos relativos a transportes.
Existe ainda a necessidade de reposição de toda a demanda retirada nos
últimos anos, recuperando assim seu nível de pressão e reserva. Um dos sistemas
em uso em áreas com escassez de água no oeste dos EUA e Israel, é a recarga
artificial através de rios e chuvas (PYNE, R. D. G., 1994).

4.5 – Reuso Potável

A SANASA que em 2015 já era responsável pelo tratamento de efluentes e


fornecimento de água para 1,1 milhão de moradores de Campinas, interior paulista,
iniciou um projeto de estudo pioneiro no país com finalidade de implantar o primeiro
sistema de produção de reuso potável com destinação final o abastecimento da
população. Este projeto foi totalmente apoiado pelo CIRRA (Centro Internacional de
Referência em Reuso de Água) da USP (Universidade de São Paulo). Hoje no
Brasil, as poucas companhias que produzem água de reuso, geram o recurso não
potável com finalidades de limpeza de pisos, descarga de banheiros e sistemas de
irrigação de maneira geral (VASCONCELOS 2015).
No condado de Orange, Estados Unidos, a água de reuso potável já é
disponibilizada a população para consumo direto. O processo de purificação e
destinação final tem prazo médio de 45 minutos, e o produto final mostrado na figura
VI. Contudo, fazer com que a população consiga consumir a água de reuso, significa
ultrapassar os limites do “eca”, segundo especialistas (SCHWARTZ 2015).
32

Figura VI – Água de reuso potável

Fonte: Bob Riha Jr. 2015

Los Angeles investiu em 1990 US$55 milhões na implantação de uma planta


de purificação que tem sua capacidade toda direcionada para a irrigação, desde que
os ativistas locais derrubaram chamando o projeto de “from toilet to tap” (da privada
a torneira). No condado de Orange, com a planta operacional desde 2008, a água
não é canalizada diretamente, ela é bombeada para o subsolo realizando a recarga
de aquíferos para ser diluída pelo abastecimento natural da cidade.
33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com os autores consultados, existe uma unanimidade em afirmar


que nosso planeta em sua consistência resume-se em sua maioria física de água,
dentre todas as suas maneiras de apresentação, disponibilidade de consumo e
também armazenamento. É também notória a preocupação com sua manutenção,
bem como a adequação de leis para que possa garantir a nossa e futuras gerações
este bem tão vital, abundante e finito que temos no planeta.
A capacidade de interação da população, com as leis elaboradas e critérios
para reuso deste bem, está diretamente ligada ao sucesso de qualquer tipo de
empreendimento neste quesito. Quão mais claro for o conhecimento da população,
bem como o serviço prestado pela entidade envolvida no processo, impactará nos
resultados diretos a serem alcançados bem como a eficiência do projeto em geral. A
transposição de barreiras se dá através do conhecimento agregado e clareza de
ideias e ideais. Esta é uma engrenagem básica mais vital para garantir que o
processo de reuso seja bem implantado e bem recebido, garantindo sua vida longa e
duradoura.
O potencial de reuso em nosso país é imenso, assim como em qualquer parte
de nosso planeta, onde o conhecimento, respeito e engajamento entre partes
envolvidas deve ser fruto de toda possível forma de intervenção. Mais ainda poderão
ser estudadas e avaliadas formas de implantar este tipo de reuso de águas pluviais
como premissa para aprovação de financiamentos, garantindo assim que possamos
aproveitar as águas pluviais. Outra maneira bem aceita em outros países, são as
bacias de retenção com recarga artificial de aquíferos, reduzindo assim o risco de
enchentes oriundas de uso e ocupação de solos.
34

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