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PROJETO CGLAB

Projeto: Revitalização da Máquina Universal de Ensaios KRATOS (100kN) do LEN/IEM

INTRODUÇÃO:

O Laboratório de Ensaios Destrutivos e Não Destrutivos (LEN) do Instituto de Engenharia Mecânica


foi criado ainda no prédio central e desde sempre atua fortemente com aulas práticas dos cursos de
graduação em Engenharia Mecânica.

Mais recentemente o Projeto Reuni, possibilitou ao Instituto de Engenharia Mecânica a criação dos
novos cursos de Engenharia de Materiais, Engenharia Mecânica Aeronáutica e Engenharia de Energia; a
ampliação do curso de Pós-graduação em Materiais para Engenharia; a criação do curso de pós-
graduação em Engenharia de Materiais; e a aquisição de novos equipamentos, possibilitando a
utilização do Laboratório de Ensaios Destrutivos e Não Destrutivos localizado no prédio de laboratórios
da engenharia mecânica, em atividades de pesquisa.

Além dos cursos do Instituto de Engenharia Mecânica, esse laboratório também atende às aulas
práticas dos cursos de graduação de outros institutos da UNIFEI, como o curso de Engenharia
Ambiental, Engenharia Hídrica, Engenharia Civil e Engenharia de Bioprocessos.

Neste laboratório existem equipamentos obtidos de diferentes fontes. Alguns são antigos, alguns
foram adquiridos com recursos do REUNI, alguns são de projetos de pesquisa individuais de docentes.
Quanto ao uso destes equipamentos, independentemente da forma de obtenção existem os de uso
compartilhado (multiusuário) e os de uso mais restrito aos Grupos de Pesquisa.

No contexto deste edital, foi selecionada a Máquina Universal de Ensaios da marca KRATOS,
modelo K10002 (nº de série 6765) com capacidade de 100kN (10 Toneladas), mostrada na figura 1
para ser revitalizada, por ser um equipamento antigo, que apresenta um sistema de controle e registro
de dados com tecnologia antigo (ultrapassado), apresenta também ruídos e imprecisões que
demonstram ausência de manutenção.

Figura 1 – Máquina Universal de Ensaios KRATOS 100kN (10 T)


Este equipamento importantíssimo atende as duas demandas distintas: (1) ensino prático para
os alunos de graduação; (2) pesquisa, ou seja, para tirar medidas desenvolvimento dos planos de
trabalho (iniciação cientifica e tecnológica, trabalhos de final de curso, dissertações e teses).

JUSTIFICATIVAS

(Justificativa da necessidade da infra estrutura (importância do equipamento para formação do aluno, pesquisa e/ou
realização de atividades de extensão), conforme priorização enviada pelos Colegiados de Curso – Peso 2)

As justificativas para a manutenção e calibração deste equipamento são apresentadas divididas em


ensino, pesquisa e extensão, conforme se segue:

1. ENSINO:

Este equipamento é utilizado na determinação das principais propriedades mecânicas dos materiais
por meio dos principais tipos de ensaios mecânicos como ensaio de tração e compressão, ensaio de
cisalhamento direto, ensaio de flexão e ensaio de flambagem.

A realização desses ensaios mecânicos, bem como a compreensão de seus resultados resultam em
informações fundamentais na formação dos alunos das engenharias mecânica, mecânica aeronáutica,
produção e de materiais (além de outras engenharias) contribuindo com o confronto de conceito
teóricos e a prática. São conhecimentos necessários a todos os cursos destas engenharias no Brasil.

Durante o ano são usados em 5 disciplinas com cerca de 752 alunos, no entanto, este equipamento
se encontra sem manutenção, seus controles não apresentam precisão, seu sistema de registro de dados
dos ensaios não está funcionando, necessitando a utilização de um sistema de aquisição de dados para
registrar os resultados obtidos nos ensaios e posteriormente analisa-los.

Nos cursos de engenharia ensina-se que a Manutenção de equipamentos leva a uma maior vida útil,
maior confiabilidade e disponibilidade. No entanto, não temos seguido ao lema do nosso fundador:
”Revelemo-nos mais por atos do que por palavras...”

2. PESQUISA:

Os ensaios mecânicos são utilizados na determinação dos comportamentos mecânicos dos materiais
em função dos diversos tipos de solicitações mecânicas às quais os materiais são submetidos, podendo
assim simular os mais diversos tipos de carga às quais um componente mecânico pode ser submetido.
No entanto a atual condição deste equipamento não possibilita a realização de ensaios que necessitam
de controles precisos dos parâmetros de ensaio e de registro dos resultados obtidos.

O Instituto de Recursos Naturais possui uma máquina Universal de Ensaios marca EMIC com
capacidade de 1000 Toneladas indicada para ensaios de compressão em materiais cerâmicos, e
imprópria para ensaios de materiais metálicos com amostras pequenas e médias (diâmetros maiores do
que 12 mm). Nas pesquisas em materiais metálicos para caracterização nem sempre é possível produzir
amostras grandes.

Por outro lado, o laboratório de ensaios destrutivos e não destrutivos possui uma máquina
Universal de Ensaios marca EMIC modelo DL3000 com capacidade de 30 kN. É uma máquina mais
apropriada para aulas de demonstração dos ensaios e pesquisas em materiais com menor resistência,
como por exemplo, polímeros.
No entanto, para realizar ensaios tração com materiais metálicos só é possível com ensaios com
amostras com diâmetro menor do que 3mm. Esta restrição inviabiliza a confecção de corpos de prova
na oficina mecânica da UNIFEI, forçando a terceirização dos serviços usinagem de corpos de prova para
os ensaios de tração. Acarretando uma oficina mecânica com tempo ocioso e verbas de projeto gasto de
maneira imprópria. A maior perda, como sempre, é para os alunos que poderiam acompanhar e, acima
de tudo, aprender com o serviço feito internamente.

Pelo exposto fica claro que para a pesquisa em materiais metálicos, no momento, estamos com uma
lacuna quanto à carga das máquinas universais: ora muito alta, exigindo corpos de provas muito
grandes, ora muito pequenos, exigindo a confecção de corpos de prova em terceiros. Neste contexto, a
revitalização da máquina KRATOS de 10 Toneladas (100kN) será muito importante para as pesquisas
em materiais metálicos e atenderá os programas de pós-graduação:

 Engenharia Mecânica
 Materiais para Engenharia
 Engenharia de Produção
 Engenharia de Materiais

3. EXTENSÃO :

Os diversos tipos de ensaios mecânicos são muito usados industrialmente, e facilmente poderiam
ser executados no laboratório para empresas da região. Isto poderia gerar recursos para o próprio
laboratório e revertido em material de consumo, gerando um circulo virtuoso. Os equipamentos podem
servir de padrão para as empresas locais, serem usados na determinação das propriedades mecânicas
dos materiais submetidos aos principais tipos de solicitação mecânica. No entanto, estamos no caminho
inverso, os nossos alunos quando precisam de expor os resultados em trabalhos de final de curso,
dissertações, teses e artigos tem buscado outras empresas e instituições para fazer estes testes. Ou seja,
em vez de trazer recursos, a falta de investimento nestes equipamentos está expondo a fragilidade das
nossas condições de trabalho.

Quanto ao patrimônio da UNIFEI:

Segundo a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 205, DE 08 DE ABRIL DE 1988, a respeito da


CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO 9.2.: ”A manutenção periódica deve obedecer às exigências dos
manuais técnicos de cada equipamento ou material permanente, de forma mais racional e econômica
possível para o órgão ou entidade.”

Equipamentos deste tipo são projetados e construídos para atender seus usuários por muito tempo.
Para que esta expectativa seja concretizada, torna-se primordial a prática constante da manutenção
preventiva destes bens. Infelizmente, essa prática apesar de ensinada aos alunos, não esta sendo
aplicada dentro da UNIFEI, ou seja, quando se fala em equipamentos, poucos são os que passam por
manutenção preventiva.

Do ponto de vista da Universidade, a manutenção adequada – preventiva – nos equipamentos traz


inúmeros benefícios. Além de promover a manutenção do valor do equipamento, a manutenção
preventiva vai acarretar em um aumento da vida útil do equipamento, melhoria no desempenho de
equipamentos e instalações em geral, além de garantir a segurança, economia para o proprietário e para
todos os indivíduos que utilizam. Serve com exemplo aos nossos alunos, que equipamentos são bens
públicos que devem ser conservados.
Em uma área tecnológica, é muito relevante manter os equipamentos em bom estado de uso. Porém
uma inovação tecnológica se faz necessário para manter um equipamento em uso. E neste caso, evita-se
o desfazimento de bens, que consiste no consiste no processo de exclusão de um bem do acervo
patrimonial da instituição, de acordo com a legislação vigente e expressamente autorizado pelo Reitor
da Universidade.

Com o passar do tempo, os inconvenientes resultantes da inexistência de atividades de manutenção


preventivas e periódicas se tornam mais frequentes, e ameaçam a confiança dos usuários. Apesar disso,
paradoxalmente, as atividades de manutenção ainda são vistas como um problema financeiro de baixa
prioridade, enquanto deveriam ser consideradas como um investimento, retardando o envelhecimento
e agregando valor aos equipamentos.

Quanto à solicitação de recursos de manutenção em agências de fomento:

Conforme já comentado são equipamentos muito importantes e de custo baixo, isto dificulta a busca
por fomento externo para manutenção. Por exemplo, o edital de Manutenção da FAPEMIG exige que o
equipamento tenha um valor acima de 150 mil reais. Neste caso todos estariam de fora do edital. Só
restando o financiamento interno.

OBJETIVO

Este projeto tem como objetivo a Revitalização da Máquina Universal de Ensaios, na procura de
melhorar o ensino, a pesquisa e a extensão e enfatizando a importância da manutenção de
equipamentos e aplicação de inovação tecnológica na formação dos nossos alunos.

Essa revitalização é necessária devido à taxa de utilização do equipamento que é apresentada na


tabela 1, na qual se encontra listadas as disciplinas, os cursos o número total de alunos por curso e a
carga horária de utilização anual deste equipamento.

(Taxa de utilização do equipamento (por exemplo: número de horas, número de disciplinas, número de alunos) – Peso 2)

Tabela 1 – Taxa de utilização dos equipamentos, disciplinas e cursos de graduação.

Disciplina Cursos Nº de Turmas Total de Carga Horária


(16 alunos) alunos Anual
EME405 – Resistência dos Materiais EME/EMT 8 (2º sem.) 128 6h de 8h
EMA/EEN 4 (2º sem.) 64 6h de 8h
EME438 – Resistência dos Materiais EPR 4 (2º sem.) 64 6h de 8h
EAM/EHD 4 (2º sem.) 64 6h de 8h
ECI 2 (2º sem.) 32 6h de 8h
EBP 2 (2º sem.) 32 6h de 8h
EME505 – resistência dos Materiais 2 EME 6 (1º sem.) 96 6h de 8h
EMT 4 (1º sem.) 64 6h de 8h
EMA 4 (1º sem.) 64 6h de 8h
EME604 – Fratura e Fadiga dos Materiais EME 3 (1º sem.) 48 (1º sem.) 4 de 8h (1º sem.)
3 (2º sem.) 48 (2º sem.) 4 de 8h (2º sem.)
EME039 – Fratura e Fadiga dos Materiais EMT 3 (2º sem.) 48 4 de 8h
Total/ano 752 alunos 66 horas-aula
(Disponibilidade de local para instalação – Peso 2)

Como se trata de revitalização de um equipamento já existente no laboratório, NÃO há necessidade


de área para instalação.

(Equipamentos solicitados devem estar diretamente relacionados a estrutura curricular das disciplinas de graduação e/ou
pós-graduação e/ou a linhas de pesquisa – Peso 2)

As disciplinas de graduação já estão apresentadas na tabela 1. Quanto as disciplinas de pós-


graduação algumas usam de forma mais intensa e outra com caracter eventual. E neste caso é mais
difícil prever a quantidade de alunos. As que já tem usado o Laboratório de Ensaios Destrutivos e Não
Destrutivos (LEN) estão apresentadas na tabela 2 com seus respectivos programas de pós-graduação.

Tabela 2 – Disciplinas e programas de pós-graduação que utilizam o LEN.

Disciplina Sigla Programa de Pós-graduação

Ensaios Mecânicos de Materiais MPF16 Engenharia Mecânica


Mecânica dos Materiais Compósitos MPF17 Engenharia Mecânica
Ensaio de Materiais CMM37 Materiais para Engenharia

(Qualidade do orçamento (existência de cotações de fornecedores) – Peso 1)

(Potencial de modularização (possibilidade de implementar a proposta em várias fases) – Peso 1)

(Equipamentos destinados ao uso preferencialmente compartilhados na estrutura de ensino, extensão, pesquisa científica e
tecnológica – Peso 1)

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