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01 – Ensaio de Fotoelasticidade
(Análise de Tensões)
Análise de Tensões
Objetivo: determinar as tensões que atuam nas faces de cubos elementares que
representam os pontos críticos e permitir estabelecer suas tensões equivalentes com base
em critérios de resistência referentes a cada possível modo de falha.
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Análise de Tensões
Objetivo: definir e analisar os estados de tensões nos diversos pontos críticos de
componentes novos ou daqueles que já entraram em operação e podem apresentar algum
tipo de deterioração pelo uso, para então verificar a admissibilidade de sua utilização
segura.
Confiabilidade
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Análise de Tensões
Importante ferramentas para a análise e otimização que possibilita dimensionar, de modo
rápido e seguro, uma peça a ser fabricada, considerando os requisitos estruturais,
características funcionais e restrições impostas pelo processo de fabricação.
Descontinuidades Geométricas
(Concentradores de Tensões)
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Falhas
Como a falha se dá no ponto de alta tensão localizada, qualquer
descontinuidade, seja ela acidental (falha de fundição, bolha,
risco na usinagem,...) ou intencional (rasgo de chaveta, furo para
pino, escalonamento de diâmetro,...) poderá iniciar tal tipo de
deterioração.
Concentração de tensão
Concentração de tensão
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Concentração de tensão
𝜎 𝑚 á 𝑥 = 𝐾 𝑡 ∙ 𝜎 𝑎𝑣𝑔
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2𝑎
𝐾 𝑡 =1+
𝑏
𝑏2
𝜌=
𝑎
𝑎
𝐾 𝑡 =1+2 ∙
𝜌 √
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𝑎
𝐾 𝑡 =1+2 ∙
𝜌=
𝑏2
√
𝜌
𝑎
𝑏 → 0
𝜌→ 0 } 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐𝑎
𝑎
𝑎
√
𝜌 √
𝑒𝑛𝑡 ã𝑜 𝑎≫𝜌 ,𝑒 ≫1 ∴𝐾 𝑡 =2∙
𝜌
𝐾𝑡→∞
𝜎 𝑚 á 𝑥 = 𝐾 𝑡 ∙ 𝜎 𝑎𝑣𝑔 ∴
{
𝜎 𝑚á 𝑥 → ∞
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Análise de tensões
Análise de tensões e é de
fundamental importância na
otimização de projetos de
componentes, tais como
engrenagens, ganchos, etc.
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Análise de tensões
Existem vários métodos possíveis para a determinação qualitativa e
quantitativa dos níveis e das distribuições de tensões em
componentes.
Entre estes métodos pode-se citar:
os métodos gráficos, como o círculo de Mohr, os métodos numéricos,
como o método dos elementos finitos, e os métodos experimentais
tais como a extensômetria e a fotoelasticidade.
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x y x y
x cos 2 xy sin 2
2 2
x y x y
y cos 2 xy sin 2
2 2
x y
xy sin 2 xy cos 2
2
𝜎 𝑥´− ( 𝜎 +𝜎
𝑥
2 )=( 𝜎
𝑦 𝑥 −𝜎 𝑦
2 )
∙ 𝑐𝑜𝑠 2𝜃 + 𝜏 𝑥𝑦 ∙ 𝑠𝑒𝑛 2𝜃
2 2
𝜎 𝑥+ 𝜎 𝑦 𝜎𝑥−𝜎 𝑦
[ (
𝜎𝑥 ´ −
2 )] +𝜏 2𝑥 ´ 𝑦 ´ =( 2 ) +𝜏 2
𝑥𝑦
Fotoelasticidade
A fotoelasticidade é definida como a técnica experimental para análise de
tensões e de deformações através da utilização de modelos
constituídos de polímeros transparentes os quais apresentam
anisotropia ótica ou birrefringência quando deformados, exibindo um
fenômeno de dupla refração.
Foto + elasticidade
A fotoelasticidade utiliza os conceitos da
ótica (propagação da luz, polarização,
refringência ou refração, reflexão, etc.)
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Foto + elasticidade
• Os materiais possuem a propriedade chamada de elasticidade:
– quando são aplicadas forças a um corpo elástico
• ele sofre uma deformação que desaparecerá quando cessarem
estas forças.
• desde que essas forças não se ultrapassem o limite de
resistência elástica do material.
– os materiais são perfeitamente elásticos, ou seja, sempre
recuperarão a forma original quando cessar a aplicação
das forças.
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Descrição do ensaio
A passagem da luz polarizada através de um material fotoelástico
sob tensão irá gerar franjas luminosas, formar desenhos que
uma vez analisados e medidos, irão determinar as deformações e
tensões do material, com as quais apresenta relações
matemáticas precisas.
Detalhes
1. luz polarizada
2. material fotoelástico
3. franjas luminosas
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1.Luz
• A luz ou raios luminosos:
– pela teoria eletromagnética:
• ondas transversais, com direções de vibração dos campos elétricos e
magnéticos perpendiculares à direção de propagação.
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1.Luz
• As fontes comuns de luz emitem energia radiante:
• que propaga em todas as direções abrangendo todo o espectro de
freqüência de vibrações e comprimentos de onda.
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1.Luz polarizada
• Quando a luz comum atravessa um filtro polarizador,
apenas os componentes dos trens de onda cujos
vetores elétricos vibram paralelamente à direção de
orientação do filtro serão transmitidos, neste caso os
outros vetores elétricos serão absorvidos pelo filtro.
Filtros polarizadores
• Os filtros polarizadores ou Polaróides basicamente são
placas de plástico flexível, nas quais durante o processo
de fabricação são inseridas moléculas de cadeia longa. A
direção de polarização é estabelecida estirando-a de
modo que as moléculas se alinhem todas paralelamente
entre si.
Filtros polarizadores
Caso sejam utilizados dois filtros polarizadores no trajeto luminoso, será de
extrema importância conhecer-se o ângulo formado entre as orientações de
propagação de ambos, pois dele dependerá a intensidade luminosa
transmitida, este fenômeno é equacionado pela Lei de Malus:
I = Im cos2θ
Mínima;
- quando o ângulo θ assumir os valores 90 0 e 2700 (orientações ortogonais)
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2.Refringência
Refringência se refere ao
índice de refração de um
meio.
Todo meio homogêneo,
transparente e isótropo é
um meio refringente.
Um meio é mais
refringente que o outro
quando seu índice de
refração é maior.
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2.Birrefringência
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Birrefringência acidental
• O fenômeno da dupla refração
acidental foi descoberto em
1813 por Seebeck e em 1816
foi relacionado com o estado
de deformação do meio
transparente por David
Brewster, o qual apresentou um
relatório sugerindo a
possibilidade da determinação
experimental de tensões a
partir de modelos estruturais
transparentes.
Martins, G. P.
FOTOELASTICIDADE: Primeiros Passos
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Birrefringência acidental
• Tomemos um material transparente à incidência de uma luz comum,
caso submetendo-o à solicitação de cargas externas apresente dois
índices de refração na incidência de uma luz polarizada, podemos
dizer que este material apresenta a birrefringência acidental.
Material fotoelástico
Um material fotoelástico de uso geral deve possuir certas
propriedades fundamentais:
• boa transparência à luz empregada no polariscópio;
• sensibilidade às tensões e deformações, verificada com um baixo
valor da franja do material e um elevado módulo de elasticidade;
• isotropia ótica e mecânica;
• homogeneidade;
• valor de franja praticamente constante com a temperatura;
• livre de efeito de borda;
• usinável por métodos convencionais;
• livre de tensões residuais;
• baixo custo;
• passível de fundição em grandes tamanhos.
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Polariscópio
O Polariscópio é um equipamento que permite a análise das tensões e
suas distribuições em modelos de materiais transparentes
utilizando-se as técnicas da Fotoelasticidade.
Basicamente um Polariscópio deve possuir:
- fonte de luz
- dois filtros polarizadores ( polarizador e analisador )
- sistema de fixação dos modelos
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Fotoelasticidade
A teoria da fotoelasticidade é regida pela lei de
Brewster a qual estabelece que velocidades de
difração diferentes ou índices de difração diferentes
são provocados pelo estado de tensões no ponto.
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Lei de Brewster
A lei de Brewster determina que a mudança do índice de refração é
proporcional a diferença entre as deformações principais.
Utilizando esta formulação pode-se obter a relação básica para a
medida de deformação, em termos das tensões principais,
denominada de lei ótica das tensões, sendo dada por:
N N N
1 2 f 1 2 f
t c t t
Sendo:
N = ordem da franja isocromática que é lido no
polariscópio;
t = espessura do modelo;
f = fator de calibração ótico do material;
1 e 2 = tensões principais paralelas ao plano do modelo ou
fatia.
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3. Franjas
A informação do ensaio de fotoelasticiade é fornecida em forma
de franjas isóclinas e isocromáticas, tornando-se possível
determinar as direções e intensidades das tensões.
Assim, a análise é realizada a partir da ordem de franjas (N),
que é diretamente proporcional à diferença entre as tensões
principais (σ1 – σ2).
Franjas Isóclinas
Franjas Isocromáticas
(ou Isoclínicas)
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Franjas Isocromáticas
São franjas pretas, onde ocorre a completa extinção da
luz, que aparece em um polariscópio plano observadas
no lugar geométrico dos pontos do modelo que
possuem a mesma direção das tensões principais.
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Franjas Isocromáticas
Por outro lado, o polariscópio possibilita, também, a obtenção da
direção que as tensões principais formam com o sistema de
coordenadas escolhido.
Esta direção pode ser obtida valendo-se da propriedade das
isóclinas:
“Uma isóclina é o local geométrico ao longo do qual as direções das
tensões principais são as mesmas em todos os seus pontos”.
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N
1 2 f
t
Fotoelasticiade
Exemplo de Aplicações
A fotoelasticidade tem em vários campos da engenharia,
medicina, odontologia, podendo citar entre eles:
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Exemplos de Aplicações
1. Determinação precisa de fatores de concentração de tensões;
Exemplos de Aplicações
1. Determinação precisa de fatores de concentração de tensões;
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Kt = (σmax) / (σn)
Kt = (N1) / (N2)
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Exemplos de Aplicações
2. Determinação qualitativa da distribuição de tensões em
componentes, localizando pontos mais solicitados e suas direções
principais para que se possa fazer uma análise posterior por outro
método de análise de tensões tais como a utilização de
extensômetros elétricos, com conseqüente economia;
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Exemplos de Aplicações
3. Determinação das direções principais nos dentes, durante a
mastigação no campo da odontologia;
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Exemplos de Aplicações
4. Determinação da distribuição de tensões na estrutura óssea em
corpos humanos tais como, na coluna, nos membros superiores e
inferiores do corpo humano, em medicina.
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