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A maior parte deste capítulo 8 é uma repetição de diversas passagens da pregação e dos
milagres de Cristo, os quais vimos antes em Mateus e Marcos; todos eles são de tamanha
importância, que vale a pena repeti-los, e assim eles são repetidos, de for ma que não pela
boca de apenas uma, mas de três testemunhas, cada palavra possa ser estabeleci da. Aqui
temos: I. Um relato geral da pregação de Cristo, e de como Ele teve a subsistência para si
mesmo e sua numerosa família pelas contribuições caridosas de pessoas boas, vv. 1-3. II. A
parábola do semeador, e os quatro tipos de terra, com a sua explicação, e algumas inferências
disto, vv. 4-18. III. A preferência que Cristo deu aos seus discípulos obedientes, antes de seus
parentes mais próximos segundo a carne, vv. 19-21. IV Je sus apazigua uma tempestade no
mar, com uma palavra falada, vv. 22-25. V Jesus expulsa uma legião de demônios de um
homem que foi possuído por eles, vv. 26-40. VI. A cura da mulher que tinha um fluxo de
sangue, e a ressurreição da filha de Jairo, vv. 41-56.
Neste capítulo 9 temos: I. A comissão que Cristo entregou aos seus doze apóstolos para saírem
por algum tempo para pregar o Evangelho, e confirmá-lo com milagres, vv. 1-6. II. O terror de
Herodes à grandeza crescente do nosso Senhor Jesus, vv. 7-9. III. A volta dos apóstolos a Cristo,
o seu retiro com eles em um lugar de isolamento, a grande afluência de pessoas a eles apesar
disso, e a alimentação de cinco mil homens com cinco pães e dois peixes, vv. 10-17. IV O
discurso de Cristo com os seus discípulos a respeito de si mesmo e de seus próprios
sofrimentos por eles, e os sofrimentos deles por Ele, vv. 18-27. V A transfiguração de Cristo, vv.
28-36. VI. A cura de um j ovem lunático, vv. 37-42. VII. O repetido aviso que Cristo deu aos seus
discípulos sobre seus sofrimentos iminentes, vv. 43-45. V III. A censura sobre a ambição de
seus discípulos (vv. 46-48), e por eles tentarem monopolizar o poder sobre os demônios para si
mesmos, vv. 49,50. IX. A repreensão que Ele lhes deu por um ressentimento excessivo de uma
afronta que lhe foi feita por uma aldeia de samaritanos, vv. 51-56. X. A resposta que o Senhor
deu a vários que estavam inclinados a segui-lo, mas não com uma inclinação atenciosa, zelosa,
e sincera, vv. 57-62.
Neste capítulo 10 temos: I. A grande comissão que Cristo deu aos setenta discípulos para
anunciar o Evangelho, e para confirmá-lo por milagres; e as instruções completas que o Senhor
lhes deu sobre como agirem na execução de suas comissões, e grandes estímulos nesse
particular, vv. 1-16. II. O relatório que os setenta discípulos fizeram ao seu Mestre do sucesso
de sua missão, e sua conversa logo em seguida, vv. 17-24. III. A conversa de Cristo com um
doutor da lei a respeito do caminho para o céu, e as instruções que o Senhor lhe deu através
de uma parábola, sobre quem era seu próximo. Devemos oferecer bondade a quantos
pudermos, e receber a bondade de todos aqueles que quiserem nos fazer o bem, vv. 25-37. IV
A estada de Cristo na casa de Marta, a censura que Ele fez a ela sobre os seus cuidados com as
coisas do mundo, e o seu elogio a Maria pelo cuidado que tinha para com sua alma, 38-42.
Neste capítulo 11: I. Cristo ensina seus discípulos a orar, e os incentiva e encoraja a serem
frequentes, urgentes e insistentes na oração, vv. 1-13. II. Ele responde plenamente as
imputações blasfemas dos fariseus, que o acusavam de expulsar os demônios em virtude de
uma aliança e associação com Belzebu, o príncipe dos demônios, e mostra o absurdo e a
maldade disto, vv. 14-26. III. Ele mostra que a honra dos discípulos obedientes é maior que
aquela de sua própria mãe, vv. 27-28. IV. Ele repreende os homens daquela geração por sua in
fidelidade e obstinação, não obstante todos os meios de convicção que lhes foram oferecidos,
vv. 29-36. V. Ele reprova severamente os fariseus e as consciências daqueles que se submetiam
a eles, e, por odiarem e perseguirem aqueles que testemunhassem contra a maldade deles, v.
37-54.
Neste capítulo 12, temos diversos discursos excelentes de nosso Salvador sobre várias
ocasiões, muitas das quais possuem o mesmo significado que ti vemos em Mateus, ao se tratar
de ocasiões semelhantes. Porque podemos supor que nosso Senhor Jesus pregou as mesmas
doutrinas, e impôs os mesmos deveres, várias vezes, na presença de vá- rias pessoas. Em nossa
opinião, é possível que al gum dos evangelistas as tenha tomado como tendo sido entregues
em momentos diferentes. Por tanto, precisamos ter preceito sobre preceito, li nha sobre linha.
Aqui: I. Cristo adverte os seus discípulos a se guardarem da hipocrisia, e da covardia ao
professarem o cristianismo e ao prega rem o bendito Evangelho, vv. 1-12. II. O Senhor alerta
contra a cobiça, por ocasião de uma investi da contra si, e ilustra esta advertência através de
uma parábola sobre um homem rico que foi repentinamente interrompido pela morte em
meio aos seus projetos e esperanças terrenas, vv. 13-21. III. Ele encoraja os seus discípulos a
lança rem todo o seu cuidado sobre Deus Pai, e viverem tranquilos em uma dependência de
sua providência, e os exorta a fazerem da religião a sua principal atividade, vv. 22-34. IV Ele os
incita à vigilância pela vinda de seu Mestre, da consideração da recompensa daqueles que
então forem achados fiéis, e o castigo daqueles que forem achados in fiéis, vv. 35-48. V Ele os
avisa que poderão esperar dificuldades e perseguições, vv. 49-53. VI. O Senhor adverte o povo
a observar e aproveitar o dia de suas oportunidades, e a fazer a paz com Deus a tempo, vv. 54-
59.
Neste capítulo 13 temos: I. O bom aproveitamento que Cristo fez da notícia que lhe levaram a
respeito de alguns galileus, que haviam sido recente mente massacrados por Pilatos, quando
estavam sacrificando no templo de Jerusalém, vv. 1-5. II. A parábola da figueira estéril, pela
qual somos ad vertidos a gerar frutos, após o arrependimento ao qual o Senhor havia nos
conclamado na passagem anterior, vv. 6-9. III. A cura que Cristo deu a uma mulher enferma em
um sábado, e a sua justificativa, vv. 10-17. IV Uma repetição das parábolas do grão de
mostarda e do fermento, vv. 18-22. V A resposta do Senhor Jesus à pergunta sobre o nú- mero
de salvos, vv. 23-30. VI. A desconsideração que ele coloca sobre a maldade e as ameaças de
Herodes, e o destino de Jerusalém, vv. 31-35.
Neste capítulo 14 temos: I. A cura que nosso Senhor Jesus operou em um homem hidrópico,
em um sábado, e sua justificativa a esse respeito contra aqueles que se ofenderam por Ele ter
feito um milagre nesse dia, vv. 1-6. II. Uma lição de humildade dada àqueles que eram
ambiciosos, desejando os lugares de maior destaque, vv. 7-11. III. Uma lição de caridade
àqueles que jantavam com os ricos, e que não alimentavam os pobres, vv. 12-14. IV O sucesso
do Evangelho não predito na parábola dos convidados que foram chamados a uma ceia,
significando a rejeição dos judeus e de todos os outros que colocavam os seus corações neste
mundo, e a festa dos gentios e de todos os que vêm para serem satis feitos com Cristo, vv. 15-
24. V A grande lei do discipulado é estabelecida, com uma advertência a todos os que serão
discípulos de Cristo para se incumbirem deliberadamente e com consideração, e
particularmente aos ministros, para que retenham o seu sabor, vv. 25-35.
15 Maus modos, dizemos, geram boas leis. Assim, neste capítulo, a murmuração dos escribas e
fariseus pela graça de Cristo, e pelo favor que Ele demonstrou aos publicanos e pecadores, deu
oportunidade para uma descoberta mais plena desta graça, do que talvez do contrário
deveríamos ter tido nestas três parábolas contidas neste capítulo. O escopo de todas é o
mesmo: mostrar, não que Deus havia dito e jurado no Antigo Testamento, que Ele não sentia
prazer na morte e destruição dos pecadores. Mas, que tinha muito prazer no seu retorno e
arrependimento, e se regozija no acolhimento misericordioso que lhes dá em razão disso. Aqui
está: I. A indignação que os fariseus sentiram por Cristo ter conversado com homens pagãos e
publicanos, e pregado o seu Evangelho a eles, vv. 1,2. II. A justificativa do Senhor. O plano do
Senhor e a tendência das pessoas; muitos tinham sentido o seu efeito, que era levá-los ao
arrependimento e a uma mudança de vida. E não deve ria haver um serviço mais agradável e
mais aceitável a Deus. O Senhor Jesus o mostra nas parábolas: 1. Da ovelha perdida que foi
levada para casa com alegria, vv. 4-7. 2. Da dracma perdida que foi achada com alegria, vv. 8-
10. 3. Do filho perdido que havia sido pródigo, mas que retornou à casa de seu pai, e que foi
recebido com grande alegria, em bora o seu irmão mais velho, como estes escribas e fariseus,
tenha ficado ofendido com isso, vv. 11-32.
Neste capítulo 17 temos: I. Alguns discursos específicos que Cristo dirigiu a seus discípulos, nos
quais Ele os ensina a tomarem cuidado para não escandalizarem, e para perdoarem aqueles
que pecassem contra eles (vv. 1-4), os estimulam a orar pelo aumento de sua fé (vv. 5,6), e
então os ensina a humildade, a despeito de qualquer que fosse o serviço que eles prestassem a
Deus, vv. 7-10. II. A cura de dez leprosos, e o agradecimento que Ele recebeu de apenas um
deles, sendo este um samaritano, vv. 11-19. III. Seu discurso aos discípulos - por ocasião de
uma pergunta dos fariseus - sobre quando o Reino de Deus deveria vir, vv. 20-37.
Neste capítulo 18 temos: I. A parábola da viúva insistente, criada para nos ensinar o fervor na
oração, vv. 1-8. II. A parábola do fariseu e do publicano, criada para nos ensinar a humildade, e
a humilhação pelo pecado, em oração, vv. 9-14. III. O favor de Cristo a crianças que foram
levadas até Ele, vv. 15-17. IV O teste de um jovem rico que tinha a in tenção de seguir a Cristo;
se ele amava mais a Cristo ou suas riquezas; sua reprovação neste teste; e o discurso de Cristo
aos seus discípulos nesta ocasião, vv. 18-30. V. A predição de Cristo de sua própria morte e
sofrimentos, vv. 31-34. VI. A restauração da vista a um cego, vv. 35-43. E, já tivemos estas
quatro passagens anteriormente, em Mateus e Marcos.
Neste capítulo 19, temos: I. A conversão de Zaqueu, o publicano de Jericó, vv. 1-10. II. A
parábola sobre as minas que o rei confiou a seus servos, e sobre seus cidadãos rebeldes, vv.
11-27. III. A entrada triunfal de Cristo (pois foi um triunfo) em Jerusalém; e sua lamentação em
antecipação à destruição daquela cidade, vv. 28-44. IV Seu ensino no Templo, e a expulsão dos
que ali vendiam e compravam, vv. 45-48.
Neste capítulo 19, temos: I. Resposta de Cristo aos principais dos sacerdotes a respeito de sua
autoridade, vv. 1-8. II. Parábola da vinha, arrendada aos lavradores injustos e rebeldes, vv. 9-
19. III. Res posta de Cristo à pergunta que lhe fizeram a res peito de ser lícito pagar tributo a
César, vv. 20-26. IV Sua defesa daquela grande doutrina fundamental das instituições judaicas
e cristãs: a ressurreição dos mortos e a condição futura, diante das críticas tolas dos saduceus,
vv. 27-38. V O desconcerto que Ele causou aos escribas, com uma pergunta a respeito de o
Messias ser o Filho de Davi, vv. 39-44. VI. O conselho que Ele deu aos seus discípulos, para que
se guardassem dos escribas, vv. 45-47. Todas estas passagens, nós já lemos antes nos
Evangelhos de Mateus e Marcos e, por este motivo, não necessitamos estudá-las aqui, exceto
os de talhes que não havia naqueles textos.
Neste capítulo 20, temos: I. Resposta de Cristo aos principais dos sacerdotes a respeito de sua
autoridade, vv. 1-8. II. Parábola da vinha, arrendada aos lavradores injustos e rebeldes, vv. 9-
19. III. Res posta de Cristo à pergunta que lhe fizeram a res peito de ser lícito pagar tributo a
César, vv. 20-26. IV Sua defesa daquela grande doutrina fundamental das instituições judaicas
e cristãs: a ressurreição dos mortos e a condição futura, diante das críticas tolas dos saduceus,
vv. 27-38. V O desconcerto que Ele causou aos escribas, com uma pergunta a respeito de o
Messias ser o Filho de Davi, vv. 39-44. VI. O conselho que Ele deu aos seus discípulos, para que
se guardassem dos escribas, vv. 45-47. Todas estas passagens, nós já lemos antes nos
Evangelhos de Mateus e Marcos e, por este motivo, não necessitamos estudá-las aqui, exceto
os de talhes que não havia naqueles textos.
Neste capítulo 21, temos: I. Uma viúva pobre atraindo a atenção de Cristo, e sendo elogiada
por Ele por lançar duas moedas na arca do tesouro, vv. 1-4. II. Uma predição de eventos
futuros, a seu próprio respeito, em resposta às perguntas dos discípulos, vv. 5-7. 1. Uma
predição daquilo que iria acontecer entre a sua época e a destruição de Jerusalém - o
surgimento de falsos cristos, guerras sangrentas e perseguições aos seguidores de Cristo, vv. 8-
19. 2. Predição da destruição propriamente dita, vv. 20-24. 3. Predição da segunda vinda de
Jesus Cristo, para julgar o mundo, sob o tipo e a figura da sua primeira vinda, vv. 25-33. III.
Uma aplicação prática, sob forma de advertência e conselho (vv. 34-36), e um relato da
pregação de Cristo e da presença do povo na sua pregação, vv. 37,38.
Todos os evangelistas, mesmo quando omitem algo, nos dão um relato particular da morte e
ressurreição de Cristo, porque Ele morreu por nossos pecados, e ressuscitou para a nossa
justifica ção; este evangelista narra este relato de maneira tão completa como os outros, e
inclui muitas circunstâncias e passagens que não lemos antes. Neste capítulo 22, temos: I. O
plano para prender Jesus, e a participação de Judas nele, vv. 1-6. II. A refeição de Páscoa de
Cristo com seus discípulos, vv. 7-18. III. A instituição da Ceia do Senhor, vv. 19,20. IV O sermão
de Cristo aos seus discípulos depois da Ceia, sobre alguns deles, vv. 21-38. V A sua agonia no
jardim, vv. 39-46. VI. A prisão de Cristo, com a ajuda de Judas, vv. 47-53. VII. A negação de
Pedro, vv. 54-62. V III. Os insultos feitos a Cristo por aqueles que o tinham em custódia, e seu
julgamento e a condenação, no tribunal eclesiástico, vv. 63-71.
Este capítulo 23 continua e conclui a história dos sofrimentos e da morte de Cristo. Aqui
temos: I. A sua apresentação diante de Pilatos, o governador romano, vv. 1-5. II. Seu
interrogatório diante de Herodes, que era tetrarca da Galileia, igualmente sujeito aos
romanos, vv. 6-12. III. A luta de Pilatos com o povo, para libertar Jesus, os seus repetidos
testemunhos a respeito da inocência dele, mas, finalmente, a sua rendição à insistência do
povo, condenando Jesus a ser crucificado, vv. 13-25. IV Um relato do que aconteceu enquanto
Jesus era levado para ser crucificado, e as suas palavras às pessoas que o seguiam, vv. 26-31. V
Um relato do que aconteceu no local da execução, e as indignidades feitas a Ele, vv. 32-38. VI.
A conversão de um dos ladrões, enquanto Cristo estava na cruz, vv. 39-43. V II. A morte de
Cristo, e os prodígios que a acompanharam, vv. 44-49. V III. O seu sepultamento, vv. 50-56.
Nosso Senhor Jesus desceu gloriosamente à mor te, apesar da maldade dos seus inimigos, que
fizeram tudo o que podiam para tornar a sua morte desonrosa; mas Ele ressuscitou, ainda mais
gloriosamente, e neste capítulo temos um relato de sua ressurreição - e as provas e evidências
da ressurreição de Cristo são mais detalhadamente relata das por este evangelista do que
foram por Mateus e Marcos. Neste capítulo 24 temos: I. A certeza, dada por dois anjos, às
mulheres que visitaram o sepulcro, de que o Senhor Jesus tinha ressuscitado, conforme sua
própria palavra, da qual os anjos as lembram (vv. 1-7), e o relato aos apóstolos, vv. 8-11. II. A vi
sita que Pedro fez ao sepulcro, e o que ele descobriu ali, vv. 12. III. O encontro de Cristo com
os dois discípulos que iam para Emaús, e seu ato de fazer-se conhecido a eles, vv. 13-35. IV Sua
aparição aos onze discípulos, no final do mesmo dia, vv. 36-49. V O adeus que Ele lhes deu, a
sua ascensão ao céu e a alegria e o louvor dos seus discípulos, que Ele deixou para trás, vv. 50-
53.