Este artigo analisa os potenciais conflitos socioterritoriais resultantes da relação entre a metropolização e a patrimonialização de Brasília. Discute como o Plano Piloto se tornou um símbolo do Estado nacional brasileiro e um patrimônio moderno internacionalmente reconhecido, mas agora está inserido no contexto mais amplo da Área Metropolitana de Brasília. A patrimonialização dessa área central pode catalisar conflitos à medida que a cidade se expande, à medida que os moradores experienciam a metr
Descrição original:
No contexto de formação, transformação e representação da metrópole
terciária Brasília, no Distrito Federal brasileiro, o Plano Piloto (projeto urbanístico do
arquiteto Lúcio Costa, de 1957) constitui-se em símbolo da ideologia espacial que
consagrou o Estado-nacional: perspectiva da ocupação de um interior a ser civilizado,
dominado e explorado. A cidade faz-se referencial simbólico nacional e reconhecido
patrimônio moderno internacional, o que justifica o desvendamento dos potenciais de
conflitos socioterritoriais advindos da relação entre sua patrimonialização e a
metropolização. Logo, Brasília Patrimônio da Humanidade será tratada no contexto da
macrourbanização que, em efeito bumerangue, ao recobrir a totalidade da metrópole
enquanto espaço de vivências múltiplas, cataliza potenciais de conflitos socioterritoriais
junto à patrimonialização desta área que é centralidade funcional metropolitana.
Título original
METROPOLIZAÇÃO, PATRIMONIALIZAÇÃO E POTENCIAIS DE CONFLITOS SOCIOTERRITORIAIS EM BRASÍLIA (DF)
Este artigo analisa os potenciais conflitos socioterritoriais resultantes da relação entre a metropolização e a patrimonialização de Brasília. Discute como o Plano Piloto se tornou um símbol…