Você está na página 1de 187

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE

TEXTO
1. Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção
do assunto, a segunda para prestar atenção às partes.
Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma
ideia.

2. Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que


é absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são.

3. Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para


evitar de se entender justamente o contrário do que
está escrito. Leia duas vezes o comando da questão,
para saber realmente o que se pede.
Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve,
não, sempre, é necessário, correta, incorreta, exceto,
erro etc.

4.Se o comando pede a ideia principal ou tema,


normalmente deve situar-se no primeiro ou no último
parágrafo - introdução e conclusão.

5.Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos


parágrafos intermediários - desenvolvimento.

6.Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais


significativo e/ou fazer observações à margem do texto.
7.Não levar em consideração o que o autor quis
dizer, mas sim o que ele disse; escreveu.

8.Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os


que remetem a outros vocábulos do texto:
pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes
demonstrativos, etc.
QUESTÕES DE CONCURSOS - FCC
(FCC - INSS-Técnico Seguro Social-fevereiro 2012
Atenção: As questões de números 9 a 14 baseiam-
se no texto seguinte.

Em vida, Gustav Mahler (1860-1911), tanto por sua


personalidade artística como por sua obra, foi alvo de
intensas polêmicas – e de desprezo por boa parte da
crítica. A incompreensão estética e o preconceito
antissemita também o acompanhariam postumamente e
foram raros os maestros que, nas décadas que se
seguiram à sua morte, se empenharam na apresentação
de suas obras. Durante os anos 60, porém, uma virada
totalmente inesperada levou a obra de Mahler ao início de
uma era de sucessos sem precedentes, que perdura até
hoje. Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram
o compositor, enquanto gravações discográficas
divulgavam uma obra até então desconhecida do grande
público.
Há uma série de fatores envolvidos na
transformação de Mahler em figura central da história da
música do século XX. A visão de mundo de uma geração
mais jovem certamente teve influência central aqui: o
dilaceramento interior de Mahler, seu interesse pelos
problemas fundamentais da existência humana, seu
pacifismo, seu engajamento contra a opressão social e
seu posicionamento em favor do respeito à integridade da
natureza – tudo isso se tornou, subitamente, muito atual
para a geração que nasceu no pós-guerra.
O amor incondicional de Mahler pela natureza sempre
esteve presente em sua obra. O compositor dedicava
inteiramente à criação musical os meses de verão,
recolhendo-se em pequenas cabanas na paz dos Alpes
austríacos. Em Steinbach, Mahler empreendia longas
caminhadas que lhe proporcionaram inspiração para
sinfonias.
Comparar a simplicidade espartana dessas
casinhas com a enorme complexidade das obras ali
criadas diz muito sobre a genialidade do compositor – e,
sobretudo, sobre a real origem de sua musicalidade.
Totalmente abandonadas e esquecidas na Áustria no
pós-guerra, essas casinhas de Mahler hoje se
transformaram em memoriais, graças à ação da
Sociedade Internacional Gustav Mahler.
O mundo onírico dos Alpes do início do
século XX certamente voltará à memória de
quem, tendo uma imagem desses despojados
retiros musicais de Mahler, voltar a ouvir sua
música grandiosa.

(Adaptado: Klaus Billand. Gustav Mahler: a criação de um


ícone. Revista 18. Ano IV, n. 15, março/abril/ maio de
2006, p. 52-53. Disponível em:
<http.//www.cebrap.org.br/v1/upload/biblioteca_
virtual/GIANNOTTI_Tolerancia%20maxima.pdf> Acesso
em: 22 dez. 2011)
1. Segundo o autor, o reconhecimento da
grandeza artística de Mahler ao longo dos
anos 60 deve-se, em larga medida,
(A) à beleza única de suas obras, para a qual
contribuíram largamente o amor incondicional
do compositor pelos sons e pela musicalidade
da natureza.

(B) à harmonia do conjunto de sua obra, que,


por sua simplicidade intrínseca, pôde ser
amplamente compreendida pelas gerações
seguintes.
(C) ao advento de uma geração cujos
valores, apesar da distância temporal,
correspondiam aos defendidos pelo
compositor.
(D) ao reconhecimento, ainda que tardio, de
sua originalidade por maestros e grandes
intérpretes da música clássica com quem o
compositor convivera.
(E) à ação de organizações culturais que se
dispuseram a divulgar a obra do compositor,
mesmo correndo o risco de sofrer represálias
por parte do público.
2. Considerando-se o contexto, o elemento
grifado foi substituído de maneira
INADEQUADA em:
(A) ... o acompanhariam postumamente... =
após a morte
(B) ... uma era de sucessos sem
precedentes... = inéditos
(C) O amor incondicional de Mahler... =
irrestrito
(D) ... despojados retiros musicais... =singelos
(E) O mundo onírico dos Alpes... = nebuloso
3. Na frase O compositor dedicava inteiramente à criação
musical os meses de verão, o termo sublinhado exerce a
mesma função sintática que o termo em destaque na
frase:

(A)A visão de mundo de uma geração mais jovem teve


influência central aqui.
(B) Intérpretes conhecidos e pesquisadores descobriram
o compositor.
(C) Em vida, Mahler foi alvo de intensas polêmicas.
(D) Mahler empreendia longas caminhadas que lhe
proporcionaram inspiração para grandiosas sinfonias.
(E) Essas casinhas das alturas alpinas hoje se
transformaram em memoriais.
4. Consta que, durante o verão, em meio ......
beleza das montanhas dos Alpes, Mahler
buscava ...... inspiração necessária para compor
sinfonias que, felizmente, foram legadas ......
gerações futuras.

Preenchem corretamente as lacunas da frase


acima, na ordem dada:
(A) à - à - as
(B) a - a - às
(C) à - a - às
(D) a - à - às
(E) à - a - as
5. Está adequado o emprego do elemento
sublinhado em:
(A) Mahler, compositor a quem as gerações seguintes
fizeram justiça, foi muito incompreendido em vida.
(B) A obra de Mahler, na qual tantos manifestaram
incompreensão, acabou marcando o século XX.
(C) Visitando Steinbach, aonde Mahler tanto se
inspirou musicalmente, o turista reconhecerá a paz de
que se beneficiou o compositor.
(D) Mahler amava a paz da natureza, em cuja se valeu
para concentrar-se e compor.
(E) O século XX, ao qual sobressaíram grandes
compositores, como Mahler, foi marcado por criações
bastante polêmicas.
6. As normas de concordância estão plenamente
atendidas em:
(A) Sempre houveram pessoas sensíveis o suficiente
para perceberem a enorme riqueza e a profundidade
que poderiam atingir a música de Mahler.

(B) Entre os que reconheceram o talento de Mahler


em vida está o escultor francês Auguste Rodin, que
esculpiu, em 1909, vários bustos do compositor.

(C) Prematuramente falecido, Mahler não chegou a


usufruir do prestígio que lhe dedicaram, anos depois
de sua morte, a geração seguinte.
(D) Mahler foi regente titular da Ópera Imperial de
Viena, da qual se tornou diretor artístico em 1897,
sendo que, depois de anos no cargo, certas
perseguições os fizera abandonar a função.

(E) Não couberam aos contemporâneos de Mahler


prestar-lhe as justas homenagens que cabem a
um gênio artístico de sua envergadura.
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4a REGIÃO

Atenção: As questões de números 1 a 8


baseiam-se no texto abaixo.
O nascimento da humanidade em jardins
verdejantes com árvores frutíferas faz parte da
mitologia de muitas religiões. Também inspirou
grandes pintores, como o renascentista
Hieronymus Bosch, autor de Jardim do Éden. A
maior pesquisa já feita sobre a diversidade
genética da África, berço da espécie humana há
200.000 anos, muda esse cenário para um
amontoado de areia, pedras e arbustos.
O estudo, realizado pela Universidade da
Pensilvânia, concluiu que o homem moderno surgiu
numa região que hoje se situa na fronteira entre
Angola e Namíbia, no sudoeste do continente
africano. Nessa área vivem os 100.000 integrantes
do povo san, ainda hoje formado por caçadores e
coletores.
Nenhum povo africano tem uma variedade
genética tão grande quanto os sans, e foi justamente
isso que levou os pesquisadores a concluir que seus
antepassados deram origem à humanidade. Sabe-se
que, quanto mais distante da África, menor a
diferenciação de genes das populações que hoje
habitam os quatro cantos do mundo
A explicação é simples. A população original teve
mais tempo para acumular variações em seu
genoma. Chama-se a isso "efeito fundador". As
populações mais distantes da África são
descendentes de grupos migratórios pequenos e
relativamente recentes, o que se traduz num conjunto
genético mais homogêneo.
A pesquisa conclui que os antepassados dos
sans se espalharam pela África. Também calcula o
ponto exato em que um grupo deles – talvez um
bando tribal com não mais que 150 integrantes –
teria deixado a África, há 50.000 anos, cruzando o
Mar Vermelho em direção à Ásia, e daí ganhando o
mundo.
A descoberta reforça a tese, consolidada nas
últimas décadas pelas pesquisas genéticas, de
que a humanidade descende de um pequeno
grupo de "Evas" e "Adãos".
A conclusão de que os sans se
espalharam pela África e se tornaram nossos
antepassados é reforçada pelo fato de certas
características da língua falada por eles estarem
presentes em diversas outras do leste da África,
próximo de onde o homem moderno deixou o
continente. Uma pesquisa de 2003 concluiu que
o idioma dos sans pode guardar a chavepara
explicar a origem da própria linguagem humana.
Por fim, os pesquisadores descobriram
que todos os africanos descendem de
catorze populações. Para obterem esse
resultado, eles compararam os padrões
genéticos com a etnia, a cultura e a língua
dos povos pesquisados. Descobriram fortes
relações entre os traços genéticos e a cultura
de cada povo, com poucas exceções. O
estudo foi festejado como peça-chave para a
compreensão da origem da humanidade, das
migrações que povoaram o planeta e das
adaptações do homem ao meio.
01. Identifica-se o assunto principal do
texto em:
(A) A variedade de traços genéticos encontrados
em todo o continente europeu comprova que
diversos povos africanos se espalharam por todo
o mundo.
(B) A descrição do paraíso bíblico comprova as
alterações geográficas e climáticas que vêm
ocorrendo em alguns continentes durante a
história da humanidade.
(C) As origens da linguagem humana foram
reveladas em 2003, a partir do estudo de uma
língua primitiva falada por todos os catorze
povos do continente africano.
(D) Uma pesquisa com base na
diversidade genética leva à conclusão de
que o homem surgiu numa região
específica da África, que seria, então, o
paraíso descrito na Bíblia.
(E) Alguns povos africanos de diversas
etnias saíram em direção à Europa há
milhões de anos, espalhando sua língua e
seus costumes por todo o continente
europeu.
02. ... de que a humanidade descende de
um pequeno grupo de "Evas" e "Adãos".
(3o parágrafo)
Na afirmativa acima, o autor
(A) torna por base o que consta no relato
bíblico sobre a origem da humanidade como
forma de transmitir informações obtidas pela
ciência.
(B) reafirma a hipótese de fundo religioso
que sempre constituiu a base dos estudos
sobre as mais remotas origens da
humanidade.
(C) conclui, a partir dos dados da
pesquisa, que a humanidade tem sua
origem limitada a um único casal.
(D) ignora as possíveis verdades
existentes num relato que, embora não
tenha caráter científico, estabeleceu as
bases atuais para pesquisas.
(E) introduz as novidades mais recentes
das pesquisas científicas que se propõem
a investigar as origens da espécie
humana.
03. Considere o 2o parágrafo do texto. Está
INCORRETO o que consta em:
(A) Há no parágrafo informação explícita a respeito do
sentido dado à expressão "efeito fundador", marcado pelo
uso das aspas.
(B) As expressões uma variedade genética tão grande e
conjunto genético mais homogêneo apresentam
identidade de sentido.
(C) Na expressão seus antepassados, o pronome faz
referência aos antepassados do povo san.
(D) A variedade genética do povo san chama a atenção de
pesquisadores, levando-os a hipóteses consistentes sobre
a propagação da espécie humana.
(E) Fica evidente que o povo san cultiva, ainda hoje,
hábitos de sociedades primitivas, como a caça e a colheita
do que a natureza produz.
04. - talvez um bando tribal com não mais que
150 integrantes - (3o parágrafo)
O segmento isolado pelos travessões
representa, no texto,
(A) reformulação verídica de um dado com base na
ciência.
(B) reprodução da ideia mais importante do texto.
(C) introdução de informação desnecessária no
contexto.
(D) causa efetiva de um fato reconhecido
cientificamente.
(E) hipótese formulada a partir de estudos
científicos.
05. Também inspirou grandes pintores, como o
renascentista Hieronymus Bosch, autor de Jardim
do Éden. (1º parágrafo)
O verbo que exige o mesmo tipo de complemento
que o grifado acima está na frase:
(A) ... que o homem moderno surgiu numa região ...
(B) ... que hoje se situa na fronteira entre Angola e
Namíbia ...
(C) ... que hoje habitam os quatro cantos do mundo.
(D) A explicação é simples.
(E) ... que todos os africanos descendem de catorze
populações.
06. A conclusão de que os sans se espalharam
pela África ... (4o parágrafo)
A expressão grifada acima preenche
corretamente a lacuna da frase:
(A) A hipótese ...... ....se basearam os estudos
partiu da variedade genética apresentada por um
povo africano.
(B) Os levantamentos ...... os pesquisadores se
dedicaram resultaram na descoberta de
evidências sobre a origem do homem.
(C) A variedade genética de alguns povos leva a
estudos ...... poderiam determinar o local exato da
origem da humanidade.
(D) Os dados ...... todos contavam não
foram suficientes para esclarecer as
premissas consideradas pelos
pesquisadores.
(E) A certeza ...... haveria explicações
consistentes sobre a origem da
humanidade levou pesquisadores ao
continente africano.
07. O estudo foi festejado como peça-chave
para a compreensão da origem da
humanidade ... (final do texto)

O verbo que admite transposição para a voz


passiva, como no exemplo acima, está grifado
na frase:
(A) Nem sempre é possível chegar a respostas
sobre questões importantes para o
esclarecimento da origem da fala humana.
(B) As descobertas de fósseis no continente
europeu contribuíram para o esclarecimento das
migrações de populações africanas primitivas.
(C) Resultados práticos de pesquisas
dependem muitas vezes do acaso ou, até
mesmo, da própria sorte de um
pesquisador.
(D) O mapeamento genético resultante de
pesquisas recentes levará a ciência a
descobrir a cura de inúmeras doenças.
(E) Algumas doenças características de
populações africanas parecem ter
explicação nos estudos de seus.genes.
08. A concordância verbal e nominal está
inteiramente correta na frase:

(A) Os dados obtidos nas pesquisas levam os


especialistas à conclusão de que um pequeno
grupo de uma das tribos africanas teria saído em
busca de melhores condições de vida em lugares
mais distantes.
(B) Pesquisas genéticas abre caminho para a
descoberta do tratamento de certas doenças, pois
sabem-se que pessoas de grupos diferentes
reagem de forma diferenciada aos medicamentos.
(C) O mapeamento genético de povos africanos
têm sido negligenciados porque, segundo
pesquisadores, o acesso aos locais onde vivem é
difícil e ocorre limitações em razão de hábitos e de
crenças.
(D) Será importante para o tratamento de doenças
genéticas de populações, até mesmo as que se
localiza em regiões distantes e de difícil acesso, os
resultados obtidos nas mais recentes pesquisas.
(E) A reconstituição feita a partir de fósseis faciais
mostram como deveria ser o rosto dos homens
primitivos,ou seja, daqueles que teria dado origem
às atuais populações dos países europeus.
Atenção: As questões de números 9 a 13
baseiam-se no texto abaixo.

A pós-modernidade é uma era de


multiplicação das formas de analfabetismo. As
estatísticas referem-se aos estritamente
alfabetizados, aos que aprenderam a ler e
escrever. Mas raramente há referência ao
analfabetismo funcional daquela larga parcela da
população que, ainda que saiba ler e escrever, de
fato não está alfabetizada porque está aquém do
manejo minimamente competente da informação
cultural, como a interpretação daquilo que lê.
A alfabetização constitui apenas um dado
formal. Ela só tem sentido num quadro de
solicitações culturais em que saber ler e escrever
é mais do que o ato em si. Não é raro que a
escola esteja completamente desvinculada das
atividades culturais que lhe dão sentido, como a
leitura, a frequência a bibliotecas, museus e
teatros. Hoje vivemos num cenário em que não é
incomum a combinação de alfabetização e
ignorância, com a capacidade de ler e escrever
reduzida ao uso elementar dos simplismos do
cotidiano.
O universo cultural do analfabetismo tem sido
ampliado no último meio século, anulando com
facilidade os ganhos da alfabetização tradicional da
escrita manual e da leitura do texto impresso. O
advento do microcomputador pessoal criou, em curto
tempo, uma massa de analfabetos até mesmo entre
pessoas com nível superior. A linguagem
computacional invadiu nossa vida como indecifrável
língua estrangeira e nos colocou da noite para o dia à
mercê de técnicos que se esmeram em falar o
"computacionês" incompreensível. A máquina de
calcular livrou-nos dos sofrimentos da tabuada, mas
criou uma geração de ignorantes que faz cálculos
sofisticados sem saber como são feitos.
Saber escrever corretamente a língua portuguesa já não
é necessário, pois programas instalados no computador
corrigem automaticamente a maioria dos erros e
permitem a qualquer semi-alfabetizado escrever quase
com o rigor de Machado de Assis.
Estamos muito longe do ensino necessário para
cobrir a extensa área de cultura que deve ser assimilada
antes da idade adulta para que a pessoa se mova num
patamar próprio das demandas culturais crescentes do
mundo moderno. Nesse sentido, a insuficiência da nossa
escolarização é um instrumento de alargamento do
número dos que podem ser classificados na moderna e
ampla concepção de analfabetismo, não limitada
estritamente ao saber ler e escrever.
09. De acordo com o texto, é INCORRETO afirmar que
(A) o sistema escolar não se encontra preparado para
oferecer atendimento a todas as exigências de um mundo
moderno.
(B) o desenvolvimento da moderna tecnologia impõe
limites até mesmo às pessoas com ampla formação,por
desconhecimento da linguagem própria dessa área.
(C) os escritores atuais desconsideram o uso da língua
portuguesa, apesar de exemplos oferecidos por nomes
como Machado de Assis.
(D) o analfabetismo funcional se aplica ao grande número
de pessoas que são incapazes de entender o sentido mais
abrangente de um texto.
(E) o conceito de analfabetismo no mundo moderno
estende-se bem além do simples fato de alguém ser
capaz de ler e de escrever.
10. Considere as afirmativas a respeito do 2º
parágrafo do texto:

I. O autor defende a ideia de que o computador


trouxe uma série de facilidades, mas também o
agravamento de um cenário que pode gerar uma
leva de analfabetos funcionais.

II. Há no parágrafo um rol de situações que


comprovam a afirmação de que houve ampliação
do universo cultural do analfabetismo.
III. Está implícita a constatação de que métodos
tradicionais de alfabetização não são suficientes
diante dos desafios impostos pela complexidade
do mundo moderno.

Está correto o que consta em


(A) II, somente.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.
11. ... ainda que saiba ler e escrever, de fato
não está alfabetizada porque está aquém do
manejo minimamente competente da
informação cultural, como a interpretação
daquilo que lê. (1o parágrafo)

Com outras palavras, a afirmativa acima


mantém o sentido original em:
(A) apesar de não saber ler e escrever bem,
consegue interpretar de fato o que está escrito,
com o uso de informações de caráter cultural que
a tornam competente.
(B) conquanto domine a leitura e a escrita, não pode
ser considerada alfabetizada, pois não tem
informações culturais suficientes para o entendimento
preciso do que está lendo.
(C) sem saber ler e escrever, não se atinge qualquer
informação cultural, que vai depender da
interpretação do que é possível entender.
(D) para ser considerada alfabetizada no total, é
preciso saber ler e escrever, com a interpretação das
informações culturais obtidas no que se lê.
(E) saber ler e escrever o que, aliás, não se trata de
ser alfabetizada por inteiro, já que a interpretação do
que lê está nas informações culturais.
12. A expressão transcrita sem alteração do sentido
original é:
(A) num quadro de solicitações culturais = com a enorme
oferta de informações na área da cultura.
(B) à mercê de técnicos = graças à atenção de
profissionais experientes.
(C) que faz cálculos sofisticados sem saber como são
feitos = que consegue raciocínios inteiramente lógicos
mesmo sem conhecer sua origem.
(D) para que a pessoa se mova num patamar próprio das
demandas culturais = para que uma pessoa possa
interagir num nível apropriado às solicitações do universo
cultural.
(E) não limitada estritamente ao saber ler e escrever = que
se baseia no conhecimento da leitura e da escrita.
13. Não é raro que a escola esteja completamente
desvinculada das atividades culturais .... (1º
parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo
em que se encontra o grifado acima está na frase:
(A) Mas raramente há referência ao analfabetismo
funcional daquela larga parcela da população ...
(B) ... porque está aquém do manejo minimamente
competente da informação cultural
(C) ... ainda que saiba ler e escrever ...
(D) ... que se esmeram em falar o "computacionês“
incompreensível.
(E) ... e permitem a qualquer semi-alfabetizado
14. Particularidades sociais ajudam ...... compreender
o cenário de desestímulo ...... alfabetização, que se
reflete nos dados estatísticos, associando o
analfabetismo ...... porcentagem de desempregados
no Brasil.

As lacunas da frase acima estarão corretamente


preenchidas, respectivamente, por:
(A) a - a - à
(B) a - à - à
(C) à - à - a
(D) à - a - à
(E) a - a – a
15. Considere:
As decisões referentes ...... medidas que dizem
respeito...... toda a sociedade devem ser tomadas
com sabedoria, cada uma ...... seu tempo.

As lacunas da frase acima estarão


corretamente preenchidas, respectivamente,
por:
(A) as - à - à
(B) às - a - a
(C) às - à - a
(D) às - a - à
(E) as - a - à
16. Na Antiguidade, os egípcios tinham nas letras um
objeto sagrado, inventado pelos deuses.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em


que se encontra o grifado acima está em:
(A) Por meio da observação do cérebro de crianças e
adultos, verificou-se de forma bastante clara ...
(B) ... que o ato de escrever desencadeia ligações entre
os neurônios ...
(C) Com a digitação, essa área fica inativa.
(D) ... a caligrafia constava entre as habilidades avaliadas
nos exames de admissão do antigo ginásio até a década
de 70 ...
(E) ... entre as gerações que chegam aos bancos
escolares.
Atenção: As questões de números 17 a 22
baseiam-se no texto seguinte.
No início, o uso em larga escala do petróleo
teve um impacto ambiental positivo. Quando o
querosene se mostrou mais eficiente e barato para a
iluminação, a matança de baleias, que forneciam o
óleo dos lampiões e lamparinas, caiu drasticamente.
Desde então, descobriram-se mil e uma utilidades
para o petróleo. Um site dos EUA chegou a listar
quase dois mil produtos de uso cotidiano que não
poderiam ser feitos ou teriam custos proibitivos sem o
petróleo. Entre eles a aspirina, o capacete de
motociclista e o paraquedas.
Portanto, a era do petróleo está ainda muito
longe de ser completamente substituída por
aquilo que se convencionou chamar de Era do
Verde. Em vez de acabar, a cada dia se
descobrem novos usos para as fibras sintéticas
oriundas do petróleo, novos usos para seus
múltiplos elementos químicos, que têm as
moléculas quebradas pelo calor para dar origem a
outro elemento, a outro produto. A maioria desses
usos é nobre, já que eles aumentam o nosso
conforto, o nosso bem-estar, a nossa saúde.
O grande problema da indústria petroquímica é
ter como insumo básico um bem finito, o petróleo,
fato que a torna insustentável no tempo. Além
disso, é altamente poluente.

(Manuel Lume. CartaCapital, 27 de abril de 2011. p.52-55, com


adaptações)

17. O autor
(A) defende um maior controle no uso do
petróleo, embora ele tenha propiciado um grande
avanço tecnológico com a obtenção de produtos
diversos, utilizados na rotina diária.
(B) indica os diversos benefícios trazidos à saúde
humana pelo petróleo, especialmente devido às
pesquisas destinadas à produção de medicamentos
novos e mais eficazes.
(C) analisa, com base em exemplos e observações, a
importância do petróleo no mundo moderno,
conquanto se trate de um produto não renovável e
bastante poluidor.
(D) assinala a tendência atual de substituição do
petróleo por produtos ecológicos, por serem estes não
poluentes e, ainda, respeitarem o meio ambiente.
(E) discute a necessidade de substituição do petróleo
por fontes alternativas, voltadas para a preservação do
ambiente e, ao mesmo tempo, para a saúde humana.
18. A maioria desses usos é nobre, já que eles
aumentam o nosso conforto, o nosso bem-estar, a
nossa saúde.

Considere as afirmativas seguintes sobre o


emprego das vírgulas no segmento acima.
I. A vírgula colocada após é nobre pode ser
retirada, sem prejuízo da correção.

II. A vírgula que separa as expressões o nosso


bem estar, a nossa saúde pode ser corretamente
substituída por um e.
III. A vírgula após a expressão o nosso conforto
pode ser substituída por dois-pontos, sem
prejuízo da correção e do sentido original.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.
19. A maioria desses usos é nobre, já que eles
aumentam o nosso conforto, o nosso bem-estar, a
nossa saúde. O grande problema da indústria
petroquímica é ter como insumo básico um bem
finito, o petróleo, fato que a torna insustentável no
tempo.
A 2a frase apresenta, com relação à 1a, noção
de
(A) consequência.
(B) finalidade.
(C) ressalva.
(D) proporcionalidade.
(E) temporalidade.
20. ... que forneciam o óleo dos lampiões e
lamparinas, caiu drasticamente. (1o parágrafo)

O emprego das formas verbais grifadas acima


indica, respectivamente,
(A) ação contínua no passado e fato consumado.
(B) hipótese que pode ser comprovada e declaração
prolongada no tempo.
(C) ideia aproximada e fato que acontece
habitualmente.
(D) fato anterior a outro também passado e ação
repetida.
(E) fato terminado e declaração enfática de um fato.
21. O segmento grifado está sendo substituído
pelo pronome de modo INCORRETO em:

(A) teve um impacto ambiental positivo = teve-o


(B) que forneciam o óleo dos lampiões e
lamparinas = que o forneciam
(C) teriam custos proibitivos = tê-los-iam
(D) que têm as moléculas = que têm-las
(E) já que eles aumentam, o nosso conforto = já
que eles o aumentam
22. A concordância verbal e nominal está
inteiramente correta em:

(A) O mundo moderno, apesar das pesquisas que


se desenvolve atualmente, ainda dependem dos
derivados de petróleo.
(B) É sabido de todos as situações que resulta
em desastre para o meio ambiente do uso
excessivo de pesticidas agrícolas.
(C) Tem sido feito, em todo o planeta, esforços no
sentido de preservar os recursos naturais, muitos
dos quais já vem se esgotando.
(D) A água, um dos recursos naturais
essenciais à vida no planeta, já se mostram
escassos em regiões bastante populosas.
(E) A garantia de sobrevivência de nossa
espécie deverá basear-se na
conscientização sobre a necessária
preservação dos recursos naturais.
23. ... o som do choro preenchia todos os
espaços.
O verbo empregado nos mesmos tempo e modo
que o grifado na frase acima está em:
(A) Não tardaria, entretanto, a revelar seu talento ..
(B) “O Brasil jamais produziu um músico popular
dessa envergadura”...
(C) Fator fundamental para isso foi sua experiência
nas diversas formações ...
(D) ... o 12o de 14 irmãos resignava-se a espiadelas
pela porta entreaberta do quarto.
(E) ... atesta o maestro Caio Cezar.

.
24. Pixinguinha incorporou elementos brasileiros
às técnicas de orquestração.

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento


que o grifado acima está em:

(A) “As orquestras dos teatros de revista também foram


fundamentais para a formação dele como arranjador”.
(B) “O Brasil jamais produziu um músico popular dessa
envergadura”...
(C) Ele divide com o neto de Pixinguinha, Marcelo Vianna,
a direção musical da exposição...
(D) ... o som do choro preenchia todos os espaços.
(E) Na imagem desbotada, ele empunha um cavaquinho.
25. A substituição do elemento grifado pelo
pronome correspondente, com os necessários
ajustes no segmento, foi realizada
corretamente em:

(A) ele empunha um cavaquinho = ele lhe


empunha
(B) Pixinguinha incorporou elementos brasileiros
= Pixinguinha incorporou-nos
(C) a revelar seu talento = a revelá-lo
(D) uniu o saber das notas musicais = uniu-lo-as
(E) o som do choro preenchia todos os espaços =
o som do choro preenchia-lhes
26. “O Brasil jamais produziu um músico
popular dessa envergadura”, atesta o maestro
Caio Cezar.

O segmento em destaque exerce na frase


acima a mesma função sintática que o
elemento grifado em:

(A) “As orquestras dos teatros de revista também


foram fundamentais para a formação dele como
arranjador”.
(B) ... o músico “uniu o saber das notas musicais
à riqueza da cultura popular ...”
(C) Quem comandava o sarau era o patriarca, um flautista
amador.
(D) O raro domínio técnico como intérprete, o talento para
compor e arranjar e a permeabilidade às novas
sonoridades acabaram por fazer de Pixinguinha um artista
inigualável.
(E) ... foto em que toda a família aparece junta, cada qual
com seu instrumento.

27. O verbo empregado no singular que também


poderia ter sido corretamente empregado no plural
está grifado em:
(A) Ainda pequeno para se juntar ao grupo instalado na
sala, o 12o de 14 irmãos resignava-se a espiadelas pela
porta entreaberta do quarto.
(B) Fator fundamental para isso foi sua
experiência nas diversas formações em que
atuou...
(C) No casarão dos Vianna no Catumbi, que no
fim do século XIX era um bucólico bairro carioca,
o som do choro preenchia todos os espaços.
(D) Não tardaria, entretanto, a revelar seu talento
e conquistar o direito de fazer parte da foto em
que toda a família aparece junta, cada qual com
seu instrumento.
(E) Pouco depois viria a flauta de prata
presenteada pelo pai, as aulas de música e os
convites para tocar nas festas de família.
28. Atente para as afirmações abaixo sobre a
pontuação empregada em segmentos
transcritos do texto.
I. No casarão dos Vianna no Catumbi, que no fim
do século XIX era um bucólico bairro carioca, o
som do choro preenchia todos os espaços.
A retirada simultânea das vírgulas manteria a
correção e o sentido da frase.

II. O ano era 1865 e o garoto de 11 anos, Alfredo


da Rocha Vianna Júnior, o Pixinguinha.
A vírgula colocada imediatamente depois de 11
anos indica a ausência do verbo era.
III. Fator fundamental para isso foi sua
experiência nas diversas formações em que
atuou: bandas, orquestras regionais e conjuntos
de choro e samba.
Os dois-pontos poderiam ser substituídos por uma
vírgula, sem prejuízo para a correção e o sentido
da frase.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) I e II.
(D) I e III.
(E) II e III
29. No meio de nós havia apenas um menino
que já o tinha visto.

O emprego da forma verbal grifada na frase


acima indica tratar-se de ação
(A) posterior à época de que se fala.
(B) simultânea a outra ação ocorrida no passado.
(C) anterior a outra ação ocorrida no passado.
(D) habitual, ainda que não exercida no momento
da fala.
(E) repetida ao longo de certo tempo no passado.
30. É de se pensar que mesmo os que nasceram
no litoral, habituados ...... ver o mar desde
pequenos, não são imunes...... magia da
contemplação marinha, mas nada talvez se
compare ...... visão extática daqueles que, já
adultos,o contemplam pela primeira vez.
Preenchem corretamente as lacunas da frase
acima, na ordem dada:
(A) a - à - à
(B) à - à - a
(C) a - a - à
(D) à - a - à
(E) a - à – a
31.Não admite alteração de voz verbal a frase:

(A)Tantos carros incendiados nas ruas estão


dando um recado claro.
(B) Que papel caberá, enfim, ao deus Mercado?
(C ) A globalização vem favorecendo a
concentração de renda.
(D)E esse Primeiro Mundo, que exibe agora sua
população de humilhados?
(E) Os jovens das periferias urbanas não estão
vendo futuro algum em suas vidas.
32. ... os portos da Amazônia têm um sistema
de braços flutuantes ...
O verbo que exige o mesmo tipo de
complemento que o do grifado acima está na
frase:
(A) ... choveu menos na Amazônia.
(B) ... assim como aconteceu no início do século
XX.
(C )... duplicando o impacto sobre o ambiente.
(D) ... que se trata de variações médias ao longo
de três décadas.
(E) ... a atual seca se torna mais relativa.
33.Os mineradores de agora escavam as
mesmas beiras de rios...

O mesmo tipo de complemento exigido pelo


verbo grifado acima está na frase:
(A) ... derivam de uma pobreza quase absoluta.
(B) ... na fé de achar alguma pedra brilhante...
(C) ... as margens do Caldeirão parecem um
campo de batalha.
(D) ... que garimpos são terrenos de contrastes...
(E) ... ainda ocorre nas companhias mineradoras
da África.
34. As normas de concordância estão
inteiramente respeitadas na frase:
(A) Configura-se nas frequentes invasões dos
escritórios de advocacia o desrespeito a
prerrogativas constitucionais.
(B) Não cabem às autoridades policiais valer-se de
ordens superiores para justificar a violência dessas
invasões.
(C ) Submetido com frequência a esse tipo de
constrangimento, os advogados se vêm forçados a
revelar informações confidenciais de seus clientes.
(D)Tem ocorrido, de uns tempos para cá, inúmeras
entradas forçosas da polícia em escritórios de
advocacia.
(E) Se não lhes convêm cumprir determinadas
medidas, cabe aos advogados recorrer às
instâncias superiores da justiça.
35.Quanto à concordância verbal, a frase
inteiramente correta é:
(A) Não costumam ocorrer, em reuniões de gente
interessada na discussão de um problema comum,
conflitos que uma boa exposição dos argumentos não
possam resolver.
(B) Quando há desrespeito recíproco, as razões de
cada candidato, mesmo quando justas em si mesmas,
acaba por se dissolverem em meio às insolências e
aos excessos.
(C) O maior dos paradoxos das eleições, de acordo
com as ponderações do autor, se verificariam nos
caminhos nada democráticos que se trilha para
defender a democracia.
(D) Quando se torna acirrado, nos debates
eleitorais, o ânimo dos candidatos envolvidos, é
muito difícil apurar de quem provém os melhores
argumentos.
(E) Insatisfeitos com o tom maniqueísta e
autoritário de que se valem os candidatos numa
campanha, os eleitores franceses escolheram o
que lhes pareceu menos insolente.
36.O Conselho Nacional de Justiça precisará
de segmentos setoriais...

O mesmo tipo de complemento exigido pelo


verbo grifado acima está na frase:
(A) ... mas valem apenas para os advogados
privados...
(B) ... tornando-a mais rápida...
(C)... limita a liberdade dos juízes...
(D) ... e pode permitir a influência do Executivo...
(E) ... se a aplicação for restrita a matérias
tributárias...
37.O acento indicativo da crase está
corretamente empregado em:
(A) Entre os romanos, o conceito de “família”
chegou à incluir os escravos.
(B) É necessário cuidado ao se conferirem certos
direitos à jovens imaturos.
(C) Certos pretores, à pretexto de melhor julgar,
interpretaram o direito constituído.
(D) Deve-se a decisão do juiz principalmente às
considerações finais do advogado.
(E) Aquela orientação diz respeito à questões
judiciais envolvendo menores.
38.Quanto à necessidade ou não do sinal de
crase, está inteiramente correto o que se lê em:
(A)Esse grande físico não pertenceu àquele grupo
de cientistas que se mantinham a margem das
contingências, desalentos ao mundo à sua volta.
(B) Einstein não se limitou à escrever textos
científicos; lançou-se à roda dos grandes debates
políticos internacionais, à cuja órbita se prendiam
as decisões cruciais do pós-guerra.
(C )O cerceamento à liberdade, nos regimes
totalitários, leva a indignação coletiva às alturas
quando os que mais têm a dizer são intimados a
calar-se.
(D)Não cabe à qualquer pessoa levar a cabo uma
experiência científica, mas à toda gente cabe
decidir sobre o emprego que se dará às novas
ferramentas da ciência.
(E) Com os nervos à flor da pele, assistimos na TV
à uma cena em que um homem rude, promovido a
condição de milagreiro, dava início a tão
anunciada intervenção cirúrgica.
39.Considere as seguintes frases:
I.O autor lamenta a situação dos jovens de hoje,
que vivem o tempo como uma espécie de presente
contínuo.
II.Ao final do século XIX, ocorreu o esquecimento
dos mecanismos sociais que vinculam nossa
experiência pessoal à das gerações passadas.
III.Preservemos a memória do passado, cujas
experiências encerram lições ainda vivas.
A eliminação da vírgula acarretará
alteração de sentido APENAS para o que
está em
(A) III
(B) I e II
(C )I e III
(D) I
(E) II
40. Considere as seguintes frases:
I.Tenho sempre saudades dos tios, que tanto fizeram
por mim.
II.Ela me passou as informações, apenas, necessárias
para a inscrição no concurso.
III.Durante o dia todo, ela ficou se lastimando por não
haver cumprido a promessa.

A supressão de vírgula(s) altera o sentido do que


está em
(A) I, II e III.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) II, somente.
Discriminar ou discriminar?
Os dicionários não são úteis apenas para
esclarecer o sentido de um vocábulo; ajudam, com
frequência, a iluminar teses controvertidas e
mesmo a incendiar debates. Vamos ao Dicionário
Houaiss, ao verbete discriminar, e lá encontramos,
entre outras, estas duas acepções: a) perceber
diferenças; distinguir, discernir; b) tratar mal ou de
modo injusto, desigual, um indivíduo ou grupo de
indivíduos, em razão de alguma característica
pessoal, cor da pele, classe social, convicções etc.
Na primeira acepção, discriminar é dar atenção
às diferenças, supõe um preciso discernimento; o
termo transpira o sentido positivo de quem reconhece
e considera o estatuto do que é diferente. Discriminar
o certo do errado é o primeiro passo no caminho da
ética. Já na segunda acepção, discriminar é deixar agir
o preconceito, é disseminar o juízo preconcebido.
Discriminar alguém: fazê-lo objeto de nossa
intolerância.
Diz-se que tratar igualmente os desiguais é
perpetuar a desigualdade. Nesse caso, deixar de
discriminar (no sentido de discernir) é permitir que uma
discriminação continue (no sentido de preconceito).
Estamos vivendo uma época em que a bandeira da
discriminação se apresenta em seu sentido mais
positivo: trata-se de aplicar políticas afirmativas para
promover aqueles que vêm sofrendo discriminações
históricas. Mas há, por outro lado, quem veja nessas
propostas afirmativas a forma mais censurável de
discriminação... É o caso das cotas especiais para
vagas numa universidade ou numa empresa: é uma
discriminação, cujo sentido positivo ou negativo
depende da convicção de quem a avalia. As acepções
são inconciliáveis, mas estão no mesmo verbete do
dicionário e se mostram vivas na mesma sociedade.
41.A afirmação de que os dicionários podem ajudar
a incendiar debates confirma-se, no texto, pelo fato
de que o verbete discriminar
(A) padece de um sentido vago e impreciso, gerando
por isso inúmeras controvérsias entre os usuários.
(B) apresenta um sentido secundário, variante de seu
sentido principal, que não é reconhecido por todos.
(C) abona tanto o sentido legítimo como o ilegítimo
que se costuma atribuir a esse vocábulo.
(D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se
trata de determinar a origem de um vocábulo.
(E) desdobra-se em acepções contraditórias que
correspondem a convicções incompatíveis.
42.Diz-se que tratar igualmente os desiguais é
perpetuar a desigualdade.
Da afirmação acima é coerente deduzir esta outra:
(A) Os homens são desiguais porque foram tratados
com o mesmo critério de igualdade.
(B) A igualdade só é alcançável se abolida a fixação de
um mesmo critério para casos muito diferentes.
(C) Quando todos os desiguais são tratados
desigualmente, a desigualdade definitiva torna-se
aceitável.
(D) Uma forma de perpetuar a igualdade está em
sempre tratar os iguais como se fossem desiguais.
(E) Critérios diferentes implicam desigualdades tais
que os injustiçados são sempre os mesmos.
43.Considerando-se o contexto, traduz-se
adequadamente o sentido de um segmento em:
(A) iluminar teses controvertidas (1o parágrafo) =
amainar posições dubitativas.
(B) um preciso discernimento (2o parágrafo) = uma
arraigada dissuasão.
(C) disseminar o juízo preconcebido (2o parágrafo)
= dissuadir o julgamento predestinado.
(D) a forma mais censurável (3o parágrafo) = o
modo mais repreensível.
(E) As acepções são inconciliáveis (3o parágrafo)
= as são inatacáveis.
44. As normas de concordância verbal
encontram-se plenamente observadas em:
(A) A utilidade dos dicionários, mormente quando
se trata de palavras polissêmicas, manifestam-se
nas argumentações ideológicas.

(B) Não se notam, entre os preconceituosos,


qualquer disposição para discutir o sentido de um
juízo e as consequências de sua difusão.

(C) Não convém aos injustiçados reclamar por


igualdade tratamento quando esta pode levá-los a
permanecer na situação de desigualdade.
.
(D) Como discernimento e preconceito são duas
acepções de discriminação, hão que se
esclarecer o sentido pretendido.

(E) Uma das maneiras mais odiosas de refutar os


argumentos de alguém surgem na utilização de
preconceitos já cristalizados
45. Estamos vivendo uma época em que a
bandeira da discriminação se apresenta em seu
sentido mais positivo: trata-se de aplicar
políticas afirmativas para promover aqueles
que vêm sofrendo discriminações históricas.

Mantém-se adequada correlação entre tempos


e modos verbais com a substituição das
formas sublinhadas no trecho acima, na ordem
dada, por:
(A) Estávamos - apresentava - tratava-se - vinham

(B) Estaríamos - apresentara - tratava-se -


viessem

(C) Estaremos - apresente - tratar-se-ia - venham

(D) Estávamos - apresentou - tratar-se-á - venham

(E) Estaremos - apresentara - tratava-se – viessem


46. É preciso reelaborar, para sanar falha
estrutural, a redação da seguinte frase:
(A) O autor do texto chama a atenção para o
fato de que o desejo de promover a
igualdade corre o risco de obter um efeito
contrário.

(B) Embora haja quem aposte no critério


único de julgamento, para se promover a
igualdade, visto que desconsideram o risco
do contrário.
(C) Quem vê como justa a aplicação de um
mesmo critério para julgar casos diferentes não crê
que isso reafirme uma situação de injustiça.

(D) Muitas vezes é preciso corrigir certas


distorções aplicando- se medidas que, à primeira
vista, parecem em si mesmas distorcidas.

(E) Em nossa época, há desequilíbrios sociais tão


graves que tornam necessários os desequilíbrios
compensatórios de uma ação corretiva.
47. Está correto o emprego da expressão
sublinhada em:

(A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para


bem discriminarmos o sentido das palavras em
cujas resida alguma ambiguidade.

(B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas,


pelas quais muitos se contrapuseram por
considerá-las discriminatórias.
(C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas,
com as quais tantos aderiram, instaurou-se um
caloroso debate público.

(D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas,


dessas em que não conta quem vê cada palavra
como a expressão de um único sentido.

(E) Esclarece-nos o texto as acepções da palavra


discriminação, pela qual se expressam ações
inteiramente divergentes.
FCC- TRT- 11ª. REGIÃO
Analista Judiciário / Área Administrativa
Atenção: As questões de números 1 a 7
referem-se ao texto seguinte.

Fotografias
Toda fotografia é um portal aberto para outra
dimensão: o passado. A câmara fotográfica é uma
verdadeira máquina do tempo, transformando o
que é naquilo que já não é mais, porque o que
temos diante dos olhos é transmudado
imediatamente em passado no momento do clique.
Costumamos dizer que a fotografia congela
o tempo, preservando um momento passageiro
para toda a eternidade, e isso não deixa de ser
verdade. Todavia, existe algo que descongela essa
imagem: nosso olhar. Em francês, imagem e
magia contêm as mesmas cinco letras: image e
magie. Toda imagem é magia, e nosso olhar é a
varinha de condão que descongela o instante
aprisionado nas geleiras eternas do tempo
fotográfico.
Toda fotografia é uma espécie de espelho
da Alice do País das Maravilhas, e cada pessoa
que mergulha nesse espelho de papel sai numa
dimensão diferente e vivencia experiências
diversas, pois o lado de lá é como o albergue
espanhol do ditado: cada um só encontra nele o
que trouxe consigo. Além disso, o significado de
uma imagem muda com o passar do tempo, até
para o mesmo observador.
Variam, também, os níveis de percepção de
uma fotografia. Isso ocorre, na verdade, com
todas as artes: um músico, por exemplo, é capaz
de perceber dimensões sonoras inteiramente
insuspeitas para os leigos. Da mesma forma, um
fotógrafo profissional lê as imagens fotográficas
de modo diferente daqueles que desconhecem a
sintaxe da fotografia, a “escrita da luz”. Mas é
difícil imaginar alguém que seja insensível à
magia de uma foto.
01. O segmento do texto que ressalta a ação
mesma da percepção de uma foto é:

(A) A câmara fotográfica é uma verdadeira


máquina do tempo.
(B) a fotografia congela o tempo.
(C) nosso olhar é a varinha de condão que
descongela o instante aprisionado.
(D) o significado de uma imagem muda com o
passar do tempo.
(E) Mas é difícil imaginar alguém que seja
insensível à magia de uma foto.
02. No contexto do último parágrafo, a
referência aos vários níveis de percepção de
uma fotografia remete
(A) à diversidade das qualidades intrínsecas de
uma foto.
(B) às diferenças de qualificação do olhar dos
observadores.
(C) aos graus de insensibilidade de alguns diante
de uma foto.
(D) às relações que a fotografia mantém com as
outras artes.
(E) aos vários tempos que cada fotografia
representa em si mesma.
03. Atente para as seguintes afirmações:
I. Ao dizer, no primeiro parágrafo, que a fotografia
congela o tempo, o autor defende a ideia de que a
realidade apreendida numa foto já não pertence a
tempo algum.
II. No segundo parágrafo, a menção ao ditado
sobre o albergue espanhol tem por finalidade
sugerir que o olhar do observador não interfere no
sentido próprio e particular de uma foto.
III. Um fotógrafo profissional, conforme sugere o
terceiro parágrafo, vê não apenas uma foto, mas
os recursos de uma linguagem específica nela
fixados.
Em relação ao texto, está correto o que se
afirma SOMENTE em

(A) I e II.
(B) II e III.
(C) I.
(D) II.
(E) III.
04. No contexto do primeiro parágrafo, o segmento
Todavia, existe algo que descongela essa imagem
pode ser substituído, sem prejuízo para a correção
e a coerência do texto, por:

(A) Tendo isso em vista, há que se descongelar essa


imagem.
(B) Ainda assim, há mais que uma imagem
descongelada.
(C) Apesar de tudo, essa imagem descongela algo.
(D) Há, não obstante, o que faz essa imagem
descongelar.
(E) Há algo, outrossim, que essa imagem
descongelará.
05. O verbo indicado entre parênteses deverá
ser flexionado no plural para preencher
corretamente a lacuna da frase:

(A) Nem todos discriminam, numa foto, os


predicados mágicos que a ela se ...... (atribuir)
nesse texto.

(B) Os tempos que ...... (documentar) uma


simples foto, aparentemente congelada, são
complexos e estimulantes.
(C) A associação entre músicos e fotógrafos
profissionais ...... (remeter) às especificidades de
cada tipo de sintaxe.

(D) A poucos ...... (costumar) ocorrer que as


fotografias podem enfeixar admiráveis atributos
estéticos, como obras de arte que são.

(E) Imaginem-se os sustos que não ...... (ter)


causado aos nativos de tribos remotas a visão de
seus rostos fotografados!
06. Existe transposição de uma voz verbal para
outra em:

(A) Variam os níveis de percepção de uma


fotografia = São vários os níveis de percepção de
uma fotografia.

(B) As fotografias são uma espécie de espelhos =


As fotografias tornam-se uma espécie de
espelhos.
(C) A percepção de uma imagem muda com o
passar do tempo = O passar do tempo muda a
percepção de uma imagem.

(D) Os olhares hão de descongelar cada imagem =


Cada imagem há de ser descongelada pelos
olhares.

(E) Certas fotos se assemelham a espelhos = Há


espelhos aos quais certas fotos se tornam
semelhantes.
07. Está plenamente adequada a pontuação da
seguinte frase:
(A) As fotografias, por prosaicas que possam ser,
representam um corte temporal, brecha no tempo
por onde entra nosso olhar, capturado que foi pela
magia da imagem e por ela instado a uma viagem
imaginária.

(B) As fotografias, por prosaicas que possam ser


representam um corte temporal; brecha no tempo,
por onde entra nosso olhar capturado, que foi pela
magia da imagem, e por ela instado a uma viagem
imaginária.
(C) As fotografias por prosaicas, que possam ser,
representam um corte temporal: brecha no tempo por
onde entra nosso olhar, capturado que foi, pela magia
da imagem, e por ela instado a uma viagem
imaginária.
(D) As fotografias por prosaicas, que possam ser
representam, um corte temporal, brecha no tempo por
onde entra nosso olhar capturado, que foi pela magia
da imagem e por ela instado a uma viagem imaginária.
(E) As fotografias por prosaicas que possam ser,
representam um corte temporal, brecha no tempo por
onde entra nosso olhar, capturado, que foi pela magia
da imagem e, por ela, instado a uma viagem
imaginária.
(FCC)TRE - AMAPÁ
Atenção: Para responder às questões de números
1 a 8, considere o texto abaixo.

As indústrias culturais, e mais especificamente a


do cinema, criaram uma nova figura, “mágica”,
absolutamente moderna: a estrela. De pressa ela
desempenhou um papel importante no sucesso de
massa que o cinema alcançou. E isso continua. Mas o
sistema, por muito tempo restrito apenas à tela
grande, estendeu-se progressivamente, com o
desenvolvimento das indústrias culturais, a outros
domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo,
da televisão, do show business. Mas alguns sinais já
demonstravam que o sistema estava prestes a se
espalhar e a invadir todos os domínios: imagens
como as de Gandhi ou Che Guevara, indo de fotos
a pôsteres, no mundo inteiro, anunciavam a
planetarização de um sistema que o capitalismo de
hiperconsumo hoje vê triunfar.
O que caracteriza o star-system em uma era
hipermoderna é, de fato, sua expansão para todos
os domínios. Em todo o domínio da cultura, na
política, na religião, na ciência, na arte, na
imprensa, na literatura, na filosofia, até na cozinha,
tem-se uma economia do estrelato, um mercado
do nome e do renome..
A própria literatura consagra escritores no
mercado internacional,os quais negociam seus
direitos por intermédio de agentes, segundo o
sistema que prevalece nas indústrias do
espetáculo. Todas as áreas da cultura valem-se
de paradas de sucesso (hit-parades), dos mais
vendidos (best-sellers), de prêmios e listas dos
mais populares, assim como de recordes de
venda, de frequência e de audiência destes
últimos.
A extensão do star-system não se dá sem uma
forma de banalização ou mesmo de degradação −
da figura pura da estrela, trazendo consigo uma
imagem de eternidade, chega-se à vedete do
momento, à figura fugidia da celebridade do dia; do
ícone único e insubstituível, passa –se a uma
comunidade internacional de pessoas conhecidas,
“celebrizadas”, das quais revistas especializadas
divulgam as fotos, contam os segredos, perseguem
a intimidade. Da glória, própria dos homens ilustres
da Antiguidade e que era como o horizonte
resplandecente da grande cultura clássica,
passou-se às estrelas- forma ainda heroicizada
pela sublimação de que eram portadoras - ,
depois, com a rapidez de duas ou três décadas
de hipermodernidade, às pessoas célebres, às
personalidades conhecidas, às “pessoas”.
Deslocamento progressivo que não é mais que
o sinal de um novo triunfo da formamoda,
conseguindo tornar efêmeras e consumíveis as
próprias estrelas da notoriedade.
Trad.:Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das Letras,2011, p.81 a 83)
01. No texto, os autores

(A) tecem elogios às indústrias culturais,


assinalando como positivo o desempenho delas na
constituição de sociedades modernas.
(B) advogam o reconhecimento do papel exclusivo
do cinema na criação e disseminação da figura da
estrela.
(C) atribuem às estrelas do cinema a massificação
dessa arte, em um sistema que permanece
unicamente por força da atuação das atrizes de
alta categoria.
(D) condenam a expansão do sistema que
equivocadamente se constituiu no passado em
torno da figura da estrela, porque ele tornou
obrigatória a figura intermediária do agente.

(E) apontam a hipermodernidade como era que


adota, de modo generalizante, práticas que na
modernidade mais se associavam às indústrias do
espetáculo.
02. Os autores referem-se a Gandhi ou Che
Guevara com o objetivo de
(A) insinuar que, na modernidade, a imagem
independe do valor que efetivamente um homem
representa.
(B) recriminar, em aparte irrelevante para a
argumentação principal, a falta de critério na
exposição da figura de um líder, que acarreta o
uso corriqueiro de sua imagem − numa foto ou
pôster.
(C) comprovar que o sistema associado à figura da
estrela estava ligado aos setores do espetáculo,
da televisão, do show business.
(D) conferir dignidade à indústria cultural,
demonstrando que essa indústria tem também a
função de dar visibilidade à imagem de grandes
líderes.

(E) demonstrar, por meio de particularização, que


antes da era hipermoderna já havia sinais de que
o starsystem invadiria todos os domínios.
03. Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas
à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o
desenvolvimento das indústrias culturais, a outros
domínios, ligados primeiro aos setores do
espetáculo, da televisão, do show business.

Na frase acima, o segmento destacado equivale


a:
(A) por conta de ter ficado muito tempo restrito.
(B) ainda que tenha ficado muito tempo restrito.
(C) em vez de ter ficado muito tempo restrito.
(D) ficando há muito tempo restrito.
(E) conforme tendo ficado muito tempo restrito.
04. A extensão do star-system não se dá sem
uma forma de banalização ou mesmo de
degradação − da figura pura da estrela,
trazendo consigo uma imagem de eternidade,
chega-se à vedete do momento, à figura fugidia
da celebridade do dia; do ícone único e
insubstituível, passa-se a uma comunidade
internacional de pessoas conhecidas,
“celebrizadas”, das quais revistas
especializadas divulgam as fotos, contam os
segredos, perseguem a intimidade.
Considerado o fragmento acima, em seu
contexto, é correto afirmar:

(A) A expressão ou mesmo indica que os autores


atribuem à palavra degradação um sentido de
rebaixamento mais intenso do que atribuem à
palavra banalização.

(B) A substituição de não se dá sem uma forma de


banalização por “procede de um tipo de atitude
trivial” mantém o sentido original.
(C) A forma trazendo expressa, na frase, sentido
de condicionalidade, equivalendo a “se trouxer”.

(D) O contexto exige que se compreendam os


segmentos da figura pura da estrela e do ícone
único e insubstituível como expressões de
sentidos opostos.

(E) A substituição de das quais por “cujas” mantém


a correção e o sentido originais.
05. Da glória, própria dos homens ilustres da
Antiguidade e que era como o horizonte
resplandecente da grande cultura clássica,
passou-se às estrelas - forma ainda heroicizada
pela sublimação de que eram portadoras - ,
depois, com a rapidez de duas ou três décadas de
hipermodernidade, às pessoas célebres, às
personalidades conhecidas, às “pessoas”.
Deslocamento progressivo que não é mais que o
sinal de um novo triunfo da formamoda,
conseguindo tornar efêmeras e consumíveis as
próprias estrelas da notoriedade.
Levando em conta o acima transcrito, em seu
contexto, assinale a afirmação correta.

(A) No segmento que se encontra entre vírgulas,


imediatamente depois de Da glória, somente uma
das declarações destina-se a caracterizar “glória”.

(B) É legítimo entender-se do fragmento: as


estrelas ostentavam, e pelas mesmas razões, a
aura de heroísmo que representava a glória dos
homens ilustres da Antiguidade.
(C) No segmento que descreve a segunda parte
do processo de deslocamento, introduzida por
depois, a expressão que está subentendida é Da
glória.
(D) As aspas, em “pessoas”, chamam a atenção
para o particular sentido em que a palavra foi
usada: como sinônimo das duas expressões
imediatamente anteriores.
(E) A forma efêmeras e consumíveis obtém sua
força expressiva pela repetição de uma mesma
ideia, repetição que se dá sem acréscimo de traço
de sentido.
06. Em certas passagens do primeiro
parágrafo, os autores referem-se a certas
ações pretéritas que consideravam contínuas.
A forma verbal que demonstra essa atitude é

(A) (linha 2) criaram.


(B) (linha 5) alcançou.
(C) (linha 5) continua.
(D) (linha 13) anunciavam.
(E) (linha 15) vê triunfar.
07. Considere as afirmações que seguem.
I. A sequência na política, na religião, na ciência, na
arte, na imprensa, na literatura, na filosofia, até na
cozinha constitui elenco de profissões que tiveram de
se associar ao domínio da cultura para atingir a
economia do estrelato.

II. Em A própria literatura consagra escritores no


mercado internacional, os quais negociam seus
direitos por intermédio de agentes, segundo o sistema
que prevalece nas indústrias do espetáculo, a
expressão em destaque foi obrigatoriamente
empregada para evitar a ambiguidade que ocorreria
se, em seu lugar, fosse usado o pronome “que”.
III. Em A própria literatura consagra escritores no
mercado internacional, os quais negociam seus
direitos por intermédio de agentes, segundo o
sistema que prevalece nas indústrias do
espetáculo, o segmento destacado poderia ser
substituído por “prevalecente”, sem prejuízo do
sentido e da correção originais.
O texto legitima
(A) I, somente.
(B) II, somente.
(C) III, somente.
(D) I e III, somente.
(E) I, II e III.
08. ...imagens como as de Gandhi ou Che Guevara,
indo de fotos a pôsteres, no mundo inteiro,
anunciavam a planetarização de um sistema que o
capitalismo de hiperconsumo hoje vê triunfar.
Outra redação, clara e correta, para o segmento
acima é:
(A) ...no mundo inteiro, Gandhi ou Che Guevara em
imagens de fotos ou pôsteres, anunciavam a
planetarização do sistema que hoje se vê triunfar
segundo o capitalismo de hiperconsumo.
(B) ...tanto Gandhi e também Che Guevara, com
imagens indo de fotos a pôsteres no mundo inteiro
anunciavam aquilo que o capitalismo de hiperconsumo
chama planetarização de um sistema.
(C) ...indo de fotos a pôsteres, no mundo inteiro,
imagens tais como a de Gandhi ou Che Guevara
anunciavam que havia se planetarizado o sistema
que o capitalismo de hiperconsumo, hoje, vê triunfar.
(D) ...planetarizou-se o sistema − aquele que o
capitalismo de consumo hoje vê o triunfo − o que foi
anunciado com as imagens de Gandhi e Che
Guevara indo pelo mundo com fotos a pôsteres.
(E) ...um sistema que o capitalismo de hiperconsumo
hoje vê seu triunfo teve anunciado sua
planetarização por Gandhi ou também Che Guevara,
com sua ida pelo mundo, por fotos e pôsteres
09. Está correta a seguinte frase:
(A) Ainda que os méritos pela execução do projeto
não coubessem àquele engenheiro, foram-lhe logo
atribuídos, mas ele, com humildade, não hesitou
em recusá-los.
(B) Parecia haver muitas razões para que seus
estudos de metereologia não convencesse, mas a
mais excêntrica era inventar pretextos
inverossímeis para seus erros.
(C) Devem fazer mais de seis meses que ele não
constroe nenhuma maquete, talvez por estresse;
por isso, muitos são a favor de que lhe seja
concedido as férias acumuladas.
(D) Ele é especialista em vegetais euros-
siberianos, motivo das suas análizes serem feitas
em extensa faixa da Europa e dele viajar tão à
vontade.

(E) Ao que me disseram, tratam-se de questões


totalmente irrelevante para o pesquisador, mas,
mesmo assim, jornalistas tentam assessorá-lo na
divulgação delas.
10. A alternativa que apresenta frase correta é:

(A) - Senhor Ministro, peço sua licença para


advertir que Vossa Excelência se equivocais no
julgamento dessa lei tão polêmica.

(B) Seus companheiros, até os recém-contratados,


não lhe atribuem nenhum deslize e creem que
esse é mais um injusto empecilho entre tantos com
que ele já se defrontou.
(C) Se eles não satisfazerem todas as exigências,
não se têm como contratá-los sem enveredar pelo
caminho da irregularidade.

(D) O traumático episódio gerou grande


ansiedade, excitação desmedida que lhe fez xingar
e investir contra a pessoa mais cumpridora com
seus deveres.

(E) Caso ele venha a se opor, será uma


compulsão a que ninguém deve compartilhar, sob
perigo de todos os envolvidos se virem em
situação de risco na empresa.
DICAS DE FLEXÃO VERBAL
Eis a correlação de alguns tempos verbais.

1.. Presente (indicativo) com Presente


(subjuntivo)
Ex.: É inevitável / que cedo ou tarde estas
qualidades sejam valorizadas.

2. Imperativo com Presente (subjuntivo)


Ex.: Faça a revisão do carro / para que viaje
tranquilo.
3. Futuro do presente(indicativo) com Presente
(subjuntivo)
Ex.: Fará a revisão do carro / para que viaje
tranquilo.

4. Pretérito imperfeito (indicativo) com Pretérito


imperfeito (subjuntivo)
Ex.: Desejávamos / que tudo não passasse de um
grande sonho.

5. Pretérito perfeito (indicativo) com Pretérito


imperfeito (subjuntivo)
Ex.: Desejei / que tudo não passasse de um grande
sonho.
6. Futuro do pretérito (indicativo) com Pretérito
imperfeito (subjuntivo)
Ex.: Desejaria / que tudo não passasse de um grande
sonho.

7. Futuro (subjuntivo) com Futuro do presente


(indicativo)
Ex.: Quando terminarem a reforma da casa / ficarei
sossegado.

8. Pretérito imperfeito(subjuntivo) com Pretérito


imperfeito (indicativo)
Ex.: Se eu pudesse ficar sem escrever / não escrevia
mais..
PONTUAÇÃO
1. Utilize vírgula onde for necessário:
1) Feijão um dos componentes do cardápio do
trabalhador anda faltando na mesa dos brasileiros.
2) As crescentes taxas de inflação ajudam a
derrubar reis presidentes eleitos e ditaduras.
3) No próximo milênio que o Brasil possa de fato
incorporar o que foi excluído. Essa é uma
sociedade multicultural multirracial mas o negro
ainda sofre o estigma da escravidão.
4) O avô do prefeito um espanhol chamado
Luciano era o valente líder da classe dos
carroceiros.
5) A 28 de julho a grande decisão contra a Suécia.
Jogando com camisas azuis pois o uniforme
sueco era amarelo sofremos o primeiro gol.
6) Ele era brasileiro mas às vezes deixava
escapar uma palavra em espanhol pois acabava
de chegar da Colômbia e Venezuela.

2. Nas frases que seguem, houve erro


intencional no emprego da vírgula. Corrija-os.
1)Os brasileiros contam, como as medidas
econômicas do governo afetam suas vidas.
2) - Fique quieto Zé!
3) Os estudos antropológicos provam que nas
sociedades primitivas, a união entre homem e
mulher era vital para a sobrevivência.
4) O importante é dar, liberdade à criança para
brincar livremente, inventando as próprias regras
escolhendo os próprios parceiros.
5) A dança de salão além de ser um excelente
exercício físico ajuda, na coordenação motora e
não tem contra-indicação.
6) Chocolates e frituras, não provocam acne mas
podem favorecer a sua proliferação.
3. Use a vírgula e o ponto - e - vírgula:
1) No princípio era o caos massas informes
apresentavam-se como manchas nebulosas
cobrindo a terra.

2) Saí de casa mas era cedo iria achá-los à mesa.

3) Uma casa é muito pouco para um homem sua


verdadeira casa é a cidade.

4) De vez em quando eu seria irônico mas


também não demais às vezes um pouco
paradoxal mas também sem abuso.
4. Use a vírgula e o ponto-e-vírgula onde
necessário:
1)Ao que tudo indica caro colega vamos ter barulho.
2)No Rio de Janeiro ex-capital da República reside a
intelectualidade brasileira isto é a maior parte da
intelectualidade brasileira.
3) Na praia a nosso lado duas garotas conversavam
sobre novela sobre moda e sobretudo sobre
rapazes.
4) Por alguns minutos o cenário os cantos as figuras
recrearam-me os olhos e os ouvidos.
5) Nem eu nem você nem ela nem as crianças nem
ninguém conseguirá dormir aqui com tantos
pernilongos!
6) "Ele fez o céu e a terra e o mar e tudo quanto
há neles."
7) Sejamos sinceros porém evitemos empregar
com demasiado rigor a franqueza que muito
embora seja uma bela virtude poderá tornar-se
mais prejudicial do que benéfica.
8) "Se fores o patrão finge-te quanto necessário
de cego se fores empregado finge-te quando
necessário de surdo."
9) As viúvas inconsoláveis quando são jovens
acham sempre alguém que as console.
10) Juçara fuma e não traga. // Todo político
promete e não cumpre.
11) Os soldados ganham as batalhas e os
generais recebem o crédito. // Uma mão lava a
outra e a poluição suja as duas.
12) Vencemos não fique portanto assim tão triste.
13) Ficarei com a casa não posso porém pagá-la
à vista.
14) Ninguém sabe como isso aconteceu. // É
preciso que venham todos estou muito doente!
15)Brasília que é a capital do Brasil foi fundada em
1960.
16) No amor a mulher que dá o retrato promete o
original. // O homem que ri vive mais.
17) A história torna o homem incrédulo a poesia
indefeso a matemática frio a filosofia soberbo a moral
chato.
18) A multidão urrou furiosa alguns trepando às janelas
das casas ou correndo pela rua afora conseguiram
escapar mas a maioria ficou bufando de cólera.
19) Machado de Assis e Castro Alves são importantes
nomes da literatura o primeiro escreveu romances o
segundo poemas.
FCC /TRT-19ª.R-A frase pontuada corretamente
é:
(A) Nem sempre os pretores eram juristas pois,
muitas vezes foram eleitos por, votação popular.
(B) Vejamos, agora, um pouco, da história dessa
Lei das XII Tábuas.
(C) Os romanos estabeleceram : uma classificação
dos contratos, que ainda vigora em muitos pontos.
(D) Eis aí em poucas palavras, alguns aspectos da
jurisprudência romana.
(E) No que diz respeito ao direito de obrigações,
segundo a opinião tradicional dos romanos, ele só
tardiamente foi constituído.
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1a
REGIÃO/2013

Atenção: As questões de números 1 a 10


referem-se ao texto que segue.
Cada um fala como quer, ou como
pode, ou como acha que pode. Ainda ontem
me divertiu este trechinho de crônica do
escritor mineiro Humberto Werneck, de seu
livro Esse inferno vai acabar:
“- Meu cabelo está pendoando –
anuncia a prima, apalpando as melenas.
Tenho anos, décadas de Solange, mas
confesso que ela, com o seu solangês, às
vezes me pega desprevenido.
- Seu cabelo está o quê?
- Pendoando – insiste ela, e, com a
paciência de quem explica algo elementar a
um total ignorante, traduz:
- Bifurcando nas extremidades.
É assim a Solange, criatura para a qual
ninguém morre, mas falece, e, quando
sobrevém esse infausto acontecimento, tem
seu corpo acondicionado num ataúde, num
esquife, num féretro, para ser inumado em
alguma necrópole, ou, mais recentemente,
incinerado em crematório.
Cabelo de gente assim não se torna
vulgarmente quebradiço: pendoa.”

Isso me fez lembrar uma visita que recebemos em


casa, eu ainda menino.
Amigas da família, mãe e filha adolescente
vieram tomar um lanche conosco. D. Glorinha, a
mãe, achava meu pai um homem intelectualizado
e caprichava no vocabulário. A certa altura pediu
ela a mim, que estava sentado numa extremidade
da mesa:
-Querido, pode alcançar-me uma côdea desse
pão?
- Por falta de preparo linguístico não sabia como
atender a seu pedido. Socorreu-me a filha
adolescente:
- Ela quer uma casquinha do pão. Ela fala
sempre assim na casa dos outros.
-A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou,
enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com
reprovação, isto é, dardejou-a com olhos
censórios.
Veja-se, para concluir, mais um trechinho do
Werneck:

“Você pode achar que estou sendo implicante,


metido a policiar a linguagem alheia. Brasileiro
é assim mesmo, adora embonitar a conversa
para impressionar os outros. Sei disso.
Eu próprio já andei escrevendo
sobre o que chamei de ruibarbosismo: o
uso de palavreado rebarbativo como
forma de, numa discussão, reduzir ao
silêncio o interlocutor ignaro. Uma
espécie de gás paralisante
verbal.”
(Cândido Barbosa Filho, inédito)
1. No contexto, as frases Meu cabelo está
pendoando e pode alcançar-me uma côdea
desse pão constituem casos de

(A) usos opostos de linguagem, já que a completa


informalidade da primeira contrasta com a
formalidade da segunda.
(B) usos similares de linguagem, pois em ambas o
intento é valorizar o emprego de vocabulário
pouco usual.
(C) intenção didática, já que ambas são utilizadas
para exemplificar o que seja uma má construção
gramatical.
(D) usos similares de linguagem, pois predomina
em ambas o interesse pela exatidão e objetividade
da comunicação.

(E) usos opostos de linguagem, pois a perfeita


correção gramatical de uma contrasta com os
deslizes da outra.
2. A mãe ficou vermelha, isto é, ruborizou,
enrubesceu, rubificou, e olhou a filha com
reprovação, isto é, dardejou-a com olhos
censórios.

A expressão isto é, nos dois empregos


realçados na frase acima,
(A) introduz a conclusão de que o significado das
falas corriqueiras se esclarece mediante uma
elaborada sinonímia.
(B) inicia a tradução adequada de um enunciado
anterior cuja significação se mostrara bastante
enigmática.
(C) funciona como os dois pontos na frase Cabelo
de gente assim não se torna vulgarmente
quebradiço: pendoa.
(D) introduz uma enumeração de palavras que
seriam evitadas pela prima Solange, levando-se
em conta o que diz dela o cronista Werneck.
(E) inicia uma argumentação em favor da
simplificação da linguagem, de modo a evitar o uso
de palavreado rebarbativo.
3. Há uma relação de causa e efeito entre estas
duas formulações:
(A) Cada um fala como quer e ou como acha que
pode. (1o parágrafo)
(B) para ser inumado em alguma necrópole e
incinerado em crematório. (7o parágrafo)
(C) visita que recebemos em casa e eu ainda
menino. (8o parágrafo)
(D) achava meu pai um homem intelectualizado e
caprichava no vocabulário. (8o parágrafo)
(E) olhou a filha com reprovação e dardejou-a com
olhos censórios. (12o parágrafo)
4. Atente para as seguintes afirmações:

I. Na frase Isso me fez lembrar uma visita que


recebemos em casa, eu ainda menino, o segmento
sublinhado pode ser corretamente substituído por
aonde eu ainda era menino.

II. Transpondo-se para a voz passiva a frase


Socorreu- me a filha adolescente, a forma verbal
resultante será tendo-me socorrido.
III. No contexto, a expressão Brasileiro é assim
mesmo é um caso típico de generalização abusiva,
como a que também ocorre em os alemães são
pragmáticos.

Está correto o que se afirma APENAS em


(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
5. As normas de concordância verbal estão
plenamente observadas na frase:

(A) Cabem a cada um dos usuários de uma


língua escolher as palavras que mais lhes
parecem convenientes.
(B) D. Glorinha valeu-se de um palavrório pelo
qual, segundo lhe parecia certo, viessem a
impressionar os ouvidos de meu pai.
(C) As palavras que usamos não valem apenas
pelo que significam no dicionário, mas também
segundo o contexto em que se emprega.
(D) Muita gente se vale da prática de utilizar
termos, para intimidar o oponente, numa polêmica,
que demandem uma consulta ao dicionário.

(E) Não convém policiar as palavras que se


pronuncia numa conversa informal, quando impera
a espontaneidade da fala.
6. É exemplo de construção na voz passiva o
segmento sublinhado na seguinte frase:

(A) Ainda ontem fui tomado de risos ao ler um


trechinho de crônica.
(B) A Solange toma especial cuidado com a
escolha dos vocábulos.
(C) D. Glorinha e sua filha não partilham do
mesmo gosto pelo requinte verbal.
(D) O enrubescimento da mãe revelou seu
desconforto diante da observação da filha.
(E) Lembro-me de uma visita que recebemos em
casa, há muito tempo.
7. Por falta de preparo linguístico não sabia como
atender a seu pedido.
Caso se dê uma nova redação à frase acima,
iniciando-se por Não sabia como atender a seu
pedido, a complementação que não traz
prejuízo para o sentido e a correção é:
(A) mesmo porque não teria preparo linguístico.
(B) haja visto minha despreparação linguística.
(C) tendo em mira minha despreparação
linguística.
(D) em razão de meu despreparo linguístico.
(E) não obstante meu despreparo na linguística
8. “Ruibarbosismo” é um neologismo do qual se
valeu o autor do texto para lembrar o estilo retórico
pelo qual se notabilizou o escritor baiano.

Não haverá prejuízo para a correção da frase


acima ao se substituírem os segmentos
sublinhados, na ordem dada, por:
(A) a que recorreu - que fez notável.
(B) do qual incorreu - com que se afamou.
(C) a cujo recorreu - o qual celebrizou.
(D) em que fez uso - em cujo deu notabilidade.
(E) em cujo incorreu - com o qual se propagou.
9. Está clara e correta a redação deste livre
comentário sobre um aspecto do texto:

(A) Nem todas as pessoas que utilizam um


vocabulário rebuscado alcançam porisso qualquer
ganho que se possa atribuir à seu poder de
comunicação.
(B) O autor do texto acredita que muita gente se
vale de um palavreado rebuscado para intimidar
ou mesmo calar os interlocutores menos cultos.
(C) Ficou evidente que D. Glorinha buscava ilustrar
as pessoas cujo vocabulário menos reduzido as
deixasse impressionadas com tamanho requinte.
(D) O termo “solangês”, tratando-se de um
neologismo, aplica-se aos casos segundo os quais
quem fala de modo rebarbativo parece aludir a tal
Solange.

(E) Não é difícil encontrar, aqui e ali, pessoas cujo


intento é se apoderar de um alto vocabulário,
tendo em vista o propósito de vir a impressionar
quem não tem.
10. Está plenamente adequada a pontuação do
seguinte período:
(A) Acredita-se sobretudo entre os estudiosos da
linguagem, que por não haver dois sinônimos
perfeitos, há que se empregar com toda a precisão
os vocábulos de uma língua, ainda que com isso,
se corra o risco de passar por pernóstico.
(B) Acredita-se, sobretudo entre os estudiosos da
linguagem que, por não haver dois sinônimos
perfeitos há que se empregar, com toda a
precisão, os vocábulos de uma língua ainda que
com isso, se corra o risco de passar por
pernóstico.
(C) Acredita-se sobretudo entre os estudiosos da
linguagem que, por não haver dois sinônimos
perfeitos, há que se empregar com toda a
precisão, os vocábulos de uma língua ainda que,
com isso, se corra o risco de passar por
pernóstico.

(D) Acredita-se, sobretudo, entre os estudiosos da


linguagem, que, por não haver dois sinônimos
perfeitos, há que se empregar com toda a
precisão, os vocábulos de uma língua, ainda que
com isso, se corra o risco de passar por
pernóstico.
(E) Acredita-se, sobretudo entre os
estudiosos da linguagem, que, por não
haver dois sinônimos perfeitos, há que se
empregar com toda a precisão os vocábulos
de uma língua, ainda que com isso se corra
o risco de passar por pernóstico.
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19a
REGIÃO(2014)
1. ... e então percorriam as pouco povoadas
estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além.
(5o parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo
que o grifado acima está em:
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia...
(B) ... era a capital da China.
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
(D) ... dispararam na última década.
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais
chinesas
2. cruzando os desertos do oeste da China − que
contornam a Índia − adotam complexas
providências
Fazendo-se as alterações necessárias, os
segmentos grifados acima foram corretamente
substituídos por um pronome,
respectivamente, em:
(A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as
(B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam
(C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes
(D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas
(E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam
3. ... que acompanham as fronteiras ocidentais
chinesas...
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo
de complemento que o da frase acima está em:

(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...


(B) Esses caminhos floresceram durante os
primórdios Idade Média.
(C) ... viajavam por cordilheiras...
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
(E) O maquinista empurra a manopla do
acelerador.
4. O sinal indicativo de crase pode ser
corretamente suprimido, sem prejuízo para a
correção e o sentido original do texto, em:

(A) ... à opressão e ao obscurantismo...


(B) ... o mais belo legado do Renascimento à
atualidade.
(C) ... em continuidade à miséria...
(D) ... e a submetê-la à sua vontade.
(E) ... que impõe à sociedade um padrão único...
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 6a
REGIÃO
1. A concordância verbal está plenamente
observada na frase:

(A) Provocam muitas polêmicas, entre crentes e


materialistas, o posicionamento de alguns
religiosos e parlamentares acerca da educação
religiosa nas escolas públicas.
(B) Sempre deverão haver bons motivos, junto
àqueles que são contra a obrigatoriedade do
ensino religioso, para se reservar essa prática a
setores da iniciativa privada.
(C) Um dos argumentos trazidos pelo autor do
texto, contra os que votam a favor do ensino
religioso na escola pública, consistem nos altos
custos econômicos que acarretarão tal medida.
(D) O número de templos em atividade na cidade
de Paulo vêm gradativamente aumentando, em
proporção maior do que ocorrem com o número de
escolas públicas.
(E) Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
como a regulação natural do mercado sinalizam
para as inconveniências que adviriam da adoção
do ensino religioso nas escolas públicas.
2.O Estado deve ficar fora das atividades de que o
setor privado já dá conta.

A nova redação da frase acima estará correta


caso se substitua o elemento sublinhado por
(A) a que o setor privado já vem colaborando.
(B) com as quais o setor privado já vem cuidando.
(C) nas quais o setor privado já vem interferindo.
(D) em cujas o setor privado já vem demonstrando
interesse.
(E) pelas quais o setor privado já vem
administrando.
3. (...) ele afirma que não faz sentido nem obrigar
uma pessoa a rezar nem proibi-la de fazê-lo.

Mantém-se, corretamente, o sentido da frase


acima substituindo- se o segmento sublinhado
por:

(A) nem impor a alguém que reze, nem impedi-la


de fazer o mesmo.

(B) deixar de obrigar uma pessoa a rezar, ou lhe


proibir de o fazer.
(C) seja obrigar que uma pessoa reze, ou mesmo
que o deixe de o praticar.

(D) coagir alguém a que reze, ou impedi-lo de o


fazer.

(E) forçar uma pessoa para que reze, ou não fazê-


la de modo algum.
4. A pontuação está plenamente adequada
no período:

(A) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca


do espaço que o ensino religioso deve ou não
ocupar dentro ou fora das escolas públicas; há
quem não admita interferência do Estado nas
questões de fé, como há quem lembre a
obrigação que ele tem de orientar as crianças
em idade escolar.
(B) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do
espaço, que o ensino religioso deve ou não ocupar
dentro ou fora das escolas públicas: há quem não
admita interferência do Estado, nas questões de
fé, como há quem lembre, a obrigação que ele tem
de orientar as crianças em idade escolar.

(C) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do


espaço que o ensino religioso, deve ou não ocupar
dentro ou fora das escolas públicas, há quem não
admita interferência do Estado nas questões de fé,
como há quem lembre a obrigação: que ele tem de
orientar as crianças em idade escolar.
(D) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do
espaço que o ensino religioso deve, ou não, ocupar
dentro, ou fora, das escolas públicas; há quem não
admita interferência, do Estado, nas questões de fé;
como há quem lembre a obrigação, que ele tem de
orientar as crianças em idade escolar.

(E) Muito se debate, nos dias de hoje acerca do


espaço que o ensino religioso deve, ou não, ocupar
dentro ou fora das escolas públicas: há quem não
admita interferência do Estado, nas questões de fé,
como há quem lembre, a obrigação, que ele tem de
orientar as crianças, em idade escolar.
5. Transpondo-se para a voz passiva a frase
Sempre haverá quem rejeite a interferência do
Estado nas questões religiosas, mantendo-se a
correta correlação entre tempos e modos
verbais, ela ficará:

(A) Terá havido sempre quem tem rejeitado que o


Estado interferisse nas questões religiosas.

(B) A interferência do Estado nas questões


religiosas sempre haverá de ser rejeitada por
alguém.
(C) Sempre haverá de ter quem rejeite que o
Estado interferisse nas questões religiosas.

(D) A interferência do Estado nas questões


religiosas sempre tem encontrado quem a rejeita.

(E) As questões religiosas sempre haverão de


rejeitar que o Estado venha a interferir nelas
6. ... para lidar com a estrutura de possibilidades
do tempo no mundo em que estamos inseridos.

A lacuna que deverá ser preenchida pela


expressão grifada acima está em:

(A) A sabedoria ...... necessitamos para solucionar


problemas cotidianos deverá ser buscada sempre.
(B) As medidas a serem tomadas ...... se chegue à
solução dos conflitos serão anunciadas no
momento oportuno.
(C) As expectativas da sociedade nem sempre se
realizam diante das dificuldades mais amplas ......
se defrontam os governantes.

(D) A época ...... vivemos, assolada pela revolução


tecnológica, embaralha a sincronização dos fatos.

E) A conclusão ...... podemos chegar, diante da


instabilidade política em algumas regiões, é a de
que falta sabedoria aos governantes.

Você também pode gostar