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Estudo-Vida de Daniel - Witness Lee

CONTEÚDO

1.Uma Palavra Introdutória


2. A Vitória dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro
Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (1) - Sobre a Dieta Demoníaca
3. A Vitória dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro
Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (2) - Sobre a Cegueira Maligna que Impede
as Pessoas de Verem a Visão de Deus em Relação ao Governo Humano ao Longo da
História Humana
4. A Visão da Grande Imagem-a Visão Governante no Livro de Daniel
5. A Vitória dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro
Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (3) - Sobre a Sedução de Adoração de Ídolo
6. A Vitória dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro
Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (4) - Sobre o Véu Que Impede as Pessoas de
Verem o Governo dos Céus Pelo Deus dos Céus
7. A Vitória dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro
Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (5) - Sobre a Ignorância Relacionada ao
Resultado da Devas-sidão Diante de Deus e o Insulto a Sua Santidade
8. A Vitória dos Jovens Vencedores dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro
Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (6) - Sobre a Sutileza que Proibiu a Fidelidade
dos Vencedores na Adoração de Deus
9. As Visões do Daniel Vencedor (1) - A Visão Relacionada às Quatro Bestas Fora do
Mar Mediterrâneo (1)
10. As Visões do Daniel Vencedor (1) - A Visão Relacionada às Quatro Bestas Fora do
Mar Mediterrâneo (2)
11. As Visões do Daniel Vencedor (2) - A Visão Relacionada a um Carneiro e um Bode
com Seus Sucessores
12. A Economia de Deus no Livro de Daniel
13. Governo humano Lutando Contra Deus e sendo Esmagado por Cristo na Vinda dele
com Sua noiva
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14. As Visões do Daniel Vencedor (3) - A Visão Relacionada às Setenta Semanas
15. As Visões do Daniel Vencedor (4) - A Visão Relacionada ao Destino de Israel (1)
16. As Visões do Daniel Vencedor (5) - A Visão Relacionada ao Destino de Israel (2)
17. As Visões do Daniel Vencedor (6) - A Visão Relacionada ao Destino de Israel (3)
ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM UM Uma Palavra Introdutória Leitura Bíblica:
Dn 1:1-2 Entre os muitos livros dos profetas, quatro livros são misteriosos: Isaías,
Ezequiel, Daniel e Zacarias. Agradecemos ao Senhor por ter aberto através dos anos
estes livros a nós. Nesta mensagem introdutória para o estudo-vida de Daniel,
consideraremos o objetivo, o conteúdo, o pensamento central e as seções do livro de
Daniel.

I. O OBJETIVO O objetivo do livro de Daniel é mostrar o destino de Israel determinado


por Deus, o conteúdo das setenta semanas (Dn 9:24-27). As setenta semanas são
distribuídas por Deus ao povo de Israel. Este livro não apenas abrange o destino de
Israel, mas abrange também o governo Gentio e Cristo. A grande imagem humana em
Daniel 2 significa todo o governo humano de Gênesis 10 até Apocalipse 19. Nossa
compreensão da história do povo Judeu e do governo Gentio seria inadequada sem
este livro. O livro de Daniel nos mostra que Israel e o governo humano são para Cristo.
Cristo é a centralidade e a universa-lidade do mover de Deus, e este mover está
intrinsecamente envolvido com Israel e o governo Gentio. O livro de Daniel revela cinco
pontos particulares com relação à Cristo. O primeiro ponto é a morte de Cristo. Daniel
9:25 e 26 diz, "Desde a saída do decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém até o
tempo do Messias o Príncipe serão sete semanas e sessenta e duas semanas.... E
depois de sessenta e duas semanas o Messias será morto. Esta palavra sobre o
Messias ser "morto" é a palavra mais clara no Antigo Testamento com relação à
crucificação de Cristo. A crucifi-cação de Cristo é o marco das eras. É o marco onde a
velha criação foi terminada para a germinação da nova criação na ressurreição de
Cristo. Cristo morreu uma morte todo-inclusiva. Quando Ele morreu, nós e toda a velha
criação morremos com Ele. Portanto, Sua morte foi uma terminação todo-inclusiva. A
morte conclusiva de Cristo introduziu a ressurreição, e na ressurreição a germinação da
nova criação de Deus começou. O segundo ponto é a aparição vindoura de Cristo
(2:34-35, 45). Ele surgirá como uma pedra cortada sem auxilio de mãos para golpear a
grande imagem (vs. 31-45) em seus pés de ferro e barro. A imagem toda, a qual
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representa todo o governo humano será esmagada, não da cabeça para os dedos dos
pés, mas dos dedos dos pés para cima para a cabeça. Este esmagar da imagem dos
dedos dos pés para a cabeça acontecerá na vinda de Cristo, e isto é algo que somente
o próprio Senhor pode fazer. Na vinda de Cristo, todo o governo humano, de Ninrode
em Gênesis 10 até o Anticristo, o ultimo César do Império Romano, em Apocalipse 19,
será esmagado como a palha na eira do estio levada pelo vento (Dn 2:35). A vinda de
Cristo também será a abertura do reino eterno de Deus. Conseqüentemente, a vinda de
Cristo será o marco que encerra o governo humano e introduz o reino eterno de Deus.
O terceiro ponto é Cristo como o Filho do Homem que vem para o trono de Deus para
receber domínio e um reino (7:13-14). Em Lucas 19 Cristo é retratado como um certo
homem de nobre nascimento que foi para um país distante para receber um reino e
então voltar (v. 12). A vinda de Cristo para o trono de Deus para receber o reino de
Deus dos céus acontece em Daniel 7. Depois que Cristo receber o reino, Ele voltará. O
quarto ponto é a excelência de Cristo em Daniel 10. Antes de Daniel falar nos capítulos
dez à doze sobre o destino de Israel, ele recebeu uma revelação de Cristo em Sua
excelência. Cada parte de Cristo é excelente e preciosa (vs. 5-6). Precisamos ver e
conhecer este Cristo excelente antes de podermos saber do destino do povo de Deus.
O último ponto é Cristo como o companheiro de sofri-mento das testemunhas de Deus.
No capítulo três, Nabuco-donosor atirou os três amigos de Daniel, Ananias, Misael e
Azarias no meio de uma fornalha de fogo ardente porque não se curvaram e adoraram
a imagem de ouro a qual Nabuco-donosor havia levantado (vs. 13-23). Três foram
lançados na fornalha, mas para sua surpresa, Nabucodonosor viu outra pessoa dentro
da fornalha. A quarta pessoa era "como um filho dos deuses" (v. 25). Esta Pessoa é o
Cristo excelente que passa pelo mesmo tipo de fogo ardente nos sofrimentos dos Seus
vencedores. Sempre que formos testemunhas para Deus, testificando algo para Deus,
poderemos sofrer. Contudo, em nosso sofrimento, Cristo como o Filho do Homem-
Aquele que está qualificado e é capaz de sentir conosco tudo o que sentimos-vem para
ser nosso companheiro. II. O CONTEÚDO O conteúdo do livro de Daniel são as setenta
semanas divididas em partes por Deus a Israel (9:24-27). Uma semana equivale a sete
anos. Usamos a palavra "distribuída em partes" para indicar que Deus distribui as eras
em partes. A. As Primeiras Sete Semanas de Quarenta e nove Anos Estas setenta
semanas são divididas em três partes. A primeira parte são sete semanas de quarenta
e nove anos, da emissão do decreto para reconstruir Jerusalém à conclusão da
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reconstrução. B. As Sessenta e duas Semanas de Quatrocentos e Trinta e quatro Anos
A segunda parte são as sessenta e duas semanas de quatrocentos e trinta e quatro
anos, da conclusão da recons-trução de Jerusalém até o cortar do Messias (a
crucificação de Cristo). C. A Última Semana de Sete Anos A terceira parte será a última
semana de sete anos, o tempo da aliança do Anticristo com Israel, os últimos sete anos
da presente era da graça, divididos em duas metades. A primeira metade não será a
crucial, mas a última metade, de três anos e meio, será muito importante, pois será o
tempo da grande tribulação (Mt 24:21). D. A Inserção da História de Israel entre as
Primeiras Sessenta e nove Semanas e a Última Semana Há uma inserção da história
de Israel entre as prime-iras sessenta e nove semanas e a última semana, na era da
igreja. Esta inserção pode ser chamada de "a era de mistério", "a era da graça", ou "a
era da igreja". Esta era inclui muitas coisas misteriosas, como a ressurreição de Cristo,
regeneração, Cristo que vive em nós e o Espírito que dá vida. A história de Israel é
física, sem nada de natureza misteriosa, mas a história da igreja é completamente
misteriosa. A primeira parte de sete semanas e a segunda parte de sessenta e duas
semanas já foi cumprida. Um decreto foi dado para reconstruir Jerusalém (Dn 9:25), e
Jerusalém foi recons-truída. O Messias foi cortado sessenta e duas semanas a partir da
reconstrução de Jerusalém (v. 26). Conseqüen-temente, estas duas partes das setenta
semanas que eram profecias, se tornaram história. III. O PENSAMENTO CENTRAL O
pensamento central de Daniel é que o governo dos céus (4:26) pelo Deus dos céus
(2:37, 44) sobre todo o governo humano na terra se equipara a economia eterna de
Deus para Cristo terminar a velha criação para a germinação da nova criação para
destruir e esmagar o agregado do governo humano e estabelecer o reino eterno de
Deus. O Deus dos céus reina sobre todo o governo humano. O governo humano
começou com Ninrode em Gênesis 10. Antes de Gênesis 10 não havia nenhuma nação
humana; antes, havia apenas o gênero humano como um todo sem nações
estabelecidas. As nações começaram a ser estabelecidas por Ninrode que construiu
Babel uma prefigura de Babilônia (Gn 10:8-10). O governo humano concluirá com a
vinda do Anti-cristo que será o último César do Império Romano. Todo o governo
humano de Ninrode ao Anticristo esteve e continuará estando debaixo do governo dos
céus pelo Deus dos céus. Na economia de Deus, Cristo terminou a velha criação para a
germinação da nova criação na Sua ressurreição por meio de Sua morte. Isto foi obtido
em Sua primeira vinda. Na economia de Deus, Cristo, em Sua aparição vindoura,
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também esmagará o agregado do governo humano ao longo da história da humanidade
e estabelecerá o reino eterno de Deus. Todos estes assuntos foram e estarão
intrinsecamente envolvidos com Israel, positiva ou negativamente. Toda a situação
mundial está debaixo do governo dos céus pelo Deus dos céus, para conciliar Sua
economia para Cristo. Hoje a situação mundial, especialmente na Europa e os países
ao redor do Mar Mediterrâneo, está equilibrada e proporcionando uma condição a qual
está pronta para o retorno de Cristo. Ele está prestes a voltar e o tempo está próximo.
Quando vemos esta situação, devemos despertar e perceber que o mundo não é para
nós. Somos para Cristo, e diariamente devemos nos preparar para encontrá-Lo. Então
receberemos uma recompensa Dele. O livro de Daniel abrange algumas questões muito
importantes. Primeiro, este livro abrange a história de Israel. Sem este livro, o povo
Judeu não poderia ter uma compre-ensão adequada de sua história. Daniel também
abrange o governo humano de Ninrode ao Anticristo. Pelo fato de Israel e o governo
humano ser para Cristo, o livro de Daniel também revela certos aspectos de Cristo.
Cristo é o centro e a circunferência, a centralidade e a universalidade do mover de
Deus. IV. AS SEÇÕES O último assunto a ser abrangido nesta mensagem são as
seções do livro de Daniel. A. O Resultado da Degradação dos Eleitos de Deus Em
Daniel 1:1 e 2, uma palavra introdutória, vemos a questão da degradação dos eleitos de
Deus-o cativeiro para a Babilônia. B. A Vitória dos Jovens Descendentes dos Eleitos
degradados de Deus no Cativeiro Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás De fato, o
livro de Daniel tem apenas duas seções. A primeira seção, incluindo os capítulos de um
à seis, diz res-peito a vitória dos jovens descendentes (inclusive Daniel) dos eleitos
degradados de Deus no cativeiro sobre os artifícios adicionais de Satanás. Esta vitória
era sobre a dieta demo-níaca (1:3-21); sobre a cegueira maligna que impedia as
pessoas de verem a grande imagem humana (a totalidade do governo humano ao
longo da história humana) no sonho de Nabucodonosor (cap. 2); sobre a sedução da
adoração de ídolo (cap. 3); sobre o véu que impede as pessoas de verem o go-verno
dos céus pelo Deus dos céus (cap. 4); sobre a ignorância em relação ao resultado da
devassidão diante de Deus e o insulto a Sua santidade (cap. 5); e sobre a sutileza que
proibia a fidelidade dos vencedores na adoração de Deus (cap. 6). C. As Visões das
Conquistas de Daniel A segunda seção de Daniel abrange as visões das con-quistas de
Daniel (caps. 7-12). A fidelidade e a vitória de Daniel deu a ele a posição e o direito de
receber visões de Deus. A primeira visão diz respeito às quatro bestas que saiam do
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Mar Mediterrâneo (cap. 7). Estas bestas se referem à Babilônia, à Pérsia, à Grécia e o
Império Romano, e eles correspondem à cabeça, o peito com os braços, o abdômen
com as coxas e as pernas com os pés da grande imagem humana em 2:31-33. A
segunda visão diz respeito a um carneiro e um bode com seus sucessores (cap. 8). A
próxima visão diz respeito a Israel nas setenta semanas distribuídas em partes para
eles (cap. 9). A última visão (caps. 10-12) diz respeito ao destino de Israel. De acordo
com os capítulos dez e onze, o destino de Israel está relacionado com o rei do sul (o
Egito) e o rei do norte (a Síria). De acordo com o capítulo doze, o destino de Israel está
relacionado também a posição do arcanjo Miguel em relação a Israel. ESTUDO-VIDA
DE DANIEL MENSAGEM DOIS A Vitória dos Jovens Descendentes dos Eleitos
Degradados de Deus no Cativeiro Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (1) Sobre a
Dieta Demoníaca Leitura Bíblica: Dn 1 Os primeiros seis capítulos de Daniel estão
relacio-nados com a vitória dos jovens descendentes dos eleitos degradados de Deus
sobre os artifícios adicionais de Satanás. Nesta mensagem consideraremos a vitória
deles sobre a dieta demoníaca. I. O RESULTADO DA DEGRADAÇÃO DOS ELEITOS
DE DEUS - O CATIVEIRO PARA A BABILÔNIA O resultado da degradação dos eleitos
de Deus foi o cativeiro para a Babilônia (1:1-2). Daniel 1:2 nos diz que "o Senhor
entregou" o rei de Judá Jeoaquim na mão do rei da Babilônia Nabucodonosor "com
alguns dos utensílios da casa de Deus." A palavra "entregou" aqui indica que o rei de
Judá e os utensílios era um presente dado a Nabucodonosor por Deus. A. Capturado
de Volta ao Lugar de Adoração de Ídolos Ser levados cativos para Babilônia significa
que os filhos de Israel foram levados de volta ao lugar da adoração de ídolos (Jr 50:38).
B. De volta ao Lugar Original da Adoração a Ídolos pelo Seu Antepassado - Abraão
Quando o povo de Deus foi capturado de volta ao lugar de adoração de ídolos, eles
foram levados de volta para Babel, para o lugar original de adoração de ídolos pelo seu
antepas-sado, Abraão (Js 24:2-3). A origem de Babilônia foi Babel na terra de Sinear-
Caldéia-Babilônia (Gn 11:2, 9; 10:10; 11:28). Abraão foi chamado por Deus da Caldéia
para Canaã para adorar a Deus (Gn 11:31). Por isso, a adoração do Deus único, a qual
tinha sido perdida por causa da queda de Adão, foi retomada. O povo de Israel não
existia durante o período da his-tória humana de Adão a Abraão. A história de Israel
começou com Abraão, o primeiro hebreu. Sob a liderança de Moisés, os descendentes
de Abraão fizeram seu êxodo do Egito, e qua-renta anos depois entraram na terra de
Canaã. Por fim, o povo de Deus foi levado de volta ao lugar original da adoração de
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ídolos, o mesmo lugar do qual seu antepassado Abraão tinha sido chamado. C. A
Destruição Absoluta do Testemunho dos Eleitos de Deus na Adoração do Deus único O
cativeiro na Babilônia foi a destruição absoluta do testemunho dos eleitos de Deus na
adoração do Deus único, Jeová, ao levar alguns dos utensílios do templo de Deus para
a terra de Sinear e colocados no templo de ídolos (2Cr 36:6-7). II. A VITÓRIA DOS
JOVENS DESCENDENTES DOS ELEITOS DEGRADADOS DE DEUS SOBRE OS
ARTIFÍCIOS ADICIONAIS DE SATANÁS NA DIETA DEMONÍACA "Disse o rei a
Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel, tanto da
linhagem real como dos nobres, jovens sem nenhum defeito, de boa aparên-cia,
instruídos em toda sabedoria, doutos em ciência, versados no conhecimento e que
fossem competentes para assistirem no palácio do rei" (Dn 1:3-4). Entre tais filhos de
Israel estavam alguns jovens vencedores que Deus usou para obter vitória sobre os
artifícios de Satanás. Satanás pode ter pensado que Deus tinha sido derrotado e que
na terra já não havia adoração a Ele. Os eleitos de Deus tinham sido derrotados e o
Seu propósito na terra tinha sofrido perda. Porém, Deus não foi desapontado, porque
ainda tinha alguns vencedores-Daniel e seus amigos. Em Sua soberania Ele arranjou
para que estes jovens fossem levados para Babilônia onde seriam Seus vencedores.
Se Deus não tivesse tido estes vencedores na Babilônia, Ele teria sido totalmente
derrotado. Mas por causa da presença deles na Babilônia, Ele não foi derrotado e pôde
vangloriar-se à Satanás que até mesmo na Babilônia tinha Seus vencedores. A. A
Tentação Maligna de Nabucodonosor Daniel 1:3-7 descreve a tentação maligna de
Nuboco-donosor. 1. Seduzindo Daniel e Seus Amigos a Se Contaminarem ao Participar
da Sua Comida Impura, Comida Sacrificada aos Seus Ídolos A primeira tentação que
veio ao ser humano estava relacionada à questão de comer (Gn 3:1-5). Em princípio,
todas as tentações que vem a nós estão relacionadas à questão de comer. A tentação
maligna de Nabucodonosor era primeira-mente seduzir Daniel e seus três amigos,
quatro jovens descendentes brilhantes dos eleitos derrotados de Deus, a se
contaminarem ao participar de sua comida impura, comida oferecida a ídolos.
Nabucodonosor proporcionou a Daniel e seus três amigos a melhor comida para
comerem. Para Daniel, esta melhor comida era de fato a árvore do conhecimento do
bem e mal. Esta árvore é algo ligado a Satanás e até mesmo um com Satanás, mas a
árvore de vida é algo ligado a Deus e um com Deus. Comer da árvore do conhecimento
do bem e do mal era se tornar um com Satanás; comer da árvore da vida é estar ligado
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a Deus. Quando Daniel e seus amigos se recusa-ram a comer a comida impura de
Nabucodonosor e escolheram em vez disso, comer legumes, eles na verdade, estavam
rejeitando a árvore do conhecimento do bem e do mal e tomando a árvore da vida.
Assim, mesmo no palácio de Nabucodonosor havia as duas árvores. A comida
escolhida era maculada, impura, pois tinha sido oferecida aos deuses de
Nabucodonosor. Se Daniel e seus amigos comessem aquela comida teriam sido
levados a desonra, tomados pelos ídolos, e assim se tornariam um com Satanás. Se
tivessem feito isto, Deus estaria acabado e não haveria nada mais na terra para Si e
para Seu interesse. Então Satanás poderia gabar-se e ter dito, "Deus, Você foi
completamente derrotado. Você não tem nada na terra para representá-Lo e ser um
com Você." Deus teria sido derrotado em Seus eleitos. Ora, se os Seus descendentes
no cativeiro, a geração jovem, tivesse seguido os passos de seus pais, Deus teria sido
derrotado completamente. Mas Daniel e seus amigos eram para Deus; estavam ligados
a Deus, eram fiéis a Deus e um com Deus porque tomaram Deus. Comer a melhor
comida de Nabucodonosor é tomar Satanás como nossa provisão e se tornar um com
Satanás. Me preocupa o fato de que possam estar comendo a melhor comida
preparada pelo Nabucodonosor de hoje. Se formos descuidados quanto ao nosso
comer, comprar, aonde ir e naquilo que fazemos, podemos tomar algo relacionado a
ídolos, algo demoníaco. Somos o que comemos. Se comemos comida divina-isto é, se
comemos Deus, Deus como nossa comida- seremos um com Deus. 2. Mudando Seus
Nomes Em sua tentação demoníaca à Daniel e seus amigos, Nabucodonosor mudou
também seus nomes que indicavam que pertenciam a Deus, para nomes que os
tornavam um com os ídolos. O nome de Daniel que significa "Deus é o Juiz", ou "Deus
é meu Juiz", foi mudado a Beltessazar - "o príncipe de Bel", ou "o favorito de Bel" (Is
46:1). O nome de Ananias que significa "Jeová é amável", ou "o favorito de Jeová", foi
mudado para Sadraque - "iluminado pelo deus sol." O nome de Misael significa "Quem
pode ser como Deus?", mas seu nome foi mudado para Mesaque - "Quem pode ser
como a deusa [Shach]"? O nome de Azarias significa "Jeová é minha ajuda", foi
mudado para Abede-Nego - "o servo fiel do deus do fogo Nego." B. Daniel Travou Uma
Batalha Para Opor-se à Tentação do Diabo com Ousadia Daniel travou uma batalha
para opor-se à tentação do diabo com ousadia (Dn 1:8-13). Daniel não fez intrigas, mas
foi franco e ousado. C. Deus Honrou a Luta de Daniel Deus honrou a luta de Daniel, e
Daniel e seus amigos se tornaram vencedores entre os remanescentes dos eleitos
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derrotados de Deus. O eleito foi derrotado, mas os jovens vencedores foram vitoriosos.
A vitória deles foi a vitória de Deus. Por causa desta vitória Deus pôde gabar-se e dizer
a Satanás que no meio da Babilônia, o território dele, Deus ainda tinha alguns
vencedores, quatro jovens que foram vitoriosos sobre os artifícios de Satanás. D. Deus
Aparentemente foi Derrotado, mas na Verdade Preservou Sua Adoração e Testemunho
Aparentemente por causa do cativeiro na Babilônia, Deus foi derrotado em Seus
interesses na terra. Na verdade Ele preservou Sua adoração e testemunho por meio
dos jovens vencedores entre Seus eleitos derrotados. Hoje no Catolicismo e
Protestantismo Deus tem alguns vencedores. E. Deus Abençoa Daniel e Seus Amigos
com Conhecimento e Discernimento Deus abençoou Daniel e seus três amigos com
conhe-cimento e discernimento em toda ciência e sabedoria, e Ele especialmente
abençoou a Daniel com entendimento em todas as visões e sonhos (vs. 17-20). Estas
bênçãos era a maneira de Deus indicar que concordava com estes quatro vencedores.
F. Deus Abençoa Daniel com Longevidade Deus abençoou Daniel com longevidade, de
forma que viveu através do cativeiro setenta anos e viu a libertação e o retorno dos
cativos no primeiro ano de Ciro, o rei da Pérsia, depois da queda de Babilônia (v. 21;
6:28; 5:30-31; Ed 1:1-5). De Deus Daniel recebeu sabedoria, discernimento, entendi-
mento e longevidade. Com ele e seus amigos vemos a história da vitória de Deus
continuando na terra por meio de seus jovens vencedores. Espero que hoje também
haja grupos de vencedores que sejam motivo para Deus gabar-se de Satanás.
ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM TRÊS A Vitória dos Jovens Descendentes
dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás
(2) SOBRE A CEGUEIRA MALÍGNA QUE IMPEDE AS PESSOAS DE VEREM A
VISÃO DE DEUS EM RELAÇÃO AO GOVERNO HUMANO AO LONGO DA HISTÓRIA
HUMANA Leitura Bíblica: Dn 2 Nesta mensagem consideraremos a vitória dos jovens
descendentes dos eleitos degradados de Deus sobre a cegueira maligna que impede
as pessoas de verem a visão de Deus em relação ao governo humano ao longo da
história humana. I. O SONHO MARAVILHOSO DE NABUCODONOSOR
Nabucodonosor teve um sonho maravilhoso de uma grande imagem humana (2:1).
Aquele sonho deve tê-lo im-pressionado profundamente, mas esqueceu-se do sonho
por não ter um coração voltado para os interesses de Deus. Então seu espírito ficou
perturbado para saber o sonho, e todos os mágicos, todos os homens sábios de
Babilônia e os Caldeus não podiam lhe contar o sonho (vs. 2-13). Entretanto, havia um
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homem, Daniel, que colocou seu coração nas coisas espiri-tuais com relação aos
interesses de Deus na terra. Ele não teve o sonho, contudo recebeu a visão de Deus
com respeito a ele (vs. 17-23) e o interpretou (vs. 24-45). II. A VISÃO DE DANIEL DE
DEUS EM RELAÇÃO AO SONHO DE NABUCODONOSOR Em 2:14-45 temos a visão
de Daniel de Deus em relação ao sonho de Nabucodonosor. A. A Visão de Deus Dada
a Daniel Os versículos 17 a 23 falam da visão de Deus sendo dada a Daniel. B. A
Interpretação de Daniel do Sonho de Nabucodonosor Os versículos de 24 a 45 é um
registro da interpretação de Daniel do sonho de Nabucodonosor. 1. Daniel Exalta Deus
Ao interpretar o sonho de Nabucodonosor, Daniel exal-tou a Deus (vs. 25-30). Ele não
exaltou a si mesmo. 2. O Conteúdo do Sonho de Nabucodonosor O conteúdo do sonho
de Nabucodonosor era uma grande imagem humana e seu destino (vs. 31-45). a. O
Significado do Agregado do Governo Humano ao Longo da História Humana Esta
grande imagem significa o agregado do governo humano ao longo da história humana
(vs. 31-33), desde o princípio do governo humano em Babel (Babilônia) na terra de
Sinear (Gn 10:6-12), como tipificado pela cabeça, até a conclu-são do governo humano
na história humana no Império Romano com os dez reis, tipificados pelos dez dedos
dos pés. Desde seu inicio até sua conclusão, o governo humano tem feito e continuará
fazendo três coisas: se rebelar contra Deus, exaltar o homem e adorar ídolos (Gn 11:4,
9). b. A Cabeça de Ouro Na grande imagem humana, a cabeça de ouro, corres-ponde à
primeira besta em Daniel 7:3 e 4, que tipifica Nabu-codonosor, o fundador e rei da
Babilônia (2:36-38). c. O Peito e os Braços de Prata O peito e os braços de prata,
correspondem à segunda besta em 7:5, que tipifica a Média-Pérsia (2:39a). d. O
Abdômen e as Pernas de Bronze O abdômen e os pernas de bronze, correspondem à
terceira besta em 7:6, que tipifica a Grécia, incluindo a Ma-cedônia (2:39b). e. As
Pernas de Ferro e os Pés Em parte de Ferro e Em parte de Barro As pernas de ferro e
os pés em parte de ferro e em parte de barro, correspondem à quarta besta em 7:7 e 8,
que tipifica o Império Romano com seus últimos dez reis (2:40-43). Na Bíblia, de acordo
com a imagem humana em Daniel 2, há somente quatro impérios. Aos olhos de Deus,
todos os governos humanos ao longo da história humana são compos-tos de quatro
impérios: o Império Babilônico, o Império Medo-Persa, o Império Grego-Macedônio e o
Império Romano. De acordo com o ponto de vista humano, o Império Grego terminou
com a morte de Alexandre o Grande. Porém, de acordo com o ponto de vista de Deus,
este império continuou com os sucessores de Alexandre-seus quatro generais que
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dividiram o império em quatro partes-e durou até o começo do Império Romano.
Aparentemente o Império Romano tam-bém foi terminado. Na verdade, o Império
Romano continua existindo. De acordo com os livros de Daniel e Apocalipse, o Império
Romano terá como seu último César o Anticristo, com os dez reis tipificados pelos dez
dedos dos pés da grande imagem. O Império Romano, que começou aproximadamente
trinta anos antes do nascimento de Cristo, durará até o final dos três anos e meio da
grande tribulação. O agregado dos impérios humanos que começaram com Ninrode em
Babel e consumará com o último César do Império Romano com seus dez reis. Assim,
de acordo com a Bíblia, ainda hoje estamos no Império Romano. A cultura do mundo é
um acumulo de cultura desde a época de Ninrode até o presente. O que começou com
Ninrode concluirá com o Anticristo. Os Impérios, Babilônico, Medo-Persa e Grego-
Macedônio desapareceram, mas suas culturas permaneceram. O Império Medo-Persa
adotou aspectos da cultura Babilônica, e o Império Grego-Macedônio adotou as-pectos
da cultura Medo-Persa. No mesmo princípio, o Império Romano adotou muitos
elementos da cultura Grega e das culturas que o precederam. Hoje ainda estamos sob
a influ-ência da cultura Romana, especialmente nas questões de leis, políticas e
governo. Neste sentido, o Império Romano continua existindo, e nós ainda estamos
neste império. f. O Destino da Grande Imagem Humana Daniel 2:34-35, 44-45 revela o
destino da grande ima-gem humana. 1) Será Esmagada por uma Pedra Cortada sem
Auxilio de Mãos, em Sua Aparição O destino da grande imagem humana é ser
esmagada por uma pedra cortada sem auxilio de mãos, em Sua aparição (vs. 34-35a,
44b-45; 7:13-14). Esta pedra cortada sem auxilio de mãos é Cristo. Como a pedra que
esmagará todo o governo humano, Cristo não foi cortado com auxilio de mãos humanas
(como indicado por "sem auxilio de mãos" em 2:34, 45); Ele foi cortado por Deus por
meio de Sua crucificação e ressurreição. Por meio de Sua crucificação, Ele foi cortado e
posto na morte (Atos 2:23), e na Sua ressurreição, Ele foi cortado para ser a primeira, a
pedra principal para a edificação da igreja e a pedra que esmiúça para destruir a
totalidade do governo humano (At 2:24; Mt 21:42, 44b). Em Sua aparição como a pedra
cortada sem auxilio de mãos humana, Cristo esmagará a grande imagem dos dedos
dos pés até a cabeça. Isto significa que Ele golpeará os dez reis junto com o Anticristo.
Apocalipse 19 fala da guerra entre Cristo e o Anticristo. Com Cristo haverá Sua noiva
recém-casada, composta dos vencedores, e com o Anticristo haverá os dez reis com
seus exércitos. Esta guerra será uma luta da terra contra os céus, de homem contra
12
Deus. Cristo derrotará e destruirá o Anticristo e os dez reis. De acordo com Daniel 2,
isto exigirá o esmagamento de toda a imagem humana dos dedos dos pés até a
cabeça. Os versículos de 34 a 35a diz, "Uma pedra foi cortada sem auxilio de mãos, e
golpeou a imagem nos pés de ferro e barro e os esmiuçou. Então, foi esmiuçados o
ferro, o barro, o bronze, a prata, e o ouro, os quais se fizeram como a palha das eiras
no estio, e o vento os levou, e deles não se viram mais vestígios." Isto significa a
destruição completa de todo o governo humano de Ninrode ao Anticristo. O governo
humano, portanto, será terminado por Cristo em Sua aparição como a pedra cortada de
Deus. A Bíblia revela que Cristo é uma pedra em três aspec-tos. Primeiro, para os
crentes, Cristo é a pedra de fundamento em quem eles confiam. Com relação à este
aspecto de Cristo como uma pedra, Isaías 28:16 diz, "Eis que eu assentei em Sião uma
pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada." Segundo,
para os judeus incrédulos, Cristo é a pedra de tropeço (Is 8:14; Rm 9:33). Com relação
à este aspecto, Mateus 21:44ª diz, "Aquele que cair sobre essa pedra ficará em
pedaços." Terceiro, para as nações, Cristo será a pedra que esmiúça. "E aquele sobre
quem ela cair, ela o reduzirá a pó e dispersará como palha" (Mt 21:44b). Daniel 2 revela
Cristo como a pedra que esmiúça a grande imagem humana e a torna como palha
levada pelo vento. Quando Cristo vier como a pedra que esmiúça, Ele não virá sozinho.
Antes, virá com Sua noiva. Antes daquele tempo, Cristo já terá tomado a igreja, e terá
se casado com Sua noiva, como descrito em Apocalipse 19. Após Seu casamento, Ele
virá tanto como a pedra que esmiúça e como Aquele que pisa o lagar (Ap 19:15; 14:19-
20; Is 63:2-3). O Anticristo reunirá uma grande quantidade de seres humanos malignos
e rebeldes ao redor de Jerusalém, preparando assim as "uvas" para serem pisadas no
lagar por Cristo. Sua vinda será uma grande surpresa, pois estes rebeldes não crêem
nem em Cristo nem em Deus, mas somente neles mesmos. O Anticristo irá longe
demais ao ponto de dizer que ele mesmo é Deus (2Ts 2:4; Dn 11:36), e para seu prazer
ele armará suas tendas entre a boa terra e o Mar Mediterrâneo (v. 45). Então Cristo
como a pedra cortada por Deus virá com Sua noiva para golpear os dedos dos pés da
imagem, destruindo-a dos dedos dos pés até a cabeça. Desta maneira, o governo
humano será esmiuçado e terminado. 2) Será Substituída com uma Grande Montanha
a Qual Encherá Toda a Terra A grande imagem humana será substituída por uma
grande montanha, significando o reino eterno de Deus que encherá toda a terra (2:35b,
44a). Isto significa que depois que Cristo vier esmiuçar o agregado do governo humano,
13
Ele introduzirá o reino eterno de Deus na terra. Daniel 2:35b diz, "A pedra que feriu a
imagem se tornou uma grande montanha e encheu toda a terra." Este aumento da
pedra em uma grande montanha significa o aumento de Cristo. O fato de Cristo
aumentar é revelado claramente em João 3. Referindo a Cristo, o versículo 30 diz, "É
necessário que Ele cresça." O aumento neste versículo é a noiva falada no versículo
29: "O que tem a noiva é o noivo." Então, Cristo tem um aumento, e este aumento é
Sua noiva. Da mesma maneira que Eva era o aumento de Adão, a noiva é o aumento
de Cristo como o Noivo. A igreja hoje é o aumento de Cristo em vida, mas o reino
eterno de Deus é o aumento de Cristo em administração. Em vida Cristo aumenta para
se tornar a igreja; na admi-nistração Cristo aumenta para se tornar o reino eterno de
Deus. Conseqüentemente, Cristo não só é a igreja, mas também o reino de Deus. A
igreja e o reino são os aumentos Dele. A parábola da semente em Marcos 4:26-29
revela como o reino de Deus é o aumento de Cristo. O versículo 26 diz, "O reino de
Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra." Esta semente é Cristo
como a incorporação da vida divina. De acordo com a parábola, esta semente brota,
cresce, gera fruto, amadurece e produz uma colheita (vs. 27-28). Desde o tempo em
que Cristo veio para semear a Si mesmo no "solo" da humanidade, Ele tem crescido e
aumentado. Conseqüentemente, este aumento se tornará a grande monta-nha que
encherá toda a terra para ser o reino eterno de Deus. A palavra relacionada a Cristo
como a pedra e a montanha no capítulo dois de Daniel revela que Cristo é a
centralidade e a universalidade do mover de Deus. Podemos dizer que como a pedra
Ele é a centralidade e como a montanha Ele é a universalidade. A pedra é Cristo como
o centro, e a montanha é Cristo como a circunferência, a universalidade. Cristo
verdadeiramente é uma Pessoa todo-inclusiva. Ele é a pedra e também a montanha;
Ele é a igreja e também o reino. Ele com Seu aumento é a grande montanha que enche
toda a terra. III. NABUCODONOSOR HONRA DANIEL Em 2:46-49 vemos
Nabucodonosor honrando Daniel. Nabucodonosor se inclinou perante Daniel e o
adorou, orde-nando que lhes oferecessem ofertas de manjares e suaves perfumes a ele
e dizendo, "Certamente, o vosso Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis e um
Revelador de segredos, pois pudeste revelar este segredo" (vs. 46-47). Então Nabuco-
donosor engrandeceu a Daniel e o pôs por governador de toda a província de Babilônia
e chefe supremo sobre todos os homens sábios de Babilônia. Além disso, em resposta
ao pedido de Daniel com respeito aos seus três amigos, Nabuco-donosor os designou
14
sobre a administração da província de Babilônia. Assim, Daniel e seus três amigos
foram designados para governar na província de Babilônia. ESTUDO-VIDA DE DANIEL
MENSAGEM QUATRO A Visão da Grande Imagem - A Visão Governante no Livro de
Daniel Leitura Bíblica: Dn 2 Nesta mensagem gostaria de dar uma palavra adicional
com relação à visão da grande imagem em Daniel 2. Como veremos, esta visão é a
visão governante no livro de Daniel. A IMAGEM TODA SE REFERE À BABILÔNIA Na
interpretação do sonho de Nabucodonosor no capí-tulo dois, apenas a cabeça da
grande imagem humana foi chamada de Babilônia. Entretanto, se a cabeça for a
Babilônia, a imagem toda também deve ser a Babilônia. A Bíblia revela que a imagem
humana vista por Nabu-codonosor em Daniel 2, na verdade não começou com Nabuco-
donosor, mas com Ninrode, que fundou a cidade de Babel (Gn 10:9-10). A edificação
de Babel por Ninrode foi o começo de Babilônia. Babilônia continuou desde então
através do Império Medo-Persa, o Império Grego e o Império Romano. Por fim, ele
incluirá o último César do Império Romano, o Anticristo, com os seus dez reis,
tipificados pelos dedos dos pés da grande imagem (Dn 2:41-44). O livro de Apocalipse
nos diz que em sujeição ao Anticristo, o último César, o Império Romano será tanto a
Babilônia política quanto a religiosa. Apocalipse 18 refere-se ao império do Anticristo
como a Babilônia política e física, isto é, "Babilônia, a Grande" (v. 2). Além disso, por
meio de Constantino, o Grande, aquele que aceitou o Cristianismo como a religião
estatal, a natureza do Cristianismo foi mudada para se tornar a Igreja Católica que em
Apocalipse 17 é chamada "MISTÉRIO, BABILÔNIA, A GRANDE" (v. 5). Esta é a
Babilônia religiosa. Então, a partir da Bíblia vemos não somente que a Babilônia é a
própria Babilônia, mas até mesmo o Império Romano é a Babilônia. A BABILÔNIA
REBELA-SE CONTRA DEUS, EXALTA O HOMEM E ADORA ÍDOLOS De acordo com
nosso ponto de vista, há muitos países, nações e impérios diferentes. Mas aos olhos de
Deus, todo governo humano de Ninrode ao Anticristo é a Babilônia. Este governo
humano-Babilônia-tem sempre feito três coisas: rebelar-se contra Deus, exaltar o
homem e adorar ídolos (Gn 11:4, 9). Adorar ídolos é na verdade adorar o diabo que
está por trás dos ídolos. Onde quer que possamos ir, veremos que o governo humano
se rebela contra Deus, exalta o homem e adora ídolos. A PEDRA CORTADA SEM
AUXILIO DE MÃOS APARECE PARA ESMIUÇAR A GRANDE IMAGEM HUMANA
Quando a Babilônia atingir seu ápice, a pedra cortada sem auxilio de mãos aparecerá
para esmiuçar a grande imagem, começando com os dedos dos pés e os pés (Dn 2:34-
15
35, 44-45; 7:13-14). Em Sua palavra para os fariseus em Mateus 21, o Senhor Jesus
indicou-lhes que Ele é uma pedra. Primeiro, no versículo 42, Ele lhes perguntou,
"Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa tornou-se a
principal pedra, angular. Isto saiu do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos'?"
Então no versículo 44 Ele continua dizendo, "Aquele que cair sobre essa pedra ficará
em pedaços; e aquele sobre quem ela cair, ela o reduzirá a pó e dispersará como
palha." Aqui vemos que Cristo é a pedra que esmiúça. Quem será esmiuçado por Ele e
se espalhará como palha? De acordo com Daniel 2, é o agregado do governo humano
cujo nome é Babilônia que será esmiuçada e esma-gada em pedaços por Cristo como a
pedra cortada sem auxilio de mãos. A SITUAÇÃO MUNDIAL DE HOJE No que diz
respeito ao governo humano, precisamos considerar que parte da grande imagem
humana somos nós hoje. Como resultado de estudar a Bíblia e a situação mundial
durante mais de sessenta anos, acredito que hoje estamos nos pés da imagem, muito
perto dos dez dedos dos pés. A situação mundial, especialmente a situação na Europa,
foi remodelada para se ajustar às profecias na Bíblia. Se estivermos claros sobre isto,
saberemos onde estamos e o que devemos fazer. A cultura, o espírito e a essência do
Império Romano continuam existindo, mas a forma e aparência deste império
desapareceram. Porém, será restabelecida a forma e a aparên-cia do Império Romano
sob as ordens do Anticristo. Toda a terra agora está pronta para a restauração do
Império Romano e o surgimento dos dez dedos dos pés trará Cristo como a pedra para
esmiuçar o agregado do governo humano e introduzir o reino eterno de Deus na terra.
A VISÃO GOVERNANTE NO CAPÍTULO DOIS A visão no capítulo dois é a visão
governante de todo o livro de Daniel. O capítulo um é simplesmente uma intro-dução,
visto que o capítulo dois nos mostra uma visão gover-nante, uma visão que é a chave
para compreender as visões de Daniel nos capítulos sete a doze. Os quatro impérios
em Daniel 2 correspondem às quatro bestas em Daniel 7. No capítulo dois
Nabucodonosor viu uma grande imagem humana, mas no capítulo sete Daniel viu
quatro bestas. As quatro partes principais da imagem na visão de Nabucodonosor
correspondem às quatro bestas na visão de Daniel. A cabeça de ouro (2:37-38),
tipificando Nabu-codonosor, corresponde à primeira besta que "era como um leão e
tinha asas de águia" (7:3-4). O peito e braços de prata (2:32, 39a), tipificando a Média-
Pérsia, corresponde à segunda besta que se assemelhava a um urso (7:5). O abdômen
e as pernas de bronze (2:32, 39b), tipificando a Grécia, corresponde à terceira besta
16
que era como um leopardo (7:6). As pernas de ferro e os pés em parte de ferro e em
parte de barro (2:40-43), tipificando o Império Romano e seus últimos dez reis, corres-
ponde à quarta besta, a qual, sendo diferente das outras bestas, tinha grandes dentes
de ferro e dez chifres (7:7-8). Detalhes adicionais concernentes à estes impérios são
encontrados nos capítulos oito e onze. No capítulo oito vemos que a segunda parte da
grande imagem humana-Média-Pérsia-tipificada por um carneiro (8:3-4) foi derrotado
pela terça parte-Grécia-tipificado por um bode com um chifre notável (vs. 5-8). O
versículo 8 diz, "O bode se engrandeceu sobremaneira. Mas uma vez que se tornou, o
grande chifre foi quebrado, e em seu lugar surgiram quatro chifres notáveis para os
quatro ventos do céu." Estes quatro chifres significam os sucessores de Alexandre o
Grande. Para mais detalhes concernentes à estes quatro chifres, precisamos ler o
capítulo onze que tem muito a dizer sobre o rei do sul (o Egito) e o rei do norte (a Síria).
Em particular, este capítulo fala sobre Antíoco Epifânio, um descendente notório do
sucessor de Alexandre na Síria. TRÊS TIPOS DE ANTICRISTO Antíoco Epifânio era
um tipo de Anticristo. O primeiro tipo de Anticristo foi Ninrode em Gênesis; o segundo
foi Antíoco Epifânio em Daniel; e o terceiro foi Titus, o príncipe de Roma que destruiu
Jerusalém em 70 A.C. Assim, se quisermos um quadro pleno do Anticristo, precisamos
não somente estudar o livro de Apocalipse, mas também estes três tipos de Anticristo.
Com Ninrode, Antíoco Epifânio e Titus nós temos o quadro, e no livro de Apocalipse
temos a definição. Quando reunimos o quadro e a definição, temos uma visão plena
com respeito ao Anticristo. A VISÃO GOVERNANTE GUARDA O POVO DE DEUS DO
MUNDO Espero que todos nós vejamos a visão governante no segundo capítulo de
Daniel e que, na luz dessa visão, tenha-mos uma visão clara com respeito ao governo
humano. Aos olhos dos seres humanos, há diferentes tipos de governos, alguns bons e
outros ruins. Mas aos olhos de Deus, todo governo humano é uma besta. Babilônia,
Pérsia, Grécia, o Império Romano-todos são bestas. Posso testificar que esta visão me
preservou do mundo por mais de sessenta anos. Todos nós precisamos de tal
panorama, de tal visão. Se, como povo de Deus, virmos esta visão governante,
seremos guar-dados do mundo e preparados para a vinda de Cristo como a pedra que
esmiúça que esmagará o agregado do governo humano e se tornará uma grande
montanha-o reino eterno de Deus-enchendo toda a terra. ESTUDO-VIDA DE DANIEL
MENSAGEM CINCO A Vitória dos Jovens Descendentes dos Eleitos Degradados de
Deus no Cativeiro Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (3) SOBRE A SEDUÇÃO
17
DA ADORAÇÃO DE ÍDOLO Leitura Bíblica: Dn 3 Nesta mensagem consideraremos a
vitória dos jovens descendentes dos eleitos derrotados de Deus sobre a sedução da
adoração de ídolo. I. A Estratégia de Satanás Para Seduzir Os Jovens Vencedores
Entre Os Eleitos Derrotados de Deus na Adoração de Ídolos Por Meio da Cegueira de
Nabucodonosor No capítulo três a estratégia de Satanás era seduzir os jovens
vencedores entre os eleitos derrotados de Deus na adoração de ídolos por meio da
cegueira de Nabucodonosor (vs. 1-7). Nabucodonosor fez uma grande imagem de ouro,
sessen-ta côvados (27 metros) de altura, e a colocou na planície de Dura na província
de Babilônia (v. 1). Ele pode ter sido influ-enciado a fazer tal imagem por causa da
interpretação do seu sonho no capítulo dois. Nabucodonosor mandou ajuntar os
sátrapas, os prefeitos e todos os tipos de oficiais de todas as províncias para vir à
dedicação da imagem que havia levan-tado e ordenou a todos os povos, nações e
línguas para adorar sua imagem de ouro (vs. 2-5). Todo aquele que não prostrasse e
adorasse seria lançado no meio de uma fornalha de fogo ardente (v. 6). Os três amigos
de Daniel estavam entre os altos oficiais reunidos, mas Daniel, o chefe supremo de
todos os sábios na província de Babilônia, não estava presente. Isto parece incomum.
Creio que Daniel ficou em algum lugar escondido orando pela situação. II. Os Três
Amigos de Daniel Se Posicionam Contra A Adoração Maligna E São Acusados Pelos
Caldeus Os três amigos de Daniel, os jovens vencedores entre os cativos judeus, se
posicionaram contra a adoração maligna e foram acusados pelos caldeus (vs. 8-12). Os
caldeus tinham inveja de Daniel e seus amigos e tomou a recusa deles de adorar a
imagem de ouro como base para acusá-los diante de Nabucodonosor. III.
Nabucodonosor Tenta Os Jovens Vencedores Dando-Lhes Outra Chance Para Adorar
A Imagem de Ouro Nabucodonosor, irado e furioso, tentou os jovens vence-dores
dando-lhes outra chance para adorar sua imagem de ouro, com a ameaça de lançá-los
em uma fornalha de fogo ardente (vs. 13-15). IV. A Resposta dos Três Jovens
Vencedores Os três vencedores responderam, "Se o nosso Deus, a quem servimos,
quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, "o rei" (v.
17). A resposta deles à Nabucodonosor foi indelicada e muito ousada (vs. 16-18).
Contudo ainda havia algo do conceito natural na resposta deles. Eles disseram que
Deus podia livrá-los da fornalha ardente. De fato, Deus não precisou livrá-los da
fornalha. Ele os manteve na fornalha e tornou o fogo sem efeito (v. 25). Eles foram
corajosos, mas não foram tão espirituais. Se tivessem sido espirituais, teriam dito,
18
"Nabucodonosor, estamos conten-tes por entrar na fornalha ardente, porque quando
formos, Ele virá. Ele fará de sua fornalha ardente um lugar muito agradável." V.
Nabucodonosor Se Encheu de Fúria e Ordenou Que os Vencedores Fossem Atados e
Lançados Na Fornalha de Fogo Ardente Nabucodonosor se encheu de fúria e,
transtornado o aspecto do seu rosto contra os jovens vencedores, ordenou que se
acendesse a fornalha sete vezes mais do que se costumava, ordenando aos homens
mais poderosos que estavam no seu exército que atassem os vencedores e os
lançassem na forna-lha de fogo ardente (vs. 19-21). VI. Os Jovens Vencedores Caem
Atados Na Fornalha Ardente Os homens poderosos foram mortos pelas chamas do
fogo, e os três jovens vencedores caíram atados na fornalha de fogo ardente (vs. 22-
23). VII. Nabucodonosor Ficou Surpreso e Falou Com Seus Conselheiros
Nabucodonosor ficou surpreso e disse aos seus conse-lheiros: "Não lançamos nós três
homens atados no meio do fogo?... Eu, porém vejo quatro homens soltos, que andam
passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a
um filho dos deuses" (vs. 24-25). Este quarto era Cristo; que tinha vindo para estar com
Seus três vencedores no sofrimento e na perseguição deles, e fazer do fogo um lugar
agradável no qual se pudesse passear. Nosso conceito natural é que precisamos deixar
o fogo das nossas circunstâncias. Podemos pensar que se tivermos um marido
problemático ou uma esposa rixosa, devemos orar e pedir a Deus que nos liberte de tal
situação. Mas o Senhor dirá, "Eu não quero libertar você desta situação no seu
casamento. Ao em vez disso, Eu o manterei nele, e virei e farei do seu ambiente um
lugar agradável." Quando o inimigo nos lança na fornalha, devemos per-ceber que não
precisamos pedir ao Senhor que nos liberte. Ele virá para estar conosco e cuidar de nós
em nosso sofrimento, fazendo do nosso lugar de sofrimento uma situação agradável.
Posso testificar isso através da minha experiência na prisão sob a invasão do exército
Japonês na China. Durante aquele tempo de sofrimento, o Senhor estava comigo. Um
dia, quando estava falando com o Senhor, tive um sentimento profundo de que Ele
estava ali na prisão comigo. Chorei diante Dele, dizendo, "Senhor, Tu sabes por que
estou aqui." Em vez de me libertar imediatamente da prisão, o Senhor, por meio de Sua
presença, fez daquela prisão um lugar agradável. Assim como o Senhor estava com
aqueles vencedores sofrendo na Babilô-nia, assim Ele estará conosco em nosso
sofrimento hoje. VIII. OS JOVENS VENCEDORES SAEM DO FOGO Nabucodonosor
aproximou-se da porta da fornalha de fogo e disse aos jovens vencedores, "Servos do
19
Deus Altíssimo, saiam e venham aqui" (v. 26). Então os jovens vencedores saíram do
fogo, e todos os mais elevados oficiais e os conse-lheiros do rei viram que nestes
jovens vencedores o fogo não tinha causado nenhum dano em seus corpos e que seus
cabelos não havia sido chamuscados, nem suas roupas tinham sido afetadas, nem
cheiro de fumaça sobre eles (v. 27). IX. NABUCODONOSOR BENDIZENDO AO DEUS
DE SADRAQUE, MESAQUE E ABEDE-NEGO Nabucodonosor respondeu e disse,
"Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e
livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei,
preferindo entregar os seus corpos, a servirem e adorarem a qualquer outro deus,
senão ao seu Deus" (v. 28). O três jovens vencedores não simplesmente frustraram a
palavra do rei-eles a mudaram. Em vez de cumprir a palavra de Nabucodonosor, eles a
mudaram em natureza e entregaram seus corpos para que não pudessem servir nem
adorar qualquer deus diferente do único Deus deles. Nabucodonosor fez um decreto
que dizia que qualquer povo, nação ou idioma que dissesse blasfêmia contra o Deus de
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego deveria ser despedaçado, e suas casas seriam
feitas um monturo; porque não há outro Deus que possa livrar como este (v. 29). Então
o rei fez pros-perar os três jovens vencedores na província de Babilônia (v. 30). O três
jovens vencedores obtiveram vitória sobre a sedução de adorar ídolos. Todo o universo
viu a rejeição deles da adoração maligna. Assim, Deus pôde gabar-se de Satanás de
que até mesmo em seu território, Ele tinha pessoas que O adoravam. Eles não se
importaram com Satanás. Hoje, nesta era de trevas, tudo parece ser desencorajador.
Mas ainda há um grupo de vencedores para se levantar contra esta corren-teza e levar
a cabo a adoração, o testemunho e o interesse de Deus na terra. ESTUDO-VIDA DE
DANIEL MENSAGEM SEIS A Vitória dos Jovens Descendentes dos Eleitos
Degradados de Deus no Cativeiro Sobre os Artifícios Adicionais de Satanás (4) SOBRE
O VÉU QUE IMPEDE AS PESSOAS DE VEREM O GOVERNO DOS CÉUS PELO
DEUS DOS CÉUS Leitura Bíblica: Dn 4 Daniel é um livro da revelação divina com
respeito à economia de Deus. Nos capítulos de um a seis, este livro não apresenta a
economia de Deus de maneira teológica ou doutri-nária, mas em uma série de casos.
Há seis casos registrados em Daniel 1-6 os quais nos mostram o que é a economia de
Deus e como Sua economia pode ser levada a cabo. Estes seis casos são ilustrações.
Aparentemente os casos nos capítulos de um a seis estão isolados e não tem nada a
ver um com o outro. Na verdade, estes casos estão todos conectados. Por exemplo,
20
para encontrar o ponto crucial do segundo caso, a grande imagem humana no capítulo
dois, temos que voltar ao capítulo um. O segredo para entender o capítulo dois está no
capítulo um. Do mesmo modo, o segredo para entender o capítulo três está no capítulo
dois, e assim sucessivamente. O caso no capítulo seis é uma conclusão dos cinco
casos prece-dentes. A fim de descrever o primeiro caso, no capítulo um, devemos
pintar um quadro. Primeiro, temos que retratar a figura de uma batalha, o general
vencedor, Nabucodonosor, que havia retornado de Jerusalém para a Babilônia com
muitos cativos seguindo atrás dele. Segundo, vemos quatro jovens brilhantes entre os
cativos. Terceiro, estes jovens foram especialmente escolhidos de entre os cativos e
então se lhes apresentaram a comida impura do rei. Quarto, eles determi-naram em
seus corações guardarem-se para Deus, e rejei-tarem a comida real e apenas comerem
legumes. Não obstante, os quatro se tornaram muito agradáveis, felizes e saudáveis.
Então como resultado, a presença, a sabedoria e o discerni-mento de Deus estavam
com eles, e eles podiam compreender as coisas dez vezes melhor do que todos os
outros no reino de Nabucodonosor. O segundo caso está no capítulo dois. Este grande
e vitorioso general teve um sonho que não pôde entender. Pelo fato de estar cegado
pela glória e poder mundano, ele não pôde entender o sonho e por fim o esqueceu.
Porém, havia uma pessoa chamada Daniel que não se importava com a glória e poder
mundano, que tinha um coração para Deus e que tinha a habilidade e a capacidade
para entender este sonho. Ele não apenas tinha a posição correta e a visão correta
para entender, mas também uma capacidade intrín-seca em seu ser para compreender.
Assim, quando tal assunto desconhecido foi trazido a ele, ele teve discernimento. Ele
via através da glória e majestade mundana relacionada com o governo humano. Então
ele deu ao rei uma visão para abrir seus olhos. Mas Nabucodonosor estava privado da
capacidade de conhecer Deus intimamente. Embora, exteriormente tives-se sido
ajudado por Daniel a ver que Deus é o Deus Altíssimo, nada dentro dele foi tocado.
Considerando Daniel como um herói, este grande e vitorioso general o adorou e lhe
ofereceu uma oferta de manjares com incenso. Essa é a cena final do capítulo dois. Na
interpretação do sonho de Nabucodonosor, Daniel disse, "Tu, ó rei, rei de reis, a quem
o Deus dos céus conferiu o reino, o poder, a força e a glória.... Tu és a cabeça de ouro"
(2:37-38). Quando Nabucodonosor refletiu sobre a interpre-tação de Daniel, ele pode
ter-se considerado alguém grande. Assim, no capítulo três ele levantou uma grande
imagem de ouro, possivelmente significando a si mesmo, para as pessoas adorar. Ela
21
não apenas tinha uma cabeça de ouro, mas toda a imagem era de ouro. Daniel era um
prefeito governando sobre a maior pro-víncia de Babilônia. Ao perceber que a grande
imagem estava sendo estabelecida para ser adorada, antecipou sua dedicação.
Considerando que ele não é mencionado no capítulo três, é provável que tenha se
ausentado e orado pela vitória de Deus. Deus tinha recebido muita adoração no templo
em Jerusalém, mas ele havia sido destruído, e os utensílios para Sua adoração foram
levados para a Babilônia. Os interesses de Deus nesta terra estavam perdidos. Não
obstante, havia alguns vencedores na Babilônia, e Daniel era um deles. Creio que
Daniel ficou distante da dedicação da imagem para orar por seus três amigos. Em sua
oração ele pode ter dito, "Deus, Tu deves preservar-nos e preservar Sua adoração na
terra. Sua adoração não deve ser interrompida, frustrada, violada ou mudada por
ninguém." Os três amigos de Daniel responderam corajosamente a Nabucodonosor,
dizendo, "Quanto a isto não necessitamos de te responder, se o nosso Deus a quem
servimos, quer livrar-nos, Ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó
rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a
imagem de ouro que levan-taste" (3:16-18). Eles foram lançados na fornalha de fogo,
mas o fogo não teve nenhum efeito sobre eles. Então, no final do capítulo três, o rei
admitiu de boa intenção que estes três jovens tinham mudado sua palavra e não
tiveram nenhum medo de entregar seus corpos para ser sacrificados. "Nabuco-donosor
respondeu e disse, Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego, que
enviou Seu anjo e libertou Seus servos que confiaram Nele e mudaram a palavra do rei
e entregaram seus corpos para que pudessem não servir nem adorar qualquer deus
exceto o seu próprio Deus" (v. 28). No começo do capítulo quatro, Nabucodonosor
nova-mente prestou louvores em relação a Deus. Como veremos neste capítulo,
Nabucodonosor continuou no orgulho e foi humilhado por Deus que o expôs e mostrou-
lhe que não era um cavalheiro, mas uma besta. I. O LOUVOR DE NABUCODONOSOR
EM RELAÇÃO A DEUS Em 4:1-3 temos o louvor de Nabucodonosor em ralação a Deus
em Sua grandiosidade, poder, reino eterno e o governo eterno. Nos versículos 2 e 3 ele
disse, "Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo,
tem feito para comigo. Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas, as suas
maravilhas! O seu reino é um reino eterno, e seu domínio é de geração a geração." II. O
TESTEMUNHO DE NABUCODONOSOR Os versículos de 4 a 18 são um registro do
testemunho de Nabucodonosor. A. Teve um Sonho, e os Magos e os Caldeus Não
22
Foram Capazes de Interpretá-Lo O versículo 5 diz, "Tive um sonho, que me espantou;
e, quando estava no meu leito, os pensamentos e as visões da minha cabeça me
turbaram". Ele decretou que os homens sábios de Babilônia fizessem conhecida a
interpretação a ele. Porém, os magos, os encantadores, os Caldeus e os feiticeiros não
puderam interpretar o sonho a Nabucodonosor (vs. 6-7). B. Daniel Vindo Para
Interpretar o Sonho Finalmente Daniel veio para interpretar o sonho. Nabu-codonosor
contou-lhe sobre o sonho e então pediu que fizesse a interpretação conhecida a ele (vs.
8-18). III. A INTERPRETAÇÃO DE DANIEL DO SONHO DE NABUCODONOSOR A.
Daniel Ficou Atônito e Perturbado Tendo ouvido falar do sonho, Daniel ficou atônito du-
rante algum tempo e os seus pensamentos o perturbaram. Quando Nabucodonosor lhe
disse que não ficasse perturbado, Daniel disse, "Senhor meu, o sonho seja contra os
que te têm ódio, e a sua interpretação, para os teus inimigos!" (v. 19). B. A Grande
Árvore Significa Nabucodonosor Em seu sonho Nabucodonosor viu uma árvore grande,
alta e forte, de folhagens formosas, rica em frutos e boa para comer. Esta árvore tipifica
o próprio Nabucodonosor (vs. 20-22). C. Um Vigilante, Um Santo, Descendo do Céu e
Dizendo Que a Árvore Deveria Ser Cortada Em seu sonho Nabucodonosor viu um
vigilante, um santo, descendo do céu e dizendo, "Cortai a árvore e destruí-a, mas a
cepa com as raízes deixai na terra, atada com cadeias de ferro e de bronze, na erva do
campo; seja ela molhada do orvalho do céu, e a sua porção seja com os animais do
campo, até que passem sobre ela sete tempos" (v. 23). Em sua interpretação Daniel
explicou que isto significava o que o Altíssimo tinha decretado e que Nabucodonosor
seria expulso de entre os homens, e que a sua morada seria com os animais do campo,
e dar-lhe-ia a comer ervas como aos bois, e serias molhado do orvalho do céu; e
passar-se-iam sete tempos por cima dele, até que reconhecesse que o Altíssimo tem
domínio sobre o reino dos homens e o dá a quem quer. (vs. 24-25). O versículo 26
continua dizendo, "Quanto ao que foi dito, que se deixasse a cepa da árvore com as
suas raízes, o teu reino tornará a ser teu, depois que tiveres reconhecido que o céu
domina." IV. O CONSELHO DE DANIEL A NABUCODONOSOR Depois da
interpretação do sonho, Daniel ofereceu con-selho a Nabucodonosor. Ele o aconselhou,
dizendo, "Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e põe termo, pela justiça, em teus
pecados e em tuas iniqüidades, usando de misericórdia para com os pobres; e talvez se
prolongue a tua tranqüilidade." (v. 27). V. O CUMPRIMENTO DO SONHO SOBREVEIO
A NABUCODONOSOR Os versículos 28 a 33 mostram como o cumprimento do sonho
23
sobreveio a Nabucodonosor. A. A Palavra de Nabucodonosor Enquanto Caminhava no
Telhado do Palácio Real da Babilônia Depois que Daniel exortou Nabucodonosor, Deus
deu a ele doze meses para se arrepender. Porém, não houve nenhum arrependimento
e nenhuma mudança. Um dia enquanto o rei estava andando no terraço do palácio real
na Babilônia, ele olhou para a grande cidade e se encheu de orgulho, dizendo, "Não é
esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a casa real, com o meu grandioso poder e
para a glória da minha majestade?" (v. 30). B. Uma Voz do Céu Disse a
Nabucodonosor Que o Reino Tinha Passado Dele Falava ainda o rei, quando desceu
uma voz do céu: "A ti se diz, ó rei Nabucodonosor: Já passou de ti o reino" (v. 31). Deus
lhe ensinaria que ele não era nada e o Deus poderoso, Soberano sobre o reino dos
homens, Aquele que dá o reino dos homens e tudo o mais a quem Ele quer, é tudo. De
acordo com sua natureza e ser, Nabucodonosor não era um homem, mas uma besta.
Por isso, seu coração de homem foi mudado, e o coração de uma besta foi dado a ele
(v. 16). Deus também lhe tirou o raciocínio humano. Naquele mesmo instante ele
começou a comer erva como os bois, o seu corpo foi molhado com o orvalho do céu,
até que lhe cresceram cabelos como as penas de águias, e suas unhas como as das
aves (v. 33). VI. O RETORNO DE NABUCODONOSOR A NORMALIDADE E SEU
TESTEMUNHO A. Ao Término Desses Dias, Nabucodonosor Levantou os Olhos ao
Céu e o Seu Entendimento Voltou Nabucodonosor permaneceu nesta condição por
"sete períodos de tempo." Acredito que esta expressão se refere à sete semanas,
quarenta e nove dias. Ao término desses dias, Nabucodonosor levantou os olhos ao
céu, e seu entendimento voltou (v. 34a). Pelo fato de as bestas andarem em quatro
patas, elas olham para baixo, mas os seres humanos cami-nham em dois pés e olham
para cima. O entendimento de Nabucodonosor voltou assim que olhou para cima, para
os céus. Por ele ter mudado, seu raciocínio voltou. B. Nabucodonosor Bendiz o
Altíssimo, Louva e Honra Aquele Que É Eterno Nabucodonosor bendisse ao Altíssimo,
louvou e honrou Aquele que é eterno, dizendo, "Seu domínio é sempiterno, seu reino é
de geração em geração; todos os moradores da terra são por ele reputados em nada;
e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os moradores da terra;
não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?" (vs. 34b-35). Mais
adiante, no versículo 37 Nabucodonosor louvou, exaltou e honrou o Rei dos céus,
porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode
humilhar aos que andam na soberba. Como indicado por seu louvor no final do capítulo
24
quatro, Nabucodonosor tinha aprendido a lição ao ser humi-lhado e conhecer a Deus.
No capítulo três ele fez uma imagem de ouro porque estava muito orgulhoso. O capítulo
quatro segue para lhe ensinar uma grande lição. Embora tenha agido como um
cavalheiro, ele era uma besta. Após este capítulo o registro de Nabucodonosor chega
ao fim. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM SETE A Vitória dos Jovens
Descendentes dos Eleitos degradados de Deus no Cativeiro Sobre os Artifícios
Adicionais de Satanás (5) Sobre a Ignorância Relacionada ao Resultado da Devassidão
Diante de Deus e o Insulto a Sua Santidade Leitura Bíblica: Dn 5 Daniel 5 é uma
continuação de Daniel 4. O capítulo cinco abrange a vitória dos jovens vencedores dos
eleitos degradados de Deus sobre a ignorância relacionada ao resul-tado da
devassidão diante de Deus e o insulto a Sua santidade. O que Daniel registra neste
capítulo é baseado na visão espiri-tual para lições espirituais. O capítulo cinco segue o
capítulo quatro para nos dar uma visão clara de certas lições espiri-tuais. I. A
DEVASSIDÃO DE BELSAZAR DIANTE DE DEUS E SEU INSULTO A SUA
SANTIDADE Daniel 5:1-4 descreve a devassidão de Belsazar diante de Deus e seu
insulto a Sua santidade. A. Fez um Grande Banquete para Milhares dos Seus Deuses
Belsazar (um descendente de Nabucodonosor e rei de Babilônia) fez um grande
banquete para milhares de seus deuses, e bebeu vinho diante deles (5:1). Aqui vemos
a devassidão de Belsazar diante de Deus. A devassidão é uma maneira abusiva de
comer e beber com um propósito adúltero. B. Ordena aos Seus Homens que Tragam os
Utensí-lios de Ouro e de Prata que Nabucodonosor Seu Antecedente Tinha Tirado do
Templo em Jerusalém Belsazar, sob a influência do vinho, ordenou aos homens que
trouxessem os utensílios de ouro e de prata que Nabucodonosor seu antepassado tinha
tirado do templo em Jerusalém, para que ele, seus deuses, suas esposas e suas
concubinas pudessem beber neles e pudessem adorar os deu-ses de ouro, prata,
bronze, ferro, madeira e pedra (vs. 2-4). Eles tomaram os utensílios que eram para a
adoração de Deus no Seu templo santo em Jerusalém e os usaram na adoração de
ídolos. Isso foi um insulto a santidade de Deus. II. A ESCRITURA NA PAREDE
ENVIADA POR DEUS Os versículos 5 a 9 falam da escritura na parede envi-ada por
Deus. A. Os Dedos da Mão de um Homem Veio e Escreveu na Caiadura da Parede No
exato momento em que eles bebiam vinho e adora-vam seus deuses, os dedos da mão
de um homem vieram e escreveram defronte o candeeiro na caiadura da parede do
palácio real (v. 5a). B. O Semblante do Rei Belsazar Mudou e Seus Pensamentos O
25
Perturbou Quando Belsazar viu que os dedos da mão escreviam, seu semblante mudou
e seus pensamentos o perturbou (vs. 5b-6). As juntas dos seus lombos se relaxaram e
os seus joelhos começaram a bater um no outro. Ele era um homem assus-tado e não
tinha paz para beber, nem paz para continuar sua devassidão. C. O Rei Ordena em Alta
Voz para Trazer os Encantadores, os Caldeus e os Feiticeiros O rei gritou em alta voz
que se trouxessem os encan-tadores, os Caldeus e os feiticeiros. Ele disse aos sábios
de Babilônia, "Qualquer que ler esta escritura e me declarar sua interpretação será
vestido de púrpura e terá uma cadeia de ouro ao redor de seu pescoço e será o terceiro
no meu reino" (v. 7). D. Todos os Sábios do Rei Não Foram Capazes de Ler a Escritura
nem Fazer Conhecida Sua Interpretação ao Rei Todos os sábios do rei vieram, mas
não puderam ler a escritura nem puderam fazer conhecida sua interpretação ao rei (v.
8). Então o rei ficou muito alarmado. Seu semblante mudou ainda mais, e seus grandes
ficaram perplexos (v. 9). III. A INTERPRETAÇÃO DE DANIEL DA ESCRITURA NA
PAREDE Nos versículos 10 a 29 temos a interpretação de Daniel da escritura na
parede. A. Daniel é Recomendado, Chamado, e Trazido Diante do Rei Daniel foi
recomendado, chamado, e trazido diante do rei (vs. 10-16). A rainha-mãe recomendou
Daniel, dizendo que ele tinha um espírito excelente, de conhecimento, discer-nimento,
interpretação de sonhos, declaração de enigmas, e solução de casos difíceis. Ela
continuou a dizer, "Chame Daniel e ele declarará a interpretação" (v. 12b). B. A
Resposta de Daniel ao Rei O rei disse a Daniel que se ele pudesse interpretar a
escritura e pudesse fazer sua interpretação conhecida, seria vestido de púrpura, teria
uma cadeia de ouro ao redor do pescoço, e reinaria como o terceiro no reino. Em sua
resposta ao rei, Daniel disse, "Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a
outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber sua interpretação" (v. 17). Antes
de ler a escritura e interpretá-la, Daniel lembrou a Belsazar da experiência de
Nabucodonosor registrada no capítulo quatro. Daniel considerou o que aconteceu a
Nabuco-donosor como uma lição não somente a ele, mas também a todos os seus
descendentes. Por isso, Daniel referiu a Belsazar a lição de seu antepassado num tom
de reprovação. Nabuco-donosor tinha sido disciplinado severamente por Deus e, que
após ter aprendido a lição, bendisse a Deus. Belsazar deveria ter aprendido algo desta
lição, mas não se importou com nada disso. Assim, Daniel disse a ele, "Tu, Belsazar,
que és seu descendente, não humilhaste o coração, ainda que soubesse de tudo isso;
e te levantaste contra o Senhor dos céus.... Mas a Deus, em cuja mão está a tua vida e
26
todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste. Então da parte Dele foi enviada aquela
mão que traçou esta escritura" (vs. 22-24). Belsazar não estava esperando tal
repreensão. C. A Interpretação Nos versículos 25 a 28 vemos a interpretação de Daniel
da escritura. Este é o escrito que estava inscrito: "MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM"
(v. 25). Esta é a interpretação de Daniel da questão: MENE-Contou Deus o reino de
Belsazar e deu cabo dele; TEQUEL-Ele foi pesado na balança e achado em falta; e
PARSIM-Seu reino foi dividido e dado aos Medos e os Persas (vs. 26-28). D. A
Resposta de Belsazar O versículo 29 nos fala da resposta de Belsazar a interpretação
de Daniel. Belsazar mandou que Daniel fosse vestido de púrpura, que uma cadeia de
ouro fosse colocada em redor de seu pescoço, e que proclamasse que deveria ser o
terceiro do seu reino. IV. O DESTINO DE BELSAZAR Os versículos 30 e 31 falam do
destino de Belsazar. A. Belsazar Foi Morto Naquela Noite O versículo 30 diz, "Naquela
mesma noite foi morto Belsazar, rei dos Caldeus." Não há nenhuma indicação no
registro de que Belsazar se arrependeu ou teve alguma espécie de mudança.
Provavelmente não havia mais tempo para ele se arrepender. B. Dario o Medo, se
Apodera do Reino de Babilônia Acredito que enquanto Belsazar e os seus grandes
estavam envolvidos na devassidão, o exército Medo estava chegando à cidade. Assim
que Daniel interpretou a escritura, o exército Medo entrou na cidade e no palácio e
matou Belsazar. Então, o versículo 31 conclui, "E Dario o Medo, com cerca de sessenta
e dois anos, se apoderou do reino". Isto pôs fim ao Império Babilônico. Nos primeiros
cinco capítulos de Daniel, há várias lições para aprendermos. Por exemplo, a lição no
capítulo um é que não devemos nos importar com a escolha e prazeres mundanos, mas
devemos colocar nosso coração em Deus e somente gostar de legumes, isto é, gostar
de comida simples. Devemos receber somente coisas simples. Se fizermos isto,
seremos um com Deus e nos tornaremos sábios. No capítulo cinco relacionado ao caso
de Belsazar, vemos a importância de sermos sérios com Deus e não descon-
siderarmos nenhuma lição espiritual. Belsazar não se bene-ficiou da lição aprendida por
seu antepassado Nabucodonosor no capítulo quatro. O caso de Nabucodonosor nos
ensina que precisamos ter cuidado e não considerar o que alcançamos. O palácio
construído por Nabucodonosor era imenso. Quando passeava no terraço daquele
palácio, ele se orgulhou e disse, "Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a
casa real, com o meu grandioso poder e para a glória da minha majestade?" (4:30).
Isso deveria nos advertir de que nossas conquistas podem nos tornar orgulhosos, e
27
isso pode intro-duzir o julgamento de Deus. O julgamento de Deus sobre
Nabucodonosor o reduziu a nada. Esta foi a razão de ele poder dizer do Senhor, "Todos
os moradores da terra são por Ele reputados em nada; e, segundo a Sua vontade, Ele
opera com o exército do céu e os moradores da terra; não há quem Lhe possa deter a
mão, nem Lhe dizer: Que fazes?" (4:35). Em 4:37 em relação ao Senhor,
Nabucodonosor continuou dizendo, "Ele pode humilhar aqueles que andam na
soberba." Belsazar deveria ter aprendido a lição da experiência de Nabucodo-nosor;
porém, não aprendeu a lição e sofreu como resultado. A situação de Belsazar deveria
deixar uma impressão profunda em nós. Todos nós precisamos ver que se recebermos
alguma lição de Deus, devemos considerá-la muito seriamente. Se desconsiderarmos
qualquer lição, sofreremos. Entre todos os eventos no capítulo cinco, ou junto com
todos estes eventos, a economia de Deus estava sendo levada a cabo. Deus sabe
como administrar a situação mundial. Não pense que Dario o Medo, veio matar
Belsazar por acaso. Não, isso foi Deus levando a cabo Sua economia. Se Ele tivesse
deixado o império nas mãos dos Babilônicos, nunca poderia ter havido um retorno dos
cativos para Israel. Portanto, o império tinha que ser mudado de ouro para prata. Isto foi
obra de Deus. Isso foi Deus temperando e equilibrando Sua economia para cumprir Seu
plano. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM OITO A Vitória dos Jovens
Descendentes dos Eleitos Degradados de Deus no Cativeiro Sobre os Artifícios
Adicionais de Satanás (6) Sobre a Sutileza que Proibia a Fidelidade dos Vencedores na
Adoração a Deus Leitura Bíblica: Dn 6 Daniel 6 é muito crucial porque ele nos mostra
como Deus leva a cabo Sua economia com Seus eleitos para a vinda de Cristo. Deus
deseja levar a cabo Sua economia, mas o homem precisa orar por Sua economia na
terra. Deus leva a cabo Sua economia na terra por meio de seus canais fiéis de oração.
A estratégia de Satanás é frustrar a oração a qual é para o mover de Deus. Assim, o
centro deste capítulo é a oração do homem para levar a cabo a economia de Deus. O
mover de Deus é como um trem que tem que ter trilhos para seu mover. As orações do
homem são como os trilhos os quais pavimentam o caminho para o mover de Deus
avançar. Não há nenhum outro caminho para conduzir o cumprimento da economia de
Deus de maneira plena exceto por meio da oração. Este é o segredo interior deste
capítulo. I. A EXALTAÇÃO DE DANIEL COMO UM DOS VENCEDORES NO
CATIVEIRO DOS ELEITOS DE DEUS NA MÉDIA-PÉRSIA Daniel 5:31 diz, "Dario o
Medo com cerca de sessenta e dois anos se apoderou do reino." Pareceu bem a Dario
28
constituir sobre o reino a cento e vinte sátrapas; (sátrapas - é uma palavra Persa que
significa "protetores do reino") que estivessem por todo o reino (6:1). Daniel foi
estabelecido pelo Rei Dario para ser um dos três principais ministros sobre estes cento
e vinte sátrapas (v. 2). Daniel se distinguia entre os principais ministros e sátrapas, e o
rei considerava colocá-lo sobre todo o reino (v. 3). Nessa época, Daniel não mais era
um jovem vencedor, mas tinha se tornado um vencedor mais velho; ele podia ter cerca
de cem anos de idade. II. O ATAQUE SUTIL DE SATANÁS SOBRE DANIEL COM
RELAÇÃO À ADORAÇÃO DE DEUS Nos versículos de 4 a 9 vemos o ataque sutil de
Satanás sobre Daniel com relação à adoração de Deus. A. Os Principais Ministros e
Sátrapas, Deliberando Junto com os Altos Oficiais do Reino Tendo ciúmes de Daniel, os
principais ministros e os sátrapas "buscaram encontrar um motivo de acusação contra
Daniel a respeito do reino, mas não puderam encontrar nenhum motivo de acusação ou
falta, já que ele era fiel, e nenhuma negligência ou falta foi encontrado em relação a ele"
(v. 4). Então, os principais ministros e sátrapas, junto com os altos oficiais do reino,
deliberaram juntos de que o rei deveria estabelecer um estatuto e fazer um edito rígido
de que qualquer um que fizesse petição dentro dos próximos trinta dias a qualquer deus
ou homem além do rei, deveria ser lançado na cova dos leões (vs. 5-7). Eles rogaram
ao rei, dizendo, "Agora, pois, ó rei, sanciona o edito e assine a escritura de forma que
isto não seja mudado, de acordo com a lei dos Medos e Persas, que não se pode
revogar (v. 8)". A intenção dos principais ministros e sátrapas era destruir Daniel, mas
Satanás que estava por trás deles quis parar ou cortar o canal de oração que Deus
estava usando para levar a cabo Sua economia. B. O Rei Dario Assina o Edito O rei
Dario assinou a escritura, isto é, o edito, para estabelecê-lo (v. 9). III. A FIDELIDADE
DE DANIEL NA ADORAÇÃO A DEUS O versículo 10 revela a fidelidade de Daniel na
ado-ração a Deus. "Daniel, pois, quando soube que a escritura tinha sido assinada,
entrou em sua casa (em seu quarto superior onde tinha as janelas abertas para
Jerusalém) e três vezes ao dia, se punha de ajoelhou, e orava, e dava graças, diante do
Seu Deus, como costumava fazer." Ele tinha lido a profecia de Jeremias a qual
profetizava que os filhos de Israel serviriam ao rei de Babilônia durante setenta anos
(9:2b; Jr 25:11). Posicionado sobre esta palavra, Daniel deve ter orado muitas vezes
pelo cumprimento desta profecia e para o retorno dos cativos. Ele orava, e não deixava
nada inter-romper ou frustrar sua oração. Ele sabia que sua a oração era para levar a
cabo a economia de Deus com respeito aos Seus eleitos. Portanto, sua oração era uma
29
questão séria. Hoje, a oração é a linha vital na restauração do Senhor. Quanto mais
Satanás tenta frustrar nossa oração, mais deve-ríamos orar. IV. A ACUSAÇÃO DOS
OPOSITORES Os principais ministros e os sátrapas foram juntos e encontraram Daniel
fazendo petição e súplica diante do seu Deus (Dn 6:11). Então se apresentaram ao rei,
e, a respeito do edito, lhe disseram, "Daniel, que é um dos exilados de Judá, não fez
caso de ti, ó rei, nem do edito que assinaste; antes, três vezes por dia, faz sua oração"
(v. 13). Quando o rei ouviu isso, ficou muito descontente com ele, e determinou consigo
entregar a Daniel; e até ao pôr-do-sol, se empenhou por salva-lo (v. 14). Porém, os
opositores convenceram o rei (v. 15). V. O SOFRIMENTO DE DANIEL POR CAUSA DA
PERSEGUIÇÃO Sabendo que o edito não poderia ser mudado, o rei ordenou, e seus
opositores lançaram Daniel na cova dos leões (v. 16a). O rei respondeu e disse a
Daniel, "O teu Deus, a quem tu continuamente serves, que Ele te livre" (v. 16b). Uma
pedra foi trazida e colocada sobre a boca da cova; selou-a o rei com seu próprio anel e
com o dos seus grandes, para que nada se mudasse a respeito de Daniel (v. 17).
Então, o rei se dirigiu ao seu palácio, passou a noite em jejum e não deixou trazer à sua
presença instrumentos de música, e fugiu dele o sono (v. 18). VI. DEUS LIBERTA
DANIEL Nos versículos 19 a 24 vemos Deus libertando Daniel. O rei levantou-se ao
romper do dia e foi apressadamente para a cova dos leões. Chegando-se ele à cova,
chamou por Daniel com voz triste, dizendo, "Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o
caso que o teu Deus a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos
leões?" (v. 20). Daniel respondeu, "Meu Deus enviou Seu anjo e fechou a boca dos
leões para que não me fizesse dano, porque foi achado em mim inocência diante Dele;
também contra ti, ó rei, não cometi delito algum" (v. 22). Da mesma maneira que o
Senhor não extinguiu o fogo para os três amigos de Daniel, Ele também não matou os
leões por causa de Daniel. Antes, Ele fechou a boca dos leões, tornando seus dentes
sem nenhum efeito. O rei estava muito feliz por Daniel, e ordenou que Daniel fosse
tirado da cova. Assim, Daniel era removido da cova, e foi achado completamente ileso,
pois tinha confiado em Seu Deus (v. 23). Depois que Daniel foi tirado da cova, o rei deu
ordem a respeito dos opositores. Aqueles que tinham acusado Daniel foram lançados
na cova dos leões com os seus filhos e esposas. Eles não tinham atingido o fundo da
cova e já os leões apode-raram-se deles e esmagando todos os ossos (v. 24). VII. A
VITÓRIA DE DEUS SOBRE SATANÁS NA ADORAÇÃO DE DEUS NA TERRA Os
versículos 25 a 28 revelam a vitória de Deus sobre Satanás na adoração de Deus na
30
terra, até mesmo em um reino Gentio, por meio de Seus vencedores no cativeiro dos
Seus eleitos derrotados. A. Dario o Rei, Escreve a Todos os Povos, Nações e Línguas
com Respeito ao Deus de Daniel Dario o rei, escreveu a todos os povos, nações e
línguas que habitam em toda a terra fazendo um decreto pelo qual, em todo o domínio
do seu reino, os homens tremessem e temessem perante o Deus de Daniel. "Porque
ele é o Deus vivo e que permanece para sempre; o seu reino não será destruído, e o
seu domínio não terá fim. Ele livra, salva, e faz sinais e maravilhas no céu e na terra; foi
Ele quem livrou a Daniel do poder dos leões." (vs. 26-27). B. Daniel Prosperando no
Reinado de Dario e no Reinado de Ciro o Persa O capítulo seis conclui dizendo que
Daniel prosperou no reinado de Dario e no reinado de Ciro o Persa (v. 28). A vitória de
Daniel sobre a sutileza que proibia a fidelidade dos vencedores na adoração a Deus foi
o último passo da vitória sobre os artifícios de Satanás. Sem estes ven-cedores, Deus
teria sido derrotado completamente por Sata-nás, não tendo nada na terra para Ele.
Durante a época de Ninrode e Babel, o interesse de Deus também foi frustrado, mas
Ele tinha uma maneira de ganhar Abraão para ser Seu adorador (At 7:2; Gn 12:1-3, 8).
Após Abraão chegar em Canaã, ele edificou um altar, e isso agradou a Deus. Deus
poderia gabar-se para Satanás e dizer, "Veja, Satanás, Eu ainda tenho pelo menos um
adorador. O momento está chegando quando os descendentes deste adora-dor se
tornarão uma nação sacerdotal para Me adorar e Me servir". Por fim, com os
descendentes de Abraão, o templo para a adoração a Deus foi edificado em Jerusalém.
Quando Satanás enviou Nabucodonosor para que des-truísse a cidade santa com o
templo para por fim a adoração e o serviço a Deus, parecia que Deus havia sido
derrotado e que Seus interesses na terra, como a adoração e serviço foram destruídos.
Contudo, debaixo da soberania de Deus, quatro dos jovens selecionados por
Nabucodonosor para permanecer no palácio do rei se tornaram vencedores para
preservar a adoração e serviço a Deus. Deus tinha quatros jovens vence-dores vivendo
diariamente no palácio, contudo eles eram abso-lutamente um com Deus. Isso foi uma
vergonha para Satanás e uma ostentação para Deus. Deus poderia falar para Satanás,
"Satanás, você pensa que Minha adoração e serviço na terra está acabado? Olhe para
Meus vencedores. Tenho quatro ven-cedores Me adorando e Me servindo no palácio de
Nabuco-donosor." Hoje, enquanto houver alguns vencedores nesta terra, independente
do número, Deus terá razão para se gabar. Quando Deus vê Seus vencedores hoje
permanecendo na base da igreja, Ele fica feliz e contente. ESTUDO-VIDA DE DANIEL
31
MENSAGEM NOVE AS VISÕES DO DANIEL VENCEDOR (1) A VISÃO COM
RELAÇÃO ÀS QUATRO BESTAS QUE SURGEM DO MAR MEDITERRÂNEO (1)
Leitura Bíblica: Dn 7:1-8, 11-12, 15-28, O livro de Daniel tem duas seções principais. A
primeira seção (1:3-6:28) que inclui seis casos fala da vitória no cativeiro dos jovens
vencedores dos eleitos degradados de Deus sobre os artifícios adicionais de Satanás.
A segunda seção (caps. 7-12) registra as visões do Daniel vencedor. A fidelidade e a
vitória de Daniel deram a ele a posição e a visão correta para receber as visões de
Deus. Daniel recebeu visão após visão. Ele não só recebeu visões de Deus com
relação ao destino dos Seus eleitos, mas também concernente à eternidade de Deus.
Este livro, em seu ponto mais elevado, toca a questão de como Deus pretende passar
Sua eternidade. Nos capítulos dois e quatro, Nabucodonosor, um rei Gentio, viu duas
grandes visões-uma grande imagem huma-na e uma grande árvore. Embora
Nabucodonosor tenha tido estas visões, foi preciso que Daniel as interpretasse. A
grande árvore no capítulo quatro corresponde à cabeça da imagem humana no capítulo
dois: ambos tipificam Nabucodonosor. Quando a cabeça foi tocada por Deus, a árvore
foi cortada, e Nabucodonosor se tornou uma besta (4:16, 25). Na primeira visão, a
cabeça da grande imagem humana era ouro. Cada parte sucessiva da imagem foi feita
de metais diferentes, de prata para bronze e eventualmente passou para ferro. Aos
olhos do homem estes quatro metais representam quatro grandes governos humanos e
culturas. Porém, o que Daniel viu na visão no capítulo sete era muito diferente. Em vez
de quatro metais diferentes, ele viu quatro bestas cruéis. Precisamos estudar a
descrição destas quatro bestas cuidado-samente. I. O ANO DESTA VISÃO Daniel 7:1
diz, "No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel um sonho e visões ante
seus olhos, quando estava no seu leito; escreveu logo o sonho e relatou a suma de
todas as coisas." Isso indica que o ano da visão no capítulo sete foi o primeiro ano de
Belsazar rei de Babilônia, aproximadamente 555 A.C. O cativeiro começou em 606
A.C., e o retorno dos filhos de Israel do cativeiro aconteceu em 536 A.C., dezenove
anos depois de Daniel ter visto esta visão. II. AS QUATRO BESTAS SURGEM DO MAR
MEDITERRÂNEO Daniel 7:2-8 descreve as quatro bestas que saíram do Mar
Mediterrâneo. O Mar Mediterrâneo era o centro da terra habitada. A economia de Deus
em Sua criação era fazer da região mediterrânea o centro da cultura na época de
Colombo. A cultura humana se tornou um grande mar cheio de ventos e tempestades.
A. Os Quatro Ventos do Céu Agitam o Grande Mar e Quatro Grandes Bestas Surgem
32
do Mar Os quatro ventos do céu agitaram o grande mar, e quatro bestas surgiram do
mar (vs. 2-3). Isso não significa que o céu é a fonte destas bestas, mas que o céu
arranjou a situação que produziu as quatro bestas. Os quatro ventos representam os
movimentos do céu das quatro direções; a agitação do grande mar significa a agitação
da situação política ao redor do Mar Mediterrâneo; e as quatro bestas que surgiram do
mar representam quatro grandes reis desumanos, ferozes, cruéis com seus impérios (v.
17). B. O Contraste entre o Sonho de Nabucodonosor da Grande Imagem Humana e a
Visão de Daniel das Quatro Bestas que Surgem do Mar No capítulo dois, no sonho de
Nabucodonosor o governo humano na terra foi tipificado por uma grande imagem
humana cheia de glória e esplendor. No capítulo sete foi des-vendado ao profeta de
Deus, Daniel, que as cabeças do governo humano na terra, e os próprios governos, foi
tipificado por bestas selvagens. C. A Primeira Besta 1. Correspondendo à Cabeça de
Ouro da Grande Imagem Humana A primeira besta (v. 4) corresponde à cabeça de ouro
da grande imagem humana em 2:36-38, tipificando a Babilônia com seu fundador e rei
Nabucodonosor. 2. Como um Leão A primeira besta era como um leão-o rei das bestas,
o mais feroz e cruel. 3. Tem as Asas de uma Águia A primeira besta também tinha as
asas de uma águia. A águia é o rei das aves. As asas de águia da besta significa que
ela estava no ar, o qual pertence a Satanás, o regente do ar, e que seu mover era
rápido. 4. Suas Asas Foram Arrancadas Daniel nos diz que enquanto ele olhava as
asas desta besta foram arrancadas. Suas asas sendo arrancadas significa que seu
poder de mover foi tirado e que se tornou como uma besta no campo, como
mencionado em 4:23-25a. Quando Deus tocou Nabucodonosor, ele se tornou como
uma besta no campo. 5. Levantou-se da Terra e se Pôs em Dois Pés Como um Homem
"Foi levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de
homem" (7:4b). Isso significa que ela se tornou como um homem que se levanta na
terra com a mente de um homem, como indicado em 4:25b, 32b. D. A Segunda Besta
1. Correspondendo ao Peito e os Braços de Prata da Grande Imagem Humana A
segunda besta (7:5) corresponde ao peito e os braços de prata da grande imagem
humana em 2:32, 39a, tipificando a Média-Pérsia. 2. Semelhante a um Urso A segunda
besta se assemelha a um urso. Isso significa que não era tão forte e rápida quanto o
leão, mas que ainda era feroz e cruel. 3. Levanta-se Sobre Um dos Lados Esta besta
levantou-se sobre um dos lados. Isso significa que a Média e a Pérsia se tornaram um
domínio. 4. Três Costelas em Sua Boca entre Seus Dentes Três costelas estavam em
33
sua boca entre seus dentes. Isso significa que três reinos, Babilônia, Ásia Menor e
Egito, foram devorados por ela. 5. Foi Ordenado Para Levantar e Devorar Muita Carne
Foi ordenado a segunda besta que se levantasse e devorasse muita carne. Isso
significa que ela devoraria mais nações. E. A Terceira Besta 1. Corresponde ao
Abdômen e as Pernas de Bronze da Grande Imagem Humana A terceira besta (7:6)
corresponde ao abdômen e as pernas de bronze da grande imagem humana em 2:32,
39b, tipificando a Grécia com seu rei, Alexandre o Grande. 2. Como um Leopardo A
terceira besta era como um leopardo. Isso significa que era feroz, cruel e rápida (Hc
1:8a). 3. Tinha Quatro Asas de Aves em Suas Costas Esta besta tinha quatro asas de
ave em suas costas. Isso significa que era rápida por meio de seus quatro generais,
como uma ave com quatro asas. 4. Tinha Quatro Cabeças A besta tinha quatro
cabeças. Isso significa que as quatro asas para velocidade se tornaram quatro cabeças,
quatro generais que se tornaram as cabeças de quatro reinos. Depois da morte de
Alexandre o Grande, seus quatro generais dividiram seu império em quatro reinos. 5.
Foi Lhe Dado Domínio À terceira besta foi lhe dado domínio. Isso significa que a ela foi
lhe dado autoridade para reinar sobre as nações. F. A Quarta Besta A quarta besta
(7:7-8) é a besta descrita em Apocalipse 13:1-2. 1. Correspondendo as Pernas de Ferro
e os Pés Em parte de Ferro e Em parte de Barro da Grande Imagem Humana A quarta
besta corresponde em parte às pernas de ferro e os pés de ferro e em parte de barro da
grande imagem humana em 2:40-43, tipificando o Império Romano. 2. Terrível e
Assustador e Extremamente Forte Como tipificado pelo ferro, a quarta besta era terrível
e assustadora e extremamente forte. 3. Tinha Grandes Dentes de Ferro e Garras de
Bronze que Devorava, Esmagava e Pisoteava o Restante com Seus Pés Esta besta
tinha grandes dentes de ferro e garras de bronze, que devorava, esmagava e pisoteava
o restante (v. 19). Isso significa que tinha grande poder para devorar e esmagar nações
e pisotear o restante. 4. Tinha Dez Chifres A besta tinha dez chifres (7:20a). Isso
significa que tinha dez reis (Ap 17:12-13). 5. Um Pequeno Chifre Surge Entre os Dez
Chifres, e Três Deles Foram Arrancados Diante Dele Um pequeno chifre surgiu entre os
dez chifres, e três deles foram arrancados diante dele (Dn 7:8a, 20b, 24). Isso significa
que o Anticristo surgirá entre os dez reis, e diante dele três deles serão destruídos.
Deste modo o Anticristo se tornará o chifre mais forte. a. Neste Chifre Havia Olhos
Como Olhos de Homem e uma Boca que Falava Insolências Neste chifre havia olhos
como olhos de homem e uma boca que falava insolências (Dn 7:8b, 20c, 25a). Isso
34
significa que o Anticristo terá visão afiada para perceber coisas e uma boca para falar
insolências contra Deus (Ap 13:5a, 6). Por causa disso, o Anticristo será morto e seu
corpo será destruído e será entregue ao lago de fogo (Dn 7:11; Ap 19:20). b. Este
Chifre Empreende Guerra Contra os Santos Este chifre (o Anticristo) empreendeu
guerra contra os santos do Altíssimo durante três anos e meio e prevaleceu contra eles
(Dn 7:21, 25; Ap 13:7a). c. Este Chifre Pretende Mudar os Tempos e a Lei Este chifre (o
Anticristo) pretende mudar os tempos e a lei (Dn 7:25). d. Este Chifre Foi Julgado por
Deus e Tirado Seu Domínio Este chifre (o Anticristo) será julgado por Deus, e o seu
domínio será tirado, de forma que ele será aniquilado e será destruído até o fim (vs.
11b, 26). 6. O Reino e o Domínio e a Majestade dos Reinos Debaixo de Todo o Céu Foi
Dado aos Santos do Altíssimo De acordo com 7:22 e 27, o reino, o domínio e a majes-
tade dos reinos debaixo de todo o céu será dado aos santos do Altíssimo. G. Com
Respeito ao Restante das Bestas Assim como para o restante das bestas, seu domínio
(autoridade e reino) foi tirado, mas uma prolongação de vida (cultura) foi lhes dado por
um prazo e um tempo (v. 12). Isso indica que embora tenha sido tirado o domínio e
autoridade da Babilônia, Pérsia e Grécia, a vida delas, isto é, suas culturas, serão
estendidas e ainda permanecerão. Hoje somos partes da cultura Ocidental, a cultura
Romana. A cultura ocidental é a consumação da cultura Romana, Grega, Persa e
Babilônica. Belsazar, o rei babilônico, foi derrotado por Dario o Medo. Então Alexandre
o Grande veio para derrotar Dario o Persa (um Dario diferente) em 330 A.C. Os quatro
generais de Alexandre o sucederam para reinar sobre quatro reinos. Em 27 A.C. César
Augustus se tornou o imperador do Império Romano, substituindo o Império Grego.
Embora o Império Romano atual tenha se acabado por volta de 476 D.C., o espírito
Romano, a cultura, a lei, as políticas e os costumes continuam existindo. Portanto, de
certo modo, somos ainda hoje uma parte do Império Romano. Os livros de Daniel e
Apocalipse revelam a economia de Deus. De acordo com Sua economia, Deus reinará
sobre todo o mundo, produzirá uma situação para Israel ser Seu eleito, ganhará a igreja
para ser Seu povo misterioso, e terá todas as nações para ser as nações no reino
eterno de Deus. Se virmos isto, saberemos onde nós estamos, e saberemos o sentido
de nossa vida humana. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM DEZ AS VISÕES DO
DANIEL VENCEDOR (1) A VISÃO COM RELAÇÃO ÀS QUATRO BESTAS QUE
SURGEM DO MAR MEDITERRÂNEO (2) Leitura Bíblica: Dn 7:9-10, 13-14, 26-27 Nesta
mensagem consideraremos a visão adicional em Daniel 7 com relação às quatro bestas
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que surgem do Mar Mediterrâneo. Vimos que estas quatro bestas são terríveis e
temíveis, fazendo tudo que desejam como se não houvesse nenhum Deus no universo.
Porém, este capítulo revela que o Ancião de Dias ainda está no trono. III. DEUS E SEU
DOMÍNIO UNIVERSAL Daniel 7:9 e 10 falam de Deus e Seu domínio universal. A.
Tronos São Estabelecidos e o Ancião de Dias Se Assenta O versículo 9a diz, "Continuei
olhando, até que foram postos tronos, o Ancião de Dias se assentou; sua veste era
branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã." Isso significa que Deus
é antigo. B. Seu Trono São Chamas de Fogo Seu trono eram chamas de fogo; e suas
rodas eram fogo ardente; e um rio de fogo manava e saia diante dele (vs. 9b-10a). Tudo
ao redor Dele é fogo, significado que Deus é absolutamente íntegro e completamente
santo. Sem santidade ninguém pode ver o Senhor ou contatá-Lo (Hb 12:14). C.
Milhares de Milhares Ministram a Ele Milhares de milhares O serviam, e miríades de
miríades estavam diante Dele (Dn 7:10b). Este vasto número de anjos ministram a Ele
para Seu serviço e permanecem diante Dele para Sua glória. D. Assentou-se O Tribunal
de Julgamento Assentou-se o tribunal de julgamento, principalmente para julgar os
quatro impérios humanos tipificados pelas quatro bestas selvagens (vs. 10c, 26). Um
tribunal especial, com o trono de Deus como o centro, foi estabelecido no universo para
julgar os quatro impérios humanos. Tudo o que é julgado por este tribunal será lançado
no fogo ardente. IV. A VINDA DO FILHO DO HOMEM-CRISTO Com respeito ao Seu
julgamento, Deus deu todo o poder e autoridade a Jesus Cristo como o Filho do
Homem (Jo 5:22). Por isso, Daniel 7:13 e 14 descreve a vinda do Filho do Homem-
Cristo. A. Cristo Vindo Como um Filho de Homem com as Nuvens do Céu De acordo
com o versículo 13a, Cristo veio como um Filho de Homem com as nuvens de céu. B.
Veio ao Ancião de Dias e Foi Levado Diante Dele O Filho do Homem, Cristo, veio ao
Ancião de Dias e foi levado diante Dele (v. 13b). A vinda aqui é a ascensão de Cristo.
Daniel 9:26, se referindo à morte de Cristo na cruz para nossa redenção, fala do
Messias sendo cortado. Esta foi uma grande realização, a obra de redenção, realizada
por Cristo em Sua primeira aparição na terra. Depois que Cristo realizou a obra de
redenção, Ele ascendeu aos céus. Isso pôde ser mencionado em Daniel 7 porque não
há elemento de tempo com Deus. Aos olhos de Deus, imediata-mente após cumprir a
redenção, Cristo ascendeu aos céus, indo para Deus para receber o reino. Isso indica
que do ponto de vista de Deus o reino vem após a redenção. Daniel não tinha nenhuma
idéia em ralação à igreja. Como Abraão, Davi, e os outros profetas, ele não viu o
36
mistério da igreja o qual estava oculto das eras e das gerações. Ele não percebia que
entre a primeira e a segunda vinda de Cristo haveria um período de tempo durante o
qual Deus faria uma obra maravilhosa e misteriosa baseada na redenção de Cristo.
Esta obra é regenerar seu povo redimido e então santificá-los, renová-los, transformá-
los e conformá-los à imagem gloriosa de Cristo. De acordo com a visão de Daniel,
Cristo realizou a redenção e então imediatamente foi à Deus em ascensão para receber
o reino. C. Foi Dado a Ele Domínio, Glória, e um Reino, Para Que Todos os Povos,
Nações, e Línguas Pudessem Servi-Lo Foi-lhe dado domínio, glória, e o reino para que
todos os povos, nações e homens de todas as línguas O servissem; o Seu domínio é
domínio eterno, que não passará, e o Seu reino jamais será destruído (v. 14; Lc 19:12,
15a). Este é o reino de Cristo; ele é também o reino de Deus. D. Vindo como uma
Pedra Cortada Sem Auxilio de Mãos Para Golpear a Grande Imagem Humana Em sua
segunda vinda, Cristo virá como uma pedra (Mt 21:44b) cortada sem auxilio de mãos
(não pelas mãos de homem) para golpear a grande imagem humana (o governo
humano na terra) em seus pés de ferro e barro (o Império Romano sob as ordens do
Anticristo) e esmiuçar o ferro, o barro, o bronze, a prata, e o ouro (o governo humano
em toda a terra). Todos os materiais da grande imagem se tornarão como palha da eira
no estio, e o vento os levarão de maneira que nenhum rastro deles será achado (Dn
2:34-35a, 45a). A cultura cumulativa de todos os impérios tipificada pelo ouro, a prata, o
bronze, o ferro e o barro serão esmiuçadas por esta pedra. Assim, o Senhor limpará
toda a velha criação. E. Tornando-Se uma Grande Montanha Como a pedra cortada
sem auxilio de mãos, Cristo se tornará uma grande montanha (um grande reino-o reino
eterno de Deus) e encherá toda a terra agora e para sempre (2:35b, 44). Em Marcos 4
Ele foi semeado como uma pequena semente para ser o reino de Deus, mas Ele
cresceu em Seu aumento para se tornar uma pedra, o reino aumentado de Deus. Então
Ele aumentará mais e mais até que se torne a grande montanha, o reino eterno de
Deus. Este é o Cristo que enche tudo em todos, e a igreja que é o Seu Corpo. F. A
Vinda de Cristo é Para Por Fim a Todo Governo Humano e Trazer o Reino Eterno de
Deus A vinda de Cristo é para por fim a todo o governo humano na terra desde o seu
fim até o começo, e trará o reino eterno de Deus. O esmiuçar da grande imagem
humana dos dedos dos pés até a cabeça será o julgamento universal de Cristo sobre o
agregado do governo humano do Anticristo até Ninrode. Desta maneira Cristo limpará a
velha criação. Em Sua primeira vinda, Cristo terminou a velha criação por meio de Sua
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morte na cruz. Então na Sua ressurreição Ele germinou a nova criação. Tudo isso é
misterioso. Exteriormente, os remanes-centes mundiais sãos iguais, e o governo
humano que começou com Ninrode continua existindo. Por isso, há a necessidade da
segunda vinda de Cristo, Sua segunda aparição, para limpar a velha criação
exteriormente e fisicamente pelo Seu esmiuçar da grande imagem humana. Esta
limpeza da velha criação em seu governo humano introduzirá o reino universal e eterno
de Deus. No reino, o Senhor desfrutará o fruto de Sua obra-ser um com Seu povo
redimido. G. O Livro de Daniel Conserva uma Característica Particular O livro de Daniel
conserva uma característica parti-cular, isto é, ela traça as linhas demarcatórias das
eras. 1. O Cortar do Messias Primeiro, o cortar do Messias (a crucificação de Cristo) em
9:26 a era da velha criação terminou para a germinação da era da nova criação na
ressurreição de Cristo. Em Sua crucificação Ele, o último Adão, terminou a velha
criação, e na Sua ressurreição se tornou o germinar do Espírito, o Espírito que dá vida
(1Co 15:45b) para nos germinar em Sua ressur-reição. Paulo nos diz que a morte de
Cristo terminou a velha criação, pois nosso velho homem foi crucificado com Ele (Rm
6:6). Esta terminação da velha criação é para a germinação da nova criação. Em 2
Coríntios 5:17 Paulo diz, "Se alguém está em Cristo, é nova criação." Em Gálatas 6:15
ele continua a dizer, "Nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser
uma nova criação." Esta nova criação é a igreja. Por meio da ressurreição de Cristo
fomos germinados-isto é, feitos vivos, regenerados-para se tornar os filhos de Deus
como a nova criação para ser o Corpo de Cristo. Quando Ele se tornar o Rei para reinar
sobre toda a terra, seremos uma parte Dele. Ele será o Rei, e nós seremos Seus co-
reis. 2. A Aparição Vindoura de Cristo A aparição vindoura de Cristo (Dn 7:13-14) porá
fim a era do governo humano na terra da velha criação (que começou de Babel na terra
de Sinear-Gn 10:8-12; 11:2-4-e será destruído ao final da presente era), e iniciará a era
do domínio de Deus sobre toda a terra no milênio e no novo céu e nova terra. Todo o
universo será novo. Duas coisas são problemas para Deus-a velha criação produzida
de Adão e o governo humano. De acordo com a visão em Daniel 7, todo tipo de
governo humano é uma besta. O primeiro problema-a velha criação-foi resolvido pela
morte de Cristo. O segundo problema-o governo humano-será resolvido pela vinda de
Cristo como a pedra cortada sem auxilio de mãos para esmagar a grande imagem
humana, terminando assim a era do governo humano na terra na velha criação. 3. As
Setenta Semanas As setenta semanas desvendadas em 9:24-27 mostra o percurso da
38
era do retorno de Israel do seu cativeiro e a reconstrução do templo santo e a cidade
santa até a crucificação de Cristo; a era de mistério (a era da igreja), o comprimento da
qual é desconhecido; e os últimos sete anos da presente era a qual introduzirá o
milênio e o novo céu e a nova terra pela eternidade. Precisamos ter uma visão clara
com relação ao capítulo sete de Daniel. Este capítulo abrange um vasto período-de
Babilônia, a primeira besta, até o novo céu e nova terra. Se tivermos esta visão clara,
saberemos onde estamos hoje com respeito às partes da grande imagem humana.
Acredito que estamos perto do tempo dos dez dedos dos pés. V. A INTERPRETAÇÃO
DA VISÃO Em 7:15-28 foi dado a Daniel a interpretação da visão que ele teve nos
versículos de 1 a 14. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM ONZE AS VISÕES DO
DANIEL VENCEDOR (2) A VISÃO COM RELAÇÃO A UM CARNEIRO E UM BODE
COM SEUS SUCESSORES Leitura Bíblica: Dn 8; 9:27; 11:2-4, 30b-35; 12:3; Ap 13:5-7;
17:11; 19:20; 2Ts 2:3b-4 No capítulo sete Daniel teve uma visão de quatro bestas
saindo do Mar Mediterrâneo. Aquela visão era um breve esboço sem muitos detalhes.
Mas os capítulos oito e onze dão muitos detalhes com relação à segunda e a terceira
besta que correspondem respectivamente aos Impérios Medo-Persa e Grego. Nesta
mensagem iremos salientar a visão de um carneiro e um bode com seus sucessores
registrado no capítulo oito de Daniel. Quando lemos Daniel 8, podemos querer saber o
que este capítulo tem a ver com Israel. O Império Medo-Persa, o Império Grego e o
Império Romano estavam nos três conti-nentes da Ásia, África e Europa. No
entroncamento destes três continentes está Israel. Ao longo das eras Israel sofreu uma
grande angústia por causa dos combates entre estes impérios nestes três continentes
dos quais Israel é o centro. Israel foi freqüentemente o campo de batalha. Devido à
dificuldade e o dano causado por estas batalhas, foi difícil para Israel, o eleito de Deus,
ser algo verdadeiramente segundo a economia eterna de Deus. Foi por esta razão que
Deus veio para mostrar a Daniel visão após visão com relação à situação mundial.
Considerando que os capítulos nove e doze estão diretamente relacionados com Israel,
o capítulo oito com sua visão concernente à Média-Pérsia e Grécia, e o capítulo onze
com sua visão relativa aos sucessores de Alexandre o Grande, está indiretamente
relacionada com Israel. I. O ANO DESTA VISÃO O ano desta visão é visto em 8:1. "No
terceiro ano do reinado do rei Belsazar, tive uma visão depois daquela que eu tivera
princípio". Isso foi aproximadamente 552 A.C. II. O LUGAR DESTA VISÃO Daniel 8:2
conta o lugar desta visão. "Quando a visão me veio, pareceu-me estar na cidadela de
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Susã, que é provín-cia de Elão; e vi que estava junto ao rio Ulai." III. A VISÃO COM
RELAÇÃO A UM CARNEIRO E UM BODE COM SEUS SUCESSORES A visão em 8:3-
14 diz respeito a um carneiro e um bode com seus sucessores. A. Um Carneiro Os
versículos 3 e 4 falam de um carneiro. 1. Tipifica a Média-Pérsia O carneiro tipifica a
Média-Pérsia (vs. 3a, 20; 11:2). 2. Em Pé Diante do Rio O carneiro ficou em pé diante
do rio (8:3b). Isso significa que o carneiro ficou forte por meio do rio Ulai. 3. Dois Chifres
Altos, Um mais Alto Que o Outro e o mais Alto Surge Por Último O carneiro tinha dois
chifres, e "os dois chifres eram altos, mas um era mais alto que o outro; e o mais alto
surgiu por último" (v. 3c). Estes dois chifres tipificam a Média e a Pérsia. A Pérsia com
seu rei Ciro (Ed 1:1) que veio por último, tornou-se mais alto que a Média. 4. O Carneiro
Dava Marradas Para o Ocidente, Em Direção ao Norte e Para o Sul Daniel viu o
carneiro dando marradas para o ocidente, em direção ao norte e para o sul (Dn 8:4a).
Isso significa que a Média-Pérsia conquistou a Babilônia no ocidente, a Assíria no norte,
e o Egito no sul. 5. Nenhuma Besta Foi Capaz de Resistir-Lhe, e Ninguém Foi Capaz de
Livrar-se do Seu Poder "Nenhuma besta lhe podia resistir, nem havia quem pudesse
livrar-se do seu poder" (v. 4b). Isso tipifica o poder dominador da Média-Pérsia. 6. Fazia
Segundo a Sua Vontade e Se Engrandecia "Ele, porém, fazia segundo a sua vontade e,
assim, se engrandecia" (v. 4c). Isso indica que a Média-Pérsia não temia Deus e
tornou-se arrogante em si mesmo. Por fim, Deus tratou com a Média-Pérsia levantando
Alexandre o Grande. B. Um Bode Os versículos de 5 a 8a falam de um bode. 1.
Representa a Grécia com Alexandre o Grande O bode representa a Grécia com
Alexandre o Grande (vs. 5a, 21a; 11:3). 2. Do Ocidente Este bode veio do ocidente
(8:5b). Isso significa que era da Europa, ocidente do Mar Mediterrâneo. 3. Sobre Toda
Terra Sem Tocar o Chão O bode veio sobre toda a terra sem tocar o chão (v. 5c). Isso
representa seu mover rápido sobre a terra. 4. Tinha Um Chifre Notável Entre os Olhos
O bode tinha um chifre notável entre os olhos (v. 5d; 11:3). Isto representa Alexandre o
Grande como um chifre extraordinário distinguido pelos seus dois olhos afiados. Ele era
muito inteligente. 5. O Bode Dirigiu-se ao Carneiro, Golpeando-o, Quebrando Seus Dois
Chifres, Lançando-o Por Terra, e Pisoteando-o O bode dirigiu-se ao carneiro que tinha
os dois chifres, o qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o seu
furioso poder. Vi-o chegar perto do carneiro, e, enfure-cido contra ele, o feriu e lhe
quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o
lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do
40
poder dele (8:6-7). Isso indica que Alexandre o Grande conquistou a Média-Pérsia e a
destruiu. 6. O Bode Torna-Se Muito Grande O bode se engrandeceu sobremaneira (v.
8a). Isso indica que Alexandre o Grande se tornou arrogante. 7. O Grande Chifre Foi
Quebrado Uma vez que o bode ficou forte, o grande chifre foi quebrado (v. 8a). Isso
significa que logo que Alexandre o Grande, o grande chifre da Grécia, ficou forte em
poder, ele morreu. C. Os Sucessores do Bode Os versículos 8b a 14 falam dos
sucessores do bode. 1. No Lugar do Grande Chifre, Saíram Quatro Chifres Notáveis
Para os Quatro Ventos do Céu "Em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os
quatro ventos do céu. (v. 8b; 11:4). Isso significa que no lugar de Alexandre o Grande,
seus quatro generais (correspondendo às quatro asas e as quatro cabeças em 7:6),
Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco, se levantaram dos quatro cantos do seu
império para formar nações na Macedônia, Ásia Menor, Egito e Síria, respectivamente.
De acordo com o ponto de vista humano, o Império Grego terminou com a morte de
Alexandre o Grande. Mas aos olhos de Deus, o Império Grego continua existindo nos
quatro impérios formados por Alexan-dre e seus quatro grandes generais. Por fim, estes
quatro impérios foram mesclados e formaram dois impérios, um no sul (o Egito) e o
outro no norte (a Síria). O capítulo onze descreve a guerra entre estes dois impérios no
território de Israel. 2. Um Pequeno Chifre Surge de Um dos Quatro Chifres "De um dos
chifres saiu um pequeno chifre (8:9a)." Este pequeno chifre tipifica Antíoco Epifânio da
Síria em 175-164 A.C. a. Cresce Muito Para o Sul, para o Ocidente e para a Terra
Gloriosa "O pequeno chifre se tornou muito forte para o sul, para o oriente e para a terra
gloriosa (v. 9b)." Isso significa que ele se expandiu muito para o Egito no sul, para a
Síria no ocidente e para Israel, a terra gloriosa. A expressão "terra gloriosa" se refere à
bela terra de Israel. b. Cresceu Até Atingir o Exército dos Céus; e a Alguns do Exército
e das Estrelas Lançou Por Terra e Os Pisou "Cresceu até atingir o exército dos céus; a
alguns do exército e das estrelas lançou por terra e os pisou" (v. 10; 11:30b-35). Isso
significa que ele se tornou grande em poder e perseguiu os santos (representados pelo
exército do céu e as estrelas-12:3). Em todas estas coisas malignas ele tipifica a vinda
do Anticristo (Ap 13:5-7; 2Ts 2:3b-4). c. Engrandeceu Até ao Príncipe do Exército "Sim,
engrandeceu-se até ao Príncipe do exército (Deus); e Dele tirou o sacrifício diário e o
lugar do seu santuário foi deitado abaixo" (Dn 8:11; 11:31). Em todas estas coisas
malignas ele também tipifica o Anticristo (9:27). d. Um Exército Foi Dado a Ele para
Guerrear contra o Sacrifício Diário O exército (o exército de Israel) lhe foi entregue, com
41
o sacrifício diário, por causa das transgressões; e deitou por terra a verdade; e o que
fez prosperou (8:12). Ele parou os sacrifícios diários no templo e o maculou com porcos
e com fornicação. Além disso, por causa da transgressão do povo Judeu, ele lançou a
verdade por terra. Isso significa que não havia justiça ou retidão. e. Levantando e
Sendo Feroz Aparência e Especialista em Intrigas O versículo 23 fala dele como o rei
que se levantaria, de feroz aparência e qualificado em intrigas. Ele falaria de tal maneira
que sua palavra poderia ser interpretada de muitas maneiras diferentes. f. Sendo
Grande o Seu Poder Seu poder é grande, mas não pela sua própria força. Ele causará
estupendas destruições, prosperará e fará o que lhe aprouver; destruirá os poderosos e
o povo santo. (v. 24). g. Por Sua Astúcia, o Engano Prosperará em Suas Mãos Por sua
astúcia nos seus empreendimentos, fará pros-perar o engano, no seu coração se
engrandecerá e destruirá a muitos que vivem despreocupadamente (v. 25a). h. Se
Levanta Contra o Príncipe dos Príncipes Levantar-se-á contra o Príncipe dos príncipes
(Deus), mas será quebrado sem esforço de mãos humanas (v. 25b). Em todas estas
coisas malignas ele também tipifica o Anticristo (Ap 13:6; 17:11; 19:20). i. Os Dias para
Ele Fazer as Coisas Malignas na Terra Santa Seria Dois Mil e Trezentos Dias Os dias
para ele, Antíoco Epifânio, fazer coisas mali-gnas na terra santa seriam de dois mil e
trezentos dias, de aproximadamente 171 A.C. até 25 de dezembro de 165 A.C. o qual
seria o dia em que o herói judeu Judas Macabeus purificaria o santuário depois de
derrotar Antíoco Epifânio (Dn 8:13-14, 26). IV. A INTERPRETAÇÃO DA VISÃO No
capitulo 8:15 a 27 demos a interpretação da visão com respeito a um carneiro e um
bode com seus sucessores. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM DOZE A
ECONOMIA DE DEUS NO LIVRO DE DANIEL Leitura Bíblica: Dn 9:26; 2:35, 44; 7:13-
14; 3:23-25; 10:4-9; 4:17, 25-26; Ap 19:7-9, 11-16, 19-21; 17:14 Embora o livro de
Daniel seja curto, tem muitos pontos, fala de muitos eventos e pessoas, ele contém
muitas lições espirituais para nós. Mas sobre, por trás de e dentro de todas estas
coisas, há algo mais, e isto é a economia de Deus. Claro que, a expressão economia
de Deus não é encontrada em Daniel; nem é encontrada em qualquer outro lugar no
Antigo Testamento. Não obstante, a economia de Deus é revelada neste livro. Todos
nós precisamos ver a economia de Deus no livro de Daniel. Se virmos esta visão da
economia de Deus, todo nosso ser será mudado. CRISTO-A CENTRALIDADE E A
UNIVERSALIDADE DA ECONOMIA DE DEUS Cristo é a centralidade e a
universalidade da economia de Deus, e a economia de Deus é para Cristo ser a centra-
42
lidade e a universalidade no mover de Deus. Isto é o que deve-mos ver em nossa
leitura do livro de Daniel. As várias lições espirituais e os detalhes históricos abordados
neste livro são muito bons, mas são secundários. O que é primário é que em Sua
economia, em Seu plano com Seu arranjo, Deus deseja fazer de Cristo a centralidade e
universalidade do Seu mover na terra. Com respeito a este Cristo, o livro de Daniel
aborda cinco pontos principais: a morte de Cristo, o aparecimento vindouro de Cristo,
Cristo como o Filho do Homem que vem ao trono de Deus para receber domínio e um
reino, Cristo como o Companheiro do sofrimento das testemunhas de Deus, e a
excelência de Cristo. Gostaria de dizer uma palavra sobre cada um destes pontos. A
CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO O primeiro ponto é a morte de Cristo, a crucificação de
Cristo. Com relação a isto, 9:26 diz, "Depois de sessenta e duas semanas, será morto o
Messias." Esta palavra é simples, mas é rica em suas implicações. A morte de Cristo foi
todo-inclusiva, incluindo cada item no universo. O item principal terminado pela morte
de Cristo foi a velha criação. Após a obra de Deus na criação, Satanás veio para
corromper, envenenar, devastar e arruinar a criação de Deus. Como resultado, toda a
velha criação não só tornou-se corrompida, mas também estragada. Contudo Deus
ainda usa esta criação corrompida para produzir uma nova criação por meio da morte e
ressurreição de Cristo. A maior realização de Cristo em Sua primeira vinda foi terminar
toda a criação por meio de Sua morte. Nesta termi-nação, porém, há algo que se
levanta, isto é, a ressurreição de Cristo. Em Sua ressurreição Cristo se tornou o Espírito
que dá vida (1Co 15:45b) para vivificar, germinar e regenerar alguns desses na velha
criação para ser a nova criação. Esta nova criação começa com os crentes como os
filhos de Deus e os membros de Cristo como os constituintes do Seu Corpo. Este Corpo
crescerá e finalmente se consumará na Nova Jerusalém (Ap 21-22), o agregado total e
a consumação da nova criação de Deus. Tudo isto está envolvido na primeira vinda de
Cristo com Sua morte e ressurreição. Em todo o universo, a morte de Cristo com Sua
ressur-reição foi um grande marco das eras. Sua morte limpou todo o universo
terminando a velha criação espiritualmente. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO Embora a
velha criação tenha sido terminada, exterior-mente o mundo ainda é o mesmo. Por isso,
há a necessidade da segunda vinda de Cristo para limpar todo o universo física e
materialmente. Especificamente, há a necessidade da segunda vinda de Cristo para
terminar o governo humano. De acordo com Daniel 2:35 e 44, Cristo virá como a pedra
cortada sem auxilio de mãos para esmagar a grande imagem humana dos dedos dos
43
pés até a cabeça. Em Sua vinda como tal pedra, Ele esmagará o Anticristo com os dez
dedos dos pés. Entretanto, Ele não virá por Si só; Ele virá com Sua noiva (Ap 19:11,
14). Antes de Sua vinda Ele terá um casamento, unindo Seus vencedores a Si mesmo
como uma entidade (vs. 7-9). Considerando que Daniel 2 fala de Cristo vindo como uma
pedra cortada sem auxilio de mãos, Apoca-lipse 19 fala de Cristo vindo como Aquele
que tem Sua noiva como Seu exército. Cristo é Deus vindo lutar contra a humanidade
rebelde, e a humanidade é representada por um homem que é um com Satanás-o
Anticristo. O próprio Deus é corporificado em Cristo; Cristo está com Sua noiva, os
vencedores; e o Anti-cristo é um com Satanás e um com os dez reis e os seus
exércitos. Estas duas partes-Cristo e o Anticristo-lutarão. O homem lutará diretamente
contra Deus (Ap 19:19-21; 17:14). As pessoas malignas na terra se ajuntarão ao Anti-
cristo em um lugar; isto é, as uvas serão reunidas no lagar (19:15; 14:19-20). Então
Cristo não apenas virá para esmagar os dez dedos dos pés, mas também para pisar o
lagar. Isto será Cristo esmagando o governo humano. Depois de esmagar o governo
humano, Deus terá lim-pado todo o universo. A velha criação terá sido consumida e o
governo humano se tornará como palha na eira de estio. Então o Cristo corporativo,
Cristo com Seus vencedores se tornarão uma grande montanha para encher toda a
terra, fazendo de toda a terra o reino de Deus (Dn 2:35, 44). Tanto a terra como o céu
serão então novos para Deus executar o Seu reino. CRISTO COMO O FILHO DO
HOMEM RECEBENDO DOMÍNIO E UM REINO Daniel 7:13-14 revela que agora Cristo
como o Filho do Homem está diante do trono de Deus para receber domínio e um reino.
Ele está fazendo todos os preparativos para voltar e reinar sobre todo o mundo com o
reino de Deus. CRISTO COMO O COMPANHEIRO DE SOFRIMENTO DO POVO DE
DEUS Enquanto Cristo estiver preparando para voltar com o reino, Ele também é o
Companheiro de sofrimento do povo de Deus (3:23-25). Por causa do governo iníquo, o
povo de Deus está na "fornalha", contudo Cristo está com eles. CRISTO EM SUA
EXCELÊNCIA Além do mais, o capítulo 10:4-9 revela Cristo em Sua excelência. Cada
parte de Cristo é excelente e preciosa. Ele é Aquele que é excelente em todo universo.
Esta Pessoa exce-lente é a centralidade e a universalidade da economia de Deus.
CRISTO TORNA-SE A CENTRALIDADE E A UNIVERSALIDADE DOS ELEITOS DE
DEUS POR MEIO DE SUAS CIRCUNSTÂNCIAS O livro de Daniel também revela que
é por meio de suas circunstâncias que Cristo se torna a centralidade e a univer-salidade
dos eleitos de Deus. Através das nações como as circunstâncias, nos dias vindouros
44
Deus virá finalmente fazer de Cristo a centralidade e a universalidade de Israel. O
princípio é o mesmo conosco hoje. Nesta presente era de mistério, a qual não é
revelada em Daniel, Deus está usando as circunstâncias para fazer de Cristo a
centralidade e a uni-versalidade para nós. Nós não somos simples. Por um lado, nós,
os crentes em Cristo, somos os eleitos de Deus; por outro lado, fazemos parte da velha
criação, incluindo essas coisas negativas como as bestas descritas em Daniel 7. Como
os eleitos de Deus, preci-samos que Cristo seja trazido para dentro de nós como nossa
centralidade e universalidade. Porém, a velha criação em nós às vezes é uma besta e
em outras vezes é um Nabucodonosor ou um Anticristo que busca derrotar, capturar,
possuir e uti-lizar os eleitos de Deus. Por sermos tão complicados, também precisamos
ser um Daniel e abrir nossas janelas para Jerusa-lém e orarmos para que Cristo venha
cortar e terminar tudo em nós que é natural e que faça parte da velha criação. Cristo se
torna nossa centralidade e universalidade por meio de Sua vinda em dois aspectos.
Primeiro, Ele veio nos terminar como a velha criação e então nos germinar como a nova
criação. Segundo, Ele virá limpar todas as bestas. Dependendo de nossa cultura e
nacionalidade, todos nós temos nossas próprias bestas. Aqueles que vêm de uma parte
do mundo têm um tipo de besta, e aqueles de outra parte têm um tipo diferente de
besta. Precisamos de Cristo para receber o reino de Deus e vir para esmagar todas as
bestas e então se tornar uma grande montanha que nos inclui e que enche toda a terra
para ser o reino de Deus. Ao nos terminar e germinar e por esmagar todas as bestas
em nós, Cristo é trazido para nosso ser para se tornar nossa centralidade e
universalidade. TRÊS QUESTÕES CRUCIAIS NO LIVRO DE DANIEL-O GOVERNO
CELESTIAL DE DEUS, A PREEMINÊNCIA DE CRISTO E A PORÇÃO DO POVO DE
DEUS O livro de Daniel aborda três questões cruciais: O governo celestial de Deus, a
preeminência de Cristo e a porção do povo de Deus. Em Sua economia, Deus
administra o uni-verso para cumprir Seu propósito. Seu propósito é dar a Cristo a
preeminência em todas as coisas. Portanto, a intenção de Deus é que Cristo seja
preeminente. Para Cristo ser O pree-minente, Deus precisa de um povo para Cristo.
Sem Deus ter um povo separado, não há como Cristo ser preeminente. Como aqueles
que foram escolhidos por Deus para ser Seu povo para a preeminência de Cristo,
estamos debaixo do governo celestial de Deus. Com respeito a isto, o princípio é o
mesmo tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Debaixo do governo celestial de
Deus, tudo está cooperando junta-mente para nosso bem (Rm 8:28). Isto é
45
especialmente verda-de quanto às coisas em nosso universo pessoal. Nosso univer-so
inclui a nós mesmos, nossas famílias e a igreja. Em nosso universo muitas coisas
acontecem diariamente com a finali-dade de fazer Cristo preeminente. Precisamos
perceber isto e sermos submissos ao governo celestial de Deus. No capítulo 4:26
Daniel disse à Nabucodonosor, "O teu reino tornará a ser teu, depois que tiveres
conhecido que o céu domina." São os céus que governam, não Nabucodonosor ou Ciro
ou Alexandre o Grande ou doença ou tumulto ou rebelião. A terra está debaixo do
governo de uma administração celes-tial. Os céus governam por nós e Cristo é para
nós. Além disso, estamos debaixo do governo celestial de Deus para Cristo. O
propósito da decisão divina é aperfeiçoar os eleitos de Deus de forma que Cristo possa
ser preeminente, que Ele seja o primeiro-a centralidade-e tudo-a universalidade. Porque
os céus governam, Cristo está conosco em todas as nossas situações. Quando
estamos doentes, Ele está conos-co. Quando estamos em tribulação, Ele está conosco.
Posso testificar que podemos desfrutar Sua presença em meio à tumultos e rebeliões.
Todos nós precisamos aprender três coisas: que este universo está debaixo da
administração de Deus; que a inten-ção de Deus em Sua administração é tornar Cristo
pree-minente, levá-Lo a ter primazia em tudo; que para a reali-zação da intenção de
Deus, nós, Seu povo, Seus eleitos, deve-mos dar a Ele a melhor coordenação e
cooperação. Por meio da nossa coordenação e cooperação, Deus consumará Sua
inten-ção eterna para fazer Cristo preeminente pelo governo dos céus. ESTUDO-VIDA
DE DANIEL MENSAGEM TREZE O GOVERNO HUMANO LUTA CONTRA DEUS E É
ESMAGADO POR CRISTO EM SUA VINDA COM SUA NOIVA Leitura Bíblica: Dn 2:31-
35, 41-44; Ap 19:7-9, 11-21; 17:14 Não devemos estudar a Palavra ou entendê-la de
mane-ira natural, mas estudá-la e compreendê-la de acordo com a revelação e
iluminação do Senhor. Para ver que Daniel orava três vezes por dia não exige
esclarecimento, mas para ver a economia de Deus no livro de Daniel exige-se visão,
revelação e esclarecimento. Pelo fato de precisarmos de visão, revelação e
esclarecimento, Paulo orou para que o Pai nos desse um espírito de sabedoria e
revelação no pleno conhecimento Dele (Ef 1:17). Também precisamos da interpretação
adequada da Palavra. Nesta mensagem gostaria de dar uma palavra adicional em
relação ao problema apresentado a Deus pelo governo humano. Meu encargo é
mostrar que o governo humano lutará contra Deus e por fim será esmagado por Cristo
na Sua vinda com Sua noiva. O ANTICRISTO E SEUS DEZ REIS LUTANDO
46
DIRETAMENTE CONTRA DEUS Na grande imagem humana descrita em Daniel, a
cabe-ça era de ouro, o peito e os braços eram de prata, o abdômen e as coxas eram de
bronze, as pernas eram de ferro e os pés e os dedos dos pés eram em parte de ferro e
em parte de barro. Aparentemente, as partes que eram de ouro, prata, bronze e ferro
não eram um problema para Deus. Mas com os dez dedos dos pés há um grande
problema, pois quando o governo humano alcança o estágio dos dez dedos dos pés-o
estágio do Anticristo e seus dez reis-ele lutará diretamente contra Deus. Assim, o
governo humano não só se rebela contra Deus, exalta o homem e adora ídolos, mas
também luta contra Deus diretamente. Entretanto, Cristo, a incorporação de Deus, virá
com Sua noiva para esmagar o governo humano. NA NOVA CRIAÇÃO CRISTO
PREPAROU UMA NOIVA PARA ELE Antes de o governo humano ser esmagado,
haverá uma história longa, tanto do mundo quanto da nova criação. É na nova criação
que Cristo prepara uma noiva para casar-se. Se Cristo não tivesse uma noiva, então
Ele teria que lutar sozinho contra o Anticristo, pois o Anticristo teria um exército, mas
Cristo não. Porém, Cristo terá um exército, e este exército será Sua noiva. O livro de
Efésios revela que a igreja não só é a noiva de Cristo, mas também é uma guerreira
(6:10-20). No dia do Seu casamento, Cristo se casará com aqueles que têm travado
uma batalha contra o inimigo de Deus durante anos. Isto significa que em Apocalipse
19, Cristo se casará com os vence-dores, aqueles que já venceram o maligno. Este
maligno derrotado, o diabo, buscará se unir ao Anticristo e o Anticristo lhe dará boas-
vindas. O diabo e o Anticristo se tornarão um. Inspirado pelo diabo, o Anticristo reunirá
uma multidão de pessoas malignas para ser seu exército. Aos olhos de Deus, estas
pessoas malignas, o exército do Anticristo, são as uvas que serão pisadas no "lagar da
cólera de Deus o Todo-poderoso" (Ap 19:15). Quando Cristo vier lutar contra o
Anticristo e seu exército, Ele virá como o Filho do Homem. Como o Filho do Homem,
Ele precisará de uma companheira para se unir a Ele e completá-Lo. Esta companheira
será Sua noiva. Em Sua vinda para esmagar o governo humano, Cristo será o Marido
com os vencedores como Sua noiva na Sua vinda. Isto significa que antes de descer
para a terra para tratar com os dez dedos dos pés e então com a imagem toda, Ele terá
um casamento (Ap 19:7-9). Após Seu casamento, Ele virá com Sua noiva recém
casada para destruir o Anticristo, que com seu exército lutará diretamente contra Deus.
A MANEIRA DE CRISTO TRATAR COM A VELHA CRIAÇÃO E O GOVERNO
HUMANO Em uma mensagem anterior mostramos que a velha criação e o governo
47
humano são problemas para Deus. Cristo tratou com o problema da velha criação por
meio de Sua crucificação, Sua morte todo-inclusiva na cruz. Este problema Ele resolveu
sozinho. Cristo tratará com o problema do gover-no humano vindo com Sua noiva para
esmagar a grande ima-gem dos dedos dos pés até a cabeça. Este problema Ele não
resolverá sozinho, mas com Sua noiva como Seu exército. Cristo com Sua noiva
aniquilarão o governo humano. CRISTO PRODUZ SUA NOIVA NA NOVA CRIAÇÃO
POR MEIO DO CRESCIMENTO E TRANSFORMAÇÃO Agora precisamos continuar
para ver de que maneira Cristo produz Sua noiva. Ele produz a noiva por meio da nova
criação. Na restauração do Senhor hoje, estamos lutando contra a religião tradicional e
organizada e estamos lutando para a nova criação. A religião tradicional e organizada
não ajuda os crentes a crescer, ser renovados e ser transformados. Muitos de nós
podemos testificar que não começamos a crescer espiritualmente até virmos para a
vida da igreja. O crescimento é seguido pela transformação. Tanto em nossa vida física
quanto em nossa vida espiritual, somos transformados por meio do crescimento.
Quanto mais cresce-mos, mais somos transformados. Pelo fato de a religião tradicional
e organizada não ajudar o povo de Deus a crescer, há a necessidade da restau-ração
do Senhor. Precisamos da restauração e Deus também necessita da restauração. A
restauração do Senhor é absoluta-mente para a nova criação. Por esta razão, desde o
tempo em que vim para este país em 1962, tenho dado mensagens sobre a questão de
transformação. A restauração do Senhor é para a nova criação e a nova criação requer
transformação do velho para o novo. Além de ser transformados, precisamos também
ser edificados juntos de maneira que possamos ser o Corpo de Cristo e também Sua
noiva, Sua companheira. Cristo precisa do Corpo e a noiva. Antes de Sua segunda
vinda, Ele continuará trabalhando na igreja de uma maneira misteriosa para fazer de
nós uma nova criação. Quando esta nova criação for transformada e amadurecida em
vida, ela será unida a Cristo e será uma com Ele para ser Sua noiva. Quero enfatizar o
fato de que a noiva requer maturi-dade. Cristo não se casará com uma noiva imatura.
Somente quando atingirmos a maturidade, Ele nos tomará para ser Sua noiva. Temos
que admitir que na restauração do Senhor não temos contudo alcançado a maturidade;
ainda somos jovens demais para ser apresentados a Cristo como Sua noiva. Assim, há
a necessidade urgente de maturidade. Quando Cristo, o Noivo, ver que atingimos a
maturidade, Ele se casará com a noiva e então virá com ela como Seu exército para
esmagar o governo humano. CRISTO COMO A CENTRALIDADE E A
48
UNIVERSALIDADE NA ECONOMIA DE DEUS Após Cristo casar-se com Sua noiva,
Ele virá como a pedra cortada sem auxílio de mãos e esmagará a grande imagem
humana dos dedos dos pés até a cabeça, destruindo o governo humano que luta
diretamente contra Deus. Por meio deste esmagar, toda a terra será limpa. O problema
do gover-no humano na velha criação será resolvido. Então Cristo aumentará de uma
pedra à uma grande montanha que enche toda a terra (Dn 2:35). Desta maneira Cristo
será a centrali-dade e a universalidade na economia de Deus. A pedra refere-se a
Cristo como a centralidade e a montanha refere-se a Ele como a universalidade. Como
a pedra Ele é o centro, a centralidade; como a montanha Ele é a circunferência, a
universalidade. Hoje Cristo deve ser a centralidade e a universalidade em nossa vida da
igreja, na vida familiar e no viver diário. Se Cristo for nossa centrali-dade e
universalidade desta maneira, Ele também será a centralidade e a universalidade na
economia de Deus e no mover de Deus. TODOS OS REIS E REINOS ESTÃO
DEBAIXO DA ADMINISTRAÇÃO DE DEUS O livro de Daniel mostra-nos que todos os
reis e reinos do mundo estão debaixo da administração de Deus. Considere a situação
do Império Babilônico sob as ordens de Nabucodo-nosor. Primeiro, ele se tornou um co-
regente com seu pai e reinou com ele. Como co-regente ele destruiu a cidade de
Jerusalém em 606 A.C. Então por volta de 604 A.C. se tornou rei e reinou até 561 A.C.
Por fim, foi substituído por seu filho e em seguida por seu neto, Belsazar, cuja
devassidão em Daniel 5 era um insulto a Deus e que foi morto em 538 A.C. Naquele
tempo o Império Babilônico chegou ao fim e Dario o Medo recebeu o reino com a idade
de sessenta e dois anos. Dario era um rei subordinado à Ciro (veja Daniel 8). Em 536
A.C. Ciro emitiu o decreto que libertou os cativos de Israel para voltar a Judá,
terminando então os setenta anos que Deus tinha determinado para os Israelitas
permanecerem na Babilônia. Portanto, Deus usou o Império Babilônico com a finalidade
de levar Seus eleitos corrompidos e derrotados para o cativeiro. Depois dos seus
setenta anos de cativeiro, Deus fez os Medos e os Persas se tornar um povo com a
finalidade de terminar o Império Babilônico e de libertar Seu povo do cati-veiro em
Babilônia. Esta é uma ilustração de como todos os reis e reinos estão debaixo da
administração de Deus. No livro de Isaías, Nabucodonosor e Babilônia estão
condenados, mas Ciro é altamente considerado. Isaías 14 revela a unidade de Satanás
e Babilônia. Aos olhos do profeta Isaías, Nabucodonosor era um com Satanás. Com
respeito a Ciro, pelo contrário, Isaías diz que Deus se agradou dele e até mesmo fez
49
dele um pastor para cuidar de seu povo. No primeiro ano do seu reinado, Ciro
proclamou o retorno do povo de Deus a Judá (Ed 1:1-4). Ele também organizou para
que os utensílios da casa de Deus que Nabucodonosor tinha trazido para a Babilônia
pudessem voltar à Jerusalém. Assim, Ciro é apresentado de uma maneira muito
positiva. Contudo, ele era ainda parte da grande imagem, isto é, uma parte do governo
humano que consumará no Anticristo que lutará diretamente contra Deus. Isto
evidencia quão maligno é o governo humano. CRISTO PREPARA TUDO PARA SUA
VINDA PARA EXERCER SEU DOMÍNIO NA TERRA Para tratar com este governo
humano maligno, Cristo como o Filho do Homem tem que receber o reino (Dn 7:13-14).
Por um lado, Cristo está nos céus como Aquele que recebeu o reino. Por outro lado,
Cristo está em nós como o Espírito que dá vida (1Co 15:45b). Como nosso Redentor,
Ele terminou a velha criação por meio de Sua crucificação. Como Ressurreto, Ele
germinou a nova criação e hoje está trabalhando dentro de nós como Sua nova criação.
Ele também é nosso Companheiro na fornalha ardente (Dn 3). Como tal Pessoa
maravilhosa, Ele está preparando tudo para Sua vinda para exercer Seu domí-nio sobre
toda a terra. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM QUATORZE AS VISÕES DO
DANIEL VENCEDOR (3) A VISÃO COM RELAÇÃO ÀS SETENTA SEMANAS Leitura
Bíblica: Dn 9 Daniel 9:24-27 é a porção mais preciosa em todo o livro de Daniel. As
setenta semanas mencionadas nestes versículos são a chave para entender as
profecias da Bíblia. Nesta men-sagem consideraremos a visão das setenta semanas. I.
O ANO DA VISÃO O ano desta visão foi o primeiro ano de Dario (por volta de 538
A.C.), filho de Assuero (Ed 4:6; Es 1:1-2), um descen-dente da Média (Dn 9:1-2a). II. A
CAUSA DA VISÃO A causa da visão é descrita em 9:2b. "Eu, Daniel, entendi, pelas
Escrituras, que o número de anos, de que falara Jeová ao profeta Jeremias, que
haviam de durar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos." A palavra de Jeová
para Jeremias é encontrada em Jeremias 25:11-12; 29:10-14. III. A MANEIRA DE
OBTER A VISÃO Em Daniel 9:3-23 vemos a maneira de como obter esta visão-a busca
desesperada de Daniel do Senhor Deus em oração e súplicas com jejum. A. Confessar
Seus Pecados e os Pecados do Povo Em sua oração Daniel confessou os próprios
pecados e os pecados dos reis, os cabeças de famílias, os pais de Israel e de todo o
povo de Israel (vs. 3-15, 20a). B. Suplica pelos Interesses de Deus na Terra Em sua
oração Daniel suplicou também pela cidade santa de Jerusalém, o monte santo e o
povo santo de Deus (vs. 16-17, 19b, 20b). Isso significa que ele suplicou por todos os
50
interesses de Deus na terra, não para seu próprio interesse. C. Pede ao Senhor para
Perdoá-los Além disso, Daniel pediu ao Senhor que os perdoassem, não baseado na
justiça deles, mas baseado na grande compa-ixão de Deus (vs. 18-19a). D. A Resposta
de Deus à Oração e Súplica de Daniel Nos versículos 21 a 23 temos a resposta de
Deus à oração e súplica de Daniel. A resposta de Deus foi o relato de Gabriel das
setenta semanas ordenadas por Deus. Em sua oração desesperada, Daniel pediu para
que Deus restaurasse a terra santa, mandando de volta Seu povo e reconstruísse a
cidade santa (vs. 15-19). Mas Deus lhe respondeu ao dar-lhe o relatório pelo anjo
Gabriel das setenta semanas (vs. 20-27). Esta resposta excedeu ao que Daniel havia
pedido. IV. O CONTEÚDO DA VISÃO Os versículos de 24 a 27 são o conteúdo da
visão. O conteúdo são as setenta semanas. A. O Destino Determinado por Deus As
setenta semanas é o destino determinado por Deus para Seu povo e para Sua cidade
santa (v. 24a). B. O Propósito O propósito das setenta semanas é encerrar as trasns-
gressões, por um fim aos pecados, fazer expiação pela iniqui-dade, trazer a justiça das
eras, selar a visão e a profecia e ungir o santo dos santos (v. 24b). Hoje na velha
criação debaixo do governo humano, transgressão, pecados e iniqui-dades são
prevalecentes. Quando Cristo vier para esmagar o governo humano, no tempo
determinado, a transgressão ces-sará, os pecados terão fim e a iniquidade será
expiada. Então a justiça das eras será trazida. A expressão "das eras" é um idioma
Hebraico que significa "eternidade" ou "eternal." Por esta razão, a justiça das eras é
uma justiça eterna. A era do reino vindouro será uma era de justiça divina, e no novo
céu e nova terra, haverá justiça eterna (2Pe 3:13). Daniel 9:24b também fala do selar
da visão e da pro-fecia. Serão seladas a visão e a profecia porque tudo será cumprido.
Então, não haverá necessidade de visões ou profe-cias. Na era do reino, haverá os reis
e sacerdotes, mas nenhum profeta. O último aspecto do propósito das setenta semanas
é ungir o santo dos santos. Na época da oração de Daniel, o santo dos santos estava
contaminado, maculado e desolado. Mas quando o tempo determinado chegar, o santo
dos santos será ungido corretamente. Isto significa que o serviço a Deus será
restaurado. Que bênção! C. As Setenta Semanas Daniel 9:24-27 nos fala das setenta
semanas. As setenta semanas são divididas em três partes, com cada semana de sete
anos, não sete dias, na duração. 1. As Sete Semanas de Quarenta e nove Anos
Primeiramente, foram determinadas sete semanas de quarenta e nove anos desde a
emissão do decreto para resta-urar e reconstruir Jerusalém até a conclusão da
51
reconstrução (v. 25). 2. As Sessenta e duas Semanas de Quatrocentos e Trinta e
quatro Anos Segundo, foram determinadas sessenta e duas semanas de quatrocentos
e trinta e quatro anos desde a conclusão da reconstrução de Jerusalém até ser morto o
Messias (vs. 25-26). "Será morto o Messias e não terá nada" (v. 26). Isto se refere à
crucificação de Cristo. O matar do Messias-a crucificação de Cristo-foi a terminação da
velha criação com o governo humano na velha criação e a germinação por meio da
ressur-reição de Cristo da nova criação de Deus com Seu reino eterno como Sua
administração divina na nova criação. Assim, a cruz de Cristo é a centralidade e a
universalidade da obra de Deus. Esta palavra com relação ao Messias sendo morto não
é uma má notícia, mas uma boa notícia. Por meio de Sua morte na cruz, Cristo
terminou a velha criação. Então em Sua ressurreição Ele se tornou o Espírito que dá
vida (1Co 15:45b) para germinar aqueles a quem Deus escolheu e fez deles uma nova
criação. Se virmos isto, perceberemos que a palavra em Daniel 9:26 sobre a morte de
Cristo é uma boa notícia. Considerando que a primeira parte do versículo 26 fala da
morte de Cristo, o restante deste versículo fala de outro assunto. "E o povo de um
príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário" (v. 26b). Isso revela que o
príncipe do Império Romano, Titus, viria com seu exército para destruir a cidade e o
santuário-o templo. O Senhor Jesus também profetizou a respeito desta destruição em
Mateus 24:2. Esta destruição aconteceu em 70 D.C.. Então Daniel 9:26c continua a
dizer, "E o seu fim será num dilúvio, e até o fim haverá guerra. As desolações foram
determinadas. 3. Uma Semana de Sete Anos Finalmente, no versículo 27 temos uma
semana de sete anos. Esta semana será para Anticristo fazer uma firme aliança com o
povo de Israel. Entre as sessenta e nove semanas e a última semana, há um intervalo
que já dura quase dois mil anos. Neste intervalo a igreja está sendo secreta e
misteriosamente edifi-cada por Cristo em Sua ressurreição para ser Seu Corpo e Sua
noiva. Também, neste intervalo Israel tem sofrido, depois de ter perdido sua pátria e ser
disperso. Contudo, Deus não se esqueceu de Seu povo Israel, mas continuou
concedendo-lhe algum grau de misericórdia. Finalmente, a última semana de sete anos
virá. a. Anticristo Faz Cessar o Sacrifício e a Oferta de Manjares O Anticristo fará uma
firme aliança com o povo de Israel, prometendo ser favorável a eles. A aliança que ele
fará com eles será um acordo de paz. Porém, no meio da septua-gésima semana, o
Anticristo mudará sua intenção, lutará contra Deus e fará cessar o sacrifício e as ofertas
de manjares (v. 27b). Este será o começo da grande tribulação (Mt 24:21) a qual durará
52
três anos e meio. Durante a grande tribulação, os judeus devotos e os cristãos ainda
estarão na terra e sofrerão a perseguição do Anticristo. b. Anticristo Substitui o
Sacrifício e a Oferta de Manjares com as Abominações do Desolador Depois que fizer
cessar o sacrifício e a oferta de man-jares, o Anticristo os substituirá com as
abominações (os ídolos do Anticristo-2Ts 2:4) do desolador (Dn 9:27c). Este desolador
é o próprio Anticristo. c. Completa Destruição É Derramada Sobre o Desolador
Finalmente, a completa destruição que foi determinada será derramada sobre o
desolador, o Anticristo (v. 27d). O que Daniel recebeu com relação às setenta semanas
não foi apenas uma visão, mas também um relatório. Daniel compreendeu as setenta
semanas, mas por estarmos próximos do fim do intervalo, acredito que compreendemos
esta questão até melhor que Daniel. Estudando a visão das setenta sema-nas em
relação à economia de Deus, seremos ajudados a saber onde estamos, o que devemos
ser e o que devemos fazer hoje. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM QUINZE AS
VISÕES DO DANIEL VENCEDOR (4) A VISÃO COM RESPEITO AO DESTINO DE
ISRAEL (1) Leitura Bíblica: Dn 10:1-11:1 Depois das visões vistas por Daniel nos
capítulos de sete a nove, Daniel viu a visão relacionada ao destino de Israel. Entretanto,
antes de falarmos da visão que Daniel viu com respeito ao destino de Israel no capítulo
onze, o capítulo dez nos mostra o mundo espiritual por trás do físico. Para
conhecermos a economia de Deus e saber que na Sua econo-mia Cristo é a
centralidade e a universalidade do Seu mover, precisamos ver as coisas espirituais por
trás do físico. O que vemos exteriormente é o mundo físico, mas por trás do mundo
físico está o espiritual. No mundo espiritual, Cristo é Aquele que é preeminente.
Portanto, no capítulo dez Ele é mencionado primeiro (vs. 4-9). Ele é descrito como
usando uma roupa feita de linho, sendo cingido com um cinto de ouro e tendo um corpo
como berilo (vs. 5-6). Por trás desta visão de Cristo, um anjo mensageiro veio falar para
Daniel sobre as coisas por trás do mundo físico. Ele disse a Daniel que estava lutando
contra o príncipe do reino da Pérsia, um espírito maligno rebelde. Para Daniel então foi
dito que havia um outro espírito maligno, o príncipe da Grécia (Javã) Nota do Tradutor
[Javan, ou Javã (do hebraico ?????), é um personagem bíblico do Antigo Testamento.
Trata-se do quarto filho de Jafé (Gênesis 10.2). É também o nome hebraico para
designar os gregos[1].] Havia também o arcanjo Miguel que era um príncipe lutando por
Israel. Pelo menos quatro espíritos são abordados aqui. No capítulo cinco vimos como
Belsazar era tolerante com a devassidão e como na mesma noite Dario o Medo veio o
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derrotar e o matar. Não vimos que havia um espírito lutando por Dario. Daniel 11:1 diz,
"Mas eu, no primeiro ano de Dario o Medo, me levantei para fortalecê-lo e animá-lo".
Dario era forte mesmo sendo um homem velho porque este anjo mensa-geiro se
levantou para apoiá-lo e o fortalecê-lo. O anjo mensageiro fortaleceu Dario para
derrotar os Babilônicos porque a comissão de Deus para este tinha sido completada.
Com a morte de Belsazar, o Império Babilônico se tornou o império da Média-Pérsia
para levar a cabo uma outra comissão para Deus. Dario o Medo foi o primeiro a
conquistar o Império Babilônico. Porém, de acordo com Daniel 8 um carneiro, tipificando
a Pérsia, foi visto com dois chifres. O segundo chifre era mais alto que o primeiro, se
referindo a Ciro o Persa que assumiu o poder dois anos depois em 536 A.C. No
primeiro ano de seu reinado, Ciro emitiu um decreto para libertar todos os cativos de
Israel de volta à terra dos seus antepassados e reconstruir o templo. Por Ciro tê-los
apoiado, provido e protegido, Isaías disse que Ciro era pastor de Deus para cuidar de
Seu povo (Is 44:28). Aparentemente, todas estas lutas são meramente as atividades
dos governos humanos representados pela grande imagem humana em Daniel 2. De
fato, Deus estava por trás do mundo físico administrando toda situação. Isto é o que
precisamos ver ao considerarmos o capítulo dez de Daniel e a visão do destino de
Israel no capítulo onze. I. O ANO DESTA VISÃO "No terceiro ano de Ciro rei da Pérsia
foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome era Beltessazar" (10:1a). O terceiro ano
de Ciro, o rei da Pérsia, o ano desta visão, era por volta de 534 anos A.C., quando
Daniel era de oitenta e sete anos de idade. II. O ASSUNTO PRINCIPAL DA VISÃO O
assunto principal da visão relacionada ao destino de Israel é a grande aflição. A palavra
Hebraica aflição traduzida em 10:1b denota tratamento, angústia, conflito, guerra ou um
exército. Aqui se refere a uma grande aflição sofrida pelo povo de Deus. Essa aflição
veio sobre Israel de uma guerra entre o rei do sul e o rei do norte, referindo
respectivamente ao Egito e Síria. Quando a Síria e o Egito lutavam um com o outro,
eles travaram guerra na terra de Israel porque era usada como uma via pública para os
dois reis invadirem um ao outro. Estas guerras foram angustiantes, um tratamento para
os filhos de Israel. Esta guerra foi especialmente travada por um descendente de um
dos quatro sucessores de Alexandre o Grande que naquela época era o rei da Síria.
Este descen-dente, Antíoco Epifânio, um tipo completo do Anticristo, foi um verdadeiro
tratamento enviado por Deus ao Seu povo escolhido, porque se corromperam após seu
retorno do cati-veiro. III. A CENA NO UNIVERSO ANTES DA LIBERAÇÃO DESTA
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VISÃO Daniel 10:2-11:1 nos mostra a cena no universo-o mundo espiritual por trás do
físico-antes da liberação desta visão. A. Daniel Aplica Seu Coração Para Entender o
Futuro de Israel Daniel, um homem na terra, aplicou seu coração para entender o
futuro, o destino de Israel (vs. 2-3, 12). Isto ele fez durante vinte e um dias. B. O Cristo
Excelente Aparece Para Daniel Depois desses vinte e um dias, Daniel viu uma visão
particular em 10:4-9. O Cristo excelente, a centralidade e a universalidade do mover de
Deus na terra, apareceu a Daniel para sua apreciação, consolação, encorajamento,
expectativa e estabilidade. Antes de mostrar a Daniel a grande aflição, Deus reve-lou a
ele o homem excelente descrito nestes versículos. Daniel pode não ter sabido que este
homem era o Messias, mas creio que Daniel entendeu que esta Pessoa era o Senhor
como um homem. Aquele homem não só era Jeová, mas Jeová que se tornara um
homem. Aos nossos olhos a encarnação aconteceu num ponto definido no tempo, visto
que aos olhos de Deus há apenas o fato, mas nenhum elemento de tempo. No universo
há o fato de que o Deus Triúno se tornou um homem. Isso é revelado em Mateus e
Lucas. Mas em Gênesis 18 quando três pessoas vieram a Abraão, havia uma pessoa
entre os três que era Jesus. Ele veio como um homem visitar Abraão. Em Daniel 10
este homem apareceu a Daniel. Quando apareceu como um homem a Abraão, Ele era
um homem comum sem caracterís-ticas particulares. Porém, Ele apareceu a Daniel
com muitas características maravilhosas. Este Cristo excelente apareceu a Daniel para
sua apreciação, consolação, encorajamento, expec-tativa e estabilidade. 1. Em Seu
Sacerdócio Primeiramente, o Cristo excelente apareceu em Seu sacerdócio para cuidar
do Seu povo escolhido (v. 5a). Seu sacerdócio é tipificado pelas vestes de linho. Ele
não apareceu a Daniel usando uma armadura para lutar, mas vestindo trajes feito de
linho, a veste sacerdotal no Antigo Testamento. Em tipologia, linho representa a
humanidade. O fato de Cristo estar vestido em linho significa que Sua humanidade é
Sua veste sacerdotal. Na época de Daniel 10, o próprio Cristo, a centralidade e a
universalidade de Deus, era um Sacerdote cuidando dos filhos de Israel no cativeiro.
Ele é um Sacerdote em Sua humanidade cuidando do povo cativo de Deus. 2. Em Sua
Realeza Segundo, Cristo apareceu a Daniel em Sua realeza (tipificada pelo cinto de
ouro) para reinar sobre todos os povos. O versículo 5b diz que "Seus lombos eram
cingidos com o ouro puro de Ufaz." Um cinto é para fortalecer. A realeza de Cristo não
é tipificada por meio do linho, mas por meio do ouro. Seu sacerdócio é humano, ao
passo que Sua realeza é divina. 3. Em Sua Preciosidade e Dignidade Além disso, para
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avaliação de Seu povo Cristo apareceu também em Sua preciosidade e dignidade
como tipificado pelo Seu corpo que era como berilo (v. 6a). A palavra Hebraica para
berilo aqui não é facilmente traduzida. Darby usa o termo crisólito. A palavra Hebraica
pode se referir a uma pedra preciosa verde-azulada ou amarela. Isto significa que Cristo
em Sua incorporação é divino (amarelo), cheio de vida (verde) e divino (azul). 4. Em
Seu Brilho Além disso, Cristo apareceu em Seu brilho ao brilhar sobre as pessoas. Seu
brilho é tipificado pela Sua face ser como a aparência de relâmpago (v. 6b). 5. Em Sua
Visão Iluminadora A visão iluminadora de Cristo para examinar e julgar é tipificada por
Seus olhos que são como tochas de fogo (v. 6c). 6. Em Sua Aparência na Obra e no
Mover Em Sua aparência cintilante, Cristo também apareceu em Sua obra e mover,
testando as pessoas e sendo testado por elas. Sua aparência na obra e mover são
tipificados por Seus braços e pés que brilham como bronze polido (v. 6d). Em tipologia,
bronze tipifica o julgamento de Deus que torna as pessoas iluminadas. O julgamento de
Deus é um tipo de provação. Cristo foi julgado, provado por Deus, e a provação e o
julgamento de Deus O tornou brilhante como bronze polido. Tal Cristo é o que foi
testado pelas pessoas e que também as testa. 7. Em Seu Falar Forte Finalmente, Cristo
apareceu a Daniel com Seu falar forte para julgar as pessoas. Seu falar forte é tipificado
pelo som de Suas palavras como o som de uma multidão (v. 6e). O Cristo a quem
Daniel viu era tal Pessoa. Ele é precioso, valioso, completo e perfeito. Como um homem
Ele é a própria centralidade e a universalidade do mover de Deus para levar a cabo Sua
economia. Ele é tão precioso, cintilante, brilhante, iluminador e provador. Como
Sacerdote Ele está cuidando de nós, e como Rei Ele está reinando sobre nós. Quão
maravilhoso Ele é! Não foi com seus olhos físicos que Daniel viu esta visão de Cristo. O
versículo 7 diz, "Só eu, Daniel, tive aquela visão; os homens que estavam comigo nada
viram." Pelo fato de a visão de Cristo ser espiritual, não física, foi vista apenas por
Daniel e não por aqueles que confiavam em sua visão física. No que diz respeito a ver
a visão de Cristo, a visão física não ajuda em nada. Por isto, aos olhos das pessoas
mundanas, Jesus é somente um ser humano. Mas pela misericórdia de Deus e com
uma visão espiritual, podemos ver quão amável e precioso Cristo é. Todos nós
precisamos ver o Cristo que Daniel viu. Que possamos ver a visão do Cristo excelente
no capítulo dez de Daniel. B. O Príncipe Maligno do Reino da Pérsia Resiste Enviar o
Anjo Mensageiro Seguindo a visão relacionada a Cristo como uma Pessoa preciosa no
mover de Deus, vemos algo no ar relacionado à luta espiritual. De acordo com os
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versículos de 10 a 17, o príncipe maligno do reino da Pérsia resistiu o anjo mensageiro
enviado, provavelmente um dos príncipes superiores, durante vinte e um dias. Miguel,
um dos príncipes superiores, veio ajudar o anjo mensageiro enviado, e o mensageiro
enviado permaneceu lá com os reis da Pérsia. O príncipe maligno do reino da Pérsia
deveria ser um espírito maligno, um anjo rebelde que seguiu Satanás em sua rebelião
contra Deus e que foi comissionado por Satanás para ajudar a Pérsia. Este espírito
maligno lutou contra o anjo mensageiro enviado durante vinte e um dias. Isto significa
que enquanto Daniel estava orando durante todos esses dias, uma luta espiritual estava
acontecendo no ar entre dois espíritos, um pertence a Satanás e o outro pertence a
Deus. Eles estavam lutando porque o anjo mensageiro enviado (ele poderia ser
Gabriel) tinha sido enviado por Deus em resposta à oração de Daniel. Miguel veio
ajudar o anjo mensageiro enviado. Da mesma maneira que o arcanjo Miguel lutou em
Judas 9, assim ele veio para lutar aqui em Daniel. O ponto crucial que preci-samos ver
é que por trás do cenário havia uma luta espiritual, uma luta não vista com olhos físicos,
estava sendo travada. D. O Anjo Mensageiro Retorna Para Lutar com o Príncipe
Maligno da Pérsia Nos versículos 18 a 21 vemos mais da luta espiritual por trás do
cenário. O anjo mensageiro retornou para lutar com o príncipe maligno da Pérsia. O
príncipe maligno da Grécia estava a ponto de vir. Ninguém há que esteja ao meu lado
contra aqueles dois príncipes malignos, exceto Miguel, o príncipe de Israel. O nome
Miguel significa "Quem é como Deus?" E. O Anjo Mensageiro Se Levanta Para Animar
e Fortalecer Dario No primeiro ano de Dario o Medo, o anjo mensageiro se levantou
para animar e fortalecer Dario (11:1). Dario foi fortalecido desta maneira para receber o
reino. Antes da visão relacionada ao destino de Israel ser desvendada a Daniel, foi
dado a ele determinada visão do cenário espiritual que estava por trás do cenário físico.
Neste cenário espiritual Cristo é preeminente. Este cenário também inclui espíritos bons
e maus, espíritos que estão comprome-tidos em uma guerra espiritual invisível.
ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM DEZESSEIS AS VISÕES DO DANIEL
VENCEDOR (5) A VISÃO RELACIONADA AO DESTINO DE ISRAEL (2) Leitura
Bíblica: Dn 11:2-45 Nesta mensagem começaremos a considerar o conteúdo da visão
relacionada ao destino de Israel. IV. O CONTEÚDO DESTA VISÃO O conteúdo desta
visão diz respeito ao destino de Israel da última parte do reino da Pérsia até os últimos
três anos e meio da presente era, inclusive a era do reino e eternidade, como a verdade
que está expressa na escritura da verdade (10:21) dito a Daniel pelo anjo mensageiro
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(11:2-12:13). A visão no capítulo onze abrange os detalhes do Império Persa, o Império
Grego e o Império Romano e seu próprio fim sob a direção do Anticristo. Como
veremos, logo após derrotar o reino da Pérsia, Alexandre o Grande morreu e o seu
reino foi dividido em quatro reinos sob o comando de seus quatro generais. Dois destes
reinos, Egito e Síria, guerreavam um contra o outro através da terra de Israel.
Consequentemente, este capítulo dá ênfase aos reinos e os dois reis malignos: Antíoco
Epifânio, um dos reis do norte (vs. 21-35), e o Anticristo, o rei do Império Romano
restabelecido (vs. 36-45). Gostaria de enfatizar uma vez mais que a grande imagem
humana em Daniel 2 é o fator governante de toda a profecia deste livro. Isto significa
que o princípio da profecia de Daniel é abordar a imagem humana toda desde a cabeça
(a Babilônia) até os dedos dos pés (o Anticristo com os dez reis). Podemos dizer que os
primeiros cinco capítulos de Daniel nos dão uma definição e descrição completa do
Império Babilônico. O capítulo seis começa a falar em relação ao Império Persa. No
capítulo sete temos um esboço das quatro bestas, que de outro ângulo retratam os
impérios tipificados pelas várias partes da grande imagem. O carneiro no capítulo oito
se refere ao Império Persa e o bode, ao Império Grego. No capítulo nove Daniel
recebeu a visão das setenta semanas e no capítulo dez, a visão relacionada ao Cristo
excelente, o que é a centralidade e a universalidade do mover de Deus. O capítulo onze
provê detalhes adicionais relacionado ao Império Persa, o Império Grego e o Império
Romano restaurado sob a direção do Anti-cristo durante os últimos três anos e meio
desta era. Disto vemos que o livro de Daniel abrange todo o governo humano do
Império Babilônico ao Império Romano. De acordo com este princípio, o capítulo onze
não encerra com o Império Grego, mas inclui uma palavra sobre o Anticristo, o rei do
Império Romano restaurado. Daniel 11 fala primeiro do tipo, Antíoco Epifânio, e então
do cumprimento desse tipo, o Anticristo. Isto está de acordo com o princípio encontrado
em 9:26-27. O versículo 26a fala da crucificação de Cristo. Em seguida o restante do
versículo se refere à destruição de Jerusalém e o templo por Titus e seu exército em 70
D.C. Porém, o próximo versículo não se refere à Titus, mas ao Anticristo, aquele que
faz "uma firme aliança com muitos durante uma semana." Em 9:26-27 primeiro é
revelado o tipo, em seguida o cumprimento. O prin-cípio é o mesmo relacionado à
Antíoco Epifânio e o Anticristo no capítulo onze. A. Relacionado ao Rei do Sul e o Rei
do Norte A visão em Daniel 11 está relacionada com o rei do sul (o Egito) e o rei do
norte (a Síria). O capítulo onze é um registro das guerras entre estes reis. 1. O
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Combate do Último Rei do Reino da Pérsia contra o Reino da Grécia Os versículos 2b e
3 falam do combate do último rei do reino da Pérsia contra o reino da Grécia e a derrota
da Pérsia pelo poderoso rei da Grécia, Alexandre o Grande, aproxima-damente em
356-323 A.C. (8:5-8a, 20-21; 7:5-6a). A morte de Belsazar em 538 A.C. marca o fim do
Império Babilônico e o começo do Império Medo-Persa que durou até 336 A.C. O último
rei deste império foi derrotado por Alexandre, o Grande. 2. O Reino da Grécia Sob o
Comando de Alexandre o Grande Foi Dividido em Quatro Reinos Em Sujeição aos Seus
Quatro Generais Daniel 11:4, referindo a Alexandre o Grande, diz, "Mas no auge, o seu
reino será quebrado e será repartido para os quatro ventos do céu; mas não para sua
posteridade, nem tampouco o poder com que reinou, porque o seu reino será arrancado
e passará a outros fora dos seus descendentes". Isto indica que, depois da morte de
Alexandre o Grande, seu reino foi dividido em quatro partes (8:8b, 22; 7:6b) sob o
governo de seus quatro generais: os reinos de Ptolomeu (o Egito), de Cassandro (a
Macedônia), de Lisímaco (a Ásia Menor) e de Seleuco (a Síria). 3. As Guerras de um
Lado e do Outro Entre o Rei do Sul e o Rei do Norte Daniel 11:5-20 fala das guerras de
um lado e do outro entre o rei do sul-Egito-e o rei do norte-Síria. Quando estes reis
lutavam um com o outro, eles atravessavam através de Israel. Assim, Israel estava em
grande aflição. A grande aflição mencionada em 10:1 refere principalmente às guerras
no capítulo onze. a. Os Reis Usam Suas Filhas Para Destruir o Outro Lado Como
indicado em 11:6 e 17b, tanto o rei do sul quanto o rei do norte seguiram a estratégia de
usar suas filhas para destruir o outro lado. Porém, nesta questão ambos fracas-saram.
b. O Rei do Norte Se Levanta na Terra Gloriosa de Israel O rei do norte se levantou
mais uma vez na terra gloriosa de Israel e causou destruição (v. 16b). 4. O Reino e as
Maldades de Antíoco Epifânio Como Um dos Reis do Norte Daniel 11:21-45 e 8:23-25
descrevem o reino e as mal-dades de Antíoco Epifânio como um dos reis do norte. O
Ca-pítulo onze dá muita ênfase à Antíoco Epifânio porque ele, um tipo completo do
Anticristo, causou muito dano ao templo, corrompendo-o e destruindo-o. a. Uma Pessoa
Desprezível que Se Apoderou do Reino pelas Palavras de Lisonjas, Astúcias e Intrigas
Antíoco era uma pessoa desprezível. Ele veio calada-mente e se apoderou do reino
com palavras de lisonjas, astú-cias e intrigas (11:21). b. O Rei do Sul é Derrotado De
acordo com o versículo 25, Antíoco Epifânio derrotou o rei do sul. c. Enfurecendo-Se
Por Causa da Santa Aliança O versículo 30 revela que Antíoco Epifânio ficou enfu-
recido por causa da santa aliança e começou a agir. d. Seus Exércitos Profanam o
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Santuário Os exércitos de Antíoco Epifânio profanaram o santuá-rio, tirando o sacrifício
diário e estabelecendo uma abomi-nação desoladora (v. 31). Sacrifícios, circuncisão e
guardar o Sábado sagrado foram absolutamente proibidos. Antíoco Epi-fânio foi ainda
mais longe levantando um altar a Zeus no altar da oferta queimada no templo. Esta foi a
"abominação desoladora" mencionada no versículo 31. Além disso, ele levantou sua
própria imagem no templo, sacrificou uma porca no altar, e aspergiu seu sangue no
templo. Ele forçou o povo santo a adorar o ídolo e a comer carne de porco e seduziu os
jovens a cometer fornicação no templo. e. Perseguiu e Matou os Judeus Devotos Nos
versículos 33 a 35 vemos que Antíoco Epifânio perseguiu e matou os judeus devotos. O
versículo 32b diz, "O povo que conhece ao Seu Deus se tornará forte e ativo" Isto se
refere a Judas Macabeus e Seu povo que foi encorajado e fortalecido por esta palavra
no livro de Daniel e agiu contra Antíoco Epifânio e Seus exércitos. Os versículos 33 a
35 continuam a falar mais a respeito de Macabeus. O versículo 33 diz que "Os sábios
entre o povo ensinarão a muitos", isto é, ensinar outros a compreender a vontade de
Deus. De acordo com o versículo 34, Macabeus receberia pouca ajuda, e muitos
apenas se uniriam a ele com lisonjas. Finalmente, o versículo 35 diz, "Alguns dos
sábios cairão para serem provados, purificados e embranquecidos, até ao tempo do
fim, porque se dará ainda no tempo desig-nado".0 f. Sendo um Tipo de Anticristo Em
todas as maldades mencionadas acima, Antíoco Epifânio era um tipo de Anticristo que
virá na última semana das setenta semanas (9:27; Mt 24:15; 2Ts 2:3b-4; Ap 13:4-7.
Considerando que os versículos 21 a 35 de Daniel 11 se referem a Antíoco Epifânio, os
versículos 36 a 45 se referem ao Anticristo. O Anticristo não terá consideração por
ninguém ou coisa alguma; ele fará o que lhe agrada. Ele exaltar-se-á e se
engrandecerá sobre todo deus e contra o Deus dos deuses e falará coisas
extraordinárias (v. 36). Ele não considerará os deuses dos seus pais ou o desejo das
mulheres, nem conside-rará qualquer outro deus, porque ele se engrandecerá sobre
tudo (v. 37). Com o auxilio de um deus estranho, agirá contra as poderosas fortalezas
(vs. 38-39). No tempo do fim, o rei do sul lutará com ele, e o rei do norte arremeterá
contra ele com carros e entrará nas suas terras a as inundará e passará (v. 40). Depois
de entrar na terra gloriosa, ele estenderá sua mão contra os países (vs. 41-42). Mas,
pelos rumores do Oriente e do Norte, será perturbado e sairá com grande furor para
destruir e exterminar a muitos (v. 44). Armará suas tendas palacianas entre o Mar
Mediterrâneo contra o monte santo, Sião; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem
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o socorra (v. 45). O Anticristo chegará ao seu fim quando Cristo como a pedra cortada
sem auxílio de mãos vier com Sua noiva para esmagar a grande imagem humana dos
dedos dos pés até a cabeça. Durante a era da igreja, a era do mistério, Cristo está
edificando a igreja para ser Sua noiva. Em Apocalipse 19 Cristo se casará com Sua
noiva e então virá com ela como Seu exército para lidar com o Anticristo e seus
exércitos que serão reunidos ao redor da cidade de Jerusalém. Uma vez que o
Anticristo não crerá em Deus ou em Cristo, mas apenas nele, a aparição de Cristo com
Sua noiva será uma grande surpresa para ele e seus seguidores. Para seu prazer, o
Anticristo armará suas tendas palacianas entre o Mar Mediterrâneo e o maravilhoso
monte santo. Nesta conjuntura Cristo virá com Sua noiva para levar o Anticristo ao seu
destino final. De acordo com a Bíblia, o Anticristo destruirá o templo em Jerusalém. O
primeiro templo foi construído por Salomão, e aquele templo foi destruído por
Nabucodonosor. Então depois de setenta anos, Ciro o rei da Pérsia libertou os cativos
de Israel para voltar à terra de seus pais para reconstruir o templo. Por fim, Antíoco
Epifânio, um descendente do rei do norte, profanou o templo completamente,
profanando-o com idolatria, fornicação e ofertas imundas. Os Macabeus derrotou este
rei e purificou o templo. Aquela purificação foi uma justi-ficação, declarando que o
templo era o lugar santo para o povo de Deus adorá-Lo. Antes da morte de Cristo, Titus
veio com o exército Romano e destruiu o templo novamente em 70 D.C. De acordo com
a Bíblia, haverá uma quarta destruição do templo pelo Anticristo na metade dos últimos
sete anos desta era. Todos estes casos nos mostram que o centro, a meta e o objetivo
da luta de Satanás contra Deus estão relacionados ao templo. Deus deseja ter um lugar
na terra para Seu povo adorá-Lo, como um testemunho de que Ele ainda tem inte-resse
nesta terra. Mas Satanás sempre está lutando para destruir este lugar. Se virmos isto,
nos ajudará a entender a Bíblia. ESTUDO-VIDA DE DANIEL MENSAGEM DEZESSETE
AS VISÕES DO DANIEL VENCEDOR (4) A VISÃO CONCERNENTE AO DESTINO DE
ISRAEL (3) Leitura Bíblica: Dn 12 O livro de Daniel abrange um espaço amplo da Bíblia,
de Gênesis 10 até o fim do Novo Testamento, de Babel à Nova Jerusalém. Como
veremos, a visão em Daniel 12 aborda coisas dos últimos três anos e meio da presente
era, coisas do reino vindouro e coisas da eternidade. Temos enfatizado que a grande
imagem humana em Daniel 2 é o princípio básico e o fator governante da profecia de
Daniel. Esta imagem humana destrói e devasta o templo quatro vezes. A primeira vez
foi por meio da cabeça, Nabuco-donosor (1:1-2); a segunda foi por meio de Antíoco
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Epifânio, um descendente de um dos quatro generais de Alexandre o Grande do
Império Grego (8:9-14); a terceira foi por meio de Titus, príncipe do Império Romano (70
D.C.); a quarta será por meio do Anticristo (12:7, 11), parte dos dez dedos dos pés do
Império Romano restabelecido. Por fim, esta grande imagem humana se consuma ao
lutar diretamente com Deus. O Anticristo, os dez reis e suas tropas lutarão diretamente
contra Cristo (Ap 19:19). Porém, Cristo com Sua noiva derro-tará o Anticristo e seus
exércitos (Ap 19:20-21). O conteúdo da visão em Daniel 11:2-12:13 diz respeito ao
destino de Israel da última parte do reino da Pérsia até os últimos três anos e meio da
presente era, incluindo até mesmo a era do reino e a eternidade. Agora que chegamos
em Daniel 12, precisamos perceber que neste livro há um intervalo na narração da
história desde o fim do governo dos quatro suces-sores de Alexandre o Grande (por
volta da segunda metade do último século A.C., na época em que o Império Romano se
levantou para tomar o lugar do reino da Grécia como o poder mundial que terminará a
presente era) para os últimos três anos e meio (v. 7) da presente era. Neste intervalo
está a era do mistério, a igreja. B. A Posição do Arcanjo Miguel Em Relação a Israel A
visão concernente ao destino de Israel no capítulo doze está relacionada à posição do
arcanjo Miguel em relação a Israel. 1. Coisas na Consumação da Era Primeiro, Daniel
12 fala de coisas na consumação da era (Mt 28:20b)-os últimos três anos e meio da
presente era (Dn 12:7; 7:25b). a. A Posição de Miguel em Relação a Israel Naquele
tempo Miguel, o grande príncipe defensor dos filhos de Israel, se levantará (12:1a). b.
Um Tempo de Aflição Haverá um tempo de aflição (a grande tribulação) como nunca
ocorreu desde que veio a ser uma nação até aquele tempo (12:1b; Mt 24:21; Jr 30:7a).
c. A Destruição do Poder do Povo Santo Será Completada Durante este tempo de
aflição e tribulação, a destru-ição do poder do povo santo será completada (Dn 12:7b;
7:25b; Ap 13:5, 7a; 11:2). d. Todo Aquele que For Achado Escrito no Livro Será Salvo
Daniel 12:1c diz que o povo de Israel, todo aquele que for achado escrito no livro, será
salvo. Esses que são achados escritos no livro são aqueles cujos nomes estão escritos
no livro da vida de Deus. Os poucos filhos de Israel que serão salvos das mãos do
Anticristo verão Cristo descendo no ar e se arrependerão, O receberão e serão salvos.
e. Muitos Daqueles que Dormem no Pó Serão Despertados Para a Vida Eterna Muitos
daqueles que estão dormindo no pó despertarão para a vida eterna (vs. 2a, 13a; Jo
5:28-29a; 1Ts 4:16). Os santos dormentes se levantarão para serem ressuscitados ao
ar para encontrar Cristo. 2. Coisas no Reino Vindouro A visão em Daniel 12 também
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abrange coisas no reino vindouro. a. A Purificação e Restauração do Templo Maculado
e Profanado durante Trinta Dias Depois da ressurreição, o reino de Deus e de Cristo se
tornará o reino eterno, como tipificado pela grande montanha (Dn 2:35), introduzindo
assim a era do reino. Com a vinda do reino, haverá a purificação e a restauração do
templo macu-lado e profanado durante trinta dias (12:11). Isto continuará os últimos mil
duzentos e sessenta dias (Ap 12:6) como o fim da era anterior para atingir os mil
duzentos e noventa dias. Da mesma maneira que os Macabeus purificaram o templo
depois de ter sido profanado por Antíoco Epifânio, assim os judeus salvos purificarão o
templo no começo do reino milenar. b. A Preparação e a Restauração do Sacerdócio
para Oferecer o Sacrifício Diário a Deus por Quarenta e cinco Dias Daniel 12:12 diz,
"Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias." Com o
inicio da era do reino, haverá também a preparação e a restauração do sacerdócio para
oferecer o sacrifício diário a Deus durante quarenta e cinco dias que darão continuidade
aos mil duzentos e noventa dias para atingir os mil trezentos e trinta e cinco dias. Tal
oferta do sacrifício diário a Deus será uma bênção ao Seu povo escolhido (v. 12a; Joel
2:14). Serão necessários quarenta e cinco dias para restaurar o sistema destruído de
adoração a Deus com os sacrifícios. A restau-ração dos sacrifícios será uma grande
bênção ao povo de Israel. c. A Grande Quantidade de Santos Vencedores no Reino
Daniel 12 mostra-nos certas questões relacionadas à grande quantidade de santos
vencedores no reino. 1) Os Santos Ressurretos Desfrutam a Vida Eterna O versículo 2a
indica que os santos ressurretos desfru-tarão a vida eterna no reino. 2) Aqueles Que
Têm Discernimento Resplandecerão como o Fulgor do Firmamento Os que forem
sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos
conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente (vs. 3, 13b). Em Mateus
13:43 o Senhor Jesus falou uma palavra semelhante relacio-nada ao resplandecer dos
vencedores no reino: "Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai."
3) Muitos Serão Purificados, Embranquecidos e Provados Para Participar no Reino O
versículo 10a diz, "Muitos serão purificados, embran-quecidos e provados." Estes
pessoas purificadas, embranque-cidas e provadas participarão no reino. 4) O Daniel
Ressuscitado Desfrutando Sua Herança no Reino O versículo 13 diz, "Tu, porém, vai
até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias." Isso
indica que o Daniel ressuscitado desfrutará sua herança no reino. 3. Coisas na
Eternidade Por ultimo, a visão no capítulo doze relacionada ao destino de Israel inclui
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coisas na eternidade. a. Aqueles Que Desfrutam a Vida Eterna no Reino Continuarão
Desfrutando da Vida Eterna na Eternidade Aqueles que ressuscitaram e desfrutaram a
vida eterna no reino continuarão o desfrute da vida eterna sempre e eter-namente (v. 3)
b. Daniel Continuará a Desfrutar Sua Herança da Vida Eterna na Eternidade Daniel
também continuará desfrutando sua herança da vida eterna na eternidade (v. 13b). c.
Aqueles Que Pereceram Serão Ressuscitados após a Era do Reino e Sofrerão
Vergonha e Desprezo Eterno pela Eternidade Aqueles que pereceram serão
ressuscitados após a era do reino e sofrerão vergonha e desprezo eterno na eternidade
para sempre (v. 2; Jo 5:29b; Ap 20:15). Deus tem um plano, uma economia. Nesta
economia Deus decidiu na eternidade ter um povo criado e regenerado por Ele para ser
Seus filhos, e então ser santificados, renovados, transformados e conformados à
imagem de Seu Filho primogênito. Este grupo de pessoas será o Corpo de Cristo.
Quando o reino milenar chegar, os vencedores neste Corpo se casarão com Cristo; isto
é, eles irão para Cristo por estarem unidos a Ele e assim ser um com Ele. Eles serão os
co-reis com Cristo na seção celestial do reino milenar. Eles também serão os
sacerdotes com Cristo para servir a Deus. Quando Cristo voltar para estabelecer o
reino, um pe-queno número de remanescentes judeus, o remanescente de Israel,
também será salvo e regenerado. Entretanto, por serem os crentes tardios, eles não
participarão na seção celes-tial do reino como os reis e sacerdotes, mas serão mantidos
na terra para ser os sacerdotes de Deus na seção terrena do reino milenar. No final
desta era, muitas pessoas malignas das nações se reunirão ao Anticristo. Mas Cristo
virá como a pedra cor-tada sem auxílio de mãos para esmagar todas estas pessoas.
Durante este tempo os remanescentes judeus e as nações serão deixados na terra. De
acordo com Mateus 25:31-46, Cristo reunirá as nações em Sua presença e as julgará,
separando-as em dois grupos, a ovelha (o bem) e os cabritos (o mau). Os cabritos se
unirão ao Anticristo no lago de fogo (v. 41). As ovelhas serão restauradas (não
regeneradas) à condi-ção original criada por Deus e serão consideradas por Cristo
como Seu povo, Suas nações do reino milenar. Então, no reino haverá três grupos de
pessoas: 1) os crentes vencedores na seção celestial como reis e sacerdotes; 2) os
judeus salvos que estarão na terra como os sacerdotes para ensinar e ajudar as nações
restauradas; e 3) as nações restauradas como as nações sob o governo dos crentes
vencedores como os co-reis de Cristo e também sob o ensinamento e cuidado dos
judeus salvos. Embora o reino milenar seja maravilhoso, ainda fará parte da velha
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criação. O reino milenar será a última era da velha criação. A velha criação inclui quatro
eras: a era dos patriarcas, a era da lei, a era da graça e a era do reino. Ao término dos
mil anos da era do reino, haverá mais uma rebelião, será preciso mais uma purificação
adicional. Logo após, serão queimados o velho céu e a velha terra para serem
renovados (2Pe 3:12-13). Então haverá um novo céu e nova terra (Ap 21:1). Naquele
momento os judeus salvos e regene-rados se unirão os santos crentes. Também,
aqueles santos que não foram vencedores antes do reino milenar, serão disciplinados e
amadurecidos e se unirão aos vencedores na Nova Jerusalém. A Nova Jerusalém inclui
os doze nomes dos apóstolos e os doze nomes das doze tribos de Israel (Ap 21:12,
14). Isso indica que todos os crentes que estiveram em comunhão com os doze
apóstolos e os judeus que pertencem às doze tribos serão a composição da nova
cidade. Esta cidade será o tabernáculo de Deus, o lugar de habitação de Deus, a noiva
de Cristo e a morada mútua de todos os santos, os crentes e os judeus, pela
eternidade. As nações que permanecerem depois da peneirada e purificação final (Ap
20:7-9) serão transferidas para a terra na nova terra para serem as nações para sempre
(Ap 21:24-26). Isso será o reino eterno de Deus, composto das pessoas criadas,
regeneradas, santificadas, transformadas e glorificadas para ser um com Deus pela
eternidade, reinando e ensinando as nações restauradas que serão as nações no novo
céu e a nova terra. UMA PALAVRA FINAL Agora que chegamos ao final do Estudo-
Vida de Daniel, gostaria de dar uma palavra final. O livro de Daniel mostra-nos um
homem cujo coração é um com Deus e está absolutamente ajustado ao destino do Seu
povo, Israel. Aparentemente, o destino de Israel está nas mãos do governo humano, o
poder das nações. Na verdade, o destino de Israel está na economia de Deus que os
escolheu e que reina sobre todo o governo humano com autoridade divina. O governo
humano começou com Babilônia, representada por Nabucodonosor, e também
terminará com Babilônia, repre-sentada pelo Anticristo que foi tipificado por Antíoco
Epifânio da Síria e Titus do Império Romano. Cristo é a centralidade e a universalidade
do mover de Deus na economia divina. Cristo foi crucificado para terminar a velha
criação e germinar pela Sua ressurreição a nova criação. Ele é Aquele que é excelente
e precioso na apreciação e expectativa do povo escolhido de Deus. Ele receberá o
reino eterno de Deus e aparecerá no final para esmagar todo o governo humano dos
seus dedos dos pés até a sua cabeça e se tornará o reino aumentado de Deus ao longo
de toda a terra. Em Sua economia divina, Deus aperfeiçoará Israel para ser Seus
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sacerdotes, e preparará as nações criadas e restau-radas (não regeneradas) para ser
Seu povo. Além deste resul-tado da parte manifesta de Sua economia, na parte oculta
de Sua economia divina Deus completará a edificação da igreja como o Corpo de Cristo
para ser a família real de Deus para reinar como reis no novo céu e nova terra.
Finalmente, na eternidade em Seu reino eterno Deus terá Seus reis, Seus sacerdotes e
Seu povo para sempre.

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