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Reações com componentes da poça de fusão:
• A evolução de gás pode gerar porosidade se este não escapar do metal líquido antes
de sua solidificação;
• Reações que formam um produto insolúvel: Se o produto da reação possuir um
ponto de fusão superior ao do próprio material da poça, Al2O3 e MgO.
• Reações que geram um produto de elevada solubilidade tendem a não dificultar a
formação da poça de fusão: fragilizam a solda, absorção de oxigênio e nitrogênio.
• A porosidade pode ser prevenida pela presença, na poça de fusão, de elementos
desoxidantes, isto é, com elevada afinidade pelo oxigênio.
• Elementos desoxidantes utilizados em soldagem incluem, por exemplo, o manganês
e o silício, na soldagem dos aços.
A zona fundida é formada por contribuições do metal base e do metal de adição, que são
misturados, no estado líquido, na poça de fusão. Define-se como coeficiente de diluição (δ),
ou simplesmente diluição, a proporção com que o metal base participa da zona fundida.
O coeficiente de diluição pode variar entre 100% (soldagem autógena) e 0% (brasagem) e o
seu valor depende além do processo de soldagem, das condições de operação, da espessura
de peça e do tipo de junta.
4.5 - Solidificação da poça de fusão
Estrutura de solidificação de um lingote:
competitivo;
Crescimento competitivo
O crescimento competitivo decorre da tendência dos cristais crescerem preferencialmente,
durante a solidificação, segundo certas direções cristalinas. Assim, os grãos melhor orientados
em relação à direção de extração de calor tendem a crescer à frente dos demais grãos,
bloqueando-os e impedindo o seu crescimento.
Poça de fusão em gota: ocorre para valores maiores da velocidade de soldagem. A frente de
solidificação tem uma orientação relativamente constante em relação à direção de soldagem, o
que favorece o crescimento, desde a linha de fusão até o centro da solda, somente dos grãos
inicialmente melhor orientados. A solidificação se desenvolve como duas paredes, uma de
cada lado do cordão, que se deslocam e se encontram no meio deste.
Formatos comuns da poça de fusão em processos mecanizados: (a) elíptica, (b) em
gota, (c) cratera formada a partir de uma poça elíptica e (d) em gota.
Interface de solidificação
Interface de solidificação em função do nível de instabilidade de uma interface
plana: (a) Interface plana, (b) celular, (c) celular-dendrítica, (d) colunar-
dendrítica e (e) equiaxial.
Da mesma forma que em fundição, a solidificação da poça de fusão ocorre com alterações
locais de composição química (segregação). Esta pode causar variações de propriedades
mecânicas ao longo do material e, em casos mais graves, problemas de fissuração. Em
soldagem, as formas mais comuns de segregação são:
Segregação intercelular e interdendrítica: este tipo de segregação ocorre dentro dos grãos
com uma certa periodicidade que depende do espaçamento intercelular ou interdendrítico. O
seu mecanismo é o mesmo que ocorre em fundição ou lingotamento e, em todos os casos, a
segregação é mais pronunciada quando o modo de solidificação for dendrítico.
Segregação em contornos de grão: esta forma de segregação é mais intensa do que a
anterior e ocorre entre os grãos que se solidificam.
Segregação central: esta segregação ocorre no centro do cordão, podendo ser
particularmente intensa quando resulta do encontro de duas frentes de solidificação, como
ocorre em uma poça de fusão em gota.
Segregação na cratera: A solidificação final do cordão ocorre em sua cratera de uma forma
similar ao que acontece em uma pequena peça fundida, com uma região de segregação final
e, às vezes, com a formação de um pequeno “rechupe” (vazio formado pela contração
associada com a solidificação das últimas porções de líquido).
Bandeamento transversal: esta forma de segregação é característica da soldagem, sendo
observada em processos tanto manuais como automáticos, com ou sem metal de adição. O
bandeamento transversal é formado por regiões sucessivas ao longo do cordão, enriquecidas
e empobrecidas em soluto e parece associado com ondulações periódicas na superfície da
solda, observadas mesmo quando processos automáticos são utilizados. Esta forma
desegregação é associada com um deslocamento intermitente da frente de solidificação devido
à necessidade de evolução periódica de calor latente, a variações periódicas da fonte de
energia e a pulsações da poça de fusão.
Regiões da zona fundida (esquemático): (A) região misturada, (B) região não misturada e
(C) região de fusão parcial. As larguras de (B) e (C) estão exageradas no desenho.
Capítulo 5
Influências Metalúrgicas no Metal de base e no metal solidificado
5 - INFLUÊNCIAS METALÚRGICAS NO METAL DE BASE E NO METAL SOLIDIFICADO
5.1 – Influência nos ciclos térmicos na formação da ZTA e o desenvolvimento de tensões
residuais na região da solda.
5.2 – Formação da ZTA.
A ZTA compreende as regiões do metal base cuja estrutura ou propriedades foram alteradas
pelas variações da temperatura durante a soldagem.
Formação: características do metal de base e ciclo térmico.
Metais: cobre, níquel, alumínio, aços inoxidáveis austeníticos e ferriticos no estado recozido.
• Não sofrem alterações micro estruturais marcantes no estado sólido.
• Crescimento de grão próximo da linha de fusão: para um dado metal de base, o
crescimento do grão será pronunciado quanto maior for o valor da temperatura de
pico (Tp) e do tempo de permanência (Tc).
• Em ligas CCC, o crescimento de grão na ZTA pode causar: diminuição de sua
tenacidade à temperatura ambiente.
• A ZTA e a ZF tem menor tem menor resistência mecânica do que o metal de base
pela perda do encruamento devido à recristalização.
Ligas transformáveis
Ligas: aços carbonos, aços baixa liga, média liga, ferros fundidos, certas ligas de cobre e
titânio.
Regiões da solda de um aço carbono.
Regiões:
ZF – zona fundida.
A – Região de granulação grosseira: localização junto à linha de fusão, Tp acima de
1200°C, tende a ser a região mais problemática (rica em microconstituíntes aciculares “bainita
e martensita”, dureza elevada, perda de tenacidade, local comum para formação de trincas,
problema maior para aços temperados.
B – Região de granulação fina: Tp até 1200°C; apresenta granulação fina, semelhantemente
a material normalizado; não é região problemática nos aços.
C – Região intercrítica: transformação parcial da sua estrutura original; temperatura entre A1
e A3; para soldagem multipasse, constituintes de elevada dureza e baixa tenacidade se
formam.
D – Região subcrítica: temperaturas inferiores a A1; para aços tratados termicamente, esta
região pode sofrer um super-envelhecimento e o corre perda de resistência ou dureza.
Capítulo 6
Fissuração em Juntas Soldadas
6 – FISSURAÇÃO EM JUNTAS SOLDADAS
6.1 – Aspectos Gerais
• fissuras ou trincas são consideradas um dos tiros mais graves de descontinuidades
em uma junta soldada.
• formam-se quando tensões de tração se desenvolvem em um material fragilizado.
A fragilização na região da solda pode resultar de:
• mudanças estruturais;
• absorção de elementos nocivos;
• alterações posteriores (tratamentos térmicos);
• em serviço.
9 Problemas de fissuração que ocorrem durante a solda em quando o material está
submetido a altas temperaturas.
• fissuração na solidificação
• fissuração por liquação na ZTA fissuração à quente
• fissuração por perda de ductilidade
9 Problemas de fissuração que ocorrem durante a soldagem ou logo após esta operação,
temperaturas inferiores a metade de sua temperatura líquidus.
• fissuração pelo hidrogênio (fissuração a frio).
• decoesão lamelar.
9 Problemas de fissuração durante a fabricação ou em serviço.
• fissuração ao reaquecimento.
• decoesão lamelar
• fissuração por corrosão sob tensão.
• fadiga.
6.2 – Trincas de Solidificação
• associação com a presença de segregação que levam a formação de filmes líquidos
intergranulares, nas etapas finais da solidificação.
• ocorreram a altas temperaturas próximas à temperatura sólidus;
• a trinca aparece entre os contornos de grão, contornos interdendítricos;
• maiorias das ligas;
• algumas em especial: cromo-níquel, alumínio-silício, cobre ou magnésio, ligas de
cobre contendo bismuto ou chumbo, bronze de alumínio e etc.
• a chance de deformação de trincas aumenta com o nível de restrição da junta. O
nível de restrição aumenta com a espessura da junta ou maior rigidez da montagem.
• crescimento dos grãos colunares para o interior da poça, favorece o aparecimento
de trincas.
Formação da Trinca
Mecanismo
• parece estar associado com a segregação, durante a exposição à temperaturas
elevadas, de impurezas para contornos de grão.
Fatores
• presença de hidrogênio na região soldada.
• formação de microestrutura de elevada dureza, capaz de ser fortemente fragilizada
pelo hidrogênio.
• solicitação de tensões residuais e externas.
Reduzir
• seleção de um material menos sensível.
• redução no nível de tensões residuais e externas.
• seleção do processo de soldagem.
• controle da velocidade de resfriamento.
• micro-estruturas de elevada dureza, particularmente a martensita, são, em geral mais
sensíveis a fissuração pelo hidrogênio.
• o nível de tensões residuais na solda pode ser minimizado, evitando a presença de
mordeduras, reforço excessivo e falta de penetração na raiz.
• de uma maneira geral, processos que usam elevada energia de soldagem, como a
soldagem a arco submerso e por eletroescória apresentam menor risco de
fissuração.
• A fissuração pode ser controlada pelo pré-aquecimento da peça a ser soldada.
• Menor velocidade resfriamento, estrutura menor na zta;
• Tempo para o hidrogênio escape da ZTA.
Mecanismo
• forma de fissuração que ocorre no metal de base (as vezes na ZTA), em planos que
são essencialmente paralelos à superfície da chapa.
• soldas de vários passes em junta em “T”.
• chapas ou placas laminadas de aço com espessura entre cerca de 12 e 60mm.
Trinca = fissuração
de inclusões
alongadas, quando
o metal de base é
submetido a
tensões de tração
Reduzir
Trincas de Fadiga
• alguns ensaios são bastante simples, podendo ser realizados em qualquer oficina e
com equipamentos ou ferramentas de baixo custo. Consistem em realizar uma solda
em uma junta simples e, depois, rompe-la de alguma forma e examinar a superfície
da fratura para se determinar a presença de descontinuidades.
Ensaios CTS
Ensaio Tekken
Ensaio Houldcroft
Ensaio de implante
Ensaio Varestraint
Ensaio de Filete
Corpo de prova do ensaio de filete. Seta – local de aplicação da carga para ruptura do
corpo de prova.