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DIREITO ADMINISTRATIVO

Regime Jurídico Administrativo – Princípios da Administração Pública II


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REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO – PRINCÍPIOS DA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA II

5 – Princípios da Administração Pública


Pode-se falar em princípios constitucionais expressos (LIMPE) da Administra-
ção Pública (aqueles contidos no art. 37 da Constituição Federal) e outros prin-
cípios de Administração Pública, implícitos ou reconhecidos doutrinariamente.

5.1 – Princípios da Administração Pública expressos na CF


I) LEGALIDADE: A Administração Pública tem sua ação pautada pela lei.
Representa garantia dos administrados (≠ Reserva Legal).
Reserva Legal significa que alguns casos são matérias que devem contar
com estrita previsão legal.
A legalidade determina que normas cuidem de certas matérias, a reserva
legal apenas a lei.
A Lei determina a vontade da Administração Pública: “A Administração só
pode fazer o que a lei lhe Permite/Determina.” – Hely Lopes Meirelles.
–– Permite: liberdade – atuação discricionária.
–– Determina: miníma liberdade – atuação vinculada.

Observações
1ª – a legalidade, para o particular, é oposta: significa – pode fazer se a norma
não proibir.
2ª – a legalidade, lato sensu, abrange não só a Lei, mas quaisquer outras
fontes normativas. Exemplo: decretos, regulamentos, etc.
3ª – ainda que a legalidade prevaleça na Administração, tem-se percebido a
ocorrência da "deslegalização" de algumas matérias em nosso ordenamento, o
que, contudo, não é irrestrito.

5.2 – Elementos Clássicos


Dúvida: o que significa deslegalizar?
Resposta: Remeter para o domínio de atos infralegais. Nem tudo pode ser
"deslegalizado".
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II) IMPESSOALIDADE
–– A Administração Pública deve agir de forma objetiva: buscar o interesse
público (finalidade);
Pode ser um interesse público
–– Primário: coletivo.
–– Secundário: da própria administração pública.
–– Veda-se a valoração de condições subjetivas desarrazoadas como fator
de decisão administrativa;

Observações:
–– Principais desdobramentos do princípio: licitação, concursos públicos,
vedação ao atrelamento de obras às pessoas dos governantes, atuação
do agente é imputada ao órgão (teoria do órgão), etc.
–– Teoria do órgão: a atuação do agente é imputada ao órgão.

III) MORALIDADE
–– Princípio não aceito por todos os doutrinadores, em especial, pela dificul-
dade em se fazer distinção de moralidade X legalidade. Ademais, é difícil
fazer distinção entre a moral administrativa e a comum.
–– A moralidade é mutável e muda na própria administração com a evolução.

Observação: a vontade pessoal do agente (o ‘móvel’ – vontade) é irrele-


vante, para a análise do ato produzido.

IV) PUBLICIDADE
–– Regra, os atos produzidos pela Administração Pública devem ser publi-
cizados (tornados públicos), de forma a lhes garantir EFICÁCIA (não é
validade – legalidade!);

Observação: a publicidade não é elemento (requisito) formador do ato, mas


pressuposto de sua eficácia.
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1ª – A publicidade determina a publicação de informações que podem pare-


cer, à primeira vista, pessoais, íntimas, tal como a remuneração dos servidores,
de modo individualizado.
2ª – A publicidade não é princípio absoluto. Em certos casos, admite-se o
sigilo.

V) EFICIÊNCIA (EC 19/98)


–– O agente e a Administração devem executar suas atribuições com pres-
teza, rendimento e perfeição funcional.
–– A eficiência implica a busca constante pelo aumento quantitativo e qua-
litativo das atividades administrativas (dever de boa administração), ao
passo que busca reduzir custos.

Observação: além dos princípios explícitos, existem outros princípios de


reconhecimento doutrinário.
Exemplo:
• Supremacia e Indisponibilidade do Interesse Público;
• Motivação (art. 2º da Lei n. 9.784);
• Segurança Jurídica e proteção da confiança;
• Razoabilidade e proporcionalidade (art. 2º da Lei n. 9.784);
• Autotutela (Súmula STF 473), etc.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a
aula preparada e ministrada pelo professor Sandro Henrique.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.
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