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AULA 19 PORTUGUÊS
*John Keats (1795-1821), poeta romântico inglês, é autor do poema épico “Endymion”, em que se encontra o verso
citado por Mario Quintana: “A beleza em cada ser é uma alegria eterna”.
1 Quem já passou
Por esta vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá
5 Pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou
Pra quem sofreu, ai
I. O verbo “ser”, no primeiro verso, foi empregado com sentido de existir, de ter existência real; pode-se afirmar,
portanto, que as coisas a que o poeta se refere são sentidas “fora do tempo” (verso 3), porque elas nunca se
concretizaram.
II. Ao final do poema, Mário Quintana cita um poeta inglês que pode ser relacionado ao “mundo do nunca”, visto
que ele “não conseguiu morrer”.
III. As aspas empregadas para isolar o pronome “ela”, em “depois de tudo — tenha ‘ela’ partido,”, contribuem para
relativizar o gênero da referida palavra, já que o poeta está referindo-se à pessoa amada, que pode ter representação
masculina ou feminina.
IV. O travessão empregado no penúltimo verso do poema serve para destacar, no discurso direto, a voz do poeta
inglês citado.
I. Embora os poetas dos textos I e II falem para públicos distintos, o que se confirma pelos diferentes registros
empregados, pode-se afirmar que ambos compartilham a ideia de que é fundamental viver as paixões, em que pese
o possível sofrimento posterior.
II. A palavra “mesmo” foi empregada com sentidos distintos nos trechos “E abrem-se no teu / sorriso mesmo
quando, deslembrado deles, / estiveres sorrindo a outras coisas.” (texto I) e “Mesmo o amor que não
compensa / É melhor que a solidão” (texto II).
III. Verifica-se o emprego pontual da função conativa da linguagem nos trechos “Que importa se — / depois de tudo
— tenha ‘ela’ partido, / casado, mudado, sumido, esquecido, / enganado, ou que quer que te haja / feito, em
suma?” (texto I) e “Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair / Pra que somar se a gente pode dividir?” (texto
II).
IV. A palavra “se”, em “Pra que somar se a gente pode dividir?” (texto II), foi empregada como conjunção com
valor de causa, por isso não haveria prejuízo semântico, caso o verso destacado fosse reescrito da seguinte forma:
Pra que somar já que a gente pode dividir?.
3 – Julgue os itens a seguir, considerando os aspectos gramaticais e linguísticos dos textos I e II.
I. O verso “Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair” (texto II – verso 14) foi escrito em registro informal quanto
ao emprego do modo imperativo. Para adequá-lo à norma padrão, dever-se-ia reescrevê-lo como Abra os teus
braços, meu irmão, deixe cair.
II. A forma verbal “queiras saber”, em “Ah, nem queiras saber o quanto / deves à ingrata criatura...” (texto I –
versos 19-20) apresenta a mesma transitividade da forma verbal “dá”, em “Porque a vida só se dá / Pra quem se
deu” (texto II – versos 4-5).
III. A palavra “Como”, presente no título do texto II, apresenta o mesmo valor comparativo do termo “do que” no
terceiro verso, em “mas sabe menos do que eu”, também do texto II.
IV. O prefixo “des”, encontrado nas palavras “deslembrado” (verso 17, do texto I) e “descrença” (verso 11, do texto
II), foi empregado com sentido de negação.
4 – Considerando os aspectos linguísticos e sintáticos dos textos I e II, julgue as assertivas abaixo.
I. Embora o trecho “Ai de quem não rasga o coração” (texto II – verso 18) constitua uma interjeição e não exerça
função sintática, a expressão “quem não rasga o coração” serve como referente do pronome “Esse” do verso
posterior.
DIPLOMACIA APLICADO
II. Verifica-se o emprego do assíndeto, no trecho “Que importa se — / depois de tudo — tenha “ela” partido, /
casado, mudado, sumido, esquecido, / enganado, ou que quer que te haja feito, em suma?” (texto I – versos 6
a 10) , a fim de intensificar as várias possibilidades de ações feitas pelo outro.
III – A conjunção “e”, embora tenha, predominantemente, valor aditivo, pode iniciar orações coordenadas sindéticas
adversativas, e o trecho destacado em “Tiveste uma parte da / sua vida que foi só tua e, esta, ela / jamais a
poderá passar de ti para ninguém.” (texto I - versos 10, 11 e 12) corrobora essa afirmação.
IV – Em “Porque a vida só se dá / pra quem se deu” (texto II – versos 4 e 5), o vocábulo “se” apresenta mesma
classificação morfológica e sintática em suas duas ocorrências.
I. No trecho “ela / jamais a poderá passar de ti para ninguém.” (texto I - versos 11 e 12), as preposições destacadas
iniciam termos que exercem a mesma função sintática na oração em que se inserem.
II. Em “De quem não vai porque tem medo de sofrer” (texto II - verso 17), a preposição destacada relaciona um
termo regente a um termo regido que, na referida oração, é integrante.
III. De acordo com a prescrição gramatical, em “Mesmo o amor que não compensa / É melhor que a solidão.”
(texto II - versos 12 e 13), dever-se-ia acrescentar a contração da preposição “de” com o artigo “o” após o vocábulo
“melhor”.
IV. No trecho “E abrem-se no teu / sorriso mesmo quando, deslembrado deles, / estiveres sorrindo a outras
coisas.” (texto I - versos 16,17 e 18), a substituição da preposição “a” pela preposição “para” não acarretaria
modificações no sentido do texto e não alteraria a regência do verbo “sorrir”.
DIPLOMACIA APLICADO
GABARITO:
1. EECC
2. CEEC
3. EEEC
4. CEEC
5. CCEC