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A evolução do modelo gravitacional Saber Humano n.

3 | Junho 2013

A Evolução do Modelo Gravitacional na


Economia

Fábio Nascimento
Faculdade Antonio Meneghetti (AMF)
Centro Universitário Franciscano (UNIFRA)

Dilmar Pregardier Júnior


Faculdade Antonio Meneghetti (AMF)

Resumo: Este estudo faz um apanhado teórico sobre as aplicações do modelo


gravitacional, objetivando, sobretudo, analisar a previsão dos fluxos bilaterais do
comércio entre as nações. Uma vez que, desde seu surgimento como lei da física até
sua inserção nas ciências econômicas, o modelo gravitacional evoluiu de uma
simples equação básica até o refinamento matemático que temos na atualidade.
Cujos aprimoramentos fundamentais econômicos – introdução de variáveis dummy,
possibilitaram um aumento na precisão dos resultados, enquanto que, pelo lado 163
teórico, no decorrer das décadas, o modelo fundamentou-se através de teorias como
a de Heckscher-Ohlin e a teoria dos Retornos Crescentes do Comércio, tendo,
finalmente, sua robustez afirmada pela nova teoria do comércio internacional.
Assim, através da econometria, sua aplicação inicial deu-se através do uso de uma
análise transversal tradicional, até, atualmente, ter evoluído ao uso dos dados em
painel, que tendem a eliminar várias distorções sofridas pelas estimações anteriores.
Considerando tais situações, torna-se claro que o modelo gravitacional afirma-se
como uma forte ferramenta na área de previsões de fluxos comerciais, além de
conseguir mensurar os efeitos dos acordos preferenciais sobre os fluxos
internacionais de comércio; possibilitando, nesse viés, uma avaliação do efeito
fronteira.
Palavras-chave: Modelo Gravitacional; Fluxo bilateral de comércio; Dados em
painel.

Abstract: This study provides an overview on the theoretical applications of the


gravity model, aiming mainly to analyze the prediction of bilateral trade flows
between nations. Once, since its inception as a law of physics to their insertion in
economics science, the gravity model has evolved from a simple basic equation to
the mathematical refinement we have today. Whose fundamental economic
improvements - introduction of dummy variables, allowed an increase in accuracy of
the results, whereas the theoretical side, over the decades, the model was based
through theories such as Heckscher-Ohlin and Returns Crescents Commerce theory
and, finally, its robustness affirmed by the new international trade theory. So
through econometrics, its initial application was made through the use of a
traditional cross-sectional analysis, even today, have evolved to the use of panel
data, which tend to eliminate various distortions suffered by previous estimates.
Considering such situations, it becomes clear that the gravity model is stated as a
strong tool in the area of trade flow, in addition to arranging to measure the effects

NASCIMENTO, Fábio; JÚNIOR, Dilmar P. A evolução do modelo gravitacional na economia. Revista Saber
Humano, Recanto Maestro, n. 3, p. 163-175, 2013.
A evolução do modelo gravitacional Saber Humano n. 3 | Junho 2013

of preferential agreements on international trade flows, permitting, this bias, an


assessment of the border effect.
Key-words: Gravity Model; Bilateral Trade Flows; Panel Data.

1 Introdução fluxos de comércio, possuindo a capacidade


de estimar fluxos próximos aos efetivos e,
O modelo gravitacional, como ainda detém a capacidade de captar os
ferramental econométrico e devido aos bons efeitos de variáveis que influenciam no
resultados empíricos que fornece, começou comércio. Considerando tais aspectos
a ser utilizado a partir da década de 1960 e, teórico-evolutivos do modelo gravitacional,
desde então, tem sido amplamente usado, este estudo bibliográfico tem por objetivo
pelos estudiosos do tema, no estudo dos realizar uma discussão teórica sobre a
fluxos de comércio entre os países. No evolução do modelo gravitacional através
entanto, este modelo sofria críticas de de artigos publicados na área, considerando
diversos autores no tocante a sua sua evolução ao longo do tempo.
fundamentação teórica. Apesar disso,
recentemente, vários estudos mostraram
que a equação gravitacional pode ser 2 A evolução do Modelo Gravitacional
derivada tanto de modelos teóricos
baseados em vantagens comparativas, O modelo gravitacional tem sua 164
quanto na nova teoria do comércio origem na lei da gravitação universal,
internacional. Considerando tais aspectos, formulada por Isaac Newton no século
por volta dos anos 1990, vários estudiosos XVII, cuja tese defendida e cristalizada foi
trabalharam para a validação teórica do a de que a atração entre dois corpos é
modelo, tentando vincular seu diretamente proporcional a massa dos
comportamento com o de outras teorias corpos e inversamente proporcional ao
aceitas pela academia, tendo como quadrado da distância entre eles.
principais embasamentos a Teoria de A Lei de Newton é expressa pela
Heckscher-Ohlin e a Teoria dos Retornos seguinte equação:
Crescentes do Comércio.
M M 
Nesse contexto, o modelo F  G 1 2 2  (1)
gravitacional passa a ser utilizado na  d 
economia basicamente com três objetivos
principais: a) mensurar os efeitos dos
acordos preferenciais sobre os fluxos Onde:
internacionais de comércio; b) avaliar o F representa a força de atração entre
efeito fronteira; e c) estimar os fluxos de as massas de dois corpos;
comércio futuro entre os países, onde nesta M1 e M2 a massa do corpo 1 e 2,
última aplicação o procedimento é a respectivamente;
comparação dos resultados obtidos através d representa a distância entre os dois
do modelo com as informações reais corpos;
advindas dos relatórios oficiais. G a constante de gravitação
Atualmente, o modelo é utilizado universal.
como um método satisfatório na análise dos

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Nesse contexto, foi por volta do justificativa teórica de que os fluxos


século XIX que a então “Lei de Newton” bilaterais de comércio dependem,
foi incorporada por diversas áreas do positivamente, da renda dos países e,
conhecimento, tais como as ciências sociais negativamente, da distância entre eles;
e exatas. Isard (1960) foi o introdutor do sendo estas baseadas no modelo de
modelo gravitacional no ramo econômico, comércio sob competição monopolística
mais especificamente, dentro da economia entre dois países em conjunto com a
regional, com o intuito de avaliar o introdução dos custos de transporte.
potencial da mobilidade do trabalho entre as Para Sá Porto e Canuto (2004), as
diferentes regiões dos Estados Unidos. resistências ao comércio seriam de dois
Logo após, vieram outros autores como tipos, naturais e artificiais. As naturais são
Tinbergen (1962), Poyhonen (1963) e definidas como os obstáculos impostos pela
Linnemann (1966) que adaptaram o modelo natureza, como, por exemplo, os custos e
à economia para estimar o fluxo de tempo de transporte; e as artificiais são
comércio bilateral entre dois países, aquelas impostas pelos governos, tais como
fornecendo, ao mesmo tempo, as variáveis tarifas e cotas de importação. Kume e Piani
básicas que são utilizadas até hoje para (2000) destacam, ainda, que devem ser
determinar este fluxo. observadas, como restrições naturais ao
Lançando mão da tese proposta por comércio, o horizonte econômico ou
Linnemann (1966), de as forças que distância psicológica, dado que a distância
atuariam sobre uma relação de comércio entre dois países gera um maior
bilateral seriam aquelas que “atraem” o desconhecimento de mercado, de suas 165
comércio e aquelas que “repelem” o instituições, leis, hábitos entre outros.
comércio, este seria então, segundo a Outros autores contribuíram para a
proposta de Linnemann, diretamente construção do modelo gravitacional, dentre
proporcional ao dito tamanho das eles, Aitken (1973), que usa o modelo para
economias (PIB) e inversamente avaliar o impacto da Comunidade
proporcional à distância que as separa. Econômica Europeia (CEE) e da
Basicamente estes fluxos comerciais Associação Europeia de Livre Comércio
analisados estavam predispostos a três (EFTA), visando refletir acerca do
fatores: a) a oferta potencial do país comércio de seus membros entre os anos de
exportador; b) a demanda potencial total do 1959 e 1967. Em trabalhos realizados de
país importador e; c) a resistência ao Polak (1996) e Smarzynska (1999), tiveram
comércio entre estes dois países [grifo importante contribuição na elaboração de
nosso]. modelos mais ajustados e apropriados ao
Kume e Piani (2000) expõem que comércio internacional. Dentre
Linnemann (1966) considera que a oferta e colaborações respectivamente elencadas,
a demanda potencial são determinadas pelas destaca-se a introdução da variável
mesmas forças, ou seja, pelo tamanho dos “distância relativa”, que tem por objetivo
produtos domésticos que influenciam na evitar possíveis distorções ocasionadas pelo
definição do fator escala, e da população isolamento de certos países em relação aos
que baliza o coeficiente entre a produção parceiros comerciais mais importantes, do
para o mercado doméstico e para o mercado ponto de vista dos seus PIBs [grifo nosso].
externo. Ainda, segundo estes autores, a Bergstrand (1985) critica as formas
ideia de Krugman (1980) é a mais difundida iniciais do modelo gravitacional, pois

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afirmava ser limitadas quanto à introdução qualquer tipo de barreira, natural ou


de dummies, variáveis qualitativas que artificial e, no qual, o produto é
geralmente indicam ausência ou presença homogêneo. Com estas condições, o
de uma qualidade ou atributo, que comércio bilateral adquire um caráter
representassem o comportamento do preço indeterminado, pois, tanto consumidores
dos produtos nas relações de comércio. Este quanto produtores são indiferentes na
fato já havia sido levantado anteriormente escolha entre os mercados. Então, este
por Linnemann (1966), que fez ponderações problema é contornado baseado na tese de
quanto à sua utilização ser limitada para que o comércio entre os países se dá em
realizar previsões, pois o modelo pequenas quantidades e de forma aleatória,
gravitacional não considerava o fator cujo mérito é proporcionar a derivação de
preços, afirmando, então, que o referido um fluxo de comércio esperado, dependente
modelo necessitava de complementações. do produto dos PIBs dos países envolvidos.
Assim, um novo modelo surgiu, cujo Como segunda opção de modelo,
propósito foi de ampliar sua forma original são introduzidas, no modelo, as barreiras ao
a fim de combinar três conjuntos de dados comércio e este assume que os produtos são
que determinasse os fluxos bilaterais de diferenciados, ou seja, gera um quadro de
comércio (a demanda dos importadores; a comércio diferente da situação anterior,
oferta dos exportadores; e os custos pois, agora, o fluxo depende não somente
relativos das transações internacionais) dos produtos dos PIBs, mas também da
(WANG e WINTERS, 1992, p. 113). distância que separa os dois países e da
Durante 1980 e 1990, o modelo distância relativa dos países em relação aos 166
sofreu novas ampliações e, à ele, foram seus parceiros comerciais; fatos estes
incorporados refinamentos matemáticos e gerados pelos custos de transporte e pelo
estatísticos melhorando seus resultados. chamado horizonte econômico.
Neste período, com o desenvolvimento da Desse modo, Deardoff (1998)
nova teoria do comércio internacional, sua conclui que o modelo gravitacional pode ser
fundamentação teórica tornou-se mais obtido tanto de modelos de concorrência
robusta, uma vez que se amparou e passou a monopolística ou de produtos
ser considerado de grande valia pelos diferenciados, segundo a origem, quanto de
resultados que produz e pela possibilidade um modelo tradicional de comércio. Outros
de análise do impacto das variáveis autores como Anderson e Van Wincoop
separadamente. (2003) derivaram o modelo gravitacional do
Feenstra, Markusen e Rose (1998), modelo de Heckscher-Ohlin, assim como
por exemplo, colocam que a equação Bergstrand (1985), Helpman (1987) e
gravitacional poder ser derivada de um Krugman (1995) também; porém, através
modelo de dumping recíproco em produtos dos modelos de concorrência imperfeita,
homogêneos. Juntamente a estes autores, o tornando as críticas iniciais sobre a
trabalho de Deardoff (1998) expõe que o fundamentação teórica do modelo
modelo gravitacional pode ser também gravitacional sem qualquer fundamento.
extraído do modelo de Heckscher-Ohlin,
sendo que, para isso, este recorre a dois
casos extremos de comércio. 2.1 O Modelo Gravitacional e seus
Primeiramente propõe um cenário refinamentos básicos
em que o comércio apresenta-se sem

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Genericamente, a equação autores têm incluído na equação básica


gravitacional assume que os fluxos de (equação 2) outras variáveis com o
comércio entre dois países i e j depende de intuito de melhorar os seus resultados.
cinco fatores: o PIB e a população dos As dummies, variáveis qualitativas que
países e a distância entre eles. Os geralmente indicam ausência ou
aprimoramentos mais usuais relativos ao presença de uma qualidade ou atributo,
modelo gravitacional expõe o tratamento têm sido inseridas para verificar se certas
em relação às dificuldades do comércio, características, que determinado país
sejam elas naturais ou artificiais. Sendo que possua, gerem impactos no seu comércio
as primeiras geralmente estão ligadas ao em detrimento de países que não as
fator distância e aos custos de transação e possuam. Espera-se que fatores como
transporte e, as segundas, relacionam-se, idioma, adjacência e origem de
principalmente, as políticas de comércio e o colonização, quando semelhantes, sejam
relacionamento histórico entre as nações. benéficos ao comércio entre os países.
Apresenta-se, abaixo, o modelo em Segundo Azevedo (2004a), a fim
sua formulação básica: de aprimorar o modelo, ao longo do
tempo, foram introduzidos alguns
Y   Yj  refinamentos à sua formulação básica,
ln mij   0  1 ln Yi   2 ln  i   3 ln Y j   4 ln    5 ln distij   ij cujo objetivo foi de melhorar seu poder
N 
 Ni   j explicativo, ou seja, tais mudanças
consistiram em incluir variáveis como a
Onde: área dos países e dummies para captar a 167
mij representa o comércio bilateral importância de os países terem a mesma
entre os países i e j, ou seja, as língua e possuírem fronteira em comum;
importações ou exportações aspectos que, acredita-se, influenciarem
nominais ou a soma de ambas; nos fluxos de comércio bilateral. Ainda,
de acordo com o autor, o modelo
Yw é o PIB nominal dos países i e j; gravitacional explica o comércio
Nw é a população dos países i e j; "normal" entre um par de países na
ausência de um Acordo Preferencial de
distij é à distância entre os países i e
Comércio, enquanto a dummy,
j;
relacionada ao bloco, captura o comércio
 0 a  4 são parâmetros que se adicional atribuído especificamente ao
esperaram que tenham sinal positivo bloco de países com a mesma língua.
e que  5 apresente sinal negativo; Wang e Winters (1992, apud
EGGER, 2002), expõem que as variáveis
 ij é o erro. naturais são representadas por uma
dummy de adjacência, que é não nula
Devido à constante mudança das quando os países i e j são fronteiriços e,
circunstâncias nas quais o comércio ainda, na mesma fundamentação, as
global pode encontrar-se, o modelo tem variáveis artificiais são representadas por
sofrido constantes alterações a fim de dummies de acordos preferenciais de
aumentar seu poder explicativo. Vários comércio, assumindo valor não nulo
são os fatores que influenciam os fluxos quando os países i e j usufruem de
de comércio e, por este motivo, alguns preferências comerciais.

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9 ij 10 i 11 j 12 i 13 j 14 ij  q qij k
k kij ij

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Relativo ao uso do modelo comerciais. Neste caso, a dummy regional


gravitacional no estudo dos efeitos tende a ser maior do que deveria e pode
causados pela formação dos blocos causar uma superestimação do comércio
econômicos, Aitken (1973) foi um dos causado pelo bloco. Assim, o modelo
primeiros a usar o modelo gravitacional de apresentado a seguir inclui algumas das
Linnemann com o objetivo de avaliar o variáveis sugeridas anteriormente com o
impacto causado pela criação de um APC objetivo de tornar-se mais eficiente:

no fluxo de comércio. Inserindo, dessa


forma, variáveis dummies na equação
gravitacional para representar a Onde:
Comunidade Econômica Europeia (CEE) e
a Associação Europeia de Livre Comércio mij, Yw, Nw, distij são os mesmos que
(EFTA). Nesse sentido, o modelo na equação (2);
gravitacional apresenta o comércio Aw é a área territorial país w;
“normal” entre dois países sem a presença
de um APC, enquanto a variável dummy, distri é distância relativa do país i
relacionada ao APC, capta o comércio que dos países exportadores, ponderada
pode ser atribuído, exclusivamente, à sua pela participação do PIB dos
criação. Do mesmo modo, Frankel (1997) países exportadores no PIB mundial;
incluem, em seus modelos, variáveis ADJij é a dummy que representa se o
dummies para países que participem tanto país i e o país j possuem fronteira 168
de APCs formais quanto informais, situação territorial;
que inclui o Brasil atualmente.
Iw é a dummy que representa se o
Polak (1996) acredita que alguns
país é uma ilha;
resultados obtidos por Frankel et al. (1995)
podem ter sido influenciados pela má litw é a dummy que representa se o
especificação da variável distância usada no país possui litoral;
modelo e sugere a introdução de uma colij é a dummy que representa se o
variável denominada distância relativa país i foi colônia do país j;
como alternativa ao uso de distâncias
absolutas. De acordo com o autor, esta Lij é a dummy que representa se o
alteração evita um direcionamento nos país i fala o mesmo idioma que o
resultados causado pelo isolamento país j;
geográfico de dois países em relação ao q revela que ambos os países falam
centro de comércio mundial e, assim, o mesmo idioma (q =1,...,4);
elimina a situação de superestimação ou
subestimação dos fluxos de comércio que Pkij é a dummy que assume o valor 1
poderiam ser atribuídos, essencialmente, a se ambos os países pertencem ao
um APC ou a formação de um bloco. Como mesmo bloco k;
exemplo, cita o caso de países com bk é o coeficiente que mensura até
Austrália e Nova Zelândia, que mesmo que ponto o comércio intrabloco no
antes de qualquer APC sempre bloco k é maior que o esperado pelo
comercializaram muito entre si, devido ao modelo gravitacional;
seu isolamento dos demais parceiros

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é esperado que  1 ,  2 ,  3 ,  4 , tempo. Os referidos autores também


afirmam que o modelo gravitacional é
 5 ,  6 ,  7 ,  9 e  10 sejam
muito sensível à amostra de países e
positivos e que 8 e 11 apresentem apresentam estudos cuja alteração desta
um sinal negativo; amostra traz os efeitos estimados pelas
dummies, ou seja, sofrem alterações
 ij é o erro.
razoáveis. Ainda como crítica, Ghosh e
Yamarik (2004) argumentam que os
resultados fornecidos pelo modelo
gravitacional são muito sensíveis às
Devido à grande importância variáveis incluídas na regressão e às crenças
pautada no regionalismo nos anos 80 e 90, a anteriores dos pesquisadores.
teoria econômica, relacionada ao assunto, Segundo Matyas (1997), a
vem evoluindo e novos conceitos são especificação mais correta da equação
desenvolvidos. Assim, o fundamento de gravitacional seria através do uso de dados
“parceiro comercial natural”, sugerido por em painel e efeitos fixos (EF), que, por sua
Krugman (1991), pode ser evidenciado vez, seriam três a serem incluídos: a) um
como um trabalho semelhante ao de Polak para as características não observadas do
(1996), onde países próximos possuem altos exportador; b) outro para as características
níveis de comércio bilateral; exceção ao não observadas do importador; e c) o último
isolamento geográfico e ênfase à para características não observadas
proximidade. Este trabalho sugere que as específicas do tempo t. Trabalhando 169
dummies poderiam capturar mais do que também com modelos de efeitos fixos,
apenas o efeito da formação do bloco ou Magee (2008) fez uso de um modelo
acordo, mas também algum aspecto gravitacional estimado com dados em
relacionado aos fatos históricos ou à painel através do Pseudo Máxima
política adotada por eles. Nesse sentido, o Verossimilhança de Poisson (PMVP), em
resultado do modelo também poderia ser conjunto com efeitos fixos ao longo do
distorcido pela subestimação ou tempo.
superestimação dos coeficientes Genericamente, o modelo
relacionados à dummy do bloco [grifo gravitacional básico estimado com dados
nosso]. em painel é expresso como:
Surge, então, o estudo de Bayoumi e

em painel a fim de tentar solucionar o viés ijt ij t 1 it 2 jt k rta ijt td ijt ijt ijt
Eichengreen (1995) que faz uso de dados ln m       ln Y   ln Y  ( k RTA k   k TD k )  X  

causado pelo efeito do “parceiro comercial


(4)
comum”. Trabalhando com dados em painel
em primeira diferença, aqueles pares de Onde:
características não observadas dos países
saíram do modelo devido a serem mijt representa o comércio bilateral
constantes ao longo do tempo. entre os países i e j no tempo t;
Haveman e Hummels (1998) Ywt é o PIB nominal dos países i e j
criticam o modelo, apontando que o uso de no tempo t;
dados em painel, em primeira diferença,
não controlaria variáveis omitidas no

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RTAijtk é a dummy que assume valor e da razão do volume de produção para


= 1 se os países i e j pertencem a um exportar em relação ao volume de produção
mesmo acordo comercial regional k; total do país, o que, por sua vez, tende a
variar de acordo com a população e
TDijtk é a dummy que assume valor = fundamenta-se em teorias como das
1 se pelo menos um dos dois países economias de escala e da dotação de fatores
é um membro do acordo regional k; (WANG e WINTERS, 1992). Também é
 ij é o efeito fixo ao longo do assumido que países grandes e ricos têm
tempo; maior tendência ao consumo de importados,
 t é o efeito fixo de cada ano; o que implica que o PIB e o PIB per capta
dos países são válidos como medidas de
Xijt é um vetor de outros pares de
tamanho e riqueza. Analisando-se pelo lado
características dos países. da importação, uma renda maior implica
maior demanda, enquanto uma maior
 ijt é o erro composto no tempo t.
população sugere uma maior
autossuficiência. Assim, a população tende
Nesse modelo, se o coeficiente de
a assumir um efeito negativo na abertura de
 RTAijtk for positivo, indica que o
k
rta um país; vistas as relações entre população
comércio está crescendo entre os membros e área geográfica; área geográfica e dotação
do bloco. Já um coeficiente negativo, de fatores, e pelos efeitos originados pelas
estimado de tdk TDijtk , pressupõe que as economias internas de escala. Por outro
importações extra bloco apresentam-se em lado, devido aos fatores riqueza e 170
declínio. Em relação aos efeitos fixos de desenvolvimento, espera-se que o PIB per
capta tenha um impacto positivo no
cada ano (  t ), estes tendem a capturar a
comércio. Na análise da variável distância,
tendência temporal do comércio e os espera-se que ela tenha impacto negativo
choques que impactam os fluxos de nos fluxos comerciais, ou seja, utilizada
comércio global em um determinado ano. como uma resistência fundamental ao
Por sua vez, os efeitos fixos ao longo do comércio.
tempo (  ij ) tendem a capturar os impactos De acordo com Eichengreen et al.
sobre o fluxo de comércio de quaisquer (1995), os coeficientes das principais
fatores específicos aos pares de países, variáveis do modelo gravitacional
destacando que devem apresentar-se assumem, como resultados esperados:
constantes ao longo do período examinado,
como, por exemplo, o idioma e a distância - Positivo para o coeficiente do
entre estes. PIB per capita do país importador
Analisados os modelos em suas e da elasticidade-renda da
formas básicas, outro ponto fundamental é demanda do país importador;
entender o comportamento das variáveis - Positivo para o coeficiente do
envolvidas e as relações econômicas que PIB total do país importador por
estas guardam entre si, o que, na avaliação refletir o efeito de tamanho;
dos resultados, será de suma importância na - Geralmente positivo para o
compreensão dos coeficientes obtidos. coeficiente do PIB per capita do
Inicialmente, tem-se que o potencial país exportador, pois este deve ser
exportador de um país é dependente do PIB pensado como uma medida de
nível de produção do país

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exportador, o que estaria 3 Uma Visão Econométrica (Básica) dos


relacionado com a relação capital- Modelos Gravitacionais e do Cálculo de
trabalho deste país; Comércios Potenciais
- Positivo para o coeficiente do
PIB total do país exportador, pois Esta seção utiliza, como aporte
este sugere o quanto vasta pode ser teórico, o artigo intitulado “Uma Visão
a variedade de produtos que o país Econométrica (Básica) dos Modelos
tem a oferecer; Gravitacionais e do Cálculo de Comércios
- Negativo para o coeficiente da Potenciais”, de Peter Egger (2002), cujo
variável distância, visto que seu título também é utilizado nesta seção. No
efeito deve ser considerado que referido estudo, Egger realiza uma análise
quanto maior distância, maior o econométrica do modelo gravitacional.
custo relativo dos produtos, Inicialmente, expõe que o aumento do uso
implicando como inibidor do do modelo gravitacional não se deu
comércio. somente por sua fundamentação teórica
De forma resumida, o quadro abaixo mais rigorosa, mas, sobretudo, pela
apresenta um resumo organizado, oportunidade de projetar as
cronologicamente, de ampliações teóricas e relações bilaterais de comércio e que, a
empíricas do modelo gravitacional. grande maioria dos trabalhos realizados, se
utiliza do uso de dados seccionais, restando
poucos trabalhos que se valem de dados em
painel. Seus objetivos eram fornecer
insights sobre a escolha da técnica de 171
estimativa adequada para os problemas
relacionados com a amostra em projeções
de comércio potencial, pois, em geral, a
escolha do estimador é um problema
importante para a interpretação dos
coeficientes de gravidade, que dependem
dos interesses subjacentes [grifo nosso].
Segundo Egger (2002), pode-se
distinguir duas correntes de trabalho, ou
seja, uma que se utliza de uma projeção
fora da amostra e, outra, denominada dentro
da amostra. Como exemplo da primeira
abordagem, um modelo gravitacional foi
estimado para a União Europeia (OCDE)
e os parâmetros foram utilizados
para projetar as relações
comerciais naturais entre estes países e os
CEEC. Assim, a diferença entre fluxo
comercial observado e o previsto foi então
Fonte: Dall Pizzol (2010, p. 55).
interpretado como o potencial de comércio
em aberto. Na abordagem dentro da
amostra, os autores incluíram os países em
transformação (CEEC) dentro da regressão

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e, em seguida, o resíduo da equação ruído branco, que não possua


estimada foi interpretado como a diferença qualquer variação mais sistemática,
entre potencial e real das relações devemos observar se este estimador
comerciais. revelar grandes diferenças
Egger (2002) cita que três sistemáticas entre os valores
importantes problemas econométricos observados e os potenciais de
devem ser considerados: comércio, pois isto deve ser
interpretado como uma indicação
- A abordagem transversal para a má especificação e
tradicional é provavelmente afetada inconsistência de parâmetros (p.
por um problema grave de má 298, tradução nossa).
especificação. Matyas (1997)
observa que a representação mais Concentrando-se em dados de
natural dos fluxos comerciais painel, Egger (2002) estimou um painel das
bilaterais é uma especificação de exportações dos países da OCDE para
três vias, onde em seguida, outros membros da OCDE e os 10 países da
eliminando uma das três dimensões Europa Central e Oriental durante o período
(tempo), implica que a de 1986 ± 1997 e, através do uso do
representação singular de um ferramental econométrico adequado à sua
modelo de gravidade “tempo pesquisa e, utilizando-se de seis
médio” é um painel de duas vias estimadores de paineis diferentes, chegou as
com efeitos (fixo ou aleatório) seguintes conclusões:
exportador e importador. Uma vez 172
que estas são as dimensões mais - Em primeiro lugar, nos modelos
importantes de variação, as gravitacionais cross-section
estimativas de MQO tem tradicionalmente estimados por
probabilidade de resultar em média de tempo, é muito provável
estimativas inconsistentes e isso que ocorra má especificação dos
tende a tornar as conclusões sobre o parâmetros, uma vez que ignora a
potencial comercial baseado em presença de efeitos exportador e
MQO problemática, afetando tanto o importador sem testar a sua
conceito de previsão dentro da relevância;
amostra quanto fora da amostra; - Ainda, deve-se ter cuidado com a
- Devemos nos preocupar com a comparação de resultados entre os
associação de diferentes estimadores diferentes conceitos de estimativa
de curto e longo prazo quando econométricos, que se referem a
comparamos os resultados, pois diferentes horizontes de tempo com
enquanto modelos estimados em relação às respostas dos fluxos de
efeitos fixos (e efeitos aleatórios comércio sobre as mudanças nas
compatíveis) refletem parâmetros de variáveis explicativas;
curto prazo, entre os modelos - Em terceiro lugar e em contraste
estimados os parâmetros estão mais com pesquisas anteriores, o autor
próximos do longo prazo; não enxerga nenhuma forma de
- Finalmente, a partir de um obter informações sobre comércio
estimador consistente e eficiente, do potencial através da abordagem de
qual devemos esperar resíduos com

NASCIMENTO, Fábio; JÚNIOR, Dilmar P. A evolução do modelo gravitacional na economia. Revista Saber
Humano, Recanto Maestro, n. 3, p. 163-175, 2013.
A evolução do modelo gravitacional Saber Humano n. 3 | Junho 2013

previsão dentro da amostra (p. 306, e em particular, no caso da análise dos


tradução nossa). fluxos de comércio assim como uma análise
econométrica mais detalhada do modelo.
Como conclusão final de seu artigo,
ele argumenta que o modelo gravitacional
continua a ser uma ferramenta útil para Referências
análise de simulação contra factual.
AITKEN, N.D. “The Effect of the EEC and EFTA
on European Trade: a temporal cross-section
analysis.” American Economic Review, 1973.
4 Considerações Finais Disponível pelo site:
HTTP://CC10.AUBG.BG/STUDENTS/MCA100/S
Este artigo traz um estudo sucinto TATATATA.PDF > Acessado dia 5 de abril de
de análise sobre a evolução do modelo 2013.
gravitacional ao longo do tempo, desde sua
ANDERSON, J.; E. VAN WINCOOP. “Gravity
origem na física até suas aplicações nas with Gravitas: A Solution to the Border Puzzle”.
ciências econômicas. Esta ampliação American Economic Review 93, 170– 192. 2003.
sofrida pelo modelo veio a fortalecê-lo
tanto na sua fundamentação teórica quanto AZEVEDO, A. “Mercosur: Ambitious Policies,
econométrica, tornando-o mais robusto e Poor Practices”. Revista de Economia Política, v.
24, p. 584-601, 2004a.
confiável. Nota-se, no decorrer dos anos, a
preocupação dos autores em refinar o _____________. “O Efeito do Mercosul sobre o
modelo, fazendo com que este adeque-se Comércio: Uma Análise com o Modelo
173
aos diferentes segmentos estudados dentro Gravitacional”. Pesquisa e Planejamento
da economia, seja por meio de introdução Econômico, v. 34, p. 307-339, 2004b.
de novas variáveis ou através do BAYOUMI, T., EICHENGREEN, “Is regionalism
estabelecimento de novas relações simply a diversion? Evidence from the evolution
matemáticas das variáveis com a equação. of the EC and EFTA”. NBER Working Paper, p.
A preocupação econométrica apresenta-se, 5283. 1995.
basicamente, de forma a evitar má
BERGSTRAND, J. “The gravity equation in
especificação dos parâmetros, resolver international trade: some microeconomic
problemas intertemporais e formular foundations and the empirical evidence”. Review
estimadores eficientes, que gerem of Economics and Statistics, v. 67, p. 474-481, 1985.
resultados consistentes. DAL PIZZOL, A. Estimativas Para o Volume de
Assim, o modelo gravitacional é, Comércio dos Países BRICs com o uso da
atualmente, contrastando com seu passado, Equação Gravitacional. São Leopoldo, 2010.
tido como uma excelente ferramenta para a
previsão de fluxos comerciais e análise DEARDORFF, A. “Determinants of bilateral
trade: Does gravity work in a neo-classical
contrafactual, sendo que se verifica uma world?” in J. Frankel (ed.), Regionalization of the
forte tendência de evolução do modelo ao World Economy, Chicago: University of Chicago
longo do tempo, que, no futuro, torne-se Press, p. 7-31, 1998.
mais robusto e, ainda, mais aceito no meio
econômico. EGGER, P. “An Econometric View on the
Estimation of Gravity Models and the
Sugere-se, dessa forma, a ampliação Calculation of Trade Potentials”. 2002. Disponível
do estudo sobre um tratamento mais pelo link:
direcionado à aplicação de dados em painel, <http://www.development.wne.uw.edu.pl/uploads/C

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Working Paper Nº 1729, Washington D.C, World Autores:


Bank, 1997.
Fábio Nascimento: Mestre em Economia
VINER, J. “The Customs Union Issue”. Carnegie Internacional (UNISINOS), Graduação em
Endowment for International Peace, New York. Economia com Ênfase em Finanças (UNIFRA).
1950. Professor da AMF e UNIFRA.
WANG, Z.; WINTERS, L.A. “The Trading
Dilmar Pregardier Júnior: acadêmico do curso de
Potential of Eastern Europe”. Journal of Economic
Graduação em Administração da Faculdade
Integration. V.7, p. 113-136, 1992. Antonio Meneghetti.

Submetido em: 06/05/2013


Revisto em: 17/08/2013
Aceito em: 10/09/2013.

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NASCIMENTO, Fábio; JÚNIOR, Dilmar P. A evolução do modelo gravitacional na economia. Revista Saber
Humano, Recanto Maestro, n. 3, p. 163-175, 2013.

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