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FLORIANÓPOLIS
2013
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FLORIANÓPOLIS
2013
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DEDICATÓRIA
C
Sidney, força motriz, fundamental de vida. Dois
seres de amor, inspiração da verdade e do bem.
Obrigada por me oportunizarem conhecer a
I dignidade e a nobreza.
O
Às fontes orais para a composição desta tese: Rosita
Alves da Silva Morgado, Lydia Ignes Rossi Bub,
Eloita Pereira Neves, Solange Wink, Lúcia
S Rochemback, Ingrid Elsen, Nelcy Teresinha
Coutinho Mendes e Edison José Miranda. Exemplos
de vida e profissionalismo, de vontade e ideais, de
10
A
habilidades e crenças. Pessoas desbravadoras,
visionárias, guerreiras, construtoras de saberes e
fazeres para a profissão. Gratidão e admiração pelo
G acolhimento ao participarem deste Estudo e ao
descortinarem para o coletivo da Enfermagem
catarinense o valor e as possibilidades desta
R profissão.
S
participar do Grupo de Pesquisa, estudar no Canadá,
ser orientada por ti e, principalmente, conviver
contigo.
11
G
credibilidade acadêmica-profissional na minha
pessoa. Obrigada pelo respeito e ensinamento fértil
Dr. André de Faria Pereira Neto, Dra. Denise Pires,
R Dra. Francine Gelbcke, Dra. Isabel Alves Maliska,
Dra. Lygia Paim, Dra. Maria Angélica de Almeida
Perez e Dra. Miriam Süsskind Borenstein.
A À Universidade Federal de Santa Catarina por ser
uma das maiores instituições de Ensino do Brasil.
D Obrigada pela oportunidade de me graduar, realizar
o mestrado e findar o doutorado nesta Escola.
A
Ao Grupo Gehces – Grupo de Estudos da História
do Conhecimento da Enfermagem e Saúde, time que
estuda a História da Enfermagem e da sua trajetória
G e prestigia a produção de seus integrantes. Obrigada
pelo carinho e companheirismo.
C
Dulcinéia Ghizoni Schneider, Maria Marta de Salete
Poffo, Maritê Inês Argenta, Doroteia Loes Ribas,
Odaléa Maria Brüggemann, Tânia Soares
I Rebello,Teresa Cristina Gaio da Silva e Valdete
Preve Pereira, pelo incentivo e apoio constantes.
R
Aos funcionários do Conselho Regional de
Enfermagem pelo acolhimento que me
proporcionaram. À Marlete Barbosa, em especial
A pelo auxílio na busca de documentos e pelo sorriso
e abraço amigo.
M
OBRIGADA!
E
N
T
O
S
14
15
RESUMO
ABSTRACT
RESUMEN
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
________
1
BELLAGUARDA, M. L. dos R. Vida morrida, morte vivida: uma abordagem do cuidado
transdimensional no domicílio. 2002. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Programa de
Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.
31
2 REVISITA À LITERATURA
________
2
Optou-se, como recorte temporal para a apresentação das datas de criação dos primeiros
Conselhos Profissionais o ano de criação do primeiro até a data de criação do Conselho Federal
de Enfermagem.
43
________
Estimulou a criação da Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras foi sua
primeira presidente de 1929 a 1938 (SECAF; COSTA, 2007; MANCIA; PADILHA, 2006).
6
Glete de Alcântara, enfermeira, graduou-se na Escola de Enfermagem da Universidade de
Toronto, Canadá e revalidou seu diploma pela Escola Anna Nery. Fundadora e docente da
Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo em 1953. Presidente da ABEn (1952-54-
1972-74). (1967-69) (SECAF; COSTA, 2007).
55
________
7
Haydée Guanais Dourados, enfermeira, formada pela Escola de Enfermagem Anna
Nery.Trabalhou com afinco para a consolidação das bases legais do exercício profissional da
Enfermagem. diretora da Revista Brasileira de Enfermagem - REBEn, nos editoriais discutiu a
“Lei do Exercício profissional, a unificação das carreiras de enfermeira e obstetriz, a luta para
enquadramento da Enfermagem como profissão liberal e de nível superior, estabelecimento do
currículo mínimo do curso de graduação, sobre a classificação dos cargos entre outros temas”
(SECAF; COSTA, 2007, p. 104).
8
Beatriz Cavalcanti, enfermeira (CARVALHO,2008).
9
Marina de Vergueiro Forjaz, enfermeira, diplomada pela Escola de Enfermeiras do Hospital
São Paulo (CORRÊA; ALMEIDA; PORTO, 2007)
10
Josefa Jorge Moreira, enfermeira. Participou da Implantação do Curso de Mestrado da
Escola de Enfermagem Anna Nery, no qual lecionou Estudo de Problemas Brasileiros,
disciplina obrigatória por força do decreto-lei nº 869/1969, que visava a disseminar a ideologia
da segurança nacional, que norteava o governo militar (MACHADO; BARREIRA;
MARTINS, 2011).
11
Maria Dolores Lins de Andrade, enfermeira especializada em psiquiatria nos EUA,
professora de Enfermagem Psiquiátrica de 1949-1956 e foi a oitava diretora da Escola de
Enfermagem Anna Nery-EEAN, no período de 1967 a 1971(PERES, 2004).
56
________
18
Maria Elena da Silva Nery, enfermeira diretora da Escola de Enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul -UFRGS entre 1972-1976. Fez parte da primeira diretoria do
Cofen em 1973 (UFRGS, 2011).
19
Vani Maria Chiká Faraon, enfermeira diretora da Escola de Enfermagem da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul- UFRGS entre1977-1981. Fez parte da primeira diretoria do
Cofen em 1973(UFRGS,2011).
20
Raimunda da Silva Becker, enfermeira foi Chefe do Serviço de Enfermagem do Hospital São
Sebastião-RJ e Diretora da Escola de Enfermagem Anna Nery de 1990 a 1993
(MONTENEGRO et al., 2009).
21
Judith Feitosa de Carvalho, enfermeira, participou como membro do Comitê executivo da 7ª
Conferência Nacional de Saúde em 1980 (CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, 1980).
22
Clotildes Rodrigues Linhares, enfermeira. Participou da primeira gestão do Conselho
Federal de Enfermagem como membro suplente (BELLAGUARDA; BUB; ELSEN, 2010).
23
Josephina de Mello, enfermeira uma das alunas não brancas da Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo-EEUSP. (CAMPOS; OGUISSO, 2008).
24
Lydia Ignes Rossi, enfermeira, professora da Universidade Federal de Santa Catarina e foi
diretora do Departamento de Enfermagem de 1979-1981. Presidiu o Conselho Regional de
Enfermagem nas gestões 1978-1981 e 1981-1984. (DEPOIMENTO, 2012).
25
Nylza da Rocha Dias de Medeiros, enfermeira, foi diretora da Faculdade de Enfermagem da
UERJ, gestões de abril de 1971-1975 e de abril de1975 a março de 1976- pró tempore
(RAMADON, 2005).
26
Paulina Kurkgant, concluiu o Doutorado em Enfermagem pela Universidade de São Paulo
em 1984. Atualmente é Professora Titular da Universidade de São Paulo (CNPq/CURRÍCULO
LATTES, 2011).
27
Teresinha Beatriz Gomes de Azeredo, enfermeira e funcionária da Secretaria Estadual de
Saúde do Paraná. Formou-se pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo
(EEUSP) em 1956 e dirigiu a Escola de Auxiliar de Enfermagem de 1966 a 1976 de 1966 a
1976. (RODRIGUES, 2009)
59
(1960) apud Freidson (2009) é trazida por Freidson em que cinco das
dez características das profissões são específicas da autonomia: padrões
de educação e treinamento determinados pela profissão; reconhecimento
profissional por credenciamento legal; os membros da profissão são
membros de conselhos licenciadores e de admissão; majoritariamente a
legislação que rege uma profissão é elaborada por ela mesma e a última
trata da avaliação e controle do profissional relativamente realizada por
leigos (FREIDSON, 2009). A tese de que a aplicabilidade do
conhecimento às necessidades humanas justifica a não amplitude da
autonomia é defendida por Freidson (2009), o que se caracteriza moral e
funcionalmente. Moralmente, por acreditar que todo ser humano,
mesmo leigo em relação a sua condição de saúde deve ter autonomia de
decisão sobre si e seu tratamento de saúde. Já no aspecto funcional
emerge a possibilidade de inobservância da profissão quanto as suas
deficiências, fragilizando a regulamentação de sua prática.
Os escritos de Freidson mostram a Enfermagem como uma
ocupação ou mesmo como atividade paraprofissional, que depende das
determinações de outro profissional para exercer a sua prática. E, ao
mostrar que uma profissão evidencia sua autonomia quando não
depende de outros para interagir na prática recorre a uma incongruência
então entre autonomia profissional e as características de uma profissão
e os valores de uma profissão. Uma vez que, se o status de uma
profissão depende de seu credencialismo, de leis próprias que a regem,
do conhecimento específico e complexo e a sua relação com o Estado e
a sociedade, caracterizam assim uma autonomia relativa, de
interdependência (grifo meu). O argumento de autonomia de Freidson
(2009) está no domínio de uma profissão em controlar o seu trabalho,
mas que seja garantido pela sociedade. O sociólogo considera uma
qualidade que confere poder a profissão, a qual alcança o seu status. E
nesta abordagem traz que o status profissional é a posição de autoridade
técnica e legal, na divisão do trabalho, de uma ocupação. “Está na
crença que a sociedade tem, de que a ocupação tem tais atributos e a
crença na dignidade e na importância de seu trabalho” (FREIDSON,
2009, p. 211). Considera-se a posição de importância e necessidade que
a profissão apresenta no interior da sociedade, são os atributos
específicos que fazem da profissão necessária e reconhecidamente
importante à resolutividade das situações de saúde e doença, no caso das
profissões da área da saúde.
O autor refere sua crença no poder limitado do papel das
profissões na sociedade, mas reflete que o poder reconhecido de uma
profissão consolida-se a partir da sua autonomia. Reporta-se ao fator de
73
5 RESULTADOS
em cada época.
Palavras-chave: História da Enfermagem, biografia, Conselho de
Normalização Profissional, Ética em Pesquisa.
INTRODUÇÃO
Moldaram biografias ricas em que marcam a vida pela qual passam com
vontades próprias e consolidam ideais coletivos. Estas pessoas
escreveram uma história, que como tal não acaba, mas foram os
alicerces da Enfermagem catarinense no tocante à organização dos onze
primeiros anos do Conselho Regional de Enfermagem em Santa
Catarina (Coren/SC). Aliada a esta apresentação faz-se inicialmente uma
discussão quanto à fonte oral como fator preponderante na contação de
fatos e atos na história e as implicações éticas no uso deste discurso.
Neste contexto, a identificação dos sujeitos numa pesquisa histórica e o
seu valor para a ciência e para a valorização das pessoas que desenham
os acontecimentos.
As narrativas biográficas podem auxiliar na edificação da
identidade profissional. E assim sendo, a historiografia das instituições
associativas e representativas da Enfermagem revelam acontecimentos e
fatos que advêm do envolvimento das pessoas e dos ideais profissionais
enraizados nas/os enfermeiras/os de épocas específicas na história.
Entendidos os espaços representativos da profissão como campos de
pesquisa política, étnica, cultural e social oportunizando segundo Carrijo
e Leite (2011) redes sociais no escopo da Enfermagem.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Trajetórias escolhidas
Cada qual escolhe o percurso da vida que melhor lhe cabe no
espaço-tempo. Na maioria das vezes as trajetórias de vida não são
estabelecidas pela escolha, mas pela oportunidade ou por meio das
situações com as quais se depara. Nesta perspectiva se traz à tona o que
Le Goff (2001) refere como vocabulário de ação, em que por meio dos
relatos autênticos e acolhedores dos entrevistados mostra-se as escolhas,
os encontros, os desencontros, conflitos ou não de que, quem sabe sejam
trivialidades aos olhos de alguns, mas são recortes da vida de pessoas
que ensinam, que fazem refletir, concordar ou não com o desenho até
mesmo traçado sobre a própria história. O que é explicitado por Carino
(2000) que retratar trajetórias individuais pode transformar-se em
pedagogia do exemplo. Assim, expõe-se esta narrativa, para se fazer
conhecer uma parte da trajetória escolhida ou simplesmente vivida por
alguns dos precursores do Coren/SC e como as histórias se
111
Mesmo sem saber que profissão era essa e não ter experienciado
casos de doença e tratamentos em família, a opção pela profissão veio
centrada em questões financeiras que possibilitariam alcançar o objetivo
da formação superior dentro dos limites que vivia na época. Foi o
primeiro ano que houve vestibular na Universidade Federal em Porto
Alegre e para a realização do exame as candidatas podiam permanecer
na residência da Escola. Após aprovação em 1967 passou a morar na
residência escolar, onde dividia quarto com mais uma colega e eram
disponibilizadas roupas de cama e banho, alimentação e ônibus para o
trajeto à Universidade. Eram vinte uma alunas e para auxiliar os custos
decidiram trabalhar durante a noite, e desenvolveram atividades e
aprenderam muito na unidade de terapia intensiva do Hospital Ernesto
Dornelles.
Comecei a trabalhar no Ernesto Dornelles. Eu
diria que, para mim isso foi um grande
diferencial. Eu me formei e fui fazer um ano em
Salvador, e foi bastante interessante, que aí eu já
tinha uma autonomia financeira, não dependia
mais de jeito nenhum dos pais, e na época era
tácito que no dia em que tu recebesse o canudo
encerrava essa tutela de pai e mãe. (Solange
Wink)
121
________
38
Escolas específicas para o ensino do alemão a filhos de alemães nascidos no Brasil. Os
professores originavam-se da Alemanha, o idioma falado e ensinado na escola era
exclusivamente o alemão.
123
Mais tarde, em meio a risos conta Ingrid, que depois que já estava
formada e bem na vida sua mãe lhe contou que falou ao seu pai –
“Ingrid não dá para nada, ela vai ter que estudar!” E isto fez refletir sua
vida e considerar verdadeiras as palavras de sua mãe.”
Minha mãe tinha razão, não dou pra nada mesmo,
nada que é assim da vida prática não dá. Eu
sempre gostei de ler, sabe, para mim eu tendo
livros era alí, quando não tinha livro eu pegava
os de português que meu pai tinha e olhava os
livros em alemão que minha mãe tinha e ficava
assim, só queria ler, mas mesmo assim tive uma
infância normal. (Ingrid Elsen)
Vidas compartidas
A história oral do Conselho Regional de Enfermagem de Santa
Catarina enuncia uma história de vidas individuais. E isto sobrepõe o
coletivo, quando a partir das histórias individuais há o compatilhamento
de experiências, que traduzem significativamente um contexto social,
político e ético de um dado grupo profissional. No que é tão curioso ou
instigante ouvir pessoas a narrar seus momentos de história? Isto se
enquadra em que os valores empíricos e políticos da rememoração e
oralidade segundo Thomson (2002) são complementares. Isto pois, a
articulação das brevidades de vida, neste Estudo, sugerem modos de
viver e desenhar o futuro. A partir de experiências muito semelhantes,
por meio da escolha profissional, significam o devir da Enfermagem em
Santa Catarina.
Cada etapa da vida dos declarantes, mostra a intensidade e a
complementariedade entre suas histórias. Desde a formação cidadã no
seio familiar até a aproximação com a Enfermagem, há evidências de
um contexto sócio-político bem específico. Trazem à tona as
circunstâncias difíceis de estabelecimento e de formação profissional
num país incipiente em Escolas de nível superior, de políticas públicas e
de saúde sendo pensadas, onde a Enfermagem aparecia como
oportunidade profissional pelo incentivo e possibilidade de acesso
rápido a uma profissão. Assim, as narrativas da vida dessas pessoas
permitem a compreensão de que as forças sociais influenciam e
modulam a ação dos indivíduos, e esses modificam e reconduzem o
contexto social.
Nas circunstâncias de profissionalização observa-se por meio das
narrativas, que a feminização na Enfermagem é característica
preponderante na profissão. Isto pois, evidencia as questões de gênero,
bem como o foco profissional no cuidado. Período que define avanços e
retrocessos na história da mulher na sociedade, ora pelo ideário
vocacional da mulher para a Enfermagem e subjugação pelo médico; ora
reconfigura a posição da mulher e da Enfermagem no Brasil por
conquistas no âmbito da educação e do próprio trabalho (FONSECA;
GUEDES; ANDRADE, 2011).
Outrossim, a presença de homens na Enfermagem vem crescendo
lentamente o que é identificado neste Estudo pela presença de apenas
um homem, como gestor, nas primeiras décadas do Conselho Regional
de Enfermagem de Santa Catarina. O mercado de trabalho, nesta
instância, acredita Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem
do sexo masculino para atividades em que, Segundo Lopes (2005)
necessita de força física. Essa autora refere acerca dos órgãos de
132
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
246p.
________
40
Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal de Santa Catarina (PEN/UFSC). Bolsista Reuni. Membro do Grupo de Estudos da
História do Conhecimento em Enfermagem e Saúde- GEHCES/UFSC. Rua João Meirelles,
884/101/bl.F. 88085-201 - Florianópolis-SC- Brasil. bellaguardaml@gmail.com
41
Enfermeira. Professora do Departamento e do Programa de PEN/UFSC. Líder do GEHCES.
Pesquisadora do CNPQ. Rodovia Amaro Antônio Vieira, 2371/818/bl.A. 88034-102 -
Florianópolis - SC - Brasil. padilha@nfr.ufsc.br
138
INTRODUÇÃO
ABORDAGEM METODOLÓGICA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
________
Advogado em 1928 e em Medicina em 1938 pela USP. Exerceu a advocacia, principalmente do
trabalho (PARANHOS,2007).
153
________
44
Lista nominal composta por três nomes ou correspondente ao múltiplo de três (6,9…) para
escolha de um ou mais nomes que irão compor determinado cargo ou posição.
155
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERENCIAS
________
46
Enfermeira. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal de Santa Catarina (PEN/UFSC). Bolsista Reuni. Membro do Grupo de Estudos da
História do Conhecimento em Enfermagem e Saúde- GEHCES/UFSC. Rua João Meirelles,
884/101/bl.F. 88085-201 - Florianópolis-SC- Brasil. bellaguardaml@gmail.com
47
Enfermeira. Professora do Departamento e do Programa de PEN/UFSC. Líder do GEHCES.
Pesquisadora do CNPQ. Rodovia Amaro Antônio Vieira, 2371/818/bl.A. 88034-102 -
Florianópolis - SC - Brasil. padilha@nfr.ufsc.br
169
INTRODUÇÃO
ABORDAGEM METODOLÓGICA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Gestão de 1984-1987
Em meio a esta dinâmica já era tempo de um novo processo
eleitoral do Conselho Profissional, que incorreu nas eleições, com duas
chapas e posse da diretoria em 30 de outubro de 1984. Não encontramos
registros da chapa concorrente nas atas do Conselho. O Enfermeiro
Edison José Miranda foi eleito o primeiro Presidente homem do
Coren/SC, na posição de secretária Christiane Riggemback Veríssimo
Ribeiro e Josel Machado Corrêa tesoureiro. A Comissão de tomada de
contas foi instituída com a eleição de Jorge Luiz Wolff, Oníbio Schaves
e Sílvia Chagas Barreto (COREN/SC, 1984). Primeira eleição do
Coren/SC com apresentação de duas chapas concorrentes, resultado já
dos movimentos sociais de democratização do país e mudanças no órgão
de disciplinamento ético-legal e fiscalização da Enfermagem. Atenta-se
que a renovação das ABEns em todo o Brasil se deu pela amplificação
do Movimento Participação, com profissionais advindos de outros
movimentos políticos e sociais contrários ao regime militar
(GERMANO, 2010). Estudantes e representações profissionais
ingressaram nesta luta, o que transformou significativamente, também, o
que estaria por vir no seio do Sistema Cofen e Conselhos Regionais.
Esta alteração na estrutura do Conselho tem indícios nesta quarta gestão.
Era muito cobrado, quer dizer havia uma
cobrança assim: “ah! como é que vamos,” isso
eu escutei quando eu fui candidato ao Conselho.
194
CONSIDERAÇÃO FINAIS
REFERÊNCIAS
Florianópolis, 2001.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
ESTRUTURA METODOLÓGICA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
(2010) um conceito elevado. Outro fator que marcou foi que, as relações
de trabalho circulavam por áreas afins, sendo no ensino, nas instituições
hospitalares e nas gestões dos serviços de saúde à época. No
pensamento de Freidson (2009, p. 223) seria entendida como uma
estrutura dividida e fragmentária, sob a percepção de “uma profissão
como um todo”. Pensamento que reforça o de Campos e Oguisso (2008)
no tocante à representação social que a profissão assume quando da
construção de uma identidade única, que legitima a profissão, as
particularidades de um grupo, mas pode apresentar dissonâncias e
exclusões decorrentes de divergências de ideais.
A Enfermagem mostrava-se então, como um universo restrito,
que se ampliaria rapidamente a partir das credenciais da profissão. A
legitimidade da Enfermagem foi evoluindo pelo esforço do trabalho nas
instituições de saúde, que também se edificavam no Estado. O modelo
Nightingaleano de formação era forte em fazer pensar uma
Enfermagem, prioritariamente, assistencial em que o crédito ao
Conselho estava na administração assistencial de dedicação profissional.
E de certa forma, a Enfermagem à época seguia os preceitos de
abnegação e dedicação apresentados por Florence. Modelo que
conforme Nelson e Gordon (2004) não pode ser deixado de lado quando
se pensa a identidade dos profissionais de Enfermagem, uma vez que
teve fundamento à época na mobilização social e política para a
ocupação. As autoras reiteram ainda, que na atualidade se persiste em
caracterizar a habilidade técnica da Enfermagem como simples tarefa,
como se o conhecimento prático não fosse conhecimento e que toda a
perspicácia e destreza no cuidado não englobasse o raciocínio crítico e
decisório. E esta retórica contribui para se entender que, a partir de
práticas competentes e criativas de atenção à saúde e do gerenciamento
da assistência houve no Estado Catarinense a iniciação do
reconhecimento da Enfermagem o que pode ser constatado nas falas que
seguem.
Então é uma coisa não escrita, não falada, que
eu gostaria de dizer que a institucionalização da
Enfermagem, a partir de um modelo hospitalar,
do Hospital Infantil, já tinha saúde pública como
também tinha um trabalho comunitário, nós
íamos até as casas das mães, ensinar a plantar.
Tínhamos prontuário de família, pena que tudo
isso foi destruído! Fala-se em problema de saúde
da família, prontuário de família, nós tínhamos
isso lá em 1964 (Eloita Pereira Neves).
216
CONCLUINDO O INCONCLUSO
REFERÊNCIAS
2004.
NEVES, Eloita Pereira. A Associação Brasileira de Enfermagem- Seção
Santa Catarina e a repercussão na criação do Curso de Graduação em
Enfermagem na UFSC. In: ZAGO, A. T. et al. (Org.) Série Memória
ABEn-SC: contribuições da ABEn-SC para a enfermagem catarinense.
v. 1.Florianópolis: Associação Brasileira de Enfermagem-Seção Santa
Catarina, 2010. p. 21-46.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
Editora, 2011.
Disponível em:
<http://seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/viewArticle
>. Acesso em: 07 jul. 2011.
APENDICES
264
265
__________________________ ____________________________
Dda.Maria Lígia dos Reis Bellaguarda Dra.Maria Itayra Padilha
Assinatura do pesquisador Assinatura da Orientadora
Fone: 9981-0370 /3249 1161 Fone:9962-4510
267
TESTEMUNHAS:
......................................................... ............................................................
Nome legível Nome legível
CPF: CPF:
268
269
APÊNDICE C – ENTREVISTADOS/AS
Nome
Entrevista nº
Data
Horário início
Horário término
1. Identificação
Nome: Idade:
Breve biografia: nascimento, formação, titulação, atividades profissionais.
2. Questionário:
Florianópolis, de 2011.
Ilm. Sr.
Manuel Carlos Neri da Silva
Presidente do Conselho Federal de Enfermagem - Cofen
Prezado Senhor,
Florianópolis, de 2011.
Ilma. Sra.
Denise Elvira Pires de Pires
Presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina
Prezada Senhora,
_______________________ ____________________________
Dda.Maria Lígia dos Reis Bellaguarda Dra.Maria Itayra Padilha
Assinatura do pesquisador Assinatura da Orientadora
Fone:9981-0370 /3249 1161 Fone:9962-4510
Fone: 9981-0370 /3249 1161 Fone:9962-4510
Florianópolis, de 2011.
Ilma. Sra.
Ivone Evangelista Cabral
Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem
Prezada Senhora,
_______________________ ____________________________
Dda.Maria Lígia dos Reis Bellaguarda Dra.Maria Itayra Padilha
Assinatura do pesquisador Assinatura da Orientadora
Fone:9981-0370 /3249 1161 Fone:9962-4510
Florianópolis, de 2011.
Ilma. Sra.
Maristela Assumpção de Azevedo
Presidente da Associação Brasileira de Enfermagem -SC
Prezada Senhora,
Eu_________________________________________, portador/a do
Registro de Identidade______________ e participante, como
respondente, na Pesquisa Nexos e circunstâncias do desenvolvimento do
Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (1975-1986), após
realizar a leitura da transcrição da entrevista dada a Pesquisadora Maria
Lígia dos Reis Bellaguarda valido o conteúdo por mim informado, desde
que obedecidas às sugestões de acréscimo e/ou modificações de itens.
1.Organização ( ) sim ( ) não
Declaração:
Data: _______/______/_________.
______________________________________________
Nome e Assinatura do responsável pela validação das informações
282
283
ANEXOS
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285