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O mal de Alzheimer, ou doença de Alzheimer ou simplesmente Alzheimer é a forma

mais comum de demência. Esta doença degenerativa, até o momento incurável e


terminal, foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois
Alzheimer, de quem herdou o nome. Esta doença afecta geralmente pessoas acima dos
65 anos,[1] embora seu diagnóstico seja possível também em pessoas mais novas.

Em 2006, o número de portadores de Alzheimer diagnosticados era de cerca de 15


milhões de pessoas no mundo inteiro.[2]

Cada paciente de Alzheimer sofre a doença de forma única, mas existem pontos em
comum, por exemplo, o sintoma primário mais comum é a perda de memória. Muitas
vezes os primeiros sintomas são confundidos com problemas de idade ou de estresse.
Quando a suspeita recai sobre o Mal de Alzheimer, o paciente é submetido a uma série
de testes cognitivos. Com o avançar da doença vão aparecendo novos sintomas como
confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem,
perda de memória a longo prazo e o paciente começa a desligar-se da realidade. As suas
funções motoras começam a perder-se e o paciente acaba por morrer.

Antes de se tornar totalmente aparente o Mal de Alzheimer vai-se desenvolvendo por


um período indeterminado de tempo e pode manter-se não diagnosticado durante anos.
Menos de três por cento dos diagnosticados vivem mais de 40 anos depois do
diagnóstico.

Sintomas
A evolução da doença está dividida em quatro fases.

[editar] Primeira fase

Os primeiros sintomas são muitas vezes falsamente relacionados com o envelhecimento


ou com o estresse. Alguns testes neuropsicológicos podem revelar muitas deficiências
cognitivas até oito anos antes de se poder diagnosticar o Mal de Alzheimer por inteiro.
O sintoma primário mais notável é a perda de memória a curto prazo (dificuldade em
lembrar factos aprendidos recentemente); o paciente perde a capacidade de dar atenção
a algo, perde a flexibilidade no pensamento e o pensamento abstrato; pode começar a
perder a sua memória semântica. Nessa fase pode ainda ser notada apatia, como um
sintoma bastante comum. É também notada uma certa desorientação de tempo e espaço.
A pessoa não sabe em que ano está, em que mês, em que dia.

[editar] Segunda fase (demência inicial)

Uma pequena parte dos pacientes apresenta dificuldades na linguagem, com as funções
principais, percepção (agnosia), ou na execução de movimentos (apraxia), mais
marcantes do que a perda de memória. A memória do paciente não é afetada toda da
mesma maneira. As memórias mais antigas, a memória semântica e a memória implícita
(memória de como fazer as coisas) não são tão afectadas como a memória a curto prazo.
Os problemas de linguagem implicam normalmente a diminuição do vocabulário e a
maior dificuldade na fala, que levam a um empobrecimento geral da linguagem. Nessa
fase, o paciente ainda consegue comunicar ideias básicas. O paciente pode parecer
desleixado ao efetuar certas tarefas motoras simples (escrever, vestir-se, etc.), devido a
dificuldades de coordenação.

[editar] Terceira fase

A degeneração progressiva dificulta a independência. A dificuldade na fala torna-se


evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário. Progressivamente, o
paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as
mais simples tarefas diárias. Durante essa fase, os problemas de memória pioram e o
paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos. A memória de longo
prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento vão-se agravando. As
manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional,
chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência à caridade.
Aproximadamente 30% dos pacientes desenvolvem ilusões e outros sintomas
relacionados. Incontinência urinária pode aparecer.

[editar] Quarta fase (terminal)

Durante a última fase do Mal de Alzheimer, o paciente está completamente dependente


das pessoas que tomam conta dele. A linguagem está agora reduzida a simples frases ou
até a palavras isoladas, acabando, eventualmente, em perda da fala. Apesar da perda da
linguagem verbal, os pacientes podem compreender e responder com sinais emocionais.
No entanto, a agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço
são resultados bastante comuns. Os pacientes vão acabar por não conseguir
desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda. A sua massa muscular e a sua
mobilidade degeneram-se a tal ponto que o paciente tem de ficar deitado numa cama;
perdem a capacidade de comer sozinhos. Por fim, vem a morte, que normalmente não é
causada pelo Mal de Alzheimer, mas por outro fator externo (pneumonia, por exemplo).

O que é a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e


consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento
ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras
funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos
doentes. 

Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa,


deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase
sempre, acamados.

É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50
anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.
Qual é a causa da doença de Alzheimer?

A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada.

No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença


geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não
implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos.

Como se faz o diagnóstico?

Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A


única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou
necrópsia.

Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas


de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue, tomografia
ou ressonância, entre outros exames.

Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos


resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer.

Quais são os sintomas da doença de Alzheimer?

Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente


aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se
vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e, por vezes,
agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de
conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando
colocados frente a um espelho.

À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros,
iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a
necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades
elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.

Qual é o tratamento adequado?

A doença de Alzheimer não tem cura e, no seu tratamento, há que atender a duas
variáveis:

 Ao tratamento dos aspectos comportamentais. Nesta vertente, além da


medicação, convém também contar com orientação de diferentes profissionais
de saúde;
 Ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Há
medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é mais eficaz na
fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito temporário. Por enquanto,
não há ainda medicação que impeça a doença de continuar a progredir.

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