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MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Direcção-Geral das Alfândegas


e dos Impostos Especiais sobre o Consumo

Código do Imposto sobre o Valor


Acrescentado
E
Regime do IVA nas Transacções
Intracomunitárias
ÍNDICE
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

(CIVA)

CAPÍTULO I

Págs.

Incidência (art.os 1.º a 8.º) ...................................................................................................................... 4


CAPÍTULO II
Isenções
Secção I - Isenções nas operações internas (art.os 9.º a 12.º)...................................................... 13
Secção II - Isenções na importação (art.º 13.º)........................................................................... 17
Secção III - Isenções na exportação, operações assimiladas a exportações
e transportes internacionais (art.º 14.º)....................................................................................... 19
Secção IV - Outras isenções (art.º 15.º) ..................................................................................... 21

CAPÍTULO III
Valor Tributável
Secção I - Valor tributável nas transacções internas (art.º 16.º)................................................. 22
Secção II - Valor tributável na importação de bens (art.º 17.º).................................................. 24

CAPÍTULO IV

Taxas (art.º 18.º)..................................................................................................................................... 24

CAPÍTULO V
Liquidação e pagamento do imposto
Secção I - Deduções (art.os 19.º a 25.º)....................................................................................... 25
Secção II - Pagamento do Imposto (art.os 26.º e 27.º) ................................................................ 31
Secção III - Outras obrigações dos contribuintes (art.os 28.º a 52.º) .......................................... 32
Secção IV - Regimes Especiais
Subsecção I - Regime de isenção (art.os 53.º a 59.º) .......................................................... 44
Subsecção II - Regime dos pequenos retalhistas (art.os 60.º a 68.º) ................................... 46
Subsecção III - Regime de Tributação dos combustíveis líquidos aplicável aos
Revendedores (art.os 68.º-A a art.º 68.º-G) ......................................................................... 49
Secção V - Disposições comuns (art.os 69.º a 75.º) .................................................................... 50

CAPÍTULO VI
Fiscalização e determinação oficiosa do imposto (art.os 76.º a 89.º) ..................................................... 54

CAPÍTULO VII
Garantias dos contribuintes (art.os 90.º a 92.º)....................................................................................... 57

CAPÍTULO IX
Disposições finais (art.os 124.º a 126.º).................................................................................................. 58
ANEXOS
LISTA I - Bens e serviços sujeitos a taxa reduzida ............................................................................... 58
LISTA II - Bens e serviços sujeitos a taxa intermédia........................................................................... 62
ANEXO A - Lista das actividades de produção agrícola....................................................................... 63
ANEXO B - Lista das prestações de serviços agrícolas ........................................................................ 64
ANEXO C - Lista de bens a que se refere o n.º 4 do art.º 15.º .............................................................. 64
ANEXO D - Lista exemplificativa dos serviços prestados por via electrónica, a que se refere
a alínea n) do n.º 8 do art.º 6.º ................................................................................................................ 65
ANEXO E - Lista dos bens e serviços do sector de desperdícios, resíduos e sucatas
recicláveis a que se refere a alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º 65............................................................... 65
Despacho n.º 26026/2006, de 22 de Dezembro (Verba 2.6 da Lista I).................................................. 66
Regime especial para sujeitos passivos não estabelecidos na Comunidade que prestem serviços
por via electrónica a não sujeitos passivos nela residentes.................................................................... 67

REGIME DO IVA NAS TRANSACÇÕES INTRACOMUNITÁRIAS

(RITI)
CAPÍTULO I
Incidência
Operações sujeitas a IVA (art.º 1.º) .............................................................................................. 70
Sujeitos passivos (art.º 2.º) ........................................................................................................... 70
Noção de aquisição intracomunitária de bens (art.º 3.º) ............................................................... 71
Operações assimiladas a aquisições intracomunitárias de bens (art.º 4.º) .................................... 71
Aquisições intracomunitárias de bens não sujeitas (art.º 5.º) ....................................................... 71
Conceitos de impostos especiais de consumo e meios de transporte (art.º 6.º)............................ 72
Transmissões de bens (art.º 7.º).................................................................................................... 72
Localização das aquisições intracomunitárias de bens (art.º 8.º) ................................................. 73
Transmissões de bens com instalação ou montagem (art.º 9.º) .................................................... 73
Vendas à distância localizadas fora de Portugal (art.º 10.º) ......................................................... 73
Vendas à distância localizadas em Portugal (art.º 11.º)................................................................ 74
Facto gerador (art.º 12.º)............................................................................................................... 75
Exigibilidade (art.º 13.º) ............................................................................................................... 75

CAPÍTULO II
Isenções
Transmissões de bens isentas (art.º 14.º) ...................................................................................... 75
Aquisições intracomunitárias de bens isentas (art.º 15.º) ............................................................. 75
Importações isentas (art.º 16.º) ..................................................................................................... 76

CAPÍTULO III
Valor tributável (art.º 17.º)..................................................................................................................... 77

CAPÍTULO IV
Taxas (art.º 18.º)..................................................................................................................................... 77

CAPÍTULO V
Liquidação e pagamento do imposto
Secção I - Deduções ( art.os 19.º e 20.º)........................................................................................ 77
Secção II - Reembolsos ( art.º 21.º) ............................................................................................. 78
Secção III - Pagamento do imposto (art.º 22.º) ........................................................................... 78

2
CAPÍTULO VI
Outras obrigações dos contribuintes
Elenco de obrigações (art.º 23.º)................................................................................................... 79
Representante fiscal (art.º 24.º) ................................................................................................... 79
Sujeitos passivos isentos, Estado e outras entidades públicas (art.º 25.º) ................................... 80
Sujeitos passivos que efectuem vendas à distância (art.º 26.º) .................................................... 80
Repartição de finanças competente (art.º 27.º) ............................................................................ 81
Facturas ou documentos equivalentes (art.º 28.º) ........................................................................ 81
Elementos que devem constar de facturas ou documentos equivalentes
relativos a aquisições intracomunitárias ou transmissões intracomunitárias
de meios de transporte novos ( art.º 29.º) .................................................................................... 81
Obrigação de envio de declaração para sujeitos passivos isentos, Estado
e outras entidades públicas (art.º 30.º) ......................................................................................... 82
Anexo recapitulativo (art.º 31.º) .................................................................................................. 82
Obrigação de registo contabilistico (art.º 32.º) ............................................................................ 82
Prova de pagamento do imposto pela aquisição de meios de
transporte novos (art.º 33.º) ......................................................................................................... 83

CAPÍTULO VII
Disposições Finais (art.º 34.º) ............................................................................................................... 83

3
CÓDIGO DO IMPOSTO SOBRE O VALOR
ACRESCENTADO
- CIVA -
CAPÍTULO I d) "Território terceiro" os seguintes
territórios de Estados membros da CEE, os
INCIDÊNCIA quais, salvo disposição especial, serão
tratados como países terceiros: ilhas
Artigo 1.º Canárias, do Reino de Espanha,
departamentos ultramarinos da República
1 - Estão sujeitas a imposto sobre o valor Francesa, Monte Atos, da República
acrescentado: Helénica, ilhas Anglo-Normandas do Reino
Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte,
a) As transmissões de bens e as prestações de ilhas Aland, da República da Finlândia;
serviços efectuadas no território nacional, a
título oneroso, por um sujeito passivo agindo e) "Transporte intracomunitário de bens", o
como tal; transporte de bens cujos lugares de partida e
de chegada se situem no território de Estados
b) As importações de bens; membros diferentes;
c) As operações intracomunitárias efectuadas f) "Lugar de partida", o lugar onde se inicia
no território nacional, tal como são definidas efectivamente o transporte, não considerando
e reguladas no Regime do IVA nas os trajectos efectuados para chegar ao lugar
Transacções Intracomunitárias. onde se encontram os bens;
2 - Para efeitos das disposições relativas ao g) "Lugar de chegada", o lugar onde termina
IVA, entende-se por: efectivamente o transporte dos bens.
h) "Serviços de telecomunicações", os que
a) "Território nacional", o território
possibilitem a transmissão, a emissão ou a
português, tal como é definido pelo artigo 5.º
recepção de sinais, texto, imagem e som ou
da Constituição da República Portuguesa;
de informações de todo o tipo através de fios,
b) "Comunidade e território da da rádio, de meios ópticos ou de outros meios
Comunidade", o conjunto dos territórios electromagnéticos, incluindo a cessão ou a
nacionais dos Estados membros, tal como são concessão com elas correlacionadas de
definidos no artigo 227.º do Tratado que direitos de utilização de instalações de
institui a Comunidade Económica Europeia, transmissão, emissão ou recepção e a
com excepção dos territórios mencionados disponibilização do acesso a redes de
nas alíneas c) e d); informação mundiais.
c) "País terceiro", um país não pertencente à i) “Sujeito passivo revendedor de gás ou de
CEE, incluindo os seguintes territórios de electricidade”, a pessoa singular ou colectiva
Estados membros da CEE: ilha de Helgoland cuja actividade consista na aquisição de gás,
e território de Busingen, da República através do sistema de distribuição de gás
Federal da Alemanha, Ceuta e Melilha, do natural, ou de electricidade para revenda, e
Reino de Espanha, Livigno, Campione cujo consumo próprio desses bens não seja
d'Italia e águas nacionais do lago de Lugano, significativo. 1
da República Italiana;

1
Lei 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE 2005).
4
3 - Para efeitos do regime aplicável às Artigo. 2.º
transmissões de bens efectuadas a bordo de
um navio, de uma aeronave ou de um 1 - São sujeitos passivos do imposto:
comboio, durante um transporte
intracomunitário de passageiros, entende-se a) As pessoas singulares ou colectivas que,
por: de um modo independente e com carácter de
habitualidade, exerçam actividades de
a) "Transporte intracomunitário de produção, comércio ou prestação de serviços,
passageiros" o transporte de passageiros cujo incluindo as actividades extractivas, agrícolas
lugar de partida e de chegada se situa no e as das profissões livres, e, bem assim, as
território da Comunidade sem escala em país que do mesmo modo independente,
terceiro, bem como a parte de um transporte pratiquem uma só operação tributável, desde
de passageiros efectuada no território da que essa operação seja conexa com o
Comunidade, sem que haja escala em país exercício das referidas actividades, onde quer
terceiro entre o lugar de partida e o lugar de que este ocorra, ou quando,
chegada; independentemente dessa conexão, tal
operação preencha os pressupostos da
b) "Lugar de partida de um transporte", o
incidência real de IRS e de IRC.
primeiro lugar previsto para o embarque dos
As pessoas singulares ou colectivas referidas
passageiros no território da Comunidade,
nesta alínea serão também sujeitos passivos
eventualmente após início ou escala fora da
do imposto pela aquisição de qualquer dos
Comunidade;
serviços indicados no n.º 8 do artigo 6.º, nas
c) "Lugar de chegada de um transporte", o condições nele previstas;
último lugar previsto de desembarque no
b) As pessoas singulares ou colectivas que,
território da Comunidade dos passageiros que
segundo a legislação aduaneira, realizem
tiverem embarcado no território da
importações de bens;
Comunidade, eventualmente antes de uma
escala ou destino fora da Comunidade; c) As pessoas singulares ou colectivas que,
em factura ou documento equivalente,
d) "Transporte de ida e volta", dois
mencionem indevidamente IVA;
transportes distintos, um para o trajecto de
ida, outro para o trajecto de volta. d) As pessoas singulares ou colectivas que
efectuem operações intracomunitárias, nos
4 - As operações efectuadas a partir de, ou com termos do Regime do IVA nas Transacções
destino a, Principado do Mónaco, Ilha de Intracomunitárias;
Man e zonas de soberania do Reino Unido
e) Os adquirentes dos serviços referidos nos
de Akrotiri e Dhekelia consideram-se como
n.ºs 11, 13, 16, 17, alínea b), e 19 do artigo
efectuadas a partir de, ou com destino,
6.º, nas condições aí previstas e desde que os
respectivamente, à República Francesa, ao
respectivos prestadores não tenham, no
Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda
território nacional, sede, estabelecimento
do Norte e à República do Chipre. 2
estável ou domicílio a partir do qual o serviço
5 - É equiparado a um transporte seja prestado.
intracomunitário de bens qualquer
f) Os adquirentes dos serviços mencionados
transporte de bens cujos lugares de partida e
na alínea a) do n.º 10 do artigo 6.º, nas
de chegada se situem no território nacional
condições aí previstas.
ou no interior de um outro Estado membro,
sempre que esse transporte se encontre g) As pessoas singulares ou colectivas
directamente ligado a um transporte referidas na alínea a), que sejam adquirentes
intracomunitário dos mesmos bens. em transmissões de bens ou prestações de
serviços efectuadas no território nacional por
sujeitos passivos que aqui não tenham sede,
estabelecimento estável ou domicílio nem
2
Lei 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/2005).
5
disponham de representante nos termos do h) Exploração de feiras e de exposições de
artigo 29.º. carácter comercial;
h) As pessoas singulares ou colectivas i) Armazenagem;
referidas na alínea a), que sejam adquirentes
j) Cantinas;
dos bens referidos no n.º 22 do artigo 6.º, nas
condições aí previstas, desde que os l) Radiodifusão e radiotelevisão.
respectivos transmitentes não disponham no
território nacional de sede, estabelecimento 4 - Para efeitos dos n.ºs 2 e 3 do presente artigo,
estável a partir do qual a transmissão seja o Ministro das Finanças e do Plano definirá,
efectuada ou domicílio. 3 caso a caso, as actividades susceptíveis de
originar distorções de concorrência ou
i) As pessoas singulares ou colectivas aquelas que são exercidas de forma não
referidas na alínea a) que, no território significativa.
nacional, sejam adquirentes dos bens ou dos
serviços mencionados no anexo E ao presente Artigo. 3.º
Código e tenham direito à dedução total ou
parcial do imposto, desde que os respectivos 1 - Considera-se, em geral, transmissão de bens
transmitentes ou prestadores sejam sujeitos a transferência onerosa de bens corpóreos
passivos do imposto. 4 por forma correspondente ao exercício do
direito de propriedade.
2 - O Estado e demais pessoas colectivas de
direito público não são, no entanto, sujeitos 2 - Para esse efeito, a energia eléctrica, o gás, o
passivos do imposto quando realizem calor, o frio e similares são considerados
operações no exercício dos seus poderes de bens corpóreos.
autoridade, mesmo que por elas recebam 3 - Consideram-se ainda transmissões de bens,
taxas ou quaisquer outras contraprestações, nos termos do n.º 1 deste artigo:
desde que a sua não sujeição não origine
distorções de concorrência. a) A entrega material de bens em execução de
um contrato de locação com cláusula,
3 - O Estado e as demais pessoas colectivas de
vinculante para ambas as partes, de
direito público referidas no número anterior
transferência de propriedade;
serão, em qualquer caso, sujeitos passivos
do imposto quando exerçam algumas das b) A entrega material de bens móveis
seguintes actividades e pelas operações decorrente da execução de um contrato de
tributáveis delas decorrentes, salvo quando compra e venda em que se preveja a reserva
se verifique que as exercem de forma não de propriedade até ao momento do
significativa: pagamento total ou parcial do preço;
a) Telecomunicações; c) As transferências de bens entre comitente e
comissário, efectuadas em execução de um
b) Distribuição de água, gás e electricidade;
contrato de comissão definido no Código
c) Transporte de bens; Comercial, incluindo as transferências entre
d) Prestação de serviços portuários e consignante e consignatário de mercadorias
aeroportuários; enviadas à consignação.
Na comissão de venda considerar-se-á
e) Transporte de pessoas; comprador o comissário; na comissão de
f) Transmissão de bens novos cuja produção compra será considerado comprador o
se destina a venda; comitente;
g) Operações de organismos agrícolas; d) A não devolução, no prazo de um ano a
contar da data da entrega ao destinatário, das
3
mercadorias enviadas à consignação;
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE 2005).
4
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 01-10-06).

6
e) A entrega de bens móveis produzidos ou segundo limites e condições a definir por
montados sob encomenda, quando a portaria do Ministro das Finanças.
totalidade dos materiais seja fornecida pelo
sujeito passivo que os produziu ou montou; Artigo. 4.º
f) Ressalvado o disposto no artigo 25.º, a 1 - São consideradas como prestações de
afectação permanente de bens da empresa, a serviços as operações efectuadas a título
uso próprio do seu titular, do pessoal, ou em oneroso que não constituem transmissões,
geral a fins alheios à mesma, bem como a sua aquisições intracomunitárias ou
transmissão gratuita, quando, relativamente a importações de bens.
esses bens ou aos elementos que os
constituem, tenha havido dedução total ou 2 - Consideram-se ainda prestações de serviços
parcial do imposto. a título oneroso:
Excluem-se do regime estabelecido por esta
alínea as amostras e as ofertas de pequeno a) Ressalvado o disposto no n.º 1 do artigo
valor, em conformidade com os usos 25.º, a utilização de bens da empresa para uso
comerciais; próprio do seu titular, do pessoal ou, em
geral, para fins alheios à mesma e ainda em
g) A afectação de bens por um sujeito passivo sectores de actividade isentos quando,
a um sector de actividade isento e, bem relativamente a esses bens ou aos elementos
assim, a afectação ao uso da empresa de bens que os constituem, tenha havido dedução
referidos no n.º 1 do art. 21.º, quando, total ou parcial do imposto;
relativamente a esses bens ou aos elementos
que os constituem, tenha havido dedução b) As prestações de serviços a título gratuito
total ou parcial do imposto. efectuadas pela própria empresa com vista às
necessidades particulares do seu titular, do
4 - Não são consideradas transmissões as pessoal ou, em geral, a fins alheios à mesma.
cessões a título oneroso ou gratuito do c) A entrega de bens móveis produzidos ou
estabelecimento comercial, da totalidade de montados sob encomenda com materiais que
um património ou de uma parte dele, que o dono da obra tenha fornecido para o efeito,
seja susceptível de constituir um ramo de quer o empreiteiro tenha fornecido, ou não,
actividade independente, quando, em uma parte dos produtos utilizados.
qualquer dos casos, o adquirente seja, ou
venha a ser, pelo facto da aquisição, um 3 - São equiparadas a prestações de serviços a
sujeito passivo do imposto de entre os cedência temporária ou definitiva de um
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º. jogador, acordada entre os clubes com o
consentimento do desportista, durante a
5 - Para os efeitos do número anterior, a vigência do contrato com o clube de origem
administração fiscal adoptará as medidas e as indemnizações de promoção e
regulamentares adequadas, nomeadamente valorização, previstas no n.º 2 do artigo 22.º
a limitação do direito à dedução, quando o do Contrato de Trabalho Desportivo,
adquirente não seja um sujeito passivo que aprovado pelo Decreto-Lei n.º 305/95, de
pratique exclusivamente operações 18 de Novembro, devidas após a cessação
tributadas. do contrato.
6 - Não são também consideradas transmissões 4 - Quando a prestação de serviços for
as cedências devidamente documentadas efectuada por intervenção de um
feitas por cooperativas agrícolas aos seus mandatário agindo em nome próprio, este
sócios, de bens, não embalados para fins será, sucessivamente, adquirente e
comerciais, resultantes da primeira prestador do serviço.
transformação de matérias-primas por eles
entregues, na medida em que não excedam 5 - O disposto nos n.ºs 4 e 5 do artigo 3.º é
as necessidades do seu consumo familiar, aplicável, em idênticas condições, às
prestações de serviços.

7
6 - No que se refere ao disposto na alínea c) do intracomunitário de passageiros, só são
n.º 2 deste artigo, a Direcção-Geral das tributáveis se o lugar de partida se situar no
Contribuições e Impostos poderá excluir do território nacional e o lugar de chegada no
conceito de prestação de serviços as território de outro Estado membro, tendo
operações em que o fornecimento de em conta as definições constantes do n.º 3
materiais pelo dono da obra seja do artigo 1.º.
considerado insignificante. 4 - São tributáveis as prestações de serviços
quando efectuadas por um prestador que
Artigo. 5.º
tenha no território nacional a sede da sua
1 - Considera-se importação a entrada em actividade ou um estabelecimento estável a
território nacional de: partir do qual os serviços sejam prestados
ou, na sua falta, o seu domicílio.
a) Bens originários ou procedentes de países 5 - O disposto no n.º 4 não terá aplicação
terceiros e que não se encontrem em livre relativamente às seguintes operações:
prática ou que tenham sido colocados em
livre prática no âmbito de acordos de união a) Prestações de serviços relacionadas com
aduaneira; um imóvel sito fora do território nacional,
b) Bens procedentes de territórios terceiros e incluindo as que tenham por objecto preparar
que se encontrem em livre prática. ou coordenar a execução de trabalhos
imobiliários e as prestações de peritos e
2 - Todavia, sempre que os bens sejam agentes imobiliários que actuem em nome
colocados, desde a sua entrada em território próprio e por conta de outrem;
nacional, sob um dos regimes previstos nos b) Prestações de serviços de transporte, pela
n.ºs I) a IV) da alínea b) do n.º 1 do artigo distância percorrida fora do território
15.º, sob o regime de importação nacional;
temporária com isenção total de direitos,
sob o regime de trânsito externo ou sob o c) Trabalhos efectuados sobre bens móveis
procedimento de trânsito comunitário corpóreos e as peritagens a eles referentes,
interno, a importação só se verificará quando executados total ou essencialmente
quando forem introduzidos no consumo. fora do território nacional;
d) Prestações de serviços acessórias do
Artigo. 6.º transporte, prestações de serviços de carácter
artístico, científico, desportivo, recreativo, de
1 - São tributáveis as transmissões de bens que ensino e similares, compreendendo as dos
estejam situados no território nacional no organizadores destas actividades e as
momento em que se inicia o transporte ou prestações de serviços que lhes sejam
expedição para o adquirente ou, no caso de acessórias que não tenham lugar no território
não haver expedição ou transporte, no nacional.
momento em que são postos à disposição
do adquirente. 6 - São, no entanto, tributáveis, onde quer que
2 - Não obstante o disposto no número anterior, se situe a sede, o estabelecimento estável ou
são também tributáveis a transmissão feita o domicílio do prestador:
pelo importador e as eventuais transmissões
a) As prestações de serviços relacionadas
subsequentes de bens transportados ou
expedidos de um país terceiro, quando as com um imóvel sito no território nacional,
incluindo as prestações que tenham por
referidas transmissões ocorrerem antes da
objecto preparar ou coordenar a execução de
importação.
trabalhos imobiliários e as prestações de
3 - As transmissões de bens efectuadas a bordo peritos e agentes imobiliários que actuem em
de um navio, de uma aeronave ou de um nome próprio e por conta de outrem;
comboio, durante um transporte
8
b) As prestações de serviço de transporte, g) Serviços de intermediários que
pela distância percorrida em território intervenham em nome e por conta de outrem
nacional; no fornecimento das prestações de serviços
designadas na presente lista;
c) Os trabalhos efectuados sobre bens móveis
corpóreos e as peritagens a eles referentes, h) Obrigação de não exercer, mesmo a título
quando executados total ou essencialmente parcial, uma actividade profissional ou um
no território nacional; direito mencionado na presente lista;
d) As prestações de serviços acessórias do i) A locação de bens móveis corpóreos, com
transporte, as prestações de serviços de excepção dos meios de transporte;
carácter artístico, científico, desportivo, j) Os serviços de telecomunicações;
recreativo, de ensino e similares,
compreendendo as dos organizadores destas l) As prestações de serviços referidas no n.º 3
actividades, e as prestações de serviços que do art.º 4.º;
lhes sejam acessórias que tenham lugar no m) Serviços de radiodifusão e televisão; 5
território nacional.
n) Serviços prestados por via electrónica,
7 - Não obstante o disposto nas alíneas b) dos nomeadamente os descritos no anexo D ao
n.ºs 5 e 6, as prestações de serviços de presente Código. 6
transporte intracomunitário de bens são o) A cessão ou concessão do acesso a
tributáveis sempre que o lugar de partida se sistemas de distribuição de gás natural ou de
situe em território nacional. electricidade, a prestação de serviços de
8 - São ainda tributáveis as prestações de transporte ou envio através dos mesmos e as
serviços adiante enumeradas, cujo prestador prestações de serviços directamente
não tenha no território nacional sede, conexas. 7
estabelecimento estável ou domicílio a
partir do qual o serviço seja prestado, desde 9 - As prestações de serviços referidas no
que o adquirente seja um sujeito passivo do número anterior não serão tributáveis, ainda
imposto, dos referidos na alínea a) do n.º 1 que o prestador tenha no território nacional
do artigo 2.º, cuja sede, estabelecimento a sua sede, estabelecimento estável ou
estável ou domicílio se situe no território domicílio, nos seguintes casos:
nacional:
a) Quando o adquirente for pessoa
a) A cessão ou concessão de direitos de autor, estabelecida ou domiciliada num Estado-
de brevets, licenças, marcas de fabrico e de membro da Comunidade Europeia e provar
comércio e outros direitos análogos; que, nesse país, tem a qualidade de sujeito
passivo;
b) Serviços de publicidade;
b) Quando o adquirente for pessoa
c) Serviços de consultores, engenheiros, estabelecida ou domiciliada em país não
advogados, economistas e contabilistas e pertencente à Comunidade Europeia.
gabinetes de estudo em todos os domínios,
compreendendo os de organização, 10 - São ainda tributáveis as prestações de
investigação e desenvolvimento; serviços a seguir enumeradas, quando o
d) Tratamento de dados e fornecimento de prestador não tenha no território da
informações; Comunidade sede, estabelecimento estável
ou domicílio a partir do qual os serviços
e) Operações bancárias, financeiras e de sejam prestados:
seguro ou resseguro, com excepção da
locação de cofres-fortes;
5
f) Colocação de pessoal à disposição; Aditada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho e cf
Declaração de Rectificação 10-B/2003, de 31/07.
6
Aditada pelo artigo 2º. do DL 130/2003, de 28 de Junho.
7
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/2005).
9
a) As locações de meios de transporte cuja serão, contudo, tributáveis, ainda que se
utilização e exploração efectivas por sujeitos situe em território nacional o lugar da sua
passivos de entre os referidos na alínea a) do execução, quando o adquirente destas
n.º 1 do artigo 2.º ocorram no território prestações seja um sujeito passivo
nacional; registado, para efeitos de imposto sobre o
valor acrescentado, noutro Estado membro
b) Os serviços de telecomunicações, de
radiodifusão e televisão e os serviços e que tenha utilizado o respectivo número
de identificação para efectuar a aquisição.
referidos na alínea n) do n.º 8 deste artigo
quando o adquirente for uma pessoa singular 15 - Não obstante o disposto no n.º 4 deste
ou colectiva com sede, estabelecimento artigo, a prestação de serviços efectuada por
estável ou domicílio no território nacional, um intermediário que aja, em nome e por
que não seja um sujeito passivo dos referidos conta de outrem, numa prestação de serviço
na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º. 8 de transporte intracomunitário de bens ou
em prestações de serviços acessórias desse
11 - Não obstante o disposto no n.º 7 deste transporte é tributável quando se situe em
artigo, as prestações de serviços de território nacional o lugar de partida do
transporte intracomunitário de bens serão transporte ou o da execução das referidas
tributáveis quando o adquirente dos prestações acessórias, desde que, em
serviços seja um sujeito passivo do qualquer caso, o adquirente da prestação de
imposto, dos referidos nas alíneas a) e d) do serviços de intermediação não seja um
n.º 1 do artigo 2.º, registado em imposto sujeito passivo registado, para efeitos de
sobre o valor acrescentado e que tenha imposto sobre o valor acrescentado, noutro
utilizado o respectivo número de Estado membro e que tenha utilizado o
identificação para efectuar a aquisição. respectivo número de identificação para
12 - As prestações de serviços de transporte efectuar a aquisição.
intracomunitário de bens não serão, 16 - A prestação de serviços efectuada por um
contudo, tributáveis, ainda que se situe no intermediário que aja, em nome e por conta
território nacional o lugar de partida do de outrem, nas operações referidas no
transporte, quando o adquirente dos número anterior será igualmente tributada,
serviços seja um sujeito passivo registado, ainda que não se situe em território nacional
para efeitos de imposto sobre o valor o lugar de partida do transporte ou se situe
acrescentado, noutro Estado membro e que em outro Estado membro o lugar de
tenha utilizado o respectivo número de execução das prestações acessórias, quando
identificação para efectuar a aquisição. o adquirente da prestação de serviços de
13 - Não obstante o disposto na alínea d) do n.º intermediação seja um sujeito passivo do
5 deste artigo, as prestações de serviços imposto, dos referidos nas alíneas a) e d) do
acessórias de um transporte n.º 1 do artigo 2.º, registado em imposto
intracomunitário de bens executadas noutro sobre o valor acrescentado e que tenha
Estado membro serão tributáveis quando o utilizado o respectivo número de
adquirente dos serviços seja um sujeito identificação para efectuar a aquisição.
passivo do imposto, dos referidos nas 17 - Não obstante o disposto no n.º 4 deste
alíneas a) e d) do n.º 1 do artigo 2.º, artigo, as prestações de serviços efectuadas
registado em imposto sobre o valor por intermediários que intervenham, em
acrescentado e que tenha utilizado o nome e por conta de outrem, em operações
respectivo número de identificação para que não sejam as referidas nos n.ºs 8, 9, 15 e
efectuar a aquisição. 16 deste artigo serão tributáveis:
14 - As prestações de serviços acessórias de um
transporte intracomunitário de bens não a) Quando as operações a que se refere a
intermediação sejam elas próprias tributáveis
8 e o adquirente dos serviços de intermediação
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho, cf
Declaração de Rectificação 10-B/2003, de 31/07. não seja um sujeito passivo registado, para
10
efeitos de imposto sobre o valor identificação fiscal para efectuar a
acrescentado, noutro Estado membro e que aquisição, desde que os bens sejam
tenha utilizado o respectivo número de expedidos para fora do território nacional.
identificação para efectuar a aquisição;
21- Para efeitos do disposto no número
b) Quando, ainda que se situe noutro Estado anterior, considera-se que os bens não são
membro o local de tributação das operações a expedidos ou transportados para fora do
que a intermediação se refere, o adquirente território nacional quando as prestações de
desta prestação de serviços seja um sujeito serviços sejam efectuadas sobre meios de
passivo do imposto sobre o valor transporte com registo, licença ou matrícula
acrescentado, dos referidos nas alíneas a) e d) no território nacional.
do n.º 1 do artigo 2.º, registado em imposto 22 - Não obstante o disposto nos n.ºs 1 e 2, as
sobre o valor acrescentado e que tenha transmissões de gás, através do sistema de
utilizado o respectivo número de distribuição de gás natural, e de
identificação para efectuar a aquisição. electricidade são tributáveis: 9
18 - A prestação de serviços efectuada por um
intermediário que aja, em nome e por conta a) Quando o adquirente seja um sujeito
de outrem, nos casos referidos no n.º 15 e passivo revendedor de gás ou de electricidade
na alínea a) do n.º 17, não será tributável cuja sede, estabelecimento estável ao qual são
quando o adquirente da prestação de fornecidos os bens ou domicílio se situe em
serviços de intermediação seja um sujeito território nacional; 10
passivo registado, para efeitos de imposto b) Quando o adquirente seja um sujeito
sobre o valor acrescentado, em outro Estado passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do
membro e que tenha utilizado o respectivo artigo 2.º, que não seja um sujeito passivo
número de identificação para efectuar a revendedor de gás ou de electricidade, que
aquisição. disponha de sede, estabelecimento estável ao
19 - Não obstante o disposto na alínea c) do n.º qual são fornecidos os bens ou domicílio em
5 deste artigo, os trabalhos efectuados sobre território nacional, e que não os destine a
bens móveis corpóreos e as peritagens a utilização e consumo próprios; 11
eles referentes, executados total ou c) Quando a utilização e consumo efectivos
essencialmente fora do território nacional, desses bens, por parte do adquirente, ocorram
serão tributados quando o adquirente dos no território nacional e este não seja um
serviços seja um sujeito passivo do sujeito passivo revendedor de gás ou de
imposto, dos referidos nas alíneas a) e d) do electricidade com sede, estabelecimento
n.º 1 do artigo 2.º, registado em imposto estável ao qual são fornecidos os bens ou
sobre o valor acrescentado e que tenha domicílio fora do território nacional. 12
utilizado o respectivo número de
identificação para efectuar a aquisição, 23 - Não obstante o disposto nos n.ºs 1 e 2, as
desde que os bens sejam expedidos ou transmissões de gás, através do sistema de
transportados para fora do Estado membro distribuição de gás natural, e de
da execução material dos serviços. electricidade não são tributáveis: 13
20 - Não obstante o disposto na alínea c) do n.º
6 deste artigo, os trabalhos efectuados sobre a) Quando o adquirente seja um sujeito
bens móveis corpóreos e as peritagens a passivo revendedor de gás ou de electricidade
eles referentes, executados total ou cuja sede, estabelecimento estável ao qual são
essencialmente no território nacional, não
serão tributados quando o adquirente seja
um sujeito passivo registado, para efeitos 9
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005).
do imposto sobre o valor acrescentado, 10
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005).
11
noutro Estado membro e que tenha Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005).
12
utilizado o respectivo número de Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005).
13
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005).
11
fornecidos os bens ou domicílio se situe fora imposto é devido e exigível no momento
do território nacional; 14 em que as afectações de bens ou as
prestações de serviços nelas previstas
b) Quando a utilização e consumo efectivos
tiverem lugar.
desses bens, por parte do adquirente, ocorram
fora do território nacional e este não seja um 5 - Nas transmissões de bens entre comitente e
sujeito passivo revendedor de gás ou de comissário referidas na alínea c) do n.º 3 do
electricidade com sede, estabelecimento artigo 3 .º, o imposto é devido e exigível no
estável ao qual são fornecidos os bens ou momento em que o comissário os puser à
domicílio no território nacional. 15 disposição do seu adquirente.
6 - No caso previsto na alínea d) do n.º 3 do
Artigo. 7.º
artigo 3.º, o imposto é devido e exigível no
1 - Sem prejuízo do disposto nos números termo do prazo aí referido.
seguintes, o imposto é devido e torna-se 7 - Quando os bens forem postos à disposição
exigível: de um contratante antes de se terem
produzido os efeitos translativos do
a) Nas transmissões de bens, no momento em contrato, o imposto é devido e exigível no
que os bens são postos à disposição do momento em que esses efeitos se
adquirente; produzirem, salvo se se tratar das
b) Nas prestações de serviços, no momento transmissões de bens referidas nas alíneas
da sua realização; a) e b) do n.º 3 do artigo 3.º.
c) Nas importações, no momento 8 - Sempre que os bens sejam colocados sob
determinado pelas disposições aplicáveis aos um dos regimes ou procedimento referidos
direitos aduaneiros, sejam ou não devidos no n.º 2 do artigo 5.º, o facto gerador e a
estes direitos ou outras imposições exigibilidade do imposto só se verificam no
comunitárias estabelecidas no âmbito de uma momento em que deixem de estar sujeitos a
política comum. esses regimes ou procedimentos.
9 - No caso das transmissões de bens e
2 - Se a transmissão de bens implicar obrigação prestações de serviços referidas no n.º 3, em
de instalação ou montagem por parte do que não seja fixada periodicidade de
fornecedor, considera-se que os bens são pagamento ou esta seja superior a 12 meses,
postos à disposição do adquirente no o imposto é devido e torna-se exigível no
momento em que essa instalação ou final de cada período de 12 meses, pelo
montagem estiver concluída. montante correspondente.
3 - Nas transmissões de bens e prestações de 10 - Sempre que, em momento posterior à
serviços de carácter continuado, resultantes transmissão, aquisição intracomunitária ou
de contratos que dêem lugar a pagamentos importação de veículos automóveis, se
sucessivos, considera-se que os bens são mostre devido imposto automóvel pela sua
postos à disposição e as prestações de transformação, alteração de cilindrada ou
serviços são realizadas no termo do período de chassis, o imposto é devido e exigível no
a que se refere cada pagamento, sendo o momento em que ocorra essa transformação
imposto devido e exigível pelo respectivo ou alteração. 16
montante.
11 - Nas transmissões de combustíveis à
4 - Nas transmissões de bens e prestações de consignação efectuadas por distribuidores,
serviços referidas, respectivamente, nas o imposto é devido e exigível na data da
alíneas f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e nas leitura dos contadores de bombas, a
alíneas a) e b) do n.º 2 do artigo 4.º, o

14
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE /2005).
15 16
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005). Aditado pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
12
efectuar pelo consignatário, pelo menos b) Médico, odontologista, parteiro,
uma vez por semana. 17 enfermeiro e outras profissões paramédicas;
c) (Eliminada)
Artigo. 8.º
d) (Revogada)
1 - Não obstante o disposto no artigo anterior,
sempre que a transmissão de bens ou a 2 - As prestações de serviços médicos e
prestação de serviços dê lugar à obrigação sanitários e as operações com elas
de emitir uma factura ou documento estreitamente conexas efectuadas por
equivalente, nos termos do artigo 28.º, o estabelecimentos hospitalares, clínicas,
imposto torna-se exigível: dispensários e similares;
3 - As prestações de serviços efectuadas no
a) Se o prazo previsto para emissão de factura
exercício da sua actividade por protésicos
ou documento equivalente for respeitado, no
dentários;
momento da sua emissão;
4 - (Eliminado)
b) Se o prazo previsto para a emissão não for
respeitado, no momento em que termina; 5 - As transmissões de órgãos, sangue e leite
humanos;
c) Se a transmissão de bens ou a prestação de
serviços derem lugar ao pagamento, ainda 6 - O transporte de doentes ou feridos em
que parcial, anteriormente à emissão da ambulâncias ou outros veículos apropriados
factura ou documento equivalente, no efectuado por organismos devidamente
momento do recebimento desse pagamento, autorizados;
pelo montante recebido, sem prejuízo do 7 - As transmissões de bens e as prestações de
disposto na alínea anterior. serviços ligadas à segurança e assistência
sociais e as transmissões de bens com elas
2 - O disposto no número anterior é ainda
conexas, efectuadas pelo sistema de
aplicável aos casos em que se verifique
segurança social, incluindo as instituições
emissão de factura ou documento
particulares de solidariedade social. Da
equivalente, ou pagamento, precedendo o
mesma isenção beneficiam as pessoas
momento da realização das operações
físicas ou jurídicas que efectuem prestações
tributáveis, tal como este é definido no
de segurança ou assistência social por conta
artigo anterior.
do respectivo sistema nacional, desde que
CAPÍTULO II não recebam em troca das mesmas qualquer
contraprestação dos adquirentes dos bens
ISENÇÕES ou destinatários dos serviços;
8 - As prestações de serviços e as transmissões
SECÇÃO I de bens estreitamente conexas, efectuadas
no exercício da sua actividade habitual por
Isenções nas operações internas creches, jardins de infância, centros de
Artigo. 9.º actividade de tempos livres,
estabelecimentos para crianças e jovens
desprovidos de meio familiar normal, lares
Estão isentas do imposto:
residenciais, casas de trabalho,
1 - As prestações de serviços efectuadas no estabelecimentos para crianças e jovens
exercício das profissões seguintes: deficientes, centros de reabilitação de
inválidos, lares de idosos, centros de dia e
a) (Eliminada) centros de convívio para idosos, colónias de
férias, albergues de juventude ou outros
equipamentos sociais pertencentes a
17
Aditado pelo n.º1 do artigo 3.º da Lei 107-B/2003, de 31 de
pessoas colectivas de direito público ou
Dezembro.
13
instituições particulares de solidariedade organismos sem finalidade lucrativa, desde
social ou cuja utilidade social seja, em que efectuadas única e exclusivamente por
qualquer caso, reconhecida pelas intermédio dos seus próprios agentes. A
autoridades competentes; presente isenção abrange também as
transmissões de bens estreitamente conexas
9 - As prestações de serviços efectuadas por
com as prestações de serviços referidas;
organismos sem finalidade lucrativa que
explorem estabelecimentos ou instalações 15 - As prestações de serviços e as
destinados à prática de actividades transmissões de bens com elas conexas,
artísticas, desportivas, recreativas e de efectuadas por pessoas colectivas de direito
educação física a pessoas que pratiquem público e organismos sem finalidade
essas actividades; lucrativa, relativas a congressos, colóquios,
conferências, seminários, cursos e
10 - As prestações de serviços que tenham por
manifestações análogas de natureza
objecto o ensino, bem como as transmissões
científica, cultural, educativa ou técnica;
de bens e prestações de serviços conexas,
como sejam o fornecimento de alojamento 16 - As prestações de serviços efectuadas aos
e alimentação, efectuadas por respectivos promotores:
estabelecimentos integrados no Sistema
Nacional de Educação ou reconhecidos a) (Eliminada)
como tendo fins análogos pelos ministérios b) Por actores, chefes de orquestra, músicos e
competentes; outros artistas, actuando quer
11 - As prestações de serviços que tenham por individualmente quer integrados em
objecto a formação profissional, bem como conjuntos, para a execução de espectáculos
as transmissões de bens e prestações de teatrais, cinematográficos, coreográficos,
serviços conexas, como sejam o musicais, de music-hall, de circo e outros,
fornecimento de alojamento, alimentação e para a realização de filmes, e para a edição de
material didáctico, efectuadas por discos e de outros suportes de som ou
organismos de direito público ou por imagem;
entidades reconhecidas como tendo c) Por desportistas e artistas tauromáquicos,
competência nos domínios da formação e actuando quer individualmente quer
reabilitação profissionais pelos ministérios integrados em grupos, em competições
competentes; desportivas e espectáculos tauromáquicos.
12 - As prestações de serviços que consistam
em lições ministradas a título pessoal sobre 17 - A transmissão do direito de autor e a
matérias do ensino escolar ou superior; autorização para a utilização da obra
intelectual, definidas no Código de Direito
13 - As locações de livros e outras publicações, de Autor, quando efectuadas pelos próprios
partituras musicais, discos, bandas autores, seus herdeiros ou legatários;
magnéticas e outros suportes de cultura e,
em geral, as prestações de serviços e 18 - A transmissão de exemplares de qualquer
transmissões de bens com aquelas obra literária, científica, técnica ou artística
estreitamente conexas, desde que editada sob forma bibliográfica pelo autor,
efectuadas por organismos sem finalidade quando efectuada por este, seus herdeiros
lucrativa; ou legatários, ou ainda por terceiros, por
conta deles, salvo quando o autor for pessoa
14 - As prestações de serviços que consistam colectiva;
em proporcionar a visita, guiada ou não, a
museus, galerias de arte, castelos, palácios, 19 - (Revogado).
monumentos, parques, perímetros 20 - A cedência de pessoal por instituições
florestais, jardins botânicos, zoológicos e religiosas ou filosóficas para a realização de
semelhantes, pertencentes ao Estado, outras actividades isentas nos termos deste
pessoas colectivas de direito público ou
14
diploma ou para fins de assistência 27 - As prestações de serviços efectuadas por
espiritual; empresas funerárias e de cremação, bem
como as transmissões de bens acessórias
21 - As prestações de serviços e as
aos mesmos serviços;
transmissões de bens com elas conexas
efectuadas no interesse colectivo dos seus 28 - As operações seguintes:
associados por organismos sem finalidade
lucrativa, desde que esses organismos a) A concessão e a negociação de créditos,
prossigam objectivos de natureza política, sob qualquer forma, compreendendo
sindical, religiosa, humanitária, filantrópica, operações de desconto e redesconto, bem
recreativa, desportiva, cultural, cívica ou de como a sua administração ou gestão
representação de interesses económicos e a efectuada por quem os concedeu;
única contraprestação seja uma quota fixada b) A negociação e a prestação de fianças,
nos termos dos estatutos; avales, cauções e outras garantias, bem como
a administração ou gestão de garantias de
22 - As transmissões de bens e as prestações de créditos efectuada por quem os concedeu;
serviços efectuadas por entidades cujas
actividades habituais se encontram isentas c) As operações, compreendendo a
nos termos dos n.ºs 2, 7, 8, 9, 10, 11, 13, 14, negociação, relativas a depósitos de fundos,
15 e 21 deste artigo, aquando de contas-correntes, pagamentos, transferências,
manifestações ocasionais destinadas à recebimentos, cheques, efeitos de comércio e
angariação de fundos em seu proveito afins, com excepção das operações de
exclusivo, desde que esta isenção não simples cobrança de dívidas;
provoque distorções de concorrência; d) As operações, incluindo a negociação, que
23 - As prestações de serviços fornecidas aos tenham por objecto divisas, notas bancárias e
seus membros por grupos autónomos de moedas, que sejam meios legais de
pessoas que exerçam uma actividade isenta, pagamento, com excepção das moedas e
desde tais serviços sejam directamente notas que não sejam normalmente utilizadas
necessários ao exercício da actividade e os como tal, ou que tenham interesse
grupos se limitem a exigir dos seus numismático;
membros o reembolso exacto da parte que e) (Revogada)
lhes incumbe nas despesas comuns, desde
que, porém, esta isenção não seja f) As operações e serviços, incluindo a
susceptível de provocar distorções de negociação, mas com exclusão da simples
concorrência; guarda e administração ou gestão, relativos a
acções, outras participações em sociedades ou
23 - A - Para efeitos do disposto no número associações, obrigações e demais títulos, com
anterior considera-se que os membros do exclusão dos títulos representativos de
grupo autónomo ainda exercem uma mercadorias e dos títulos representativos de
actividade isenta, desde que a percentagem operações sobre bens imóveis quando
de dedução determinada nos termos do efectuadas por um prazo inferior a 20 anos;
artigo 23.º não seja superior a 10%.
g) Os serviços e operações relativos à
24 - As prestações de serviços e as colocação, tomada e compra firmes de
transmissões de bens conexas efectuadas emissões de títulos públicos ou privados;
pelos serviços públicos postais, com
excepção das telecomunicações; h) A administração ou gestão de fundos de
investimento;
25 - As transmissões, pelo seu valor facial, de
selos do correio em circulação ou de 29 - As operações de seguro e resseguro, bem
valores selados, e bem assim as respectivas como as prestações de serviços conexas
comissões de venda; efectuadas pelos corretores e intermediários
26 - O serviço público de remoção de lixos; de seguro;

15
30 - A locação de bens imóveis. Esta isenção prestação de serviços aos seus associados
não abrange: agricultores;
38 - As prestações de serviços a seguir
a) As prestações de serviços de alojamento,
indicadas quando levadas a cabo por
efectuadas no âmbito da actividade hoteleira
organismos sem finalidade lucrativa que
ou de outras com funções análogas, incluindo
sejam associações de cultura e recreio:
parques de campismo;
a) Cedência de bandas de música;
b) A locação de áreas para recolha ou
estacionamento colectivo de veículos; b) Sessões de teatro;
c) A locação de máquinas e outros c) Ensino de ballet e de música.
equipamentos de instalação fixa, bem como
qualquer outra locação de bens imóveis de 39 - (Revogado).
que resulte a transferência onerosa da 40 - Os serviços de alimentação e bebidas
exploração de estabelecimento comercial ou fornecidos pelas entidades patronais aos
industrial; seus empregados;
d) A locação de cofres-fortes; 41 - As actividades das empresas públicas de
e) A locação de espaços para exposições ou rádio e televisão que não tenham carácter
publicidade; comercial.

31 - As operações sujeitas a sisa; Artigo 10.º


32 - A lotaria da Santa Casa da Misericórdia, as Para efeitos de isenção, apenas serão
apostas mútuas, o bingo, os sorteios e as considerados como organismos sem finalidade
lotarias instantâneas devidamente lucrativa os que, simultaneamente:
autorizados, bem como as respectivas
comissões e todas as actividades sujeitas a a) Em caso algum distribuam lucros e os seus
impostos especiais sobre o jogo; corpos gerentes não tenham, por si ou
33 - As transmissões de bens afectos interposta pessoa, algum interesse directo ou
exclusivamente a uma actividade isenta, indirecto nos resultados da exploração;
quando não tenham sido objecto do direito b) Disponham de escrituração que abranja
à dedução, e bem assim as transmissões de todas as suas actividades e a ponham à
bens cuja aquisição ou afectação tenha sido disposição dos serviços fiscais,
feita com exclusão do direito à dedução nos designadamente para comprovação do
termos do n.º 1 do artigo 21.º; referido na alínea anterior;
34 - (Eliminado) c) Pratiquem preços homologados pelas
35 - (Eliminado) autoridades públicas ou, para as operações
não susceptíveis de homologação, preços
36 - As transmissões de bens efectuadas no inferiores aos exigidos para análogas
âmbito das explorações enunciadas no operações pelas empresas comerciais sujeitas
anexo A ao presente Código, bem como as de imposto;
prestações de serviços agrícolas definidas
no anexo B, quando efectuadas com d) Não entrem em concorrência directa com
carácter acessório por um produtor agrícola sujeitos passivos do imposto.
que utiliza os seus próprios recursos de
mão-de-obra e equipamento normal da Artigo. 11.º
respectiva exploração agrícola e silvícola;
O Ministro das Finanças e do Plano poderá
37 - As prestações de serviços efectuadas por determinar a sujeição a imposto de algumas das
cooperativas que, não sendo de produção actividades referidas nos n.ºs 36 e 37 do artigo
agrícola, desenvolvam uma actividade de 9.º sempre que as respectivas isenções

16
ocasionem distorções significativas de autónomas destes a outros sujeitos passivos
concorrência. do imposto, que os utilizem, total ou
parcialmente, em actividades tributadas e
Artigo. 12.º que não sejam retalhistas sujeitos ao regime
especial constante dos artigos 60.º e
1 - Poderão renunciar à isenção, optando pela seguintes, poderão renunciar à isenção
aplicação do imposto às suas operações: prevista no n.º 30 do artigo 9.º desde que na
contabilidade os proveitos e custos relativos
a) Os sujeitos passivos que efectuem as aos imóveis a arrendar com sujeição a
prestações de serviços referidas nos n.ºs 11 e imposto sejam registados separadamente.
40 do artigo 9.º;
5 - Os sujeitos passivos do imposto que
b) Os estabelecimentos hospitalares, clínicas, efectuem transmissões de imóveis ou de
dispensários e similares, não pertencentes a partes autónomas destes a favor de outros
pessoas colectivas de direito público ou a sujeitos do imposto que os utilizem, total ou
instituições privadas integradas no sistema parcialmente, em actividades tributadas e
nacional de saúde, que efectuem prestações que não sejam retalhistas sujeitos ao regime
de serviços médicos e sanitários e operações especial constante dos artigos 60.º e
com elas estreitamente conexas; seguintes poderão renunciar à isenção
c) Os sujeitos passivos que exerçam as prevista no n.º 31 do artigo 9.º, desde que
actividades referidas nos n.ºs 36 e 37 do na contabilidade os proveitos e custos
artigo 9.º. relativos aos imóveis a alienar com sujeição
a imposto sejam registados separadamente.
d) (Revogada) 18
6 - Para exercer a renúncia prevista nos
2 - O direito de opção será exercido mediante a números anteriores o locador ou o alienante
entrega na repartição de finanças deverão apresentar declaração, de modelo
competente da declaração de início ou de aprovado, de que conste o nome do
alterações, consoante os casos, produzindo locatário ou do adquirente, a renda ou preço
efeitos a partir da data da sua apresentação. e demais condições do contrato.
3 - Tendo exercido o direito de opção nos Comprovados os pressupostos referidos
termos dos números anteriores, o sujeito naqueles números, a administração fiscal
passivo é obrigado a permanecer no regime emitirá um certificado, isento de selo, que
por que optou durante um período de, pelo será exibido aquando da celebração do
menos, cinco anos, devendo, findo tal contrato ou da escritura de transmissão.
prazo, no caso de desejar voltar ao regime 7 - O direito à dedução do imposto, nestes
de isenção: casos, obedecerá às regras constantes dos
artigos 19.º e seguintes, salvo o disposto em
a) Apresentar, durante o mês de Janeiro de normas regulamentares especiais.
um dos anos seguintes àquele em que se tiver
completado o prazo do regime de opção, a SECÇÃO II
declaração a que se refere o artigo 31.º, a qual
produzirá efeitos a partir de 1 de Janeiro do Isenções na importação
ano da sua apresentação;
Artigo. 13.º
b) Sujeitar a tributação as existências
remanescentes e proceder, nos termos do n.º
5 do artigo 24.º, à regularização da dedução 1 - Estão isentas do imposto:
quanto a bens do activo imobilizado.
a) As importações definitivas de bens cuja
4 - Os sujeitos passivos do imposto que transmissão no território nacional seja isenta
arrendem bens imóveis ou partes do imposto;

18
Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (OE/2007).
17
b) As importações das embarcações referidas ser requerido nos termos estabelecidos
na alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º e dos naquele diploma;
objectos, incluindo o equipamento de pesca,
l) (Revogada)
nelas incorporados ou que sejam utilizados
para a sua exploração; m) (Revogada)
c) As importações definitivas das aeronaves n) (Revogada)
referidas na alínea g) do n.º 1 do artigo 14.º e o) (Revogada)
dos objectos nelas incorporados ou que sejam
utilizados para a sua exploração; 2 - Estão isentas do imposto as importações de
d) As importações de bens de abastecimento bens efectuadas:
que, desde a entrada em território nacional até
à chegada ao porto ou aeroporto nacionais de a) No âmbito de acordos e convénios
destino e durante a permanência nos mesmos internacionais de que Portugal seja parte, nas
pelo período normal necessário ao condições e limites acordados;
cumprimento das suas tarefas, sejam b) No âmbito das relações diplomáticas e
consumidos ou se encontrem a bordo das consulares que beneficiem de franquia
embarcações que efectuem navegação aduaneira;
marítima internacional ou de aviões que
c) Por organizações internacionais
efectuem navegação aérea internacional;
reconhecidas por Portugal e, bem assim,
e) As importações, efectuadas por armadores pelos membros dessas organizações, nos
de navios, do produto da pesca resultante das limites e nas condições fixados nas
capturas por eles efectuadas que não tenha convenções internacionais que instituíram as
sido objecto de operações de transformação, referidas organizações ou nos acordos de
não sendo consideradas como tais as sede;
destinadas a conservar os produtos para
d) No âmbito do Tratado do Atlântico Norte,
comercialização, se efectuadas antes da
pelas forças armadas dos outros Estados que
primeira transmissão dos mesmos;
são Partes no referido Tratado, para uso
f) As prestações de serviços conexas com a dessas forças armadas ou do elemento civil
importação cujo valor esteja incluído no valor que as acompanha ou para o
tributável das importações de bens a que se aprovisionamento das suas messes ou
refiram, conforme o estabelecido na alínea b) cantinas, quando as referidas forças se
do n.º 2 do artigo 17.º; encontrem afectas ao esforço comum de
g) A reimportação de bens no estado em que defesa.
foram exportados, por parte de quem os 3 - A isenção referida na alínea d) do n.º 1 não
exportou, e que beneficiem de franquia será aplicável a:
aduaneira;
a) Provisões de bordo que se encontrem nas
h) As importações de ouro efectuadas pelo
seguintes embarcações:
Banco de Portugal;
I) As que estejam a ser desmanteladas ou
i) As importações de gás, através do sistema
utilizadas em fins diferentes da realização
de distribuição de gás natural, e de
dos que são próprios da navegação
electricidade; 19
marítima internacional, enquanto durarem
j) As importações de triciclos, cadeiras de tais circunstâncias;
rodas, com ou sem motor, automóveis
II) As utilizadas como hotéis, restaurantes
ligeiros de passageiros ou mistos para uso
ou casinos flutuantes ou para fins
próprio dos deficientes, de acordo com os
semelhantes, durante a sua permanência
condicionalismos do Decreto-Lei n.º 103-
num porto ou em águas territoriais ou
A/90, de 22 de Março, devendo o benefício
interiores do território nacional;
19
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005).
18
III) As de recreio, durante a sua de tais trabalhos em território nacional e em
permanência num porto ou em águas seguida expedidos ou transportados para fora
territoriais ou interiores do território da Comunidade por quem os prestou, pelo
nacional; seu destinatário não estabelecido em território
nacional ou por um terceiro por conta destes;
IV) As de pesca costeira;
d) As transmissões de bens de abastecimento
V) As de guerra com pavilhão português.
postos a bordo das embarcações afectas à
b) Combustíveis e carburantes que não sejam navegação marítima em alto mar e que
os contidos nos depósitos normais. assegurem o transporte remunerado de
passageiros ou o exercício de uma actividade
4 - (Revogado) comercial, industrial ou de pesca;
5 - (Revogado) e) As transmissões de bens de abastecimento
6 - (Revogado) postos a bordo das embarcações de
salvamento, assistência marítima e pesca
7 - (Revogado) costeira, com excepção, em relação a estas
8 - (Revogado) últimas, das provisões de bordo;
SECÇÃO III f) As transmissões, transformações,
reparações, operações de manutenção,
Isenções na exportação, operações construção, frete e aluguer de embarcações
afectas às actividades a que se referem as
assimiladas a exportações e transportes
alíneas d) e e), assim como as transmissões,
internacionais aluguer, reparação e conservação dos
objectos, incluindo o equipamento de pesca,
Artigo. 14.º incorporados nas referidas embarcações ou
que sejam utilizados para a sua exploração;
1 - Estão isentas do imposto: g) As transmissões, transformações,
reparações e operações de manutenção, frete
a) As transmissões de bens expedidos ou e aluguer de aeronaves utilizadas pelas
transportados para fora da Comunidade pelo companhias de navegação aérea que se
vendedor ou por um terceiro por conta deste; dediquem principalmente ao tráfego
b) As transmissões de bens expedidos ou internacional, assim como as transmissões,
transportados para fora da Comunidade por reparações, operações de manutenção e
um adquirente sem residência ou aluguer dos objectos incorporados nas
estabelecimento em território nacional ou por mesmas aeronaves ou que sejam utilizados
um terceiro por conta deste, ainda que, antes para a sua exploração;
da sua expedição ou transporte, sofram no h) As transmissões de bens de abastecimento
interior do País uma reparação, uma postos a bordo das aeronaves referidas na
transformação, uma adaptação ou qualquer alínea anterior;
outro trabalho, efectuado por terceiros agindo
por conta do adquirente, com excepção dos i) As transmissões de bens de abastecimento
bens destinados ao equipamento ou postos a bordo das embarcações de guerra
abastecimento de barcos desportivos e de classificadas pelo código 8906 00 10 da
recreio, de aviões de turismo ou de qualquer Nomenclatura Combinada, quando deixem o
outro meio de transporte de uso privado e dos país com destino a um porto ou ancoradouro
bens transportados nas bagagens pessoais dos situado no estrangeiro;
viajantes com domicílio ou residência j) As prestações de serviços não mencionadas
habitual em outro Estado membro; nas alíneas f) e g) do presente número,
c) As prestações de serviços que consistam efectuadas com vista às necessidades directas
em trabalhos realizados sobre bens móveis, das embarcações e aeronaves ali referidas e
adquiridos ou importados para serem objecto da respectiva carga;
19
l) As transmissões de bens e as prestações de acrescentado e que tenha utilizado o
serviços efectuadas no âmbito de relações respectivo número de identificação para
diplomáticas e consulares, cuja isenção efectuar a aquisição;
resulte de acordos e convénios internacionais
r) O transporte de pessoas provenientes ou
celebrados por Portugal; com destino ao estrangeiro, bem como o das
m) As transmissões de bens e as prestações provenientes ou com destino às Regiões
de serviços destinadas a organismos Autónomas, e ainda o transporte de pessoas
internacionais reconhecidos por Portugal ou efectuado entre as ilhas naquelas Regiões;
por qualquer outro Estado membro da
s) As prestações de serviços realizadas por
Comunidade Europeia, ou a membros dos intermediários que actuam em nome e por
mesmos organismos, nos limites fixados nos
conta de outrem, quando intervenham em
acordos e convénios internacionais que operações descritas no presente artigo ou em
instituíram esses organismos ou nos
operações realizadas fora da Comunidade;
respectivos acordos de sede;
t) O transporte de mercadorias entre as ilhas
n) As transmissões de bens e as prestações de que compõem as Regiões Autónomas dos
serviços efectuadas no âmbito do Tratado do
Açores e da Madeira, bem como o transporte
Atlântico Norte às forças armadas dos outros de mercadorias entre estas regiões e o
Estados que são Partes no referido Tratado,
continente, ou qualquer outro Estado
para uso dessas forças armadas ou do membro, e vice-versa;
elemento civil que as acompanha ou para o
aprovisionamento das suas messes ou u) As transmissões para o Banco de Portugal
cantinas, quando as referidas forças se de ouro em barra ou em outras formas não
encontrem afectas ao esforço comum de trabalhadas;
defesa; v) As transmissões de bens e as prestações de
o) As transmissões de bens para organismos serviços destinadas às forças armadas de
devidamente reconhecidos que os exportem qualquer outro Estado que seja parte no
para fora da Comunidade no âmbito das suas Tratado do Atlântico Norte, que não seja o
actividades humanitárias, caritativas ou Estado membro da Comunidade Europeia
educativas, mediante prévio reconhecimento para o qual os bens são expedidos ou os
do direito à isenção; serviços prestados, para uso dessas forças
armadas ou do elemento civil que as
p) As prestações de serviços, incluindo os acompanham, ou para o aprovisionamento
transportes e as operações acessórias, com das respectivas messes ou cantinas, quando as
excepção das referidas no artigo 9.º deste referidas forças se encontrem afectas ao
diploma, que estejam directamente esforço comum de defesa.
relacionadas com o regime de trânsito
comunitário externo, o procedimento de x) (Revogada)
trânsito comunitário interno, a exportação de z) (Revogada)
bens para fora da Comunidade, a importação
temporária com isenção total de direitos e a 2 - As isenções referidas nas alíneas d), e) e h)
importação de bens destinados a um dos do n.º 1, no que se refere às transmissões de
regimes ou locais a que se refere o n.º 1 do bebidas, efectivar-se-ão através do
artigo 15.º; exercício do direito à dedução ou da
q) As prestações de serviços, com excepção restituição do imposto, não se
das referidas no artigo 9.º deste diploma, que considerando, para o efeito, o disposto na
se relacionem com a expedição ou transporte alínea d) do n.º 1 do artigo 21.º. 3 - Para
de bens destinados a outros Estados efeitos do estabelecido neste Código,
membros, quando o adquirente dos serviços entende-se por bens de abastecimento:
seja um sujeito passivo do imposto, dos
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, a) As provisões de bordo, sendo considerados
registado em imposto sobre o valor como tais os produtos destinados
20
exclusivamente ao consumo da tripulação e abastecimento das plataformas de
dos passageiros; perfuração ou de exploração situadas em
águas territoriais ou em trabalhos de ligação
b) Os combustíveis, carburantes, lubrificantes
dessas plataformas ao continente;
e outros produtos destinados ao
funcionamento das máquinas de propulsão e V) Colocados em regime de entreposto não
de outros aparelhos de uso técnico instalados aduaneiro.
a bordo; c) As prestações de serviços conexas com as
c) Os produtos acessórios destinados à transmissões a que se refere a alínea anterior;
preparação, tratamento e conservação das
d) As transmissões de bens e as prestações de
mercadorias transportadas a bordo. serviços a eles directamente ligadas,
4 - Para efeitos do presente artigo, é assimilado efectuadas nos locais ou sob os regimes
ao transporte de pessoas provenientes ou referidos na alínea b), enquanto se
com destino ao estrangeiro o de pessoas mantiverem numa das situações ali
com proveniência ou com destino às mencionadas;
Regiões Autónomas e ainda o transporte de e) As transmissões de bens efectuadas
pessoas entre as ilhas das mesmas Regiões. enquanto se mantiverem os regimes de
importação temporária com isenção total de
5 - As isenções da alínea d) e f) do n.º 1 não se
direitos ou de trânsito externo, ou o
aplicam às operações aí referidas quando se
procedimento de trânsito comunitário interno,
destinem ou respeitem a barcos desportivos
bem como as prestações de serviços conexas
ou de recreio.
com tais transmissões.
SECÇÃO IV
2 - As situações referidas nos n.ºs I), II), III) e
Outras isenções IV) da alínea b) do n.º 1 do presente artigo
são as definidas nas disposições aduaneiras
Artigo. 15.º em vigor.
3 - Para efeitos do disposto no n.º V) da alínea
1 - Estão isentas do imposto as operações a b) do n.º 1, consideram-se entrepostos não
seguir indicadas, desde que os bens a que se aduaneiros: 20
referem não se destinem a utilização a) Os locais autorizados nos termos do artigo
definitiva ou consumo final e enquanto 21º do Código dos Impostos Especiais sobre
estes se mantiverem nas respectivas o Consumo, relativamente aos bens sujeitos a
situações: impostos especiais de consumo; 21
a) As importações de bens que se destinem a b) Os locais autorizados de acordo com a
ser colocados em regime de entreposto não legislação aplicável, relativamente aos bens
aduaneiro; não abrangidos pelo disposto na alínea
anterior.
b) As transmissões de bens que se destinem a
ser: 4 – Tratando-se de bens não sujeitos a impostos
I) Apresentados na alfândega e colocados especiais de consumo, previstos no Código
eventualmente em depósito provisório; dos Impostos Especiais sobre o Consumo,
só pode ser concedida autorização para a
II) Colocados numa zona franca ou colocação em regime de entreposto não
entreposto franco; aduaneiro a bens mencionados no anexo C
III) Colocados em regime de entreposto ao presente Código que não se destinem a
aduaneiro ou de aperfeiçoamento activo; ser transmitidos no estádio do comércio a
IV) Incorporados para efeitos de 20
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
construção, reparação, manutenção, 21
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho e cf
transformação, equipamento ou Declaração de Rectificação 10-B/2003, de 31/07.
21
retalho e desde que o mesmo tipo de bens anterior ou importados com isenção ao
beneficie já do regime de entreposto abrigo da alínea j) do n.º 1 do art.º 13.º
aduaneiro, nos termos da legislação pretenderem proceder à sua alienação antes
aplicável. 22 de decorridos cinco anos sobre a data de
aquisição ou de importação, deverão pagar,
5 - Não obstante o disposto no número anterior, junto das entidades competentes para a
poderão beneficiar do regime de entreposto cobrança do imposto automóvel, o imposto
não aduaneiro os bens cuja transmissão se sobre o valor acrescentado correspondente
destine a ser efectuada: ao preço de venda, que não poderá ser
inferior ao que resulta da aplicação ao preço
a) Em balcões de venda situados no interior do veículo novo à data de venda, com
do aeroporto ou de uma gare marítima, a exclusão do IVA, das percentagens
viajantes que se dirijam para outro Estado referidas no n.º 2 do artigo 3.º-A do
membro ou para um país terceiro; Decreto-Lei n.º 143/86, de 16 de Junho.
b) A bordo de uma aeronave ou de um navio, 10 - Estão isentas do imposto as transmissões, a
durante um voo ou uma travessia marítima título gratuito, de bens alimentares, para
cujo local de chegada se situe noutro Estado posterior distribuição a pessoas carenciadas,
membro ou fora do território da Comunidade; efectuadas a instituições particulares de
c) Por um sujeito passivo, nos termos solidariedade social e a organizações não
previstos nas alíneas l), m) e n) do n.º 1 do governamentais sem fins lucrativos.
artigo 14.º.
CAPÍTULO III
6 - O imposto será devido e exigível à saída dos
bens do regime de entreposto não aduaneiro VALOR TRIBUTÁVEL
a quem os faça sair, devendo o valor
tributável incluir o valor das operações SECÇÃO I
isentas, eventualmente realizadas enquanto
os bens se mantiverem naquele regime. Valor tributável nas transacções internas

7 - O disposto nos números anteriores é Artigo 16.º


igualmente aplicável às aquisições
intracomunitárias de bens, efectuadas nos
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 2, o valor
termos do regime do IVA nas transacções
tributável das transmissões de bens e das
intracomunitárias, quando os bens se
prestações de serviços sujeitas a imposto
destinem a ser colocados num dos regimes
será o valor da contraprestação obtida ou a
ou das situações referidos na alínea b) do
obter do adquirente, do destinatário ou de
n.º 1.
um terceiro.
8 - São também isentas de imposto as
2 - Nos casos das transmissões de bens e das
transmissões de triciclos, cadeiras de rodas,
prestações de serviços a seguir enumeradas,
com ou sem motor, automóveis ligeiros de
o valor tributável será:
passageiros ou mistos para uso próprio de
deficientes, de acordo com os a) Para as operações referidas na alínea d) do
condicionalismos do Decreto-Lei n.º 103- n.º 3 do artigo 3.º, o valor constante da
A/90, de 22 de Março, devendo o benefício factura a emitir nos termos da alínea a) do n.º
ser requerido nos termos estabelecidos 1 do artigo 37.º;
naquele diploma.
b) Para as operações referidas nas alíneas f) e
9 - Se os proprietários dos veículos adquiridos g) do n.º 3 do artigo 3.º, o preço de aquisição
com a isenção conferida pelo número dos bens ou de bens similares, ou, na sua
falta, o preço de custo, reportados ao
22
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
momento da realização das operações;

22
c) Para as operações referidas nas alíneas a) e 5 - O valor tributável das transmissões de bens
b) do n.º 2 do artigo 4.º, o valor normal do e das prestações de serviços sujeitas a
serviço, definido no n.º 4 do presente artigo; imposto incluirá:
d) Para as transmissões de bens e prestações a) Os impostos, direitos, taxas e outras
de serviços resultantes de actos de imposições, com excepção do próprio
autoridades públicas, a indemnização ou imposto sobre o valor acrescentado;
qualquer outra forma de compensação;
b) As despesas acessórias debitadas, como
e) Para as transmissões de bens entre o sejam as respeitantes a comissões,
comitente e o comissário ou entre o
embalagem, transporte, seguros e publicidade
comissário e o comitente, respectivamente, o efectuada por conta do cliente;
preço de venda acordado pelo comissário,
diminuído da comissão, e o preço de compra c) As subvenções directamente conexas com
acordado pelo comissário, aumentado da o preço de cada operação, considerando como
comissão; tais as que são estabelecidas em função do
número de unidades transmitidas ou do
f) Para as transmissões de bens em 2.ª mão, volume dos serviços prestados e sejam
de objectos de arte, de colecção ou fixadas anteriormente à realização das
antiguidades, efectuadas de acordo com o operações.
disposto em legislação especial, a diferença,
devidamente justificada, entre o preço de 6 - Do valor tributável referido no número
venda e o preço de compra; anterior serão excluídos:
g) Para as transmissões de bens resultantes de
actos de arrematação ou venda judicial ou a) Os juros pelo pagamento diferido da
administrativa, de conciliação ou de contratos contraprestação e as quantias recebidas a
de transacção, o valor por que as título de indemnização declarada
arrematações ou vendas tiverem sido judicialmente, por incumprimento total ou
efectuadas ou, se for caso disso, o valor parcial de obrigações;
normal dos bens transmitidos; b) Os descontos, abatimentos e bónus
h) Para as operações resultantes de um concedidos;
contrato de locação financeira, o valor da c) As quantias pagas em nome e por conta do
renda recebida ou a receber do locatário. adquirente dos bens ou do destinatário dos
serviços, registadas pelo contribuinte em
3 - Nos casos em que a contraprestação não contas de terceiros apropriadas;
seja definida, no todo ou em parte, em
dinheiro, o valor tributável será o montante d) As quantias respeitantes a embalagens,
recebido ou a receber, acrescido do valor desde que as mesmas não tenham sido
normal dos bens ou serviços dados em efectivamente transaccionadas e da factura ou
troca. documento equivalente constem os elementos
referidos na parte final da alínea b) do n.º 5
4 - Entender-se-á por valor normal de um bem do artigo 35.º.
ou serviço o preço, aumentado dos
elementos referidos no n.º 5 deste artigo, na 7 - Sempre que não for obrigatória a inclusão
medida em que nele não estejam incluídos, no valor tributável das subvenções
que um adquirente ou destinatário, no recebidas, poderão os sujeitos passivos
estádio de comercialização onde é optar pela sua sujeição a imposto, retirando-
efectuada a operação e em condições o dos montantes recebidos.
normais de concorrência, teria de pagar a
um fornecedor ou prestador independente, 8 - Legislação especial regulamentará o
no tempo e lugar em que é efectuada a apuramento do imposto quando o valor
operação ou no tempo e lugar mais tributável houver de ser determinado de
próximos, para obter o bem ou o serviço. harmonia com o disposto na alínea f) do n.º
2.
23
9 - Sempre que os elementos necessários à primeira ruptura de carga, se esta se
determinação do valor tributável sejam efectuar no interior do país, ou, caso tal não
expressos em moeda diferente da moeda se verifique, o lugar da importação.
nacional, as taxas de câmbio a utilizar serão
4 - Do valor tributável dos bens importados
as constantes das tabelas indicativas serão excluídas as reduções de preço
divulgadas pelo Banco de Portugal ou as de
resultantes do desconto por pagamento
venda praticadas por qualquer banco antecipado e os descontos concedidos ao
estabelecido no território nacional.
adquirente ou ao destinatário no momento
10 - Para os efeitos previstos no número em que a operação se realiza e que
anterior, os sujeitos passivos poderão ainda figurarem separadamente na factura.
optar entre considerar a taxa do dia em que 5 - Nos casos de reimportação de bens
se verificou a exigibilidade do imposto ou a exportados temporariamente para fora do
do primeiro dia útil do respectivo mês. território da Comunidade e que aí tenham
sido objecto de trabalhos de reparação,
SECÇÃO II
transformação ou complemento de fabrico,
Valor tributável na importação de bens o valor tributável será o que corresponder à
operação efectuada, determinado de
Artigo 17.º harmonia com o disposto nos números
anteriores.
1 - O valor tributável dos bens importados é 6 - Sempre que os elementos utilizados na
constituído pelo valor aduaneiro, determinação do valor tributável na
determinado de harmonia com as importação não sejam expressos em moeda
disposições comunitárias em vigor. nacional, a taxa de câmbio será determinada
de harmonia com as disposições
2 - O valor tributável dos bens importados comunitárias em vigor para o cálculo do
incluirá, na medida em que nele não valor aduaneiro.
estejam compreendidos:
CAPÍTULO IV
a) Os impostos, direitos aduaneiros, taxas e
demais encargos devidos antes ou em virtude TAXAS
da própria importação, com exclusão do
imposto sobre o valor acrescentado; Artigo 18.º
b) As despesas acessórias, tais como despesas
de comissões, embalagem, transportes e 1 - As taxas do imposto são as seguintes:
seguros, verificadas até ao primeiro lugar de
destino dos bens em território nacional, ou a) Para as importações, transmissões de bens
outro lugar de destino no território da e prestações de serviços constantes da lista I
Comunidade se este for conhecido no anexa a este diploma, a taxa de 5%;
momento em que ocorre o facto gerador na b) Para as importações, transmissões de bens
importação, com exclusão das despesas de e prestações de serviços constantes da Lista II
transporte a que se refere a alínea t) do n.º 1 anexa a este diploma, a taxa de 12%;
do artigo 14.º;
c) Para as restantes importações, transmissões
c) O valor das operações referidas na alínea de bens e prestações de serviços, a taxa de
p) do n.º 1 do artigo 14.º e nas alíneas b) a e) 21%. 23
do n.º 1 do artigo 15.º.
2 - Estão sujeitas à taxa a que se refere a alínea
3 - Considera-se lugar de destino aquele que se a) do n.º 1 as importações e transmissões de
encontre documentalmente comprovado
perante os serviços aduaneiros ou, na falta
dessa indicação, o lugar em que ocorra a 23
Redacção dada pelo artigo 1.º da Lei 39/2005, de 24 de Junho
(entrada em vigor em 1 de Julho de 2005).
24
objectos de arte previstas em legislação aplicar-se-á a taxa referida na alínea c) do
especial. n.º 1, independentemente da sua natureza. 26
3 - As taxas a que se referem as alíneas a), b) e 9 - A taxa aplicável é a que vigora no momento
c) do n.º 1 são, respectivamente, de 4%, 8% em que o imposto se torna exigível.27
e 15%, relativamente às operações que, de
acordo com a legislação especial, se CAPÍTULO V
considerem efectuadas nas Regiões
Autónomas dos Açores e da Madeira. 24 LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DO
4 - Nas transmissões de bens constituídos pelo IMPOSTO
agrupamento de várias mercadorias,
formando um produto comercial distinto, SECÇÃO I
aplicar-se-ão as seguintes taxas:
Deduções
a) Quando as mercadorias que compõem a
unidade de venda não sofram alterações da Artigo 19.º
sua natureza nem percam a sua
individualidade, a taxa aplicável ao valor 1 - Para apuramento do imposto devido, os
global das mercadorias será a que lhes sujeitos passivos deduzirão, nos termos dos
corresponder ou, se lhes couberem taxas artigos seguintes, ao imposto incidente
diferentes, a mais elevada; sobre as operações tributáveis que
b) Quando as mercadorias que compõem a efectuaram:
unidade de venda sofram alterações da sua
natureza e qualidade ou percam a sua a) O imposto devido ou pago pela aquisição
individualidade, a taxa aplicável ao conjunto de bens e serviços a outros sujeitos passivos;
será a que, como tal, lhes corresponder. b) O imposto devido pela importação de
5 - Nas prestações de serviços respeitantes a bens;
contratos de locação financeira, o imposto c) O imposto pago pela aquisição dos bens ou
será aplicado com a mesma taxa que seria dos serviços indicados na alínea i) do n.º 1 do
aplicável no caso de transmissão dos bens artigo 2.º e nos n.ºs 8, 11, 13 e 16, na alínea b)
dados em locação financeira. do n.º 17 e nos n.ºs 19 e 22 do artigo 6.º. 28
6 - A taxa aplicável às prestações de serviços a d) O imposto pago como destinatário de
que se refere a alínea c) do n.º 2 do artigo operações tributáveis efectuadas por sujeitos
4.º é a mesma que seria aplicável no caso de passivos estabelecidos no estrangeiro, quando
transmissão de bens obtidos após a estes não tenham no território nacional um
execução da empreitada. representante legalmente acreditado e não
7 - Aos serviços referidos na alínea n) do n.º 8 houverem facturado o imposto;
do artigo 6.º aplica-se a taxa referida na e) O imposto pago pelo sujeito passivo à
alínea c) do n.º 1. 25 saída dos bens de um regime de entreposto
8 - Quando não isentas, ao abrigo do artigo 13.º não aduaneiro, de acordo com o n.º 6 do
ou de outros diplomas, às importações de artigo 15.º.
mercadorias que sejam objecto de pequenas
2 - Só confere direito à dedução o imposto
remessas enviadas a particulares ou que
mencionado em facturas e documentos
sejam contidas nas bagagens pessoais dos
equivalentes passados em forma legal, bem
viajantes, sujeitas ao direito aduaneiro
como no recibo de pagamento de IVA que
forfetário previsto nas disposições
preliminares da Pauta Aduaneira Comum,
26
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
24 27
Redacção dada pelo artigo 1.º da Lei 39/2005, de 24 de Junho Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
(entrada em vigor em 1 de Julho de 2005). 28
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro
25
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho. de 2006).
25
faz parte das declarações de importação, em no território nacional;
nome e na posse do sujeito passivo.
III) - Prestações de serviços cujo valor
3 - Não poderá deduzir-se imposto que resulte esteja incluído na base tributável de bens
de operação simulada ou em que seja importados, nos termos da alínea b) do n.º 2
simulado o preço constante da factura ou do artigo 17.º;
documento equivalente. IV) - Transmissões de bens e prestações de
4 - Não poderá igualmente deduzir-se o serviços abrangidas pelas alíneas b), c), d) e
imposto que resulte de operações em que o e) do n.º 1 e pelos n.ºs 8 e 10 do artigo 15.º;
transmitente dos bens ou prestador dos V) - Operações isentas nos termos dos n.ºs
serviços não entregar nos cofres do Estado 28 e 29 do artigo 9.º, quando o destinatário
o imposto liquidado, quando o sujeito esteja estabelecido ou domiciliado fora da
passivo tenha ou devesse ter conhecimento Comunidade Europeia ou que estejam
de que o transmitente dos bens ou prestador directamente ligadas a bens, que se
de serviços não dispõe de adequada destinam a ser exportados para países não
estrutura empresarial susceptível de exercer pertencentes à mesma Comunidade;
a actividade declarada. 29
VI) - Operações isentas nos termos do
5 - No caso de facturas ou documentos artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 394-B/84, de
equivalentes emitidos pelos próprios 26 de Dezembro.
adquirentes dos bens ou serviços, o
exercício do direito à dedução fica 2 - Não haverá, porém, direito à dedução do
condicionado à verificação das condições imposto respeitante a operações que dêem
previstas no n.º 11 do artigo 35.º. 30 lugar aos pagamentos referidos na alínea c)
do n.º 6 do artigo 16.º.
6 - Para efeitos do exercício do direito à
dedução, consideram-se passados em forma Artigo 21.º
legal as facturas ou documentos
equivalentes que contenham os elementos 1 - Exclui-se, todavia, do direito à dedução o
previstos no artigo 5.º. 31 imposto contido nas seguintes despesas:
Artigo 20.º a) Despesas relativas à aquisição, fabrico ou
importação, à locação, à utilização, à
1 - Só poderá deduzir-se o imposto que tenha transformação e reparação de viaturas de
incidido sobre bens ou serviços adquiridos, turismo, de barcos de recreio, helicópteros,
importados ou utilizados pelo sujeito aviões, motos e motociclos. É considerado
passivo para a realização das operações viatura de turismo qualquer veículo
seguintes: automóvel, com inclusão do reboque, que,
pelo seu tipo de construção e equipamento,
a) Transmissões de bens e prestações de não seja destinado unicamente ao transporte
serviços sujeitas a imposto e dele não isentas; de mercadorias ou a uma utilização com
b) Transmissões de bens e prestações de carácter agrícola, comercial ou industrial ou
serviços que consistam em: que, sendo misto ou de transporte de
passageiros, não tenha mais de nove lugares,
I) - Exportações e operações isentas nos
com inclusão do condutor;
termos do artigo 14.º;
b) Despesas respeitantes a combustíveis
II) - Operações efectuadas no estrangeiro
normalmente utilizáveis em viaturas
que seriam tributáveis se fossem efectuadas
automóveis, com excepção das aquisições de
gasóleo, de gases de petróleo liquefeitos
29
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005). (GPL), gás natural e biocombustíveis, cujo
30
Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º imposto será dedutível na proporção de 50 %,
do DL 256/03, de 21 de Outubro.
31
Aditado, com efeitos a partir de, 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
a menos que se trate dos bens a seguir
do DL 256/03, de 21 de Outubro. indicados, caso em que o imposto relativo aos
26
consumos de gasóleo, GPL, gás natural e c) Despesas mencionadas nas alíneas a) a d)
biocombustíveis é totalmente dedutível; 32 do número anterior, quando efectuadas por
um sujeito passivo do imposto agindo em
I) - Veículos pesados de passageiros;
nome próprio mas por conta de um terceiro,
II) - Veículos licenciados para transportes desde que a este sejam debitadas com vista a
públicos, exceptuando-se os rent-a-car; obter o respectivo reembolso; 36
III) - Máquinas consumidoras de gasóleo, d) Despesas mencionadas nas alíneas c) e d),
GPL, gás natural ou biocombustíveis, que com excepção de tabacos, ambas do número
não sejam veículos matriculados; 33 anterior, efectuadas para as necessidades
IV) - Tractores com emprego exclusivo ou directas dos participantes, relativas à
predominante na realização de operações organização de congressos, feiras,
culturais inerentes à actividade agrícola. exposições, seminários, conferências e
similares, quando resultem de contratos
V) - Veículos de transporte de mercadorias celebrados directamente com o prestador de
com peso superior a 3500 Kg. serviços ou através de entidades legalmente
c) Despesas de transportes e viagens de habilitadas para o efeito e comprovadamente
negócios do sujeito passivo do imposto e do contribuam para a realização de operações
seu pessoal, incluindo as portagens; 34 tributáveis, cujo imposto será dedutível na
proporção de 50%; 37
d) Despesas respeitantes a alojamento,
alimentação, bebidas e tabacos e despesas de e) Despesas mencionadas na alínea c) e
recepção, incluindo as relativas ao despesas de alojamento, alimentação e
acolhimento de pessoas estranhas à empresa e bebidas previstas na alínea d), ambas do
as despesas relativas a imóveis ou parte de número anterior, relativas à participação em
imóveis e seu equipamento, destinados congressos, feiras, exposições, seminários,
principalmente a tais recepções; 35 conferências e similares, quando resultem de
contratos celebrados directamente com as
e) Despesas de divertimento e de luxo, sendo entidades organizadoras dos eventos e
consideradas como tal as que, pela sua comprovadamente contribuam para a
natureza ou pelo seu montante, não realização de operações tributáveis, cujo
constituam despesas normais de exploração. imposto é dedutível na proporção de 25 %. 38
2 - Não se verificará, contudo, a exclusão do 3 - Não conferem também direito a dedução do
direito à dedução nos seguintes casos: imposto as aquisições de bens referidos na
alínea f) do n.º 2 do artigo 16.º, quando o
a) Despesas mencionadas na alínea a) do valor da sua transmissão posterior, de
número anterior, quando respeitem a bens acordo com legislação especial, for a
cuja venda ou exploração constitua objecto de diferença entre o preço de venda e o preço
actividade do sujeito passivo, sem prejuízo do de compra.
disposto na alínea b) do mesmo número,
relativamente a combustíveis que não sejam Artigo 22.º
adquiridos para revenda;
1 - O direito à dedução nasce no momento em
b) Despesas relativas a fornecimento ao
que o imposto dedutível se torna exigível,
pessoal da empresa, pelo próprio sujeito
de acordo com o estabelecido pelos artigos
passivo, de alojamento, refeições,
7.º e 8.º, efectuando-se mediante subtracção
alimentação e bebidas, em cantinas,
ao montante global do imposto devido pelas
economatos, dormitórios e similares;
operações tributáveis do sujeito passivo,
durante um período de declaração, do
32
Redacção dada pela Lei 57/2005, de 13 de Dezembro.
33 36
Redacção dada pela Lei 57/2005, de 13 de Dezembro. Redacção dada pela Lei 57/2005, de 13 de Dezembro.
34 37
Redacção dada pela Lei 57/2005, de 13 de Dezembro. Redacção dada pela Lei 57/2005, de 13 de Dezembro.
35 38
Redacção dada pela Lei 57/2005, de 13 de Dezembro. Redacção dada pela Lei 57/2005, de 13 de Dezembro.
27
montante do imposto dedutível, exigível 7 - Em qualquer caso, a Direcção-Geral dos
durante o mesmo período. Impostos poderá exigir, quando a quantia a
reembolsar exceder € 1000, caução, fiança
2 - Sem prejuízo do disposto no artigo 71.º, a
bancária ou outra garantia adequada, que
dedução deverá ser efectuada na declaração
determinará a suspensão do prazo de
do período ou de período posterior àquele
contagem dos juros indemnizatórios
em que se tiver verificado a recepção das
referidos no número seguinte, até à
facturas, documentos equivalentes ou
prestação da mesma, a qual deverá ser
recibo de pagamento de IVA que fizer parte
mantida pelo prazo de um ano.
das declarações de importação. 39
8 - Os reembolsos de imposto, quando devidos,
3 - Se a recepção dos documentos referidos no
deverão ser efectuados pela Direcção-Geral
número anterior tiver lugar em período de
dos Impostos até ao fim do 3.º mês seguinte
declaração diferente do da respectiva
ao da apresentação do pedido, findo o qual
emissão, poderá a dedução efectuar-se, se
poderão os sujeitos passivos solicitar a
ainda for possível, no período de declaração
liquidação de juros indemnizatórios nos
em que aquela emissão teve lugar.
termos do artigo 43 .º da lei geral tributária.
4 - Sempre que a dedução de imposto a que
haja lugar supere o montante devido pelas 9 - O Ministro das Finanças e do Plano poderá
autorizar a administração fiscal a efectuar
operações tributáveis, no período
correspondente, o excesso será deduzido reembolsos em condições diferentes das
nos períodos de imposto seguintes. estabelecidas nos números anteriores,
relativamente a sectores de actividade cujo
5 - Se, passados 12 meses relativos ao período volume de negócios seja constituído
em que se iniciou o excesso, persistir essencialmente por operações isentas com
crédito a favor do contribuinte superior a € direito à dedução do imposto pago nas
249,40 40 , este poderá solicitar o seu aquisições.
reembolso.
10 - O Ministro das Finanças poderá
6 - Não obstante o disposto no número anterior, estabelecer, por despacho, de acordo com
o sujeito passivo poderá solicitar o os critérios previstos no artigo 77.º, a
reembolso antes do fim do período de 12 obrigatoriedade de os sujeitos passivos
meses quando se verifique a cessação de apresentarem, juntamente com o pedido de
actividade ou passe a enquadrar-se no reembolso, documentos ou informações
disposto nos n.ºs 3 e 4 do artigo 28.º, n.º 1 relativos às operações que determinaram
do artigo 54.º ou no n.º 1 do art.º 61.º, desde aquele pedido, sob pena de o reembolso não
que o valor do reembolso seja igual ou se considerar devido para efeitos do n.º 8.
superior a € 25, bem como quando o crédito
11 - Os pedidos de reembolso serão indeferidos
a seu favor exceder 25 vezes o salário
quando não forem facultados pelo sujeito
mínimo nacional mais elevado,
passivo elementos que permitam aferir da
arredondado para a centena de euros
legitimidade do reembolso, bem como
imediatamente inferior, sendo este valor
quando o imposto dedutível for referente a
reduzido para metade nas situações a seguir
um sujeito passivo com número de
indicadas:
identificação fiscal inexistente ou inválido
a) Nos seis primeiros meses após o início da ou que tenha suspenso ou cessado a sua
actividade; actividade no período a que se refere o
reembolso.
b) Em situações de investimento com recurso
ao crédito, devidamente comprovadas. 12 - A não apresentação da garantia, quando
solicitada, determina a suspensão do prazo
estabelecido no n.º 1 do art.º 45.º da lei
geral tributária.
39
Alterado pelo artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de Dezembro.
40
Conversão em Euro do valor de 50 000$00.
28
13 - Das decisões referidas no n.º 11 cabe nem as operações imobiliárias ou
recurso hierárquico, reclamação ou financeiras que tenham um carácter
impugnação judicial, nos termos previstos acessório em relação à actividade exercida
no art.º 87.º-A. pelo sujeito passivo.
6 - A percentagem de dedução, calculada
Artigo 23.º
provisoriamente, com base no montante de
1 - Quando o sujeito passivo, no exercício da operações efectuadas no ano anterior, será
sua actividade, efectue transmissões de corrigida de acordo com os valores
bens e prestações de serviços, parte das referentes ao ano a que se reporta,
quais não confira direito à dedução, o originando a correspondente regularização
imposto suportado nas aquisições é das deduções efectuadas, a qual deverá
dedutível apenas na percentagem constar da declaração do último período do
correspondente ao montante anual de ano a que respeita.
operações que dêem lugar a dedução. 7 - Os sujeitos passivos que iniciem a
2 - Não obstante o disposto no número anterior, actividade ou a alterem substancialmente
poderá o sujeito passivo efectuar a dedução poderão praticar a dedução do imposto com
segundo a afectação real de todos ou parte base numa percentagem provisória
dos bens e serviços utilizados, sem prejuízo estimada, a inscrever nas declarações a que
de a Direcção-Geral dos Impostos lhe vir a se referem os artigos 30.º e 31.º.
impor condições especiais ou a fazer cessar 8 - Para determinação da percentagem de
esse procedimento no caso de se dedução, o quociente da fracção será
verificarem distorções significativas na arredondado para a centésima
tributação. imediatamente superior.
3 - A administração fiscal pode obrigar o 9 - Para efeitos do disposto neste artigo, poderá
contribuinte a proceder de acordo com o o Ministro das Finanças e do Plano,
disposto no número anterior: relativamente a determinadas actividades,
considerar como inexistentes as operações
a) Quando o sujeito passivo exerça que dêem lugar à dedução ou as que não
actividades económicas distintas; confiram esse direito, sempre que as
b) Quando a aplicação do processo referido mesmas constituam uma parte
no n.º 1 conduza a distorções significativas na insignificante do total do volume de
tributação. negócios e não se mostre viável o
procedimento previsto nos n.ºs 2 e 3.
4 - A percentagem de dedução referida no n.º 1
resulta de uma fracção que comporta, no Artigo 24.º
numerador, o montante anual, imposto
excluído, das transmissões de bens e 1 - Serão regularizadas anualmente as deduções
prestações de serviços que dão lugar a efectuadas quanto a bens não imóveis do
dedução nos termos do artigo 19.º e n.º 1 do activo imobilizado se entre a percentagem
art. 20.º e, no denominador, o montante definitiva a que se refere o artigo anterior
anual, imposto excluído, de todas as aplicável no ano do início da utilização do
operações efectuadas pelo sujeito passivo, bem e em cada um dos quatro anos civis
incluindo as operações isentas ou fora do posteriores e a que tiver sido apurada no
campo do imposto, designadamente as ano de aquisição houver uma diferença,
subvenções não tributadas que não sejam para mais ou para menos, igual ou superior
subsídios de equipamento. a cinco pontos percentuais.
5 - No cálculo referido no número anterior não 2 - Serão também regularizadas anualmente as
serão, no entanto, incluídas as transmissões deduções efectuadas quanto às despesas de
de bens do activo imobilizado que tenham investimento em bens imóveis, se entre a
sido utilizadas na actividade da empresa percentagem definitiva a que se refere o
29
artigo anterior aplicável no ano de estão afectos a uma actividade não
ocupação do bem e em cada um dos 19 tributada, devendo no primeiro caso
anos civis posteriores e a que tiver sido efectuar-se a regularização respectiva.
apurada no ano da aquisição ou da
6 - As regularizações previstas nos números
conclusão das obras houver uma diferença, anteriores deverão constar da declaração do
para mais ou para menos, igual ou superior
último período do ano a que respeita.
a cinco pontos percentuais.
3 - Para a regularização das deduções relativas Artigo 24.º-A
a bens do activo imobilizado, a que se
referem os números anteriores, proceder-se- 1 - Se, por motivo de alteração da actividade ou
á do seguinte modo: por imposição legal, os sujeitos passivos
passarem a praticar operações sujeitas que
a) No final do ano em que se iniciou a conferem direito à dedução, poderão ainda
utilização ou ocupação e de cada um dos 4 ou deduzir o imposto relativo aos bens do
19 anos civis seguintes àquele, consoante o activo imobilizado, do seguinte modo:
caso, calcular-se-á o montante da dedução
que teria lugar na hipótese de a aquisição ou a) Quando se trate de bens não imóveis
conclusão das obras em bens imóveis se ter adquiridos no ano da alteração do regime de
verificado no ano em consideração, de acordo tributação e nos quatro anos civis anteriores,
com a percentagem definitiva desse mesmo o imposto dedutível será proporcional ao
ano; número de anos que faltem para completar o
período de cinco anos a partir do ano em que
b) O montante assim obtido será subtraído à iniciou a utilização dos bens;
dedução efectuada no ano em que teve lugar a
aquisição ou ao somatório das deduções b) No caso de bens imóveis adquiridos ou
efectuadas até ao ano da conclusão das obras concluídos no ano da alteração do regime de
em bens imóveis; tributação e nos 19 anos civis anteriores, o
imposto dedutível será proporcional ao
c) A diferença positiva ou negativa dividir-se- número de anos que faltem para completar o
á por 5 ou por 20, conforme o caso, sendo o período de 20 anos a partir do ano da
resultado a quantia a pagar ou a dedução ocupação dos bens;
complementar a efectuar no respectivo ano.
c) A dedução poderá ser efectuada no período
4 - A regularização prevista no número anterior de imposto em que se verificar a alteração.
não é aplicável aos bens do activo
imobilizado de valor unitário inferior a € 2 - A dedução prevista no número anterior não
249,40 41 nem aos que, nos termos do é aplicável aos bens do activo imobilizado
Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de abrangidos pelo n.º 4 do artigo 24.º.
Janeiro, tenham um período de vida útil 3 - O disposto nos números anteriores é
inferior a cinco anos. igualmente aplicável aos sujeitos passivos
5 - Nos casos de transmissões de bens do activo que, utilizando o método de afectação real,
imobilizado durante o período de afectem um bem do sector isento a um
regularização, esta será efectuada de uma só sector tributado, podendo a dedução ser
vez, pelo período ainda não decorrido, efectuada no período em que ocorre essa
considerando-se que tais bens estão afectos afectação.
a uma actividade totalmente tributada no 4 - A dedução a que se refere o presente artigo
ano em que se verifica a transmissão e nos não é aplicável aos sujeitos passivos que, à
restantes até ao esgotamento do prazo de data da alteração, se encontrassem no
regularização. Se, porém, a transmissão for regime especial de isenção do artigo 53.º.
isenta de imposto, nos termos dos n.ºs 31 ou
33 do artigo 9.º, considerar-se-á que os bens
41
Conversão em Euro do valor de 50 000$00.
30
Artigo 25.º ao final do mês seguinte àquele em que o
imposto se torna exigível. 44
1 - A não utilização em fins da empresa de bens
4 - Os sujeitos passivos adquirentes dos
imóveis relativamente aos quais houve
serviços indicados nos n.ºs 8, 10, alínea a),
dedução do imposto durante 1 ou mais anos
11, 13, 16, 17, alínea b), e 19 do artigo 6.º e
civis completos após o início do período de
dos bens referidos no n.º 22 do mesmo
19 anos referido no n.º 2 do artigo 24.º dará
artigo, bem como os abrangidos pela alínea
lugar à regularização anual de 1/20 da
g) do n.º 1 do artigo 2.º, que não estejam
dedução efectuada, que deverá constar da
obrigados à apresentação da declaração
declaração do último período do ano a que
referida no artigo 40.º, mas já tenham
respeita.
apresentado a declaração do n.º 1 do artigo
2 - No caso de cessação da actividade durante o 25.º do Regime do IVA nas Transacções
período de regularização, esta será Intracomunitárias, devem efectuar o
efectuada nos termos do n.º 5 do artigo pagamento do correspondente imposto até
24.º. 42 ao final do mês seguinte àquele em que se
torna exigível, nos termos do n.º 2 do artigo
SECÇÃO II 22.º do mesmo Regime. 45

Pagamento do imposto 5 - Quando o valor do imposto apurado pelo


sujeito passivo na declaração periódica
Artigo 26.º apresentada nos termos do n.º 1 do artigo
40.º for superior ao montante do respectivo
1 - Sem prejuízo do disposto no regime meio de pagamento, será extraída, pelos
especial referido nos artigos 60.º e serviços centrais da Direcção-Geral dos
seguintes, os sujeitos passivos são Impostos, certidão de dívida, pela diferença
obrigados a entregar o montante do imposto entre o valor apurado e o valor do
exigível, apurado nos termos dos artigos respectivo meio de pagamento, ou pela
19.º a 25.º e 71.º, no prazo previsto no totalidade do valor declarado no caso da
artigo 40.º, nos locais de cobrança falta do meio de pagamento, nos termos e
legalmente autorizados. 43 para os efeitos do disposto no art.º 110.º do
Código de Processo Tributário.
2 - As pessoas referidas na alínea c) do n.º 1 do
artigo 2.º e no artigo 42.º devem entregar 6 - Quando a saída dos bens do regime de
em qualquer serviço de finanças o entreposto não aduaneiro, a que se refere o
correspondente imposto nos prazos de, n.º 6 do artigo 15.º, for efectuada por uma
respectivamente, 15 dias a contar da pessoa que não esteja obrigada à
emissão da factura ou documento apresentação da declaração prevista no
equivalente e até ao final do mês seguinte artigo 40.º, o imposto deve ser entregue na
ao da conclusão da operação. tesouraria da Fazenda Pública competente,
no prazo previsto no n.º 3 deste artigo.
3 - Os sujeitos passivos adquirentes dos
serviços indicados nos n.ºs 8 e 10, alínea a), Artigo 27.º
do art. 6.º e dos bens referidos no n.º 22 do
mesmo artigo, bem como os abrangidos 1 - Sempre que se proceda à liquidação do
pela alínea g) do n.º 1 do artigo 2.º, que não imposto ou de juros compensatórios por
estejam obrigados à apresentação da iniciativa dos serviços, sem prejuízo do
declaração referida no art. 40.º, devem disposto no art. 83.º, será o contribuinte
entregar na tesouraria de finanças notificado para efectuar o respectivo
competente o correspondente imposto até pagamento na tesouraria da Fazenda
Pública competente, no prazo referido na

42 44
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho. Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2004).
43 45
Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro. Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2004).
31
notificação, não podendo este ser inferior a imposto automóvel, junto das entidades
30 dias a contar dessa notificação. competentes para a respectiva cobrança. 48
2 - No caso previsto no número anterior e na 6 - O imposto calculado nos termos dos n.ºs 3 a
falta do pagamento no prazo aí 5 será incluído, pelos serviços respectivos,
estabelecido, será extraída, pelos serviços com a correspondente classificação
centrais da Direcção-Geral dos Impostos, orçamental, nas primeiras guias de receita
certidão de dívida nos termos e para os que forem processadas, quer para
efeitos do disposto no artigo 88.º do Código pagamento dos direitos de importação,
de Procedimento e do Processo quando devidos, ou do imposto automóvel,
Tributário. 46 quer para pagamento do preço da
arrematação, venda ou adjudicação, ou para
3 - O pagamento do imposto devido pelas
importações de bens é efectuado junto dos pagamento das custas, emolumentos ou
outros encargos devidos, quando não
serviços aduaneiros competentes, de acordo
houver preço. 49
com as regras previstas na regulamentação
comunitária aplicável aos direitos de
SECÇÃO III
importação, podendo ainda, mediante a
prestação de garantia, ser concedido o seu Outras obrigações dos contribuintes
diferimento: 47
Artigo 28.º
a) Por 60 dias contados da data do registo de
liquidação, quando o diferimento seja 1 - Para além da obrigação do pagamento do
concedido isoladamente para cada montante imposto, os sujeitos passivos referidos na
de imposto objecto daquele registo; alínea a) do n.º1 do artigo 2.º são obrigados,
b) Até ao 15.º dia do 2.º mês seguinte aos sem prejuízo do previsto em disposições
períodos de globalização do registo de especiais, a:
liquidação ou do pagamento previstos na
regulamentação aduaneira aplicável. a) Entregar, segundo as modalidades e
formas prescritas na lei, uma declaração de
4 - O imposto relativo às transmissões de bens início, de alteração ou de cessação da sua
resultantes de actos de arrematação, venda actividade;
judicial ou administrativa, conciliação ou b) Emitir uma factura ou documento
de contratos de transacção será liquidado no equivalente por cada transmissão de bens ou
momento em que for efectuado o prestação de serviços, tal como vêm definidas
pagamento ou, se este for parcial, no do nos artigos 3.º e 4.º do presente diploma, bem
primeiro pagamento das custas, como pelos pagamentos que lhes sejam
emolumentos ou outros encargos devidos. efectuados antes da data da transmissão de
A liquidação será efectuada mediante bens ou da prestação de serviços;
aplicação da respectiva taxa ao valor
tributável, determinado nos termos da c) Enviar mensalmente uma declaração
alínea g) do n.º 2 do artigo 16.º. relativa às operações efectuadas no exercício
da sua actividade no decurso do segundo mês
5 - O imposto devido nos termos do n.º 10 do precedente, com a indicação do imposto
artigo 7.º será pago, simultaneamente com o devido ou do crédito existente e dos
elementos que serviram de base ao respectivo
cálculo;
d) Entregar uma declaração de informação
46
47
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 160/2003, de 19 de Julho. contabilística e fiscal e anexos respeitantes à
Redacção dada pelo artigo 60.º da Lei 53-A/2006, de 29 de aplicação do Decreto-Lei n.º 347/85, de 23 de
Dezembro (OE/2007), com entrada em vigor no dia 1 de Julho de 2007,
nos termos do art.º 68.º da referida Lei . Até áquela data, está em vigor
a seguinte redacção: 48
3 - O imposto devido pelas importações será pago aos serviços Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
49
aduaneiros competentes no acto do desembaraço alfandegário. Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
32
Agosto, e dos regimes especiais previstos em 4 - Se, por motivos de alteração da actividade,
legislação complementar a este diploma, o sujeito passivo passar a praticar
relativos às operações efectuadas no ano exclusivamente operações isentas que não
anterior, os quais fazem parte integrante da conferem direito à dedução, a dispensa do
declaração anual a que se referem os Códigos envio da declaração referida na alínea c) do
do IRC e do IRS; n.º 1 produz efeitos a partir de 1 de Janeiro
do ano civil seguinte àquele em que é
e) Entregar um mapa recapitulativo com
apresentada a respectiva declaração.
identificação dos sujeitos passivos seus
clientes, donde conste o montante total das 5 - O disposto no n.º 3 não se aplica aos
operações internas realizadas com cada um sujeitos passivos que, embora passando a
deles no ano anterior, desde que superior a € praticar exclusivamente operações isentas
25 000, o qual é parte integrante da que não conferem o direito à dedução,
declaração anual a que se referem os Códigos tenham de efectuar as regularizações
do IRS e do IRC; 50 previstas nos artigos 24.º e 25.º, os quais,
f) Entregar um mapa recapitulativo com a no entanto, só ficam obrigados à
identificação dos sujeitos passivos seus apresentação de uma declaração com
referência ao último período de imposto
fornecedores, donde conste o montante total
das operações internas realizadas com cada anual.
um deles no ano anterior, desde que superior 6 - Quando o julgue conveniente, o sujeito
a € 25 000, o qual é parte integrante da passivo pode recorrer ao processamento de
declaração anual a que se referem os Códigos facturas globais, respeitantes a cada mês ou
do IRS e do IRC; 51 a períodos inferiores, desde que por cada
g) Dispor de contabilidade adequada ao transacção seja emitida guia ou nota de
apuramento e fiscalização do imposto. remessa e do conjunto dos dois documentos
resultem os elementos referidos no n.º 5 do
h) Enviar, por transmissão electrónica de artigo 35.º. 53
dados, a declaração, anexos e mapas
7 - Deverá ainda ser emitida factura ou
recapitulativos a que se referem as alíneas d),
documento equivalente quando o valor
e) e f) até ao final do mês de Junho ou, em
caso de adopção de um período de tributação tributável de uma operação ou o imposto
em IRC diferente do ano civil, até ao final do correspondente sejam alterados por
qualquer motivo, incluindo inexactidão.
6.º mês posterior à data do termo desse
período; 52 8 - As transmissões de bens e as prestações de
serviços isentas ao abrigo das alíneas a) a
i)(Revogada)
j), p) e q) do n.º 1 do artigo 14.º e das
2 - A obrigação de declaração periódica alíneas b), c), d) e e) do n.º 1 do artigo 15.º,
prevista no número anterior subsiste mesmo deverão ser comprovadas através dos
que não haja, no período correspondente, documentos alfandegários apropriados ou,
operações tributáveis. não havendo obrigação legal de intervenção
dos serviços aduaneiros, de declarações
3 - Estão dispensados das obrigações referidas emitidas pelo adquirente dos bens ou
nas alíneas b), c), d) e g) do n.º 1 os sujeitos utilizador dos serviços, indicando o destino
passivos que pratiquem exclusivamente que lhes irá ser dado.
operações isentas de imposto, excepto
quando essas operações dêem direito a 9 - A falta dos documentos comprovativos
dedução nos termos da alínea b) do n.º 1 do referidos no número anterior determina a
artigo 20.º. obrigação para o transmitente dos bens ou
prestador dos serviços de liquidar o imposto
correspondente.
50
Alterado pelo artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de Dezembro.
51
Alterado pelo artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de Dezembro.
52 53
Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro. Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro.
33
10 - O mapa recapitulativo a que se refere a estabelecimento estável ou domicílio noutro
alínea e) do n.º 1 não incluirá, em qualquer Estado-membro poderão proceder à
caso, os clientes que efectuem despesas nomeação de um representante, sujeito
com bens e serviços previstos nas alíneas passivo do imposto sobre o valor
b), c), d) e e) do n.º 1 do artigo 21.º. acrescentado no território nacional, munido
de procuração com poderes bastantes.
11 - O Ministro das Finanças pode dispensar a
obrigação da apresentação dos mapas 2 - Os sujeitos passivos não residentes, sem
recapitulativos referidos nas alíneas e) e f) estabelecimento estável em território
do n.º 1 relativamente a operações em que nacional, que aqui pratiquem operações
seja especialmente difícil o seu tributáveis e que não disponham de sede,
cumprimento. estabelecimento estável ou domicílio noutro
Estado-Membro estão obrigados a nomear
12 - São regulamentados por portaria do
um representante, sujeito passivo do
Ministro das Finanças o âmbito de
imposto sobre o valor acrescentado no
obrigatoriedade, os suportes, o início de
território nacional, munido de procuração
vigência e os procedimentos do envio de
com poderes bastantes.
declarações por transmissão electrónica de
dados. 3 - O representante a que se referem os
números anteriores deverá cumprir todas as
13 - Consideram-se documentos equivalentes a
factura os documentos e, no caso de obrigações decorrentes da aplicação do
presente diploma, incluindo a do registo, e
facturação electrónica, as mensagens que,
contendo os requisitos exigidos para as será devedor do imposto que se mostre
facturas, visem alterar a factura inicial e devido pelas operações realizadas pelo
para ela façam remissão. 54 representado.
4 - A nomeação do representante deve ser
14 - Para cumprimento do disposto na alínea b)
comunicada à parte contratante antes de ser
do n.º 1, as facturas ou documentos
efectuada a operação.
equivalentes poderão ser elaborados pelo
próprio adquirente dos bens ou serviços ou 5 - O sujeito passivo não estabelecido em
por um terceiro, em nome e por conta do território nacional é solidariamente
sujeito passivo. 55 responsável com o representante pelo
15 - Os sujeitos passivos referidos na alínea i) pagamento do imposto.
do n.º 1 do artigo 2.º são obrigados a emitir 6 - Os sujeitos passivos referidos nos n.º 1 e 2
uma factura por cada aquisição de bens ou são dispensados de registo e de nomeação
de serviços aí mencionados quando o de representante, quando efectuem apenas
respectivo transmitente ou prestador não transmissões de bens mencionados no
seja um sujeito passivo, não se aplicando, anexo C e isentas ao abrigo da alínea d) do
nesse caso, os condicionalismos previstos n.º 1 do artigo 15.º.
no n.º 11 do artigo 35.º. 56
7 - Os sujeitos passivos indicados no número
anterior, que façam sair os bens dos locais
Artigo 29.º
ou dos regimes referidos na alínea b) do n.º
1 - Os sujeitos passivos não residentes, sem 1 do artigo 15. º, devem cumprir as
estabelecimento estável em território obrigações previstas neste diploma.
nacional, que aqui pratiquem operações
Artigo 30.º 57
tributáveis e que disponham de sede,
1 - Sem prejuízo do disposto no número
54
Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
seguinte, as pessoas singulares ou
do DL 256/03, de 21 de Outubro. colectivas que exerçam uma actividade
55
Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º sujeita a IVA devem apresentar, em
do DL 256/03, de 21 de Outubro.
56
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro
57
de 2006). Redacção dada pelo artigo 24.º do DL 111/2005, de 18 de Julho.
34
qualquer serviço de finanças ou noutro momento em que ocorra qualquer dos
local legalmente autorizado, antes de seguintes factos:
iniciado o exercício da actividade, a
respectiva declaração. a) Deixem de praticar-se actos relacionados
com actividades determinantes da tributação
2 - As pessoas colectivas que estejam sujeitas a durante um período de dois anos
registo comercial e exerçam uma actividade consecutivos, caso em que se presumirão
sujeita a IVA devem apresentar a transmitidos, nos termos da alínea f) do n.º 3
declaração de início de actividade, em do artigo 3.º, os bens a essa data existentes no
qualquer serviço de finanças ou noutro activo da empresa;
local legalmente autorizado, no prazo de 15 b) Se esgote o activo da empresa, pela venda
dias a partir da data da apresentação a dos bens que o constituem ou pela sua
registo na conservatória do registo afectação a uso próprio do titular, do pessoal
comercial. ou, em geral, a fins alheios à mesma, bem
3 - Não há lugar à entrega da declaração como pela sua transmissão gratuita;
referida nos números anteriores quando se c) Seja partilhada a herança indivisa de que
trate de pessoas sujeitas a IVA pela prática façam parte o estabelecimento ou os bens
de uma só operação tributável nos termos afectos ao exercício da actividade;
da alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, excepto
se a mesma exceder o limite previsto nas d) Se dê a transferência, a qualquer outro
alíneas e) e f) do n.º 1 do artigo 28.º. título, da propriedade do estabelecimento.
2 - Independentemente dos factos previstos no
Artigo 31.º número anterior, pode ainda a
administração fiscal declarar oficiosamente
1 - Sempre que se verifiquem alterações de
a cessação de actividade quando for
qualquer dos elementos constantes da
manifesto que esta não está a ser exercida
declaração relativa ao início de actividade,
nem há a intenção de a continuar a exercer,
deve o contribuinte entregar a respectiva
ou sempre que o sujeito passivo tenha
declaração de alterações.
declarado o exercício de uma actividade
2 - A declaração prevista no n.º 1 é entregue em sem que possua uma adequada estrutura
qualquer serviço de finanças ou noutro empresarial susceptível de a exercer.
local legalmente autorizado, no prazo de 15
dias a contar da data da alteração, se outro Artigo 34.º
prazo não for expressamente previsto neste
diploma. 58 1 - As declarações referidas nos artigos 30.º a
32.º serão apresentadas em triplicado, sendo
Artigo 32.º uma das cópias devolvida aos contribuintes.
2 - As declarações serão informadas no prazo
No caso de cessação de actividade, deve o
de 30 dias pela Direcção-Geral das
sujeito passivo, no prazo de 30 dias a contar da
Contribuições e Impostos, que se
data da cessação, entregar a respectiva
pronunciará sobre os elementos declarados
declaração na repartição de finanças
e quaisquer outros com interesse para a
competente.
apreciação da situação.
Artigo 33.º 3 - No caso de a Direcção-Geral das
Contribuições e Impostos discordar dos
1 - Para efeitos do disposto no artigo anterior, elementos declarados, fixará os que
considera-se verificada a cessação da entender adequados, disso notificando o
actividade exercida pelo sujeito passivo no contribuinte.

58
Redacção dada pelo artigo 24.º do DL 111/2005, de 18 de Julho.
35
Artigo 34.º-A 3 - As facturas ou documentos equivalentes
serão substituídos por guias ou notas de
1 - Quando o serviço de finanças ou outro local devolução, quando se trate de devoluções
legalmente autorizado a receber as de mercadorias anteriormente
declarações referidas nos artigos 30º a 32º transaccionadas entre as mesmas pessoas. A
disponha de meios informáticos adequados, sua emissão processar-se-á o mais tardar no
essas declarações são substituídas pela 5.º dia útil seguinte à data da devolução.
declaração verbal, efectuada pelo sujeito
4 - Os documentos referidos nos números
passivo, de todos os elementos necessários
anteriores devem ser processados em
ao registo e início da actividade, à alteração
duplicado, destinando-se o original ao
dos dados constantes daquele registo e à
cliente e a cópia ao arquivo do fornecedor.
cessação da actividade, sendo estes
imediatamente introduzidos no sistema 5 - As facturas ou documentos equivalentes
informático e confirmados pelo declarante, devem ser datados, numerados
após a sua impressão em documento sequencialmente e conter os seguintes
tipificado. 59 elementos:
2 - O documento tipificado nas condições a) Os nomes, firmas ou denominações sociais
referidas no número anterior substituirá, e a sede ou domicílio do fornecedor de bens
para todos os efeitos legais, as declarações ou prestador de serviços e do destinatário ou
a que se referem os artigos 30.º a 32.º. adquirente, bem como os correspondentes
3 - O documento comprovativo do início de números de identificação fiscal dos sujeitos
actividade das alterações ou da cessação de passivos de imposto;
actividade será o documento tipificado, b) A quantidade e denominação usual dos
consoante os casos, processado após a bens transmitidos ou dos serviços prestados,
confirmação dos dados pelo declarante, com especificação dos elementos necessários
autenticado com a assinatura do funcionário à determinação da taxa aplicável; as
receptor e com aposição da vinheta do embalagens não efectivamente
técnico oficial de contas que assume a transaccionadas deverão ser objecto de
responsabilidade fiscal do sujeito passivo a indicação separada e com menção expressa
que respeitam as declarações. de que foi acordada a sua devolução;
Artigo 35.º c) O preço, líquido de imposto, e os outros
elementos incluídos no valor tributável;
1 - A factura ou documento equivalente
d) As taxas aplicáveis e o montante de
referidos no artigo 28.º devem ser emitidos
imposto devido;
o mais tardar no 5.º dia útil seguinte ao do
momento em que o imposto é devido nos e) O motivo justificativo da não aplicação do
termos do artigo 7.º. imposto, se for caso disso.
Todavia, em caso de pagamentos relativos a f) A data em que os bens foram colocados à
uma transmissão de bens ou prestação de disposição do adquirente, em que os serviços
serviços ainda não efectuada, a data da foram realizados ou em que foram efectuados
emissão do documento comprovativo pagamentos anteriores à realização das
coincidirá sempre com a da percepção de operações, se essa data não coincidir com a
tal montante. da emissão da factura. 60
2 - Nos casos em que seja utilizada a emissão No caso de a operação ou operações às quais
de facturas globais, o seu processamento se reporta a factura compreenderem bens ou
não poderá ir além de cinco dias úteis do serviços sujeitos a taxas diferentes de
termo do período a que respeitam. imposto, os elementos mencionados em b), c)

60
Aditado, com efeitos a partir de 1de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
59
Redacção dada pelo artigo 24.º do DL 111/2005, de 18 de Julho. do DL 256/03, de 21 de Outubro.
36
e d) devem ser indicados separadamente, electrónica avançada ou intercâmbio
segundo a taxa aplicável. electrónico de dados. 62
6 - As guias ou notas de devolução deverão 11 - A elaboração de facturas ou documentos
conter, além da data, os elementos a que se equivalentes por parte do adquirente dos
referem as alíneas a) e b) do número bens ou dos serviços fica sujeita às
anterior, bem como a referência à factura a seguintes condições: 63
que respeitam.
a) A existência de um acordo prévio, na
7 - Os documentos emitidos pelas operações forma escrita, entre o sujeito passivo
assimiladas a transmissões de bens pelas
transmitente dos bens ou prestador dos
alíneas f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e a serviços e o adquirente ou destinatário dos
prestações de serviços pelas alíneas a) e b)
mesmos; 64
do n.º 2 do art.º 4.º devem mencionar
apenas a data, natureza da operação, valor b) O adquirente provar que o transmitente dos
tributável, taxa de imposto aplicável e bens ou prestador dos serviços tomou
montante do mesmo. conhecimento da emissão da factura e aceitou
o seu conteúdo. 65
8 - Poderá o Ministro das Finanças e do Plano,
relativamente a sujeitos passivos que 12 - Sem prejuízo do disposto no número
transmitam bens ou prestem serviços que, anterior, a elaboração de facturas ou
pela sua natureza, impeçam o cumprimento documentos equivalentes pelos próprios
do prazo previsto no n.º 1, determinar adquirentes dos bens ou dos serviços ou por
prazos mais dilatados de facturação. terceiros, que não disponham de sede,
9 - No caso de sujeitos passivos que não estabelecimento estável ou domicílio em
disponham de sede, estabelecimento estável qualquer Estado membro, é sujeita a
ou domicílio no território nacional, que autorização prévia da Direcção-Geral dos
tenham nomeado representante nos termos Impostos, a qual poderá fixar condições
do artigo 9.º, as facturas ou documentos específicas para a sua efectivação.66
equivalentes emitidos, além dos elementos 13 - As facturas ou documentos equivalentes
previstos no n.º 5, devem conter ainda o emitidos por sujeitos passivos transmitentes
nome ou denominação social e a sede, dos bens ou prestadores dos serviços
estabelecimento estável ou domicílio do mencionados no anexo E ao presente
representante, bem como o respectivo Código devem conter a expressão «IVA
número de identificação fiscal. 61 devido pelo adquirente», quando este seja
10 - As facturas ou documentos equivalentes um sujeito passivo dos mencionados na
podem, sob reserva de aceitação pelo alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º. 67
destinatário, ser emitidos por via
electrónica, desde que seja garantida a Artigo 36.º
autenticidade da sua origem e a integridade
do seu conteúdo, mediante assinatura 1 - A importância do imposto liquidado deverá
ser adicionada ao valor da factura ou

62
Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
do DL 256/2003, de 21 de Outubro.
63
Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
61 do DL 256/2003, de 21 de Outubro.
Alterado, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
64
do DL 256/03, de 21 de Outubro. Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
A anterior redacção (Os sujeitos passivos, abrangidos pelo regime do DL 256/2003, de 21 de Outubro.
simplificado do IRS ou do IRC, que prestem serviços de reparação de 65
Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
veículos, com excepção de embarcações e aeronaves, devem mencionar do DL 256/2003, de 21 de Outubro.
na factura ou documento equivalente a referência expressa à aplicação 66
Aditado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
do regime simplificado de tributação do IRS ou IRC, quando for caso
do DL 256/2003, de 21 de Outubro.
disso ) passa a fazer parte, a partir de 1 de Janeiro de 2004, face ao 67
artigo 3.º do DL 256/03, de 21 de Outubro, do n.º 5 do artigo 66.º do Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro
Estatuto dos Benefícios fiscais, aprovado pelo DL 215/89, de 1 de de 2006).
Julho.
37
documento equivalente, para efeitos da sua b) Transmissões de bens feitas através de
exigência aos adquirentes das mercadorias aparelhos de distribuição automática;
ou aos utilizadores dos serviços. c) Prestações de serviços em que seja habitual
2 - Nas operações pelas quais a emissão de a emissão de talão, bilhete de ingresso ou de
factura não é obrigatória, o imposto será transporte, senha ou outro documento
incluído no preço, para efeitos do disposto impresso e ao portador, comprovativo do
no número anterior. pagamento;
3 - A repercussão do imposto não é obrigatória d) Outras prestações de serviços cujo valor
nas operações referidas na alínea f) do n.º 3 seja inferior a € 9,98. 68
do artigo 3.º e nas alíneas a) e b) do n.º 2 do
art. 4.º. 2 - Não obstante o disposto no número anterior,
os retalhistas e os prestadores de serviços
Artigo 37.º são obrigados a emitir talão de venda
previamente numerado, nos termos do
1 - No caso de entrega de mercadorias à artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 198/90, de 19
consignação, proceder-se-á à emissão de de Junho, ou através de máquinas
facturas ou documentos equivalentes no registadoras, terminais electrónicos ou
prazo de cinco dias úteis a contar: balanças electrónicas com registo
obrigatório das operações no rolo interno da
a) Do momento do envio das mercadorias à fita da máquina, por cada transmissão de
consignação; bens ou prestação de serviços.
b) Do momento em que, relativamente a tais 3 - Os talões de venda devem ser datados,
mercadorias, o imposto é devido e exigível numerados sequencialmente e conter os
nos termos dos n.ºs 5 e 6 do artigo 7.º. seguintes elementos:
2 - A factura ou documento equivalente, a) Denominação social e número de
processado de acordo com a alínea b) do n.º identificação fiscal do fornecedor de bens ou
1, deverá fazer sempre apelo à prestador de serviços;
documentação emitida aquando da situação
referida na alínea a). b) Denominação usual dos bens transmitidos
ou dos serviços prestados; 69
Artigo 38.º c) O preço líquido de imposto, as taxas
aplicáveis e o montante de imposto devido,
Nas facturas emitidas por retalhistas e ou o preço com a inclusão do imposto e a
prestadores de serviços pode indicar-se apenas taxa ou taxas aplicáveis.
o preço com inclusão do imposto e a taxa ou
taxas aplicáveis, em substituição dos elementos 4 - Os retalhistas e prestadores de serviços
previstos nas alíneas c) e d) do n.º 5 do artigo abrangidos pela dispensa de facturação
35.º. prevista no n.º 1 estão sempre obrigados a
emitir factura quando transmitam bens ou
Artigo 39.º serviços a sujeitos passivos do imposto,
bem como a adquirentes não sujeitos
1 - É dispensada a obrigação de facturação nas passivos que exijam a respectiva emissão. 70
operações a seguir mencionadas, sempre
que o cliente seja um particular que não 5 - A dispensa de facturação de que trata o n.º 1
destine os bens ou serviços adquiridos ao pode ainda ser declarada aplicável pelo
exercício duma actividade comercial, Ministro das Finanças e do Plano a outras
industrial ou profissional e a transacção seja
efectuada a dinheiro: 68
Conversão em Euro do valor de 2 000$00.
69
Alterado, com efeitos a partir de 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
a) Transmissões de bens efectuadas por do DL 256/2003, de 21 de Outubro.
70
retalhistas ou vendedores ambulantes; Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (OE/2007).
38
categorias de contribuintes que forneçam ao 4 - Para o exercício da opção referida no n.º 3
público serviços caracterizados pela sua observar-se-á o seguinte:
uniformidade, frequência e valor limitado, a) Nos casos de início de actividade, a opção
sempre que a exigência da obrigação da será feita através da declaração referida no
facturação e obrigações conexas se revele artigo 30.º, a qual produzirá efeitos a partir da
particularmente onerosa. data da sua apresentação;
O Ministro das Finanças e do Plano poderá
ainda, nos casos em que julgue b) Nos casos de contribuintes já registados, e
conveniente, e para os fins previstos nesta abrangidos pelo regime normal, a declaração
lei, equiparar certos documentos de uso referida no artigo 31.º só poderá ser
comercial habitual a facturas. apresentada durante o mês de Janeiro,
produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro do
6 - O Ministro das Finanças e do Plano poderá, ano da sua apresentação.
nos casos em que o disposto no n.º 1
favoreça a evasão fiscal, restringir a 5 - Se, findo o prazo referido no n.º 3, o sujeito
dispensa de facturação aí prevista ou exigir passivo desejar voltar ao regime normal de
a emissão de documento adequado à periodicidade trimestral, deverá apresentar
comprovação da operação efectuada. a declaração a que se refere o artigo 31.º
durante o mês de Janeiro de um dos anos
Artigo 40.º seguintes àquele em se tiver completado o
prazo do regime de opção, produzindo
1 - Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1
efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da
do artigo 28.º, a declaração periódica deve
sua apresentação.
ser enviada por transmissão electrónica de
dados, nos seguintes prazos: 71 6 - Para efeitos do n.º 1, sempre que o volume
de negócios respeitar a uma fracção do ano,
a) Até ao dia 10 do 2.º mês seguinte àquele a será convertida num volume de negócios
que respeitam as operações, no caso de anual correspondente.
sujeitos passivos com um volume de
7 - Para os sujeitos passivos que iniciem a
negócios igual ou superior a € 498 797,90 72
actividade ou deixem de enquadrar-se no
no ano civil anterior;
disposto no n.º 3 do artigo 28.º, o volume
b) Até ao dia 15 do 2.º mês seguinte ao de negócios para os fins previstos no n.º 1
trimestre do ano civil a que respeitam as será estabelecido de acordo com a sua
operações, no caso de sujeitos passivos com previsão para o ano civil corrente, após
um volume de negócios inferior a € 498 confirmação pela Direcção-Geral das
797,90 73 no ano civil anterior. Contribuições e Impostos.

2 – (Revogado) 8 - Sem prejuízo do disposto no n.º 3, a


mudança de periodicidade só se verificará
3 - Os sujeitos passivos abrangidos pela alínea por iniciativa do Serviço de Administração
b) do n.º 1 poderão, através de menção do IVA, que, para o efeito e tendo em conta
expressa nas declarações referidas nos o disposto no n.º 2, notificará o sujeito
artigos 30.º ou 31.º, conforme os casos, passivo da data a partir da qual a referida
optar pelo envio da declaração periódica mudança de periodicidade produzirá
mensal prevista na alínea a) do mesmo efeitos.
número, devendo manter-se neste regime
por um período mínimo de três anos. 9 - Para efeitos do disposto no n.º 1,
consideram-se cumpridos os prazos aí
previstos desde que a data da sua
transmissão tenha ocorrido até ao termo
71
Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro.
desses prazos. 74
72
Conversão em Euro do valor de 100 000$00.
73
Conversão em Euro do valor de 100 000$00.
74
Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro.
39
10 – (Revogado) c) As transmissões de bens e prestações de
serviços efectuadas ao sujeito passivo no
Artigo 41.º quadro da sua actividade empresarial.

O volume de negócios previsto no artigo 3 - As operações mencionadas na alínea a) do


anterior é constituído pelo valor, com exclusão número anterior deverão ser registadas de
do imposto, das transmissões de bens e forma a evidenciar:
prestações de serviços efectuadas pelo sujeito
passivo, com excepção: a) O valor das operações não isentas, líquidas
de imposto, segundo a taxa aplicável;
a) Das operações referidas nos n.ºs 28 e 29 do
b) O valor das operações isentas sem direito à
artigo 9.º, quando constituam operações
dedução;
acessórias;
c) O valor das operações isentas com direito à
b) Das operações referidas nos n.ºs 30 e 31 do
dedução;
artigo 9.º, quando relativamente a elas se não
tenha verificado renúncia à isenção e d) O valor do imposto liquidado, segundo a
constituam operações acessórias; taxa aplicável, com relevação distinta do
respeitante às operações referidas nas alíneas
c) Das operações sobre bens de investimento
f) e g) do n.º 3 do artigo 3.º e nas alíneas a) e
corpóreos ou incorpóreos.
b) do n.º 2 do artigo 4.º.
Artigo 42.º
4 - As operações mencionadas nas alíneas b) e
Os sujeitos passivos que pratiquem uma só c) do n.º 2 deverão ser registadas de forma a
operação tributável nas condições referidas na evidenciar:
alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º devem
apresentar a declaração respectiva em qualquer a) O valor das operações cujo imposto é total
serviço de finanças até ao último dia do mês ou parcialmente dedutível, líquido deste
seguinte ao da conclusão da operação. 75 imposto;
b) O valor das operações cujo imposto é
Artigo 43.º (Revogado) totalmente excluído do direito à dedução;
Artigo 44.º c) O valor das aquisições de gasóleo;
d) O valor do imposto dedutível, segundo a
1 - A contabilidade deve ser organizada de taxa aplicável.
forma a possibilitar o conhecimento claro e
inequívoco dos elementos necessários ao Artigo 45.º
cálculo do imposto, bem como a permitir o
seu controlo, comportando todos os dados 1 - O registo das operações mencionadas na
necessários ao preenchimento da declaração alínea a) do n.º 2 do artigo anterior deverá
periódica do imposto. ser efectuado após a emissão das
2 - Para cumprimento do disposto no n.º 1, correspondentes facturas, até à apresentação
deverão ser objecto de registo, das declarações a que se referem os artigos
nomeadamente: 40.º ou 42.º, se enviadas dentro do prazo
legal, ou até ao fim desse prazo, se essa
a) As transmissões de bens e prestações de obrigação não tiver sido cumprida.
serviços efectuadas pelo sujeito passivo; 2 - Para tal efeito, as facturas, documentos
b) As importações de bens efectuadas pelo equivalentes e guias ou notas de devolução,
sujeito passivo e destinadas às necessidades incluindo os emitidos, em nome e por conta
da sua empresa; do sujeito passivo, pelo próprio adquirente
dos bens ou dos serviços ou por um
terceiro, serão numerados seguidamente,
75
Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro. em uma ou mais séries convenientemente
40
referenciadas, devendo conservar-se na obrigatoriedade de conservação dos
respectiva ordem os seus duplicados e, bem duplicados dos talões de venda ou dos
assim, todos os exemplares dos que tiverem demais documentos ali referidos nas
sido anulados ou inutilizados, com os condições e prazo previstos no artigo 52.º.
averbamentos indispensáveis à
identificação daqueles que os substituíram, Artigo 47.º
se for caso disso. 76
1 - Os retalhistas que efectuem operações
3 – (Revogado) sujeitas a diversas taxas, estejam
dispensados da emissão de factura e não
Artigo 46.º
tenham possibilidade de discriminar por
1 - Os retalhistas e outros contribuintes taxas os montantes apurados diariamente
referidos no artigo 39.º devem, sempre que poderão registar as contraprestações
não emitam factura ou documento relativas às operações tributáveis sem
equivalente, efectuar o registo das distinção de taxa.
operações realizadas diariamente pelo 2 - Na hipótese do n.º 1 e para os fins de
montante global das contraprestações aplicação das diferentes taxas, dever-se-á
recebidas pelas transmissões de bens e repartir o montante global apurado segundo
prestações de serviços tributáveis, imposto os métodos definidos pela Direcção-Geral
incluído, assim como pelo montante global das Contribuições e Impostos, fixados de
das contraprestações relativas às operações modo que a tributação resultante da
não tributáveis ou isentas mencionadas nos aplicação de um determinado método
artigos 9.º, 13.º, 14.º e 15.º. corresponda sensivelmente à que resultaria
da aplicação das regras gerais.
2 - O registo referido no número anterior deve
ser efectuado o mais tardar no 1.º dia útil
Artigo 48.º
seguinte ao da realização das operações e
apoiado em documentos adequados, tais 1 - O registo das operações mencionadas nas
como fitas de máquinas registadoras, talões alíneas b) e c) do n.º 2 do artigo 44.º deverá
de venda, talão recapitulativo diário ou ser efectuado após a recepção das
folhas de caixa, que, aliás, poderão correspondentes facturas, documentos
substituir o mesmo registo desde que equivalentes e guias ou notas de devolução,
contenham a indicação inequívoca de um até à apresentação das declarações a que se
único total diário. referem os artigos 40.º ou 42.º, se enviadas
3 - Os registos diários a que se referem os dentro do prazo legal, ou até ao fim desse
números anteriores deverão ser objecto de prazo, se essa obrigação não tiver sido
relevação contabilística ou de inscrição nos cumprida.
livros referidos no artigo 50.º, conforme os 2 - Para tal efeito, as facturas, documentos
casos, no prazo previsto no artigo 45.º. equivalentes e guias ou notas de devolução,
4 - Os contribuintes referidos no n.º 1, sempre incluindo os que sejam emitidos na
que emitam factura, deverão proceder ao qualidade de adquirente ao abrigo dos n.ºs
seu registo pelo valor respectivo, imposto 14 e 15 do artigo 28.º serão numerados
incluído, salvo se, não utilizando os seguidamente, em uma ou mais séries
métodos referidos no n.º 2 do artigo 47.º, convenientemente referenciadas, devendo
processarem as suas facturas com conservar-se na respectiva ordem os seus
discriminação de imposto. originais e, bem assim, todos os exemplares
dos que tiverem sido anulados, com os
5 - A opção pela elaboração de folhas de caixa
averbamentos indispensáveis à
a que se refere o n.º 2 não dispensa a

76
Alterado, com efeitos a partir e 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
do Decreto-Lei 256/03, de 21 de Outubro.
41
identificação daqueles que os substituíram, 2 - (Revogado) 80
se for caso disso. 77
3 - Os sujeitos passivos que, não sendo
78
3 – (Revogado) obrigados a possuir contabilidade
organizada para efeitos de IRS ou IRC,
Artigo 49.º possuam, no entanto, um sistema de
contabilidade que satisfaça os requisitos
Nos casos em que a facturação ou o seu registo adequados ao correcto apuramento e
sejam processados por valores, com imposto fiscalização do imposto podem não utilizar
incluído, nos termos dos artigos anteriores, o os livros referidos no n.º 1, aplicando-se aos
apuramento da base tributável correspondente referidos sujeitos passivos todas as normas
será obtido através da divisão daqueles valores constantes do presente Código relativas
por 105 quando a taxa do imposto for 5%, por àqueles que possuam contabilidade
112 quando a taxa do imposto for 12% e por organizada para efeitos dos impostos sobre
121 quando a taxa do imposto for 21%, o rendimento, sem prejuízo de poderem
multiplicando o quociente por 100 e beneficiar do regime especial de isenção,
arredondando o resultado, por defeito ou por desde que preenchidas as demais condições
excesso, para a unidade mais próxima, sem do artigo 53.º. 81
prejuízo da adopção de qualquer outro método
conducente a idêntico resultado. 79 4 - Os contribuintes ou as suas associações
representativas podem adoptar livros de
Artigo 50.º registo de modelo diferente do aprovado,
adaptados à especificidade das suas
1 - Os sujeitos passivos não enquadrados nos actividades, desde que adequados ao
regimes especiais previstos na secção IV do correcto apuramento e fiscalização do
presente capítulo ou que não possuam imposto. 82
contabilidade organizada nos termos do 5 - A Direcção-Geral dos Impostos poderá em
Código do IRS ou do IRC utilizarão, para qualquer altura obrigar os sujeitos passivos
cumprimento das exigências constantes dos referidos nos n.ºs 3 e 4 a adoptar os livros
n.ºs 1 dos artigos 45.º e 48.º, os seguintes mencionados no n.º 1. 83
livros de registo:
6 - Os livros a que se referem os n.ºs 2 e 3 do
a) Livro de registo de compras de artigo 116º do Código do IRS substituirão
mercadorias e/ou livro de registo de matérias- os livros referidos no presente artigo. 84
primas e de consumo; 7 - (Revogado)
b) Livro de registo de vendas de mercadorias
e/ou livro de registo de produtos fabricados; Artigo 51.º
c) Livro de registo de serviços prestados; 1 - Os sujeitos passivos que possuam
d) Livro de registo de despesas e de contabilidade organizada para efeitos de
operações ligadas a bens de investimento; IRS ou IRC ou, nos termos do n.º 3 do
artigo 50.º, são obrigados a efectuar registo
e) Livro de registo de mercadorias, matérias- dos seus bens de investimento, de forma a
primas e de consumo, de produtos fabricados permitir o controle das deduções efectuadas
e outras existências à data de 31 de Dezembro e das regularizações processadas.
de cada ano.

80
Revogado pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
81
77 Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro.
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro 82
de 2006). Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro.
78 83
Revogado pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro. Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
79 84
Redacção dada pelo artigo 1.º da Lei n.º 39/2005, de 24 de Junho Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
(entrada em vigor em 1 de Julho de 2005).
42
2 - O registo a que se refere o n.º 1 deverá 3 - Os sujeitos passivos com sede,
comportar, para cada um dos bens, os estabelecimento estável ou domicílio em
seguintes elementos: território nacional são obrigados a manter
os livros, registos e demais documentos
a) Data da aquisição ou da conclusão das referidos no n.º 1 em estabelecimento ou
obras em bens imóveis e do início da instalação situado em território nacional,
utilização ou ocupação; salvo se o arquivamento for efectuado por
b) Valor do imposto suportado; meios electrónicos. 85

c) Percentagem de dedução em vigor no 4 - É permitido o arquivamento em suporte


momento da aquisição; electrónico das facturas ou documentos
equivalentes emitidos por via electrónica
d) Somatório das deduções efectuadas até ao desde que se encontre garantido o acesso
ano da conclusão das obras em bens imóveis; completo e em linha aos dados e assegurada
e) Percentagem definitiva de dedução do ano a integridade da origem e do seu
da aquisição ou da conclusão das obras em conteúdo. 86
bens imóveis; 5 - Os sujeitos passivos com sede,
f) Percentagem definitiva de dedução de cada estabelecimento estável ou domicílio em
um dos anos do período de regularização. território nacional, que pretendam proceder
ao arquivamento em suporte electrónico dos
3 - O registo a que se referem os números documentos referidos no número anterior
anteriores deverá ser efectuado no prazo fora do território da Comunidade, deverão
constante dos artigos 45.º e 48.º, contado a solicitar autorização prévia à Direcção-
partir: Geral dos Impostos, a qual poderá fixar
condições específicas para a sua
a) Da data de recepção da factura ou efectivação. 87
documento equivalente que certifique a
6 - Os sujeitos passivos que não disponham de
aquisição;
sede, estabelecimento estável ou domicílio
b) Da data da conclusão das obras em bens em território nacional, que pretendam
imóveis; manter o arquivo dos livros, registos e
c) Da data em que devam ser processadas as demais documentos, incluindo os referidos
regularizações. no n.º 4, fora do território da Comunidade,
deverão solicitar autorização prévia à
Artigo 52.º Direcção-Geral dos Impostos, a qual poderá
fixar condições específicas para a sua
1 - Os sujeitos passivos são obrigados a efectivação. 88
arquivar e conservar em boa ordem durante
os 10 anos civis subsequentes todos os 7 - É ainda permitido o arquivamento em
livros, registos e respectivos documentos de suporte electrónico das facturas ou
suporte, incluindo, quando a contabilidade é documentos equivalentes, dos talões de
estabelecida por meios informáticos, os venda ou de quaisquer outros documentos
relativos à análise, programação e execução com relevância fiscal desde que
dos tratamentos. processados por computador, nos termos
2 - Para os registos previstos na alínea d) do n.º
1 do artigo 50.º e no artigo 51.º e
documentos anexos, o prazo de 10 anos
85
referido no número anterior deverá ser Aditado, com efeitos a partir e 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
do Decreto-Lei 256/03, de 21 de Outubro.
contado a partir da data em que for 86
Redacção dada pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro.
efectuada a última das regularizações 87
Aditado, com efeitos a partir e 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
previstas nos artigos 24.º e 25.º. do Decreto-Lei 256/03, de 21 de Outubro.
88
Aditado, com efeitos a partir e 1 de Janeiro de 2004, pelo artigo 2.º
do Decreto-Lei 256/03, de 21 de Outubro.
43
definidos por portaria do Ministro das 5 - O volume de negócios previsto nos números
Finanças. 89 anteriores é o definido nos termos do artigo
41.º.
SECÇÃO IV
Artigo 54.º
Regimes especiais
1 - Se, verificados os condicionalismos
SUBSECÇÃO I previstos no artigo anterior, os sujeitos
passivos não isentos pretenderem a
Regime de isenção aplicação do regime nele estabelecido,
deverão apresentar a declaração a que se
Artigo 53.º refere o artigo 31.º.

1 - Beneficiam da isenção do imposto os 2 - A declaração referida no número anterior só


sujeitos passivos que, não possuindo nem poderá ser apresentada durante o mês de
sendo obrigados a possuir contabilidade Janeiro do ano seguinte àquele em que se
organizada para efeitos de IRS ou IRC, nem verifiquem os condicionalismos referidos
praticando operações de importação, no artigo anterior, produzindo efeitos a
exportação ou actividades conexas, nem partir de 1 de Janeiro do ano da
exercendo actividade que consista na apresentação.
transmissão dos bens ou prestação dos 3 - Os sujeitos passivos que beneficiem da
serviços mencionados no anexo E ao isenção do imposto nos termos do artigo
presente Código, não tenham atingido, no anterior, estão excluídos do direito à
ano civil anterior, um volume de negócios dedução previsto no artigo 19.º.
superior a € 10 000. 90
4 - Os sujeitos passivos que utilizem a
2 - Não obstante o disposto no número anterior, possibilidade prevista no n.º 1 devem
serão ainda isentos do imposto os sujeitos proceder, nos termos do n.º 5 do artigo 24
passivos com um volume de negócios .º, à regularização da dedução efectuada
superior a € 10 000, mas inferior a € 12 quanto a bens do activo imobilizado e,
500, que, se tributados, preencheriam as quando anteriormente abrangidos pelo
condições de inclusão no regime dos regime normal, devem também efectuar a
pequenos retalhistas. 91 regularização do imposto deduzido e
3 - No caso de sujeitos passivos que iniciem a respeitante às existências remanescentes no
sua actividade, o volume de negócios a fim do ano, devendo, em qualquer dos
tomar em consideração será estabelecido de casos, as referidas regularizações ser
acordo com a previsão efectuada relativa ao incluídas na declaração ou guia referente ao
ano civil corrente, após confirmação pela último período de tributação.
Direcção-Geral das Contribuições e
Impostos. Artigo 55.º

4 - Quando o período em referência, para 1 - Os sujeitos passivos susceptíveis de


efeitos dos números anteriores, for inferior beneficiar da isenção do imposto nos
ao ano civil, deve converter-se o volume de termos do artigo 53.º podem a ela renunciar
negócios relativo a esse período num e optar pela aplicação normal do imposto às
volume de negócios anual correspondente. suas operações tributáveis ou, no caso de
serem retalhistas, pelo regime especial
previsto no artigo 60.º.
2 - O direito de opção será exercido mediante a
89
Aditado pelo artigo 3.º do DL 238/2006, de 20 de Dezembro. entrega na repartição de finanças
90
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro competente da declaração de início ou de
de 2006).
91
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro
de 2006).
44
alterações, consoante os casos, produzindo Artigo 57.º
efeitos a partir da data da sua apresentação.
Os sujeitos passivos isentos nos termos do
3 - Tendo exercido o direito de opção nos
artigo 53.º, quando emitam facturas por bens
termos dos números anteriores, o sujeito
transmitidos ou serviços prestados no exercício
passivo é obrigado a permanecer no regime
da sua actividade comercial, industrial ou
por que optou durante um período de, pelo
profissional, deverão sempre apor-lhe a menção
menos, cinco anos, devendo, findo tal
"IVA -Regime de isenção".
prazo, apresentar a declaração de alterações
a que se refere o artigo 31.º, no caso de Artigo 58.º
desejar voltar ao regime de isenção.
4 - A declaração referida no número anterior só 1 - Os sujeitos passivos isentos nos termos do
poderá ser apresentada durante o mês de artigo 53.º são obrigados ao cumprimento
Janeiro de um dos anos seguintes àquele em do disposto nos artigos 30.º, 31.º e 32.º.
que se tiver completado o prazo do regime 2 - Quando se deixarem de verificar as
de opção, produzindo efeitos a partir de 1 condições de aplicação do regime de
de Janeiro do ano da sua apresentação. isenção do artigo 53.º, os sujeitos passivos
5 - No caso de modificação essencial das são obrigados a apresentar a declaração de
condições de exercício da actividade alterações prevista no artigo 31.º, nos
económica, pode o sujeito passivo, seguintes prazos:
independentemente do prazo previsto no
número anterior, solicitar, mediante a) Durante o mês de Janeiro do ano seguinte
requerimento a entregar na repartição de àquele em que tenha sido atingido um volume
finanças competente, a passagem ao regime de negócios superior aos limites de isenção
de isenção, com efeitos a partir da data para previstos no artigo 53.º;
o efeito mencionada na notificação do b) No prazo de 15 dias a contar da fixação
deferimento do pedido. definitiva de um rendimento tributável em
sede de IRS ou IRC baseado em volumes de
Artigo 56.º negócios superiores àqueles limites;
1 - Nos casos de passagem de regime de c) No prazo de quinze dias a contar do
isenção a um regime de tributação, ou momento em que se deixar de verificar
inversamente, a Direcção-Geral das qualquer das demais circunstâncias referidas
Contribuições e Impostos poderá tomar as no n.º 1 do artigo 53.º.
medidas que julgar necessárias a fim de
evitar que o sujeito passivo em questão 3 - Verificadas as circunstâncias referidas no
usufrua vantagens injustificadas ou sofra número anterior, os sujeitos passivos que,
prejuízos igualmente injustificados. tendo iniciado a actividade em data anterior
Designadamente, poderá não atender a à entrada em vigor do Código, foram
modificações do volume de negócios pouco dispensados do cumprimento das
significativas ou devidas a circunstâncias obrigações de registo previstas no Decreto-
excepcionais. Lei n.º 394-A/84, de 26 de Dezembro,
deverão apresentar no mesmo prazo a
2 - Não podem beneficiar do regime de isenção declaração do início de actividade a que se
os sujeitos passivos que, estando refere o artigo 30.º.
enquadrados num regime de tributação à
data de cessação de actividade, reiniciem 4 - Sempre que a Direcção-Geral das
essa ou outra actividade nos 12 meses Contribuições e Impostos disponha de
seguintes ao da cessação. indícios seguros para supor que um sujeito
passivo isento ultrapassou em determinado
ano o limite de isenção, procederá à sua
notificação para apresentar a declaração a
que se refere o artigo 30.º ou artigo 31.º,
45
conforme os casos, no prazo de quinze dias, dedução nos termos do n.º 1 do artigo
com base no volume de negócios que 21.º. 93
considerou realizado. 3 - O volume de compras a que se refere o n.º 1
5 - Será devido imposto com referência às é o valor definitivamente tomado em conta
operações efectuadas pelos sujeitos para efeitos de tributação em IRS.
passivos a partir do mês seguinte àquele em 4 - No caso de retalhistas que iniciem a sua
que se torne obrigatória a entrega das actividade, o volume de compras será
declarações a que se referem os n.ºs 2, 3 ou estabelecido de acordo com a previsão
4. efectuada relativa ao ano civil corrente,
6 - Não obstante o disposto no número anterior, após confirmação pela Direcção-Geral das
nos casos em que se deixam de verificar as Contribuições e Impostos.
circunstâncias a que se refere a alínea c) do 5 - Quando o período em referência, para
n.º 2, a aplicação do regime normal de efeitos dos n.ºs 1, 3 e 4, seja inferior ao ano
tributação produz efeitos a partir desse civil, deve converter-se o volume de
momento. compras relativo a esse período num
volume de compras anual correspondente. 94
Artigo 59.º
6 - Para efeitos do disposto no n.º 1,
Sem prejuízo do disposto no artigo anterior, os consideram-se retalhistas aqueles cujo
sujeitos passivos isentos nos termos do artigo volume de compras de bens destinados a
53.º estão dispensados das demais obrigações venda sem transformação atinja pelo menos
previstas no presente diploma. 90% do volume de compras, tal como se
encontra definido no n.º 3.
SUBSECÇÃO II
7 - No caso de aquisição de materiais para
Regime dos pequenos retalhistas transformação dentro do limite previsto no
número anterior, ao montante de imposto
Artigo 60.º calculado nos termos do n.º 1 acrescerá
25% do imposto suportado nessa aquisição.
1 - Sem prejuízo do disposto no n.º 2 do artigo 8 - Não podem beneficiar do regime especial
53.º, os retalhistas que sejam pessoas previsto no n.º 1 os retalhistas que
singulares, não possuam nem sejam pratiquem operações de importação,
obrigados a possuir contabilidade exportação ou actividades com elas
organizada para efeitos de IRS e não conexas, operações intracomunitárias
tenham tido no ano civil anterior um referidas na alínea c) do n.º 1 do artigo 1º
volume de compras superior a € 48 ou prestações de serviços não isentas de
879,79 92 , para apurar o imposto devido ao valor anual superior a € 250, nem aqueles
Estado, aplicarão um coeficiente de 25% ao cuja actividade consista na transmissão dos
valor do imposto suportado nas aquisições bens ou prestação dos serviços
de bens destinados a vendas sem mencionados no anexo E ao presente
transformação. Código. 95
2 - Ao imposto determinado nos termos do 9 - São excluídas do regime especial, ficando
número anterior é deduzido o valor do sujeitas à disciplina particular ou geral do
imposto suportado na aquisição ou locação IVA, consoante o caso, as transmissões de
de bens de investimento e outros bens para bens e as prestações de serviços
uso da própria empresa, salvo tratando-se mencionados no anexo E ao presente
dos que estejam excluídos do direito à Código efectuadas a título ocasional, bem
93
Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (OE/2007).
94
Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (OE/2007).
95
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro
92
Conversão em Euro do valor de 10 000$00. de 2006).
46
como as transmissões de bens do activo delas constar expressamente a menção "IVA -
imobilizado dos retalhistas sujeitos ao Não confere direito a dedução."
regime previsto no presente artigo, os quais
deverão adicionar, se for caso disso, o Artigo 63.º
respectivo imposto ao apurado nos termos
do n.º 1, para efeitos da sua entrega nos 1 - Os sujeitos passivos susceptíveis de
cofres do Estado. 96 usufruírem do regime especial de tributação
previsto no artigo 60.º podem renunciar a
Artigo 61.º tal regime e optar pela aplicação normal do
imposto às suas operações tributáveis.
1 - Se, verificados os condicionalismos 2 - O direito de opção será exercido mediante a
previstos no artigo anterior, os sujeitos entrega, na repartição de finanças
passivos incluídos no regime normal competente, de declaração de início ou de
pretenderem a aplicação do regime especial alterações, consoante os casos, produzindo
dos pequenos retalhistas, deverão efeitos, respectivamente, a partir da
apresentar a declaração a que se refere o apresentação da declaração de início ou do
artigo 31.º. período de imposto seguinte ao da
2 - A declaração referida no número anterior só apresentação da declaração de alterações.
poderá ser apresentada durante o mês de 3 - Tendo exercido o direito de opção nos
Janeiro do ano seguinte àquele em que se termos dos números anteriores, o sujeito
verifiquem os condicionalismos referidos passivo é obrigado a permanecer no regime
no artigo anterior, produzindo efeitos a por que optou durante um período de, pelo
partir de 1 de Janeiro do ano da menos, cinco anos, devendo, findo tal
apresentação. prazo, apresentar a declaração de alterações
3 - Os sujeitos passivos enquadrados no regime a que se refere o artigo 31.º, no caso de
de tributação previsto nesta subsecção não desejar voltar ao regime especial dos
beneficiam do direito à dedução constante pequenos retalhistas.
da secção I do Capítulo V do presente 4 - A declaração referida no número anterior só
diploma, salvo no que respeita às aquisições poderá ser apresentada durante o mês de
dos bens referidos no n.º 2 do artigo Janeiro de um dos anos seguintes àquele em
anterior. que se tiver completado o prazo do regime
4 - Os sujeitos passivos que utilizarem a de opção, produzindo efeitos a partir de 1
possibilidade prevista no n.º 1 aplicarão um de Janeiro do ano da sua apresentação.
coeficiente de 25% ao valor do imposto 5 - No caso de modificação essencial das
deduzido e respeitante às existências condições de exercício da actividade
remanescentes no fim do ano, devendo o económica, pode o sujeito passivo,
valor resultante, adicionado do próprio independentemente do prazo previsto no
imposto, ser incluído na declaração ou guia número anterior, solicitar, mediante
referente ao primeiro período de tributação requerimento a entregar na repartição de
no regime dos pequenos retalhistas. finanças competente, a passagem ao regime
especial com efeitos a partir da data para o
Artigo 62.º
efeito mencionada na notificação do
Salvo no caso das vendas referidas no n.º 9 do deferimento do pedido.
artigo 60.º, as facturas ou documentos
Artigo 64.º
equivalentes emitidos por retalhistas sujeitos ao
regime especial de tributação previsto no artigo 1 - Nos casos de passagem do regime normal
60.º não conferem direito a dedução, devendo de tributação ao regime especial referido no
artigo 60.º, ou inversamente, a Direcção-
96
Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro
Geral das Contribuições e Impostos poderá
de 2006).
47
tomar as medidas que julgar necessárias a Artigo 67.º
fim de evitar que o retalhista usufrua
vantagens injustificadas ou sofra prejuízos 1 - Os retalhistas sujeitos ao regime especial de
igualmente injustificados. Designadamente, tributação previsto no artigo 60.º são
poderá não atender a modificações do obrigados a:
volume de compras pouco significativas ou
devidas a circunstâncias excepcionais. a) Declarar o início, a alteração e a cessação
da sua actividade nos termos dos artigos 30.º,
2 - Não podem beneficiar do regime dos 31.º e 32.º;
pequenos retalhistas os sujeitos passivos
que, estando enquadrados no regime normal b) Pagar na tesouraria da Fazenda Pública
à data de cessação de actividade, reiniciem competente, por meio de guia de modelo
essa ou outra actividade nos 12 meses aprovado, e até ao dia 20 do segundo mês
seguintes ao da cessação. seguinte a cada trimestre do ano civil, o
imposto que se mostre devido; nos casos em
Artigo 65.º que não haja imposto a pagar, deverá ser
apresentada, na repartição de finanças
1 - Os retalhistas sujeitos ao regime especial de competente e no mesmo prazo, declaração
tributação previsto no art.º 60.º são adequada;
obrigados a registar no prazo de 30 dias, a c) Apresentar, na repartição de finanças
contar da respectiva recepção, as facturas,
competente, em triplicado e até ao último dia
documentos equivalentes e guias ou notas
do mês de Março de cada ano, uma
de devolução relativos a bens ou serviços declaração relativa às aquisições efectuadas
adquiridos e a conservá-los com no ano civil anterior;
observância do disposto no n.º 2 do artigo
48.º. 2 - No caso de alteração dos volumes de
2 - Para cumprimento do mencionado no n.º 1, compras que obrigue o sujeito passivo à
deverão os retalhistas possuir os seguintes aplicação do regime normal do imposto, a
elementos de escrita: declaração de alterações a que se refere o
art. 31.º deve ser apresentada durante o mês
a) Livro de registo de compras, vendas e de Janeiro do ano civil seguinte àquele a
serviços prestados; que respeitam tais volumes de compras.
b) Livro de registo de despesas gerais e 3 - Sempre que tenha sido fixado
operações ligadas a bens de investimento. definitivamente um rendimento tributável
em IRS baseado em volumes de compras
3 - (Eliminado) superiores aos limites estabelecidos no
4 - (Eliminado) artigo 60.º, o sujeito passivo deverá
apresentar a declaração a que se refere o
Artigo 66.º artigo 31.º no prazo de 15 dias a contar
daquela fixação.
Nos casos em que haja fundados motivos para 4 - A aplicação do regime normal produz
supor que o regime especial de tributação efeitos a partir do período de imposto
previsto no artigo 60.º concede ao retalhista seguinte àquele em que se torna obrigatória
vantagens injustificadas ou provoca sérias a entrega da declaração de alterações a que
distorções de concorrência, a administração se referem os números anteriores.
fiscal pode, em qualquer altura, obrigá-lo ao
regime normal de tributação. 5 - Sempre que o sujeito passivo passe a
efectuar operações referidas no n.º 8 do
artigo 60.º, ou passe a dispor, ou esteja
obrigado a dispor, de contabilidade
organizada para efeitos de IRS, deverá
proceder à entrega da declaração a que se
48
refere o artigo 31.º, no prazo de 15 dias, 2 - Sobre a margem, apurada nos termos do
ficando enquadrado no regime normal de número anterior, deverão os revendedores
tributação a partir do momento em que se fazer incidir a respectiva taxa do imposto.
verifique qualquer uma daquelas situações.
3 - Na determinação do valor das transmissões,
6 - No caso de cessação de actividade, o não serão tomadas em consideração as
pagamento do imposto ou a apresentação da entregas de combustíveis efectuadas por
declaração a que se referem as alíneas b) e conta do distribuidor.
c) do n.º 1 devem ser efectuados no prazo
de 30 dias a contar da data da cessação. Artigo 68.º-C
7 - No caso de passagem do regime especial de 1 - Os revendedores dos combustíveis referidos
tributação prevista no artigo 60.º para o no artigo 68.º-A não poderão deduzir o
regime normal, a declaração a que ser imposto devido ou pago nas aquisições no
refere a alínea c) do n.º 1 deve ser mercado nacional, aquisições
apresentada no prazo previsto na alínea b) intracomunitárias e importações desses
do mesmo número e reportar-se-á à parte do bens.
período anual em que o sujeito passivo
esteve enquadrado no regime especial dos 2 - O imposto suportado em investimentos e
pequenos retalhistas. demais despesas de comercialização é
dedutível nos termos gerais dos artigos 19.º
Artigo 68.º e seguintes.

O prazo de conservação dos livros, registos e Artigo 68.º-D


respectiva documentação de suporte exigidos
nos termos do artigo 65.º é o fixado no n.º 1 do 1 - Quando os combustíveis adquiridos a
artigo 52.º. revendedores originarem direito a dedução
nos termos gerais, esta terá como base o
SUBSECÇÃO III 97 imposto contido no preço de venda.
2 - O direito à dedução referido no número
Regime de tributação dos combustíveis anterior só poderá ser exercido com base
líquidos aplicável aos revendedores em facturas ou documentos equivalentes
passados em forma legal, podendo, porém,
Artigo 68.º-A os elementos relativos à identificação do
adquirente, com excepção do número de
O imposto devido pelas transmissões de identificação fiscal, ser substituídos pela
gasolina, gasóleo e petróleo carburante simples indicação da matrícula do veículo
efectuadas por revendedores é liquidado por abastecido.
estes com base na margem efectiva de vendas.
3 - As facturas ou documentos equivalentes
Artigo 68.º-B emitidos pelos revendedores devem conter
a indicação do preço líquido, da taxa
1 - Para efeitos do disposto no artigo anterior, o aplicável e do montante de imposto
valor tributável das transmissões abrangidas correspondente ou, em alternativa, a
pelo presente regime corresponde à indicação do preço com inclusão do
diferença, verificada em cada período de imposto e da taxa aplicável.
tributação, entre o valor das transmissões de 4 - Nos casos de entregas efectuadas pelos
combustíveis realizadas, IVA excluído, e o revendedores por conta dos distribuidores,
valor de aquisição dos mesmos as facturas ou documentos equivalentes
combustíveis, IVA excluído. emitidos pelos revendedores devem conter
a menção «IVA - Não confere direito à
dedução» ou expressão similar.
97
Aditado pelo artigo 34.º da Lei n.º 107-B/2003, de 31 de Dezembro.
49
Artigo 68.º-E Artigo 70.º

Os revendedores devem manter registos 1 - Para efeitos do cumprimento das obrigações


separados das aquisições e vendas dos do presente diploma, considera-se serviço
combustíveis abrangidos por este regime. de finanças ou tesouraria de finanças
competente a da área fiscal onde o
Artigo 68.º-F contribuinte tiver a sua sede,
estabelecimento principal ou, na falta deste,
Os sujeitos passivos abrangidos pelo presente o domicílio.
regime deverão, sempre que efectuem
aquisições intracomunitárias dos combustíveis 2 - Tratando-se de sujeitos passivos titulares de
referidos no artigo 68.º-A, obedecer às regras rendimentos sujeitos a IRS, considera-se
estabelecidas no Regime do IVA nas serviço de finanças ou tesouraria de
Transacções Intracomunitárias. finanças competente a da área do respectivo
domicílio fiscal.
Artigo 68.º-G 3 - Para os contribuintes, pessoas singulares ou
colectivas, com domicílio ou sede fora do
Os sujeitos passivos abrangidos pelo presente território nacional, o serviço de finanças ou
regime não podem beneficiar do regime tesouraria de finanças competente será a da
especial de isenção do artigo 53.º nem do área fiscal onde estiver situado o
regime especial dos pequenos retalhistas do estabelecimento estável ou, na falta deste, a
artigo 60.º. da área fiscal da sede, estabelecimento
principal ou domicílio do representante.
SECÇÃO V
4 - Para os sujeitos passivos não residentes,
Disposições comuns sem estabelecimento estável em território
nacional, que não tenham representante,
Artigo 69.º considerar-se-á competente o serviço de
finanças ou tesouraria do serviço de
1 - Os contribuintes que distribuam a sua finanças de Lisboa-3.
actividade por mais de um estabelecimento
5 - Não obstante o disposto nos números
deverão centralizar num deles a
anteriores, para efeitos de cumprimento das
escrituração relativa às operações realizadas
obrigações previstas nos artigos 30.º, 31.º e
em todos.
32.º, a entrega das declarações aí previstas,
2 - No caso previsto no n.º 1, a escrituração das quer através dos respectivos impressos
operações realizadas deverá obedecer aos oficiais, quer quando substituídos pela
seguintes princípios: declaração verbal, nos termos do artigo
34.º-A, poderá ser efectuada em qualquer
a) No estabelecimento escolhido para a serviço de finanças que disponha dos meios
centralização deverão manter-se os registos informáticos adequados ao cadastro único.
da centralização, bem como os respectivos
documentos de suporte; Artigo 71.º
b) Deverão existir registos dos movimentos
1 - As disposições dos artigos 35.º e seguintes
de cada estabelecimento, incluindo os
devem ser observadas sempre que, emitida
efectuados entre si.
a factura ou documento equivalente, o valor
3 - O estabelecimento escolhido para a tributável de uma operação ou o respectivo
centralização deve ser o indicado para imposto venham a sofrer rectificação por
efeitos do IRS ou IRC. qualquer motivo.
2 - Se, depois de efectuado o registo referido no
artigo 45.º, for anulada a operação ou
reduzido o seu valor tributável em
50
consequência de invalidade, resolução, poderá ser efectuada no prazo de dois anos,
rescisão ou redução do contrato, pela que, no caso do exercício do direito à
devolução de mercadorias ou pela dedução, será contado a partir do
concessão de abatimentos ou descontos, o nascimento do respectivo direito nos termos
fornecedor do bem ou prestador do serviço do n.º 1 do artigo 22.º, sendo obrigatória
poderá efectuar a dedução do quando resulte imposto a favor do Estado. 99
correspondente imposto até ao final do 7 – (Revogado) 100
período de imposto seguinte àquele em que
se verificarem as circunstâncias que 8 - Os sujeitos passivos podem deduzir ainda o
determinaram a anulação da liquidação ou a imposto respeitante a créditos considerados
redução do seu valor tributável. incobráveis: 101
3 - Nos casos de facturas inexactas que já a) Em processo de execução após o registo da
tenham dado lugar ao registo referido no suspensão de instância a que se refere a alínea
artigo 45.º, a rectificação é obrigatória c) do n.º 2 do artigo 806.º do Código do
quando houver imposto liquidado a menos, Processo Civil;
podendo ser efectuada sem qualquer
penalidade até ao final do período seguinte b) Em processo de insolvência quando a
àquele a que respeita a factura a rectificar, e mesma seja decretada.
é facultativa, quando houver imposto 9 - Os sujeitos passivos podem igualmente
liquidado a mais, mas apenas pode ser deduzir o imposto respeitante a outros
efectuada no prazo de dois anos. 98 créditos desde que se verifique qualquer das
4 - O adquirente do bem ou destinatário do seguintes condições: 102
serviço que seja um sujeito passivo do
imposto, se tiver efectuado já o registo de a) O valor do crédito não seja superior a €
uma operação relativamente à qual o seu 750, IVA incluído, a mora do pagamento se
fornecedor ou prestador de serviço prolongue para além de seis meses e o
procedeu a anulação, redução do seu valor devedor seja particular ou sujeito passivo que
tributável ou rectificação para menos do realize exclusivamente operações isentas que
valor facturado, corrigirá, até ao fim do não confiram direito a dedução;
período de imposto seguinte ao da recepção b) Os créditos sejam superiores a € 750 e
do documento rectificativo, a dedução inferiores a € 8000, IVA incluído, e o
efectuada. devedor, sendo particular ou sujeito passivo
5 - Quando o valor tributável de uma operação que realize exclusivamente operações isentas
ou o respectivo imposto sofrerem que não confiram direito a dedução, conste no
rectificação para menos, a regularização a registo informático de execuções como
favor do sujeito passivo só poderá ser executado contra quem foi movido processo
efectuada quando este tiver na sua posse de execução anterior entretanto suspenso por
prova de que o adquirente tomou não terem sido encontrados bens penhoráveis;
conhecimento da rectificação ou de que foi c) Os créditos sejam superiores a € 750 e
reembolsado do imposto, sem o que se inferiores a € 8000, IVA incluído, tenha
considerará indevida a respectiva dedução. havido aposição de fórmula executória em
6 - A correcção de erros materiais ou de cálculo processo de injunção ou reconhecimento em
no registo a que se referem os artigos 44.º a acção de condenação e o devedor seja
51.º e 65.º, nas declarações mencionadas no particular ou sujeito passivo que realize
artigo 40.º e nas guias ou declarações
mencionadas nas alíneas b) e c) do n.º1 do 99
Alterado pelo artigo 12.º da Lei n.º 39-A/2005, de 29 de Julho.
artigo 67.º, é facultativa quando resultar 100
Revogado pelo artigo 12.º da Lei n.º 39-A/2005, de 29 de Julho.
imposto a favor do sujeito passivo, mas só 101
Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (OE/2007).
102
Alterado pelo n.º 1 do artigo 45.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de
Dezembro (OE/ 2006).
98
Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (OE/2007).
51
exclusivamente operações isentas que não 15 - Nos casos em que a obrigação de
confiram direito a dedução; liquidação e pagamento do imposto
compete ao adquirente dos bens e serviços e
d) Os créditos sejam inferiores a € 6000, IVA
os correspondentes montantes não tenham
incluído, deles sendo devedor sujeito passivo
sido incluídos na declaração periódica,
com direito à dedução e tenham sido
originando a respectiva liquidação e
reconhecidos em acção de condenação ou
dedução, ou o tenham sido fora do prazo
reclamados em processo de execução e o
legalmente estabelecido, a liquidação e a
devedor tenha sido citado editalmente.
dedução serão aceites sem quaisquer
10 - O valor global dos créditos referidos no consequências, desde que o sujeito passivo
número anterior, o valor global do imposto entregue a declaração de substituição, sem
a deduzir, a realização de diligências de prejuízo da penalidade que ao caso couber.
cobrança por parte do credor e o insucesso, 16 - O disposto no número anterior será
total ou parcial, de tais diligências devem igualmente aplicável aos sujeitos passivos
encontrar-se documentalmente que tenham o direito à dedução parcial do
comprovados e ser certificados por revisor imposto, nos termos do disposto no artigo
oficial de contas. 103 23.º, sem prejuízo da liquidação adicional e
11 - A certificação por revisor oficial de contas pagamento do imposto e dos juros
a que se refere o número anterior deve ser compensatórios que se mostrem devidos
efectuada por cada um dos períodos em que pela diferença.
foi feita a regularização e até ao termo do 17 - Os documentos, certificados e
prazo estabelecido para a entrega da comunicações a que se referem os n.ºs 9 a
declaração periódica ou até à data de 12 do presente artigo devem integrar o
entrega da mesma, quando esta ocorra fora processo de documentação fiscal previsto
do prazo. 104 no artigo 121.º do Código do IRC e no
12 - No caso previsto no n.º 8 e na alínea d) do artigo 129.º do Código do IRS. 106
n.º 9 é comunicada ao adquirente do bem
ou serviço, que seja um sujeito passivo do Artigo 72.º
imposto, a anulação total ou parcial do
1 - O adquirente dos bens ou serviços
imposto, para efeitos de rectificação da
tributáveis que seja um sujeito passivo dos
dedução inicialmente efectuada.105
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º,
13 - Nos casos em que se verificar a agindo como tal, e não isento, é
recuperação dos créditos, total ou solidariamente responsável com o
parcialmente, os sujeitos passivos são fornecedor pelo pagamento do imposto,
obrigados a proceder à entrega do imposto, quando a factura ou documento
no período em que se verificar o seu equivalente, cuja emissão seja obrigatória
recebimento, sem observância, neste caso, nos termos do artigo 28.º, não tenha sido
do prazo previsto no n.º 1 do artigo 88.º. passada, contenha uma indicação inexacta
14 - Quando o valor tributável for objecto de quanto ao nome ou endereço das partes
redução, o montante deste deve ser intervenientes, à natureza ou à quantidade
repartido entre contraprestação e imposto, dos bens transmitidos ou serviços
aquando da emissão do respectivo fornecidos, ao preço ou ao montante de
documento, se se pretender igualmente a imposto devido.
rectificação do imposto. 2 - O adquirente ou destinatário que prove ter
pago ao seu fornecedor, devidamente
103
identificado, todo ou parte do imposto
Alterado pelo n.º 1 do artigo 45.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de
Dezembro (OE/ 2006).
devido será liberto da responsabilidade
104
Alterado pelo n.º 1 do artigo 45.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de
Dezembro (OE /2006).
105 106
Alterado pelo n.º 1 do artigo 45.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de Aditado pelo n.º 1 do artigo 45.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de
Dezembro (OE /2006). Dezembro (OE /2006).
52
solidária prevista no número anterior, pelo esses bens ou com esses serviços, desde que
montante correspondente ao pagamento aqueles tivessem ou devessem ter
efectuado, salvo no caso de má-fé. conhecimento dessas circunstâncias.
3 - Sem prejuízo da responsabilidade solidária 2 - O disposto no número anterior é aplicável às
pelo pagamento prevista nos números transmissões de bens e prestações de
anteriores, a responsabilidade pela emissão serviços a definir por despacho do Ministro
das facturas ou documentos equivalentes, das Finanças e da Administração Pública,
pela veracidade do seu conteúdo e pelo quando estejam em causa operações
pagamento do respectivo imposto, nos relacionadas com actividades em que as
casos previstos no n.º 14 do artigo 28.º, práticas descritas no n.º 1 ocorram de forma
cabe ao sujeito passivo transmitente dos reiterada.
bens ou prestador dos serviços. 107 3 - Para efeitos do disposto neste artigo,
4 - Não obstante o disposto nos números presume-se que o sujeito passivo tem
anteriores nos casos em que o imposto conhecimento de que o imposto relativo às
resulte de operação simulada ou em que transmissões de bens ou prestações dos
seja simulado o preço constante de factura serviços referidos no número anterior não
ou documento equivalente, o adquirente dos foi ou não venha a ser integralmente
bens ou serviços que seja um sujeito entregue nos cofres do Estado, sempre que
passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 o preço por ele devido pelos bens ou
do artigo 2.º, agindo como tal, e ainda que serviços em causa seja inferior ao preço
isento do imposto, é solidariamente mais baixo que seria razoável pagar em
responsável, pelo pagamento do imposto, situação de livre concorrência ou seja
com o sujeito passivo que, na factura ou inferior ao preço relativo a esses bens ou
documento equivalente, figura como serviços em fases anteriores de circuito
fornecedor dos bens ou prestador dos económico.
serviços. 108 4 - A presunção referida no número anterior é
5 - A responsabilidade solidária prevista no ilidida se for demonstrado que o preço
número anterior é aplicável ainda que o praticado, numa das fases do circuito
adquirente dos bens serviços prove ter pago económico, se deveu a circunstâncias não
a totalidade ou parte do imposto ao sujeito relacionadas com a intenção de não
passivo que na factura ou documento pagamento do imposto.
equivalente figura como fornecedor dos
bens ou prestador dos serviços. 109 Artigo 73.º

Artigo 72.º-A 110 Os sujeitos passivos que pratiquem operações


isentas, sem direito a dedução, e desenvolvam
1 - Nas transmissões de bens ou prestações de simultaneamente uma actividade acessória
serviços realizadas ou declaradas com a tributável poderão calcular o seu volume de
intenção de não entregar nos cofres do negócios, para efeitos do disposto nos artigos
Estado o imposto correspondente são 41.º e 53.º, tomando em conta apenas os
também responsáveis solidários pelo resultados relativos à actividade acessória.
pagamento do imposto os sujeitos passivos
abrangidos pela alínea a) do n.º 1 do artigo Artigo 74.º
2.º, que tenham intervindo ou venham a
intervir, em qualquer fase do circuito As notificações referidas no n.º 1 do artigo 27.º,
económico, em operações relacionadas com no n.º 3 do artigo 34.º, no n.º 8 do artigo 40.º,
no n.º 5 do artigo 55.º, no n.º 4 do artigo 58.º,
107
Aditado pelo n.º 1 do artigo 45.º da Lei n.º 60-A/2005, de 30 de
no n.º 5 do artigo 63.º, no artigo 85.º e no n.º 4
Dezembro (OE/ 2006). do artigo 88.º, bem como das decisões a que se
108
109
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE /2005). referem os n.ºs 3 do artigo 53.º e 4 do artigo
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE /2005).
110 60.º, serão efectuadas através de carta
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE /2005).
53
registada, com aviso de recepção, com aprovada pelo Decreto-Lei n.º 398/98, de
indicação dos critérios que as fundamentaram. 17 de Dezembro, no Regime Complementar
do Procedimento de Inspecção Tributária,
Artigo 75.º aprovado pelo artigo 1.º do Decreto-Lei n.º
413/98, de 31 de Dezembro.
1 - Das decisões a que se referem o n.º 3 do
artigo 34.º, o n.º 8 do artigo 40.º, o n.º 3 do 2 - Os serviços, estabelecimentos e organismos
artigo 53.º, o n.º 5 do artigo 55.º, o artigo do Estado, das Regiões Autónomas e das
56.º, o n.º 4 do artigo 58.º, o n.º 4 do artigo autarquias locais, incluindo os dotados de
60.º e o n.º 5 do artigo 63.º poderá o sujeito autonomia administrativa ou financeira,
passivo recorrer hierarquicamente, nos ainda que personalizados, as associações e
termos do Código de Procedimento e do federações de municípios, bem como outras
Processo Tributário. 111 pessoas colectivas de direito público, as
instituições particulares de solidariedade
2 - Aos recursos hierárquicos referidos no social e as empresas públicas devem
número anterior aplica-se o disposto na lei entregar o mapa recapitulativo previsto na
geral tributária, tendo sempre efeito alínea f) do n.º 1 do art.º 28.º.
suspensivo quando respeitarem às decisões
referidas no artigo 56.º e no n.º 1 do artigo Artigo 78.º (Revogado) 113
58.º.
Artigo 79.º (Revogado) 114
3 - Para efeitos do disposto nos artigos 53.º e
58.º, não se conhecerá das reclamações,
Artigo 80.º
impugnações e recursos hierárquicos, na
parte em que tenham por fundamento a Salvo prova em contrário, presumem-se
discussão dos volumes de negócios, quando adquiridos os bens que se encontrarem em
fixados definitivamente para efeitos de IRS qualquer dos locais em que o contribuinte
ou IRC ou cujo processo de fixação esteja exerce a sua actividade e presumem-se
em curso no âmbito destes impostos. transmitidos os bens adquiridos, importados ou
produzidos que se não encontrarem em
CAPÍTULO VI
qualquer desses locais.
FISCALIZAÇÃO E DETERMINAÇÃO
Artigo 81.º (Revogado) 115
OFICIOSA DO IMPOSTO
Artigo 82.º
Artigo 76.º
1 - Sem prejuízo do disposto no artigo 84 º, o
O cumprimento das obrigações impostas por chefe de repartição de finanças procederá à
este diploma será fiscalizado, em geral, e rectificação das declarações dos sujeitos
dentro dos limites da respectiva competência, passivos quando fundamentadamente
por todas as autoridades, corpos considere que nelas figure um imposto
administrativos, repartições públicas e pessoas inferior ou uma dedução superior aos
colectivas de utilidade pública e, em especial, devidos, liquidando-se adicionalmente a
pela Direcção-Geral das Contribuições e diferença.
Impostos. 2 - As inexactidões ou omissões praticadas nas
112 declarações poderão resultar directamente
Artigo 77.º
do seu conteúdo, do confronto com
1 – A fiscalização em especial das disposições declarações de substituição apresentadas
do presente Código rege-se pelo disposto
no artigo 63.º da lei geral tributária, 113
Revogado pelo artigo 5.º da Lei n.º 50/2005, de 30 de Agosto.
114
Revogado pelo artigo 5.º da Lei n.º 50/2005, de 30 de Agosto.
111 115
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 160/2003, de 19 de Julho. Revogado pelo artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 185/86, de 14 de
112
Redacção dada pelo artigo 3.º da Lei n.º 50/2005, de 30 de Agosto. Julho.
54
para o mesmo período ou respeitantes a Artigo 83.º
períodos de imposto anteriores, ou ainda
com outros elementos de que se disponha, 1 - Se a declaração periódica prevista no artigo
designadamente os relativos a IRS, IRC ou 40.º não for apresentada, a Direcção de
informações recebidas no âmbito da Serviços de Cobrança do IVA procederá à
cooperação administrativa comunitária e da liquidação oficiosa do imposto, com base
assistência mútua. nos elementos de que disponha.
3 - As inexactidões ou omissões poderão 2 - O imposto liquidado nos termos do número
igualmente ser constatadas em visita de anterior deve ser pago na Tesouraria da
fiscalização efectuada nas instalações do Fazenda Pública competente, no prazo
sujeito passivo, através de exame dos seus mencionado na notificação, efectuada por
elementos de escrita, bem como da carta registada com aviso de recepção, o
verificação das existências físicas do qual não poderá ser inferior a 90 dias
estabelecimento. contados desde o seu envio.
4 - Se for demonstrado, sem margem para 3 - Na falta de pagamento no prazo referido no
dúvidas, que foram praticadas omissões ou número anterior, será extraída pelos
inexactidões no registo e na declaração a serviços centrais da Direcção-Geral dos
que se referem, respectivamente, a alínea a) Impostos certidão de dívida, nos termos e
do n.º 2 do artigo 65.º e a alínea c) do n.º 1 para efeitos do disposto no artigo 88.º do
do art. 67.º, proceder-se-á à tributação do Código de Procedimento e do Processo
ano em causa com base nas operações que o Tributário. 116
sujeito passivo presumivelmente efectuou, 4 - A liquidação referida no n.º 1 ficará sem
sem ter em conta o disposto no n.º 1 do efeito nos seguintes casos:
artigo 60 .º.
5 - Quando as liquidações adicionais a) Se o sujeito passivo, dentro do prazo
respeitarem a aquisições intracomunitárias referido no n.º 2, apresentar a declaração em
de bens não mencionadas pelo sujeito falta, sem prejuízo da penalidade que ao caso
passivo nas suas declarações periódicas de couber;
imposto ou a transmissões de bens que os b) Se a liquidação vier a ser corrigida pela
sujeitos passivos considerarem repartição de finanças competente nos termos
indevidamente como transmissões do artigo 83.º-A .
intracomunitárias isentas ao abrigo do
artigo 14.º do Regime do IVA nas 5 - Se o imposto apurado nos termos do n.º 1
Transacções Intracomunitárias, considerar- tiver sido pago ou tiver sido extraída a
se-á, na falta de elementos que permitam certidão de dívida em conformidade com o
determinar a taxa aplicável, que as n.º 3, será a respectiva importância tomada
operações são sujeitas à taxa prevista na em conta no pagamento das liquidações
alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º, sem previstas nas alíneas a) e b) do número
prejuízo de a liquidação ficar sem efeito se anterior.
o sujeito passivo proceder à regularização
6 - Relativamente à diferença que resultar da
da sua situação tributária, ilidir a presunção
compensação prevista no número anterior
ou demonstrar que a falta não lhe é
será extraída certidão de dívida nos termos
imputável.
do n.º 5 do artigo 26.º ou creditada a
6 - A adopção por parte do sujeito passivo, no importância correspondente, se essa
prazo de 30 dias a contar da data da diferença for a favor do sujeito passivo.
notificação a que se refere o artigo 27.º, de
um dos procedimentos previstos na parte
final do número anterior terá efeitos
suspensivos.
116
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 160/2003, de 19 de Julho.
55
Artigo 83.º-A sujeitos passivos, por carta registada, com aviso
de recepção, comunicando o facto à repartição
1 - Sem prejuízo do disposto no artigo 83.º, o de finanças competente, que dará continuidade
chefe da repartição de finanças competente ao processo de cobrança.
poderá proceder também à liquidação
oficiosa do imposto que se mostrar devido, Artigo 87.º-A
quando o sujeito passivo não tiver
apresentado a declaração periódica a que 1 - Nos casos em que o imposto em dívida
estava obrigado nos termos deste Código. tenha sido liquidado pelos serviços
competentes da Direcção-Geral dos
2 - A liquidação referida no número anterior Impostos e haja sido efectuada a
terá como base os elementos recolhidos em
compensação prevista nos artigos 89.º ou
visita de fiscalização ou outros ao dispor 90.º do CPPT com reembolso de IVA, será
dos serviços.
o sujeito passivo notificado por carta
Artigo 83.º - B(Revogado) 117 registada, com aviso de recepção. 119
2 - O prazo para o recurso hierárquico, para a
Artigo 84.º
reclamação e para a impugnação judicial
contam-se a partir do dia imediato ao da
1 - Sem prejuízo do disposto no presente
recepção da carta registada a que se refere o
Código, a liquidação do imposto com base
número anterior, atribuindo-se a
em presunções ou métodos indirectos
competência a que se refere o n.º 1 do
efectuar-se-á nos casos e condições
artigo 75.º e artigo 112.º do Código de
previstos nos artigos 87.º e 89.º da lei geral
Procedimento e de Processo Tributário ao
tributária, seguindo os termos do artigo 90.º
director de serviços de reembolsos do
da referida lei.
IVA. 120
2 - A aplicação de métodos indirectos nos
3 - As petições a que se refere o n.º 2 poderão
termos do número anterior cabe ao director
ser entregues na direcção de serviços de
de finanças da área do domicílio, sede,
reembolsos do IVA ou na repartição de
direcção efectiva ou estabelecimento
estável do sujeito passivo ou ao funcionário finanças prevista no artigo 70.º, caso em
que, uma vez informadas com os elementos
em quem ele tiver delegado essa
ao seu dispor, serão de imediato remetidas
competência.
àquela direcção de serviços.
Artigo 85.º 4 - (Eliminado) 121

Concluído o procedimento de revisão previsto Artigo 88.º


na lei geral tributária, considerar-se-á efectuada
a liquidação do imposto, notificando-se o 1 - Só poderá ser liquidado imposto nos prazos
sujeito passivo nos termos e para os efeitos do e nos termos previstos nos artigos 45.º e
artigo 27.º. 46.º da lei geral tributária.
2 - (Eliminado) 122
Artigo 86.º (Revogado) 118
3 - Até ao final dos prazos referidos no n.º 1, as
Artigo 87.º rectificações e as tributações oficiosas
podem ser integradas ou modificadas com
Nos casos previstos no artigo 82.º, a Direcção base no conhecimento ulterior de novos
de Serviços de Cobrança do IVA, quando elementos, nos termos legais.
disponha de todos os elementos necessários ao
apuramento do imposto ou dos juros 119
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE /2005).
compensatórios, procederá à notificação dos 120
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 160/2003, de 19 de Julho.
121
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE/ 2005).
117 122
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE /2005). Eliminado pelo artigo 35.º da Lei n.º 109-B/2001, de 27 de
118
Revogado pelo n.º 2 do artigo 3.º do DL 472/99, de 8 de Novembro. Dezembro.
56
4 - A notificação do apuramento do imposto Código, reclamar contra a respectiva
nos termos do número anterior deverá liquidação ou impugná-la, com os
indicar, sob pena de nulidade, os novos fundamentos e nos termos estabelecidos no
elementos e os actos ou factos através dos Código de Procedimento e de Processo
quais chegaram ao conhecimento da Tributário. 124
administração fiscal. 2 - Os recursos hierárquicos, as reclamações e
5 - O serviço fiscal competente não procederá a as impugnações não serão admitidos se as
qualquer liquidação, ainda que adicional, liquidações forem ainda susceptíveis de
quando o seu quantitativo for inferior a € correcção nos termos do artigo 71.º, ou se
24,94 123 , devendo o mesmo limite ser não tiver sido entregue a declaração
observado na extracção das certidões de periódica cuja falta originou a liquidação
dívida previstas no n.º 5 do artigo 26.º, n.º 2 prevista no artigo 83.º. 3 - As liquidações
do artigo 27.º e n.ºs 3 e 6 do artigo 83.º. só poderão ser anuladas quando esteja
provado que o imposto não foi incluído na
6 - Quando a notificação for feita nos termos do
factura ou documento equivalente passado
artigo 88.º-A, o limite referido no número
ao adquirente nos termos do artigo 36 .º.
anterior aplicar-se-á ao valor anual da
liquidação. 4 - As notificações efectuadas nos termos dos
artigos 85.º, 87.º e n.º 1 do artigo 87.º-A
Artigo 88.º-A deverão indicar as razões de facto e de
direito da determinação da dívida de
As liquidações referidas nos art.ºs 82.º e 83.º imposto, bem como os critérios e cálculos
poderão ser agregadas por anos civis num único subjacentes aos montantes apurados.
documento de cobrança.
5 - Os prazos para as reclamações ou
Artigo 89.º impugnações previstas no n.º 2 contar-se-ão
a partir do dia imediato ao final do período
1 - Sempre que, por facto imputável ao referido nos n.ºs 3 e 6 do artigo 71.º.
contribuinte, for retardada a liquidação ou
tenha sido recebido reembolso superior ao Artigo 91.º
devido, acrescerão ao montante do imposto
juros compensatórios nos termos do art.º 1 - Quando, por motivos imputáveis aos
35.º da lei geral tributária. serviços, tenha sido liquidado imposto
superior ao devido, proceder-se-á à revisão
2 - Sempre que o imposto liquidado pelos oficiosa nos termos do art.º 78.º da lei geral
serviços ou pelo sujeito passivo não seja tributária.
pago até ao termo dos prazos legais
estabelecidos, serão devidos juros de mora 2 - Sem prejuízo de disposições especiais, o
nos termos do art.º 44.º da lei geral direito à dedução ou ao reembolso do
tributária. imposto entregue em excesso só poderá ser
exercido até ao decurso de quatro anos após
CAPÍTULO VII o nascimento do direito à dedução ou
pagamento em excesso do imposto,
GARANTIAS DOS CONTRIBUINTES respectivamente.

Artigo 90.º 3 - Não se procederá à anulação de qualquer


liquidação quando o seu valor seja inferior
1 - Os sujeitos passivos e as pessoas solidária ao limite previsto no n.º 5 do artigo 88.º.
ou subsidiariamente responsáveis pelo
pagamento do imposto poderão recorrer
hierarquicamente nos casos previstos neste

123 124
Conversão em Euro do valor de 5 000$00. Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 160/2003, de 19 de Julho.
57
Artigo 92.º Regime do IVA nas Transacções
Intracomunitárias podem ser cumpridas
1 - Anulada a liquidação, quer oficiosamente, através de meios de comunicação
quer por decisão da entidade ou tribunal electrónica pelos sujeitos passivos munidos
competente, com trânsito em julgado, de um código pessoal de acesso a obter
restituir-se-á a respectiva importância, previamente. 127
mediante o processamento do
3 - A possibilidade prevista no número anterior
correspondente título de crédito.
poderá igualmente ser utilizada pelos
2 - No caso de pagamento do imposto em técnicos oficiais de contas, relativamente
montante superior ao legalmente devido, aos sujeitos passivos por cuja escrita sejam
resultante de erro imputável aos serviços, responsáveis, com os efeitos que o artigo
são devidos juros indemnizatórios nos 17.º da lei geral tributária estabelece para a
termos do artigo 43.º da lei geral tributária, gestão de negócios, e nos termos a
a liquidar e pagar nos termos do Código de regulamentar por portaria do Ministro das
Procedimento e de Processo Tributário. 125 Finanças.

CAPÍTULO VIII Artigo 126.º

PENALIDADES Sem prejuízo do disposto em legislação


especial, aos bens que sejam provenientes ou se
Artigos 93.º a 123.º(Revogados) 126 destinem a territórios terceiros, mas que
preencham as condições previstas nos artigos
CAPÍTULO IX 9.º e 10.º do Tratado que institui a Comunidade
Europeia, aplica-se o procedimento de trânsito
DISPOSIÇÕES FINAIS comunitário interno e as disposições aduaneiras
em vigor para as mercadorias provenientes ou
Artigo 124.º com destino a países terceiros.
Quando a lei mande efectuar a entrega de
declarações ou outros documentos em mais de IVA LISTAS
um exemplar, um deles deverá ser devolvido ao
apresentante, com menção de recibo. LISTA I
Artigo 125.º
BENS E SERVIÇOS SUJEITOS A TAXA
1 - As declarações que, segundo a lei, devam REDUZIDA
ser apresentadas na repartição de finanças,
bem como os documentos de qualquer outra 1 - Produtos alimentares
natureza exigidos pela Direcção-Geral dos
Impostos, podem ser remetidos pelo 1.1. - Cereais e preparados à base de cereais:
correio, sob registo postal, acompanhados 1.1.1 - Cereais.
de um sobrescrito, devidamente endereçado 1.1.2 - Arroz (em película, branqueado, polido,
e franquiado, para a devolução imediata, glaciado, estufado, convertido em trincas).
também sob registo, dos duplicados ou dos
documentos, quando for caso disso. 1.1.3 - Farinhas, incluindo as lácteas e não
lácteas.
2 - As obrigações declarativas previstas no n.º 1
do artigo 28.º do Código do IVA, na alínea 1.1.4 - Massas alimentícias e pastas secas
c) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 23.º do similares. (Excluem-se as massas recheadas,
embora prontas para utilização imediata, e as
125
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 160/2003, de 19 de Julho.
126
Revogados pela alínea c) do artigo 2.º da Lei n.º 15/2001, de 5 de
127
Junho. Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
58
massas dos tipos Raviolli, Cannelloni, 1.5 -Gorduras e óleos gordos:
Tortellini e semelhantes).
1.5.1 -Azeite.
1.1.5 - Pão e produtos de idêntica natureza, tais 1.5.2 -Banha e outras gorduras de porco.
como gressinos, pães de leite, regueifas e
tostas. 1.6 - Frutas frescas, legumes e produtos
hortícolas:
1.2. - Carnes e miudezas comestíveis, frescas
ou congeladas de: 1.6.1 - Legumes e produtos hortícolas, frescos
ou refrigerados, secos ou desidratados.
1.2.1 - Espécie bovina.
1.6.2 - Legumes e produtos hortícolas
1.2.2 - Espécie suína. congelados, ainda que previamente cozidos.
1.2.3 - Espécie ovina e caprina. 1.6.3 - Legumes de vagem secos, em grão,
1.2.4 - Espécie equídea. ainda que em película, ou partidos.
1.2.5 - Aves de capoeira. 1.6.4 - Frutas frescas.
1.2.6 - Coelhos domésticos. 1.7 - Água, incluindo aluguer de contadores:
1.3 - Peixes e moluscos: 1.7.1 - Águas, com excepção das águas
adicionadas de outras substâncias.
1.3.1 - Peixe fresco (vivo ou morto),
refrigerado, congelado, seco, salgado ou em 1.7.2 -Águas de nascente e águas minerais,
salmoura, com exclusão do peixe fumado, do ainda que reforçadas ou adicionadas de gás
espadarte, do esturjão e do salmão, quando carbónico, sem adição de outras substâncias.
secos, salgados ou em conserva e preparados de 1.8 - (Eliminada) 128
ovas (caviar).
1.9 - Mel de abelhas.
1.3.2 - Conservas de peixes (inteiros, em
pedaços, filetes ou pasta), com excepção do 1.10 - Sal (cloreto de sódio):
peixe fumado, do espadarte, do esturjão e do 1.10.1 - Sal-gema.
salmão, quando secos, salgados ou em conserva
e preparados de ovas (caviar). 1.10.2 - Sal marinho.
1.3.3 - Moluscos, com excepção das ostras, 1.11 - Batata fresca descascada, inteira ou
ainda que secos ou congelados. cortada, pré-frita, refrigerada, congelada, seca
ou desidratada, ainda que em puré ou preparada
1.4 - Leite e lacticínios, ovos de aves: por meio de cozedura ou fritura.
1.4.1 - Leite em natureza, concentrado, 1.12 - Refrigerantes, sumos e néctares de frutos
esterilizado, evaporado, pasteurizado, ou de produtos hortícolas, incluindo os xaropes
ultrapasteurizado, condensado, em blocos, em de sumos, as bebidas concentradas de sumos e
pó ou granulado e natas. os produtos concentrados de sumos.
1.4.2 - Leites dietéticos. 1.13 - Produtos dietéticos destinados à nutrição
1.4.3 - Manteiga, com ou sem adição de outros entérica e produtos sem glúten para doentes
produtos. celíacos.
1.4.4 - Queijos. 2 - Outros:
1.4.5 - Iogurtes. 2.1 - Jornais, revistas e outras publicações
1.4.6 - Ovos de aves, frescos, secos ou periódicas como tais consideradas na legislação
conservados. que regula a matéria, de natureza cultural,
educativa, recreativa ou desportiva.
1.4.7 - Leites chocolatados, aromatizados,
Exceptuando-se as publicações de carácter
vitaminados ou enriquecidos.
1.4.8 - Bebidas lácteas.
128
Art.º 35.º da Lei 109-B/2001, de 27 de Dezembro.
59
pornográfico ou obsceno, como tal Compreendem-se nesta verba os resguardos e
consideradas na legislação sobre a matéria. fraldas. 129
2.2 - Papel de jornal, referido na subposição 2.5 - Aparelhos ortopédicos, cintas médico-
48.01 do sistema harmonizado. cirúrgicas e meias medicinais, cadeiras de rodas
2.3 - Livros, folhetos e outras publicações não e veículos semelhantes, accionados
periódicas de natureza cultural, educativa, manualmente ou por motor, para deficientes,
recreativa e desportiva, brochados ou aparelhos, artefactos e demais material de
encadernados. prótese ou compensação destinados a substituir,
no todo ou em parte, qualquer membro ou
Exceptuam-se:
órgão do corpo humano ou a tratamento de
a) Cadernetas destinadas a coleccionar fracturas e as lentes para correcção de vista,
cromos, decalcomanias, estampas ou bem como calçado ortopédico, desde que
gravuras; prescrito por receita médica, nos termos a
regulamentar pelo Governo no prazo de 30
b) Livros e folhetos de carácter pornográfico dias.
ou obsceno;
2.5 - A - As prestações de serviços médicos e
c) Obras encadernadas em peles, tecidos de sanitários e operações com elas estreitamente
seda, ou semelhante; conexas, feitas por estabelecimentos
d) Calendários, horários, agendas e cadernos hospitalares, clínicas, dispensários e similares,
de escrita; não pertencentes a pessoas colectivas de direito
público ou a instituições privadas integradas no
e) Folhetos ou cartazes promocionais ou Serviço Nacional de Saúde, quando estas
publicitários, incluindo os turísticos, e renunciem à isenção, nos termos da alínea b) do
roteiros ou mapas de estradas e de n.º 1 do artigo 12.º do Código do IVA.
localidades;
2.5-B - Soutiens, fatos de banho ou outras
f) Postais ilustrados. peças de vestuário, de uso medicinal,
constituídas por bolsas interiores, destinadas à
2.4 - Produtos farmacêuticos e similares e
colocação de próteses utilizadas por
respectivas substâncias activas a seguir
mastectomizadas.
indicados:
2.6 - Utensílios e quaisquer aparelhos ou
a) Medicamentos, especialidades
objectos especificamente concebidos para
farmacêuticas e outros produtos
utilização por pessoas com deficiência, desde
farmacêuticos destinados exclusivamente a
que constem de uma lista aprovada por
fins terapêuticos e profilácticos;
despacho conjunto dos Ministros das Finanças,
b) Preservativos; da Solidariedade e Segurança Social e da
c) Pastas, gazes, algodão hidrófilo, tiras e Saúde. 130
pensos adesivos e outros suportes análogos, 2.7 - Utensílios e outros equipamentos
mesmo impregnados ou revestidos de exclusiva ou principalmente destinados a
quaisquer substâncias, para usos higiénicos, operações de socorro e salvamento adquiridos
medicinais ou cirúrgicos; por associações humanitárias e corporações de
d) Plantas, raízes e tubérculos medicinais, no bombeiros, bem como pelo Instituto de
estado natural. Socorros a Náufragos e pelo SANAS - Corpo
Voluntário de Salvadores Náuticos.
e) Tiras de glicémia, de glicosúria e
acetonúria, agulhas, seringas e canetas para 2.8 - Prestações de serviços, efectuadas no
administração de insulina utilizadas na exercício das profissões de jurisconsulto,
prevenção e tratamento da Diabetes mellitus. advogado e solicitador a reformados ou

129
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro (OE /2005).
130
Ver em Anexo Despacho 26026/2006, de 22 de Dezembro.
60
desempregados, identificados como tais, às custos controlados, independentemente do
pessoas que beneficiem de assistência promotor, desde que tal classificação esteja
judiciária, a trabalhadores, no âmbito dos certificada por autoridade competente do
processos judiciais de natureza laboral, e a ministério da tutela.
qualquer interessado, nos processos sobre o 2.17 - As empreitadas de bens imóveis em que
estado das pessoas. são donos da obra autarquias locais,
2.9 - Electricidade. associações de municípios ou associações e
corporações de bombeiros, desde que, em
2.10 - Utensílios e outros equipamentos
exclusiva ou principalmente destinados ao qualquer caso, as referidas empreitadas sejam
directamente contratadas com o empreiteiro.
combate e detecção de incêndios.
2.18 - Locação de áreas reservadas em parques
2.11 - (Eliminada) 131
de campismo e caravanismo, incluindo os
2.12 - Transporte de passageiros, incluindo serviços com ela estreitamente ligados.
aluguer de veículos com condutor.
2.19 - Portagens nas travessias rodoviárias do
Compreende-se nesta verba o serviço de Tejo, em Lisboa.
transporte e o suplemento de preço exigido
2.20 - Prestações de serviços relacionadas com
pelas bagagens e reservas de lugar.
a limpeza das vias públicas, bem como a
2.13 - Espectáculos, manifestações desportivas recolha e tratamento dos resíduos, quando
e outros divertimentos públicos. efectuadas ao abrigo de contratos outorgados
Exceptuam-se: pelo Estado, pelas Regiões Autónomas, pelas
autarquias locais, por associações de
a) Os espectáculos de carácter pornográfico municípios ou pelas entidades referidas no n.º 2
ou obsceno, como tal considerados na do artigo 9.º.
legislação sobre a matéria;
2.21 - As empreitadas de construção,
b) As prestações de serviços que consistam beneficiação ou conservação de imóveis
em proporcionar a utilização de jogos realizadas no âmbito do Regime Especial de
mecânicos e electrónicos em Comparticipação na Recuperação de Imóveis
estabelecimentos abertos ao público, Arrendados (RECRIA), do Regime de Apoio à
máquinas, flippers, máquinas para jogos de Recuperação Habitacional em Áreas Urbanas
fortuna e azar, jogos de tiro eléctricos, jogos Antigas (REHABITA), do Regime Especial de
de vídeo com excepção dos jogos Comparticipação e Financiamento na
reconhecidos como desportivos. Recuperação de Prédios Urbanos em Regime
2.14 - (Revogada) 132 de Propriedade Horizontal (RECRIPH) e do
Programa SOLRH, aprovado pelo Decreto-Lei
2.14- A - Gás natural. 133 n.º 7/99, de 8 de Janeiro, bem como as
2.15 - Alojamento em estabelecimentos do tipo empreitadas de reabilitação urbana, tal como
hoteleiro. definida no artigo 1.º do Decreto-Lei n.º
A taxa reduzida aplica-se exclusivamente ao 104/2004, de 7 de Maio, nas unidades de
preço do alojamento, incluindo o pequeno intervenção das sociedades de reabilitação
almoço, se não for objecto de facturação urbana e dentro das áreas críticas de
separada, sendo equivalente a metade do preço recuperação e reconversão urbanística, e as
da pensão completa e a três quartos do preço da realizadas ao abrigo de programas apoiados
meia-pensão. financeiramente pelo Instituto Nacional de
Habitação. 134
2.16 -As empreitadas de construção de imóveis
de habitações económicas ou de habitações de 2.22 - As empreitadas de construção de imóveis
e os contratos de prestações de serviços com
131
Art.º 35.º da Lei 109-B/2001, de 27 de Dezembro.
ela conexas, cujos promotores sejam
132
N.º 3 do artigo 35.º da Lei 52-C/96, de 27 de Dezembro.
133
Alterado pelo n.º 2 do artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de
134
Dezembro. Lei n.º 53-A/2006, de 29 de Dezembro (OE/2007).
61
cooperativas de habitação e construção, de outros animais, incluindo os peixes de
incluindo as realizadas pelas uniões de viveiro, destinados a alimentação humana.
cooperativas de habitação e construção 3.4 - Produtos fitofarmacêuticos.
económica às cooperativas suas associadas no
âmbito do exercício das suas actividades 3.5 - Sementes, bolbos e propágulos.
estatutárias, desde que as habitações se 3.6 - Forragens e palha.
integrem no âmbito da política social de
habitação, designadamente quando respeitem o 3.7 - Plantas vivas, de espécies florestais ou
conceito e os parâmetros de habitação de custos frutíferas.
controlados, majorados em 20%, desde que 3.8 - (Eliminada) 137
certificadas pelo Instituto Nacional de
Habitação. 3.9 - Bagaço de azeitona e de outras sementes
oleaginosas, graínha e folhelho de uvas.
2.23 - As empreitadas de conservação,
reparação e beneficiação dos prédios ou parte 3.10 - Sulfato cúprico, sulfato férrico e sulfato
dos prédios urbanos habitacionais, propriedade duplo de cobre e de ferro.
de cooperativas de habitação e construção, 3.11 - Enxofre sublimado.
cedidos aos seus membros em regime de
3.12 - Ráfia natural.
propriedade colectiva, qualquer que seja a
respectiva modalidade. 4 - Prestações de serviços silvícolas 138
2.24 - As empreitadas de beneficiação,
remodelação, renovação, restauro, reparação ou 4.1 - Prestações de serviços de limpeza e de
conservação de imóveis ou partes autónomas intervenção cultural nos povoamentos,
destes afectos à habitação, com excepção dos realizadas em explorações agrícolas e
trabalhos de limpeza, de manutenção dos silvícolas.
espaços verdes e das empreitadas sobre bens
imóveis que abranjam a totalidade ou uma parte LISTA II
dos elementos constitutivos de piscinas, saunas,
campos de ténis, golfe ou minigolfe ou Bens e serviços sujeitos a taxa intermédia
instalações similares.
A taxa reduzida não abrange os materiais 1 - Produtos para alimentação humana:
incorporados, salvo se o respectivo valor não
exceder 20 % do valor global da prestação de 1.1. - Conservas de carne e miudezas
serviços. 135 comestíveis:
2.25 - As prestações de serviços de assistência 1.1.1. - Produtos transformados à base de carne
domiciliária a crianças, idosos, e de miudezas comestíveis das espécies
toxicodependentes, doentes ou deficientes. 136 referidas na verba 1.2 da Lista I anexa ao
CIVA.
3 - Bens de produção da agricultura 1.2. - Conservas de peixes e de moluscos:
3.1 - Adubos, fertilizantes e correctivos de 1.2.1. - Conservas de moluscos, com excepção
solos. das ostras.
3.2 - Animais vivos, exclusiva ou 1.3. - Frutas e frutos:
principalmente destinados ao trabalho agrícola, 1.3.1. - Conservas de frutas ou frutos,
ao abate ou à reprodução. designadamente em molhos, salmoura ou calda
3.3 - Farinhas, resíduos e desperdícios das e suas compotas, geleias, marmeladas ou
indústrias alimentares e quaisquer outros pastas.
produtos próprios para a alimentação de gado e
137
Artigo 35.º da Lei 109-B/2001, de 27 de Dezembro.
135 138
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro. Lei n.º 21/2006, de 23 de Junho (entrada em vigor em 28 de Junho
136
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro. (Continente) e 8 de Julho (Regiões Autónomas).
62
1.3.2. - Frutas e frutos secos, com ou sem d) Prospecção e pesquisa de petróleo e ou
casca. desenvolvimento da descoberta de petróleo e
gás natural;
1.4. - Produtos hortícolas:
e) Medição e controlo para evitar ou reduzir
1.4.1. - Conservas de produtos hortícolas,
as diversas formas de poluição.
designadamente em molhos, vinagre ou
salmoura e suas compotas. 2.5 - Utensílios e alfaias agrícolas, silos
1.5 - Gorduras e óleos comestíveis: móveis, motocultivadores, motobombas,
electrobombas, tractores agrícolas como tal
1.5.1. - Óleos directamente comestíveis e suas
classificados nos respectivos livretes, e outras
misturas (óleos alimentares).
máquinas e aparelhos exclusiva ou
1.5.2. - Margarinas de origem animal e vegetal. principalmente destinados à agricultura,
1.6. - Café verde ou cru, torrado, em grão ou pecuária ou silvicultura.
em pó, seus sucedâneos e misturas.
3. - Prestações de serviços:
1.7. - Aperitivos à base de produtos hortícolas e
sementes. 3.1. - Prestações de serviços de alimentação e
1.8. - Refeições prontas a consumir, nos bebidas.
regimes de pronto a comer e levar ou com
ANEXO A
entrega ao domicílio.
1.9 - Aperitivos ou snacks à base de estrudidos Lista das actividades de produção agrícola
de milho e trigo, à base de milho moído e frito
ou de fécula de batata, em embalagens I. - Cultura propriamente dita:
individuais.
1. - Agricultura em geral, incluindo a
1.10 -Vinhos comuns. viticultura;
2 - Outros: 2. - Fruticultura, (incluindo a oleicultura) e
horticultura floral e ornamental, mesmo em
2.1. - Flores de corte, folhagem para estufas;
ornamentação e composições florais
decorativas. 3. - Produção de cogumelos, de especiarias, de
sementes e de material de propagação
Exceptuam-se as flores e folhagens secas e as vegetativa; exploração de viveiros.
secas tingidas. Exceptuam-se as actividades agrícolas não
2.2. - Plantas ornamentais. conexas com a exploração da terra ou em que
esta tenha carácter meramente acessório,
2.3. - Petróleo, gasóleo e gasóleo de
designadamente as culturas hidropónicas e a
aquecimento, coloridos e marcados, e fuelóleo
produção em vasos, tabuleiros e outros meios
e respectivas misturas.
autónomos de suporte.
2.4 -Aparelhos, máquinas e outros
II. - Criação de animais conexa com a
equipamentos exclusiva ou principalmente
destinados a: exploração do solo, ou em que este tenha
carácter essencial:
a) Captação e aproveitamento de energia 1. Criação de animais;
solar, eólica e geotérmica;
2. Avicultura;
b) Captação e aproveitamento de outras
3. Cunicultura;
formas alternativas de energia;
4. Sericicultura;
c) Produção de energia a partir da incineração
ou transformação de detritos, lixo e outros 5. Helicicultura;
resíduos; 6. Culturas aquícolas e piscícolas;
63
7. Canicultura; ANEXO C
8. Criação de aves canoras, ornamentais e de
Lista dos bens a que se refere o artigo 15.º
fantasia;
n.º 4 do CIVA
9. Criação de animais para obter peles e pêlo ou
Descrição dos bens Código NC
para experiências de laboratório.
III. Apicultura.
IV. Silvicultura.
Descrição dos bens Código NC
V. São igualmente consideradas actividades de
produção agrícola as actividades de
transformação efectuadas por um produtor Estanho........................................ 8001
agrícola sobre os produtos provenientes,
essencialmente, da respectiva produção
Cobre............................................ 7402
agrícola com os meios normalmente utilizados
7403
nas explorações agrícolas e silvícolas. 7405
7408
ANEXO B

Lista das prestações de serviços agrícolas Zinco............................................ 7901

As prestações de serviços que contribuem Níquel.......................................... 7502


normalmente para a realização da produção
agrícola, designadamente as seguintes: Alumínio..................................... 7601
a) As operações de sementeira, plantio,
colheita, debulha, enfardação, ceifa, recolha e
Chumbo....................................... 7801
transporte;
b) As operações de embalagem e de
Índio............................................. ex. 811291
acondicionamento, tais como a secagem, ex. 811299
limpeza, trituração, desinfecção e ensilagem
de produtos agrícolas;
Cereais......................................... 1001 a 1005
c) O armazenamento de produtos agrícolas; 1006: unicamente
arroz com casca
d) A guarda, criação e engorda de animais; 1007 a 1008
e) A locação, para fins agrícolas, dos meios
normalmente utilizados nas explorações Sementes e frutos oleaginosos 1201 a 1207
agrícolas e silvícolas; Cocos, castanha do Brasil e
castanha de cajú......................... 0801
f) Assistência técnica; Outros frutos de casca rija........ 0802
g) A destruição de plantas e animais nocivos Azeitonas.................................... 0711 20
e o tratamento de plantas e de terrenos por
pulverização; Sementes (incluindo sementes
de soja)......................................... 1201 a 1207
h) A exploração de instalações de irrigação e
de drenagem;
i) A poda de árvores, corte de madeira e Café não torrado........................ 0901 11 00
0901 12 00
outras operações silvícolas.

Chá............................................. 0902

64
3 - Fornecimento de imagens, textos e
Cacau inteiro ou partido, em informações e disponibilização de bases de
bruto ou torrado......................... 1801
dados.
4 - Fornecimento de música, filmes e jogos,
Açúcar em bruto......................... 1701 11
1701 12
incluindo jogos de azar e a dinheiro, e de
emissões ou manifestações políticas,
culturais, artísticas, desportivas, científicas
Borracha em formas primárias 4001 ou de lazer.
ou em chapas, folhas ou tiras... 4002
5 - Prestação de serviços de ensino à distância.
Quando um prestador de serviços e o seu
Lã.................................................. 5101 cliente comunicam por correio electrónico,
esse facto não significa só por si que o
Produtos químicos, a granel..... Capítulos 28 e 29 serviço prestado é um serviço electrónico
na acepção da alínea n) do n.º 8 do artigo
6.º do Código.
Óleos minerais (incluindo gás 2709
propano e butano, bem como 2710
ANEXO E 140
óleos em rama derivados do 2711 12
petróleo........................................ 2711 13 Lista dos bens e serviços do sector de
desperdícios, resíduos e sucatas recicláveis a
que se refere a alínea i) do n.º 1 do artigo 2.º
Prata........................................... 7106
a) Entregas de resíduos ferrosos e não ferrosos,
Platina (paládio, ródio)............. 7110 11 00
sucata e materiais usados, nomeadamente de
7110 21 00 produtos semiacabados resultantes do
7110 31 00 processamento, manufactura ou fusão de metais
não ferrosos.
Batatas.......................................... 0701 b) Entregas de produtos ferrosos e não ferrosos
semitransformados e prestações de certos
serviços de transformação associados.
Gorduras e óleos vegetais e
respectivas fracções, em bruto, c) Entregas de resíduos e outros materiais
refinados, mas não recicláveis constituídos por metais ferrosos e
quimicamente 1507 a 1515
modificados................................ não ferrosos, suas ligas, escórias, cinzas,
escamas e resíduos industriais que contenham
metais ou as suas ligas, bem como prestações
de serviços que consistam na triagem, corte,
ANEXO D 139 fragmentação ou prensagem desses produtos.
(a que se refere o artigo 3.º) d) Entregas, assim como prestações de certos
serviços de transformação conexos, de resíduos
Lista exemplificativa dos serviços prestados ferrosos, bem como de aparas, sucata, resíduos
por via electrónica, a que se refere a alínea e materiais usados e recicláveis que consistam
n) do n.º 8 do artigo 6.º em pó de vidro, vidro, papel, cartão, trapos,
1 - Fornecimento de sítios informáticos, ossos, couro, couro reconstituído, pergaminho,
domiciliação de páginas web, manutenção à peles em bruto, tendões e nervos, cordéis,
distância de programas e equipamentos. cordas, cabos, borracha e plástico.
2 - Fornecimento de programas e respectiva e) Entregas dos materiais referidos na alínea d)
actualização. após transformação sob a forma de limpeza,

139 140
Aditado pelo artigo 3.º do DL 130/2003, de 28 de Junho e cf. Lei n.º 33/2006, de 28 de Julho (entrada em vigor em 1 de Outubro
Declaração de Rectificação 10-B/2003, de 31/07. de 2006).
65
polimento, triagem, corte ou fundição em com braços e ou sanitas com encosto montado
lingotes. na própria sanita;
f) Entregas de sucata e resíduos resultantes da 15) Cadeiras vibratórias que convertem
transformação de materiais de base. diferentes sons em vibrações usadas para
pessoas surdas e surdas-cegas;
Despacho n.º 26026/2006, de 22 de
16) Cânulas para traqueostomia e filtros,
Dezembro - II Série n.º 245 141
escovilhões, protectores das próteses para o
Ao abrigo do disposto na verba 2.6 da lista I duche, para laringectomizados;
anexa ao Código do IVA, aprovado pelo 17) Descodificadores de texto de vídeo
Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro, (dispositivos para traduzir a banda sonora
é aprovada a seguinte lista de bens: falada do vídeo para texto) para surdos;
1) Ábacos para cegos; 18) Dispositivos para voltar páginas,
2) Agendas electrónicas portáteis para específicos para utilização por pessoas com
utilizadores de braille; dificuldades motoras;

3) Ajudas para a orientação e navegação para 19) Dispositivos para detecção de cores, de
cegos: faróis sonoros; obstáculos e outros dispositivos de detecção
para os cegos;
4) Ajudas para protecção da cabeça, da face e
dos olhos de pessoas autistas; 20) Dispositivos para elevar e colocar a cadeira
no tejadilho do carro ou no interior do mesmo;
5) Almofadas antiescaras, cobertores e
colchões antiescaras, camas antiescaras de 21) Elevadores eléctricos articulados para
decúbito; aplicação em camas e sofás;

6) Aparelhos de estimulação eléctrica do nervo 22) Equipamento informático para escrita em


transcutâneo, utilizados por tetraplégicos e braille, com linha braille, voz incorporada ou
paralíticos amputados; com dois sistemas;
7) Aparelhos de estimulação trófica facial, 23) Equipamento informático para escrita em
utilizados em paralisias faciais agudas ou braille, com reprodução em caracteres a tinta;
crónicas;
24) Equipamento informático para leitura de
8) Aparelhos para treino de pessoas com caracteres a tinta, gráficos e a sua
incontinência (vesical e intestinal); transformação em braille e equipamento para
9) Assentos e apoios para a cabeça, costas, leitura de caracteres a tinta, gráficos e a sua
braços e pés, específicos para cadeiras de transformação vibro-táctil;
rodas; 25) Equipamento para treinar e aprender o
10) Auxiliares de elevação para colocar as código de braille, leitura labial, língua gestual,
pessoas com deficiência, ou as pessoas sentadas linguagem vocal complementada com gestos
em cadeira de rodas, dentro do carro; (cued speech) e o alfabeto táctil;
11) Balanças de braille; 26) Equipamento de reprodução de gráficos ou
desenhos em braille;
12) Bengalas para cegos;
27) Geradores de voz que transformem
13) Cadeiras e bancos de banho/chuveiro vibrações de cordas vocais num sinal audível;
adaptado;
28) Guinchos estacionários não fixos, relativos
14) Cadeiras-sanitários, assentos de sanita a equipamentos destinados à transferência, por
elevados e separados, elevados com fixação elevação ou movimentação numa área
fácil, elevados fixos e auto-elevatórios e sanitas específica, de pessoas deficientes;

141
29) Impressoras braille e plotters para
Entrada em vigor no dia 1 de Janeiro de 2007. Substitui a lista impressão em braille;
aprovada pelo Despacho Conjunto 37/99, de 15 de Janeiro.
66
30) Lentes ou sistemas de lente para amblíopes 43) Sacos, cintos de fixação, placas adesivas
e óculos prismáticos; aderentes à pele e fechos magnéticos para uso
de ostomizados;
31) Linhas braille;
44) Séries de letras e ou símbolos e quadros de
32) Materiais para desenvolvimento de
letras e ou símbolos para a comunicação
capacidades de escrita ou de leitura, destinados
aumentativa ou alternativa, concebidos para
a crianças e jovens com necessidades
pessoas com limitações de comunicação;
educativas especiais, por motivo de deficiência
mental ou de paralisia cerebral; 45) Sinalização em braille;
33) Máquinas de escrever dimo braille e 46) Sintetizador de voz e software para
punções para escrever braille; sintetizador de voz, que ligado ao computador
34) Máquinas de escrever manuais ou eléctricas transmite em linguagem sonora os efeitos do
em braille; écran, especificamente concebidos para cegos;
47) Sistemas e sacos colectores de urina para
35) Os seguintes interfaces alternativos de
usar no corpo;
controlo e no acesso ao computador: manípulos
de acesso e ratos adaptados, emuladores de 48) Sistemas para controlo dos movimentos,
teclado, teclados alternativos, grelhas para direcção de marcha e travagem de cadeiras de
teclado e dispositivos ou ponteiros de boca, rodas;
capacetes com ponteiros, incluindo os de 49) Software específico para a comunicação
ponteiros luminosos com bateria recarregável, dos surdos;
talas de extensão do punho com bolsa palmar e
dispositivo vertical, barra metacárpica com 50) Software para a digitalização de texto em
bolsa palmar; computador através de hardware (OCR) e outro
software para cegos e amblíopes;
36) Óculos montados com monóculos, com
binóculos ou com telescópios, exclusivos para 51) Telefones com sinal luminoso e teclado
cegos com baixa visão; incorporados específicos para a comunicação
entre surdos;
37) Ortóteses para o tronco e os membros;
52) Telelupas e software para ampliação do
38) Pistolas de injecção para introdução de écran de computador para amblíopes;
medicamentos líquidos directamente no corpo
através da pele; 53) Termómetro com lente para amblíopes;
39) Plataformas elevatórias e elevadores para 54) Utensílios com cabos adaptados para
cadeiras de rodas (não possuem cobertura e não pessoas com limitações de preensão e
trabalham dentro de um poço), elevadores para coordenação motora.
adaptar a escadas (dispositivos com assento ou
plataforma fixada a um ou mais varões que Regime especial para sujeitos passivos não
seguem o contorno e ângulo da escadaria), estabelecidos na Comunidade que prestem
trepadores de escadas e rampas portáteis para serviços por via electrónica a não sujeitos
cadeiras de rodas; passivos nela residentes.
40) Protectores de estoma; (Criado pelo art.º 5.º do DL n.º 130/2003, de 28
41) Réguas de assinatura para cegos, pautas de Junho)
para escrita braille e papel de escrita para Artigo 1.º
braille;
42) Relógios e despertadores com visor em Os sujeitos passivos do imposto sobre o valor
relevo e relógios de pulso com voz para cegos e acrescentado não estabelecidos na Comunidade
despertadores com sinal vibratório para surdos; Europeia, que prestem serviços por via
electrónica a não sujeitos passivos residentes
em qualquer Estado membro, podem optar pelo
registo num único Estado membro, para efeitos
67
do cumprimento de todas as obrigações 2 - Sempre que a contraprestação pelos serviços
decorrentes da prestação dos referidos serviços, prestados não for expressa em euros, deve
independentemente do lugar da sua tributação. ser aplicada a taxa de câmbio do último dia
do período abrangido pela declaração.
Artigo 2.º
3 - As taxas de câmbio a utilizar serão as taxas
Para efeitos do presente regime especial, de câmbio desse dia publicadas pelo Banco
entende-se por: Central Europeu ou, caso não haja
publicação nesse dia, do dia de publicação
a) «Sujeitos passivos não estabelecidos» as seguinte.
pessoas singulares ou colectivas que não
disponham de sede, estabelecimento estável Artigo 5.º
ou domicílio no território da Comunidade e 1 - Para além da obrigação de pagamento do
não devam estar registadas, para efeitos de imposto, os sujeitos passivos não
imposto sobre o valor acrescentado, em estabelecidos que exerçam a opção prevista
qualquer Estado membro pela prática de no n.º 1 do artigo 3.º, são obrigados a:
outras operações tributáveis;
a) Declarar, por via electrónica, o início, a
b) «Serviços prestados por via electrónica» os alteração e a cessação da sua actividade;
serviços referidos na alínea n) do n.º 8 do
b) Apresentar, por via electrónica, uma
artigo 6.ºdo Código do IVA;
declaração de imposto sobre o valor
c) «Estado membro de consumo» o Estado acrescentado, por cada trimestre do ano civil,
membro onde o adquirente, não sujeito relativa aos serviços prestados por via
passivo, dos serviços previstos na alínea electrónica a não sujeitos passivos residentes
anterior tenha o seu domicílio ou residência no território da Comunidade, com indicação
habitual. do valor dos serviços prestados e o imposto
devido em cada Estado membro, as taxas
Artigo 3.º aplicáveis e o montante total do imposto;
1 - Os sujeitos passivos não estabelecidos que, c) Conservar registos das operações
nos termos do artigo 1.º, optem por efectuar abrangidas por este regime especial, de forma
o registo em território nacional ficam adequada ao apuramento e fiscalização do
obrigados ao cumprimento de todas as imposto.
obrigações previstas neste regime.
2 - Para efeitos do disposto na alínea b) do
2 - Para efeitos do disposto no número anterior, número anterior, as taxas aplicáveis são as
a Direcção-Geral dos Impostos atribuirá aos que vigorem em cada Estado membro de
sujeitos passivos não estabelecidos um consumo.
número individual de identificação, que
lhes será comunicado por via electrónica. 3 - As declarações de início e de cessação de
actividade produzem efeitos a partir da data
Artigo 4.º da respectiva transmissão.
1 - Os sujeitos passivos não estabelecidos que 4 - Na declaração de início de actividade o
efectuem o respectivo registo no território sujeito passivo não estabelecido deverá
nacional devem proceder ao pagamento do indicar, como elementos de identificação, o
imposto devido por todos os serviços nome, a firma ou denominação social, o
prestados por via electrónica na endereço postal, os endereços electrónicos,
Comunidade, em simultâneo com a incluindo os sítios web, e o número de
declaração a que se refere a alínea b) do n.º identificação fiscal no respectivo país, se o
1 do artigo 5.º, mediante depósito numa tiver, e deverá ainda declarar que não se
conta bancária, denominada em euros, encontra registado para efeitos de imposto
indicada pela Direcção-Geral do Tesouro. sobre o valor acrescentado em qualquer
outro Estado membro da Comunidade.

68
5 - Sempre que se verificar qualquer alteração Artigo 7.º
dos elementos constantes da declaração de
1 - Os sujeitos passivos não estabelecidos que
início, a mesma deve ser comunicada no optem pela aplicação do regime especial
prazo de 15 dias.
estão excluídos do direito à dedução
6 - A cessação de actividade deve ser declarada previsto no artigo 19.º do Código do IVA,
quando o sujeito passivo deixe de efectuar podendo, contudo, solicitar o reembolso do
prestações de serviços por via electrónica imposto suportado em território nacional,
sujeitas a imposto no território da de acordo com o disposto no artigo 8.º do
Comunidade ou quando pretenda proceder Decreto-Lei n.º 408/87, de 31 de
ao respectivo registo, para efeitos de um Dezembro.
regime especial equivalente, noutro Estado 2 - Para efeitos da concessão do reembolso
membro. previsto no número anterior, não há lugar à
7 - A declaração a que se refere a alínea b) do aplicação das regras da reciprocidade nem à
n.º 1 deve ser apresentada até ao dia 20 do nomeação do representante fiscal referido
mês seguinte ao final de cada trimestre do no n.º 2 do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º
ano civil a que respeitam as operações. 408/87, de 31 de Dezembro.
8 - A obrigação de declaração prevista na
Artigo 8.º
alínea b) do n.º 1 subsiste mesmo que não
haja, no período correspondente, operações 1 - Os sujeitos passivos não estabelecidos que
tributáveis em qualquer Estado membro. tenham procedido à opção prevista no
artigo l.º estão dispensados do cumprimento
9 - Os registos referidos na alínea c) do n.º 1 das obrigações previstas no Código do IVA.
devem ser disponibilizados
electronicamente, a pedido da Direcção- 2 - Não obstante o disposto no número anterior,
Geral dos Impostos, e ser mantidos durante os sujeitos passivos não estabelecidos que
os 10 anos civis seguintes ao da realização se encontrem abrangidos por um regime
das operações. especial equivalente noutro Estado membro
e prestem serviços por via electrónica a não
Artigo 6.º sujeitos passivos residentes no território
nacional devem disponibilizar
1 - Independentemente da declaração de
electronicamente, a pedido da Direcção-
cessação da actividade, a Direcção-Geral
Geral dos Impostos, os registos dessas
dos Impostos considerará excluídos do
regime especial e cancelará o respectivo operações.
registo aos sujeitos passivos não
Artigo 9.º
estabelecidos, quando disponha de
elementos que permitam depreender que as A disciplina do Código do Imposto sobre o
respectivas actividades tributáveis Valor Acrescentado será aplicável em tudo o
cessaram. que não se revelar contrário ao disposto no
presente regime especial.
2 - A Direcção-Geral dos Impostos procederá
ainda à exclusão do regime especial e ao
cancelamento do respectivo registo aos
sujeitos passivos não estabelecidos que:

a) Tiverem deixado de preencher os


requisitos necessários para poder optar pelo
regime especial;
b) Não cumprirem, de modo continuado, as
regras deste regime especial.

69
REGIME DO IVA NAS TRANSACÇÕES
INTRACOMUNITÁRIAS

- RITI -
encontre abrangido pelo disposto no n.º 1 do
CAPÍTULO I
artigo 5.º; 142
INCIDÊNCIA d) As operações assimiladas a aquisições
intracomunitárias de bens previstas no n.º 1 do
Artigo 1.º artigo 4.º;

Estão sujeitas a imposto sobre o valor e) As transmissões de meios de transporte novos


acrescentado (IVA): efectuadas a título oneroso, por qualquer pessoa,
expedidos ou transportados pelo vendedor, pelo
a) As aquisições intracomunitárias de bens adquirente ou por conta destes, a partir do
efectuadas no território nacional, a título território nacional, com destino a um adquirente
oneroso, por um sujeito passivo dos referidos estabelecido ou domiciliado noutro Estado
no n.º 1 do artigo 2.º, agindo como tal, quando membro.
o vendedor for um sujeito passivo, agindo
como tal, registado para efeitos do IVA noutro Artigo 2.º
Estado membro que não esteja aí abrangido por
1 - São considerados sujeitos passivos do imposto
um qualquer regime particular de isenção de
pela aquisição intracomunitária de bens:
pequenas empresas, não efectue no território
nacional a instalação ou montagem dos bens a) As pessoas singulares ou colectivas
nos termos do n.º 2 do artigo 9.º nem os mencionadas na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º
transmita nas condições previstas nos n.ºs 1 e 2 do Código do IVA que realizem transmissões de
do artigo 11.º;
bens ou prestações de serviços que conferem
b) As aquisições intracomunitárias de meios de direito à dedução total ou parcial do imposto;
transporte novos efectuadas no território
b) As pessoas singulares ou colectivas
nacional, a título oneroso, por um sujeito
mencionadas na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º
passivo, ainda que se encontre abrangido pelo
do Código do IVA que realizem exclusivamente
disposto no n.º 1 do artigo 5.º, ou por um
transmissões de bens ou prestações de serviços
particular;
que não conferem qualquer direito à dedução;
c) As aquisições intracomunitárias de bens
c) O Estado e as demais pessoas colectivas de
sujeitos a impostos especiais de consumo,
direito público abrangidas pelo disposto no n.º 2
exigíveis em conformidade com o disposto no
do artigo 2.º do Código do IVA ou qualquer
Código dos Impostos Especiais sobre o
outra pessoa colectiva não compreendida nas
Consumo, efectuadas no território nacional, a
alíneas anteriores.
título oneroso, por um sujeito passivo que se

142
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
70
2 - São ainda considerados sujeitos passivos do 2 - Sem prejuízo do disposto neste diploma, serão
imposto: consideradas como aquisições
intracomunitárias as operações que, se
a) Os particulares que efectuem aquisições efectuadas no território nacional por um
intracomunitárias de meios de transportes sujeito passivo agindo como tal, seriam
novos; consideradas transmissões, nos termos do
b) As pessoas singulares ou colectivas que artigo 3.º do Código do IVA.
ocasionalmente efectuem transmissões de 3 - Não será considerada aquisição
meios de transporte novos, expedidos ou intracomunitária a afectação de bens a que se
transportados a partir do território nacional, refere a alínea a) do n.º 1 quando a
com destino a um adquirente estabelecido ou transferência desses bens tiver por objecto a
domiciliado noutro Estado membro. realização, no território nacional, de operações
mencionadas no n.º 3 do artigo 7.º.
Artigo 3.º
Artigo 5.º
Considera-se, em geral, aquisição
intracomunitária a obtenção do poder de dispor, 1 - Não obstante o disposto nas alíneas a) e d) do
por forma correspondente ao exercício do direito artigo 1.º, não estão sujeitas a imposto as
de propriedade, de um bem móvel corpóreo cuja aquisições intracomunitárias de bens quando
expedição ou transporte para território nacional, se verifiquem, simultaneamente, as seguintes
pelo vendedor, pelo adquirente ou por conta condições:
destes, com destino ao adquirente, tenha tido
início noutro Estado membro. a) Sejam efectuadas por um sujeito passivo dos
referidos nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo
Artigo 4.º 2.º;

1 - Consideram-se assimiladas a aquisições b) Os bens não sejam meios de transporte novos


intracomunitárias de bens, efectuadas a título nem bens sujeitos a impostos especiais de
oneroso, as seguintes operações: consumo;
c) O valor global das aquisições, líquido de IVA,
a) A afectação por um sujeito passivo às devido ou pago nos Estados membros onde se
necessidades da sua empresa, no território inicia a expedição ou transporte dos bens, não
nacional, de um bem expedido ou transportado, tenha excedido no ano civil anterior ou no ano
por si ou por sua conta, a partir de outro Estado civil em curso o montante de € 10 000 ou,
membro no qual o bem tenha sido produzido, tratando-se de uma única aquisição, não exceda
extraído, transformado, adquirido ou importado esse montante. 144
pelo sujeito passivo, no âmbito da sua
actividade; 2 - Para efeitos do disposto na alínea c) do número
b) (Eliminada) 143 anterior, o valor global das aquisições será
determinado com exclusão do valor das
c) A aquisição de bens expedidos ou aquisições de meios de transporte novos e de
transportados a partir de um país terceiro e bens sujeitos a impostos especiais de consumo.
importados noutro Estado membro, quando
ambas as operações forem efectuadas por uma 3 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo disposto
pessoa colectiva das referidas na alínea c) do no n.º 1 poderão optar pela aplicação do
n.º 1 do artigo 2.º. regime de tributação previsto no artigo 1.º,

143 144
Artigo 2.º do DL 206/96, de 26 de Dezembro. Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro.
71
devendo permanecer no regime de sujeição 3 - Para efeitos do disposto na alínea a) do número
durante um período de dois anos. anterior, a data da primeira utilização será a
constante do título de registo de propriedade
4 - Não obstante o disposto no artigo 1.º, não
ou documento equivalente, quando se trate de
estão sujeitas a imposto as aquisições
bens sujeitos a registo, licença ou matrícula,
intracomunitárias de bens cuja transmissão no
ou, na sua falta, a da factura ou documento
território nacional seria isenta de imposto nos
equivalente emitidos aquando da aquisição
termos das alíneas d) a m) e v) do n.º 1 do
pelo primeiro proprietário.
artigo 14.º do Código do IVA.
Artigo 7.º
Artigo 6.º
1 - (Eliminado) 145
1 - Para efeitos deste diploma, entende-se por:
2 - Considera-se transmissão de bens efectuada a
a) "Impostos especiais de consumo", o imposto título oneroso, para além das previstas no
especial sobre o álcool, o imposto especial artigo 3.º do Código do IVA, a transferência
sobre o consumo de bebidas alcoólicas e de de bens móveis corpóreos expedidos ou
cerveja, o imposto especial sobre o consumo de transportados pelo sujeito passivo ou por sua
tabaco manufacturado e o imposto especial conta, com destino a outro Estado membro,
sobre os produtos petrolíferos; para as necessidades da sua empresa.
b) "Meios de transporte", as embarcações com 3 - Não são, no entanto, consideradas transmissões
comprimento superior a 7,5 metros, as de bens nos termos do número anterior, as
aeronaves com peso total na descolagem seguintes operações:
superior a 1550 Kg, e os veículos terrestres a
motor com cilindrada superior a 48 c.c. ou a) Transferência de bens para serem objecto de
potência superior a 7,2 KW, destinados ao instalação ou montagem noutro Estado membro
transporte de pessoas ou de mercadorias, que nos termos do n.º 1 do artigo 9.º ou de bens cuja
sejam sujeitos a registo, licença ou matrícula no transmissão não é tributável no território
território nacional, com excepção das nacional nos termos dos n.ºs 1 a 3 do artigo 10.º;
embarcações e aeronaves mencionados nas
b) Transferência de bens para serem objecto de
alíneas d), e) e g) do n.º 1 do artigo 14.º do
transmissão a bordo de um navio, de um avião
Código do IVA.
ou de um comboio, durante um transporte em
2 - Não são considerados novos os meios de que o lugar de partida e de chegada se situem na
transporte mencionados na alínea b) do Comunidade;
número anterior, desde que se verifiquem c) Transferência de bens que consista em
simultaneamente as seguintes condições: operações de exportação e operações
assimiladas previstas no artigo 14.º do Código
a) A transmissão seja efectuada mais de três ou do IVA, ou em transmissões isentas nos termos
seis meses após a data da primeira utilização, do artigo 14.º;
tratando-se, respectivamente, de embarcações e
aeronaves ou de veículos terrestres; d) Transferência de gás, através do sistema de
distribuição de gás natural, e de electricidade; 146
b) O meio de transporte tenha percorrido mais
e) Transferência de bens para serem objecto de
de 6 000 Km, tratando-se de um veículo
peritagens ou quaisquer trabalhos que consistam
terrestre, navegado mais de cem horas,
em prestações de serviços a efectuar ao sujeito
tratando-se de uma embarcação, ou voado mais
de quarenta horas, tratando-se de uma aeronave.
145
DL 206/96, de 26 de Outubro.
146
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro.
72
passivo, materialmente executadas no Estado 3 - Para efeitos do disposto no número anterior,
membro de chegada da expedição ou transporte considera-se que a aquisição intracomunitária
dos bens, desde que, após a execução dos foi sujeita a imposto no Estado membro de
referidos trabalhos, os bens sejam reexpedidos chegada da expedição ou transporte dos bens,
para o território nacional com destino ao sujeito desde que se verifiquem, simultaneamente, as
passivo; seguintes condições:
f) Transferência de bens para serem a) O sujeito passivo tenha adquirido os bens
temporariamente utilizados em prestações de para proceder à sua transmissão subsequente
serviços a efectuar pelo sujeito passivo no nesse Estado membro e inclua essa operação no
Estado membro de chegada da expedição ou anexo recapitulativo a que se refere o n.º 2 do
transporte dos bens; artigo 31.º;
g) Transferência de bens para serem b) O adquirente dos bens transmitidos nesse
temporariamente utilizados pelo sujeito Estado membro seja um sujeito passivo aí
passivo, por um período que não exceda 24 registado para efeitos do imposto sobre o valor
meses, no território de outro Estado membro no acrescentado;
interior do qual a importação do mesmo bem
proveniente de um país terceiro, com vista a c) O adquirente seja expressamente designado,
uma utilização temporária, beneficiaria do na factura emitida pelo sujeito passivo, como
regime de importação temporária com isenção devedor do imposto pela transmissão dos bens
total de direitos. efectuada nesse Estado membro.

4 - Sempre que se deixe de verificar alguma das 4 - São tributáveis as aquisições intracomunitárias
condições necessárias para poder beneficiar de meios de transporte novos sujeitos a
do disposto no número anterior, considera-se registo, licença ou matrícula no território
que os bens são transferidos para outro Estado nacional.
membro nos termos do n.º 2 no momento em
que a condição deixar de ser preenchida. Artigo 9.º

Artigo 8.º 1 - O disposto no n.º 1 do artigo 6.º do Código do


IVA não terá aplicação relativamente às
1 - São tributáveis as aquisições transmissões de bens expedidos ou
intracomunitárias de bens quando o lugar de transportados pelo sujeito passivo ou por sua
chegada da expedição ou transporte com conta para fora do território nacional, quando
destino ao adquirente se situe no território os bens sejam instalados ou montados no
nacional. território de outro Estado membro.
2 - Não obstante o disposto no número anterior, 2 - São, no entanto, tributáveis as transmissões de
são tributáveis as aquisições bens expedidos ou transportados a partir de
intracomunitárias de bens cujo lugar de outro Estado membro, quando os bens sejam
chegada da expedição ou transporte se situe instalados ou montados em território nacional,
noutro Estado membro, desde que o pelo fornecedor, sujeito passivo nesse outro
adquirente seja um sujeito passivo dos Estado membro, ou por sua conta.
referidos no n.º 1 do artigo 2.º, agindo como
tal, que tenha utilizado o respectivo número Artigo 10.º
de identificação para efectuar a aquisição e
não prove que esta foi sujeita a imposto nesse 1 - O disposto nos n.ºs 1 e 2 do artigo 6.º do
outro Estado membro. Código do IVA não terá aplicação
relativamente à transmissão de bens expedidos
ou transportados pelo sujeito passivo ou por
73
sua conta, a partir do território nacional, com Artigo 11.º
destino a um adquirente estabelecido ou
domiciliado noutro Estado membro, quando 1 - São tributáveis as transmissões de bens
se verifiquem, simultaneamente, as seguintes expedidos ou transportados pelo fornecedor,
condições: sujeito passivo noutro Estado membro, ou por
sua conta, a partir desse Estado membro,
a) O adquirente não se encontre abrangido por quando o lugar de chegada dos bens com
um regime de tributação das aquisições destino ao adquirente se situe no território
intracomunitárias no Estado membro de nacional e desde que se verifiquem,
chegada da expedição ou transporte dos bens, simultaneamente, as seguintes condições:
ou seja um particular;
a) O adquirente seja um sujeito passivo que se
b) Os bens não sejam meios de transporte
encontre abrangido pelo disposto no n.º 1 do
novos, bens a instalar ou montar nos termos do
artigo 5.º ou um particular;
n.º 1 do artigo 9.º nem bens sujeitos a impostos
especiais de consumo; b) Os bens não sejam meios de transporte novos,
bens a instalar ou montar nos termos
c) O valor global, líquido do imposto sobre o
valor acrescentado, das transmissões de bens do n.º 2 do artigo 9.º nem bens sujeitos a
efectuadas no ano civil anterior ou no ano civil impostos especiais de consumo;
em curso, tenha excedido o montante a partir do c) O valor global, líquido do imposto sobre o
qual são sujeitas a tributação no Estado valor acrescentado, das transmissões de bens
membro de destino. efectuadas por cada fornecedor, no ano civil
2 - Não obstante o disposto nas alíneas b) e c) do anterior ou no ano civil em curso, exceda o
número anterior, não serão igualmente montante de € 35 000. 147
tributáveis as transmissões de bens sujeitos a 2 - Não obstante o disposto no número anterior,
impostos especiais de consumo, expedidos ou são ainda tributáveis:
transportados pelo sujeito passivo ou por sua
conta, a partir do território nacional, com a) As transmissões de bens sujeitos a impostos
destino a um particular domiciliado noutro especiais de consumo, expedidos ou
Estado membro. transportados pelo fornecedor ou por sua conta a
3 - Os sujeitos passivos referidos no n.º 1 cujas partir de outro Estado membro, quando o lugar
transmissões de bens não tenham excedido o de chegada dos bens com destino ao adquirente
montante aí mencionado poderão optar pela se situe no território nacional e este seja um
sujeição a tributação no Estado membro de particular;
destino, devendo permanecer no regime por b) As transmissões de bens cujo valor global não
que optaram durante um período de dois anos. tenha excedido o limite de € 35 000, quando os
4 - Se os bens a que se referem as transmissões sujeitos passivos tenham optado, nesse outro
previstas nos números anteriores forem Estado membro, por um regime de tributação
expedidos ou transportados a partir de um idêntico ao previsto no n.º 3 do artigo 10.º. 148
país terceiro e importados pelo sujeito passivo
nos termos do artigo 5.º do Código do IVA, 3 - Se os bens a que se referem as transmissões
considera-se que foram expedidos ou previstas nos números anteriores forem
transportados a partir do território nacional. expedidos ou transportados a partir de um país
terceiro, considera-se que foram expedidos ou
transportados a partir do Estado membro em

147
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro.
148
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro.
74
que o fornecedor procedeu à respectiva CAPÍTULO II
importação.
ISENÇÕES
4 - Para efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1,
o valor global das transmissões será
Artigo 14.º
determinado com exclusão do valor das
transmissões de meios de transporte novos e Estão isentas do imposto:
de bens sujeitos a impostos especiais de
consumo. a) As transmissões de bens, efectuadas por um
sujeito passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1
Artigo 12.º do artigo 2.º, expedidos ou transportados pelo
vendedor, pelo adquirente ou por conta destes, a
1 - Nas aquisições intracomunitárias de bens o
partir do território nacional para outro Estado
imposto é devido no momento em que os
membro com destino ao adquirente, quando este
bens são colocados à disposição do seja uma pessoa singular ou colectiva registada
adquirente, sendo aplicável, em idênticas
para efeitos do imposto sobre o valor
condições, o previsto no artigo 7.º do Código acrescentado em outro Estado membro, que
do IVA para as transmissões de bens.
tenha utilizado o respectivo número de
2 - Relativamente à afectação de bens que tiver identificação para efectuar a aquisição e aí se
por objecto a realização no território nacional encontre abrangido por um regime de tributação
de operações mencionadas no n.º 3 do artigo das aquisições intracomunitárias de bens;
7.º, quando deixe de se verificar alguma das
b) As transmissões de meios de transporte novos
condições necessárias para poder beneficiar
previstas na alínea e) do artigo 1.º;
do disposto no n.º 3 do artigo 4.º, o imposto é
devido no momento em que a condição deixar c) As transmissões de bens referidas no n.º 2 do
de ser preenchida. artigo 7.º que beneficiariam da isenção prevista
na alínea a) deste artigo se fossem efectuadas
Artigo 13.º para outro sujeito passivo;
d) As transmissões de bens sujeitos a impostos
1 - Nas aquisições intracomunitárias de bens, o
especiais de consumo, efectuadas por um sujeito
imposto torna-se exigível:
passivo dos referidos na alínea a) do n.º 1 do
a) No 15.º dia do mês seguinte àquele em que o artigo 2.º, expedidos ou transportados pelo
imposto é devido; vendedor, pelo adquirente ou por conta destes a
partir do território nacional para outro Estado
b) Na data da emissão da factura ou documento membro, com destino ao adquirente, quando este
equivalente, se tiverem sido emitidos antes do seja um sujeito passivo isento ou uma pessoa
prazo previsto na alínea a). colectiva estabelecida ou domiciliada em outro
Estado membro que não se encontre registada
2 - O disposto na alínea b) do número anterior para efeitos do IVA, quando a expedição ou
não será aplicável quando a factura ou transporte dos bens seja efectuado em
documento equivalente respeitarem a conformidade com o disposto no Código dos
pagamentos parciais que precedam o Impostos Especiais sobre o Consumo. 149
momento em que os bens são colocados à
disposição do adquirente. Artigo 15.º

1 - Estão isentas do imposto:

149
Redacção dada pelo artigo 2.º do DL 130/2003, de 28 de Junho.
75
a) As aquisições intracomunitárias de bens cuja Artigo 16.º
transmissão no território nacional seja isenta do
imposto; 1 - Estão isentas do imposto as importações de
bens efectuadas por um sujeito passivo, agindo
b) As aquisições intracomunitárias de bens cuja
como tal, quando esses bens tenham como
importação seja isenta do imposto nos termos
destino um outro Estado membro e a
do artigo 13.º do Código do IVA;
respectiva transmissão, efectuada pelo
c) As aquisições intracomunitárias de bens importador, seja isenta do imposto nos termos
efectuadas por um sujeito passivo que se do artigo 14.º.
encontre em condições de beneficiar do
2 - A isenção prevista no número anterior só será
reembolso de imposto previsto no Decreto-Lei
aplicável se o sujeito passivo comprovar que
n.º 408/87, de 31 de Dezembro, em aplicação
os bens se destinam a um adquirente situado
do disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º
noutro Estado membro e a subsequente
do Código do IVA e no n.º 2 do artigo 19.º.
expedição ou transporte for consecutiva à
2 - Estão ainda isentas do imposto as aquisições importação.
intracomunitárias de bens cujo lugar de 3 - Os sujeitos passivos não residentes, sem
chegada da expedição ou transporte se situe estabelecimento estável em território nacional,
no território nacional, quando se verifiquem, que aqui não se encontrem registados para
simultaneamente, as seguintes condições: efeitos do imposto sobre o valor acrescentado
mas que disponham de registo para efeitos
a) Sejam efectuadas por um sujeito passivo não desse imposto noutro Estado membro e
residente, sem estabelecimento estável no utilizem o respectivo número de identificação
território nacional e que não se encontre para efectuar a importação, poderão também
registado para efeitos do imposto sobre o valor beneficiar da isenção prevista no n.º 1 desde
acrescentado em Portugal; que a importação seja efectuada através de um
b) Os bens tenham sido directamente expedidos despachante oficial, ou de uma entidade que se
ou transportados a partir de um Estado membro dedique à actividade transitária, devidamente
diferente daquele que emitiu o número de habilitado para apresentar declarações
identificação fiscal ao abrigo do qual o sujeito aduaneiras nos termos da legislação aplicável
passivo efectuou a aquisição intracomunitária e que seja um sujeito passivo dos referidos na
de bens; alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º do Código do
IVA, com sede, estabelecimento principal ou
c) Os bens tenham sido adquiridos para serem domicílio em território nacional. 150
objecto de uma transmissão subsequente a
efectuar no território nacional, por esse sujeito 4 - Para efeitos do número anterior, o despachante
passivo; oficial e a entidade que se dedique à actividade
transitária ficam obrigados a comprovar os
d) A transmissão dos bens seja efectuada para requisitos referidos no n.º 2, bem como a
um sujeito passivo registado para efeitos do incluir, na respectiva declaração periódica de
imposto sobre o valor acrescentado no território imposto e no anexo recapitulativo a que se
nacional; refere a alínea c) do n.º 1 do artigo 23.º, a
e) O sujeito passivo adquirente seja subsequente transmissão isenta nos termos do
expressamente designado, na factura emitida artigo 14.º. 151
pelo vendedor, como devedor do imposto pela
transmissão de bens efectuada no território
nacional. 150
Alterado pelo n.º 3 do artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de
Dezembro.
151
Alterado pelo n.º 3 do artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de
Dezembro.
76
5 - Sempre que não seja efectuada prova, no CAPÍTULO IV
momento da importação, dos pressupostos
referidos no n.º 2, a Direcção-Geral das TAXAS
Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o
Consumo exigirá uma garantia, que será Artigo 18.º
mantida pelo prazo máximo de 30 dias. 152
1 - As taxas do imposto aplicáveis às aquisições
6 - Se até ao final do prazo referido no número intracomunitárias de bens são as previstas no
anterior não for feita a prova aí mencionada, artigo 18.º do Código do IVA para as
será exigido imposto pela importação. 153 transmissões dos mesmos bens.
CAPÍTULO III 2 - As taxas aplicáveis são as que vigorarem para
as transmissões desses bens no momento em
VALOR TRIBUTÁVEL que o imposto se torne exigível, de acordo
com o estabelecido no artigo 13.º.
Artigo 17.º
CAPÍTULO V
1 - Na determinação do valor tributável das
aquisições intracomunitárias de bens é LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DO
aplicável, em idênticas condições, o previsto
IMPOSTO
no artigo 16.º do Código do IVA para as
transmissões de bens. SECÇÃO I
2 - Nas transmissões referidas na alínea c) do
artigo 14.º e nas aquisições intracomunitárias DEDUÇÕES
de bens mencionadas na alínea a) do n.º 1 do
artigo 4.º, o valor tributável será determinado Artigo 19.º
nos termos da alínea b) do n.º 2 e do n.º 5 do
artigo 16 .º do Código do IVA. 1 - Para efeitos da aplicação do disposto no artigo
19.º do Código do IVA, poder-se-á deduzir ao
3 - Nas aquisições intracomunitárias de bens imposto incidente sobre as operações
sujeitos a impostos especiais de consumo ou a tributáveis o imposto pago nas aquisições
imposto automóvel, o valor tributável será intracomunitárias de bens.
determinado com inclusão destes impostos,
ainda que não liquidados simultaneamente. 2 - Poderá igualmente deduzir-se, para efeitos do
disposto na alínea b) do n.º 1 do artigo 20.º do
4 - Sempre que o adquirente dos bens a que se Código do IVA, o imposto que tenha incidido
refere o número anterior obtiver o reembolso sobre os bens ou serviços adquiridos,
dos impostos especiais de consumo pagos no importados ou utilizados pelo sujeito passivo
Estado membro de início da expedição ou para a realização de transmissões de bens
transporte, o valor tributável será regularizado isentas nos termos do artigo 14.º.
nos termos do artigo 71.º do Código do IVA,
até ao limite do montante que tiver sido 3 - Quando não se verifiquem as condições
reembolsado. previstas no n.º 3 do artigo 8.º, o imposto
liquidado em aplicação do disposto no n.º 2 do
mesmo artigo só poderá ser deduzido por
anulação da operação, nos termos do n.º 2 do
artigo 71.º do Código do IVA, devendo para
152
Alterado pelo n.º 3 do artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de
esse efeito o sujeito passivo provar que os
Dezembro. bens foram sujeitos a imposto no Estado
153
Alterado pelo n.º 3 do artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de
Dezembro.
77
membro de chegada da expedição ou passivo e prove que os bens foram expedidos
transporte. ou transportados para esse outro Estado
membro e aí sujeitos a imposto.
Artigo 20.º
3 - O reembolso do imposto a que se refere o
1 - O direito à dedução do imposto devido pelas número anterior será efectuado nas condições
aquisições intracomunitárias de bens nasce no previstas no Decreto-Lei n.º 408/87, de 31 de
momento em que o mesmo se torne exigível, Dezembro.
de acordo com o estabelecido no artigo 13.º.
SECÇÃO III
2 - A dedução poderá ser efectuada na declaração
do período em que o imposto exigível seja PAGAMENTO DO IMPOSTO
considerado a favor do Estado, ainda que não
tenha sido emitida a respectiva factura pelo Artigo 22.º
vendedor.
1 - O montante do imposto exigível a entregar no
3 - Nas transmissões de meios de transporte Serviço de Administração do IVA,
novos para outros Estados membros,
simultaneamente com a declaração periódica
efectuadas por um sujeito passivo dos nos termos do n.º 1 do artigo 26 .º do Código
referidos nas alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo
do IVA, deverá ser apurado tendo igualmente
2 .º ou por um particular, o direito à dedução
em consideração o disposto no artigo 19.º e
do imposto suportado na respectiva aquisição
nos n.ºs 1 e 2 do artigo 20.º.
nasce apenas no momento em que o meio de
transporte for colocado à disposição do 2 - Os sujeitos passivos mencionados nas alíneas
adquirente. b) e c) do n.º 1 do artigo 2.º deverão entregar
no Serviço de Administração do IVA o
4 - A dedução a que se refere o número anterior
imposto que se mostre devido pelas aquisições
não poderá exceder o montante do imposto
intracomunitárias de bens que não sejam
que seria devido e exigível, nos termos da
meios de transporte novos, acompanhado da
alínea a) do n.º 1 do artigo 7.º do Código do
declaração nos termos do artigo 30.º.
IVA, se a transmissão não estivesse isenta.
3 - Os particulares e os sujeitos passivos referidos
SECÇÃO II nas alíneas a), b) e c) do n.º 1 do artigo 2.º que
não possuam o estatuto de operador registado,
REEMBOLSOS a que se refere o artigo 15.º do Decreto-Lei n.º
40/93, de 18 de Fevereiro, devem pagar o
Artigo 21.º imposto devido pelas aquisições
intracomunitárias de veículos automóveis
1 - O imposto dedutível nos termos dos n.ºs 3 e 4 novos sujeitos a imposto automóvel junto das
do artigo anterior será reembolsado ao sujeito entidades competentes para a cobrança deste
passivo mediante requerimento, dirigido ao imposto. 154
director-geral das Contribuições e Impostos,
que deverá ser acompanhado de todos os 4 - O disposto no número anterior é igualmente
elementos indispensáveis à respectiva aplicável aos sujeitos passivos referidos nas
apreciação. alíneas b) e c) do n.º 1 do artigo 2.º e aos
particulares que efectuem aquisições
2 - O imposto pago numa importação de bens intracomunitárias de meios de transporte
tributada nos termos do artigo 5.º do Código novos, não sujeitos a imposto automóvel. 155
do IVA será reembolsado quando o
importador seja uma pessoa colectiva de 154
Redacção dada pelo artigo 4.º do DL n.º 238/2006, de 20 de Dezembro.
outro Estado membro que não seja aí sujeito 155
Redacção dada pelo artigo 9.º do DL n.º 211/2005, de 7 de Dezembro.
78
5 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo disposto 2 - Os sujeitos passivos que efectuem transmissões
no n.º 1 do artigo 5.º que efectuem aquisições de bens referidas no n.º 1 do artigo 10.º são
intracomunitárias de bens sujeitos a impostos ainda obrigados a entregar, juntamente com a
especiais de consumo deverão pagar o declaração prevista na alínea d) do n.º 1 do
imposto devido junto das entidades artigo 28.º do Código do IVA, um mapa anual
competentes para a cobrança daqueles recapitulativo em que conste o montante total
impostos. 156 das operações realizadas com cada Estado
membro.
6 - O pagamento do imposto devido pelas
aquisições intracomunitárias referidas nos n.ºs
Artigo 24.º
3 a 5 será efectuado:
1 - Relativamente às aquisições intracomunitárias
a) Em simultâneo com o imposto automóvel ou
de bens e às transmissões referidas no artigo
com os impostos especiais de consumo, quando
11.º, efectuadas por sujeitos passivos não
sejam devidos;
residentes, sem estabelecimento estável em
b) Antes do registo, da concessão de licença ou Portugal, e que disponham de sede,
da atribuição de matrícula aos meios de estabelecimento estável ou domicílio noutro
transporte novos, nos restantes casos. 157 Estado-Membro, as obrigações derivadas da
aplicação do presente diploma poderão ser
CAPÍTULO VI cumpridas por um representante, sujeito
passivo do imposto sobre o valor acrescentado
OUTRAS OBRIGAÇÕES DOS no território nacional, munido de procuração
CONTRIBUINTES com poderes bastantes.
2 - Os sujeitos passivos não residentes, sem
Artigo 23.º estabelecimento estável em território nacional,
e que não disponham de sede, estabelecimento
1- Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do artigo estável ou domicílio noutro Estado-Membro,
28.º do Código do IVA, os sujeitos passivos estão obrigados à nomeação de representante,
referidos no artigo 2.º são obrigados a: sujeito passivo do imposto sobre o valor
acrescentado no território nacional, munido de
a) Proceder à liquidação do imposto que se
procuração com poderes bastantes.
mostre devido pelas aquisições
intracomunitárias de bens; 3 - O representante a que se referem os números
anteriores deverá cumprir todas as obrigações
b) Emitir uma factura ou documento
decorrentes da aplicação do presente diploma,
equivalente por cada transmissão de bens
incluindo a do registo, e será devedor do
efectuada nas condições previstas no artigo 7.º,
imposto que se mostre devido pelas operações
bem como pela transmissão ocasional de um
realizadas pelo representado.
meio de transporte novo isenta nos termos do
artigo 14 .º; 4 - O sujeito passivo não estabelecido em
território nacional é solidariamente
c) Enviar, juntamente com a declaração
responsável com o representante pelo
periódica de imposto, um anexo recapitulativo
pagamento do imposto.
das transmissões de bens isentas nos termos do
artigo 14.º, bem como das operações a que se 5 - As obrigações decorrentes da sujeição a
refere a alínea a) do n.º 3 do artigo 8.º. imposto das transmissões de bens
subsequentes à aquisição intracomunitária
isenta nas condições previstas no n.º 2 do
156
Aditado pelo artigo 3.º do DL 82/94 , de 14 de Março.
artigo 15.º deverão ser cumpridas pelo
157
Redacção dada pelo artigo 9.º do DL n.º 211/2005, de 7 de Dezembro. adquirente dos bens, sujeito passivo registado
79
no território nacional para efeitos de imposto decorrido o prazo de dois anos, pretendam
sobre o valor acrescentado. voltar a beneficiar do disposto do n.º 1 do
mesmo artigo, caso se verifiquem os
Artigo 25.º condicionalismos nele previstos, deverão
entregar a declaração a que se refere o artigo
1 - Os sujeitos passivos mencionados nas alíneas 31.º do Código do IVA.
b) e c) do n.º 1 do artigo 2.º deverão entregar
a declaração a que se refere o artigo 30.º do 6 - A declaração referida nos n.ºs 3 e 4 deverá ser
Código do IVA ou, caso se encontrem apresentada na repartição de finanças
registados, a declaração prevista no artigo competente durante o mês de Janeiro de um
31.º do mesmo Código: dos anos seguintes àquele em que se tiver
completado o prazo aí mencionado,
a) Até ao fim do mês seguinte àquele em que produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro do
tenham excedido o valor global das aquisições ano da sua apresentação.
previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo 5.º;
Artigo 26.º
b) Antes de efectuarem uma aquisição
intracomunitária de bens que exceda o 1 - As pessoas singulares ou colectivas que
montante previsto na alínea c) do n.º 1 do artigo efectuem transmissões de bens nas condições
5.º; previstas nos n.ºs 1 e 2 do artigo 11.º deverão
c) Antes de efectuarem aquisições entregar a declaração a que se refere o artigo
intracomunitárias de bens, no caso de 30.º do Código do IVA.
exercerem a opção a que se refere o n.º 3 do 2 - A declaração a que se refere o número anterior
artigo 5.º. deverá ser apresentada na repartição de
finanças competente até ao fim do mês
2 - As declarações a que se refere o número seguinte àquele em que tenha sido excedido o
anterior deverão ser apresentadas na montante previsto na alínea c) do n.º 1 do
repartição de finanças competente, artigo 11.º, produzindo efeitos a partir da data
produzindo efeitos a partir da data da sua da sua apresentação.
apresentação.
3 - As pessoas singulares ou colectivas que
3 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo disposto tenham exercido a opção a que se refere a
no n.º 1 do artigo 5.º que apenas efectuem alínea b) do n.º 2 do artigo 11.º ou que
aquisições intracomunitárias de bens transmitam bens sujeitos, no território
mencionados na alínea c) do artigo 1.º estão nacional, a impostos especiais de consumo,
dispensados da entrega das declarações nos termos da alínea a) do mesmo número,
referidas no n.º 1. deverão entregar a declaração referida no
4 - Os sujeitos passivos a que se refere o n.º 1 artigo 30.º do Código do IVA.
cujas aquisições intracomunitárias de bens 4 - A declaração a que se refere o número anterior
não excedam durante um ano civil o montante deverá ser apresentada na repartição de
de € 10 000 poderão voltar a beneficiar do finanças competente antes de efectuadas as
disposto no n.º 1 do artigo 5.º, devendo para transmissões, produzindo efeitos a partir da
esse efeito entregar a declaração a que se data da sua apresentação.
refere o artigo 31.º do Código do IVA. 158
5 - Os sujeitos passivos a que se refere o n.º 1
5 - Os sujeitos passivos que exerceram a opção cujas transmissões de bens não excedam
mencionada no n.º 3 do artigo 5.º e que, durante um ano civil o montante de € 35 000
158
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro.

80
podem proceder à entrega da declaração 2 - As facturas ou documentos equivalentes
prevista no artigo 32.º do Código do IVA. 159 relativos às transmissões de bens isentas nos
termos do artigo 14.º, devem ser emitidos o
6 - Os sujeitos passivos que exerceram a opção
mais tardar até ao décimo quinto dia do mês
referida na alínea b) do n.º 2 do artigo 11.º
seguinte àquele em que os bens foram
poderão proceder à entrega da declaração
colocados à disposição do adquirente.
prevista no artigo 32.º do Código do IVA
caso, decorrido o prazo de dois anos, não se 3 - As facturas ou documentos equivalentes a que
encontrem abrangidos pelo disposto no n.º 1 se refere o número anterior devem ser emitidos
do mesmo artigo 11.º. pelo valor total das transmissões de bens,
ainda que tenham sido efectuados pagamentos
7 - A declaração referida nos n.ºs 5 e 6 deverá ser
apresentada na repartição de finanças ao sujeito passivo anteriormente à data da
competente durante o mês de Janeiro de um transmissão dos bens.
dos anos seguintes àquele em que se tiver 4 - A obrigação de emitir factura ou documento
completado o prazo aí mencionado, equivalente, a que se refere a alínea b) do n.º 1
produzindo efeitos a partir de 1 de Janeiro do do artigo 28.º do Código do IVA não é
ano da sua apresentação. aplicável aos pagamentos efectuados ao sujeito
8 - As pessoas singulares ou colectivas que passivo anteriormente à data das transmissões
pretendam exercer a opção a que se refere o de bens isentas nos termos do artigo 14.º.
n.º 3 do artigo 10.º deverão apresentar a 5 - Sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo
declaração prevista no artigo 31.º do Código 35.º do Código do IVA, as facturas ou
do IVA, devendo igualmente apresentar a documentos equivalentes referidos nos
referida declaração caso pretendam renunciar números anteriores deverão ainda conter o
ao regime por que optaram. número de identificação fiscal do sujeito
passivo do imposto, precedido do prefixo
Artigo 27.º "PT", e o número de identificação para efeitos
do imposto sobre o valor acrescentado do
1 - Considera-se repartição de finanças destinatário ou adquirente, que deve incluir o
competente para efeitos do disposto nos prefixo do Estado membro que o atribuiu,
artigos anteriores a referida nos n.ºs 1 e 2 do conforme a norma internacional código ISO-
artigo 70.º do Código do IVA. 3166 alfa 2, bem como o local de destino dos
2 - Para as pessoas singulares ou colectivas que bens.
não possuam, no território nacional, sede, 6 - A dispensa de emissão de factura a que se
estabelecimento estável, domicílio ou refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 39.º do
representante, considera-se competente a Código do IVA não é aplicável às
Repartição de Finanças do 3.º Bairro Fiscal de transmissões de bens referidas no n.º 1 do
Lisboa. artigo 10.º, cujo valor global não tenha
excedido o montante aí mencionado, bem
Artigo 28.º como às transmissões de bens efectuadas nos
termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 11.º.
1 - O imposto devido pelas aquisições
intracomunitárias de bens deverá ser Artigo 29.º
liquidado pelo sujeito passivo na factura ou
documento equivalente emitidos pelo 1 - As pessoas singulares ou colectivas que
vendedor ou em documento interno emitido efectuem aquisições intracomunitárias de
pelo próprio sujeito passivo. meios de transporte novos deverão exigir que a
factura ou documento equivalente, emitidos
159
Lei n.º 55-B/2004, de 30 de Dezembro.
81
pelo vendedor, contenham os seguintes Administração do IVA conjuntamente com a
elementos: declaração periódica a que se refere o artigo
40.º do Código do IVA.
a) Os nomes, firmas ou denominações sociais e
a sede ou domicílio do vendedor e do 2 - O anexo recapitulativo poderá ser feito em
impresso de modelo aprovado ou em listagem
adquirente, bem como os correspondentes
números de identificação fiscal, precedidos do de computador que contenha os mesmos
elementos.
prefixo que permite identificar o Estado
membro que os atribuiu, se for caso disso; 3 - As transmissões de bens isentas de imposto nos
termos das alíneas d) a m) e v) do n.º 1 do
b) A data em que ocorreu a transmissão;
artigo 14.º do Código do IVA não devem
c) O preço de venda; constar do anexo recapitulativo a que se refere
d) A identificação do meio de transporte, o número anterior, quando o adquirente dos
nomeadamente a matrícula ou número de bens seja um sujeito passivo registado para
registo e a especificação das respectivas efeitos de IVA em outro Estado membro, que
características; tenha utilizado o respectivo número de
identificação para efectuar a aquisição, ainda
e) A indicação dos quilómetros percorridos, se que os bens sejam expedidos ou transportados
se tratar de um veículo terrestre, das horas de para outro Estado membro.
navegação, se se tratar de uma embarcação, ou
das horas de voo, se se tratar de uma aeronave, 4 - O mapa recapitulativo referido no n.º 2 do
reportados à data em que ocorreu a transmissão. artigo 23.º poderá ser feito em impresso de
modelo aprovado ou em listagem de
2 - As pessoas singulares ou colectivas que computador que contenha os mesmos
efectuem transmissões de meios de transporte elementos.
novos para outros Estados membros são
obrigadas a emitir uma factura ou documento Artigo 32.º
equivalente, que deverá conter todos os
elementos referidos no número anterior. 1 - Para cumprimento do disposto no n.º 1 do
artigo 44.º do Código do IVA, deverão ainda
Artigo 30.º ser objecto de registo:

1 - Os sujeitos passivos mencionados nas alíneas a) As aquisições intracomunitárias de bens


b) e c) do n.º 1 do artigo 2.º que efectuem efectuadas pelo sujeito passivo;
aquisições intracomunitárias de bens sujeitas b) As transferências de bens expedidos ou
a imposto deverão enviar a declaração de transportados pelo sujeito passivo ou por sua
modelo aprovado para o Serviço de conta, a partir do território nacional com destino
Administração do IVA até ao final do mês a outro Estado membro, para a realização das
seguinte àquele em que o imposto se torne operações referidas nas alíneas e), f) e g) do n.º 3
exigível. do artigo 7.º;
2 - A obrigação de entrega da declaração a que se c) A afectação dos bens que não se consideram
refere o número anterior só se verifica aquisições intracomunitárias nos termos do n.º 3
relativamente aos períodos em que haja do artigo 4.º;
operações tributáveis.
d) Os bens recebidos pelo sujeito passivo que
Artigo 31.º tenham sido expedidos ou transportados, a partir
de outro Estado membro para o território
1 - O anexo recapitulativo referido na alínea c) do nacional, por sujeitos passivos registados para
artigo 23.º deve ser enviado ao Serviço de efeitos de IVA em outro Estado membro, ou por
82
sua conta, para que sobre os mesmos sejam sujeitos passivos não residentes, sem
executadas peritagens ou quaisquer trabalhos estabelecimento estável em território nacional,
que consistam em prestações de serviços; que beneficiem de isenção nos termos do n.º 3
e) Os bens enviados pelo sujeito passivo ou por do mesmo artigo, bem como das subsequentes
sua conta, a partir do território nacional, com transmissões com destino a outros Estados
destino a outro Estado membro, para que sobre membros. 160
os mesmos sejam executadas peritagens ou
Artigo 33.º
quaisquer trabalhos que consistam em
prestações de serviços. As pessoas singulares ou colectivas referidas nos
n.ºs 3 e 4 do artigo 22.º deverão comprovar, junto
2 - Para efeitos do disposto na alínea a) do n.º 2
das entidades competentes para efectuar o registo,
do artigo 44.º do Código do IVA, os sujeitos
conceder a licença ou atribuir a matrícula aos
passivos deverão proceder ao registo das
meios de transporte novos, que procederam ao
operações de forma a evidenciar:
pagamento do imposto devido pela aquisição
a) O valor das transmissões de bens isentas nos intracomunitária desses bens.
termos do artigo 14.º;
CAPÍTULO VII
b) O valor das transmissões de bens efectuadas
noutro Estado membro nos termos do n.º 1 do DISPOSIÇÕES FINAIS
artigo 9.º e dos n.ºs 1, 2 e 3 do artigo 10.º;
Artigo 34.º
c) O valor das transmissões de bens efectuadas
no território nacional nos termos do n.º 2 do Em tudo o que não se revelar contrário ao disposto
artigo 9.º e dos n.ºs 1 e 2 do artigo 11.º, líquidas no presente diploma, aplicar-se-á a disciplina geral
de imposto, segundo a taxa aplicável e o valor do Código do IVA.
do imposto liquidado, igualmente segundo a
taxa aplicável.

3 - O disposto no n.º 4 do artigo 44.º do Código


do IVA aplica-se igualmente às aquisições
intracomunitárias de bens.
4 - Para efeitos do disposto no artigo 48.º do
Código do IVA, o registo das operações a que
se refere o número anterior deverá ser
efectuado após a recepção das
correspondentes facturas ou a emissão do
documento interno a que se refere o n.º 1 do
artigo 28.º.
5 - Para cumprimento das obrigações a que se
refere o n.º 5 do artigo 24.º, o sujeito passivo
adquirente dos bens deverá proceder ao
registo da operação como se se tratasse de
uma aquisição intracomunitária de bens.
6 - Os sujeitos passivos referidos no n.º 4 do
artigo 16.º devem proceder ao registo, em
contas de terceiros apropriadas, das
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importações de bens efectuadas por conta de Aditado pelo n.º 3 do artigo 33.º da Lei 107-B/2003, de 31 de
Dezembro.
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