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Direito Administrativo

1. Regime jurídico administrativo


- Regime jurídico

O regime jurídico é divido em direito público e o direito privado, agindo entre uma relação entre
os dois sistemas, com a predominância de um deles.

 Direito público: Regras que colocam posição de superioridade, verticalidade ou


desigualdade perante o privado.
 Direito privado: Relação de igualdade ou horizontalidade.

OBS: Alguns concursos usam o ensinamento de Maria Di Pietro, em que divide em regime
jurídico da administração pública para se referir das regras de direito público e privado. Por
outro lado, regime jurídico administrativo para se referir das regras particulares que se submete
ao poder público quando atua em favor da coletividade.

- Princípios fundamentais ou basilares (Bandeira de Mello)

 Supremacia do interesse público sobre o privado: Relaciona com as prerrogativas


(poderes diferenciados ou benefícios do poder público que dão a superioridade sobre o
privado) para o bem coletivo.
o Ex: Desapropriação, ocupação temporária.
 Indisponibilidade do interesse público: Relaciona com as sujeições (condições,
restrições) com o objetivo de proteger o patrimônio público e o direito individual.
o Licitações, concursos públicos.

OBS: Alguns concursos usam o ensinamento de Maria Di Pietro, em que são princípios
fundamentais a supremacia do interesse público sobre o privado e a legalidade (semelhante ao
da indisponibilidade).

2. Princípios expressos e implícitos


Os princípios são diretrizes, valores, ideias centrais de um sistema, mandamentos gerais. Eles
servem para interpretação das normas, orientação a produção normativa, direcionam a atuação
administrativa. São divididos em:

 Princípios expressos: previstos taxativamente em norma jurídica de caráter geral.


o Princípios constitucionais expressos: Normalmente são os que são cobrados
em concursos. Estão previstos na constituição Art. 37 “A administração pública
direta e indireta de qualquer dos Poderes da União (inclusive Ministério público
e tribunal de contas), dos Estado, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência...”
L -> Legalidade
I -> Impessoalidade
M -> Moralidade
P -> Publicidade
E -> Eficiência
 Princípios implícitos: não estão previstos taxativamente, decorrendo de construção
doutrinária ou jurisprudencial. São divididos basicamente em três tipos:
o Aplicação conste taxativamente na constituição: A sua aplicação está presente
na constituição, mas não é mencionado.
 Ex: Art5º XXXVI: “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada” (Principio da segurança jurídica)
o Decorre de algum princípio expresso ou da interpretação logica de vários
princípios:
 Ex: Principio da finalidade decorre do princípio da impessoalidade
o Implicações do próprio Estado de Direito e do sistema constitucional como um
todo:
 Ex: A supremacia do interesse público sobre o privado.

OBS: Não há hierarquia entre os princípios implícitos e expressos.

3. Princípio da legalidade.
Ele surge com o Estado Democrático de Direito (aquele em que as pessoas e o estado se
submetem a lei). Este princípio nasceu com o Estado de Direito, que impõe a atuação
administrativa nos termos da lei. É o Estado que cria as leis, mas ao mesmo tempo deve
submeter-se a elas.

A função administrativa se subordina às previsões legais e, portanto, o agente público só poderá


atuar quando a lei determinar (vinculação) ou autorizar (discricionariedade). Ou seja, a atuação
administrativa obedece a vontade legal. Por outro lado, os administrados podem fazer tudo o
que não estiver proibido em lei, vivendo, assim, sob a autonomia da vontade.

Diz-se, portanto, que a Administração não pode atuar contra a lei nem além da lei, podendo
atuar somente segundo a lei. Por outro lado, os administrados podem atuar segundo a lei e além
da lei, só não podem atuar contra a lei

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