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50 ANOS DO GOLPE MILITAR NO BRASIL:

Os militares, a ideologia de segurança nacional e a ação guerrilheira no Araguaia


Por Romualdo Pessoa*

Mesmo ao fim da Guerrilha, as políticas adotadas seguiram as linhas definidas pela


Ideologia de Segurança Nacional, inclusive nos conflitos que se intensificavam a partir
do final dos anos 1970 entre posseiros e grileiros

A estrutura militar do Estado brasileiro e a doutrina de segurança nacional


A crise política brasileira, causada pela renúncia do então presidente Jânio Quadros, em
1961, gerou uma instabilidade institucional e reações nas Forças Armadas que
culminou, em 1964, com a deposição do vice que o sucedeu, João Goulart. A Doutrina
de Segurança Nacional foi, além do elemento motivador da intervenção militar, a
questão basilar que esteve por trás de todas as políticas que foram implementadas,
principalmente após 1968, quando o regime assumiu declaradamente as feições de uma
ditadura, e toda a sua estrutura estatal foi organizada baseada nos conceitos formulados
nas escolas militares.
É preciso considerar os diferentes motivos que originaram o golpe, que se confundem
entre questões econômicas nacionais e elementos da geopolítica mundial, com a guerra
fria em curso, opondo socialismo x capitalismo, e a construção de valores de cunho
nacionalistas conservadores que envolviam civis. Mas todo o seu arquétipo foi montado
a partir da Escola Superior de Guerra, tendo à frente seu mais conhecido ideólogo, o
general Golbery do Couto e Silva.
Todo o poder político, notadamente os setores estratégicos, e aí compreendendo esse
termo vinculado ao conceito de segurança nacional, permaneceram sob o controle dos
militares. O planejamento estratégico formulado por Golbery, que pode ser avaliado em
livro publicado pela Editora da Universidade de Brasília (SILVA, 1981), tem toda a sua
preocupação centrada na “segurança nacional”. Destaco um pequeno trecho desse livro
que expõe com clareza essas ideias.
“Limitemo-nos, pois, ao âmbito mais restrito da política de segurança nacional, aquela
já tantas vezes definida como visando a salvaguardar a consecução dos objetivos vitais
permanentes da Nação, contra quaisquer antagonismos tanto externos como internos, de
modo a evitar a guerra se possível for e empreendê-la, caso necessário, com as maiores
probabilidades de êxito” (Ibidem, p. 22).
É bem verdade que nos discursos elaborados desde o começo do movimento golpista,
dizia-se que o objetivo era ceder a condução política para os civis e retomar o processo
democrático no rumo por eles considerado o correto. Nitidamente com o objetivo de
garantir com certeza que o Brasil estaria ao lado dos Estados Unidos contra o perigo
comunista que encontraria guarida no governo Goulart.
Mas, todos esses fatos se modificaram a partir de 1968. Com a aplicação do Ato
Institucional nº 5 e, logo no ano seguinte, com a doença do general--presidente Costa e
Silva, não se permitiu a posse do vice-presidente Pedro Aleixo (2). Assumiu, logo em
seguida ao afastamento do então presidente, uma Junta Militar composta pelos
ministros: Aurélio de Lira Tavares, do Exército; Augusto Rademaker, da Marinha; e
Márcio de Souza e Melo, da Aeronáutica. Essa Junta Militar escolheu posteriormente,
dois meses depois, o novo presidente, aquele em cujo período de governo se
intensificarão a repressão e o endurecimento do regime, ao caracterizar mais
destacadamente uma ditadura sangrenta: o general Emílio Garrastazu Médici.
Fortaleceu-se a partir de então, todo o aparato construído com base na Ideologia da
Segurança Nacional, que já funcionava desde 1964, mas que recebeu os maiores
investimentos a partir desse período, espalhando o terror e impedindo qualquer tipo de
manifestação da sociedade civil organizada.
Os que ousaram enfrentar esse aparato militar foram caçados, presos, torturados e
assassinados nos porões dessa estrutura, nas sombras de quartéis e delegacias de
polícias civil, militar e federal, todas elas enquadradas no organograma do Sistema
Nacional de Segurança (Figura 01), comandado a partir do SNI, por um ministro-chefe
militar, general obviamente.

Figura 01

Nas palavras do então coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio


Fonteles, “(...) o Estado ditatorial era como um polvo negro com tentáculos. A sua
cabeça era o Sistema Nacional de Informações (Sisni), alimentado por outros órgãos de
informação como o SNI, CIE (Exército), Cenimar (Marinha) e Cisa (Aeronáutica)” (3).
Além disso, por todos os ministérios e órgãos públicos, incluindo universidades,
funcionavam as Divisões de Segurança e Informações (DSIs). E os Departamentos de
Operações de Investigações – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODIS).
Ainda havia a Polícia Federal, e até mesmo a estrutura das polícias militares, fato que
persiste até os dias de hoje, foi concebida para incorporar esse sistema – e indiretamente
estavam vinculadas ao controle da cabeça dessa estrutura.
Segundo Gaspari (2002, p.159),
“Em setembro de 1974 havia no SNI vinte oficiais do Exército”. “Dessa lista
de vinte sócios fundadores do SNI saíram um presidente da República
(Figueiredo), dois chefes do Serviço (Figueiredo e Octavio Aguiar de
Medeiros) e dois chefes da Polícia Federal (Newton Leitão e Moacyr
Coelho). Outros cinco (Newton Cruz, José Luiz Coelho Netto, Edmundo
Adolpho Murgel, Mario Orlando Ribeiro Sampaio e Geraldo Araujo Ferreira
Braga) chegaram ao generalato e tornaram-se destacados chefes nos serviços
de informação do regime” (Apud APGCS/HF).

O SNI era o cérebro de um sistema montado desde o golpe de 1964 para manter o
controle do poder político e o domínio do Estado brasileiro, nas mãos dos militares. Era
a espinha dorsal do regime militar, e ela estava sob o comando e o pulso firme dos
oficiais generais, na presidência da República e no Estado-Maior das Forças Armadas
(EMFA).
“Pela estrutura logística, o SNI ficou entre os dez mais bem equipados
serviços de informações do mundo. Seu poder de alavancagem política foi
superior ao da CIA, do Intelligence Service, ou mesmo da KGB” (Idem,
p.169).

Naturalmente, toda essa estrutura contava com o apoio civil, inclusive e principalmente,
nas DSIs. Mas o comando estava com os militares. Inclusive na Operação Bandeirante
(OBAN), tida como uma prova do envolvimento de grandes empresários, portanto civis,
na “condução do regime” (sic).

Figura 02

A OBAN foi gestada dentro do Sistema Nacional de Informação, e também ela não
fugiu ao controle dos generais que estavam em seu comando. Assim como a malfadada
Operação Condor, montada por esse sistema de informação e repressão brasileiro que se
espalhou por outros países da América Latina, com o apoio da CIA (Figura 02).
Constituía-se, assim, um regime militar, que se tornou uma ditadura violenta e
descontrolada. Contando com o apoio e a participação de elementos da sociedade civil.
Portanto, do início (1964) ao fim (1985) o comando do regime sempre esteve nas mãos
dos militares, das suas mais altas patentes, e toda a condução da política seguia-se às
estratégias definidas pela DSN (Doutrina de Segurança Nacional) executadas pela
estrutura militar-repressiva.

O combate à guerra revolucionária e a identificação do “inimigo interno”


A ideologia da segurança nacional, que direcionou as políticas públicas durante o
regime militar brasileiro, teve suas bases ideológicas firmadas nos EUA, onde a
doutrina que a sustentava foi criada pelos geopolíticos daquele país. Suas ações eram
direcionadas para a proteção daquelas áreas consideradas estratégicas pelos
estadunidenses e para manter, ou construir, regimes políticos que lhes fossem
favoráveis.
A partir da década de 1960 inúmeros programas e ações foram aplicados no sentido de
reforçá-los, e, também, apoiar os militares na aplicação de golpes de Estado contra
governos que porventura ameaçassem estabelecer relações políticas com países da
chamada “Cortina de Ferro”, ou os países socialistas, inclusive a China.
E, na América, com a pequena ilha de Cuba, que após um processo revolucionário
alinhava-se com a União Soviética e a transformava em alvo principal no continente
americano. No âmbito da Guerra Fria, os militares da “Sorbonne brasileira” optaram por
firmar compromissos com a geopolítica estadunidense, fosse por pragmatismo político
ou pela preservação dos valores da civilização ocidental-cristã. “No Brasil,
consequentemente, a geopolítica serve de firme suporte para a bipolaridade e a adesão
da Nação à luta anticomunista no interior da segurança nacional” (COMBLIN, 1978, p.
30).
Três conceitos, segundo Coblin (1978), compõem a espinha
dorsal da Doutrina de Segurança Nacional: “A guerra
generalizada, a guerra fria, e a guerra revolucionária” (Op. cit.,
p.33).
A partir do conceito de “guerra revolucionária” os militares
brasileiros se uniram às formulações ideológicas estadunidenses
para construir um ideário semelhante ao daqueles, e que será
responsável por construir, no Brasil, uma estrutura de segurança
nacional implacável, que se estendeu nos momentos de maior
radicalidade contra os grupos de esquerda lhes faziam oposição,
muitos dos quais sem optarem pela luta armada.
Definido o inimigo externo, os estrategistas da “Segurança nacional” passaram a
identificar em todos os processos de lutas na América Latina a presença do comunismo.
Procuraram construir uma estratégia contrarrevolucionária considerando não haver
distinções entre os vários tipos de guerras. Fossem de libertação, guerrilhas, subversão,
terrorismo. Para eles, tudo eram “fases diferentes de um único processo, o da guerra
revolucionária” (COMBLIN, 1978, p. 44).
Passaram a ver a guerra revolucionária mecanicamente, de forma maniqueísta e dentro
dos princípios da bipolaridade. Buscavam combatê-la mediante a utilização de técnicas
semelhantes utilizadas pelo inimigo, na crença de que obteriam, assim, as mesmas
possibilidades de sucesso. O que significava, necessariamente, ganhar o apoio do povo.
Segundo Comblin (Op. cit., p.44), esse teria sido o principal erro cometido no combate
aos guerrilheiros do Vietnã e que seria também aplicado no continente americano.
Fechados em suas concepções de Segurança Nacional, e ao considerarem que a
população da América Latina e do terceiro mundo não possuíam nenhuma afinidade em
sua história com o ideário comunista, menosprezavam o processo histórico de seus
países e a violência que se abatia por séculos contra esses povos.
A estratégia deveria, portanto, se basear em técnicas que fossem capazes de superar os
soviéticos. Os guerrilheiros e “subversivos” que lutavam as guerras revolucionárias
eram vistos como meros instrumentos de Moscou, e para derrotá-los era suficiente
estabelecer o controle da população, tirá-la da influência desses grupos, impedir que a
propaganda revolucionária encontrasse respaldo entre a população e isolar os
combatentes, para poder destruir toda a sua organização.
Por essa compreensão, seria natural que todos os que porventura simpatizassem com a
luta guerrilheira fossem considerados inimigos. Espelhando-se nas lutas
anticolonialistas que se espalhavam pelo mundo, onde os grupos de libertação nacional
obtinham apoio da União Soviética, os estrategistas militares que criaram a Doutrina de
Segurança Nacional procuraram aperfeiçoar as técnicas adotadas nessas lutas, e o
exemplo mais marcante é a da guerra de libertação da Argélia. Buscaram as mesmas
táticas, como estratégia para uma contrarrevolução.
O mais importante seria, então, o trabalho de inteligência que identificasse e localizasse
o inimigo, e isso deveria ser feito anteriormente ou paralelo ao combate que se travava,
de forma a transformar em alvo todos os simpatizantes e grupos favoráveis à causa
revolucionária.
Em seguida trata-se de detectar todos os membros da subversão. As técnicas são as mais
variadas: presença permanente em toda parte: nos locais de trabalho, de transporte, de
recreio; prisões rápidas, informações. Principalmente informações. Nessa guerra, a arma
decisiva é a informação. Ela é necessária através de quaisquer meios. Os
revolucionários sabem o que os espera. A tortura é a regra do jogo.
Se a inteligência é um dos polos da guerra contrarrevolucionária, o outro polo é a ação
psicológica. Trata-se de manter o povo afastado de qualquer contato com a subversão.
Existem, com essa finalidade, técnicas de organização da população (...) formação de
brigadas, propaganda para controlar qualquer crítica. Finalmente, existe o que se
denominou, nos Estados Unidos, a ação cívica militar: encontram-se equivalentes em
toda parte, na América Latina: os exércitos seguem fielmente as receitas. A ação cívica
militar nasceu por iniciativa de Kennedy (COMBLIN, 1978, p. 46).
Todo esse processo identificado nesse estudo de Joseph Comblin, que traça uma
radiografia da Ideologia de Segurança Nacional, pode ser atestado empiricamente a
partir dos estudos das estratégias adotadas no combate à Guerrilha do Araguaia, bem
como na maneira como os Planos de Ação do regime militar foram impostos para a
região sul do Pará, e para toda a Amazônia.
Mesmo ao fim da Guerrilha, as políticas adotadas seguiram as linhas definidas pela
Ideologia de Segurança Nacional, inclusive nos conflitos que se intensificavam a partir
do final dos anos 1970, entre posseiros e grileiros.
Muitos dos relatórios dos órgãos de segurança, disponíveis e obtidos junto ao Arquivo
Nacional, demonstram que, para além do Movimento Guerrilheiro, e até o período de
transição, entre o fim do regime militar e o novo governo civil da chamada “Nova
República”, o que movia as ações dos órgãos do Estado militar brasileiro eram as
concepções que fundamentaram todo o ideário da ditadura militar, inspiradas nessa
ideologia.
Tratava-se, ainda, de identificar como “inimigo interno” aqueles que se opunham ao
regime vigente e procuravam “subverter” a ordem estabelecida, fundada nos valores
“cristão-ocidentais”. Seguindo-se esses preceitos, tornava-se essencial separar os
“subversivos” do meio do povo, e combatê-los implacavelmente, como representantes
do “comunismo internacional”.
Incluíam-se dentre esses, padres e missionários, que seguiam a linha da Teologia da
Libertação e buscavam orientar-se, segundo essa doutrina, por uma “opção preferencial
pelos pobres”, lema que eles adotavam, dando apoio aos camponeses e posseiros na luta
pela terra.
Sobre todos eles os rótulos de subversivos e terroristas eram usados com frequência, e a
estratégia utilizada para afastá-los do povo, e que num primeiro momento deu certo, era,
portanto, a utilização dos meios disponíveis na estrutura do Estado que possibilitariam
atender à população em áreas em que havia fortes carências de assistência pública.
O que deveria ser feito de forma permanente passava a ser feito ocasionalmente,
obedecendo aos interesses estratégicos, que fazia parte da preparação dos militares no
combate contrarrevolucionário, no âmbito da ideologia que os moviam.
Um dos pontos dessa estratégia foi a ação cívico-militar, formulada em suas origens nos
Estados Unidos. Ela foi aplicada em vários momentos, durante e depois da Guerrilha do
Araguaia, na região sul do Pará, denominada “Operação Cívico Social” (ACISO) (4).
A ação cívica é uma defesa contra a subversão: é ação preventiva e é também uma
resposta. Os militares são chamados a assumirem tarefas públicas para o bem-estar da
população (estradas, edifícios públicos), serviços de saúde pública, serviço social etc.
Em suma a ação cívica consiste em tomar em mãos as tarefas de um governo. Graças à
idealização dessa “ação cívica”, os militares se convencem de que só eles são capazes
de organizar o desenvolvimento de seu país (COMBLIN, 1978, p.143).
Figura 3

Assim, desde a política específica através de ações para combater iniciativas


consideradas subversivas, bem como no intenso conflito que atraiu as atenções para os
problemas existentes na Amazônia Oriental, toda a estratégia utilizada pelos governos
militares obedeceu à Ideologia de Segurança Nacional. E, por ela, os ferrenhos
combates contra os guerrilheiros transformaram-se, ao final da Guerrilha, em
perseguições, prisões, torturas e assassinatos de lideranças camponesas, padres da
teologia da libertação e comunistas por todo o sul do Pará e o norte do Tocantins, por
toda a área conhecida como “Bico do Papagaio”, uma das regiões brasileiras de maior
concentração de luta e resistência à ditadura militar, à pistolagem e ao poder do grande
latifúndio. (Figura 3)
___________________________
*Romualdo Pessoa Campos Filhos é graduado e mestre em História, doutor em
Geografia pela Universidade Federal de Goiás. Professor adjunto efetivo desta
instituição, atua na área de Geopolítica. É autor do livro Guerrilha do Araguaia, a
esquerda em armas, publicado pela Editora Anita e Fundação Maurício Grabois.

NOTA DO AUTOR – Desde quando iniciei a minha pesquisa sobre a Guerrilha do


Araguaia, em 1992, entendi que somente seria possível compreender o que havia
levado os guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) a se embrenharem
nas matas do Araguaia buscando o fio da meada, ou seja, as origens do golpe militar
de 1964. Até por uma questão metodológica, da aplicação da dialética materialista na
conjuntura histórica brasileira daquele período. Recentemente, concluí mais uma parte
desta pesquisa, encerrando um doutorado defendendo uma tese onde analiso a região
do Araguaia no período posterior à Guerrilha, a “Operação Limpeza”, que procurou
sumir com os corpos dos guerrilheiros e de camponeses mortos no conflito, a
pistolagem e sua relação com a estrutura montada pelo major Curió, a rede de
espionagem que se criou na região, o seu QG montado a partir de Serra Pelada e a
perseguição e assassinatos de lideranças comunistas, padres e camponeses. Este artigo
é originado da segunda parte desse trabalho. Em maio o livro "Araguaia: Depois da
guerrilha, outra guerra - A luta pela terra no Sul do Pará, impregnada pela Ideologia
da Segurança Nacional (1975-2000), será lançado pela Editora Anita Garibaldi e
Fundação Maurício Grabois.

Notas
(*) Artigo publicado na Revista Princípios (SP), nº 129, março 2014
http://grabois.org.br/portal/revista.int.php?id_sessao=9&id_publicacao=3828&id_indice=4165
(1) Araguaia: Depois da Guerrilha, uma outra guerra – A luta pela terra no Sul do Pará, impregnada pela
Ideologia de Segurança Nacional. Tese de doutorado em Geografia, defendida em novembro de 2013 no
Instituto de Estudos Socioambientais da UFG, orientada pela professora doutora Celene Cunha M. A.
Barreira.
(2) O Congresso Nacional inclusive já aprovou uma lei, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, de nº
12.486, de 12 de setembro de 2011, que “inclui o nome do cidadão Pedro Aleixo na galeria dos que foram
ungidos pela Nação Brasileira para a Suprema Magistratura”.
(3) http://amp-mg.jusbrasil.com.br/noticias/100333621/claudio-fonteles-o-sistema-da-ditadura-era-brutal-
e-assassino
(4) Ver CAMPOS FILHO, 2012, p.153: “Procurando abranger toda a área conflagrada, a Operação
ACISO levou para a região médicos e dentistas, distribuiu remédios e vacinas em grandes quantidades,
patrulhou estradas, legalizou posses, doou terras através do Incra, e ainda perseguiu pistoleiros e
grileiros”.

Fontes consultadas
CAMPOS FILHO, Romualdo Pessoa. Guerrilha do Araguaia, a esquerda em armas. São Paulo: Anita
Garibaldi/FMG, 2012.
CARNEIRO, Ana & CIOCCARI, Marta. Retrato da repressão política no campo – Brasil 1962-1985 –
Camponeses mortos, torturados e desaparecidos. Brasília: MDA, 2010.
CASTRO, Therezinha de. Geopolítica: princípios, meios e fins. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército
Editora, 1999.
COMBLIN, Pe. Joseph. A ideologia de segurança nacional – O poder militar na América Latina. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
GASPARI, Elio. As ilusões armadas (I) – A ditadura envergonhada. São Paulo: Companhia das Letras,
2002.
SILVA, Golbery do Couto e. Conjuntura política nacional e o Poder Executivo & Geopolítica do Brasil.
Rio de Janeiro: J. Olympio, 1981.
____________. Planejamento estratégico. Brasília: Editora UnB, 1981.

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