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2017

Domine a Renda Fixa


O manual prático para investir em CDB, LCI,
LCA e Tesouro Direto
Aprenda nesse e-book minha estratégia pessoal para obter ótima rentabilidade em
investimentos em CDB, Tesouro Direto, LCI e LCA, utilizando técnicas avançadas para
formação de patrimônio de maneira consistente e segura.

Valter Ribeiro
Daxinvestimentos.com
Copyright © 2017, daxinvextimentos.com

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.

Nenhuma parte deste livro digital, sem autorização prévia por escrito do autor, poderá
ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos,
mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros.

DOMINE A RENDA FIXA 2.0

Autor: Valter Ribeiro

Site: daxinvestimentos.com

Ribeiro, Valter
Domine a Renda Fixa 2.0 / Valter Ribeiro. – Rio Brilhante, MS : Ed. do Autor, 2017.

1.Educação Acadêmica. I. Título.


Nota do autor: Muito cuidado e técnica foram empregados na escrita deste
livro. Contudo, alguns erros de digitação podem ocorrer.

Para sugestões ou reclamações referentes ao livro, entre em contato CLICANDO


AQUI.

Abraços a todos e boa leitura.


SUMÁRIO
Sobre o livro 5
1. DIFERENÇA ENTRE RENDA FIXA E VARIÁVEL 8
1.1. Renda Variável 8
1.2. Renda Fixa 11
2. INVESTIMENTOS EM RENDA FIXA: MEUS FAVORITOS 15
2.1. LCI 15
2.2. LCA 17
2.3. CDB 19
2.4. Tesouro Nacional 21
2.5. Fundos DI 28
3. ANALISANDO RENTABILIDADE E PRAZOS EM RENDA FIXA 31
4. COMO ENCONTRAR AS LCIS, LCAS E CDBS MAIS RENTÁVEIS 35
5. CARTEIRA DE INVESTIMENTOS: O QUE É E COMO ADMINISTRAR A SUA 40
5.1 Como montar uma carteira de investimentos 42
6. COMO ME ORGANIZO PARA INVESTIR 47
6.1. Quanto eu invisto? 47
6.2. Como me organizo? 49
6.3. Qual meu plano? 52
6.4. Qual o tempo para alcançar a liberdade financeira 54
7. MINHA ESTRATÉGIA PESSOAL DE CRESCIMENTO PATRIMONIAL 57
7.1. Minha estratégia: LCI, LCA e CDB 57
7.1.1. Risco dessa estratégia 60
7.2. Minha estratégia: tesouro direto 61
7.2.1. Protegendo o dinheiro da inflação 61
7.2.2. Ganhando rentabilidade acima de 20% a.a. no tesouro 62
direto
7.2.3. Risco dessa estratégia 65
8. RESUMINDO TUDO 67
P ágina |5

SOBRE O LIVRO

Olá, primeiramente gostaria de lhe


agradecer por ter adquirido meu livro digital.
Obrigado pela confiança.

Trata-se de um pequeno passo que


mostra que você possui a principal característica
necessária que diferencia o bom investir dos demais:
o interesse pelo conhecimento.

A intenção deste livro é fornecer, de


maneira didática, o saber necessário para que você
efetivamente domine as técnicas de investimentos
em renda fixa com foco em CDBs, LCIs, LCAs,
Fundos DI e Tesouro Direto, aprendendo, também,
como montar e gerir profissionalmente uma carteira
de investimentos utilizando essas aplicações.

Na primeira parte do livro, dos capítulos


1 ao 5, você verá as questões mais técnicas dos
investimentos. Nos capítulos 6 e 7 você verá minha
estratégia pessoal para formação de patrimônio.

No mundo financeiro, informação é


muito valiosa, de maneira que investir, sabendo-se
exatamente o que está fazendo, separa os que
obtêm ótimos resultados dos que conseguem
resultados apenas satisfatórios.
P ágina |6

Muitos não sabem, mas, somente com


investimentos em renda fixa, é possível formar um
patrimônio de grande vulto. Construindo-se uma
carteira diversificada de investimentos, é possível,
além de aumentar a rentabilidade, ter-se capital
tanto para as necessidades futuras como para as
atuais.

Muitas pessoas investem para formação


de patrimônio para aposentadoria. Outras já
possuem um determinado patrimônio e querem
fazer com que o mesmo gere, desde já, renda. Saiba
que ambas as situações são possíveis e eu ensinarei,
mais adiante, como montar uma carteira de
investimentos para atender tanto necessidades
futuras como atuais.

Vou lhe mostrar neste livro como obter o


melhor de cada investimento específico, o que,
somado a uma combinação entre determinados
tipos de aplicações, resultará em capital gerando
cada vez mais capital, de forma segura e constante.

-Valter, sou iniciante, vou conseguir


aplicar esses conceitos?

Se há uma marca que todos falam sobre


o material que publico é sobre como consigo ser
simples e didático. Embora haja uma filosofia por
P ágina |7

trás da estratégia, a prática é bastante simples. Você


verá quando chegar a ela.

Meu principal objetivo é, por meio dos


conhecimentos aqui expostos, levar maior liberdade
financeira para os leitores, mostrando como nossa
vida ganha ares completamente novos quando nos
tornamos senhores do dinheiro e não reféns dele.

Utilize o poder dos juros a seu favor. Está


disposto a encarar essa empreitada?

Vamos lá então!

Valter Ribeiro
P ágina |8

1. DIFERENÇA ENTRE RENDA FIXA E VARIÁVEL

Nesta primeira parte do livro abordarei a parte mais


teórica dos investimentos. Primeiramente, vamos fazer a
diferenciação entre investimentos em renda fixa e renda variável e a
razão de os investimentos em renda fixa serem os meus preferidos
para formação da base patrimonial.

- Ué Valter, então você não recomenda investimentos


em renda variável? Sim, mas desde que acompanhados por uma
“retaguarda” de investimentos em renda fixa. Ou seja, para
enveredar pelos investimentos em renda variável você deve possuir,
anteriormente, um bom capital já aplicado em renda fixa.

Antes de entrarmos no assunto central do livro, vamos


conhecer a renda variável.

1.1. Renda Variável

Investimentos em renda variável são os que você não


tem garantia de rentabilidade ou de perda, por isso o nome. Com
eles, é possível obter ganhos muito maiores do que em renda fixa,
contudo, também há possibilidade de perder todo o dinheiro
investido.

Para deixar claro, como exemplo, vamos utilizar o


investimento em ações, que é uma aplicação típica de renda
variável. Vejamos:
P ágina |9

a. Você compra 100 ações da Petrobrás na Bolsa de


Valores por R$ 5,00.

b. As situações de mercado e da empresa melhoram e


as ações passam de R$ 5,00 para R$10,00 em uma semana.

c. Você tem uma rentabilidade bruta de 100% em


uma semana. Sim, em renda variável isso é possível.

d. Agora digamos que situações diversas de mercado


e da empresa piorem e as ações da Petrobrás caiam para R$ 0,10 em
uma semana.

e. Você teria uma perda de quase 100% também em


uma semana. Sim, isso é possível em renda variável.

Claro que usei exemplos bastante exagerados, mas são


ótimos para mostrar como esse tipo de investimento funciona. Os
ganhos possíveis são ilimitados, mas as possibilidades de perda
também são latentes.

Veja abaixo o exemplo real das ações da Petrobrás


(PN) que, em 5/5/2015 valiam R$ 14,38 e, em 24/2/2016, valiam R$
4,87.
P á g i n a | 10

Logicamente, assim como houve grande


desvalorização pode ocorrer uma grande valorização:

A mesma ação da Petrobras que em 26/01/2016 valia


R$ 4,20, em 18/08/2016 já estava no valor de R$ 12,89.

O que quero deixar claro é que não há qualquer


garantia de valorização ou desvalorização. A variação de preços é
constante.

Você provavelmente encontrará “especialistas” que


falarão que conseguem “prever” quando uma ação vai subir ou cair,
P á g i n a | 11

mas, na verdade, ninguém sabe. O que fazemos são prognósticos


que podem ser confirmar, ou não. Esses prognósticos são válidos?
Sim, desde que dentro de uma estratégia maior e não vistos como
algo isolado.

Por isso, primeiramente, você deve possuir uma


carteira sólida de investimentos em renda fixa.

Além do exposto, os investimentos em renda variável


exigem um pouco mais de atenção por parte do investidor, devido à
sua volatilidade. Por essa razão, caso você ainda não seja experiente
na área, recomendo começar pela renda fixa e, com o tempo, incluir
aplicações de renda variável em sua carteira.

1.2. Renda Fixa

O investidor em renda fixa também não pode ser um


completo alienado às condições de mercado. Contudo, esse tipo de
investimento exige bem menos “acompanhamento” do que os em
renda variável.

Investimentos em renda fixa são adequados para,


principalmente, formação de patrimônio e renda, devido à sua
menor volatilidade e maior segurança.

É possível montar uma carteira de investimentos só


com renda fixa? Sim. Lógico que, se juntarmos à esses algumas
aplicações em renda variável, a possibilidade de maior lucratividade
P á g i n a | 12

aumenta, junto com o risco. Aqui mostrarei como montar uma boa
carteira de investimentos utilizando somente renda fixa.

Importante notar que mesmo em renda fixa existem


algumas aplicações nas quais você só saberá a rentabilidade efetiva
no vencimento da aplicação, contudo, seguem sendo categorizados
como renda fixa. O que acontece é que os mesmos têm certo grau
de variância de rentabilidade.

Dividimo-los, dessa forma, em investimentos com


rentabilidade pré-fixadas e pós-fixadas.

Nos pré-fixados, o investidor, desde a aplicação, sabe


exatamente quanto terá de rentabilidade naquele referido
investimento. Se você aplica em uma LCI com rentabilidade pré-
fixada de 15% ao ano, por exemplo, não importa a variação da
inflação, taxa SELIC, CDI ou qualquer outro índice, sua rentabilidade
será de 15% ao ano.

Esse tipo de investimento é adequado quando o


investidor não pode correr qualquer tipo de risco (quer ter uma
rentabilidade X garantida); quando considera que a rentabilidade
oferecida pelo banco é alta; ou quando imagina que tal
rentabilidade será maior do que uma pós-fixada.

Nos pós-fixados, a rentabilidade é atrelada a um


índice específico, ou seja, o rendimento da aplicação depende do
valor do referido índice.
P á g i n a | 13

Na maioria dos casos, o que se utiliza como índice é o


CDI. Para saber mais sobre o que é CDI, leia meu post clicando aqui.
Acho importante a leitura do post antes de prosseguir, para que
você possa compreender melhor o que falarei mais à frente. Leu?
Vamos lá então!

Se você aplicar em uma LCI que ofereça 100% do CDI


e tal índice ficar em 14,5% a.a., por exemplo, essa será sua
rentabilidade exata. No mesmo exemplo, se você aplicar em uma LCI
que ofereça 90% do CDI, ela renderia 13,05% a.a, que corresponde a
90% de 14,5.

Por essa razão, quando procuramos aplicações em


renda fixa pós-fixadas, damos preferência às que ofereçam
percentuais próximos ou acima de 100% do CDI. Nos próximos
capítulos vou mostrar como encontrar aplicações em renda fixa com
rentabilidade superior a 100% do CDI e como fazer seu patrimônio
crescer assustadoramente fazendo uso da minha estratégia de
investimentos.

Saliento, contudo, que o CDI é um índice variável que


pode subir ou cair no período da sua aplicação, de forma que é
impossível, no momento do investimento, saber quanto você terá de
rentabilidade exatamente.

O investimento pós-fixado é recomendado,


principalmente, quando você acredita que aquele índice irá se
valorizar ou manter-se estável. Por exemplo, se o CDI anual está em
P á g i n a | 14

torno de 14,13% ao ano e tudo indica que ele se manterá assim, não
há razão para investir em um pré-fixado que ofereça 12% ao ano,
não é mesmo?

Mas como entender as tendências? Utilizamos, dentre


outros fatores, a taxa SELIC. Em tempos de inflação alta, a tendência
é que o Banco Central eleve tal taxa, visando encarecer o crédito e,
com isso, controlar a alta dos preços. Por essa razão, nesse cenário,
os investidores fazem grandes aportes em aplicações atreladas à
SELIC, tendo em vista a maior possibilidade de variação positiva ou,
pelo menos, de estabilidade.

- Certo Valter, mas a maior parte dos investimentos


em renda fixa que encontro são atrelados ao CDI e não à SELIC!

É verdade, mas o valor do CDI flutua ao redor (alguns


décimos) da SELIC. A título de exemplo, no momento que escrevo
este livro, a SELIC anual é de 14,25 e o CDI 14,13. Portanto, se a
tendência da SELIC é de subir ou, no mínimo, manter-se igual, é
provável que com o CDI ocorra o mesmo.

Além disso, existem investimentos em renda fixa que


variam não só de acordo com o CDI, mas também com a própria
SELIC, IPCA e outros índices, como você verá mais adiante.
P á g i n a | 15

2. INVESTIMENTOS EM RENDA FIXA: MEUS


FAVORITOS

É regra quase que unânime não possuir todo seu


capital aplicado em um só investimento. A orientação é sempre
diversificar. Alias, mesmo eu, que sou apaixonado por renda fixa,
recomendo que pelo menos uma parte de seu patrimônio esteja
investida em renda variável.

Em razão disso, mesmo dentro da renda fixa, é


importante que você tenha seu capital aplicado em mais de um tipo
de investimento.

Não vou tratar aqui, evidentemente, de todos os


investimentos em renda fixa disponíveis no mercado. Vamos nos
ater aos mais populares, pois estes são mais do que suficientes para
uma boa diversificação da carteira e adequados para a estratégia de
crescimento patrimonial.

Quando você chegar ao capítulo sobre minha


estratégia de formação de patrimônio você vai entender melhor.

2.1. LCI

A Letra de Crédito Imobiliário – LCI é um tipo de


investimento que os bancos oferecem para, com as aplicações
recebidas, disponibilizarem crédito imobiliário a seus clientes.
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Quando você investe em LCI é como se você


emprestasse dinheiro ao banco e esse emprestasse o dinheiro às
pessoas que solicitam financiamento imobiliário.

Logicamente, a taxa de juros que os bancos cobram de


quem solicita o empréstimo é maior do que a que nos pagam pelo
investimento, tendo como “lucro” a diferença entre as taxas.

Financiamentos imobiliários têm, como garantia do


empréstimo, o próprio imóvel financiado e, em razão disso, são
considerados um dos créditos mais seguros para os bancos.

Isso contribui para tornar a LCI um dos investimentos


mais seguros, também, para o investidor.

Além disso, todas as LCIs contam com a proteção do


Fundo Garantidor de Crédito - FGC, até R$ 250.000,00 por CPF, ou
seja, a mesma garantia da poupança.

Isso quer dizer que se você investe em uma LCI de


qualquer banco, mesmo que esse banco venha a “quebrar”, o Fundo
Garantidor de Crédito - FGC, até o limite de R$ 250.000,00, restituirá
o valor investido.

Essa é uma informação importante, pois bancos


menores normalmente oferecem LCIs bem mais rentáveis que os
bancos maiores. Isso acontece porque o banco de “menos nome”
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precisa atrair investidores de alguma forma e a principal delas e


disponibilizar investimentos mais atrativos.

Você pode estar pensando: mas investir em um banco


menor não é arriscado? Essa é a importância da LCI possuir garantia
do FGC. A garantia de até R$ 250.000,00 vale para qualquer LCI, de
qualquer banco, de maneira que não importa onde seu dinheiro
esteja investido, a garantia é a mesma.

Compreender bem esse conceito é salutar para que


você consiga analisar melhor meu capítulo sobre como encontrar as
melhores LCIs, bem como o capítulo sobre minha estratégia pessoal
de investimentos.

Quanto aos impostos, a LCI tem o importante


diferencial da não incidência de Imposto de Renda ou IOF, de
maneira que a rentabilidade que você obtiver em uma LCI será
líquida, ou seja, sem descontos. Na verdade, essa é sua principal
vantagem.

Sobre a rentabilidade vou falar mais no capítulo sobre


como encontrar os investimentos mais rentáveis.

2.2. LCA

As Letras de Crédito do Agronegócio – LCAs - são


investimentos por meio dos quais os bancos captam recursos para
financiar o agronegócio. Funcionam como a LCI, apenas troque a
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parte que aquela é utilizada para financiamentos imobiliários e a


LCA é usada para financiar o agronegócio.

Todas as outras características como garantia do FGC,


isenção de imposto de renda e cálculo de rentabilidade são iguais.

- Então Valter, se LCI e LCA são praticamente a mesma


coisa, por que investir nos dois?

Simples: os investimentos possuem lastro disponível,


ou não, em determinados períodos. Ou seja, em um dado momento,
dentre suas opções de investimentos, pode acontecer de não haver
nenhuma LCI com as características que você buscava, mas existir
alguma LCA. LCIs e LCAs diferentes possuem rentabilidades e prazos
diferentes, dentro do mesmo banco ou considerando bancos
diversos.

Assim, digamos que você esteja procurando um


investimento com prazo de seis meses e rentabilidade acima de 12%
aa. Pode acontecer de você não encontrar nenhuma LCI, mas
encontrar alguma LCA e vice-versa.

Por essa razão é interessante analisar ambas, pois,


quando chegar o momento de investir, verifique, dentre as LCIs e
LCAs disponíveis, qual possui melhor rentabilidade naquele
momento. Dessa forma, você não fica dependente de um só tipo de
investimento.
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2.3. CDB

O CDB – Crédito de Depósito Bancário, embora seja


renda fixa como a LCI e LCA, possui algumas características distintas.

Incidência de Imposto de Renda e IOF nos saques com


menos de 30 dias são as principais diferenças.

Tanto o imposto de renda como o IOF são regressivos,


ou seja, quanto mais tempo o dinheiro ficar aplicado menor o
imposto a ser pago.

Quanto ao IOF, como dito, incide somente nos


resgates realizados nos primeiros 30 dias da aplicação. A cada dia
que passa, caso você resgate, pagará menos IOF. Após os 30 dias o
IOF não é mais cobrado. Logicamente, o imposto incide somente
sobre a rentabilidade e a tabela é a seguinte:
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Em relação ao Imposto de Renda, o mesmo também


incidi somente sobre a rentabilidade e tem tabela regressiva.
Embora diminua com o tempo, o IR nunca será zero, o mínimo são
15%:

- Oras Valter, então só há desvantagens em relação às


LCIs e LCAs? Não.

Pensando em rentabilidade, por exemplo, um CDB que


renda 120% do CDI é um investimento mais atrativo que uma LCI
que renda 80%, mesmo incidindo IR sobre o CDB.

Além disso, você pode encontrar CBDs com diversos


prazos, investimentos mínimos, investimentos complementares etc,
de maneira que, na hora de investir, existirão muito mais opções do
que se você ficar restrito somente as LCIs e LCAs.

As instituições financeiras oferecem bem mais


alternativas de CDB, principalmente para pequenos investidores, do
que de LCA e LCI.

A título de exemplo, no momento em que estou


escrevendo este livro, há somente uma opção de LCA no Banco do
Brasil (Investimento mínimo de R$50.000,00), uma opção de LCI
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(Investimento mínimo de R$ 1.000,00) e cinco opções de CDB com


investimentos mínimos que vão de R$ 500,00 a R$ 500.000,00.

http://bb.com.br/portalbb/page3,116,2218,1,1,1,1.bb?codigoMenu=1092&codigoNoticia
=1376&codigoRet=1436&bread=4

Dessa forma, em alguns momentos, você poderá não


encontrar LCIs e LCAs adequadas às suas necessidades, mas existirão
várias opções de CDBs.

Ressaltando: pagar imposto de renda não


necessariamente será ruim. Um investimento sobre o qual incida IR
e que, após o desconto de tal imposto, ainda seja mais rentável do
que um isento, deverá ser sua escolha em uma comparação entre os
dois.

2.4. Tesouro Nacional – Tesouro Direto

Outro tipo de investimento em renda fixa que gosto


são os títulos do Tesouro Nacional. Na verdade, seria necessário
outro livro para tratar corretamente do assunto, vou tentar aqui
resumir o básico que você precisa para entender esse tipo de
investimento.
P á g i n a | 22

Títulos do Tesouro Nacional são como os títulos dos


bancos, com a diferença de que você investe “no governo”. Ou seja,
se você aplica em um CDB, por exemplo, você empresta dinheiro a
um banco; se você aplica em um título do Tesouro Nacional, você
empresta ao governo.

Deixando de lado questões políticas e ideológicas, é


mais fácil um banco quebrar do que um país, não é mesmo? Por
essa razão os títulos públicos são considerados os investimentos
mais seguros de uma economia “normal”, mas não possuem
garantia do FGC.

Títulos do Tesouro Nacional não são isentos de


imposto de renda. A tabela é regressiva, ou seja, quanto mais
tempo seu dinheiro ficar aplicado, menor o percentual de imposto
de renda pago. Veja a tabela:

Visando disponibilizar o acesso dos investidores ao


mercado de negociação dos Títulos do Tesouro Nacional, o governo
criou o programa chamado Tesouro Direto. Por meio dele,
qualquer pessoa física pode comprar e vender Títulos Públicos.
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O Tesouro Direto é bastante indicado para pequenos


investidores, pois possui aplicação mínima de apenas R$ 30,00 e
você pode comprar a partir de 1% do título. Dessa forma, mesmo
que um determinado título público custe R$ 1000, por exemplo,
você poderá comprar a partir de um 1% dele, ou seja, R$ 10. Como a
aplicação mínima é de R$ 30, você poderia adquirir 3% desse título
se quisesse. Já o valor máximo é de um milhão de reais por mês.

Para aplicar em tais papéis, é necessário ter conta em


algum banco/corretora de investimentos. Ou seja, você não pode
entrar diretamente no site do Tesouro Direto, criar uma conta e
começar a investir. É obrigatório fazer a aplicação por meio de um
banco ou corretora. Normalmente, essas instituições cobram uma
taxa sobre o serviço (há algumas com taxa zero). Por essa razão, a
taxa de administração cobrada pela corretora é um dos principais
pontos a serem levados em consideração quando da escolha, já que
influirá diretamente em sua rentabilidade. Quanto maior a taxa
cobrada, menor sua rentabilidade final. A lista de instituições
financeiras habilitadas pelo Tesouro Direto pode ser consultada
clicando-se aqui.

Para elucidação, no momento que escrevo este e-


book, a taxa de administração cobrada pelo Banco do Brasil é de
0,5%. Você acha baixa? Não é! Na corretora que invisto, por
exemplo, a taxa é de 0,08%. Bem menor, não é mesmo?

O funcionamento dos títulos públicos é como uma


renda fixa comum. Você aplica determinado montante, com uma
P á g i n a | 24

taxa pré ou pós-fixada e, no vencimento do título, resgata o valor


aplicado mais a rentabilidade, deduzido o imposto de renda e a taxa
de administração da corretora.

Importante frisar que no caso de um investimento pré-


fixado você garante a rentabilidade caso deixe o valor aplicado até
o vencimento do título. Caso você invista em um título que ofereça
15% a.a. de rentabilidade, por exemplo, deixando seu dinheiro
investido até o vencimento, “faça chuva ou faça sol”, sua
rentabilidade será essa.

- Certo Valter, caso eu precise resgatar o dinheiro


antes do vencimento, o que acontece?

Os preços dos títulos variam diariamente de acordo


com as condições de mercado. Ou seja, um título hoje pode estar
custando R$ 400,00 e amanhã R$ 410,00. Vendendo o título
antecipadamente você receberá o valor do dia e esse poderá ser
maior ou menor do que no momento da sua compra.

Por exemplo: digamos que você investiu em um título


que estava custando R$ 100,00 com um taxa de rentabilidade de
12% aa. com vencimento em 3 anos. Caso você deixe esse título
para ser resgatado no vencimento, após 3 anos, receberá os R$ 100
aplicados mais os juros dos 3 anos, no caso, 40,49% (juros
compostos), ou seja, R$ 140,49 (bruto). Neste exemplo, caso você
resolvesse resgatar antes do vencimento o valor recebido
dependeria do preço do título no momento da venda. Como você
P á g i n a | 25

adquiriu o título por R$ 100, com valores maiores que esse você
teria lucro e com valores menores teria prejuízo.

Fácil não é? Se você deixa o dinheiro investido até o


final, a rentabilidade contratada é garantida, caso resgate antes,
você tanto pode ter rentabilidade maior que a contratada, como
poderá ter prejuízo. Isso não necessariamente é ruim. Mais adiante
vou mostrar como se aproveitar disso para obter rentabilidades
muito acima das contratadas no Tesouro Direto, valendo-se da
variação dos preços dos títulos prefixados.

Nos pós-fixados, a rentabilidade é atrelada a um


determinado índice, como a SELIC. Assim se, por exemplo, você
investir no Tesouro SELIC e a taxa do período for de 14% a.a., sua
rentabilidade bruta será essa.

Dessa forma, como cada título disponível tem


“comportamento” diferente, vamos analisa-los individualmente.
Quando você for investir no Tesouro Direto existirão alguns títulos
disponíveis com prazos e rentabilidade distintas. No momento que
escrevo este livro os disponíveis são os seguintes:
P á g i n a | 26

Percebeu como cada título tem preços, vencimentos e


taxas de rentabilidades diferentes? Vamos agora à análise das
características de cada um deles:

Prefixados:

a. Tesouro Prefixado LTN – É o mais simples dos


títulos. Tem rentabilidade prefixada e vencimento
determinado. Ou seja, você já sabe, no momento da
aplicação, até quando terá que deixar seu dinheiro
aplicado para receber a rentabilidade contratada.
Resgatando-se antes, como já dito, a rentabilidade
P á g i n a | 27

pode ser maior ou menor, dependendo do valor de


mercado do título no momento do resgate.

b. Tesouro Prefixado com juros semestrais LTN-F –


Funciona como o LTN normal, com a diferença que a
rentabilidade é “quebrada” por semestre e paga ao
investidor. Deixando claro, não existe rentabilidade
extra, a diferença é que você deixa de receber tudo de
uma vez no vencimento do título, para receber parte
da rentabilidade, semestre a semestre.

Pós-fixados:

a. Tesouro SELIC - LFT – Funciona de maneira bem


simples. Rende de acordo a taxa SELIC do período.
Possui baixa volatilidade de preço, sendo indicado
para quem não sabe exatamente quando precisará do
dinheiro. Assim, por exemplo, se você aplicar R$ 100
nesse título hoje e precisar do dinheiro 45 dias depois,
você receberá o valor aplicado mais rentabilidade
referente aos 45 dias de taxa SELIC.

b. Tesouro IPCA + NTN-B (principal) – Possui uma


rentabilidade fixa e uma variável (IPCA). IPCA é o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor, conhecido
popularmente como inflação. Assim, caso você aplique
em um título desse tipo que ofereça 6% a.a. + IPCA e a
P á g i n a | 28

inflação do período for de 8%a.a., você terá uma


rentabilidade bruta de 14% (8+6).
c. Tesouro IPCA + com juros semestrais NTN-B –
Funciona como o anterior, com a diferença de pagar
parte da rentabilidade a cada semestre e não tudo no
final.

Para ver os títulos disponíveis no momento, acesse o


site do Tesouro Nacional:
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro-direto-precos-e-taxas-
dos-titulos

Além disso, escrevi um artigo intitulado “Como


funciona o Tesouro Direto”, nele especifico mais alguns pontos.

2.5 Fundos DI

Chegamos ao último tipo de investimento em renda


fixa que utilizaremos para montar nossa carteira. Os fundos DI não
serão utilizados para obtenção de altas rentabilidades, usaremos
esse tipo de aplicação como uma “poupança” para as necessidades
de curtíssimo prazo.

Os fundos DI ou Fundos Referenciados DI são fundos


pós-fixados que investem, no mínimo, 95% do seu patrimônio em
Títulos Públicos atrelados à SELIC. Os 5% restantes são aplicados em
fundos de curto prazo.
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O investimento em fundos DI é considerado uma boa


opção de investimento alternativa à poupança, pois sua
rentabilidade normalmente é superior, dependendo da sua taxa de
administração, e tanto sua rentabilidade como a liquidez também
são diárias. Em alguns casos um Fundo DI pode ser mais rentável,
inclusive, que um CDB com as mesmas características, ou seja, de
liquidez diária.
A importância da rentabilidade diária reside no fato de
que, todo dia útil, sua aplicação em fundos DI terá rendido um
pouco mais. Ou seja, se você fizer uma aplicação hoje e resgatar
daqui a 15 dias, seu dinheiro já terá rendido os juros referentes a
esses 15 dias. Se você tivesse aplicado na poupança, por exemplo,
não teria obtido qualquer rentabilidade, já que essa tem
rentabilidades por aniversário (mensal).

Uma variável que deve ler levada em consideração


quando se pretende investir neste tipo de fundo é a taxa de
administração. Quanto maior for a taxa, menor o rendimento
líquido. As taxas variam de fundo para fundo e de banco para
banco.

A título de exemplo, no momento que escrevo este


livro, o BB Referenciado DI LP 50 mil (investimento mínimo de 50 mil
reais) tem taxa de administração de 1%, enquanto o BB
Referenciado DI Social 50 (investimento mínimo de 50 reais) a taxa é
de 2,6%. Ou seja, quanto maior o investimento inicial, menor a taxa
de administração. Quanto menor a taxa de administração maior a
rentabilidade.
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Tanto o Imposto de Renda – IR como o IOF são


regressivos, ou seja, diminuem com o passar do tempo. As tabelas
de percentuais são exatamente iguais às dos CDBs.

Há também outro tributo chamado come-cotas, que


seria como um “adiantamento” do Imposto de Renda. A cobrança é
feita duas vezes por ano: a primeira em maio e a segunda em
novembro. No come-cotas são cobrados 15% de imposto em cima
da rentabilidade do período, sendo deduzidos da sua aplicação no
formato de cotas. Não há cobrança “dupla” de imposto de renda. No
resgate o investidor pagará somente a diferença entre o IR devido e
o já pago na forma de come-cotas.
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3. ANALISANDO RENTABILIDADE E PRAZOS EM


RENDA FIXA

Vamos entrar agora nos que eu acredito que sejam os


principais pontos a serem analisados em investimentos em renda
fixa.

Essa parte é importante, muita gente acha que existe


resposta pronta para investimentos bons ou ruins, mas a verdade é
que um investimento deve ser analisado dentro de um quadro
específico, de uma necessidade ou objetivos determinados.

O que pretendo neste capítulo é mostrar de maneira


simples o que e como analisar um investimento para verificar se o
mesmo se adéqua aos seus objetivos.

Vamos à análise item por item:

a. Rentabilidade: Quando se trata de rentabilidade,


é interessante ter um parâmetro do que seria uma
rentabilidade alta ou baixa. Logicamente, com renda
fixa padrão, não devemos esperar lucratividades
exorbitantes. Mas sim, existe um parâmetro. A base
que utilizamos é o CDI. Portanto, visamos aplicações
que se aproximem ou superem o CDI. Importante
frisar que o que deve ser levado em consideração é a
rentabilidade líquida. O imposto de renda é,
normalmente, o item mais determinante na
diminuição da rentabilidade efetiva de um
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investimento. Vamos a um exemplo utilizando um


investimento isento de IR (LCI) e um não isento (CDB)
=> Considerando o CDI de 14,13%, um CDB que
ofereça 120% do CDI, em seis meses, terá uma
rentabilidade líquida de 6,6%; já uma LCI que
ofereça 100% do CDI renderá, no mesmo prazo,
6,83%. Ou seja, mesmo a rentabilidade bruta da LCI
sendo menor (100% contra 120%), a rentabilidade
líquida é maior, devido à isenção do IR. Importante
notar que a tabela de desconto do IR, como
mostramos antes, é regressiva, ou seja, quanto mais
tempo seu dinheiro ficar aplicado, menor será o
desconto. No mesmo exemplo, considerando o prazo
de 3 anos, a LCI renderia 48,66% enquanto o CDB
renderia 51,79%. Fica claro, nesse exemplo, uma das
razões pelas quais sempre falo que não existe
investimento necessariamente bom ou ruim, depende
dos objetivos e necessidades. No exemplo citado, caso
o investidor precisasse do dinheiro no curto prazo, a
LCI era um investimento melhor que o CDB, contudo,
considerando o longo prazo, o CDB era mais rentável.
Dessa forma, o prazo é um item a ser levado em
consideração quando dá análise de um investimento e
eu falarei dele mais a frente. Para terminar este item,
disponibilizo a tabela que uso para analisar a
qualidade de um investimento quanto à rentabilidade:
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Parâmetros pessoais, sem Acima de 110% do CDI Ótimo


qualquer vinculação a De 100% a 110% do CDI Muito Bom
dados financeiros ou De 90% a 100% do CDI Bom
De 80% a 90% do CDI Aceitável
econômicos.
Abaixo de 80% do CDI Ruim

b. Prazo: Normalmente este é um dos itens


determinantes de rentabilidade. Investimentos com
prazos maiores, em geral, oferecem melhores
rentabilidades. Investir é como emprestar dinheiro
para um banco. Para ele, banco, um prazo maior para
“pagar o empréstimo” é mais atrativo e, por isso, ele
oferece uma rentabilidade maior, visando estimular
aplicações de longo prazo. O ponto de vista do banco
está esclarecido, mas e o do investidor? Você deve ter
claro o destino que deseja dar ao dinheiro investido.
Se você não sabe quando precisará do dinheiro que
vai ser aplicado, um investimento de longo prazo,
mesmo que ofereça rentabilidade maior, não é
indicado, pois você não disporá do montante se
precisar dele antes do prazo. Caso o intuito da
aplicação seja para uma aposentadoria, por exemplo,
não há razão para aplicar em investimentos de prazo
curto, pois a rentabilidade, em geral, será menor e o
IR, quando aplicável, será maior. Dessa forma, a análise
do prazo depende dos seus objetivos na aplicação. O
ideal é que montemos uma carteira de investimentos
com aplicações de prazos diversos, suprindo todas as
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nossas necessidades. Vou mostrar como fazer isso


mais adiante.
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4. COMO ENCONTRAR AS LCIS, LCAS E CDBS


MAIS RENTÁVEIS

LCIs, LCAs e CDBs são oferecidos por diversos bancos


em diversas corretoras. Em razão disso, muitas vezes não é fácil
encontrar as melhores opções de investimento.

Vou frisar, de início, que você encontrará melhores


rentabilidades em bancos menores e já explico a razão.

Bancos precisam de dinheiro; o dinheiro utilizado


pelos bancos vem de seus clientes; bancos menores são menos
conhecidos e, em geral, têm menos clientes; alguém deixaria de
investir em um grande banco para investir em um pequeno caso a
rentabilidade fosse igual em ambos? Claro que não.

Por esse motivo, para atrair clientes e,


consequentemente, investimentos, os bancos menores oferecem
investimentos com melhores rentabilidades, ou não teriam como
concorrer com os bancos mais conhecidos.

E a confiança? Bem, como você viu nos capítulos nos


quais falei sobre esses investimentos, os mesmos possuem garantia
do FGC e, portanto, têm a mesma segurança, seja em qual banco for.
Ou seja, uma LCI do Banco do Brasil é tão segura quanto uma LCI do
Banco do Zé das Couves.

Se você quer mesmo se tornar um grande investidor


terá que “quebrar as amarras” com o banco no qual possui conta
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aberta. Se outro banco oferecer um investimento com taxa muito


mais atrativa você não tem razão para não investir nele.

A maior parte dos bancos menores oferecem contas


sem taxas de administração, alguns inclusive, com isenção de TED e
DOC e, em sua maioria, tais contas podem ser abertas totalmente
online, o que facilita muito o processo. Além disso, os bancos
menores normalmente trabalham em parceria com corretoras, de
maneira que, abrindo sua conta em uma corretora você terá, em um
só local, acesso a diversos investimentos de vários bancos.

Feito esse esclarecimento, vou mostrar as ferramentas


que uso para encontrar bons investimentos.

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