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\ Soluções de Equações Diferenciais - Estamos interessados primordialmente em funções L. I. ou, mais propriamente, em soluções L.I. de uma
equação diferencial linear. Embora pudéssemos sempre apelar diretamente para a definição 1, a questão de se o conjunto de n soluções y1, y2, ...,yn de
uma equação diferencial linear homogênea de ordem n e L.I. pode ser resolvida de uma forma mais ou menos mecânica usando um determinante.
Definição 2: Wronskiano
Suponha que cada uma das funções f1HxL, f2(x), ..., fn(x) tenha pelo menos n-1 derivadas. O determinante
f1 f2 ... fn
fŒ
1 f Œ ... fŒ
2 n
W(f1, f2, ..., fn)= (2)
: : ... :
fn-1
1 fn-1
2 ... fn-1
n
onde as linhas denotam derivadas, é chamado de Wronskiano de funções.
TEOREMA 2: Critério para Independência Linear
Sejam y1, y2,..., yn n soluções da equação diferencial linear homogênea de ordem n em um intervalo I. Então, o conjunto de soluções será L. I. se e
somente se W(f1, f2, ..., fn)¹0 para todo x no intervalo.
Um conjunto de n soluções L.I. de uma equação diferencial linear homogênea de ordem n recebe um nome especial.
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Toda solução de uma equação diferencial linear homogênea de ordem n em um intervalo I pode ser expressa como uma combinação linear de n
soluções linearmente independentes em I. Em outras palavras, n soluções L.I. y1, y2, ...,yn constituem os tijolos para a construação da solução geral
da equação.
TEOREMA 4: Solução geral - Equações homogêneas
Seja y1, y2, ...,yn um conjunto fundamental de soluções da equação diferencial linear homogênea de ordem n em um intervalo I. Então, a solução
geral da equação no intervalo é:
y = c1 y1 HxL + c2 y2 HxL + ....+cn yn HxL
onde ci , i=1,2,3,...,n são constantes arbitrárias.
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3.3 Redução de uma EDO linear homogênea de segunda ordem a uma de primeira ordem
Suponha que y1 denote uma solução não trivial da eq. (1) e que esteja definida em um intervalo I. Procuramos uma segunda solução, y2, de tal forma
que o conjunto y1, y2 seja L.I. em I.
y2 HxL
Assim, o quociente y2/y1 não é uma constante em I, isto é, =u(x) ou y2=y1HxLu(x). A função u(x) pode ser encontrada substituindo-se y2=y1HxLu(x)
y1 HxL
na EDO fornecida.
Esse método é denominado Redução de Ordem, pois precisamos resolver uma EDO de primeira ordem para encontrar u.
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Exemplo 2
Dado que y1=ex é uma solução de y’’- y = 0 no intervalo (-¥,¥), reduza a ordem para encontrar uma segunda solução y2:
e-Ù P HxL âx
y2 = y1 u = y1 à âx H4L
y21
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Exemplo 3
A função y1=x2 é uma solução de x2y’’- 3xy +4y= 0. Ache a solução da ED no intervalo (0,¥):
-b + b2 + 4 ac -b - b2 + 4 ac
a m2 + bm + c = 0” m1 = ; m2 =
2a 2a
m1 e m2 , são reais e distintas
m1 e m2 , são reais e iguais
m1 e m2 , são números complexos conjugados
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Exemplo 4
Resolva as seguintes equações diferenciais:
aL 2 y" - 5 y' - 3 y = 0
bL y" - 10 y' + 25 y = 0
cL y" + 4 y' + 7 y = 0
Na eq. (9) vamos supor que P(x), Q(x) e f(x) sejam contínuas em algum intervalo I.
Hipóteses: Encontrar uma yP =u1HxL y1(x)+u2HxL y2(x)
yŒ Œ Œ Œ Œ
P = u1 y1 + y1 u1 + u2 y2 + y2 u2
y" = u y" + yŒ uŒ + y u" + yŒ uŒ + u y" + yŒ uŒ + y u" + yŒ uŒ
P 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2
y"P
= + 2 yŒ
u1 y"1 Œ " " Œ Œ "
1 u1 + y1 u1 + u2 y2 + 2 y2 u2 + y2 u2
Substituindo yŒ e y" na Eq. (9):
P P
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1D
â@y1 uŒ 2D
â@y2 uŒ
+ + P HxL@y1 uŒ 1 + y2 u2 D + y1 u1 + y2 u2 = f HxL
Œ Œ Œ Œ Œ
âx âx
â@y1 uŒ1 + y2 u2 D
Œ
+ P HxL@y1 uŒ1 + y2 u2 D + y1 u1 + y2 u2 = f HxL
Œ Œ Œ Œ Œ
âx
Hipótese adicional: y1 uŒ Œ
1 + y2 u2 = 0 ficando
y1 u1 + y2 u2 = f HxL
Œ Œ Œ Œ
y1 uŒ Œ
1 + y2 u2 = 0
Pela regra de Cramer:
w1 -y2 f HxL w2 y1 f HxL
uŒ
1 = = ; uŒ2 = = onde
w w w w
w= Œ Œ ¤; w1= ¤ ; w2= Œ ¤
y1 y2 0 y2 y1 0
y1 y2 f HxL yŒ2 y 1 f HxL
As funções u1 e u2 ficam:
y2 f HxL y1 f HxL
u1=-Ù â x; u2=Ù âx
w w
e w é o Wronskiano de y1 e y2, finalmente
y2 fHxL y1 fHxL
yP = -y1 à âx + y2 à âx
w w
e
y = yP + yh
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Exemplo 5
Resolva as seguintes equações diferenciais:
aL y" - 4 y' + 4 y = Hx + 1L e2 x
bL 4 y" + 36 y = Csc3x