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Pilares PDF
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9
9.1 Definição
NBR 6118, item 14.4.1.2:
Pilares: Elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de compressão são preponderantes.
l l
Md Md
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia dos itens 15.2 e 15.3 da NBR 6118.
2
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.4 da NBR 6118.
2003 9-1 ufpr/tc405
não se mantêm retilíneos, surgindo aí efeitos locais de 2ª ordem que, em princípio, afetam
principalmente os esforços solicitantes ao longo delas.
9.3.2 Estruturas de Nós Fixos e Estruturas de Nós Móveis
As estruturas são consideradas, para efeito de cálculo, como de nós fixos quando os
deslocamentos horizontais dos nós são pequenos, e, por decorrência, os
efeitos globais de 2ª ordem são desprezíveis (inferiores a 10% dos
respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas, basta considerar
os efeitos locais e localizados de 2ª ordem (Figura 9.2).
9.3.3 Contraventamento
Por conveniência de análise, é possível identificar, dentro da estrutura, subestruturas que,
devido à sua grande rigidez a ações
elemento subestrutura de horizontais, resistem à maior parte dos
contraventado contraventamento esforços decorrentes dessas ações. Essas
subestruturas são chamadas
subestruturas de contraventamento. Os
elemento elementos que não participam da
contraventado subestrutura de contraventamento são
chamados elementos contraventados. As
subestruturas de contraventamento podem
caixa de ser de nós fixos ou de nós moveis, de
elevador ou acordo com o estabelecido em 9.3.2
pilar parede (Figura 9.4).
O valor limite 0,6 prescrito para n ≥ 4 é, em geral, aplicável às estruturas usuais de edifícios.
Pode ser adotado para associações de pilares-parede, e para pórticos associados a
pilares-parede. Pode ser aumentado para 0,7 no caso de contraventamento constituído
exclusivamente por pilares-parede, e deve ser reduzido para 0,5 quando só houver pórticos.
Exemplo 9.1: Classificar a estrutura abaixo representada de acordo com seu parâmetro de
instabilidade α. A estrutura corresponde a um pórtico constituído por vigas e
pilares de seção retangular.
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.5 da NBR 6118.
2003 9-3 ufpr/tc405
Dados:
– concreto: C25;
– seção transversal dos pilares: 20 cm x 40 cm (na direção das solicitações
horizontais);
– seção transversal das vigas: 20 cm x 50 cm (na direção das solicitações
horizontais);
– vão entre pilares: 5 m;
– diferença de cota entre pisos: 3 m;
– carga acidental da cobertura: qk,cob = 3 kN/m;
– carga permanente da cobertura: gk,cob = 12 kN/m;
– carga acidental do pavimento tipo: qk,tipo = 5 kN/m;
– carga permanente do pavimento tipo: gk,tipo = 15 kN/m; e
– carga do vento: qk,vento = 5 kN/m.
20x50 (cob)
20x50 (tipo)
3m
20x50 (tipo)
12 m
20x50 (tipo)
5m 5m
Solução: O parâmetro de instabilidade α fica definido pela Equação 9.1 (página 9-3). Por
se tratar de um pórtico, e sendo n = 4, o valor limite de α deve ser tomado igual a
0,5.
a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN/cm 2 C25
E ci = 5 600 fck = 5 600 25 = 28 000 MPa = 2 800 kN/cm 2 módulo de elasticida de
Ecs = 0,85 Eci = 0,85 × 2 800 = 2 380 kN/cm 2 módulo de elasticida de secante
Htot = 12,0 m = 1200 cm altura total
n=4 número de andares acima da fundação
α lim = 0,5 n = 4, pórtico simples
b. Determinação de Nk
Deve ser observado que as equações de cálculo para as ações, conforme
estabelecido em 3.3 (???), não se aplicam na determinação do parâmetro α.
Especificamente para este caso, Fd não existe, resultando:
Fk = Fgk + Fεgk + Fqk + Fεqk somente cargas verticais ,
constituindo-se na combinação de ações para da determinação de α.
3 + 12 = 15 kN/m (cobertura)
5 + 15 = 20 kN/m (tipo)
12 m
forças horizontais e
momentos fletores
não mostrados
7,2 mm 7,2 mm
5 kN/m 20x50 5 kN/m
20x50
20x50
12 m
20x50
5m 5m
20 × 166 3
Ic = = 7 623 827 cm2
12
750
α = 1200 = 0,24 < 0,5 ⇒ estrutura de nós fixos
2 380 × 7 623 827
9.4.2 Coeficiente γz
O coeficiente γz de avaliação da importância dos esforços de segunda ordem global é válido
para estruturas reticuladas de no mínimo quatro andares. Ele pode ser determinado a partir dos
resultados de uma análise linear de primeira ordem, para cada caso de carregamento,
adotando-se os seguintes valores de rigidez:
1
FTOOL ⇒ programa destinado ao ensino do comportamento estrutural de pórticos planos, desenvolvido
por Luiz Fernando Martha do Departamento de Engenharia Civil da Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro (PUC-Rio) [www.tecgraf.puc-rio.br/ftool].
2003 9-5 ufpr/tc405
lajes (EI)sec = 0,3 Eci Ic
20x50 (tipo)
3m
20x50 (tipo)
12 m
20x50 (tipo)
5m 5m
Solução: O parâmetro de instabilidade γz fica definido pela Equação 9.3 (página 9-6), com
as rigidez de vigas e pilares definidas pela Equação 9.2 (página 9-6).
a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm)
fck = 25 MPa = 2,5 kN/cm 2 C25
E ci = 5 600 fck = 5 600 25 = 28 000 MPa = 2 800 kN/cm 2 módulo de elasticida de
b. Rigidez equivalente das vigas e pilares (Equação 9.2)
[(EI)sec ] viga = 0,4 Eci Ic = (1
0,4 Eci )Ic
424 3
E c ,viga
28 kN/m (tipo)
12 m
5m 5m
12,0 m ∆x
9,0 m
6,0 m
3,0 m
0,0 m
n prumadas de pilares
Figura 9.6 – Imperfeições geométricas global
1
θ1 =
100 H
1
400 estruturas de nós fixos
Equação 9.4
1
≥ θ1 ≥
200 1
300 estruturas de nós móveis
1
1+
n Equação 9.5
θa = θ1
2
onde:
H é a altura total da edificação, em metros; e
n é o número total de elementos verticais contínuos.
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 11.3.3.4 da NBR 6118.
2003 9-9 ufpr/tc405
NBR 6118, item 11.3.3.4.b:
O desaprumo não deve necessariamente ser superposto ao carregamento de vento.
Entre os dois, vento e desaprumo, pode ser considerado apenas o mais desfavorável,
que pode ser definido através do que provoca o maior momento total na base de
construção.
Exemplo 9.3: Determinar o desaprumo da estrutura abaixo representada. Considerar estrutura
de nós fixos e móveis.
12 m θa
Solução: O desaprumo fica definido pela Equação 9.4 (página 9-9) e Equação 9.5
(página 9-9).
a. Dados
H = 12 m altura total da estrutura
n=3 número total de elementos verticais contínuos
b. θ1 para estrutura de nós fixos
1 1
≥ θ1 ≥ ⇒ estrutura de nós fixos
200 400
1
θ1 =
100 H
1 1
θ1 = = OK
100 12 346
c. θa para estrutura de nós fixos
1
1
1+
θa = θ1 n
2 424
1
1+
1 3 = 1
θa =
346 2 424
d. θ1 para estrutura de nós móveis
1 1
≥ θ1 ≥ ⇒ estrutura de nós móveis
200 300
1 1 1 1 1
θ1 = = < ⇒ θ1 =
100 12 346 300 300
e. θa para estrutura de nós móveis 367
1
1+
1 3 = 1
θa =
300 2 367
Elemento de
travamento
θ1
θ1
Hi
Hi/2
θ1
e1
Nd
Exemplo 9.4: Determinar o valor de excentricidade mínima de 1ª ordem (e1) para um pilar cuja
seção transversal tem altura (h) igual a 40 cm. Este pilar poderá ter altura (Hi)
variando entre 7 e 14 m.
e1
Hi
O modo simplificado de representar o momento total M1d,min de primeira ordem está mostrado
na Figura 9.10.
Nd Nd
M1d,mim
A A
le le
B B
M1d,min
Nd Nd
Nd Nd Nd
M1d,A > M1d,B M1d,A M1d,min
A A A
le le ou le
B B B
M1d,B M1d,B M1d,B
Nd Nd Nd
M1d,A ≥ M1d,min M1d,A < M1d,min
eixo da viga
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.6 da NBR 6118.
2
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.8 da NBR 6118.
2003 9-14 ufpr/tc405
No caso de pilar engastado na base e livre no topo, o valor de le deve ser tomado igual a 2l
(Figura 9.12). Nos demais casos adotar os valores calculados
conforme 9.5 (Equação 9.10).
le = 2l
Exemplo 9.5: Estabelecer os índices de esbeltez (λ) para pilares de seção retangular e
circular.
Solução: Os índices de esbeltez (λ) ficam definidos pela Equação 9.11 (página 9-14). Para
a seção retangular devem ser observados os valores dos raios de giração
(momentos de inércia) nas duas direções.
a. Seção retangular
hx
hy
le
y
hy × h3x
Ix = rigidez na direção x ⇒ possível flambagem na direção x 1
12
hx × h3y
Iy = rigidez na direção y ⇒ possível flambagem na direção y 2
12
A c = hx × hy área da seção transversa l do pilar
1
Observar que o momento de inércia Ix é referido a direção x. Corresponde ao momento de inércia Iyy da
Resistência dos Materiais (momento de inércia em torno do eixo yy).
2
Observar que o momento de inércia Iy é referido a direção y. Corresponde ao momento de inércia Ixx da
Resistência dos Materiais (momento de inércia em torno do eixo xx).
2003 9-15 ufpr/tc405
hy × h3x
Ix 12 = hx
ix = = raio de giração na direção x
Ac hx × hy 12
hx × h3y
Iy 12 = hy
iy = = raio de giração na direção y
Ac hx × hy 12
le l l l
λx = = e = 12 e = 3,46 e índice de esbeltez na direção x
ix h x hx hx
12
l l l l
λ y = e = e = 12 e = 3,46 e índice de esbeltez na direção y
iy h y hy hy
12
Caso os comprimentos equivalentes sejam diferentes nas direções x e y (lex ≠ ley), os
valores de λ resultam:
l ex
λ x = 3,46
hx
l ey
λ y = 3,46 eixo de viga
hy no plano yz
eixo de viga
eixo do z no plano xz
pilar (z)
ley1
deformada do
pilar no plano yz distancia entre
vigas no plano yz
ley2
deformada do lex
pilar no plano xz
y
dimensão do pilar distancia entre
na direção y vigas no plano xz
hy
x
hx
dimensão do pilar
na direção x
A deformada pilar se dará no plano xz (flambagem na direção x) se λx > λy. Caso
contrário (λy > λx), a deformada pilar se dará no plano yz (flambagem na direção y).
b. Seção circular
π × d4
I= rigidez em qualquer direção
64
B
M1,B
M1,B
α b = 0,60 + 0,40
M1,A
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.8.2 da NBR 6118
2003 9-17 ufpr/tc405
a.2 momentos de sinais diferentes (não tracionam a mesma face)
B
M1,B
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1,A
M1,A
M1,B
C
M1,C
A M1,A
M1,C
α b = 0,80 + 0,20 ≥ 0,85
M1,A
PILAR 1 PILAR 2
M1,B
N
Como pode ser observado, a interpretação do item 15.8.2 da NBR 6118/2003, referente à
determinação de λ1, requer alguns cuidados. A NBR 6118/1980 era bem mais precisa neste
assunto.
NBR 6118/1980:
“4.1.1.3 Compressão por força normal Fd (barras isoladas)
.......................
A consideração ou não consideração, no cálculo, do efeito das deformações
obedecerá ao seguinte critério:
− quando λ ≤ 40, este efeito pode ser desprezado;
− quando λ > 40, o efeito das deformações será obrigatoriamente
considerado (teoria de 2ª ordem).”
2003 9-20 ufpr/tc405
Como pode ser visto houve uma mudança muito grande entre a edição da NBR 6118 de
1980 e a de 2003 no que se refere à consideração ou não dos efeitos de 2ª ordem em barras
isoladas. Pela edição de 1980 o valor correspondente de λ1 ficaria limitado a 40 enquanto que a
edição de 2003 prevê um valor limite de 90 (Equação 9.12). Em caso de dúvida, considerar
sempre αb da NBR 6118/2003 igual a 1,00, o que levaria a valores de λ1 mais próximos do
recomendado pela NBR 6118/1980.
Exemplo 9.6: Verificar, para o pilar abaixo indicado, se os efeitos de 2ª ordem devem ser
considerados. O pilar tem dimensão igual a 20 cm na direção x (onde atuam os
momentos fletores) e 40 cm na direção y.
Nd = 400 kN
z
Md = 20 kNm
A
deformada no plano xz
(direção x), pela ação
dos momentos fletores
lex = 4,2 m
lex
B x hy
Md = 15 kNm
x
hx
Nd = 400 kN
M1xd,A 2000
e1x = e1x,A = = = 5,00 cm
Nd 400
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40 (item 9.7.1.a.2, página 9-18)
M1, A
M1xd,B
αbx = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1xd,A
1500
αbx = 0,60 − 0,40 × = 0,30 < 0,40 ⇒ α bx = 0,40 (direção x)
2000
35
e ≥ α
25 + 12,5 1
b
λ1 = h
αb
≤ 90
35
25 + 12,5
e1x ≥ α
hx bx
λ1x =
αbx
≤ 90
35
25 + 12,5 ×
5,0
≥ 0,40 = 87,5
20,0
λ1x = = 70,3 ⇒ λ1x = 87,5 (direção x)
0,40
≤ 90
λ x < λ1x ⇒ não considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
72,7 87,5
Como pode ser observado, na direção x, pela versão anterior (1980) da NBR 6118,
teriam que ser considerados os efeitos de 2ª ordem porque o valor de λx resultou maior que
40. Pela atual versão (2003) da NBR 6118, esta consideração é desnecessária porque o
valor de λx resultou menor que λ1x.
d. Determinação de λ1 na direção y
M1yd,A < M1yd,min ⇒ αby = 1,0 (item 9.7.1.a, página 9-17)
123 123
0 kNm 10,8 kNm
M1yd, A 0
e1y = e1y,A = = = 0,0 cm
Nd 400
M1d,A ≥ M1d,min
sendo M1d,min definido pela Equação 9.7.
A curvatura na seção crítica pode ser avaliada pela expressão aproximada:
1 0,005 0,005
= ≤
r h (ν + 0,5) h
Equação 9.18
Nd
ν=
A c fcd
onde:
h é a altura da seção do pilar na direção considerada; e
ν é a força normal adimensional
O momento M1d,A e o coeficiente αb têm as mesmas definições estabelecidas em 9.7.1,
sendo M1d,A o valor de cálculo de 1ª ordem do momento M1,A. O momento M1d,min tem o significado
e o valor estabelecidos em 9.5.3.
Exemplo 9.7: Determinar o valor de Md,tot para o pilar abaixo indicado. Esse pilar, de seção
constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo, tem dimensão
igual a 40 cm na direção do plano onde atuam os momentos fletores (direção x)
Nd = 600 kN
z
Md = 20 kNm
A
deformada no plano xz
(direção x)
lex = 6,0 m
lex
B x hy
Md = 15 kNm
x
hx
Nd = 600 kN
M1xd,A 2000
e1x = e1x,A = = = 3,33 cm
Nd 600
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40 (item 9.7.1.a.2, página 9-18)
M1, A
M1xd,B
αbx = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1xd,A
1500
αbx = 0,60 − 0,40 × = 0,30 < 0,40 ⇒ α bx = 0,40 (direção x)
2000
35
e ≥ α
25 + 12,5 1
b
λ1 = h
αb
≤ 90
35
e
25 + 12,5 1x ≥ α
hx bx
λ1x =
αbx
≤ 90
35
25 + 12,5 ×
3,33
≥ 0,40 = 87,5
40,0
λ 1x = = 65,1 ⇒ λ 1x = 87,5 (direção x)
0,40
≤ 90
λ{x < λ{1x ⇒ não considerar efeitos de 2ª ordem
51,9 87,5
Mxd,tot 2 000
e x,tot = = = 3,33 cm (direção x)
Nd 600
d. Determinação de λ1 na direção y
M1yd, A < M1yd,min ⇒ αby = 1,0 (item 9.7.1.a, página 9-17)
123 1 424 3
0 kNm 13,5 kNm
M1yd,A 0
e1y = e1y,A = = = 0,0 cm
Nd 600
3002 1
Myd,tot = (1,0 × 1350) + 600 × × = 2 430 kNcm > 1350 kNcm OK
10 5 000
Myd,tot 2 430
e y,tot = = = 4,05 cm (direção y)
Nd 600
g. Condições de dimensionamento
y y
600 kN
600 kN 4,05 cm
x x
25 cm 25 cm
3,33 cm
40 cm 40 cm
6002 1
Mxd,tot = (0,40 × 2 000) + 600 × × = 3 500 kNcm > 2 000 kNcm OK
10 8 000
M1d,tot 3 500
e x,tot = = = 5,83 cm (direção x)
Nd 600
Md = 20 kNm
A
deformada no plano xz
(direção x)
lex = 6,0 m
lex
B x hy
Md = 15 kNm
x
hx
Nd = 600 kN
M1xd,A 2000
e1x = e1x,A = = = 3,33 cm
Nd 600
M1,B
αb = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40 (item 9-17.a.2, página 9-18)
M1, A
M1xd,B
αbx = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40
M1xd,A
1500
αbx = 0,60 − 0,40 × = 0,30 < 0,40 ⇒ α bx = 0,40 (direção x)
2000
35
e ≥
25 + 12,5 1 αb
λ1 = h
αb
≤ 90
35
e
25 + 12,5 1x ≥ α
hx bx
λ1x =
αbx
≤ 90
35
25 + 12,5 ×
3,33
≥ 0,40 = 87,5
40,0
λ 1x = = 65,1 ⇒ λ 1x = 87,5 (direção x)
0,40
≤ 90
λ x < λ 1x ⇒ não considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
51,9 87,5
Mxd,tot 2 000
e x,tot = = = 3,33 cm (direção x)
Nd 600
M1yd,A 0
e1y = e1y,A = = = 0,0 cm
Nd 600
35
25 + 12,5 ×
0,0
≥ 1,0 = 35,0
25,0
λ 1y = = 25,0 ⇒ λ 1y = 35,0 (direção y)
1,0
≤ 90
λ y > λ 1y ⇒ considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
41,5 35,0
α by = 1,0
λ y = 41,5
h y = 25 cm
ν = 0,42
M1d,A
αM
Md,tot = b 1d2,A ≥
λ
1−
κ
120
ν M1d,min
M1yd,A
αby M1yd,A 1,0 ×1350
Myd,tot = 2
≥ ⇒ Myd,tot = ≥ 1350kNcm
λy 41,52
1− 1−
κy κ
120 M1yd,min 120 × y
ν 0,42
1350
Myd,tot = ≥ 1350kNcm
6,028
1−
κy
M
κ = 321 + 5 d,tot ν
h Nd
Myd,tot Myd,tot
κ y = 321 + 5 ν = 321 + 5
× 0,42
h N 25 × 600
y d
Myd,tot
κ y = 13,44 +
223,214
M1d, A
321 + 5 ν
h Nd
κinicial >
νλ2
100
κ y,inicial = 19,488
1ª tentativa: κy = 19,488
1350
M yd,tot =
6,028
1−
κy
1350
Myd,tot = = 1955 kNcm
6,028
1−
19,488
Myd,tot
κ y = 13,44 +
223,214
1955
κ y = 13,44 + = 22,198
223,214
19,488 + 22,198
κ y,med = = 20,843
2
2ª tentativa: κy = 20,843
1350 1955 − 1899
Myd,tot = = 1899 kNcm ⇒ ∆Myd,tot = = 2,9%
6,028 1955
1−
20,843
1899
κ y = 13,44 + = 21,949
223,214
20,843 + 21,949
κ y,med = = 21,396
2
3ª tentativa: κy = 21,396
1350 1899 − 1880
M yd,tot = = 1880 kNcm ⇒ ∆ Myd,tot = = 1,0%
6,028 1899
1−
21,396
1880
κ y = 13,44 + = 21,862
223,214
21,396 + 21,862
κ y,med = = 21,629
2
4ª tentativa: κy = 21,629
1350 1880 − 1872
Myd,tot = = 1872kNcm ⇒ ∆ Myd,tot = = 0,4% OK
6,028 1880
1−
21,629
Se fosse necessária uma precisão de 0,00%, os resultados corresponderiam a
Myd,tot = 1866 kNcm e κy = 21,799.
M yd,tot = 1872kNcm > 1350 kNcm OK
Myd,tot 1872
e y,tot = = = 3,12 cm (direção y)
Nd 600
600 kN
600 kN 3,12 cm
x x
25 cm 25 cm
3,33 cm
40 cm 40 cm
Observar que, para estas características de pilar, o método do Pilar Padrão com
Curvatura Aproximada mostrou-se mais conservador que o método do Pilar Padrão com
Rigidez κ Aproximada. O valor de Myd,tot resultou em 2 430 kNcm para a Curvatura
Aproximada (Exemplo 9.7, página 9-23) e em 1 872 kNcm para a Rigidez κ Aproximada.
g. Cálculo mais conservador na direção x (NBR 6118/1980)
Como pode ser observado, na direção x, não foram considerados os efeitos de
2ª ordem. Se o limite para consideração de efeitos de 2ª ordem for tomado igual a 40
(NBR 6118/1980), e tendo em vista que λx resultou em 51,9, a seqüência de cálculo, na
direção x, resultaria:
- Determinação do momento total na direção x
M1xd, A > M1xd,min ⇒ M1xd, A = 20 kNm = 2 000 kNcm
123 1 424 3
20 kNm 16,2 kNm
αbx = 0,40
λ x = 51,9
h x = 40 cm
ν = 0,42
M1xd,A
αbx M1xd,A 0,4 ×2 000
Mxd,tot = 2
≥ ⇒ Mxd,tot = 2
≥ 2 000kNcm
λx 51 ,9
1− 1−
κx κy
120 M 120 ×
ν 1xd,min 0,42
800
M xd,tot = ≥ 2 000 kNcm
9,428
1−
κx
Mxd,tot Mxd,tot
κ x = 321 + 5 ν = 321 + 5 × 0,42
h x Nd 40 × 600
Mxd,tot
κ x = 13,44 +
357,143
M x1d,A 2 000
321 + 5 ν 321 + 5 × × 0,42 = 19,040
h x Nd 40 × 600
κ x,inicial > ⇒ κ x,inicial >
νλ2x 0,42 × 51,9 2
= 11,313
100 100
κ x,inicial = 19,040
9.7.2.4 Método do Pilar Padrão para Pilares de Seção Retangular Submetidos à Flexão
Composta Obliqua
Quando a esbeltez de um pilar de seção retangular submetido à flexão composta oblíqua for
menor que 90 (λ < 90) nas duas direções principais, pode ser aplicado o processo aproximado
descrito no item 9.7.2.3 (Pilar Padrão com Rigidez κ Aproximada) simultaneamente em cada uma
das duas direções.
A amplificação dos momentos de 1ª ordem em cada direção é diferente pois depende de
valores distintos de rigidez e esbeltez.
Uma vez obtida a distribuição de momentos totais, de 1ª e 2ª ordem, em cada direção, deve
ser verificada, para cada seção ao longo do eixo, se a composição desses momentos solicitantes
Nd = 800 kN
Mxd = 15 kNm
Myd = 15 kNm
ly = 5,0 m
lx = 5,0 m
Myd = 25 kNm
hy = 40 cm
Mxd = 10 kNm
x
hx = 20 cm
Nd = 800 kN
Md = 15 kNm
A
deformada no plano xz
(direção x)
lex = 5,0 m
lex
B x hy
Md = 10 kNm
x
hx
Nd = 800 kN
M1xd, A 1500
e1x = e1x,A = = = 1,88 cm
Nd 800
α bx = 1,0
λ x = 86,5
h x = 20 cm
ν = 0,467
M1xd,A
α M , A 1,0 ×1680
Mxd,tot = bx 1xd2
≥ ⇒ Mxd,tot = ≥ 1 680kNcm
λx 86,52
1− 1−
κ κy
120 x M 120 ×
ν 1xd,min 0,467
1680
Mxd,tot = ≥ 1680 kNcm
29,118
1−
κx
M Mxd,tot
κ x = 321 + 5 xd,tot ν = 321 + 5 × 0,467
hx Nd 20 × 800
Mxd,tot
κ x = 14,944 +
214,133
Mx1d, A 1680
321 + 5 ν 321 + 5 × 20 × 800 × 0,467 = 22,790
h N
x d
κ x,inicial > ⇒ κ x,inicial >
νλ2x 0,467 × 86,52
= 34,942
100 100
κ x,inicial = 34,942
1ª tentativa: κx = 34,942
1680
Mxd,tot = = 10 080 kNcm
29,118
1−
34,942
10 080
κ x = 14,944 + = 62,018
214,133
34,942 + 62,018
κ x,med = = 48,480
2
Md = 15 kNm
B
deformada no plano yz
(direção y)
ley = 5,0 m
ley
A y hx
Md = 25 kNm
y
hy
Nd = 800 kN
M1yd,A = 25 kNm = 2 5000 kNcm (plano yz)
M1yd,B = 15 kNm = 1500 kNcm (plano yz)
M1yd,min = 21,6 kNm = 2160 kNcm
M1yd,A 2 500
e1y = e1y,A = = = 3,13 cm
Nd 800
M1yd,B
αby = 0,60 − 0,40 ≥ 0,40 (item 9.7.1.a.2, página 9-18)
M1yd,A
1500
αby = 0,60 − 0,40 × = 0,36 < 0,40 ⇒ α by = 0,40 (direção y)
2500
35
25 + 12,5 ×
3,13
≥ 0,40 = 87,5
40,0
λ1y = = 64,95 ⇒ λ1y = 87,5 (direção y)
0,40
≤ 90
λ y < λ1y ⇒ não considerar efeitos de 2ª ordem
{ {
43,3 87,5
Mxd,tot 2 500
e x,tot = = = 3,13 cm (direção x)
Nd 800
y
e. Condições de dimensionamento
20 cm
Observar que os sinais dos momentos fletores (sinais das excentricidades) não foram
considerados na tabela acima. Isto se deve ao fato da obrigatoriedade do pilar ter seção
constante, ser simétrico na geometria e na distribuição de armadura. Desta forma o par de
excentricidades pode atuar em qualquer quadrante que, devido às simetrias, o resultado do
dimensionamento da armadura será sempre o mesmo.
Por outro lado, a NBR 6118 solicita que o dimensionamento da armadura seja feito
em três seções distintas: topo, intermediária e base. Neste caso o dimensionamento
poderá ser feito somente para a seção intermediaria porque as excentricidades,
simultaneamente, são maiores que nas demais seções. Na direção x, 7,10 da
intermediaria > 2,10 do topo e da base. Na direção y, 3,13 da intermediaria = 3,13 da
base > 2,70 do topo. Como as excentricidades maiores ocorrem simultaneamente na seção
intermediaria, basta fazer o dimensionamento para esta seção.
− a tensão nas armaduras deve ser obtida a partir dos diagramas tensão-deformação,
com valores de cálculo, definidos em 3.5.2.3 (???) e 4.2.2 (???); e
− o estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na seção
transversal pertencer a um dos domínios definidos na Figura 9.13.
encurtamentos
εc = 3,5‰
εc = 2‰
d’
As’ (3/7)h
d
a
2 3
1 4 (4/7)h
As 5 b
4a
εs = εyd
εs = 10‰
alongamentos
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 17.3.4.3 da NBR 6118.
2003 9-40 ufpr/tc405
y
MSxd = NSd x ex
ex NSd
σc
εsi
y = 0,8 x
Asi, xsi, ysi d
εs
n
MRxd = NRd × e x = ∫∫ σc x dx dy + ∑ A si σsi xsi
Acc i =1
Equação 9.25
n
MRyd = NRd × e y = ∫∫ σc y dx dy + ∑ A si σsi ysi
Acc i =1
diagrama de
interação NRd, MRxd diagrama de interação
(flexão normal NRd, MRxd, MRyd
composta) (flexão obliqua
composta)
MRyd
MRxd
1
Acesso aos programas pelo www.cesec.ufpr.br/concretoarmado.
2003 9-42 ufpr/tc405
e
µ=ν
h
A s fyd
3
ω=
A c fcd
2 zona de
segurança
1
Nd
ν=
A c fcd
compressão tração
Figura 9.16 – Ábaco para flexão normal composta
0,5 As
3 cm Nd = NSd = 1289 kN
Nd e = 20 cm
e
54 cm
0,5 As
3 cm
20 cm
Solução: A solução do problema consiste na aplicação direta do ábaco A-1 apresentado
em Dimensionamento de Peças Retangulares de Concreto Armado Solicitadas à
Flexão Reta, W. S. Venturini, EESC/USP. A armadura mínima deve ser
verificada pela Equação 9.21 (página 9-40) e a armadura máxima com a
Equação 9.22 (página 9-40).
a. Dados - uniformização de unidades (kN e cm)
fck 25
fcd = = = 17,9 MPa = 1,79 kN / cm2
γ c 1,4
f 500
fyd = yk = = 435 MPa = 43,5 kN / cm2
γ s 1,15
h = 60 cm
e 0,5 As
µ=ν
ω = 0,30 h d’
ω = 0,40 Nd
e
h
ω = 0,32
0,5 As
0,20
d’
b
Nd 0,60
ν=
A c fcd compressão tração
A s fyd
ω=
A c fcd
A × 43,5
0,32 = s ⇒ A s = 15,80 cm2 (8 φ 16mm = 16,08 cm2 )
1200 × 1,79
3 cm
Nd
Nd = 1289 kN
e
14 cm
e = 2,1 cm
3 cm
60 cm
ν = 0,60
e 2,1
µ = ν = 0,60 × = 0,063
h 20
Utilizando o ábaco A-12, obtém-se ω = 0,00
e
µ=ν
h
d’
ω = 0,00 Nd
e
h
d’
0,063
b
Nd 0,60
ν=
A c fcd compressã tração
Nd ey Nd
ν= = 1,0 µy = ν ν= = 0,8
A c fcd hy A c fcd
1
ex
µx = ν
hx
A s fyd
zona de ω=
segurança A c fcd
Nd Nd
ν= = 1,2 ν= = 1,4
A c fcd A c fcd
4 cm
ex
Nd = 573 kN (NSd)
ex = 5 cm
Nd
ey ey = 15 cm
32 cm hx = 20 cm
x
hy = 40 cm
d’x = 4 cm (0,20 hx)
d’y = 4 cm (0,10 hy)
4 cm
(d’y) 12 cm
4 cm 4 cm
(d’x)
ey
µy = ν
hy Mxd d’x
Mxd = Nd ex
0,10 Myd = Nd ey d’y
ey Nd
ex
µx = ν
hx ey
ω = 0,40 0,15 hy
Myd
ω = 0,42
ω = 0,50
hx
ν = 0,4
A s fyd φ 20 mm
ω=
A c fcd
A s × 43,5
0,42 = ⇒ A s = 13,83 cm2 ( 6 φ 20 mm = 18,84 cm2 )
800 × 1,79
> 3,20 cm2 40 cm
A s = 18,84 cm2 OK
< 32,0 cm2
20 cm
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 15.7 da NBR 6118.
2003 9-48 ufpr/tc405
esforços horizontais da combinação de carregamento considerada por 0,95 γz. Esse processo só é
válido para γz ≤ 1,3.
9.9.2 Consideração Aproximada da Não-Linearidade Física
Para a análise dos esforços globais de 2ª ordem, em estruturas reticuladas com no mínimo
quatro andares, pode ser considerada a não-linearidade física de maneira aproximada,
tomando-se como rigidez dos elementos estruturais os valores seguintes:
lajes : (EI)sec = 0,3 Eci Ic
1
O texto relativo a esta seção é, basicamente, uma cópia do item 18.4 da NBR 6118
2
Seção 21 da NBR 6118.
2003 9-49 ufpr/tc405
− 20 mm;
− diâmetro da barra, do feixe ou da luva; e
− 1,2 vezes o diâmetro máximo do agregado.
Para feixes de barras, deve-se considerar o diâmetro do feixe φn = φ n½.
Esses valores aplicam-se também às regiões de emendas por traspasse de barras.
Quando estiver previsto no plano de concretagem o adensamento através de abertura
lateral na face da forma, o espaçamento das armaduras deve ser suficiente para permitir a
passagem do vibrador.
O espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras, deve ser
menor ou igual a duas vezes a menor dimensão no trecho considerado, sem exceder 400 mm.
9.10.2 Armaduras transversais
A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por
grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua
colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.
O diâmetro dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do diâmetro da
barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura longitudinal.
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para garantir
o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a costura das emendas
de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser igual ou inferior ao menor dos seguintes
valores:
− 200 mm;
− menor dimensão da seção; e
− 24 φ para CA-25, 12 φ para CA 50.
Pode ser adotado o valor φt < φ/4 desde que as armaduras sejam constituídas do mesmo
tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação
φ2 1
smax = 9000 t (fyk em MPa)
φ fyk
Quando houver necessidade de armaduras transversais para cortantes e torção, esses
valores devem ser comparados com os mínimos especificados no item (???) para vigas,
adotando-se o menor dos limites especificados.
9.12 Exercícios
Ex. 9.1: Dimensionar e detalhar as armaduras (longitudinal e transversal) para o pilar de
seção transversal como abaixo indicado, de altura igual a 7 m (comprimento de flambagem),
sujeito a uma carga axial centrada de cálculo (Nd) de 4000 kN.
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de
carregamento;
− concreto: C25; 60 cm
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm; e
− diâmetro da armadura longitudinal: 16 mm.
Ex. 9.2 Determinar o diâmetro da armadura para a seção transversal do pilar abaixo
representado, de altura igual a 4 m (comprimento de flambagem), sujeito a
uma carga axial centrada de cálculo (Nd) de 1716 kN. 30 cm
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 3 cm; 40 cm
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm; e
− armadura longitudinal: 8 φ.
Nd x
30 cm
ley = 2 m
40 cm
lex = 5 m
y y
hy Nd x
30 cm
x
hx
40 cm
ley = 2,5 m y
lex = 5,0 m Nd x
25 cm
y
50 cm
hy
x
hx
Ex. 9.7: Os pilares P01 e P02 foram executados com o mesmo tipo de aço e o mesmo
concreto e têm as características geométricas indicadas abaixo. Os dois pilares suportam forças
normais centradas, sendo a carga do pilar P02 dez por cento maior que a carga do pilar P01.
Nestas condições, determinar a armadura necessária para o pilar P02, considerando as
distribuições de barras conforme indicadas na figura.
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 2,5 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 0,53 mm;
− altura do pilar P01 (comprimento de flambagem): 3,0 m;
− altura do pilar P02 (comprimento de flambagem): 2,5 m;
− taxa de armadura longitudinal (ρ) do pilar P01: 1,75%; e
− carga (NSd) atuante no pilar P01: 1400 kN (centrada).
30 cm
75 cm
X X
60 cm
P01 P02
25 cm
Ex. 9.8: O pilar central P2 de um edifício recebe, em cada nível, as reações de apoio das
vigas V1, V2, V3 (pavimento tipo) e V4 (cobertura). Sabendo-se que, em cada lance, o peso
próprio do pilar pode ser avaliado como sendo igual a 1% da força normal acumulada atuante no
seu topo, pede-se:
a. o valor da força normal de cálculo, suposta centrada, atuante no primeiro lance do pilar
P2 (carga atuante no pilar situado abaixo da V1);
b. o dimensionamento da seção transversal do primeiro lance (definição de hx),
prevendo-se uma taxa geométrica de armadura em torno de 2%; e
c. o dimensionamento da armadura para a carga estabelecida no item a, com hx definido
no item b.
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− concreto: C20;
− aço: CA-50; e
− reações das vigas:
― V4: 300 kN;
― V1 = V2 = V3: 400 kN.
z
V4 (cob)
y
4º lance 3m
V3 (tipo)
hx
3º lance 3m
V2 (tipo)
V1, V2, V3 e V4
20 cm
x 2º lance 3m
V1 (tipo)
1º lance 3m
V?
P1 P2 P3 x
Seção Transversal
Pilar P2
Elevação do Edifício
z z
100 kNm
I
3,0 m
100 kNm J
6,0 m
154 kNm
3,0 m
K
x y 154 kNm
60 cm 30 cm Diagrama Md
Elevações Momentos atuantes
no plano yz
y
30 cm
x
60 cm
Seção Transversal
ley = 2,8 m y
lex = 5,6 m Nd x
30 cm
y
hx
hy
x
hx
Ex. 9.11: Determinar a armadura longitudinal do pilar indicado abaixo, sabendo que a força
normal de cálculo (Nd), no lance em questão, é de 2250 kN e que o momento fletor de cálculo
transferido pela viga V1 ao pilar (MSd - momento fletor atuante no plano y), tanto no piso superior
quanto no piso inferior, é de 125 kNm. A armadura do pilar deverá ser distribuída uniformemente
ao longo das faces paralelas ao eixo y (metade em cada face de 50 cm).
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm; e
− diâmetro da armadura longitudinal: 16 mm.
30 cm
V1 V2
V2 y
A
50 cm x
Pilar
V1
2,80 m
Planta 30 cm
A
B
solicitações
Elevação
125 kNm y
B
x
2250 kN
Ex. 9.12: As cargas Nd1, Nd2 e Nd3 atuam simultaneamente sobre o eixo x, tal como indicado
na figura. Admitindo que a armadura longitudinal As seja distribuída igualmente em dois lados
(paralelos ao eixo x), determine o máximo valor admissível para o conjugado Nd2 e Nd3.
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 5 mm;
− armadura longitudinal: 10 φ 16 mm;
− altura do pilar (comprimento de flambagem): 3,2 m; e
− carregamento axial (Nd1): 1290 kN;
Obs:
√ admitir dx’/hx = 0,10 e d’y/hy = 0,20.
Nd1
Nd2 Nd3 = - Nd2
0,5 As
x
25 cm
60 cm 0,5 As
Ex. 9.13: Determinar qual das duas seções transversais de pilar, S1 ou S2, é a mais
adequada (mais econômica) para o carregamento abaixo indicado (desenho fora de escala).
Determinar, também, qual a bitola (diâmetro) necessária para compor as barras da seção S1 e da
seção S2. As seções transversais S1 e S2 tem a mesma área de concreto (1500 cm2) e a mesma
quantidade de armadura (20 barras).
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− aço: CA-50 (γs = 1,15);
− bitolas: 10 mm, 12,5 mm, 16 mm, 20 mm, 22 mm, 25 mm e 32 mm;
− concreto: C20 (γc = 1,4);
− força normal de cálculo: Nd = 2145 kN;
− excentricidade (eixo y): ey = 7,5 cm;
− posição da armadura: d’ = 0,10 h; e
− pilar curto: λ < 35.
Y
Y
Nd
Nd
50 cm 75 cm
X X
30 cm
20 cm
S1
S2
30 cm
z
Nd Nd
Md
A
40 cm
3,2 m
40 cm
y
B
y x
Md
seção transversal
x Nd
solicitações
esquema de cálculo
do pilar (plano yz)
Ex. 9.15: Um pilar curto (λ <λ1), de seção transversal 30 x 30 cm2, suporta uma força normal
de cálculo (Nd) igual a 965 kN com dupla excentricidade, sendo a excentricidade na direção y igual
a 7,5 cm. Considerando que o pilar está armado com 4 barras de 20 mm, determine qual a
máxima excentricidade na direção y permitida à força Nd.
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− concreto: C25;
− aço: CA-50;
− αb = 1,0;
ex
Nd
ey
30 cm
x
30 cm
Ex. 9.16: Determinar o diâmetro da armadura para a seção transversal do pilar abaixo
representado.
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
70 cm
− cobrimento da armadura: 3 cm;
(hy)
− diâmetro da armadura transversal: 6,3 mm;
− armadura longitudinal: 10 φ;
− altura do pilar (comprimento de flambagem): 3 m;
− carregamento axial (Nd): 3004 kN;
− excentricidade na direção x: 3 cm; e
− excentricidade na direção y: 7 cm. 30 cm
(hx)
Ex. 9.17: O pilar abaixo esquematizado servirá, temporariamente,
como suporte (engaste) para um guindaste cujo peso corresponde à 2284 kN (Ngk). Verificar se
este pilar tem condições de suportar o içamento e transporte de uma carga de 100 kN (Nqk),
distante 5,79 m (llança) do centro de giração do guindaste (centro de gravidade do pilar). O
içamento da carga, após a fixação do guindaste no topo do pilar, se dará na seguinte seqüência:
a. inicialmente a carga será parcialmente levantada na posição A (ângulo de 45º com o
eixo horizontal); e
b. posteriormente o guindaste fará uma rotação de 135º até a carga atingir a posição C,
quando será totalmente içada.
A verificação das condições de segurança deverá ser feita apenas no topo do pilar (engaste
do guindaste), para as posições de carga e descarga em A, B e C, não sendo necessário verificar
situações intermediarias.
Considerar:
− estado limite último – combinação especial (construção) de carregamento (γg = 1,3;
γq = 1,2; γc = 1,2; γs = 1,15);
− concreto: C20;
− aço: CA-50;
− αb = 1,0;
− cobrimento da armadura: 3 cm;
− diâmetro da armadura transversal: 8 mm;
2003 9-62 ufpr/tc405
− armadura longitudinal: 10 φ 32 mm; e
− altura do pilar (comprimento de flambagem): 6 m.
90 cm
C
x
60 cm
Seção transversal
do pilar A
B
NSd = (γg Ngk) + (γq Nqk)
y
MSd = (γq Nqk) x llança
Carregamento do pilar
Ex. 9.18: Determinar os valores das excentricidades atuantes no topo (J), na base (K) e na
seção intermediária do pilar abaixo representado (desenho fora de escala). Esse pilar tem seção
transversal constante e armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo. Os valores de Md,tot,
necessários para a determinação das excentricidades na seção intermediária deverão ser
calculados pelo Método do Pilar Padrão para Pilares de Seção Retangular Submetidos à Flexão
Composta Obliqua (Método da Rigidez κ Aproximada), considerando concreto classe C20.
Mxd Myd ex ey
Nd = 1140 kN
kNm kNm cm cm
Topo
Intermediaria
Base
Obs:
√ as solicitações (força normal e momentos fletores) correspondem a valores de cálculo;
e
√ considerar efeitos de 2ª ordem, independentemente de λ1 (ignorar λ1 e ir diretamente
ao Método da Rigidez κ Aproximada).
J
40 cm x
V1 Planta Pilar
9,25 m
y 40 cm
114 kNm
1140 kN
V1 V2
J
K
57 kNm Solicitações
(valores de cálculo)
Elevação
57 kNm
x
K
y
Ex. 9.19: Abaixo é representado um pilar de concreto armado (desenho fora de escala) com
altura de um lance igual a 3,8 m e seção transversal quadrada com 40 cm x 40 cm. Considerando
os esforços solicitantes de cálculo indicados abaixo e sabendo que a seção transversal do pilar
terá dez barras, com a distribuição indicada na figura, pede-se a área de aço (As) necessária e o
diâmetro (φ) das barras.
Considerar:
− estado limite último – combinação normal de carregamento;
− concreto: C20 (γc = 1,4);
− aço: CA-50 (γs = 1,15);
− taxa de armadura: As = 8% Ac; e
− d’ = 4 cm.
Obs:
√ as solicitações (força normal e momentos fletores) correspondem a valores de cálculo;
√ o pilar tem seção transversal constante e armadura simétrica e constante ao longo de
seu eixo (z);
√ os momentos fletores 50,10 kNm e 183,04 kNm atuam no plano xz (direção x), os
momentos fletores 62,40 kNm e 91,52 kNm atuam no plano yz (direção y);
√ hx corresponde à dimensão do pilar na direção x, hy corresponde à dimensão do pilar
na direção y; e
√ o preenchimento do quadro abaixo é obrigatório.
50,10 kNm
40 cm
(hy)
91,52 kNm
x
K 40 cm
(hx)
y 2746 kN 183,04 kNm
Seção Transversal
Solicitações
(valores de cálculo)
Mxd Myd ed ed
Nd = 2746 kN
kNm kNm cm cm
Topo
Intermediaria
Base